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1€ QUINZENárIo | 05 DE SETEMBRO DE 2014 | Nº 1573 | ANo XLIII | DIrEctorA: ELsA GUErrEIro cEpA | www.jORnalc.pT | prEço ANUAL: 30€ 1971 - 2014 PUB. Procissão ao Mar Ponto alto das festas da srª da Bonança eM V.P.Âncora FOTO : ANTÓNIO GARRIDO restaurantes do concelho rendeM-se ao esPadarte Pág. 4/5 já se faz seM geradores luz elétrica já chegou ao recinto festa de são joão d’arga festa das solhas uMa festa coM história 800 quilos de solhas para consumir durante a festa lANhelAs Pág. 6/7 juntas do concelho soBreViVeM coM aPoio do fff enquanto esPeraM Por dinheiro da cÂMara Psd acusa equiPa socialista de “esBanjar” o dinheiro da cÂMara de caMinha pOlITIcA

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1€QUINZENárIo | 05 DE SETEMBRO DE 2014 | Nº 1573 | ANo XLIII | DIrEctorA: ELsA GUErrEIro cEpA | www.jORnalc.pT | prEço ANUAL: 30€1971 - 2014

PUB.

Procissão ao Mar Ponto alto

das festas da srª da

Bonança eM V.P.ÂncoraFOTO : ANTÓNIO

GARRIDO

restaurantes do concelho rendeM-se ao esPadarte

Pág. 4/5

já se faz seM geradoresluz elétrica já chegou ao recinto

festa de são joão d’arga

festa das solhas uMa festa

coM história800 quilos de solhas para consumir durante a festa

lANhelAs Pág. 6/7

juntas do concelho soBreViVeM coM aPoio do fff

enquanto esPeraM Por dinheiro da cÂMara

Psd acusa equiPa socialista de “esBanjar”

o dinheiro da cÂMara de caMinha

pOlITIcA

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DISTRITOCAMINHA

passou de um ilustre desco-nhecido para a maioria dos co-mensais, a rei nas mesas dos restaurantes de Vila praia de Âncora.o espadarte, pouco consumido

por estas bandas, deu que falar nos últimos dias com a reali-zação, naquela vila, do Festi-val do Bife de Espadarte que decorreu de 14 a 24 de Agosto no campo do castelo.o certame foi visitado por mi-

lhares de pessoas que ali se dirigiram para degustar “uma iguaria” ainda pouco conhecida. Ao todo terão sido consumi-

das cerca de duas toneladas de espadarte durante o festival o que, segundo a organização, foi excelente.Mas o espadarte não se con-

sumiu apenas na tenda gigante instalada no campo do castelo. Alguns restaurantes locais de-cidiram aderir ao desafio lan-

restaurantes do concelho rendeM-se ao

esPadarte

Vitor Fonseca - Restau-rante Fortaleza - “Tenho muitos clientes, principal-mente espanhóis que procu-ram este prato, no entanto os portugueses, com a rea-lização do evento, também já estão a aderir”.

Ricardo Miranda - Res-taurante Vitória Mar - “Es-tou em Vila Praia de Ân-cora há três anos e nunca tinha trabalhado com es-padarte. Foi uma surpresa agradável e como tem tido bastante procura vou conti-nuar a incluí-lo na carta”.

Bruno pires - Restauran-te Fonte nova - “A verdade é que as pessoas aderiram em massa ao produto... En-quanto houver procura vou ter o espadarte na lista...”.

antónio Domingues-Restaurante Âncora

Mar - “Como esta é uma zona onde o espadarte é pou-co conhecido, nunca me ti-nha lembrado de o incluir na ementa. Com a realização do Festival a verdade é que as pessoas começaram a procu-rar e tem saído muito bem”.

çado pela organização e incluir nas suas ementas aquele peixe. Neste momento já são sete os estabelecimentos onde o espa-darte é comercializado e segun-do os proprietários o produto está a sair muito bem.o “Fonte Nova” é um dos sete

restaurantes do concelho onde se pode degustar este peixe que, ali, é servido grelhado na bra-sa com batata a murro e legu-mes. Bruno pires, proprietário daquele estabelecimento situ-ado em Vila praia de Âncora, diz que o produto está a ter su-cesso nos clientes. No “Fonte Nova” o espadarte já faz par-te da ementa há alguns meses mas, nos últimos dias, a procu-ra tem sido maior “talvez por causa do evento que está a de-correr lá em baixo, mas tam-bém por causa da boa publi-cidade que foi feita. segundo sei espalharam informação por

muitos locais e neste momen-to já temos clientes que vêm de propósito à procura do es-padarte”, revela.Há uns meses atrás este ho-

teleiro decidiu pedir ao arma-dor ancorense António cunha, que pesca esta espécie, para lhe vender espadarte e a partir daí não deixou de incluir este pei-xe na ementa.“Meti aquilo na cabeça e en-

tão pedi ao António cunha que me arranjasse algumas postas para experimentar e o que é certo é que as pessoas come-çaram a pegar no produto e a aderir em massa”.Desde que o espadarte faz

parte da lista do Fonte Nova tem sido “um ver se te avias” como confessou Bruno pires ao Jornal c.De entre os consumidores do

espadarte há alguns que já co-nhecem e pedem porque gos-

tam e há os que querem expe-rimentar. “Digamos que 50% experimentam pela primeira vez e os outros 50, principal-mente pessoas de outras loca-lidades, já conhecem e que-rem repetir”.o espadarte vai continuar a

fazer parte da ementa do Fon-te Nova até que haja mercado. “Enquanto as pessoas quiserem consumir eu vou ter”, garante.para Bruno pires a realiza-

ção de eventos gastronómicos como o Festival do Bife do Es-padarte “é muito importante para o concelho porque traz gente que aprecia a boa gastro-nomia e gosta de experimen-tar novos sabores. Desde que seja para promover Vila praia de Âncora e o turismo, todos os eventos são bons. repare: quando se realizou

pela primeira vez a festa da sardinha, a princípio ninguém

dava nada por aquilo e hoje é o evento que é, traz milhares de pessoas. para lhe dar um exemplo, eu tenho clientes que vêm de propósito”.As coisas começam pequenas

mas com o tempo vão cres-cendo e por isso Bruno acre-dita que o Festival do Espadar-te se poderá transformar “num evento de referência, à seme-lhança da Festa do Mar e da sardinha”.António Domingues foi outro

dos hoteleiros de Vila praia de Âncora que decidiu incluir na ementa do seu restaurante, o Âncora Mar, o espadarte. A rea-lização do Festival do Bife de Espadarte levou a que alguns clientes começassem a procurar este peixe e por isso António Domingues decidiu inclui-lo.“como esta é uma zona onde

o espadarte é pouco conheci-do, nunca me tinha lembrado

CAMINHA

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de o incluir na ementa. com a realização do Festival a ver-dade é que as pessoas come-çaram a procurar e tem saído muito bem”, confessa.o espadarte veio para ficar e

nos próximos tempos vai con-tinuar a fazer parte da emen-ta do restaurante Âncora Mar, onde pode ser degustado gre-lhado com batata a murro, le-gumes e um molho especial. “É um peixe diferente mas mui-to bom e quem aparecia con-some”.A clientela do espadarte é, na

sua maioria, de fora. “pesso-as que estão aqui a passar fé-rias e que ouvem falar porque o evento está a decorrer e que-rem provar”.segundo António Domingues

trata-se de um “peixe com mui-to bom aspeto e muito agra-dável”.No Vitória Mar, outro dos res-

taurantes de Vila praia de Ân-cora que aderiu à comercializa-ção do espadarte, garante que a inclusão deste prato na ementa tem sido “um sucesso”.ricardo Miranda é proprietá-

rio e cozinheiro no Vitória Mar e garante que o peixe “é uma delícia”.“Estou em Vila praia de Ân-

cora há três anos e nunca tinha trabalhado com espadarte. Foi uma surpresa agradável e como tem tido bastante procura vou continuar a incluí-lo na carta”. Grelhado na brasa com batata

cozida e legumes salteados, re-gado com um molho especial, é a proposta do Vitória Mar. “É muito bom, eu próprio fi-

quei surpreendido com a quali-dade deste tipo de peixe”. Do evento que decorreu no

campo do castelo, ricardo Miranda só tem a dizer bem e considera que é com este tipo de iniciativas que se promove o turismo e a gastronomia no concelho. “são iniciativas mui-to interessantes e deviam existir muitas mais”, considera.No restaurante Fortaleza são

os espanhóis os maiores con-sumidores de espadarte. A es-pécie é bastante consumida no país vizinho e por isso desde que o Fortaleza a inclui na ementa, há alguns meses, tem sido um sucesso.“tenho muitos clientes, prin-

cipalmente espanhóis que pro-curam este prato, no entanto os portugueses, com a realização do evento, também já estão a aderir”, refere Vitor.De escabeche ou grelhado com

molho de alho é a forma como o espadarte pode ser consumi-do no restaurante Fortaleza em

Vila praia de Âncora.No restaurante “o portinho”

o espadarte também faz parte da lista, o mesmo acontecendo no “Verdes Lírios” e no Mu-ralha, este último na vila de caminha.

queM ProVa fica a gostar

À hora de almoço a cozinha do Festival, liderada por Ale-xandra cunha, não tem mãos a medir. os filetes e o bife de espadarte são os pratos mais solicitados, a par da sopa que, segundo António cunha, tam-bém tem tido muita saída. “on-tem vendemos à volta de 200 litros”.Espalhadas pelas mesas da sala

dezenas de comensais provam o espadarte que é apresentado de diferentes formas.José Alves é natural de caste-

lo Branco mas vive há 40 anos em Vila praia de Âncora. A pri-meira vez que comeu espadar-te foi no restaurante “Muralha” em caminha e como gostou decidiu deslocar-se até à ten-da para voltar a degustar este peixe de que tanto gosta.“Já aqui vim duas vezes e não

sei se ficou por aqui. Da primei-ra vez comi o bife e hoje decidi comer filetes. tanto um como outro estavam excelentes, o es-padarte é um peixe ótimo que eu sinceramente recomendo. A sopa também é muito boa. Na mesma mesa Graciete Men-

donça está a terminar os filetes que pediu. Veio com a família, o marido e os dois filhos, dois jovens que também ali foram provar o espadarte. residentes na freguesia de Moledo é a se-gunda vez que se deslocam ao Festival.“Viemos uma vez e como gos-

tamos muito decidimos voltar e trazer os filhos”.Na mesa ao lado está Maria

custódia que veio de Arcos de Valdevez visitar uma irmã que vive em Vila praia de Âncora e juntas resolveram ir provar a es-pecialidade de que tanto se fala. “Vim a convite da minha irmã e quando aqui cheguei foi uma surpresa. o espadarte está um espetáculo, estou a gostar mui-to e sinceramente recomendo a quem nunca experimentou”.o facto de não ter espinhas tor-

na o espadarte um peixe fácil de comer e por isso, para além de conquistar os adultos, o es-padarte também conquistou as crianças e os jovens para quem comer peixe por vezes se tor-na numa tarefa pouco atrativa.Ana perfeito é do porto mas

vive em Viana do castelo há seis anos. o pai veio fazer-lhe uma visita e Ana decidiu con-vidá-lo para almoçarem jun-tos em Vila praia de Âncora. souberam que estava a decor-rer o certame e decidiram ex-perimentar.“Estamos sinceramente sur-

preendidos pela positiva, não fazíamos ideia de que era tão bom, estamos fãs. Viemos por curiosidade e posso dizer-lhe que gostei imenso, não só do sabor mas também a nível de organização que está excelente”.Ana perfeito provou e gostou

e a partir de agora garante que vai começar a consumir espa-darte. “Já soube que aqui há al-guns restaurantes onde se pode comer espadarte e por isso um dia destes venho cá porque de facto gostei muito”.Uma opinião que é partilha-

da pelo pai, Joaquim perfeito, que também se confessa parti-cularmente surpreendido com o sabor deste peixe.“Gostei muito, é muito bom.

Não conhecia e fiquei muito bem impressionado, é muito saboroso”.

uM grande sucesso

Agostinho Gomes da Ancore-ventos, empresa co-organiza-dora do evento, não podia estar mais satisfeito com o resultado deste Festival. o balanço foi francamente positivo e supe-rou inclusive as expetativas.“tem sido surpreendente aqui-

lo que as pessoas nos dizem a cerca da qualidade deste peixe. A maioria das pessoas que por aqui passaram não conheciam e de facto não hesitam em consi-derar o espadarte uma iguaria. tivemos pessoas que vieram a primeira vez e não resistiram vir uma segunda para provar outra forma de confeccionar este peixe. Está a ser um gran-de sucesso”.para Agostinho Gomes a par-

tir de agora Vila praia de Ân-cora tem todas as condições para se transformar na capita do espadarte, basta para isso que os restaurantes adiram e comecem a incluir esta prato nas suas ementas.“o objetivo da realização

deste festival foi precisamen-te dar a conhecer o espadar-te e ao mesmo tempo tentar fazer com que os restauran-tes locais apostem neste pro-duto. Vila praia de Âncora ao ter uma frota considerável de barcos na captura desta espé-cie, possibilita a que os restau-

rantes possam ter este produto com qualidade. Uma coisa que aconteceu e que eu acho que foi muito interessante é que até aqui tínhamos apenas 2 ou 3 restaurantes a comercializar o espadarte no concelho e, nes-te momento, já são 7 ou 8”.Agostinho Gomes lembra que

com a sardinha também foi as-sim. “Antes da Festa da sar-dinha eram poucos os restau-rantes da vila que a vendiam. A verdade é que à medida que o evento foi crescendo os res-taurantes tiveram que incluir a sardinha nos seus menus, e hoje quase todos a têm porque a procura é grande”.À semelhança do que aconte-

ceu com a sardinha, a organi-zação quer que o espadarte se torne num produto de referên-cia em Vila praia de Âncora.“Acho que neste momento os

restaurantes estão a aderir em massa porque acreditam no pro-duto e nas suas potencialida-des. Estamos a falar de um pro-duto de excelência, com muita qualidade que agrada às pes-soas. Julgo que estão criadas condições para que o espadar-te comece a ser uma referên-cia também a norte”.Ao todo a organização fala

em cerca de duas toneladas de espadarte consumido ao lon-go dos 10 dias em que decor-reu o certame, cuja organiza-ção já estava a ser preparada há cerca de um ano.“tudo isto começou a ser pre-

parado há cerca de um ano. Houve um estudo que foi feito com a ajuda de técnicos quali-ficados na área do marketing e da gastronomia que nos de-ram algumas dicas. Depois o António cunha, com uma sé-rie de ideias muito próprias, e uma equipa de várias pessoas, conseguiu realmente criar aqui um produto estratégico para o concelho de caminha”.o sucesso do evento exige o

seu regresso no próximo ano, um regresso que a organização diz estar apenas dependente da vontade da câmara de cami-nha, do porto e Norte e restan-tes parceiros.“se eles quiserem eu penso

que esta é uma receita para con-tinuar sempre em colaboração com os restaurantes locais. Eu penso que um evento desta na-tureza não pode caminhar so-zinho, é preciso potenciar este prato numa perspectiva de uma nova oferta para Vila praia de Âncora à semelhança do que acontece por exemplo com a sardinha, com o robalo e ou-tras espécies”, sublinha.

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DISTRITOCAMINHA

Manda a tradição que na quin-ta-feira antes da festa, as em-barcações partam em direção à Ínsua para ir buscar a senhora.são na sua maioria pescado-

res de Vila praia de Âncora mas também de Viana do cas-telo que se deslocam em em-barcações devidamente enga-lanadas, pois o dia é de festa.partem depois do almoço em

direção a norte e sempre que o mar o permite. E não vão só pescadores, vão também em-barcações de recreio que fazem questão de se juntar à procis-são naval, um dos momentos altos da romaria em honra da senhora da Bonança que tem lugar em Vila praia de Âncora de 11 a 14 de setembro.Em terra a senhora da Ínsua

está pronta para ir visitar as gentes de Vila praia de Ân-cora, um ritual que acontece todos os anos por esta altura.No cais da rua está a embar-

cação que irá levar a senhora até perto do forte com o seu nome, onde será depois trans-ladada para uma outra embar-cação de Vila praia de Âncora.Dezenas de embarcações

acompanham-na até Vila praia de Âncora onde vai ficar até domingo.Espalhadas pelos molhes do

portinho, milhares de pessoas aguardam a chegada da srª da Ínsua a terra, um momento vi-vido com muita emoção pelas gentes locais.No cais todos querem beijar

e tocar a imagem da santa a quem os pescadores pedem pro-teção no mar. À espera está o andor que a vai levar em pro-cissão até à capela da srª da Bonança situada bem no cen-tro da vila. Mas antes, junto ao farol, há

sermão. o orador pede prote-ção no mar e abundância para os pescadores.“Nós pedimos-te senhora,

proteção para os nossos pes-cadores que todos os dias têm os olhos em ti. Que encontrem neste mar o pão de casa dia”, ouve-se.Findo o sermão a imagem

segue para a capela até Do-mingo, dia da grande procis-são religiosa.É assim o arranque de mais

umas festas em honra da se-nhora da Bonança, uma das

Procissão ao Mar Ponto alto das festas da srª da Bonança eM V.P.Âncora

Esta rubrica fará a descrição da identidade regional do Alto Minho recorrendo a estes 3 elementos. Daremos grande visibilidade ao sector primário como vector fundamental para um desenvolvimento sustentável, que gera oportunidades de negócios e permite, acima de tudo, preservar a nossa identidade.

maiores romarias do conce-lho de caminha.segundo o padre Valdemar

Fernandes, pároco de Vila praia de Âncora, trata-se de uma festa com uma carga re-ligiosa grande, que se foi na-turalmente construindo ao lon-go dos tempos. com 3 procissões e muitos

atos religiosos, esta é uma fes-ta onde a devoção dos pesca-dores está bem patente.“Esta devoção, que se foi cons-

truindo ao longo dos tempos, está certamente relacionada com a devoção dos pescado-

res e pela necessidade de evocar Nossa senhora. pela presença e pela forma como as pessoas chegam até junto da imagem da senhora da Bonança, no-ta-se a devoção e o amor das pessoas à senhora”.A procissão da srª da Ínsua

constitui um momento de fé muito importante, “um gran-de momento” como refere o pároco.“Quem vem dentro dos barcos

ao longo do mar e contempla as margens, vê que elas estão repletas de pessoas à espera da senhora da Ínsua. É uma gran-

de procissão, muito emotiva”.sendo esta uma festividade

muito ligada à classe piscatória local, a romaria da srª da Bo-nança não deixa de ser a festa da comunidade de Vila praia de Âncora. “Estamos a falar de uma festa que congrega mui-ta gente. Junta os pescadores que encontram na senhora mui-ta devoção e muito aconche-go, mas junta também pesso-as de muitos lugares e muitas terras que aqui acorrem de pro-pósito para celebrar e festejar não só em termos religiosos, mas também em termos cul-turais e de diversão. A festa é um momento de reflexão mas também de encontro e confra-ternização entre amigos e fa-miliares”, sublinha.outro dos momentos que o

padre Valdemar destaca é a grande procissão de domin-go que este ano vai integrar 25 andores.“Vai ser uma grande festa,

uma festa muito rica capaz de aproximar as pessoas e leva-las a viverem momentos in-tensos”.

FOTOS : ANTÓNIO GARRIDO10

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DISTRITOCAMINHA

programa:Dia 11 de setembro – 5ª feira

Dia de nossa Senhora da Ínsua

8h00 – Alvorada Festiva9h00 – Entrada do grupo de Zés pereiras

“Bombos de V.p.Âncora”15h30 – procissão Naval de Nº srª da Ínsua,

com a participação dos Homens do Mar e suas embarcações

15h30 – passagem do andor de Nª srª da Ínsua, pela rua dos pescadores e rua 13 de Fevereiro,

ornamentadas com tapetes floridos17h00 – Abertura do parque de Diversões. Atuação

do Grupo de Zés p’reias na praça da república21h00 – procissão de Velas, em honra de Nª srª de Fátima em andor de flores naturais com alocução na praça da república

22h00 – conunto Marco, Lino e Mingos (trio L&M), na praça da república.

01h00 – tenda electrónica com Dj e bares junto ao parque de diversões

Dia 12 de setembro – 6ª feira

noite do Emigrante

8h00 – Alvorada Festiva9h00 – Entrada do grupo de Zés p’reiras

“Bombos de V.p.Âncora” e Bombos de s. sebastião, de Darque10h00 – recolha de peteiros nas lojas e embarcaço

de pedro cachadinha e seus manos, no parque Dr. ramos pereiraas e cantares ao desafio.

14.30 – Atuação de pedro cachadinha e seus anos, a percorrer as ruas da vila e estabelecimentos,

com desgarradas e cantares ao desafio.15h00 – Arruada pelos grupos de bombos a

percorrer as ruas da vila21h30 – Atuação de pedro cachadinha e seus

manos, no parque Dr. ramos pereira22h00 Grandiosa atuação de Zé Amaro,

no parque Dr. ramos pereira.01h00 - tenda electrónica com Dj e bares

junto ao parque de diversões

Dia 13 de setembro – sábado

cortejo da cultura

8h00 – Alvorada Festiva9h00 – Entrada do grupo de Bombos de são sebastião de Darque e Gigantones

12h00 – tradicional queima de fogo do meio dia e entrada na praça da república das Bandas de Música: Banda Marcial de Fermentelos

(A Velha) e Filarmónica de Amares15h00 – cortejo Etnográfico do Vale do Âncora

17h30 – Festival Folclórico no parque Dr. ramos pereira, com grupos de Danças e cantares regionais do orfeão de V.p.

Âncora e vários grupos folclóricos com traje do campo e do mar17.30 – concentração e despique de Bombos de

vários grupos que participam no cortejo, na meia laranja, Av. Dr. ramos pereira

22h00 – Grande concerto com o Grupo santamaria no parque ramos pereira

22h00 – concerto das Bandas de Música na praça da república

24h00 – Despedida das Bandas de Música00h30 – serenata piromusical na foz do rio Âncora

com fogo-de-artificio preso e batalha naval e cachoeira especial.

01h00 - tenda electrónica com Dj e bares junto ao parque de diversões

Dia 14 de setembro – domingo

Grande procissão religiosa

8h00 – Alvorada Festiva8h00 – Missa na capela Nª srª da Bonança9h00 - Missa na capela Nª srª da Bonança

9h00 – Entrada da Associação Musical de Vila Nova de Anha no largo da estação com passagem pelo portinho.10h30 – Missa solene, cantada pela Associação

Musical de Vila Nova de Anha14h30 – Entrada da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários

“os Famalicenses”15h00 – recepção das entidades oficiais no salão

da capela da srª Da Bonança15.30 – procissão em honra da senhora da Bonança.

No portinho, sermão pelo pregador e colocação dos andores no chão, virados para o mar, depois do tradicional sermão,

queima de fogo no trajeto da procissão para a capela.17h30 – concerto da Banda na praça da repúbica

19h30 – Missa de Ação de Graças na capela de Nª srª da Bonança

22h00 – Verbena com o Grupo Musical “IVAsoN”, no parque Dr. ramos pereira

24h00 – Despedida das festas com fogo de artifício01h00 - tenda electrónica com Dj e bares

junto ao parque de diversõe

Procissão ao Mar Ponto alto das festas da srª da Bonança eM V.P.Âncora

com um orçamento a rondar os 87 mil euros, as festas em honra da senhora da Bonan-ça apostam num cartaz cultural “forte”, com muita animação e onde a tradição tem presen-ça forte.Atuações de vários grupos mu-

sicais, bandas de música, um cortejo cultural e fogo de ar-tifício, são apenas alguns dos muitos momentos previstos no programa deste ano.A comissão deu conta de algu-

mas alterações, nomeadamente no que toca ao cortejo que terá um percurso diferente do ha-bitual, como explicou ao Jor-nal c Anabela pereira, presi-dente da comissão de festas.“Este ano pedimos a colabo-

ração da Viana Festas e do tu-rismo de Vila praia de Âncora, que nos vão ajudar a organi-zar o cortejo. A Viana Festas vai ceder-nos alguns carros que julgamos irão enriquecer mui-to o cortejo”.para além dos carros cedidos

pela Viana Festas as fregue-sias do Vale do Âncora tam-bém foram convidadas a parti-

cipar mostrando assim algumas das tradições locais.A dimensão dos carros cedi-

dos pela Viana Festas vai obri-gar à alteração do trajeto, que este ano se inicia no Largo da Estação. Assim o percurso será: rua 5 de outubro, 31 de Ja-neiro, Av. ramos pereira e ter-mina no campo do castelo.Dos espetáculos agendados

destaque a atuação de pedro cachadinha, artista de ponte de Lima, do grupo santama-ria e do grupo musical Ivason. De salientar ainda a presença das Bandas de Música Mar-

cial de Fermentelos e Filarmó-nica de Amares que irão atuar no sábado.A pensar nos mais jovens, a

comissão de festas convidou diversos dj’s que irão animar a denominada tenda eletróni-ca localizada junto ao parque de diversões.para angariar a verba necessá-

ria para a realização das festas a comissão tem procedido ao habitual peditório junto da po-pulação e também dos estabe-lecimentos comerciais da vila. As festas estão orçadas em cer-ca de 87 mil euros, uma verba

que está longe de estar alcan-çada, com revelou ao Jornal c Anabela pereira, que se queixa das poucas esmolas consegui-das até ao momento.“o peditório este ano não está

a correr tão bem como nós es-távamos à espera. As pessoas estão a participar menos mas ainda assim tivemos esta se-mana uma pessoa que nos deu 500 euros. Isto é muito impor-tante porque prova que ainda há gente que acredita nesta co-missão de festas”.Anabela pereira queixa-se de

uma situação que está a preju-dicar as festas relacionada com o vendedor de farturas que ha-bitualmente vinha à senhora da Bonança mas que no ano passado, por vontade própria desistiu.“o que aconteceu é que no

ano passado esse senhor de-sistiu de fazer as festas de Vila paria de Âncora preferindo ir para ponte de Lima. o que nós fizemos foi tentar arranjar ou-tra pessoa que viesse e conse-guimos. Agora ele vem dizer que afinal já quer voltar outra vez e nós não aceitamos isso”.A presidente da comissão acu-

sa o referido feirante de estar a fazer uma campanha difama-tória contra a comissão e la-menta que alguns ancorenses “estejam a defender pessoas de fora em vez de defenderem esta comissão que é composta por pessoas da terra. Nós es-tamos a levar por tabela por causa disso. Há pessoas que se recusam participar porque o Mário das farturas não vem. Isso é lamentável porque não é o Mário que faz a festa”.A presidente da comissão

aproveitou para apelar à união de todos os ancorenses para que não deixem de participar nas festas, quer monetariamen-te quer participando nos diver-sos atos religiosos que estão programados.“como lhe disse esta festa

tem um orçamento muito alto e mesmo com a ajuda da câ-mara de caminha não chega para fazer face a toda a des-pesa. precisamos da colabo-ração de todos e espero que a população se junte a nós e nos ajude a fazer as festas que Nossa senhora da Bonança me-rece”, remata.

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CAMINHA

DISTRITOCAMINHA

perde-se no tempo a data do início da festa de Lanhelas, em honra do senhor da saúde e de santa rita de cássia, que acon-tece sempre no primeiro fim-de-semana de setembro.Associada a esta festividade,

realizava-se no dia 15 de agosto, também nos jardins de s. Gre-gório outra, esta mais simples, mas de singular cariz, em hon-ra de s. roque. Eram remata-das as fogaças feitas na padaria do tio João “tolo”. Este pão tinha a particularidade de ter várias formas e feitios, salien-tando, entre elas, a figura de s. roque, colocando dois feijões no lugar dos olhos e um gran-de laço vermelho ao pescoço. A farinha era fornecida pela co-missão das festas em honra do senhor da saúde e santa rita de cássia, porque a receita re-vertia a seu favor.contudo, é a partir de 1957 que

há registos da forma como se cons-tituíam as respetivas comissões das “famosas festas em honra do senhor da saúde e de santa rita”, da exploração de bares e das respetivas normas. Dum uni-verso de 56 nomes de homens, as comissões ficavam constituídas por apenas cinco homens (pre-sidente, tesoureiro, secretário e dois vogais), que contavam com o apoio das esposas e com a co-laboração de “gentis meninas”.os lugares ocupados para a ven-

da de petiscos e bebidas, bugi-gangas, localizavam-se fora do recinto dos jardins de s. Gregó-rio. Dentro do recinto, monta-va-se um “café-Bar” à sombra de um grande castanheiro, ex-clusivo da comissão de Festas. pela primeira vez, este “cafe-Bar” é doado à exploração de particulares no ano de 1967sob determinadas condições: “…o arrematante deve ter um bom sortido de bebidas, não faltan-do os afamados vinhos bran-cos, engarrafados da região; … o arrematante deve primar em apresentar um bom e sabo-roso café; … o arrematante deve ter também

um regular sortido de sandes va-riadas – doces, pastéis, choco-lates, etc., etc…”.Não aparecendo nenhuma men-

ção ao consumo de solhas, che-

festa das solhas uMa festa coM história

gamos ao conhecimento de que as comissões ou pessoas que ex-ploravam o bar, levavam aqui-lo que tinham em casa e nada como a solha fresca ou seca, que era por esse tempo abundante e de uso e costume à mesa dos lanhelenses.curiosamente, a abertura da

pesca das solhas fazia-se a 15 de agosto, chamada a “libração”, e todos os pescadores da fregue-sia iam para o rio com redes pi-cadeiras ou solheiras. o peixe era tanto que, quando as mulhe-res levavam o almoço aos fami-liares, já traziam grandes quan-

tidades de solhas para arranjar. os homens voltavam à pesca e, ao fim do dia, confraternizavam todos na beirada do rio, comen-do solha frita ou em caldeiara-da e as respetivas fogaças de s. roque. Não é, pois, de estranhar ver a solha associada à festa re-ligiosa, servindo de petisco ao visitante. De 15 de agosto em diante, secavam-se as solhas de forma tradicional, prática que chega aos nossos dias, embo-ra, à época, fosse usual guardar as solhas em caixas grandes no meio do milho e do feijão. (Em Lanhelas, pelo inverno dentro,

à “ceia”, em casa de pescador, comia-se quase sempre batata cosida com solha seca, regadas com azeite ou para variar com um molhinho “rojoado”).se os petiscos eram confeccio-

nados em máquinas a petróleo, a iluminação fazia-se com ca-çoulos de velas de sebo, a or-namentação, com arcos usados nas marchas pelos ranchos do Esqueiro, covelo e couto por altura das festas dos santos po-pulares e as bandeiras confec-cionavam-se com tela compra-da para o efeito. Não faltava o foguetório nem a música, não fosse Lanhelas terra de fogue-teiros e de Banda afamada. com o passar dos anos, as festas re-ligiosas de todo o Alto Minho passam a ter muitos mais visi-tantes, uns movidos pela fé, ou-tros pelo divertimento e lazer. A festa de Lanhelas alcançou já reconhecimento e notorieda-de gastronómica, evidenciados pela crescente procura do afa-mado pitéu, a solha seca. Daí, hoje referirem-se à festa do se-nhor da saúde e santa rita de cássia como a Festa das solhas.Da mesma forma, as comissões

das festas aumentaram o núme-ro de elementos para poderem dar resposta a desafios maiores. Assim, todos os anos são nome-ados dez casais, de gente mais nova, quando é possível, apoia-dos ainda por um grupo de me-ninas e rapazes solteiros.As logísticas melhoraram subs-

tancialmente, e é no início da dé-cada de oitenta, do século passa-do, que se faz um equipamento de raiz, com uma cozinha me-lhor equipada, tendo sido melho-rado pelas comissões seguintes.A quantidade de solhas secas

para vender na festa aumentou exponencialmente a partir dos anos oitenta, pois, por essa al-tura, cada casal levava de casa cerca de 10 Kg de solhas secas. Nestes últimos anos, chegam a consumir-se 600 kg de solhas ou até mais.para facilitar o trabalho árduo,

que é todo o processo de trata-mento das solhas até à fase fi-nal, adota-se, a partir de 2004, a secagem de todas as solhas no mesmo local, obedecendo a um mesmo procedimento.com trabalho, brio e sacrifí-

cio e muito bairrismo, todos os lanhelenses têm levado a efeito a realização da sua festa, que é reconhecida e admirada por to-dos quantos a visitam.

josefina covinhaIn: programa da Festa

das Solhas 2014

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cerca de 800 quilos de solha seca e fresca deverão ser con-sumidos durante este fim-de-semana em mais uma edição das festas em honra do senhor da saúde e santa rita de cás-sia que se realizam a partir de hoje (sexta-feira) na freguesia de Lanhelas.Manda a tradição que a Fes-

ta das solhas, nome pelo qual também é conhecida esta ro-maria, seja organizada por um grupo de jovens casais da fre-guesia.os preparativos começam al-

guns meses antes, em dezem-bro de 2013, com a realiza-ção de peditórios porta a porta pela freguesia, venda de rifas e outros eventos, com o obje-tivo angariar a verba necessá-ria (7.500 euros) para comprar as solhas para a festa que, ape-sar de religiosa, é também uma festa gastronómica. silvia Barros e o companheiro

foram um dos casais escolhi-dos para a organização deste evento que se realiza sempre no mês de setembro.Acompanhados de mais sete

casais estão a trabalhar desde maio na preparação dos cerca de 800 quilos de solhas que vão ser consumidos nos próximos 3 dias. Uma tarefa árdua mas que silvia Barros garante que se faz com gosto.“temos aproximadamente 800

quilos de solhas preparados. Foi

um trabalho árduo que iniciá-mos em maio, mas ao mesmo tempo foi agradável porque o grupo é coeso e damo-nos to-dos muito bem”.Durante o fim de semana de-

verão passar por Lanhelas al-guns milhares de pessoas atraí-dos pelos petiscos e também pelo programa que este ano pro-mete grande animação, como revela silvia Barros.“são 3 dias repletos de pro-

gramação que se iniciaram com a realização das novenas no dia 28 de Agosto. Depois te-remos a partir de sexta feira os jantares típicos onde a solha é o prato principal e a abrir as festividades a atuação da or-questra “ciklone”.No sábado teremos, como não

poderia deixar de ser, um en-contro de bandas com a parti-cipação da Banda Musical La-nhelense e a Banda da casa do povo de tangil. À noite have-rá fogo de artifício e à 1.30 a despedida das bandas.No domingo realiza-se a mis-

sa em honra do s. da saúde e a procissão ao cruzeiro da in-dependência. A tarde será pre-enchida com um festival fol-clórico e a encerrar vamos ter a atuar a orquestra “taxxis”.Amantes do desporto rei, os

lanhelenses não dispensam um bom desafio de futebol e por isso no sábado, a partir das 17 horas, será disputado no está-

dio local, um jogo entre o La-nhelas e o perre.“Vai ser certamente um mo-

mento muito animado e con-tamos com muita gente. o fu-

800 quilos de solhas Para consuMir durante a festa

programa

Sexta-feira dia 5 de Setembro

8.00 h – Alvorada15.00 h – Abertura do bar

20.00 h – Jantar típico22.30 h – Baile com a orquestra “cIKLoNE”

Sábado dia 6 de Setembro

8.00 h – Alvorada9.00 h – Grupo “Bombos das Montanhas”,

pelas ruas da freguesia10.00h – Abertura do bar

12.00h – Meio dia de fogo15.00h – Encontro de Bandas: Banda Musical

Lanhelense e Banda Musical casa do povo de tangil19.00h – Missa solene em honra de stª rita de cássia

20.00h – Jantar típico22.00h – concerto das Bandas de Música

00.00h – Fogo de Artifício – Ivo show “Bailado d’água” roXIE

01.30h – Despedida das Bandas02.00h – Música Gravada

Domingo dia 7 de Setembro

8.00 h – Alvorada9.30h – Entrada Banda Musical Lanhelense

10.00h – Missa solene em honra de s. Da saúde , seguindo-se a procissão ao cruzeiro da Independência

Despedida da banda Musical Lanhelense13.00h – Almoço típico

15.30h – tarde Folclórica: Grupo Folclórico e Etnográfico de Vila praia de Âncora e Grupo

Folclórico de tregosa20.00h – Jantar típico

22.00h – Baile com a orquestra “tAXXIs”Ao intervalo, sorteio dos cartões

tebol é muito apreciado aqui em Lanhelas e por isso espe-ramos que ganhe o melhor e que seja mais um momento de bom ambiente”.

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pela primeira vez na história da romaria de são João d’Arga não se ouviram os ruidosos ge-radores que, até há pouco tem-po, permitiam que o recinto fos-se iluminado.Depois de muitos anos à es-

pera a comissão de Festas viu finalmente satisfeita a velha as-piração de levar a luz elétrica até àquele convento situado em pleno coração da serra d’ArgaMarinho Gonçalves, que du-

rante 22 anos exerceu o cargo de presidente da Junta de Arga de são João e da comissão de Festas, considera a chegada da luz elétrica ao Mosteiro “a con-cretização de um sonho e uma

já se faz seM geradoresluz elétrica já chegou ao recinto

festa de são joão d’arga

grande alegria”. “Há 3 coisas pelas quais eu

lutei e trabalhei muito ao lon-go dos 22 anos em que exerci o cargo de presidente da junta: a inauguração da casa da jun-ta, a inauguração da luz públi-ca na freguesia e a inauguração da chega da eletricidade aqui ao santuário e as obras. Felizmen-te está quase tudo cumprido, só faltam as obras da capela e dos quarteis que vão avançar já em setembro”.A substituir Marinho Gon-

çalves na comissão de festas de são João d’Arga está ago-ra está a gora o filho, a quem passou este ano o testemunho. “Já passei a pasta mas enquan-to puder venho cá e ajudar no que puder”.

a Pé Para a roMaria.A festa, uma das mais típicas

do país, voltou a receber a visi-ta de milhares de romeiros que, de carro ou a pé, ali se dirigiram no passado dia 28 de Agosto.Do concelho de caminha par-

tiram dois grupos de romeiros a pé, que desta forma reaviva-ram uma antiga tradição.De Vila praia de Âncora par-

FOTOS : lUIs VAlADARes

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tiu um grupo com mais de uma centena de romeiros que cal-correou montes e antigos tri-lhos, num percurso que durou

mais de cinco horas. o trajeto atravessou o Vale do Âncora e cruzou os concelhos de cami-nha e Viana do castelo passan-do por sete freguesias, nomea-damente Vila praia de Âncora, Vile, riba de Âncora, Gondar, Dem, Montaria e serra d’Arga.organizado pela Junta de Fre-

guesia de Vila praia de Ânco-ra, este é um percurso que já se faz há cerca de 16 anos.De caminha saiu um outro

grupo com cerca de cinquen-ta romeiros, um número que foi engrossando já que várias pessoas se foram juntando ao longo do percurso.“À chegada deveríamos ser

mais de 100 pessoas”, garan-tiu Desidério Afonso, um dos

organizadores desta caminha-da a são João d’Arga que con-tou com a organização da Jun-ta de Freguesia de caminha e

Vilarelho.revitalizar antigas tradições

é o grande objetivo destas ca-minhadas, que atraem jovens e menos jovens.Jorge Fão tem 83 anos e ape-

sar de conhecer a romaria há muitos anos, foi a primeira vez que veio a pé.“olhe vim acompanhar a mo-

cidade para ver se rejuvenesço um bocado”, explica entre risos.“É a primeira vez que venho

a pé e há mais de vinte anos que não vinha a esta festa. Es-tou a gostar muito porque é um convivio muito interessante, as paisagens são maravilhosas e com esta música a animar, o caminho faz-se muito bem”.Dificuldades Jorge Fão não en-

controu e até garante que fez o percurso “com uma perna às costas”.“Estou habituado a caminhar

todos os dias. Vou de Mole-do à foz e volto diariamente”.com o cajado na mão, Jor-

ge Fão diz que vai a são João d’Arga para cumprir a tradição e nem o “xiripiti” vai escapar.Mais à frente segue catarina

prividêncio. Natural do porto mas a passar férias em cami-nha, decidiu este ano ir a são João d’Arga como romeira.“Já cá tinha estado antes mas

nunca neste espírito de romei-ra, é a primeira vez e estou a gostar muito”. Veio com uns

amigos e a esperiência está a ser “ótima”, garante.“Já sabia que isto existia mas

nunca tinha integrado uma ro-maria destas, aconselho since-ramente porque é uma experi-ência fantástica”.Depois de várias horas de ca-

minho o grupo chegou finalmen-te ao recinto da festa. Entrou a cantar acompanhado das con-certinas, gaitas e cavaquinhos, e entoando o vira da romaria onde não faltaram a quadras picantes, algumas dedicadas a são João.cumpridas as tradicionais vol-

tas à capela, um grupo de dan-çarinos pede espaço para dançar a gota e a rosinha. “Era assim que se fazia antigamente” ex-

plica Desidério Afonso que vai à romaria desde os 14 anos.Findos os rituais religiosos

é hora de “assaltar” o farnel. cada um leva o seu mas man-da a tradição que se juntem to-dos e que cada um coma o que lhe apetecer.Depois da barriga cheia é hora

de regressar à romaria. A des-cida não é fácil, milhares de pessoas povoam o pequeno re-cinto da festa que neste dia ex-cede muito a sua capacidade.As tascas não têm mãos a me-

dir. Entre petiscos vários, cer-veja e vinho, servem o tradi-cional “xiripiti”, uma mistura de aguardente com mel que ga-

rante grandes dores de cabeça a quem não a souber dosear.A “comandar” o grupo de ro-

meiros vai Desidério Afonso que vai explicando algumas das tradições desta romaria que, depois de ter passado por um momento complicado, pa-rece estar a ressurgir valori-zando as antigas tradições.“Houve um tempo em que

as concertinas, um dos íco-nes desta romaria, estavam a perder o seu espaço e a serem substituídas pelos discos. Fe-lizmente conseguimos rever-ter essa situação e sensibilizar as comissões de festas para acabarem com os discos pe-didos. Hoje isso já não existe e ainda bem”, explica.E que santo é este que se diz

casamenteiro e que faz mila-gres para que as mulheres que não conseguem ter filhos con-sigam engravidar?Desidério Afonso confirma

a teoria mas afasta a tese dos milagres. “o que acontecia é essas mu-

lheres vinham à romaria e por vezes envolviam-se com ou-tros homens e às vezes engra-vidavam. o milagre era este” explica.À medida que a madrugada

vai avançado o recinto come-ça a ficar mais aliviado. só fi-cam os resistentes e aqueles que ali vão pernoitar.A festa continua no dia se-

guinte com missa e procissão, e com a promessa de que para o ano, tudo se repete…

oBras do conVento aVançaM eM seteMBro

o convento de são João d’Arga está prestes a entrar em obras, uma empreitada que vai permitir a recuperação daquele monumento classificado.

A empreitada “santuário de s. João d’Arga – conservação e Valorização do conjunto” vai custar 577 mil euros e é finan-ciada em 85% pelo oN2 – o Novo Norte. A empreitada engloba traba-

lhos de conservação e bene-ficiação na capela, nos alber-gues, nos espaços exteriores, nos sanitários públicos, no edi-fício de apoio ao santuário e, ainda, o melhoramento e execução de algumas infra-estruturas.De referir que a obra já era

para se ter iniciado mas a câ-mara preferiu adiá-la para não coincidir com a romaria.

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juntas do concelho soBreViVeM coM aPoio do fffenquanto esPeraM Por dinheiro da cÂMaraa quatro meses do final do ano, as juntas de freguesia do concelho de caminha ainda não receberam as verbas protocoladas com a câmara Municipal no âmbito da delegação de competências. as autarquias têm cada vez mais encargos delegados pela câmara, mas o dinheiro para custear essas tarefas ainda não chegou aos cofres das juntas de freguesia.

o psD de caminha veio re-centemente a público afirmar que, afinal, as autarquias vão receber apenas um terço das verbas prometidas. para a ges-tão e manutenção de espaços verdes e manutenção das vias e espaços públicos estavam pro-metidos mais de 55 mil euros, mas afinal só vão ser transferi-dos cerca de 18 mil repartidos pelas 14 juntas. para manter, reparar e substituir o mobili-ário urbano, pequenas repara-ções nas escolas e manuten-ção dos espaços envolventes estavam prometidos cerca de 128 mil euros, mas afinal só vão ser transferidos cerca de 42 mil. E o dinheiro só che-gará às mãos dos autarcas me-diante a entrega de relatórios sobre as verbas gastas.Em comunicado enviado à im-

prensa, o psD critica o exe-cutivo socialista liderado por Miguel Alves acusando-o de faltar às promessas de que “iria transferir mais verbas para as autarquias e de forma mais fa-cilitada”.os sociais democratas fize-

ram as contas e concluíram que

afinal cada uma das 14 Juntas de Freguesia do concelho de caminha vai receber em mé-dia cerca de quatro mil euros. (Ver comunicado na íntegra).Fomos ouvir presidentes de

Junta de 3 diferentes partidos com representação no conce-lho de caminha. Miguel Gon-çalves, do ps, presidente da União de Freguesias de cami-nha e Vilarelho; carlos castro, do psD e presidente da Jun-ta de Vila praia de Âncora e carlos Alves eleito pela cDU para chefiar a Junta de Fregue-sia de Vilar de Mouros. Nenhu-ma das freguesias contatadas já recebeu qualquer transferên-cia de verbas.Miguel Gonçalves, o autar-

ca socialista eleito para liderar caminha e Vilarelho, revelou que a autarquia tem recorrido à ajuda do Fundo de Financia-mento de Freguesias (FFF) para conseguir sobreviver enquan-to não recebe qualquer apoio da câmara.De resto, todas as Juntas de

Freguesias contatadas têm uti-lizado este recurso. É através do Fundo de Financiamento de Freguesias que as autarquias utilizam a fasquia a que têm direito nos impostos pagos pe-los portugueses e equivalente a 2,5 por cento da média aritmé-tica simples da receita do Irs, Irc e do IVA do ano transato.Em declarações ao Jornal c,

o autarca de caminha e Vilare-lho admite dificuldades.“ As verbas vão ser transfe-

ridas mediante a entrega dos comprovativos de despesa, e portanto estamos neste momen-to a instruir o processo para depois o podermos entregar à câmara para começarmos a receber”.para fazer face às despesas ti-

das até ao momento, as Juntas têm utilizado as verbas do FFF

como explica Miguel Gonçal-ves que fala em alguns cons-trangimentos relacionados com esta situação.“É evidente que isso nos tem

causado algum constrangimen-to mas também temos que ter consciência da situação em que

se encontra a câmara e o país e por isso, dentro da contingência que temos, há que fazer o me-lhor possível. se me pergunta se eu gostava de ter já as ver-bas comigo? obviamente que sim…”.o autarca de caminha e Vila-

relho esteve até agora a traba-lhar com o dinheiro provenien-te do Fundo de Financiamento de Freguesias e espera receber as transferências da câmara de caminha para avançar com obras que diz serem necessárias.“Até ao momento estivemos

a trabalhar com 50 por cento do nosso orçamento. Neste mo-mento já sabemos o que vamos receber e por isso já podemos começar a planear os nossos in-vestimentos, nomeadamente pe-quenas obras e reparações, que também não podiam ser execu-tadas durante o verão”.Em Vila praia de Âncora a si-

tuação é semelhante. Nestes oito meses, a autarquia tem vivido com o dinheiro proveniente do FFF: cerca de 50 mil euros.o autarca social democrata

carlos castro incita a câmara de caminha a dar rapidamente início à transferência das ver-bas previstas na delegação de competências pois, se isso não acontecer, o autarca diz que a sobrevivência da Junta de Fre-guesia fica em risco.“Até ao momento ainda não

recebemos nada porque também ficámos de enviar os relatórios dos trabalhos que irão ser exe-cutados e respetivos montan-tes. Entretanto já enviamos es-ses relatórios e neste momento aguardamos a transferência de algumas verbas porque se as-sim não for não só não conse-guimos fazer nada, como está em risco a própria sobrevivên-cia da Junta de Freguesia”.sem rendimentos próprios,

a Junta de Freguesia de Vila

praia de Âncora tem feito nos últimos meses uma grande gi-nástica financeira para conse-guir levar o barco a bom por-to. carlos castro explica que o que tem valido é o dinheiro do FFF, cerca de 50 mil euros, verba que tem permitido “man-

ter a porta aberta e pagar a aos funcionários”.carlos castro diz que ser pre-

sidente da Junta nesta situação é muito complicado. “sem di-nheiro que é que nós estamos aqui a fazer. Não se pode fa-zer nada, nem tapar um buraco sequer, se isto continua assim não sei como vai ser. A câma-ra disse que nos ia ajudar e eu espero sinceramente que isso aconteça o mais rapidamente possível porque nós queremos começar a trabalhar”.Em Vilar de Mouros, fregue-

sia liderada pela cDU, tem sido graças ao espírito do trabalho co-munitário que as obras têm sido feitas naquela freguesia do con-celho de caminha, como conta o autarca local, carlos Alves.“Ainda não recebemos qual-

quer verba da câmara mas já te-mos indicação que poderemos enviar os relatórios para rece-bermos uma parte da verba atri-buída no âmbito dos acordos de execução”.tal como as restantes fregue-

sias do concelho também Vilar de Mouros tem vivido nos úl-timos oito meses, “com algum aperto de tesouraria”, mas ain-da assim as obras têm sido fei-tas recorrendo à boa vontade e colaboração da própria comu-nidade vilarmourense.“temos seguindo uma estra-

tégia de chamamento da po-pulação no âmbito do volun-tariado e com essas ações já conseguimos levar a cabo uma série de trabalhos e obras na freguesia. Mesmo sem dinhei-ro da câmara, não temos esta-do parados”.Até à data, o comunista carlos

Alves não viu qualquer cênti-mo da delegação de competên-cias, algo que para ele já não é novidade. Diz que o mesmo aconteceu no tempo da câma-ra psD.

“Eu encaro isto com alguma preocupação porque claro, já estamos com oito meses vividos e naturalmente que já poderí-amos ter realizado mais obras e mais beneficiações na fre-guesia, e assim não foi possí-vel. Mas compreendo porque

a tesouraria da câmara tam-bém está com problemas que já vêm de trás e que não são estranhos a quem, de alguma forma, acompanha o evoluir da politica concelhia. toda a gente sabe o aperto financeiro em que a câmara vive e isso reflete-se nas freguesias. Não tem a ver com a gestão deste executivo, mas sim com a pés-sima gestão de executivos an-teriores que transferia verbas muito reduzidas para as fre-guesias”.carlos Alves fez questão de re-

cordar que no seu último man-dato, de 2005 a 2009, teve dois anos sem receber um único cên-timo. “recebemos zero”.

No dia 4 de junho os vere-adores do psD votaram con-tra os protocolos que seriam celebrados com as Juntas de Freguesia. Apesar dos avisos e recomen-

dações dados ao presidente da câmara chamando a aten-ção para as verbas irrisórias. Apesar de se terem avisado

os presidentes das Juntas de Freguesia, os protocolos fo-ram aprovados, tendo o exe-cutivo bradado aos sete ven-tos que estava a transferir mais verbas do que o executivo an-terior e que seriam só faci-lidades no recebimento das verbas indicadas. o que aconteceu até agora?

(estamos a 4 meses do final do ano):As Juntas não receberam um

cêntimo dos valores protoco-lados.Na semana passada foram as-

sinados os protocolos. os se-nhores presidentes das Juntas foram convocados (por tele-fone e, por isso, alguns nem souberam) e foi-lhes dito que iriam receber um terço da ver-ba protocolada contra entrega de relatórios circunstanciados das verbas gastas. Não sabemos se houve aplau-

sos tal como tanto gosta o par-tido socialista.recordemos que todas as Jun-

tas de Freguesia receberiam 55.800,00 € durante todo o ano para a gestão e manuten-ção de espaços verdes e lim-peza das vias e espaços pú-blicos, sarjetas e sumidouros.

juntas seM dinheiro Para as suas freguesias

Mais e Melhor Para caMinha?!

receberiam, porque as 14 Jun-tas não receberam um cênti-mo e só irão receber 18.600,00 €, depois de cada uma delas apresentar um relatório.receberiam ainda 128.700,00

€ para executarem as novas competências que o sr. pre-sidente da câmara empurrou para as Juntas de Freguesia: manter, reparar e substituir o mobiliário urbano, pequenas reparações nas escolas, e ma-nutenção dos espaços envol-ventes às escolas. recebe-riam porque não receberam um cêntimo e só vão receber 42.900,00 € após a apresen-tação de relatórios.Nem sequer podem transfe-

rir esses valores para outras ações diferentes das que es-tão no protocolo coMo DIs-sE o sr. prEsIDENtE DA cÂMArA A ALGUNs prE-sIDENtEs DE JUNtA DE FrEGUEsIA.total destinado às Juntas em

2014: 61.500,00 €. Quanto toca a cada uma

das freguesias? Uma média de 4.393,00 € (com os relató-rios devidamente elaborados). Infelizmente acrescentamos

que nem este valor vão rece-ber até ao final do ano porque, tal como chamamos a atenção no dia 4 de junho, as Juntas não vão poder cumprir o pro-tocolado.Mais e melhor para cami-

nha?!

comissão política concelhia do psD - caminha

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DISTRITOCAMINHA

Vereadores do psD continuam à espera de resposta sobre a real situação financei-ra da câmara de caminhaNo dia 8 de Julho os vereadores do psD

apresentaram requerimento escrito a so-licitar informação sobre a situação finan-ceira à data, obrigação que aliás decorre da lei, e que deveria ser prestada por ini-ciativa do presidente e não por solicitação da oposição. Lamentavelmente este comportamen-

to pouco democrático não nos surpreen-de, pois tem sido sistemática a posição do atual executivo em não facultar informa-ção obrigatória quando é solicitada e só o faz muito posteriormente e por insistên-cia da oposição. Decerto que o executivo camarário pre-

tende com estes artefactos desmotivar a oposição e desviar a sua atenção da dra-mática situação financeira que já foi pos-sível constatar na última informação pres-tada na Assembleia Municipal de Junho.Vamos passar a explicar como em 10 me-

ses o executivo do ps esbanjou 2 milhões de euros:- o atual executivo (ps) herdou em ou-

tubro de 2013 do anterior executivo (psD) depósitos a prazo e à ordem no montante de 2. 398.264 €:- Em Dezembro de 2013, já só tinha

1.596.87,44€; Em Janeiro de 2014, já só tinha 1.283.375,46€; Em Fevereiro de 2014, já só tinha 811.921,68€; Em Mar-ço de 2014, já só tinha 764.936,11€: Em Abril de 2014, já só tinha 551.550,61€; Em Maio de 2014, (mês em que o muni-cípio recebeu cerca de 2 milhões de euros de IMI), já só tinha 997.153,28, Em Junho de 2014, já só tinha 828.855,38€;Verifica-se que passados estes meses, o ac-

tual executivo já não tem qualquer depósi-to a prazo e nem o depósito obrigatório dos cerca de 600 mil euros, à sua guarda, de valores dos Munícipes relativos a cauções e outros valores consegue garantir, porque meses houve já, em que o saldo em bancos é inferior ao valor das cauções, o que con-figura uma situação ilegal e imoral.- Não podemos pronunciar-nos acerca dos

meses de Julho e Agosto porque o execu-tivo omite deliberadamente essa informa-ção, mas quase nos permitimos antecipar que infelizmente o cenário será ainda pior e preocupante;Da posição do 4º melhor pagador do Dis-

trito (em 2012 e 2013) o atual executivo arrasta o Município para a posição de pior pagador do Distrito

De facto e conforme comprovam os da-dos da DGAL-Em Dezembro de 2013 o Município de

caminha agrava o seu prazo médio de pa-gamento para 145 dias, contrariando a Lei dos compromissoscomparemos: - Em setembro de 2013 o Município de

caminha pagava aos seus fornecedores a 85 dias;-o executivo do psD realizou vasta obra

eXecutiVo caMarário oculta situação financeira do MuniciPio

no concelho (Ainda não conhecemos ne-nhuma obra realizada pelo actual executivo);- suportou os mesmos encargos (salários,

piscinas, electricidade, limpeza urbana, etc.);- transferiu mais meios e verbas para as

nossas freguesias;- transferiu mais meios e verbas para as

nossas Associações e Ipss’s;- Atribuiu vários incentivos, nomeadamen-

te à natalidade que reflectem dados muito positivos sobre o número de nascimentos no nosso concelho;- potenciou e dinamizou uma agenda cul-

tural e eventos de grande vulto financeiro e que eram já uma referência e conhecidos em todo o país.- Deixou uma dívida de curto prazo de

cerca de 3 milhões de euros, com fundos comunitários aprovados, portanto recei-ta correspondente a cerca de 1 milhão e meio de euros;- os seus prazos médios de pagamento

eram de 79/85 dias, portanto inferior ao prazo de 90 dias que a Lei estabelece;- Nunca necessitou de recorrer a emprés-

timos de curto prazo para fazer face a fal-ta de liquidez de tesouraria;- recorreu ao pAEL, para pagar a faturação

das Aguas do Noroeste e não imputar esses custos à factura da água dos Munícipes;- com os mesmos meios e os mesmos en-

cargos, o executivo do psD honrou e pa-gou os seus compromissos e ainda deixou em depósitos em bancos, a prazo e à or-dem o montante de 2.398.264€;- o que pretenderá esconder o atual exe-

cutivo?- porque não dá resposta aos sucessivos

requerimentos apresentados pelos verea-dores e deputados na Assembleia Munici-pal sobre procedimentos legais e cumpri-mento da Lei dos compromissos?- como se explica o esbanjar de milha-

res de euros em festas, espectáculos, ten-das e barracas que não trouxeram nenhu-ma mais-valia para o concelho e que para além de esbanjamento de dinheiros públi-cos só visam a promoção da imagem do presidente da câmara?-pelas vozes que se ouvem aqui e ali, to-

dos temem o pior, e acabando as festas, fes-tivais e concertos, pode haver contas a pa-gar e não haver dinheiro para tanta farra!- resta-nos a certeza de que perante a de-

gradação financeira do Município de ca-minha no espaço de um ano de gestão so-cialista, e na falta da tal ideia estratégica para o concelho, a solução passará pela convocatória de mais uma conferencia de imprensa onde assistiremos a um eventu-al anúncio de pedido de resgate ao Fundo de Apoio Municipal, protagonizado pelo sr. presidente, e a mais um “show off” te-levisivo, para as camaras locais e nacio-nais ainda em estilo de campanha eleito-ral a dizer que se vai endividar mas que a culpa foi dos “outros”! sem dúvida Menos e pior para caminha.

comissão política concelhia do psD - caminha

os três vereadores eleitos pelo psD para o executivo camará-rio caminhense acusam a equi-pa socialista liderada por Mi-guel Alves de estar a ocultar a real situação financeira do município.os vereadores do psD pedi-

ram à equipa socialista, no dia 8 de Julho, informação sobre a situação financeira atual da au-tarquia, mas quase dois meses depois dizem que ainda con-tinuam à espera da resposta.Em comunicado enviado à im-

prensa, os sociais democratas acusam o executivo socialista de esbanjar o dinheiro deixado pela anterior equipa camarária liderada pelo psD.Dizem os sociais democratas

que havia mais de dois milhões de euros em contas à ordem e a prazo e que agora há pouco mais de 800 mil euros.Em declarações ao Jornal c,

a vereadora social democrata Liliana silva, que é também presidente da comissão polí-tica concelhia do psD, acusa a equipa de Miguel Alves de ter esbanjado o dinheiro uni-camente na promoção do exe-cutivo, em detrimento dos in-teresses do município.“Eu não sei como é que eles

conseguiram esbanjar o dinhei-ro mas acho que toda a gente percebe que se gastaram mi-lhares de euros em festas, es-petáculos, em tendas e barracas como a que foi utilizada no 25 de Abril. Gastou-se muito di-nheiro em coisas que não eram importantes e que não trouxe-ram mais valia nenhuma para o concelho. coisas que sim-plesmente trouxeram esbanja-mento de dinheiros públicos e visaram a promoção do exe-cutivo”.outro dos assuntos abordado

pelo psD no referido comuni-cado refere-se ao prazo médio de pagamento que, segundo os sociais democratas, aumentou contrariando desta forma a lei dos compromissos.“Quando o anterior executi-

vo deixou a câmara, estava a pagar a uma média de 85 dias, ou seja, abaixo do prazo mé-dio de pagamento. Neste mo-mento, com os mesmos com-promissos, estão a pagar a 145

Psd acusa equiPa socialista de “esBanjar” o dinheiro da cÂMara de caMinha

dias, ou seja, já estão a vio-lar a lei dos compromissos, o que é grave. Quando disseram que não ha-

via dinheiro, que o executivo anterior tinha feito uma má gestão, afinal pagava a tempo e horas, coisa que agora não acontece, o que é muito grave”. o psD diz que, passados 10

meses desde que tomou pos-se, o executivo socialista já não tem qualquer depósito a prazo.“Nós temos dados e infor-

mações que dizem que a câ-mara neste momento já não tem depósitos a prazo e hou-ve meses em que o valor que tinham em depósitos era infe-rior ao valor das cauções. Isto significa que se tivessem que restituir às pessoas o dinheiro dessas mesmas cauções, não o tinham”.sem uma explicação para justi-

ficar esta situação, Liliana silva garante que o psD está cons-tantemente a pedir informação financeira, “algo que não nos é dado quando nós pedimos, tem que ser com muita insis-tência e passa de umas reuni-

ões para as outras”.para o psD esta situação tra-

ça um quadro “muito grave”.“Este executivo acusou o an-

terior de má gestão, de ter le-vado a câmara à falência, de não haver dinheiro para com-prar um prego, enfim um ce-nário horrível, mas afinal não era essa a real situação. Havia mais de dois milhões em de-pósitos a prazo, ainda ontem saiu na comunicação social in-formação sobre os municípios mais endividados e caminha não aparece. Isto mostra que existia uma situação financei-ra estável que este executivo tentou denegrir”, acusa.o psD termina o comunica-

do afirmando que perante “a degradação financeira do mu-nicípio de caminha no espaço de um ano de gestão socialista, e na falta de uma ideia estraté-gica para o concelho, a solução passará pela convocatória de uma conferência de imprensa onde o presidente da câmara irá anunciar o pedido de res-gate ao Fundo de Apoio Mu-nicipal”.

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DISTRITOCAMINHA

o Governo, através da Direcção-Geral de recursos Na-turais, segurança e serviços Marítimos, vai gastar mais de 430 mil euros numa nova dragagem do portinho de Vila praia de Âncora para extrair apenas um quarto dos inertes que impedem os pescadores locais de navegarem normal-mente no porto, pondo a vida em risco. Vão ser dragados entre 50 a 60 mil metros cúbicos de areia, no entanto os inertes que assoreiam aquele porto de pesca do concelho de caminha tem um número 4 vezes superior.o anúncio do desassoreamento vem ao encontro das rei-

vindicações dos pescadores locais, que, contudo, admitem que a intervenção não é suficiente. o problema do assore-amento do porto é recorrente. No ano passado, o Gover-no adjudicou outra intervenção de emergência por cerca de 400 mil euros, mas 15 dias após ter sido concluí-da, o porto já estava novamente assoreado.“A operação vem de encontro aquilo que estamos per-

manentemente a pedir uma vez que nunca é desassoreado aquilo que é necessário e portanto isto começa a ser um problema crónico. As dragagens que são feitas nunca são suficientes e por isso nós estamos permanentemente a lu-tar pelo mesmo”, refere Vasco presa, presidente da asso-ciação de pescadores de Vila praia de ÂncoraApesar das dragagens frequentes a operacionalidade do

porto nunca fica minimamente aceitável refere o porta-voz daquela associação que explica que o problema já faz par-te do dia a dia dos pescadores.“Quando fizeram a última dragagem, no final, o porto

continuou inoperacional. Estamos a falar de é um proble-ma que se arrasta há anos e que nos obriga a ficar muitas vezes em terra e a reduzir o número de marés para meta-de”, refere Vasco presa.segundo o comunicado entregue à associação de pes-

cadores, serão entre 50 a 60 mil metros cúbícos de iner-tes a dragar.“cinquenta mil metros cúbicos temos a certeza que vão

ser dragados, mas nós vamos ver se conseguimos um pou-co mais porque mesmo assim, em termos de operacionali-dade, fica 3 ou 4 vezes abaixo do necessário. Digamos que fica um bocadinho melhor mas não resolve”.Vasco presa lembra que os profissionais da pesca há mui-

to que reivindicam uma solução diferente para o porto de mar: uma extração de areias por sucção que seria inclusi-ve mais barato para os cofres do Estado.“Aquilo que nós reivindicamos junto das entidades com-

petentes, e já não é de agora, é uma solução diferente. Jul-gamos que aqui, um sistema por sucção, utilizado já noutro locais com resultados positivos e custos muito menores, seria a solução ideal para que o porto ficasse operacional”.As dragagens, idênticas às que têm sido feitas até ago-

ra não são, segundo Vasco presa, a situação ideal porque não resolvem o problema. “Nós defendemos um modelo diferente, com menor custo mas claro compete às entida-des decidir essa questão”.A dragagem foi adjudicada pela Direcção-Geral de re-

cursos Naturais, segurança e serviços Marítimos e tem um prazo de execução de 45 dias. No porto de pesca de Vila praia de Âncora atracam atualmente cerca de 20 embar-cações que dão trabalho a quase 70 pessoas.os trabalhos deverão ter início entre os dias 8 e 9 de se-

tembro e vão custar cerca de 450 mil euros.

Portinho de Vila Praia de Âncora noVaMente dragado

Decorreu no fim-de-semana de 22 a 24 de Agosto a déci-ma primeira edição do Encon-tro Motard de Vilar de Mouros. o convivo e a confraterniza-ção dos amantes das duas ro-das foi o mote para três dias bem passados nas margens do coura. promovido pelo Grupo Motard de Vilar de Mouros o

centenas de Motards reunidos eM Vilar de Mouros

certame, que já conta com onze edições, afirmou-se de forma inequívoca na rota dos moto-queiros. Este ano a festa fez-se com cinco concertos divi-didos pela noite de sexta com os Alpaca e rocknriders e no sábado com Versus, Búfalo e a fechar os concertos os tro-til. A festa no sábado já ia bas-

tante longa, contudo o final es-tava reservado para o habitual show erótico. Festas no Minho têm as vantagens gastronómi-cas habituais. Deliciosos petis-cos desde as moelas, rojões ou caracóis, e como é tradição os grelhados de Boi na brasa e por-

co no espeto. o evento termi-nou com o passeio pelas praias de Moledo e Vila praia de Ân-cora e o habitual aperitivo em caminha na manhã de Domin-go, deixando uma grande von-tade a todos de marcar presen-ça na edição de 2015.

FOTOS : MIGUel esTIMA

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DISTRITOCAMINHA

VesPa asiática Prolifera no alto Minho e caMinha não é eXceção

está descontrolada a proliferação da vespa asiática no alto Minho. há cada vez mais “avistamentos” e sinalização de ninhos na região. caminha não é exceção.os bombeiros assumiram a tarefa de combater a praga no concelho, mas perante o crescimento alarmante de ninhos de vespa, há cidadãos que também começaram a assumir essa tarefa.

Marco portocarrero, habitan-te da freguesia de seixas trans-formou-se assim num caça ves-pas. No concelho de caminha tem destruído, a expensas pró-prias, diversos ninhos de ves-pa asiática, numa média de três por dia.“Verifiquei que nas últimas se-

manas houve um amento bru-tal nas visualizações de ninhos de vespa no concelho de ca-minha. o que estou a fazer é a desenvolver alguns meios especiais para eliminar os ni-nhos, nomeadamente através da injeção de inseticida nes-ses mesmos ninhos. tenho a ajuda dos bombeiros e de al-guns apicultores, mas estou a fazer isto de forma indepen-dente. Neste momento estou a destruir uma média de dois a três ninhos por dia”.o número de avistamentos

de ninhos supera largamente a capacidade para os destruir, uma situação normal já que é nesta altura do ano que eles se conseguem visualizar melhor.“É nesta altura do ano que re-

almente se consegue visualizar melhor os ninhos. o número de vespas aumenta exponen-cialmente nesta altura do ano para começar depois a decres-cer até que o enxame morre no

CAMINHA

lo, a capital do distrito. o ni-nho estava na parede de uma instituição bancária.o comandante dos bombeiros

voluntários de caminha, Luís saraiva, alerta, contudo, para as medidas de precaução que é preciso ter: é que esta não é uma vespa comum.“As pessoas têm que ter mui-

to cuidado porque esta vespa não é idêntica à vespa comum, e por isso as consequências po-dem ser graves. As pessoas têm que ter o máximo cuidado na destruição dos ninhos e de-vem fazê-lo tenho em conta as medidas de segurança ade-quadas”, alerta.o comandante dos bombeiros

chama ainda a atenção para a violência da picada deste tipo de vespa. “Nós temos a experi-ência de algumas pessoas que já foram picadas por esta espé-cie e nota-se que não é a mes-

ma coisa do que ser picada por uma vespa normal ou uma abe-lha comum”, sublinha.os bombeiros do concelho de

caminha respondem aos pedi-dos de ajuda para a destruição dos ninhos de vespa asiática.“Nós temos procedido, em

conjunto com a proteção ci-vil da câmara de caminha, à

destruição de vários ninhos. As pessoas vão comunicando aos bombeiros ou à câmara a exis-tência de ninhos, nós fazemos a avaliação e nos dias seguin-tes procedemos à sua destrui-ção, obedecendo a um nível de prioridades”, explica.os locais prioritários para a

destruição são os ninhos situa-dos junto a edifícios públicos como por exemplo escolas ou infantários, depois apiários e residências e depois aqueles que estão mais longe das po-pulações”, avança.segundo o comandante dos

Bombeiros nos últimos dias registou-se uma maior sensi-bilização para o problema o que faz com que as pessoas te-nham comunicado a existên-cia de muitos mais ninhos do que aqueles que estavam si-nalizados.“Nós fazemos destruição às

segundas, quartas e sextas e te-mos destruído uma média de 2 a 3 ninhos por dia. Fazemos isso sempre à noite com recurso a combustão e até ao momento já contabilizamos 34 queimas. Neste momento temos mais 4 sinalizados”.Luís saraiva deixa o alerta à

população: “sempre que alguém

avistar um ninho deve comuni-car à câmara ou aos bombeiros para que o mesmo seja destru-ído com segurança”.De Viana do castelo vem a

notícia de que os Bombeiros Municipais já registaram 448 ninhos de vespa asiática des-de que foram detectados na-quele concelho.só nos primeiros oito meses

deste ano, aquela entidade re-gistou 216 vespeiros, que es-tão a ser queimados de forma a dizimar a colónia de vespas.A validação e destruição é

feita através de atos de quei-ma em parceria com o cen-tro de Monitorização e Inter-pretação Ambiental de Viana do castelo.A autarquia vianense delibe-

rou uma proposta para uma in-tervenção urgente no combate da vespa asiática, exigindo uma clarificação urgente do Gover-

no de quem deve coordenar e quais os meios a afetar para combater a praga.No documento era solicitado

à Ministra da Agricultura que seja implementada uma estra-tégia nacional e uma ação con-certada das diversas entidades, clarificando as competências e criando uma equipa de interven-

ção que permita combater esta praga que está a por em causa a apicultura e a saúde pública. Este pedido surgiu na sequên-cia das ocorrências no conce-lho em 2011, registadas pela ApIMIL (Associação Apícola Entre Minho e Lima), e que se alastraram a outros concelhos, havendo casos nos concelhos li-mítrofes e em toda região norte. A vespa asiática é uma espécie

originária da china, predado-ra das vespas e abelhas nacio-nais. É capaz de dizimar comple-tamente um enxame em poucos dias. constitui, por isso, uma ameaça aos apiários e à pro-dução de mel na região.De acordo com as informações

existentes, cada ninho pode al-bergar até 2000 vespas e 150 fundadoras de novas colónias que, no ano seguinte, poderão vir a criar pelo menos 6 no-vos ninhos.

inverno. A partir do final des-te mês as fêmeas reprodutora começam a disseminar e é por isso que se torna urgente des-truir o maior número de ninhos possível”, explica .Até ao momento foram des-

truídos cerca de 30 vespeiros mas segundo Marco portocar-rero, há outros tantos avista-dos “e o número de sinaliza-ção é à volta de cinco por dia”.Este habitante da aldeia de

seixas tem atuado sobretudo no vale do coura simplesmen-te por dever de cidadania. Nin-guém lhe paga o tempo e o dinheiro que gasta na destrui-ção dos ninhos de vespa asiá-tica. Marco portocarrero pôs mãos à obra e com uma cana de pesca e um tubo de inse-ticida vai matando as vespas invasoras.“Eu destruo com inseticida,

embora a combustão também seja eficaz. o problema é que se torna uma operação muito mais complicada uma vez que os ninhos estão normalmente em altura”, explica.com recurso a material de

alpinismo, portocarrero sobe às arvores e com a ajuda de uma cana de pesca transfor-mada vaisdestruindo os ninhos de vespa.“A cana de pesca tem um tubo

adaptado que permite injetar o inseticida dentro dos ninhos e assim matar as vespas. Depois os ninhos são retirados e são utilizados para fazer alguns es-tudos sobre o comportamen-to desta espécie, o que é mui-to importante”, revela.Marco portocarrero lamenta

o atraso na atuação das enti-dades públicas no combate a esta vespa que mata as abelhas nacionais e já ameaça popula-ções, tal é a sua proliferação.recentemente foi encontrado

um ninho em plena Avenida da Grande Guerra, a rua mais mo-vimentada de Viana do caste-

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Já abriu o seu novo agente de seguros em Caminha

L a r g o B e n t o C o e l h o R / C 4 9 1 0 - 1 0 5 C a m i n h a - T e l e f o n e 2 5 1 8 2 1 3 1 0 M ó v e l 9 6 4 0 3 7 9 1 3

A Lusitânia – companhia de seguros, sA, uma empresa do Grupo Montepio, inaugurou esta semana a sua loja no concelho de caminha.A abertura deste balcão inse-

re-se numa estratégia de pro-ximidade que a Lusitânia está neste momento a desenvolver e a implementar, como referiu ao Jornal c rui Ferreira, dire-tor dos agentes norte.“para isso estamos a associar-

nos a parceiros de referência e

lusitÂnia aBre loja eM caMinha

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mediadores de alto nível de pro-fissionalismo e empreendedo-res. Ao associarmo-nos a este perfil de parceiros pretendemos assegurar uma presença próxi-ma dos clientes”, explica.colocar parceiros em pontos

relevantes do mercado com a imagem da seguradora é uma estratégia que o grupo tem vin-do a manter. “No fundo eles re-presentam a extensão da nossa imagem”, sublinha.A loja de caminha é a quar-

ta do distrito e até ao final do ano a Lusitânia pretende dupli-car este número.A expetativa para caminha é

alta e o grande objetivo é con-quistar mercado.“Neste momento a companhia

tem em caminha uma quota de penetração no mercado inferior à sua quota natural e por isso temos que aproveitar a oportu-nidade para conquistar novos clientes. Julgo que isso vai ser possível graças ao nosso parcei-

ro, que é um agente com exce-lentes referências no mercado”.A Lusitânia é uma seguradora

que disponibiliza um portfólio de produtos muito abrangente que cobre todos os ramos “e para além disso tem capacida-de de aceitação e de subscrição em áreas mais técnicas e espe-cificas como sejam atividades relacionadas com o mar, nome-adamente pescas e náutica de recreio, as engenharias, mer-cadorias transportadas, enfim

todo um conjunto de produtos e áreas de seguros em que esta-mos presentes”, avança.para além dos seguros a Lusitâ-

nia também disponibiliza produ-tos bancários, produtos do ramo vida e a própria oferta da asso-ciação mutualista. “Uma ofer-ta muito ampla”.rui Ferreira lança o desafio

a todos os caminhenses para que visitem a loja de cami-nha pois, como garante, “sai-rão daqui clientes”.

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JORNAL

EMPREENDE

são 4, são jovens, e são natu-rais de ponte de Lima. Amigos de longa data, o Gas-

par Martins, o Miguel Guerra, o pedro Gomes e o João Mimoso decidiram, depois de termina-dos os respetivos cursos, criar a sua própria empresa.Licenciados em engenharia in-

formática, engenharia civil e de-signer de produto, em fi nais de 2013 formaram a FtKoDE, uma empresa ligada à área da pro-gramação informática. Formados na Escola superior

de tecnologia e Gestão do Ins-tituto politécnico de Viana do castelo e na Fernando pessoa, estes 4 amigos estão a dar que falar nos últimos tempos. para além dos diversos pro-

dutos que têm criado para em-presas e autarquias, a FtKo-DE apresentou, no passado mês de Junho, uma aplicação tecno-lógica para as Feiras Novas de ponte de Lima, uma das roma-rias mais mediáticas do país.trata-se de uma aplicação para

smatphones que dá a conhecer

joVens eMPresários

liMianos lançaM

aPlicação MóVel Para

as feiras noVas

não só o programa das festas, mas também outras informa-ções úteis para quem visi-ta a romaria.Em entrevista ao Jor-

nal c os 4 jovens em-preendedores, que se conhecem desde o secundário e que agora trabalham juntos, explicam como surgiu a ideia de con-ceber esta apli-cação de aces-so gratuito, útil e muito fácil de consultar. “A aplicação das

feiras Novas sur-giu, em primeiro lu-gar, porque não exis-tia nenhum sistema on line, nem nenhum site que desse a conhecer a festa. só existe agora o faceboock. A ideia era criar um site, ou uma aplicação móvel. optámos pela aplicação móvel porque é algo que está em crescendo. A As-

sociação concelhia das Feiras Novas gostou da ideia e avan-

çamos”, contaA aplicação, lançada ao mesmo tempo que

o programa das fes-tas, foi desenvolvida

a pensar nos andrói-des e nos iphones, é gratuita e conta a história da ro-maria.

“A aplicação tem várias fo-tografi as sobre as Feiras No-vas, um breve historial da fes-

ta, o programa deste ano, conta-

tos úteis como por exemplo bombeiros,

polícia, etc. e os nomes, endereços e ementas de

alguns restaurantes. permi-te saber onde estão localiza-

dos e como chegar lá”.Apresentada a 6 de Junho, a

aplicação já teve mais de 1500 downloads, um número bastan-

te bom tendo em conta que as Feiras Novas ainda não acon-teceram. “com o aproximar da festa esperamos que esse nú-mero aumente. Vamos infor-mar e publicitar porque neste momento ainda há muita gen-te que desconhece a existência desta aplicação”.o design da aplicação é da res-

ponsabilidade do João Mimoso mas o jovem explica que todos deram o seu contributo. “Basi-camente pegámos nos elementos das Feiras Novas e desmonta-mo-los de forma a que pudes-sem ser montados na aplicação de uma forma gráfi ca. Acho que funcionou bastante bem porque o feedback que temos tido nes-se sentido tem sido muito po-sitivo”, garante.A aplicação, que demorou 3

meses a ser concebida, foi com-prada pela Associação conce-lhia das Feiras Novas por um preço “bastante baixo” porque, como explicam, “o objetivo era entrar no mercado, dar a conhe-cer o nosso trabalho, e vimos

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aqui uma boa oportunidade”.Mas o trabalho da FtKoDE

não se resume a esta aplicação. Em menos de um ano a em-presa está a trabalhar em força com as juntas de freguesia para quem criou diversos softwares de gestão autárquica, nomeada-mente gestão de toponímia, de canídeos, cemitério e inventá-rios de património.Miguel Guerra, um dos enge-

nheiros informáticos, explica que um software deste género pode levar até 3 meses ou mais a ser concebido.“Varia de software para softwa-

re mas posso-lhe dizer que o da toponímia, por exemplo, demo-rou mais de 3 meses a ser feito. Estamos a falar em oito horas por dia e às vezes até mais, fins-de-semana incluídos”.A ideia de criar um software

para as autarquias foi do pedro Gomes que viu na agregação das freguesias e na obrigatoriedade das mesmas realizarem o res-petivo inventário, uma grande oportunidade.“o pedro pensou que era possí-

vel criar uma plataforma que fa-cilitasse as juntas no desenvolvi-mento desse trabalho e avançamos. Depois foi tipo bola de neve, as coisas começaram a crescer, co-meçamos com uma junta, depois com 3 e neste momento já esta-mos a trabalhar com perto de 30”.Expandir o trabalho para fora

da área do concelho é agora o grande objetivo destes jovens que, em ponte de Lima, já es-tão bem implementados. “Já estamos a trabalhar com

algumas juntas de freguesias de outros concelhos mas queremos chegar mais longe”.o feedback das juntas de fre-

guesia que neste momento já utilizam a plataforma criada pela FtKoDE “está a ser mui-to bom”, garante pedro Gomes que no entanto admite ainda al-guma desconfiança por parte dos autarcas.“o feedback tem sido muito

positivo. o nosso software é di-ferente dos que existem no mer-cado porque funciona on line. Isto quer dizer que o presidente da junta ou qualquer outra pes-soa pode aceder ao programa em qualquer lugar, tanto pode ser da sede como em casa. Isso é uma mais valia porque com a agregação, muitas juntas fi-caram com mais do que uma sede e assim não precisam de ter várias licenças. É verdade que ainda existe al-

guma desconfiança pelo facto de ser uma aplicação on line, mas julgo que com o tempo isso se vai resolver e as pessoas vão

acabar por se habituar”.com pouco mais de nove me-

ses a FtKoDE, atendendo à conjuntura, até está a trabalhar bem, garantem os jovens em-presários.“Não somos diferentes das ou-

tras empresas e a verdade é que a crise também nos tem afeta-do. Não quero dizer com isto

que não haja trabalho, ele exis-te, simplesmente as empresas têm alguma dificuldade em in-vestir na melhoria da sua ima-gem e nas novas tecnologias. Digamos que vão adiando essa parte. Ainda assim para nós está a correr muito bem, digamos que tem sido bastante positivo. continuamos a aumentar a car-

teira de clientes e isso no fun-do é o reconhecimento do nos-so trabalho. É bom para quem sai da faculdade e arrisca como nós arriscamos”.Neste momento a FtKoDE

está a desenvolver uma plata-forma de turismo direcionada para o Alto Minho que deve estar concluída dentro de dois meses.

“trata-se de uma plataforma com várias ofertas. também que-remos lançar outras aplicações móveis e esperamos brevemente poder começar a trabalhar aqui em caminha.Não queremos pensar em mui-

tos projetos ao mesmo tempo para não corrermos o risco de ficarem pelo caminho, quere-

mos ir devagar”.os 4 amigos de ponte de

Lima, que não viram na emi-gração uma saída para o seu futuro profissional, garantem que não estão arrependidos de ter ficado e ter investido na criação da sua própria empre-sa cujo lema é: “You Dream, We create”.

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DISTRITO

CAMINHA PAREDES DE COURA PONTE DA BARCA PONTE DE LIMAARCOS DE VALDEVEZ

A região dos Vinhos Ver-des – que celebra 106 anos a 18 de setembro e cujas vin-dimas deverão arrancar no espaço de quatro semanas - apresenta uma previsão mui-to favorável à colheita 2014, com valores médios de qua-lidade e de quantidade a par dos resultados dos anos an-teriores.com uma floração mais

precoce do que o habitual - mas também mais lenta devi-do ao período de temperatu-ras mínimas baixas ocorrido no final do mês de Maio -, a região registou em Julho temperaturas globalmente moderadas com pouca pre-cipitação dispersa, o que in-dicia uma evolução positiva da maturação. para o enólogo António cer-

deira, “as condições clima-téricas dos meses de Agosto e setembro são, nesta fase, os factores determinantes para o perfil distintivo dos Vinhos Verdes 2014. Aponta-mos para uma vindima com início geral em meados de setembro e que revele um bom equilíbrio entre a in-tensidade aromática, a aci-dez e o álcool, sendo dese-jável para a elegância dos Vinhos Verdes um final de período de maturação lento e progressivo”.segundo a comissão de

Viticultura da região dos Vinhos Verdes (cVrVV), “uma boa previsão de co-lheita é fundamental numa altura em que as exportações continuam a crescer, regis-tando um aumento de cer-ca de 19% em volume e de cerca de 15% em valor, face ao período homólogo, com particular destaque para mer-cados como a Alemanha, os Estados Unidos, a França ou o Brasil, nos quais se verifi-cam um aumento de exporta-ções entre os 10 e os 40%”, refere Manuel pinheiro, pre-sidente da cVrVV.

região dos Vinhos Verdes PreVê Boa colheita

Dotar a Vila de ponte de Lima de uma área de recreio e la-zer destinado ao convívio da população, provido de equi-pamentos e estruturas para o exercício da atividade física e para descanso, é o principal objetivo do futuro parque da Vila – parque Urbano de ponte de Lima, aprovado na últi-ma reunião da autarquia limiana. situado na freguesia de Arca e ponte de Lima, em terre-

nos adquiridos pelo município de ponte de Lima, o futuro parque da Vila ficará instalado perto de uma zona residen-cial, permitindo assim uma melhor qualidade de vida, mui-to próximo de diversos equipamentos e do centro Históri-co da Vila. o projeto pretende promover a ligação funcional com a natureza e reinventar uma zona até agora recôndita de ponte de Lima, tornando-a mais atrativa para os muní-cipes e visitantes.A câmara Municipal pretende potenciar as condições natu-

rais do espaço, com cerca de 5,5 hectares, criando um gran-de parque de lazer, num imenso prado verde, arborizado, agradável, prático e convidativo para que as pessoas pos-sam usufruir de atividades lúdicas e desportivas. A intervenção agregará estruturas já existentes e que se en-

contram em bom estado de conservação, como é o caso de percursos pedonais demarcados que atravessarão todos os espaços e atmosferas do parque, aproveitando também para recuperar e reordenar a flora autóctone e criar novos espa-ços, nomeadamente três clareiras de prado relvado para re-creio livre. para além destas zonas de prado, surgirá um circuito de ma-

nutenção construído em madeira, com o objetivo de incutir o desporto saudável no dia-a-dia da população, um parque infantil em madeira, um trial bike – pequena pista fechada em saibro com pump track e curvas sobrelevadas, que fará as delícias dos jovens mais radicais. Incluirá ainda vários mi-radouros também em madeira na zona mais alta do parque. o parque Urbano da Vila contará com duas entradas princi-

pais, a norte e a nascente, e duas entradas secundárias, uma pela rua do Bustelinho e outra pela zona do pavilhão Municipal.

Ponte de liMa

cÂMara aBre concurso Para futuro Parque

da Vila

A câmara de Viana do cas-telo anunciou que vai reforçar o apoio às famílias vianenses com filhos em idade escolar com um conjunto de medidas de apoio económico, num uni-verso de 3096 crianças no pri-meiro ciclo e de 1093 no ensi-no pré-escolar.para além dos apoios já ins-

tituídos nos transportes esco-lares (um investimento de 843 mil euros para 2708 alunos), na aquisição de livros e mate-rial didático, nos serviços de refeições (são servidas mais de 760 mil refeições anualmen-te), e nos serviços de anima-ção e apoio à família, a autar-quia, articulando os serviços de educação e sociais, alarga agora as medidas:

cÂMara de Viana reforça aPoio às faMílias coM filhos eM idade escolar

Assim, em causa está a gratui-dade do serviço de prolonga-mento de horário de funciona-mento dos jardim-de-infância, agora a todos os alunos do pré-escolar; e a redução dos custos de refeições escolares para fa-mílias com mais de dois ele-mentos a frequentar o pré-esco-lar e o primeiro ciclo de ensino básico. A redução nos servi-ços de cantina será gradual de acordo com o número de filhos dos agregados familiares, ou seja, de 25 por cento no segun-do filho e cinquenta por cento a partir do terceiro.Estas medidas entram já em

vigor para o novo ano letivo 2014/2015, que agora começa e visa apoiar os agregados fa-miliares com maiores fragilida-

des económicas e com maior número de filhos.o município de Viana do cas-

telo reforça assim para o pró-ximo ano letivo um conjunto de medidas de apoio à educa-ção das crianças e jovens do concelho e apoia de uma for-ma positiva os agregados fa-miliares com dificuldades eco-nómicas resultantes da crise e da redução dos rendimentos, bem como apoia as famílias com maior número de filhos em idade escolar.Este apoio do município de

Viana do castelo à educação, é também complementado com um conjunto de recursos e ações no domínio cultural e despor-tivo, complementando as ofer-tas educativas.

o João, o Miguel e a Isabel, acompanhados pelos respeti-vos encarregados de educação, estiveram recentemente na Bi-blioteca Municipal de Monção para receberem os manuais es-colares do Banco Municipal de Livros Escolares de Monção.A iniciativa, promovida pela

autarquia local através dos ser-viços do Banco Local de Vo-luntariado e Biblioteca Muni-cipal, acontece pelo terceiro ano consecutivo. sempre em crescendo. o que mostra que Monção é um município soli-dário e dinâmico na concreti-zação de ações de caráter so-cial e ambiental.Em 2012, foram abrangidas 50

crianças e entregues 200 livros. Em 2013, o número aumentou para 94 crianças e 604 livros

Monção: Banco MuniciPal de liVros Beneficia 116 crianças

entregues. Este ano, o proje-to conheceu valores mais ele-vados: 116 crianças inscritas e 743 manuais entregues. Nú-meros que tenderão a aumentar com a proximidade do arran-que do ano letivo 2014/2015, entre 12 e 15 de setembro.presente na cerimónia, reali-

zada no auditório da bibliote-ca municipal, o autarca local, Augusto Domingues, regis-tou, com agrado, o crescimen-to da iniciativa e a recetivi-dade da comunidade local. E sublinhou: “são estas peque-nas grandes coisas que nos dão um gosto especial e nos fazem levantar todos os dias para trabalhar com empenho e dedicação”como conselho para o futuro,

Augusto Domingues, deixou

o seu próprio trajeto de vida. “Venho de uma família sim-ples. perdi o pai cedo, com três anos, e tive de crescer rápido com a ajuda da minha mãe e familiares. Na escola e na vida profissional, aproveitei todas as oportunidades. É isso que vos peço. Aproveitem bem es-tes apoios. Não desperdicem nada que a vida vos ofereça”.A iniciativa, destinada a to-

dos os agregados familiares do concelho, constou da receção de livros escolares usados e da inscrição para quem pretendia recebê-los no presente ano le-tivo. Depois de rececionados, na biblioteca municipal, todos os manuais foram limpos e res-taurados por cinco voluntárias do Banco Local de Voluntaria-do de Monção.Além do sentimento de parti-

lha e solidariedade, procurou-se a diminuição dos custos asso-ciados à aquisição de manuais escolares, gerando uma pou-pança financeira aos agrega-dos familiares monçanenses, bem como o reforço de boas práticas de proteção e educa-ção ambiental, através de uma gestão mais criteriosa do papel.

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DISTRITO

VIANA DO CASTELOVALENÇAMELGAÇO VILA NOVA DE CERVEIRAMONÇÃO

A câmara de Viana do castelo deliberou, por proposta socialis-ta, a atribuição de 130 mil eu-ros em subsídios aos parques de estacionamento da cidade para “a campanha de estacionamen-to”. A oposição acusa a autar-quia liderada pelo socialista José Maria costa de, desde o início de Abril do ano passado, já ter gasto mais de meio milhão de euros em subsídios atribuídos e publicidade externa aos parques de estacionamento subterrâneo da cidade, explorados por con-cessionários privados.Em nota enviada à imprensa,

os três vereadores do psD que integram o executivo camarário vianense escrevem que com o

oPosição critica eXecutiVo Vianense de “relação ruinosa” coM concessionários dos Parques de estacionaMento da cidade

dinheiro investido era possível a criação de 2.400 lugares de es-tacionamento disponíveis 7 dias por semana, 24 horas por dia.os autarcas sociais democra-

tas acusam o executivo socialista de disponibilizar menos 43 por cento dos lugares inicialmente previstos, com o custo multipli-cado por seis, transformando a relação com os concessionários dos parques de estacionamento da cidade numa relação ruinosa para a câmara.também a cDU não poupa crí-

ticas à política de estacionamento da câmara de Viana, que classi-fica de escandalosa. A vereadora eleita pacusa a autarquia de “be-neficiar fundamentalmente quem

explora os parques concessiona-dos da cidade”. Ilda Figueiredo explica que só em três meses – Julho, Agosto e setembro – a au-tarquia vai gastar 130 mil euros por estacionamento gratuito em quatro parques, a partir das 18 ho-ras, durante a semana e todo o dia aos fins-de-semana e feriados.o autarca de Viana anunciou

entretanto que durante o último mês e meio 50 mil visitantesuti-lizaram os parques de estaciona-mento brangidos pela campanha, “o que nos leva a concluir que a mesma foi um êxito”.José Maria costa anunciou en-

tretanto que está em preparação uma nova campanha para o ou-tono /inverno.

Porta de laMas de Mouro coMPleta dez anos de eXistência

Miguel Neto.A sessão, que teve lugar

em Lamas de Mouro, refle-tiu sobre o percurso realiza-do pela porta e sobre a sua interacção com o território envolvente, sendo comple-mentada por uma visita às estruturas que a compõem e ainda ao Núcleo Museo-lógico de castro Laboreiro, assinalando a sua reabertu-ra ao público após ter sido alvo de requalificação.A porta de Lamas de Mouro,

inaugurada a 15 de Maio de 2004 juntamente com o Nú-

cleo Museológico de castro Laboreiro, recebeu, na última década, mais de 70 mil visi-tantes, trinta mil dos quais no âmbito do programa de edu-cação ambiental, acolheu e desenvolveu inúmeras inicia-tivas como seminários, con-ferências e encontros, con-sumando assim um percurso marcado pela preservação e promoção da biodiversidade, mas também de divulgação do meio envolvente, nome-adamente das áreas que in-tegram o pNpG - castro La-boreiro e Lamas de Mouro.

A porta de Lamas de Mouro, estrutura concelhia de acolhi-mento e apoio à visitação do parque Nacional da peneda-Gerês (pNpG) completa, em 2014, dez anos de existência. para assinalar a data estão a ser desenvolvidas uma série de iniciativas e actividades, entre as quais a realização de uma sessão solene comemo-rativa, que decorreu no pas-sado dia 3 de setembro, e que contou com a presença do secretário de Estado do ordenamento do território e da conservação da natureza,

A câmara Municipal de Mon-ção aprovou, na reunião ordiná-ria do passado dia 25 de agosto, a execução de relvado sinté-tico no campo do Areal, em Messegães, recinto de jogos da U.D. “os raianos”. A efetivação da empreitada,

que engloba ainda a reformu-lação das instalações elétricas, tem um preço base de 220 mil euros. o prazo para apresenta-ção de propostas para a con-cretização da obra termina no 20º dia a contar da data da re-ferida publicação.Após o processo de escolha

da empresa responsável pela

terreiro de cerVeira receBe desfolhada tradicional

Monção: relVado sintético no caMPo do areal

recuperar usos e costumes do concelho e proporcionar um serão de convívio à moda antiga. estas são duas das principais caraterísticas que prometem marcar mais uma desfolhada tradicional Minhota, em Vila nova de cerveira. criação de cenário rural acontece sábado, 6 de setembro, a partir das 21h30, e pretende envolver toda a comunidade.

Num ambiente rural e acolhe-dor, o centro histórico da Vila das Artes viaja a um passado não muito remoto, com as gentes da terra a recriar uma eira comuni-tária, num esforço de preserva-ção da identidade cultural e et-

nográfica do concelho. toda a população está convi-

dada não só a assistir, mas a participar ativamente, exibin-do no vestuário um elemento decorativo associado à Desfo-lhada tradicional. o objetivo é envolver residentes e turis-tas na vivência de uma tradi-ção antiga, que se vai perden-do ao longo dos tempos.Um carro de bois carregado

e ornamentado vai desfilar pe-las principais artérias do cen-tro histórico cerveirense até se instalar em pleno terreiro, dan-do início a uma desfolhada tra-dicional, momento em que se soltam os cantares e sons tra-dicionais, as estórias e as len-das. Não faltarão os bardeiros e as medas para conferir a maior autenticidade a esta iniciativa.contam os mais antigos que

a desfolhada era um momento

muito aguardado pelas popula-ções, em especial pelos jovens, que alimentavam a esperança de encontrar o milho-rei para poder beijar o rapaz ou a rapariga por quem nutria um sentimento espe-cial. o trabalho transformava-se numa verdadeira festa minhota.o convívio subjacente a esta

recriação integra ainda a gas-tronomia típica, nomeadamen-te a broa e o chouriço da região, acompanhados do bom vinho ver-de, e que contribuem para que esta Desfolhada Minhota de Vila Nova de cerveira seja uma re-ferência no seio das manifesta-ções etnográficas do Alto Minho.Numa organização da comis-

são de Festas de Nossa senhora da Ajuda, a Desfolhada conta com o apoio da câmara Muni-cipal, e parceria dos grupos de folclore do concelho, concerti-nas e cantares ao desafio

empreitada, cujos critérios as-sentam no preço (75%) e na manutenção do relvado sinté-tico (25%), realiza-se a assi-natura de contrato de trabalho, ato de consignação e arranque da obra que tem um prazo de execução de 150 dias.para a viabilização desta em-

preitada, houve a necessidade da celebração de um contra-to de comodato entre a U.D. “os raianos” e o município de Monção. o documento, ru-bricado ente as duas partes, foi igualmente aprovado na reu-nião do executivo municipal do dia 25 de agosto.

Naquele documento, com a duração de 25 anos, a U.D. “os raianos” cede ao muni-cípio, a título gratuito, o direi-to de uso e fruição do campo do Areal, concedendo-lhe au-torização para realizar as ben-feitorias necessárias no âmbito desta parceria, isto é, a execu-ção de arrelvamento sintético no recinto de jogos.Neste momento, o concelho

de Monção conta com um rel-vado natural, Estádio Manuel Lima, casa do Desportivo de Monção, e dois relvados sin-téticos. Um no parque Despor-tivo Municipal, no parque das caldas, e outro no parque Des-portivo do Vale do Gadanha, em Moreira.

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DISTRITOV.N.CERVEIRA

A câmara Municipal de Vila Nova de cerveira exige das águas de Noroeste uma so-lução definitiva para os fre-quentes problemas de drena-gem de águas residuais para o rio, provocados pela constru-ção de um drop line na Ave-nida de tomiño, junto ao de-pósito de gás que abastece a piscina Municipal. o impas-

se já se arrasta há vários anos e tem motivado inúmeras re-clamações da população.Inserida no coletor principal

de saneamento que faz a li-gação entre a bombagem do Inatel e a EtAr, a obra, da responsabilidade da águas do Noroeste, consistiu na cons-trução de uma caixa de drena-gem de esgotos, tecnicamente

designada por drop line, au-torizada pelo executivo ante-rior, com data de adjudicação de agosto de 2013. Em outubro do ano passado, e

após ter tomado posse, o atual executivo cerveirense ordenou a suspensão da empreitada para análise da solução proposta, fi-cando pendente a construção prevista até junho último, al-

tura em que a empreitada foi executada.o autarca cerveirense ex-

plica esta decisão pelo cená-rio inadmissível causado pela frequente inundação da Aveni-da de tomiño, através de cai-xas de esgoto sob a gestão das águas do Noroeste, situação que foi sucessivamente denun-ciada pela câmara Municipal

ao longo de vários anos e para a qual a empresa não apresen-tou qualquer solução razoável. Fernando Nogueira refere ain-

da que, ao longo do processo, a empresa insistiu e deu ga-rantia de eficácia, asseguran-do que não haveria drenagem de águas residuais para o rio e de que apenas se tratava de uma opção para proteção do

sistema.tratando-se da prestação de

um mau serviço na área da sa-lubridade, saúde e atentando ao meio ambiente, a câmara Municipal, que repudia cate-goricamente casos desta natu-reza, exigiu às águas do Noro-este que seja encontrada uma solução com caráter definiti-vo para este problema.

esgotos a céu aBerto junto à doca de recreioPreocuPaM eXecutiVo de que Pede resolução urgente às águas do noroeste

Vila Nova de cerveira volta a ser palco de um evento musical, com a participação de cinco bandas filarmónicas de vários pontos do país, num encontro que convida o pú-blico à descoberta das sonoridades típicas destas institui-ções. o concerto decorre dia 21 de setembro, às 15h00.Do programa consta um desfile pelas principais arté-

rias do centro histórico pelas 10h30, estando a atuação das Bandas de Arcos de Valdevez, Mocidade Junquei-rense, Gueifães da Maia, pinheiro da Bemposta e An-tas – Esposende, agendada para as 15h00.o IX Festival de Bandas encerra, pelas 19h00, com a

Marcha de Valdemar sequeira, intitulada “ponte da Ami-zade”, numa interpretação conjunta de todas as bandas.organizado pela Associação cultural e recreativa cer-

varia e com o apoio da câmara Municipal de Vila Nova de cerveira e da União de Freguesias de cerveira e Lo-velhe, esta iniciativa pretende dar relevo à expressão que as bandas filarmónicas assumem no panorama musical.

‘Vila das artes’ acolhe iX festiVal de Bandas a 21 de seteMBro

Numa política de preserva-ção e dinamização dos anti-gos edifícios das escolas pri-márias, a câmara Municipal de Vila Nova de cerveira aca-ba de aprovar, em reunião de executivo de 27 de agosto, a formalização de um protocolo com a santa casa da Miseri-córdia para a cedência das ins-talações localizadas na Mata Velha, em Loivo.prestar apoio social aos mais

idosos daquela freguesia através de um serviço de maior proxi-midade é a intenção desta ins-tituição ao celebrar o presente protocolo, criando condições para que a antiga escola con-

autarquia de cerVeira cede antiga escola PriMária de loiVo à santa casa da Misericórdia

tinue a ser útil à comunidade.o edifício municipal em causa

carece urgentemente de obras de requalificação/manutenção, nomeadamente ao nível do piso, casas de banhos e caixilharia, tendo o executivo cerveiren-se se comprometido a apoiar a santa casa da Misericórdia na reabilitação do imóvel.com a concentração dos alu-

nos em dois centros escolares, Vila Nova de cerveira possui alguns edifícios de antigas esco-las primárias que, caso a caso, tem vindo a ser analisados, para lhes dar a melhor solução de reativação em prol de um ser-viço prestado às populações.

VILA NOVA DE CERVEIRA

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DESPORTO

pintura, escultura, foto-grafia e serigrafia são al-guns exemplos dos proje-tos que estarão expostos na Escola superior Galla-ecia até ao final do mês de setembro.A exposição é o resulta-

do dos trabalhos dos alu-nos finalistas da licencia-tura em Artes plásticas e Multimédia da EsG, um curso que conta com três anos de existência, soba direção do artista plás-

tico Henrique silva, atual diretor cultural da Funda-ção Bienal de cerveira.A licenciatura em Artes

plásticas e Multimédia é o resultado de um dos mais recentes projetos da Es-cola superior Gallaecia, com o contributo e apoio da Bienal de Arte mais antiga do país. A criação de espaços de exposição dos trabalhos desenvol-vidos pelos estudantes e diplomados, valorizando as perspetivas artísticas tradicionais com as no-vas tecnologias, é uma das principais forças motri-zes da escola.A presença de expres-

sões artísticas e culturais, cada vez mais relevantes e de maior dimensão e impacto na Vila das Ar-tes, vem também alimen-tando a cultura transfron-teiriça que caracteriza a Escola superior Gallae-cia, uma das poucas ins-tituições universitárias do país integrada em contex-to não urbano.Este ano arrancará a 4ª

edição do curso de Artes e Multimédia, estando a decorrer, até à primeira semana de setembro, a segunda fase de candi-daturas.

gallaecia eXPõe traBalhos de alunos finalistas

Dois atletas caminhenses, pe-dro Gonçalves e Joaquim sam-paio, partem hoje para os Al-pes onde vão participar, a partir do próximo domingo, na tor des Geants.A prova, que decorre nos Alpes

suíços e italianos, tem um per-curso de 330 quilómetros com 24 mil metros de desnível po-sitivo, ou seja, o equivalente a subir nesses mesmos 330 quiló-metros 8 vezes o monte Evarest.Antes de partirem para esta

grande aventura onde partici-pam 650 atletas de todo o mun-do, pedro Gonçalves e Joaquim sampaio deram uma entrevista ao Jornal c onde deram conta das suas expetativas para esta prova que arranca domingo de manhã.chegar ao fim é o grande ob-

jetivo destes dois atletas, um com 41 anos e outro com 67. A prova tem uma duração máxi-ma de 150 horas e é “non stop”, como revelou ao Jornal c pe-dro Gonçalves.“são 150 horas para terminar

a prova o que equivale sensi-velmente a seis dias e seis ho-ras. No limite dá para andar cer-ca de 50 quilómetros por dia, o que exige um grau de prepara-ção física muito grande”.terminar a prova é o grande

objetivo destes dois atletas.“o grande objetivo desta ou

de qualquer outra prova é ter-minar. só o facto de estarmos na partida já exige um grande esforço e uma grande confiança. são vários meses de preparação física e psicológica para aqui-lo que vamos enfrentar. É um exercício de superação pessoal muito grande”, revela.para pedro Gonçalves é um

“grande honra” estar na linha de partida numa prova interna-cional como o tor des Geants

atletas caMinhenses ParteM hoje Para os alPes Para ParticiPareM na “tor des geants”

o Desnível positivo, clube de trail com sede no concelho de caminha, conseguiu dois 8º lugares naquela que é a pro-va de trail mais mediática do mundo: o Monte Branco, dis-putada nos Alpes.carlos sá conquistou o 8º lugar na geral masculinos e Ester

Alves a mesma classificação na geral femininos. Nuno silva conquistou o 12º lugar na geral (masculinos).os resultados são aplaudidos pelos outros atletas do clu-

be. pedro Gonçalves, que se prepara para este fim-de-sema-na disputar o tor des Geants, uma ultra maratona com mais de 300 quilómetros, elogia os colegas do clube de caminha.“Estamos a falar da prova de trail mais mediática do mun-

do, uma prova com 168 quilómetros. certamente que pou-cas equipas a nível mundial tiveram os resultados que teve o Desnível positivo. Em termos de classificações obtivemos o 8º lugar na geral com o carlos sá, um 12º lugar com o Nuno silva e em femininos a atleta Ester Alves obteve também um 8º lugar na geral”com estes resultados pedro Gonçalves considera que cami-

nha esteve “muito bem representada” na prova mais mediáti-ca do mundo na modalidade de trail.

atletas do desníVel PositiVo MostraM raça nos alPes

na qual vai participar pela pri-meira vez.o desafio não é fácil mas os

dois atletas estão motivados. Apesar de ser a primeira vez que vai participar no tor des Geants, pedro Gonçalves diz conhecer “relativamente bem” os Alpes e por isso sabe mais ou menos o que o espera a ele e ao seu companheiro.“Já fiz várias provas nos Alpes

e estou muito animado porque vou com o sampaio e isso para mim é uma grande honra. Es-tamos a falar de um atleta que é um exemplo a nível nacional e que bem pode ser considera-do o pai do trail em portugal”.para pedro Gonçalves a tor

des Geants “é a ultra das ul-tras”. segundo o atleta a nível de provas internacionais de ul-tra distância não existe nada que se possa comparar, a não ser a Maratona das Areias na qual já participou dias vezes, mas essa com características diferentes uma vez que é dis-putada no deserto.“Digamos que são duas pro-

vas extremas. Numa levamos o mínimo de roupa possível e temos que carregar com todo o equipamento, na outra que é esta que vamos agora fazer, temos que levar muita roupa mas em compensação temos apoio logístico que nos trans-porta todo o material de um abrigo para o outro. Mas te-mos as montanhas para subir e descer e isso não é fácil”.

Mas afinal queM é este Veterano joaquiM saMPaio?

com 67 anos de idade, este atleta descobriu a modalidade

aos 39 anos quando um dia de-cidiu que tinha que deixar de fumar e por consequência co-meçou a engordar muito.“cheguei à conclusão que

tinha que fazer alguma coisa porque o meu único desporto era jogar xadrez, um desporto que me dava alguma agilidade mental mas não física. Foi en-tão que comecei a dedicar-me ao atletismo de estrada porque na altura o trail ainda não se praticava por cá. passados dois meses soube que se ia realizar um contra relógio em sintra e como eu desconhecia a prova fiquei muito entusiasmado e decidi participar”.Foi a partir deste momento

que se começaram a realizar as primeiras provas regulares de montanha em portugal. “Até aí só havia uma que deve ter à volta de 40 anos, que era a de Manteigas – penhas Douradas na serra da Estrela”.A partir do contra relógio da

serra de sintra Joaquim sam-paio nunca mais deixou a mo-dalidade, e já lá vão 27 anos.A participação de Joaquim

sampaio da tor de Geants re-presenta o coroar de um grande sonho que até agora ainda não tinha conseguido realizar por-que, como o próprio explica, participar numa prova como esta não sai barato. No míni-mo são necessários 1500 euros.“É uma prova cara e se não

fosse a ajuda de alguns com-panheiros que fizeram alguns donativos e de alguns patroci-nadores, eu nunca tinha con-seguido lá ir porque, tal como muitos reformados neste país, também tenho que sustentar a minha casa e ainda ajudar os meus filhos e os meus netos”.pedro Gonçalves ajudou na

campanha de angariação de

donativos para que sampaio possa estar, no próximo do-mingo, ao seu lado a partici-par nesta prova.“Não basta dizer no faceboock

e nas redes sociais que se gos-ta muito do sampaio do trail, também é preciso ajuda-lo a cumprir o sonho. Isso foi pos-sível e eu estou muito satisfei-to porque aos 67 anos acalen-tar o sonho e ter a coragem de participar numa prova destas, não é para todos. É preciso dar valor porque ele é um exemplo para os mais jovens”.

o oBjetiVo é chegar ao fiM

competitivo por natureza, ten-tar chegar ao fim da prova é o grande objetivo de Joaquim sampaio para quem a palavra desistir não existe no dicionário.“Eu vou fazer os possíveis e

os impossíveis para chegar à meta, nem que seja a rastejar. o meu objetivo principal é che-gar ao fim e se conseguir será uma grande vitória para mim e também para aqueles que con-

fiaram em mim e me deram a oportunidade de lá estar”.Mesmo sem ainda ter partido

para esta grande aventura que será a participação no próximo domingo, pela primeira vez, na tor des Geants, sampaio já está a pensar em lá voltar dentro de três anos, quando fizer 70 anos e mudar de escalão.“Eu já disse que a partir de

agora vou pôr de parte o equi-valente a um maço de cigar-ros para daqui a 3 anos ter di-nheiro para voltar a participar nesta prova. Eu queria ver se da mudança de escalão, aos 70 anos, ia lá. se conseguir nessa altura então já irei com outros objetivos que é lutar por uma classificação no meu escalão”.Ânimo é força de vontade é

coisa que não falta a estes dois atletas que a partir do próximo domingo vão participar no “trail dos trail”. Não os esperam dias fáceis mas isso também não os preocupa. partem juntos e juntos que-

rem regressar. o compromisso é: quem che-

gar primeiro à meta espera…

CAMINHA

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DESPORTO

25. comércio. Indústria. Turismo.

Tradicionalmente, e no conceito clássico, as atividades económicas do ser humano têm-se repartido por três grandes sectores: primário com as indústrias extrativas; secundário, que inclui as indústrias transformadoras; terciário, na área dos serviços. Naturalmente que sendo a economia uma dimensão genuinamente humana, que ao longo da história da humanidade se vem estudando e desenvolvendo, originando a construção de imensas teorias, contra-teorias e teses, toda e qualquer atividade terá a sua interpretação económica, verificando-se, atualmente, uma grande preocupação com a evolução, positiva ou negativa, das várias economias nacionais, face ao contexto mais alargado da economia mundial. Contribuir para o desenvolvimento da economia, qualquer que seja a sua escala: individual, familiar, empresarial, estatal, nacional e internacional, é um dever de todo o cidadão responsável, que se pretenda no pleno exercício das suas prerrogativas cívicas. A crise económico-financeira que nos últimos anos (2008-2014) se vem acentuando e preocupando os cidadãos, designadamente os de menos poder económico, obviamente que não será da responsabilidade destes, principalmente dos desempregados, excluídos, reformados com pensões insignificantes. A responsabilidade da crise terá de ser imputada a outros setores económicos, aos detentores do controlo económico-financeiro, àqueles que produzem regras protetoras dos grandes interesses mundiais, eventualmente a determinados grupos de trabalhadores/empregados, colocados em instituições públicas e privadas que, a coberto de legislação específica se vão mantendo nos seus postos de trabalho e/ou em associações de defesa dos trabalhadores. Sempre haverá uma quota-parte de

Viana do castelo recebeu a última etapa do campeonato Ibérico de triatlo com provas na distância olímpica e de sprint. Esta que foi a terceira e última prova, foi

organizada pela Fullsport e pelas federa-ções portuguesa e espanhola, com o apoio da câmara Municipal de Viana do castelo.A última etapa deste evento, que é com-

posto por natação, ciclismo e corrida trouxe à cidade grandes nomes do triatlo ibérico, sagrou Jorge Duarte, do Garmin olímpico de oeiras, e sofia Brites, do AMIcIcLo

caMPeonato iBérico de triatlo eM Viana

A atleta da Associação Des-portiva, recreativa e cultural de Lovelhe (ADrcL), Ana Fer-nandes, classificou-se em se-gundo lugar na final B do Lan-çamento do Martelo com 59,06 metros, nos Jogos olímpicos da Juventude Nanjing 2014, china.por diversas vezes, o nome de

Ana Fernandes e do país que representa foi ouvido no Es-tádio olímpico de Nanjing, na china, constituindo um enorme motivo de orgulho para toda a direção da coletividade de Lo-velhe. A câmara Municipal de Vila Nova de cerveira congra-tula-se com esta prestação cer-veirense resultado de muito es-forço, e constituindo-se como um grande exemplo para as jo-vens gerações do concelho.

ana fernandes da adrcl Brilha nos jogos olíMPicos da juVentude, na china

Numa manhã marcada pela chuva e muita humidade, a atleta cerveirense, natural de campos, redimiu-se de um apuramen-to menos bem conseguido no dia 21, onde foi 14ª com 56,73 metros, e obteve uma classifi-cação considerada espetacular devido ao valor das suas adver-sárias, pois todas elas - repre-sentantes da croácia, colôm-bia, Grécia, Ucrânia, Moldávia e república checa - têm me-lhor recorde pessoal.com este resultado, Ana Fer-

nandes passa a ser a atleta da ADrc Lovelhe com o segun-do melhor resultado de sempre numa competição Internacio-nal, só superada pela sua tia, Maria José conde, na Univer-sidade de seul, onde foi sexta classificada.

Está marcada para o próxi-mo dia 28 de setembro a VIII edição do triatlo da Amizade, uma prova desportiva de cará-ter internacional organizada em parceria com a câmara de Vila Nova de cerveira e tominho.o VIII triatlo da Amizade con-

ta com o apoio técnico da Fe-deração portuguesa de triatlo e da Federação Galega de triatlo.

Viii triatlo da aMizade eM Vila noVa de cerVeira

recorde-se que o início da competição alterna de local a cada ano e, na edição 2014, a prova começará no cais de Vila Nova De cerveira com a prova de natação, em solo ga-lego far-se-á a transição para o ciclismo (btt) que terminará no parque de transição nova-mente no cais português para o atletismo.

GrÂNDoLA.http://www.federacao-tria-tlo.pt/images/stories/jorge_duarte_triatlo_longo_viana.jpg A prova incluiu também provas masculina e feminina na distância olímpica, a contar para o campeonato Ibé-rico da Distância, ganhas por João renato teixeira e pela espanhola Mar Villar Zamur.por equipas e no que toca ao campeonato

Nacional de clubes de triatlo Longo, que está a ser disputado apenas no setor mas-culino, o Garmin olímpico de oeiras ven-ceu a etapa de Viana do castelo.

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OPINIÃO

DIAMANTINO BáRTOLO

Poder local deMocráticoresponsabilidade de todos estes interventores e de todos os cidadãos em geral. Cada um responderá em boa consciência.No espaço mais restrito das pequenas comunidades concelhias, rurais e urbanas, desenvolvem-se diversas atividades económicas que, normalmente, se identificam com a classificação clássica, embora, naturalmente, com maior ou menor predominância de umas em relação a outras., admitindo-se que para o interior do Portugal real e profundo, a economia rural de subsistência tenha grande peso. Aqui, entra uma primeira análise dos executivos públicos e privados, sendo certo que, em princípio, a ninguém é proibido o exercício de uma determinada atividade profissional e económica, cumpridas que sejam, obviamente, as disposições legais e ambientais, entre outras. Se um cidadão ou empresa quer instalar o seu negócio, numa determinada localidade, terá de se confrontar com as normas técnico-jurídicas aplicáveis a essa atividade, cumprir todas as formalidades que lhe forem exigíveis e depois funcionar normalmente. Pelas caraterísticas morfológicas, ambientais, culturais e situação geográfica, umas localidades estarão mais direcionadas para atividades agrícolas, pesca, comerciais, outras para a indústria e outras, ainda, para o turismo e lazer, sendo certo que para o acompanhamento de todas elas existem os serviços públicos, principalmente para efeitos de licenciamentos, cobrança de impostos e fornecimento de serviços burocrático-administrativos. Compete, portanto, aos decisores políticos, aos indivíduos enquanto tais e às organizações empresariais e outras, decidir o que desejam para os respetivos espaços e comunidades

para, em função dos projetos e atividades, se implementarem as infraestruturas e serviços mais adequados e necessários.Portugal oferece excelentes condições para diversas atividades económicas, e cada região do país, com suas caraterísticas próprias, pode rentabilizar ao máximo as potencialidades que estão latentes nas populações: de norte a sul; do litoral ao interior. Há oportunidades e espaço, para a maior parte das pessoas, e das instituições, desenvolverem as suas atividades e alcançarem um sucesso relativo, em situação de normalidade económico-financeira.A iniciativa privada deve dispor da máxima liberdade para exercer, com competência, qualidade e produtividade de alto nível, as tarefas inerentes aos bens e serviços que pretende colocar no mercado. A separação entre a iniciativa pública ou setor público do Estado e a atividade privada, deve ser a regra fundamental, o ponto de equilíbrio, a partir do qual podem as instituições cooperar. No respeito pelas posições institucionais, pelos objetivos e pelos valores e princípios, considera-se que o setor público do Estado e o setor privado não terão interesse em competirem, entre si, nomeadamente, utilizando os métodos da competição desleal, podendo-se substituir uma atitude competitiva, por um comportamento cooperante, na medida em que: «Só a cooperação tem forças para se opor à competição – na verdade, só ela tem forças para gerar um conjunto de fatos em torno da competição capaz de contê-la, de limitar seus efeitos destrutivos sobre o ecossistema, seja ele biológico, natural ou social, político, militar ou qualquer outro. Mais profundamente ainda: só a cooperação

tem o poder de criar um conjunto dentro do qual a competição tem algum sentido.» (CARVALHO 2007:55). Nesta perspectiva, cabe aos órgãos do Estado, legal e territorialmente competentes, apoiar a iniciativa privada, em tudo o que for técnica e juridicamente possível, aconselhando, orientando, inspecionando e emitindo os correspondentes pareceres para que os empresários: em nome individual; e as empresas, enquanto sociedades, se possam estabelecer com segurança e desenvolver o seu trabalho numa determinada localidade. A intervenção municipal é de extrema importância no apoio que pode (e deve) dar aos investidores que pretendam estabelecer-se na área do município, o qual passará a beneficiar de um melhor e maior desenvolvimento.Na situação concreta do litoral-norte de Portugal, onde se inserem os concelhos do Alto Minho, destacam-se, de entre outras: atividades comerciais, indústria ligeira, com alguma expansão e significado e, ainda, o turismo. Estes setores de atividade económica, certamente, merecem dos executivos camarários a maior atenção, por variadíssimas razões: criação de riqueza para a região; aumento do número de postos de trabalho; introdução de novas e melhores tecnologias; mais contribuições para a Segurança Social e para o sistema tributário, cujos valores, em parte, ficam no respetivo concelho; possibilidade de outras instituições, nomeadamente: educação, formação profissional e de lazer, se fixarem na área do município, enfim, melhores condições de vida.O apoio ao comércio, indústria e turismo, que as autarquias poderiam

(e deveriam) dar, obviamente dentro das suas disponibilidades técnico-financeiras, seria de natureza diversa, obviamente, não em subsídios ou quaisquer contrapartidas monetárias, mas em melhoramentos públicos diversos: a manutenção de uma boa rede viária, funcional, limpa e segura, poderá ser uma primeira medida, a que outras se seguirão; saneamento básico; rede de água ao domicílio em quantidade e qualidade; vias de circulação amplas e suficientemente iluminadas; parques de estacionamento confortáveis e seguros; boas acessibilidades para e das aldeias e municípios limítrofes, às auto-estradas e vias rápidas; às cidades e vilas vizinhas de Portugal e de Espanha. Pugnar, também, por uma boa cobertura em transportes públicos de e para a sede do município, em ligação com as localidades adjacentes, também com o exterior e em articulação com outros transportes e horários, a partir da sede do Concelho.O desenvolvimento e consolidação daquelas atividades económicas pressupõem, igualmente, outras iniciativas, porém, estas em parceria com as instituições, empresas e associações diversas interessadas. Naturalmente que tudo o que o ser humano produz se destina ao consumo, qualquer que seja o processo e bens produzidos.Neste sentido, há todo um percurso, metodologia e infraestruturas de apoio: «Como grande parte dos bens materiais que o homem necessita são escassos, para adquiri-los surgem a princípio certas práticas: determinadas atividades económicas, produção, circulação, repartição e consumo de bens. Ligadas a estas atividades e quando as mesmas se padronizam e estruturam, surgem as instituições económicas: agrícolas, comerciais, financeiras, industriais, ou instituições gerais (o dinheiro, os bancos, os mercados, a divisão do trabalho, a propriedade, o trabalho, o capital e muitas outras). As condições sociais e físicas determinam a forma

que assume a estrutura económica.» (TORRE, 1983:210).O funcionamento da economia, parcialmente referido aos setores de atividade aqui em análise – comércio, indústria e turismo –, será tanto mais positivo e sólido, quanto mais as instituições empresariais investirem na qualidade e divulgação dos seus produtos. Nestes aspetos, a formação permanente dos respetivos trabalhadores, dos diversos setores, é um passo importante, podendo, também aqui, a Autarquia Municipal dar um contributo razoável, incentivando os interessados à formação, disponibilizando alguns recursos, eventualmente em instalações, transporte dos formandos, comparticipação nos honorários dos formadores e/ou estabelecendo parecerias com as Escolas Profissionais, públicas e privadas, preferencialmente, por uma questão económica, da área do município.Por outro lado, a Autarquia pode dinamizar e patrocinar, parcialmente, alguns certames, que promovam a divulgação dos principais setores de atividade económica no concelho, designadamente, nos domínios aqui em reflexão, através de eventos específicos, que publicitem os produtos próprios da região, também em parceria com as instituições representativas de cada setor, como associações empresariais: do comércio; indústria e turismo, com inclusão dos próprios empresários, individualmente considerados, se assim o desejarem. Como exemplo bem-sucedido, e no que concerne a diversos distritos e concelhos portugueses, a verdade e a justiça devem ser aqui invocadas, para se referir o sucesso que têm constituído, por exemplo, as “Feiras Medievais”, as “Feiras de Tradições”, e outros acontecimentos culturais, embora, alguns deles, não sejam inéditos, numa ou noutra localidade.É possível divulgar-se e escoarem-se certos produtos, incluindo os artigos artesanais e a

gastronomia concelhia, criando e instituindo outros certames, abertos a toda a população e aos visitantes, com forte intervenção da comunicação social. No âmbito de alguns distritos e concelhos, constitui um bom evento, por exemplo, a decorrência dos “Domingos Gastronómicos” e os resultados poderão alcançar maior expressividade se houver mais facilidades de acesso aos potenciais consumidores, em termos de custos a suportar pelos mesmos, sejam visitantes ou residentes, eventualmente, com a concessão de uma bonificação, a todos os que tomarem uma refeição tradicional. Divulgar e comercializar os produtos naturais e artigos artesanais, pela via de exposições, feiras, concursos e outros eventos adequados, pode ser uma excelente estratégia, com resultados objetivos, praticamente garantidos à partida. A colaboração das Associações representativas, organismos do Estado, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia são indispensáveis para o sucesso do comércio, indústria e turismo, não só a nível concelhio, como também no âmbito nacional. Trata-se, seguramente, de um projeto do maior alcance para o desenvolvimento, bem-estar e auto-realização das populações das nossas aldeias, vilas e cidades, como também para estabilização das empresas e ainda maior, se possível, projeção das Autarquias Locais. O Poder Local Democrático tem imensas potencialidades de intervenção que devem ser direcionadas para o bem público.

Bibliografia

CARNEGIE, Dale & ASSOCIADOS,

(1978). Administrando Através das

Pessoas. Trad. Ivan Zanoni Hausen. Rio

de Janeiro: Biblioteca do Exército –

Editora

CARVALHO, Maria do Carmo Nacif

de, (2007). Gestão de Pessoas. 2ª

Reimpressão. Rio de Janeiro: SENAC

Nacional

TORRE, Della, (1983). O Homem e a

Sociedade. Uma Introdução à Sociologia.

11ª Edição. São Paulo: Companhia

Editora Nacional

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SAÚDE

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A comissão Europeia (cE) autorizou recentemente a co-mercialização do do peginterfe-rão beta-1a no tratamento para adultos com esclerose múltipla por surto-remissão (EMsr), a forma mais comum de esclerose múltipla (EM). o tratamento é administrado de duas em duas semanas com um novo auto-injetor pronto a usar.para o prof. Doutor João de

sá, neurologista do Hospital de santa Maria, trata-se de “uma formulação distinta de interfe-rão beta 1-a, que vai segura-mente revolucionar a terapêutica de primeira linha da esclerose múltipla evoluindo por surto-re-missão.” Acrescenta ainda que “teremos assim com um perfi l de efi cácia e segurança bem co-nhecidos uma formulação que permite ser administrada 2 ve-zes por mês, o que represen-ta indiscutivelmente uma op-ção terapêutica extremamente cómoda para os doentes com esta doença que poderão ver

noVo trataMento Mais cóModo Para doentes coM esclerose MÚltiPla aProVado na ue

assim muito melhorada a sua qualidade de vida.”o pLEGrIDY é o único in-

terferão peguilado aprovado para a utilização na EMsr e reduz vários parâmetros de ati-vidade da doença, incluindo número de surtos, lesões ce-rebrais e progressão da inca-pacidade. Esta aprovação ba-seia-se nos resultados de um dos maiores e principais estu-dos conduzidos com interfe-rão beta, o ADVANcEi, que envolveu mais de 1500 doen-tes com EMsr. No ensaio clínico ADVANcE,

o novo tratamento administrado de duas em duas semanas re-duziu signifi cativamente a taxa anualizada de surtos (tAs) ao fi nal de um ano em cerca de 36 por cento quando comparado com placebo. os resultados de dois anos de ADVANcE con-fi rmam que a sua efi cácia ro-busta é mantida além do con-trolo com placebo no primeiro ano de estudo.

A persistência de alterações estruturais ou da funciona-lidade dos rins por um período superior a 3 meses não deve ser ignorada. o alerta é da sociedade portuguesa de Nefrologia (spN) que sublinha a importância do diag-nóstico precoce para evitar outras complicações no or-ganismo resultantes da doença renal. A progressão da doença, um processo lento e silencio-

so, é responsável por diversas complicações que afetam quase todos os órgãos do ser humano. Entre as doenças mais comuns, associadas à doença renal, surgem a ane-mia, hipertensão, dislipidemia, osteopatia, desnutrição, neuropatia e doenças cardiovasculares. De acordo com Fernando Nolasco, presidente da so-

ciedade portuguesa de Nefrologia, “os sintomas associa-dos às lesões causadas pela doença renal no organismo podem demorar algum tempo a manifestar-se, uma vez que a prevalência das mesmas aumenta de acordo com o estádio em que se encontra a doença”. “Ainda assim, a anemia e a hipertensão são duas doen-

ças que podem surgir numa fase inicial mas, por vezes, é excluída a possibilidade de relação destas patologias com a doença renal, o que faz com que, em muitos ca-sos, o diagnóstico seja tardio”. outras implicações associadas à doença renal são tam-

bém o “ enfarte ou o acidente vascular cerebral (AVc), dado que as alterações vasculares que surgem durante a evolução da insufi ciência renal crónica podem indu-zir patologias isquémicas”, lembra Fernanda carvalho, nefrologista e vice-presidente da sociedade portugue-sa de Nefrologia. Em portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas

sofram de doença renal crónica. A progressão da doen-ça é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a re-correr ao médico tardiamente, já sem qualquer possibi-lidade de recuperação. todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de

doentes em falência renal. Em portugal existem atual-mente cerca de 16 mil doentes em tratamento substituti-vo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já trans-plantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

iMPlicações da doença renal no organisMo

o ombro (articulação gleno-ume-ral) é a articulação com maior mo-bilidade do corpo humano. Esta grande amplitude advém da mo-bilização ao mesmo tempo de ou-tras 4 articulações que em conjun-to como ombro formam a cintura escapular. para um funcionamento normal

do ombro é necessário um equi-líbrio de forças e sincronização de ações de vários grupos mus-culares. Alguns destes músculos têm inserções no tórax e mesmo na coluna dorsal e lombar pelo que as alterações posturais, po-dem por este motivo e pelo fato de alterarem a posição da omo-plata no espaço, levar a alterações do funcionamento do ombro. Es-tas alterações do funcionamento levam á infl amação dos tendões (tendinite) que se não forem tra-tadas, além da perda de qualidade de vida levam a uma degradação progressiva dos tendões que aca-bam por romper, comprometendo ainda mais a função do ombro. o exercício físico que promova

uma postura correta e o fortaleci-mento dos músculos que controlam a omoplata (escapulo-torácicos) e o ombro (coifa dos rotadores) pre-vine o desenvolvimento destes de-sequilíbrios e promove a sua cura quando estes já estão instalados.o ombro, em geral após os 65

anos e á semelhança da anca, pode desenvolver uma artrose. Esta do-ença deforma a articulação, sendo causa de dor e de limitação dos movimentos. Quando a perda de qualidade de vida dos doentes o exige, estes são operados para co-locação de uma prótese do ombro. Esta substitui a cabeça do úmero e a superfície lesada da omoplata. Nos primeiros 3 meses após a

cirurgia é feita uma reabilitação em fi sioterapia com o objetivo de ganhar mobilidade e força. Após este período é importante manter

recuPere qualidade de Vida…articule-se…

um correto funcionamento do om-bro. A frequência de uma piscina, em regime livre ou em aulas de hidroginástica, em que são apro-veitados os efeitos de impulsão e resistência da água para mobilizar o ombro sem a ação da gravidade e fortalecer os músculos da cin-tura escapular é uma boa opção. A manutenção de uma postura cor-

reta através de exercícios de alon-gamento e fortalecimento muscular como se faz no pilates contribuem para um funcionamento correto do ombro. A marcha, com ou sem uti-lização de pequenos pesos nos pu-nhos, além dos efeitos cardiovascu-lares e de controlo de peso também contribui para o equilíbrio muscu-lar da cintura escapular.Em resumo, ombro necessita de

uma postura e de um equilíbrio muscular corretos para poder fun-cionar. o exercício físico adequa-do à idade e devidamente orien-tado, contribuiu para um ombro saudável. Em doentes com prótese o exercício otimiza os resultados da intervenção cirúrgica. Agora já sabe! ArtIcULE-sE!!

cAIXA:A sociedade portuguesa de or-

topedia e traumatologia e a Asso-ciação portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos acabam de lançar, em portugal, a campa-nha “Vida é Movimento” com o mote “Articule-se”, que visa au-mentar o conhecimento sobre as doenças ortopédicas que afetam ossos e articulações e que são a maior fonte de dor e incapacida-de em todo o mundo. Esta cam-panha tem também como obje-tivos desmistifi car o tratamento cirúrgico das doenças ortopédi-cas e a colocação de próteses, e clarifi car os mitos ainda existen-tes sobre a qualidade de vida das pessoas portadores destes dispo-sitivos médicos.

um correto funcionamento do om-bro. A frequência de uma piscina, em regime livre ou em aulas de hidroginástica, em que são apro-veitados os efeitos de impulsão e resistência da água para mobilizar o ombro sem a ação da gravidade e fortalecer os músculos da cin-tura escapular é uma boa opção. A manutenção de uma postura cor-

reta através de exercícios de alon-gamento e fortalecimento muscular como se faz no pilates contribuem para um funcionamento correto do ombro. A marcha, com ou sem uti-lização de pequenos pesos nos pu-nhos, além dos efeitos cardiovascu-lares e de controlo de peso também contribui para o equilíbrio muscu-lar da cintura escapular.Em resumo, ombro necessita de

uma postura e de um equilíbrio muscular corretos para poder fun-cionar. o exercício físico adequa-do à idade e devidamente orien-tado, contribuiu para um ombro saudável. Em doentes com prótese o exercício otimiza os resultados da intervenção cirúrgica. Agora já sabe! ArtIcULE-sE!!

cAIXA:A sociedade portuguesa de or-

topedia e traumatologia e a Asso-ciação portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos acabam de lançar, em portugal, a campa-nha “Vida é Movimento” com o mote “Articule-se”, que visa au-mentar o conhecimento sobre as doenças ortopédicas que afetam ossos e articulações e que são a maior fonte de dor e incapacida-de em todo o mundo. Esta cam-panha tem também como obje-tivos desmistifi car o tratamento cirúrgico das doenças ortopédi-cas e a colocação de próteses, e clarifi car os mitos ainda existen-tes sobre a qualidade de vida das pessoas portadores destes dispo-sitivos médicos.

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b) localização

Não foi difícil encontrar uma resposta para esta questão. Na verdade, o documento, que te-mos vindo a citar, diz expressa-mente que foi na “vila vulgar-mente designada de Vila Mou”, que paio Vermudes ergueu o re-ferido Mosteiro. ora, este topó-nimo ainda hoje subsiste.. De facto, na freguesia de Vila Mou, encontramos o lugar de Vila-mou, situado no local onde se ergue a atual igreja paroquial, à margem da estrada nacional, ao Km 13, numa região fértil, abundante em água e verdura, virado ao nascente e abrigado do norte. Nele estão incluídos outros subtopónimos tal como: Burguete, que faz lembrar um povoado medieval; Ermeiro, que deriva do latim “eremitériu”; torre, que refere velhas fortifi -cações do Mosteiro; Igreja Ve-lha, que, como veremos, desig-nava o local da antiga Igreja do convento.Além disso a arqueo-

a fundação do Mosteiro Visigótico

de santa Maria de Vila Mou e a reorganização

da terra da Vinha(séc. iX)

Por: Manuel antónio fernandes Moreira

logia, como vimos, tem vindo a confi rmar aquilo que acaba-mos de referir. Na verdade, quer nos escombros da antiga igreja paroquial quer no dito lugar de Burguete, têm aparecido ves-tígios lapidares das estruturas do Mosteiro.Ainda hoje se conserva na tra-

diçãoo popular, quer escrita quer oral, o costume de escrever os dois elementos lexicais unidos.

c) Invocação

“…et sua consacrationem fe-cit…”.o costume de escolher titu-

lares para as igrejas remonta aos primeiros séculos do cris-tianismo.Antes do séc. XI, porém, to-

dos os padroeiros, à exceção de s. Martinho de tours, eram mártires. primitivamente só as basílicas e igrejas particulares possuíam padroeiros. o con-fessor das igrejas catedrais e

paroquiais eram os respetivos bispos ou párocos. Mas, a par-tir dos séculos VII e VIII, es-tas passaram a ser também ti-tulares, que, tanto podia ser um mártir cujas relíquias nela esta-vam depositadas, ou, o que se tornou prática corrente, a invo-cação de são salvador ou san-ta Maria.Quanto aos Mosteiros tam-

bém, pela mesma altura, rece-beram titulares.Qual terá sido o padroeiro do

convento e Mosteiro de Vila Mou?Não é possível responder a esta

pergunta com base no documen-to omisso nesse aspeto. É certo que esta fonte diz: “Et in no-mine Domine edifi cavit ceno-bium”. contudo, não se deve entender esta expressão no sen-tido de escolha de um padro-eiro, mas sim como uma indi-cação do espírito cristão que presidiu à sua construção.o mesmo não acontece em re-

lação às Inquirições (1258) e aos diversos livros das confi rmações

de Valença (1354-1533). Es-tas fontes indicam a exis-

tência de dois padroei-ros para a paróquia

de Vila Mou: san-ta Maria e são

Martinho. o primeiro é

o mais an-tigo e vigo-

rou até fi nais do séc. XV. o

segundo tornou-se efetivo a partir

desta data..Qual a explicação para

este facto?Uma das causas mais frequen-

tes da mudança de padroeiro tem sido, ao longo dos tempos, a transferência da sede da igre-ja paroquial.As invocações aparecem mais

ligadas ao edifício que à ins-tituição.Foi o que aconteceu em rela-

ção a esta paróquia. Nos fi nais do séc.XV, por razões que se de-vem ter prendido com a exigui-dade do primeiro edifício, foi erguido um novo templo.tudo leva a crer que a primeira

igreja paroquial teria sido o ora-tório do Mosteiro. Na verdade, a tradição fala da existência de uma “igreja velha” no Burgue-te o que é comprovado pela ar-queologia, como vimos. A ser verdade este facto, como tudo indica, ela teria sido consagra-da à inovação, tão caracterís-tica da Idade Média, de santa Maria, como aparece nos do-cumentos acima enunciados.Deste jeito, não temos outra

alternativa que não seja admi-tir como padroeiro aquele titu-lar, tanto mais que o Mosteiro de são salvador, que sucedeu àquele, foi objeto de uma nova consagração realizada pelo bis-po de tui, D. Jorge, em 1068. se os padroeiros não fossem diferentes, teríamos duas vezes repetida, dentro da mesma pa-róquia, uma invocação, o que não é normal.

d) Dotação do Mosteiro.

(…)

A ereção de uma instituição eclesiástica, na Idade Média, era seguida de dotação, que fos-se capaz de manter e sustentar, não só o edifício mas também as pessoas.o documento da fundação do

Mosteiro de são salvador da torre é elucidativo a este res-peito. De facto, tanto os funda-dores do Mosteiro de Vila Mou como os de são salvador da tor-re, legaram bens móveis e imó-veis às suas instituições. Neste

acontecimento vêem a maioria dos autores a origem do padro-ado das igrejas. Em relação ao Mosteiro de Vila Mou, no cita-do documento, diz-se expressa-mente: “… et obtinuit ea abba-tibus et monachis sum anu da sua prole in suo iure…”.Qual terá sido o dote deste

Mosteiro?Não é difícil responder a esta

pergunta uma vez que o docu-mento da fundação do Mosteiro de são salvador diz expressa-mente: “…adnominavimus ibi villas que primos hedifi catores illos ibidem testarunt”, isto é, o dote imediato do Mosteiro de são salvador foram as vilas que os primeiros edifi cadores haviam deixado em testamen-to. Logo a seguir passa a enu-merar o conjunto das herdades.

(…)

e) Ruinas do Mosteiro

“ordonius… invenit eam iam retenta et ruinosa… et erexit eam in cenobium sicut primi-tus fuerat…”. “…qui hunc lo-cum ruinorum ereximus et fun-daus… cenobium”.Frei ordonho, por volta de

1068, encontrou o Mosteiro de Vila Mou em ruinas e as suas rendas sonegadas. Juntamente com alguns familiares, descen-dentes de paio Vermudes, re-solveram erigir um novo cenó-bio, “semelhante ao primerio”, perto da antiga torre de defesa.Quando aconteceu tudo isto

e quais os motivos que leva-ram à destruição deste vetus-to testemunho da reconquista cristã? são duas questões que ocorrem naturalmente ao espí-rito do mais desprevenido in-vestigador deste período. Vamos tentar responder a cada uma, em separado, dentro das nos-sas possibilidades.Assim como o argumento das

gerações serviu para determi-nar a ápoca em que foi cons-truído o Mosteiro de Vila Mou,

também pode ser utilizado para encontrar a data do seu desapa-recimento. Da análise das rela-ções de parentesco dos doado-res em relação a paio Vermudes, é possível concluir que algu-mas das doações a este Mos-teiro foram feitas por bisnetos daquele presor, o que nos leva a pensar que o dito Mosteiro, passadas três gerações, isto é, mais ou menos uma centena e meia de anos após a sua fun-dação, ainda funcionava e que a sua destruição só teria tido lugar a partir do início do séc. XI, até porque, em meados do mesmo século, foi reconstruí-do em torre.As causas, que motivaram a

sua destrição, não são difíceis de encontrar. A história geral deste período e região aparece mar-cada por dois acontecimentos notórios: as invasões dos Nor-mandos e o surto expansionis-ta de Almançor.conhecem-se vários ataques

normandos em território na-cional nos séc. IX e X. Vindos do Norte europeu, em peque-nos barcos, leves e ágeis, su-biam os rios, atacavam as po-vioações e vilasdesprevenidas, indendiavam mosteiros e igre-jas, roubando e prendendo os cristãos, por cujo resgatepediam avultadas quantias. No reinado de Afonso IV (927-931) ataca-ram a região de tui, obrigando o seu bispo, de nome Náustio, a refugiar-se no Mosteiro de s, cristóvão de Labruja. Mais tar-de, em 1008, chegaram mesmo a arrasar aquela cidade, tendo esta diocese sido incorporada na de s. tiago de compstela.pelo ano de 1015, entraram

pelas terras a dentro de Entre Minho e Douro. Atacaram por-tucale, tendo conquistado o cas-telo de Vermoim e feito cativos muitos membros das famílias nobres, pedindo pelo seu res-gate pesadas quantias.

continua

logia, como vimos, tem vindo a confi rmar aquilo que acaba-mos de referir. Na verdade, quer nos escombros da antiga igreja paroquial quer no dito lugar de Burguete, têm aparecido ves-tígios lapidares das estruturas do Mosteiro.Ainda hoje se conserva na tra-

diçãoo popular, quer escrita quer oral, o costume de escrever os dois elementos lexicais unidos.

c) Invocação

“…et sua consacrationem fe-cit…”.o costume de escolher titu-

lares para as igrejas remonta aos primeiros séculos do cris-tianismo.Antes do séc. XI, porém, to-

dos os padroeiros, à exceção de s. Martinho de tours, eram mártires. primitivamente só as basílicas e igrejas particulares possuíam padroeiros. o con-fessor das igrejas catedrais e

paroquiais eram os respetivos bispos ou párocos. Mas, a par-tir dos séculos VII e VIII, es-tas passaram a ser também ti-tulares, que, tanto podia ser um mártir cujas relíquias nela esta-vam depositadas, ou, o que se tornou prática corrente, a invo-cação de são salvador ou san-ta Maria.Quanto aos Mosteiros tam-

bém, pela mesma altura, rece-beram titulares.Qual terá sido o padroeiro do

convento e Mosteiro de Vila Mou?Não é possível responder a esta

pergunta com base no documen-to omisso nesse aspeto. É certo pergunta com base no documen-to omisso nesse aspeto. É certo pergunta com base no documen-

que esta fonte diz: “Et in no-mine Domine edifi cavit ceno-bium”. contudo, não se deve entender esta expressão no sen-tido de escolha de um padro-eiro, mas sim como uma indi-cação do espírito cristão que presidiu à sua construção.o mesmo não acontece em re-

lação às Inquirições (1258) e aos diversos livros das confi rmações

de Valença (1354-1533). Es-

tes da mudança de padroeiro tem sido, ao longo dos tempos, a transferência da sede da igre-ja paroquial.As invocações aparecem mais

ligadas ao edifício que à ins-tituição.Foi o que aconteceu em rela-

ção a esta paróquia. Nos fi nais do séc.XV, por razões que se de-vem ter prendido com a exigui-dade do primeiro edifício, foi erguido um novo templo.tudo leva a crer que a primeira

igreja paroquial teria sido o ora-tório do Mosteiro. Na verdade, a tradição fala da existência de uma “igreja velha” no Burgue-te o que é comprovado pela ar-queologia, como vimos. A ser verdade este facto, como tudo indica, ela teria sido consagra-da à inovação, tão caracterís-tica da Idade Média, de santa Maria, como aparece nos do-cumentos acima enunciados.Deste jeito, não temos outra

alternativa que não seja admi-tir como padroeiro aquele titu-lar, tanto mais que o Mosteiro de são salvador, que sucedeu àquele, foi objeto de uma nova consagração realizada pelo bis-po de tui, D. Jorge, em 1068. se os padroeiros não fossem diferentes, teríamos duas vezes repetida, dentro da mesma pa-róquia, uma invocação, o que não é normal.

d) Dotação do Mosteiro.

(…)

A ereção de uma instituição eclesiástica, na Idade Média, era seguida de dotação, que fos-se capaz de manter e sustentar, não só o edifício mas também as pessoas.o documento da fundação do

Mosteiro de são salvador da torre é elucidativo a este res-peito. De facto, tanto os funda-dores do Mosteiro de Vila Mou como os de são salvador da tor-re, legaram bens móveis e imó-veis às suas instituições. Neste Uma das causas mais frequen-

acontecimento vêem a maioria dos autores a origem do padro-ado das igrejas. Em relação ao Mosteiro de Vila Mou, no cita-do documento, diz-se expressa-mente: “… et obtinuit ea abba-tibus et monachis sum anu da sua prole in suo iure…”.Qual terá sido o dote deste

Mosteiro?Não é difícil responder a esta

pergunta uma vez que o docu-mento da fundação do Mosteiro de são salvador diz expressa-mente: “…adnominavimus ibi villas que primos hedifi catores illos ibidem testarunt”, isto é, o dote imediato do Mosteiro de são salvador foram as vilas que os primeiros edifi cadores haviam deixado em testamen-to. Logo a seguir passa a enu-merar o conjunto das herdades.

(…)

e) Ruinas do Mosteiro

“ordonius… invenit eam iam retenta et ruinosa… et erexit eam in cenobium sicut primi-tus fuerat…”. “…qui hunc lo-cum ruinorum ereximus et fun-daus… cenobium”.Frei ordonho, por volta de

1068, encontrou o Mosteiro de Vila Mou em ruinas e as suas rendas sonegadas. Juntamente com alguns familiares, descen-dentes de paio Vermudes, re-solveram erigir um novo cenó-bio, “semelhante ao primerio”, perto da antiga torre de defesa.Quando aconteceu tudo isto

e quais os motivos que leva-ram à destruição deste vetus-to testemunho da reconquista cristã? são duas questões que ocorrem naturalmente ao espí-rito do mais desprevenido in-vestigador deste período. Vamos tentar responder a cada uma, em separado, dentro das nos-sas possibilidades.Assim como o argumento das

gerações serviu para determi-nar a ápoca em que foi cons-truído o Mosteiro de Vila Mou,

também pode ser utilizado para encontrar a data do seu desapa-recimento. Da análise das rela-ções de parentesco dos doado-res em relação a paio Vermudes, é possível concluir que algu-mas das doações a este Mos-teiro foram feitas por bisnetos daquele presor, o que nos leva a pensar que o dito Mosteiro, passadas três gerações, isto é, mais ou menos uma centena e meia de anos após a sua fun-dação, ainda funcionava e que a sua destruição só teria tido lugar a partir do início do séc. XI, até porque, em meados do mesmo século, foi reconstruí-do em torre.As causas, que motivaram a

sua destrição, não são difíceis de encontrar. A história geral deste período e região aparece mar-cada por dois acontecimentos notórios: as invasões dos Nor-mandos e o surto expansionis-ta de Almançor.conhecem-se vários ataques

normandos em território na-cional nos séc. IX e X. Vindos do Norte europeu, em peque-nos barcos, leves e ágeis, su-biam os rios, atacavam as po-vioações e vilasdesprevenidas, indendiavam mosteiros e igre-jas, roubando e prendendo os cristãos, por cujo resgatepediam avultadas quantias. No reinado de Afonso IV (927-931) ataca-ram a região de tui, obrigando o seu bispo, de nome Náustio, a refugiar-se no Mosteiro de s, cristóvão de Labruja. Mais tar-de, em 1008, chegaram mesmo a arrasar aquela cidade, tendo esta diocese sido incorporada na de s. tiago de compstela.pelo ano de 1015, entraram

pelas terras a dentro de Entre Minho e Douro. Atacaram por-tucale, tendo conquistado o cas-telo de Vermoim e feito cativos muitos membros das famílias nobres, pedindo pelo seu res-gate pesadas quantias.

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O CAMINHENSE, sexta-feira, 05 de setembro de 2014JORNAL

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INFohosPitais | centros de saÚde enferMageMcentro hospitalar do alto MinhoViana do Castelo | T. 258802100centro de saúde de caminhaRua Eng.º Agostinho Perreira de Castro | T. 258719300centro de saúde de Vila Praia de ÂncoraAv. Pontault Combault | T. 258 911318

BoMBeiroscaminhaRua das Flores | T. 258719500(1)Vila Praia de ÂncoraRua 5 de Outubro | T. 258 911125

gnrcaminhaR. da Trincheira | T. 258719030Vila Praia de ÂncoraRua Miguel Bombarda | T. 258959260

caPitania do Porto de caMinhaT. geral: 258719070T. piquete da PM: 258719079

farMáciasfarmácia torresPraça Conselheiro Silva Torres, Caminha | T. 258922104farmácia Beirão rendeiroRua da Corredoura, Caminha | T. 258722181

cÂMara MuniciPal de caMinhaT. 258710300

BiBlioteca caMinhaRua Direitasegunda a sexta: 10h00 às 18h30sábado: 10h00 às 13h00

Museu caMinhaterça a sexta: 10h00 às 19h30 / 14h30 às 18h00sábado e domingo: 11h00 às 13h00 / 14h00 às 17h30

Postos de turisMocaminhaRua Direita | T. 258921952MoledoAv. da Praia (em época balnear)Vila Praia de ÂncoraAv. Ramos Pereira | T. 258911384

centro cultural Vila Praia de Âncorasegunda a sexta: 10h00 às 12h30 /13h30 às 18h30sábado: 11h00 às 13h00

residência ParoquialLargo. Dr. B. Coelho RochaT. 258921413

feiras e MercadoscaminhaLargo Pontault Combaultsemanal 4ª feiraVila Praia de ÂncoraLargo do Mercadosemanal 5ª feira

taXiscaminhaLargo do Terreiro | T. 258921401Vila Praia de ÂncoraPraça da República | T. 258911295Venade TM. 965643481

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RUA ALMADA NEGREIROS4910-458

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258 911 093FAX: 258 911 082

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Um passeio de Kayak pelo rio Minho numa noite de lua cheia é a proposta da MinhA-ventura para a próxima terça-feira dia 9 de setembro.A experiência, única, terá início em seixas

e termina junto à foz do rio Minho. o início do passeio está marcado para as 20-

30 horas e a concentração será junto ao res-taurante Ínsua na Foz do Minho. Depois de uma breve explicação e distribuição de al-gum material, os participantes são transpor-tados para o cais de são sebastião em sei-xas onde terá início o percurso.pedro Machado da MinhAventura explicou

MinhoVentura ProMoVe Passeio noturno eM kayak no rio Minho

ao Jornalc o objetivo desta iniciativa.“o dia escolhido não é um dia qualquer, é

o dia da lua cheia e só por isso julgo que é já um motivo interessante para se fazer este passeio. A sensação é fantástica porque temos uma luminosidade diferente acompanhada de um silêncio e tranquilidade muito grandes. É inesquecível”, garante. os participantes deverão levar calções, t-shirt

e uns chinelos. se estiver frio a MinhAventura fornece fatos próprios para a atividade.os interessados em viver esta experiência “úni-

ca” poderão fazer a sua inscrição junto da Mi-nhAventura através dos contatos: 962023674/675.

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