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DOCUMENTO TEMÁTICO
REALIZAÇÃO:
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO
DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
APOIO:
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
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GOVERNO BRASILEIRO
Presidência da República
MICHEL TEMER
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
JOSÉ SARNEY FILHO
Secretaria Executiva
MARCELO CRUZ
Secretaria de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos
JAIR VIEIRA TANNUS JUNIOR
Diretoria de Zoneamento Territorial
RAIMUNDO NONATO C. CORDEIRO FILHO
Gerência Costeira
RÉGIS PINTO DE LIMA
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO
DYOGO HENRIQUE DE OLIVEIRA
Secretaria Executiva
DYOGO HENRIQUE DE OLIVEIRA
Secretaria do Patrimônio da União
SIDRACK DE OLIVEIRA CORREIA NETO
Departamento de Destinação do Patrimônio
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ANDRÉ LUÍS PEREIRA NUNES
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
JOSÉ SERRA
Secretaria-Geral das Relações Exteriores
MARCOS BEZERRA ABBOTT GALVÃO
Subsecretaria-Geral de Cooperação Internacional, Promoção Comercial e Temas
Culturais
SANTIAGO IRAZABAL MOURÃO
Agência Brasileira de Cooperação
JOÃO ALMINO
GOVERNO ESPANHOL
Embaixador da Espanha no Brasil
MANUEL DE LA CÁMARA HERMOSO
Coordenador-Geral da Cooperação Espanhola no Brasil
JESÚS MOLINA VÁZQUEZ
Diretora de Programas da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o
Desenvolvimento (AECID)
MARGARITA GARCÍA HERNÁNDEZ
Diretor de Projetos da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o
Desenvolvimento (AECID)
ALEJANDRO MUÑOZ MUÑOZ
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COORDENAÇÃO TÉCNICA
Instituto de Hidráulica Ambiental da Cantabria - Universidade da Cantabria
Laboratório de Oceanografia Costeira - Universidade Federal de Santa Catarina
Instituto Oceanográfico – Universidade de São Paulo
Ministério do Meio Ambiente do Brasil
RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
Professor: Mauricio González Rodríguez
Endereço: c/Isabel Torres nº 15
Parque Científico e Tecnológico da Cantabria 39011 Santander
Espanha
E-mail: [email protected]
Tel.: +34 942 201 616
Fax: +34 942 266 361
http.//www.ihcantabria.com
Professor: Antonio Henrique da Fontoura Klein
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Geociências
Campus Universitário - Trindade
Florianópolis, SC- Brasil - CEP: 88040-900
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E-mail: [email protected]
Tel.: 55-48-37212577
http://loc.ufsc.br/
Professor: Moysés Gonsalez Tessler
Universidade de São Paulo
Endereço: Rua Anna Nastari Brunetti, 62 Granja Viana, Cotia , São Paulo-Brasil.
CEP: 06709-135
E-mail: [email protected]
Tel.: 55-11-98381-8410
http://ldc.io.usp.br/
Diego Pereira de Oliveira (Analista de Infraestrutura)
Ministério do Meio Ambiente
SEPN 505 – Bloco B - Edifício Marie Prendi Cruz – sala 107
Brasília - DF - Brasil - 70730-542
E-mail: [email protected]
Tel.: 55- 61- 2028-1743 / 55-61-2028-1364
http://www.mma.gov.br/
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Observação Jurídica
Nenhum dos participantes, nem as instituições as quais representam no desenvolvimento
do SMC-Brasil, são responsáveis pela utilização dada a esta publicação.
A base de dados de ondas em águas profundas (GOW) e de níveis (GOT; GOS) incluída
no SMC-Brasil são de propriedade do IH Cantabria. O SMC-Brasil permite o
processamento e análise de tais dados ao longo da costa brasileira. Todavia, esses
dados não estão disponíveis para os usuários do sistema, apenas o dado processado e
analisado por cada usuário. O uso inadequado desses dados ou dos resultados obtidos a
partir destes, bem como as ferramentas não são de responsabilidade do IH Cantabria ou
do grupo que desenvolveu o projeto nem do MMA. Os usuários não podem utilizar
técnicas de engenharia reversa, descompilar ou fazer o download da base de dados de
ondas e níveis do software SMC-Brasil.
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Contribuições e Desenvolvimento Instituto de Hidráulica Ambiental da Cantabria (IH Cantabria) Universidade da Cantabria Instituição líder do projeto: Mauricio González (principal pesquisador do projeto), Raúl Medina, Omar Gutiérrez (coordenador do projeto), Nabil Kakeh, Cynthia Martínez, Roland Garnier, Lara Ruiz, Jara Martínez, Verónica Canovas, Laura Ribas de Almeida, Belén López, Fernando Méndez, Antonio Espejo, Melisa Menéndez, Ana Abascal, Sonia Castanedo. Laboratório de Oceanografia Costeira - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Líder local do projeto: Antonio Henrique da Fontoura Klein (principal pesquisador do projeto), Clarissa Brelinger De Luca, Priscila Hoerbe Soares, Paula Gomes da Silva, Jonas Gomes Oliveira, Maiara Werner Pinto, Charline Dalinghaus, Caio Trajano Siqueira Salgado, Julia Gil dos Santos. Instituto Oceanográfico – Universidade de São Paulo (USP) Líder local do projeto: Moyses Gonsalez Tessler (principal pesquisador do projeto), Samara Cazzoli y Goya. Gerenciamento Costeiro – Ministério do Meio Ambiente (MMA) Colaboradores: Márcia Regina Lima de Oliveira, Leila Swerts, Adelias Freires Bastos, Salomar Mafaldo de Amorim Júnior, Flávia Cabral Pereira, Bruna Teixeira Pandolpho da Costa e Silva e Mateus Pereira Rodrigues Borges. Revisão Claudio Freitas Neves - COPPE/UFRJ Dieter Muehe - UFRJ João Luiz Nicolodi - FURG Financiamento do projeto Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento – AECID Ministério do Meio Ambiente- MMA Brasil Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão/Secretaria de Patrimônio da União- MP-SPU Brasil. Colaboração (Fornecimento de dados) Marinha do Brasil Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) Foto da Capa Autor: Carlos Bippus Cedida por: Armando Sampaio Local: Rio de Janeiro, 1933.
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Projeto SMC-Brasil: Uma Proposta de Abordagem para o Estabelecimento de Regime Probabilístico de Área de Inundação Costeira do Brasil / Ministério do Meio Ambiente- MMA / Instituto de Hidráulica Ambiental da Cantabria – IH Cantabria / Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Brasília-DF, Brasil - 2017.
ISBN xxx-xx-xxxxx-xx-x xxx p. 1. Dinâmica Costeira. 2. Modelagem Costeira. 3. Gestão Costeira. 4. Cota de Inundação. I. Título.
II. Ministério do Meio Ambiente - MMA. III. Instituto de Hidráulica Ambiental da Cantabria – IH Cantabria. IV. Universidade Federal de Santa Catarina -UFSC – MMA.
CDU: 910.1
910.2
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Sumário
9
Sumário
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO ..................................................................................... 21
1. Introdução.......................................................................................................... 22
1.1. Marco do Documento ................................................................................... 22
1.2. Limitações do Uso do Documento ................................................................ 27
1.3. Estrutura do Documento ............................................................................... 29
CAPÍTULO 2: COTA DE INUNDAÇÃO ....................................................................... 31
2. Cota de Inundação ............................................................................................ 32
2.1. Introdução .................................................................................................... 32
2.2. Inundação costeira ....................................................................................... 32
2.3. Metodologias de Estimativa da Cota de Inundação ...................................... 34
2.3.1. Análise de Curto Prazo - Regime Médio ............................................ 34
2.3.2. Análise de Longo Prazo - Regime Extremo ........................................ 35
CAPÍTULO 3: CARACTERIZAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO ................................ 39
3. Caracterização do Litoral Brasileiro ................................................................... 40
3.1. Introdução .................................................................................................... 40
CAPÍTULO 4: DETERMINAÇÃO DA COTA DE INUNDAÇÃO NO LITORAL
BRASILEIRO .............................................................................................................. 43
4. Determinação da Cota de Inundação no Litoral Brasileiro ................................. 44
4.1. Introdução .................................................................................................... 44
4.2. Informação Utilizada ..................................................................................... 45
4.2.1. Base de Dados de Maré Astronômica (Global Ocean Tide – GOT) .... 47
4.2.2. Base de Dados de Maré Meteorológica (Global Ocean Surge –GOS) 53
4.2.3. Base de Dados de Ondas (Global Ocean Waves – GOW) ................. 57
4.3. Divisão do Litoral Brasileiro .......................................................................... 60
4.3.1. Orientação das Praias ........................................................................ 63
4.3.2. Direções da Batimetria ....................................................................... 66
4.3.3. Níveis de Referência (z0) ................................................................... 66
4.4. Propagação de Ondas e Cálculo do Runup .................................................. 69
4.4.1. Transformação de ondas em águas rasas ......................................... 69
4.4.2. Propagação de ondas pelo método de Snell ...................................... 72
4.4.3. Cálculo do Runup............................................................................... 75
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Sumário
10
4.5. Cálculo da Cota de Inundação (CI) e Resultados ......................................... 76
4.5.1. Análise de Curto Prazo – Regime Médio ............................................ 77
4.5.2. Análise de Longo Prazo - Regime Extremo ........................................ 79
4.6. Considerações Sobre o Uso do Documento ................................................. 81
CAPÍTULO 5: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO
DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
................................................................................................................................... 83
5. Uma Proposta de Abordagem para o Estabelecimento de Regime Probabilístico
de Área de Inundação Costeira do Brasil .................................................................... 84
5.1. Introdução .................................................................................................... 84
5.2. Como Buscar os Resultados no documento “Uma proposta de abordagem
para o estabelecimento do regime probabilístico de inundação costeira do Brasil” . 84
................................................................................................................................ 89
5.3. Exemplo de Aplicação do Documento .......................................................... 90
5.4. Uma proposta de abordagem para o estabelecimento de regime probabilístico
de área de inundação costeira do Brasil: ................................................................. 96
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 180
ANEXO 1 .................................................................................................................. 189
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Lista de Figuras
11
Lista de Figuras
Figura 1 – Fluxograma esquemático do Projeto SMC - Brasil. .................................... 25
Figura 2 - Processos de wave setup e espraiamento junto à praia. Fonte: Modificado
de Ruggiero et al. (1997). ........................................................................................... 33
Figura 3 - Esquematização dos componentes da cota de inundação. ......................... 33
Figura 4 - Exemplo dos valores obtidos considerando os máximos anuais e o POT,
neste caso aplicado a dados de altura significativa de ondas. .................................... 37
Figura 5 - Tempestade entre dois pontos que cruzam a altura significativa limite. ...... 37
Figura 6 - Fluxograma da metodologia aplicada para obtenção dos valores de cota de
inundação ao longo do litoral brasileiro. ...................................................................... 45
Figura 7 - Pontos de dados de maré astronômica, maré meteorológica e ondas
utilizados neste documento......................................................................................... 46
Figura 8 - Pontos selecionados ao longo da costa para geração das séries de maré
astronômica. Em branco os 125 pontos (a cada 50 Km) gerados para validação dos
dados. Em vermelho, os 24 pontos escolhidos para o cálculo da cota de inundação no
litoral brasileiro. ........................................................................................................... 48
Figura 9 - Marégrafos encontrados na base de dados da página web da UHSLC
utilizados no processo de validação dos dados de maré astronômica (Fonte: IH
Cantabria - MMA, 2017b). ........................................................................................... 49
Figura 10 - Marégrafos brasileiros utilizados no processo de validação dos dados de
maré astronômica. ...................................................................................................... 50
Figura 11 - Resultado da validação da base de dados de marégrafos utilizados da
página web da UHSLC. São apresentadas a comparação quantil - quantil, erro de
tendência (Viés = BIAS), coeficiente de correlação R², coeficiente de correlação de
Pearson (CORR) e erro quadrático médio (EQM). Fonte: IH Cantabria – MMA (2017b).
................................................................................................................................... 52
Figura 12 - Exemplo de resultado obtido na validação dos dados de maré astronômica
(Marégrafo localizado no Porto de Luiz Correia). Fonte: IH Cantabria - MMA (2017b) 53
Figura 13 - Pontos selecionados para geração das séries de maré meteorológica da
base de dados do SMC-Brasil. ................................................................................... 54
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Lista de Figuras
12
Figura 14 - Marégrafos encontrados na base de dados da página web da UHSLC
utilizados no processo de validação da maré meteorológica (Fonte: IH Cantabria –
MMA (2017b)). ............................................................................................................ 55
Figura 15 - Exemplos de resultados obtidos na validação dos dados de maré
meteorológica (Marégrafo localizado em Macaé - RJ). Em azul são os dados do
marégrafo e em vermelho os dados do SMC – Brasil. Fonte: IH Cantabria - MMA
(2017b) ....................................................................................................................... 56
Figura 16 - Etapas evolvidas na geração da base de dados de ondas GOW. ............. 58
Figura 17 - Malhas utilizadas na simulação do projeto C3A da CEPAL. Em amarelo, a
malha utilizada nas simulações na costa brasileira. Fonte: IH Cantabria - MMA
(2017a). ...................................................................................................................... 59
Figura 18 - Comparação entre dados medidos com satélite e dados de reanálise antes
e depois de calibrados. Em azul os dados medidos, em verde os dados de reanálise
sem calibração, e em vermelho os dados de reanálise já calibrados (Fonte: Reguero et
al., 2012). .................................................................................................................... 60
Figura 19 - Divisão do litoral brasileiro em 24 zonas de acordo com parâmetros
oceanográficos e orientação da linha de costa. .......................................................... 61
Figura 20 - Diagrama de caixa da altura significativa de onda indicando a distribuição
do parâmetro ao longo das 24 zonas. ......................................................................... 62
Figura 21 - Diagrama de caixa da amplitude de maré astronômica indicando a
distribuição do parâmetro ao longo das 24 zonas. ...................................................... 62
Figura 22 - Diagrama de caixa da amplitude de maré meteorológica indicando a
distribuição do parâmetro ao longo das 24 zonas. ...................................................... 63
Figura 23 - Obtenção da orientação da linha de costa através do ângulo entre a normal
à praia e o norte. Exemplo da Praia dos Ingleses, Florianópolis - SC (Fonte da
imagem: Google Earth). .............................................................................................. 63
Figura 24 - Direções de linha de costa observadas ao longo do litoral brasileiro. ....... 65
Figura 25 - Direções de linha de costa apresentadas em cada uma das 24 zonas.
Legenda de cores está representadas na Figura 24. .................................................. 65
Figura 26 - Diferenças entre o nível do mar apresentado na carta e valores de nível
apresentados por alguns marégrafos da área. Exemplo representado na carta 200 da
DHN, entre o estado do Amapá e do Pará. MSL = Nível Médio do Mar. ..................... 67
Figura 27 - Exemplo da relação de níveis apresentada para a Zona 1. ...................... 67
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Lista de Figuras
13
Figura 28 - Localização dos marégrafos escolhidos dentre aqueles apontados nas
cartas náuticas. ........................................................................................................... 69
Figura 29 - Representação do processo de empinamento. Observe que com a redução
da profundidade ocorre a diminuição do comprimento da onda e aumento na altura da
mesma para manter o fluxo de energia constante. ..................................................... 70
Figura 30 - Representação do processo de refração das ondas. É possível verificar a
tendência das ondas de ficarem paralelas à linha de costa conforme se aproximam da
praia (Fonte: Adaptado de HOLTHUIJSEN, 2007). ..................................................... 71
Figura 31 - Representação do processo de difração. Nota-se aqui a modificação da
direção de propagação das ondas devido ao contato com obstáculos (Fonte: Adaptado
de HOLTHUIJSEN, 2007). .......................................................................................... 71
Figura 32 - Orientação da batimetria em dois trechos do perfil. As profundidades (h) e
o ângulo das isóbatas (α), em relação ao norte, nestes dois trechos são considerados
no cálculo. .................................................................................................................. 73
Figura 33 - Representação das principais dimensões/profundidades envolvidas do
cálculo da propagação de ondas por Snell. ................................................................ 74
Figura 34 - Exemplo da análise de regime médio de cota de inundação para praias
dissipativas com orientação para Leste da zona 11. ................................................... 78
Figura 35 - Exemplo da análise de regime médio de cota de inundação para praias
refletivas com orientação para Leste da zona 11. ....................................................... 78
Figura 36 - Exemplo de análise de regime médio realizado para o nível instantâneo do
mar da zona 11. .......................................................................................................... 79
Figura 37 - Resultado da análise de regime extremo das praias refletivas de orientação
Leste (E) da zona 11. IC = Intervalo de Confiança. ..................................................... 81
Figura 38 - Aproximação de Van der Meer e Janssen (1995) para o cálculo do runup
em um perfil de dois setores. ...................................................................................... 82
Figura 39 - Posição da Zona 9 (em verde) no litoral do Brasil. .................................... 85
Figura 40 - Verificação da orientação da linha de costa na zona de interesse (Fonte da
Imagem: Google Earth). .............................................................................................. 86
Figura 41 - Descrição da Zona 9. Destacado em vermelho o número da zona e a
orientação da linha de costa que devem ser observados pelo usuário. Neste caso,
trata-se de uma praia orientada para leste na Zona 9. ................................................ 87
Figura 42 - Exemplo de resultado do regime médio para cota de inundação. ............. 88
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Lista de Figuras
14
Figura 43 - Exemplo de resultado do regime extremo para cota de inundação. .......... 88
Figura 44 - Exemplo de resultado do regime médio para maré. .................................. 89
Figura 45 - Exemplo de resultado do regime extremo para maré. ............................... 89
Figura 46 - Sistema praial Barra da Lagoa-Moçambique, áreas nas quais foi aplicada a
metodologia demonstrada........................................................................................... 90
Figura 47 - Layout Zona 22. ........................................................................................ 91
Figura 48 - Resultados de regime médio de maré da zona 22. ................................... 91
Figura 49 - Resultados de regime extremo de maré da zona 22. ................................ 92
Figura 50 - Resultados de regime médio de cota de inundação da zona 22 (NE). ...... 93
Figura 51 - Resultados de regime médio de cota de inundação da zona 22 (SE). ...... 93
Figura 52 - Passos seguidos para aplicação da metodologia. ..................................... 95
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Lista de Tabelas
15
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Marégrafos encontrados nas bases de dados da página web da UHSLC
utilizados no processo de validação dos dados de maré astronômica. Coordenadas em
graus decimais. Fonte: http://ilikai.soest.hawaii.edu/uhslc/rqds.html ........................... 49
Tabela 2 - Resultados da validação dos dados de maré astronômica dos marégrafos
localizados na costa e em mar aberto. São apresentados o erro de tendência (Viés),
coeficiente de correlação R² e o erro quadrático médio (EQM). Coordenadas em graus
decimais. Distância em quilômetros entre o marégrafo e o ponto de reanálise. (Fonte:
IH Cantabria - MMA (2017c)). ..................................................................................... 51
Tabela 3 - Resultados da validação dos dados de maré astronômica dos marégrafos
localizados nos estuários. Coordenadas: 10528 - Soure (X: -0,73 e Y: -48,52) e 10653
- Ponta do Céu (X: 0,75 e Y: -50,12) em graus decimais. Distância em quilômetros
entre o marégrafo e o ponto de reanálise. .................................................................. 52
Tabela 4 - Marégrafos encontrados na base de dados da página web da UHSLC
utilizados no processo de validação da maré meteorológica. Coordenadas em graus
decimais. .................................................................................................................... 55
Tabela 5 - Direções apresentadas nas zonas 1 a 24. ................................................. 64
Tabela 6 - Orientações iniciais da batimetria para cada área de estudo. .................... 66
Tabela 7 - Marégrafos dos quais foram utilizados os valores de z0 (Fonte: Cartas
náuticas da DHN). Sistema de coordenadas Geográficas (Grau Decimal), Datum
SIRGAS 2000 Z22S. ................................................................................................... 68
Tabela 8 - Parâmetros utilizados e resultados obtidos em cada passo da metodologia.
................................................................................................................................... 96
Tabela 9 - Constantes harmônicas e fator de forma que determina o tipo de maré
(semidiurna, semidiurna com desigualdade diurna, mista ou diurna) para cada
marégrafo utilizado. .................................................................................................. 189
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Lista de Quadros
16
Lista de Quadros
Quadro 1 - Classificação e principais características da costa brasileira..................... 41
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Lista de Abreviaturas
17
Lista de Abreviaturas
ABC – Agência Brasileira de Cooperação
AECID – Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento
AP – Antes do Presente
BIAS – Erro de Tendência (Viés)
BMQ – Média das Baixamares de Quadratura
BMS – Média das Baixamares de Sizígia
CEPAL – Comissión Económica para América Latina
CI – Cota de Inundação
CORR – Coeficiente de Correlação de Pearson
DHN – Diretoria de Hidrografia e Navegação
E – Leste
ENE – Leste-nordeste
EQM - Erro Quadrático Médio
ESE – Leste-sudeste
GEBCO - General Bathymetric Chart of the Oceans
GEV – Generalized Extreme Value
GOS – Global Ocean Surge
GOT – Global Ocean Tide
GOW – Global Ocean Waves
IABS – Instituto Ambiental Brasil Sustentável
IC – Intervalo de Confiança
IH – Instituto Hidráulico
INPH – Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias
JPM – Joint Probabilities Method
MA – Maré Astronômica
MM – Maré Meteorológica
MMA – Ministério do Meio Ambiente
MP – Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
N – Norte
NCEP/NCAR – National Centers for Environmental Prediction / National Center for
Atmospheric Research
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Lista de Abreviaturas
18
NE – Nordeste
NI – Nível Instatâneo
NIM – Nível Instantâneo do Mar
NMM – Nível Médio do Mar
NNE – Norte-nordeste
NNW – Norte-noroeste
Nobs – Número de Observações
NR – Nível de Referência
PMQ –Média das Preamares de Quadratura
PMS – Média das Preamares de Sizígia
POT – Peak Over Threshold
PR – Probabilidade de Ocorrência
ROMS – Regional Ocean Modeling System
RP – Período de Retorno (Return Period)
RU – Runup
S – Sul
SE – Sudeste
SEDR – Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável
SMC – Sistema de Modelado Costero / Sistema de Modelagem Costeira
SPU – Secretaria do Patrimônio da União
SSE – Sul-sudeste
SSW – Sul-sudoeste
SW – Sudoeste
SWAN – Simulating Waves Nearshore
TPXO – TOPEX/Poseidon Global Tidal Model
UC – Universidade da Cantabria
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
UHSLC – Universidade do Havaí
USP – Universidade de São Paulo
W - Oeste
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Lista de Símbolos
19
Lista de Símbolos
B – Parâmetro de escala
C – Celeridade da onda
Cg - Celeridade de grupo da onda
d – Profundidade
F – Fator de forma
F - Parâmetro de localização
g - Aceleração da gravidade
h - Profundidade
hb- Profundidade de quebra da onda
H - Altura da onda
Horms- Média quadrática da altura das ondas
Hs - Altura significativa de onda
Hs,AM- Altura significativa máxima de onda atingida no ano
K1 - Componente luni-solar diurna
K2 - Componente luni-solar semidiurna
Kr - Coeficiente de refração
Ksh- Coeficiente de empinamento
L - Comprimento de onda
m – Inclinação da reta de ajuste
M2 - Componente lunar principal semidiurna
Mf - Componente lunar quinzenal
Mm - Componente lunar mensal
N – Somatório dos valores de cota de inundação
N2 - Componente lunar elíptica maior semidiurna
nci- Número de horas que a cota de inundação é atingida ou superada
O1 - Componente lunar principal diurna
P1 - Componente solar principal diurna
Q1 - Componente lunar elíptica maior diurna
Rs- Runup significativo (média de 1/3 dos maiores valores de runup)
– Runup médio
R1%- Runup superado por 1% das ondas
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Lista de Símbolos
20
R2%- Runup superado por 2% das ondas
R50%- Runup superado por 50% das ondas
R² - Coeficiente de correlação
S2 - Componente solar principal semidiurna
T – Período das ondas
Tm - Período médio das ondas
Tp - Período de pico das ondas
x - Melhor ajuste vertical da distribuição do runupz0 - Diferença entre o nível
apresentado nas cartas náuticas e o nível médio do mar de um marégrafo
ZCI – Nível da cota de inundação
ZNM – Nível da maré
α – Orientação das isóbatas batimétricas
βF - Declividade da face da praia
γb – Declividade
γf – Rugosidade
γw – Percolação
θ - Direção de propagação das ondas
θm - Direção média das ondas
θp - Direção de pico das ondas
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Capítulo 1
21
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 1
22
1. Introdução
1.1. Marco do Documento
A Zona Costeira brasileira é uma região de alta densidade populacional para a
qual convergem grande parte dos investimentos, infraestruturas e fluxos econômicos
preponderantes no país. A vulnerabilidade natural da zona costeira é relevante ao
bem-estar da população e ao crescimento econômico do país, onde impactos se
potencializam frente aos efeitos das mudanças do clima.
O Projeto Orla estabeleceu uma faixa de gestão da zona costeira com a
finalidade de identificar uma possível linha de segurança da costa, abrangendo as
áreas de grande dinamismo geomorfológico (com tendências de transgressão ou
regressão marinhas), cobrindo espaços de desequilíbrio em termos de processos
morfogenéticos e hidrodinâmicos.
Cerca de 40% da costa brasileira tem problema de erosão, sendo os seus
efeitos mais significativos nas regiões urbanizadas (MMA, 2006). Embora a
urbanização em si não provoque erosão, as edificações e construções dentro da faixa
de resposta da dinâmica da praia às tempestades tendem a ser retomadas pelo mar,
se tratando, portanto, de ocupações em áreas de risco a erosão e inundação (MMA,
2006).
Quando se trata de obras de engenharia costeira e sua interação com os
instrumentos de gestão ambiental é importante considerar que as intervenções
costeiras devem sempre ser avaliadas sob a ótica da unidade fisiográfica em que se
inserem. Obras isoladas em áreas costeiras devem ser evitadas, sendo necessário
favorecer as ações conjuntas em unidades fisiográficas definidas, em planos e
projetos envolvendo União, estados e municípios, a exemplo do próprio Projeto Orla.
Em 2000, no I Simpósio Brasileiro sobre Praias Arenosas, bem como em 2008,
no I Simpósio Nacional sobre Erosão Costeira, que reuniu academia e gestores, foi
identificado como desafio vencer a falta de conhecimento sobre os processos
litorâneos, que moldam a costa brasileira (ondas, marés, batimetria, ventos, entre
outros), que permitisse uma melhor caracterização de fenômenos ou tendências
erosivas ao longo do litoral. Também foi apontada a necessidade urgente de formar
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 1
23
profissionais especializados em processos litorâneos e em obras e intervenções na
costa, na perspectiva de qualificar os projetos de intervenção, melhorando o processo
de tomada de decisão e assegurando a proteção da linha de costa.
No evento foi apresentada a experiência da Espanha nas ações de gestão
costeira para proteção da linha de costa, estruturadas a partir de um programa
contínuo de formação e na instrumentalização para tomada de decisão (MMA, 2013).
Na Espanha, o “Modelo de Ajuda para a Gestão do Litoral” inclui o “Sistema de
Modelado Costero” (SMC), composto por um conjunto de ferramentas que permite o
estudo, desenho e elaboração de alternativas para projetos de engenharia costeira.
O processo de avaliação e implementação de obras de recuperação da linha
de costa espanhola utilizando o SMC acumula uma experiência de mais de 15 anos, a
partir da parceria entre o governo espanhol e o Instituto Hidráulico da Universidade da
Cantabria (IH Cantabria). O programa de gestão envolve a produção de conhecimento
para tomada de decisão, considerando a dinâmica natural, a gestão da costa e a
gestão urbana. Esse processo envolveu a reapropriação de áreas de domínio público
e indenização a particulares. A iniciativa foi uma resposta ao acelerado processo de
urbanização experimentado pela Espanha nos anos 70, que fundamentou a Lei da
Costa em 1988. A estratégia foi a de atuar na gestão de conflitos no litoral, de forma a
garantir a defesa da costa, habitats de fauna e flora e a ocupação humana. Além de
atender às demandas de resoluções e diretivas da União Européia, a exemplo da
gestão costeira integrada e, posteriormente, a de avaliação de risco à inundação.
Motivados por essa experiência, em 2010, os governos brasileiro e espanhol
estabeleceram o Acordo de Cooperação Técnica, Científica e Tecnológica para
executar o Projeto “Transferência de Metodologias e Ferramentas de Apoio à Gestão
da Costa Brasileira” entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência
Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), com a
participação do Ministério do Meio Ambiente através da Secretaria de Extrativismo e
Desenvolvimento Rural Sustentável (MMA/SEDR), da Secretaria do Patrimônio da
União e do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (SPU/MP), da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade de São Paulo
(USP), da Universidade da Cantabria (UC-IH Cantabria/Espanha) e do Instituto
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 1
24
Ambiental Brasil Sustentável (IABS). O objetivo era contribuir para a melhoria da
gestão de implementação de obras costeias no Brasil, a partir de insumos que
incentivassem o entendimento e a proposição de soluções a problemas de erosão
costeira e seus impactos ambientais, promovendo a recuperação da funcionalidade
dos espaços públicos já ocupados e protegendo as populações em áreas de risco.
O projeto, denominado SMC - Brasil, gerou um conjunto de publicações para
apoiar estudos de processos costeiros e quantificar as variações que sofre o litoral
como consequência de eventos naturais ou de atuações humanas na costa. O material
é voltado para os gestores costeiros e academia, apresentando os referenciais
teóricos para entendimento da dinâmica costeira e construção de cenários da linha de
praia. Essas informações são importantes para o planejamento e qualificação da
tomada de decisão da orla marítima. O conjunto de documentos é composto por:
i. Estudo “Uma proposta de abordagem para o estabelecimento de regime
probabilístico de área de inundação costeira do Brasil” que tem como objetivo
disponibilizar informações sobre a faixa de inundação e nível do mar ao longo de toda
a costa brasileira.
ii. Documentos Temáticos com objetivo de apresentar e detalhar metodologias de
projeto para diversas atuações na costa, incluindo as metodologias para o pré-
tratamento dos dados de dinâmicas marinhas (ondas e níveis do mar).
iii. Manuais de Modelos Numéricos usados na ferramenta SMC-Brasil com objetivo de
disponibilizar a base de dados das cartas batimétricas e dinâmicas marítimas (ondas e
nível do mar) ao longo da costa brasileira; e oferecer um pacote de programas
numéricos que permita a correta utilização da metodologia proposta nos Documentos
Temáticos.
Os conteúdos apresentados no conjunto de documentos sintetizam a
transferência de conhecimento da experiência espanhola que são de grande valia para
o debate e o desenvolvimento de ações costeiras no Brasil relacionado à dinâmica da
praia. Ressalta-se que os documentos estão centrados em praias de sedimento
inconsolidado (areia, cascalho) localizadas em zonas abertas, nas quais a ondulação é
a dinâmica predominante. Por isso, é importante compreender que existem limitações
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 1
25
nos dados adquiridos e nos resultados alcançados, já que foram assumidas algumas
simplificações metodológicas. Para que o usuário utilize corretamente as informações
contidas nesses documentos, em especial no presente documento, deve-se levar em
consideração as limitações apresentadas na seção 1.2 deste capítulo.
O Projeto SMC–Brasil
O Projeto SMC – Brasil tem como componentes fundamentais a formação de
pessoal e a instrumentalização de gestores públicos em técnicas de proteção e gestão
do litoral que facilite a tomada de decisões. A proposta é apresentar subsídios que
possam apoiar a construção de um modelo que auxilie na dinamização e qualificação
de procedimentos de licenciamento ambiental e de planejamento territorial, avaliando
os impactos de obras na zona costeira (Figura 1).
Figura 1 – Fluxograma esquemático do Projeto SMC - Brasil.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 1
26
A ferramenta computacional SMC - Brasil combina metodologias de trabalho,
bases de dados de cartas náuticas e modelos numéricos orientados para o estudo
e/ou solução de problemas na zona costeira. As metodologias permitem abordar o
estudo de um problema de forma sistemática, respondendo perguntas sobre dados de
entrada, escalas de análise de processos, aplicação de modelos, entre outros. As
escalas espaço-temporais na linha de costa consideram aspectos como a recuperação
de praias, o clima de ondas na costa e a cota de inundação.
As ferramentas do SMC-Brasil podem ser divididas em duas:
(1) o SMC Tools que inclui uma base de dados de batimetria, ondas, nível do mar,
transporte de sedimentos, etc.; e duas ferramentas de processamento de dados
integradas, uma para realizar a análise estatística das variáveis ambientais, e outra
ferramenta que permite realizar a transferência de uma série de ondas a partir de
profundidades indefinidas para pontos na costa;
(2) o Sistema de Modelagem Costeira (SMC) propriamente dito, que integra uma série
de modelos numéricos e permite dar um suporte prático à correta aplicação da
metodologia de trabalho proposta nos Documentos Temáticos.
A execução do Projeto SMC - Brasil trouxe aprendizados importantes para o
Brasil, colaborando na sensibilização e dimensionamento de problemas relevantes
para ações de gestão da orla marítima, que devem balizar a estratégia para
construção de um modelo de atuação para avaliação da proteção da linha de costa.
A primeira dificuldade esteve relacionada à falta de uma base de dados que
permitisse o compartilhamento de informações, com metadados adequados. A
oportunidade de disponibilizar uma base de dados via a ferramenta SMC – Brasil
representa um incremento para o Brasil, enquanto se atua em ações mais
estruturantes tanto para a disponibilização de dados, como na validação de
modelagens que possam cobrir as lacunas de informações.
A base de dados de ondas e de nível de marés (maré astronômica e
meteorológica) para a costa brasileira, que pode ser acessada via SMC Tools, foi
obtida por meio de técnica de reanálise. Tendo como referência o ano de 2008, a série
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 1
27
gerada representa o comportamento de ondas e marés dos últimos sessenta anos, a
cada hora, com malha de 1km próximo a costa.
A iniciativa do SMC – Brasil mobilizou academia e órgãos gestores,
possibilitando levantar a demanda de formação continuada de profissionais que irão
atuar na gestão costeira. O acesso à ferramenta SMC – Brasil despertou a
necessidade de ações mais sinérgicas entre a pesquisa e gestão, que possibilite aos
estados costeiros, de forma cooperada com as universidades locais, realizar análises
e estudos da dinâmica costeira para orientações mais precisas e eficazes no que diz
respeito aos processos de licenciamento, zoneamento e planejamento territorial.
É importante deixar claro que o conjunto de produtos do Projeto SMC – Brasil
não supre a necessidade dos dados em escala local, na precisão adequada. Tratam-
se, portanto, de insumos para apoiar o Brasil na construção de um modelo de gestão
brasileira para análise da proteção da linha de costa, que promova a difusão da
informação e a qualificação do processo de tomada de decisão.
Em resumo, para o uso adequado da ferramenta SMC – Brasil é necessário
investir na formação e capacitação de gestores, técnicos e pesquisadores no que se
refere às técnicas de proteção e manejo das costas brasileiras e em conhecimentos
básicos sobre dinâmica costeira. É fundamental também que o país avance na
estratégia de coleta e disponibilização de informações básicas sobre oceanografia,
fundamental para a melhor aplicação de modelos e simulações. Ainda, reforça-se a
necessidade de que este documento seja aplicado estritamente de acordo com seus
objetivos e limitações, descritas a seguir.
1.2. Limitações do Uso do Documento
Os resultados apresentados neste documento são de grande valia ao
considerar o desenvolvimento costeiro no Brasil. No entanto, é importante
compreender que existem limitações nos dados adquiridos e resultados alcançados
uma vez que foram assumidas algumas simplificações metodológicas. Para que o
usuário utilize corretamente a informação contida no documento “Uma proposta de
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 1
28
abordagem para o estabelecimento de regime probabilístico de área de inundação
costeira do Brasil” deve-se levar em consideração as seguintes limitações:
- Especial atenção deve ser dada no caso de utilização dos resultados deste
documento para verificação da inundação nas áreas costeiras. Ao verificar a área
inundada é necessária a utilização de uma base única de elevação de terreno que
contenha dados de batimetria e topografia. No Brasil, embora a zona costeira tenha
levantamento batimétrico, sob a responsabilidade da Diretoria de Hidrografia e
Navegação – DHN, e cartográfico, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE e pela 5ª Divisão de Levantamento do Exército – V-DL, estes
instrumentos não possuem referências geodésicas comuns, nem horizontais, nem
verticais, o que significa dizer que o nível zero de uma base não coincide com o nível
zero da outra. Essa diferença é relevante na análise de variações do nível do mar.
- Apesar de haver uma longa série de dados de ondas (60 anos), esta foi simulada a
partir de dados de vento e da batimetria global, e não propriamente medida. Entretanto
foi calibrada e validada para águas profundas;
- Os dados utilizados, provenientes de reanálises globais, não apresentam grande
resolução local. Além disso, o modelo utilizado é relativamente simples
desconsiderando processos de difração, por exemplo, por promontórios e ilhas e
perda de energia por fricção. Desta forma, a cota de inundação gerada deve ser
utilizada como uma primeira análise da inundação em cada zona. Em casos onde são
necessários dados mais específicos de determinada área em escala de detalhe,
sugere-se a utilização de um modelo local onde devem ser inseridos dados de
batimetria de detalhe e forçantes locais;
- O modelo de propagação de ondas é baseado na lei de Snell de refração, a qual
assume uma batimetria reta e paralela na propagação de ondas com apenas dois
trechos (variações de profundidade principais em apenas dois pontos) sendo assim
desconsideradas as demais variações de fundo;
-As propagações são interrompidas quando a onda atinge a profundidade de 5m, não
sendo considerados efeitos de dissipação pela quebra ou quaisquer outros processos
ocorridos além desta profundidade;
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 1
29
- A diferença entre praias refletivas e dissipativas para o cálculo do runup foi realizada
apenas considerando a declividade da face da praia. Há também outros fatores
importantes ao determinar o estágio morfodinâmico de uma praia, como por exemplo,
o tamanho de sedimento, no entanto, estes foram desconsiderados neste documento.
Além disso, sabe-se que uma praia normalmente refletiva pode assumir caráter
dissipativo em casos de eventos extremos de inundação. Estes fatos também devem
ser considerados;
- A cota de inundação de uma praia é obtida a partir da hipótese de que a declividade
da mesma é homogênea e contínua. De maneira geral, isto não corresponde ao perfil
de uma praia real composto por berma, duna ou estrutura antrópica.
1.3. Estrutura do Documento
O presente documento temático foi dividido em cinco capítulos de forma a
introduzir o assunto da inundação costeira, abordar metodologias de análise, explicar
a metodologia utilizada, bem como os resultados obtidos da análise da cota de
inundação ao longo do litoral brasileiro. O conteúdo de cada capítulo é apresentado a
seguir:
Capítulo 1: Apresenta o escopo do trabalho realizado, o objetivo e contexto em que foi
construído.
Capítulo 2: Apresenta a teoria, conceitos e métodos de estimativa e análise da cota de
inundação.
Capítulo 3: Descrição do litoral brasileiro de acordo com suas características físicas,
ambientais e de ocupação da costa. Variáveis como maré, ondas, erosão e inundação
costeira são abordadas e suas variações ao longo do litoral do país são apresentadas.
Capítulo 4: Neste capítulo descreve-se detalhadamente a metodologia utilizada na
construção do documento. Primeiramente, são descritas as bases de dados de
reanálise de onda e nível utilizadas nos cálculos da cota de inundação, as
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 1
30
metodologias de geração, calibração e validação das mesmas. A seguir, o passo a
passo das análises de regime extremo e médio da cota de inundação.
Capítulo 5: No quinto capítulo são apresentados os resultados obtidos de forma
separada para cada zona do litoral do Brasil, bem como a forma correta de busca
pelos mesmos no documento.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 2
31
CAPÍTULO 2: COTA DE INUNDAÇÃO
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 2
32
2. Cota de Inundação
2.1. Introdução
Pela enorme disponibilidade de recursos, fácil acesso e oferta de melhor
qualidade de vida, a zona costeira é a área do globo em que a ocupação é mais
intensa (STROHAECKER, 2008). O avanço da urbanização coloca em risco a
população que reside nas áreas litorâneas devido à dinâmica dos processos que
atuam na modificação das feições da costa e do relevo (KOMAR, 1976). As oscilações
do nível do mar são ocasionadas por interações astronômicas, oceanográficas e
atmosféricas em diferentes escalas de tempo e intensidade. Desta forma, a ação
conjunta de forçantes como maré, vento, pressão e ondulação pode induzir o aumento
do nível do mar e impactar bruscamente a costa adjacente (MMA, 2006). Neste
contexto, a inundação costeira é um importante processo que pode levar à erosão da
costa, principalmente quando resulta de um evento atmosférico extremo.
Neste capítulo, serão apresentados os conceitos relacionados à cota de
inundação, bem como as metodologias de cálculo e análise de tal processo.
2.2. Inundação costeira
A inundação, de uma forma geral, pode ser definida como o excesso de carga
de água, comparada à capacidade de drenagem do ambiente (ISDR, 2002). O evento
de inundação costeira consiste, inicialmente, no nível médio do mar em determinado
trecho da costa. A partir deste, as marés astronômica (MA) e meteorológica (MM)
causam a elevação da superfície do mar, seguidas das ondulações que, ao chegarem
à praia, percorrem parte da faixa de areia até determinada altura (runup). O runup é
composto pelo empilhamento de água na costa devido à quebra de ondas (wave
setup) e pelo espraiamento da onda na face da praia (Figura 2) (SHORT, 1999).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 2
33
Figura 2 - Processos de wave setup e espraiamento junto à praia. Fonte: Modificado de Ruggiero et
al. (1997).
A soma de todos esses componentes é o que chamamos de cota de inundação,
que é influenciada pela altura das ondas e pela declividade da praia (Figura 3). As
principais causas dos eventos extremos de inundação são fortes tempestades que
geram grandes ondulações, provocando uma elevação extrema no nível da água,
especialmente quando ocorrem ao mesmo tempo que as preamares de sizígia
(USACE, 2002).
Figura 3 - Esquematização dos componentes da cota de inundação.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 2
34
Problemas relacionados à inundação costeira vêm sendo observados em todo o
mundo, principalmente em áreas onde a ocupação da orla é mais intensa (MMA,
2006). No caso de praias arenosas, os eventos de inundação vêm associados à
erosão, o que torna ainda mais grave a situação na orla (TESSLER, 2008).
A inundação causada pela elevação do nível do mar e a resposta morfodinâmica
do perfil variam em costas com características morfológicas diferentes, mesmo em
situações de mesma amplitude de maré (SHORT, 1999). Praias com declividades
menores (dissipativas) possuem grande parte do sedimento disponível na porção
submersa, permitindo maior deslocamento horizontal devido à inundação. Já as praias
com maior declividade (refletivas), por apresentarem o pacote de sedimentos na
porção subaérea da praia não permitem tamanha excursão horizontal do nível da
água, mas sofrem retração devido ao ajuste da linha de costa.
2.3. Metodologias de Estimativa da Cota de Inundação
A distribuição da cota de inundação pode ser estimada a partir da análise
estatística, sendo esta realizada de duas maneiras: i) análise de curto prazo - regime
médio, a qual apresenta o resultado do valor de cota de inundação e o número de
horas que esta foi atingida ou superada ao longo de um ano e; ii) análise de longo
prazo - regime extremo, que calcula a probabilidade de ocorrência e o período de
retorno para cada valor de cota de inundação a longo prazo.
A seguir se detalham ambos os métodos, com especial atenção à análise do
regime extremo, a qual é utilizada para estimar características de longo prazo das
ondas e marés, com o objetivo de, por exemplo, obter as melhores condições de
projeto para estruturas marítimas.
2.3.1. Análise de Curto Prazo - Regime Médio
A análise de curto prazo (regime médio) da cota de inundação é calculada
através da seguinte equação:
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 2
35
Sendo N o somatório dos valores de cota de inundação nos 60 anos analisados
e o número de horas que a cota é alcançada ou superada.
O resultado apresentado consiste no valor da cota de inundação pelo número
de horas que a mesma é alcançada ou superada por ano.
2.3.2. Análise de Longo Prazo - Regime Extremo
A análise de longo prazo (regime extremo) é uma estimativa de tendência do
que ocorre na costa brasileira, extremamente importante para evitar muitos problemas
de engenharia. Neste documento, a análise de longo prazo foi realizada a fim de
apresentar a probabilidade de ocorrência e o período de retorno para cada valor de
cota de inundação calculado.
Na estatística de regimes extremos de duração de dezenas de anos ou mais,
as condições não são estacionárias e a abordagem deve ser diferente daquela
utilizada em análises de curto prazo (HOLTHUIJSEN, 2007). A análise de longo prazo
tem dois propósitos específicos: organizar os dados e extrapolar a série temporal a
valores extremos que ocorrem com baixas probabilidades de serem excedidos.
Fornece, assim, uma distribuição teórica da probabilidade de ocorrência do fenômeno
analisado (KAMPHUIS, 2000).
Normalmente a análise é realizada através da distribuição de longo prazo da
altura significativa de onda e dos respectivos períodos de retorno. Este tipo de análise
pode ser feito de três formas: i) considerando todos os valores observados, ii)
considerando apenas o maior valor em tempestades e iii) considerando o maior valor
observado por ano (HOLTHUIJSEN, 2007).
A análise estatística de regime extremo assume que os dados são
independentes uns dos outros, o que é bastante complicado quando se trabalha com
séries com intervalos de dados próximos. Uma solução para alcançar tal
independência estatística é certificar que os dados são distantes o suficiente no
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 2
36
tempo. No primeiro tipo de análise (todos os dados observados), por exemplo, esta
hipótese é ignorada (KAMPHUIS, 2000). Além disso, os dados também deveriam ser
identicamente distribuídos, o que só acontece se estes fossem divididos em classes
de iguais características (HOLTHUIJSEN, 2007).
Dessa forma, os métodos para estimar o regime extremo da cota de inundação
a partir de uma base de dados podem ser divididos em: i) Métodos Diretos - onde se
analisam os níveis extremos de cota atingidos, entre eles o método dos máximos
anuais e o método dos picos acima do limiar e; ii) Métodos Indiretos - em que a maré
astronômica, maré meteorológica e as ondas são analisadas separadamente para
então chegar em um valor extremo, exemplos são o método da probabilidade conjunta
e o método indireto de simulação. Ambos os métodos são descritos a seguir.
2.3.2.1. Métodos Diretos
Método dos Máximos Anuais
Sendo o método mais conhecido, simples e amplamente utilizado, o Método
dos Máximos Anuais (MMA) utiliza o maior valor observado em cada ano, obtendo-se
assim os mesmos números de valores para o mesmo número de anos (Figura 4). Sob
condições gerais é utilizado a distribuição de valores extremos generalizada
(Generalized Extreme-Value – GEV). E, caso a distribuição dos dados for de Weibull
ou log-normal, a GEV se reduz a distribuição de Gumbel (HOLTHUIJSEN, 2007;
KAMPHUIS, 2000).
Método dos Picos Acima do Limiar
O método POT (do inglês Peak Over Threshold) considera os maiores valores
independentes acima de um limiar pré-determinado pelo usuário, numa mesma série
temporal de dados (Figuras 4 e 5). Dessa forma, uma quantidade maior de extremos
pode ser utilizada para a análise. Este método possui duas vantagens: i) concentra a
análise nos regimes que dominam os maiores extremos; e ii) apresenta um dado mais
sólido além de simplificar a interpretação dos resultados das análises (HOLTHUIJSEN,
2007).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 2
37
Figura 4 - Exemplo dos valores obtidos considerando os máximos anuais e o POT, neste caso
aplicado a dados de altura significativa de ondas.
Figura 5 - Tempestade entre dois pontos que cruzam a altura significativa limite.
2.3.2.2. Métodos Indiretos
Método de Probabilidade Conjunta
O método JPM (do inglês Joint Probabilities Method) envolve a avaliação
empírica da probabilidade da função de densidade da maré astronômica e da maré
meteorológica separadamente, assumindo a independência entre esses dois
processos (PUGH; VASSIE, 1978). Uma vantagem desse método é que uma série
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 2
38
incompleta de dados também pode ser utilizada se esses dados não corresponderem
sistematicamente aos mesmos períodos do ano. Este método ainda estima a
probabilidade de baixos níveis de maré (PIRAZZOLI; TOMASIN, 2007). Uma variação
deste método foi apresentada por Medina et al. (1997) que incorporou à técnica o
runup das ondas, estendendo assim o número de variáveis estocásticas analisadas.
Uma revisão do método JPM foi apresentada por Tawn e Vassie (1989). Estes
autores incorporaram um parâmetro de índice extremo na análise, obtido
empiricamente através dos dados disponíveis, o qual passa a considerar a
dependência temporal entre as variáveis analisadas.
Métodos Indiretos de Simulação
Métodos indiretos de simulação geram um conjunto de dados com base nas
funções de distribuição das variáveis que governam estes dados. Esse método
permite uma modelagem dos processos físicos de forma mais real possível, incluindo
todos os tipos de relações entre estas variáveis, sempre que a variável seja conhecida
ou determinada a partir dos dados medidos. A partir destes dados medidos, tratados
estatisticamente e simulados pode-se então obter o regime extremo da cota de
inundação (IH CANTABRIA, 2000).
Neste documento foi utilizado para análise de regime extremo o método dos
máximos anuais (MMA) com distribuição de valores generalizada (GEV). Uma
descrição mais detalhada desta análise pode ser vista na seção 4.5.2.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 3
39
CAPÍTULO 3: CARACTERIZAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 3
40
3. Caracterização do Litoral Brasileiro
3.1. Introdução
O litoral brasileiro é extenso e bastante recortado. Dos 26 estados, 17 fazem
fronteira com o Oceano Atlântico, compreendendo mais de 8.000km de costa
(TESSLER; GOYA, 2005). Toda essa extensão lhe confere grande diversidade de
processos condicionantes a diferentes ambientes ao longo da costa, onde se alternam
dunas, falésias, praias, mangues, recifes, baías, vegetação costeira, estuários,
marismas e recifes de corais. A seguir são apresentadas as principais características
da costa do Brasil adaptadas de PBMC (2014).
41
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Costa Norte Dominada por Marés e Manguezais
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Tropical, úmido, excedente hídrico anual
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quilí
brio
, e
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cost
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tá e
m e
rosã
o, c
om in
tens
os p
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ssos
ero
sivo
s oc
orre
ndo
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ias
de d
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dura
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umur
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San
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rend
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bal
anço
sed
imen
tar n
egat
ivo
de
long
o-te
rmo
(DO
MIN
GU
EZ
et a
l. 20
06).
O l
itora
l do
Est
ado
do
Esp
írito
S
anto
, de
fo
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gera
l, ap
rese
nta
uma
tend
ênci
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re
traçã
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lin
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e co
sta
(ALB
INO
et
al.,
2006
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tore
s re
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m
que
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oral
ca
pixa
ba
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vuln
erab
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enta
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rríg
eno.
C
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qu
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ênci
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m
send
o ag
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pr
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so
inte
nso
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ção.
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cias
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nas
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ões
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s pr
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do N
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s do
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com
men
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den
sida
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dem
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ten
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r. A
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sses
, tam
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litor
al, c
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repo
rtado
por
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la
et a
l. (2
011)
, no
Cea
rá p
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ser
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sado
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ção
cost
eira
qua
ndo
o ní
vel
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gua
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ima
de 4
,5m
, o
que
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ca d
e 32
dia
s (n
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tal)
por
ano.
Seg
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Mel
o Fi
lho
et a
l. (1
995)
as
ress
acas
que
atin
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ess
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gião
est
ão
asso
ciad
as à
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o de
fur
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ias
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bai
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o ris
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so
natu
ral d
e in
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ção
cost
eira
. Con
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, em
loca
is a
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s a
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cadu
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que
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s de
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vado
r, Ilh
éus
e P
orto
S
egur
o, e
sse
risco
torn
a-se
ele
vado
(TE
SS
LER
, 200
8).
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Cos
ta
Nor
dest
e do
Cab
o C
alca
nhar
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Rec
ônca
vo
Bai
ano
PB
P
E
AL
SE
BA
A Costa Deltaica Dominada por ondas
Central
ES
Litoral Oriental
Rec
ônca
vo
Bai
ano
a C
abo
Frio
Cos
ta m
ista
de
falé
sias
se
dim
enta
res
e de
ltas
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inad
os
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ntar
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cia
prog
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com
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ra
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A,
2008
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m
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cum
ento
, a a
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ição
de
grau
s de
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ado
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-se
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ão n
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gião
. A
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rand
e V
itória
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riore
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do
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, pe
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m
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co
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co
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et
al
., 20
06).
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com
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laci
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si
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ões
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de
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s,
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panh
adas
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o, f
az c
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nter
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post
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o.
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008)
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s
Sul
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SP
Região Sudeste ou Litoral de Escarpas Cristalinas
Cab
o Fr
io a
To
rres
A Costa Montanhosa do Sudeste do Brasil
Costa Sudeste dominada por Costões Rochosos
42
prog
rada
cion
ais
ocor
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pró
xim
as à
s de
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boca
dura
s flu
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s,
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Rio
Doc
e e
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io It
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regi
ão n
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Rio
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iro,
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a di
visa
com
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anto
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Cab
o Fr
io,
eros
ão a
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oco
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na r
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o ao
sul
do
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ba d
o S
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em
Ata
fona
, on
de
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a es
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afor
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cont
inen
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nter
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ela
cobe
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de
lam
a ap
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rio e
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ânea
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(MU
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E e
t al
., 20
06).
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nsos
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os e
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de t
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oral
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sil
com
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raçã
o de
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ras
área
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ero
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cost
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aniz
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Mac
aé e
Rio
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O
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s (M
UE
HE
et a
l., 2
006)
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cos
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de
10 a
15
m f
oi o
bser
vada
em
di
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os l
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es,
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o co
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uênc
ia
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cipa
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e um
gra
nde
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e te
mpe
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e em
mai
o de
20
01.
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tant
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linha
de
cost
a, c
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ndo
com
o ta
l a
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rseç
ão d
a fa
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raia
l com
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io d
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ntre
Nite
rói e
A
rraia
l do
Cab
o, t
em-s
e m
antid
o es
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l (M
UE
HE
, 20
11).
Na
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ão m
etro
polit
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do R
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e Ja
neiro
, qu
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clui
a c
osta
de
Nite
rói,
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ande
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sida
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opul
acio
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orna
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osta
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ânic
a e
estu
arin
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vuln
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el a
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são,
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ento
s e
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izam
ento
s.
A e
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são
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aniz
adas
sob
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giõe
s ba
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com
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gem
lim
itada
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isco
s qu
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o au
men
tar
sob
cená
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de
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ento
do
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l do
mar
e d
e au
men
to n
as i
nten
sida
des
de
tem
pest
ades
(M
UE
HE
; N
EV
ES
, 20
08).
No
litor
al d
e S
ão P
aulo
, nã
o há
gr
ande
s ex
tens
ões
de
prai
as
sob
cond
içõe
s er
osiv
as
inte
nsas
, m
as M
assa
guaç
u, p
or e
xem
plo,
a e
rosã
o ch
egou
a
atin
gir
estru
tura
s pú
blic
as
e pr
ivad
as.
Os
segm
ento
s qu
e ap
rese
ntam
pro
cess
os d
e er
osão
est
ão n
orm
alm
ente
rela
cion
ados
a
obst
ácul
os n
atur
ais
ou d
e or
igem
ant
rópi
ca, a
feta
ndo
a di
nâm
ica
de tr
ansp
orte
de
sedi
men
to (T
ES
SLE
R e
t al.,
200
6).
inun
daçã
o, r
elac
iona
dos
à ex
posi
ção
à ev
ento
s ex
trem
os,
cara
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ístic
as g
eom
orfo
lógi
cas
e a
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e de
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cal.
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de
Ja
neiro
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aior
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grau
s de
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co
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m
apon
tado
s na
cha
mad
a de
reb
aixa
da d
a B
aía
de G
uana
bara
de
vido
a
depr
essã
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rren
o e
as
alta
s de
nsid
ades
po
pula
cion
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es
tand
o as
pr
aias
ex
post
as.
Na
cost
a,
as
prai
as
expo
stas
so
frem
co
nsta
ntem
ente
co
m
tem
pest
ade
enqu
anto
as
porç
ões
abrig
adas
da
Baí
a sã
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ingi
das
apen
as
por
even
tos
mai
s en
ergé
ticos
. E
m
situ
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s de
m
ares
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cepc
iona
is a
com
panh
ados
de
alto
s va
lore
s de
pre
cipi
taçã
o,
as á
reas
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s re
baix
adas
fic
am m
ais
expo
stas
à e
vent
os d
e in
unda
ção.
Ess
a ju
nção
de
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res
físic
os,
som
ados
à a
lta
dens
idad
e po
pula
cion
al f
az c
om q
ue e
sta
seja
um
a zo
na d
e al
to g
rau
de r
isco
à i
nund
ação
. E
m S
ão P
aulo
, ap
esar
da
baix
a de
nsid
ade
popu
laci
onal
, a
regi
ão d
a M
aram
baia
foi
cl
assi
ficad
a co
m a
lto g
rau
de r
isco
à i
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dev
ido
a ju
nção
de
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res
clim
átic
os e
oce
anog
ráfic
os v
incu
lado
s a
alto
s ní
veis
de
inun
daçã
o.
PR
Subtropical, mesotérmico
Micromaré (menor que 2 m)
Dominado por ondas 5-7m, 8s
Não
oco
rrên
cia
de m
angu
ezai
s po
r lim
itaçã
o cl
imát
ica.
Do
Cab
o de
San
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arta
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Chu
í, a
linha
de
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a é
form
ada
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uma
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faix
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pr
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com
se
dim
ento
s pr
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os
em
frent
e a
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múl
tiplo
sis
tem
a de
bar
reira
s ar
enos
as. D
eriv
a lit
orân
ea d
omin
ante
na
regi
ão é
par
a no
rte,
com
al
gum
as
inve
rsõe
s re
laci
onad
as
à sa
zona
lidad
e do
clim
a de
ond
as e
orie
ntaç
ão
da li
nha
de c
osta
(SIE
GLE
; AS
P, 2
007)
.
Form
as
são
resu
ltant
es
de
proc
esso
s se
dim
enta
res,
pr
esen
ça
de
silic
iclá
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os
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atos
. P
orçã
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tern
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uito
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luen
ciad
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mod
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o co
stei
ro.
O
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vo
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inen
tal
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sinu
osid
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das
isol
inha
s o
que
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notá
vel
nas
isób
atas
de
10
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15m
(A
BR
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, 19
98).
Apo
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sedi
men
tar.
Pre
dom
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cia
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men
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finos
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ma
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ia e
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egim
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enta
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sed
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palim
psét
icos
en
quan
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font
es
de
supr
imen
tos
mod
erno
s es
tão
conf
inad
as
e re
laci
onad
as c
om a
aflu
ênci
a do
rio
da
Pra
ta e
da
de
sem
boca
dura
da
la
guna
do
s P
atos
(C
OR
RÊ
A, 1
987)
. M
orfo
logi
a ba
stan
te r
egul
ar e
ho
mog
ênea
, com
sua
larg
ura
varia
ndo
de 1
00 a
19
0km
e c
om a
pre
senç
a da
zon
a de
que
bra
na
prof
undi
dade
de
160m
(M
AR
TIN
S e
t al
., 20
05).
Pre
senç
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os
banc
os,
cana
is,
pale
ocan
ais
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leol
inha
s de
cos
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das
(CO
RR
ÊA
, 19
90).
Pre
senç
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rata
sob
re a
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ul.
No
Par
aná,
as
mod
ifica
ções
mai
s si
gnifi
cativ
as d
a lin
ha d
e co
sta
ocor
rem
nas
adj
acên
cias
de
dese
mbo
cadu
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estu
arin
as.
Ess
as
mod
ifica
ções
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uem
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es t
rech
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m m
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AN
GU
LO e
t al.,
200
6). A
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ULO
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2006
). E
m
San
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ontin
enta
l, os
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UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
43
CAPÍTULO 4: DETERMINAÇÃO DA COTA DE INUNDAÇÃO NO LITORAL BRASILEIRO
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
44
4. Determinação da Cota de Inundação no Litoral Brasileiro
4.1. Introdução
A verificação da dinâmica marinha e de variações na elevação da superfície livre
do mar é imprescindível na abordagem de qualquer estudo ou projeto de engenharia
costeira. Com o intuito de gerar informação relativa aos valores de cota de inundação
no litoral brasileiro, foram gerados gráficos de nível desta superfície ao longo de toda a
costa do país.
A metodologia (Figura 6) consistiu em, inicialmente, dividir o litoral brasileiro em
setores de acordo com parâmetros oceanográficos (ondas e marés). Para cada zona,
foram verificadas as principais direções/orientações de linha de costa e séries
temporais de ondas foram propagadas até águas rasas (5m de profundidade) para
cada uma destas orientações. As ondas foram propagadas sobre o nível do mar
instantâneo (MA + MM) e, a partir dos parâmetros de ondas em águas rasas, calculou-
se o runup relativo a cada caso propagado, utilizando um modelo empírico que
relaciona altura significativa (Hs) e comprimento de onda (L) com valores de runup
(NIELSEN; HANSLOW, 1991). Tal modelo empírico considera os processos de wave
setup e espraiamento de forma conjunta no runup. Por fim, a cota de inundação foi
obtida a partir da soma dos valores de z0 (nível médio do mar - DHN), runup, maré
astronômica e maré meteorológica.
As séries temporais utilizadas fazem parte da base de dados do SMC-Brasil que
dispõe de dados de maré e ondas com grande resolução espacial ao longo de toda a
costa brasileira. Tratam-se de bases de dados geradas a partir de reanálises de maré
astronômica - GOT (Global Ocean Tide), maré meteorológica - GOS (Global Ocean
Surge) e ondas - GOW (Global Ocean Waves), desenvolvidas pelo Instituto de
Hidráulica da Cantabria, na Espanha. Estas bases de dados foram geradas dentro do
âmbito do projeto “Efectos del cambio climático en la costa de América Latina y el
Caribe” realizado pela Comissión Económica para América Latina (CEPAL, 2011) e
compreendem todo o globo, apresentando maior detalhe na área da América Latina e
Caribe. As séries de nível e ondas compreendem o período de 1948 a 2008 (60 anos
de dados) e resolução temporal horária, o que é significativo no desenvolvimento de
análises de regime médio e extremo de elevação/inundação.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
45
Neste capítulo serão apresentadas as informações (nível e ondas) utilizadas para
verificação da cota de inundação, a metodologia adotada no cálculo e análise de cada
variável, bem como as restrições que devem ser consideradas ao utilizar o documento
“Uma proposta de abordagem para o estabelecimento de regime probabilístico de área
de inundação costeira do Brasil".
Figura 6 - Fluxograma da metodologia aplicada para obtenção dos valores de cota de inundação
ao longo do litoral brasileiro.
4.2. Informação Utilizada
Análises de regime extremo de nível do mar exigem séries longas (décadas),
com boa resolução temporal. No Brasil existe uma carência de dados de ondas e
nível, e raras são as séries temporais de longo prazo disponíveis. Uma opção neste
caso é a utilização de dados de reanálises. A reanálise é a geração de dados através
de simulações com modelos numéricos em escala global, regional ou local. Através da
Base de Dados
Etapas da Metodologia
Resultados
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
46
modelagem numérica de geração de ondas e nível é possível se obter dados em
escalas espaciais e temporais homogêneas.
As séries de dados de reanálise de maré astronômica, maré meteorológica e
ondas disponíveis na base de dados do modelo SMC-Brasil foram utilizadas no cálculo
da cota de inundação apresentado neste documento. Os pontos de maré astronômica,
maré meteorológica e ondas da base de dados do SMC-Brasil utilizados neste
documento estão apresentados na Figura 7.
Figura 7 - Pontos de dados de maré astronômica, maré meteorológica e ondas utilizados neste
documento.
A seguir serão apresentadas características destes dados bem como a
metodologia empregada para sua geração. As informações apresentadas aqui estão
descritas de forma detalhada no Documento Temático de Ondas e no Documento
Temático de Níveis e Cota de Inundação, que fazem parte dos documentos teóricos
do SMC-Brasil (IH CANTABRIA - MMA, 2017a, 2017b).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
47
4.2.1. Base de Dados de Maré Astronômica (Global Ocean Tide – GOT)
A base de dados de maré astronômica (MA) do SMC - Brasil consiste em dados
de elevação do nível do mar resultantes das forças de atração do sistema Terra-Lua-
Sol. Esta base foi gerada a partir de constantes harmônicas do modelo global de maré
TPXO (EGBERT et al., 1994; EGBERT; EROFEEVA, 2002). O TPXO gera resultados
a partir da assimilação de dados altimétricos de satélite em um modelo hidrodinâmico
usando o método inverso proposto por EGBERT et al. (1994). O TPXO assimila dados
das missões TOPEX/Poseidon e de marégrafos e sua base de dados inclui 8
constantes harmônicas diurnas e semidiurnas (K1, O1, P1, Q1, M2, S2, N2 e K2) e
duas componentes de longo prazo (Mf e Mm), com uma distribuição espacial de 0,25°.
A metodologia aplicada para gerar a base de dados de maré astronômica do
SMC-Brasil consistiu nas seguintes etapas:
a) Seleção de pontos ao longo da costa brasileira: Inicialmente foram
selecionados pontos ao longo de toda a costa do Brasil com espaçamento de 50km
entre eles (Figura 8). No total foram selecionados 125 pontos, sobre os quais foram
geradas as séries de maré astronômica;
b) Obtenção das constantes harmônicas do modelo TPXO para cada ponto
escolhido na etapa anterior;
c) Previsão das séries de maré astronômica: Com base nas constantes
harmônicas foi realizada a previsão da maré astronômica em cada ponto. Por fim, têm-
se séries horárias de elevação do nível do mar pela maré astronômica para o período
de 60 anos;
d) Com base nas séries nos 125 pontos foi realizada a validação da base de
dados;
e) Dos 125 pontos, 24 foram utilizados para verificação da cota de inundação
(Figura 8).
Para a validação foram utilizados dados de marégrafos de distintas fontes:
Universidade do Havaí (UHSLC) (http://ilikai.soest.hawaii.edu/uhslc/rqds.html), Instituto
Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) e Marinha do Brasil.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
48
Figura 8 - Pontos selecionados ao longo da costa para geração das séries de maré astronômica. Em branco os 125 pontos (a cada 50km) gerados para validação dos dados. Em vermelho, os 24
pontos escolhidos para o cálculo da cota de inundação no litoral brasileiro.
As bases de dados de marégrafos encontrados na página web da UHSLC
apresentam séries de resolução temporal horária com registros variando entre 1940 e
2007. Destes, 4 foram utilizados (2 na costa do Brasil, 1 na Patagônia e 1 no Caribe)
(Figura 9, Tabela 1). Quanto aos marégrafos brasileiros, 24 estações distribuídas ao
longo da costa do país foram utilizadas (Figura 10). As séries destes marégrafos
apresentam resolução temporal horária e abrangem o período de 1 ano variando de
1955 a 2011.
A validação dos dados de maré se deu nas seguintes etapas:
i) Obtenção das constantes harmônicas de cada marégrafo a partir do pacote
t_tide (PAWLOWICZ et al., 2002) em ambiente MATLAB;
ii) As séries de maré foram reconstruídas com base nas constantes para um ano
padrão (2000);
iii) Seleção dos pontos GOT mais próximos dos marégrafos, com distância
máxima de 100km;
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
49
iv) Comparação dos dados GOT com os dados do marégrafo a partir de
parâmetros estatísticos.
Figura 9 - Marégrafos encontrados na base de dados da página web da UHSLC utilizados no processo de validação dos dados de maré astronômica (Fonte: IH Cantabria - MMA, 2017b).
Tabela 1 - Marégrafos encontrados nas bases de dados da página web da UHSLC utilizados no processo de validação dos dados de maré astronômica. Coordenadas em graus decimais. Fonte: http://ilikai.soest.hawaii.edu/uhslc/rqds.html
Marégrafo Localização País Long Lat Aquisição de dados (anos) h270A Le Robert França -60,93 14,68 1976-1984 h202B Natal Brasil -35,18 -5,75 1983-1984 h719A Macaé Brasil -41,47 -22,23 2001-2007 h599A Diego Ramirez Chile -68,7 -56,5 1991-1997
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
50
Figura 10 - Marégrafos brasileiros utilizados no processo de validação dos dados de maré
astronômica.
A validação dos dados dos marégrafos se deu por meio de parâmetros
estatísticos como R² (Coeficiente de Correlação), EQM (Erro Quadrático Médio) e Viés
(Erro de Tendência). Na Tabela 2 estão apresentados os resultados obtidos destes
parâmetros para cada marégrafo brasileiro, bem como a distância em quilômetros
entre os marégrafos e o ponto da grade em que foram extraídos os dados. Na Figura
11 estão apresentados os resultados da validação para a base de dados de
marégrafos utilizados da página web da UHSLC e na Figura 12, um exemplo de
resultado da validação dos marégrafos brasileiros.
Os marégrafos localizados nos estuários, por estarem em águas rasas, registram
séries de dados onde o efeito da maré também é importante, sendo assim, a validação
dos dados se deu através do cálculo da função de distribuição de quantis comparando
as séries medidas pelo marégrafo com a base de dados do SMC-Brasil. A Tabela 3
apresenta o resumo estatístico dos quantis que foram utilizados para comparação dos
dados.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
51
Tabela 2 - Resultados da validação dos dados de maré astronômica dos marégrafos localizados na costa e em mar aberto. São apresentados o erro de tendência (Viés), coeficiente de correlação R² e o erro quadrático médio (EQM). Coordenadas em graus decimais. Distância em quilômetros entre o
marégrafo e o ponto de reanálise. (Fonte: IH Cantabria - MMA (2017c)). Nº
Marégrafo Nome
Marégrafo Long Lat R2 EQM Viés m Dist. Localização
20520 Salinópolis -0,62 -47,35 0,871 0,52 0,00025 0,74 71 Costa
30225 Porto de Luiz Correia -2,85 -41,65 0,955 0,179 -0,0002 0,81 58 Costa
30337 Terminal
Portuário do Pecém
-3,68 -35,73 0,974 0,116 -1E-05 0,93 69 Costa
30540 Porto de Cabedelo -6,97 -34,84 0,979 0,094 0,00013 0,97 45 Costa
30725 Porto de Maceió -9,68 -35,73 0,976 0,086 -0,0001 1,02 39 Costa
40135 Porto de Aratu -12,8 -38,49 0,92 0,196 0,00024 0,79 75 Costa
40140 Capitania
dos Portos de Salvador
-12,97 -38,52 0,952 0,138 0,00008 0,87 56 Costa
40219 CEPEMAR -20,32 -40,34 0,781 0,217 -0,0004 0,78 72 Costa
40252
Capitania dos Portos do Espírito
Santo
-20,32 -40,30 0,976 0,06 -3E-05 0,93 54 Costa
40255 Porto de Tubarão -20,29 -40,24 0,963 0,074 0,00066 0,93 54 Costa
50116 Ponta de Imbetiba (Macaé)
-22,39 -41,77 0,894 0,111 -0,0002 0,92 46 Costa
50127 Ilha do Boqueirão -22,78 -43,16 0,864 0,137 0,00053 0,71 78 Costa
50141 Ponta da Armação -22,88 -43,14 0,94 0,071 -0,0002 0,91 66 Costa
50159 Copacabana - Salvamar -22,99 -43,19 0,9 0,093 0,00132 0,89 57 Costa
50165
Ilha de Guaíba
(Terminal MBR)
-23,0 -44,03 0,844 0,137 -0,001 0,76 59 Costa
50205 Porto de Ubatuba -23,45 -45,05 0,943 0,069 0,00034 0,97 42 Costa
60132 Porto de Paranaguá -25,5 -48,53 0,803 0,238 -0,0004 0,68 76 Costa
60135 Barra do Porto de
Paranaguá -25,57 -48,32 0,895 0,119 -0,0004 1,02 55 Costa
60139
Terminal Portuário de
Ponta do Félix
-25,46 -48,68 0,733 0,35 -0,0002 0,52 92 Costa
60250 Porto de Imbituba -28,23 -48,65 0,797 0,082 0,00038 0,82 56 Costa
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
52
60370 Porto de Rio Grande -32,12 -52,10 0,642 0,091 0,00016 0,67 94 Costa
30950 Fernando de Noronha -3,87 -32,42 0,981 0,087 -8E-05 0,99 336 Mar aberto
Tabela 3 - Resultados da validação dos dados de maré astronômica dos marégrafos localizados nos estuários. Coordenadas: 10528 - Soure (X: -0,73 e Y: -48,52) e 10653 - Ponta do Céu (X: 0,75 e Y: -50,12) em graus decimais. Distância em quilômetros entre o marégrafo e o ponto de reanálise.
Quantil de 25% Quantil de 50% Quantil de 95% Quantil de 99% Nº
Marégrafo Dist. Marégrafo SMC Marégrafo SMC Marégrafo SMC Marégrafo SMC
10528 156 -0,97 -0,71 -0,06 0 1,61 1,32 1,88 1,57
10653 93 -1,08 -1,05 -0,03 0,01 1,78 1,67 2,08 1,9
Figura 11 - Resultado da validação da base de dados de marégrafos utilizados da página web da
UHSLC. São apresentadas a comparação quantil - quantil, erro de tendência (Viés = BIAS), coeficiente de correlação R², coeficiente de correlação de Pearson (CORR) e erro quadrático médio
(EQM). Fonte: IH Cantabria – MMA (2017b).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
53
Figura 12 - Exemplo de resultado obtido na validação dos dados de maré astronômica (Marégrafo
localizado no Porto de Luiz Correia). Fonte: IH Cantabria - MMA (2017b)
No Anexo I é possível observar algumas constantes harmônicas e o fator de
forma que determina o tipo de maré (semidiurna, semidiurna com desigualdade diurna,
mista ou diurna) para cada marégrafo utilizado.
Mais detalhes da geração dos dados de maré astronômica bem como os
resultados da validação dos mesmos podem ser encontrados em IH Cantabria – MMA
(2017b) Documento Temático de Níveis e Cota de Inundação, e IH Cantabria – MMA
(2017c) Documento de Validação de Marégrafos.
4.2.2. Base de Dados de Maré Meteorológica (Global Ocean Surge –GOS)
A base de dados de maré meteorológica (MM) do SMC-Brasil consiste em séries
temporais horárias de 60 anos (1948-2008) de dados de variação do nível do mar
decorrente de fatores atmosféricos. Os dados de MM foram gerados a partir de
simulações com o Modelo de Circulação Regional - ROMS (Regional Ocean Modeling
System), desenvolvido pelo Ocean Modeling Group de Rutgers.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
54
O ROMS é um modelo numérico hidrostático de superfície livre que resolve as
equações tridimensionais mediadas de Reynolds Navier-Stokes (Raynolds-averaged
Navier-Stokes – RANS) (SHCHEPETKIN; MCWILLIAMS, 2005). Para gerar a série, foi
utilizado o módulo barotrópico (2DH) do modelo em malha global com resolução
espacial de 0,25° e dados de batimetria do modelo ETOPO2 (NOAA). Ventos globais a
10m de altura e pressão ao nível do mar, obtidos a partir de reanálise disponibilizados
pelo centro NCEP/NCAR, foram utilizados como forçantes. As séries de vento e
pressão utilizadas compreendem o período de 1948 a 2008, e apresentam resolução
temporal de 6 horas. Ao final da simulação, foram geradas séries temporais de maré
meteorológica para cada nó da malha global, com resolução horária para todo o
período simulado.
Foram então selecionados 24 pontos distribuídos ao longo da costa brasileira
com as séries de maré meteorológica para composição da base de dados GOS
(Figura 13).
Figura 13 - Pontos selecionados para geração das séries de maré meteorológica da base de dados
do SMC-Brasil.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
55
Para a validação dos dados da reanálise, novamente foram utilizados dados de
marégrafos da base de dados da UHSLC (Tabela 4, Figura 14).
Tabela 4 - Marégrafos encontrados na base de dados da página web da UHSLC utilizados no processo de validação da maré meteorológica. Coordenadas em graus decimais.
Marégrafo Localização País Long Lat Aquisição de dados (anos) h719A Macaé Brasil -41,47 -22,23 2001-2007 h280A Rio de Janeiro Brasil -43,15 -22,88 1963-2008 h281A Cananéia Brasil -47,92 -25,02 1954-2006 h718A Imbituba Brasil -48,4 -28,13 2001-2007
Figura 14 - Marégrafos encontrados na base de dados da página web da UHSLC utilizados no
processo de validação da maré meteorológica (Fonte: IH Cantabria – MMA (2017b)).
O procedimento foi realizado nas seguintes etapas:
i) Análise harmônica das séries de elevação dos marégrafos;
ii) Previsão da maré astronômica para o mesmo período observado nos
marégrafos com as constantes obtidas na etapa anterior;
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
56
iii) Cálculo da diferença entre dados medidos e a maré astronômica;
iv) Comparação dos dados medidos com os simulados pela reanálise GOS
(Figura 15).
Figura 15 - Exemplos de resultados obtidos na validação dos dados de maré meteorológica
(Marégrafo localizado em Macaé - RJ). Em azul são os dados do marégrafo e em vermelho os dados do SMC – Brasil. Fonte: IH Cantabria - MMA (2017b)
Mais detalhes da geração dos dados de maré meteorológica bem como os
resultados da validação dos mesmos podem ser encontrados em IH Cantabria - MMA
(2017b) Documento Temático de Níveis e Cota de Inundação.
As marés meteorológicas e astronômica foram geradas separadamente
assumindo apenas as interações lineares. As interações não lineares entre estes dois
processos são significativas em plataformas extensas em águas rasas (LOSADA et al.,
2013). Isso requer resolução espacial muito alta para um modelo global (1-5 km) e ao
nível de aproximação do SMC - Brasil, onde o intuito é de gerar nível para a
propagação de ondas, é razoável desconsiderá-las.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
57 ¹ Ondas espectrais descrevem a superfície do mar como um processo estocástico, ou seja, caracterizando todas as observações possíveis do estado de mar (HOLTHUIJSEN, 2007).
4.2.3. Base de Dados de Ondas (Global Ocean Waves – GOW)
A base de dados de ondas disponível no SMC - Brasil traz dados espectrais de
onda1 em uma série com resolução temporal horária para um período de 60 anos
(1948 a 2008). Tratam-se de dados de altura significativa de onda (Hs), período médio
(Tm) período de pico (Tp), direção média (θm), direção de pico (θp) e dispersão
direcional. Os dados para toda a costa do Brasil foram gerados em duas fases: 1)
Inicialmente foi realizada uma reanálise global com o modelo Wave Watch III
(TOLMAN, 1989) gerando parâmetros de onda para todo o globo; 2) Em seguida, as
séries geradas pela reanálise global foram utilizadas como entrada do modelo de
escala regional/local SWAN (BOOIJ et al., 1999). Os dados utilizados para propagação
neste documento são aqueles resultantes da primeira etapa do processo de geração
das bases (GOW).
A reanálise global de ondas foi realizada dentro do âmbito do projeto Efectos
del cambio climático en la costa de America Latina y el Caribe (C3A), financiado pela
Comisión Económica Para America Latina y el Caribe (CEPAL). A simulação se deu
com a versão 2.2 do modelo Wave Watch III utilizando a batimetria disponível na base
de dados General Bathymetric Chart of the Oceans (GEBCO). O modelo foi forçado
com dados de ventos globais (10 metros acima do nível do mar) e cobertura de gelo
da reanálise atmosférica NCEP/NCAR que apresenta resolução espacial de 1,9° e
temporal de 6 horas. Desta forma, foram geradas séries horárias de parâmetros de
onda (Hs, Tm, Tp, θm, θp e dispersão direcional) para cada nó da malha de simulação
(Figura 16).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
58
Figura 16 - Etapas envolvidas na geração da base de dados de ondas GOW.
A reanálise foi executada em malha global de resolução de 1,5°x1°, com
acoplamento de malhas de maior detalhe ao longo da costa da América Latina e
Caribe. Na costa brasileira a malha de detalhe apresenta resolução de 0,5° (Figura
17).
O modelo foi calibrado e validado com dados de boias e satélites. Este
processo foi realizado em 3 etapas: i) validação preliminar dos dados através de
comparação com dados instrumentais; ii) remoção dos outliers representativos de
eventos de furacões com base na metodologia proposta por Mínguez et al. (2012); e
iii) calibração dos dados de Hs a partir da metodologia proposta por Mínguez et al.
(2011).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
59
Figura 17 - Malhas utilizadas na simulação do projeto C3A da CEPAL. Em amarelo, a malha
utilizada nas simulações na costa brasileira. Fonte: IH Cantabria - MMA (2017a).
Para a validação preliminar foram utilizados os dados de 21 boias dispostas em
águas profundas nos oceanos Atlântico, Pacífico e no mar do Caribe. Além destas,
dados de altimetria de satélite das missões Jason 1, Jason 2, TOPEX, ERS-2, Envisat
e GFO, também foram utilizados nas fases de validação inicial e calibração do modelo.
É importante salientar que, devido à baixa resolução temporal dos dados de
reanálise atmosférica utilizados, eventos extremos resultantes de furacões não são
bem representados na simulação de ondas. Por este motivo, os dados referentes a
estes eventos, chamados aqui de outliers, foram excluídos das séries de dados
medidos antes da comparação efetiva com os dados simulados.
Ao final do processo, os dados obtidos antes e após a calibração foram
comparados com dados medidos. Os dados calibrados apresentaram melhor
representação em relação aos não calibrados no que diz respeito aos mais altos
valores de Hs (Figura 18).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
60
Figura 18 - Comparação entre dados medidos com satélite e dados de reanálise antes e depois de
calibrados. Em azul os dados medidos, em verde os dados de reanálise sem calibração, e em vermelho os dados de reanálise já calibrados (Fonte: Reguero et al., 2012).
Mais detalhes da geração, calibração e validação dos dados de onda podem
ser encontrados em Reguero et al (2012), CEPAL (2011) e no Documento Temático
de Ondas (IH CANTABRIA - MMA, 2017a).
4.3. Divisão do Litoral Brasileiro
Com o intuito de representar os valores de elevação específicos de cada trecho
da costa, o litoral do Brasil foi dividido em zonas, e as análises de nível se deram
separadamente em cada uma delas. Para realizar tal divisão, foram considerados os
seguintes parâmetros:
1 – Orientação principal da costa e da batimetria adjacente;
2 – Altura significativa de onda (Hs);
3 – Amplitude de maré astronômica (MA);
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
61
4 – Amplitude de maré meteorológica (MM).
Como resultado desta etapa o litoral brasileiro foi segmentado em 24 zonas,
estando a zona 1 situada no extremo norte da costa do país e a zona 24 na porção
mais ao sul (Figura 19). Nas Figuras 20, 21 e 22 estão apresentadas as distribuições
dos parâmetros utilizados na divisão do litoral ao longo das 24 zonas. A análise da
distribuição dos parâmetros demonstrados em tais figuras foi realizada com base nos
dados apresentados anteriormente na Figura 7.
Figura 19 - Divisão do litoral brasileiro em 24 zonas de acordo com parâmetros oceanográficos e
orientação da linha de costa.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
62
Figura 20 - Diagrama de caixa da altura significativa de onda indicando a distribuição do parâmetro
ao longo das 24 zonas.
Figura 21 - Diagrama de caixa da amplitude de maré astronômica indicando a distribuição do
parâmetro ao longo das 24 zonas.
q75
q25
q75
q25
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
63
Figura 22 - Diagrama de caixa da amplitude de maré meteorológica indicando a distribuição do
parâmetro ao longo das 24 zonas.
4.3.1. Orientação das Praias
Foram verificadas as orientações de linha de costa existentes em cada uma
das 24 zonas. Tal orientação foi obtida a partir do ângulo entre a normal à linha de
costa e o norte (0°) (Figura 23).
Figura 23 - Obtenção da orientação da linha de costa através do ângulo entre a normal à praia e o
norte. Exemplo da Praia dos Ingleses, Florianópolis - SC (Fonte da imagem: Google Earth).
q25
q75
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
64
As orientações de linha de costa presentes em cada uma das 24 zonas estão
demonstradas na Tabela 5.
Tabela 5 - Direções apresentadas nas zonas 1 a 24.
Zonas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 N N N NNE N N N NNE NE NNE E E
NNE NNE NNE NE NNE NNE NNE NE ENE NE ESE ESE NE NE NE ENE NE NE NE ENE E ENE SE SE
ENE ENE ENE E ENE ENE ENE E ESE E SSE SSE E E NNW ESE E E NNW ESE SE ESE S S
ESE ESE SE NNE NNW SE SE SSW NNW SSE SW S
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 N NNE ENE NE NE NE ENE ENE NNE N E E
NNE NE E ENE ENE ENE E E NE NNE ESE ESE NE ENE ESE E E E SE ESE ENE NE SE SE
ENE E SE ESE ESE ESE SSE SE E ENE SSE SSE E ESE SE SE SE S SSE ESE E
ESE SE SSE SSE SSW S SE ESE SE SSE S S SW SSW SSE SE
SSE S SSW SSW S SSE S S
No total, foram verificadas doze orientações diferentes de linha de costa ao
longo do litoral do país. Desde linhas de costa com orientação para NNW até trechos
com orientação para SW (Figura 24).
Na Figura 25, estão demonstradas as direções de linha de costa presentes em
cada uma das 24 zonas em que foi dividido o litoral brasileiro.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
65
Figura 24 - Direções de linha de costa observadas ao longo do litoral brasileiro.
Figura 25 - Direções de linha de costa apresentadas em cada uma das 24 zonas. Legenda de cores
está representada na Figura 24.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
66
4.3.2. Direções da Batimetria
Também foram averiguadas as orientações principais das isolinhas de batimetria
em águas profundas e intermediárias, nas 24 zonas. Mais uma vez, a orientação foi
verificada a partir do ângulo entre a normal às isolinhas e o norte (0°).
As orientações da batimetria verificadas em cada zona estão representadas na
Tabela 6.
Tabela 6 - Orientações iniciais da batimetria para cada área de estudo.
Zonas / Orientação inicial da batimetria (°) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
45 50 30 44 11 37 7,5 74 95 111,5 130 141 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 87 90 112 117 100 139 159 145,5 115 112 128 123
4.3.3. Níveis de Referência (z0)
As profundidades a serem utilizadas na propagação de ondas à nível regional
foram baseadas em cartas náuticas da DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação).
Neste caso, cabe ressaltar que estas cartas apresentam profundidades relativas à
média das baixamares de sizígia, uma vez que tem como objetivo a segurança da
navegação. A diferença entre o nível apresentado nas cartas e o nível médio do mar
(NMM) de um marégrafo localizado na mesma área é o que chamamos aqui de z0.
A relação entre o nível apresentado nas cartas náuticas e o NMM dos
marégrafos (z0) está disponível nas próprias cartas (Figura 26) e vêm demonstradas
juntamente com os resultados deste documento no formato apresentado na Figura 27.
Dentre os marégrafos apresentados nas cartas náuticas utilizadas em cada
zona, apenas um foi utilizado como referência para obtenção do valor de z0. Optou-se
por utilizar aqueles marégrafos que se encontravam o mais distante possível de rios e
baías, por serem representativos de locais mais expostos. Na Tabela 7, estão listados
os marégrafos utilizados em cada zona, bem como a sua localização. Na Figura 28, a
distribuição de tais marégrafos ao longo da costa brasileira.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
67
Figura 26 - Diferenças entre o nível do mar apresentado na carta e valores de nível apresentados
por alguns marégrafos da área. Exemplo representado na carta 200 da DHN, entre o estado do Amapá e do Pará. MSL = Nível Médio do Mar.
Figura 27 - Exemplo da relação de níveis apresentada para a Zona 1.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
68
Tabela 7 - Marégrafos dos quais foram utilizados os valores de z0 (Fonte: Cartas náuticas da DHN). Sistema de coordenadas Geográficas (Grau Decimal), Datum SIRGAS 2000 Z22S.
Zona Nome Nº Marégrafo Lat. Long. z0 (m) 1 Ponta do Céu 10650 0,75 -50,10 2,1 2 Ponta do Céu I 10653 0,75 -50,12 2,1 3 Salinópolis 20520 -0,62 -47,35 2,75 4 Ilha de Santana 30130 -2,28 -43,63 2,3 5 Porto de Tutóia 30140 -2,76 -42,27 1,8 6 Mundaú 30331 -3,18 -39,38 1,6 7 Termisa 30407 -4,82 -37,03 1,9 8 Porto de Cabedelo 30540 -6,97 -34,83 1,3 9 Ponta das Pedras 30620 -7,62 -34,80 1,3
10 Tamandaré 30680 -8,75 -35,10 1,2 10 Porto de Suape 30685 -8,39 -34,96 1,2 11 Porto de Maceió 30725 -9,68 -35,72 1,2 12 Capitania de Salvador 40141 -12,97 -38,52 1,3 13 Porto de Ilhéus 40145 -14,78 -39,03 1,1 14 Cabrália 40152 -16,28 -39,02 0,9 15 Conceição da Barra 40209 -18,62 -39,73 0,8 16 Porto de Tubarao 40255 -20,28 -40,24 0,8 17 Porto de Tubarao 40255 -20,28 -40,24 0,8 18 Terminal de Imbetiba 50116 -22,38 -41,77 0,7 19 Porto de Ubatuba 50205 -23,45 -45,04 0,7 20 Porto de Ubatuba 50205 -23,45 -45,04 0,7 21 Ilha da Paz 60208 -26,18 -48,49 0,7 22 DCP Sao Francisco do Sul 60220 -26,24 -48,58 0,8 23 Porto de Imbituba 60250 -28,22 -48,65 0,4 24 Tramandai 60320 -29,97 -50,12 0,1
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
69
Figura 28 - Localização dos marégrafos escolhidos dentre aqueles apontados nas cartas náuticas.
4.4. Propagação de Ondas e Cálculo do Runup
4.4.1. Transformação de ondas em águas rasas
Ao atingir águas rasas, as ondas sofrem transformações na altura, direção e
velocidade de propagação devido a interações com o fundo e com obstáculos. As
principais transformações de ondas em águas rasas são o empinamento, a refração, a
difração e a perda de energia por atrito (KAMPHUIS, 2000; HOLTHUIJSEN, 2007).
O empinamento (shoaling) ocorre quando a onda atinge águas rasas e passa a
interagir com o fundo, resultando em diminuição do comprimento da onda e
incremento na altura da mesma (Figura 29) (HOLTHUIJSEN, 2007).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
70
Figura 29 - Representação do processo de empinamento. Observe que com a redução da
profundidade ocorre a diminuição do comprimento da onda e aumento na altura da mesma para manter o fluxo de energia constante.
Por outro lado, a refração é a mudança de direção da onda conforme esta se
aproxima da praia (HOLTHUIJSEN, 2007). Quando a onda chega a zonas menos
profundas, ocorre redução da velocidade com que esta se desloca. Se uma onda
chega de forma oblíqua a um ponto onde a profundidade é menor, a porção da onda
que atinge este ponto primeiro começa a diminuir a velocidade enquanto a porção que
está na parte mais profunda mantém a velocidade (HOLTHUIJSEN, 2007). Isso faz
com que a onda mude de direção e se desloque conforme as isolinhas de batimetria
(Figura 30). É por causa deste processo que as cristas das ondas tendem a chegar
paralelas à linha de costa.
Por fim, a difração é o desvio ou espalhamento da onda ao contornar ou
transpor um obstáculo, sendo a difração mais intensa quanto menor for o comprimento
de onda com relação ao tamanho do obstáculo (HOLTHUIJSEN, 2007). Ao passar
pelo obstáculo, ocorre a redistribuição lateral de energia resultando na mudança da
direção de propagação da onda (HOLTHUIJSEN, 2007) (Figura 31).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
71
Figura 30 - Representação do processo de refração das ondas. É possível verificar a tendência das ondas de ficarem paralelas à linha de costa conforme se aproximam da praia (Fonte: Adaptado de
HOLTHUIJSEN, 2007).
Figura 31 - Representação do processo de difração. Nota-se aqui a modificação da direção de
propagação das ondas devido ao contato com obstáculos (Fonte: Adaptado de HOLTHUIJSEN, 2007).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
72
4.4.2. Propagação de ondas pelo método de Snell
A propagação de ondas até águas rasas foi realizada com base na lei de Snell
da propagação de ondas. São calculados os valores de altura de onda em águas
rasas considerando os processos de empinamento e refração:
Onde, é a altura da onda na profundidade 2, é a altura da onda na
profundidade 1, é o coeficiente de empinamento e é o coeficiente de refração.
Os coeficientes são função da celeridade de grupo (Cg) e da direção de propagação
da onda (θ) nas profundidades 1 e 2:
A celeridade de grupo, por sua vez, é calculada em função do período (T), do
comprimento de onda (L) e da profundidade (h):
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
73 ¹.Águas Profundas: As ondas estão em águas profundas quando a profundidade (d) é superior a metade do comprimento da onda (L): d>L/2. 2.Águas Intermediárias: As ondas estão em águas intermediárias quando a profundidade (d) é superior a um vigésimo, mas inferior a metade do comprimento de onda (L): L/2>d>L/20. 3.Águas rasas: As ondas estão em águas rasas quando a profundidade (d) é inferior a um vigésimo do comprimento da onda (L): d<L/20. (Glossário das Zonas Costeiras. Disponível em: <http://www.aprh.pt/rgci/glossario/index.html>.)
Considera-se que as direções de propagação nas profundidades 1 e 2 tem
relação direta com a orientação das isolinhas batimétricas nestas profundidades.
Assim, há a mudança de direção de ondas em dois trechos do perfil batimétrico, uma
mudança de águas profundas¹ para águas intermediárias² e uma mudança de águas
intermediárias para águas rasas³ (Figura 32).
Figura 32 - Orientação da batimetria em dois trechos do perfil. As profundidades (h) e o ângulo das
isóbatas (α), em relação ao norte, nestes dois trechos são considerados no cálculo.
Águas profundas
Águas intermediárias
Águas Rasas Costa
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
74
Desta forma, cada estado de mar é propagado desde uma profundidade d1 até
uma profundidade final d2, próximo à praia. Esta profundidade d1 é próxima a
profundidade de fechamento (profundidade na qual a onda passa a interagir com o
fundo de forma a mudar significativamente a morfologia (HALLERMEIER, 1981)). A
propagação de cada estado de mar ocorre até que se atinge a profundidade de 5m.
A propagação de cada caso de onda é realizada sobre um nível instantâneo do
mar (NIM) que é a soma da maré astronômica (MA) e maré meteorológica (MM)
referentes ao mesmo período do caso.
Na Figura 33, estão apontadas as principais dimensões envolvidas na
propagação de ondas pelo método de Snell, aplicadas neste documento.
Figura 33 - Representação das principais dimensões/profundidades envolvidas do cálculo da
propagação de ondas por Snell.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
75
4.4.3. Cálculo do Runup
O runup pode ser definido como a máxima excursão vertical da água na zona de
espraiamento (STOCKDON et al., 2006). Normalmente, o cálculo do runup se dá por
meio de modelos empíricos gerados a partir de dados de campo que relacionam
parâmetros de onda com a excursão das ondas na faixa de areia (NIELSEN;
HANSLOW, 1991).
Muitos trabalhos foram desenvolvidos no sentido de predizer o comportamento
das ondas ao chegar à praia ou ao atingir uma estrutura (HUNT, 1959; GUZA;
THORTON, 1982; HOLMAN, 1986; MASE, 1989; NIELSEN; HANSLOW, 1991;
STOCKDON et al., 2006; SILVA, 2012). Grande parte deles considera como um único
processo as elevações decorrentes do wave setup (empilhamento de água devido à
quebra de ondas) e do espraiamento, devido a complexidade em se diferir tais
processos em campo.
O modelo empírico empregado no cálculo do runup no documento foi
desenvolvido por Nielsen e Hanslow (1991). Os autores fizeram testes para cálculo de
runup em praias arenosas reais, com declividades variadas. Foram analisados os
valores de runup de seis praias (de praias dissipativas a refletivas), relacionando-os
aos dados de altura de ondas de águas profundas (aproximadamente 80m). Os dados
de onda abrangeram alturas de onda de 0,53 a 3,76m e períodos de 6,4 a 11,5s.
Assim, as seguintes relações foram propostas:
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
76
Onde, é o valor significativo (média de 1/3 dos maiores valores) de runup, é o
valor superado por 50% das ondas, é o runup médio, é o valor superado por 2%
das ondas, é o valor superado por apenas 1% das ondas, é o melhor ajuste
vertical da distribuição do runup e varia de acordo com a declividade da face da praia:
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para
Onde, é média quadrática da altura das ondas e é a declividade da face da
praia.
Como é possível observar nas equações apresentadas pelos autores, o runup
é calculado de forma diferente de acordo com a declividade da face da praia em
questão. Por essa razão, o cálculo deste parâmetro foi realizado tanto para praias
dissipativas quanto para praias refletivas, sendo definido um valor de declividade
(tanβ) de 0,01 para praias dissipativas e 0,105 para praias refletivas. Desta forma,
para cada estado de mar propagado, foi calculado um valor de runup para praias
dissipativas e um valor de runup para praias refletivas, resultando em duas séries
horárias de 60 anos dos parâmetros.
4.5. Cálculo da Cota de Inundação (CI) e Resultados
A cota de inundação (CI) foi obtida a partir da soma dos valores de z0, maré
astronômica (MA), maré meteorológica (MM) e runup ( ):
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
77
Ao final foram obtidas séries de cota de inundação com resolução temporal
horária. Os resultados de nível do mar instantâneo para águas profundas (Nível) e
águas rasas (CI) foram gerados em todas as 24 zonas para cada orientação de linha
de costa, de acordo com o estágio morfodinâmico da praia. As séries de cota de
inundação e de nível instantâneo do mar foram analisadas em regime médio e
extremo.
4.5.1. Análise de Curto Prazo – Regime Médio
Neste documento o regime médio foi calculado de forma a apresentar o valor
da cota de inundação e o número de horas que esta é atingida ou superada por ano. O
cálculo realizado se apresenta na equação a seguir:
Onde N é o número total de valores de cota de inundação da série de 60 anos
de dados e é o número de horas que a cota é atingida ou superada. Este cálculo
foi realizado para praias dissipativas e refletivas para cada orientação da linha de
costa dentro de cada uma das 24 zonas. Finalmente, o resultado é apresentado como
nas Figuras 34 e 35.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
78
Figura 34 - Exemplo da análise de regime médio de cota de inundação para praias dissipativas
com orientação para Leste da zona 11.
Figura 35 - Exemplo da análise de regime médio de cota de inundação para praias refletivas com
orientação para Leste da zona 11.
O mesmo cálculo foi realizado para os valores de nível instantâneo do mar - NIM
(Figura 36).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
79
Figura 36 - Exemplo de análise de regime médio realizado para o nível instantâneo do mar da zona
11.
4.5.2. Análise de Longo Prazo - Regime Extremo
As análises de regime extremo foram realizadas de forma a apresentar a
probabilidade de ocorrência e o período de retorno para cada valor de cota de
inundação.
A análise de regime extremo utilizada para geração dos resultados deste
documento foi o Método dos Máximos Anuais (Annual-maximum-aproach). A
abordagem dos máximos anuais leva em consideração o maior valor observado em
cada ano (HOLTHUIJSEN, 2007). Neste caso, o valor máximo anual é selecionado,
obtendo-se N valores para N anos analisados.
Segundo a teoria dos valores extremos, a distribuição a ser utilizada aqui é a
distribuição generalizada de valores extremos (Generalized Extreme-Value – GEV). No
caso da série original utilizada apresentar uma distribuição de Weibull ou log-normal, a
distribuição GEV dos máximos fica reduzida a distribuição de Gumbel
(HOLTHUIJSEN, 2007).
A distribuição GEV é dada por:
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
80
A distribuição de Gumbel é dada por:
Onde, é o valor máximo atingido no ano, é o parâmetro de localização
(posição da distribuição no eixo Hs) e B é o parâmetro de escala (KAMPHUIS, 2000).
A estimativa do período de retorno, em anos, é então dada por:
A distribuição do regime extremo é, por fim, apresentada como demonstra a
Figura 37.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
81
Figura 37 - Resultado da análise de regime extremo das praias refletivas de orientação Leste (E) da
zona 11. IC = Intervalo de Confiança.
4.6. Considerações Sobre o Uso do Documento
Como citado no item 1.2 deste documento, existem algumas limitações com
relação aos resultados obtidos e apresentados. Entre elas, o fato de a cota de
inundação de uma praia ser obtida a partir da hipótese de que a declividade da mesma
é homogênea e contínua. De maneira geral, isto não corresponde ao perfil de uma
praia real composto por berma, duna ou estrutura antrópica.
Algumas metodologias podem ser utilizadas de forma a aproximar os valores
de cota de inundação apresentados no documento aos da realidade da praia objeto de
estudo. Para estimar de modo simplificado a cota ou a distância alcançada pelo runup
da onda em uma praia composta por dois setores de perfil, se recomenda utilizar a
formulação proposta por Van der Meer e Janssen (1995) (Figura 38). Tal formulação
permite determinar o runup em um perfil com dois setores α e β a partir do runup que
Zona 11 – Praias Refletivas (E)
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 4
82
teria o primeiro setor - Ru0 (dado pelo documento “Uma proposta de abordagem para o
estabelecimento do regime probabilístico de inundação costeira do Brasil”) e das
características de rugosidade e percolação do segundo setor.
Para tanto, é necessário realizar uma estimativa do nível de maré (ZNM) pelo
qual se propaga a onda que chega a cota ZCI. Em uma primeira aproximação, se ZCI é
a cota de inundação correspondente a X anos de período de retorno, se tomará como
ZNM a correspondente, também a X anos de período de retorno. Um exemplo de
aplicação desta metodologia está apresentado no próximo capítulo.
Figura 38 - Aproximação de Van der Meer e Janssen (1995) para o cálculo do runup em um perfil de
dois setores.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
83
CAPÍTULO 5: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME
PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
84
5. Uma Proposta de Abordagem para o Estabelecimento de Regime Probabilístico de Área de Inundação Costeira do Brasil
5.1. Introdução
Os resultados deste documento estão apresentados por zona e contém as
análises de regime médio e extremo de maré e cota de inundação. Além dos
resultados, estão apresentadas também informações sobre os dados utilizados,
orientação de linha de costa e valores de z0 para cada zona.
5.2. Como Buscar os Resultados no documento “Uma proposta de abordagem para o estabelecimento do regime probabilístico de inundação costeira do Brasil”
Ao buscar os resultados no documento “Uma proposta de abordagem para o
estabelecimento do regime probabilístico de inundação costeira do Brasil” o leitor deve
atentar para os seguintes passos a serem seguidos:
1. Localizar a área de interesse no litoral brasileiro e verificar em qual, das 24
zonas, ela se encontra (Figura 39).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
85
Figura 39 - Posição da Zona 9 (em verde) no litoral do Brasil.
2. Verificar qual a orientação da linha de costa da praia que se quer os
resultados (Figura 40):
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
86
Figura 40 - Verificação da orientação da linha de costa na zona de interesse (Fonte da Imagem:
Google Earth).
3. Identificar o estágio morfodinâmico em que a área de interesse se encontra
através da declividade da face da praia ( :
- Praia Dissipativa:
- Praia Refletiva:
Atentar para o fato de que praias arenosas podem variar de estágio
morfodinâmico conforme o clima de ondas incidente. Praias refletivas podem
assumir comportamento dissipativo em situações extremas, por exemplo.
4. Localizar nos resultados deste documento a zona em questão e verificar
qual a cor da orientação de linha de costa referente à área da qual se quer
os resultados. Os resultados são apresentados com coloração diferente para
cada orientação (Figura 41).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
87
Figura 41 - Descrição da Zona 9. Destacado em vermelho o número da zona e a orientação da linha de costa que devem ser observados pelo usuário. Neste caso, trata-se de uma praia orientada para
leste na Zona 9.
5. Buscar nos gráficos de regime médio e extremo os resultados de cota de
inundação referentes à orientação da linha de costa de interesse (Figuras 42
e 43).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
88
Figura 42 - Exemplo de resultado do regime médio para cota de inundação.
Figura 43 - Exemplo de resultado do regime extremo para cota de inundação.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
89
6. E, por fim, buscar os valores de nível (MA e MM) em mar aberto (Figuras 44
e 45).
Figura 44 - Exemplo de resultado do regime médio para maré.
Figura 45 - Exemplo de resultado do regime extremo para maré.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
90
5.3. Exemplo de Aplicação do Documento
Neste item será apresentado um exemplo de aplicação dos resultados
apresentado no documento “Uma proposta de abordagem para o estabelecimento do
regime probabilístico de inundação costeira do Brasil”. A análise foi realizada no
sistema praial Barra da Lagoa - Moçambique (Florianópolis - SC) (Figura 46), de forma
a avaliar cota de inundação e nível instantâneo do mar em trechos da praia com
diferentes orientações de linha de costa.
Figura 46 - Sistema praial Barra da Lagoa-Moçambique, áreas nas quais foi aplicada a metodologia demonstrada.
O primeiro passo é localizar em qual zona do litoral brasileiro se encontra a
área de estudo desejada. Neste caso, o sistema praial Barra da Lagoa - Moçambique
se encontra na zona 22 (Figura 47).
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UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
91
Figura 47 - Layout Zona 22.
A seguir, devemos verificar a orientação da linha de costa nos trechos da praia
a serem analisados: sendo NE na Barra da Lagoa e SE na praia de Moçambique (ver
Figura 46).
Só então, as seguintes questões podem ser respondidas:
a) Qual é o nível instantâneo do mar superado 1 hora ao ano?
- Nível: 1,1m
Figura 48 - Resultados de regime médio de maré da zona 22.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
92
b) Qual é o nível instantâneo do mar alcançado uma vez dentro de 50 anos? Quais são os intervalos de confiança?
- Nível: 1,37m
- Intervalo de confiança: 1,25m e 1,50m.
Figura 49 - Resultados de regime extremo de maré da zona 22.
c) Qual a cota de inundação a ser alcançada 10 horas por ano?
- Para Barra da Lagoa: 3,2m.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
93
Figura 50 - Resultados de regime médio de cota de inundação da zona 22 (NE).
- Para Moçambique: 3,8m.
Figura 51 - Resultados de regime médio de cota de inundação da zona 22 (SE).
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
94
d) Qual a cota de inundação com período de retorno de 50 anos nos dois setores de perfil analisados?
Neste caso, será apresentado um exemplo de aplicação dos valores de cota de
inundação do documento “Uma proposta de abordagem para o estabelecimento do
regime probabilístico de inundação costeira do Brasil” utilizando a aproximação de Van
der Meer e Jansen (1995).
A metodologia consiste em 6 passos (Figura 52):
1) Escolha do período de retorno com o qual se vai trabalhar: neste caso, valores de
cota de inundação referentes ao período de retorno de 50 anos;
2) Verificação do valor de nível instantâneo ( ) referente ao período de retorno de 50
anos da Zona 22 (zona em que está inserida a área de estudo);
3) Verificação dos valores de cota de inundação ( ) referentes ao período de retorno
de 50 anos da Zona 22. Nota-se que os resultados são diferentes de acordo com a
orientação da linha de costa: Barra da Lagoa (NE) e Moçambique (SE);
4) Cálculo do runup inicial com base nos valores citados anteriormente:
5) Cálculo do runup ajustado de acordo com a formulação proposta por Van der Meer
e Jansen (1995):
6) Cálculo da cota de inundação ajustada com base no novo valor de runup:
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
95
Figura 52 - Passos seguidos para aplicação da metodologia.
Os valores dos parâmetros de declividade, rugosidade e percolação bem como
os resultados finais obtidos em cata etapa da metodologia para as duas orientações
de linha de costa estão apresentados na Tabela 8.
UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Capítulo 5
96
Tabela 8 - Parâmetros utilizados e resultados obtidos em cada passo da metodologia.
5.4. Uma proposta de abordagem para o estabelecimento de regime probabilístico de área de inundação costeira do Brasil:
97
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UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
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UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL
Anexo 1
189
ANEXO 1
Tabela 9 - Constantes harmônicas e fator de forma que determina o tipo de maré (semidiurna, semidiurna com desigualdade diurna, mista ou diurna) para cada marégrafo utilizado.
Marégrafo Nome O1 K1 M2 S2 F=
20520 Salinópolis 9,6 11,2 172,5 55,7 0,091148 30225 Porto de Luiz Correia 7,8 9,1 105,6 34,4 0,120714
30337 Terminal Portuário do Pecém 6,7 8,1 90,2 29,45 0,123694
30540 Porto de Cabedelo 5,1 4,8 80,5 28,3 0,090993 30725 Porto de Maceió 5,7 3,1 71,6 26,7 0,089522 40135 Porto de Aratu 5,7 2,9 82,4 33,2 0,074394
40140 Capitania dos Portos de Salvador 6,6 4,1 78 30,5 0,098618
40219 CEPEMAR 8,5 5,8 48,1 22,2 0,203414
40252 Capitania dos Portos do Espírito Santo 9,1 4,9 47 20,8 0,20649
40255 Porto de Tubarão 9,1 5,5 44,2 21,9 0,220877 50116 Ponta de Imbetiba (Macaé) 10,4 5,8 37,8 19,8 0,28125 50127 Ilha do Boqueirão 11,4 6,3 37,9 6,8 0,395973 50141 Ponta da Armação 10,9 6 33,3 18,5 0,326255 50159 Copacabana -Salvamar 10,7 6,3 30,3 17,2 0,357895
50165 Ilha de Guaíba (Terminal MBR) 11,1 6 32,9 19,2 0,328215
50205 Porto de Ubatuba 10,6 2,7 28,7 16,3 0,295556 60132 Porto de Paranaguá 11,1 7,6 49,1 33,3 0,226942
60135 Barra do Porto de Paranaguá 11,9 7,4 38,7 24,6 0,304897
60139 Terminal Portuário da Ponta do Félix 12,5 7,1 54,9 35 0,21802
60250 Porto de Imbituba 11,2 6,7 13,2 10 0,771552 60370 Porto de Rio Grande 10,8 4,7 3,4 3,5 2,246377 30950 Fernando de Noronha 4,9 5,3 80,8 25,7 0,095775 10528 Soure 9,3 9,5 136,9 42,1 0,105028 10653 Ponta do Céu I 5,1 10,3 152,1 35 0,082309
F Maré 0-0,25 Semidiurna
0,25-1,5 Semidiurna com desigualdade diurna 1,5-3 Mista
>3 Diurna