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Problemas e soluções no transporte público e na mobilidade CLIPPIN G Cidade Verde Material pesquisado para subsidiar discussão nos grupos de estudo do projeto de extensão Cidade Verde (UnB/DEX/FE) e da campanha comunitária De Olho no Trem, Ônibus Elétrico de Vizinhança, Tarifa Única. Anos: 2005, 2006, 2009 a 2013 IMPACTO MEIO AMBIENTE: Poluição, inspeção veicular, barulho, combustível, impermeabilização, aquecimento/ destruição rios, nascentes, árvores, verde Lista de Reportagens 2013 - A ameaça do nitrogênio. CB. Roberta Machado.13/04/2013 2012 - A juventude dos pulmões envelhecidos. CB. Bruna Sensêve. 21/10/2012 - Efeito devastador. CB. Gláucia Chaves. 21/02/2012 2011 - Olhos d'Água precisa ser ampliado. CB. 16/08/2011 2010 - IBGE mostra que o DF tem o ar com a maior concentração de poluentes do país. CB. Agência Brasil. 03/09/2010 - Capital dos carros e da poluição. CB. Mariana Sacramento. 08/07/2010 - Pela integridade urbana. CB. Ana Dubeux. 29/08/2010 - Abandono. CB. 08/2010 - Capital dos carros e da poluição. CB. Mariana Sacramento. 8/07/2010

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Problemas e soluções no transporte público e na mobilidade

CLIPPIN G Cidade Verde Material pesquisado para subsidiar discussão nos grupos de estudo do projeto de extensão Cidade Verde (UnB/DEX/FE) e da campanha comunitária De Olho no Trem, Ônibus Elétrico de Vizinhança, Tarifa Única.Anos: 2005, 2006, 2009 a 2013

IMPACTO MEIO AMBIENTE:Poluição, inspeção veicular, barulho, combustível, impermeabilização, aquecimento/ destruição rios, nascentes, árvores, verde

Lista de Reportagens

2013- A ameaça do nitrogênio. CB. Roberta Machado.13/04/2013

2012- A juventude dos pulmões envelhecidos. CB. Bruna Sensêve. 21/10/2012- Efeito devastador. CB. Gláucia Chaves. 21/02/2012

2011- Olhos d'Água precisa ser ampliado. CB. 16/08/2011

2010- IBGE mostra que o DF tem o ar com a maior concentração de poluentes do país. CB. Agência Brasil. 03/09/2010- Capital dos carros e da poluição. CB. Mariana Sacramento. 08/07/2010- Pela integridade urbana. CB. Ana Dubeux. 29/08/2010- Abandono. CB. 08/2010- Capital dos carros e da poluição. CB. Mariana Sacramento. 8/07/2010- Les nouvelles voitures écologiques disponibles dans moins de 9 mois. 13/04/2010

2009- Novo instituto procura calcular ônus da poluição do ar. Agência USP. Rodrigo Martins. 13/01/2009

2006- Risco ambiental. CB. 2006

2005- Cidades italianas proíbem uso de automóveis para reduzir poluição. Folha de SP. 16/02/2005

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2013

- A ameaça do nitrogênio. CB. Roberta Machado.13/04/2013

A ameaça do nitrogênioPesquisadores da América Latina, incluindo especialistas da UnB, alertam na revista Science que o crescimento mal planejado da região afeta a concentração do elemento. Consequências para o meio ambiente poderão ser sentidas em todo o planeta• Notícia Gráfico

ROBERTA MACHADOPublicação: 13/04/2013 04:00

Pesquisadores latino-americanos se uniram para publicar um alerta sobre o impacto que o desenvolvimento acelerado da região exerce sobre o ciclo mundial do nitrogênio. A mobilização teve início na Universidade de Brasília (UnB), onde alguns representantes da Iniciativa Internacional do Nitrogênio (INI, na sigla em inglês) se reuniram em 2011 para debater o tema. O resultado do encontro foi um artigo aceito e publicado ontem pela revista Science. Chamado O desafio de nitrogênio da América Latina, ele é assinado por cientistas da Argentina, da Venezuela, da Bolívia, do México e do Brasil.

Segundo os especialistas, o elemento, essencial para o desenvolvimento das plantas, tem a concentração alterada por fenômenos como a urbanização não planejada e o desmatamento. Tais ações podem resultar na extinção de espécies de biomas como o cerrado, no agravamento do efeito estufa e em outras consequências ainda desconhecidas. Por isso, a deposição de nitrogênio é considerada a terceira maior causa da perda de biodiversidade registrada na última década, atrás somente das alterações no uso da terra e da mudança climática.

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“É importante colocar em uma revista como a Science, e chamar a atenção para o problema da América Latina. É uma situação complexa. A região vem avançando muito em termos econômicos e sociais, mas ainda enfrenta problemas ambientais de países em desenvolvimento”, avalia Mercedes Bustamante, professora de ecologia da UnB e uma dos autores do trabalho. A especialista, que também faz parte da INI, trabalha com o assunto há mais de 20 anos e é diretora de Políticas Públicas e Programas Temáticos do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Mesmo com as diferenças culturais e econômicas entre os países latino-americanos, a biodiversidade é um fator comum no continente. O grupo internacional aponta no artigo que essa riqueza depende da adoção de políticas públicas que garantam o balanço entre o desenvolvimento socioeconômico e a conservação dos sistemas naturais. “A sociedade civil tem um papel muito importante na orientação e na cobrança”, acredita Bustamante. Além de investimentos na prevenção de incêndios florestais, o texto enumera outras medidas urgentes, como o uso eficiente da terra e de nutrientes na agricultura e a implementação de um sistema de tratamento adequado de esgoto.

O nitrogênio está presente nas plantas, em outros seres vivos e no solo, formando um delicado ciclo em que a substância é transferida de um meio para outro: a planta que consome o nutriente cresce e morre no mesmo solo, onde o elemento é novamente absorvido. “Todo mundo fala do carbono, mas o nitrogênio é o elemento mais versátil da natureza, é quem trabalha mesmo”, compara o professor de ecologia Luiz Martinelli, da Universidade de São Paulo (USP).

Se uma floresta ou um combustível são queimados, por exemplo, o óxido nitroso é arrancado do seu meio e depositado na atmosfera. Dali, o nitrogênio agrava o efeito estufa e nem sempre retorna para seu local de origem. “Ele volta pela chuva para biomas sensíveis que não deveriam recebê-lo, de altíssima biodiversidade. E o nitrogênio é como um remédio: se usado na hora certa, no lugar certo, é benéfico. Fora isso, ele se torna um poluente”, ensina Martinelli.

Níveis perigososO tipo de atividade econômica e a concentração urbana de cada país criam um mosaico de questões particulares a ser resolvido e que afetam o cenário global. No nordeste da Argentina, por

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exemplo, a recente substituição de áreas nativas por plantações de grãos criou grave um dilema ambiental. A cada safra, um cenário menos fértil se forma. “Na verdade, estamos perdendo nitrogênio, não ganhando”, lamenta a professora Amy Austin, da Universidade de Buenos Aires.

A especialista diz que ainda são necessários novos estudos para quantificar o estrago que a interferência no ciclo do nitrogênio tem causado na América Latina, mas alerta que as atitudes precisam ser tomadas antes que a crise cause danos mais visíveis. “Há muitas coisas sobre esse tipo de práticas sobre as quais ainda não conhecemos o impacto. Mas elas estão acontecendo numa escala muito grande.” O grupo de pesquisadores estima que, no ritmo atual, metade dos pontos ameaçados de alta biodiversidade do continente devem apresentar níveis perigosos de nitrogênio até 2050.

No cerrado, ambiente em que o nitrogênio é naturalmente escasso, o excesso representa uma ameaça para as espécies nativas. O aumento da oferta da substância pode favorecer o crescimento de espécies invasoras, que colocariam em risco o equilíbrio do bioma. “Isso já está acontecendo, principalmente nas áreas próximas de centros urbanos. A área em volta de Brasília é uma com potencial para o problema, pois as queimadas não estão só nos meios urbanos. Elas estão também no meio rural”, explica Gabriela Nardoto, professora da UnB e também autora do artigo.

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2012

- A juventude dos pulmões envelhecidos. CB. Bruna Sensêve. 21/10/2012- Efeito devastador. CB. Gláucia Chaves. 21/02/2012

A juventude dos pulmões envelhecidos

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Pesquisadores suecos alertam que crianças expostas à poluição do ar no primeiro ano de vida têm a capacidade respiratória bastante comprometida. O problema pode se arrastar pela fase adulta e resultar em distúrbios respiratórios crônicos, como o enfisema• Notícia Gráfico

» BRUNA SENSÊVEPublicação: 21/10/2012 04:00

O perigo está no ar das grandes cidades, colocando em risco as futuras gerações. Os gases poluentes expelidos diariamente pelos milhões de veículos que circulam nos centros urbanos contribuem diretamente para a redução da função pulmonar em crianças. Uma longa pesquisa acompanha desde o nascimento quase 2 mil crianças expostas a essa poluição ambiental. Na segunda divulgação de resultados — a anterior aconteceu no primeiro ano de vida dos participantes —, os cientistas conseguiram observar um deficit significativo no volume máximo de ar expelido por eles aos 8 anos. Especialistas afirmam que, entre as consequências a longo prazo, pode estar o desenvolvimento de doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como a bronquite e o enfisema pulmonar.

O estudo, publicado na semana passada no Jornal Americano de Medicina Respiratória e Crítica da Sociedade Torácica Americana, avaliou as crianças por meio da aplicação de questionários, da avaliação da quantidade de anticorpos no sangue, além do exame de espirometria. O último foi capaz de registrar uma redução de até 85% do volume de ar esperado para crianças com a mesma idade, o mesmo peso e a mesma estatura, mas sem a exposição aos poluentes. “Nosso estudo mostra que a exposição precoce à poluição do ar relacionada ao tráfego a longo prazo tem efeitos adversos sobre a saúde respiratória em crianças, particularmente entre aquelas com alergias”, detalha o pesquisador Göran Pershagen, professor do Instituto de Medicina Ambiental em Estocolmo, Suécia.

Segundo o pneumologista Ciro Kirchenchtejn, da Universidade Federal de São Paulo, quanto maior o pulmão, maior será o volume de ar que a criança consegue expelir durante o exame. No entanto, os poluentes a que elas foram expostas agridem as

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células respiratórias, provocando inflamações, infecções, crises de bronquite e até a morte de células do órgão. Tudo isso na fase da vida em que os alvéolos pulmonares ainda estão em desenvolvimento.

Kirchenchtejn considera que a redução de volume de ar tem um significado estatístico, mas ainda não leva a sintomas clínicos. A criança não terá falta de ar, por exemplo, aos 8 anos, mas é preciso considerar que ela provavelmente estará exposta ao perigo até os 20, 60 anos e, nesse estágio, talvez faça muita diferença. “No futuro, você aumenta as chances de ter um desenvolvimento pior do pulmão. É uma reserva funcional que está diminuindo. A pessoa fica mais suscetível a doenças respiratórias e, se adquirir alguma, tende a ser mais grave que alguém que tem a plenitude da reserva”, aponta Kirchenchtejn.

Em formação

No artigo, os pesquisadores alertam que os alvéolos pulmonares são formados não só durante o período pós-natal precoce, mas durante toda a infância e a adolescência. A maturidade do órgão só é atingida aos 18 anos pelas mulheres e por volta dos 20 anos nos homens. Até essa faixa etária, o órgão precisa se desenvolver de maneira sadia para um funcionamento regular. Ainda assim, o grupo de pesquisadores suecos ressalta que, ao comparar os resultados encontrados no primeiro ano de vida dos participantes, os anos seguintes de exposição causaram um menor impacto na função respiratória deles.

O pneumologista Ubiratan de Paula Santos, da Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, conta que um outro estudo conduzido por pesquisadores americanos há alguns anos fez o acompanhamento do período seguinte ao divulgado pelo grupo sueco. Indivíduos dos 8 aos 18 anos foram observados por um longo período, com conclusões muito similares às anunciadas na semana passada. “O que eles não sabem é se a redução no crescimento do pulmão terá alguma implicação na vida do indivíduo adulto. Não sabemos ainda, na verdade. Uma criança exposta na infância à poluição veicular terá problemas se decidir ser um atleta de alto rendimento? Estará em desvantagem se comparada a quem não foi exposto? E se forem fumantes?”, questiona Santos.

Ricardo Martins, da Comissão Científica de Infecções Respiratórias da Sociedade Brasileira de Pneumologia e

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Tisiologia, afirma que os pesquisadores suecos conseguiram traduzir em números o que já é observado nos consultórios. Ele destaca que o maior poluente ambiental de uma cidade é o carro, especialmente naquelas onde não há incentivo ao transporte coletivo. “Temos pessoas desenvolvendo doenças pulmonares obstrutivas crônicas e agudas sem nunca ter fumado, sendo que 80% dessas doenças estão ligadas diretamente ao tabagismo”, analisa.

O especialista considera que, em Brasília, esses números ainda não são tão expressivos, mas, em São Paulo e no Rio de Janeiro, o prejuízo da poluição ambiental à estrutura pulmonar está bem documentado. Um estudo da Universidade de São Paulo, por exemplo, mostrou que um morador do centro urbano absorve o equivalente a seis cigarros por dia. A agressão aos pulmões é a mesma que a sofrida por um tabagista. “Essas doenças pulmonares já existiam, mas se agravaram com a comercialização do cigarro. Podemos ver pessoas diagnosticadas cada vez mais cedo. A tendência é que essas crianças submetidas a esse impacto de poluição também desenvolvam doenças mais cedo.”

Fluxo de ar avaliadoTambém conhecido como prova de função pulmonar ou prova ventilatória, o exame consiste no registro dos vários volumes e fluxos de ar por meio de um aparelho que mede a velocidade e a quantidade de ar que um indivíduo é capaz de colocar para dentro e para fora dos pulmões. As crianças avaliadas na pesquisa respiraram pela boca por meio de um tubo conectado ao aparelho (espirômetro) e assopraram com o máximo de força e rapidez possível. O processo pode ser repetido várias vezes.

“É uma reserva funcional que está diminuindo. A pessoa fica mais suscetível a doenças respiratórias e, se adquirir alguma, tende a ser mais grave que alguém que tem a plenitude da reserva”Ciro Kirchenchtejn, pneumologista

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Efeito devastador

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Estudos apontam que exposição excessiva a ambientes poluídos aumenta em 34% o risco de um acidente vascular cerebral e acelera declínio das funções cognitivas• Notícia Gráfico

Gláucia ChavesPublicação: 21/02/2012 02:00O tom acinzentado do céu, especialmente em grandes cidades, é um dos maiores indícios da má qualidade do ar. A saúde responde em forma de olhos irritados, respiração pesada e um mal-estar indistinto. O acúmulo de partículas nocivas à saúde no ar, contudo, não causa apenas efeitos visíveis como esses. Segundo dois estudos recentes — um feito pelo Beth Israel Deaconess Medical Center (afiliada da Universidade de Harvard) e outro conduzido pelo Rush University Medical Center, ambos nos Estados Unidos —, quem se expõe excessivamente a ambientes poluídos corre 34% mais risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). O ar sujo também acelera a ocorrência de doenças ocasionadas pelo declínio das funções cognitivas, como o mal de Alzheimer. Os dois trabalhos foram publicados na edição de fevereiro do Journal of the American Medical Association (Jama).

Greg Wellenius, epidemologista e um dos principais pesquisadores envolvidos no estudo do Beth Israel Deaconess Medical Center, diz que a chance de uma pessoa ser hospitalizada por AVC é cerca de 35% maior em dias de poluição “moderada” — de 15 a 40 microgramas de partículas por metro cúbico —, quando comparado aos dias de poluição “boa” (veja infografia). O médico conta ao Correio que um dos principais motivos para que isso aconteça é a mudança que as partículas promovem “na função dos vasos sanguíneos, no sistema nervoso autônomo que controla a frequência cardíaca e a pressão arterial e nos maiores níveis de inflamação”.

O estudo foi feito com 1,7 mil pacientes com AVC e moradores de Boston, nos Estados Unidos. Ao longo de 10 anos, os pesquisadores analisaram as partículas mais finas, vindas de fontes como centrais elétricas, fábricas, caminhões, automóveis e da queima de madeira — e descobriram que o tamanho dessas impurezas do ar influencia diretamente no risco de derrame. “As partículas maiores ficam presas nas vias aéreas superiores, enquanto as menores podem penetrar mais

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profundamente no pulmão”, detalha Wellenius. Ele conta que, no trabalho, a equipe se concentrou no estudo das partículas finas, classificadas como material particulado 2,5 (PM, da sigla em inglês), uma vez que possuem 2,5 micrômetros ou menos de diâmetro. “Essas partículas geralmente atingem as vias aéreas inferiores”, completa.

Jennifer Weuve, professora assistente do Instituto de Envelhecimento Saudável do Rush University Medical Center, explica que a exposição crônica às partículas de poluição acelera a perda de habilidades fundamentais, como atenção, memória, percepção, linguagem e raciocínio. Um dos principais motivos para que isso aconteça envolve, inclusive, a descoberta feita pelos epidemologistas liderados por Greg Wellenius. “A exposição à poluição do ar aumenta os riscos de AVC e de doenças cardiovasculares”, enumera. “Os dois fatores estão relacionados aos casos de demências, pois muitas delas são precedidas por um longo período de declínio das funções cognitivas.”

Durante 14 anos, a equipe acompanhou 19.409 mulheres norte-americanas entre 70 e 81 anos. Jennifer conta que outra importante descoberta feita pelos pesquisadores foram evidências de que partículas muito pequenas podem entrar no cérebro e causar inflamações que também contribuem para acelerar o processo de perda de habilidades cognitivas. “Elas ocasionam alterações microscópicas típicas do Alzheimer, que é a causa mais comum de demência”, complementa. Se a exposição for a partículas maiores, com 2,5 a 10 micrômetros de diâmetro, o prejuízo cognitivo é ainda mais intenso.

SoluçõesA associação entre ataques cardíacos e poluição é um tema que inquieta pesquisadores já há algum tempo. Krishnan Bhaskaran, epidemiologista da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, concluiu uma pesquisa em 2011 na qual avaliou a exposição de 79.288 pacientes que haviam sofrido ataque cardíaco a níveis de poluição atmosférica. A medição, feita de hora em hora, descobriu que o ar inadequado realmente acelera a probabilidade de o problema vir à tona. “Níveis mais elevados de poluentes estão associados a um maior risco de ataque cardíaco nas seis primeiras horas de exposição”, explica. Com o passar do tempo, o perigo diminuiu — mas, ainda assim, para as pessoas que provavelmente já iriam sofrer o infarto de qualquer maneira, o médico diz que “a poluição do ar antecipou o acontecimento em algumas horas ou dias”.

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Ricardo Dias, membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBP) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), diz que a aglomeração das pessoas em grandes centros urbanos é um dos grandes problemas a serem contornados para minimizar essa exposição ao ar poluído. “O maior poluidor ambiental é o carro”, analisa. O médico acredita que só mesmo uma política em que o transporte individual não é encarado como a única opção é capaz de amenizar o impasse. “Esses poluentes competem com o oxigênio”, explica. “A curto prazo, as pessoas começam a ter infecções respiratórias e doenças alérgicas e, a longo prazo, surgem os quadros de bronquite, enfisema e até câncer de pulmão.”

2011

- Olhos d'Água precisa ser ampliado. CB. 16/08/2011

VISÃO DO CORREIO » 16ago11

Olhos d'Água precisa ser ampliadoPublicação: 16/08/2011 02:00O meio ambiente constitui uma das grandes preocupações dos brasilienses. Daí a reação dos moradores da capital ao tomarem conhecimento da possibilidade de que a área localizada entre as quadras 213 e 214 Norte poderia virar canteiro de obras. São quase 17 mil metros quadrados com importância substantiva para a qualidade de vida do Distrito Federal. Ali estão minas que contribuem para o abastecimento da bacia hidrográfica do Paranoá e da Lagoa do Sapo, no Parque Olhos

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D’Água.

Suspeitas de que a região despertava a cobiça de imobiliárias ganharam vulto no ano passado. Na ocasião, o Ministério Público, baseado em relatório técnico do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram), recomendou à Administração de Brasília que não emitisse alvará para construções no local. A causa não admite tergiversação. Trata-se de região ambientalmente sensível, berço de nascentes importantes para o fornecimento de água.

O Ibram vai além. Estuda transformar o espaço em área de preservação permanente (APP). Se for aprovado, o projeto dará o devido status ao local. As APPs têm vasto leque de funções. Entre elas, proteger o solo, assegurar o bem-estar da população, preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, a fauna e a flora. Mananciais, encostas, manguezais e as matas ciliares são resguardadas por lei.

Vem em boa hora a iniciativa do Ibram de defender legalmente a área em risco. A agressividade do setor imobiliário do Distrito Federal é largamente conhecida. A APP desempenha o importante papel de frear ambições e prevenir abusos. Mas a tarefa não é fácil. Passar de intenção a ato exige a colaboração de diferentes atores. De um lado, o GDF. O governador precisa baixar decreto aumentando a poligonal da reserva. De outro, os proprietários de projeções — a Universidade de Brasília (UnB) e o empresário Carlos Habib Chater.

A mobilização da população exerce papel

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importante no processo. Impõe-se deixar claros os limites do meio ambiente. As autoridades sabem que os recursos hídricos exigem cuidados para manter o abastecimento da cidade. Precisam encontrar forma de conciliar os interesses ecológicos e empresariais. Em bom português: a conveniência da comunidade tem de merecer atenção especial. A vida das próximas gerações depende de decisão tomada hoje.=

IBGE mostra que o DF tem o ar com a maior concentração de poluentes do paísCapital tem índice muito acima do registrado em São Paulo. Explicação para o problema está na soma de três fatores: clima seco, queimadas e expansão urbana

Agência BrasilPublicação: 03/09/2010 08:54 Atualização: 03/09/2010 11:55As queimadas e o clima no Entorno e na Região Centro-Oeste tornaram o Distrito Federal líder no ranking das áreas com maior concentração de poluentes em todo o país. Os números do DF são superiores aos de São Paulo, considerada a cidade mais poluída do Brasil, e só se aproximam de Vitória (ES), a segunda na relação dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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(IBGE), divulgado na quarta-feira. O estudo mostra que o Distrito Federal tinha em 2008, mais de 1.200 miligramas de partículas poluentes para cada metro cúbico contra 717mg de Vitória e 277mg de São Paulo.

Os dados revelam um decréscimo em 2008 em relação a 2007, quando foram registrados 1.379mg de partículas por metro cúbico. Porém, com exceção de 2001 e de 2004 a 2006 — período em que não houve medições —, os níveis do Distrito Federal sempre estiveram mais altos do que nas outras sete capitais onde a pesquisa foi realizada: Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Recife. O trabalho foi feito em torno das chamadas partículas totais em suspensão (PTS) e partículas inaláveis, além da emissão de vários tipos de gases, como dióxido de enxofre, ozônio e monóxido de carbono — todos poluentes do ar que respiramos.

O relatório do IBGE mostra que o Distrito Federal, apesar de ter diminuído as concentrações de poluentes, está na contramão de muitos estados brasileiros, que reduziram as PTS — poluentes que resultam da queima incompleta de combustíveis veiculares e fontes estacionárias, como as queimadas — e as partículas inaláveis. Um dos motivos foi o controle das emissões veiculares, as mudanças tecnológicas nos motores e a melhor qualidade dos combustíveis. Apesar disso, o documento alerta que os números de concentrações anuais são ainda elevadas nas regiões metropolitanas de Curitiba e Vitória, além do DF.

“No caso do Distrito Federal, os elevados valores de PTS refletem, provavelmente, as condições climáticas locais e a ocorrência de queimadas no Entorno de Brasília durante a estação seca”, observa o documento do IBGE. As informações, obtidas por meio de monitoramento feito Instituto Brasília Ambiental, revelam que os índices poluentes do DF são superiores aos recomendados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). “É um problema grave”, afirma a geógrafa

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Mara Moscoso, do Fórum de Organizações Não Governamentais do DF. Segundo Moscoso, as queimadas realmente são as maiores causadoras de várias mudanças ocorridas na região.

A especialista explica que, mesmo na antiguidade, o cerrado tinha incêndios, mas na região não havia núcleos urbanos, como hoje. “Antigamente aqui tinha fogo naturalmente, depois vieram os primeiros índios que também faziam fogo, mas nunca em grandes proporções como agora”, explica a geóloga, acrescentando que o Entorno tem pelo menos 97% de área de preservação ambiental e com o crescimento urbano, a cidade está se aproximando desses locais. “Toda a fumaça seca vai para a atmosfera, polui e interfere no clima”, observa a ambientalista.

Vitória foi a segunda das cidades a apresentar os índices mais elevados de poluição por partículas poluentes, com 717mg/m³, em 2008, número que representa quase o dobro do ano anterior. Em seguida aparece Curitiba, com 589mg/m³, um índice bem menor que em 2007, enquanto o Rio de Janeiro praticamente manteve os níveis de 395mg/m³. São Paulo foi a capital que teve uma maior diminuição em concentrações de PTS, já que em 2007 tinha 545mg/m³ e no ano seguinte apresentou 277mg/m³.

Ao contrário das concentrações de partículas poluentes, cuja tendência é diminuir em todo o país, o ozônio é uma preocupação, conforme alerta o documento do IBGE. O poluente é de difícil controle, segundo o relatório, pois é gerado na baixa atmosfera, por reações fotoquímicas entre óxidos de nitrogênio — que são produzidos pelas descargas de veículos — e compostos orgânicos. Isso vem sendo causado pelo aumento do número de carros, principalmente nas grandes capitais, o que também dificulta o controle do ozônio.

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NO SÃO FRANCISCO, ÁGUA AGORA É PAGA

» As empresas localizadas na Bacia do Rio São Francisco começaram a pagar pela utilização da água do rio e de seus afluentes. De acordo com a Agência Nacional das Águas (ANA), os boletos de 2010 já foram distribuídos e estima-se uma arrecadação de R$ 10 milhões até o fim do ano. O valor cobrado das empresas corresponde ao período de julho a dezembro. A cobrança está prevista na Lei nº 9.433/97, conhecida como Lei das Águas e, de acordo com a ANA, os recursos serão integralmente repassados ao Comitê de Bacia do São Francisco para serem aplicados em ações de recuperação do rio. Estão sujeitas à cobrança as empresas que captam mais de 4 litros de água por segundo, equivalente a 14,4 metros cúbicos por hora. De acordo com o diretor-presidente da ANA, Vicente Abreu, a cobrança não é um imposto. “É importante ressaltar que a cobrança pelo uso da água dos rios não é um imposto, mas um preço público definido em consenso pelo próprio comitê de bacia e quem paga são os usuários do rio”, explicou.Esta matéria tem: (7) comentáriosAutor: Rogerio sousao pior ainda estar por vir. com a grande quantidade de arranha céu que o DF obriga para que seja a tendida a demanda por moradia a populaçao ira pagar um preço muito alto como pr exemplo o calor a cima do normal pior e que as crianças e quem pagarar no futuro.pelos atos dos paisAutor: antonio santosSeca com menos de 10% de umidade requer parada das atividades, agora com esta poluição? A midia não informa quando estamos em estado de alerta. O trabalhador tem o direito de ser informado e de ser tratado como ser humano. As escolas tem que fechar e o comercio trabalhar meio periodo. Por que não?Autor: Edson Ma[%u201CÉ um problema grave%u201D, afirma a geógrafa Mara Moscoso....] [proporções como agora%u201D, explica a geóloga, ....] Ela é geógrafa ou geóloga? :) são profissões diferentes... heheAutor: Felipe RibeiroO problema da poluição foi detectado. Agora quero ver as soluções. Mas a (ótima) notícia que me

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chamou atenção foi a da cobrança pelo uso do São Francisco! Ainda sonho com dia em que a Lei das Águas (1997) seja cumprida no país inteiro. Ao menos já temos um começo!Autor: LeonardoFácil perceber o que é noticiado. TODOS OS ÔNIBUS E CAMINHÕES, SEJAM PEQUENOS OU GRANDES, ESTÃO TOTALMENTE DESRREGULADOS EM BRASÍLIA. A FISCALIZAÇÃO NÃO ALCANÇA OS EMPRESÁRIOS. QUALQUER QUANTIA NECESSÁRIA À SOLUÇÃO DO PROBLEMA É DEPOSITADA DIRETAMENTE NA CONTA DAS AUTORIDADES.Autor: Jose Maria CamargoNo período da seca a qualidade do ar realmente piora, mas daí dizer que é pior que o de São Paulo, acho exagerado e desproporcional! Talvez em determinados períodos curtos em função de queimadas a situação realmente se complique, mas no geral é menos fumaça de automóveis e caminhões do que lá!Autor: Jose Maria CamargoRealmente sentimos a piora do ar principalmente pelo crescimento desordenado da cidade e pelo desmatamento da região centro-oeste como um todo! Quem vê Águas Claras entenderá claramente o que estamos fazendo com o DF. Aglomeração descontrolada e poluição do ar, sonora e outros. Só Piora!=

Na Mídia – Capital dos carros e da poluição

(08/07/2010 - 09:59)

Pesquisa revela que seria necessário uma área verde 3,2 vezes maior que o DF para neutralizar as 3,2 mil toneladas

de gás carbônico produzidas a cada ano pelos veículos que circulam atualmente na cidade

 

(Matéria escrita por Mariana Sacramento e publicada no Correio Braziliense em 08/07/2010)

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Os grandiosos congestionamentos que aumentam em Brasília a cada ano não são o único transtorno gerado pelo galopante crescimento da frota do Distrito Federal. Para neutralizar o gás carbônico emitido pelos automóveis que transitam pelas ruas da cidade seria necessário que a capital contasse com uma área verde 3,2 vezes maior que o DF. É o que revela um estudo realizado por professores da Universidade Católica de Brasília (UCB). Pelo cálculo dos pesquisadores, apenas um terço do total de carros, que somam hoje cerca de 1, 176 milhões de unidades, despeja anualmente mais de mil toneladas de CO2 na atmosfera. “O agravante desse quadro é que enquanto aumentamos continuamente a frota (aumento de emissões), reduzimos continuamente a nossa área verde (redução da capacidade de absorção).” A avaliação consta da minuta do estudo que vai compor um trabalho ainda mais amplo sobre os riscos e as vulnerabilidades ambientais do DF. 

A pesquisa ainda considerou a Mata Atlântica como área verde de absorção, que é composta por uma vegetação mais densa que o cerrado, que absorve menos gás carbônico. “O objetivo da pesquisa é fornecer subsídios para o planejamento e a implantação de medidas que visem melhorar a vida das pessoas. Estamos enfrentando uma situação global muito óbvia da nossa sustentabilidade. Se não mudarmos as nossas intervenções vamos sofrer as consequências”, alerta o coordenador do estudo, o professor Genebaldo Freire.

Cálculos

Na metodologia usada na pesquisa, os cientistas consideraram a composição do combustível consumido pela maioria dos automóveis, definida como gasol (uma

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combinação de álcool e gasolina), a quilometragem média rodada por veículo(50km/dia) e a quantidade de gás carbônico emitido por cada quilômetro percorrido (cerca de 150g). Por meio dessa equação, concluíram que seria preciso uma área florestal de 19, 2 mil km², taxa 3,2 vezes superior ao território do DF, que é de 5.882km².

Se os 1, 176 milhões de carros fossem às ruas todos os dias, o dano ambiental seria ainda maior. A emissão de gás carbônico anual estimada seria de 3,2 mil toneladas, sendo preciso uma área verde equivalente a 9,7 DFs para neutralizar a poluição.

“Não há como se pensar em políticas de redução do efeito estufa (veja arte) sem falar em melhorar o transporte público. O sistema é precário em todo o Brasil. Brasília, especialmente, é muito dependente do transporte individual e isso faz com que a emissão per capita de gás carbônico seja muito elevada”, analisa o professor Saulo Rodrigues Filho, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB). Além de investir em transporte público, repensar o planejamento urbano da cidade é outra medida que pode amenizar o problema. “Seria preciso criar outros centros para que as pessoas não precisem se deslocar tanto para realizar suas atividades”, analisa Joaquim Aragão, professor da UnB e especialista em trânsito.

Projeções à parte, na prática, o brasiliense já sente o impacto do excesso de poluentes no ar. O vendedor Adriano Brandão de Souza, 23 anos, vende livros próximo a uma parada de ônibus no centro de Taguatinga e sente diariamente as consequências do grande volume de carros nas vias da cidade. “Se venho trabalhar de branco, a sujeira do ar fica nítida na roupa. Quando chego em casa, vejo no espelho que meus olhos estão bastante

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vermelhos. Também sinto ardência ao respirar e coceira nos olhos”, queixa-se.

Qualidade do ar

Em maio, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) divulgou um estudo, feito em parceria com o Centro de Formação de Recursos Humanos em Transportes (Ceftru) da UnB, sobre a qualidade do ar do DF. Dos sete pontos analisados em cinco localidades, apenas dois apresentaram índice considerados bons pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O levantamento apontou que os níveis de poluição da da Fercal, da Rodoviária do Plano Piloto e do centro de Taguatinga ultrapassam o limite considerado aceitável pelo órgão ambiental, que é de 80 microgramas de partículas poluentes por metro cúbico de ar.

O peso das emissões

1,176 milhão

Número de veículos do DF (até maio de 2010)

1.066.000 toneladas Quantidade de CO2 emitida anualmente por um terço da frota do DF

Faça as contas

Aprenda a calcular a quantidade de gás carbônico que o

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seu veículo emite por ano (o resultado será em gramas):

Marque a quilometragem rodada pelo seu carro durante um dia, multiplique por 150 (quantidade de gramas de CO2 emitida por quilômetro rodado) e multiplique o resultado obtido por 365 (dias do ano) Ex: 100km X 150 X 365 = 5.475.000 gramas ou 5, 475 quilos de CO2 por ano

Motorizados

Quantidade de veículos per capita

DF - 2,2 por habitante São Paulo - 1,6 Rio de Janeiro - 2,6

(Fontes: Detrans estaduais e IBGE)

O verde está sumindo

Em 2010, o Distrito Federal alcançou a marca de 2,2 automóveis por habitante. Em 10 anos, a frota do DF mais que dobrou. No início da década, eram 585.424 veículos registrados no Departamento de Trânsito do DF (Detran). Hoje, o número passa de 1,176 milhões — dados de maio. Já a área verde da capital da República tem diminuído de forma assustadora. De acordo com o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Gustavo Souto Maior, nos últimos 50 anos, cerca de 70% da cobertura vegetal do Distrito Federal foi tomada, principalmente, pela ocupação urbana e pela atividade agrícola, com destaque

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para a produção de soja.

“Praticamente o que restou foram as Unidades de Conservação de Proteção Integral, como o Parque Nacional de Brasília, a Estação Ecológica de Águas Emendadas, o Jardim Botânico de Brasília, a Reserva Ecológica do IBGE e a fazenda Água Limpa da UnB”, relata Souto Maior. Segundo ele, a área verde preservada representa menos de 30% do total do quadrilátero.

“A cobertura vegetal serve para sequestrar o carbono emitido para a atmosfera, se isso não ocorre, estamos contribuindo para o aquecimento global”, explica o presidente do órgão ambiental. Para Souto Maior, o DF está na contramão do desenvolvimento sustentável, especialmente no que diz respeito ao transporte. “Em vez de estar tirando os carros da rua, estamos incentivando o transporte individual. É cada vez maior a facilidade de crédito para se adquirir um veículo. É necessário duplicar pistas e construir viadutos, mas essas são soluções paliativas. O problema pode ser resolvido aparentemente, mas, depois, tudo estará engarrafado de novo.”

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Pela integridade urbanaAna [email protected] 29ago10

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Brasília é uma cidade que acorda e dorme açoitada pelo ronco dos motores. Não que qualquer outra metrópole deixe de ser refém dos carros. Mas, aqui, há agravantes: o transporte público ineficiente, o serviço de metrô ainda bastante limitado a alguns locais e, sobretudo, o grande número de veículos por família. Além da poluição ambiental, o excesso de carros deixa o trânsito caótico, com pontos de congestionamento espalhados por toda a cidade, que ainda padece com as obras inacabadas — vide o exemplo de Águas Claras, de onde chegam depoimentos de pessoas no auge do estresse por conta das horas perdidas em engarrafamentos diários. O problema chama ainda mais atenção diante da realidade mostrada na última sexta-feira, pela editoria de Cidades, e que mereceu manchete deste jornal: 45% dos carros em circulação estão irregulares. Os dados do Detran são alarmantes. Quase metade dos motoristas não estão pagando suas multas e seus impostos. A despeito de não sabermos, é verdade, onde e como são aplicados os recursos arrecadados com as punições e as taxas, a obrigação é quitar débitos e fazê-lo dentro do prazo. Alguns até estão em dia, mas se esqueceram de atualizar as informações e correm o risco de ter o carro levado para o depósito por uma bobagem. Outros se dizem vítimas da veia burocrática do Estado e dos problemas de atendimento. Mas o fato é que, a partir de 1° de outubro, começa a fiscalização. E seria salutar para o bolso dos próprios motoristas e para a segurança de quem trafega que todos honrassem seus compromissos e andassem por aí com seus carros legalizados. Porém, não é apenas a falta de documento ou a inadimplência que preocupam. Numa capital que preza pela qualidade de vida, ter uma política de trânsito não se resume a gerir uma frota. É preciso despertar a consciência de que temos motoristas, mas também pedestres e usuários do transporte coletivo, ciclistas, motociclistas. Uma das alternativas mais bem-sucedidas na Europa, por exemplo, é o uso inteligente da bicicleta, que, após um século de existência, se consolida como meio de transporte e inaugura até movimentos, como o cycle chic — como você pode ver na reportagem de capa da Revista do Correio, que circula hoje. Dar o suporte necessário aos transportes alternativos também é obrigação do governo. Na esfera local, espera-se que o projeto de construção de ciclovias prospere e que os órgãos públicos

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entendam a necessidade de investir na infraestrutura de transporte urbano e no sistema de gerenciamento que funcione e não apenas encha de dinheiro os bolsos dos donos de empresas de ônibus.=

AbandonoDiariamente, saio para caminhar ou pedalar pelas quadras da Asa Sul. É de dar tristeza o completo abandono da cidade. É muita sujeira! A gente vê algum gari trabalhando e outros batendo papo ou falando ao celular. Dias atrás, atravessei com minha bicicleta uma passarela subterrânea, para não arriscar a vida por cima dos eixos, mas é estarrecedor observar o estado deplorável dessas passagens. Parece-me que não há limpeza. Além do medo que se enfrenta, deparei-me com um cidadão maltrapilho acendendo um cigarro e pegando algo embaixo da tampa do bueiro, provavelmente droga. Nesse momento, disse bom-dia para ele e acelerei, pois não havia ninguém usando aquele local. Policiamento? É coisa rara! Infelizmente, a nossa capital está sofrendo com tanto descaso. » Sebastião Machado Aragão, Asa Sul

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Capital dos carros e da poluiçãoPesquisa revela que seria necessário uma área verde 3,2 vezes maior que o DF para neutralizar as 3,2 mil toneladas de gás carbônico produzidas a cada ano pelos

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veículos que circulam atualmente na cidade

Mariana Sacramento8jul10

Fotos: Elio Rizzo/Esp. CB/D.A Press

Segundo dados levantados pelo estudo, o crescimento da frota de veículos se dá de maneira inversamente proporcional às áreas capazes de absorver os poluentes produzidos

O vendedor ambulante Adriano Brandão de Souza diz sentir na pele os efeitos das impurezas do ar

 

Os grandiosos congestionamentos que aumentam em Brasília a cada ano não são o único transtorno gerado pelo galopante crescimento da frota do Distrito Federal. Para neutralizar o gás carbônico emitido pelos automóveis que transitam pelas ruas da cidade seria necessário que a capital contasse com uma área verde 3,2 vezes maior que o DF. É o que revela um estudo realizado por professores da Universidade Católica de Brasília (UCB). Pelo cálculo dos pesquisadores, apenas um terço do total de carros, que somam hoje cerca de 1, 176 milhões de unidades, despeja anualmente mais de mil toneladas de CO2 na atmosfera. “O agravante desse quadro

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é que enquanto aumentamos continuamente a frota (aumento de emissões), reduzimos continuamente a nossa área verde (redução da capacidade de absorção).” A avaliação consta da minuta do estudo que vai compor um trabalho ainda mais amplo sobre os riscos e as vulnerabilidades ambientais do DF. A pesquisa ainda considerou a Mata Atlântica como área verde de absorção, que é composta por uma vegetação mais densa que o cerrado, que absorve menos gás carbônico. “O objetivo da pesquisa é fornecer subsídios para o planejamento e a implantação de medidas que visem melhorar a vida das pessoas. Estamos enfrentando uma situação global muito óbvia da nossa sustentabilidade. Se não mudarmos as nossas intervenções vamos sofrer as consequências”, alerta o coordenador do estudo, o professor Genebaldo Freire. Cálculos Na metodologia usada na pesquisa, os cientistas consideraram a composição do combustível consumido pela maioria dos automóveis, definida como gasol (uma combinação de álcool e gasolina), a quilometragem média rodada por veículo(50km/dia) e a quantidade de gás carbônico emitido por cada quilômetro percorrido (cerca de 150g). Por meio dessa equação, concluíram que seria preciso uma área florestal de 19, 2 mil km², taxa 3,2 vezes superior ao território do DF, que é de 5.882km². Se os 1, 176 milhões de carros fossem às ruas todos os dias, o dano ambiental seria ainda maior. A emissão de gás carbônico anual estimada seria de 3,2 mil toneladas, sendo preciso uma área verde equivalente a 9,7 DFs para neutralizar a poluição. “Não há como se pensar em políticas de redução do efeito estufa (veja arte) sem falar em melhorar o transporte público. O sistema é precário em todo o Brasil. Brasília, especialmente, é muito dependente do transporte individual e isso faz com que a emissão per capita de gás carbônico seja muito elevada”, analisa o professor Saulo Rodrigues Filho, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB). Além de investir em transporte público, repensar o planejamento urbano da cidade é outra medida que pode amenizar o problema. “Seria preciso criar outros

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centros para que as pessoas não precisem se deslocar tanto para realizar suas atividades”, analisa Joaquim Aragão, professor da UnB e especialista em trânsito. Projeções à parte, na prática, o brasiliense já sente o impacto do excesso de poluentes no ar. O vendedor Adriano Brandão de Souza, 23 anos, vende livros próximo a uma parada de ônibus no centro de Taguatinga e sente diariamente as consequências do grande volume de carros nas vias da cidade. “Se venho trabalhar de branco, a sujeira do ar fica nítida na roupa. Quando chego em casa, vejo no espelho que meus olhos estão bastante vermelhos. Também sinto ardência ao respirar e coceira nos olhos”, queixa-se. Qualidade do ar Em maio, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) divulgou um estudo, feito em parceria com o Centro de Formação de Recursos Humanos em Transportes (Ceftru) da UnB, sobre a qualidade do ar do DF. Dos sete pontos analisados em cinco localidades, apenas dois apresentaram índice considerados bons pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O levantamento apontou que os níveis de poluição da da Fercal, da Rodoviária do Plano Piloto e do centro de Taguatinga ultrapassam o limite considerado aceitável pelo órgão ambiental, que é de 80 microgramas de partículas poluentes por metro cúbico de ar. O PESO DAS EMISSÕES 1,176 milhão Número de veículos do DF (até maio de 2010) 1.066.000 toneladas Quantidade de CO2 emitida anualmente por um terço da frota do DF

Faça as contasAprenda a calcular a quantidade de gás carbônico que o seu veículo emite por ano (o resultado será em gramas):Marque a quilometragem rodada pelo seu carro durante um dia, multiplique por 150 (quantidade de gramas de CO2 emitida por quilômetro rodado) e multiplique o resultado obtido por 365 (dias do ano) Ex: 100km X 150 X 365 = 5.475.000 gramas ou 5, 475 quilos de CO2 por ano

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MotorizadosQuantidade de veículos per capitaDF - 2,2 por habitante São Paulo - 1,6 Rio de Janeiro - 2,6 Fontes: Detrans estaduais e IBGE

O verde está sumindoEm 2010, o Distrito Federal alcançou a marca de 2,2 automóveis por habitante. Em 10 anos, a frota do DF mais que dobrou. No início da década, eram 585.424 veículos registrados no Departamento de Trânsito do DF (Detran). Hoje, o número passa de 1,176 milhões — dados de maio. Já a área verde da capital da República tem diminuído de forma assustadora. De acordo com o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Gustavo Souto Maior, nos últimos 50 anos, cerca de 70% da cobertura vegetal do Distrito Federal foi tomada, principalmente, pela ocupação urbana e pela atividade agrícola, com destaque para a produção de soja. “Praticamente o que restou foram as Unidades de Conservação de Proteção Integral, como o Parque Nacional de Brasília, a Estação Ecológica de Águas Emendadas, o Jardim Botânico de Brasília, a Reserva Ecológica do IBGE e a fazenda Água Limpa da UnB”, relata Souto Maior. Segundo ele, a área verde preservada representa menos de 30% do total do quadrilátero. “A cobertura vegetal serve para sequestrar o carbono emitido para a atmosfera, se isso não ocorre, estamos contribuindo para o aquecimento global”, explica o presidente do órgão ambiental. Para Souto Maior, o DF está na contramão do desenvolvimento sustentável, especialmente no que diz respeito ao transporte. “Em vez de estar tirando os carros da rua, estamos incentivando o transporte individual. É cada vez maior a facilidade de crédito para se adquirir um veículo. É necessário duplicar pistas e

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construir viadutos, mas essas são soluções paliativas. O problema pode ser resolvido aparentemente, mas, depois, tudo estará engarrafado de novo.”(MS)

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Les nouvelles voitures écologiques disponibles dans moins de 9 mois13 avril 2010 (mis à jour le 10 mars 2011) - ÉNERGIES ET CLIMAT

Jean-Louis Borloo, ministre du Développement durable et Christian Estrosi, ministre chargé de l’Industrie, ont signé, mardi 13 avril, une charte avec douze collectivités territoriales pilotes et les constructeurs automobiles PSA et Renault pour s’engager sur le déploiement, dès 2010, d’infrastructures de recharge des

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véhicules électriques et hybrides rechargeables accessibles au public.

Jean-Louis Borloo avait présenté, le jeudi 1er octobre 2009, un plan national avec 14 actions concrètes pour favoriser le développement de voitures électriques et hybrides rechargeables.Grâce à la mobilisation de chacun des acteurs, ce plan connaît aujourd’hui des avancées majeures, notamment dans trois domaines : le déploiement des infrastructures de recharge, le soutien à la demande et les aides à l’achat de véhicules.

Engagement des collectivités pour le déploiement d’infrastructures de recharges accessibles au publicLa diffusion massive et rapide de véhicules

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décarbonés, qui arrivent sur le marché dans moins de 9 mois, nécessite le déploiement sur le terrain d’infrastructures publiques de recharge. Le projet de loi Grenelle 2, qui sera examiné par l’Assemblée Nationale le 4 mai prochain, prévoit de confier cette compétence aux communes ainsi qu’à leurs groupements.En attendant, la charte signée le 13 avril permet d’anticiper ces évolutions :

• l’État s’engage à formuler des recommandations opérationnelles pour le déploiement des infrastructures publiques de recharge, qui seront regroupées au sein d’un livre vert publié en octobre 2010. Il précisera également les modalités de financement prévues dans le cadre du Grand Emprunt pour aider les collectivités ;

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• les collectivités territoriales « pilotes » s'engagent à mettre en œuvre, dès l’année 2010, le déploiement d'infrastructures de recharges publiques. Les collectivités sont : Bordeaux, Grenoble, Rennes, Nice, Angoulême, Pays d’Aix-en-Provence, Orléans, Paris, Rouen, Strasbourg, Le Havre et le Grand Nancy ;

• Les constructeurs automobiles Renault et PSA s'engagent à être en mesure de commercialiser 60 000 véhicules électriques en France en 2011-2012, en ciblant notamment les agglomérations qui développent un réseau d’infrastructures de recharge suffisant.

Lancement de la 1re grande commande groupée de 50 000 véhicules électriquesJean-Louis Borloo a annoncé la constitution juridique du groupement destiné à

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passer une première commande de 50 000 véhicules électriques, d’une autonomie d’au moins 150 km.Il s’agit de garantir aux constructeurs français une demande suffisante pour qu’ils puissent lancer la production de véhicules électriques, en toute sécurité, à une échelle industrielle.Ce groupement, piloté par La Poste, réunit une vingtaine d’entreprises privées ou publiques : ADP, Air France, AREVA, Bouygues, EDF, ERDF, Eiffage, France Télécom, GDF-Suez, Suez Environnement, GRT Gaz, GRDF, La Poste, la RATP, la SAUR, la SNCF, SPIE, l’UGAP, Vinci et Veolia.La procédure d’appel d’offres sera lancée le 23 avril par un dialogue compétitif avec les constructeurs, pour faire émerger les meilleures propositions. À cette occasion les ministres ont confirmé le super bonus de 5000 euros pour l’achat de

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véhicules jusqu’en 2012.Le dispositif prévoit une aide de 5000 euros à toute personne qui fait l’acquisition d’un véhicule dont les émissions de CO2 sont inférieures ou égales à 60 g/km. Pour les consommateurs, c’est la garantie que les véhicules électriques seront au même prix que les véhicules traditionnels.À noter que les hybrides, dont les émissions de CO2 sont inférieures ou égales à 135 g/CO2/km peuvent bénéficier d’un bonus de 2000 euros, comme les véhicules au GPL ou au gaz naturel de ville.

2009

- Novo instituto procura calcular ônus da poluição do ar. Agência USP. Rodrigo Martins. 13/01/2009

13/01/2009

Novo instituto procura calcular ônus da poluição do arRodrigo Martins / Agência USP

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Apesar do nome extenso, a “Análise Integrada de Risco Ambiental” tem um significado bem direto. “Seu objetivo é fornecer as maiores informações possíveis sobre quem está produzindo a poluição, qual é a dose que a gente está recebendo nos mais diversos cenários, quais são os efeitos, qual é o custo disso", resume o professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do recém-criado Instituto Nacional de Análise Integrada de Risco Ambiental. "Os dados fornecerão instrumentos para que políticas públicas sejam efetuadas com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes”.

Saldiva entende que uma maneira importante de provocar alguma alteração no nível de degradação ambiental é demonstrando os custos futuros da poluição, principalmente aqueles que afetam a saúde humana. Para ele, as decisões tomadas hoje em dia sobre as opções de combustíveis estão muito mais baseadas no custo do processo operacional do que nas consequências. “A saúde humana é o lado fraco desse processo”, comenta.

Ainda na idéia de acrescentar outros fatores ao “preço” que se paga pelos combustíveis, Saldiva acrescenta e faz um prognóstico: “O valor de um combustível vai além do custo de produção, processamento e distribuição. Fenômenos como aquecimento global e poluição atmosférica vão agregar ou subtrair valor de um combustível.”

Objetivos O Instituto terá suas pesquisas voltadas exclusivamente para a poluição atmosférica, segundo o professor, por três motivos: não há estação de tratamento de ar, é o único tipo de poluição que atinge todas as pessoas e o ar é muito mais difícil de ser analisado do que outros focos de poluição, como a água. Nesse sentido, serão analisados três cenários, o urbano, o da agroindústria, com, por exemplo, os processos de produção dos alimentos, e o dos biocombustíveis.

Sobre as pesquisas o Instituto, já existem alguns projetos. Um

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deles será uma espécie de container com ar limpo, para analisar a melhora na condição de pacientes doentes. Haverá ainda um concentrador de poluentes atmosféricos no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, que irá simular dias de poluição excessiva.

No Hospital Universitário (HU) da USP, serão analisadas 400 gestantes, dos mais deferentes perfis, fumantes e não-fumantes e que moram próximas ou distantes da poluição. As mulheres serão acompanhadas durante todo o período de gestação e seus filhos até os três anos de idade. O objetivo é analisar distúrbios como o autismo, baixo peso e obesidade, entre outros problemas.

Outro projeto do Instituto irá abordar educação ambiental problematizada para estudantes de ensino fundamental. Já há experiências nessa área em cidades como Cubatão e São José dos Campos, com a criação de plantas que mudam de cor em ambientes poluídos, transformando a escola num ponto de monitoramento da poluição em seu entorno. Há ainda a proposta de construção de um “laboratório de ensino”, uma estufa dentro do Parque do Ibirapuera que servirá de laboratório para professores e alunos.

Projetos A rede do Instituto já conta com mais de 90 pesquisadores de vários estados do Brasil. Na USP, farão parte a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), o HU e diversos departamentos da FMUSP.

Saldiva comenta que a rede de pesquisadores já estava formada há certo tempo com o apoio de órgãos como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), além de parcerias com entidades internacionais como as universidades de Harvard e Toronto. Ele acrescenta que na

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USP esta área está bem desenvolvida, figurando como uma das principais do mundo.

Mais informações: [email protected], com o professor Paulo Saldiva

2006

- Risco ambiental. CB. 2006

VISÃO DO CORREIORisco ambiental

Berço de nascentes, o Distrito Federal é importante unidade de conservação. Com crescimento urbano desordenado, a qualidade da água consumida por milhões de pessoas fica comprometida. Daí a necessidade de atenção máxima à questão ambiental no trato da política habitacional local. 

No momento, chama atenção o que ocorre em Vicente Pires. Pelo menos 500 casas estão ameaçadas de demolição porque foram construídas em áreas de preservação ambiental, as APPs. Muito próximos a cursos d´água, esse locais, ao serem habitados, terminam poluídos, com danosas conseqüências para a saúde pública. 

Vicente Pires, contudo, está longe de ser um caso isolado. Atraídos pela paisagem, pelo contato próximo à natureza, brasilienses erguem casas à beira de rios em várias regiões do DF. São notórios os estragos nos condomínios horizontais, em áreas como Park Way, Jardim Botânico e Grande Colorado. 

Nem é preciso ir longe para flagrar as agressões. O Lago Paranoá está cercado por construções irregulares. A faixa de proteção de 30 metros da margem não é respeitada. As invasões já estiveram na mira do Ministério Público e da Secretaria de Meio Ambiente, que realizaram diversas tentativas de desocupação da área, não raro barradas por liminares concedidas pela Justiça. 

À parte essas ações dos órgãos públicos, predominam as omissões do Governo do Distrito Federal e do Ibama, que permitiram a proliferação das ocupações irregulares. Com o problema consolidado, exige-se a reparação do erro. Mais preocupação para os cerca de 500 mil moradores de condomínios horizontais,

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erguidos em terras públicas e particulares, pois a ocupação em APPs será obstáculo para a regularização. 

O Ibama exigirá que as casas construídas nessas áreas sejam retiradas. Caso contrário, não serão concedidas licenças ambientais para a legalização fundiária dos condomínios. Ainda que tardiamente, o órgão apenas cumpre o que determina a legislação. Deve envidar maiores esforços preventivos. 

O patrimônio ambiental da capital da República carece de proteção. A falta de fiscalização leva à impunidade e serve de incentivo a construções irregulares. A população também precisa se conscientizar. Afinal, os invasores das APPs são as primeiras vítimas do dano que causam à natureza.

2005

- Cidades italianas proíbem uso de automóveis para reduzir poluição. Folha de SP. 16/02/2005

Cidades italianas proíbem uso de automóveis para reduzir poluiçãoFolha Online -16 de fevereiro de 2005

Oito cidades italianas proibiram neste domingo (13) o uso de veículos durante seis horas. A restrição na área urbana tem como objetivo diminuir os níveis de poluição ambiental. Em Roma, o tráfego de automóveis e motos foi proibido das 10h às 18h locais (7h às 15h de Brasília/DF) e a experiência será repetida no dia 6 de março.

A capital, que amanheceu com sol e temperatura amena, foi invadida por pedestres e pessoas que circulavam de bicicleta, inclusive para chegar à praça de São Pedro, onde o papa João Paulo II participou de seu primeiro compromisso público depois da internação.

A proibição estendeu-se aos bairros populares e periféricos de Roma. Com isso, os romanos puderam passear sem ter de ouvir o barulho de automóveis que costuma incomodá-los. Apenas ambulâncias, médicos, cortejos fúnebres e carros de casamento puderam circular por ordem da Prefeitura.

No norte da península, a região mais poluída do país, as cidades de Mantua, Cremona, Bolonha, Ferrara, Parma, Pavia e Ravena também decretaram o dia sem carro.

A Comissão Européia exigiu que a Itália tome as medidas necessárias para que a poluição não supere os índices estabelecidos para os países da União Européia. As autoridades do país foram acusadas de negligência, por sua atitude frente ao problema.

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Os prefeitos das grandes cidades e o ministro italiano do Meio Ambiente, Altero Matteoli, culpam uns aos outros e não conseguem estabelecer uma conduta comum para reduzir os altos índices de poluição.

"As proibições temporárias não resolvem o problema", disse recentemente Matteoli, que propõe a adoção de medidas estruturais e o pagamento de incentivos para aqueles que deixarem na garagem seu carro ou sua moto.