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E MAXIV CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

PERFIL E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO PACIENTE COM PÉ DIABÉTICO

Cristiane Martins Borborema de Melo1, Juliana Andreia Fernandes Noronha2

RESUMO

O Diabetes Mellitus é responsável por diversas complicações e a mais comum, entre elas, é a polineuropatia diabética que se constitui o principal fator para o desenvolvimento da síndrome do pé diabético e aumento da taxa de amputação que implica, sobretudo, em grande impacto social e diminuição da qualidade de vida do usuário. Tem como objetivo traçar um perfil da população e analisar os principais fatores de risco associado ao paciente com pé diabético. Trata-se de um estudo transversal, de caráter exploratório e descritivo, com uma abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada a partir da aplicação de um questionário entre os meses de novembro de 2016 a fevereiro de 2017. Os dados foram digitados no SPSS e realizado análise descritiva de frequências. Quanto aos resultados, o sexo masculino foi o mais frequente, idade avançada com media de 62,21, longo tempo de diagnostico de DM, >10 anos, baixa escolaridade, baixa condição socioeconômica, a maioria com mau controle glicêmico, epossuíahipertensão arterial sistêmica associado, inatividade física, altas frequências de história de úlcera e amputação prévia, várias complicações da diabetes como retinopatia diabética, nefropatia diabética e complicações cardiovasculares.Conclui-se que a enfermagem tem papel fundamental na prevenção do pé diabético a partir da consulta de enfermagem e da avaliação, como sendo a principal medida de prevenção, associado ao fortalecimento das práticas do autocuidado, que pode diminuir bastante o número de ulceração e amputações, melhorando significativamente a qualidade de vida.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Neuropatias Diabéticas; Pé diabético.

1 Graduanda em enfemagem, Unidade Acadêmica de Enfermagem, , UFCG, Campina Grande, PB, e-mail: [email protected] Enfermeira; Mestre em Saúde Pública; Doutoranda em Enfermagem pelo Programa DINTER UFMG/UFCG; Professora Assistente da Unidade Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande; E-mail: [email protected].

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PROFILE AND RISK FACTORS ASSOCIATED TO PATIENTS WITH DIABETIC FOOT

ABSTRACT

Diabetes Mellitus is responsible for several complications and the most common, among them, is diabetic polyneuropathy, which is the main factor for the development of diabetic foot syndrome and an increase in the amputation rate, which implies, above all, great social and The quality of life of the user. It aims to draw a profile of the population and analyze the main risk factors associated with the patient with diabetic foot. It is a cross-sectional, exploratory and descriptive study with a quantitative approach. Data collection was performed from the application of a questionnaire between the months of November 2016 and February 2017. Data were entered in the SPSS and a descriptive analysis of frequencies was performed. Regarding the results, males were the most frequent, advanced age with mean of 62.21, long diagnosis time of DM,> 10 years, low educational level, low socioeconomic status, most with poor glycemic control, and had arterial hypertension Physical inactivity, high frequencies of ulcer history and previous amputation, several complications of diabetes such as diabetic retinopathy, diabetic nephropathy and cardiovascular complications. It is concluded that nursing plays a fundamental role in the prevention of diabetic foot from the nursing consultation and evaluation, as the main prevention measure, associated with the strengthening of self-care practices, which can greatly reduce the number of ulceration and amputations , Significantly improving the quality of life.

Keywords: Diabetes Mellitus; DiabeticNeuropathies; Diabeticfoot.

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INTRODUÇÃO

O Diabetes Mellitus (DM) é definido como um grupo de distúrbios

metabólicos oriundos de diferentes etiologias, caracterizado por hiperglicemia

devido a defeitos na secreção ou ineficiência na ação da insulina (BRASIL,

2013). É classificado em quatro principais tipos: Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1),

Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), outros tipos específicos de diabetes e diabetes

gestacional (SBD, 2016; FERREIRA, 2011).

Diversas complicações podem se desenvolver devido à hiperglicemia,

aumentando as incapacidades e mortalidade (CARDOSO et al., 2013). Estas

complicações podem ser classificadas em agudas, que são representadas pela

hiperglicemia, cetoacidose diabética (CAD) e síndrome hiperosmolar

hiperglicêmico. E complicações crônicas que são alterações macrovasculares,

microvasculares e neuropáticas, como a retinopatia, a nefropatia, e a

neuropatia diabética (NPD) (BRASIL, 2013).

A mais comum das complicações do diabetes é a neuropatia diabética,

que compreende uma gama de síndromes que afeta o sistema nervoso

periférico sensitivo, motor e autonômico. E atinge 50% das pessoas com

diabetes com mais de 60 anos, podendo se fazer presente antes da perda da

sensibilidade, que é uma de suas principais características (BRASIL, 2013).

A úlcera do pé diabético acontece devido a dois ou mais fatores de risco

associado, sendo a polineuropatia diabética o principal fator que leva a perda

da sensibilidade protetora e assim sendo aumenta a vulnerabilidade dos

indivíduos a traumas, que podem ser causados por fatores externos, como

sapatos inapropriados, corte incorreto das unhas e também por andar descalço

(SBD, 2016).

Para a OMS (Organização mundial de saúde) o pé diabético é definido

quando há a condição de infecção, ulceração e/ou destruição dos tecidos

profundos, isso, quando está associado a alterações neurológicas e os

diversos níveis de doença vascular periférica nos membros inferiores.

O pé diabético em 90% dos casos acontece por complicação da

neuropatia diabética, e também por consequência de doença vascular

periférica e de deformidades (OCHOA-VIGO, 2005).

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Diante do exposto, nota-se que o pé diabético, constitui um importante

problema de saúde publica, em virtude da redução da qualidade de vida,

incapacidades funcionais das pessoas submetidas a amputações, redução da

expectativa de vida, além do gasto econômico com períodos prolongados de

internação, altos custos com tratamento medicamentoso, curativos e cirurgias

para amputações. Portanto, buscou-se reunir informações com o proposito de

responder o seguinte problema de pesquisa: Quais os fatores de risco

associados às complicações da diabetes em pessoas com pé diabético?

Sabe-se então que grande parte das complicações dos pés diabéticos

são evitáveis, dessa forma, é de suma importância o envolvimento dos

profissionais de saúde com essa causa. Portanto o estudo objetivou analisar os

fatores de risco associados ao paciente com pé diabético, além de traçar o

perfil sociodemográfico e econômico da população acometida pelo pé

diabético.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo transversal, de caráter exploratório e descritivo,

com uma abordagem quantitativa.

A pesquisa foi desenvolvida no Hospital Universitário Alcides Carneiro

(HUAC), por se tratar de ser um hospital de referência para o acompanhamento

ambulatorial e internamento de pessoas com pé diabético. Há

aproximadamente 20 anos foi criado, dentro do Ambulatório de Endocrinologia,

um serviço de atendimento as pessoas com Diabetes Mellitus que apresentam

lesões nos pés: “Sala de Pé Diabético”, de acordo com a estatística realizada

pelo próprio serviço, no ano de 2015 foram realizados 1.781 curativos, sendo

destes 223 pacientes em primeiro atendimento.

Apopulaçãodesteestudoenvolveu pessoas com d iagnóst ico de

diabetesque apresentaram pé

diabético,deambosossexos,dequalquerníveldeescolaridad

eeocupação,independentedotratamentoqueestejamrealizando. A amostra foi

coletada entre os meses de novembro de 2016 a fevereiro de 2017,

compondo um total de 75 pacientes.

Paraserincluídonaamostra,oparticipantedeveriaestaremtratamentona “Sala de

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Pé Diabético”,noperíodode n o v e m b r o de2016 a fevereiro de

2017,teridadesuperiora18anos,apresentarúlcerasnospés, sercapazdeexpressar-

seoralmente,demanifestarsuavontadedeformaautônomae assinar o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Foramcritériosdeexclusão: pacientes que apresentassem úlcera nos

pés que não fossem por complicações da diabetes, desejo do participante em

retirar o consentimento, a qualquer tempo e não completar a coletar de dados.

A coleta de dados junto aos participantes iniciou-se após ter sido lido,

esclarecido e assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Apêndice A), conforme prevê a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de

Saúde.

A operacionalização da coleta de dados desta pesquisa foi realizada

mediante a aplicação de um formulário. O instrumento da coleta de dados foi

um formulário adaptado e validado por Milhomem (2010).

O formulário foi dividido em duas partes: a primeira abordou questões

sobre as características sociodemográficas e econômicas (sexo, estado civil,

idade, escolaridade, se o paciente mora só, ocupação,renda familiar e renda

per capita) dos pacientes; a segunda, contemplou a avaliação das

características de morbidades (tempo em que sabe ser diabético em anos, tipo

de diabetes mellitus; se tem alguma complicação da diabetes, entre elas

retinopatia diabética, nefropatia diabética e cardiovascular; se tem ulceração

prévia nos pés e amputação prévia). Dados clínicos gerais (antecedentes

pessoais de outras doenças além do diabetes). Desequilíbrio Bioquímico (se

faz ou já fez uso de bebidas alcoólicas e a frequência do uso da bebida

alcoólica; consumo de tabaco, se fuma ou já fumou, há quanto tempo fuma ou

por quanto tempo fumou, se possui antecedentes pessoais, hipertensão

arterial, insuficiência renal ou hipotireoidismo) Controle metabólico (se executa

alguma tentativa de controlar o diabetes, se resposta positiva, qual: medicação

oral, insulina, HGT, controle alimentar, exercício físico, cuidados especiais com

os pés).

Os dados coletados foram digitados no software StatisticalPackege for

the Social Sciences (SPSS), versão 17.0. Foi procedida dupla digitação, para

avaliar a consistência dos dados e posterior cruzamento de bancos para

correções pertinentes. Para o tratamento e processamento dos dados da

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pesquisa, foram utilizadas as distribuições de frequências simples, as medidas

de tendência central (média e mediana) e também medidas de variabilidade

(desvio padrão), de acordo com a categorização das variáveis, a fim de

caracterizar e descrever a população em estudo.

Foi aprovado pelo comité de ética da Universidade Federal de Campina

Grande, com número CAAE: 56804916.6.0000.5182.

DESENVOLVIMENTODiabetes mellitus (DM) é uma patologia crônica, metabólica que ocorre

quando o organismo não secreta de forma adequado a insulina, hormônio

produzido pelo pâncreas responsável por controlar o nível de glicose

sanguínea (CUBAS et al., 2013). A Sociedade Brasileira de Diabetes (2015), a

classifica em quatro principais tipos: DM tipo 1 (DM1), DM tipo 2 (DM2), outros

tipos específicos de DM e DM gestacional.

O DM1 é caracterizado pela alteração autoimune da destruição das

células beta do pâncreas, ocasionando a ineficiência em produzir insulina,

desse modo, faz-se necessário a utilização de doses de insulina para controlar

os níveis de glicose sanguínea desses indivíduos (ALVARENGA, 2005). Este

tipo de DM pode atingir a indivíduos em qualquer fase da vida, porém, é mais

prevalente em crianças e adultos jovens.

O DM2 está presente em cerca de 90% dos casos (CUBAS et al., 2013)

e a sua principal característica fisiopatológica é a resistência à insulina, levando

a deficiência da captação da glicose no sangue (FERREIRA, 2011).

A função primordial da insulina é transportar glicose para as células,

contudo, algumas células específicas não necessitam desse suporte da

insulina, pois este é realizado pela proteína transportadora nesse caso é a

GLUT, são elas as células de Schwann, as células da retina, ilhotas de

Langerhans no pâncreas, as papilas renais e os eritrócitos. Portanto, quando

há hiperglicemia sanguínea, há também o aumento da concentração de glicose

no interior dessas células e esse acúmulo leva ao aparecimento de diversas

complicações (BARRILE et al., 2013), entre elas a retinopatia, a nefropatia,

diminuição da mobilidade articular, afeta ainda nervos periféricos e outros.

(ALVARENGA, 2005).

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Uma das principais causas de morbidade e mortalidade entre as

pessoas com DM são as doenças cardiovasculares, que incluem angina, infarto

do miocárdio, doença arterial periférica e falha cardíaca congestiva. Os fatores

de risco contribuintes para estas complicações são a hipertensão arterial, o

colesterol alto e o descontrole glicêmico. Outra importante complicação é a

nefropatia, sendo o DM a maior causa de doença renal crônica, devido às

lesões causadas nos pequenos vasos sanguíneos, levando desde a

ineficiência renal até a falha completa dos rins. (IDF, 2013).

Outra importante e bastante frequente complicação da DM são as

neuropatias diabéticas, que envolve um conjunto de sinais e sintomas clínicos

e subclínicas heterogêneo e complexo, que está associado à perda progressiva

das fibras nervosas do sistema nervoso periférico, tanto o somático quanto o

autônomo, e que acarretam sequelas devastadoras entre os pacientes com

diabetes mellitus (PEDROSA, 2015).

A neuropatia diabética (NPD) tem como característica a atrofia e

alteração axonal que pode ser por degenerações das células de Schwann,

ocasionando a desmielinização e frações do axônio, o que resulta em alteração

da velocidade de condução ou suspensão da transmissão do impulso nervoso

(BARRILE et al., 2013).

NPD é também definida pela presença de sinais e/ou sintomas de

alterações do nervo periférico em pacientes com diabetes, desde que exclua

outras causas. Esta atinge as fibras sensitivas, motoras e autonômicas,

levando a perda da sensibilidade protetora, que é a sensibilidade dolorosa,

percepção de pressão, temperatura e propriocepção. Por conta disso, os

ferimentos e traumas estão propícios a ocorrer, resultando em ulcerações.

(PEDROSA, 2015).

O pé diabético remete às alterações e complicações nos pés e membros

inferiores das pessoas portadoras de diabetes. Ele é caracterizado quando há

pelo menos umas das alterações neurológicas, ortopédicas, vasculares ou

infecciosas (CAIAFA et al., 2011).

Há uma grande variedade nos dados epidemiológicos, segundo Boulton

(2008), pode justificar-se em razão da variedade dos parâmetros de

diagnósticos, variação regional, bem como fatores socioeconômicos. A

Sociedade Brasileira de Diabetes (2016) trás que em países desenvolvidos, a

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doença arterial periférica (DAP) aparece mais frequentemente, ao mesmo

tempo em que nos países emergentes a infecção é a maior e mais comum

causa das amputações provenientes das ulceras.

O fator eminente para o desenvolvimento de ulceras e maior propensão

a traumas é a perda da sensibilidade protetora (SDB, 2015). Segundo Boulton

(2008), existem diversos fatores que acontecem em conjunto que proporcionam

o aparecimento das ulceras. Entre eles, amputação prévia, história pregressa

de ulcera nos pés, neuropatia periférica, deformidade nos pés, doença vascular

periférica, nefropatia diabética, acuidade visual diminuída, tempo da doença e

descontrole glicêmico e tabagismo.

Devido à PND sensitiva motora, a ausência da sensibilidade ocasiona

lesões, geralmente por fricções, sapatos que não são apropriados,

queimaduras, o fato de andar descalço e pisar em objetos pontiagudos

(BOULTON, 2008). Além disso, ocorre a atrofia muscular, levando a

deformidades osteoarticular, como dedo em garra, dedos em martelo, dedos

sobrepostos, proeminência das cabeças dos metatarsos e hálux vago, essas

alterações forma novas áreas de pressão, a pele reage com hiperceratose,

com a rotina de deambulação ocorrem às ulcerações (CAIAFA et al., 2011).

As pessoas acometidas pela DM apresentam um risco de amputação 25

vezes maior do que as pessoas sem diabetes, porém com o devido

acompanhamento, uma grande parcela dessas amputações pode ser evitada

(IDF, 2015).

A úlcera é a mais frequente e importante complicação da Síndrome do

Pé Diabético, portanto, quanto mais cedo for detectado e com o tratamento

correto, menores são as chances de amputação (PARISI, 2015).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2016), e o Ministério

da Saúde (2013), os fatores de risco para o desenvolvimento do pé diabético

são: PND, PND motora, biodinâmica, limitação de a mobilidade articular,

trauma, DAP, úlcera prévia e amputação prévia. Duração do diabetes maior

que 10 anos, mau controle glicêmico. Nefropatia diabética principalmente em

pacientes em tratamento dialítico, retinopatia diabética, baixa condição

socioeconômica, morar sozinho e inacessibilidade ao sistema de saúde.

As complicações nos pés das pessoas com diabetes são em sua maioria

evitáveis. Porém há ainda um grande entrave para o cuidado efetivo do pé

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diabético, que é a falta de capacitação dos profissionais de saúde em lidar com

os pacientes que não se queixam de sintomas, justamente pela perda da

sensibilidade protetora (BOULTON, 2008).

Outro fator importante na prevenção dessas complicações é a educação

em saúde a esses pacientes, pois os resultados do tratamento serão

influenciados pelo conhecimento do paciente a cerca do seu estado clínico, a

capacidade para o autocuidado e a concordância com o seu tratamento (IWGD,

2013).

Dessa forma a qualificação dos profissionais de saúde é fundamental

para o rastreamento dos fatores de risco, e para diagnostico das complicações.

A prevenção vigorosa é efetiva para os pacientes com risco elevado de

desenvolver ulceração quando essa incidência cai em 25% (SBD, 2015).

Portanto a detecção dos fatores de risco é o ponto chave para evitar

ulcerações e amputações, pois a partir dela é que se delimitam os cuidados a

serem tomados e melhores tratamentos. Sabe-se que a consequência de uma

amputação determina negativamente a qualidade de vida das pessoas

acometidas e a grande maioria poderiam ser evitadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A tabela 1 apresenta as características sociodemográficas, com amostra

de 75 pacientes, nos quais eram 46 (61,3%) do sexo masculino. A média de

idade foi de 62,21 (DP ± 9,983).A maioria correspondente possuía o ensino

fundamental incompleto. No que se refere à ocupação do paciente, (51) 68,0%

são aposentados. A renda familiar de 41 (55%) respondentes era de até um

salário mínimo, a renda per capta foi em média 500.09R$, com DP de ±

335,55, sendo a renda mínima 00R$ e a máxima 1400R$.

Sobre o estilo de vida, 42 (56,0%) da amostra consome bebida alcoólica

ou já consumiu, destes, 21 (28%) ingeriam bebida alcoólica semanalmente e

10 (13,3%), diariamente. 31 (41,3%) pessoas estudadas são ex-fumante e 3

(4%) ainda são tabagistas.

Tabela 1. Características sociodemograficas, econômicas e estilo de vida das pessoas com pé diabético, atendidos no ambulatório do HUAC.

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Variável N % Variável N %Sexo Ocupação

Masculino 46 61,3 Aposentado 51 68,0Feminino 29 38,7 Não Ativo 16 21,3

Estado Civil Ativo 8 10,7Solteiro 13 17,3 EtilismoCasado 44 58,7 Não 33 44.0%Viúvo 12 16,0 Sim 42 56,0%

União estável 3 4 Frequência de etilismoSeparado 3 4 Não bebe 33 44,0%Mora só Raramente 6 8,0%

Não 70 93,3 Diariamente 10 13,3%Sim 5 6,7 Semanalmente 21 28,0%

Escolaridade Mensalmente 5 6,7%Analfabeto 18 24,0 Tabagismo

Fundamental incompleto 34 45,3 Nunca fumou 41 54,7%Fundamental completo 13 17,3 Ex – Fumante 31 41,3%

Médio Incompleto 2 2,7 Fumante 3 4,0%Médio Completo

Superior Incompleto41

5,31,3

Superior Completo 3 4,0Fonte: Banco de dados do próprio estudo.

A distribuição da faixa etária foi equivalente a um estudo realizado por

Freitas e Pace (2012) com 67% da amostra estudada com idade entre 50 e 70

anos. A idade é um dado significativo, um estudo desenvolvido por Mendonça,

Morais e Moura (2011) mostrou que a incidência do DM aumenta

progressivamente com a idade.

Em relação ao estado civil e escolaridade, este estudo se equipara ao

realizado por Silva, et al. (2015), com 65,5% casados e 38,1% com ensino

fundamental incompleto.

Algumas características referentes à idade e a escolaridade podem

interferir de alguma forma para o autocuidado, de acordo com Torres, Santos e

Cordeiro (2014), a idade avançada e o baixo grau de instrução pode limitar o

acesso à informação, devido a esses fatores interferir na compreensão dos

clientes perante as orientações que são fornecidas pelos profissionais de

saúde.

Destaca-se que 16,0% são viúvos, tal fato pode interferir no controle

glicêmico, constituindo risco de complicações, já que em alguns casos, a perda

do companheiro culmina em problemas de saúde, como depressão, tristeza.

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Sobre a renda familiar, esta pesquisa se equipara com o estudo

desenvolvido por Bragança et al. (2010) e Moraes et al. (2012) em que 50% e

54%, respectivamente, da população estudada recebia até um salário mínimo.

O baixo nível socioeconômico das pessoas com DM pode ser uma das

barreiras em manter o controle glicêmico, dificultando o tratamento,

principalmente para a manutenção da dieta adequada, quanto para a aquisição

dos insumos necessários, e realização de curativos.

Referente a pergunta se já consome bebida alcoólica ou se já

consumiu , 42 (56%) entrevistados responderam que sim, dados parecidos foi

encontrado por Santos et al. (2008), onde houve uma prevalência de 32,5%

entre a população com complicações macrovasculares e 66,6% para os

portadores de complicações microvasculares.

Em um estudo realizado por Santos et al. (2008), o tabagismo teve

associação significativa com complicações macrovasculares e microvasculares,

com 34,3% e 73,3% respectivamente.

Como descrito na tabela 2,a frequência de DM2 foi de 96% e o tempo de

diagnostico da doença o mais frequente foi de 11 a 20 anos com 46,7% da

amostra.

Quanto aos antecedentes pessoais, grande parte possuía a Hipertensão

Arterial Sistêmica (HAS) associado ao DM (76,0%). A retinopatia diabética foi a

mais frequente, com 61,3%. 17 pacientes (22,7%), respondeu ter nefropatia

diabética. Resposta positiva sobre ulceração previa apareceu em 53,3% da

amostra e 41,3% já tinham sofrido amputação (Tabela 2).

Tabela 2. Características clínicas e complicações das pessoas com pé diabético, atendidos no ambulatório do HUAC.

Variável N % Variável N %Tipo de DM Antecedentes Pessoais

Tipo 1 3 4,0 HipotireoidismoTipo 2 72 96,0 Não 74 98,7

Tempo de diagnóstico Sim 1 1,30 – 5 12 16,0 Complicações6 – 10 12 16.0 Não 25 33,3

11 – 20 35 46,7 Sim 50 66,721 – 30 14 18,7 Retinopatia Diabética

> 30 2 2,7 Não 29 38,7Antecedentes

pessoaisSim 46 61,3

HAS Nefropatia DiabéticaNão 18 24,0 Não 58 77,3Sim 57 76,0 Sim 17 22,7

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Hérnia de disco CardiovascularNão 72 96,0 Não 60 80,0Sim 3 4,0 Sim 15 20,0

Hanseníase Ulceração PreviaNão 73 97,3 Não 35 46,7Sim 2 2,7 Sim 40 53,3

Insuficiência Renal Amputação PreviaNão 74 98,7 Não 44 58,7Sim 1 1,3 Sim 31 41,3

Fonte: Banco de dados do próprio estudo.

Quanto ao tipo de DM o resultado encontrado era o esperado, devido a

ser uma população de adulto a idoso. Quanto ao tempo diagnóstico, esse

estudo se assemelha com resultados encontrados por Bragança et al. (2010),

Araújo (2009) e Teixeira et al. (2010) com 51% da amostra, 33% e 30,8 dos

pesquisados com mais de 10 anos de diagnostico respectivamente.

O tempo de diagnóstico é uma importante variável, pois na medida em

que a doença evolui as complicações vão aparecendo. Cardoso et al. (2013),

relata que com o passar dos anos de DM, se não tratado corretamente é

caracterizado pelo surgimento de diversas complicações.

Diversas pesquisas mostram que a maioria das pessoas com DM

também apresentam a HAS, como Bona (2010) em seu estudo realizado na

emergência de um hospital publico em fortaleza com diabéticos mostrou que

91,1% dos entrevistados tinham HAS.

A retinopatia diabética implica em um fator de risco para o pé diabético,

pois dificulta a capacidade para o autocuidado, propicia o individuo ao risco de

queda e traumas.

Outra morbidade relatada pelos pacientes estudados foi às

cardiovasculares com 20% da amostra. Um estudo realizado por Gagliardi

(2003) demonstrou que 30% dos pacientes que usavam insulina apresentavam

tais complicações.

Apesar das pessoas com DM ser classificadas como de alto risco para

doenças cardiovasculares, em curto prazo o risco de desfecho cardiovascular

nessa população é extremamente variável. Portanto o grande desafio é

identificar os pacientes que não apresentam sintomas, mas que têm risco

elevado de sofrer algumdesses desfechos, a partir dessa identificação, é

possível investir com tratamentos mais adequados para os fatores de risco

associado (SDB, 2016).

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No presente estudo, demonstra valores preocupantes, com uma

frequência de 53,3% de ulcera previa e 41,3% de amputação prévia, valores

estes, bem maiores que o encontrado por Brasileiro (2005) com 12,5% de

amputações e Araújo (2009) com apenas 3% de amputações. A amostra do

estudo era composta por pessoas que faziam acompanhamento na sala do pé

diabético, logo, todos tinham ulceras nos pés, diante disso, justifica-se essa

alta prevalência.

Quanto ao tipo de DM o resultado encontrado era o esperado, devido a

ser uma população de adulto a idoso. Quanto ao tempo diagnóstico, esse

estudo se assemelha com resultados encontrados por Bragança et al. (2010),

Araújo (2009) e Teixeira et al. (2010) com 51% da amostra, 33% e 30,8 dos

pesquisados com mais de 10 anos de diagnostico respectivamente.

O tempo de diagnóstico é uma importante variável, pois na medida em

que a doença evolui as complicações vão aparecendo. Cardoso et al. (2013),

relata que com o passar dos anos de DM, se não tratado corretamente é

caracterizado pelo surgimento de diversas complicações.

Diversas pesquisas mostram que a maioria das pessoas com DM

também apresentam a HAS, como Bona (2010) em seu estudo realizado na

emergência de um hospital público em fortaleza com diabéticos mostrou que

91,1% dos entrevistados tinham HAS.

A retinopatia diabética implica em um fator de risco para o pé diabético,

pois dificulta a capacidade para o autocuidado, propicia o indivíduo ao risco de

queda e traumas.

Outra morbidade relatada pelos pacientes estudados foi às

cardiovasculares com 20% da amostra. Um estudo realizado por Gagliardi

(2003) demonstrou que 30% dos pacientes que usavam insulina apresentavam

tais complicações.

Apesar das pessoas com DM ser classificadas como de alto risco para

doenças cardiovasculares, em curto prazo o risco de desfecho cardiovascular

nessa população é extremamente variável. Portanto o grande desafio é

identificar os pacientes que não apresentam sintomas, mas que têm risco

elevado de sofrer algum desses desfechos, a partir dessa identificação, é

possível investir com tratamentos mais adequados para os fatores de risco

associado (SDB, 2016).

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No presente estudo, demonstra valores preocupantes, com uma

frequência de 53,3% de ulcera previa e 41,3% de amputação prévia, valores

estes, bem maiores que o encontrado por Brasileiro (2005) com 12,5% de

amputações e Araújo (2009) com apenas 3% de amputações. A amostra do

estudo era composta por pessoas que faziam acompanhamento na sala do pé

diabético, logo, todos tinham ulceras nos pés, diante disso, justifica-se essa

alta prevalência.

Como demonstra na tabela abaixo, 78.7% fazem o exame de glicemia

capilar, destes, 28% fazem diariamente, seguido de 17,3% que fazem

semanalmente. Quanto a terapia farmacológica a maioria dos entrevistados,

representados por 80% da amostra fazia uso de insulina e 54,7% fazia uso de

medicamento oral, dessa forma 43,6% fazia uso da terapia combinada, de

insulina e hipoglicemiante oral.

Tabela 3. Métodos utilizados para acompanhamento e controle de DM das pessoas com pé diabético, atendidos no ambulatório do HUAC.

Variável N % Variável N %Faz HGT Hipoglicemiante

OralNão 16 21,3 Não 34 45,3Sim 59 78,7 Sim 41 54,7

Periodicidade de HGC Controle AlimentarNão faz HGT 18 24,0 Não 8 10,7

Diário 21 28,0 Sim 67 89,3Dias alternados 7 9,3 Exercício Físico

Semanal 13 17,3 Não 69 92,0Quinzenal 3 4,0 Sim 6 8,0

Mensal 10 13,3 Cuidado com os Pés

Bimestral 1 1,3 Não 5 6,7Semestral 2 2,7 Sim 70 93,3Insulina

Não 15 20,0Sim 60 80,0

Fonte: Banco de dados do próprio estudo.

Em relação ao exame de glicemia capilar, este estudo apresenta dados

um pouco menores que os encontrados por Bragança et al (2010), onde 91,0%

dos entrevistados por ele relatavam fazer o teste de HGT.

De acordo com Péres et al (2007), é importante para manter o controle

glicêmico que os pacientes executem pelo menos uma vez ao dia o teste de

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glicemia capilar. Porém, no presente estudo um número considerável de

pessoas (24,0%) não fazem o HGT, outros que fazem com um intervalo

maiores (tabela 2), os pacientes relatavam que devido ao baixo nível

socioeconômico não podiam comprar as fitas reativas.

Referente à terapia farmacológica como forma de controle da glicemia,

todos os pesquisados faziam uso, ou de insulina, ou de hipoglicemiantes orais

ou de ambos com 80,0%, 54,7% e 36,6% respectivamente. Porém a pesquisa

se difere um pouco de outros estudos, principalmente no que se trata do uso da

insulina, como o de Rocha, Zanetti e Santos (2008), que apresentou 74,5% de

pessoas que faziam uso de hipoglicemiantes orais e 36,4 fazia uso de insulina.

Boell, Ribeiro e Silva (2014) também apresentaram dados diferentes com

82,2% de hipoglicemiantes orais e apenas 8,5% faziam o uso de insulina. Um

estudo realizado por Amaral e Tavares (2009), se aproxima desse estudo na

frequência de hipoglicemiantes orais com 55,2%.

Quando apenas as medidas de prevenção como a mudança de hábitos

de vida não conseguem manter em níveis recomendados a glicemia, o uso de

terapia farmacológica é fundamental, todavia, os pacientes devem ser

orientados a praticar hábitos saudáveis independente da terapia farmacológica

utilizada.

Sobre o cuidado especial com os pés, 93,3% relataram ter cuidados com

os pés, este resultado não condiz com a realidade observada, esse fato pode

ser justificado pelo fato de ser um autorelato.

Na tabela 4, foi utilizado como variável dependente a presença de

complicação. Embora os homens tivessem mais complicações que as

mulheres, não houve associação significativa entre sexo e complicações do DM

(p = 0,616). Houve associação significativa entre escolaridade e complicações,

demonstrando que quanto menor a escolaridade do sujeito mais chances de

complicações do DM (p = 0,023).

A terapia com insulina, também foi significantemente associada a

complicações do DM (p = 0,029). Demais variáveis como hábitos de vida, e

medidas de controle glicêmico no presente estudo não mostraram significância

estatística (tabela 4).

Foi realizado o teste quiquadrado, especificando as complicações. Com

relação a retinopatia e complicações cardiovasculares como variável

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dependente, não houve nenhuma associação com as variáveis independentes

em questão. Somente a nefropatia esteve associada significamente ao tipo de

diabetes (p=0,010).

CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos neste estudo, concluímos que a

população estudada apresentou como fatores de risco para o pé diabético:

idade avançada, tempo prolongado de diagnóstico de DM, baixa escolaridade,

baixa condição socioeconômica, controle glicêmico irregular, hipertensão

arterial associada ao DM, inatividade física, história de úlcera e amputação

previa e diversas complicações, como a retinopatia diabética e a nefropatia

diabética.

É de suma importância o rastreio das pessoas com DM, para a consulta

com a enfermagem e avaliação do pé. Muitos desses pacientes antes de

desenvolver a ulcera no pé, nunca tiveram seus pés examinados, ou sabia da

importância do cuidado com os pés.

Outro ponto bastante importante é promover a educação da clientela,

com planos terapêuticos que incluam a família, inseri-los em grupos de

educação continuada, abordando temas sobre alimentação, exercício físico,

dosagem certa de medicação, informações sobre as diversas complicações,

formas de identifica-las e principalmente preveni-las, de forma a despertar no

cliente a consciência do seu estado de saúde e torna-lo protagonista dos seus

cuidados. Para isso, a abordagem deve ser clara e precisa. Os clientes

precisam, não apenas receber a informação, mas ser capaz de trazê-la para

sua realidade, tomar decisões e mantê-las para o melhoramento da sua saúde.

Uma limitação do estudo foi o fato de trabalhar apenas com pessoas

diabéticas com o pé diabético, não podendo fazer o estudo de prevalência nem

a associação dos fatores de risco com o desfecho. Sugere-se então que novos

estudos comparativos sejam realizados a cerca da temática, e assim com

dados mais significativos, dar subsídios para uma prática mais acurada

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baseada em evidências científicas, para uma prevenção e controle desse

agravo.

AGRADECIMENTOSOs autores do estudo são gratos a cada paciente participante da

pesquisa, ao ambulatório de endocrinologia do Hospital Universitário Alcides

Carneiro, a Pró- Reitoria de Pesquisa e Extensão-PROPEX e ao Programa

Institucional de Voluntariado em iniciação Científica-PIVIC/UFCG.

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