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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 28.julho.2014 Essa semana perdemos Ariano Suassuna, vai minha humilde homenagem: “O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.” (Ariano Suassuna) NF-e emitidas com apenas dois dígitos da NCM serão rejeitadas a partir de 1/8/2014 Obrigatoriedade de informação completa do NCM na NF-e O Ajuste SINIEF 22/13, publicado em 06/12/2013, estabelece que a partir de 01 de Julho de 2014 a identificação das mercadorias na NF-e deverá conter o seu correspondente código estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) completo, não sendo mais aceita a possibilidade de informar apenas o capítulo (dois dígitos). Serão implementadas regras de validação para exigir, em um primeiro momento, o preenchimento de oito dígitos no campo relativo ao código NCM. Em futuro próximo será implementada outra verificação, e somente serão aceitos valores de NCM que existam na tabela correspondente, publicada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC.Sendo assim, as NF-e emitidas com apenas dois dígitos serão rejeitadas a partir de 1/8/2014, excetuam-se da validação o NCM "00", para caso de item de serviço ou de item que não tenha produto, como transferência de crédito, crédito do ativo imobilizado, entre outros. Link: http://www.coad.com.br/home/noticias-detalhe/59664/nf-e-emitidas-com-apenas-dois-digitos- serao-rejeitadas-a-partir-de-182014 IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 28.julho.2014

Essa semana perdemos Ariano Suassuna, vai minha humilde homenagem:

“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.”

(Ariano Suassuna)

NF-e emitidas com apenas dois dígitos da NCM serão rejeitadas a partir de 1/8/2014

Obrigatoriedade de informação completa do NCM na NF-e O Ajuste SINIEF 22/13, publicado em 06/12/2013, estabelece que a partir de 01 de Julho de 2014 a identificação das mercadorias na NF-e deverá conter o seu correspondente código estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) completo, não sendo mais aceita a possibilidade de informar apenas o capítulo (dois dígitos). Serão implementadas regras de validação para exigir, em um primeiro momento, o preenchimento de oito dígitos no campo relativo ao código NCM. Em futuro próximo será implementada outra verificação, e somente serão aceitos valores de NCM que existam na tabela correspondente, publicada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC.Sendo assim, as NF-e emitidas com apenas dois dígitos serão rejeitadas a partir de 1/8/2014, excetuam-se da validação o NCM "00", para caso de item de serviço ou de item que não tenha produto, como transferência de crédito, crédito do ativo imobilizado, entre outros.

Link: http://www.coad.com.br/home/noticias-detalhe/59664/nf-e-emitidas-com-apenas-dois-digitos-serao-rejeitadas-a-partir-de-182014

O Simples ainda mais simples – análise das mudançasPosted by Robson de Azevedo em 25 de julho de 2014

Entrará em vigor a partir do ano que vem uma moderna Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, resultado de uma engenhosa articulação política coordenada pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE). A atualização do chamado Supersimples foi aprovada por unanimidade no Congresso Nacional e aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff. Com o aperfeiçoamento da legislação, ocorrido sete anos depois da última atualização, mais de 140 novas atividades ligadas ao setor de serviços poderão aderir ao regime tributário que unifica impostos federais, estaduais e municipais. Dentre

os beneficiados estão profissionais da saúde, fonoaudiólogos, jornalistas, advogados, corretores de imóveis e de seguros, entre outros. O texto, aprovado no Senado na última quarta-feira, 16, é o PLC nº 60 – número que recebeu no Senado o

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PLP 221, aprovado na Câmara no início de maio – e foi votado exatamente como veio de lá. Nele, também são estabelecidas regras para o uso da substituição tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas transações das micro e pequenas empresas, além da simplificação dos procedimentos de abertura e fechamento de empresas.

REFIS: Veja as Informações sobre a Reabertura do Parcelamento17/07/2014 Deixe um comentário

O prazo de opção pelo parcelamento conhecido como Refis da Crise foi novamente reaberto pela Lei 12.996/2014, alterada pela MP 651/2014. Nessa nova reabertura, poderão ser parcelados débitos vencidos até 31 de dezembro de 2013, com pagamento de antecipação equivalente à:

I – 5% se o valor total da dívida a ser parcelada for menor ou igual a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);

II – 10% se o valor total da dívida a ser parcelada for maior que R$ 1.000.000,00 e menor ou igual a R$ 10.000.000,00;

III – 15% se o valor total da dívida a ser parcelada for maior que R$ 10.000.000,00 e menor ou igual a R$ 20.000.000,00; e

V – 20% se o valor total da dívida a ser parcelada for maior que R$ 20.000.000,00.

O valor dessa antecipação poderá ser pago em até 5 prestações, sendo que a primeira deverá ser paga até 25 de agosto de 2014, que é o prazo final de opção.

Para definição do percentual de antecipação a ser aplicado a cada um dos parcelamentos, deve ser considerada a dívida consolidada na data do pedido de parcelamento sem qualquer redução. Entretanto, definido o percentual, esse deverá ser aplicado sobre o montante consolidado com as reduções definidas pelo art. 1º da Lei 11.941, de 2009, que são:

Forma de pagamento ReduçõesMulta de Mora e de Ofício

Multa Isolada

Juros de Mora

Encargo Legal

À vista 100% 40% 45% 100%Em até 30 prestações 90% 35% 40% 100%Em até 60 prestações 80% 30% 35% 100%Em até 120 prestações 70% 25% 30% 100%Em até 180 prestações 60% 20% 25% 100%

Diferentemente do parcelamento concedido em 2009 e das reaberturas instituídas pelas Leis 12.865/2013 e 12.973/2014, dessa vez não haverá modalidades de parcelamento distintas em função de os débitos já

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terem ou não sido parcelados anteriormente. Por isso, serão aplicadas apenas as reduções estabelecidas no art. 1º da Lei 11.941/2009.

Outra novidade é que quem já é ou foi optante pelos parcelamentos da Lei 11.941/2009 poderá optar por esse novo parcelamento e, se for o caso, manter o anterior ou dele desistir. Com isso, os débitos que já foram parcelados no âmbito da Lei 11.941/2009 poderão ser incluídos nesse novo parcelamento.

As opções pelos parcelamentos e pelo pagamento à vista com utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL deverão ser feitas exclusivamente por meio de aplicativo a ser incluído no e-CAC nos sítios da RFB e da PGFN na Internet.

O pagamento à vista sem utilização de prejuízo fiscal e de base negativa da CSLL já pode ser feito. Para isso, os contribuintes devem calcular o valor consolidado com os descontos concedidos e indicar no ato do pagamento o código do respectivo tributo.

A RFB e a PGFN ainda regulamentarão os respectivos trâmites administrativos desta nova reabertura do REFIS.

Fonte: site RFB (adaptado pelo Guia Tributário)

Muita atenção:

Empresas fora de compliance com Siscoserv Postado por José Adriano em 23 julho 2014 às 10:00 Exibir blog

Por Júlia Merker

Metade das empresas brasileiras não está em total conformidade com o Siscoserv e apenas   71% realizaram registros no sistema desde o início de sua vigência.  

É o que aponta uma pesquisa da Thomson Reuters com 26% das 50 maiores importadoras e 16% das 50 maiores exportadoras do Brasil.

A exigência do governo incide sobre todas as operações de importação e exportação de serviços realizados pelas empresas brasileiras (exceto Simples e MEI), entidades culturais, desportivas e religiosas e pessoas físicas cujas operações excedam U$ 30 mil mensais. 

Entre as principais razões para isso, a sondagem mostra um índice acentuado de dúvidas sobre quais eventos e operações devem ser registrados no Siscoserv e sobre as classificações destes registros usando a Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS).

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21% dos entrevistados têm dificuldades em obter as informações dentro das áreas na empresa a serem registradas no sistema; 29% alegam que há falta de um processo interno para as operações passíveis de registro no Siscoserv; e 14% das empresas têm dificuldades na classificação NBS (Nomenclatura Brasileira de Serviços) das operações de serviço.

Outra dificuldade mencionada por 36% da base é a falta de um sistema informatizado que permita integração de dados e o controle e envio dos registros.

Apesar de 93% das empresas estarem cientes da importância de realizar os registros internamente para controle, 36% ainda não sabem quais os riscos que correm em caso de não cumprimento da obrigação e 29% afirmam não saber exatamente quais casos devem ser registrados no Siscoserv.

De acordo com o MDIC, o Brasil transaciona anualmente mais de U$ 100 bilhões em serviços com um déficit de U$ 35 bilhões (importação x exportação). Com o Siscoserv, o governo pretende identificar com assertividade o que está sendo vendido e contratado para criar políticas públicas, incentivar a exportação de serviços e proteger áreas sensíveis da economia nacional.

"É preciso reverter no curto prazo esse significativo índice percentual de empresas que não têm pleno entendimento dos impactos gerados para seus negócios no caso de não registro ou mesmo de incongruências ou inexatidão dos dados registrados a fim de proteger seus negócios e impactar positivamente nos resultados da nossa balança comercial, além de evitar multas impactos financeiros para as próprias empresas”, afirma Menotti Franceschini, Diretor Geral dos negócios de Comércio Exterior da Thomson Reuters no Brasil.

http://www.baguete.com.br/noticias/21/07/2014/empresas-fora-de-comp...

A partir de janeiro de 2014, é obrigatória a apresentação da DCTF nas seguintes hipóteses: a) em relação ao 1º mês em que a pessoa jurídica não tiver débitos a declarar; b) em relação ao último mês de cada trimestre do ano-calendário, quando no trimestre anterior tenha sido informado que o débito de Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) ou de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) foi dividido em quotas; 

c) em relação ao mês de janeiro de cada ano-calendário, ou em relação ao mês de início de atividades, para comunicar, se for o caso, a opção pelo regime de competência segundo o qual as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão consideradas para efeito de determinação da base de cálculo do IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), bem como da determinação do lucro da exploração, conforme disposto nos arts. 3º e 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.079, de 3 de novembro de 2010; e 

d) em relação ao mês subsequente ao da publicação da Portaria Ministerial que comunicar a oscilação de taxa de câmbio, na hipótese de alteração da opção pelo regime de competência para o regime de caixa, prevista no art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.079, de 2010;e 

As pessoas jurídicas que não tenham declarado débitos na DCTF de dezembro de 2013, estão dispensadas da entrega da DCTF de janeiro de 2014 caso não tenham débitos a declarar. 

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As pessoas jurídicas inativas estão dispensadas da entrega da DCTF durante o período em que permanecerem nesta condição. Considera-se pessoa jurídica inativa aquela que não tenha efetuado qualquer atividade operacional, não-operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais.   

As pessoas jurídicas que estavam inativas em 2013 e que permanecerem inativas em 2014, estão dispensadas da entrega da DCTF de janeiro de 2014. 

As pessoas jurídicas que passarem a condição de inativa nos meses de janeiro a abril de 2014, devem apresentar a DCTF relativa ao 1º mês em que não tiveram débitos a declarar até o dia 31 de julho de 2014. 

As pessoas jurídicas que passarem a condição de inativa a partir do mês de maio de 2014, devem apresentar a DCTF relativa ao 1º mês em que não tiveram débitos a declarar no prazo estabelecido no art. 5º da IN RFB nº 1.110/2010.     

PERÍODO

EXISTEM DÉBITOS A DECLARAR?

OBRIGATORIEDADE DE ENTREGA

PRAZO DE ENTREGA

BASE LEGAL DO PRAZO DE ENTREGA

Versão da DCTF

01/2014 SIM SIM Até 25/03/2014

Art. 5º da IN RFB nº 1.110/2010

2.5

NÃO NÃO. Exceto se teve débitos a declarar no mês anterior

(12/2013)

Até 31/07/2014

Art. 3º da IN RFB nº 1.478/2014

2.5

02/2014 SIM SIM Até 23/04/2014

Art. 5º da IN RFB nº 1.110/2010

2.5

NÃO NÃO. Exceto se teve débitos a declarar no mês anterior

(01/2014)

Até 31/07/2014

Art. 3º da IN RFB nº 1.478/2014

2.5

03/2014 SIM SIM Até 22/05/2014

Art. 5º da IN RFB nº 1.110/2010

2.5

NÃO NÃO. Exceto se teve débitos a declarar no mês anterior

(02/2014).

Até 31/07/2014

Art. 3º da IN RFB nº 1.478/2014

2.5

04/2014 SIM SIM Até 23/06/2014

Art. 5º da IN RFB nº 1.110/2010

2.5

NÃO NÃO. Exceto se teve débitos a declarar no mês anterior

(03/2014).

Até 31/07/2014

Art. 3º da IN RFB nº 1.478/2014

2.5

05/2014 SIM SIM Até 08/08/2014

Art. 2º da IN RFB nº 1.478/2014

2.5

NÃO NÃO. Exceto se teve débitos a declarar no mês anterior

(04/2014).

Até 08/08/2014

Art. 2º da IN RFB nº 1.478/2014

2.5

Joel Parsival Pacheco Martins

Contador

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DCTF: Receita Federal revoga norma que aprovou a DCTF versão 3.0

Ato Declaratório Executivo Codac nº 22/2014

O Ato Declaratório Executivo Codac nº 22/2014 - DOU 1 de 21.07.2014 revogou o Ato Declaratório Executivo Codac nº 21/2014, que aprovou a versão 3.0 do Programa Gerador da Declaração (PGD) de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) Mensal.

Lembra-se que a medida se justifica, tendo em vista que essa versão 3.0 do PGD DCTF Mensal não estava possibilitando que fossem escolhidas, simultaneamente, as opções pelo novo regime tributário para o ano-calendário de 2014, conforme segue:

a) aplicação das disposições contidas nos arts. 1º, 2º e 4º a 70 da Lei nº 12.973/2014; e

b) aplicação das disposições contidas nos arts. 76 a 92 da Lei nº 12.973/2014.

Link: https://www.legisweb.com.br/noticia/?id=12018 Fonte: LegisWeb

Lei 12.973/2014 - Contexto atual, Adoção inicial e outros comentários

Postado por José Adriano em 21 julho 2014 às 11:00 Exibir blog

Material desenvolvido pela PwC disponível em http://www.anefac.com.br/uploads/arquivos/2014611101551735.pdf

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SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE MINAS GERAIS

AF  2º NÍVEL DE POÇOS DE CALDASINFORMATIVO 030/2014 DE 18/07/2014

Rua Assis Figueiredo, 639 – Centro – CEP 37701-704

Telefone: (35) 3066-6100E-mail: [email protected]

Assunto: NOVA VERSÃO DO DAPISEF

Destinatário:  CONTABILISTAS E CONTRIBUINTES

COMUNICADOEncontra-se disponibilizada nova versão do Aplicativo DAPISEF na Internet. Os contabilistas e empresas interessadas farão download do arquivo na Internet utilizando o link: http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/declaracoes_demonstrativos/dapi/requisitos.htm.O Arquivo Único, Instalar.exe (11.071MB), corresponde ao arquivo de instalação do programa DAPISEF, versão 8.00.00, podendo ser utilizada pelo contribuinte que já possui a versão anterior instalada em seu computador ou para contribuinte que está fazendo a primeira instalação.

A versão 7.03.00 do aplicativo DAPISEF vigorará até 31/07/2014. Após esta data, as declarações e transmissões serão efetuadas, obrigatoriamente, com utilização da versão 8.00.00. Caso seja utilizada a versão 7.03.00, as transmissões serão recusadas pelo sistema de processamento da SEF.

As novidades apresentadas na Versão 8.00.00 estão relacionadas à inclusão de:

Detalhamentos para os campos:70 - Ressarcimento – Substituição Tributária90 - Estorno de Débitos95 - Estorno de Créditos.

Criação de motivos no detalhamento dos campos:

Tabela de códigos de motivos – Campo 70 – Ressarcimento STCódigo Descrição do código

1 Perda e ou deterioração

2 Saída isenta ou não tributada

3 Venda para outra UF

4 Mercadoria não comercializada - Art 66, § 8º, do RICMS

Tabela de Códigos de Motivos- Campo 90 – Estorno de DébitosCódigo Descrição do código1 Outros2 Estorno Debito Serviço Transporte Recolhido  ST

3 Estorno Debito Serviço Comunicação - Art. 44-E do Anexo IX do RICMS/02.

4 Estorno Debito Serviço Comunicação - Regime Especial5 Estorno Debito TTD6 Estorno Debito Sub-Apuração- Recolhimento Efetivo

Tabela de Códigos de Motivos - Campo 95 – Estorno de CréditosCódigo Descrição do código

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1 Estorno de credito decorrente de recomposição fiscal2 Demais estornos de Creditos3 Estorno Credito TTD4 Estorno de Credito Sub-apuração - Devolução5 Estorno de Credito Art. 73 RICMS

Controle dos Recursos investidos em projetos esportivos no campo 98 – Deduções, conforme Lei Estadual de Incentivo ao Esporte nº 20.824/2013 e Decreto 46.308/2013.

As novidades alcançam, também, a criação da obrigação “Recolhimento Efetivo” - Código de receita 218-8 - “ICMS Comércio TTD” ou 219-6 - “ICMS Indústria TTD”, no Quadro IX – Obrigações do Período.

O contribuinte detentor de Regime Especial, que autoriza Tratamento Tributário Diferenciado – TTD, em que esteja determinado recolhimento efetivo do valor do imposto, deve verificar as orientações constantes do Help do Aplicativo DAPISEF para declaração dessas informações.

A data de vencimento da obrigação “Recolhimento Efetivo” será a mesma de vencimento da Obrigação Normal do contribuinte.AF/Poços de caldas, 18/07/2014Telefones Central de Atendimento:155 para região metropolitana de Belo Horizonte e interior de Minas Gerais;(31) 3303.7995 para outros Estados ou Países e uso em celular.Horário de atendimento: de 07h00 às 19h30, de segunda a sexta-feira (exceto feriados).Correio Eletrônico [email protected] Fale conosco: http://www4.fazenda.mg.gov.br/faleconoscoservico/

Todas as empresas devem efetuar a Escrituração Contábil?

Postado por José Adriano em 24 julho 2014 às 13:00 Exibir blog

Na opinião do conselheiro do CRCSP, Manassés Efraim Afonso, existem muitas dúvidas atualmente sobre a obrigatoriedade ou não de empresas enquadradas no Sistema Tributário Simples Nacional efetuarem a escrituração contábil.   

No CRCSP Online, Manassés fala sobre a importância do Profissional da Contabilidade entender que, independente do porte ou enquadramento tributário das empresas, a Contabilidade é a essência dos registros patrimoniais, econômicos e financeiros de uma entidade, fundamental para as tomadas de decisões nos negócios.  

As empresas enquadradas no Simples são obrigadas a efetuar a Escrituração Contábil? Sim, com o apoio de um Profissional da Contabilidade, empresários enquadrados em todos os regimes tributários devem fazer a escrituração, conforme Resolução CFC nº1.330/2011. Essa regra só não é válida

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para empresas enquadradas no MEI (Microempreendor Individual).  

Existe lei específica para essa obrigação? O novo Código Civil, Lei nº 10.406/2002, em seu artigo 1.179, obriga o empresário a manter escrituração contábil regular, levantando anualmente balanço e resultado econômico.

Quais são as vantagens de fazer a Escrituração Contábil? Primeiramente, o empresário deve cumprir a lei, independente de ter ou não vantagens. Mas os benefícios existem, sim. A Escrituração Contábil traz, de forma detalhada, todas as informações patrimoniais e de resultado da empresa, o que facilita, agiliza e alavanca os negócios. Esses dados transparentes, organizados são o embasamento para a tomada de decisões dos gestores. A escrituração dá credibilidade para a organização junto aos seus clientes, fornecedores e instituições financeiras.   

Existe penalidade para o Profissional de Contabilidade que não realizar a Escrituração Contábil de seus clientes cadastrados no Simples?   Sim, o profissional contábil fica sujeito às normas legais do CRCSP, podendo ser advertido eticamente. 

Os MEIs devem manter Escrituração Contábil? Não. De acordo com a Resolução 10 do CGSN (Comitê Gestor do Simples Nacional) esta modalidade de empresa fica dispensada, sendo a única que não deve manter a Escrituração Contábil, desde que não venha a auferir receita bruta anual superior a R$ 60mil.

http://www.partnersnet.com.br/boletim/crcsp.php?todas-as-empresas-d...

Receita divulga normas para DITR/2014IN RFB 1.483/2014

Através da IN RFB 1.483/2014, foram normatizados os procedimentos para a apresentação da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), relativamente ao ano de 2014.

Está obrigado a apresentar a DITR referente ao exercício de 2014, entre outros, aquele que seja, em relação ao imóvel rural a ser declarado, exceto o imune ou isento:

a) a pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título, inclusive a usufrutuária;

b) um dos condôminos, quando o imóvel rural pertencer simultaneamente a mais de um contribuinte, em decorrência de contrato ou decisão judicial ou em função de doação recebida em comum;

c) um dos compossuidores, quando mais de uma pessoa for possuidora do imóvel rural.

A DITR deve ser elaborada com o uso de computador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração do ITR, relativo ao exercício de 2014 (ITR2014), disponível no sítio da RFB na Internet.

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Na DITR, estão obrigadas a apurar o imposto toda pessoa física ou jurídica, desde que o imóvel rural não se enquadre nas condições de imunidade ou isenção do ITR.

A DITR deve ser apresentada no período de 18 de agosto a 30 de setembro de 2014, pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no sítio da RFB na Internet.

Link: http://boletimcontabil.wordpress.com/2014/07/22/receita-divulga-normas-para-ditr2014/ Fonte: Blog Guia Contábil

Receita Federal anuncia reabertura do prazo para regularização fiscalDébitos tributários podem ser equacionados em até 180 parcelas em nova versão do Refis da Copa

Fernando Gonzaga

Com o intuito de aumentar a arrecadação e sanar os déficits orçamentários, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Receita Federal anunciaram a reabertura do parcelamento especial batizado de Refis da Crise. Embora seja mais uma oportunidade para regularização do passivo tributário federal, os contribuintes devem estar atentos ao fato de que não se trata de um novo programa de parcelamento, mas sim de reabertura do prazo para pessoa física ou jurídica com títulos vencidos até 30 de novembro de 2008. O período de adesão para esta modalidade se encerra em 31 de julho.

Por outro lado, a segunda alternativa, sancionada no mês de junho, permite a inclusão no parcelamento dos débitos tributários federais vencidos até 31 de dezembro de 2013. Chamada de “Refis da Copa”, as condições para a adesão ao programa são mais severas, uma vez que o contribuinte com dívidas até R$ 1 milhão deve antecipar 5% de entrada do valor total do débito; de 10% para dívidas entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões; de 15% para parcelamentos de valores acima de R$ 10 milhões até R$ 20 milhões; e de 20% para débitos superiores a R$ 20 milhões. O parcelamento da divida poderá ser equacionado em até 180 parcelas

Segundo o advogado tributarista Marco Aurélio Poffo, do BPHG Advogados, de Blumenau (SC), o Refis é um alento para as empresas que passaram por dificuldades nos últimos anos e que não conseguiram pagar seus tributos em dia. Considera que o momento atual que antecede o início das campanhas eleitorais é oportuno para o Governo conceder o parcelamento de dívidas tributárias. “Em reta final preparatória para as eleições, este reforço de caixa será providencial para pagar contas antigas com Governos Estaduais e Municipais, principalmente àqueles que podem viabilizar um maior número de votos.”, afirma.

Contudo, entende Poffo que a discussão deveria ser outra: “Estes parcelamentos com redução parcial ou total de multa e juros acabam por desestimular o empresário que vem pagando em dia suas obrigações tributárias. É neste ponto que se encontra a discussão. O Governo deveria ao menos conceder um bônus para o bom pagador ou um certificado de regularidade que possa servir de diferencial em concorrências públicas, por exemplo,” avalia o especialista.

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O principal benefício dos contribuintes que aderirem ao Refis é, além da regularização fiscal, restabelecer a oportunidade de participar em licitações e de contratar ou prestar serviços derivados de órgãos públicos. A possibilidade de acesso a linhas de crédito e financiamentos  é outra uma vantagem concedida. 

Link: http://www.segs.com.br/so-demais/210-c-demais-e/1273-receita-federal-anuncia-reabertura-do-prazo-para-regularizacao-fiscal.html

Cobrança Especial Simples NacionalA Receita Federal do Brasil informa que dará início à cobrança especial dos optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES NACIONAL. A Receita Federal do Brasil informa que dará início à cobrança especial dos optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES NACIONAL.   De acordo com o inciso V, do artigo 17, da Lei Complementar nº 123, de 2006 é vedado o recolhimento de impostos e contribuições na forma do Simples Nacional para contribuintes que possuam débitos com as Fazendas Públicas Federal, Estadual e Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa.   As formas de regularização dos débitos encontram-se no serviço “Regularização de Pendências” disponibilizado aqui.   Os contribuintes que não regularizarem seus débitos com a Fazenda Pública Federal serão excluídos do Simples Nacional.

Link: http://www2.4mail.com.br/Artigo/Display/033884000000000 Fonte: Fenacon

A revolução do Sped está apenas começandoUma das vantagens do sistema é a redução significativa do uso de papéis

Roberta Mello

Com a promessa de iniciar uma verdadeira revolução nas rotinas contábeis e empresariais, o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) chega à metade do seu sétimo ano de história com um grande rastro de inovações, apesar de ainda ter um longo caminho pela frente. 

O sistema inovou por meio da criação de ambientes digitais para a disponibilização, ao fisco, de dados empresariais e da implantação da Nota Fiscal Eletrônica (NFe). Também mexeu com as rotinas trabalhistas via eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas), cuja adesão passa a ser obrigatória a partir do ano que vem, e deve acelerar mais com a

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entrada em vigor do audacioso Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), ainda sem data definida para ser implantado. 

De modo geral, o Sped consiste na modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a sua validade jurídica apenas na sua forma digital.

Os primeiros passos do sistema foram dados com a Escrituração Contábil Digital (ECD), a Escrituração Fiscal Digital (EFD) e a NFe. Após a solidificação dessas ferramentas, é chegada a vez do EFD-Contribuições, eLalur (Livro de Apuração do Lucro Real eletrônico), eSocial e Central de Balanços.

Todos esses projetos têm impactos desde as esferas governamentais, especialmente nos órgãos envolvidos (Ministério do Trabalho e Emprego, Receita Federal, Previdência Social, Caixa Econômica Federal e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS), até os empresários e trabalhadores. A disponibilização de informações tributárias em notas fiscais eletrônicas – instrumento capaz de envolver os estabelecimentos conveniados, a população e a receita estadual – e a maior atenção ao cumprimento da legislação trabalhista graças ao eSocial são apenas dois exemplos de avanços trazidos pelo sistema e que estão intimamente ligados à promoção da justiça social.

Para os fiscos, principalmente das esferas federal e estadual, a importância também é grande.  Segundo o coordenador nacional do Sped, Clóvis Belbute Peres, o sistema trouxe a informação fiscal definitivamente para a era digital. Com as novas ferramentas, veio a mudança do paradigma de declarações, que ficavam apenas no equipamento do contribuinte, e de documentos fiscais em papel, com todos os riscos inerentes a essa situação. A partir de agora, os documentos fiscais são eletrônicos e as escriturações ficam custodiadas em ambiente seguro.

Instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o Sped faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal (PAC 2007-2010) em consonância com tópico referente ao aperfeiçoamento do sistema tributário. O programa de desenvolvimento tem por objetivo principal promover a aceleração do crescimento econômico no País, o aumento dos níveis de emprego e a melhoria das condições de vida da população. 

Países demonstram interesse por modelo brasileiro

Se nada se cria e tudo se copia, com o Sped não foi diferente. O modelo brasileiro não é uma invenção totalmente nacional. Com influência das plataformas digitais elaborados por governos de países como Espanha, Chile e México, entre outros, foi a forma encontrada pelo governo brasileiro para adequar-se a uma tendência mundial de investimento em Tecnologia da Informação.

O Brasil atrai os olhares internacionais há algum tempo. A complexa carga tributária e as dimensões continentais fizeram com que o fisco tivesse que desenvolver mecanismos eficazes de tributação e fiscalização. “Temos um dos sistemas mais avançados de entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (Dirpf)”, exemplifica o contador Osvaldo Cruz, integrante do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e integrante do grupo de trabalho do Sped.

No entanto, também é comum que o aluno supere o mestre. Atualmente, o Sped vem despertando o interesse internacional. Os mesmos países que o inspiraram, hoje buscam aprender com a evolução brasileira.

O próprio Chile, um dos precursores do sistema de fatura eletrônica, tem renovado interesse nos avanços alcançados por aqui. “O México universalizou o uso da nota fiscal eletrônica (factura electrónica) há

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poucos meses e países como a Espanha e a Índia têm mostrado interesse em diferentes módulos do Sped”, avisa com propriedade o coordenador do sistema Clóvis Belbute Peres. 

Projetos mantêm ritmo acelerado para chegar à total implantação

Até o final de 2014, novidades ainda por vir prometem manter o Sped entre os principais assuntos nos ambientes empresarial e tributário. A primeira delas é que as pessoas jurídicas com lucro presumido também podem vir a ter de elaborar a Escrituração Contábil Digital (ECD). 

Também chamada de Sped Contábil, a ECD é a apresentação, em forma eletrônica, da contabilidade da empresa para a Junta Comercial e a Receita Federal do Brasil, encerrando assim o ciclo de registro de livros e demonstrações contábeis em meio físico junto aos órgãos.

Essa obrigação há muito já vem sendo aplicada para as empresas tributadas pelo lucro real. A novidade agora é que, além dessas empresas, as tributadas com base no lucro presumido que distribuírem parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita terá de apresentar a ECD.

As pessoas jurídicas imunes e isentas não tinham obrigação junto ao Sped. Contudo, a partir do início de 2015, elas estão obrigadas a realizar a Escrituração Contábil Digital (ECD), também conhecida como Sped Contábil, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1 de janeiro de 2014 - Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 1420, de 19 de dezembro de 2013, Art. 3º, inciso III.

Por último, a criação da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) deve até mesmo substituir a Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (Dirpj).

A partir do ano-calendário de 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deverão apresentar a ECF de forma centralizada pela matriz. 

Audacioso e inovador, o projeto Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav) trata dos transportes de cargas no País e prevê, a grosso modo, a utilização de fibra óptica para acompanhar a movimentação dos veículos em todas as rodovias federais, primeiramente. O projeto-piloto está em fase de elaboração, mas ainda não há previsão de quando começa a funcionar.Ferramenta coloca o País em consonância

com as IFRS

Ainda em busca da conquista do Selo de Transparência Fiscal pela aplicação da legislação tributária e de métodos administrativos mais claros, o Brasil tem muito a evoluir para estar totalmente adequado às Normas Internacionais de Contabilidade - em inglês, International Financial Reporting Standards (IFRS). 

A certificação colocaria o País entre uma das 110 nações em conformidade com os padrões internacionais pertencentes ao Fórum Global sobre Transparência para Troca de Informações Tributárias, que opera sob a administração da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do G-20. 

A utilização de tecnologia no ambiente fiscal e tributário é crucial para chegar à completa adaptação às regras. E o projeto do Sped faz parte desse plano. Estar de acordo com as normas internacionais aumenta a confiança no mercado brasileiro, ajuda a alavancar os negócios internacionais e contribui para a maturidade da contabilidade nacional. 

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Além disso, o contador Marcone Hahan de Souza lembra que a maior informatização das obrigações contábeis contribuiu para a valorização profissional. “O contador passou de um fazedor para um assessor e analista, ou seja, houve progresso para a categoria contábil com sua adoção”, enfatiza Souza.

Conforme o auditor fiscal da Receita Federal e coordenador nacional do Sped, Clóvis Belbute Peres, tomar a dianteira na implantação de um Sistema Público de Escrituração Digital pode contribuir para o fortalecimento da imagem do País no cenário internacional e gerar parcerias. “Internamente, esse pioneirismo impulsiona a modernização e junta governo e sociedade produtiva em um esforço para transformar nosso ambiente de negócios, tornando-o mais seguro e mais competitivo”, salienta.

Link: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=167772 Fonte: Jornal do Comércio

ICMS-MG: Alterada a transferência de crédito acumulado 24 jul 2014 - ICMS, IPI, ISS e Outros

Por meio do Decreto nº 46.562/2014 - DOE MG de 24.07.2014, foi alterado o RICMS-MG/2002, relativamente às disposições de transferência ou utilização de crédito acumulado por estabelecimento fabricante de ração, abatedor de aves ou de suínos ou criador de aves ou de suínos e ainda para estabelecimento industrial situado neste Estado, a título de pagamento pela aquisição de caminhão, trator, máquina ou equipamento.

A contabilidade dos candidatos à eleiçãoO objetivo deste escrito não é defender os profissionais contábeis.

Salézio Dagostim

Temos ouvido críticas por parte de alguns candidatos que irão concorrer nas próximas eleições, em função da exigência estabelecida pelo TSE (Resolução 23.406/14) de que os candidatos deste ano têm que submeter a sua prestação de contas ao crivo de um profissional da Contabilidade. O objetivo deste escrito não é defender os profissionais contábeis. O que queremos dizer é que a Contabilidade possui normas técnicas próprias que a maioria da sociedade e dos profissionais de outras áreas desconhecem.  

Prestar contas, para os profissionais contábeis, não é simplesmente lançar recebimentos e pagamentos, mas registrar todos os atos monetários praticados pelo candidato referente à sua candidatura, obedecendo ao princípio das partidas dobradas, em que se identifica tudo o que se adquiriu (débito) e como estas coisas foram adquiridas (créditos). Este registro deve, ainda, obedecer ao regime de competência, no qual o lançamento é feito independentemente do seu pagamento, “dia a dia” e “conta por conta”. No final, é apurada a situação financeira ou patrimonial e a situação econômica de cada participante do pleito.

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Portanto, devemos aplaudir a exigência de que a prestação de contas dos participantes do pleito eleitoral seja executada de acordo com as técnicas contábeis e assinada por profissionais da Contabilidade. Esta exigência é um dos primeiros passos no sentido de o Brasil começar a colocar ordem nos gastos de campanha. Amanhã, certamente, a contabilidade de cada candidato será integrada à contabilidade dos partidos, e, desta forma, poderemos apurar o resultado total da movimentação de cada pleito. É o que esperamos. Afinal, Ordem é sinônimo de Progresso.

Link: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=167886

Indenização por Dano Moral não é Tributável pelo Imposto de Renda Pessoa FísicaSolução de Consulta DISIT/SRRF 4.013/2014

Em razão do acolhimento, pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Jurisprudência pacífica do Eg. Superior Tribunal de Justiça sobre a espécie, formada nos moldes do art. 543-C do Código de Processo Civil, segue-se que a verba percebida por pessoa física, a título de dano moral de qualquer natureza, não está sujeita a retenção do Imposto sobre a Renda na fonte, tampouco a tributação na Declaração de Ajuste Anual.

Link: http://guiatributario.net/2014/07/23/indenizacao-por-dano-moral-nao-e-tributavel-pelo-imposto-de-renda-pessoa-fisica/

23/07/2014

Contagem regressiva: Projeto do SuperSimples já foi encaminhado à Presidente Dilma Rousseff

O Projeto de Lei que enquadra o Corretor de Seguros no SuperSimples, aprovado na Câmara e no Senado, já foi encaminhado à Presidente da República para a sanção presidencial.

Dorival Alves de Sousa

Nesta segunda-feira (21/07), a Secretaria de Expediente, através do Ofício SF de nº 1.061, dirigido ao Senhor Ministro de Estado Chefe da Casa Civil, encaminhou a Mensagem SF de nº 91/14 à Excelentíssima Senhora Presidente da República, Dilma Rousseff ,submetendo à sanção presidencial o Projeto de Lei da Câmara de nº 60/14.(SuperSimples)

Diante das alterações propostas, negociadas e contidas no PLC de nº 60/14, nós, corretores de seguros, juntamente com mais de 450 mil empresas em 140 atividades econômicas, além de mais de três milhões

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de microempreendedores individuais, estamos muito próximos de sermos enquadrados no regime diferenciado de tributação, aprovado por unanimidade (56 votos) no Senado Federal. Todos se beneficiarão de uma redução na carga tributária e passarão a ter um único número no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.

Com o PLC 60/14, o enquadramento das empresas corretoras de seguros, juntamente com os de todas as outras empresas enquadradas no SuperSimples, não será mais por categoria, mas, sim, pelo faturamento anual, de até R$3,6 milhões.

A nossa luta é pela permanência da atividade de corretagem de seguros na Tabela 03 do SuperSimples.

Ao entrar em vigor, o novo SuperSimples fará com que as empresas corretoras de seguros e as demais empresas que integrarão o sistema simplificado sistematizem o recolhimento de seus impostos, com reflexos diretos na arrecadação.

Esta é uma oportunidade única para que nós, profissionais corretores de seguros, nos mobilizemos para que a atividade de corretagem de seguros não seja vetada e que permaneça enquadrada na Tabela 03 do PLC 60/14.

Convoco todos os colegas e amigos corretores de seguros para que enviem, ainda hoje, um telegrama para a Presidente da Republica Dilma Rousseff, com a seguinte sugestão de texto:

“Presidente Dilma Rousseff, estamos confiantes e Seguros que Vossa Excelência sancionará o PLC 60/14 sem VETOS, mantendo a nossa atividade de corretagem de seguros na Tabela 03 do SuperSimples”.

Link: http://www.segs.com.br/index.php/so-seguros/91-seguros-a/1178

Organizações religiosas devem entregar dados contábeis a Receita Federal

Desde de 1° de janeiro deste ano, associações dedicadas a atividades de organização religiosa são obrigadas a adotar a ECD (Escrituração Contábil Digital).

Valdir Amorim

Desde de 1° de janeiro deste ano, associações dedicadas a atividades de organização religiosa são obrigadas a adotar a ECD (Escrituração Contábil Digital). E como tal, têm até o último dia útil de junho do ano seguinte para entregar o Sped Contábil ou o ECD. 

As regras de obrigatoriedade não levam em consideração se a pessoa jurídica teve ou não movimento no período. Não ter movimento não quer dizer não ter fato contábil e a entrega deve ocorrer assim mesmo.

A associação sem fins lucrativos, imune ou isenta, dedicada a atividades de organização religiosa, ao manter escrituração completa de suas receitas e despesas, deve observar as formalidades requeridas para a sua validade jurídico-fiscal.

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A pessoa jurídica deve transmitir anualmente, para o site da Receita Federal do Brasil, os seguintes livros digitais: Diário, Razão, Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.

A assinatura dos livros e documentos também é digital. O contador e o representante legal da empresa devem utilizar um certificado de segurança mínima tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de garantir a autoria, a autenticidade, a integridade e a validade jurídica do documento digital.

O livro Diário digital deverá ser autenticado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas ou do Cartório de Registro de Títulos e Documentos, conforme estabelecido na legislação de organização administrativa e judiciária de cada Estado ou do Distrito Federal.

Quem é obrigado a entregar a ECD

O Decreto nº 6.022, de 2007 criou o Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) e a Instrução Normativa RFB nº 1.420, de 2013, por sua vez, dispõe sobre as regras de preenchimento, elaboração, assinatura e validação da escrituração.

Estão obrigadas a adotar a ECD, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014:

I - as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no lucro real;

II - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita; e

III - as pessoas jurídicas imunes e isentas.

Link: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/colunistas/valdir-amorim/2014/07/24/organizacoes-religiosas-devem-entregar-dados-contabeis-a-receita-federal.htm

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Algo a mais para o RefisOs empresários brasileiros já estão bastante acostumados aos chamados Refis, programas de refinanciamento das dividas fiscais que trazem alguns benefícios aos contribuintes inadimplentes, por vezes questionáveis.

Rozi Monteiro Lourenço

Os empresários brasileiros já estão bastante acostumados aos chamados Refis, programas de refinanciamento das dividas fiscais que trazem alguns benefícios aos contribuintes inadimplentes, por vezes questionáveis. E, para aplacar a ressaca da mal-sucedida participação da seleção brasileira no Mundial, no mês de junho foi lançado o Refis da Copa, mesmo estando em vigor o Refis da Crise.

O?dito Refis da Copa inicialmente não trouxe grandes novidades ou vantagens, pois ampliou o período dos débitos para dezembro de 2013, mas, por outro lado, exigiu do contribuinte uma parcela inicial elevada, que foi considerada por muitos como uma barreira às adesões. Contudo, no ultimo dia 9, essas regras foram sobremaneira modificadas pela Medida Provisória n.º 651, trazendo fantásticos privilégios para algumas organizações.

A “bondade” mais comentada da medida está na facilitação do pagamento da parcela inicial; eis que, pela lei, o porcentual a ser recolhido oscilava entre 10% e 20% do valor da dívida. Já pela MP, esses porcentuais são escalonados conforme o montante da dívida: 5%, 10%, 15% ou 20%.

Mas esse não é o ”xis” da questão:?o grande benefício encontra-se na possibilidade de o contribuinte que aderiu a qualquer espécie de parcelamento (Refis da Copa, Refis da Crise, Paex, Paes, Refis/2000) utilizar seu prejuízo fiscal e base de cálculo negativa para quitar ditos parcelamentos, sem qualquer limitação de porcentual e podendo até mesmo abranger o valor principal e não apenas multas e juros como nas versões anteriores.

A única condição imposta pela MP é que se quite no mínimo 30% da dívida consolidada no parcelamento à vista e em espécie! O que, em muitos casos, pode significar um desembolso real menor do que 10% do total devido!

Para melhor entender, consideremos que a empresa X deva R$ 20 milhões e que tenha prejuízo fiscal e base negativa acumulada na ordem de R$ 15 milhões. Ao aderir ao Refis da Crise e/ou da Copa, esta terá uma redução de multas, juros e encargos, e ainda poderá utilizar 25% do prejuízo e 9% da base negativa para amortizar o que restar dos acréscimos legais (aproximadamente R$ 2,5 milhões). Supondo que, após a aplicação de todos os benefícios, resulte um montante de R$ 8 milhões a pagar, se a empresa dispuser de apenas 30% desse valor (ou seja, R$ 2,4 milhões) para pagamento à vista, poderá utilizar o saldo do prejuízo e da base negativa para pagamento dos R$ 5,6 milhões remanescentes.

Ou seja, além de quitar a dívida com praticamente 10% do valor devido, terá uma melhora em seu balanço patrimonial, pois seu prejuízo e base negativa, antes de R$ 15 milhões, cairá para aproximadamente R$ 6,9 milhões.

Todo esse procedimento ainda pende de regulamentação perante a Receita Federal, mas os contribuintes não devem tardar a realizar suas análises financeiras para tomar a decisão, pois o prazo de encerramento já está previsto para 30 de novembro de 2014.

Link: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1485926&tit=Algo-a-mais-para-o-Refis Fonte: Gazeta do Povo

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Carta de Responsabilidade da administração é obrigatória para balançosDeverá ser obtida pelo profissional da Contabilidade, anualmente, a Carta de Responsabilidade da Administração para o encerramento do exercício contábil.

Deverá ser obtida pelo profissional da Contabilidade, anualmente, a Carta de Responsabilidade da Administração para o encerramento do exercício contábil.

Muito importante: a   assinatura das demonstrações contábeis fica vinculada à entrega da Carta de Responsabilidade da Administração.

O profissional deverá comunicar ao CRC de seu domicílio profissional a recusa da entrega da Carta de Responsabilidade da Administração por parte da empresa.

A exigência em contrato para entrega da Carta de Responsabilidade da Administração será obrigatória somente nos contratos de novos clientes, ou quando da renovação dos contratos antigos, a partir de 13.12.2013, data da publicação da   Resolução CFC 1.457/2013   (que prevê a obrigatoriedade da referida Carta).

Veja um modelo de Carta   de Responsabilidade da Administração .

Link: http://boletimcontabil.wordpress.com/2014/07/24/carta-de-responsabilidade-da-administracao-e-obrigatoria-para-balancos/

IRPF - Novidades sobre tratamento tributário de HonoráriosConsultor tributário da IOB, do Grupo Sage, Antonio Teixeira, informa que rendimento auferido a título de honorários advocatícios em ação será tributável na fonte

No dia 21 de julho, a Receita Federal do Brasil publicou no Diário Oficial da União a Solução de Consulta Cosit nº 155, que trata sobre o Imposto de Renda Pessoa Física estabelecendo normas acerca do tratamento tributário sobre os rendimentos a título de honorários advocatícios em ação cuja sentença originou o recebimento acumulado pelo cliente de benefícios previdenciários de exercícios anteriores.

Diante desta nova norma, o consultor tributário da IOB, do Grupo Sage, Antonio Teixeira, esclarece que o rendimento auferido a título de honorários advocatícios pela atuação em ação será tributável na fonte, no mês do recebimento, com a aplicação da tabela progressiva do mesmo mês, e na declaração de ajuste.

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Entretanto, os rendimentos do trabalho e os originários de aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, quando correspondentes a anos-calendários anteriores ao do recebimento, continuam sendo tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado das demais quantias recebidas no mês”, informa o especialista do Grupo Sage.

O imposto será retido pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento ou pela instituição financeira depositária do crédito e calculado sobre o montante dos rendimentos pagos, mediante a utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento ou crédito.

Link: http://www.deleon.com.br/pauta.php?id=3009

O mercado milionário da classe contábilDurante mais de 20 anos, venho trabalhando como o mercado contábil e tenho notado uma notável ascensão deste segmento para a importância do Brasil.

Ricardo de Freitas

Durante mais de 20 anos, venho trabalhando como o mercado contábil e tenho notado uma notável ascensão deste segmento para a importância do Brasil.

Depois do advento do SPED, Sistema Público de Escrituração Digital, o contabilista começou a ser notado de uma forma mais abrangente, mais não é de hoje que a classe contábil tem uma força econômica e política pouco conhecida. Em números estatísticos, sabemos que existem mais de 80.000 empresas contábeis e mais de 500.000 profissionais no mercado, mas quanto isso significa para a economia? Podemos fazer algumas análises buscando setores específicos, como softwares, publicações fiscais, livros, etc. Estes segmentos passam com certeza da casa dos 500 milhões de reais por ano, isso apenas exemplificando três setores, o de software por exemplo, que conheço de perto, apenas as dez maiores empresas que desenvolvem sistemas contábeis faturam juntas acima de 500 milhões, depois disso temos as empresas de publicações fiscais, editoras, eventos e estruturas de TI, como computadores e servidores. Isto significa cifras próximas ou até mesmo superiores a Um Bilhão de Reais anuais.

Muitas vezes em meu trabalho como consultor de marketing, comento estes números com as empresas e profissionais que tenho contato e todos fazem aquela cara de espanto.

O Contabilista não é apenas indispensável pelo seu trabalho de gerenciar rotinas fiscais e trabalhistas, ele leva conhecimento para o mercado, sendo a maior “ponte” entre o fisco e os empresários de todos os cantos deste país.

A Classe contábil não esta surgindo com o SPED, ela é economicamente forte e possui um grau de decisão que poucas profissões conseguem ter.

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Nos próximos anos notaremos ainda mais a força dos contabilistas na economia e estará diretamente ligado ao crescimento do Brasil, que não é o país das grandes corporações e sim das pequenas, onde os contabilistas são os grandes formadores de opinião.

Para os desavisados analistas de marketing, pensem bem nesta classe bilionária, isso pode ser um diferencial para seus negócios no futuro bem próximo.

Link: http://www.jornalcontabil.com.br/v2/Contabilidade-News/4450.html Fonte: Jornal Contábil

O Mito dos Juros Compostos e o Judiciário Publicado por Consultor Jurídico - 2 dias atrás

Artigo produzido no âmbito das pesquisas desenvolvidas no Núcleo de Estudos Fiscais (NEF) da Escola de Direito de São Paulo (FGV Direito SP). As opiniões emitidas são de responsabilidade exclusiva de seus autores.

Juro composto (ou seus sinônimos juros compostos, juros capitalizados, anatocismo) é um incompreendido no civil e no religioso. Hoje em dia o termo juros substitui a palavra usura, a qual, desde tempos imemoriais, significava, sem juízo de valor, remuneração pelo uso do dinheiro alheio.

A palavra usura adquiriu conotação pejorativa quando a cobrança de quaisquer juros virou pecado mortal punível com danação e fogo perpétuo no inferno.[1] Juros também são repelidos pelas escrituras judaicas: “A teu irmão não emprestarás com juros” (Deuteronômio 23:19). O livro sagrado islâmico igualmente condena a usura: "Os que vivem de juros não se levantarão de seus túmulos, senão como aqueles que o demônio esmaga" (Corão II:275).

Nos países orientais, fora da influência judaico-cristã, a atitude em relação ao juro era menos repressiva, se bem que não livre de controles. Por exemplo, na antiquidade indiana, o juro de mútuo entre pessoas estava limitado a 15% a. A. E o financiamento de negócios tinha o juro limitado a 60% a. A., ou o dobro se a transação envolvesse viagem através de florestas e o quádruplo (240% a. A.) se a viagem envolvesse transporte marítimo.[2] Explícito reconhecimento do risco como um dos elementos formadores da taxa de juro.

Com a crescente internacionalização das relações econômicas, a Reforma protestante e o advento do liberalismo político e econômico essas posições foram reinterpretadas. Vista com olhar moderno, o viés antijuro da antiguidade (que ainda não desapareceu completamente) pode parecer preconceituosa. Mas é preciso considerar que durante quase toda a história humana a sociedade e a economia pouco mudavam, justificando uma visão de mundo estacionário.[3] Aristóteles se opunha ao juro porque via o dinheiro como incapaz de gerar riqueza; sendo improdutivo, não devia ser remunerado.

A ideia de progresso continuado, de crescimento geométrico da riqueza material, de horizontes novos continuamente surgindo na espécie humana, data de pouco mais de 500 anos, segundo Nisbet.[4] As

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navegações de longo curso em mar aberto, a invenção da imprensa, a rápida sucessão de descobertas científicas, o desenvolvimento de mercados de mercadorias e de capitais, os projetos com maturação além do ciclo anual, tornaram obsoletas as concepções antigas sobre juros.

Juro remuneratório é distinto de juro moratório

Em matéria de juros, há muitos conceitos redundantes e confusos. Não se pode dizer isso da classificação de juros, pela doutrina e jurisprudência pátrias, em remuneratórios e moratório. Por juro remuneratório se entende aquele acordado ab initio entre credor e devedor. Já o juro moratório surge do inadimplemento da obrigação de pagar; sua taxa pode diferir substancialmente do juro remuneratório do mesmo contrato. A distinção é importante para a figura da capitalização de juros.

O juro remuneratório é estipulado no momento de contratar; durante a implementação do contrato, não faz sentido alterar a taxa de juros avençada. O juro moratório é muito mais regulado e codificado. Em todo o que se segue, discutem-se apenas juros do tipo remuneratórios.

Juro simples não é preferível ao juro composto

Um dos mitos que perduram envolve a existência de um juro bonzinho (o juro simples) e um juro perverso (o juro composto). A fórmula de juros simples é linear,

M = C × (1+in)

em que C é o capital aplicado, i a taxa de juros de uma unidade de capital em um período, n o número de períodos e M o montante final que inclui capital e juros. Assim, um capital de 100 aplicado à taxa mensal de 0,5% (isto é, i=0,005) durante doze meses resulta um valor de 106. Se os juros de nossa caderneta de poupança fossem calculados dessa forma, R$100 aplicados em 24 de julho de 2014 se tornariam R$106 em 24 de julho de 2015 (mais ajuste monetário, aqui ignorado).

A fórmula de juros compostos é exponencial, ou geométrica,

M = C × (1+i) n

em que as letras têm o mesmo significado que na fórmula anterior. Em sua simplicidade, essa é a fórmula fundamental da matemática financeira. Um exemplo de aplicação: R$100 aplicados em 24 de julho de 2014 sob as regras atuais em caderneta de poupança tornar-se-iam R$106,17 em 24 de julho de 2015.[5]

Ou seja, em cada ano, por cada 100 reais depositados, a poupança paga 17 centavos a mais do que pagaria sem capitalizar os juros. E se com a mesma taxa de juros a capitalização fosse diária? Nesse caso pagaria um pouquinho mais. E se a capitalização se fizesse em cada minuto, em cada segundo, em cada milionésimo de segundo? Se a capitalização fosse instantânea, em intervalo de tempo infinitamente pequeno, R$100 aplicados na poupança resultariam, no fim do ano, no montante máximo de R$106,48! Capitalização de juros não faz explodir a soma de capital e juros.

Se a poupança pagasse juros mensais de 0,58%, sem capitalização, renderia 7 reais no ano, portanto mais do que os 0,5% mensais que paga, capitalizados 12 vezes ao ano. Do exposto resulta que é irracional o temor dos juros compostos (o “juro dos juros” no linguajar dos detratores); o que importa é a taxa mesma de juros.

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Juros simples (isto é, sem capitalização) são usados apenas em transações simples, de período curto e sem pagamentos ou desembolsos intermediários. O juro composto é muito mais versátil e prático, e é por isso que a poupança, que recebe pagamentos e saques o tempo todo, utiliza juros compostos.

E não é só a poupança que utiliza juros compostos, mas a imensa maioria das operações financeiras. No dizer de renomado matemático financeiro, “Caso, por absurdo, fosse proibido pela Justiça brasileira [o uso de juros compostos], colocaríamos na marginalidade todos os planos de aplicação de recursos em cadernetas de poupança, fundos de investimentos em renda fixa, fundos de previdência, títulos de capitalização, fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), e também, todos os contratos de empréstimos ou financiamentos em prestações iguais ou diferentes.”[6]

Quase sempre os juros compostos estão a serviço do consumidor

O poupador se beneficia da capitalização de juros. As cadernetas de poupança, o FGTS, o Tesouro Direto e outras formas de acumulação de poupanças capitalizam os juros e assim aumentam o cabedal de recursos dos beneficiários. Os juros obtidos em um período se agregam ao principal, e o montante assim acrescido constitui base maior para produção de rendimentos no período seguinte. A capitalização ajuda a prosperar as economias de longo prazo.

Quando recebe financiamento de longo prazo não paga juros compostos. A pessoa que toma emprestado para aquisição por exemplo de residência ou de veículo, para pagamento em prestações ao longo do contrato, desembolsa, normalmente em cada mês, prestação (calculada por tabela Price ou outro método) que satisfaz os juros incorridos no período e amortiza uma parcela do principal. Se a prestação paga mensalmente não cobrisse os juros, a dívida cresceria indefinidamente e nunca se extinguiria. Portanto, nesses casos os juros mensais são pagos na sua totalidade à medida que são contados e nenhum juro sobra para somar à dívida. É, portanto, impossível a capitalização de juros nesses casos.

Onde os juros compostos atormentam o consumidor?

Nos cartões de crédito e no “cheque especial”. No caso do cartão de crédito, a instituição financeira adianta fundos que, se não pagos integralmente na data de vencimento da fatura, passam a contar juros em geral desde a data da compra. Os juros passam a integrar o principal e contam juros para o período seguinte. Portanto, o portador de cartão que paga apenas a porcentagem mínima requerida, vê sua dívida crescer rapidamente.

No caso do cheque especial, os juros são sempre contados da data do saque mesmo que o saldo (saques mais juros) seja liquidado integralmente no vencimento. A capitalização de juros sobre o saldo não pago também acelera o valor da dívida, ainda que não tão rapidamente quanto no caso de cartão de crédito. Isso é devido a que a taxa de juros sobre cheque especial, embora elevada, não chega aos níveis elevadíssimos das taxas aplicadas aos cartões de crédito.

Juros compostos na lei e na jurisprudência

Em 1933, o Governo Provisório, de Vargas, anulou a liberalização de mútuos introduzida pelo Código Civil de 1916 e revigorou a o regime do Código Comercial de 1850, que proibia “contar juros sobre juros” exceto sobre saldos em conta corrente “de ano a ano”.[7] Em 1963, o Supremo Tribunal Federal vai mais além ao adotar a Súmula 121, in verbis: “É vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente convencionada.”

Com a rápida expansão do setor bancário e dos mercados de capitais na segunda metade do Século XX, tanto a norma do Decreto 22.616 quando a súmula da suprema corte, por sua irrazoabilidade, acabaram

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tornando-se letra morta. A situação voltou a ter um certo equilíbrio quando o STF adotou, em 1976, a Súmula 596 estabelecendo que o Decreto 22.616 não se aplica a operações realizadas por instituições financeiras.[8]

É verdade que a Súmula 596 introduz discriminação indesejável (a empresas não financeiras é vedado, contrario sensu, realizar operações envolvendo capitalização de juros), mas ela logra regular a grande maioria das transações na economia. Em agosto de 2001, a Medida Provisória 2.170-36, em seu artigo 5º, endossou esse critério e permitiu a capitalização em períodos inferiores a um ano nas operações de instituições financeiras.[9]

O Código Civil de 2002, [10] ainda prenhe de ojeriza ao “juro sobre juros”, permite a capitalização de juros no mútuo de fim econômico desde que com periodicidade anual (art. 591). Os tribunais têm aceitado a tese de que o CC, normal geral, não tenha derrogado a MP, normal especial.[11] Em decorrência, as instituições financeiras continuam com liberdade de incluir a capitalização nos seus contratos (o que é correto) enquanto que as pessoas e as empresas que não fazem parte do sistema financeiro nacional estão impedidas de fazê-lo (o que não é razoável).

Interessante observar que o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990) não objeta a capitalização de juros. Inteligentemente, exige que os contratos de financiamento informem a taxa de juros efetiva anual.[12] Por sinal, a Súmula 297 do Superior Tribunal de Justiça esclareceu que o CDC aplica-se às instituições financeiras.

Um efeito pernicioso das restrições à capitalização de juros é o excesso de litigância, fenômeno a que o desembargador Fonseca Passos chama de demandismo.[13] Embora os planos de amortização em parcelas fixas afastem a possibilidade de capitalização de juros, [14] o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro emitiu a Súmula 301, afirmando exatamente o contrário.

Pior, a súmula remete a demonstração da “eventual abusividade” à prova pericial. Adicionando-se a isso a disponibilidade de Justiça gratuita, cobrindo inclusive os laudos periciais, a possível suspensão de pagamentos ao financiador até decisão final do processo, a relutância dos juízes em utilizar o instituto da litigância de má-fé e a morosidade dos processos judiciais forma-se o ambiente perfeito para o desenvolvimento do demandismo e o atravancamento da Justiça. Como colocado em lúcida análise pelos juízes Joana Côrtes e Leonardo Gomes, “o Poder Judiciário, ao final das contas, acaba exercendo, sem necessidade, papel de mero órgão de consulta para fixação do montante devido pelo consumidor inadimplente.”[15]

À guisa de conclusão

Este estudo não tratou do nível dos juros. Apenas procurou lançar luzes sobre o mal compreendido tema da capitalização de juros. Não está nos juros compostos a ameaça ao consumidor. As restrições ao crédito não o tornam mais barato ou acessível, mas, ao contrário, dificultam e encarecem as transações, ofuscam o que devia ser transparente, criam uma pletora de ações judiciais em grande medida inteiramente desnecessárias.

Não será tratando o consumidor como incapaz ou hipossuficiente que estaremos mais bem defendendo seus interesses. Um olhar ao redor do mundo vai revelar que são nos países em que há menos interferência nas regras de financiamento (afora a necessária regulação das instituições), naquelas em que impera o caveat emptor (aprecate-se o comprador), que é maior o acesso ao crédito e mais baixa a taxa de juros.

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O poder público pode, sim, contribuir para o benefício de mutuantes e mutuários: por meio da educação financeira de jovens e adultos (alguém nos ensinou como gerir nossas finanças pessoais?) e da transparência plena dos termos e consequências dos contratos de investimento e financiamento.

[1] Marcos de Santa Teresa, Compendio Moral Salmaticense según la mente del Angélico Doctor, Imprenta de José de Rada, Pamplona 1805.

[2] Kautilya, The Arthashastra, VIII. Vii. New Delhi: Penguin Books India, 1992. Note que as taxas de juro citadas são reais (em termos de ouro) já que à época a moeda fiduciária ainda não havia sido inventada.

[3] “Os antigos não tinham nenhuma concepção de progresso; não é que repudiassem a idéia; eles nem sequer a concebiam” (Walter Bagehot, Physics and politics, 1872).

[4] Robert Nisbet, História da Idéia de Progresso, Brasilia: Universidade de Brasilia, 1985.

[5] Aqui faz-se abstração do ajuste monetário, outro componente da remuneração da poupança, por ser irrelevante para a discussão.

[6] José Dutra Vieira Sobrinho, A Capitalização dos Juros e o Conceito de Anatocismo, Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo - Sindecon-SP, 2 de setembro de 2004.

[7] Decreto 22.626 de 7 de abril de 1933, conhecido como Lei de Usura, art. 4º. Este decreto foi incluído, quiçá por ato impensado, na limpeza feita por decreto de 25 de abril de 1994 e assim revogado; mas ressuscitou-o decreto de 29 de novembro do mesmo ano.

[8] A Súmula 596 apoia-se na Lei de Reforma Bancária (nº 4.595/1964).

[9] A constitucionalidade do art. 5º da MP 2.170-36 está sendo questionada através da ADI 2.316, a qual aguarda julgamento pelo STF.

[10] Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002.

[11] Ver discussão em Débora Maria Barbosa Sarmento, Juros - Aspectos Econômicos e Jurídicos, Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, 2014, disponível em http://goo.gl/eZBLA9.

[12] Lamentavelmente o Banco Central, órgão regulador do setor financeiro, não obriga as instituições financeiras a revelar a taxa efetiva anual de suas operações nas operações com cartão de crédito e cheque especial, cujos juros devem ser expressados para período mensal, não anual (Resolução Bacen 3.919 de 25/11/2010). Nos cartões de crédito é comum a cobrança de juros de 15,99% ao mês, que equivale à elevada taxa anual de 493%. Para saques no cartão, uma taxa de 19,99% a. M. Corresponde a taxa anual de 790%!

[13] Carlos Eduardo da Fonseca Passos, Acesso à Justiça, Celeridade Processual e Demandismo Crescente”, GEDICON-Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, s/d, disponível em http://goo.gl/RGj6tk.

[14] Essa impossibilidade está mencionada acima. Uma ilustração numérica é oferecida em Carlos Ferreira da Silva, Não há cobrança de juros sobre juros (anatocismo) nas parcelas prefixadas (prestações) dos contratos de financiamento, 12 de abril de 2014, disponível em http://goo.gl/RGj6tk.

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[15] Joana Cardia Jardim Côrtes e Leonardo de Castro Gomes, Anatocismo no Mútuo Bancário com Parcelas Fixas - Uma Crítica ao Enunciado 301 da Súmula do TJRJ, abril de 2014, disponível em h...

Ver notícia em Consultor Jurídico

Bonificação em mercadorias: Base de Cálculo1) Pergunta:

A bonificação em mercadorias, desvinculada de uma operação de venda, deve compor a Base de Cálculo das contribuições para o PIS/Pasep e para a Cofins?

2) Resposta:

Não. A concessão de bonificação em mercadorias, desvinculada de uma operação de venda, constitui doação, não estando incluída, portanto, entre as hipóteses de incidência das contribuições para o PIS/Pasep e para a Cofins, conforme entendimento da Receita Federal do Brasil (RFB) exarado através da Solução de Consulta nº 136/2012. Isso se deve ao fato dessa operação não configurar Receita, nos termos da legislação em vigor dessas contribuições.

Base Legal: Solução de Consulta nº 136/2012, da 10ª Região Fiscal (UC: 25/07/14). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 31/05/2013 e atualizado em 25/07/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Bonificação em mercadorias: Base de Cálculo (Area: PIS/Pasep e Cofins). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=37. - Acesso em: 26/07/2014.

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Bloco D: Tomadores de serviços de transporte1) Pergunta:

Os tomadores de serviços de transporte, quando obrigados à entrega do Sped-Fiscal, precisam entregar algum registro específico do Sped-Fiscal?

2) Resposta:

Sim. Os tomadores de serviços de transporte estão obrigados à apresentação dos seguintes registros dos Sped-Fiscal:

a. Registro D100: Informações gerais sobre documentos fiscais (1);b. Registro D190: Informações sobre registro analítico dos documentos lançados no registro D100

(2).

Lembramos que está obrigação se dá apenas quando os tomadores receberem os seguintes documentos fiscais:

a. Nota Fiscal de Serviço de Transporte, Modelo 07;b. Conhecimentos de Transporte Rodoviário de Cargas, Modelo 08;c. Conhecimentos de Transporte de Cargas Avulso, Modelo 8B;d. Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, Modelo 09;e. Conhecimento Aéreo, Modelos, Modelo 10;f. Conhecimento de Transporte Ferroviáro de Cargas, Modelo 11;g. Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas, Modelo 26;h. Nota Fiscal de Transporte Ferroviário de Carga, Modelo 27; ei. Conhecimento de Transporte Eletrônico de Cargas (CT-e), Modelo 57.

Notas Tax Contabilidade:

(1) Clik aqui e acesse o layout do Registro D100 do Sped-Fiscal.

(2) Clik aqui e acesse o layout do Registro D190 do Sped Fiscal.

Base Legal: Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 (UC: 25/07/14). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 09/12/2013 e atualizado em 25/07/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Bloco D: Tomadores de serviços de transporte (Area: Sped-Fiscal - EFD). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=463. - Acesso em: 26/07/2014.

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Contabilização: Salário-Maternidade

1) Pergunta:

Como deve ser contabilizado o salário-maternidade utilizado como dedução da contribuição do INSS?

2) Resposta:

O salário-maternidade é o benefício a que tem direito as seguradas empregada, empregada doméstica, contribuinte individual e facultativa, por ocasião do parto, da adoção ou da guarda judicial para fins de adoção. Esse benefício previdenciário é devido a partir:

a. do 8º (oitavo) mês de gestação, comprovado através de atestado médico;b. da data do parto, com apresentação da Certidão de Nascimento;c. da data do deferimento da medida liminar nos autos de adoção ou da data da lavratura da Certidão

de Nascimento do adotado.

Uma vez iniciado o pagamento do benefício, ele terá duração de 120 (cento e vinte) dias. Normalmente, inicia-se 28 (vinte oito) dias antes e 91 (noventa e um) dias após o parto, salvo exceções previstas na legislação previdenciária.

No que se refere ao pagamento do benefício do salário-maternidade às funcionárias empregadas (1), está a cargo da empresa efetuá-lo, deduzindo o valor devido da Guia da Previdência Social (GPS), no mesmo mês de referência. Assim, à empresa que efetuar o seu pagamento é recomendável efetuar os seguintes lançamentos contábeis:

Pela provisão do salário-maternidade na folha de salários:D - Salário-maternidade a Recuperar (AC)C - Salários a Pagar (PC)

Pelo pagamento da folha de salários dos funcionários:D - Salários a Pagar (PC)C - Bco. c/ Mvto. (AC)

Pela dedução do salário-maternidade na Guia da Previdência Social (GPS):D - INSS a Recolher (PC)C - Salário-maternidade a Recuperar (AC)

Legenda:AC: Ativo Circulante; ePC: Passivo Circulante.

Nota Tax Contabilidade:

(1) O segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, a trabalhadora avulsa e a empregada do microempreendedor individual (MEI) de que trata o artigo 18-A da Lei Complementar nº 123/2006, terão o salário-maternidade pago diretamente pela Previdência Social.

Base Legal / Fonte: Arts. 71, 71-A, caput e § 1º e 72, §§ 1º e 3º da Lei nº 8.213/1991 (UC: 25/07/14) e; Requerimento de Salário-Maternidade (Informações Básicas) (UC: 25/07/14). Informações Adicionais:

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Este material foi escrito no dia 22/02/2014 e atualizado em 25/07/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Contabilização: Salário-Maternidade (Area: Contabilidade Geral). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=583. - Acesso em: 26/07/2014.

Ativo Imobilizado: Baixa de bens imprestáveis1) Pergunta:

O bem do Ativo Imobilizado que se encontra imprestável para uso ao fim que se destina pode ser baixado da contabilidade da empresa?

2) Resposta:

Sim. Os bens classificados no Ativo Imobilizado (AI), do Balanço Patrimonial (BP) da empresa, que tiverem se tornado imprestáveis pela obsolescência normal ou excepcional, ou em razão de ocorrência de caso fortuito ou de força maior, podem ser baixados por ocasião da efetiva saída do patrimônio da empresa, conforme se depreende da leitura do Parecer Normativo CST nº 146/1975, in verbis:

PN - Parecer Normativo COORDENADOR DO SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO - CST nº 146 de 01.12.1975

(Os bens do Ativo Imobilizado que se tenham tornado imprestáveis pela obsolescência normal ou excepcional, ou em razão de ocorrência de caso fortuito ou de força maior, podem ser baixadas por ocasião da efetiva saída do patrimônio da empresa, computando-se o resultado da alienação, caso haja valor econômico apurável, como receita eventual ou perda extraordinária, conforme o caso.)

Os bens do Ativo Imobilizado que se tenham tornado imprestáveis pela obsolescência normal ou excepcional, ou em razão de ocorrência de caso fortuito ou de força maior, podem ser baixadas por ocasião da efetiva saída do patrimônio da empresa, computando-se o resultado da alienação, caso haja valor econômico apurável, como receita eventual ou perda extraordinária, conforme o caso.

Complementa o Parecer Normativo CST nº 455/70.

1. Consulte-se qual a formalidade administrativa exigida para a baixa de bens do Ativo Imobilizado, em virtude de sua obsolescência normal ou excepcional, ou de ocorrência de caso fortuito ou de força maior.

2. A duração de vida útil estimada de um bem do Ativo Imobilizado, que serve de base para serem determinadas as taxas de depreciação, não coincide, necessariamente, com a duração de sua utilização efetiva. Se o prazo de utilização for superior ao estimado, pode o bem ser mantido em uso até que seja necessária a sua reforma, recuperação, substituição ou baixa.

3. Quando o bem se torna imprestável antes do prazo estimado, em virtude de fatores não previsíveis, como a obsolescência excepcional ou ocorrência de caso fortuito ou de força maior, pode ocorrer que

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somente parte das quotas de depreciação tenha sido apropriada. Nesta hipótese, a baixa do bem normalmente acarreta perdas extraordinárias, as quais poderão ser computadas como despesas operacionais, salvo se forem recuperáveis através de seguro ou de indenização de terceiros, conforme disposto no art. 47, § 6º, da Lei nº 4.506/64 (artigo 186 do RIR aprovado pelo Decreto nº 76.186/75).

4. Em qualquer caso, a baixa contábil deve ser concomitante à baixa física do bem, isto é, com sua efetiva saída do patrimônio da empresa, e o valor da alienação, caso haja valor econômico apurável, de acordo com o art. 201. do RIR, servirá para apuração da receita eventual ou do valor efetivamente perdido.

5. Enquanto não ocorrida a baixa física do bem, deve permanecer o registro do seu valor contábil, que terá como contrapartida os valores acumulados do fundo de depreciação, como registro de regularização do valor do ativo, aplicável o disposto no Parecer Normativo CST nº 455, de 24.11.70 (DOU de 2.12.70) quanto à apuração do resultado.

6. Esclareça-se, finalmente, que embora, a lei não imponha formalidade especial para eliminação do ativo, em qualquer caso fica o contribuinte sujeito a comprovar pela forma estabelecida nas leis comerciais e fiscais (art. 135. do RIR) o ato ou fato econômico que serviu de base aos lançamentos contábeis efetuados.

Publicado no Diário Oficial nº 243, de 19.12.75.

Base Legal: PN CST nº 146/1975 (UC: 24/07/14). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 28/05/2014 e atualizado em 24/07/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Ativo Imobilizado: Baixa de bens imprestáveis (Area: IRPJ e CSLL). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=771. - Acesso em: 27/07/2014.

Benefícios fiscais: Atividade rural1) Pergunta:

As pessoas jurídicas que exploram atividade rural possuem algum tipo de benefício fiscal?

2) Resposta:

Sim. Atualmente as pessoas jurídicas que exploram atividade rural possuem os seguintes benefícios fiscais:

a. depreciação integral de bens do Ativo Imobilizado, exceto a terra nua, adquiridos para uso nessa atividade. Neste caso, a depreciação pode ser 100% (cem por cento) lançada no mesmo ano da aquisição;

b. não aplicabilidade do limite de 30% (trinta por cento) do Lucro Real, para fins de compensação de prejuízos fiscais de períodos-base anteriores, apurados na atividade rural.

Para os fins dos benefícios fiscais aqui tratados, considera-se atividade rural:

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a. a agricultura;b. a pecuária;c. a extração e a exploração vegetal e animal;d. a exploração da apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura, piscicultura e outras

culturas animais;e. a transformação de produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas a composição

e as características do produto in natura, feita pelo próprio agricultor ou criador, com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas atividades rurais, utilizando exclusivamente matéria-prima produzida na área rural explorada, tais como a pasteurização e o acondicionamento do leite, assim como o mel e o suco de laranja, acondicionados em embalagem de apresentação;

f. o cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ou industrialização.

Por fim, lembramos que as pessoas jurídicas que exploram atividade rural estão sujeitas ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), à Cofins e ao PIS/Pasep, segundo as normas aplicáveis às demais pessoas jurídicas.

Base Legal: Art. 41 da MP nº 2.158-35/2001 (UC: 24/07/14); Art. 6º da MP nº 2.159-70/2001 (UC: 24/07/14); Arts. 58, caput, 314, 510, caput e 512 do RIR/1999 (UC: 24/07/14). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 29/05/2014 e atualizado em 24/07/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Benefícios fiscais: Atividade rural (Area: IRPJ e CSLL). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=772. - Acesso em: 27/07/2014.

SPED - ECF - Escrituração Contábil Fiscal Postado por José Adriano em 21 julho 2014 às 8:00 Exibir blog

A partir do ano-calendário 2014 fica extinta a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) e passa a vigorar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF), instituída por meio da Instrução Normativa RFB 1.422/2013. A princípio, ela deverá ser transmitida ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) em julho de 2015.

Para se adequar ao SPED e à nova regulamentação que veio com ele, as empresas passaram a investir em sistemas e atualização de pessoal. Hoje, há 3 grandes projetos envolvendo o SPED: eSocial (folha de pagamento digital), Bloco K da EFD (digitalização do Livro de Controle de Produção e Estoques) e, agora, a Escrituração Contábil Fiscal, que traz para o SPED as informações relacionadas à apuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social bem como boa parte das informações antes prestadas por meio da DIPJ, extinta a partir do ano-calendário 2014.

Grande parte das empresas apura o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) por meio de planilhas eletrônicas, e será necessário buscar na escrituração contábil os valores que constituirão ajustes, além de organizar as informações em forma de banco de dados. Os contribuintes também devem ficar atentos ao leiaute da escrituração, aprovado pelo Ato Declaratório Executivo Cofis n 98/2013, que vem sendo alterado e adaptado pela Divisão de Escrituração Fiscal Digital da RFB.

“Essa nova obrigação acessória irá requerer das empresas uma revisão de procedimentos de contabilização em determinados casos, de plano de contas e de processos de apuração dos valores que constituirão ajustes (Adições e Exclusões) na apuração do IRPJ e da CSLL. Também se faz necessária uma avaliação dos recursos necessários à geração da ECD na forma como exigido pela Receita Federal do Brasil”, alerta Alessandra Cristina Borrego Matheus, sócia da De Biasi Auditores Independentes.

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Por: Ex-Libris Comunicação Integrada 

http://www.jornaldiadia.com.br/news/noticia.php?Id=33370#.U8k06fldXT8

Bloco K - SPED - EFD ICMS/IPI - Fisco dá novo passo na informatização de dados de livros fiscais

Postado por José Adriano em 21 julho 2014 às 8:52 Exibir blog

Por Camilo Gribl e Paulo Xavier Gribl

A partir de 1º de janeiro de 2015, caso não ocorra nenhuma prorrogação, os contribuintes terão de cumprir mais uma obrigação acessória. É o chamado “Bloco K” do Sped Fiscal, que estabelece o envio mensal do livro Registro de Controle da Produção e do Estoque — a exceção fica para os contribuintes enquadrados no Simples Nacional.

A novidade, decorrente do Ajuste Sinief 02/09, com alterações processadas pelo Ajuste Sinief 33/13 e, no âmbito estadual, pelo Ato Cotepe 52/13, está no envio mensal das informações em meio digital. Isso porque o contribuinte já deveria escriturar o livro Registro de Controle da Produção e do Estoque mesmo quando compelido a fornecer ao fisco essas informações em meio magnético, conforme disciplina estabelecida pela IN SRF 86/01.

Aliás, no estado de São Paulo, os contribuintes de ICMS que possuem a necessidade de apurar o crédito acumulado, em virtude de existência de saldo credor, devem fornecer ao Fisco, em arquivo digital, toda a movimentação interna que ocorre com o insumo de produção desde a sua entrada no estabelecimento, passando por produção em processo, sua transferência para produto acabado e a consequente venda do produto (sistemática de custeio). Toda e qualquer perda ou ganho ocorridos no processo de produção também devem ser objeto de informação ao Fisco paulista. Tais regras vão muito além das exigências estabelecida pelo Sped.

Diversas esferas de governo têm se empenhado muito no sentido de informatizar rapidamente as informações contidas em livros e documentos fiscais. A título de exemplo desse esforço podemos citar: a implementação da nota eletrônica; a declaração eletrônica de serviços; o próprio Sped; e o eSocial, dentre outros. Inegavelmente são ferramentas que auxiliam sobremaneira ação dos agentes fiscais. Portanto, é fato que o Estado, sentido latu, está cumprindo seu dever de casa.

De posse de tais informações, os agentes fiscais da União e dos estados poderão processar eletronicamente a conferência dos dados transmitidos, realizar os cruzamentos necessários e, caso sejam evidenciadas inconsistências nos mesmos, iniciar o processo de fiscalização. Por outro lado, resta saber como os contribuintes estão com relação à qualidade das informações fiscais que devem ser repassadas aos agentes fazendários.

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Nossa experiência demonstra que ocorrem diversas categorias de inconsistências que merecem ser melhor analisadas pelos contribuintes. Os dados devem ser gerados e validados para garantir a sua fidedignidade, confiabilidade e integridade. Ou seja: além do cumprimento da obrigação legal, tais controles poderão ser utilizados como importante ferramenta de gestão.

A informatização dos principais processos no âmbito das organizações geram diariamente milhares de transações que necessitam de verificação e validação que, se realizadas sem o uso das facilidades tecnológicas, provavelmente serão incompletas e falhas.

Os contribuintes têm a tecnologia a sua disposição e devem utilizá-la para aperfeiçoar as ações de controle, uma vez que se pode contemplar, nessas ações, o universo amostral em 100% das transações realizadas pela companhia.

Como se vê, é importantíssimo que os contribuintes tenham a preocupação de que as informações contidas em tais arquivos apresentem um grau absoluto de consistência e estejam adequados ao que determina a legislação, gerados por processos de TI, em conformidade às melhores práticas de gestão.

Quer nos parecer que o Estado está se preparando adequadamente para uma nova era e novas metodologias de fiscalização. Resta-nos perguntar se os contribuintes também estão atentos aos novos tempos.

http://www.conjur.com.br/2014-jul-18/fisco-passo-informatizacao-dad...

Disputa de ICMS

Guerra fiscal traz insegurança para contribuintes e investidores21 de julho de 2014, 07:56h

Por   Valeria Zotelli

Nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado uma seríssima crise de insegurança jurídica no que tange ao ICMS, problemática que passou a ser conhecida como guerra fiscal.

As desigualdades econômicas e sociais brasileiras, com a concentração das indústrias em alguns poucos estados, induziram os demais entes políticos à instituição de incentivos fiscais inconstitucionais e ilegais que, rapidamente, se disseminaram por todo o território nacional.

Tais incentivos vão desde a redução das alíquotas do imposto incidente na importação de bens e mercadorias, à concessão de créditos presumidos, determinação de redução de base de cálculo e outros artifícios jurídicos que acabam por impactar os estados de destino das mercadorias incentivadas.

E a pergunta que deve ser feita é: pode a evidente desigualdade econômica existente entre os estados legitimar a concessão de incentivos fiscais totalmente alheios ao sistema jurídico nacional?

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Se, para os estudiosos do Direto, a resposta imediata e óbvia é um sonoro “não”, para empresários e grande parte dos estados que possuem arrecadação módica e que lutam para se desenvolver a conclusão é diametralmente oposta.

Mais sério que isso, é constatar-se, na prática, que investidores estrangeiros estão optando por não se instalar no Brasil, bem como que projetos de empresas nacionais estão engavetados à espera de que a situação se torne minimamente clara e segura.

Além disso, está-se diante de uma crise institucional, que tem levado secretários da Fazenda de estados a afirmar, nas palestras que vêm proferindo ao longo do Brasil, que, por conta dessa celeuma, não veem mais vantagens em o Brasil ser uma República Federativa, formada pela união indissolúvel dos estados.

Veja-se que se fala, ainda que em discurso retórico, em quebra do pacto federativo, sob o entendimento de que a união não faz mais a força, sendo ela prejudicial aos interesses de cada estado.

Quando se chega a esse ponto, constata-se que guerra fiscal é uma denominação branda para a situação que se vivencia atualmente no Brasil, justificando-se uma análise legislativa, sistêmica e crítica do assunto. 

Estrutura constitucional e legal do ICMSNenhum imposto brasileiro foi tão detalhado na Constituição Federal quanto o ICMS, o que se deu por intermédio do seu art. 155, II, §2º.

Tratando-se o Brasil de um país com extensões continentais, constituído por 26 estados, além do Distrito Federal, fazia-se, de fato, necessário um regramento completo e rígido, de forma a se evitar justamente o que se tem neste momento, a saber, o conflito de competências, o desrespeito às instituições e a insegurança jurídica.

Da leitura do inciso I, do § 2º do art. 155 da Constituição Federal, constata-se que a característica essencial do ICMS é a sua submissão à não cumulatividade.

Em decorrência dele, há estreita relação entre os estados da Federação, dado que aquele em que está localizado o contribuinte que adquire mercadorias advindas de outra unidade federada está obrigado a suportar o crédito referente ao valor que foi destacado em nota fiscal e recolhido ao estado de origem.

Igualmente em razão do caráter nacional do ICMS, a Constituição Federal, em seu art. 155, § 2º, IV prevê que resolução do Senado estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais, previsão em decorrência da qual foi editada a Resolução 22/89, determinando que a alíquota aplicada às operações interestaduais entre contribuintes é de 12%, exceção feita às operações e prestações realizadas nas regiões Sul e Sudeste, destinadas às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao estado do Espírito Santo, em relação às quais a alíquota a ser aplicada é de 7%.

A existência de tratamento diverso dado às alíquotas internas e interestaduais nos termos acima tem origem no princípio federativo e na busca pelo fim das desigualdades sociais e econômicas no Brasil.

Nesse sentido, o imposto não será recolhido apenas para o estado de origem de mercadoria ou para o de destino. Diferentemente, quando a operação entre contribuintes envolver mais de um estado, parte do imposto será devida ao estado de origem, parte ao de destino.[1]

Paralelamente, o art. 155, §2º, XII, g da Constituição Federal prevê que cabe à lei complementar regular a forma como, mediante deliberação dos estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

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Esse papel competiu à Lei Complementar nº 24/75, recepcionada pela atual Constituição Federal, de acordo com a qual:

a) qualquer incentivo fiscal concedido com base no ICMS, dos quais resulte sua redução ou eliminação, direta ou indireta, serão outorgados nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos estados e pelo Distrito Federal;

b) tais convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido convocados representantes de todos os estados e do Distrito Federal;

c) as reuniões realizar-se-ão com a presença de representantes da maioria das unidades da Federação, sendo que a concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos estados representados.

Como se vê, a delimitação constitucional do ICMS clara e objetiva, não havendo dúvidas sobre os limites da competência tributária a ser exercida pelos estados.

Porém, o que se tem na atualidade é, de um lado, o absoluto desrespeito a referidas regras, sob a alegação de busca de desenvolvimento pelos estados concessores de incentivos inconstitucionais e ilegais, e, de outro, a impotência dos contribuintes, que veem estagnados projetos de novos investimentos, bem como permanecem com a dúvida sobre a possível perda de todos os investimentos feitos ao amparo de normas estaduais, hoje sabidamente inconstitucionais. Além disso, convive-se com a indefinição do Supremo Tribunal Federal quanto aos limites das declarações de inconstitucionalidade de incentivos fiscais já proferidas. 

Insegurança jurídicaA guerra fiscal iniciou-se de maneira sorrateira, mediante a concessão, em baixa escala, de incentivos fiscais inconstitucionais e ilegais, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste.

Em um primeiro momento, e sob um enfoque exclusivamente econômico do ente concessor dos incentivos, o que ocorreu foi o início da estruturação industrial de estados notoriamente voltados ao agronegócio, principalmente nos municípios limítrofes aos estados tidos como desenvolvidos.

Tal processo também se deu em estados que passaram a fomentar a importação por intermédio de seus portos, mediante a concessão de incentivos fiscais igualmente inconstitucionais e ilegais, de tal forma que o ICMS devido na entrada das mercadorias passasse a ser diferido, sendo a saída subsequente realizada por percentuais muito inferiores à alíquota interestadual mínima prevista pelo Senado Federal, nos termos descritos no item II.1 acima.

Dada a constatação empírica de que pessoas jurídicas eram, de fato, atraídas a se instalar nos estados concessores de incentivos fiscais, a outorga de novos benefícios se disseminou, transformando-se em verdadeira febre nacional.

Ocorre que, como já mencionado, a concessão de referidos incentivos é realizada às custas dos estados adquirentes das mercadorias industrializadas ou meramente distribuídas a partir dos concessores.

Justamente por se estar diante de prática inconstitucional e ilegal, os incentivos fiscais não são destacados nas notas fiscais de venda de mercadorias, restringindo-se seus registros aos livros dos contribuintes, passíveis de serem verificados exclusivamente pelos estados nos quais estão instalados.

Como consequência, os adquirentes dos produtos, constatando a oferta de melhores preços por pessoa jurídica localizada em um determinado estado da Federação, desconhecendo (ou não) ser o vendedor beneficiário de incentivo fiscal, adquire dele a mercadoria, recebendo-a com o destaque de alíquota

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interestadual, de acordo com a legislação de regência do ICMS, e creditando-se do valor do imposto destacado em nota fiscal.

Apesar da aparente regularidade do documento emitido, é certo que o valor do imposto pago pelo vendedor da mercadoria é muito menor que aquele destacado e, consequentemente, creditado pelo adquirente.

Analisando-se a questão sob a ótica da estrita legalidade, e desconsiderando-se as desigualdades regionais notadamente existentes e que costumam justificar tal prática, está-se diante da concessão de incentivos às custas alheias. Além disso, induz à prática de concorrência desleal, já que contribuintes que recebem incentivos podem vender seus produtos por preços muito menores que aqueles praticados por quem se submete ao regramento constitucional de regência do ICMS.

Todo esse quadro não tardou a induzir os estados prejudicados a realizar glosas de créditos tomados por aqueles contribuintes adquiriram tais mercadorias. Ato contínuo, os grandes contribuintes, notadamente aqueles voltados ao varejo, passaram a exigir dos vendedores localizados em estados concessores de incentivos, que prestassem declarações no sentido de que não usufruíam de tais benefícios, ou, se usufruíssem, que se responsabilizariam pelo pagamento do ICMS e respectivas penalidades caso os adquirentes fossem autuados em decorrência da glosa de créditos.

Nesse momento, as pessoas jurídicas que se mudaram para estados longínquos, em busca de um diferencial tributário, passaram a se deparar com o risco de ver todo o seu investimento perdido.

A despeito da aparente legitimidade do procedimento adotado pelos Estados que se viram prejudicados, é necessário perguntar: dada a repartição de Poderes estabelecida pelo art. 2º da Constituição Federal, tem o Poder Executivo estadual competência para declarar a inconstitucionalidade de incentivos concedidos por outro estado? Essa competência não é atributo exclusivo do Judiciário?

Apesar da óbvia constatação de que somente ao Poder Judiciário cabe a declaração de inconstitucionalidade de uma lei, fato é que os estados que se sentem prejudicados acabam por lavrar autos de infração milionários contra contribuintes que adquirem produtos incentivados, os quais são obrigados a contratar advogados e garantir execuções fiscais para poderem exercer seu direito de afastar as glosas realizadas.

Ao final de uma demanda de anos, o contribuinte glosado deverá ter seu direito reconhecido, o que, por outro lado, implicará a condenação do estado a ver o princípio da não cumulatividade e as demais regras constitucionais desrespeitadas e seus cofres literalmente arrombados.

Ao estado que se sente prejudicado cabe a propositura de ação direta de inconstitucionalidade perante o STF, visando ao afastamento da norma concessora de incentivos do Sistema Tributário Nacional. E aqui se entra mais a fundo no caos e na insegurança jurídica.

Primeiramente, há que se ressaltar que o Supremo já deixou claro seu posicionamento sobre a inconstitucionalidade dos incentivos fiscais concedidos sem autorização de convênio. Inclusive, em 2011, 14 deles foram afastados pela Corte Suprema, sob o entendimento de que benefícios fiscais, para serem válidos, devem necessariamente ser aprovados no âmbito do Confaz.

Porém, tais declarações de inconstitucionalidade não trouxeram os resultados pretendidos. Não há, até hoje, manifestação sobre a atribuição de efeitos ex tunc ou ex nunc às decisões, ou seja, não ficou definido se o reconhecimento das inconstitucionalidades retroage à data da criação das regras tidas por inconstitucionais ou se surtem efeito apenas a partir da decisão do STF.

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E esta definição é de suma importância, já que, se for pela aplicação dos efeitos ex tunc, a regra de concessão dos incentivos fiscais deve ser afastada desde sua instituição, de tal forma que o estado que concedeu o incentivo fiscal e que contou com a confiança das pessoas jurídicas que ali se instalaram será obrigado a exigir desses mesmos contribuintes a totalidade dos valores que deixaram de ser pagos, sob pena, inclusive, de descumprimento das leis de responsabilidade fiscal.

Ao contribuinte de boa fé, que se fiou nas normas oriundas do Poder Legislativo estadual ou de acordos firmados individualmente com o governo local, caberá socorrer-se da via judicial para valer-se da propositura de ação de indenização para recuperação dos prejuízos, seja com os investimentos realizados, seja com os lucros cessantes.

Lembre-se que a maioria dos investimentos realizados em estados com pequena infraestrutura e longe dos principais centros consumidores pode deixar de ser viável dado, por exemplo, os custos de transporte até os mercados consumidores, inviabilizando a própria manutenção do estabelecimento.

Por outro lado, caso os contribuintes localizados em estados concessores de incentivos fiscais venham a ser obrigados a recolher os tributos que não foram quitados, os estados destinatários das mercadorias não mais poderão glosar os créditos tomados pelos contribuintes que adquiriram mercadorias incentivadas.

Quem acompanha de perto essa verdadeira guerra de poder constata que há muito a discussão saiu da esfera jurídica para tomar um cunho pessoal, podendo-se dizer que há verdadeiro ódio aos estados que se encontram “do outro lado”, seja ele qual for.

Nos bastidores do poder, o que se tem é o condicionamento de qualquer concessão para parte dos estados à aceitação de outras exigências feitas pelos demais, de tal forma que se torna impossível chegar-se a qualquer consenso.

Não por outro motivo, não é difícil se escutar, ainda que no ardor dos debates e sem a racionalidade que o tema exige, que melhor seria se houvesse a separação dos estados e a criação de novos organismos políticos, dada a impossibilidade de convivência sob o pacto federativo e as imensas perdas que estados de um lado e de outro vêm sofrendo.

Fato é que investidores estrangeiros que procuram o Brasil para fazer negócios estão desistindo do país. De um lado, se assuntam com esse emaranhado de inconstitucionalidades, que muitas vezes não se coadunam com seus princípios organizacionais. De outro, rapidamente descobrem que, se aqui se instalarem sem o gozo de incentivos fiscais, seus produtos não se sustentarão no mercado em decorrência do desequilíbrio concorrencial, já que produtos similares aos seus são vendidos por valores menores, pelo fato de seus fabricantes se beneficiarem de tais incentivos.

Pior que isso é a constatação de que várias empresas estrangeiras estão repensando a sua permanência no Brasil exclusivamente em decorrência de questões fiscais e, principalmente, da insegurança jurídica.

Enquanto isso, nem advogados, nem os próprios estados, têm qualquer segurança sobre onde essa problemática vai parar. E se alguém disser que sabe qual é a resposta, com certeza está mentindo. 

Perspectivas imediatasPara que se possa analisar as perspectivas para o fim de tal insegurança, há que se acatar a constatação de que, se de um lado a postura adotada por parte dos estados é inconstitucional, de outro é fato a existência, ainda nos dias de hoje, de fortes desigualdades estruturais e econômicas entre os vários estados e que ensejaram esse quadro.

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Se a inconstitucionalidade tem que ser afastada, as desigualdades têm, no mínimo, de ser minimizadas para se chegar a um acordo. Para isso, só um grande consenso nacional, com ambos os blocos cedendo em suas convicções, pode levar a uma solução.

Nesse caminho, grande passo já foi dado com a edição da Resolução do Senado 13/2012, por intermédio da qual foi fixada a alíquota de 4% nas operações interestaduais com produtos importados, cabendo ao Estado de destino da mercadoria o recolhimento do ICMS correspondente ao diferencial entre a alíquota interestadual a alíquota interna.

E são exatamente medidas como esta que devem ser adotadas para se alcançar o fim da guerra fiscal. Porém, não é isso que se tem vivenciado atualmente. O tortuoso caminho que vem sendo trilhado visando ao encerramento da Guerra Fiscal é descrito por Osvaldo Santos de Carvalho e Marcelo Amaral Gonçalves de Mendonça[2] que, em suma, esclarecem que, em novembro de 2012, a União apresentou proposta que previa a redução paulatina e uniformização das alíquotas interestaduais; além disso, propôs a convalidação dos benefícios já concedidos, porém, com a impossibilidade de concessão de novos incentivos. Mas foram apresentadas inúmeras propostas e emendas, de modo que a proposta de reforma do ICMS se transformou em um verdadeiro “Frankestein”.

Há que se ressaltar que, de acordo com uma das propostas de alteração legislativa apresentada, não só os incentivos fiscais já concedidos seriam validados, como também, em face deles, seriam mantidas as alíquotas do ICMS efetivamente vigentes para cada um de seus beneficiários, de modo que conviveriam no Brasil dezenas de alíquotas interestaduais, sem regras fixas, a depender do estado de origem do bem e dos incentivos aos quais estaria cada contribuinte específico submetido.

Veja-se que, mantida essa nova “ideia”, poderá haver a incidência de várias alíquotas de ICMS para operações com bens idênticos, a depender se o contribuinte remetente fazia jus ou não a um ou outro incentivo fiscal concedido no passado. Trata-se do caos.

Se a expectativa do leitor deste trabalho era, ao seu final, encontrar “a resposta”, infelizmente não há como atendê-la. Ao contrário, a constatação que pode ser feita é a de que o art. 1º da Constituição, que prevê que “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito”, caiu em desuso e qualquer previsão de que este país volte a viver sob os desígnios da constitucionalidade e da legalidade estão bem longe, ao menos no que tange à estruturação e cobrança do ICMS.

De tudo o quanto foi exposto, a conclusão a que se chega é a de que há uma total falta de consenso por parte dos estados no que tange ao encerramento da guerra fiscal, em total desprestígio ao pacto federativo, constatando-se que cada estado quer o melhor para si e às favas com a união indissolúvel dos estados e com a busca do bem comum no Brasil.

Porém, partindo-se do pressuposto de que esse mal há de ter fim, deve-se destacar que a solução do problema passa, necessariamente, pela imediata manifestação do Supremo Tribunal Federal sobre os efeitos das declarações de inconstitucionalidade já realizadas, pela paulatina e definitiva unificação de alíquotas do ICMS nas operações interestaduais, tal como se deu com relação aos produtos importados e pela convalidação dos incentivos já dados, mantendo-os por um prazo de tempo razoável, menor possível, a fim de se tentar minimizar o caos que tal medida causaria aos crédulos contribuintes que se fiaram às leis, decretos e acordos firmados pelos estados concessores de incentivos fiscais.

Afora isso, é necessária que haja inteligência política, de tal forma que todos os estados se componham pensando no Brasil como um todo, antes que investidores estrangeiros e brasileiros resolvam investir em outros países e que a recessão e o desemprego voltem a reinar. 

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[1] Cf, HORVATH, Estevão, ZOTELLI, Valeria; Vedação de crédito de ICMS sobre recolhimento de diferencial de alíquota e a não cumulatividade. Tributação em foco: a opinião de quem pensa, faz e aplica do direito tributário. Recife : IPET, 2013, p. 367.

[2] CARVALHO, Osvaldo Santos de; MENDONÇA, Marcelo Amaral Gonçalves de. A Reforma do ICMS e a Deterioração da Competitividade de Mercado e do Ambiente de Negócios no Brasil. No prelo.

Valeria Zotelli é advogada, sócia do escritório Miguel Neto Advogados, mestre em Direito Tributário pela PUC-SP, professora convidada em cursos de especialização e MBA.

Revista Consultor Jurídico, 21 de julho de 2014, 07:56h

NFC-e adotada em mais estados Postado por José Adriano em 21 julho 2014 às 10:00 Exibir blog

A abrangência da Nota Fiscal do Consumidor eletrônica (NFC-e) está cada vez maior. Mais seis estados aderiram ao projeto NFC-e: Piauí (PI), Alagoas (AL), Minas Gerais (MG), Mato Grosso do Sul (MS), Bahia (BA) e Roraima (RO). A informação é do coordenador geral do Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat), Eudaldo Almeida de Jesus. Atualmente, estão emitindo NFC-e 32 empresas em sete estados: Acre (AC), Amazonas (AM), Maranhão (MA), Mato Grosso (MT), Rio Grande do Norte (RN), Rio Grande do Sul (RS) e Sergipe (SE). Seis estados regulamentaram a obrigatoriedade de uso da NFC-e: Acre (AC), Amazonas (AM), Mato Grosso (MT), Rio Grande do Sul (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Rondônia (RO). Já foram emitidas mais de cinco milhões de NFCe com validade jurídica no Brasil.

 O Estado do Pará, onde foi realizada a última reunião do Encat, também anunciou que começa a implantar o projeto piloto da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica, NFC-e. Participam do projeto piloto sete contribuintes. De acordo com o coordenador do Projeto NFC-e no Pará, auditor de receitas José Guilherme Koury, o projeto piloto ficará em funcionamento até dezembro deste ano, podendo haver adesões espontâneas dos contribuintes de ICMS. O projeto do Pará terá sete empresas regionais testando o sistema. A obrigatoriedade de emissão só começará em 2015, e será definida por segmentos econômicos, em cronograma a ser divulgado pela Secretaria da Fazenda.

http://www.inventti.com.br/php/empresa_novidade.php?cod=11350

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O que é contrato eletrônico? Vença o paradigma da gestão eletrônica de contratos e ganhe em eficiência e segurança Publicado por Tiago Fachini - 2 dias atrás

Hoje vamos falar sobre gestão de contratos. Se você é responsável pela gestão de contratos ou é responsável jurídico na sua empresa, este post é vital para você e para o aumento de eficiência na sua empresa!

Sabemos que fazer gestão de contratos de forma eletrônica é um paradigma nas empresas. Por isso, vamos destacar neste post como você pode quebrar este paradigma e gerar benefícios para a sua empresa.

Impulsionado por práticas de controle de prazo, monitoramento de versões e recolhimento de assinaturas dos inúmeros contratos e documentos legais que circulam na organização, você, guardião dos contratos e documentos legais da sua empresa, se vê em apuros para ter tais documentos assinados e homologados por todas as áreas envolvidas no tempo certo. E é aí que você se depara diante da necessidade de evoluir e melhorar este processo, pra ganhar muito em velocidade e diminuir distâncias que o documento vai percorrer. A ótima notícia que nós do Projuris temos para você é que, com o avanço da tecnologia e práticas de segurança da informação, chegamos em uma fase em que sim, é possível fazer o controle dos documentos e contratos de forma eletrônica ganhando eficiência no processo.

Quando falamos de gestão de contratos eletrônicos, sabemos que vem a sua mente uma série de questões como:

Contrato eletrônico é legal? Está amparado por lei? Como garantir que todas as assinaturas sejam colhidas eletronicamente? E a possibilidade de fraude na assinatura? Ela existe já que senhas podem ser repassadas a

terceiros que assinem o contrato no lugar da pessoa designada. Como evitar este tipo de fraude? Como terei certeza que a assinatura em um contrato eletrônico é a da pessoa designada? Como ver a imagem da assinatura nos documentos? E os cartórios, é possível envolvê-los neste processo de gestão do contrato eletrônico para firmar

as assinaturas?

As questões acima são pertinentes ao processo e sim, hoje, depois de muitas pesquisas e testes, a tecnologia resolve todas elas. O grande paradigma está na veracidade das assinaturas. Vamos responder cada uma das questões, e você verá que este paradigma já pode ser quebrado.

1 - Contrato eletrônico é seguro e amparado por lei?

Sim, é legal e está amparado pela Medida Provisória nº 2.200 /01. Esta MP instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), cujo objetivo é garantir a autenticidade, integridade e validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras.

O ICP-Brasil normatiza um conjunto de técnicas, práticas e procedimentos, a serem implementados pelas organizações governamentais e privadas brasileiras, com o objetivo de estabelecer os fundamentos técnicos e metodológicos de um sistema de certificação digital baseado em chave pública.

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O interessado em utilizar essa tecnologia deve procurar uma empresa que atue como certificadora digital. Veja mais detalhes sobre esta legislação aqui.

A certificação digital é elemento obrigatório para amparar um contrato eletrônico. A única exceção ocorre no caso de uma das partes do contrato ser pessoa física. A pessoa física está liberada de ter a certificação digital no dispositivo em que fará a assinatura eletrônica.

2 - Como ter certeza que a informação está segura e todas as assinaturas sejam colhidas eletronicamente?

Hoje você tem a seu dispor soluções de Gestão Eletrônica de Documentos (GED) que permitem implementar um fluxo de aprovação e assinaturas de um documento digitalizado. Além de digitalizado, o documento estará criptografado, de acordo com as normas previstas na MP22000/01 (citada no item 1).

Estas soluções oferecem também o controle de versionamento dos documentos e contratos, hierarquia de aprovadores e controle de segurança de quais pessoas podem fazer alterações nos documentos. Soluções de GED garantem que será seguido um fluxo de aprovações de cada documento, com avisos e alertas de prazo para assinaturas. E o mais sensacional: esta solução permite que o documento seja aprovado e assinado de qualquer lugar do planeta, através de um tablet, smartphone ou navegador de internet. Todo o histórico de aprovações, assinaturas e alterações dos documentos são armazenados e podem ser consultados a qualquer tempo. Segurança, mobilidade e velocidade.

3 - Como evitar fraude na assinatura? Existe esta possibilidade já que senhas podem ser repassadas a terceiros que assinem o contrato no lugar da pessoa designada?

Hoje a tecnologia permite reconhecer assinaturas digitais através da biometria por íris, impressões digitais e pelo reconhecimento da assinatura manuscrita. Através de um dispositivo específico ou um tablet, você pode fazer a assinatura com o dedo ou caneta específica, e o software memoriza a sua assinatura. Feito isso, todos os documentos serão assinados pela pessoa designada e ele fará o reconhecimento da pessoa, comparando a assinatura.

Além da assinatura digital, a criptografia também é elemento essencial para proteger o documento digitalizado e evita que o mesmo seja acessado e lido por pessoas não autorizadas. É uma assinatura pessoal e intransferível! Diferente dos tokens, não existe a menor possibilidade de você passar a sua assinatura para que sua assistente assine por você.

Assinatura biométrica elimina a possibilidade de fraude. E com a assinatura biométrica respondemos também a questão número #4 Como terei certeza que a assinatura em um contrato eletrônico é a da pessoa designada?

5 - Como ver a imagem da assinatura nos documentos?

Eis aqui o maior paradigma dos contratos eletrônicos. Como ver a imagem da assinatura impressa nos contratos de documentos? A resposta é: com tecnologia!

Sim, com a assinatura biométrica manuscrita a imagem da assinatura é anexada digitalmente no documento. E, nunca é demais lembrar, que a assinatura biométrica manuscrita pode ser feita através de um dispositivo móvel específico para tal, ou tablet. Adeus paradigma da imagem da assinatura no documento!

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6 - É possível envolver os cartórios neste processo de gestão do contrato eletrônico para firmar as assinaturas?

Os cartórios que querem se modernizar já estão preparados com infra-estrutura para se conectar a soluções de Gestão Eletrônica de Documentos, e com a certificação digital implementada em seus servidores e equipamentos computacionais.

Fazer esta modernização, é uma opção dos cartórios. Acreditamos que com crescimento do número de empresas privadas, a implementarem soluções de GED, certificação digital e assinaturas biométricas, os cartórios naturalmente se sentirão obrigados a se modernizar e investir em tecnologia.

Respondidas estas questões, fica fácil você visualizar os inúmeros benefícios que sua empresa ganhará com a implementação de uma gestão eletrônica de contratos. Abaixo enumeramos os principais:

Mobilidade; Ganho de tempo; Segurança; Redução de custos de impressão; Gerenciamento do ciclo de vida do contrato; Localização fácil do contrato.

Temos certeza que após ler este post você quebrou todos os paradigmas que rondam o assunto e está muito interessando em implementar a gestão eletrônica de documentos na sua empresa.

Trancando os erros Postado por José Adriano em 23 julho 2014 às 11:00 Exibir blog

Por Natália Flach

Empresários brasileiros são os mais propensos do mundo a terceirizar os departamentos contábil e fiscal de suas companhias

Há quatro anos, um erro de interpretação do departamento contábil provocou um rombo de R$ 1,7 milhão nos cofres da fabricante de componentes de esquadrias Udinese, empresa pertencente ao grupo Papaiz, de São Paulo. “Perdemos metade do que tínhamos economizado no ano por causa de um detalhe na legislação”, diz a diretora Sandra Papaiz. Cansada de deslizes como esse, a executiva decidiu que era hora de proteger as companhias criadas há 62 anos por seu pai, o empresário Luigi Papaiz.

A solução encontrada foi terceirizar os departamentos contábil e fiscal da Udinese, e também os da fabricante de cadeados Papaiz, que faturam anualmente R$ 200 milhões. “Não foi uma solução barata, mas valeu a pena. Afinal, deixamos de pagar multas”, afirma Sandra. Assim como a Papaiz, mais e mais empresas têm estudado a terceirização de áreas como o departamento contábil. Segundo uma pesquisa da

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empresa de consultoria britânica Grant Thornton, obtida com exclusividade pela DINHEIRO, 53% dos executivos brasileiros têm intenção de terceirizar a área contábil.

O número chama a atenção, principalmente por ter ficado acima da média mundial, de 40%. A pesquisa foi realizada com 3.300 líderes empresariais, em 45 países. Até há pouco tempo, a terceirização era aplicada apenas em áreas distantes do negócio principal, como segurança e limpeza, mas agora departamentos cruciais como o contábil e o tributário entraram nessa lista. Entre as justificativas estão aumento da eficiência, redução de custos, acesso a profissionais mais especializados e maiores possibilidades de perenidade da companhia.

“Existia uma ideia errada de que terceirização significava perda do controle e de eficiência, mas agora os empresários veem que essa é a melhor saída para focar no negócio”, diz Denis Satolo, sócio da Grant Thornton. Foi exatamente isso que norteou a decisão na Papaiz, que passa por um lento processo de transformação desde 2002, com o falecimento do patriarca, que comandou o grupo familiar durante 50 anos. As mudanças vão desde o chão de fábrica até o balanço, que passou a ser auditado pela Deloitte. “Queremos estar à altura de qualquer empresa estrangeira”, diz Sandra.

“Por isso, precisamos ter uma manufatura enxuta com a filosofia da Toyota.” Ao todo, foram investidos R$ 25 milhões na aquisição de sete estações robóticas e na reformulação das imediações da fábrica de cadeados, em Salvador. O objetivo é que com a nova tecnologia a empresa consiga crescer 14%, em 2014. Além da terceirização, outra palavra que deve ficar mais freqüente no vocabulário do empresariado é compliance, termo inglês que se refere ao estabelecimento de processos que reduzem riscos, diz Satolo, da Grant Thornton.

Segundo ele, um dos motivos para o estrangeirismo entrar no dia a dia dos empresários é a Lei Anticorrupção, que está em vigor em janeiro deste ano. Segundo as novas regras, as empresas envolvidas em atos de corrupção contra a administração pública, nacional ou estrangeira, serão responsabilizadas criminalmente e correm o risco até de serem fechadas pela Justiça. Outra razão é a facilidade de criar novos e bons processos.

É o caso da Healwheel, multinacional que vende suplementos alimentares e produtos de beleza e bem- estar. A empresa polonesa, que está presente em 16 países, chegou ao Brasil no ano passado e pretende criar um modelo de regras de conduta para abertura de novas subsidiárias na América Latina. “Queremos mitigar riscos e isso é importante caso precisemos pegar financiamento em banco para fazer novos investimentos”, afirma Bruno Ahualli, responsável pela companhia no País. Nada como se proteger antes mesmo de cometer um erro.

Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/

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As obrigações tributárias acessórias e o princípio da legalidade

Postado por José Adriano em 23 julho 2014 às 9:00 Exibir blog

Por Lucília Isabel Candini Bastos

Resumo: O escopo deste trabalho é discutir a possibilidade de instituição de obrigações acessórias por meio de normas editadas pelo Executivo na seara tributária.Palavras-chave: obrigação acessória, normas complementares, legalidade.

Abstract: The main goal of this issue is to discuss the possibility of accessory obligations, concerning to taxes, bein instituted by Executive rules.

Keywords: accessory obligation, complementar rules, legality.

Sumário: 1. Introdução. 2. Princípio da Legalidade. 3. Obrigação Tributária Acessória. 4. Um julgado interessante do Superior Tribunal de Justiça. 5. Conclusão.

1 - Introdução

É antigo o debate doutrinário sobre o alcance do princípio da legalidade no que tange às obrigações tributárias acessórias.

O objetivo deste trabalho é apenas e tão-somente submeter ao crivo dos leitores uma pequena síntese do problema, apontando posições de alguns respeitáveis doutrinadores sobre o tema, todas muito bem fundamentadas, para esboçar um posicionamento que se reconhece tímido.

A questão central é refletir sobre a pertinência ou não de poderem normas editadas pelos Executivos das três esferas instituir obrigações tributárias acessórias.

2 - Princípio da Legalidade

Nos termos do art. 5º, II, da Constituição Federal, “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

Está aí positivado o princípio da legalidade no ordenamento jurídico brasileiro, a espraiar sua normatividade para todos os ramos do Direito.

O constituinte, todavia, no intuito de legar à sociedade um verdadeiro estatuto do contribuinte, reforçando ainda mais a prescrição do referido dispositivo, fê-lo inserir de forma específica no rol do art. 150, da seção que trata das “limitações ao poder de tributar” (II), no capítulo sobre o “sistema tributário nacional” (I), do título atinente à tributação e ao orçamento (VI).

Assim, é expressamente vedado aos entes tributantes “exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça” (art. 150, I).

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Reflexões acerca da interpretação que se deve dar ao vocábulo “lei” remetem às origens históricas do princípio, gerado a partir da reação dos barões feudais às obrigações exorbitantes que lhes vinham sendo impostas pelo soberano, fato que culminou com a Carga Magna de 1215, através da qual ficou estabelecido que somente os tributos autorizados poderiam ser cobrados.[1]

Assim, deve-se perquirir sobre o assentimento da classe representativa do povo para que um tributo seja validamente exigido.[2]

Destarte, apenas a lei, geralmente ordinária, pode instituir ou aumentar tributos no Brasil. De ser ressaltado que a própria Constituição, no entanto, prescreve a necessidade de lei complementar para algumas espécies, tais como, o empréstimo compulsório (art, 148) e o imposto extraordinário residual (art. 154, I). Nestes dois casos é notório também o intuito de dar maior proteção ao contribuinte, tendo em vista o quorum de maioria absoluta necessário para a aprovação da lei complementar.[3]

A medida provisória, atendidos seus requisitos de relevância e urgência, uma vez convertida em lei, pode também instituir ou aumentar tributos, observadas as regras de eficácia previstas no art. 62, da CF/88.

Atendendo ao comando do art. 146, III, da Carta Magna, a Lei n. 5.172/66 foi recepcionada com status de lei complementar.

Assim, cumprindo seu objetivo de estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, explicita o art. 97, do Código Tributário Nacional:

“Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

I – a instituição de tributos, ou sua extinção;

II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos arts. 21, 26, 39, 57 e 65;

III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do art. 52, e do seu sujeito passivo.

IV – a fixação da alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos arts. 21, 26, 39, 57 e 65;

V – a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;

VI – as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção dos créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.

§ 1º Equipara-se à majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.”

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.” (destaques nossos)

Tem-se, então, delimitado de forma bastante sintética, o princípio da legalidade em matéria tributária no ordenamento jurídico brasileiro.

3 - Obrigação Tributária Acessória

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Embora o tributo, mais especificamente o imposto, decorra da necessidade de prover o Estado de recursos para a consecução do bem comum, não se pode perder de vista, como já realçado acima, a necessidade de assentimento dos representantes do povo para sua instituição.

Destarte, à concepção de relação de poder entre o Estado e o súdito, que imperava no Estado Absolutista, seguiu-se a da assimilação da relação entre Estado e contribuinte à relação obrigacional, conceito haurido no Direito Privado.[4]

Como leciona Machado[5]:

“A relação tributária, como qualquer outra relação jurídica, surge da ocorrência de um fato previsto em uma norma como capaz de produzir esse efeito. [...] A lei descreve um fato e atribui a este o efeito de criar uma relação entre alguém e o Estado. Ocorrido o fato, que em Direito Tributário denomina-se fato gerador, ou fato imponível, nasce a relação tributária, que compreende o dever de alguém (sujeito passivo da obrigação tributária) e o direito do Estado (sujeito ativo da obrigação tributária).” (destaques no original)

A obrigação tributária pode ser principal ou acessória. A primeira tem como objeto, isto é, como prestação, a de adimplir o tributo ou a penalidade pecuniária. Na terminologia do Direito Privado, é uma obrigação de dar, portanto, tem natureza patrimonial.[6]

Já a obrigação acessória corresponde a uma obrigação de fazer em sentido amplo (fazer, não fazer ou tolerar) algo no interesse da arrecadação ou da fiscalização de tributos. Não possui, assim, natureza patrimonial.[7]

Vêm definidas do seguinte modo pelo Código Tributário Nacional:

“Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária.” (destaques nossos)

Carrazza aponta crítica recorrente na doutrina quanto à denominação “obrigação acessória”:[8]

“A relação jurídica tributária refere-se não só à obrigação tributária stricto sensu, como ao plexo de deveres instrumentais (positivos ou negativos) que gravitam em torno do tributo, colimando facilitar a aplicação exata da norma jurídica que o previu. É desses deveres, de índole administrativa, que a doutrina tradicional, seguindo a traça do Código Tributário Nacional, chama, impropriamente, de “obrigações acessórias”[...]

Ressalta esse doutrinador que tais deveres não têm cunho patrimonial, tanto assim é que, uma vez descumpridos, continuam com objeto irredutível em moeda.[9]

Neste sentido também é a lição de Carvalho:[10]

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“No conjunto de prescrições normativas que interessam ao Direito Tributário, vamos encontrar os dois tipos de relações: as de substância patrimonial e os vínculos que fazem irromper meros deveres administrativos. As primeiras, previstas no núcleo da norma que define o fenômeno da incidência – regra-matriz – e as outras, circumpostas a ela, para tornar possível a operatividade da instituição tributária: são os deveres instrumentais ou formais.”

Machado, fiel à denominação do Código, aduz que o sujeito ativo não pode exigir um comportamento do sujeito passivo, mas tem o poder de criar contra este um crédito, correspondente à penalidade pecuniária, nos termos do § 3º, do art. 113, acima transcrito, salientando, também, que não é da substância da obrigação, como gênero, o conteúdo patrimonial.[11]

Aduz ainda que o adjetivo “acessória”, que qualifica tais obrigações, tem sentido diverso do Direito Privado. Neste, “o caráter de acessoriedade manifesta-se entre uma determinada obrigação, dita principal, e uma outra, também determinada, dita acessória”. No Direito Tributário, todavia, tal termo tem outra conotação, qual seja a de só existirem em função da obrigação principal. Confira-se:[12]

“Realmente, em Direito Tributário as obrigações acessórias não precisariam existir se não existissem as obrigações principais. São acessórias, pois, neste sentido. Só existem em função das principais, embora não exista necessariamente um liame entre determinada obrigação principal e determinada obrigação acessória. Todo o conjunto de obrigações acessórias existe para viabilizar o cumprimento das obrigações principais.”

No mesmo passo é a doutrina de Amaro:[13]

“É nesse sentido que as obrigações tributárias formais são apelidadas de “acessórias”; embora não dependam da efetiva existência de uma obrigação principal, elas se atrelam à possibilidade ou probabilidade de existência de obrigações principais (não obstante, em grande número de situações, se alinhem com uma obrigação principal efetiva).”

Esboçados esses comentários, convém adentrar o ponto mais polêmico em torno das obrigações acessórias, que é o de apontar os dissentimentos encontrados na doutrina no que concerne à possibilidade de as mesmas poderem ou não ser instituídas através das denominadas “normas complementares”, elencadas no 100, do Código Tributário Nacional.[14]

Estão estas divididas em quatro grupos e que, conforme Corrêa e Rezek, correspondem:[15]

“a) aos atos normativos das autoridades administrativas (portarias, avisos, circulares e, presentemente, em grande número, os pareceres normativos etc.); b) à jurisprudência administrativa a que a lei dê força normativa; c) aos usos e costumes; e d) aos convênios.”

Para Machado, partindo do conteúdo abrangente da expressão “legislação tributária”, extraído do art. 96, e da delimitação do fato gerador da obrigação tributária, veiculado no art. 115, ambos do Código Tributário Nacional, a conclusão é a de que as obrigações acessórias podem ser instituídas por normas complementares.[16]

Ademais, se fosse intenção do legislador excluir a possibilidade de instituição de obrigação acessória por norma complementar, certamente teria omitido o adjetivo “principal” para a qualificação da obrigação, na dicção do inciso III, do art. 97.[17]

Já Carrazza entende que também as obrigações acessórias só podem ser criadas por lei em sentido material e formal, à vista do princípio da legalidade. Além disso, as normas do art. 100, do Código Tributário Nacional, têm por função a complementação das leis, tratados e decretos, ressaltando que o cumprimento

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de tais deveres instrumentais exigem dispêndio de tempo e dinheiro e que sua inobservância resolve-se em sanções de várias espécies, inclusive pecuniárias.[18]

4 - Um julgado interessante do Superior Tribunal de Justiça

No âmbito do Superior Tribunal de Justiça, colhe-se interessante julgado - o do REsp n. 1.105.947/PR -, em que se discutiu a legalidade  de instituição de obrigação acessória por meio de Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal para imobiliárias e incorporadoras, qual seja, a entrega da DIMOB (“declaração de informação sobre atividades imobiliárias”). 

Embora não tenha enfrentado o âmago da questão, porque a obrigação acessória decorria do art. 16, Lei n. 9.779/99, apenas complementado pela Instrução Normativa, a 2ª Turma daquela Corte sintetizou de forma lapidar a contemporânea realidade das atividades desenvolvidas em prol da arrecadação de tributos no Brasil.

Transcreve-se abaixo trecho da ementa:

 “TRIBUTÁRIO. DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS – DIMOB. IN SRF 304/2003. FUNDAMENTO LEGAL. ART. 16 DA LEI 9.779/1999 E ART. 197 DO CTN. EXIGÊNCIA DE MULTA. ART. 57 DA MP 2.158-35/2001. FUNDAMENTO INATACADO. SÚMULA 182/STJ. 1. Hipótese em que se impugna a exigência da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias – Dimob, nos termos da IN SRF 304/2003, pela qual construtoras, incorporadoras, imobiliárias e administradoras devem prestar informações anualmente sobre as operações de compra e venda e de aluguel de imóveis. 2. O antigo debate doutrinário a respeito do alcance do princípio da legalidade, no que se refere às obrigações acessórias (art. 155 c/c o art. 96 do CTN), é insignificante no caso, pois há fundamento legal para a exigência. 3. A Lei 9.779/1999 prevê a instituição de obrigações acessórias pela Secretaria da Receita Federal. Essa norma deve ser interpretada em consonância com o art. 197 do CTN, que autoriza a requisição de informações relevantes para a fiscalização tributária. 4. Não há falar em inexistência de dever de prestar informações relativas a operações de compra e venda e aluguel de imóveis, já que as administradoras de bens e os corretores são obrigados, nos termos do art. 197, III e IV, do CTN. Nessa situação encontram-se as administradoras, imobiliárias, corretoras, construtoras e incorporadoras quando atuam como intermediárias na consecução dos negócios de compra e venda e aluguel. 5. No mundo atual, em que as declarações fiscais são enviadas quase que exclusivamente por meio eletrônico, pela rede mundial de computadores, seria inadequado interpretar o vetusto art. 197 do CTN no sentido de que a Secretaria da Receita Federal deveria solicitar informações individualmente, por intimações escritas em papel. 6. Interpreta-se a norma jurídica à luz de seu tempo. A administração tributária deve pautar sua atuação no princípio da eficiência. 7. O sistema tributário moderno baseia-se nas informações prestadas pelo próprio contribuinte e por terceiros envolvidos com as operações e situações tributadas, posteriormente verificadas pela Administração. As relações de massa exigem essa sistemática para garantir a eficiência da arrecadação e a Justiça Fiscal. Não fosse assim, seria necessária uma superestrutura fiscalizatória, em cada esfera de governo, capaz de auditar individualmente milhões de contribuintes a cada ano, o que é irreal, antieconômico, ineficiente e contraria o princípio da boa-fé objetiva. 8. A IN SRF 304/2003 atendeu a essas diretrizes ao exigir informações por sistema informatizado disponibilizado pela própria Receita Federal (art. 2º). [...] 13. Recurso Especial não provido.”  (REsp 1.105.947/PR, 2. T., v. u., j. em 23/06/09, rel. Min. Herman Benjamin.  Disponível em:  a href="http://www.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?newsession=yes&tipo_visualizacao=RESUMO&b=ACOR&livre=1105947">http://www.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?newsession=yes&tipo_vi...>. Acesso em 16/06/10. g.n.)

5 - Conclusão

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Feitas essas considerações, no âmbito deste trabalho, prefere-se o entendimento dos que defendem a possibilidade de instituição de obrigações acessórias através das normas complementares delineadas no Código Tributário.

As razões esposadas por Machado, com o devido respeito dos que não comungam delas, estão em consonância com a determinação traçada na própria Constituição Federal, que remete à lei complementar, no caso a Lei n. 5.172/66, o estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária.

Nesse particular, referido diploma legal é muito claro quando determina que o fato gerador da obrigação acessória decorre da “legislação tributária”, a qual, por definição, engloba também as normas complementares (arts. 115 e 100).

Quando o legislador complementar pretendeu limitar o assunto à lei em sentido material e formal, fê-lo expressamente, como ao prescrever que o fato gerador da obrigação principal decorre de lei e ao qualificar a “obrigação” como sendo “principal” para fins da reserva legal (arts. 97, III, 103, § 2º e 115).

Além disso, como visto, a obrigação acessória impõe apenas um dever de fazer, não fazer ou tolerar, não podendo o Estado compelir o contribuinte à prestação in natura, mas apenas sancionar o descumprimento com pena pecuniária.

Ora, tal pena sim é obrigação principal, conforme art. 103, § 2º e, portanto, deve decorrer de lei stricto sensu, o que também está expressamente previsto no art. 97, V.

Não se pode olvidar também que o fato de que se vive numa sociedade de massa e as implicações daí decorrentes, muito bem explanadas no REsp n. 1.105.947.

Assim, tendo em vista o caráter de generalidade e abstração inerente a lei stricto sensu, é bastante razoável que os órgãos competentes do Poder Executivo das três esferas possam editar atos que complementem aquela, através dos quais os contribuintes e terceiros envolvidos em situações tributadas sejam  chamados a prestar informações e manter controles de suas atividades e bens, em benefício do próprio Estado.

Tal entendimento, que se submete à crítica, não malfere o princípio da legalidade, mas, sopesado a outros, também basilares do nosso Estado Democrático de Direito, como, por exemplo, o da livre concorrência e o da eficiência administrativa, é consentâneo com a realidade contemporânea, à qual se deve ajustar a hermenêutica das normas.   

 

Referências bibliográficasAMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de direito constitucional tributário. 25. ed. ver., ampl. E atual. São Paulo: Brasil, 2009.CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 14. ed. rev. e atual.  São Paulo: Saraiva, 2002.MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 27. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Malheiros, 2006.________. Fato gerador da obrigação tributária. In: Revista Dialética de Direito Tributário, São Paulo, n. 96, p. 31-33, set. 03.MARTINS, Ives Gandra da Silva (coord.). Curso de direito tributário. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.REsp 1.105.947/PR, 2. T., v. u., j. em 23/06/09, rel. Min. Herman Benjamin.  Disponível em: a href="http://www.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?newsession=yes&tipo_visualizacao=RESUMO&b=ACOR&livre=1105947">http://www.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?newsession=yes&tipo_vi...>. Acesso em 16/06/10.

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 Notas:[1] CORRÊA, Walter Barbosa; REZEK, Francisco José de Castro (atual.). Fontes do direito tributário. In: MARTINS, Ives Gandra da Silva (coord.). Curso de direito tributário. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 81.[2] Ibid., p. 81.[3] Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b.[...]Art. 154 – A União poderá instituir:I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.Art. 69 – As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. [4] COSTA, Alcides Jorge. Obrigação tributária. In: MARTINS, Ives Gandra da Silva (coord.). Curso de direito tributário. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 209. MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 27. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Malheiros, 2006. p. 140.[5] MACHADO, op. cit., p. 140.[6] Ibid., p. 141.[7] Ibid., p. 141.[8] CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de direito constitucional tributário. 25. ed. ver., ampl. E atual. São Paulo: Brasil, 2009. p. 346.[9] Ibid., p. 347.[10] CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 14. ed. rev. e atual.  São Paulo: Saraiva, 2002. p. 284.[11] MACHADO, op. cit., p. 142.[12] Ibid., p. 143.[13] AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 250.[14] Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa a que a lei atribua eficácia normativa;III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.[15] CORRÊA, Walter Barbosa; REZEK, Francisco José de Castro (atual.). Fontes do direito tributário. In: MARTINS, Ives Gandra da Silva (coord.). Curso de direito tributário. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 209.[16] MACHADO, op. cit., p. 142 e 146.Prescrevem os arts. 96 e 115, do Código Tributário Nacional:Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. (destaques nossos)Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou abstenção de ato que não configure obrigação principal. (destaques nossos)[17] MACHADO, Hugo de Brito. Fato gerador da obrigação tributária. In: Revista Dialética de Direito Tributário, São Paulo, n. 96, p. 31-33, set. 03.[18] CARRAZZA, op. cit., p. 347-350.http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_art...

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