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1 Presclipping em 19.out.2015 "A suspeita é a tênia do espírito." Machado de Assis Na 6ª feira (16/10), eu estava em Itajubá (FACESM) a caminho de Sta. Rita do Sapucaí (FAI), minha mulher me ligou as 22:40h me avisando que em Varginha não tinha água na minha casa (nem para tomar banho): CRISE HÍDRICA. Não há solução para a crise hídrica Pelo menos se continuarmos do mesmo jeito Publicado por Pedro Magalhães Ganem - 4 dias atrás Já faz tempo que um dos nossos maiores fantasmas está representado pela crise hídrica que está espalhada por todo o Brasil (e por todo o mundo). IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Page 1:  · Web viewNo mesmo sentido, argumentam que mandatos sucessivos são mandatos distintos e "não se somam, como se fora um contínuo, a formar uma unidade, que houvera resultado de

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Presclipping em 19.out.2015

"A suspeita é a tênia do espírito."

Machado de Assis

Na 6ª feira (16/10), eu estava em Itajubá (FACESM) a caminho de Sta. Rita do Sapucaí (FAI), minha mulher me ligou as 22:40h me avisando que em Varginha não tinha água na minha casa (nem para tomar banho): CRISE HÍDRICA.

Não há solução para a crise hídrica Pelo menos se continuarmos do mesmo jeito Publicado por Pedro Magalhães Ganem - 4 dias atrás

Já faz tempo que um dos nossos maiores fantasmas está representado pela crise hídrica que está espalhada por todo o Brasil (e por todo o mundo).

Muito se fala sobre as consequências dessa (imensa) crise. O que não falta são reportagens que mostram os rios secos; ou que mostram o reflexo da falta de água nas casas das pessoas; nos pequenos negócios do campo; e mais, sobre como podemos resolver esse problema de dentro de casa (fechando a torneira para escovar o dente, na hora de tomar banho, etc.); dentre várias outras notícias do tipo.

E o problema não está só na seca. Está no excesso de chuva também. Quando não chove pouco e causa seca, chove muito e causa destruição.

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Mas tem uma questão (uma não, várias), ninguém (ou quase ninguém) fala sobre o que gera essa falta de água toda. Não vemos conselhos para a redução do consumo de água (ou consumo consciente, saudável, ecológico, sustentável, …) daqueles que realmente são os maiores consumidores dos nossos recursos hídricos.

Será que é fechando a torneira de casa na hora de escovar o dente ou tomar banho que vai resolver o problema? Será que se eu reduzir o número de descarga eu realmente contribuirei para que a água não acabe?

Antes de responder essas perguntas, vamos analisar alguns dados sobre consumo de água.

Vemos, então que 89,5% de toda a água é destinada para a produção e não diretamente para o abastecimento das cidades.

Outra questão que não é levada em consideração é referente ao modelo da nossa colonização e do crescimento das nossas cidades.

Onde eu moro (no ES), por exemplo, boa parte das nascentes foram aterradas ou tiveram o entorno desmatado para o plantio de café, eucalipto, ou outro tipo de plantio, bem como para virar pasto.

Isso é crime ambiental (ou deveria ser).

O que mais vejo são grandes áreas desmatadas, tudo com o objetivo do “desenvolvimento”.

Sem falar das cidades que são construídas em cima de rios, fazendo com que ocorra intensa alteração do solo e das normais condições para o curso do rio.

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E as cidades que não tem tratamento de esgoto e jogam todos os seus resíduos no rio?

Então eu te pergunto novamente, qual é a mudança que deve ser feita para resolver o nosso problema hídrico? Fechar a torneira para escovar o dente? É essa a solução?

Acredito que muito melhor do que diminuir o tempo do banho é diminuir esse consumismo desenfreado. Quanto mais compramos, quanto mais consumimos, mais produzimos, mais água gastamos e menos água chega nas nossas torneiras.

Vejamos quanto que cada produto gasta de água antes de chegar às nossas mesas:

1 kg de carne bovina = 15.400 litros de água; 1 litro de cerveja = 155 litros de água; 1 litro de Coca-Cola = 70 litros de água; 1 ovo (cerca de 60 gramas) = 200 litros de água; 1 pé de alface = 240 litros de água; 1kg de açúcar = 1.780 litros de água; 1 kg de frango = 4.330 litros de água; 1 kg de ketchup = 530 litros de água; 1 kg de leite integral = 940 litros de água; 1 quilo de queijo = 5.060 litros de água; 1 banana grande (200 gramas) = 160 litros de água; 1 pizza margherita (cerca de 725 gramas) = 1.260 litros de água; 1 taça de vinho = 110 litros de água; 1 xícara de café = 130 litros; 1 xícara de chá = 30 litros de água; 7.100 gramas de chocolate = 1.700 litros de água; Camiseta: 2.495 litros; Papel: 13 litros; Jeans: 9.982 litros; Par de sapatos: 8.547 litros.

Logo, quanto menos consumirmos, menos água gastaremos.

E o mais crítico nem é imaginar os danos causados à natureza, pois ela se regenera com o tempo.

O pior mesmo é saber que se nós não mudarmos e nos adequarmos a todo o sistema, ela (a natureza) tratará de nos expulsar, como um chacoalhar de um cachorro após o banho.

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OPINIÃO

Tijolaços tributários em gestação para 201613/10/2015 - 17:48:41

Meio que na surdina diversas medidas provisórias e atos administrativos estão alterando preços de taxas e serviços e algumas alíquotas de impostos o que, sem dúvida nenhuma, vai provocar por conta destes tijolaços um arrefecimento da atividade econômica no ano de 2016.

Façamos um pequeno resumo até agora dos aumentos já aprovados, sem ainda levar em conta a aprovação pelo Congresso Nacional da nova CPMF, cuja alíquota seria de 0,2% em cada transação financeira e que o novo ministro da Saúde já sugeriu aumentar (de maneira inconstitucional por ser uma bitributação proibida na Constituição Federal) para 0,4%, sendo 0,2% no débito e 0,2% no crédito da mesma transação financeira. Só a CPMF, segundo o próprio governo, representaria R$ 32 bilhões de arrecadação adicional, ou seja, recursos do setor privado que seriam transferidos para o governo, para balancear a farra de gastos promovida pelas autoridades e que deixarão de se tornar consumo ou investimento no setor privado.

Ganhos de capital – As alíquotas do imposto sobre ganho de capital auferido por pessoas físicas e empresas do Simples estão sendo aumentadas de 15% para 30%, de maneira escalonada, ou seja, até R$ 1 milhão de ganho de capital, 15% de imposto; entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões, 20% de imposto; e entre R$ 5 milhões e R$ 20 milhões, 25% de imposto; e o que ultrapassar R$ 20 milhões de ganho, 30% de imposto.

Diferentemente do que se pensa de que o aumento só afetará os ricos, este aumento vai pegar em cheio a classe média (baixa e alta) que adquiriu nos últimos dez anos imóveis, que tiveram substancial valorização. Nesta faixa de contribuintes estarão provavelmente entre os que irão auferir entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões de ganhos de capital que vão passar a pagar 20% de imposto, ao invés dos 15% atuais. Esta Medida Provisória (692/2015) passa a vigorar em 1º de janeiro de 2016, a menos que não seja transformada em lei no prazo constitucional (até 120 dias). Caso não ocorra a transformação da MP em lei neste prazo, a alíquota permaneceria em 2016 em 15%.

Capital próprio – A Medida Provisória 694/2015 aumenta o imposto na fonte sobre os juros de capital próprio pago pelas empresas de 15%, para 18%, limitando ainda a dedutibilidade a 5% ou a variação da TJLP o que for menor, e também vigora a partir de 1º de janeiro de 2016, se transformada em lei pelo Congresso.

Através da MP 675/2015 já transformada em Lei 13.169/2015, as alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para bancos, seguradoras, corretoras de cambio e de valores mobiliários, sociedades de crédito imobiliário, cartões de crédito, arrendamento mercantil e associações de poupança e empréstimo sobem dos atuais 15%, para 20%, já a partir de 1/09/2015 até 31/12/2018, passando novamente a 15% a partir de 1 /01/2019.

Imposto sobre doações e herança – Isto sem falar no aumento do imposto sobre doações e herança, cujo limite máximo previsto na Constituição hoje é de 8% (sendo que apenas dois ou três estados no Brasil atualmente cobram este imposto pela alíquota máxima, sendo que a grande maioria cobra apenas 4%), para o limite máximo de 20%.

Ou seja, até 31 de dezembro de 2015, os estados brasileiros muito provavelmente aprovarão suas leis estaduais de forma a já a partir de março de 2016 (isto por conta do tipo de imposto) possam efetivar o

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aumento da alíquota, podendo inclusive aplicar escalonamento na aplicação das alíquotas.

Além disso foram aumentadas as taxas pagas pelas empresas abertas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 200% e as taxas pagas ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 58%.

Impacto no setor privado – Ou seja, estes aumentos irão impactar o setor privado, o que vai ocasionar, sem dúvida, o aumento do desemprego e a redução das atividades, afetando o crescimento do PIB anual.

De qualquer forma, estes resumos das más notícias fiscais a caminho não servem apenas para mostrar o negativo, mas para alertar àqueles que podem ser afetados no curto prazo por estes prováveis aumentos, que o momento é de cautela e prevenção, bem como iniciativas que possam enfrentar os reajustes de 2016 já com um planejamento levando em consideração tais mudanças.

Rubens Branco

Sócio da Branco Consultores Tributários e autor do livro No País dos Impostos – Fugindo da Malha Fina.

[email protected]

Garotas que mandam muitas mensagens no celular têm pior desempenho na escola, diz estudoDA REDAÇÃO - REVISTA VEJA - 16/10/2015 - SÃO PAULO, SP

Garotas que enviam mensagens de texto compulsivamente em seus celulares têm notas menores na escola. De acordo com um estudo publicado na última edição do periódico da Associação Americana de Psicologia, Psychology of Popular Media Culture, as mensagens digitadas se tornaram o meio de comunicação preferido pelos adolescentes, mas as meninas têm tendência a serem compulsivas e tirarem notas mais baixas.

Para a análise, os pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, entrevistaram 403 estudantes americanos do ensino fundamental e médio. Os alunos foram questionados sobre sua relação com os celulares e mensagens de texto e também o desempenho acadêmico. Além disso, também foi criada uma escala de digitação compulsiva para diferenciar os jovens compulsivos daqueles que enviavam mensagens com frequência.

Ansiedade - O estudo revelou que 63% dos adolescentes recebem em média de 167 textos por dia. Desse número, apenas 35% afirma encontrar com os amigos, pessoalmente, fora da escola. Os resultados também mostram uma disparidade de gênero. Apesar meninos e meninas enviarem grande quantidade de mensagens, elas são 20% mais compulsivas do que os meninos. Além disso, para as garotas, quanto mais textos enviados e recebidos, menores as notas. De acordo com o

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estudo, os digitadores compulsivos estão tão preocupados com as mensagens que dormem menos e esquecem de fazer os trabalhos escolares.

Apesar de destacar a relação entre mensagens de texto e pior desempenho na escola, o estudo não afirma que esse tipo de comunicação é a causa das notas baixas dos adolescentes. De acordo com os pesquisadores, as mensagens são uma forma importante de comunicação social e podem até ajudar na escola se usados com orientação - o que pode estar por trás das notas ruins é a ansiedade ou distração, evidenciadas pelas mensagens constantes.

Em uma observação anterior, pesquisadores encontraram indícios de que os garotos mandam mensagens para transmitir informações, enquanto as garotas utilizam esse meio como uma forma de interação social, seja familiar, entre amigos ou amorosa.

Fala quem sabe:

Impeachment: Quais as reais chances juridicamente falando? Professor Dalmo Dallari Uma abordagem essencialmente jurídica. Publicado por Caio Targino Brasileiro - 2 dias atrás

Avesso a abordagem política, e guardião dos ensinamentos constitucionais, o professor Dalmo Dallari, explana com base na Constituição Federal as simulações que hoje permeiam os pedidos de impeachment.

Opinião Jurídica

Tendo em conta a pretensão de proposição do “impeachment” da Presidente Dilma Rousseff, manifestada por vários militantes políticos, apoiando-se, em alguns casos, em pareceres de juristas, foram-me dirigidas perguntas relativas ao tema, que passo a responder.

Desde logo, entretanto, ressalto que a matéria é expressamente normatizada no texto da Constituição brasileira vigente, que, conforme o ensinamento do eminente mestre José Joaquim Canotilho, é “norma superior e vinculante”, condicionando todas as intepretações e aplicações dos preceitos jurídicos brasileiros.

1 – Em primeiro lugar, quanto à responsabilidade, pergunta-se qual o alcance do artigo 86, parágrafo 4o, da Constituição Federal. Indaga-se, especificamente, se para fins de eventual responsabilização por impedimento, em hipótese, se reeleição presidencial, pode-se cogitar de continuidade de mandato ou são mandatos autônomos. Em síntese, a indagação é se pode haver responsabilização no segundo mandato por conduta eventualmente ocorrida em mandato anterior.

O artigo 86, parágrafo 4o, da Constituição, tem redação muito clara quando dispõe: “o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de

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suas funções”. Aí está mais do óbvio que a intenção do legislador constituinte foi excluir a hipótese de responsabilização do Presidente por atos que não tenham sido praticados no exercício do mandato corrente, ou seja, na vigência do mandato que esteja exercendo. Assim, pois, a eventual circunstância de o Presidente já ter exercido mandato anterior não tem qualquer relevância para a correta aplicação do preceito do parágrafo 4o. O que importa, exclusivamente, é que o ato questionado tenha sido praticado durante a vigência do mandato corrente, ou seja, como estabelece a Constituição, durante a vigência de seu mandato. Se a mesma pessoa tiver exercido mandato anteriormente trata-se de outro Presidente e outro mandato e não do mandato vigente.

Em conclusão, não pode haver responsabilização no segundo mandato por conduta eventualmente ocorrida em mandato anterior.

2 – Pergunta-se em seguida se, tendo em conta o disposto no artigo 86, “caput”, da Constituição, poder-se-ia admitir que o plenário da Câmara dos Deputados, por maioria simples, acolhe-se recurso contra a decisão de arquivamento de denúncia, do Presidente da Casa. Indaga-se, também, se no caso de acusação da prática de eventual crime de responsabilidade o Presidente da República poderá responder tanto por conduta comissiva quanto omissiva e se o Presidente pode ser responsabilizado apenas por modalidade dolosa ou também por culposa.

Em primeiro lugar, quanto à possibilidade de decisão por maioria simples da Câmara dos Deputados contrário ao arquivamento da denúncia a resposta é que, nos termos expressos do referido artigo 86, “caput”, as decisões admitindo a acusação devem ser adotadas por dos terços dos membros da Câmara, devendo, portanto, ser exigido o mesmo quorum qualificado para eventual recurso contra o arquivamento.

O segundo ponto é referente à possibilidade de responsabilização do Presidente da República por modalidade culposa. Isso foi suscitado porque houve quem emitisse parecer afirmando que a omissão do Presidente também daria base para o enquadramento por crime de responsabilidade. Para responder a esse ponto basta a leitura atenta e desapaixonada do artigo 84 da Constituição, no qual está expresso e claro que são crimes “os atos” do Presidente. Assim, para que se caracterize o crime é indispensável a intenção, a prática de um ato que configure um crime. Não havendo esse ato, essa intenção expressamente manifestada, não se caracteriza o crime.

3 – Por último, pergunta-se se o Presidente da República e seu Vice-Presidente podem ter o mandato cassado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral em ação de impugnação de mandato eletivo, ao arrepio dos artigos 85 e seguintes da Constituição.

Na realidade, a pergunta já contém a resposta, pois o artigo 85 da Constituição dispõe, especificamente, sobre as hipóteses de cassação do mandato do Presidente da República e ali não se dá competência ao Tribunal Superior Eleitoral para decidir sobre a cassação. Além disso, é oportuno lembrar, ainda, o disposto no parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição, que é absolutamente claro quando dispõe que “O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções”.

Em complemento a isso, indaga-se também se a ação de investigação judicial eleitoral e a representação prevista no artigo 30-A da Lei nº 9504/97 podem ensejar a cassação dos mandatos do Presidente e do Vice-Presidente da República. A resposta, sem a mínima dúvida, é não. E para eliminar qualquer tentativa de simulação de fundamentação jurídica basta reproduzir aqui o que dispõe expressamente o artigo 14, parágrafo 10º, da Constituição: “O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude”.

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São essas, portanto, as respostas às questões formuladas, que tomaram por base, sobretudo, o que dispõe a Constituição, “norma superior e vinculante”, e que se orientaram por critérios essencialmente jurídicos.

Esse é o meu parecer.

Prof. Dr. Dalmo de Abreu Dallari Professor Emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

Advogado – OAB/SP 12.589

Mais ainda:

Parecer

Pretensão de impeachment é juridicamente absurda, afirmam juristasCelso Antônio Bandeira de Mello e Fabio Konder Comparato elaboraram parecer a pedido de advogado responsável pela defesa de Dilma no TSE.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Em parecer, os juristas e professores Celso Antônio Bandeira de Mello e Fabio Konder Comparato afirmam que "a atual pretensão de impeachment, em termos jurídicos, é literalmente absurda, pois não tem o mais remoto suporte no direito positivo".

O documento foi elaborado em resposta à consulta do advogado Flávio Crocce Caetano, que em julho deixou o cargo de secretário da Reforma do Judiciário no MJ, para chefiar a defesa da presidente Dilma Rousseff em uma investigação judicial em trâmite no TSE.

Flávio Caetano traz questões relacionadas, entre outros, ao alcance do art. 86, §4º, da CF, ao parecer do TCU pela rejeição de contas presidenciais, às hipóteses configuradoras do crime de responsabilidade, e à possibilidade de cassação de mandato de presidente e vice-presidente da República pelo TSE.

O art. 86, §4º, da CF, estabelece que "o presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções". Para os juristas, o texto é claro ao falar que só deve ser retirado do cargo o presidente da República que, "no curso de seu atual mandato, haja atentado gravemente contra a Lei Maior. No mesmo sentido, argumentam que mandatos sucessivos são mandatos distintos e "não se somam, como se fora um contínuo, a formar uma unidade, que houvera resultado de uma única eleição".

"Não se pode, pois, suplantar a vontade popular expressa no resultado eleitoral para buscar em outro momento histórico e jurídico o fundamento requerido para o 'impeachment', sem estar com isto ofendendo até mesmo o princípio republicano."

Com relação ao parecer do TCU pela rejeição das contas eleitorais, os professores explicam que tal entendimento deve passar por aprovação do Congresso e, mesmo que a rejeição venha a ser aprovada, esta não se confunde com a prática do crime de responsabilidade. Além disso, caso esteja configurado o crime de responsabilidade, segundo Bandeira de Mello e Comparato, "somente

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condutas comissivas dolosas perfariam um comportamento tão agressivo aos valores da República ao ponto de requererem a expulsão do primeiro mandatário".

"O instrumento jurídico do 'impeachment' não pode ser brandido de maneira a cumprir aquilo que na expressiva dicção utilizada na linguagem do esporte mais popular do Brasil, se traduz no dito corrente de 'ganhar no tapetão', quando um clube de futebol, esmagado em campo por força da superioridade do adversário, quer vencê-lo de qualquer modo, nem que seja por esta via inidônea e não se peja de assumir uma atitude desabrida."

Por fim, sustentam que o TSE não pode desconstituir os mandatos do presidente da República e do vice-presidente, em ação de impugnação de mandato eletivo. "Dado que a própria Constituição regrou o tema do impedimento não se pode aceitar nenhuma forma de efetuá-lo senão aquela mesma ali estabelecida."

Confira a íntegra do parecer.

______________

CONSULTA:

I - Qual o alcance e o significado do art. 86, parágrafo 4º da Constituição Federal?

II - Eventual parecer do Tribunal de Contas da União pela rejeição de contas presidenciais precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional?

III - Tal reprovação caracteriza hipótese caracterizadora de crime de responsabilidade?

IV - Em se tratando da prática de eventual crime de responsabilidade, o Presidente da República poderá responder tanto por conduta comissiva como omissa? Pode ser responsabilidade apenas na modalidade dolosa ou na culposa também?

V - Pode o Presidente da República e seu vice terem o seu mandato cassado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral em ação de impugnação de mandato eletivo, ao arrepio dos artigos 85 e seguintes da Constituição Federal?

RESPOSTAS:

I – O alcance e o significado do art.86, parágrafo 4º da Constituição Federal, são os de retirar do cargo de Presidente da República aquele que, no curso de seu atual mandato, haja atentado gravemente contra a Lei Maior, afim de impedir que continue em condições de fazê-lo;

II - Eventual parecer do Tribunal de Contas da União pela rejeição de contas presidenciais precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional para produzir dito efeito, já que é ao Congresso Nacional, auxiliado por aquele órgão, quem tem o poder de rejeitá-las;

III - Tal reprovação não é bastante para caracterizar a figura do crime de responsabilidade, até porque não há quorum especial para o Legislativo reprová-las, ao passo que o simples recebimento de acusação de crime de responsabilidade do Presidente da República, a afim de que este possa ser submetido a julgamento perante o Senado Federal, só pode ser aceito por dois terços da Câmara dos Deputados;

IV- Em se tratando da prática de eventual crime de responsabilidade, o Presidente da República só poderá responder por conduta comissiva e dolosa;

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V - Nem o Presidente da República, nem seu vice podem ter seus mandatos cassados por decisão do Tribunal Superior Eleitoral em ação de impugnação de mandato eletivo, ao arrepio dos artigos 85 e seguintes da Constituição Federal.

Defesa presidencial

Reprovação de contas pelo TCU não embasa impeachment, dizem juristas12 de outubro de 2015, 14h11

A reprovação das contas governamentais de 2014 pelo Tribunal de Contas da União não constitui crime de responsabilidade, sendo insuficiente para embasar um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O argumento foi apresentado pelos juristas Celso Antonio Bandeira de Mello e Fabio Konder Comparato em parecer encomendado pela defesa da presidente no Tribunal Superior Eleitoral.

No parecer, os juristas destacam que, conforme delimita a Constituição, “o controle externo (das contas do poder Executivo), a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União” e, por isso, é preciso separar a apreciação pelo Congresso Nacional da opinião do TCU de um “hipotético crime de responsabilidade”. “A reprovação das contas pelo Legislativo é algo que, em si mesmo e por si mesmo, em nada se confunde com crime de responsabilidade”, afirmam Bandeira de Mello e Comparato.

“Cumpre ressaltar que o impedimento implicaria na desconstituição da vontade popular expressada por vários milhões de votos (54,5 milhões) por pouco mais de algumas centenas de votos provenientes de congressistas. Algo, então, da mais supina gravidade”, afirmam os juristas no parecer.

O parecer é categórico ao avaliar que, conforme determina a Constituição, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tem poderes para cassar mandato de Presidente da República e seu vice. “Nem o Presidente da República, nem seu vice podem ter seus mandatos cassados por decisão do Tribunal Superior Eleitoral em ação de impugnação de mandato eletivo, ao arrepio dos artigos 85 e seguintes da Constituição Federal”, concluem.

Mandato anteriorNo documento, os juristas também analisam a possibilidade de impedimento presidencial por atos cometidos em mandato anterior. Segundo os autores, o mandato exercido atualmente não tem ligação alguma com o exercício dos últimos quatro anos. Bandeira de Mello e Comparato reforçam que, ao falar em “exercício de suas funções”, a Constituição do Brasil se refere “às funções que o presidente exerce, não às funções que no passado exerceu”.

Clique aqui para acessar parecer.

Revista Consultor Jurídico, 12 de outubro de 2015, 14h11

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Eduardo Cunha: Sucessor de PC Farias de fato e de direito Publicado por João Victor Chaves - 2 dias atrás

O escândalo que culminou na instauração de processo de impeachment do então presidente da República, Fernando Collor de Mello, teve um personagem central: PC Farias. Na condição de tesoureiro, PC foi responsável por levantar dinheiro de empresas privadas mediante chantagens e extorsões a pretexto de interferir para obtenção de favorecimento a tais empresas no setor público.

À época, PC convidou um jovem militante para realizar a captação de recursos no comitê de campanha no Rio de Janeiro. Seu nome: Eduardo Cosentino da Cunha. O pupilo aprendeu o ofício com maestria e logo tornou-se braço direito de PC, chegando inclusive a responder criminalmente por envolvimento no escândalo.

Em 20 de agosto de 2015, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face do atual presidente da Câmara dos Deputados, sob as acusações de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Segundo as acusações, Cunha estaria extorquindo empresas que prestam serviços à Petrobras para obtenção de valores para financiamento de suas campanhas eleitorais e de seus aliados. Dezenas de milhões de dólares foram movimentados por Eduardo Cunha no esquema de corrupção que causou lesão bilionária aos cofres públicos.

Por mais que se afirme que a Câmara dos Deputados não é exatamente um lugar repleto de pessoas impolutas, a capacidade demonstrada por Eduardo Cunha para prática de atos ilícitos supera em muito a grande maioria de seus pares. Em acordo de delação premiada, o lobista Julio Camargo afirmou que o parlamentar controlava outros 260 deputados, a quem ajudou a financiar no dito esquema de corrupção da Petrobras.

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Vinte e três anos após a deflagração do Esquema PC, temos a comprovação de que o pupilo se tornou mestre. Eduardo Cunha é, portanto, sucessor de fato e de direito de PC Farias.

Simples Nacional – burocracia ameaça permanência de empresas no regimeA ameaça não vem apenas da crise econômica.Muitos contribuintes estão sofrendo com a crise econômica que assola o país, independentemente do regime tributário que se enquadra.

Mas o Simples Nacional, criado para “simplificar” a tributação e as obrigações acessórias das micro e pequenas empresas está cada vez mais "perto de acabar".

Para evitar a inviabilização do negócio, a empresa optante pelo Simples Nacional de que trata a Lei Complementar nº 123/2006, em especial a que exerce atividade de comércio deve fazer a conta se será ou não vantagem continuar no regime, considerando as alterações das regras tributárias que vão atingir as operações interestaduais destinadas à pessoa não contribuinte do ICMS a partir de 1º de janeiro de 2016.

O cenário não é um dos melhores, além de ter de enfrentar a burocracia para realizar as operações, ainda terão de arcar com o alto custo para parametrizar o sistema de emissão das notas fiscais.

Diferencial de Alíquotas a partir de 2016IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Hoje a empresa optante pelo Simples Nacional recolhe o diferencial de alíquotas apenas quando compra de fornecedor estabelecido em outro Estado. O novo diferencial de alíquota instituído pela Emenda Constitucional 87/2015, incidirá sobre as operações interestaduais destinadas a pessoa não contribuinte do ICMS.

Assim, a partir de 1º de janeiro 2016 o contribuinte do ICMS vai acumular dois diferenciais de alíquotas:

1 – Sobre a compra interestadual

2 – Sobre a venda, em operação interestadual destinada a pessoa não contribuinte do ICMS

Fluxo de caixa

Com a nova sistemática, a cada operação a empresa terá de recolher uma guia (GNRE) do diferencial de alíquotas para acompanhar a mercadoria até o seu destino. Esta exigência vai impactar no fluxo de caixa da empresa.

Burocracia

As empresas enquadradas no Simples, até o final deste ano (2015) na venda de mercadoria para pessoa não contribuinte do ICMS, não se preocupa em recolher outro ICMS sobre esta operação, visto que o imposto já está embutido no DAS (entre 1,25% a 3,95% sobre a operação).

Com a nova regra, é como se tivesse sendo “cobrado IPI” ou "ICMS Substituição" sobre a operação. O valor do diferencial de alíquotas vai compor o total da Nota Fiscal e será repassado ao destinatário da mercadoria.

Esta burocracia e aumento da carga tributária foram instituídos pela Emenda Constitucional 87/2015 e regulamentada pelo Convênio ICMS 93/2015.

Consumidor

Em razão do novo sistema de partilha do diferencial de alíquotas que vai entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2016, vários Estados estão aumento as alíquotas internas do ICMS.

Diante de tantas incertezas na economia, uma coisa é quase certa, aumento dos preços. As empresas Simples poderiam oferecer preços melhores, mas ficarão em situação difícil, visto que também foram “convocadas” para pagar pelo novo diferencial de alíquotas.

Portanto, quando o assunto é comprar de fornecedor estabelecido em outro Estado, a ordem é conhecer qual será o valor final do produto, considerando o repasse do diferencial de alíquota.

EFD-ICMS/IPI

A burocracia para as empresas enquadradas no Simples Nacional poderá ser aumentada se a exigência da Escrituração Fiscal Digital – EFD-ICMS/IPI for mantida para 2016, conforme prevê o Convênio ICMS 03/2011.

Com tanta alteração, os contadores terão de reavaliar seus honorários, afinal de contas as novas regras implicam em aumento do custo de profissionais envolvidos no processo de orientação das empresas e entrega de obrigações acessórias.

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Em meio a tantas medidas que estão na contramão da desburocratização do regime, micros e pequenos empresários tentam manter seus negócios.

Alerta: Receita Federal aplica quase R$ 90 bilhões em multas até setembro A Receita Federal vem trabalhando intensamente nos últimos meses na tentativa de minimizar os efeitos da crise econômica na arrecadação federal. Entre janeiro a setembro de 2015 foram lavrados autos de infração no valor de R$ 87,975 bilhões. Esse valor corresponde a um acréscimo de 9,7% em relação ao mesmo período de 2014. Apenas no estado de São Paulo foram lavrados, de janeiro a setembro de 2015, autos de infração no valor de R$ 57 bilhões, representando um acréscimo de 29% em relação ao que foi lançado no mesmo período de 2014.

Foram constituídos, também, grupos para acompanhar o comportamento dos principais devedores do Fisco, com aplicação de diversas medidas punitivas, especialmente nos casos em que forem verificados ilícitos ou fraudes. Dentre tais medidas, destacam-se, conforme o caso: exclusão de parcelamentos especiais como REFIS, PAES e PAEX; inscrição no CADIN; exclusão de benefícios e/ou incentivos fiscais; exclusão do Simples Nacional; arrolamento e bloqueio de bens e representação fiscal para fins penais.

A lavratura dos autos de infração é feita pelos Auditores-Fiscais do órgão e as ações de cobrança são desenvolvidas pelos Auditores-Fiscais, Analistas-Tributários, Analistas e Técnicos do Seguro Social, cada um conforme as respectivas atribuições . São, no estado de São Paulo, mais de 5.000 servidores desenvolvendo esses trabalhos.

Os créditos constituídos pela Receita Federal não recolhidos são, após vencidas as etapas de cobrança administrativa, encaminhados para inscrição em dívida ativa, quando, então, passam a ser cobrados na esfera judicial pela Procuradoria da Fazenda Nacional. (Com Jornal do Brasil)

Fonte: Jornal Contábil

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Sem CPMF, seguro-desemprego e abono salarial estão em risco, adverte Levy 18:2414/10 - Wellton Máximo / Agência Brasil

A não aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) põe em risco programas de proteção ao trabalhador, como o seguro-desemprego e o abono salarial, afirmou, há pouco, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele participa de audiência pública no plenário da Câmara dos Deputados, transformada em Comissão Geral, e respondeu a diversos líderes partidários que disseram duvidar da aprovação do tributo.

“Se não tiver a CPMF, existe um certo risco de programas importantes, como o seguro-desemprego e a proteção ao trabalhador, virem a ter risco. A CPMF permite que o seguro-desemprego esteja protegido, como também o abono salarial. Como vamos pagar, se não houver receitas?”, questionou o ministro.

O ministro criticou ainda a proposta, expressa por diversos economistas, de que o Banco Central interrompa o aumento dos juros para impedir a explosão da dívida pública. Segundo Levy, a situação de dominância fiscal, quando os aumentos de juros tornam-se insuficientes para segurar a inflação por causa do desequilíbrio das contas públicas, só pode ser combatida por meio do ajuste fiscal.

“A dominância fiscal acontece quando a gente vê que o Orçamento está desorganizado e é difícil segurar a inflação. Não é problema de política monetária. É quando o governo não consegue manter o Orçamento em ordem. A gente vence a dominância fiscal, não soltando os juros, mas acertando o fiscal, que atende às necessidades para o Brasil voltar a crescer”, defendeu Levy.

O ministro disse que o cuidado para que a dívida pública não fuja do controle é essencial, porque a maioria dos fundos de investimento investe até 90% da carteira em papéis do Tesouro Nacional. Ele ressaltou que o ajuste fiscal proposto pelo governo tem como objetivo impedir a explosão do endividamento do governo.

“É por isso que temos de cuidar da dívida do Tesouro. É dinheiro da sua família e de investidores estrangeiros investidos em títulos do Tesouro Nacional. Esses papéis de longo prazo têm financiado o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] nos últimos anos. A dívida pública azeita e faz funcionar a economia. Há 200 anos, descobriu-se que a dívida pública sólida é fundamental para o desenvolvimento. Por isso, ter o [resultado] fiscal em ordem é essencial para o crescimento econômico”, afirmou Levy.

Edição: Nádia Franco

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Dano moral

Mulher terá de indenizar ex-namorado e sua atual esposa por divulgar fotos íntimasDecisão é da 2ª câmara de Direito Privado do TJ/SP.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A 2ª câmara de Direito Privado do TJ/SP manteve condenação de uma mulher que deve indenizar por danos morais o ex-namorado e sua atual esposa. De acordo com o processo, na época do casamento dos autores, a ré enviou para a família e amigos do casal e-mails com conversas e fotos íntimas entre ela e o rapaz. A indenização foi fixada em R$ 8 mil.

A ré não negou a autoria dos e-mails, mas alegou que o conteúdo não seria suficiente para causar danos morais, pois a noiva sabia do relacionamento. Afirmou, ainda, que as ofensas que recebeu em resposta seriam suficientes para compensar os danos. A tese não foi acolhida pela turma julgadora.

"Evidente que o padecimento e a angústia pela qual o casal de noivos passou não configura mero aborrecimento do dia a dia, mas, sim, inegável violação a direitos da personalidade. A situação se postergou mesmo após o casamento. O Boletim de Ocorrência foi lavrado durante a lua-de-mel", afirmou em seu voto a relatora do caso, Rosangela Telles.

Os desembargadores José Joaquim dos Santos e Álvaro Passos participaram do julgamento e acompanharam o voto da relatora.

Informações do TJ/SP.

Já temos mais de 100 milhões de processos em tramitação na Justiça brasileira E o problema é o juiz? Publicado por Pedro Magalhães Ganem - 3 dias atrás

Segundo relatório formulado pelo CNJ, denominado Justiça em Números, já ultrapassamos a casa dos 100 milhões de processos, significando que temos quase 01 processo para 02 habitantes.

Ademais, temos cerca de 17.000 magistrados espalhados pelo Brasil, ou seja, em um cálculo rápido, cada juiz seria responsável por quase 6.000 processos.

Abaixo eu coloquei um gráfico disponibilizado pelo próprio CNJ e o outro é o infográfico retirado de um blog, o qual também utilizou os dados disponibilizados nesse relatório.

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Dados como esses servem para que a gente reflita sobre a situação da nossa Justiça e a forma como todos nós utilizamos o processo.

Recursos protelatórios; manobras processuais; má-fé processual;...; tudo isso colabora para o caos que se encontra a nossa Justiça.

Não adianta nada sair por aí reclamando dos magistrados, dos promotores e dos servidores em geral se o problema na realidade é muito maior, é muito além da atuação do juiz.

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Big Data vai ajudar Estado a combater a sonegaçãoPEPO KERSCHNER/DIVULGAÇÃO/JC

Patricia Knebel

Uma solução de Big Data, capaz de fazer o processamento de milhões de informações em poucos segundos, é a nova aliada da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul para detectar precocemente anormalidades em operações que possam resultar em sonegação fiscal.O sistema, adquirido por R$ 5,5 milhões a partir de um financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), será apresentado nesta sexta-feira, quando também acontece a primeira reunião técnica entre a Secretaria da Fazenda e a EMC, empresa fornecedora da tecnologia e que recentemente foi adquirida pela Dell.Nessa primeira fase do projeto, será feita a migração de todos os dados para a novo ambiente, o que deve se estender até março de 2016. Depois disso, serão realizadas novas implementações, que permitirão o acesso a fontes externas de pesquisa, uso de inteligência artificial e análises preditivas, qualificando ainda mais o tratamentos dos dados."O sistema atual já nos fornece muitas informações importantes para o combate à sonegação e para a realização de análises econômicas. O grande diferencial é que com essa tecnologia será possível fazer esses processamentos com muito mais velocidade", relata o titular da Receita Estadual, Mario Luis Wunderlich dos Santos.A expectativa é que esses novos sistemas de controle e outras ações que já estão sendo realizadas pela instituição possam agregar R$ 1 bilhão na arrecadação do Estado em 2018. Isso acontecerá porque a solução de Big Data fará com que se alcance um novo patamar na manipulação de altos volumes de informações.Existem atualmente 55 malhas fiscais sistêmicas em operação na Fazenda. São 8,5 bilhões de registros relativos a Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), 26 bilhões de Escrita Fiscal Digital (EFD) e 4,5 bilhões a partir das transações com cartão de crédito e débito de contribuintes cadastrados na Receita Estadual, entre outros.Todos esses dados passarão a ser extraídos e tratados de forma mais automatizada e ágil, o que fará com que a Receita Estadual tenha condições de estabelecer, por exemplo, um perfil mais preciso da movimentação de cargas e na venda de serviços, tanto nas relações internas como interestaduais. Com o cruzamento inteligente de informações de diferentes bases de dados será possível monitorar empresas transportadoras para saber se o IPVA do caminhão está em dia, quais os produtos que estão sendo transportados e o horário que o veículo cruzou os postos de pedágio. "Tudo que nos permitir detectar precocemente comportamentos fora da curva, que, lá na frente, poderiam se transformar em fraudes, será importante", comenta Wunderlich.

STJ aprova cinco novas súmulas Publicado por Kelson Aragão e mais 3 usuários - 3 dias atrás

A 2ª seção do STJ aprovou nesta quarta-feira, 14/10/2015, cinco novas súmulas. O colegiado é especializado na análise de processos de Direito Privado.

Confira os enunciados:IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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1. "Nas ações em que se pleiteia o ressarcimento dos valores pagos a título de participação financeira do consumidor no custeio de construção de rede elétrica, o prazo prescricional é de 20 anos na vigência do Código Civil de 1916. Na vigência do Código Civil de 2002, o prazo é de 5 anos, se houver previsão contratual de ressarcimento, e de 3 anos na ausência de cláusula nesse sentido, observada a regra de transição disciplinar no seu artigo 2.028."

2. "Incumbe ao credor a exclusão do registro da dívida em nome do devedor no cadastro de inadimplentes no prazo de cinco dias úteis, a partir do integral e efetivo pagamento do débito."

3. "Nas demandas por complementação de ações de empresas de telefonia, admite-se a condenação ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio independentemente de pedido expresso. No entanto, somente quando previsto no título executivo poderão ser objeto de cumprimento de sentença."

4. "É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação."

5. "A utilização de score de crédito, método estatístico de avaliação de risco que não constitui banco de dados, dispensa o consentimento do consumidor, que terá o direito de solicitar esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e as fontes dos dados considerados no respectivo cálculo."

Fonte: Migalhas

MP aumenta alíquota de tributo e reduz incentivo fiscal da Lei do Bem

14 de outubro de 2015

Com a medida, governo espera elevar a arrecadação em R$ 9,9 bilhões em 2016

O governo enviou ao Congresso Nacional mais uma norma do pacote de medidas com o objetivo de elevar a arrecadação tributária. A Medida Provisória 694/15 aumenta de 15% para 18% a alíquota do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) aplicado aos juros sobre o capital próprio (JSCP) pagos ou creditados aos sócios ou acionistas de empresa.

Os juros sobre capital próprio são recebidos pelos sócios ou acionistas que financiam a empresa com seus próprios recursos. Em troca de ajudar o negócio, eles têm direito a receber juros pelo valor colocado na empresa. A Lei 9.249/95, que é alterada pela MP, permite que o valor pago a título de JSCP seja deduzido do lucro real da empresa para fins de apuração do Imposto de Renda da empresa.

Assim, a empresa que recebe recursos dos sócios ou acionistas e paga JSCP reduz o seu lucro tributável, recolhendo menos IR.

Limite de deduçãoAlém de elevar a alíquota do IRRF, a MP 694 reduz o valor total que pode ser deduzido a título de JSCP pagos aos sócios. Segundo o texto, o montante ficará entre a variação diária da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP, fixada em 7% ao ano até dezembro) e da taxa fixa de 5% (ao ano), usando o coeficiente que for menor, multiplicado pelo patrimônio líquido.

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Pela Lei 9.249, as empresas podem abater o montante obtido da multiplicação da TJLP pelas contas do patrimônio líquido. Em termos práticos, a mudança impõe um teto ao valor dos JSCP (dado pelo menor coeficiente entre a TJLP e a taxa de 5%), reduzindo assim o benefício fiscal das empresas e preservando a arrecadação federal.

O governo alega que essa mudança é necessária porque a TJLP está em ritmo de alta. Pela regra que vigora até o final do ano, que levava em conta apenas a TJLP como fator limitador, quando maior essa taxa, maior o valor a ser dedutível como JSCP e, por consequência, o benefício fiscal.

A nova tributação sobre os ganhos do JSCP passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2016.

Lei do BemA MP enviada ao Congresso também reduz benefícios fiscais da Lei do Bem (11.196/05) para elevar a arrecadação do governo.

O texto suspende, para o ano de 2016, o incentivo fiscal que permite às empresas de inovação tecnológica excluir do lucro líquido, na determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o valor correspondente a até 60% do montante gasto com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.

Também será suspensa, no próximo ano, a possibilidade de abater do lucro líquido até 2,5 vezes os gastos com projetos de pesquisa científica e tecnológica e de inovação executados através de entidades de pesquisa públicas (como as universidades estaduais e federais) ou privadas sem fins lucrativos.

O último dos benefícios suspensos pela MP para o próximo ano diz respeito à possibilidade de dedução, para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL, de até 160% do valor gasto com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.

De acordo com o governo, a MP 694 permitirá um aumento de arrecadação em 2016, estimado em R$ 9,9 bilhões. Esse valor deverá ser incorporado pela proposta orçamentária do próximo ano, em tramitação na Comissão Mista de Orçamento.

TramitaçãoA MP 694 será analisada por uma comissão mista. Se aprovada, segue para votação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

Entenda a tramitação de MPs

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

MPV-694/2015

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Receita Federal aperta o cerco aos devedoresIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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16 de outubro de 2015

A Receita Federal vem trabalhando intensamente nos últimos meses na tentativa de minimizar os efeitos da crise econômica na arrecadação federal.

Entre janeiro a setembro de 2015 foram lavrados autos de infração no valor de R$ 87,975 bilhões. Esse valor corresponde a um acréscimo de 9,7% em relação ao mesmo período de 2014.

Apenas no estado de São Paulo foram lavrados, de janeiro a setembro de 2015, autos de infração no valor de R$ 57 bilhões, representando um acréscimo de 29% em relação ao que foi lançado no mesmo período de 2014.

Foram constituídos, também, grupos para acompanhar o comportamento dos principais devedores do Fisco, com aplicação de diversas medidas punitivas, especialmente nos casos em que forem verificados ilícitos ou fraudes. Dentre tais medidas, destacam-se, conforme o caso: exclusão de parcelamentos especiais como REFIS, PAES e PAEX; inscrição no CADIN; exclusão de benefícios e/ou incentivos fiscais; exclusão do Simples Nacional; arrolamento e bloqueio de bens e representação fiscal para fins penais.

A lavratura dos autos de infração é feita pelos Auditores-Fiscais do órgão e as ações de cobrança são desenvolvidas pelos Auditores-Fiscais, Analistas-Tributários, Analistas e Técnicos do Seguro Social, cada um conforme as respectivas atribuições. São, no estado de São Paulo, mais de 5.000 servidores desenvolvendo esses trabalhos.

Os créditos constituídos pela Receita Federal não recolhidos são, após vencidas as etapas de cobrança administrativa, encaminhados para inscrição em dívida ativa, quando, então, passam a ser cobrados na esfera judicial pela Procuradoria da Fazenda Nacional.

Os 500 maiores devedores foram divulgados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, acesse aqui.

Fonte: Receita Federal do Brasil

Crime eleitoral

Bispos da Igreja Universal são condenados por pedir votos a fiéis12 de outubro de 2015, 18h08

Os bispos da Igreja Universal do Reino de Deus Daniel Francisco dos Santos e Aparecido dos Reis Júnior foram condenados por fazer propaganda eleitoral às vésperas do pleito de 2014 em templos de Del Castilho e Nova Iguaçu. Os dois ficarão inelegíveis por oito anos.

Gravações registraram os bispos pedindo votos para os candidatos a deputado federal Roberto Sales (PRB-RJ) e Rosângela Gomes (PRB-RJ); a deputado estadual Tia Ju (PRB-RJ), Benedito Alves (PMDB-

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RJ); e a Marcelo Crivella, que concorreu a governador. De todas as pessoas citadas, apenas Crivella não foi eleito.

Além de pedir o votos dos fiéis, os bispos incentivavam ligações para amigos e familiares pedindo votos e a boca de urna no dia da eleição. Daniel Santos e Júnior Reis ainda podem recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral.

“É fora de dúvida que os representados, valendo-se de sua condição de bispos daquela Igreja e utilizando-se de toda a sua estrutura, são capazes sim de desequilibrar as eleições em favor daqueles que pretende eleger; uma vez que os demais candidatos não a possuíam e, por isso, já iniciavam as eleições em desvantagem”, sustentou o procurador regional eleitoral Paulo Roberto Bérenger. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF no Rio de Janeiro.

Revista Consultor Jurídico, 12 de outubro de 2015, 18h08

Sua empresa investiu algum centavo para fazer o bloco K (SPED)?

14 de outubro de 2015

Por Mauro Negruni, Diretor de Conhecimento e Tecnologia da Decision IT

   Várias foram as empresas que envidaram esforços para estar compliance com a diretrizes do estado brasileiro, especialmente quanto às demandas do Sistema Público de Escrituração Digital. O que estas empresas fizeram foi o que se esperava delas: cumprir o regramento tributário. Prepararam-se para o cumprimento de uma das obrigações mais polêmicas do SPED.

Quando fora publicado o Ajuste SINIEF 02/2009,  estabelecendo os livros em papel que seriam substituídos pelas versões digitais constantes no ambiente SPED, restava um. É tido como o mais terrível: o famoso livro P3, ou RCPE – Registro de Controle da Produção e do Estoque. No ambiente digital recebeu o segmento K de registros na Escrituração Fiscal Digital, EFD-Fiscal, e daí por diante, passou a ser conhecido como bloco K.

O Ajuste SINIEF 33/2013 trouxe o primeiro alívio, quando então, fora publicada a primeira prorrogação de prazo estabelecendo que apenas em 2015 o bloco K seria obrigatório para os estabelecimentos industriais e equiparados. Ou seja, para 2014 todas os contribuintes estavam “salvos” do famigerado bloco K. Será? Será que estavam  salvos? Será que havia uma grande luz e alguém poderia esclarecer que as empresas não possuem condições de entregar tamanha gama de informações? Ou será que o alívio do prazo trouxe o indesejado relaxamento (para muitos profissionais) e “vamos ver como ficará no ano-que-vem”?

Eu acredito que o bloco K tem sua lógica, mas não o defendo, porque os Fiscos já possuem informações suficientes para suas auditorias via Nota Fiscal Eletrônica. Todavia, se a obrigação enquadrou várias empresas e é uma obrigação, então é razoável que haja o cumprimento. Assim, várias empresas se prepararam para as entregas em uma nova data. E veio o ajuste SINIEF 17/2014 que colocou, então, a data final: janeiro/2016. E mais uma vez estivemos – todos os envolvidos nas obrigações – trabalhando para o cumprimento desta obrigação. E trabalhamos muito para que fosse possível cumprir o estabelecido. E veio

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então o ajuste SINIEF 08/2015, que novamente redefiniu prazos. E tornou o trabalho de várias empresas um “pouco mais leve”. Porque exatamente não sei! Se fosse a extinção da obrigação ou a eliminação da lista técnica (estrutura de produto, formulação, ficha de produção, e outros tantos nomes para a receita de produção dos itens) eu  entenderia. Enfim, algo que explicasse que o esforço diminuiu eu ficaria, também empolgado. Isso significaria que os fiscos perceberam que este livro era necessário no passado, mas no ambiente digital ele é dispensável.

Não acredito na simplificação irresponsável das obrigações. Afinal os fiscos tem o direito de averiguar as operações das companhias. Contudo, convido  os profissionais dos entes estatais a pensarem quanto haverá de perda competitiva pela conturbação tributária no cumprimento de regras tão arcaicas. Não há dúvidas de que se as entregas continuassem em papel estariam inviabilizadas. Porém, apenas trocar o meio de entrega não é uma evolução razoável.

Precisamos que haja a simplificação das obrigações e das legislações. A sociedade, muitas vezes, confunde a obrigação com a própria legislação regulatória- isso é terrível para a melhoria do ambiente empresarial. Veja-se o caso da EFD-Contribuições. A complexidade de escrituração apenas revela o que de fato está no regramento tributário das contribuições sociais.

Então faço um convite a pensar – impositivo neste momento:Se o fiscos não precisavam das informações do bloco K a partir de janeiro/2016, porque estabeleceram este prazo? Qual o planejamento estratégico que suportava esta exigência? Sendo possível a avaliação através das notas fiscais de aquisição de insumos e vendas de produtos acabados, os fiscos já possuem informações suficientes, porque então aumentar o escopo de informações? Será que mais uma vez a burocracia teve mais força que os argumentos técnicos?

Por favor, não julguem presunçosos aqueles que refutam com  argumentos de que o momento econômico foi o fator decisivo (cenário econômico desfavorável). Não seria adequado. Uma obrigação que estava prevista a tantos anos (épocas de crescimento) não é de supor que alguém deixou a preparação de sistemas e processos para a última hora. Isso aconteceria em novas datas de entregas do bloco K (e para outras obrigações). Ou não?

Comissão da Reforma Tributária ouve especialistas

16 de outubro de 2015

A Comissão Especial da Reforma Tributária promove audiência pública hoje para ouvir a opinião da assessora política do Instituto de Estudos Sociais Econômicos (Inesc), Grazielle David; e o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, Mário Pereira de Pinho Filho sobre as propostas em debate na Câmara.

O deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), que solicitou o debate, explicou que a assessora é especialista em orçamento público e autora de vários artigos sobre economia e reforma tributária. “Grazielle David contribuirá para os trabalhos da comissão especial que pretende reformar o sistema tributário brasileiro.”

A reunião está marcada para as 10 horas, no plenário 11.

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ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

PEC-233/2008

Fonte: Agência Câmara de Notícia

Isenção de Cofins para escolas sem fins lucrativos abrange receita de mensalidades Em julgamento de recurso especial repetitivo, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) firmou o entendimento de que a receita das mensalidades pagas pelos alunos de instituições de ensino sem fins lucrativos, por ser decorrente de atividades próprias da entidade, desfrutam da isenção fiscal estabelecida no artigo 14, X, da Medida Provisória 2.158-35/01.

A tese foi registrada no sistema dos repetitivos como tema 624 e vai orientar a solução de processos idênticos, de modo que só caberá recurso ao STJ quando a decisão de segunda instância for contrária ao entendimento firmado.

O ministro Mauro Campbell Marques, relator do repetitivo, explicou que o normativo que trata da isenção da Cofins – tributo criado para financiamento da seguridade social – é a MP 2.158-35/01, originalmente MP 1.858-6/99.

Razão de existir

Segundo ele, o artigo 47 da Instrução Normativa 247/02 da Secretaria da Receita Federal ofende o artigo 14, inciso X, da medida provisória que trata da isenção da Cofins, pois exclui do conceito de receitas relativas às atividades próprias das entidades as contraprestações pelos serviços de educação, que são as mensalidades recebidas dos alunos.

O relator ressaltou que a finalidade principal de uma entidade de ensino é a prestação de serviços educacionais. “Trata-se da sua razão de existir, do núcleo de suas atividades, do próprio serviço para o qual foi instituída”, disse. Por isso, “não há como compreender que as receitas auferidas nessa condição (mensalidades dos alunos) não sejam aquelas decorrentes de atividades próprias da entidade”, conforme exige a isenção estabelecida na medida provisória.

O ministro enfatizou que o recurso em questão não discute quaisquer receitas que não as mensalidades, “não havendo que se falar em receitas decorrentes de aplicações financeiras ou decorrentes de mercadorias e serviços outros prestados por essas entidades que não sejam exclusivamente os de educação”.

Fonte: Âmbito Jurídico

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"Baixar o porrete"

TRF-3 manda juiz julgar ação contra Silas Malafaia por suposta homofobia15 de outubro de 2015, 18h56

Processos contra declarações polêmicas não podem ser extintos sem a análise do mérito, pois definir se tais falas são ou não protegidas pelo direito de liberdade de expressão faz parte do julgamento. Assim entendeu o juiz federal Leonel Ferreira, convocado para atuar no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, ao determinar a retomada de um processo em que o pastor Silas Lima Malafaia é acusado de ter incentivado a homofobia durante um programa de TV.

O Ministério Público Federal, autor da ação, reclama que Malafaia utilizou expressões de incitação à violência durante o programa Vitória em Cristo, da Rede Bandeirantes, em 2011. Na ocasião, ao comentar a utilização de imagens de santos em cartazes de uma campanha pelo uso de preservativos no evento, Malafaia disse: “Os caras na Parada Gay ridicularizaram símbolos da Igreja Católica e ninguém fala nada. É pra Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, sabe? Baixar o porrete em cima pra esses caras aprender (sic). É uma vergonha.”

MPF quer que pastor se retrate no ar e que emissora seja proibida de veicular comentários semelhantes.

O MPF quer que o pastor se retrate no ar, além de proibir que a emissora veicule novos comentários semelhantes e obrigar a União a fiscalizar a atração. Em primeira instância, porém, o juízo entendeu que a proposta era “uma clara intenção de ressuscitar a censura” na programação televisiva.

“Restam alternativas democráticas relativamente simples para a programação da televisão: a um toque de botão, mudar de canal, ou desligá-la. A queda no Ibope tem poderosos efeitos devastadores e mais eficientes para a extinção de programas que nenhuma decisão judicial terá”, diz a sentença da 24ª Vara Federal Cível. “Paradoxalmente, embora não haja nada mais velho e ultrapassado que jornal do dia anterior — o que se dirá de programa de televisão — o ingresso deste debate em juízo terminará por permitir uma sobrevida no discurso do pastor, que estaria superado não fosse esta ação.”

No TRF-3, o relator considerou que “não prospera a alegação de que o pedido é juridicamente impossível, pois só não é possível o que o sistema expressamente veda”. “O pleito dos agravantes é, em tese, possível. Se é procedente ou não, trata-se de questão de mérito. É neste sentido que o inciso XXXV do artigo 5º da Constituição Federal prevê que a lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça de direito.”

“Não se pode deixar de mencionar também que a extinção sem julgamento do mérito propicia, em tese, a repetição da demanda, não tratando da questão posta propriamente dita”, afirma o juiz federal. A anulação da sentença faz com que o processo retorne à 24ª Vara, para que seu andamento seja reiniciado. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF-SP.

Clique aqui para ler a decisão monocrática no TRF-3.

Processo 0002751-51.2012.4.03.6100

Revista Consultor Jurídico, 15 de outubro de 2015, 18h56

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Questões legais

STJ define natureza jurídica de juros sobre capital próprio para fins tributários15 de outubro de 2015, 21h52

Por   Pedro Canário

Os juros sobre capital próprio (JCP) são faturamento independentemente de sua classificação contábil e, por isso, devem ser incluídos na base de cálculo do PIS e da Cofins. A decisão, da 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, definiu que os juros sobre capital próprio, embora sejam uma maneira de distribuição de lucros, não podem se equiparar a “lucros e dividendos” para fins tributários. O julgamento se deu por maioria e acompanhou o voto do ministro Mauro Campbell Marques, primeiro a divergir do relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho.

A discussão era pela definição do que são lucros sobre capital próprio para fins tributários. Não é um assunto simples. A decisão se deu por sete votos a três e depois de quatro pedidos de vista. Ficaram vencidos o relator e os ministros Benedito Gonçalves e Regina Helena Costa. Saíram vencedores os ministros Mauro Campbell, Og Fernandes, Assusete Magalhães, Sérgio Kukina, Olindo Menezes (desembargador convocado) e Herman Benjamin.

No mundo contábil, conforme definição da Comissão de Valores Mobiliários, juros sobre capital próprio são juros pagos aos acionistas como remuneração por operações feitas com capital da própria empresa — ou dos acionistas, no caso. São contabilizados como despesa pela companhia, e por isso podem ser deduzidos do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido.

Já no mundo empresarial, a definição foi dada por decisão da 2ª Seção do STJ, seguindo entendimento do ministro Paulo de Tarso Sanseverino. E ali ficou descrito que os juros sobre capital próprio, ainda que não tenham a mesma natureza dos dividendos, são “parcela do lucro a ser distribuído aos acionistas”.

Nessa mesma decisão, a 2ª Seção afirmou que os JCP devem ter duas definições: uma para efeitos societários e outra para efeitos tributários. Os efeitos tributários foram delineados pela 1ª Turma do STJ nesta quarta-feira (14/10), de acordo com o voto do ministro Mauro Campbell.

De acordo com a decisão, eles são “categoria nova e autônoma”. O recurso julgado nesta terça foi levado ao STJ pela Refinaria de Petróleo Ipiranga. A intenção era equiparar os juros sobre capital próprio aos dividendos, maneira mais comum de remuneração de acionistas.

Isso porque os dividendos, embora não possam ser abatidos do Imposto de Renda — já que são resultado da empresa —, não são incluídos na base de cálculo do PIS e da Cofins. Essa isenção é descrita na Lei 10.637/2002, no artigo 1º, parágrafo 3º, inciso V, alínea “b”.

No entanto, o ministro Mauro Campbell afirma que, “em que pese os juros sobre capital próprio serem destinações do lucro líquidos, para fins tributários sua semelhança acaba aí”. E passa a elencar uma série de diferenças no tratamento legal entre os juros sobre capital e os dividendos.

Cambpell também discute a possibilidade de se conceder a isenção sobre analogia. Segundo ele, a exclusão da base de cálculo dos tributos “deveria ser explícita”, como ocorre para o Imposto de Renda. No entanto, a mesma lei citada pela Refinaria Ipiranga para pleitear a isenção diz que “a contribuição para o

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PIS/Pasep tem como fato gerador o faturamento mensal, independentemente de sua denominação ou classificação contábil”.

Clique aqui para ler o voto do ministro Mauro Campbell.

Pedro Canário é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.

Revista Consultor Jurídico, 15 de outubro de 2015, 21h52

CCJ pode criar regras sobre desconsideração de negócios para reduzir tributos

16 de outubro de 2015

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) está pronta para votar projeto de lei (PLS 537/2015) do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) que altera o Código Tributário Nacional (Lei 5.172/1966) para estabelecer regras e procedimentos voltados à desconsideração de atos e negócios jurídicos realizados por empresas com a intenção de reduzir ou se livrar do pagamento de tributos. A proposta tem parecer favorável do relator, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), e vai passar por votação final na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Segundo argumentou Ferraço no projeto, essa falta de normatização vem prejudicando tanto a fiscalização tributária, que teria de recorrer a meios indiretos para investigar eventuais fraudes ou simulações no registro do fato gerador ou da natureza do tributo devido, quanto o empresário sob suspeição, obrigado a responder a um processo administrativo-fiscal sobre uma prática ainda não regulamentada e a provar que o ato questionado é legal e justo.

“Essa lacuna legislativa, portanto, acarreta prejuízo para ambas as partes. A Fazenda Pública, desprovida do instrumental normativo adequado, termina, muitas vezes, por ver frustrada sua atividade fiscalizadora. E o contribuinte, nesse cenário de insegurança jurídica, vê-se limitado em sua atuação empresarial”, ponderou o peemedebista.Desconsideração

De acordo com a proposta, “são passíveis de desconsideração os atos ou negócios jurídicos que visem ocultar os verdadeiros aspectos do fato gerador ou a real natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, com a finalidade de reduzir o valor de tributo ou de evitar ou postergar o seu pagamento.” É necessário esclarecer, no entanto, que acertos como esses só poderão ser desconsiderados se ficar caracterizada uma das seguintes situações: falta de propósito negocial ou abuso de forma.

“Buscamos, quanto ao conceito de dissimulação, alcançar os atos ou negócios jurídicos que, ainda que lícitos, não tenham propósito negocial algum ou representem abuso de forma jurídica. Em ambas as hipóteses, a empresa celebra um negócio que, em vez de visar a realização de seu fim social, serve meramente para evitar ou postergar o pagamento de tributo. Dessa forma, ao delimitar claramente o objeto da Lei, dá-se segurança para o contribuinte no desempenho de suas atividades empresariais”, explicou Ferraço.Ônus da dupla prova

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O autor do projeto assinala ainda a preocupação em manter o direito do contribuinte investigado à ampla defesa e ao contraditório na apresentação de suas razões à autoridade fiscal. Em contrapartida, impõe à administração tributária o ônus da dupla prova nos processos de desconsideração de atos e negócios jurídicos empresariais.

Nesses casos, caberá ao poder público provar a ocorrência do fato gerador alvo de questionamento e evidenciar a intenção de dissimulação pela empresa. O PLS 537/2015 também garante ao contribuinte utilizar valores já pagos por conta dos atos ou negócios jurídicos desconsiderados para abater do montante do novo débito apurado.

Ao recomendar a aprovação do projeto, Randolfe classificou a iniciativa como um “passo fundamental rumo à evolução das relações entre o Fisco e os contribuintes pessoas jurídicas.”

“O PLS em análise preenche a lacuna ao definir os contornos da atuação lícita tanto da autoridade fiscal como do empresário, em um texto bem redigido e equilibrado”, afirmou o relator no parecer.

Fonte: Senado

Os pais podem ser “escola do crime” para os filhos? Publicado por Luiz Flávio Gomes - 2 dias atrás

Nesta postagem vamos abordar uma relevante teoria (da associação diferencial, de Shuterland) que afirma que o crime é aprendido (com os pais, com outros delinquentes, com chefes ou diretores numa empresa etc.) assim como qualquer profissão. Sua fonte de inspiração foi Ruy Castro (Folha 14/10/15: A2), que escreveu o seguinte:

“... o pai do Neymar vive prestando contas da sua venda ao Barcelona; a Justiça brasileira bloqueou R$ 188 milhões das contas do jogador, que está sendo investigado; o pai do Messi é acusado de fraudes, sonegação e desvio de dinheiro; achando que Messi sabia das trampolinagens do pai, a Justiça espanhola somente não o levou para a cadeia porque ele pagou 10 milhões de euros como fiança; agora temos a denúncia do Lulinha, um dos filhos do Lula: enriquecimento ilícito saído da boca de delatores; Lula, uma vez, indagou: ‘Eu tenho culpa se o Lulinha é o Ronaldinho dos negócios’?”.

Acusações contra a Odebrecht datam do tempo de Juscelino Kubitschek, passando pela ditadura civil-militar e todos os governos da redemocratização.[1] No governo Collor, por exemplo, foi intenso o envolvimento da Odebrecht com a corrupção do país. Emílio Odebrecht (pai do Marcelo, atualmente encarcerado) numa entrevista disse[2]: - Jornal do Brasil (JB) – “As acusações contra a Odebrecht falam de suborno. O ex-ministro Madri teria sido subornado pela Odebrecht, o governo do Acre também. O senhor já subornou alguém?” Emílio Odebrecht – “Essa é a pergunta que... Primeiro vamos analisar o que é subordo”. Mais adiante acrescentou: “Então, o que é hoje a corrupção nesse país? Eu acho que a sociedade toda é corrompida e ela corrompe (sic, negritei). Hoje para o sujeito resolver alguma coisa,

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para sair de uma fila do INPS, encontra os seus artifícios de amizade, de um presente ou de um favor. Isso é considerado um processo de subordo. O suborno não é um problema de valor, é a relação estabelecida”.

Marcelo Odebrecht, seu filho, envolvido na operação Lava Jato, está preso em Curitiba desde 19/06/15. Ele disse que tem duas filhas e que se elas cometessem um crime e uma delatasse a outra, ele reprovaria duramente a segunda, porque essa é sua escala de valores! Nesse rol imenso de filhos que se acabam envolvidos ou condenados criminalmente junto com ou após os exemplos dos pais poderiam ser citados Maluf e seu filho (Flávio), o ex-rei da Espanha (Juan Carlos) e sua filha (e genro), Canhedo e seu filho etc.

Como se fabrica um criminoso no mundo da criminalidade dos poderosos?

Isso foi estudado pela primeira vez em 1939, pelo criminólogo norte-americano Shuterland (veja comentários de Germán Aller, em El delito de cuello blanco, tradução de Laura Belloqui, Montevideo-Buenos Aires: B de f, 2009, p. XXVII e ss.), que criou a teoria da associação diferencial, com base nas doutrinas de Quételet, Guerry e, particularmente, G. Tarde (1843-1904), que dizia que o crime se aprende por imitação, consoante três regras:

“(1) em proporção direta ao grau de proximidade ou intimidade [entre os envolvidos]; (2) o superior [ou mais antigo] é imitado pelo inferior [ou mais jovem]; (3) inserção da moda nova que substitui a anterior, com algumas exceções”.

O criminoso (no mundo da criminalidade corrupta dos poderosos, ao menos, que foi a pioneiramente estudada por Shuterland, na década de 30 do século 20) aprende a delinquir similarmente ao processo de aprendizagem do novato numa profissão.

As premissas e etapas de aprendizagem da carreira criminal (consoante a teoria da associação diferencial do criminólogo citado) são as seguintes:

(a) “o comportamento criminoso se aprende” [poderíamos chamar essa etapa de convivência];

(b) “o comportamento criminoso se aprende em interação com outras pessoas mediante um processo de comunicação” [vislumbramos nessa etapa a conivência];

(c) “a principal parte da aprendizagem do comportamento criminoso ocorre mediante contatos pessoais com grupos íntimos” [nessa etapa reside o desenvolvimento da apetência];

(d) “quando se aprende o comportamento criminoso, a aprendizagem abarca: (a) técnicas para cometer o delito, que são em algumas vezes complexas e outras muito simples [desenvolvimento da apetência] e (b) a específica orientação dos motivos, tendências, meios e atitudes” [nasce aqui a concupiscência];

(e) “a específica orientação de motivos e tendências é aprendida desde as definições dos códigos legais como favorável ou desfavorável” [relação custo-benefício, anomia, risco de afetação da reputação e possibilidade de locupletação – poderíamos chamar essa etapa de inferência ou conveniência];

(f) “uma pessoa se converte em delinquente porque um excesso de definições favoráveis à violação da lei prevalece sobre as desfavoráveis” [chance de impunidade, total do enriquecimento possível, risco de prisão e de restituição do locupletado etc. – é a fase da canalha-existência e, eventualmente, da incontinência: busca de ganhos megalomaníacos];

(g) “a associação diferencial pode variar na frequência, duração, prioridade e intensidade” [tudo depende do nível de concupiscência];

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(h) “o processo de aprendizagem do comportamento criminoso mediante a associação com modelos criminais e anticriminais, inclui todos os mesmos mecanismos que qualquer outro tipo de aprendizagem” [convivência, conivência e apetência];

(i) “enquanto que o comportamento criminoso é uma expressão de necessidades e valores gerais [comportamento justificado e leniente], não se explica por essas necessidades e valores gerais, posto que o comportamento não criminoso é uma expressão das mesmas necessidades e dos mesmos valores” [anomia, relativização absoluta dos valores, ausência de hierarquia entre eles, falta de ética e moral etc.].

Em suma, o processo de aprendizagem da associação diferencial de Shuterland percorre as etapas da convivência, conivência, apetência, concupiscência, inferência ou conveniência, canalha-existência, leniência, anomia, falta de ética, incontinência e, em casos mais agudos de sociopatia, crise de abstinência.

[1] CAMPOS, Pedro Henrique Pedreira. Estranhas catedrais. Niterói: Editora da UFF, 2014.

[2] CAMPOS, Pedro Henrique Pedreira. Estranhas catedrais. Niterói: Editora da UFF, 2014, p. 402.

Defesa do consumidor

Se culpa é de terceiro, empresa não é responsável por descumprir obrigação10 de outubro de 2015, 18h14

As empresas não podem ser responsabilizadas se o que as impediu de cumprir obrigações foram atos cometidos por terceiros. Por isso, o ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça, isentou uma agência de viagens de indenizar uma cliente de embarcar em cruzeiro por não ter visto de entrada nos Estados Unidos.

No caso, a autora da ação comprou um pacote de um cruzeiro marítimo que ia para os Estados Unidos, mas foi proibida de embarcar no navio porque o seu visto só permitia entrar em solo americano apenas uma vez. A cliente, então, desistiu da viagem.

A autora da ação argumentou que o ocorrido seria culpa da agência de turismo e solicitou compensação por danos materiais e morais. A solicitação foi concedida em primeiro grau. Segundo a corte, indenização era devida porque a agência deveria ter ressarcido os valores gastos com o retorno antecipado.

Sobre os danos morais, a corte de primeira instância entendeu que o valor era devido porque a agência não informou a cliente sobre a questão do visto. Com a decisão, a agência de turismo, representada pelo advogado Ailton Souza Barreira, do Kümmel & Kümmel Advogados, Associados, impetrou recurso junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que reformou a decisão.

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Segundo o TJ-SP, a concessão de visto de ingresso em país estrangeiro é ato de soberania de cada Estado e retira a responsabilidade de informar da empresa. A autora da ação, então, moveu recurso junto ao STJ, que manteve o entendimento da corte paulista.

Em decisão monocrática, o ministro Raul Araújo usou como argumento o julgamento do TJ-SP que rejeitou o recurso da autora da ação porque o problema surgiu devido a terceiros. “Nesse contexto, a modificação de tal entendimento lançado no v. acórdão recorrido, nos moldes em que ora postulado, demandaria nova análise do acervo fático-probatório dos autos, o que é vedado pela Súmula 7 do STJ, que dispõe dispõe: ‘A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial’”, finalizou o magistrado.

Clique aqui para ler a decisãoREsp 338.416

Revista Consultor Jurídico, 10 de outubro de 2015, 18h14

CF/88

Aproximadamente 116 dispositivos da CF/88 ainda não foram regulamentadosTítulo “Direitos e Garantias Fundamentais" possui 13 dispositivos que carecem de regulamentação, sete deles estão apenas no consagrado artigo 5º.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

A Constituição Federal completou 27 anos no último dia 5. Desde sua promulgação, um dos maiores desafios tem sido a efetivação de todas as garantias constitucionais. Com efeito, a CF ainda possui aproximadamente 116 dispositivos que precisam ser regulamentados. Destes, 89 já possuem preposições tramitando no Congresso.

O título “Direitos e Garantias Fundamentais" possui 13 dispositivos que carecem de regulamentação, sete deles estão apenas no consagrado artigo 5º.

"Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...)"

São eles:

Liberdade de consciência e de crença

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Atualmente, tramitam oito proposta no Congresso com o objetivo de regulamentar a questão. Em junho, a chamada "Lei Geral das Religiões", como é conhecido o PL da Câmara 160/09, foi aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e aguarda, agora, a designação de um relator na CCJ da Casa.

Livre locomoção

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XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

Sobre a questão, já foram apresentadas cinco propostas de regulamentação no Congresso. Quatro delas foram arquivadas. A outra (PL 4583/90) está pronta para ir ao Plenário da Câmara desde 1193.

Associações

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

Treze propostas sobre o tema foram apresentadas no Congresso logo nos quatro anos seguintes da promulgação da CF. A maioria delas foi arquivada. Anterior a disposição, há sobre o tema a lei 5.764 de 1971, que definiu a política Nacional de Cooperativismo.

Instituição do júri

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados :a) a plenitude de defesa;b) o sigilo das votações;c) a soberania dos veredictos;d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

A legislação anterior a CF sobre o tema é a lei 3.689 de 1941, o nosso CPP. Na Câmara, após 88, foram apresentadas cinco propostas de regulamentação do tema. Todas foram arquivadas.

Individualização da pena

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes :a) privação ou restrição da liberdade;b) perda de bens;c) multa;d) prestação social alternativa;e) suspensão ou interdição de direitos;

Apenas uma proposta específica para disciplinar a individualização da pena foi apresentada. Há, contudo, três leis anteriores a CF que versam sobre a questão: CPP, lei de execuções penais (7.210/84) e o CP (decreto-lei 2.848).

Extradição

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

O tema está presenta no Estatuto do Estrangeiro de 1980. Atualmente, tramita na Câmara o PL 2.516/15, que pretende substituir a norma de 80 e está com Comissão Especial.

Flagrante

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

As duas leis anteriores à CF sobre o tema são: o Estatuto Militar (6.880/80) e o Código Penal Militar (1.001/69).

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Dos direitos sociais

"Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social (..)"

No artigo 7ª da CF há três dispositivos que carecem de regulamentação: despedida arbitrária, adicional de remuneração e proteção em face da automação.

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

Mais de 100 propostas já foram apresentadas no Congresso para disciplinar a matéria. A legislação anterior à CF sobre o tema é a CLT.

Associação profissional

O artigo 8º, que dispõe sobre a livre associação profissional ou sindical, também possui 2 dispositivos a serem regulamentados.

Contribuição

IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

Dispensa

VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei;

Nacionalidade

Encerrando os artigos do capitulo de Direitos Fundamentais que possuem dispositivos ainda não regulamentados, está o artigo 12, "são brasileiros (...)."

II - naturalizados:a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

Há dispositivos que carecem de regulamentação também nos títulos sobre organização do Estado e dos Poderes, defesa dos Estados e Instituições Democráticas, Ordem Econômica, dentre outras. Veja tabela abaixo:

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Títulos Quantidade de dispositivos não-regulamentadosDa Organização do Estado 21

Da Organização dos Poderes 13Da Defesa do Estados e das Instituições Democráticas 7

Da Tributação e do Orçamento 10Da Ordem Econômica e Financeira 8

Da Ordem Social 18Das Disposições Constitucionais Gerais 3

ADCT 13

É possível cancelar TV a cabo sem pagar multa? Sim! Publicado por Jonathan Pontes e mais 1 usuário - 5 dias atrás

Cancelar um serviço de TV a cabo no Brasil é sempre um momento de muita reflexão. Parece piada, mas o cliente pensa mil vezes antes de ficar horas ao telefone tentando encerrar o serviço. Vira um martírio. Mesmo assim, que tal você saber dos seus direitos pra ir direto ao ponto na hora de solicitar e, quem sabe, ajuda a agilizar o atendimento? Cancelar sem pagar multa, por exemplo, é possível!

De acordo com resolução 488 da Agência Nacional de Telecomunicações, o cliente pode cancelar o serviço de TV a cabo por qualquer motivo e em qualquer período do contrato, tenha ele fidelidade ou não. Mas vamos por partes.

Cancelar sem multa Existem basicamente três situações de cancelamento da sua TV a cabo sem pagamento de multa, exceto em caso de débito pendente, claro.

Planos sem fidelidade: as empresas devem, segundo a Anatel, oferecer ao menos uma opção de plano sem fidelidade e, caso você tenha o contratado, poderá cancelar a qualquer momento sem pagamento de multa

Cancelar após fidelidade: é comum das operadoras de TV a cabo exigir um contrato de fidelidade aos assinantes, com períodos que podem chegar até a 24 meses. De qualquer forma, leia atentamente as condições de fidelidade e, caso queira cancelar o serviço após o período proposto de carência, não terá multa para pagar

Serviço mal prestado: se o seu contrato estiver dentro do período de fidelidade, você pode cancelar e exigir a isenção da multa em casos de não cumprimento dos serviços prestados pela operadora. Isso mesmo! Nestes casos, o assinante pode cancelar o serviço sem pagar a multa de fidelização.

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Cancelamento automático Em julho de 2014, passou a vigorar no Brasil as novas regras da Anatel que ampliam os direitos de quem utiliza telefonia e TV a cabo. O cancelamento automático, por exemplo, permite o consumidor cancelar seu serviço por meio da internet ou simplesmente digitando uma opção no menu na central de atendimento telefônico da prestadora. O cancelamento automático deverá ser processado pela operadora em, no máximo, dois dias úteis. O cancelamento também pode ser efetuado por meio de atendente, se o cliente assim desejar, e nesse caso se dá no momento da solicitação.

Fonte: Anatel - 09/10/2015

A Finlândia tem muito a ensinar... Publicado por Paulo Abreu - 5 dias atrás

Um Breve resumo de uma matéria que está à disposição na internet, num comparativo da Educação entre o Brasil e Finlândia, para não citar a conceituada revista, mas também para não deixar de dar os créditos ao artigo, que seria uma injustiça. (revista Veja).

Sem alarde, como é de seu estilo, o país nórdico, símbolo da excelência no ensino, lidera o movimento global para revolucionar a sala de aula e criar as bases da escola para o nosso tempo.

Todo mundo admira a lendária neutralidade da Suíça, que se permitiu passar ilesa pelas duas guerras mundiais que devastaram a Europa no século passado. Injustamente, porém, quase ninguém conhece a histórica altivez da Finlândia, que rechaçou pelas armas dois poderosos invasores, os soviéticos e os nazistas - conseguindo também atravessar a Guerra Fria sem aderir ideologicamente a nenhum dos lados que, entre 1947 e 1991, polarizaram o mundo entre comunismo e capitalismo.

Na canção Let's Do It, de Cole Porter, os finlandeses aparecem só depois dos pássaros, das pulgas, dos lituanos, espanhóis e holandeses em sua hipnótica lista de seres que se apaixonam na primavera. Mesmo tendo dado ao mundo o escorredor de pratos e os celulares Nokia, o destino da Finlândia não é ser famosa. Assim, a revolução educacional gestada nas escolas de lá está silenciosamente lançando as bases da educação que vai ajudar a moldar o ensino em todo o mundo no decorrer do século XXI.

Crianças ora hipnotizadas pela tela do computador, bem à vontade só de meias, ora ao ar livre e gelado, dissecando a geologia de uma paisagem que tem como marco uma sólida rocha encravada entre os pinheiros, como se fosse um parque temático sobre a era glacial.

Bem-vindo à Finlândia, o país que se notabilizou como um dos melhores do mundo na educação, mas que, mesmo assim, já finca os pilares do ensino do futuro.

Fale com qualquer professor de lá, da 1ª série à universidade, e ouvirá, como uma bem orquestrada sinfonia de Sibelius, o grande compositor finlandês, orgulho nacional: precisamos de uma escola que leve os alunos ao limite de suas potencialidades, que os prepare para um mundo cada vez mais globalizado e os ensine a se adaptar ao novo, a se virar diante do inesperado, a criar e a inovar.

Que a lição se faça ouvir por aqui, onde agora se debate justamente o primeiro currículo escolar brasileiro.

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Nenhum país que tem a educação como prioridade está alheio à discussão que inflama as rodas especializadas e afeta a vida de pais e estudantes: o que ensinar a crianças que não necessitam mais do saber enciclopédico, já que têm acesso a informação de qualidade ao toque do mouse, mas devem ser talhadas para enfrentar problemas e ofícios que nem sequer se imagina quais serão? "Mais do que acumular dados, o aluno precisa aprender a aprender, porque a toda hora surge um conhecimento novo e relevante no planeta". (Andreas Schleicher).

E o Brasil nisso? Bem, enquanto países como Finlândia e Austrália, outro caso de sucesso, revisam seu currículo a cada dez anos e a Coreia do Sul já cravou a sétima edição do seu, o Brasil não tem nenhum. Isso mesmo: aterrissamos no século XXI sem um consenso nacional sobre o que o aluno deve aprender a cada ano em cada disciplina. A principal razão para tão profundo atraso é de cunho ideológico. Uma turma de educadores ainda acha que um script com objetivos e metas de aprendizado em comum engessaria a liberdade de lecionar e daria as costas às diferenças. "Confundem até hoje estrutura com camisa de força", diz Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann e integrante de um grupo de especialistas que debatem o teor do currículo brasileiro por vir. Previsão: 2016.

Muitas ressalvas cabem na comparação entre Brasil e Finlândia - a começar pela população: os finlandeses são 5,5 milhões com cultura homogênea e pouca disparidade de renda; já nós, 200 milhões com todo tipo de diversidade. Também eles não têm o mau hábito de mudar o curso da educação a cada troca de governo. A Finlândia adota um sistema parlamentarista com presidente da República que favorece coalizões entre quase todos os partidos. Tal estabilidade política contribuiu para a implantação de um sistema em que 99% das escolas são públicas e igualmente boas, segundo notou a OCDE. Tamanho é o valor que se dá à sala de aula que, mesmo na universidade, ninguém desembolsa um tostão.

Embora as ressalvas sejam de suma importância, mas o que se nota no artigo, é a responsabilidade na qual se trata o ensino, e não muito obstante, está o investimento.

Tamanha é a responsabilidade do governo e seus “associados” (professores), o orgulho de o serem, sua importância no aprendizado e a firmeza pela qual, desempenham seu papel na educação.

Cabe a nós um comparativo, entre os professores finlandeses e os brasileiros, a dimensão do Brasil no ensino e o da Finlândia, a importância que se dá ao aluno.

Se a educação, segundo especialistas, é o segredo de um futuro melhor para nação, pergunto;

Estamos caminhando na direção correta, ainda tem tempo para mudanças, desejam nossos governantes essas mudanças?

Num pais onde impera a corrupção, impunidade, e a educação deixada cada vez mais ao descaso, difícil será combater as injustiças sociais através do ensino.

Finalizando, comparativo:

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A Falácia do 'Petróleo é Nosso' "Não existe dinheiro público. Existe dinheiro de pagadores de impostos" Margareth Thatcher Publicado por Caio Targino Brasileiro - 5 dias atrás

Por: Marcelo Pizani

Gostaria de lhe pedir um favor, meu caro leitor: dá para você mandar baixar o preço da gasolina? Tem posto cobrando R$ 3,50 o litro, está duro de engolir.

Como não consegue? Você não é um cidadão brasileiro pagador de impostos...? E empresas públicas não pertencem ao povo...? Então você é também é um dos donos da Petrobras, não é...?

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Então, essa é a teoria da coisa pública.

Como cidadão ̶e̶x̶t̶o̶r̶q̶u̶i̶d̶o̶ que paga seus impostos, você tem direito a exigir que o governo ofereça serviços públicos de qualidade - embora que, convenhamos, raramente o faça na prática.

Mas como cidadão comum, como eu, não tem direito algum sobre a gestão das chamadas 'empresas públicas'.

Afinal, pensa bem: alguma vez alguém da Petrobras te ligou para saber se você estava satisfeito com o serviço que ela presta? Ou para pedir sua opinião sobre os rumos que a empresa deve tomar?

Uma pena que não, porque tenho certeza de que, se fizessem isso, você não teria aprovado a tal compra da refinaria de Pasadena, no estado americano do Texas, pagando US$ 360 milhões por metade de uma empresa que foi vendida apenas um ano antes por US$ 42,5 milhões por ela inteira.

Tenho certeza também de que você teria mandado demitir toda a diretoria que foi responsável pela tal compra que acabou custando no total US$ 1,18 bilhão do dinheiro de nossos impostos, ou 27 vezes mais do que ela valia apenas um ano antes.

Mas a real, meu caro, é que tanto você como eu, não mandamos p. Alguma dentro dessas 'empresas públicas'.

A Petrobras, na verdade, é uma 'empresa estatal de capital misto' o que significa que parte de seu capital está nas mãos de diversos acionistas, mas com mais da metade das ações com direito a voto sob o controle do governo.

E se nem os acionistas que investiram seu dinheiro diretamente na empresa têm poder de decidir os rumos dela, que dirá nós, que não compramos ação alguma...?

Empresas públicas não pertencem ao público. Pertencem ao governo. E pior, ao governo que está no poder.

Mas se a empresa é do governo, se o presidente da República decidir do nada criar mais 25 diretorias e encher de milhares funcionários em cargos de confiança fazendo a empresa gastar mais e lucrar menos, o problema é do governo, né...?

Pois aí que você se engana.

A empresa é do governo na hora de ditar os rumos dela. Mas é nossa na hora de pagar a conta de decisões mal tomadas pela diretoria.

Não importa a maneira: ou aumenta-se o preço dos combustíveis ou aumenta-se/cria-se outro imposto. O importante é cobrir o buraco que o governo criou.

Então que história é essa de "o petróleo é nosso"?

Isso é papo de nacionalistas retrógrados que durante anos e anos ficaram repetindo essa e outras frases em nossa cabeça para 'não entregar nossos tesouros ao capital estrangeiro' e outras bobagens do gênero.

Curioso que esse é o discurso tanto de radicais da direita como da esquerda. Ambos falam mal do outro, mas no fundo têm várias coisas em comum.

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Para você, o que é mais importante: abastecer o tanque do seu carro pagando menos graças à concorrência de diversas empresas explorando esse setor ou pagar mais caro para usufruir de um produto '100% nacional'...?

Se respondeu a segunda alternativa, saiba que você está errado de novo, porque a Petrobras extrai em sua maioria óleo bruto e importa boa parte do combustível refinado que revende às distribuidoras.

Ou seja, aquela mistureba de gasolina e álcool que o governo inventou nem inteiramente nacional é.

Os Estados Unidos, aquele lugar tão demonizado pela esquerda do mundo todo (mas cujos militantes adoram visitar sempre que podem) é o maior consumidor de petróleo do planeta. Deveria então ser o maior interessado em controlar suas reservas com mãos de ferro, não?

Pois é, mas não. Os americanos não possuem nenhuma empresa estatal de petróleo e mesmo convertendo o preço do litro desse combustível com o dólar nas alturas ultimamente, ainda assim o preço da gasolina lá é menor que o nosso.

É somente o livre mercado, deixando as empresas concorrerem livremente, que faz a oferta crescer e o preço cair. E não centralizar as regras do jogo em uma única empresa, que se faz uma coisa errada traz um enorme prejuízo para todos nós.

Para evitar o uso político delas, governos não deveriam administrar empresas. Afinal, os governantes já têm trabalho demais para 'cuidar' de nossa segurança, educação e saúde e criar regras para a economia e as empresas atuarem.

E como bem sabemos, fazem mal e porcamente isso tudo.

E ainda devemos deixar que eles tomem conta de empresas...?

Se a Petrobras fosse uma empresa de capital inteiro aberto e houvesse livre concorrência, quem defende que 'o petróleo é nosso' poderia se quiser comprar ações dela e se unir com outros acionistas para decidir os rumos da empresa.

Nossos bolsos seriam poupados, e todos nós ficaríamos mais agradecidos e aliviados.

Fonte: BrasilPost

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