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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 12.maio.2014 “Filho, tudo o que for fazer nessa vida faça com amor, e da melhor forma possível, independentemente do lugar, da tarefa ou da remuneração. Porque mesmo quando pensa que não se está ganhando nada, estará com o Cristo lutando contra o nosso maior flagelo - a mediocridade humana - a principal causa das angústias e dos sofrimentos. E essa é a melhor forma de se apresentar nesse mundo, ganhando o amor e o respeito das pessoas, e conquistando corações e almas”. Minha mãe. Valor dos Tributos na NF – Multa será Aplicada a Partir de 10.06.2014 A Lei 12.741/2012 exige, a partir de junho/2013, que todo documento fiscal ou equivalente emitido contenha a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda. O descumprimento das normas relativas à divulgação dos tributos sujeitará o infrator às sanções previstas no Capítulo VII do Título I da Lei 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor), que estabelece multa e outras penalidades. O que se observa, em geral, é que uma minoria de empresas estão cumprindo a determinação legal. A Lei 12.868/2013 estabeleceu o prazo de 12 meses, a partir da vigência da Lei (10 de Junho de 2013) para aplicação das referidas sanções. Portanto, a partir de 10.06.2014 é obrigatória a inclusão dos tributos na nota fiscal, sob pena das sanções especificadas. Recomenda-se que os contabilistas e demais profissionais ligados às empresas comuniquem esta necessidade legal para os departamentos de faturamento ou emissão de notas ao consumidor, visando valorizar sua atuação dentro das atividades empresariais e o devido reconhecimento de seus conhecimentos técnicos. Divulgados os gabaritos oficiais das provas do Exame de Suficiência do CFC. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 12.maio.2014

“Filho, tudo o que for fazer nessa vida faça com amor, e da melhor forma possível, independentemente do lugar, da tarefa ou da remuneração. Porque mesmo quando pensa que não se

está ganhando nada, estará com o Cristo lutando contra o nosso maior flagelo - a mediocridade humana - a principal causa das angústias e dos sofrimentos. E essa é a melhor forma de se apresentar

nesse mundo, ganhando o amor e o respeito das pessoas, e conquistando corações e almas”.

Minha mãe.

Valor dos Tributos na NF – Multa será Aplicada a Partir de 10.06.2014A Lei 12.741/2012 exige, a partir de junho/2013, que todo documento fiscal ou equivalente emitido contenha a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda.

O descumprimento das normas relativas à divulgação dos tributos sujeitará o infrator às sanções previstas no Capítulo VII do Título I da Lei 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor), que estabelece multa e outras penalidades. O que se observa, em geral, é que uma minoria de empresas estão cumprindo a determinação legal.

A Lei 12.868/2013 estabeleceu o prazo de 12 meses, a partir da vigência da Lei (10 de Junho de 2013) para aplicação das referidas sanções. Portanto, a partir de 10.06.2014 é obrigatória a inclusão dos tributos na nota fiscal, sob pena das sanções especificadas. Recomenda-se que os contabilistas e demais profissionais ligados às empresas comuniquem esta necessidade legal para os departamentos de faturamento ou emissão de notas ao consumidor, visando valorizar sua atuação dentro das atividades empresariais e o devido reconhecimento de seus conhecimentos técnicos.

Divulgados os gabaritos oficiais das provas do Exame de Suficiência do CFC.Confiram os resultados das provas para bacharel em Ciências Contábeis e Técnico em Contabilidade após análises dos recursos

A FBC (Fundação Brasileira de Contabilidade) divulgou os gabaritos oficiais das provas do 1º Exame de Suficiência de 2014, realizadas no dia 6 de abril de 2014.

Com um total de 55.027 inscritos - 44.284 bacharéis em Ciências Contábeis e 10.743 Técnicos em Contabilidade - as provas foram aplicadas em 137 cidades de todos os estados brasileiros

Confira os gabaritos:- Bacharel em Ciências Contábeis.- Técnico em Contabilidade. Fonte: Comunicação CFC.

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Câmara aprova mudanças na Lei GeralPublicado em 9 de maio de 2014 por Caroline Renner

A Câmara dos Deputados aprovou na tarde de ontem, o texto base do Projeto de Lei Complementar nº 221/12, que faz ajustes na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. O texto, que foi aprovado por unanimidade, aguarda agora a aprovação dos destaques, que deve ocorrer na próxima semana.

O texto aprovado é do relator, deputado Cláudio Puty (PT-PA), que prevê a criação de uma nova tabela para serviços, com alíquotas que variam de 16,93% a 22,45%. Entre os serviços novos que entram nesse regime de tributação estão os relacionados a medicina, odontologia, advocacia, despachantes, corretagem, psicologia e fisioterapia.

Para o relator, as principais conquistas são a universalização do Simples Nacional para o setor de serviços e o fim da substituição tributária. “Cerca de 80% das microempresas terão benefício com o fim da substituição tributária para vários setores”, afirmou.

O presidente da Fenacon, Mario Elmir Berti, considera a aprovação uma grande conquista. “Com o fim da substituição tributária, as empresas enquadradas nesse regime deixarão de ser bitributadas. Se aprovada, a expectativa é que a proposta permita a inclusão de 500 mil novas micro ou pequenas empresas no Super Simples”, destacou.

Presente na votação, o diretor Político Parlamentar, Valdir Pietrobon, também falou da importância do projeto, mas destacou que o mesmo ainda precisa de mais aperfeiçoamento. “Foi o início de mais uma importante vitória. Nossa expectativa agora é de que os destaques sejam apreciados o mais rápido possível. Porém, esperávamos mais como, por exemplo, a unificação das tabelas pata três: comércio, indústria e serviços”, disse.

Veja alguns pontos da proposta aprovada:

Substituição tributária

Com o fim da chamada substituição tributária para alguns setores, as secretarias de Fazenda estaduais não poderão mais aplicar o mecanismo de recolhimento antecipado da alíquota cheia do ICMS pelas empresas, cujo repasse ocorre para os compradores do produto.

A substituição tributária dificulta a competição das micro e pequenas empresas porque elas, muitas vezes, compram produtos que vêm com o ICMS embutido no preço, pagando pelo imposto antes mesmo de vender ou usar o produto, diminuindo sua competitividade em relação a outras empresas não optantes pelo Simples Nacional.

Transporte

Para o setor de transporte intermunicipal ou interestadual, atualmente proibido de participar, é aberta uma exceção para permitir o recolhimento do Supersimples quando o serviço tiver características de transporte urbano ou metropolitano ou, ainda, atuar por meio de fretamento para o transporte de estudantes ou trabalhadores.

Mercado de capitaisIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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O relator aceitou uma das 24 emendas apresentadas em Plenário. De autoria do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), a emenda permite às micros e pequenas empresas recorrerem ao mercado de capitais para obter recursos necessários ao desenvolvimento ou à expansão de suas atividades, segundo normatização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Facilidades

Para todas as empresas que se enquadrem como micro (receita bruta até R$ 360 mil ao ano) ou pequena empresa (acima de R$ 360 mil e até R$ 3,6 milhões) e não optem ou não possam optar por esse regime especial de tributação, o projeto estende várias facilidades existentes na lei e ampliadas pelo projeto.

Entre essas facilidades estão prioridades em licitações públicas, acesso a linhas de crédito, simplificação das relações de trabalho, regras diferenciadas de acesso à Justiça e participação em programas de estímulo à inovação.

Fonte: Sistema FENACON

Limite para ICMS no Simples vai beneficiar 80% das companhiasAbnor Gondim

Cerca de 80% das micro e pequenas empresas do País serão beneficiadas a partir de 2015, com a provável eliminação da substituição tributária ou cobrança antecipada de ICMS, a principal fonte de arrecadação própria dos governos estaduais.A medida é uma das principais novidades inseridas no novo Super Simples aprovado nesta semana por unanimidade na Câmara dos Deputados. Na próxima semana, a Câmara ainda analisa destaques ao texto base aprovado. Depois seguirá ao Senado, mas contará com ambiente favorável por causa de aprovação recente de projeto semelhante. "Cerca de 80% das microempresas terão benefício com o fim da substituição tributária para vários setores", afirmou o deputado Cláudio Puty (PT-PA), relator do projeto que amplia o Super Simples.Segundo o parlamentar, o texto do novo Super Simples repetiu a relação de produtos excluídos do mecanismo da substituição tributária já aprovado no Senado em projeto relatado pelo senador Armando Monteiro (PMDB-PE).Essa lista foi negociada já no Senado com dirigentes do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que reúne os secretários da Fazenda, embora sob forte tensão. O secretário de Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, chegou a classificar a proposta de "demagógica".Na última quarta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), realizou a cerimônia de assinatura do Projeto de Lei do Senado (PLS) 323 de 2010, que exclui algumas delas do sistema de substituição tributária. Segundo o senador Armando Monteiro (PTB-PE), relator da proposta, quase dobra a carga de impostos cobrada de uma empresa participante do Simples. Um das consequências é o aumento no preço final da mercadoria.De acordo com o texto aprovado, houve um significativo avanço em relação à quantidade de itens que devem ser excluídos do mecanismo da substituição tributária a partir de janeiro do próximo ano.Isso porque o projeto aumentou de 13 para 60 os itens que não podem mais ser tributados pelo recolhimento antecipado de imposto. O número anterior constava do texto aprovado, no ano passado, em comissão especial criada na Câmara para analisar a matéria, apresentada no final de 2012.Com o fim da substituição tributária para alguns setores, as secretarias de Fazenda estaduais não poderão mais aplicar o recolhimento antecipado pelas empresas da alíquota cheia do ICMS, cujo repasse ocorre para compradores do produto.Na avaliação dos defensores da proposta, a substituição tributária dificulta a competição das micro e

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pequenas empresas em todo o País.Fonte: DCI – SP

Lá vem briga brava!!!! Veja essa tabela, brincadeira...

Anexo VI no Simples NacionalNo dia 07 de maio de 2014, foi aprovado na Câmara dos Deputados o PLP 221/2012, que dentre várias mudanças, a mais significativa foi a entrada de mais 140 novas atividades no sistema tributário simplificado, e a criação do anexo VI.

postado 08/05/2014 14:43 - 3810 acessos

No dia 07 de maio de 2014, foi aprovado na Câmara dos Deputados o PLP 221/2012 (Projeto de Lei Complementar), que dentre várias mudanças, a mais significativa foi a entrada de mais 140 novas atividades no sistema tributário simplificado, e a criação do anexo VI.

As novas atividades adeptas ao regime, o projeto prevê a inclusão de:

1. medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; 2. medicina veterinária. 3. odontologia; 4. psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia e clínicas de

nutrição, de vacinação e bancos de leite; 5. fisioterapia; 6. advocacia; 7. serviços de comissária, de despachantes, de tradução e de interpretação; 8. arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e

análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; 9. corretagem; 10. representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de

terceiros; 11. perícia, leilão e avaliação; 12. auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; 13. jornalismo e publicidade; 14. agenciamento, exceto de mão-de-obra; 15. transporte fluvial de passageiros e cargas; 16. outras atividades do setor de serviços, que tenham por finalidade a prestação de serviços

decorrentes do exercício de atividades intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não.

Foi cogitado pelo relator, que as novas atividades pudessem ser tributadas pelo "evitado" anexo V, mas a ideia foi abandonada pois haveria a necessidade de reformular o anexo, atingindo mais de 17.000 empresas.

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 Portanto, foi criado um novo "Anexo VI", onde tiveram por justificativa, evitar a complexidade existente no Anexo V, por utilizar o fator "r", e incluir a contribuição previdenciária patronal (CPP) para não ser necessário o recolhimento em separado.

Abaixo, segue a tabela, até então aprovada e sugerida pelos relatores.

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ, PIS/Pasep, CSLL ,Cofins e CPP

ISS

De R$ 0,00 a R$ 180.000,00 16,93% 14,93% 2,00%De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 17,72% 14,93% 2,79%De R$ 360.000,01 a R$ 540.000,00 18,43% 14,93% 3,50%De R$ 540.000,01 a R$ 720.000,00 18,77% 14,93% 3,84%De R$ 720.000,01 a R$ 900.000,00 19,04% 15,17% 3,87%De R$ 900.000,01 a R$ 1.080.000,00 19,94% 15,71% 4,23%De R$ 1.080.000,01 a R$ 1.260.000,00 20,34% 16,08% 4,26%De R$ 1.260.000,01 a R$ 1.440.000,00 20,66% 16,35% 4,31%De R$ 1.440.000,01 a R$ 1.620.000,00 21,17% 16,56% 4,61%De R$ 1.620.000,01 a R$ 1.800.000,00 21,38% 16,73% 4,65%De R$ 1.800.000,01 a R$ 1.980.000,00 21,86% 16,86% 5,00%De R$ 1.980.000,01 a R$ 2.160.000,00 21,97% 16,97% 5,00%De R$ 2.160.000,01 a R$ 2.340.000,00 22,06% 17,06% 5,00%De R$ 2.340.000,01 a R$ 2.520.000,00 22,14% 17,14% 5,00%De R$ 2.520.000,01 a R$ 2.700.000,00 22,21% 17,21% 5,00%De R$ 2.700.000,01 a R$ 2.880.000,00 22,21% 17,21% 5,00%De R$ 2.880.000,01 a R$ 3.060.000,00 22,32% 17,32% 5,00%De R$ 3.060.000,01 a R$ 3.240.000,00 22,37% 17,37% 5,00%De R$ 3.240.000,01 a R$ 3.420.000,00 22,41% 17,41% 5,00%De R$ 3.420.000,01 a R$ 3.600.000,00 22,45% 17,45% 5,00%

 O texto ainda cita, que ainda as alíquotas sejam superiores a todos os demais anexos, inclusive frente ao lucro presumido, as empresas que se enquadrarem estarão em busca de simplificação e desburocratização.

Previsto para entrar em vigor a partir de janeiro de 2015, vale a pena iniciar os planejamentos tributários com antecedência, lembrando que permanecerão as regras para inclusão no Simples Nacional, como não possuir débitos ou pendências cadastras junto a União, Estados e Municípios.

Supersimples beneficia mais 140 categoriasIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Publicado em 9 de maio de 2014 por Júlia Pereira

Profissionais liberais, médicos, fonoaudiólogos, corretores de imóveis e de seguros, advogados, jornalistas e empreendedores de outras atividades, de um total de 140 categorias, sobretudo do setor de serviços, poderão vir a pagar menos tributos e terão menos burocracia na gestão tributária de suas empresas, a partir de janeiro de 2015.

Na noite da última quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o texto base do substitutivo do Projeto de Lei Complementar (PLP 221/12), que universaliza o Supersimples – sistema de tributação diferenciado para as micros e pequenas empresas (MPEs), unificando oito impostos em um único boleto, o que pode reduzir, em média, em 40% a carga tributária de cerca de 500 mil MPEs, em todo o País.

A matéria também disciplina o uso da substituição tributária para micro empresas (MEs) e empresas de pequenos porte (EPPs). A votação deverá ser concluída na próxima semana com a apreciação de 25 destaques apresentados pelos parlamentares.

Conquista

De acordo com a proposta aprovada, qualquer empresa com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano poderá aderir ao Supesimples. “Com isso, o critério para definir a adesão a esse modelo passa a ser o teto do faturamento da empresa e não mais a natureza da atividade do empreendimento”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

“Foi um avanço, uma grande vitória. É uma conquista enorme para todas as MPEs”, avalia o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Ceará (Sescap-CE), Daniel Coelho, lembrando que a luta pela universalização do Simples vem desde 2007, quando entrou em vigor a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.

Nova tabela

Coelho ressalta, no entanto, que a vitória não foi completa, porque o texto aprovado prevê a criação de uma nova tabela para o setor de serviços, com alíquotas que variam de 16,93% a 22,45%, enquanto as MPEs já contempladas no Supersimples pagam alíquotas que variam de 6% a 17,42%. “A nossa crítica é exatamente essa. Universalizamos as categorias, mas ainda não unificamos as alíquotas (de impostos)”, alertou Coelho.

Conforme disse, todas as novas categorias de atividades contempladas agora terão tabelas específicas de tributos, o que irá exigir dos microempresários maior planejamento tributário, para avaliar se permanecem no regime de lucro presumido ou se irão aderir ao Supersimples. “As empresas que têm muitos empregados certamente serão mais beneficiadas”, destacou Coelho.

‘Efeito caranguejo’

Segundo o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, em até 90 dias, o governo Federal constituirá um grupo de trabalho para analisar as tabelas de alíquotas das faixas do Supersimples, assim como os regimes de transição das empresas. “O efeito caranguejo – quando as

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empresas abrem novas figuras jurídicas para não sair da faixa de tributação do Supersimples – só terá fim quando analisarmos a tabela e criarmos o Simples de transição”, explicou Afif.

A nova tabela entrará em vigor em 1º de janeiro do ano seguinte ao da publicação da futura lei. Depois de finalizada a votação pela Câmara dos Deputados, o projeto segue para apreciação do Senado. “Esperamos, com isso, reduzir o número de empreendimentos informais e aumentar o volume de empregos nos pequenos negócios”, destaca o presidente do Sebrae.

O texto do PLP 221/12 também disciplina a substituição tributária para as MPEs. Com a aprovação da matéria, as MPEs não mais terão de pagar o ICMS na “porteira”, antecipadamente, mas somente depois de realizada as vendas e com base no faturamento mensal.

De acordo com a proposta, os segmentos de vestuário e confecções, móveis, couro e calçados, brinquedos, decoração, cama e mesa, produtos óticos, implementos agrícolas, instrumentos musicais, artigos esportivos, alimentos, papelaria, materiais de construção, olarias e bebidas não alcoólicas não estarão mais sujeitos a esse mecanismo de arrecadação.

Atualmente, as secretarias de Fazenda dos Estados se utilizam da substituição tributária para cobrar antecipadamente o ICMS dos produtos adquiridos pelos micro e pequenos empresários. Isso significa que eles pagam o ICMS antes mesmo de saber se venderão seus produtos.

Por Carlos Eugênio

Fonte: Diário do Nordeste – CE

Controle de Produção e Estoque - Bloco K, você está pronto?

Postado por Guilherme Pontes em 8 maio 2014 às 16:00 Exibir blog

Por Marcio GomesA partir de Janeiro próximo, conforme Ato Cotepe n. 52/2013, as empresas industriais e equiparadas a indústrias estarão obrigadas a entrega do novo Bloco “K”, na Escrituração Fiscal Digital. Você já ponderou sobre as implicações desta nova obrigatoriedade para a sua empresa?O Bloco K é a digitalização do Livro de Controle de Produção e Estoques, desde sempre um livro complicado das empresas manterem em ordem. Não que a estrutura da informação seja complexa, mas especialmente a modelagem dos processos produtivos muitas vezes se contrapõe a pontos da legislação tributária brasileira.Este é mais um caso em que não basta uma boa solução de tecnologia para o cumprimento da obrigação legal, é preciso entender os registros do bloco e visualizar como atendê-los com base na informação existente no seu ERP. Podem parecer perguntas derespostas óbvias, mas é possível extrair exatamente a quantidade de bens produzidos (registro K230/K235) e seus respectivos insumos consumidos, com base nas ordens de produção? As transferências entre estoques de natureza tributária diferente (K220) estão corretamente tratados no tocante à interpretação dos créditos tributários? As industrializações por encomenda (K250/K255) tem total controle sobre os insumos consumidos x item produzido por terceiros?Se as respostas a estas perguntas não lhe parecem simples, se a forma a extração da informação de seu

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processo produtivo com este nível de detalhe estiver te trazendo inseguranças, há poucos meses para sanar estas dúvidas ou realizar eventuais correções e ajustes no fluxo do processo produtivo. Esta é uma obrigação acessória que não pode ser deixada para ser tratada na véspera de sua obrigatoriedade, há um relacionamento direto com áreas produtivas da empresa e provavelmente será necessário que área contábil x programação e controle de produção x Tecnologia da Informação se conversem bastante para que a obrigação entregue seja consistente, confiável e representada pelo números do balancete patrimonial da empresa.Como em outros entregáveis se trata de uma demanda da empresa que a expõe de forma muito clara ao fisco e com inúmeras possibilidades de cruzamentos de dados com outros blocos da própria Escrituração Fiscal Digital, como por exemplo, com o bloco H. É portanto impositivo que como demanda da empesa seja tratada, não apenas como um “problema” da área contábil, ou da área fiscal encarregada da entrega das obrigações acessórias ou da área de Tecnologia da Informação. O cumprimento da obrigação é resultado da sinergia e colaboração de todas estas áreas e o dia para começar a analisar a aderência dos processos atuais à obrigação é ontem. Mãos a obra!

O fim da substituição tributáriaPosted by IPECONT on maio 8th, 2014

Por Roberto Mateus Ordine

O professor Everardo Maciel, com a autoridade de quem já viveu os dois lados da tributação, escreveu com muita propriedade, no artigo “O fascínio da Complexidade” (edição de 1 e 2 de maio) no DC que: “a tributação, em princípio, deve vincular-se, com a maior fidelidade possível os fatos econômicos sobre os quais incide” .

Esta visão clara do professor remeteu-nos imediatamente para a confusão tributária existente na cobrança do ICMS, por substituição tributária.

Quando da adoção desse instituto no ICMS, na década de oitenta passada, como exceção, sua adoção se justificava para resolver algumas situações peculiares surgidas na comercialização de algumas mercadorias. Isto porque, na tributação por substituição tributária, o imposto é pago na fonte, antes da ocorrência do fato gerador.

A ST/ICMS, portanto, deveria atender apenas a algumas situações específicas quando, numa das pontas, há concentração industrial em poucos fabricantes e na outra ponta, a distribuição é pulverizada, como na venda de cigarros, bebidas, pilhas, cimento, pneus e veículos.

É importante que se destaque também que esses produtos tinham como característica o preço nacional de vendas homogêneo e conhecido. Em 2007, no entanto, o governo paulista, resolveu estender a cobrança do ICMS, por substituição tributária, para uma quantidade imensa de produtos, em vários setores do comércio, ainda que não se revestissem das características excepcionais acima mencionadas, sob a alegação que o sistema atual de apuração permitia sonegação fiscal.

Para a implantação da ST/ICMS na longa série de mercadorias e para os vários setores atingidos, o fisco criou a margem de valor agregado – MVA, margem do valor sobre o qual, o ICMS passou a incidir.

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Para se encontrar o MVA adotou-se um critério de pesquisa de preço de cada mercadoria, praticado pelo comércio, desenvolvidos por reconhecidos institutos acadêmicos como a FIPE ou equivalente. Não é preciso muito esforço para se concluir pela confusão existente neste período de tempo, não só pelas estimativas de preço da mercadoria encontradas; como também pelo controle necessário e a burocracia fiscal existente.

Apesar das discussões existentes entre contribuinte e fisco, a confusão continua, agora acrescido da guerra fiscal entre os Estados. A partir da implantação da nota fiscal eletrônica e do sped fiscal, no entanto, o argumento da sonegação fiscal não existe mais, em razão do controle fiscal, não se justificando mais a cobrança do imposto por substituição tributária e muito menos o pagamento antecipado do imposto.

Esse sistema perverso de tributação do ICMS por substituição tributária só tem trazido problemas para o contribuinte, que além de pagar o imposto antes da venda, ainda tem que ter um controle fiscal complicado. O momento certo para se acabar com a substituição tributária no ICMS é já!

Fonte: Diário do Comércio/SP

Comissão aprova criação do regime de Sociedade Anônima SimplificadaViola Jr.

Campos ampliou para R$ 300 milhões o teto de patrimônio para empresas que quiserem aderir ao regime.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou nesta quarta-feira (7) o Projeto de Lei 4303/12, do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que cria o regime especial de Sociedade Anônima Simplificada (SAS). A proposta altera a Lei das S.A. (6.404/76).

A proposta original possibilita a adoção do regime para empresas com patrimônio líquido abaixo de R$ 48 milhões, mas o relator da proposta, deputado Guilherme Campos (PSD-SP), apresentou emenda para que empresas médias sejam incluídas, e o teto aprovado pela comissão passou a ser de R$ 300 milhões.

O projeto prevê ainda que essas empresas sejam incluídas no Supersimples, previsto na Lei Complementar 123/06.

Para Campos, o mérito dessas medidas é fazer com que os micro e pequenos empresários brasileiros sejam atendidos “pela praticidade e segurança que o regime jurídico das sociedades anônimas oferece”.

Publicidade O relator também alterou as exigências de publicidade dessas empresas, com o intuito de simplificar o procedimento. Convocações de assembleias poderão ser publicadas uma única vez, em vez de três para empresas maiores, e os balanços, atos constitutivos e atas poderão ser divulgados uma única vez, em jornal de grande circulação na cidade sede da empresa. Os jornais deverão manter arquivos dessa publicação também na internet, com links para os documentos certificados digitalmente.

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A adesão ao regime dependerá da aprovação de acionistas com a maioria das ações com direito a voto. Caso a empresa passe a ter um patrimônio líquido acima do estabelecido na proposta, ela será retirada do regime no exercício fiscal seguinte. E a companhia no regime SAS poderá ter um só acionista.

Os acionistas poderão participar e votar a distância em assembleia geral. Além disso, qualquer acionista poderá retirar-se da companhia se apresentar notificação com antecedência mínima de 30 dias. E os demais acionistas, no prazo de 30 dias após o recebimento da notificação, poderão votar em assembleia geral a dissolução da companhia.

Ainda segundo a proposta, não será necessário, para que os administradores recebam sua cota na participação dos lucros, o pagamento do dividendo obrigatório aos acionistas, desde que isso seja aprovado por unanimidade pelos acionistas.

Até 20 acionistasO texto retira as regras especiais para as companhias de capital fechado com menos de 20 acionistas e patrimônio líquido inferior a R$ 1 milhão, previstas na lei. A lei previa a possibilidade de essas empresas deixarem de publicar as demonstrações financeiras e o parecer do conselho fiscal.

TramitaçãoA proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

PL-4303/2012

Reportagem – Marcello LarcherEdição – Marcos Rossi

Imposto de Renda - Retificação DIRPF04/05 - Econet

Após 30 de abril de 2014, a retificação da DIRPF deve ser enviada pela Internet (programa de transmissão “Receitanet” ou aplicativo “Retificação online”) ou apresentada, em mídia removível, nas unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), sem a interrupção do pagamento do imposto. 

A opção "Retificação online" somente pode ser realizada com a utilização de certificado digital, no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), na Internet, no endereço: http://www.receita.fazenda.gov.br. 

A Declaração de Ajuste Anual retificadora tem a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindo-a integralmente e, portanto, deve conter todas as informações anteriormente declaradas com as alterações e exclusões necessárias, bem como as informações adicionais, se for o caso.

Com a inclusão do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque no Sped Fiscal, o Fisco terá acesso ao processo produtivo e a movimentação completa de cada item de estoque, possibilitando o

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cruzamento quantitativo dos saldos apurados eletronicamente pelo Sped com os informados pelas indústrias, através do inventário.

Assim, eventuais diferenças entre os saldos, se não justificadas, poderão configurar sonegação fiscal.

Eventuais diferenças entre os saldos, se não justificadas, poderão configurar sonegação fiscal

O controle visa erradicar de vez a prática de nota fiscal espelhada, calçada, dublada, subfaturada ou meia-nota, além da manipulação das quantidades de estoques por ocasião do inventário físico.

Para tanto, os registros a serem informados no Bloco K, que trata do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque, correspondem aos dados das Fichas Técnicas dos produtos, das perdas ocorridas no processo produtivo, das Ordens de Produção, dos insumos consumidos e da quantidade produzida inclusive as industrializações efetuadas em terceiros.

Essas informações são geradas a partir da Contabilidade de Custos, que também passa a ser obrigatória a partir de 1º de janeiro do ano que vem para valorizar o inventário e apurar o custo dos produtos vendidos.

Ocorre que a maioria das indústrias não mantém Contabilidade de Custos, utilizando o critério arbitrado pelo Fisco para valorizar os estoques e apurar o custo das vendas.

Essas indústrias terão até o mês de dezembro deste ano, para desenvolver e implantar o Sistema Contábil de Custos para atender a legislação tributária e evitar toda e qualquer inconsistência nas suas informações.

Sabemos que para a implantação do custo contábil, é necessário um enorme realinhamento interno, tanto no que diz respeito a mudanças de cultura, como também apoio da engenharia, produção, controladoria, recursos humanos e tecnologia de informação.

Não se sabe se o prazo de 1º de janeiro será mantido ou prorrogado, mas o fato é que agora, as indústrias devem se preparar para absorver mais essa complexa obrigatoriedade fiscal. Mesmo as indústrias enquadradas no regime tributário de Lucro Presumido, terão que informar os registros do Bloco K, ficando isentas apenas as do regime tributário Simples.

Com o objetivo de orientar a geração, em arquivo digital, dos dados concernentes a escrituração fiscal, a Receita Federal publicou em 10 de janeiro, a minuta do Guia Prático da EFD.

Apesar do guia prático, prever todas ocorrências possíveis na movimentação dos estoques, muitas questões não estão devidamente contempladas.

O processo produtivo industrial nem sempre é executado com base em Ordem de Produção. Alguns produtos pelas suas características têm fluxo contínuo de produção, outros são de longa duração, as vezes ultrapassando o exercício fiscal. Outros são produzidos para estoques e permanecem anos sem alterações. Outros são produzidos por encomenda com especificações técnicas definidas pelos clientes.

Muitas indústrias possuem cadeia produtiva verticalizada, fabricando desde o insumo até o produto acabado final. Nesse caso, são geradas Fichas Técnicas para cada componente, produto intermediário ou subproduto, que serão utilizados para compor o produto final.

O percentual de perdas constante nas Fichas Técnicas, pode não corresponder às perdas reais devido a fatores humanos, tecnológicos e até por ação da natureza. Além disso, é impraticável informar perdas eventuais por transportes, falhas de processos e consumo acima do padrão por retrabalho, reprocesso etc...

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Esses fatores provocarão inconsistências entre os saldos de estoques cruzados, que para evitar autuação fiscal, terão que ser justificadas pelo contribuinte.

Outro fator de causa de inconsistência, corresponde a erros de produção ou matéria-prima e materiais consumidos inadequadamente, gerando produtos de segunda qualidade ou com defeitos, cujo preço de venda ficará muito abaixo do preço comercial praticado no mercado.

Apesar de a Constituição Federal prever que as administrações tributárias, exercidas por servidores de carreira específica, atuarão com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio, algumas indústrias têm contestado a informação da composição do produto acabado, considerando-a sigilosa ou estratégica que não pode ser revelada. Indústrias de cosméticos, de alimentos, de bebidas, farmacêuticas e muitas outras, tratam a composição dos produtos como segredo industrial.

Essas questões devem ser submetidas à análise do GT-48, que é um grupo técnico formado por representantes da Sefaz, Receita Federal e algumas instituições como o CFC e Fenacon, além de 27 empresas, que tem por objetivo a construção coletiva do escopo, leiautes e regras junto ao Fisco.

Cabe ressaltar que a própria experiência da Receita Federal com o projeto piloto sobre o Controle da Produção, em Minas Gerais, iniciada em 2007, ainda hoje não se concretizou. Fica evidente que as prorrogações do projeto estão relacionadas com a complexidade das informações, onde o Fisco visa controlar todo processo de produção e do estoque dos contribuintes.

Como grande parte dos contribuintes somente agora está se conscientizando da necessidade de implantar a Contabilidade de Custos, não haverá tempo suficiente para gerar as informações a serem entregues a partir de 1º de janeiro de 2015, até porque a Receita Federal ainda não publicou o guia prático definitivo e o PVA - Programa Validador e Assinador do Bloco K.

Dessa forma, ou a Receita Federal prorroga a entrega ou a maioria dos contribuintes, para evitar a penalidade pecuniária, entregará de qualquer forma, estando sujeitos a inconsistências nas informações.

Por: Celso Rocha

Fonte: Jornal Contábil

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Receita encarece contratação dos microempreendedoresNorma determina pagamento de 20% de contribuição previdenciária para o MEI

Luisa Brasil

Rio - Em uma canetada inesperada, a Receita Federal aumentou em 20% os custos de contratação dos Micro Empreendedores Individuais (MEIs) e provocou a insurgência do setor cultural. De surpresa, o Fisco publicou a Instrução Normativa 1.453, que determina o pagamento de 20% a título de contribuição previdenciária patronal. Antes, o recolhimento só era exigido para a contratação de prestadores de serviços das áreas de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos. Agora, passou a valer para todos os MEIs.

Questionada pelo DIA, a Receita informou que “a situação inicial criava regra de exceção incompatível com o princípio da isonomia, pois onerava apenas determinados tipos de serviço”. Segundo o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, o objetivo é evitar que as empresas substituam empregados celetistas por MEIs. “O governo está em cima de quem é mão de obra fixa”, avalia.

Microempreendedores de Maricá: categoria ganhou visibilidade e começou a ser beneficiada por programas sociais, a partir da lei que instituiu essa modalidade de empresaFoto:  Fernando Silva/Divulgação

Para piorar a situação, a Receita entendeu que a medida é retroativa a 2012, isto é, quem contratou microempreendedores nos últimos dois anos está com dívida a ser saldada. A instrução foi publicada em fevereiro, mas as empresas ainda não sabem ao certo como cumprir as novas determinações. Para os empresários, a norma é um tiro no pé da própria lei que instituiu o MEI, responsável pela retirada de milhões de trabalhadores da informalidade.

O setor cultural, que depende de vários serviços prestados por microempreendedores, se revoltou contra a medida e busca revertê-la no governo. “O MEI foi uma bênção para o nosso segmento. Um prestador de serviço como um técnico de som, ou um iluminador, não trabalha só para uma empresa, e sim para diversas produções diferentes. Por isso, ele não seria contratado com carteira. Com o MEI, ele conseguiu se formalizar”, explica Odilon Wagner, ator e presidente da Associação dos Produtores Teatrais Independentes. “Se essa medida continuar, vai ser uma derrocada dos prestadores de serviços”, afirma Wagner.

O produtor Afonso Borges, do projeto Sempre um Papo, prevê um boicote à contratação dos MEIs. “Logo agora que a lei estava funcionando, vem essa ideia terrível. Quem estava contratando formalmente vai voltar para informalidade”, afirma. Advogados consultados pelas empresas orientam a suspensão da contratação de MEIs ou o depósito dos 20% em juízo, já que a medida do Fisco pode cair.

A esperança dos empresários está na aprovação da Lei do SuperSimples no Congresso. No substitutivo votado ontem na Câmara, há um dispositivo que determina o retorno à cobrança original. Para passar a valer, ele ainda precisa ser aprovado pelo Senado.

Lei do MEI aumentou formalização no país

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Em vigor desde 2008, a Lei Complementar 128 criou a figura do Microempreendedor Individual (MEI), que é uma nova categoria de empresa, bastante simplificada e com menos tributação para os participantes.

Desde que foi instituída, a lei teve adesão maciça e retirou muitos prestadores de serviço da informalidade. Em 2010, 49% do total de empresas abertas no país eram MEIs. Em 2013, esse percentual já representava 68% do total.

O produtor Odilon Wagner o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif: pressão em Brasília para derrubar medidaFoto:  Divulgação

A visibilidade desta categoria impulsionou medidas como a criação, por exemplo, de uma moeda social em Maricá (RJ). Criada no ano passado, ela circula entre negócios locais, fortalecendo o comércio regional.

Para a cultura, a medida foi especialmente importante, dada a natureza dos prestadores de serviço na área. Um carregador, por exemplo, pode trabalhar em uma montagem de exposição, de um show ou de uma peça teatral. Se antes ele vivia do chamado “bico”, com a lei do MEI ele pode se regularizar e emitir nota fiscal.

Para as empresas, a medida também foi importante. “Devemos sempre prestar contas ao Fisco, e a formalização facilitou tudo”, afirma Odilon Wagner.

Medida retroativa é questionada

Apenas uma palavra foi responsável pela confusão sobre a retroatividade da medida da Receita. A lei original dos MEIs garantia que o pagamento era devido “exclusivamente” ao MEI dos serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos.

Em 2012, uma lei complementar retirou o termo “exclusivamente” da redação do texto. A Receita interpretou que, a partir dessa mudança, o pagamento passou a ser devido para o MEI de qualquer área, provocando isonomia no setor. Mas especialistas questionam a legalidade do entendimento, afirmando que o Fisco adotou essa interpretação a partir da instrução publicada este ano, de forma que a cobrança não poderia retroagir.

“De repente, o empresário se depara com um débito que ele não sabia existir”, afirma Alexandre Marques, sócio do Damasceno & Marques Advocacia. “Isso não tem o menor cabimento”, afirma Ericka Gavinho, do Gavinho e Campos Associados.

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Gestão dos documentos fiscaisPublicado em 9 de maio de 2014 por Caroline Renner

Desde a 1ª nota fiscal eletrônica com validade jurídica emitida em 2006, a maioria das empresas recebe Notas Fiscais Eletrônicas (NF-es) de seus fornecedores em formato digital. Passados todos esses anos muitas empresas ainda não estão em compliance com as regras de documentos fiscais eletrônicos. E por que isso?

Simplesmente porque não deram a devida importância para a questão do recebimento e guarda dos arquivos recebidos, já que a criticidade sempre esteve na emissão dos documentos, o que compromete o faturamento das empresas.

Ocorre que atualmente todas as empresas pensam que já têm essa questão resolvida. Ou seja, independente da solução utilizada, estão operando entre si, enviando arquivos digitais para todos os lados, através de contas de email, web services, ftp etc. Porém, o que elas deveriam se questionar é: “onde estão armazenados esses arquivos digitais?” Tais documentos deveriam estar em um local (HD, DVD, ou outros meios seguros), devidamente validados do ponto de vista fiscal e disponíveis para acesso a qualquer momento, no caso de acontecer uma auditoria fiscal.

Porém, ainda existem muitas empresas que têm os documentos em papel armazenados, mas o respectivo arquivo digital está perdido, ou nem mesmo foi enviado pelo emitente. Dependendo da quantidade de arquivos não recebidos, o melhor a fazer é um trabalho de recuperação, efetuando a busca e o respectivo download através de uma ferramenta apropriada.

E, a partir de uma data de corte, criar um processo de recebimento dos arquivos por meio de uma solução que atenda todo o fluxo, desde a chegada até a validação e guarda.

Outra opção é uma verificação detalhada, que pode ser feita através de sistemas específicos que cruzam informações de compras da empresa com a base em arquivos digitais. As áreas fiscal, financeira e de TI devem ser envolvidas no processo para que os documentos sejam devidamente organizados e validados.

Atualmente já existem no mercado soluções que atendem a essas necessidades. Tais softwares automatizam o processo de recebimento e a validação jurídica do documento digital. Tudo é feito de forma segura e sem a necessidade de interferência humana. Portanto, não espere receber a visita do fisco digital para iniciar um trabalho no sentido de ter uma base de dados com todos os documentos digitais emitidos. Se tiver dificuldade, contate busque no mercado um fornecedor de TI para ajudar.

Por Wilson Alves da Silva

Fonte: DCI-SP

A compra das próprias cotas pela sociedade limitada

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O decreto 3.708 (clique aqui), que regulou por mais de oitenta anos a constituição das sociedades limitadas, revogado pela entrada em vigor do atual Código Civil (clique aqui), previa no art. 8º que as sociedades por cotas de responsabilidade limitada poderiam adquirir as próprias cotas. Impunha três requisitos: as cotas deveriam estar liberadas, a compra se fizesse com fundos disponíveis sem ofensa ao capital social e mediante acordo dos sócios.

Revogado o decreto e omisso Código Civil atual quanto à compra das cotas pela sociedade limitada, o caminho a seguir será aplicar a regência das normas da lei das S/A (clique aqui) amparado no disposto no § único do art. 1.053 que reza: O Contrato Social poderá prever a regência supletiva da Sociedade Limitada pelas normas da sociedade anônima. A lei das S/A por seu turno prevê no § 1º do art. 30 que a sociedade poderá adquirir as próprias ações "para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que com lucros e reservas salvo a legal, sem diminuição do capital social".

Alguns aspectos, entretanto, precisam ser analisados, em razão das diferenças estruturais entre as duas espécies de sociedades para aplicar-se "in Casu" as normas do Direito Acionário.

O primeiro respeita ao direito de preferência, outorgado aos sócios para adquirir as cotas do sócio retirante ou expulso. O pressuposto, portanto, é de os sócios deverão ser notificados da preferência. Caso nenhum manifeste interesse na compra e um terceiro não seja admitido na sociedade, os sócios deverão ser convocados para, em assembleia ou reunião, aprovar a compra das cotas pela sociedade. Deverão decidir ainda se as cotas permanecerão em tesouraria para futura aquisição dos sócios ou mesmo um terceiro, ou se deverão ser canceladas, como prevê a Lei das S/A. Caso permaneçam em tesouraria não terão direito de voto nem participarão dos lucros sociais. O cancelamento por sua vez implicará na alteração do valor nominal das cotas, uma vez que não haverá modificação do capital social. O valor das cotas, a ser pago ao sócio retirante deverá ser calculado com base no art. 1031 do Código Civil que estabelece: salvo disposição em contrário prevista no Contrato Social, "a cota será liquidada com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado".

A doutrina admite a compra das próprias cotas como menciona Modesto Carvalhosa: "Ainda que o Código Civil silencie sobre a matéria, poderá o Contrato Social continuar prevendo a aquisição das próprias cotas, desde que estejam liberadas" (In Comentários ao Código Civil – Saraiva).

Ao utilizar-se esse mecanismo evitar-se-á a dissolução parcial da sociedade, processo mais demorado, mais complexo e sujeito a conflitos.

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*Leslie Amendolaraé advogado em Direito Empresarial e Mercado de Capitais e sócio-diretor do Forum Cebefi

Planejamento Tributário:

‘É necessário correr riscos’, dizem especialistas sobre planejamento tributário nas empresas

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Falta de preparação técnica de contadores terceirizados faz com que instituições paguem mais impostos e lucrem menos

“É preciso planejar para vencer os obstáculos impostos pela carga tributária no Brasil”. Com esse pensamento o presidente da IBE-FGV, Heliomar Quaresma, resume a posição da maioria dos empresários brasileiros quando o assunto é impostos. No Brasil, a carga tributária praticada é considerada a 14ª maior do mundo, segundo dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), com de 36,3% do PIB (Produto Interno Bruto), o que coloca o país à frente de Reino Unido, Canadá, Estados Unidos e Japão.

Em uma economia livre, altos impostos significam menos crescimento e desenvolvimento. Na prática, o pagamento de tributos diminui a disponibilidade de moeda no mercado e, consequentemente, o número de investimentos e transações, o que afeta diretamente a demanda e a oferta de produtos e serviços. Nesse cenário, as empresas buscam cada vez mais alternativas para vencer as barreiras com o objetivo de ampliar os ganhos econômicos e a principal forma apontada pelos especialistas é o Planejamento Tributário, o que tem chamado muito a atenção do governo.

Em 2014, a Receita Federal intensificou a fiscalização sobre as operações de planejamento tributário das empresas sob a argumentação de que elas estariam praticando um “planejamento tributário abusivo”.  O governo montou uma verdadeira operação de guerra contra grandes empresas que, amparadas pela legislação tributária, encontram formas de reduzir o imposto em cerca de R$ 110 bilhões. Em julho de 2013, o coordenador de fiscalização da Receita Federal, Iágaro Jung Martins, chegou a declarar que as empresas “romperam o limiar do possível”. Agora, as transações classificadas como agressivas são passíveis de multas que giram em torno de R$500 mi.

Contudo, especialistas afirmam que, algumas operações, sempre de formas lícitas, são imprescindíveis para as companhias, tendo em vista que as empresas têm muitas perdas com as altas taxas de impostos praticadas no Brasil. “Hoje, mais do que nunca, as empresas se utilizam de alternativas tributárias porque a carga fiscal é muito alta. Nesse sentido, é necessário correr alguns riscos para manter-se equilibrado e rentável.”, aponta o professor da IBE-FGV e mestre em direito tributário, Plínio José Marafon,

Na mesma linha, o sócio fundador e conselheiro da ABCT e ABRADT, Alexandre Lopes Lacerda, defende que os riscos em planejamentos tributários são necessários, uma vez que a prática passa a ser uma estratégia de negócio frente à alta carga de tributos praticada no Brasil. “A atenção especial com os impostos é uma estratégia para cuidar do negócio. Se isso não acontece, a empresa paga mais por não investigar corretamente os tributos”, diz.

Empresas pagam mais por falta de conhecimento

A terceirização das questões de contabilidade para escritórios de consultoria de contabilidade têm contribuído para o desperdício de recursos e o aumento da carga tributária paga pelas empresas. Segundo o professor de economia da IBE-FGV, Múcio Zacharias, isso acontece, principalmente pela falta de preparo da maioria dos terceirizados, que acabam por optar por categorias mais simples de tributação pela facilidade do processo, mas que pesam muito mais no caixa das instituições.

Segundo Zacharias, a maioria dos escritórios enquadra os clientes no regime de Lucro Presumido, em que o governo presume quanto a empresa terá de lucro com base na sua área de atuação e tributa um valor em porcentagem de acordo com sua atividade. “Isso é mais fácil, mas não demonstra a realidade da empresa. E se o seu lucro for menor que o estimado? A empresa perde recursos e deixa de ganhar créditos e restituições que teria se fizesse um trabalho mais detalhado”, explica.

O professor explica que o planejamento tributário é o melhor caminho para reduzir impostos sem fugir da IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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legislação. De acordo com ele, uma iniciativa simples, mas que requer paciência, organização e habilidade de um departamento de contabilidade, é a opção pelo regime de Lucro Real, que detalha minuciosamente todos os investimentos e despesas da empresa. “Na prática, dá muito trabalho e a maioria dos contadores não têm essa habilidade. Esse regime demanda um nível de detalhamento muito grande. Por isso, é importante que as empresa tenham um planejamento tributário muito bem definido. A diferença entre o que ela paga de imposto e o que poderia deixar de pagar ou teria restituído é muito grande em todos os casos analisados, desde a folha de pagamentos até os gastos com terceirizações. Hoje, em um mercado competitivo como esse, quem não planeja está fora”, diz.

O que é a inutilização de número de NF-e?Durante a emissão de NF-e é possível que ocorra, eventualmente, por problemas técnicos ou de sistemas do contribuinte, uma quebra da sequência da numeração. Exemplo: a NF-e nº 100 e a nº 110 foram emitidas, mas a faixa 101 a 109, por motivo de ordem técnica, não foi utilizada antes da emissão da nº 110.

A inutilização de número de NF-e tem a finalidade de permitir que o emissor comunique à SEFAZ, até o décimo dia do mês subsequente, os números de NF-e que não serão utilizados em razão de ter ocorrido uma quebra de sequência da numeração da NF-e. A inutilização de número só é possível caso a numeração ainda não tenha sido utilizada em nenhuma NF-e (autorizada, cancelada ou denegada).

A inutilização do número tem caráter de denúncia espontânea do contribuinte de irregularidades de quebra de sequência de numeração, podendo o fisco não reconhecer o pedido nos casos de dolo, fraude ou simulação apurados.

As NF-e canceladas, denegadas e os números inutilizados devem ser escriturados, sem valores monetários, de acordo com a legislação tributária vigente.

CT-e - Cancelamento ou Inutilização: Procedimento

1) Pergunta:

Qual procedimento deverá ser observado para cancelamento ou inutilização de numeração de CT-e?

2) Resposta:

Durante a emissão do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) é possível que ocorra, eventualmente, por problemas técnicos ou de sistemas do próprio contribuinte, uma quebra da sequência da numeração. Exemplo: a NF-e nº 000.100 e a nº 000.110 foram emitidas, mas a faixa 000.101 a 000.109, por motivo de ordem técnica, não foi utilizada antes da emissão da nº 000.110.

Neste casos, o contribuinte emitente do CT-e poderá solicitar seu cancelamento, mediante Pedido de Cancelamento correspondente a um único CT-e transmitido à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, quando, observadas as demais normas da legislação pertinente, cumulativamente:

a. não tenha iniciado a prestação do serviço;

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b. tenha decorrido período máximo de 7 (sete) dias desde a concessão da respectiva Autorização de Uso do CT-e;

c. não tenha sido emitida Carta de Correção Eletrônica (CC-e) relativa ao CT-e que se pretenda cancelar.

Na hipótese de quebra de sequência da numeração, o contribuinte deverá solicitar a inutilização do número de CT-e não utilizado, mediante Pedido de Inutilização de Número de CT-e, até o 10° (décimo) dia do mês subsequente àquele em que ocorrer a quebra de sequência de numeração.

Lembramos que, o Pedido de Cancelamento de CT-e e o Pedido de Inutilização de Número de CT-e:

a. deverão atender ao layout estabelecido em Ato COTEPE;b. deverão conter assinatura digital do emitente, certificada por entidade credenciada pela Infra-

estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), com o CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital;

c. deverão ser transmitidos via internet, com protocolo de segurança ou criptografia, podendo a transmissão ser realizada por meio do "software" previsto no artigo 11, § 1º, 1 da Portaria CAT nº 55/2009;

d. terão o seu deferimento ou indeferimento comunicado pela internet, mediante protocolo disponibilizado ao solicitante ou a terceiro por ele autorizado, contendo, conforme o caso, o número do protocolo, a chave de acesso, o número do CT-e e a data e a hora do recebimento da solicitação pela Secretaria da Fazenda.

Nota Tax Contabilidade:

(1) O Pedido de Inutilização de Número de CT-e e o Pedido de Cancelamento de CT-e transmitidos à Secretaria da Fazenda serão recebidos fora do prazo regulamentar, sendo o Pedido de Cancelamento de CT-e recebido até 31 (trinta e um) dias da emissão do CT-e.

Alerta do Joel – ICMS-ST – FRETE – a partir de 2015

Senhores!!!

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A partir de 2015 a Prestação interestadual de serviço de transporte rodoviário de cargas, iniciado no Estado, em que figure como tomador do serviço o estabelecimento de contribuinte inscrito e situado no Estado;

1 – O regulamento do estado imputa responsabilidade ao Remetente contribuinte inscrito neste estado mesmo que ele não seja o tomador do serviço, quando for transportador de outra UF ou Autônomo!!!

2 – Significa dizer que não haverá isenção nestes casos, aplicando assim a substituição tributária!!

§ 1º Art. 4 Anexo XV Item 199 parte 1 ANEXO I RICMS/MG

Cordial Abraço;Joel MartinsContador - CRC/MG – 108373 (035) 3068-6125/3222-1062Rua Professora Alice Macedo 72 – NSRA de Lourdes – Varginha [email protected]

Regime de Competência: Conceito1) Pergunta:

O que vem a ser Regime de Competência Contábil?

2) Resposta:

O Regime de Competência (do inglês accrual-basis) é um princípio contábil universalmente adotado, aceito e recomendado tanto pela Teoria Contábil como pela legislação do Imposto de Renda brasileiro. Na prática, ele deve ser estendido a qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua natureza e origem.

A principal vantagem do Regime de Competência é a possibilidade de previsão, ou seja, o futuro também passa a fazer parte da contabilidade da entidade.

No que se refere ao método de competência, temos que as receitas, despesas e custos deverão ser apropriadas na apuração do resultado no período de sua realização, sempre simultaneamente quando se correlacionarem. Portanto, as:

a. receitas serão sempre contabilizadas no período em que forem geradas ou auferidas, independentemente de seus recebimentos; e

b. despesas e custos serão sempre contabilizadas no período em que forem consumidas, incorridas ou utilizadas, independentemente de seus pagamentos.

Da confrontação das "receitas" e das "despesas" ou "custos", emerge o conceito de "resultado do período": positivo, se as receitas forem maiores do que as despesas; ou negativo, quando ocorrer o contrário.

Nota Tax Contabilidade:

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(1) Alternativamente ao Regime de Competência existe o Regime de Caixa, neste, as receitas e despesas são reconhecidas quando há seu efetivo recebimento e pagamento, respectivamente. Esse regime é autorizado para as microempresas e empresas sem fins lucrativos, de modo a simplificar suas apurações contábeis.

Fonte Principal: Portal de Contabilidade (UC: 09/05/14).

CFOP: Venda para turista estrangeiro1) Pergunta:

Qual CFOP deverá ser utilizado na operação de venda a varejo para turista estrangeiro, quando este retira a mercadoria no próprio estabelecimento varejista?

2) Resposta:

De acordo com o Regulamento do ICMS/2000, aprovado pelo Decreto nº 45.490/2000, presume-se interna a operação caso o contribuinte não comprove a saída da mercadoria do território paulista com destino a outro Estado ou a sua efetiva exportação. Portanto, considerando que o estabelecimento varejista não tem como comprovar que a mercadoria realmente sairá do território paulista, entendemos que o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) a ser utilizado será o de operação interna, qual seja, as que se iniciam com o número 5 (cinco), 5.102, por exemplo.

Importante que se diga que, para validar a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) com esse CFOP, deve-se preencher a campo "modFrete" (modalidade do frete) com a informação "9 - Sem frete".

Base Legal: Art. 36, § 4º do RICMS/2000-SP (UC: 09/05/14); Manual da NF-e, versão 5.0 e; Item 5.1 da Nota Técnica 4/2011 (UC: 09/05/14).

PAF: Multa isolada - PER/DCOMP ideferido, indevido ou não homologado

1) Pergunta:

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Na hipótese do Pedido de Ressarcimento (PER) ser indeferido ou indevido ou; a Declaração de Compensação (DCOMP) não ser homologada pela Receita Federal do Brasil (RFB), haverá a incidência de alguma multa para o contribuinte?

2) Resposta:

Sim. Ao contribuinte que tiver Pedido de Ressarcimento (PER) indeferido ou indevido será aplicada multa isolada de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor do crédito objeto do pedido. Esse percentual será ampliado para 100% (cem por cento) na hipótese de ressarcimento obtido com falsidade no PER apresentado pelo sujeito passivo da relação (contribuinte).

Por fim, registramos que também será aplicado a multa isolada de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor do crédito objeto de Declaração de Compensação (DCOMP) não homologada, salvo no caso de falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo (1).

Nota Tax Contabilidade:

(1) A No caso de apresentação de manifestação de inconformidade contra a não homologação da compensação (DCOMP apenas), fica suspensa a exigibilidade da multa de ofício, ainda que não impugnada essa exigência, enquadrando-se no disposto no artigo 151, III do CTN/1966.

Base Legal: Art. 151, III do CTN/1966 (UC: 09/05/14) e; Art. 74, §§ 15 a 18 da Lei nº 9.430/1996 (UC: 09/05/14).

Norma de ICMS na importação prejudica pequenas empresasPublicado em 9 de maio de 2014 por Gabriel Peixoto

Por Fernanda Bompan | Jornal DCI

As empresas, principalmente as pequenas, devem ficar atentas às exigências de cada estado com a regulamentação da Resolução 13 do Senado, que visa o fim da chamada guerra dos portos. Os especialistas entrevistados pelo DCI foram unânimes em dizer que ainda há dificuldades para atender as regras com relação à Ficha de Conteúdo de Importação (FCI) e que não há um horizonte para que esse cenário mude.

O documento – obrigatório desde outubro do ano passado – é uma exigência legal, publicada na resolução que unificou as alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 4%, incidente nas operações interestaduais envolvendo produtos importados ou com conteúdo de importação superior a 40%.

A ficha é uma forma dos fiscos estaduais e, assim da Receita Federal, controlarem a entrada de produtos no País. A FCI deve ser preenchida por todas as indústrias que utilizam insumos importados em seu processo produtivo. Já as empresas que atuam como revenda de produtos importados precisam transcrever

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em seu documento fiscal as informações contidas na nota de aquisição, apresentando assim, o número da FCI. E esse é um dos problemas apontados pela maioria dos especialistas.

“Mesmo se ela for varejista, mas revender um produto com conteúdo importado, terá que informar qual esse conteúdo e o custo do material”, alerta o diretor da Decision IT, Mauro Negruni, ao acrescentar que essa exigência é para empresas de qualquer porte.

De acordo com o diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil, Welinton Mota, justamente a informação sobre o custo desse conteúdo é que mais está dando dor de cabeça nos empresários, principalmente dos pequenos executivos. “O preenchimento da ficha é até simples, mas precisa ter todas as informações. Se a empresa não tem um sistema integrado desses custos ou um departamento para isso, o que a maioria não tem, atender às exigências fica complicado”, apontou. Se a empresa informar incorretamente, ela poderá sofrerá autuações e penalidades a depender do caso investigado.

Já a diretora de consultoria da ABC71, Miriam Rocha Negreiro, afirma que mesmo com as grandes empresas, atender as regras da Resolução 13 está difícil. “Nossa carteira de clientes no setor de indústria envolve todos os portes. E para atender às regras da FCI precisa de uma estrutura interna com informação qualificada e com cadastro de fornecedores, que também precisam informar o conteúdo de importação. As pequenas [indústria] estão com problemas para criar esse processo. Mas mesmo médias e grandes empresas estão também”, disse.

Segundo a especialista, ao longo de 2013, a ABC71 trabalhou com seus clientes, assim como as demais consultorias e escritórios de advocacia, para avaliar as barreiras com projetos-pilotos, e até hoje os processos – informar o conteúdo e o custo – precisavam ser feitos de modo manual, um a um. “Mas mesmo depois de sete meses de obrigatoriedade da FCI, eu sei, que grandes empresas não conseguiram fazer o processo acontecer”, ressaltou.

O advogado Tiago de Lima Almeida, sócio do escritório Celso Cordeiro e Marco Aurelio de Carvalho Advogados, entende ainda que há uma dificuldade também de atender as exigências de cada estado. “Cada estado regulamentou a resolução. Uma empresa que operar em mais de um estado tem que ficar atenta às regras porque são diferentes uma das outras”, afirmou.

Soluções

Todos os especialistas entrevistados pelo DCI afirmaram que não há algo que a Receita Federal possa resolver neste momento. “Se o fisco tivesse dado mais tempo para essa adaptação, talvez a situação seria melhor. Ainda mais que o momento não é propício para investimentos, e essa adequação precisa de investimento”, comentou Miriam, ao se referir ao efeito que o baixo crescimento econômico gera com relação ao otimismo do setor privado.

A solução ideal, na avaliação da maioria deles, para acabar de vez com a guerra dos portos e assim, com a disputa fiscal entre os estados por maior arrecadação, é unificar a alíquota de ICMS que envolve todas as operações interestaduais. Enquanto isso, procurar bons especialistas é a orientação.

Eles também comentaram que após mais de um ano da publicação da Resolução 13, a guerra dos portos não foi extinta. Segundo os especialistas, alguns estados ainda oferecem benefícios fiscais, como a redução de alíquotas de ICMS, para importar em seus portos, o que é inconstitucional, pois não tem aprovação unânime no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Fonte: Jornal DCI

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Mudanças do ICMS correm o risco de virar uma disputa judicial

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Postado por Guilherme Pontes em 8 maio 2014 às 8:00 Exibir blog

Correm o risco de virar uma batalha jurídica as novas regras do Super Simples que estão sendo analisadas no Congresso para a redução das alíquotas do ICMS em relação às micro e pequenas empresas. Iniciativas nesse sentido estão sendo examinadas por auditores fiscais e governos estaduais, se alterações nesse sentido forem aprovadas.

O relator da proposta que cria o novo Super Simples, deputado Cláudio Puty, enfrentou ontem pressões dos secretários estaduais de Fazenda para manter, em seu parecer, limitações ao uso do mecanismo chamado de substituição tributária, cujos efeitos aumentam a tributação do ICMS para o segmento empresarial de menor porte. O presidente da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), Roberto Kupsk, afirmou ontem ao DCI que a entidade vai mover ações na Justiça contra qualquer alteração no Super Simples que afete o principal tributo de arrecadação dos estados e causar perda de R$ 10 bilhões.

Propaganda eleitoral

Nota distribuída pela entidade informa que serão questionados no Supremo Tribunal Federal e no TSE tanto o projeto de lei complementar que cria o novo Super Simples, em tramitação na Câmara, quanto projeto semelhante já aprovado sob a relatoria do senador Armando Monteiro.

“Caso sancionada”, adverte a entidade, “a mudança representará um verdadeiro desmonte tributário, consagrando na prática a total quebra do pacto federativo”. E acusa o governo federal de pretender usar essas alterações na campanha eleitoral. “Há riscos de o governo federal acatar o projeto de lei, pois poderá representar farto material de propaganda eleitoral e estabelecer, a partir de 2015, uma situação de dependência ainda maior dos estados em relação aos recursos federais que já sofrem a difícil e injusta questão da dívida com a União.”

Ainda de acordo com o presidente da entidade, as proposições ferem o entendimento firmado em Acórdão de 2011 que proíbe a concessão de benefícios fiscais em ano eleitoral.

A Febrafite já questiona a atual lei nacional do Simples, promulgada em 2006, por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.910, que ainda aguarda análise pelo ministro Gilmar Mendes. De acordo com o presidente da entidade, as empresas beneficiadas não deveriam ter faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano. “Isso é um absurdo. Um assalariado que fatura R$ 30 mil por ano já paga 27% de Imposto de Renda. Como considerar pequena uma empresa que fatura milhões por ano”, comparou. A entidade afirma que, na prática, as alterações propostas pelo Congresso pretendem transformar o Simples no imposto único nacional.

Fonte: DCI-SP

SIMPLES NACIONAL. FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO. TRIBUTAÇÃO

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“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 93, DE 3 DE ABRIL DE 2014

ASSUNTO: Simples Nacional

EMENTA: FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO. TRIBUTAÇÃO. A atividade de farmácia de manipulação (CNAE 4771-7/02) é tributada na forma do Anexo I da Lei Complementar nº 123, de 2006.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, caput; Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 7, de 23 de junho de 2006.

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral”

IPI: Receita Federal divulga nova disciplina sobre consulta de classificação fiscal de mercadorias9 mai 2014 - ICMS, IPI, ISS e Outros

Por meio da instrução Normativa RFB nº 1.464/2014 - DOU 1 de 09.05.2014, foi disciplinado o processo de consulta sobre classificação fiscal de mercadorias, no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), e revoga a Instrução Normativa RFB nº 740/2007, com efeitos a partir de 08.07.2014.

Os atos administrativos relativos à classificação fiscal de mercadorias, anteriores a 31.12.2001, inclusive, ficam revogados após a mencionada data.

As soluções em processos de consulta que versem sobre classificação fiscal de mercadorias serão fundamentadas nas Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI/SH) da Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, nas Regras Gerais Complementares do Mercosul (RGC), na Regra Geral Complementar da TIPI (RGC/TIPI), nos pareceres de classificação do Comitê do Sistema Harmonizado da Organização Mundial das Aduanas (OMA) e nos ditames do Mercosul, e, subsidiariamente, nas Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH).

A consulta deverá ser formulada por escrito, conforme formulário próprio disponível no site da RFB, na Internet, apresentado nos termos do disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.412/2013, dirigida à Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana).

A consulta eficaz resultará em solução de consulta e a consulta ineficaz, em despacho decisório que declarará a sua ineficácia.

A consulta será solucionada em instância única, não cabendo recurso nem pedido de reconsideração da solução de consulta ou do despacho decisório, ressalvadas as hipóteses de divergências tratadas nos arts. 24 e 25 da Instrução Normativa RFB nº 1.464/2014.

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As soluções de consulta e as soluções de divergência serão publicadas na Imprensa Oficial, com o número da solução, o assunto, a ementa e os dispositivos legais; e na Internet, no site da RFB, com exceção do número do processo eletrônico, dos dados cadastrais do consulente, de dados sigilosos da mercadoria e de qualquer outra informação que permita a identificação do consulente e de outros sujeitos passivos.

Fonte: ICMS- LegisWeb

Incidência: Receita com crédito presumido do ICMS

1) Pergunta:

A receita com crédito presumido do ICMS concedido pelos Estados e pelo Distrito Federal, está sujeito ao PIS/Pasep, a Cofins, ao IRPJ e a CSLL?

2) Resposta:

Sim. O valor apurado de crédito presumido do ICMS concedido pelos Estados e pelo Distrito Federal, quando lançado de forma escritural na contabilidade das empresas que deles se beneficiam, constitui receita tributável para fins de incidência dos seguintes tributos:

a. Contribuição para o PIS/Pasep, apurado no Regime não cumulativo;b. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), apurado no Regime não

cumulativo;c. Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); ed. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Lembramos que, caso haja previsão legal expressa para a não incidência dos mencionados tributos, a receita com crédito presumido do ICMS não constituirá receita tributável e deverá receber o tratamento previsto pela norma incentivadora.

Base Legal: Art; 392, I do RIR/1999 (UC: 04/05/14) e; Solução de Divergência nº 13/2011 (UC: 04/05/14).

O ICMS sobre o comércio eletrônicoAntonio Carlos Salla é sócio na área de consultoria tributária do escritório ZCBS Advogados, palestrante da FGV-SP e do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários de Sorocaba (Ibet)

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Há três anos, alguns estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, em frontal desrespeito à Constituição Federal, celebraram o Protocolo ICMS 21/2011, que, sob o argumento de dispor sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações interestaduais com mercadorias comercializadas de forma não presencial, como internet e telemarketing, impõe o pagamento desse imposto em favor do estado do domicílio do consumidor não contribuinte. Foi então inaugurada uma guerra fiscal que, a exemplo de todas as outras, acabou por prejudicar as atividades dos contribuintes. Neste caso, os comerciantes que utilizavam meios eletrônicos para comercializar suas mercadorias. De súbito, estes vendedores viram-se obrigados a entrar com medidas judiciais, senão teriam de optar entre recolher duas vezes o valor do imposto - uma, em favor do estado em que estão estabelecidos e outra, em favor dos estados signatários do famigerado Protocolo. Ou então teriam suas mercadorias apreendidas pelas repartições fiscais de fronteira.

Somente após muitas demandas jurídicas, o Supremo Tribunal Federal (STF), em apreciação de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ingressada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), concedeu liminar para suspender a eficácia desse Protocolo. Na prática, tal decisão não chegava a solucionar o problema, tendo em vista que as legislações de muitos dos estados signatários do acordo ainda continham previsão idêntica.

Em meio a esse cenário conturbado, membros do Congresso Nacional, visando à revisão da distribuição do produto da arrecadação do ICMS entre os estados, iniciaram negociações no sentido de por fim à guerra fiscal estabelecida. Como resultado desse trabalho, no dia 2 de abril foi dado mais um passo no sentido da alteração da sistemática de cobrança do ICMS incidente sobre as operações interestaduais realizadas por agentes do comércio eletrônico. A comissão especial destinada a proferir parecer sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 197/12 aprovou o texto substitutivo elaborado pelo relator da matéria, deputado Márcio Macêdo (PT-SE).

Conhecida como PEC do Comércio Eletrônico, a proposta objetiva a alteração do artigo 155, parágrafo 2º, incisos VII e VIII da Constituição Federal. Segundo a redação desses dispositivos hoje em vigor, nas operações ou prestações que destinem mercadorias ou serviços a não contribuintes de outros estados, o ICMS devido deve ser recolhido integralmente para o estado de origem - o da localização do vendedor da mercadoria ou do prestador do serviço. Com a PEC, o ICMS incidente nas operações interestaduais realizadas por e-commerce passaria, gradativamente, ao longo de cinco anos, a ser recolhido em favor do estado de destino - o do adquirente. Não obstante o louvável esforço empreendido no sentido de solucionar essa questão pontual, é importante que nossos congressistas não percam de vista que somente a aprovação dessa proposta não basta. É imprescindível que a alteração no texto constitucional seja acompanhada de modificação da legislação complementar, visando a regular o sistema de créditos, de forma a evitar distorções no sistema de apuração do imposto devido que venham a onerar os custos dos produtos ou serviços. E, consequentemente, seus respectivos preços.Em situações similares, a concepção de alterações precipitadas e incompletas gerou distorções

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que, até hoje, trazem insegurança jurídica. É o caso dos serviços de comunicação não medidos, como os de TV por assinatura e de provimento de conexão privada à internet, cuja Lei Complementar 102, de 2000, determinou o pagamento do imposto devido em partes iguais para os estados onde se encontram o prestador e o respectivo usuário.

Como essa mesma lei nada dispôs quanto à alíquota aplicável a tais serviços, à forma de registro dos créditos e, ainda, aos procedimentos a serem adotados na hipótese de o prestador dos serviços e/ou de seus usuários serem estabelecidos em mais de um estado (como ocorre no caso de pessoa jurídica prestadora dos serviços que detêm estrutura física de comunicações em localidades diferentes para atender pessoa jurídica contratante que deve utilizar os serviços por suas filiais), são muitos os problemas enfrentados pelos contribuintes que se veem à mercê de interpretações diferentes em cada um dos estados onde são estabelecidos. Assim, só resta esperar que a PEC do Comércio Eletrônico represente uma efetiva evolução para o sistema tributário e não mais um componente a ampliar o chamado custo Brasil.

Os reflexos da Nota Fiscal de Estorno na EFD Contribuições e na Desoneração da Folha de PagamentoPublicado em 5 de maio de 2014 por André Corso

Por André Corso – Gerente de Projetos Decision IT

O Ato Cotepe/ICMS Nº 33, de 29 de Setembro de 2008 estipula que o cancelamento de notas fiscais emitidas onde não houve a efetiva circulação da mercadoria ou a prestação de serviço deve ser realizado em prazo inferior a 24 horas da respectiva autorização de uso.

Muitos Estados têm regulamentado a Nota Fiscal de Estorno para acobertar operações não efetivadas e não canceladas neste prazo. Este “jeitinho brasileiro” pode sanar alguns problemas de processos dos contribuintes na esfera estadual, porém, traz impactos na esfera Federal, por exemplo, na EFD Contribuições e Desoneração da Folha de Pagamento.

Apesar do projeto NF-e já contar com mais de 8,6 bilhões de notas emitidas em mais de 1 milhão de empresas emissoras, ainda são recorrentes procedimentos da época da nota fiscal modelo 01, tanto por parte dos contribuintes, como dos Estados.

Por exemplo, no Rio Grande do Sul o RICMS prevê, através do Artigo 20.4.2, a emissão da NF-e de estorno onde a CFOP inversa deverá ser usada à operação a ser estornada. Utilizando exemplos simples, veremos que esta operação traz prejuízos ao contribuinte. Ao emitir uma NF-e de estorno para uma NF-e de Importação (3101), teremos uma operação (7101) geradora de Receita, com impactos na Apuração do

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PIS/COFINS e Desoneração da Folha de Pagamento.

É de se pensar que uma solução para o problema apresentado seria uma forte revisão nos processos internos da Companhia, visando minimizar e banir a emissão da NF-e de estorno em seu Sistema. Outra possibilidade, mais remota é os fiscos estaduais e federais entrarem de fato no projeto Nacional do SPED e suas nuances estaduais, ampliando suas visões e tendo o cuidado sobre os impactos de suas decisões tanto na esfera Federal como na estadual simultaneamente.

Fonte:http://www.decisionit.com.br/?sped-na-pratica=os-reflextos-da-nota-fiscal-de-estorno-na-efd-contribuicoes-e-na-desoneracao-da-folha-de-pagamento

Cooperativa de saúde não é isenta do PISPublicado em 7 de maio de 2014 por Júlia Pereira

A decisão foi baseada em entendimento do STJ no sentido de que os planos de saúde em forma de cooperativa devem sujeitar-se à incidência do tributo

Com base no entendimento de que os planos de saúde em forma de cooperativa, pela natureza dos valores recebidos, devem sujeitar-se à incidência de contribuição do Programa de Integração Social (PIS), a Sétima Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF) negou recurso da Unimed Itauma – Cooperativa de Trabalho Médico Ltda. O grupo tentava se livrar da incidência tributária do PIS sobre sua arrecadação financeira. Em primeira instância, o pedido já havia sido negado pela Justiça Federal em Divinópolis (MG).

A cooperativa buscou a isenção do imposto sobre os “atos cooperativos” – com base nos artigos 79, 87 e 111 da Lei 5.764/71 – e sobre a “totalidade dos ingressos na condição de operadora de planos de saúde, sendo considerada receita própria somente sua taxa de administração”.

O magistrado, na primeira instância, negou o mandado de segurança por entender que os atos de prestação de serviços a terceiros “não se enquadram no conceito de atos cooperativos” e, portanto, estão sujeitos à tributação.

Ao analisar o caso, o relator do recurso no TRF 1ª Região confirmou a sentença. No voto, o desembargador federal Tolentino Amaral frisou que, de acordo com a Lei 5.764/71 – que define a Política Nacional de Cooperativismo – só podem ser considerados atos cooperativos próprios àqueles praticados “entre as cooperativas e seus associados (…) e pelas cooperativas entre si quando associadas, para a consecução dos objetivos sociais”. O magistrado citou, como exemplo, as cooperativas de crédito e de produção rural, que, pelas suas especificações, praticam atos cooperativos “próprios ou típicos”.

Já no caso das cooperativas de serviço médico, a situação é diferente. “Ainda que sejam cooperativas no sentido formal [estas], instituem, em enorme medida, planos de saúde em que firmam contratos de prestação de serviços com terceiros [beneficiários/pacientes] a serem efetuados pelos seus médicos cooperados [associados]“, citou Tolentino Amaral. Dessa forma, a base de cálculo dos impostos (IRPJ e PIS) é “quase que exclusivamente” composta pelos pagamentos feitos por terceiros.

A decisão foi baseada em entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), presidido pelo ministro Felix Fischer , no sentido de que os planos de saúde em forma de cooperativa, pela natureza dos valores recebidos, devem sujeitar-se à incidência do PIS.

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Com base nesses argumentos, o relator decidiu negar provimento à apelação da cooperativa. O voto foi acompanhado pelos outros dois magistrados que integram a Turma

Imposto de Renda

Em outro julgamento, a Sétima Turma do TRF da 1ª Região decidiu, por unanimidade, que não incide Imposto de Renda (IR) sobre parcela de juros decorrentes de valores pagos em processo judicial por não caracterizarem acréscimo patrimonial, mas terem natureza indenizatória, em decorrência de serem os valores pagos com atraso.

Em primeira instância, o juiz havia decidido nesse mesmo sentido. A Fazenda Nacional apelou, pretendendo a incidência do imposto sobre todo o valor recebido pelo servidor público e em alíquotas atuais.

O caso se refere a um servidor que, recebendo vencimentos em atraso, questionou a cobrança do Imposto de Renda e alegou que deveria incidir o percentual vigente à época em que os valores deveriam ter sido pagos. A Receita Federal também havia exigido que o IR incidisse sobre todo o valor recebido, inclusive sobre os juros de mora. O juiz Rodrigo de Godoy Mendes foi o relator.

Fonte: DCI – SP

CARF decide que é lícito planejamento tributário que separa atividades de uma empresa em duas pessoas jurídicas distintas

Postado por Guilherme Pontes em 7 maio 2014 às 16:00 Exibir blog

Por Amal NasrallahAs contribuições para o PIS/Cofins têm duas sistemáticas de apuração, a cumulativa e a não cumulativa. Não obstante isso, alguns produtos estão obrigados a uma modalidade diferenciada de cálculo denominada “incidência monofásica”.

A incidência monofásica aplica-se a produtos tais como, gasolina, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, querosene de aviação, nafta petroquímica; biodiesel, álcool, inclusive para fins carburantes, veículos, máquinas, autopeças, pneus novos de borracha e câmaras-de-ar de borracha, medicamentos, produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal e bebidas frias.

Este regime se consubstancia na imputação da responsabilidade tributária ao fabricante/importador dos produtos mencionados, de recolher o Pis/Cofins à uma alíquota especial e majorada, de modo a estabelecer um ônus tributário incidente sobre toda a cadeia produtiva. Vale dizer, neste regime a carga tributária fica quase toda concentrada na fase inicial do ciclo produtivo.

O regime monofásico é similar à substituição tributária, uma vez que o ônus de toda a cadeia de comercialização é suportado pelo fabricante/importador, que aplica sobre a receita auferida na venda de tais produtos alíquotas maiores que as usuais. Por outro lado, ocorre a fixação de alíquota zero de

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Pis/Cofins sobre a receita auferida com a venda dos “produtos monofásicos” pelos demais participantes da cadeia produtiva (distribuidores, atacadistas e varejistas).

Vale dizer, todos os demais elos da cadeia produtiva dos produtos submetidos ao regime monofásico, à exceção do produtor ou importador (responsáveis pelo recolhimento do tributo à uma alíquota diferenciada maior) ficam desonerados do recolhimento do PIS e Cofins, porquanto sobre a receita por eles auferida aplica-se a alíquota zero. Em suma, a tributação é concentrada no produtor ou importador, razão pela qual esse tipo de exigência ficou conhecida como “incidência monofásica”.

Esta sistemática levou muitas empresas industriais e importadoras a criarem empresas do mesmo grupo para se tornarem distribuidores de seus produtos. Em vista disso, passaram a atuar como atacadistas. O produto sai da fábrica a preço baixo para pagar menos PIS e Cofins monofásico, e a margem maior de lucro fica concentrada na empresa distribuidora, visto que a tributação se dá à alíquota zero.

Muitos contribuintes foram autuados, por fazer esta operação. Contudo, em 20/03/2014 foi publicado um acórdão do CARF analisando justamente esta operação. O CARF decidiu que o planejamento fiscal é lícito.

Eis a ementa do julgado

“PIS. REGIME MONOFÁSICO. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO. SIMULAÇÃO ABSOLUTA. DESCONSIDERAÇÃO DE ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS. ART. 116, P.U. DO CTN. UNIDADE ECONÔMICA. ART. 126, III, DO CTN. NÃO CARACTERIZAÇÃO.

Não se configura simulação absoluta se a pessoa jurídica criada para exercer a atividade de revendedor atacadista efetivamente existe e exerce tal atividade, praticando atos válidos e eficazes que evidenciam a intenção negocial de atuar na fase de revenda dos produtos.

A alteração na estrutura de um grupo econômico, separando em duas pessoas jurídicas diferentes as diferentes atividades de industrialização e de distribuição, não configura conduta abusiva nem a dissimulação prevista no art. 116, p.u. do CTN, nem autoriza o tratamento conjunto das duas empresas como se fosse uma só, a pretexto de configuração de unidade econômica, não se aplicando ao caso o art. 126, III, do CTN.

Recurso voluntário provido. Recurso de ofício prejudicado.”(Processo, 19515.001905/200467, Acórdão nº 3403002.519, 4ª Câmara / 3ª Turma Ordinária).

É importante frisar as razões que levaram o CARF a decidir desta forma:

(i) Não existe simulação, mas modificação na estrutura econômica dos contribuintes;

(ii) A empresa produtora e distribuidora não são ficção, existem realmente e foram criadas em consequência da política fiscal que onerou o setor produtivo, induzindo os produtores a atuarem também na atividade de revenda e distribuição;

(iii) O contribuinte não pretendeu escapar da incidência monofásica, mas“deixou de ocupar-se apenas da produção, passando a atuar no mercado de distribuição e revenda dos produtos, ou seja, passou a ocupar mais de uma das etapas da cadeia econômica”;

(iv) O propósito negocial é a efetiva revenda de produtos;

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(v) “Não se pode promover a desconsideração dos atos e negócios jurídicos que envolvem o desdobramento de atividades entre pessoas jurídicas diferentes, ao argumento de que a abusividade residiria na queda da arrecadação”.

Este precedente é importantíssimo e serve de orientação aos contribuintes, pois diversos planejamentos fiscais são realizados de forma a segregar as atividades de uma empresa em duas, ou mais pessoas jurídicas.

Fonte: Migalhas via Tânia Gurgel

SPED trará benefícios também aos empresários Postado por Guilherme Pontes em 7 maio 2014 às 15:00 Exibir blog

Por Clóvis Belbute PeresEm meio aos desafios do eSocial, projeto do governo federal que unificará as informações pelo empregador em relação aos seus empregados, e do Livro da Produção e do Estoque, o novo coordenador nacional do Sistema Público de Escrituração Digital – Sped, Clóvis Belbute Peres, que assumiu recentemente o cargo, afirma que esta nova frente do Sped apresenta benefícios diretos às empresas e aos empregados. Em sua opinião, para que os empregadores se adéquem, da melhor forma possível, é necessário praticar o aprendizado contínuo. Em entrevista à Revista Dedução, Peres fala ainda de seus objetivos, dificuldades e o preparo das empresas para o Big Brother Tributário instituído pelo Fisco.

Quais são os seus objetivos como coordenador nacional do Sistema Público de Escrituração Digital – Sped?

Há muitos desafios no programa Sped e muito já se tem avançado. Continuar o excelente trabalho do Carlos Sussumo Oda e ajudar a amadurecer esta verdadeira revolução na geração e no tratamento da informação contábil e fiscal são apenas uns dos meus objetivos. Não posso deixar de mencionar, porém, que a comunicação com a sociedade e a ampliação do conhecimento e da utilização do Sped são outros desafios muito importantes. Em especial penso que podemos contribuir para que o Sistema Público de Escrituração Digital seja um verdadeiro simplificador de obrigações e um propulsor de negócios no Brasil.

Hoje quais são as principais dificuldades para a concretização deste projeto?

Não acredito que haja dificuldades que sejam hoje inerentes ou únicas do Sped. Os obstáculos são como os de qualquer grande projeto colaborativo: manter e balancear o orçamento e harmonizar os interesses de vários colaboradores.

Em relação ao eSocial, o senhor acredita que as empresas estão preparadas?

Acredito que sempre seja difícil dizer que se está preparado quando as mudanças de concepção são grandes como as propostas pelo eSocial. Mas é importante lembrar que os prazos estão sempre sendo discutidos com os contribuintes e as associações representativas. Por isso, aqueles já estão cumprindo a legislação terão que fazer poucas adaptações.

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O eSocial mudará por completo as relações trabalhistas dentro das empresas e escritórios contábeis, e dos escritórios contábeis com o Fisco. O senhor acredita que, dentro deste novo cenário, devemos reestudar as leis trabalhistas?

Sem dúvida vamos reestudá-las. O Direito é um fenômeno social. Por isso, a prática e a legislação se fundem interferindo umas com as outras. O eSocial, embora não modifique a legislação, certamente provocará uma maior reflexão sobre ela.

Como as empresas de todos os portes e segmentos devem se preparar para esta nova realidade?

Só há uma forma de se preparar para qualquer mudança, e cuja constância define nosso tempo: o aprendizado contínuo. Vemos isso como uma realidade nas ciências administrativas e cada vez mais temos esse paradigma na ciência contábil e no Direito. Não só no Brasil, mas em todo o mundo as empresas, mesmo as menores, preparam-se para as novas realidades através do estudo, da adaptação e da busca pela inovação. O Sped e o eSocial, em particular, não são exceções. Ambos trazem grandes benefícios às empresas e a sociedade, mas como toda mudança requerem estudo e adaptação.

O Sped acabará com o jeitinho brasileiro de se “fazer negócio” no Brasil?

Não acho que haja um jeitinho brasileiro no sentido estrito do termo. Em todos os países há empresas e cidadãos que insistem em não cumprir suas obrigações sejam elas tributarias ou não. Felizmente são minoria em toda a parte. O Sped ajudará – e muito - aquela empresa que deseja se organizar e com isso avançar no mercado. O ambiente de negócios será cada vez melhor.

Em relação ao Sped, quais são os seus conselhos para as empresas neste ano?

Difícil dar conselhos gerais, mas insisto que o mais importante é estar atento ao que acontece. Temos um sítio que será renovado em breve e disponibilizaremos cada vez mais informações à sociedade. O importante é estar atento ao que está acontecendo.

Dentro do Sistema Sped, há vantagens para os empresários?

Sem dúvida, há muitos benefícios, haja vista os quase 10 bilhões de Notas Fiscais Eletrônicas já emitidas. E isso é apenas um módulo do programa. A facilidade de manter as escriturações em forma digital e ter a segurança de seus dados assegurada é outro ganho enorme. A maior vantagem é que transitamos, através do Sped, por uma via segura, para o mundo de informações de negócios verdadeiramente digital. Isso sem contar que muitos dos ganhos ainda serão descobertos.

Fonte: Revista Dedução

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Implicações jurídicas do reconhecimento contábil de receita

Postado por Guilherme Pontes em 7 maio 2014 às 14:00IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Por Edison FernandesNa última reunião do Grupo de Estudos em Direito e Contabilidade (Gedec), da Direito GV, discutimos a regulamentação contábil da receita (Pronunciamento Contábil CPC 30) e seus impactos para o direito, quer na seara dos contratos, quer na seara tributária.

Esse assunto ganhou ainda mais importância em razão de Medida Provisória n° 627, que disciplina a tributação do lucro (IRPJ/CSLL) no contexto dos padrões internacionais de contabilidade (IFRS), ter silenciado sobre o reconhecimento da receita, especificamente, sobre o CPC 30, embora tenha trazido um novo conceito de receita bruta. Com esse silêncio da nova legislação tributária, conclui-se que as normas contábeis (CPC 30) passa a ter aplicação diretamente na apuração dos tributos federais.

Uma primeira advertência que foi e deve ser feita diz respeito aos impostos incidentes sobre o consumo, como são o IPI, o ICMS e o ISS. Isso porque os seus fatos geradores não são propriamente a receita em si, mas a circulação de produto ou de mercadoria e a prestação de serviço. Dessa forma, o alcance da regulamentação contábil da receita é limitado.

Já para a Contribuição para o Pis, a Cofins, o IRPJ e a CSLL a situação é bastante diferente, porque a receita ou é fato gerado diretamente dos tributos, no caso dos dois primeiros, ou compõem o fato gerador, no caso dos dois últimos. Assim, a definição contábil da receita, bem como o seu reconhecimento e a sua mensuração, exercem influência direta na apuração dos mencionados tributos.

Como primeiro aspecto do reconhecimento contábil da receita com implicação jurídica, destaco a exigência de que o respectivo valor seja distribuído entre as diversas atividades desenvolvidas pela empresa. Nesse sentido, por exemplo, no caso de venda de um produto cujo preço pode ser diferenciado em razão de o fornecedor disponibilizar ou não a sua manutenção, a receita deverá ser segregada pelas atividades identificáveis no contrato. Além do evidente reflexo tributário (ICMS ou ISS e apuração do lucro presumido), há ainda a implicação quanto ao exercício regular de atividade econômica, devidamente autorizado por órgão regulador e registrado no CNPJ, com a identificação do Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) correspondente.

Outro ponto refere-se ao momento do reconhecimento da receita. Nesse particular, os padrões internacionais de contabilidade (IFRS) privilegiam o contrato, em detrimento da emissão da nota fiscal. A receita será reconhecida se e quando as partes contratantes cumprirem a sua prestação contratualmente prevista, como, por exemplo, numa compra e venda, quando o vendedor entregar o bem e o comprador pagar ou prometer pagar o preço (por meio da entrega de um título de crédito).

Tome-se a seguinte operação hipotética, mas corriqueira no mundo empresarial: o fornecedor de um determinado produto realiza uma venda e, ato contínuo, emite a nota fiscal correspondente; porém, para melhorar o aproveitamento do transporte, aguarda o fechamento de mais algumas vendas para, então, enviar a mercadoria para o comprador. No caso de essa remessa tardar sete dias para chegar ao comprador, a receita somente será reconhecida nesse momento, independentemente de a nota fiscal ter sido emitida uma semana antes. Essa diferença temporal deverá ser respeitada na apuração dos tributos sobre a receita (Pis/Cofins) e sobre o lucro (IRPJ/CSLL).

Em ambos os casos comentados, verifica-se que a adoção dos padrões internacionais de contabilidade (IFRS) valorizou os termos contratuais, retirando a importância dos documentos fiscais do reconhecimento dos negócios realizados pela empresa.

Fonte: Valor Econômico.

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As Diferentes Hipóteses de Saldo Credor Acumulado de ICMSEmbora o ICMS tem em sua essência a permissão da compensação do imposto pago na entrada com o débito gerado na saída, isto nem sempre ocorre ficando as empresas impossibilitadas desta compensação e com saldo credor acumulado de ICMS.

INTRODUÇÃO

O sucessivo acúmulo de saldo credor acumulado de ICMS, constitui um dos mais graves problemas tributários das empresas brasileiras sujeitas a este imposto, uma vez que ao suportar o ônus integral do Imposto estas empresas acabam perdendo em competitividade pois não conseguem compensar o imposto pago em suas compras.

Neste trabalho vamos abordar, de forma bastante  sucinta,  as diferentes hipóteses de formação de saldo credor acumulado de ICMS e seu tratamento a luz da Constituição Federal, comparando com as modificações efetuadas pelos Estados através dos seus regulamentos estaduais.

ORIGEM DO ICMS

O ICM – Imposto sobre Circulação de Mercadorias, foi  criado pela Emenda Constitucional  número 18, no ano de 1965, tendo a Constituição de 1988 lhe acrescentado alguns serviços, e uma letra ao fim da sigla, passando a denominar-se o que hoje conhecemos como  ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;

O Artigo 155 da Carta Magna de 1988  autoriza os Estados e o Distrito Federal a instituírem este imposto, cujo princípio fundamental está definido no Inciso I, Parágrafo Segundo do mesmo artigo, que determina que este imposto:

“ I – será não cumulativo, compensando o que for devido em cada operação relativa  a circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou  pelo Distrito Federal.”

SISTEMÁTICA DE APURAÇÃO

A principal característica deste tributo, portanto, trata-se justamente do direito de compensar por ocasião da incidência do ICMS nas vendas ou saídas do estabelecimento, o imposto anteriormente pago nas operações anteriores de compra.  Devendo ser repassado aos cofres públicos, por ocasião da escrituração fiscal do ICMS, apenas a diferença entre:

i) os débitos de ICMS, destacados nas notas fiscais por ocasião das vendas.

ii) os créditos de ICMS, destacados nas notas fiscais  de compras dos fornecedores.

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Este alcance da compensação dos débitos gerados nas  vendas, com os créditos pagos por ocasião das compras, não pode ser diminuído nem, muito menos anulado por normas infraconstitucionais, pois como o princípio da não cumulatividade tem o intuito de evitar que o ICMS distorça as formações nos preços e a própria competitividade das empresas.

Desta forma, ao cabo do processo econômico i) de produção, distribuição e comercialização da mercadoria e ii) de prestação dos serviços de transporte intermunicipal e de comunicações, quem acaba suportando, por inteiro a carga econômica do ICMS é o consumidor final.

Este foi o motivo que levou o Constituinte a conceber esta técnica pela qual o contribuinte i) transfere ao adquirente da mercadoria ou fruidor do serviço o ônus financeiro do imposto que adiantará ao Estado e ii) se credita do imposto que suportou em suas aquisições e que lhe foi transferido pelo seu fornecedor.

O ACÚMULO DE SALDO CREDOR DE ICMS

A compensação do ICMS devido entre as operações e prestações de entrada e saída é feita, ordinariamente, através do confronto periódico na conte corrente fiscal, na qual o saldo, se devedor, é pago, e, se credor, transferido para aproveitamento no período ou períodos seguintes.

Alguns Estados, cada qual através dos seus Regulamentos do ICMS, os quais são meras normas infraconstitucionais, acabam fazendo com que determinados segmentos empresarias mantenham constantemente o acúmulo de saldo credor acumulado de ICMS, ao determinar de alguma forma a não incidência do ICMS em suas saídas de mercadorias/insumos, ficando estas empresas sujeitas ao pagamento integral do imposto suportado em suas entradas de mercadorias/insumos.

O fato de uma empresa manter em sua escrita fiscal, sucessivamente saldo credor acumulado de ICMS, por força de uma legislação que não permite a compensação por ocasião das saídas, nada mais é do que uma espécie de confisco,  além de onerar e prejudicar seriamente a competitividade destas empresas, por contrariar o princípio constitucional da não cumulatividade.

ESTRATÉGIAS QUE IMPEDEM A COMPENSAÇÃO

Várias são as estratégias pelos Estados através de seus Regulamentos do ICMS, de impedir que as empresas possam compensar seu ICMS pago por ocasião das entradas, em suas saídas.   O que determina o acúmulo de crédito fiscal de ICMS, na escrita fiscal da empresa é a classificação em termos de Regulamento do ICMS com que a mercadoria/insumo ou serviço venha a sair do estabelecimento, de acordo com o que fora estipulado para esta saída no Regulamento do ICMS.   As principais formas de acúmulo de créditos de ICMS são as saídas decorrentes de:

i)                 Imunidade, Exportação

ii)                Isenção e Não Incidência

iii)               Alíquota Zero, Alíquota ou Base de Cálculo Reduzida.

iv)               Diferimento

De forma sucinta, vamos procurar estabelecer a diferenciação em cada uma destas modalidades, a partir de suas generalidades, vez que os aspectos práticos são definidos de forma diferenciada em cada unidade da federação a partir de seu Regulamento do ICMS.

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Em termos financeiros, todos estes institutos citados se traduzem no simples fato de que estas saídas não suportam a incidência do Imposto. No entanto, cada um deles possui tratamento diverso, quando estivermos falando em termos de manutenção e aproveitamento do respectivo crédito gerado com outras atividades tributadas.

A IMUNIDADE DAS EXPORTAÇÔES

O acúmulo de saldo credor de ICMS gerado por operações de saídas do estabelecimento ao abrigo da Imunidade, por exemplo, quando esta saída imune do imposto for decorrente de saídas destinada a exportação, tem um tratamento totalmente diferenciado das demais formas de acúmulo de saldo credor de ICMS.

A Lei Complementar 87/96, conhecida como Lei Kandir, estabelece que o Brasil não pode exportar impostos, desonerando as saídas para exportação e permitindo manter o crédito de ICMS correspondente decorrente destas entradas.

No entanto, cada Estado estabelece em seu Regulamento do ICMS restrições a estas transferências decorrentes de exportações, impondo limites financeiros e outras condições que visem a impedir ou retardar estas transferências, por um motivo óbvio, pois em ocorrendo a compensação diretamente entre contribuintes, a arrecadação financeira do Estado com ICMS apresenta queda.

Este mesmo proceder de parte das Fazendas Estaduais ocorre com o saldo credor acumulado de ICMS, formado em função das demais saídas, acima mencionadas.

ISENÇÃO OU NÃO INCIDÊNCIA

Nas saídas de mercadorias/insumos onde não ocorre a tributação de ICMS, decorrentes de seu enquadramento nos institutos da isenção ou não incidência, a manutenção do crédito não é permitida por força da Constituição Federal, que no artigo II do parágrafo do Artigo 155 determina:

“ II – a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário a legislação:

a)      não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes

b)      acarretará a anulação do crédito relativo ‘as operações anteriores.

No entanto existem as determinações em contrário, que se tratam de benefícios concedidos por alguns Regulamentos do ICMS chamados de benefícios da isenção com não estorno do crédito correspondente, razão pela qual estas saídas em determinadas situações também se enquadram nas hipóteses de acúmulo de saldo credor de ICMS.

ALÍQUOTA ZERO, BASE DE CÁLCULO OU ALÍQUOTA REDUZIDA.

No tocante a alíquota zero,  encontram-se duas correntes, uma defendendo que alíquota zero equivale a dizer que o produto é tributado com o% de alíquota, e que em sendo tributado, estas saídas permitem a manutenção do créditos de ICMS por ocasião de suas compras.

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Já outra corrente de entendimento, na qual o Jurista Ives Gandra Martins se enquadra, defende que: “a alíquota zero não é senão uma das formas de isenção, pois expressa, claramente em lei”.    Ao prevalecer este entendimento, como vimos a isenção, via de regra não permite o aproveitamento de créditos de ICMS.

No que concerne a base de cálculo ou alíquota reduzida, é unânime o entendimento de que por óbvio tratam-se de situações tributadas, e que como tal permitem a manutenção dos respectivos créditos por ocasião das compras. A exceção corre por conta dos casos em que a legislação estadual estabelece regras diferentes deste tratamento, o que se constitui alvo longas demandas judiciais,  onde buscam os contribuintes a autorização judicial para ver reconhecido o seu direito a estes créditos.

DIFERIMENTO

Diferimento, segundo nossos léxicos, é o ato ou efeito de diferir, adiamento, do Latin differre=demorar, dilatar adia.  Logo, diferimento não é isenção, icentivo ou benefício fiscal na acepção do art. 155 da Constituição Federal aqui examinada.

Vimos até aqui, de uma forma sucinta, as formas técnicas de não incidência do ICMS nas operações de saídas, que por sua vez irão gerar tipos modalidades diferentes de formação de saldo credor acumulado de ICMS.

A questão dos créditos de ICMS, (e não do saldo credor acumulado), é assentada sobre o direito do contribuinte, relativamente as operações anteriores (aquisições de mercadorias com incidência do tributo). Assim tranquilo o direito aos créditos em razão de tais mercadorias virem a ser objeto de futuras operações tributadas (embora diferidas).

A saída ao abrigo do Diferimento, portanto, apesar de não ter a incidência do tributo, equivale a uma atividade tributada, só que o momento do fato gerador é postergado para a operação seguinte.

E como atividade tributada, os saldos credores acumulados em função do diferimento podem ser usados com qualquer outra atividade tributada a qual a empresa esteja fiscal e juridicamente habilitada a exercer.

SÍNTESE CONCLUSIVA

Diante do exposto, é fácil percebermos que quaisquer restrições em relação do princípio da não cumulatividade, só podem advir do Estatuto Supremo que a concebeu.

Tais restrições – vamos logo admitindo – existem. São apontadas na mesma Carta Magna, no inciso II do parágrafo segundo do artigo 155, a ISENÇÃO E NÃO INCIDÊNCIA. Apenas nestas hipóteses que é o princípio da não cumulatividade cede passo.

No entanto, como referimos inúmeras são as contendas judiciais, onde contribuintes buscam decretar a ilegalidade de restrições impostas pelo regulamento do ICMS, contrárias a norma estabelecida na Constituição Federal. Principalmente buscando o direito de manter o crédito nas saídas decorrentes da ALÍQUOTA ZERO, ALÍQUOTA REDUZIDA ou BASE DE CÁLCULO REDUZIDA. 

Fartos tem sidos os precedentes jurisprudenciais que asseguram aos contribuintes  o direito de transferência de saldo credor acumulado de ICMS decorrentes de saídas que destinem mercadorias e serviços ao exterior, sem as limitações impostas nos regulamentos do ICMS das unidades das federações, no que tangem a estes créditos decorrentes de EXPORTAÇÃO.

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No que concerne aos créditos acumulados de ICMS decorrentes de saídas ao abrigo do diferimento, pelo fato de tais mercadorias virem a ser objeto de futuras operações tributadas, tem-se que o DIFERIMENTO equivale a uma atividade tributada, se sendo apenas uma postergação do recolhimento do imposto, o que ocorre na etapa seguinte.

A gestão dos impostos pode significar a vida longa ou morte precoce de um empreendimento. O ICMS, pela sua complexidade e alta alíquota é o imposto que mais onera os empreendimentos, tanto no aspecto controle quanto no aspecto financeiro.

O saldo credor acumulado de ICMS constitui verdadeiro confisco, vez que rompe a cadeia da não cumulatividade, ficando a empresa com o saldo credor com este ônus.

De acordo com o determinado no Regulamento do ICMS em cada unidade da federação, o saldo credor acumulado de ICMS, poderá ou não ser utilizado em proveito próprio, para compensação de outros débitos ou ainda transferido a terceiros.

Em determinadas situações, com o devido conhecimento da legislação aplicável, é possível transferir saldo credor acumulado de ICMS a estabelecimentos de terceiros, de forma administrativa, com autorização prévia da Secretaria da Fazenda.

Ivo Ricardo Lozekam 

Ata de Reunião ou Assembléia de Sócios: Mera obrigação legal?

Como todos os anos desde a mudança doCódigo Civil, as empresas em geral têm o dever legal de realizar, até os quatro primeiros meses do ano civil, uma reunião ou assembleia de sócios, com a finalidade de tomar e aprovar as contas dos administradores, designar novos administradores quando for o caso e tratar de outras questões de interesse da empresa.

De forma geral, tal obrigação é tratada como uma "burocracia" criada pela Lei.

O resultado disso é que as empresas fazem a referida reunião ou deliberam por escrito sobre os assuntos obrigatórios meramente para cumprir a "burocracia".

Mas o ponto é que as deliberações que forem tomadas nesta Reunião ou Assembleia devem ser em primeiro lugar bem entendidas e seu texto minuciosamente escrito, pois seus efeitos jurídicos não são conhecidos pela maioria dos sócios e dos administradores.

Se observarmos otexto legalcom mais acuidade, podemos verificar que o primeiro objetivo da reunião ou deliberação é tomar as contas dos administradores.

Pois bem, apesar de a maioria dos administradores de empresas serem exatamente os próprios sócios, as vezes marido e mulher, é preciso lembrar que a figura do administrador da empresa carrega consigo diversos deveres, principalmente o dever de diligência e o dever de probidade.

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Por conta disso, ao proceder com a aprovação de suas contas, os sócios estão "dizendo" que estão satisfeitos com a condução dos negócios pelo administrador no exercício social anterior e que estão "abrindo mão" do direito de questioná-lo sobre seus atos e gastos, salvo na hipótese de comprovado dolo ou intenção. Difícil é comprovar que algo foi feito com má intenção.

Significa, então, que os sócios não poderão questioná-lo ou opor seus excessos contra terceiros que vierem cobrar a empresa por obrigações ruins por ela contraídas e por eventuais dívidas, inclusive aquelas que os atingem.

Pensando por outro lado, essa deliberação também é uma garantia ao administrador de que ele não será mais questionado sobre sua administração, sem ressalvas, a menos que elas estejam informadas no documento. O resultado disso é que ele não será obrigado a colocar seu patrimônio em conjunto com a empresa para responder por dívidas desta.

Mesmo numa sociedade entre pessoas casadas, ter para si a garantia de que não haverá qualquer disputa entre sócios ou administradores e que nenhum fato será oposto contra o administrador após encerrado o exercício social, seja pelos próprios sócios ou seja por terceiros, já é motivo para cumprir esta obrigação legal sem tratá-la como algo burocrático.

Indo um pouco mais adiante, a lei informa que decisões em reunião ou assembleia de sócios determinam que as partes deliberem sobre o balanço patrimonial e o resultado econômico da empresa.

Preliminarmente parece algo simples, mas considerando que muitas empresas fazem a distribuição de lucros desproporcionalmente, essa deliberação se transforma em algo muito importante.

Uma vez aceita a distribuição de lucros desproporcional ao capital social em reunião ou assembleia, nenhum sócio, herdeiro ou sucessor pode contestar o recebimento de lucros auferidos a menor do que sua participação societária.

Se não houver a plena aceitação dessa distribuição sem nenhuma ressalva, um novo sócio que adquiriu cotas de um sócio anterior ou mesmo os herdeiros ou ex-cônjuge podem questionar a distribuição do resultado em exercícios anteriores, cobrando as diferenças.

Indo adiante, a reunião ou assembleia de sócios pode deliberar outros elementos de interesse da sociedade. Mas por que colocar na ata outras deliberações de interesse da sociedade?

Quando os sócios deliberam algo num documento, este documento tem valor legal entre eles. Se este documento é levado a registro, ele passa a ser oponível contra terceiros. Isso é necessário em várias situações, principalmente na contratação de empréstimos, venda de bens da empresa ou situações em que o administrador, sozinho, não tem poderes para realizar segundo disposto no contrato social.

As deliberações da reunião ou assembleia servem, portanto, para afastar disputas entre sócios e sucessores, dar garantias ao administrador probo e diligente, bem como permitir uma condução regular dos negócios da empresa.

O bom jurista sabe que, em Direito, as palavras não podem ser simplesmente jogadas ao vento e que o silêncio ou a omissão geram consequências.

A reunião ou assembleia de sócios não é uma mera obrigação legal.

Rogério Aleixo Pereira

Advogado e Contabilista; Ex-Juiz do Conselho Municipal de Tributos de São Paulo; Sócio da Aleixo Pereira Advogados

Desconstruindo a imagem do Contador Postado por Guilherme Pontes em 7 maio 2014 às 13:00

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Por Alexandre Ferrão

“Desconstrução de imagem” essa foi a expressão utilizada por um cliente que atendo realizando o marketing do seu escritório de contábil.

A palavra chamou minha atenção, pois o que tento fazer é justamente construir a imagem do profissionalcontábil e de suas empresas.

Mas ao parar analisar, realmente minha cliente tinha razão.

É necessário sim desconstruir a imagem do profissional contábil para que se possa criar uma nova identidade perante a classe empresarial.

Explico melhor: os empresários tem enraízados em sua mente e em seus conceitos que o profissional contábil é aquele sujeito introspectivo sentado atrás de uma mesa e com uma pilha de papeis e que todo mês faz 3 coisas básicas par o cliente: cobra o honorário, recolhe documentação e entrega guias para pagamento de impostos.

Essa imagem foi construída por muitos colegas infelizmente, ao longo dos anos.

Muitos colegas que procuram meu trabalho passam pelas mesmas dificuldades: pouco valorizados pelos clientes, perdem clientes para escritórios que aviltam honorários e não conseguem captar novos.Também tem imensas dificuldades de superar velhos conceitos e fazem grande parte do trabalho braçal do escritório, isso é errado.

Além disso existe um grande de informações que deixam a classe em dúvida sobre o próprio futuro.De um lado os CRCs/CFC criam campanhas de valorização da classe, inclusive trazendo números de outros países indicando que a profissão cresce em todo o mundo.

Do outro lado a nossa realidade onde a Receita Federal já chegou a dizer que prevê redução de 40% dos escritórios de contabilidade, onde muitos donos de escritório estão buscando um novo rumo. Onde clientes não percebem a diferença nos serviços dos escritórios contábeis optando sempre pelo mais barato.

Um problema que detecto é que os escritórios se burocratizaram muito durante estes anos, muitas vezes engessando sua estrutura e não acompanhando o mercado em termos de gestão de negócios.

Posso dizer isto com segurança, pois trabalhei firme durante 15 anos no setor e após passei para o Marketing, e hoje ajudo escritórios de contabilidade a desenvolverem ao máximo seu potencial.

Mas para isto é sim necessário a desconstrução de imagem, mostrando que o escritório é ativo, que pode sim fazer uma diferença imensa na gestão das empresas.

Fazer valer que o escritório contábil é um agente ativo no desenvolvimento empresarial e age como um fator decisivo na tomada de decisão.

O Contador mais doque nunca precisa tomar a postura de empresário, ir em busca de clientes, agir.Quantos escritórios oferecem a análise de custos para seus clientes? Quantos escritórios conseguem educar o seu cliente para empreender melhor?

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Falta um pouco de ousadia sim. Falta o Contador olhar um pouco para si e ver com lucidez todo o seu potencial….

E para isso é necessário surpreender o cliente com uma postura totalmente diferente da maioria fazendo com que ele encontre no escritório todo o apoio que necessita, e para isso não é necessário investir um caminhão de dinheiro, mas sim é fundamental adotar outra postura, um outro pensamento.

Os escritórios contábeis são uma usina de informações empreariais e estratégicas, o empresário contábil que perceber isso e tomar uma atitude, com certeza, a médio prazo terá destaque em relação a concorrência e será considerado um agente fundamental ao desenvolvimento das empresas.

Fonte: Contábeis via Roberto Dias Duarte.

http://www.robertodiasduarte.com.br/index.php/desconstruindo-a-imag...

CIDE e IRRF - Remessas ao Exterior - Roteiro de Procedimentos

Sumário IntroduçãoI - Pressupostos constitucionaisII - InstituiçãoIII - Incidência da contribuiçãoIII.1 - Licença de uso ou de direitos de comercialização ou distribuição de programa de computadorIII.2 - Serviços técnicos realizados em chamadas de longa distância internacionais ou nacionaisIII.3 - Instituição de ensino ou pesquisa situada no exteriorIV - Alíquota da contribuição, prazo e código de recolhimentoV - Crédito incidente sobre a CIDE/Remesses ao ExteriorV.1 - Determinação do créditoV.2 - Utilização do créditoV.3 - ExemploVI - Alíquotas do Imposto de Renda na Retido na Fonte (IRRF)VI.1 - Serviços técnicos e de assistência técnica e royalties de qualquer naturezaVI.2 - Serviços de assistência administrativa e semelhantesVI.3 - Instituição de ensino ou pesquisa situada no exteriorVI.4 - Crédito do IRRFVI.4.1 - Direito ao créditoVI.4.2 - Apuração do créditoVI.4.3 - Reconhecimento do créditoVII - Administração e a fiscalização da CIDE/RemessasVIII - Questão polêmicas e atuaisVIII.1 - Ausência de Lei ComplementarVIII.2 - Contratos de prestação de assistência e de serviços sem transferência de tecnologiaVIII.3 - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS)VIII.4 - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD)

VIII.5 - Decisões em processo de consulta

Introdução

A Lei nº 10.168/2000 instituiu o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, cujo objetivo principal é estimular o desenvolvimento tecnológico brasileiro. Para fins atendimento a este Programa,

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com respaldo na Carta Magna, foi instituída a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE/Remessas ao Exterior, também conhecida como "CIDE - Royalties".

Neste Roteiro serão analisadas as regras gerais aplicáveis na cobrança desta contribuição.

I - Pressupostos constitucionais

A instituição de qualquer espécie tributária em nosso ordenamento jurídico depende de previsão constitucional. Nesse sentido, o artigo 149 da Carta Magna prevê que compete exclusivamente à União instituir contribuições de intervenção no domínio econômico.

Cabe observar que a Emenda Constitucional nº 33/2001, ao introduzir alterações à Constituição Federal, especificou alguns traços a serem observados por ocasião da instituição da CIDE, sigla pela qual ficou conhecida a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. São elas:

a) necessidade de lei para exigir ou aumentar a contribuição (princípio da legalidade);

b) vedação a instituição de tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente (princípio da isonomia);

c) impossibilidade de incidir sobre as receitas decorrentes de exportação;

d) incidência sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;

e) possibilidade de aplicação de alíquotas:

e.1) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;

e.2) específica, tendo por base a unidade de medida adotada;

f) equiparação da pessoa natural destinatária das operações de importação a pessoa jurídica;

g) competência para lei definir as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez (incidência monofásica).

Fundamentação: art. 149, "caput" e §§ 2º, 3º e 4º, da Constituição Federal.

II - Instituição

Por meio da Lei nº 10.168/2000, foi instituído o "Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação", cujo objetivo principal é estimular o desenvolvimento tecnológico brasileiro, mediante programas de pesquisa científica e tecnológica cooperativa entre universidades, centros de pesquisa e o setor produtivo.

Para atender a este Programa e com base nos pressupostos constitucionais previstos no tópico anterior, foi instituída Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE/Remessas ao Exterior, devida pela pessoa jurídica detentora de licença de uso ou adquirente de conhecimentos tecnológicos, bem como aquela signatária de contratos que impliquem transferência de tecnologia, firmados com residentes ou domiciliados no exterior.

Consideram-se contratos de transferência de tecnologia os relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e os de fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica.

A contribuição será recolhida ao Tesouro Nacional e destinada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, criado pelo Decreto-Lei nº 719/1969, e restabelecido pela Lei nº 8.172/1991.

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A Lei nº 10.332/2001, em seu artigo 1º, estabeleceu a forma de partilha dos recursos arrecadados com a CIDE/Remessas ao exterior.Posteriormente, por meio da Emenda Constitucional nº 44/2004, foi estabelecido que a União entregará, do produto da arrecadação da CIDE, 29% para os Estados e o Distrito Federal, distribuído na forma da lei, observada a destinação da contribuição. Para atender esse objetivo, foi publicada a Medida Provisória nº 161/2004, convertida na Lei nº 10.866/2004.

Fundamentação: arts. 2º, "caput" e § 1º, e 4º da Lei nº 10.168/2000.

III - Incidência da contribuição

A CIDE/Remessas ao Exterior incide desde 1º de janeiro de 2001, sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título de remuneração decorrente de licença de uso ou aquisição de conhecimentos tecnológicos e transferência de tecnologia.

A partir de 1º de janeiro de 2002, a CIDE/Remessas ao Exterior também passou a ser devida pelas pessoas jurídicas signatárias de contratos que tenham por objeto serviços técnicos e de assistência administrativa e semelhantes a serem prestados por residentes ou domiciliados no exterior, bem assim pelas pessoas jurídicas que pagarem, creditarem, entregarem, empregarem ou remeterem royalties, a qualquer título, a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior, incidindo sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, a cada mês, a título de remuneração decorrente das obrigações.

Observa-se que a incidência da CIDE sobre royalties é ampla, pois não houve nenhuma limitação por meio da Lei nº 10.168/2000 ("royalties, a qualquer título"). O Decreto nº 4.195/2002, entretanto, ao regulamentar a matéria, restringiu a incidência da contribuição, conforme se comprova no dispositivo abaixo transcrito:

"Art. 10. A contribuição de que trata o art. 2º da Lei nº 10.168, de 2000, incidirá sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas, a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título de royalties ou remuneração, previstos nos respectivos contratos, que tenham por objeto:I - fornecimento de tecnologia;II - prestação de assistência técnica:a) serviços de assistência técnica;b) serviços técnicos especializados;III - serviços técnicos e de assistência administrativa e semelhantes;IV - cessão e licença de uso de marcas; eV - cessão e licença de exploração de patentes."

Fundamentação: art. 2º, "caput" e §§ 2º e 3º, da Lei nº 10.168/2000.

III.1- Licença de uso ou de direitos de comercialização ou distribuição de programa de computador

Por meio da alteração promovida pela Lei nº 11.452/2007, foi estabelecido que a CIDE/Remessas ao Exterior não incide sobre a remuneração pela licença de uso ou de direitos de comercialização ou distribuição de programa de computador, salvo quando envolverem a transferência da correspondente tecnologia.

Esse não era o posicionamento adotado pela Receita Federal até então, que diversas vezes se manifestou pela incidência da contribuição, como se observa, por exemplo, nas Soluções de Consulta nºs 1/2006 (Cosit) e 91/2002 (SRRF / 8ª RF).

Fundamentação: art. 2º, § 1º-A da Lei nº 10.168/2000.

III.2 - Serviços técnicos realizados em chamadas de longa distância internacionais ou nacionais

Conforme o Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 25/2004, as disposições do Regulamento de Melbourne, trazidas pelo Tratado de Melbourne, celebrado em 09 de dezembro de 1988, não foram legitimamente incorporadas ao Direito Brasileiro.

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Dessa forma, é devida a CIDE sobre o total dos valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos às empresas de telecomunicações domiciliadas no exterior, a título de pagamento pela contraprestação de serviços técnicos realizados em chamadas de longa distância internacional, iniciadas no Brasil, ou a chamadas de longa distância nacional, em que haja a utilização de redes de propriedade de empresas congêneres, domiciliadas no exterior.

A base de cálculo será o valor total da operação, ainda que não sejam as remessas integralmente enviadas ao exterior, e não apenas o saldo líquido resultante de encontro de contas envolvendo débitos e créditos entre o tomador e o prestador dos serviços.

Fundamentação: Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 25/2004.

III.3 - Instituição de ensino ou pesquisa situada no exterior

A partir de 01 de janeiro de 2011, não haverá mais incidência da CIDE, quando o contratante for órgão ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e o contratado for instituição de ensino ou pesquisa situada no exterior, para o oferecimento de curso ou atividade de treinamento ou qualificação profissional a servidores civis ou militares do respectivo ente estatal, órgão ou entidade.

Fundamentação: art. 2º, § 6º da Lei nº 10.168/2000, incluído pela Medida Provisória nº 510/2010 convertida na Lei nº 12.402/2011.

IV - Alíquota da contribuição, prazo e código de recolhimento

A alíquota da contribuição é de 10% (dez por cento) e o pagamento será efetuado até o último dia útil da quinzena subseqüente ao mês de ocorrência do fato gerador.

O pagamento deverá ser realizado por intermédio de DARF, utilizando-se o código 8741.

Ver subtópicos VIII.2 e VIII.3 acerca da redução a 0 (zero) da alíquota nos programas PADIS e PATVD.

Fundamentação: art. 2º, §§ 4º e 5º, da Lei nº 10.168/2000.

V - Crédito incidente sobre a CIDE/Remessas ao Exterior

É concedido crédito incidente sobre a CIDE/Remessas ao Exterior, aplicável às importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas para o exterior a título de royalties referentes a contratos de exploração de patentes e de uso de marcas.

Fundamentação: art. 4º, "caput", da Medida Provisória nº 2.159-70/2001.

V.1 - Determinação do crédito

O crédito será determinado com base na contribuição devida, incidente sobre pagamentos, créditos, entregas, emprego ou remessa ao exterior a título de royalties referentes a contratos de exploração de patentes e de uso de marcas, mediante utilização dos seguintes percentuais:

a) 100% (cem por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de 2001 até 31 de dezembro de 2003;

Até 25.02.2001, véspera da publicação da Medida Provisória nº 2.062-63/2001, o direito ao crédito decorrente do recolhimento da CIDE estava limitado em 50% (cinqüenta por cento). Assim, apenas metade da contribuição paga referente a este período poderia ser compensada (art. 3º, § 5º, da Medida Provisória nº 2.062-62/2001).

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b) 70% (setenta por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;

c) 30% (trinta por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013;

Salvo futura alteração na legislação, a partir de 1º de janeiro de 2014 será vedado o desconto de crédito sobre a contribuição devida.

Fundamentação: art. 4º, § 1º, da Medida Provisória nº 2.159-70/2001.

V.2 - Utilização do crédito

O crédito sobre a mencionada contribuição será utilizado, exclusivamente, para fins de dedução da contribuição incidente em operações posteriores, relativas a royalties referentes a contratos de exploração de patentes e de uso de marcas, durante o período de realização do Programa.

Até a edição da Medida Provisória nº 2.062-62/2001, constava do inciso III do parágrafo 5º do artigo 3º da referida Medida Provisória que o crédito somente seria concedido à empresa que assumisse o compromisso de realizar, durante a execução do Programa, dispêndios com pesquisa no País em montante equivalente a, no mínimo, duas vezes e meia do valor do crédito. Atualmente não há mais tal exigência.

Fundamentação: art. 4º, § 1º, II, da Medida Provisória nº 2.159-70/2001.

V.3 - Exemplo

Considerando que uma pessoa jurídica, em janeiro de 2011, realize o pagamento de royalties referentes a contrato de exploração de patentes a beneficiários do exterior, no valor de R$ 100.000,00, teremos:

A) Cálculo da contribuição devida

A contribuição devida será determinada mediante aplicação da alíquota de 10% sobre o total das remessas, ou seja:

R$ 100.000,00 x 10% = R$ 10.000,00

B) Cálculo do crédito

No período em questão, o crédito da contribuição corresponde a 30% do valor da contribuição devida. Dessa forma, teremos:

R$ 10.000,00 x 30% = R$ 3.000,00

O crédito de R$ 3.000,00 poderá ser utilizado para abater a CIDE devida em remessas posteriores de royalties.

VI - Alíquotas do Imposto de Renda na Retido na Fonte (IRRF)

VI.1 - Serviços técnicos e de assistência técnica e royalties de qualquer natureza

A partir de 1º de janeiro de 2001, com o início da cobrança da CIDE/Remessas ao Exterior, a alíquota do imposto de renda incidente na fonte sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas ao exterior, a título de remuneração de serviços técnicos e de assistência técnica, e a título de royalties, de qualquer natureza, foi reduzida para 15% (quinze por cento).

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Contudo, na hipótese de o beneficiário ser residente ou domiciliado em país considerado paraíso fiscal, nos termos do art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.037/2010, a alíquota do IRRF será de 25%, ainda que haja a incidência da CIDE.

No caso de beneficiário residente em país que tenha acordo para evitar a dupla tributação, a alíquota do IRRF pode variar. Exemplo: Os rendimentos pagos em razão de serviços de assistência técnica e de serviços técnicos pagos a beneficiário residente no México sofrem a incidência de IRRF à alíquota mais benéfica de 10%, nos termos do art. 1º, b, do Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 1/2007, e não 15%. Veja na Tabela Acordos Internacionais a relação dos países com os quais o Brasil mantém acordos para evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal.

Fundamentação: art. 3º da Medida Provisória nº 2.159-70/2001; art. 8º da Lei nº 9.779/1999; art. 17, § 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.455/2014; art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.037/2010.

VI.2 - Serviços de assistência administrativa e semelhantes

A partir de 1º de janeiro de 2002, iniciada a cobrança da CIDE/Remessas ao Exterior sobre serviços de assistência administrativa e semelhantes, a alíquota do imposto de renda na fonte incidente sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas ao exterior a esses títulos, também foi reduzida para 15% (quinze por cento).

Fundamentação: art. 2º-A da Lei nº 10.168/2000.

VI.3 - Instituição de ensino ou pesquisa situada no exterior

A partir de 01.01.2011, o imposto sobre a renda na fonte não incidirá sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas ao exterior por órgãos ou entidades da administração direta, autárquica e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em razão de despesas contratuais com instituições de ensino e pesquisa relacionada à participação em cursos ou atividades de treinamento ou qualificação profissional de servidores civis ou militares do respectivo ente estatal, órgão ou entidade.

Fundamentação: art. 2º-B da Lei nº 10.168/2000, incluído pela Medida Provisória nº 510/2010, convertida na Lei nº 12.402/2011.

VI.4 - Crédito do IRRF

Por meio da Portaria nº 426/2011 foi disciplinado o aproveitamento do crédito do IRRF incidente sobre os valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior, a título de royalties, de assistência técnica ou científica e de serviços especializados, previstos em contratos de transferência de tecnologia averbados ou registrados nos termos da Lei nº 9.279/1996.

VI.4.1 - Direito ao crédito

A pessoa jurídica poderá se beneficiar do crédito de IRRF incidente sobre os valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior, a título de royalties, de assistência técnica ou científica e de serviços especializados, previstos em contratos de transferência de tecnologia averbados ou registrados nos termos da Lei nº 9.279/1996 desde que comprove a realização de dispêndios em projetos de pesquisa no País, em montante equivalente a, no mínimo:

a) uma vez e meia do valor do benefício, para pessoas jurídicas nas áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), e

b) o dobro do valor do benefício, nas demais regiões.

VI.4.2 - Apuração do crédito

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O crédito decorrente do IRRF incidente sobre valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior, a título de royalties, de assistência técnica ou científica e de serviços especializados, previstos em contratos de transferência de tecnologia averbados ou registrados nos termos da Lei nº 9.279/1996, será efetuado nos seguintes percentuais:

a) 20% (vinte por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de 2006, até 31 de dezembro de 2008; e

b) 10% (dez por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de janeiro de 2009, até 27 de julho de 2010.

VI.4.3 - Reconhecimento do crédito

O pedido para reconhecimento do crédito deverá ser apresentado ao órgão da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) com jurisdição sobre o estabelecimento matriz da pessoa jurídica, acompanhado com a informação do número da conta-corrente e agência bancária em que a pessoa jurídica deseja receber o valor do crédito, devendo ser anexado ao pedido os seguintes documentos:

a) comprovante de recolhimento do IRRF;

b) declaração expedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), informando o número do contrato averbado pela empresa em tal órgão; e

c) comprovante de prestação ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) de informações anuais sobre os projetos de pesquisa no País, de que trata o tópico VI.4.1.

Reconhecido o direito ao crédito, a importância será paga, por meio de Ordem Bancária (OB) emitida em favor da pessoa jurídica titular do crédito.

O descumprimento de qualquer obrigação assumida para obtenção deste crédito implica perda do direito ao benefício recebido e o recolhimento do valor correspondente, acrescido de juros e multa, previstos na legislação tributária, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

A Receita Federal do Brasil baixará os atos necessários ao cumprimento da Portaria nº 426/2011.

Fundamentação: Portaria nº 426/2011.

VII - Administração e a fiscalização da CIDE/Remessas

Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil a administração e a fiscalização da CIDE/Remessas, que sujeita-se às normas relativas ao processo administrativo fiscal de determinação e exigência de créditos tributários federais, previstas no Decreto nº 70.235/1972, e alterações posteriores, bem como, subsidiariamente e no que couber, às disposições da legislação do imposto de renda, especialmente quanto a penalidades e demais acréscimos aplicáveis.

Fundamentação: art. 3º da Lei nº 10.168/2000.

VIII - Questão polêmicas e atuais

VIII.1 - Ausência de Lei Complementar

Na instituição da CIDE, também deve ser observado o disposto no artigo 146, III, da Constituição Federal, que prevê a necessidade de lei complementar para estabelecer normas gerais em matéria tributária. Diante disso, alguns doutrinadores defendem a necessidade de lei complementar para instituição da CIDE, sob pena de sua inconstitucionalidade.

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Outros, como Hugo de Brito Machado Segundo, Helenilson Cunha Pontes e Ricardo Mariz de Oliveira, entendem que essa lei complementar é necessária somente para definir os critérios gerais que devem nortear a instituição dessa contribuição, ou seja, traçar o seu perfil tributário.

Para essas duas correntes, as atuais leis que instituíram contribuições de intervenção no domínio econômico, como é o caso da Lei nº 10.168/2000, são inconstitucionais, haja vista a ausência de lei complementar, seja para instituí-las ou para lhes traçar as normas gerais.

Há de se observar, no entanto, que há ainda uma terceira corrente, para o qual o Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966), elevado à categoria de Lei Complementar pelo art. 7º do Ato Complementar nº 36/1967, é suficiente para atender ao presente requisito, o que tornaria constitucional a cobrança da contribuição por lei ordinária.

Essa é a posição, inclusive, do Supremo Tribunal Federal, que em diversos acórdãos julgou constitucional as atuais contribuições interventivas, como se observa, por exemplo, no RE-AgR 451915, cuja ementa é parcialmente transcrita a seguir:

"As contribuições do art. 149, C.F. - contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas - posto estarem sujeitas à lei complementar do art. 146, III, C.F., isto não quer dizer que deverão ser instituídas por lei complementar. A contribuição social do art. 195, § 4º, C.F., decorrente de "outras fontes", é que, para a sua instituição, será observada a técnica da competência residual da União: C.F., art. 154, I, ex vi do disposto no art. 195, § 4º. A contribuição não é imposto. Por isso, não se exige que a lei complementar defina a sua hipótese de incidência, a base imponível e contribuintes: C.F., art. 146, III, a."

Fundamentação: art. 149 da Constituição Federal.

VIII.2 - Contratos de prestação de assistência e de serviços sem transferência de tecnologia

Por meio do Ato Declaratório Normativo COSIT nº 1/2000, foi estabelecido que se consideram contratos de prestação de assistência técnica e de serviços técnicos sem transferência de tecnologia aqueles não sujeitos à averbação ou registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI e Banco Central do Brasil.

Essas remessas, por não configurarem como transferência de tecnologia, não deveriam se sujeitar à CIDE/Remessa ao exterior.

Este não tem sido, no entanto, o entendimento da Secretaria da Receita Federal do Brasil, que em diversas ocasiões se manifestou pela incidência da CIDE sobre as remunerações de serviços técnicos, ainda que na ausência de transferência de tecnologia. Podemos constatar esse entendimento nas seguintes Soluções de Consulta:

"Ementa: CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO - Serviços Técnicos. A partir de 1º de janeiro de 2002, os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos por pessoa jurídica sediada no País a residentes ou domiciliados no exterior a título de remuneração de serviços de treinamento e de manutenção de fornecedor, estão sujeitos à incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, à alíquota de 10% (dez por cento), ainda que os contratos firmados não estejam averbados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial-INPI e registrados no Banco Central do Brasil-Bacen." (Processo de Consulta nº 81/02 - SRRF / 8ª Região Fiscal)

"Ementa: SERVIÇOS TÉCNICOS. A partir de primeiro de janeiro de 2001, os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos por pessoa jurídica sediada no País a residentes ou domiciliados no exterior, em pagamento de serviços prestados, com ou sem transferência de tecnologia, estão sujeitos ao pagamento da CIDE, à alíquota de 10% (dez por cento). Mencionada contribuição é encargo da pessoa jurídica remetente e incide sobre a base de cálculo sem reajustamento." (Processo de Consulta nº 102/01 - SRRF / 6ª Região Fiscal)

"Ementa: CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO - Serviços Técnicos. A partir de 1º de janeiro de 2002, os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos por pessoa jurídica sediada no País a residentes ou domiciliados no exterior pela contratação de serviços técnicos, pela matriz, para atualização de sistemas de informação, estão sujeitos ao pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, à alíquota de dez por cento, ainda que remetidos à matriz a título de reembolso de despesas." (Processo de Consulta nº 53/02 - SRRF / 8ª Região Fiscal)

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"Ementa: CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. A partir de 1º de janeiro de 2002, a remuneração pela prestação de serviços de advocacia paga, creditada, entregue, empregada ou remetida ao exterior, está sujeita ao pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), instituída pela Lei nº 10.168, de 29 de dezembro de 2000, por caracterizar "serviços técnicos especializados". (Processo de Consulta nº 320/06 - SRRF / 8ª RF - Aduaneira)

"Ementa: REMESSAS AO EXTERIOR - Prestação de Serviços. INCIDÊNCIA/ ALÍQUOTA A prestação contínua de serviços de consultoria e assessoria nas áreas de marketing, administrativa, jurídica, trabalhista, de transporte e financeira, caracteriza assistência administrativa e semelhante de que trata o § 2º do art. 2º da Lei nº 10.168, de 2000. Assim sendo, a partir de 1º de janeiro de 2002 (vigência da Lei nº 10.332, de 2001), com a cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), a remuneração pela prestação de tais serviços passou a ser tributada pelo imposto de renda à alíquota de 15% (quinze por cento)." (Processo de Consulta nº 346/06 - SRRF / 8ª Região Fiscal)

Verifica-se, ainda, a existência de Soluções de Consulta que dispõem que a CIDE não incide em relação aos serviços cuja execução não dependa de conhecimentos técnicos especializados, como se observa abaixo:

"INCIDÊNCIA - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico-Cide. O fato gerador da Cide é o pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a título de royalties de qualquer natureza, bem como a remuneração pela contraprestação de serviços técnicos e de assistência administrativa e semelhantes prestados por residentes ou domiciliados no exterior. Não constitui, portanto, fato gerador da referida contribuição, os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos pela remuneração de serviços, para cuja execução não dependa de conhecimentos técnicos especializados." (Processo de Consulta nº 142/04 - SRRF / 8ª Região Fiscal)

"EMENTA: INCIDÊNCIA - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico-Cide. O fato gerador da Cide é o pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a título de royalties de qualquer natureza, bem como a remuneração pela contraprestação de serviços técnicos e de assistência administrativa e semelhantes prestados por residentes ou domiciliados no exterior. Não constitui, portanto, fato gerador da referida contribuição, os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos pela remuneração de serviços, para cuja execução não dependa de conhecimentos técnicos especializados." (Processo de Consulta nº 196/03 - SRRF / 8ª Região Fiscal)

Do exposto, observa-se que a matéria não encontra-se totalmente pacificada pela Receita Federal. Dessa forma, cabe ao contribuinte, na hipótese de entender pela não-incidência da contribuição, ingressar com consulta formal ao fisco nesse sentido, ou mesmo discutir judicialmente a matéria.

Fundamentação: Ato Declaratório Normativo COSIT nº 1/2000; art. 2º da Lei nº 10.168/2000.

VIII.3 - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS)

A Medida Provisória nº 352/2007, convertida na Lei nº 11.484/2007, instituiu o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS).

Entre os benefícios deste programa, foi reduzida a 0 (zero) a alíquota da CIDE/Remessas ao Exterior, nas remessas destinadas ao exterior para pagamento de contratos relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e de fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica, quando efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PADIS, observadas as regras do programa.

Fundamentação: art. 3º, § 3º, da Lei nº 11.484/2007.

VIII.4 - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD)

A Medida Provisória nº 352/2007, convertida na Lei nº 11.484/2007, instituiu o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD).

Entre os benefícios deste programa, foi reduzida a 0 (zero) a alíquota da CIDE/Remessas ao Exterior, nas remessas destinadas ao exterior para pagamento de contratos relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e de fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica, quando efetuadas por pessoa jurídica beneficiária do PATVD, observadas as regras do programa.

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Fundamentação: art. 14, § 3º, da Lei nº 11.484/2007.

VIII.5 - Decisões em processo de consulta

Neste subtópico foram transcritas algumas Soluções de Consulta que tratam da incidência da CIDE/Remessas ao exterior, especificamente em relação ao seu aspecto material.

Será possível notar nessas soluções, inclusive, posicionamentos contrários em relação ao mesmo assunto, o que demonstra a dificuldade em relação à materialidade desta contribuição.

Em que pese surtirem efeitos somente entre as partes, essas ementas demonstram o entendimento do Fisco sobre o assunto, bem assim servem de parâmetro para possível indagação do próprio contribuinte à Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Agente de logística

"Não ocorre a incidência da Cide sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas pelo exportador a agente de logística no exterior, a título de despesas com documentação, desembaraço aduaneiro, armazenagem, seguro e transporte de carga, necessárias à entrega da mercadoria no local designado pelo importador (contrato com cláusula DDU), por não caracterizar remuneração de serviços técnicos, assistência técnica e administrativa e royalties." (Processo de Consulta nº 31/06 - 8ª Região Fiscal)

Assistência administrativa contratados pela parceira estrangeira

"As remessas de valores a empresa do mesmo grupo econômico domiciliada no exterior, feitas a título de reembolso de despesas decorrentes do benefício indireto, em favor da empresa brasileira, da prestação de serviços de assistência administrativa contratados pela parceira estrangeira com terceiro no exterior, não se sujeitam à incidência da contribuição instituída pela Lei no 10.168, de 2000, com as alterações da Lei no 10.332, de 2001, tanto mais quando não existe qualquer contrato escrito firmado pela pessoa jurídica brasileira a respeito." (Processo de Consulta nº 50/05 - 9ª Região Fiscal)

Base de cálculo

"A base de cálculo da contribuição de intervenção no domínio econômico, instituída pela Lei nº . 10.168, de 2.000, é o valor total da operação contratada, sem quaisquer deduções (...)" (Processo de Consulta nº 170/05 - SRRF / 7ª Região Fiscal)

"O IRRF incidente sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a empresa domiciliada na França a título de remuneração por serviços técnicos compõe a base de cálculo da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, mesmo que a fonte pagadora brasileira tenha assumido o ônus do imposto." (Processo de Consulta nº 74/08 - SRRF / 6ª Região Fiscal)

"O Imposto de Renda Retido na Fonte incidente sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a residentes ou domiciliados no exterior compõe a base de cálculo da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico ("Cide-Remessas"), instituída pelo art. 2º da Lei nº 10.168, de 2000, nas hipóteses em que esta seja devida, ainda que a fonte pagadora brasileira tenha assumido o ônus do imposto." (Processo de Consulta nº 38/07 - SRRF / 4ª Região Fiscal)

"A contribuição incide sobre as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas, a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título de remuneração decorrente das obrigações contraídas. Quando a empresa brasileira assume o ônus do imposto de renda incidente na operação, está fazendo um pagamento adicional ao seu fornecedor do exterior. Nesse caso, o valor que servirá de base de cálculo da CIDE deveser reajustado." (Processo de Consulta nº 44/06 - SRRF / 6ª Região Fiscal)

Cessão de marca

"A importância paga, creditada, entregue, empregada ou remetida por pessoa jurídica com sede no Brasil à pessoa jurídica domiciliada no exterior pela cessão (aquisição) de marca de produto, não está sujeita à incidência da Cide, por não caracterizar hipótese de incidência da referida contribuição. Se o preço contratado englobar a aquisição da

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marca e também a tecnologia usada na fabricação do produto, mas tais valores forem segredados para efeito de registro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI e pagamento, sobre o valor relativo ao fornecimento da tecnologia ocorre a incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, por se tratar de hipótese prevista no art. 2º da Lei nº 10.168, de 2000." (Processo de Consulta nº 239/07 - SRRF / 8ª Região Fiscal)

Direitos autorais

"A CIDE/Royalties, instituída pela Lei nº 10.168/2000, não incide sobre a remessa ao exterior de pagamentos relativos a exploração de direitos autorais, mesmo que sobre a denominação de royalties, por força do comando interpretativo do artigo 10 do Decreto nº 4.195/2002. Não é possível a exigência da CIDE/Royalties sobre os mesmos fatos que constituem hipótese de incidência da CONDECINE, devendo, no caso de colidência, prevalecer a incidência da CONDECINE, por ser mais específica." (Acórdão nº 301-34.753 - 3º CC / 1ª Câmara)

Know How

"Não ocorre o pagamento da Cide sobre o valor do Know How cedido por empresa domiciliada no exterior para integralização de capital (investimento) no Brasil, por não caracterizar hipótese de incidência da referida contribuição." (Processo de Consulta nº 178/06 - 8ª Região Fiscal)

"A remuneração periódica (royaltie) paga, creditada, entregue, empregada ou remetida, a cada mês, a residente ou domiciliado no exterior, pela licença de uso de marca, associada à prestação de assistência técnica e à transferência de know-how técnico e serviços de sistema, bem como pelo direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio, no sistema de franquia, está sujeita à incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, desde janeiro de 2001, quando de sua instituição pela Lei nº 10.168/2000" (Processo de Consulta nº 249/02 - 7ª Região Fiscal)

Propaganda e publicidade

"A partir de 1º de janeiro de 2002, os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos ao exterior a título de remuneração pela prestação de serviços de propaganda e publicidade, estão sujeitos ao pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), instituída pela Lei nº 10.168, de 29 de dezembro de 2000, por se tratar de 'serviços técnicos especializados'." (Processo de Consulta nº 86/06 - 8ª Região Fiscal)

"Os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos ao exterior a título de publicidade não estão sujeitos ao pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico-Cide, instituída pela Lei nº 10.168, de 29.12.2000, por não constituir fato gerador de tal contribuição." (Processo de Consulta nº 15/03 - 8ª Região Fiscal)

"A incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE abrange a remessa ao exterior em razão de prestação de serviços de propaganda, divulgação e promoção de destinos turísticos brasileiros, ainda que tais remessas se dêem na forma de reembolso ou ressarcimento a empresa do mesmo grupo, em virtude de celebração de pacto de rateio." (Processo de Consulta nº 43/08 - SRRF / 4ª Região Fiscal)

Registro/depósito no exterior de marcas, patentes e desenhos industriais

"A partir de 01/01/2002, os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos por pessoa jurídica sediada no País a residentes ou domiciliados no exterior, a título de remuneração de serviços técnicos sem transferência de tecnologia, entre os quais se enquadram os serviços relativos ao registro/depósito no exterior de marcas, patentes e desenhos industriais de propriedade de residentes ou domiciliados no Brasil, passaram a estar sujeitos à incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE (Remessas para o Exterior), à alíquota de 10%." (Processo de Consulta nº 122/05 - 7ª Região Fiscal)

Serviços de assessoria

"A partir de 1º de janeiro de 2002, as importâncias pagas, creditadas, entregues, empregadas ou remetidas a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior a título de remuneração pela prestação contínua de serviços de assessoria gerencial e administrativa, planejamento, orçamento, coordenação de contratação de pessoal,

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assessoria diretiva, marketing e assessoria técnica e de qualidade, estão sujeitas ao pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) à alíquota de 10% (dez por cento), por configurarem assistência administrativa e semelhante de que trata o § 2º do art. 2º da Lei nº 10.168, de 2000 (com a redação dada pelo art. 6º da Lei nº 10.332, de 2001)." (Processo de Consulta nº 159/07 - SRRF / 8ª Região Fiscal)

Utilização de "unidade tecnológica"

"Os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos por fonte situada no País a pessoa jurídica domiciliada no exterior, pela utilização de "unidade tecnológica" nas áreas de telecomunicações e de informática, caracterizam remuneração por serviços prestados.Tais importâncias, por configurarem remuneração de "serviços técnicos e de assistência técnica", sujeitam-se a partir de 1º de janeiro de 2002 com a cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico-Cide, ao imposto de renda na fonte à alíquota de 15% (quinze por cento)." (Processo de Consulta nº 164/03 - 3ª Região Fiscal)

LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real - Roteiro de Procedimentos

Sumário IntroduçãoI - Instituição do LALURII - ObrigatoriedadeIII - Modelo do livroIV - Autenticação e registroV - Lançamentos de ajuste do lucro líquido - Parte AV.1 - Época dos lançamentosV.2 - Forma de escrituração VI - Demonstração do Lucro Real - Parte AVI.1 - Momento da demonstraçãoVI.2 - Modelo e forma de apresentaçãoVII - Ajustes do RTTVIII - Registros de controle - Parte BVIII.1 - Momento e modelo do registroVIII.2 - Forma de escrituraçãoVIII.3 - Contas suscetíveis de controleVIII.4 - Outras contas a serem controladasVIII.5 - Elementos indispensáveis no controleIX - Controle de compensação de prejuízosIX.1 - IndividuaçãoIX.2 - Registro do prejuízoIX.3 - CompensaçãoX - Apuração do resultado ajustado da CSLLXI - LALUCXII - e-LalurXII.1 - Preenchimento do e-LalurXII.2 - PrazoXII.3 - Eventos especiaisXII.4 - Certificado digitalXII.5 - MultaXIII - ECFXIV - ModelosXIV.1 - Parte AXIV.2 - Demonstração do Lucro RealXIV.3 - Parte B

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Introdução

Neste Roteiro apresentamos os procedimentos para escrituração do LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real, conforme exigido pela legislação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, no qual devem ser ajustados os registros contábeis para efeito de apuração, compensação e recolhimento desse tributo de competência da União.

1. Com as alterações ocorridas nas normas contábeis, visando a convergência às normas internacionais de contabilidade, foi criado o RTT - Regime Tributário de Transição, que visa determinar os ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos pela Lei nº 11.638/2007, e pelos arts. 37 e 38 da própria Lei nº 11.941/2009, na Lei das S/A (Lei nº 6.404/1976). Tais ajustes, após demonstrados no FCont, deverão ser inseridos no LALUR, conforme será visto em tópico próprio. 2. Sobre RTT, vide Roteiro "IRPJ, CSLL, PIS e COFINS - Regime Tributário de Transição - RTT - Lei nº 11.941 de 2009". 3. Sobre FCont, vide Roteiro "Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont) - Roteiro de Procedimentos".

I - Instituição do LALUR

O Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR foi instituído pelo Decreto nº 1598/1977, em obediência à previsão constante no § 2º do artigo 177 da Lei das S/A (Lei nº 6404/1976), que dispunha:

"§ 2º - A companhia observará em registros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre atividade que constitui seu objeto, que prescrevam métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem a elaboração de outras demonstrações financeiras."

Por meio da Medida Provisória nº 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009, o mencionado § 2º passou a ter a seguinte redação:§ 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras.

Assim, para que as empresas possam controlar e registrar os fatos patrimoniais que interferem na apuração do IRPJ, em conformidade com a legislação tributária, sem, contudo desobedecer os preceitos contábeis, foi preciso criar o LALUR.

Dispõe o artigo 8º do Decreto 1598/1977:

"Art. 8º O contribuinte deverá escriturar, além dos demais registros requeridos pelas leis comerciais e pela legislação tributária, os seguintes livros:I - de apuração do lucro real, no qual:a) serão lançados os ajustes do lucro líquido do exercício, de que tratam os §§ 2º e 3º do artigo 6º;b) será transcrita a demonstração do lucro real (§ lº);c) serão mantidos os registros de controle de prejuízos a compensar em exercícios subseqüentes (art. 64), de depreciação acelerada, de exaustão mineral com base na receita bruta, de exclusão por investimento das pessoas jurídicas que explorem atividades agrícolas ou pastoris e de outros valores que devam influenciar a determinação do lucro real de exercício futuro e não constem de escrituração comercial (§ 2º)."

Também há disposições legais sobre o LALUR no Regulamento do Imposto de Renda de 1999 (Decreto 3.000/99):

"Art. 262. No LALUR, a pessoa jurídica deverá (Decreto-Lei nº 1.598/1r977, art. 8º, inciso I):I - lançar os ajustes do lucro líquido do período de apuração;II - transcrever a demonstração do lucro real;III - manter os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar em períodos de apuração subseqüentes, do lucro inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral, com base na receita bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração

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futuros e não constem da escrituração comercial;IV - manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos períodos de apuração subseqüentes, dos dispêndios com programa de alimentação ao trabalhador, vale-transporte e outros previstos neste Decreto.Art. 263. O LALUR poderá ser escriturado mediante a utilização de sistema eletrônico de processamento de dados, observadas as normas baixadas pela Secretaria da Receita Federal (Lei nº 8.218, de 1991, art. 18)."

Antes das normas referentes ao e-Lalur (sistema eletrônico), eram utilizadas as normas, formas, procedimentos e modelos aprovados pela Instrução Normativa SRF nº 28/1978; e, com relação à escrituração eletrônica, no que cabia, as normas baixadas pela Instrução Normativa SRF nº 68/1995 revogada pela Instrução Normativa SRF nº 86/2001 e Portaria COFIS nº 13/1995. (Decisão nº 323/97. SRRF/8a. RF. Publicação no DOU: 1997).

A Instrução Normativa SRF nº 28/1978 estabelecia o modelo e as normas de escrituração do LALUR.

1. Ao fim de cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar balanço patrimonial, demonstração do resultado do período de apuração e demonstração de lucros ou prejuízos acumulados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007, e transcrevê-los no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur). 2. Até o ano-calendário de 2013, em cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real que deverá ser transcrita no Lalur.

A partir do ano-calendário de 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deverão apresentar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF), subprojeto do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), instituído pela Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013.

O e-Lalur passa a fazer parte da ECF, de forma que as pessoas jurídicas ficam dispensadas da escrituração do Lalur (papel) e da entrega da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), em relação aos fatos ocorridos a partir de 1º.01.2014.

A partir de 1º.01.2015, entrará em vigor o novo regime especial introduzido pela Medida Provisória nº 627/2013. Contudo, nos termos dos arts. 71 e 98, I da referida norma, a pessoa jurídica poderá optar pela aplicação antecipada das disposições contidas nos arts. 1º a 66 desta MP, desde 1º.01.2014, ressaltando-se que essa opção é irretratável e acarreta a aplicação de todas as alterações trazidas pelos artigos citados anteriormente, bem como a antecipação dos efeitos das revogações previstas no art. 99, caput, I a VI e VIII e X, na forma, no prazo e nas condições a serem editadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).2. De acordo com as novas regras estabelecidas pela Medida Provisória nº 627/2013, a partir do ano-calendário 2014, exercício 2015, o Lalur será entregue em meio digital, no qual:a) serão lançados os ajustes do lucro líquido do exercício;b) será transcrita a demonstração do lucro real e a apuração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);c) serão mantidos os registros de controle dos prejuízos fiscais a compensar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral com base na receita bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração futuros e não constem da escrituração comercial. 5. Completada a ocorrência de cada fato gerador do imposto, o contribuinte deverá elaborar o Lalur, de forma integrada às escriturações comercial e fiscal, que discriminará o lucro líquido do exercício do período de apuração; os registros de ajuste do lucro líquido, com identificação das contas analíticas do plano de contas e indicação discriminada por lançamento correspondente na escrituração comercial, quando presentes; o lucro real; a apuração do IRPJ devido, com a discriminação das deduções quando aplicáveis; e as demais informações econômico-fiscais da pessoa jurídica. Será considerada como conta analítica aquela que registra em último nível os lançamentos contábeis.6. Foi revogado com efeitos partir de 1º.01.2014 para optantes pela adoção antecipada da Medida Provisória nº 627/2013, e a partir de 1º.01.2015 para não optantes, o art. 18 da Lei 8.218/1991 que possibilitava a escrituração do Lalur mediante a utilização de sistema eletrônico de processamento de dados.

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Fundamentação: arts. 8º do Decreto-Lei nº 1.598/1977; arts. 262 e 263 do Decreto nº 3000/1999 (RIR/99); arts. 10 e 18, parágrafo único da Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013; art. 2º da Medida Provisória nº 627/2013; Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013.

II - Obrigatoriedade

Estão obrigadas a escriturar o LALUR todas as pessoas jurídicas contribuintes do imposto de renda com base no lucro real, tais como:

O Lucro Real corresponde ao lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do Imposto de Renda (Art. 247 do RIR/1999).

a) as pessoas jurídicas de direito privado sediadas no País, inclusive as filiais, sucursais ou representantes, no País, de pessoas jurídicas domiciliadas no exterior;

b) empresários artigo 966 do CC/2002 (antigas firmas individuais);

Vide art. 150 do RIR/1999.

c) as pessoas físicas legalmente equiparadas a empresas individuais;

d) as sociedades cooperativas que realizarem as operações previstas na legislação do Imposto de Renda.

1. A escrituração do livro de apuração do lucro real é obrigatória a partir do exercício social que se iniciar em 1978.2. Embora, pela própria denominação do livro isso fique claro, é importante lembrar que pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Presumido ou pelo Simples Nacional não se sujeitam à escrituração do LALUR.

As pessoas jurídicas ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos a partir de 1º.01.2014, da escrituração do Lalur e da entrega da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ).

Fundamentação: item 1.1 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978; art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013.

III - Modelo do livro

O livro de apuração do lucro real, cujas folhas serão numeradas tipograficamente, deve ter duas partes, reunidas em um só volume encadernado, a saber:

a) Parte A, destinada aos lançamentos de ajuste do lucro líquido do exercício e à transcrição da demonstração do lucro real; e

b) Parte B, destinada ao controle dos valores que devam influenciar a determinação do lucro real de exercícios futuros e não constem da escrituração comercial.

Vide ao final deste Roteiro, modelos da Parte A e da Parte B.

Cada uma das partes do livro de apuração do lucro real deverá conter 50% (cinqüenta por cento) do total de folhas do livro. As folhas da Parte B, cuja numeração será seqüencial à da Parte A, serão incluídas da metade para o final do livro. Completada a utilização das páginas destinadas a uma das partes do livro a outra parte será encerrada mediante cancelamento das páginas não utilizadas, prosseguindo a escrituração, integralmente, no livro subseqüente.

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O LALUR não poderá ser substituído por fichas.

Fundamentação: item 1.2 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

IV - Autenticação e registro

O LALUR deverá conter, respectivamente na primeira e na última página, os termos de abertura e de encerramento, que identificarão o contribuinte (firma ou denominação, número e data do arquivamento dos atos constitutivos no órgão de registro do comércio e o número de registro no CNPJ) e serão datados e assinados por diretor, gerente ou titular e por contabilista legalmente habilitado.

É dispensado o registro do livro.

A escrituração de cada exercício se completa com a assinatura, após a demonstração do lucro real, de responsável pela pessoa jurídica e de contabilista legalmente habilitado.

Considera-se não apoiada em escrituração a declaração de rendimentos (DIPJ) entregue sem que estejam lançadas no LALUR os ajustes ao lucro líquido, a demonstração do lucro real e os registros correspondentes na conta de controle.

Fundamentação: item 1.3 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

V - Lançamentos de ajuste do lucro líquido - Parte A

V.1 - Época dos lançamentos

Os lançamentos destinados a ajustar o lucro líquido do exercício serão feitos no curso do exercício social ou na data de encerramento deste.

Dessa forma, em se tratando de Lucro Real Trimestral, os ajustes deverão ser efetuados no curso do trimestre ou na data de encerramento de cada trimestre. No caso de Lucro Real Anual, os ajustes poderão ser feitos no decorrer do ano ou na data de encerramento do exercício. Se forem levantados balanços de redução ou suspensão, todavia, os ajustes (na parte A) deverão ser efetuados nesse momento.

Fundamentação: item 2.1 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978;

V.2 - Forma de escrituração

Os lançamentos correspondentes aos ajustes do lucro líquido do exercício, para a determinação do lucro real, serão feitos com individuação e clareza, na Parte A do livro de apuração do lucro real, com a seguinte utilização das colunas (Instrução Normativa SRF nº 28/1978):

a) Coluna Data

Destina-se à indicação da data em que foram efetuados os lançamentos de ajuste do lucro líquido.

b) Coluna Histórico

Coluna destinada ao registro dos fatos determinantes dos ajustes, na qual serão indicados, quando for o caso, a conta ou subconta em que os valores tenham sido registrados na escrituração comercial, assim como o livro e a data em que foram efetuados os respectivos lançamentos. Tratando-se de ajuste que não tenha registro correspondente na escrituração comercial, no histórico do lançamento, além da natureza do ajuste, serão indicados os valores sobre os quais a adição ou exclusão foi calculada.

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Exemplo:Na exclusão correspondente ao incentivo à exportação de bens ou serviços, por não existir registro correspondente na escrituração comercial, o histórico deverá conter, pelo menos, os seguintes elementos:a) total da receita líquida das vendas e serviços;b) parcela da receita líquida correspondente à exportação de bens ou serviços amparada por incentivo fiscal; ec) o lucro da exploração.

c) Coluna Auxiliar

A coluna auxiliar será utilizada para o registro de eventuais parcelas integrantes de um mesmo lançamento, cuja soma deverá ser transportada para a coluna de adição ou de exclusão.

d) Coluna Adições

Coluna própria para lançamento de valores que devem ser adicionados ao lucro líquido, para determinação do lucro real. A soma dos valores lançados nesta coluna, ao final do período-base, deverá coincidir com o total registrado no item 2 da Demonstração do Lucro Real.

e) Coluna Exclusões

Coluna própria para lançamento de valores que a legislação tributária permita excluir do lucro líquido, para determinação do lucro real. A soma dos valores lançados nesta coluna, ao final do período-base, deverá coincidir com o total registrado nos itens 3 e 5 da demonstração do lucro real.

O lançamento feito indevidamente será estornado mediante lançamento subtrativo na própria coluna em que foi lançado, com o valor indicado entre parênteses. Todo estorno deve ser devidamente justificado.

Fundamentação: item 2.2 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

VI - Demonstração do Lucro Real - Parte A

VI.1- Momento da demonstração

Após terem sido efetuados os lançamentos de ajuste do lucro líquido do exercício, na Parte A do livro, na data de encerramento do exercício social será elaborada Demonstração do Lucro Real, de conformidade com a orientação contida no subtópico a seguir.

Fundamentação: item 3.1 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

VI.2 - Modelo e forma de apresentação

A Demonstração do Lucro Real será transcrita na Parte A do livro de apuração do lucro real, após o último lançamento de ajuste do lucro líquido do exercício, devendo conter:

a) o lucro ou prejuízo líquido constante da escrituração comercial, apurado no período-base de incidência;

b) as adições ao lucro líquido, discriminadas item por item, agrupados os valores de acordo com sua natureza, e a soma das adições;

c) as exclusões do lucro líquido, discriminadas item por item, agrupados os valores de acordo com sua natureza, e a soma das exclusões;

d) subtotal, obtido pela soma algébrica do lucro ou prejuízo líquido do exercício com as adições e exclusões;

e) as compensações que estejam sendo efetivadas no exercício, cuja soma não poderá exceder o valor positivo da letra "d";

f) o lucro real do exercício; ou prejuízo do exercício, a compensar em exercícios subseqüentes.IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Fundamentação: item 3.1 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

VII - Ajustes do RTT

Conforme disposto na Introdução deste Roteiro, é permitido aos contribuintes submetidos ao RTT anular os efeitos relativos a receitas e despesas decorrentes das novas normas contábeis, por meio de ajustes - visando, portanto, a neutralidade das alterações contábeis na apuração do Imposto de Renda.

Assim, a pessoa jurídica sujeita ao RTT, para reverter o efeito da utilização de métodos e critérios contábeis diferentes daqueles previstos na legislação tributária, baseada nos critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007 deverá:

a) utilizar os métodos e critérios da legislação societária para apurar, em sua escrituração contábil, o resultado do período antes do Imposto sobre a Renda, deduzido das participações;

b) utilizar os métodos e critérios contábeis aplicáveis à legislação tributária, para apurar o resultado do período, para fins fiscais;

c) determinar a diferença entre os valores apurados nas letras "a" e "b"; e

d) ajustar, exclusivamente no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), o resultado do período, apurado nos termos da letra "a", pela diferença apurada na letra "c".

Para a realização do ajuste específico, de que trata a letra "d", deverá ser mantido o FCont - Controle Fiscal Contábil de Transição.

O ajuste específico no LALUR, referido na letra "d" não dispensa a realização dos demais ajustes de adição e exclusão, prescritos ou autorizados pela legislação tributária em vigor, para apuração da base de cálculo do imposto (ajustes que já eram realizados mesmo antes das novas normas contábeis).

1. Na hipótese de ajustes temporários do imposto, realizados na vigência do RTT e decorrentes de fatos ocorridos nesse período, que impliquem ajustes em períodos subsequentes, permanece:a) a obrigação de adições relativas a exclusões temporárias; eb) a possibilidade de exclusões relativas a adições temporárias.2. A pessoa jurídica sujeita ao RTT, desde que observe as normas aqui referidas, fica dispensada de realizar, em sua escrituração comercial, qualquer procedimento contábil determinado pela legislação tributária que altere os saldos das contas patrimoniais ou de resultado quando em desacordo com:a) os métodos e critérios estabelecidos pela Lei nº 6.404/1976, alterada pela Lei nº 11.638/2007, e pelos arts. 37 e 38 da Lei nº 11.941/2009; ou b) as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e pelos demais órgãos reguladores.

Em suma, o optante pelo RTT que possui esse tipo de ajuste a ser realizado, deverá efetuar os lançamentos conforme tópico V, e ainda, inserir na Demonstração do Lucro Real (tópico VI) uma única linha de ajuste que poderá ser positivo ou negativo, o valor total do ajuste referente ao RTT.

1. Vide modelo de lançamento nos tópicos XIII.1 e XIII.2.2. Sobre RTT, vide Roteiro "IRPJ, CSLL, PIS e COFINS - Regime Tributário de Transição - RTT - Lei nº 11.941 de 2009". 3. Sobre FCont, vide Roteiro "Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont) - Roteiro de Procedimentos".

1. A partir de 01.01.2015, nos termos da Medida Provisória nº 627/2013, ficam revogadas as regras aplicáveis ao RTT previstas na Lei nº 11.941/2009, momento em que entrará em vigor o novo regramento introduzido pelos arts. 1º a 66 da referida norma, salvo se a pessoa jurídica optar pela aplicação antecipada dessas disposições para o ano-calendário de 2014, sendo que esta opção será exercida de forma irretratável.2. Caso a pessoa jurídica faça a opção antecipada pelas novas regras do RTT para o ano-calendário de

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2014, deverá ser observado que:a) os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1º.01.2008 e 31.12.2013, pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, efetivamente pagos até 12.11.2013, em valores superiores aos apurados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007, não ficarão sujeitos à incidência do IRRF, nem integrarão a base de cálculo do IRPJ e da CSLL do beneficiário, pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliado no País ou no exterior;b) para os anos-calendário de 2008 a 2013, para fins do cálculo do limite dos juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, a pessoa jurídica poderá utilizar as contas do patrimônio líquido mensurado de acordo com as disposições da Lei nº 6.404/1976, observando-se, ainda, que, no cálculo da parcela a deduzir, não serão considerados os valores relativos a ajustes de avaliação patrimonial a que se refere o § 3º do art. 182 da Lei nº 6.404/1976; ec) para os anos-calendário de 2008 a 2013, o contribuinte poderá avaliar o investimento pelo valor de patrimônio líquido da coligada ou controlada, determinado de acordo com as disposições da Lei nº 6.404/1976 .3.Também deverão ser observadas as novas disposições referentes à subvenções para investimento e aos prêmios na emissão de debêntures constantes.

Fundamentação: art. 17 da Lei nº 11.941/2009; art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 949/2009; art. 29, 30, 67 a 70 e art. 99, X da Medida Provisória nº 627/2013.

VIII - Registros de controle - Parte B

VIII.1- Momento e modelo do registro

Na parte B do livro de apuração do lucro real, concomitantemente com os lançamentos de ajuste efetuados na Parte A do livro ou no final de cada exercício social, serão efetuados os controles dos valores que devam influenciar a determinação do lucro real de exercícios subseqüentes.

Fundamentação: item 4.1 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

VIII.2 - Forma de escrituração

A escrituração relativa ao controle de valores que devam influenciar a determinação do lucro real de exercícios posteriores far-se-á mediante a utilização de uma folha para cada conta ou fato que requeira controle individualizado, de conformidade com a seguinte orientação:

a) Coluna 1 - Data do Lançamento

Coluna destinada a indiciar o dia, mês e ano em que for o registro efetuado.

b) Coluna 2 - Histórico

Para registros dos fatos determinantes do ajuste; deve conter todos os elementos indispensáveis ao controle de cada valor suscetível de apropriação ao lucro real de exercícios subseqüentes, de forma a permitir, a qualquer momento, a verificação da exatidão do respectivo saldo, assim como dos valores debitados ou creditados em cada período-base.

c) Coluna 3, 4 e 5 - Para Efeito de Correção Monetária

Somente utilizáveis nas hipóteses em que o valor a ser adicionado ao lucro líquido, ou que dele possa ser excluído, seja passível de correção monetária, na forma da legislação específica. Atente-se que desde 1º.01.1996 em decorrência da extinção da correção monetária do balanço, essas colunas estão em desuso.

d) Coluna 6 - Débito

Coluna destinada a registrar os valores que constituirão adições ao lucro líquido de exercícios futuros, para determinação do lucro real respectivo. Também será utilizada para baixa dos saldos credores (coluna 7), transportados de exercícios anteriores.

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e) Coluna 7 - Crédito

Coluna destinada ao registro dos valores que constituirão exclusões nos exercícios subseqüentes. Também será utilizada para baixa dos saldos devedores, transportados de exercícios anteriores.

f) Coluna 8 - Saldo R$

Obtido pela operação (saldo anterior mais Débitos menos Créditos), nas contas devedoras; e (saldo anterior mais Créditos menos Débitos), nas contas credoras. Representa o valor das adições ou exclusões que deverão ajustar o lucro líquido de exercícios subseqüentes.

g) Coluna 9 - D/C

Coluna destinada a indicar, por uma letra maiúscula, a natureza devedora (D) ou credora (C) do saldo constante da coluna 8. Portanto, os saldos que devam ser adicionados ao lucro líquido de exercícios subseqüentes terão letra D, e os que devam ser excluídos terão letra C.

Fundamentação: item 4.2 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

VIII.3 - Contas suscetíveis de controle

Os valores que devam influenciar a determinação do lucro real de exercício futuro e que não devam ser controlados na escrituração comercial serão agrupados em contas distintas, segundo a sua natureza, tais como:

- Prejuízos a Compensar;

- Depreciação Acelerada Incentivada;

- Lucro Inflacionário Acumulado;

- Lucro não Realizado Decorrente de Contrato a Longo Prazo com Empresa Pública;

- Ganhos de Capital na Participação Extinta em Fusão, Incorporação ou Cisão.

Para evitar duplicidade de controle, no livro de apuração do lucro real (Parte B) não serão incluídas as contas que registrem valores, pertinentes a exercícios futuros, que estejam sendo controlados na escrituração comercial.

Vide o Parecer Normativo CST nº 96/1978 que dispõe que os valores que podem ser excluídos do lucro líquido do exercício, na determinação do lucro real, são aqueles que, em virtude de serem dotados de natureza exclusivamente fiscal, não reúnem requisitos para poderem ser registrados na escrituração comercial.

Fundamentação: item 4.3 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

VIII.4 - Outras contas a serem controladas

Embora não constituam valores a serem excluídos do lucro líquido, mas passíveis de dedução do imposto de renda devido na declaração, deverão ser mantidos os controles dos valores excedentes, a serem utilizados no cálculo das deduções nos anos subseqüentes, relativamente às seguintes contas:

a) Dispêndios com Projetos de Formação Profissional (incentivo fiscal suspenso pela Lei nº 8.034/1990);

b) Despesas com Programas de Alimentação do Trabalhador (PAT) - art. 581 e seguintes do RIR/99.

Fundamentação: item 4.4 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

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VIII.5 - Elementos indispensáveis no controle

Em cada conta suscetível de controle deverá o contribuinte fazer constar, nos registros, todos os elementos indispensáveis a que fique evidenciada a exatidão dos respectivos saldos, bem como dos lançamentos de ajuste do lucro líquido derivados desses saldos.

Fundamentação: item 4.5 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

IX - Controle de compensação de prejuízos

Os prejuízos compensáveis na forma da legislação tributária serão controlados no LALUR, observados os procedimentos expostos a seguir.

Atente-se que é preciso distinguir prejuízo fiscal de prejuízo contábil. Enquanto o prejuízo contábil é aquele apurado na contabilidade pela Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), o prejuízo fiscal é o apurado na Demonstração do Lucro Real. O prejuízo a que se refere esse tópico é o prejuízo fiscal.

1. Sobre limites à compensação, vide artigo 510 do RIR/99.2. Sobre regras para fins de compensação de prejuízos não-operacionais, vide artigo 511 do RIR/99.

Fundamentação: item 5 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

IX.1 - Individuação

Será utilizada conta distinta para o prejuízo correspondente a cada exercício financeiro, ou seja, uma folha, para o prejuízo de cada ano.

Exemplo: Prejuízo do Exercício Financeiro de 2007 e Prejuízo do Exercício Financeiro de 2008, escriturados cada um em uma folha.

Fundamentação: item 5.1 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

IX.2 - Registro do prejuízo

O lançamento de inscrição do prejuízo a compensar será feito em folha própria da Parte B do livro.

O prejuízo fiscal pode ser compensado independentemente de prazo (art. 510 do RIR/99 - Decreto 3.000 de 1999).

O valor a ser registrado na coluna 4 é o prejuízo a compensar apurado na demonstração do lucro real. Quando parte do prejuízo já tiver sido compensado antes do início da escrituração deste livro, o valor a ser lançado será o saldo compensável.

Fundamentação: item 5.2 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

IX.3 - Compensação

O prejuízo poderá ser compensado, total ou parcialmente, em um ou mais períodos-base, à opção do contribuinte. A compensação será feita mediante débito na conta de controle (Parte B) e registro na Parte A do livro, como exclusão.

Sobre limites à compensação (trava de 30%), vide artigo 510 do RIR/99.

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Se for utilizada reserva de reavaliação para a compensação contábil de prejuízos de anos anteriores, o saldo de prejuízos a compensar registrado no livro de apuração do lucro real será baixado pelo valor da reserva de reavaliação assim utilizada.

Na hipótese de os prejuízos contábeis absorvidos pela reserva de reavaliação serem superiores aos prejuízos a compensar registrados no livro de apuração do lucro real, a diferença entre os dois valores deverá ser lançada na Parte A do livro, como adição ao lucro líquido do exercício social em que ocorrer a compensação.

Sobre Reavaliação de Ativo, vide artigos 434 e seguintes do RIR/99 (Decreto nº 3.000/1.999 ) .

Fundamentação: item 5.4 da Instrução Normativa SRF nº 28/1978.

X - Apuração do resultado ajustado da CSLL

De acordo com previsão constante da Instrução Normativa SRF nº 390/2004, a pessoa jurídica poderá utilizar o LALUR ou livro específico para apurar a CSLL com base no resultado ajustado, bem como transcrever a Demonstração do Resultado Ajustado e manter os registros de controle dos valores que devam influenciar a determinação do resultado ajustado dos períodos subsequentes.

Portanto, fica a critério do contribuinte manter livro próprio ou utilizar o LALUR para fazer os ajustes necessários à apuração da base de cálculo da CSLL.

Fundamentação: arts. 28, 42, 66, 79 e 104 a 106 da Instrução Normativa SRF nº 390/2004.

XI - LALUC

Por meio da Lei nº 11.638/2007, o § 2º do artigo 177 da Lei das S/A passou a ter a seguinte redação:

"§ 2º As disposições da lei tributária ou de legislação especial sobre atividade que constitui o objeto da companhia que conduzam à utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou à elaboração de outras demonstrações não elidem a obrigação de elaborar, para todos os fins desta Lei, demonstrações financeiras em consonância com o disposto no caput deste artigo e deverão ser alternativamente observadas mediante registro:I - em livros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil; ouII - no caso da elaboração das demonstrações para fins tributários, na escrituração mercantil, desde que sejam efetuados em seguida lançamentos contábeis adicionais que assegurem a preparação e a divulgação de demonstrações financeiras com observância do disposto no caput deste artigo, devendo ser essas demonstrações auditadas por auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários."

O objetivo dessa alteração foi dar uma alternativa à elaboração do LALUR. Ou seja, o contribuinte poderia partir da contabilidade societária, fazendo ajustes no LALUR, para se chegar ao lucro prescrito pela legislação tributária, como sempre fez, ou, alternativamente, partir da contabilidade tributária, fazendo ajustes no livro que ficou conhecido por LALUC (Livro de Apuração do Lucro Contábil), para se chegar ao lucro prescrito pela legislação societária.

A implantação do LALUC levava em consideração o fato do LALUR nunca ter alcançado o seu verdadeiro objetivo, que era evitar que a contabilidade societária fosse maculada por disposições da legislação tributária

Todavia, a implantação do LALUC não teve êxito, tendo sido extinto após alteração do mencionado parágrafo pela Medida Provisória nº 449/2008.

XII - e-Lalur

A partir do ano-calendário de 2014, o e-Lalur passará a ser escriturado no Escrituração Contábil Fiscal (ECF), a que se refere o tópico XIII. Na ECF haverá o preenchimento e controle, por meio de validações, das partes A e B do Livro Eletrônico´ de Apuração do Lucro Real (e-Lalur) e do Livro Ele trônico de Apuração da Base de Cálculo da CSLL (e-

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Lacs). Todos os saldos informados nesses livros também serão controlados e, no caso da parte B, haverá o batimentode saldos de um ano para outro. O e-LALUR e e-LACS serão preenchidos no bloco M da ECF.

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 989/2009 foi instituído o Livro Eletrônico de Escrituração e Apuração do Imposto sobre a Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro Real (e-Lalur).

A escrituração e entrega do e-Lalur, referente à apuração do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), é obrigatória para as pessoas jurídicas sujeitas à apuração do Imposto sobre a Renda pelo Regime do Lucro Real

Os registros eletrônicos do e-Lalur atenderão às especificações constantes de Ato Declaratório Executivo exarado pelo Coordenador-Geral da Cofis.

O e-Lalur é integrante do Sistema Público de Escrituração Digital - SPED. O objetivo é eliminar a redundância de informações existentes na escrituração contábil, no Lalur e na DIPJ, facilitando o cumprimento de obrigações acessórias.

De forma simplificada, o funcionamento do sistema será o seguinte:

- Após baixado pela internet e instalado, o Programa Gerador de Escrituração (PGE) disponibilizará as seguintes funcionalidades:

a.digitação das adições, exclusões e compensações;

b.importação:

- de arquivo contendo as adições e exclusões;

- de informações contábeis oriundas da Escrituração Contábil Digital (ECD);

- de saldos da parte B do período anterior.

c. cálculo dos tributos;

d. verificação de pendências;

e. assinatura do livro;

f. transmissão pela Internet;

g. visualização.

Ao importar os dados da contabilidade, o e-Lalur os converterá para um padrão bastante parecido com o que hoje se informa na DIPJ nas demonstrações contábeis. Para isto, ele utilizará o "Plano de Contas Referencial" informado na escrituração contábil digital - ECD.

Feita a conversão, eventuais reclassificações ou redistribuições de saldos serão possíveis. O volume destes ajustes dependerá da precisão da indicação do plano de contas referencial na ECD.

Além das demais premissas do SPED, o e-Lalur tem as seguintes:

a) rastreabilidade das informações;

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b) coerência aritmética dos saldos da parte B;

A rastreabilidade diz respeito manter registros das movimentações que resultem em alterações de saldos que irão compor as demonstrações contábeis baseadas no plano de contas referencial. A coerência aritmética dos saldos da parte B é a garantia de que eles estarão matematicamente corretos. Para isto, uma das etapas será a conferência com os saldos do período anterior de e-Lalur já transmitido.

A cada conferência de saldo, o sistema obterá, também, um extrato (semelhante a um razão) completo de cada conta controlada na parte B. A partir de tais elementos o PGE fará um "rascunho" da Demonstração do Lucro Real, da base de cálculo da CSLL e dos valores apurados para o IRPJ e a CSLL. Caso o contribuinte concorde com os valores apresentados, basta assinar o livro e transmiti-lo pela internet.

É importante ressaltar que o projeto ainda se encontra em elaboração. Participam dos trabalhos, além da Secretaria da Receita Federal do Brasil, o CFC, a Fenacon, contribuintes, entidades de classe, etc.

Fonte: www.receita.fazenda.gov.br/sped

XII.1. Preenchimento do e-Lalur

Deve ser informado no e-Lalur, todas as operações que influenciem, direta ou indiretamente, imediata ou futuramente, a composição da base de cálculo e o valor devido dos tributos especialmente quanto:

a) à associação das contas do plano de contas contábil com plano de contas referencial, definido em ato específico da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB);

b) ao detalhamento dos ajustes do lucro líquido na apuração do Lucro Real;

c) ao detalhamento dos ajustes da base de cálculo da CSLL;

d) aos registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou compensar em exercícios subsequentes, inclusive prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL;

e) aos registros, lançamentos e ajustes que forem necessários para a observância de preceitos da lei tributária relativos à determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, quando não devam, por sua natureza exclusivamente fiscal, constar da escrituração comercial, ou sejam diferentes dos lançamentos dessa escrituração.

f) aos lançamentos constantes da Entrada de Dados para o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont).

Fundamentação: art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 989/2009.

XII.2. Prazo

O e-Lalur deverá ser apresentado pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, até as 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário oficial de Brasília, do último dia útil do mês de junho do ano subsequente ao ano calendário de referência, por intermédio de aplicativo a ser disponibilizado pela RFB na Internet, no endereço eletrônico <www.receita.fazenda.gov.br.

1. Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.249/2012 o início da obrigatoriedade de apresentação do e-Lalur foi alterado do ano calendário 2011 para o ano calendário 2013. Com a mudança a entrega do primeiro e-Lalur ocorrerá em 30 de junho de 2014.2. As pessoas jurídicas que apresentarem o e-Lalur ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, da escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real no modelo e normas estabelecidos pela Instrução Normativa SRF Nº 28/1978.

Fundamentação: art. 4º e 8 º da Instrução Normativa RFB nº 989/2009.

XII.3 - Eventos especiais

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O e-Lalur deverá ser entregue até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento, nos casos de:

a) cisão total ou parcial;

b) fusão;

c) incorporação; ou

d) extinção.

Excepcionalmente, nos casos dos eventos ocorridos entre 1º de janeiro de 2013 e 30 de abril de 2014, o e-Lalur poderá ser entregue no último dia útil do mês de junho de 2014.

Fundamentação: art. 4º, §§ 2º e 3º da Instrução Normativa RFB nº 989/2009.

XII.4 - Certificado digital

O arquivo eletrônico contendo os registros do e-Lalur será assinado digitalmente pelo contribuinte com Certificado Digital emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil), mediante utilização de certificado digital:

a) do contribuinte; ou

b) do representante legal do contribuinte; ou

c) do procurador, no caso da procuração cadastrada eletronicamente através do e-CAC; e

d) do contabilista responsável pela escrituração do e-Lalur.

Fundamentação: art. 6º da Instrução Normativa RFB nº 989/2009.

XII.5 - Multa

A pessoa jurídica sujeita à apuração do Imposto sobre a Renda pelo Regime do Lucro Real que deixar de apresentar o e-Lalur no prazo estabelecido, sujeitar-se-á à multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês-calendário ou fração.

A Medida Provisória nº 627/2013 incluiu o art. 8º-A ao Decreto-lei nº 1.598/1977, para dispor sobre as penalidades, estabelecendo que a partir de 1º.01.2015, o sujeito passivo que deixar de apresentar o livro de apuração do lucro real (entregue em meio digital) nos prazos fixados no ato normativo, ou que o apresentar com inexatidões, incorreções ou omissões, ficará sujeito às seguintes multas: a) equivalente a 0,025%, por mês-calendário ou fração, da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a apuração, limitada a um por cento, relativamente às pessoas jurídicas que deixarem de apresentar ou apresentarem em atraso o livro; e b) 5%, não inferior a R$ 500,00, do valor omitido, inexato ou incorreto. A multa prevista na letra "a" será reduzida: a) à metade, quando o livro for apresentado depois do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; e b) em 25%, se houver a apresentação do livro no prazo fixado em intimação. A multa prevista na letra "b": a) não será devida se o sujeito passivo corrigir as inexatidões, incorreções ou omissões antes de iniciado qualquer procedimento de ofício; e b) será reduzida em 25%, se forem corrigidas as inexatidões, incorreções ou omissões no prazo fixado em intimação. Quando não houver receita bruta informada no período de apuração a que se refere a escrituração, deverá ser utilizada a receita bruta do último período de apuração informado, atualizada pela taxa Selic até o

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termo final de encerramento do período a que se refere a escrituração. A multa prevista na letra "a" não poderá ser inferior à R$ 5.000,00, por mês-calendário ou fração.Sem prejuízo das referidas penalidade, aplica-se o disposto no art. 47 da Lei nº 8.981/1995 (arbitramento do lucro) à pessoa jurídica que não escriturar livro de apuração do lucro real de acordo com as disposições da legislação tributária.

Fundamentação: art. 7º da Instrução Normativa RFB nº 989/2009.

XIII - Escrituração Contábil Fiscal - ECF

Conforme informado no tópico I, a partir do ano-calendário de 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deverão apresentar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de forma centralizada pela matriz, devendo ser informar todas as operações que influenciem a composição da base de cálculo e o valor devido do IRPJ e da CSLL, especialmente quanto:

a) à recuperação do plano de contas contábil e saldos das contas, para pessoas jurídicas obrigadas a entregar a Escrituração Contábil Digital (ECD) relativa ao mesmo período da ECF;

b) à recuperação de saldos finais da ECF do período imediatamente anterior, quando aplicável;

c) à associação das contas do plano de contas contábil recuperado da ECD com plano de contas referencial, definido pela Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis), por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE);

d) ao detalhamento dos ajustes do lucro líquido na apuração do Lucro Real, mediante tabela de adições e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório Executivo;

e) ao detalhamento dos ajustes da base de cálculo da CSLL, mediante tabela de adições e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório Executivo;

f) aos registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou compensar em exercícios subsequentes, inclusive prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSL; e

g) aos registros, lançamentos e ajustes que forem necessários para a observância de preceitos da lei tributária relativos à determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, quando não devam, por sua natureza exclusivamente fiscal, constar da escrituração comercial, ou sejam diferentes dos lançamentos dessa escrituração.

Para saber mais sobre a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) , consulte o Roteiro Federal "Escrituração Contábil Fiscal (ECF) - Roteiro de Procedimentos".

Fundamentação: art. 1º, caput e art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013.

XIV - Modelos

XIV.1 - Parte A

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Os ajustes do RTT constarão detalhadamente, na forma de partidas dobradas, no FCont.

XIV.2 - Demonstração do Lucro Real

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Os ajustes do RTT constarão detalhadamente, na forma de partidas dobradas, no FCont.

XIV.3 Parte B

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