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CENTRO ESPÍRITA OBREIROS DO SENHOR DEPTO. INFÂNCIA E JUVENTUDE PLANEJAMENTO – JARDIM SEGUNDO SEMESTRE 2018/19 “Os primeiros anos são o alicerce, o fundamento para que cada criança possa cumprir seus desígnios, a história que a si mesma se propôs.” Nos primeiros anos de vida, nossas forças plasmadoras, o períspirito, esta ocupado na elaboração e maior definição de nossos órgãos, desde a substância branca do cérebro até o estabelecimento dos dentes próprios da criança. Ocorre assim o que podemos chamar de uma “adaptação da forma física” herdada dos pais, à vontade individual da criança. O ambiente físico, as circunstâncias sociais, o tipo de educação e as condições biológicas e psicológicas são assim usadas pelo ser da criança, que procura, então, a melhor forma de estabelecer seu fundamento físico para sua atuação. “Apresentaram-lhe então algumas crianças, a fim de que Ele as tocasse, e, como seus discípulos afastassem com palavras ásperas os que lhas apresentavam, Jesus, vendo isso, zangou-se e lhes 1

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CENTRO ESPÍRITA OBREIROS DO SENHOR

DEPTO. INFÂNCIA E JUVENTUDE

PLANEJAMENTO – JARDIM

SEGUNDO SEMESTRE 2018/19

“Os primeiros anos são o alicerce, o fundamento para que cada criança possa cumprir seus desígnios, a história que a si mesma se propôs.”

Nos primeiros anos de vida, nossas forças plasmadoras, o períspirito, esta ocupado na elaboração e maior definição de nossos órgãos, desde a substância branca do cérebro até o estabelecimento dos dentes próprios da criança. Ocorre assim o que podemos chamar de uma “adaptação da forma física” herdada dos pais, à vontade individual da criança. O ambiente físico, as circunstâncias sociais, o tipo de educação e as condições biológicas e psicológicas são assim usadas pelo ser da criança, que procura, então, a melhor forma de estabelecer seu fundamento físico para sua atuação. “Apresentaram-lhe então algumas crianças, a fim de que Ele as tocasse, e, como seus discípulos afastassem com palavras ásperas os que lhas apresentavam, Jesus, vendo isso, zangou-se e lhes disse: “Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o Reino dos Céus é para os que se lhes assemelham”. - Jesus

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27/10/18 TEMA: O que os olhos não veem?INTENÇÃO: despertar na criança que muitas coisas não vemos... O fundo do mar, a imensidão no céu, o ar, nossos ossos, atrás nas costas... Deus... mas sentimos que existem!

03/11/18 Tema: eu sou maravilhoso!!INTENÇÃO: despertar na criança a escolha de alimentos saudáveis para nutrir o corpo e mostrar como ele usa o que é útil, transformando as substancias dos alimentos sólidos, líquidos e do ar em energia para gerar movimento. Música: Sacudir o Esqueleto - As Diferentes Partes do Corpo – Quintal da Cultura.

10/11/18 TEMA: Apresentação da Celebração do Natal na IAM –peça infantil: O Vagalumede Ruth SallesINTENÇÃO: contar a história para a criança e também dizer que ela fará parte do teatro.Esta peça de Natal é baseada numa lenda de Jakob Streit, encontrada na página 15 do livro A Luz do Sol. Ela conta a história do besouro escuro que se tornou luminoso transformando-se em vaga-lume, para poder avisar aos outros animais o nascimento de Jesus. A peça termina com todos cantando a canção “Jesus Nasceu”, porque incluí nela vários animaizinhos nossos, como o bacurau, o pica-pau, o tatu etc.

PERSONAGENS: Coro, José e Maria, o boi e o burro; anjos, pastores; o besouro (vaga-lume), a corça, o coelho, o caracol, o ouriço, arbustos, passarinhos, estrelas cadentes.(O coro fala o tempo todo junto com os outros participantes da cena, ou conforme o critério do evangelizador.)Entram todos; os anjos à frente, cada um com uma vareta tendo

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na ponta uma estrela.As estrelinhas cadentes também ficam quietinhas de um lado.Os pastores deitam-se a um canto; José e Maria, o boi e o burro ficam diante da manjedoura; os arbustos, de um lado e de outro, escondem a corça, o coelho, o caracol, o ouriço, os passarinhos.Abaixado junto à manjedoura, está um besouro com rodinhas prateadas nas costas e capinha marrom por cima, que será tirada quando ele se transformar em vaga-lume.Cada animalzinho pode ter na cabeça algo que o simbolize.CORO E ANJOS:– Somos os anjos do Natal,e trazemos com nossa luza mensagem celestial:Nasceu Jesus!Nasceu Jesus!Na manjedoura ele está deitado,com Maria e José de cada lado.E o boi e o burro bafejam baixinhopara aquecer o Menininho.(Neste ponto os anjos se dirigem para ondeestão os pastores dormindo.)Como dormem os pastores!Mas, com esta estrela de luz,eles devem acordar.– Nasceu Jesus!Nasceu Jesus!Venham todos a Belémpara ver Jesus também!Foi num estábulo pobrezinhoque nasceu o Menininho.PASTORES (acordando, espantados):– Nasceu Jesus?!(Os pastores se levantam e se dirigem até opresépio, seguindo os anjos.)

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ANJOS (descobrem o besourinho junto àmanjedoura):– Que será isto?!Que faz você, besouro escuro,rastejando a noite todapor entre os talinhos durosda palha da manjedoura?Vá correndo! Suba a serra!Conte a todos os bichinhosdas matas e da campinaque desceu do céu à terrauma Criança divina!BESOURO:– Se nenhuma luz eu tenho,nesta noite tão fechadaninguém pode me enxergar.E, se sou pequeno e feio,na notícia abençoadaninguém vai acreditar.ANJOS (tocam nele com a estrela; some acapinha marrom e aparece a outra comrodelinhas prateadas.)– Com estas lindas centelhasde luzes que vão piscando,atravesse a terra inteiravagando e alumiando.Você virou vaga-lumee vai voar pelo mundoa verdade iluminando.VAGA-LUME (vai descobrindo os animais eexclamando em seguida):– Nos arbustos do matinhoeu vejo a corça galhada.– Uma Criança divina

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do céu nos foi enviada!CORÇA:– Que linda luz!TODOS:– Nasceu Jesus!VAGA-LUME:– Saiu do mato um coelhopulando com muita graça.Vou piscar minha centelhae dizer o que se passa.COELHO:– Que linda luz!TODOS:– Nasceu Jesus!VAGA-LUME:– Vejo ali o caracole o ouriço espinhudo.– Antes do nascer do sol,venham cá saber de tudo!CARACOL E OURIÇO:– Que linda luz!TODOS:– Nasceu Jesus!VAGA-LUME:– Nos ninhos aconchegados,dormem tantos passarinhos…– Ouçam, ouçam meu chamado!Cantem, cantem em louvor!Pois nasceu um Menininhoque do céu nos foi mandadopara nos dar seu amor.PASSARINHOS:– Que linda luz!TODOS:

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– Nasceu Jesus!VAGA-LUME:– E os peixes, quem vai chamar?Pois eu não posso nadar.ANJOS (as estrelas cadentes passam correndoe somem do outro lado):– Olhe as estrelas cadentescomo chovem dentro d’água!Lá no fundo, resplendentes,vão dizer o que se passa.E as escamas dos peixesagora terão mais brilhoe mais colorida graçaporque Deus mandou Seu Filho.TODOS:– Que linda luz!Nasceu Jesus!(Todos em seguida cantam, ou então a peçatermina aí.)TODOS (cantam):“Descem anjos lá do céue anunciam desde já:– Em Belém Jesus nasceu!No presépio Ele está.Os pastores, bem juntinhos,dormem, dormem muito bem.– Oh, acordem, pastorinhos,vamos todos a Belém!Vêm do mato o bacuraue o ouriço espinhudo,o tatu e o pica-paua querer saber de tudo.Vêm em bando, vêm zumbindoabelhinhas e besouros

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para ver Jesus Menino,pois não há maior tesouro.Revoando, os passarinhosvêm cantando em seu louvor,pois nasceu o Menininhoque nos traz seu grande amor.Os peixinhos têm mais brilho,as estrelas têm mais luz.É que Deus mandou seu Filhoé que Deus mandou Jesus!” Fim

17/11/18 TEMA: Celebração do Natal – peça infantil: O VagalumeINTENÇÃO: ensaiar com entusiasmo as crianças a Música da peça: VagalumeUm vagalume vai sair da minha mãoVoa vagalume vai brilhar na escuridãoUm vagalume vai sair da minha mão, dois vagalumes vão sair da minha mãoVoa vagalume vai brilhar na escuridão (2 vezes)Um vagalume vai sair da minha mão, dois vagalumes vão sair da minha mão, três vagalumes vão sair da minha mãoVoa vagalume vai brilhar na escuridão (2 vezes)Um vagalume vai sair da minha mão, dois vagalumes vão sair da minha mão, Três vagalumes vão sair da minha mão, quatro vagalumes vão sair da minha mãoVoa vagalume vai brilhar na escuridão (3 vezes)Voa vagalume vai fazer a claridão!!SUGESTÃO: SERIA INTERESSANTE TER UM BLOCÃO na sala do Jardim e a cada nova música, acrescentar a letra. A cada aula, a turma poderia escolher uma música para cantar, assim, as marcas das experiências anteriores vão sendo retomadas, relembradas e ampliando o repertório.

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24/11/18 TEMA: Celebração do Natal – peça Infantil: O vagalume

INTENÇÃO: ensaio da participação do Teatro e da música.

25/11/18

Celebração do Natal na IAM – peça infantil: O Vagalumede Ruth Salles

01/12/18 TEMA: A ciranda das CoresINTENÇÃO: identificar na natureza a beleza e a harmonia das cores.História A ciranda das coresNuma clara manhã de sol, o azul do céu e do mar resolveram com outras cores conversarem. Chamou o amarelo do sol, o vermelho da maçã, o verde do capim, o branco das nuvens e se pôs a falar:- Vamos brincar de trocar de lugar?As cores acharam a ideia bastante divertida e, como estrelas cadentes coloridas, todas bailaram no ar. Giraram e giraram. E a cada giro, inventavam um lugar. Depois, de novo giraram e giravam até reencontrar o mesmo lugar e um mundo de cores reinventar.E, rapidamente, tudo ficou diferente. O céu ficou vermelhinho de doer nos olhos da gente!As nuvens ganharam uma cor amarela e reluzente!O verde se espalhou pelo mar e toda a areia da praia se fez azul. Tudo se modificou de Sul a Norte e de Norte a Sul.O jumento ficou parecido com o boi-bumbá, pois todas as cores decidiram o bichinho enfeitar.O pintinho que antes era amarelinho, agora ficou azul e rosa.A galinha, após botar ovos da cor de chocolate, se exibia toda vaidosa.Naquela manhã, o mundo um novo colorido ganhou.E toda essa história começou quando o papai deixou cair, sem querer, bem mais que um pinguinho de tinta sobre o papel. Foi tanta tinta que o desenho que o menino acabara de fazer ficou

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todo coberto de azul.Mas, em vez de chorar, o menino convidou o azul para com todas as cores brincar. Deu asas a sua imaginação, deixou seu coração a cirandar.No giro da ciranda das cores, o menino se encheu de ideias. Descobriu que sempre é possível a nossa história reinventar, o nosso futuro colorir e nosso mundo transformar.Essa ciranda é assim, não começa em você e nem termina em mim. É uma historia sem fim...SUGESTÃO: desenhar e pintar com aquarela a sugestão da história.

08/12/18 TEMA: O bom samaritanoINTENÇÃO: JESUS, veio nos ensinar o amor

Em resposta, disse Jesus: "Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: 'Cuide dele. Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver'. "Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?" "Aquele que teve misericórdia dele", respondeu o perito na lei.Jesus lhe disse: "Vá e faça o mesmo". SUGESTÃO: Pedir às crianças que exemplifiquem situações do bom samaritano no convívio da classe.

15/12/18 TEMA: História de São Nicolau

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INTENÇÃO: despertar na criança a alegria em fazer o outro feliz.

Era uma vez um menino muito bom e que gostava muito de crianças. Com todo o carinho ele se dedicava a eles, contando-lhes histórias.

Sua casa ficava cheia, pois as crianças iam até lá semanalmente para cantar, fazer música e escutar as histórias que Nicolau (este era o seu nome) lhes contava. Também apreciavam muito os biscoitos que um velho empregado da família de Nicolau fazia para elas.

Na época em que as macieiras estavam carregadas de frutas, o velho empregado enchia cestos e cestos com maçãs, assim ao saírem as crianças passavam pela cozinha e levavam maças, biscoitos e nozes para casa.

Certa vez uma das meninas que costumava frequentar estes saraus não apareceu e Nicolau soube que estava doente. Quando a reunião terminou e todos se despediram, Nicolau preparou um saquinho com as guloseimas, montou em seu cavalo e foi até a casa da menina.

A distância era grande, e quando ele lá chegou todos estavam dormindo. As portas e janelas estavam fechadas. Mas, ao dar a volta pela casa, Nicolau percebeu que na porta dos fundos a menina havia deixado seus sapatos. Resolveu então deixar ali o seu presente.

O tempo foi passando, as crianças cresceram, se casaram e tiveram filhos, e a tradição de frequentar a casa de Nicolau semanalmente para cantar, tocar e ouvir histórias permaneceu mesmo quando ele já estava bem velhinho. Era uma forma de nunca deixá-lo sentir-se sozinho ou triste.

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E mesmo depois de sua partida para o Céu, todos os anos -no dia de seu aniversário (dia 06 de Dezembro) - algo mágico acontece: muitos dizem que ele próprio volta até a Terra trazendo às crianças as guloseimas que costumavam receber em sua casa : maçãs, pão de mel, nozes e biscoitos .

Muitos dizem que isto é lenda, mas o que sabemos é que se você deixar os seus sapatos ou botinha de tecido na noite de 05 para 06 de Dezembro no dia seguinte elas estarão cheias dos presentes de Nicolau.E não adianta ficar esperando por ele, pois ele nunca é visto! Somente um rastro luminoso de minúsculas estrelinhas poderão ser encontradas pelos caminhos onde ele passa, provavelmente poeirinha de estrelas que caem de seu manto quando nos vem visitar!

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22/12/18

TEMA:: O nascimento do menino JesusINTENÇÃO: Mostrar as crianças que Jesus nasceu há muitos anos atrás.No dia 24 de dezembro, José e Maria iam a caminho de Belém para o censo, tal como havia ordenado César Augusto. José ia caminhando, e Maria, a ponto de dar à luz ao seu filho, estava sentada em um burrinho. Meses antes, o arcanjo Miguel havia visitado Maria para lhe dar a notícia que do seu ventre nasceria o filho de Deus, um menino que se chamaria Jesus.

Quando chegaram a Belém, Maria e José buscaram um lugar para se acomodarem, mas chegaram muito tarde e todas as instalações estavam cheias. Finalmente, um bom senhor emprestou seu estábulo para passarem a noite ali.

José juntou um pouco de palha e fez uma cama para a sua esposa. O que ninguém poderia imaginar era que antes do dia terminar, Jesus nasceria ali mesmo.

Ao cair à noite, no céu nasceu uma estrela que iluminava mais que todas as outra e ficou justamente em cima onde estava o menino que acabara de nascer. Muito longe dali, no Oriente, três sábios astrólogos chamados Melchior, Gaspar e Baltasar, sabiam que essa estrela significava que um novo rei estava para nascer.

Os três sábios, que hoje conhecemos como os três reis magos, foram seguindo a estrela brilhante até a manjedoura de Belém para visitar a Jesus. Quando chegaram ao seu destino, Melchior, Gaspar e Baltasar, procuraram a manjedoura e eles presentearam a criança com ouro, incenso e mirra.

SUGESTÃO: Mocidade apresentar a cena de Natal às crianças e entrega das bolas de tricô.

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29/12/18

TEMA: Celebração do verão

INTENÇÃO: Desenvolver junto à criança a percepção das diferentes características das estações do ano.

A criança vivencia o verão com uma entrega total à natureza. É uma época de expansão e descontração. A criança experimenta diversos elementos que possibilitam desenvolver o tato, a criatividade, o olfato, equilíbrio, motricidade grossa (subindo nas árvores, correndo, balançando). O verão proporciona também um contato maior com os elementos da natureza, tais como: água (nos tanques de areia, nos banhos de esguicho), terra (areia para fazer bolos, castelos, riachos, pontes, estradinhas no tanque), o calor no ar e nos pezinhos quando pisam no chão bem aquecido pelo sol.A sensação de entrar no mar, de brincar de fazer castelo de areia, admirar conchas, sentir o cheiro de mato, tomar banho de cachoeira ou de mangueira, tudo isso está muito presente nesta época quente de verão.

SUGESTÃO: Disponibilizar a caixa de elementos da natureza para brincar poderá enriquecer a proposta.

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05/01/19

TEMA: O Rei dos dragões e o flautista (conto chinês)INTENÇÃO: despertar na criança os valores da vida.

A muito, muito tempo atrás vivia, aos pés da Montanha dos Cinco Dedos, um homem que tocava lindamente a flauta de bambu. A música que ele fazia era mais melodiosa que a cantoria do melro dourado, os trinados eram mais claros que os do sabiá e as sequências tonais mais efusivas que as da cotovia que se eleva nos ares durante o seu concerto jubiloso.Quando soava a música da flauta, os pássaros deixavam de voar, em vez disso se sentavam sobre galhos e cercas para escuta-lo, e os camponeses descansavam, parando com o seu trabalho na terra. Os velhos sorriam, lembrando de seus tempos de juventude, e as crianças pulavam e dançavam de alegria.As pessoas acreditavam haver algo de sobrenatural nele e o chamavam de Flautista Celestial.Um certo dia, o Rei dos Dragões dos Lagos do Sul ofereceu um banquete, convidando um grande número de imortais.Ele usava a sua túnica de dragão e um cinto de jade, os convidados também usavam vestimentas especiais e preciosas. E assim começaram com a sua comemoração.Coincidiu que justamente neste momento o Flautista Celestial havia alcançado a margem daquele lago depois de haver andado por dez dias e dez noites.Ele jogou a sua rede de pescar no lago tranqüilo, sentou-se à margem e começou a tocar a sua flauta de bambu.No momento em que o Rei dos Dragões elevava a sua taça para brindar aos seus convidados, ele ouviu os tons daquela música encantadora. Os hóspedes ficaram tão enlevados que deixaram as suas taças de jade cair no chão. Toda a festa perdeu o seu brilho

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frente aquela música maravilhosa. O Flautista Celestial não sabia que os imortais o escutavam. Os imortais, por sua vez, estavam convencidos de que o flautista era um deles que tinha descido do céu.O próprio Rei dos Dragões estava tão fascinado pela música que quis convidar o flautista a dar aulas ao seu filho. Logo descobriu a origem da música e encontrou o flautista na margem. O Flautista Celestial concordou em dar aula ao seu filho; recolheu a rede, colocou a flauta no cinto e foi com o Rei dos Dragões para o palácio. Mas logo ficou com saudades. O tempo parecia ter parado, cada dia lhe parecia ser um ano. Ao final de três anos, o filho do rei havia aprendido a tocar a flauta de bambu e o Flautista Celestial pediu permissão para voltar para casa. O Rei dos Dragões estava muito contente que o seu filho aprendera a tocar a flauta e decidiu recompensar o flautista com um presente especial. Ordenou o seu filho que levasse o seu professor à câmara de tesouro e deixasse que escolhesse duas peças valiosas.O Flautista Celestial e o seu aluno entraram no grande e amplo edifício em que todos os tesouros do rei estavam guardados. As preciosidades eram centenas, sim, talvez até milhares.Sobre uma prateleira brilhavam pedras preciosas, escolhidas e grandiosas, vermelhas, verdes, azuis, amarelas e violetas.Sobre outra prateleira brilhavam barras grandes de ouro. Cestos de bambu de todos os tamanhos estavam dependurados das paredes e num armário havia capas de chuva de junco em diversos comprimentos. O Flautista Celestial andou por todos os lados e finalmente parou na frente dos cestos de bambu. Ele pensou: “Se eu tivesse um destes, poderia guardar e carregar os peixes e camarões que pesquei”. E assim pegou um cesto de tamanho médio da parede e o afixou em seu cinto.Depois continuou a andar mais um pouco e parou na frente do armário com as capas de chuva. Ele pensou: “Se eu pegar um destes, poderei ir pescar também quando estiver chovendo”. Com estes

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pensamentos pegou uma capa de chuva de junco, de tamanho médio e o pendurou nos ombros. Depois de ter feito a sua escolha, o filho do Rei dos Dragões mostrou-lhe o caminho de saída.- Por que você escolheu coisas tão comuns, e deixou as pedras preciosas, a prata e o ouro? – perguntou o menino.- Ouro e prata não são as coisas mais úteis – respondeu o Flautista Celestial com um sorriso – depois de um certo tempo estas coisas escorreriam das minhas mãos através de troca ou venda e não seriam mais minhas. Mas agora que tenho este cesto e esta capa, poderei ir pescar todos os dias e nunca morrerei de fome.Ao chegar em casa, o Flautista Celestial fez uma descoberta. Para sua grande surpresa, o cesto e a capa não eram objetos comuns, mas tesouros de verdade. Quando voltava, por acaso, sem pesca e com fome para casa, encontrava sempre alimentos deliciosos dentro do cesto. Assim tinha sempre uma refeição abundante, de aroma delicioso sobre a sua mesa.Quando ia pescar no Lago do Sul, ou pegar camarões no Lago do Leste, a capa de chuva de junco se abria como asas e o carregava.Depois de muitos anos o Flautista Celestial voou para o cume da Montanha dos Cinco Dedos. Nas costas carregava o seu cesto de bambu, e a capa maravilhosa voava em volta dos seus ombros.Na montanha ele começou a tocar a sua flauta e os sons deliciosos soaram através do mar de nuvens.Desde aqueles tempos a sua música traz alegria e felicidade a todos os seres humanos.

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12/01/19

Tema: Amor à verdadeINTENÇÃO: despertar na criança o amor à verdade.História: Os Sete CorvosEra uma vez um homem que tinha sete filhos, mas por mais que o desejasse, nem uma só filha.Afinal, de novo sua mulher lhe comunicou a próxima vinda de uma criança; e, quando esta veio ao mundo, era realmente uma menina. Foi grande a alegria, mas a criança era pequena e franzina e, devido à sua fraqueza, precisou ser batizada às pressas. O pai mandou, com urgência, um dos meninos à fonte buscar água para o batismo, e os outros seis foram junto. Como cada um quisesse ser o primeiro a tirar água, o jarro lhes caiu dentro do poço, e lá ficaram eles sem saber o que fazer, e nenhum se atrevia a ir para casa.Como nunca mais voltassem, o pai impacientou-se e disse:- Certamente, por causa de alguma brincadeira, esses meninos desalmados se esqueceram da tarefa.E, temeroso de que a menina morresse sem ser batizada, exclamou, muito zangado: - Quisera que todos eles se transformassem em corvos.Mal pronunciara essas palavras, ouviu sobre a cabeça um ruflar de asas, olhou para o alto e viu sete corvos pretos como carvão que alçaram voo e partiram.Os pais não puderam tirar a maldição, mas, embora desolados com a perda dos sete filhos, encontraram algum consolo na querida filhinha, a qual logo adquiriu forças e, dia após dia, foi ficando mais bonita. Durante muito tempo, ela nunca soube que tivera irmãos, pois os pais tinham o cuidado de não lhe falar no assunto; até que um dia, por acaso, ouviu algumas pessoas dizerem que ela era uma menina muito bonita, mas, praticamente, a culpada da desgraça de seus sete irmãos. Ela então, consternada, foi perguntar ao pai e à mãe se tivera irmãos e o que fora feito deles. Os pais não puderam manter o segredo por mais tempo, mas lhe disseram que aquilo fora um decreto do céu, e seu nascimento apenas o motivo inocente.Porém a menina todos os dias sentia escrúpulos de ter sido a causa

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da desgraça de seus irmãos e achou que precisava salvá-los. E não teve mais sossego, até que um dia partiu secretamente e saiu pelo mundo afora, a fim de encontrá-los, onde quer que estivessem, e libertá-los.Não levou nada consigo, a não ser um anelzinho de seus pais como lembrança, um pão para matar a fome, um jarrinho com água para saciar a sede e um banquinho para descansar.E foi andando, para longe, para longe, até o fim do mundo. Chegou onde estava o sol, mas este era quente demais, assustador, e comia criancinhas. Fugiu então apressadamente e correu até a lua, mas esta era fria demais e também horrível e má. Ao notar a criança disse:- Sinto cheiro, sinto cheiro de carne humana.A menina foi-se embora depressa e chegou até as estrelas, que foram boas e gentis com ela. Cada uma esta sentada em sua cadeirinha; e a estrela d’alva, dando um ossinho de galinha, disse:- Sem este ossinho não poderás destrancar a porta da montanha de vidro, onde se encontram seus irmãos.A menina pegou o ossinho, embrulhou-o muito bem num lenço, e partiu novamente, caminhando por muito tempo, até chegar à montanha de vidro. O portão estava trancado, e ela quis tirar o ossinho do lenço, mas quando o abriu estava vazio: ela perdera o presente das bondosas estrelas.Que fazer agora? Queria salvar os irmãos e não tinha a chave para abrir a montanha de vidro. A boa irmãzinha apanhou uma faca, cortou o dedo mindinho, introduziu-o na fechadura e, por felicidade, o portão se abriu. Assim que ela entrou, um anãozinho veio ao seu encontro e disse:- Que procuras, minha filha?- Procuro meus irmãos, os sete corvos – respondeu ela.Disse o anão:- Os senhores corvos não estão em casa, mas se quiseres esperar te que voltem, então entra.Em seguida, o anãozinho trouxe a refeição dos sete corvos em sete

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pratinhos e em sete copinhos, e de cada pratinho a irmãzinha comeu um bocadinho, e de cada copinho bebeu um golinho; mas no último copinho deixou cair o anelzinho que trouxera consigo.De repente, ela ouviu no ar o ruflar de asas e o crocitar. O anãozinho então disse:- Aí vêm chegando os senhores corvos.Eles chegaram, quiseram comer e beber e procuraram por seus pratinhos e copinhos. E, então, um após outro perguntou:- Quem comeu no meu pratinho? Quem bebeu no meu copinho? Foi a boca de um ser humano.E, quando o sétimo chegou ao fundo do copo, o anelzinho rolou ao seu encontro. Ele então o viu, reconheceu-o como o anel de seu pai e de sua mãe e disse:- Deus queira que nossa irmãzinha esteja aqui, pois assim estaremos salvos. Quando a menina, que os espreitava atrás da porta, ouviu este desejo, adiantou-se, e todos os corvos recobraram a forma humana.E, abraçaram-se e beijaram-se uns aos outros, e voltaram contentes para casa.

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19/01/19

TEMA: A árvore generosaINTENÇÃO: Apresentar a generosidade da natureza

Era uma vez uma árvore… que amava um menino. E todos os dias o menino vinha, juntava as suas folhas e com elas fazia coroas, imaginando ser o rei da floresta.

Subia o seu tronco, balançava-se nos seus ramos, comia as suas maçãs, brincavam às escondidas e quando ficava cansado, dormia à sua sombra. O menino amava aquela árvore… como ninguém. E a árvore era feliz. Mas o tempo passou. O menino cresceu. E a árvore ficava muitas vezes sozinha. Um dia o menino veio e a árvore disse-lhe: — Anda, menino. Anda subir o meu tronco, balançar-te nos meus ramos, comer maçãs, brincar à minha sombra e ser feliz. — Já sou muito crescido para brincar — disse o menino. — Quero comprar coisas e divertir-me. Quero dinheiro. Podes dar-me algum dinheiro? — Desculpa — disse a árvore. — Eu não tenho dinheiro. Só tenho folhas e maçãs. Leva as minhas maçãs, menino. Vende-as na cidade. Então terás dinheiro e serás feliz. E assim, o menino subiu o tronco, colheu as maçãs e levou-as. E a árvore ficou feliz. Mas o menino ficou longe da árvore durante muito tempo... E a árvore ficou triste outra vez. Até que um dia o menino regressou e a árvore, estremecendo de alegria, disse: — Anda, menino. Anda subir o meu tronco, balançar-te nos meus ramos e ser feliz. — Estou muito ocupado para subir a árvores — respondeu o

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menino. — Eu quero uma casa para viver. Quero uma mulher e filhos. Para isso preciso de uma casa. Podes dar-me uma casa? — Eu não tenho casa — disse a árvore. — A floresta é o meu abrigo. Mas corta os meus ramos e constrói a tua casa. Então serás feliz. O menino assim fez. Cortou os ramos e levou-os para construir uma casa. E a árvore ficou feliz. Mas, uma vez mais, o menino separou-se da árvore e quando voltou, a árvore sentiu-se tão feliz que mal conseguia falar. — Anda, menino — sussurrou ela. — Anda brincar. — Estou velho e triste demais para brincar — explicou o menino. — Quero um barco que me leve para bem longe daqui. Podes dar-me um barco? — Corta o meu tronco e faz um barco — disse a árvore. — Assim poderás viajar para longe… E ser feliz. O menino cortou o tronco, fez um barco e partiu. E a árvore ficou feliz… Mas não muito. Muito tempo depois, o menino voltou novamente. — Desculpa menino — disse a árvore. — Nada mais me resta para te dar. As maçãs já se foram. — Os meus dentes são fracos demais para maçãs — explicou o menino. — Já não tenho ramos — lamentou a árvore. — Também já não tenho idade para me balançar em ramos — respondeu o menino. — Não tenho tronco para subires — continuou a árvore. — Estou muito cansado para isso — disse o menino. — Desculpa — suspirou a árvore. — Gostava de ter algo para te oferecer... mas nada me resta. Sou apenas um velho toco. Desculpa...

— Já não preciso de muita coisa — acrescentou o menino. — Só

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um lugar sossegado onde me possa sentar e descansar. Sinto-me muito cansado. — Pois bem — respondeu a árvore, endireitando-se o mais possível. — Um velho toco é óptimo para te sentares e descansar. Anda, menino. Senta-te. Senta-te e descansa. E foi o que o menino fez. E a árvore ficou feliz.Shel SilversteinA Árvore GenerosaSUGESTÃO: Ilustrar cada período do menino, para que a classe confeccione um livro, com suas próprias ilustrações.

26/01/19

TEMA: Francisco de Assis e os animaisINTENÇÃO: levar a criança a conhecer Francisco de Assis que nos exemplifica com o "amar ao próximo"

Francisco e o Lobo de Gubbio

PERSONAGENS: FranciscoDois ou três frades seus irmãosO loboCoro (que também forma a muralha e o povo a quem Francisco prega)Cidadãs e cidadãosAnimais: boi, cabra, carneirinho, cão, gato, passarinhoCoro que faz o piar das andorinhas

Todos estão dentro da cidade, menos o lobo, que pode estar escondido atrás da muralha ou do coro das andorinhas.

TODOS (cantam):“Na cidade de Gubbio, andava Francisco, na cidade de Gubbio.

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Ao redor das muralhas, vivia um lobo feroz, ao redor das muralhas.E todo o povo, com pavor, o servo pobre e seu senhor,o boi, a cabra, o carneirinho, o cão e o gato e o passarinhopediam socorro a Deus, pediam socorro a Deus.”

(O lobo começa a rondar a cidade)

TODOS (alarmados):– Que vamos fazer?

ANIMAIS:– Esse lobo enorme come os animais!

CIDADÃOS (aos animais):– Nem nós, nem vocês, devem ir lá fora!Ele nos devora, um de cada vez!

CIDADÃS (aos cidadãos):– Quanto prejuízo! Nosso gado é morto,nós somos feridos. Chamem o senhor!

SENHOR (fugindo do lobo, sorrateiramente, bate na porta da cidade):– Abram, por favor! Peço proteção!

TODOS (espantados, depois de deixá-lo entrar):– Chegou o senhor!

SENHOR (explicando):– Para o meu castelo, eu ia voltando,quando veio a fera, e foi me atacando.Contra tal perigo, que faremos nós?

CIDADÃS (com desespero):– Que faremos nós? Muito já sofremos, e pouco podemos.

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Que vamos fazer, com um lobo feroz?

SENHOR:– Mas soube que aqui, veio se hospedar, o mais santo homemde todo o lugar.

CIDADÃOS:– É o bom frei Francisco. Ele vem pregar, para a multidão,para toda gente, desta região.

(Todos vão em direção a Francisco e seus irmãos.

Ouve-se o piar das andorinhas.

FRADES:– Com as andorinhas, voando e piando, não se ouve nadaque ele está pregando.

FRANCISCO (fala às andorinhas):– Minhas irmãzinhas, eu devo pregarpara a multidão. Fiquem bem quietinhase esperem até, o fim do sermão.

CIDADÃS E CIDADÃOS (vendo que as andorinhas se calaram):– Elas se calaram! Que coisa! Que espanto!Deus abençoou, este homem santo!

FRANCISCO (fala à multidão):– Amem-se uns aos outros, queridos irmãos.Perdoem ofensas, e uns para os outros, estendam a mão.Confiem no Pai, e entreguem seus erros, ao Seu coração.Nosso Pai celestelhes dará perdão.

SENHOR (aos cidadãos de Gubbio):– A um homem tão bom, peçam de joelhos.

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Quem sabe nos salva, seu santo conselho.

CIDADÂS:– Ó bom frei Francisco, um lobo terrível, ataca lá fora!Corremos perigo. Que fazer agora?Só dentro dos muros, estamos seguros.

CIDADÃOS:– Se saímos fora, de nossa muralha,já nos preparamos, para uma batalha!

FRANCISCO (aos cidadãos de Gubbio):– Sosseguem agora. Nada de temor!Eu irei lá fora, ver esse feroz, grande malfeitor.

CIDADÃS:– Oh, não, frei Francisco!

FRANCISCO:– Não se aflijam mais. Entrego-me a Deus. Deus é meu Senhor.

(Francisco vai para onde está o lobo; parte da “muralha”, para que os de dentro assistam a cena)

FRANCISCO (fala ao lobo, que arreganha os dentes):– Irmãozinho lobo, não me faça dano! É em nome de Cristoque o estou chamando. (O lobo fecha a boca e se senta aos pés de Francisco)Irmãozinho lobo, você tem causadomuito mal a todos, devorando homensdestas redondezas, Comendo animais,aves indefesas, que são seus irmãos,que são criaturas do divino Pai.Você é chamado de mau, de inimigo, e isso, na verdade,é bem merecido. Mas sei que é a fome, que o faz atacar

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qualquer criatura, em qualquer lugar. (O lobo concorda com a cabeça)E embora o povo, aqui o deteste, quero ver se a pazse restabelece, se todos perdoam, as suas ofensas.Se você promete, não nos atacar, ninguém nesta terrao perseguirá. (O lobo abaixa a cabeça até o chão, concordando)E eu lhe prometo, que todos aqui, lhe darão sustento, para toda a vida, com um bom alimento. (O lobo torna a abaixar a cabeça)Irmãozinho lobo, se você concorda, em ser nosso amigo,a cidade toda, lhe dará abrigo. (O lobo torna a abaixar a cabeça)Porém eu exijo, que sua promessa, seja de verdade.Estenda-me a pata, para que firmemoso nosso tratado! (O lobo estende a pata na mão de Francisco)E agora me siga, em nome de Cristo! (O lobo o segue)

CIDADÃOS:– Oh, céus! Que é isto? O lobo concorda!Vem acompanhando o bom frei Francisco!

SENHOR:– Abramos as portas! (abrem-se as portas; alegria geral.)

ANIMAIS:– Milagre divino! Que seja bendito, nosso frei Francisco!

CIDADÃS:– Foi graças a Deus, que nos socorreu, este santo homem!

FRANCISCO:– Agora, irmão lobo, prometa de novo, que vai ser amigode todo este povo. (O lobo lhe estende de novo a pata)

CIDADÃS, CIDADÃOS E ANIMAIS:– Ó amigo lobo, nunca deixaremos, você passar fome!

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TODOS (cantam):“A cidade de Gubbio, agradeceu a Francisco, a cidade de Gubbio.Como foi combinado, cuidaram todos do lobo, como foi combinado.E todo o povo, com amor, o servo pobre e seu senhor,o boi, a cabra, o carneirinho, o cão e o gato e o passarinhocantaram louvando a Deus, cantaram louvando a Deus!”

SUGESTÃO: Ensaiarem para apresentação aos pais.

02/02/19

TEMA: BondadeINTENÇÃO: despertar na criança que a bondade, qualidades de cada Um, beneficia aqueles que se aproximam de nós; e auxiliam o Todo.Rosa Branca e Rosa Vermelha

Uma pobre viúva vivia isolada numa pequena cabana. Em seu jardim havia duas roseiras: em uma florescia rosas brancas, e, na outra, rosas vermelhas. A mulher tinha duas filhas que se pareciam com as roseiras: uma chamava-se Rosa-Branca; a outra Rosa Vermelha. As crianças eram obedientes e trabalhadeiras. Rosa-Branca era mais séria e mais meiga que a irmã. Rosa Vermelha gostava de correr pelos campo: Rosa-Branca preferia ficar em casa ajudando a mãe. As duas crianças amavam-se muito e quando saíam juntas, andavam de mãos dadas...Elas passeavam sozinhas na floresta, colhendo amoras. Os animais não lhes faziam mal nenhum e se aproximavam delas sem temor. Nunca lhes acontecia mal algum. Se a noite as surpreendia na floresta elas se deitavam na relva e dormiam.Uma vez, passaram a noite na floresta e, quando a aurora as despertou, viram uma linda criança, toda vestida de branco sentada ao seu lado. A criança levantou-se, olhou com carinho para elas e desapareceu na floresta.Então viram que tinham estado deitadas à beira de um precipício e teriam caído nele se houvessem avançado mais dois passos na escuridão. Contaram o fato à mãe que lhes disse ser provavelmente

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o anjo da guarda que vigia as crianças.As meninas mantinham a choupana da mãe bem limpa. Durante o verão, era Rosa-Vermelha que tratava dos arranjos da casa e no inverno, era Rosa-Branca. Á noite, quando a neve caía branquinha e macia, Rosa-Branca fechava os ferrolhos da porta.À noite sentavam perto da lareira e enquanto a mãe lia em voz alta num grande livro as mãozinhas das meninas fiavam; aos pés delas, deitava-se um cordeirinho, e atrás, em cima do poleiro, uma pomba muito branca dormia com a cabeça entre as asas.Uma noite, quando estavam assim tranqüilamente, ouviram bater à porta e a mãe mandou Rosa-Vermelha abrir a porta pois devia ser alguém procurando abrigo.Ao abrir a porta Rosa-Vermelha ... um enorme urso que meteu a grande cabeça ... através da abertura da porta. Ela soltou um grito e correu para o quarto; o cordeirinho pôs-se a balir, a pomba a voar, e Rosa-Branca se escondeu atrás da cama da mãe.-Não tenham medo, - falou o urso - Estou gelado me deixem aquecer perto da lareira.-Pobre animal, disse a mãe, - chega perto do fogo, mas cuidado para não se queimar.Então a mãe chamou as meninas. Elas voltaram e, pouco a pouco, aproximaram-se o cordeirinho e a pomba, sem medo.-Meninas, disse o urso –por favor tirem a neve que tenho nas costas!As meninas pegaram a vassoura e limparam o seu pelo; em seguida, o urso estendeu-se diante do fogo, grunhindo satisfeito. Não demorou muito, ela puseram-se a brincar com ele. Puxavam o pelo com as mãos, trepavam nas suas costas ou batiam nele com uma varinha de nogueira. Ele só reclamou quando elas se excederam.- Rosa-Vermelha e Rosa-Branca, ele disse – tratem o pretendente como se deve!Quando chegou a hora de dormir e as meninas foram deitar-se, a mãe disse ao urso:-Fique perto do fogo e você estará ao abrigo do frio e do mau

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tempo.Logo que amanheceu, as meninas abriram a porta ao urso e ele se foi para a floresta, trotando sobre a neve. A partir desse dia, ele voltou todas as noites, à mesma hora. Estendia-se diante do fogo e elas brincavam com ele.Chega a primavera e tudo se cobre de verde, então o urso disse a Rosa-Branca que tinha que ir embora e não voltaria durante o verão, pois tinha que proteger seus tesouros dos maus anões. No inverno eles permaneciam nas tocas; mas quando o sol derrete a neve eles saem e roubam tudo o que podem; escondendo em suas cavernas.Ela ficou muito triste e quando abriu a porta para o urso passar, ele esfolou a pele na lingüeta da fechadura, e Rosa-Branca viu o brilho de ouro, mas não teve certeza.Algum tempo depois, a mãe mandou as meninas apanharem gravetos na floresta. Lá chegando, viram uma árvore caída ao solo, e no tronco, entre a relva, qualquer coisa se agitava, pulando de um lado para o outro. Ao se aproximaram, viram um anão de rosto acinzentado, envelhecido e enrugado, com uma barba branca muito comprida. A ponta da barba estava presa numa fenda da árvore. Ao vê-lo Rosa-Vermelha perguntou como sua barba ficara presa na árbores.-Sua estúpida!- respondeu o anão; - eu quis partir esta árvore para ter lenha miúda na cozinha, porque, com pedaços grandes, o pouco que pomos nas panelas queima logo; nós não precisamos de tanta comida como vocês, gente estúpida e glutona! Tinha introduzido a minha cunha no tronco, mas a maldita madeira é muito lisa, a cunha saltou e a árvore fechou-se tão depressa prendendo minha linda barba. Riem suas bobonas!As meninas fizeram muitas força para livrar o homenzinho, mas não conseguiram desprender a barba, então Rosa-Vermelha disse que precisariam de ajuda.-Suas burras, - estrilou o anão, - Chamar mais gente? Não podem ter uma idéia melhor?

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-Não fique nervoso, - disse Rosa-Branca. - Vou resolver isto.Tirou do bolso uma tesourinha e cortou a ponta da barba. Ao se ver livre, o anão agarrou um saco cheio de ouro oculto nas raízes da árvore e, pôs às costas, sem agradecer, saiu resmungando:-Suas brutas! Cortaram-me a ponta de minha barba! O diabo que vos recompense!Passado algum tempo, Rosa-Branca e Rosa-Vermelha foram pescar peixes para o jantar. Quando chegaram perto do rio, viram uma espécie de gafanhoto grande saltitando à beira d’água. Correram até lá e reconheceram o anão.Rosa-Vermelha perguntou; - você não quer se jogar na água?-Não sou tão burro! - gritou o anão. – É esse maldito peixe que me arrasta para a água.Para pescar o anão lançou a linha, mas o vento enroscou sua barba na linha e, nesse momento, um grande peixe mordeu a isca do anzol e suas forças não eram suficientes para mantê-lo fora da água, mesmo agarrando-se aos ramos.As meninas seguraram o anão para desembaraçar sua barba, mas foi necessário usar mais uma vez à tesourinha e cortar outro pedaço da barba. Ele gritou, zangado:-Isso é modo, suas patas chocas, de desfigurar a cara de uma pessoa? Já não bastava cortarem minha barba da outra vez, agora cortaram a parte mais bonita!Pegando um saco de pérolas, escondido numa touceira ele sumiu atrás de uma pedra.Pouco tempo depois, a mãe mandou as meninas à cidade comprar linha, agulhas, cordões e fitas. O caminho serpeava por uma planície de rochedos. Lá viram um grande pássaro pairando no ar, que depois de descrever um círculo cada vez menor, foi descendo, até cair sobre um rochedo não muito distante. No mesmo instante ouviram um grito. Correram e viram com horror que a águia segurava nas garras o seu velho conhecido, o anão, e se dispunha a carregá-lo pelos ares. As meninas seguraram o anão com todas as forças, e puxa de cá e puxa de lá, por fim a águia teve de largar a

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presa. Quando o anão voltou a si do susto, gritou-lhes com voz esganiçada:-Não podem me tratar com mais cuidado? Estragaram o meu casaco! Suas, palermas!Depois pegou um saco cheio de pedras preciosas e deslizou para dentro da toca, entre os rochedos.Sem se incomodar com sua ingratidão, elas foram pra cidade.Ao regressarem pela floresta, elas surpreenderam o anão, que tinha despejado o saco de pedras preciosas num lugar limpinho. Os raios do sol caiam sobre as pedras, fazendo-as brilhar tanto, que as meninas, deslumbradas, pararam para as admirar.-Que fazem aí de boca aberta? - berrou o anão; seu rosto acinzentado estava vermelho de raiva. Ia continuar xingando, quando se ouviu um grunhido surdo e, um enorme urso negro saiu da floresta.O anão deu um pulo de medo, mas não teve tempo de alcançar um esconderijo: o urso cortou-lhe o caminho. Então ele implorou:-Querido urso eu lhe darei todos os meus tesouros! Deixe eu viver! Você nem me sentirá entre seus dentes. Pegue essas duas meninas gordinhas para o seu estômago!O urso não ouviu suas palavras; deu-lhe uma forte patada que o estendeu no chão.As meninas fugiram, mas o urso chamou os seus nomes e elas reconheceram a sua voz e pararam. Quando o urso as alcançou, caiu a sua pele e, surgiu um formoso rapaz, todo vestido de trajes dourados.-Sou filho de poderoso rei, - disse ele - este anão mau me condenou a vagar pela floresta sob a forma um urso depois de ter roubado os meus tesouros e só com sua morte eu poderia me libertar.Rosa-Branca, pouco tempo depois, casou com o príncipe e Rosa-Vermelha com seu irmão. Partilharam, entre todos, os tesouros que o anão tinha acumulado na caverna e a velha mãe viveu ainda muitos anos tranquila e feliz junto de suas queridas filhas e as duas roseiras que foram plantadas diante da janela dos seus aposentos. E

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todos os anos elas continuaram a dar as mais lindas rosas brancas e vermelhas.SUGESTÃO: confeccionar rosas em papel crepom.

09/02/19

TEMA: Nuvem

INTENÇÃO: despertar nas crianças a curiosidade de olhar no céu.

Música: NIMBO

A nuvem bojuda,bem gorda e graúda,que sobe e que cresce,no céu escurece.

Está tão aguadaque fica pesada.Por tudo ela avança,se espalha e desmancha.

Que céu cor de chumbo!Que escuro é o mundo!Com raios ou sem,é chuva que vem.

Menino ao relentobrincou que era vento,e aquela garotafingiu que era gota:

“zum-zum!” e “plim-plim!”,vão eles assim.– Pra dentro, depressa,que a chuva começa!

É a mãe a chamar,

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e os dois a pular.Mas soa o trovão:“Fujona!” “Fujão!”

E os dois vão entrando,brincando e brigando.– É o sol que se acaba!E a chuva desaba.

SUGESTÃO: 1) recitar e cantar a música2) O que vemos no céu? 3) Fazer dobradura Origami: cachorrinho, chapéu, casa, sapinho.

16/02/19

TEMA: A lenda do arco-írisINTENÇÃO: contar para as crianças A LENDA DO ARCO-ÍRISO João era pobre. O pai tinha morrido e era muito difícil a mãe manter a casa e sustentar os filhos.Um dia ela pediu-lhe que fosse pescar alguns peixes para o jantar.O João reparou numa coisa a mexer-se no meio do arvoredo.Aproximou-se sorrateiro, abaixou-se, afastou as folhas devagarinho e . . . viu um pequeno homem sentado num minúsculo banco de madeira. Costurava um colete verde com um ar compenetrado enquanto cantarolava uma musiquinha.À frente do João estava um anão. Rapidamente esticou o braço e prendeu o homenzinho entre os dedos.- Boa tarde, meu senhor.Como estás, João? - respondeu o homenzinho com um sorriso malicioso.Mas o anão tinha montes de truques para se libertar dos humanos. Inventava pessoas e animais a aproximarem-se, para que desviassem o olhar e ele pudesse escapar.- Diz-me lá, onde fica o tesouro do arco-íris?

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Mas o anão gritou para o João que vinha lá um touro bravo a correr bem na sua direção. Ele assustou-se, abriu a mão e o anão desapareceu.O João sentiu uma grande tristeza, pois quase tinha ficado rico.E, com estas andanças, voltou para casa de mãos a abanar, sem ter pescado peixe nenhum. Mal chegou contou à mãe o sucedido. Esta, que já conhecia a manha dos anões, ensinou-o:-Se alguma vez o encontrares, diz-lhe que traga o tesouro imediatamente.Passaram-se meses.Até que um dia, ao voltar para casa, sentiu os olhos ofuscados com um brilho intenso. O anão estava sentado no mesmo pequeno banco de madeira, só que desta vez consertava um dos seus sapatos.- Cuidado! Vem lá o gavião! - gritou o anão, fazendo uma cara de medo.- Não me tentes enganar! - disse o João. - Traz já o pote de ouro!- Traz já o pote de ouro ou eu nunca mais te solto.- Está bem! - concordou o anão. - Desta vez ganhaste!O pequeno homem fez um gesto com a mão e imediatamente um belíssimo arco-íris iluminou o céu, saindo do meio de duas montanhas e terminando bem aos pés do João.As 7 cores eram tão intensas que até esconderam o pequeno pote de barro, cheio de ouro e pedras preciosas, que estava à sua frente.O anão baixou-se, com o chapéu fez-lhe um aceno de despedida, e gritou, pouco antes de desaparecer para sempre:- Adeus, João! És um menino esperto! Terás sorte e serás feliz para sempre!E foi o que aconteceu. O pote de ouro nunca se esgotou e o João e a sua família tiveram uma vida de muita fartura e de muita alegria.

23/02/19

TEMA: O fundo do mar

INTENÇÃO: apresentar para as crianças o fundo do mar através da

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música.

Música: Lá no fundo do marhá belezas sem par.Quem me dera eu ir lá mergulhar!Há montanhas eternas,abismos, cavernasque as ondas não querem mostrar.

Os raios do sol mergulham,descem um pouco nas águas,onde há jamantas escurasa bater as suas asas,onde há peixes-voadoressaltando nas ondas rasas.

Quem mergulha com mais artepor onde o sol mal se atrevevê peixe-lua, espadarte,peixinhos nadando leves,nos mais diversos sentidos,em cardumes coloridos.

Que lindo o verde das plantas!Quantas algas e sargaços!Nas pedras a craca é tantaque mal sobra algum espaço.Medusas lá vão girando,seus filamentos bailando.

Mas, para quem desce, desceonde o sol não chega nunca,o chão do mar aparece,de areia e lodo que afunda.Que será que nasce e cresce

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lá onde a treva é profunda?

Olha a anêmona brincandode cavalinho, montandonum caranguejo-ermitão,que se protege no chão,escondendo-se de um ladonum caramujo largado.

Olha uma estrela-do-mar!Lá vai ela a caminhar.Onde é que ela vai parar?Move os braços lentamenteque nem se vê, nem se senteque ela muda de lugar.

A seu lado, olha o pindá!Essa bolinha de espinhosé o ouriço-do-mar,que gira devagarinho,pisando com os pés agudosde seus espetos pontudos.

Que linda concha prateada!Mora dentro algum bichinhoque vem dar uma espiadae se esconde de mansinho.E a esponja de mil dedos?Parece apontar segredos!

Mas, que luzes serão essasque se movem tão depressa?É que essa treva fechada,onde o sol jamais reluz,peixinhos iluminados

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clareiam com sua luz.

Lá no fundo do marhá belezas sem par.Quem me dera eu ir lá mergulhar!Há montanhas eternas,abismos, cavernasque as ondas não querem mostrar.

02/03/19

TEMA: MeimeiINTENÇÃO: - desenvolver na criança a confiança em Meimei e a ligar-se a elaAtravés da prece e dos bons pensamentos.Era uma linda manhã de domingo. D. Adelaide e Nina estavam conversando na pracinha.- Mamãe! Olhe só quantos patos!- Estou vendo! E acho que pertencem a uma mesma família.Os patinhos foram na direção da mãezinha que estava de asas abertas para recebê-los. Por que eles estão querendo ficar debaixo das asas da mamãe pata?- Eles estão procurando proteção. - Os patinhos tem a mamãe pata. Eu e meu irmão temos você e o papai para nos protegerem!- Isso mesmo! (um dos patinhos se afasta da família)- O patinho está indo para longe da mãe. Vai ficar sem a proteção dela. Disse Nina.- Neste lugar não há perigo porque muitos protegem o patinho: as crianças, o jardineiro, o guarda da pracinha...- E eu, só tenho você e papai para me protegerem?

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- Nina, você tem a proteção de Deus! Ele é nosso pai e nos ama muito.- É mesmo! E como Deus Cuida de nós?- Ele manda amigos bondosos que nos protegem. Nós não podemos ver, mas eles nos ajudam de muitas formas.- Mamãe quem protege as crianças?- Olha filha muitos amigos de Jesus. Mas tem uma moça muito especial. O Nome dela é Meimei. Ela adora crianças e quando ela esteve encarnada ela não teve filhos, agora no plano espiritual ela é como uma mãezinha para todas as crianças.- Todas as mamães? Sim! - Novamente o patinho chamou a atenção de Nina. O patinho se afastava mais. De repente, caiu em um buraco. O patinho não conseguia sair!- Quá!, quá! Quá (grita desesperado o patinho)Nina se aproxima com cuidado, tira o patinho do buraco, colocando – o junto a família. - Você agora fez como a tia Meimei, foi a protetora do patinho.- Agora veja, a dona pata está indo embora com seus patinhos, acho que está na hora de irmos também.- Sim mamãe! Hoje aprendi sobre a bondade de Deus e Jesus que nunca descuida de nós, nos protegendo o tempo todo.

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09/03/19

TEMA: Deus Pai e CriadorINTENÇÃO: Reverência e amor a Deus como nosso Pai Criador.

Da cabeça aos péssou a imagem de Deus.

Do coração às mãossinto o hálito de Deus.Quando Deus eu avisto

em todas as partes,no pai e na mãe,

em todas as pessoas queridas,no animal e na flor,

na árvore e na pedra,não sinto medo de nada:

só amora tudo que está ao meu redor.

SUGESTÃO: AS CRIANÇAS EM CORO, recitarem a prece; e colagem com materiais naturais para montar o Eu e o mundo -Terra

16/03/19

TEMA: Celebração do OutonoINTENÇÃO: mostrar a criança que nesta estação as Árvores e plantas preparam-se para “trocar de roupa” e as folhas começam a cair... na terra e que o nosso corpo também se modifica a cada ano.SUGESTÃO: Sacudir o esqueleto – articulações; Quintal da Cultura

23/03/19

TEMA: Insetos, pequeninos seres da Natureza!!INTENÇÃO: observar as peculiaridades dos insetos e desenvolver atitudes de respeito e preservação com os insetos.Gafanhoto, gafanhoto,Me leva a passear,Podes ser um bom cavalo,Como o canguru saltar.(H. P. Vieira)

O Grilo

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Gióia Jr.

Numa noite clara, de Lua redonda como um queijo branco no prato do céu, do meio do mato uma voz ouvi, que falava sempre: CRI... CRI... CRI... Vestido de noite, perdido no escuro, parado num canto que não descobri, seu corpo comprido, de inseto elegante, confesso nãi vi... Só ouvi seu canto na perdida sombra: CRI... CRI... CRI... Estava sozinho, sem algum amigo com quem conversasse; então decidi: "Com o grilo alegre vou travar conversa". - Ei, grilo, não temas, que eu não sou de briga! Creste no que eu disse? ... e o grilo, do escuro, respondeu na hora, como se entendesse: CRI... CRI... CRI...

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30/03/19 TEMA: Cenoura!!

INTENÇÃO: incentivar as crianças a comerem cenouraO Conto da CenouraCerta vez o vovô plantou uma cenouraE todos os dias quando ia aguar a cenoura, dizia:Cresça cresça cenouraCresça em força e saborE a cenouraFicou grande, e enorme eChegou o dia de colher a cenouraVovô segurou a cenoura com muita forçaMas a cenoura não saia da TerraEntão a vovó veio ajudar,A vovó puxou o vovôO vovô puxou a cenoura, e ela não saiu da TerraVeio a netinha, que puxou a vovó, que puxou o vovô, que puxou a cenoura e ela não saia da Terra Veio o cachorro, que puxou a netinha, que puxou a vovó, que puxou o vovô, que puxou a cenoura e ela não saia da Terra Veio o gato que puxou o cachorro, que puxou a netinha, que puxou a vovó, que puxou o vovô, que puxou a cenoura e ela não saia da Terra Veio o rato que puxou o gato que puxou o cachorro, que puxou a netinha, que puxou a vovó, que puxou o vovô, que puxou a cenoura e ela não saia da TerraEles puxavam... E quando o camundongo chegou mordeu o rabo do rato que deu um pulo que puxou o gato que puxou o cachorro, que puxou a netinha, que puxou a vovó, que puxou o vovô, que puxou a cenoura e cenoura da Terra.Então o vovô pegou a cenoura, lavou e fez uma deliciosa salada.Sugestão: comerem cenoura crua, e Bolo de Cenoura

06/ TEMA: Lei do Trabalho

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04/19 INTENÇÃO: despertar junto à criança a alegria de colaborar em casaHistória: O sapateiro e os anões.Há muitos, muitos anos, tantos que já se perdeu a conta, aconteceu uma história espantosa numa grande cidade de que já ninguém se lembra o nome.Nessa cidade havia um sapateiro muito pobre, casado com uma mulher tão pobre como ele. Eles trabalhavam de madrugada até ao anoitecer, mas o negócio não lhes corria bem.Um dia, ao cair da tarde, a mulher avisou o marido que já não havia uma única moeda em casa e a despensa estava totalmente vazia. O sapateiro ficou muito preocupado. Além de não ter comida nem dinheiro para a comprar, na oficina só havia um pedacinho de cabedal que dava para fazer um único par de sapatos. Onde é que ele ia arranjar dinheiro para comprar mais cabedal?A mulher pôs-se a chorar. Mas o sapateiro, que era muito calmo e alegre, estendeu o cabedal com muito cuidado em cima da sua banca de trabalho, afiou o gume de uma faca comprida e bicuda e com ela cortou o cabedal em pedaços para fazer os sapatos.Veio a noite. Como o sapateiro já via mal, amontoou na sua banca de trabalho as peças de cabedal que tinha cortado, fechou a porta e foi-se deitar. Como não tinha nada para comer, era melhor deitar-se cedo e dormir para enganar a fome. A mulher achou que era boa ideia e também fez o mesmo.A noite passou e o sapateiro e a sua mulher levantaram-se cedo, fartos de dormir e cheios de fome. O sapateiro abriu a porta da oficina e ficou admirado com o que viu, com os olhos muito abertos, sem poder falar.É que em cima da banca não estavam os pedaços de cabedal. O que estava era um par de sapatos muito brilhantes, muito bem feitos, tão bem cosidos que não se viam os pontos de tão minúsculos que eram.Quando conseguiu falar o sapateiro chamou pela mulher.- Quem terá feito esta obra maravilhosa? — perguntou a mulher do sapateiro, com os sapatos na mão, assarapantada.

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O sapateiro não soube responder.Daí a nada, um senhor muito bem vestido entrou na oficina, encantou-se com os sapatos, pagou-os com uma moeda de ouro e logo ali os calçou. O sapateiro aceitou a moeda e correu a comprar cabedal para dois pares de sapatos. Com o dinheiro que sobrou, a mulher foi comprar comida.Ao fim do dia o sapateiro tinha cortado cabedal para dois pares de sapatos. Amontoou na sua banca de trabalhos as peças que cortara, fechou a porta, comeu uma fatia de pão, uma sopa de nabiças e duas fatias de carne gorda.No dia seguinte, em cima da banca de trabalho estavam dois pares de sapatos perfeitíssimos que não demoraram a ser vendidos.Com duas moedas no bolso, o sapateiro correu a comprar cabedal para quatro pares de sapatos. Com o dinheiro que sobrou a mulher foi comprar comida.Ao fim do dia o sapateiro tinha cortado cabedal para quatro pares de sapatos. Amontoou na sua banca de trabalho as peças cortadas, fechou a porta, e comeu, regalado, uns bons nacos da galinha que a mulher cozinhara e que estava muito bem temperada, tenra e apetitosa.No dia seguinte, em cima da banca de trabalho estavam quatro pares de sapatos, tão brilhantes e tão perfeitos como os anteriores, que não demoraram a serem vendidos.Com quarto moedas no bolso, o sapateiro correu a comprar cabedal para oito pares de sapatos. E disse à mulher para ir comprar comida e guardar o resto do dinheiro.Ao fim do dia o sapateiro tinha cortado cabedal para oito pares de sapatos. Amontoou na sua banca de trabalho as peças que tinha cortado, fechou a porta, e comeu borrego guisado que a mulher cozinhara e que também estava muito bem temperado, tenro e apetitoso. A sobremesa foram fatias de pão-de-ló e vinho fino.Todos os dias acontecia a mesma coisa. Quando entrava na oficina, os bocados de cabedal que o sapateiro deixara em cima da banca estavam transformados em pares de sapatos, já célebres em toda a

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cidade. Por isso, havia agora uma fila de gente à espera de ser atendida.Um dia, o sapateiro disse à mulher que era preciso descobrir quem fazia aqueles belíssimos pares de sapatos. Assim, depois de anoitecer, o sapateiro e a mulher fecharam a porta e esconderam-se na oficina, por baixo de um relógio de pêndulo.O relógio deu oito badaladas, nove badaladas, dez badaladas, e nada acontecia. A mulher turrava com sono e assustou-se com as onze badaladas do relógio que estava por cima da sua cabeça.Estavam os dois a ressonar, encostados um ao outro, quando o relógio começou a dar as doze badaladas.- Olha, olha!! — disse a mulher, muito baixinho, acordando o sapateiro.Então, o sapateiro viu dois anões sem roupa, mais pequenos que o seu dedo mínimo, a subirem para a sua banca com um grande desembaraço.Começaram a trabalhar e nunca mais pararam. Sempre a correr, usando agulhas minúsculas e martelos pouco maiores que cabeças de alfinete, coseram num instante os pedaços de cabedal, transformando-os rapidamente em belíssimos sapatos. Quando a noite se preparava para dar vez ao dia, os anões desapareceram.- Que é que lhes havemos de dar para agradecer o que têm feito por nós? — perguntou o sapateiro, encantado com o que tinha visto.- Devem passar muito frio! Vou fazer-lhes um par de calças e uma camisola de lã muito fofa para cada um! — disse a mulher do sapateiro.- E eu vou fazer um par de sapatos com o cabedal mais macio que houver! – disse o sapateiro.Durante dias e dias, o sapateiro e a mulher trabalharam nos presentes para os anões. Quando as calças, as camisolas e os sapatos ficaram prontos, o sapateiro e a mulher fecharam a porta e esconderam-se na oficina, por baixo do relógio de pêndulo.Assim que o relógio começou a dar as doze badaladas, os anões entraram na oficina e encontraram os presentes em cima da banca

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de trabalho.Os anões vestiram-se, calçaram-se e começaram a rir e a dançar. Depois, em grande correria, fugiram da oficina e nunca mais voltaram.Mas o sapateiro e a mulher já tinham muito dinheiro guardado, uma casa com jardim, sete gatos e sete cães.Nunca mais lhes faltou trabalho e foram sempre muito felizes.

13/04/19

TEMA: Os mineraisINTENÇÃO: Perceber, aos poucos, a criação de DeusTer curiosidade em explorar o meioA Sopa de PedraEra uma vez um viajante que andava de país em país, de terra em terra. Um dia quando estava de passagem por uma pequena aldeia reparou que a sua comida tinha acabado, e já estava a ficar com muita fome.Foi andando de um lado para o outro a pensar numa forma de arranjar comida. Tinha muita vergonha de ir pedir, mas parecia que daquela vez não tinha outra hipótese.Enquanto ia andando deu um pontapé numa pequena pedra que estava no chão, era uma pedra muito lisa e bonita, foi então que teve uma ideia de conseguir almoçar sem sentir tanta vergonha.Bateu à porta de uma casa, que parecia ser de um grande agricultor da região.Quando o dono da casa abriu a porta o viajante disse-lhe:– Bom dia senhor, eu sou viajante e trago comigo uma pedra mágica capaz de fazer a melhor sopa do mundo, quer provar?Ao dizer isto retirou do bolso uma pedra muito lisa e redonda. Era parecida com outras que o agricultor conhecia, mas como gostava muito de sopa decidiu aceitar provar a tal melhor sopa do mundo.O viajante entrou e pediu uma panela grande com água e um pouco de sal, colocaram a panela ao lume e a pedra lá dentro. Quando a água começou a ferver o viajante provou e disse:– Está quase pronta, mas ficava ainda melhor se lhe pusermos umas

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batatas.– Oh homem! Não seja por isso, eu sou um grande agricultor desta região, batatas é coisa que não me falta.– Obrigado, assim a sopa vai ficar muito melhor.Passado mais algum tempo voltou a provar.– Está quase, mas ficava ainda melhor se lhe pusermos umas cenourasO agricultor lá foi buscar as melhor cenouras que tinha em casa.Após provar várias vezes o viajante foi pedindo outros vegetais, couve, cebola, feijão, entre outros. Quando a sopa já estava rica em vegetais, o viajante disse:– Caro amigo, a sopa está a ficar uma delícia.O agricultor mal podia esperar para provar a sopa, que é uma coisa que ele adora.O viajante após provar mais uma vez pediu:– Oh amigo esta sopa ficava ainda melhor se lhe pusermos um pouco de carne de porco, tem ai alguma coisa? Chouriço, por exemplo.– Mau, mau, já lhe disse que sou agricultor, coisas dessas não faltam cá em casa.

Mais uma vez foram colocando algumas carnes na sopa.Provou mais uma vez e disse com um grande sorriso:– Está pronta!!!– Já não era sem tempo, vamos lá provar essa sopaO viajante serviu a sopa para os dois.Depois de a provar, o agricultor exclamou:– Tinha razão, é mesmo a melhor sopa que já comi até hoje, essa sua pedra é realmente mágica. Não me a quer vender?– Não está à venda, é muito valiosa para mim, foi-me oferecida por um mago de um país distante.– Muito bem, obrigado na mesma por me ter deixado provar esta sopa.– Obrigado eu.

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Despediram-se e o viajante continuou a sua viagem por outras terras, utilizou várias vezes a sua pedra mágica e assim conseguiu comer sem ter vergonha de pedir e foi desta forma que a receita da sopa de pedra foi passando de terra em terra e hoje ainda a podemos provar em vários locais, com diferentes receitas.

20/04/19

TEMA: Claro e escuroINTENÇAO: mostrar que tem hora para tudo... para acordar e para dormir! Para os índios Karajás no princípio do mundo só havia o dia!

A lenda do dia e da noiteNo começo do mundo só havia dia.A noite estava adormecida nas profundezas das águas com Boiúna, uma cobra grande que era senhora do rio.A filha de Boiúna, uma moça muito bonita, havia se casado com um rapaz de um vilarejo, nas margens do rio.Na hora de dormir, ela não conseguia e explicava para o marido:– É porque ainda não é noite!Um dia, a moça pediu ao marido que fosse buscar a noite na casa de sua mãe.Ele mandou três amigos às profundezas do rio para falar com Boiúna.Boiúna colocou a noite dentro de um caroço de tucumã, uma fruta da palmeira, e mandou entregar como se fosse um presente para sua filha.Os três amigos carregavam o tucumã quando ouviram o barulho de sapinhos e grilos, bichinhos que só cantam à noite.Curiosos, resolveram abrir o tucumã para ver que barulho era aquele.Quando o tucumã foi aberto, a noite escapou e tomou conta de tudo.

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O mundo virou uma escuridão só.A filha de Boiúna viu o que tinha acontecido e tentou separar a noite do dia.Pegou dois fios, enrolou o primeiro, pintou de branco e disse:– Você será Cujubim e vai cantar sempre que o dia nascer.Então, soltou o fio, que se transformou em pássaro, e saiu voando.Depois, enrolou o outro fio, jogou cinza sobre ele e disse:– Você será Coruja, e cantará quando a noite chegar. A coruja saiu voando.A partir desse dia, o mundo passou a ter dia e noite.

27/04/19

TEMA: Do grão ao pãoINTENÇÃO: apresentar a criança o pão que ela come vem do grão que foi plantado na terra.As crianças vêm a conhecer as mais importantes espécies de cereais, os trabalhos agrícolas: puxar o arado, gradear, semear, voltar a gradear, aplainar e, mais tarde, sachar. Pode-se falar também da adubação. A colheita que ocorre quando o grão está maduro. Mais tarde malhar, separar o joio, moer, preparar a massa e assar o pão. Perceberem a integração do homem na natureza. Como o homem adquire forças para a vida inteira a efetuar com as mãos todos os trabalhos executados hoje pelas máquinas. Ao mesmo tempo as crianças adquirem uma noção de como o céu e a terra atuam em conjunto para nos dar os nossos alimentos..SUGESTÃO: O que quero ser quando crescer? Uma caixa mágica com várias profissões para as crianças sortearem e dizerem o que cada uma colabora com a sociedade.

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