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“Contemplando o nosso mundo, escutando os seus gritos e necessidades, a sua sede e as suas aspirações, qual é o fio que estamos chamadas a tecer, neste momento, para nos tornarmos tecedeiras de Deus, proféticas e místicas?” (Assembleia Geral da UISG, Maio 2007) «... o fio da Nova visão e compromisso com o mundo... uma visão que nasce também da experiência crescente da proximidade e da inserção que nos faz sentir “deste mundo”...» com Cristo, feito nosso irmão. N.º 61 Dezembro 2007 R. do Lindo Vale, 464 – 4200-370 PORTO Al. das Linhas de Torres, 2 – 1750-146 LISBOA

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Page 1: « o fio da Nova visão e compromisso com o mundo uma visão … · 2014-06-27 · 2 ‘Nascimento’ de ... primeiro encontro para o dia 23 de Novembro, das 20h às 21h, na casa

“Contemplando o nosso mundo,

escutando os seus gritos

e necessidades,

a sua sede e as suas aspirações,

qual é o fio que estamos chamadas

a tecer, neste momento, para nos tornarmos tecedeiras de Deus,

proféticas e místicas?”

(Assembleia Geral da UISG, Maio 2007)

«... o fio da Nova visão e compromisso com o mundo...

uma visão que nasce também da experiência crescente

da proximidade e da inserção que nos faz sentir “deste mundo”...»

com Cristo, feito nosso irmão.

N.º 61

Dezembro

2007

R. do Lindo Vale, 464 – 4200-370 PORTO Al. das Linhas de Torres, 2 – 1750-146 LISBOA

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‘Nascimento’ de um novo grupo de «Mães de Paula»... ... contado pela Comunidade e por duas ‘Mães’

Irmã Fernanda Manso e Comunidade da Maia

As Mães de Paula também passaram pelos Açores. Foi nos dias 16 e 17 de Novembro que duas Mães de Paula - Tuxa, de Lisboa, e Manuela Coelho, de Viseu - estiveram connosco e com as futuras Mães de Paula da Maia. O encontro foi intenso, e o fogo que nos trouxeram incendiou-nos. Neste momento já iniciámos a nossa caminhada; o entusiasmo é notório, e o Amor a Santa Paula e ao seu Carisma vai tomando conta de nós. Decidimos que os encontros serão às 6ª feiras às 20 horas.

Na passada 6ª feira, dia 23 de Novembro, dez mães reuniram-se para conhecer mais o Carisma das Mães de Paula e, juntas, rezámos, entregando a Santa Paula o nosso grupo e o desejo de fazermos caminho juntas. Também nos comprometemos a viver o Amor nas pequenas coisas de cada dia.

O convite foi feito essencialmente às ‘mães’ mais jovens, sobretudo às que há 14 anos faziam parte dos grupos de jovens.

Estamos mesmo no início. A todas queremos pedir uma oração para que saibamos apoiar, conduzir e animar estas ‘mães’, que se têm mostrado muito receptivas e desejosas de mais…

E a Manuela Coelho e a Tuxa, dizem:

Louvamos o Senhor, pela maneira singela como nos encaminhou até aos Açores.

No aeroporto esperavam-nos duas das quatro Irmãs da Comunidade. Ao jeito de Santa Paula, acolheram-nos com todo o seu amor. Com elas partimos para a Maia, depois de deixarmos a bagagem no Hotel.

Sentimo-nos em família. Jantámos com as Irmãs e, logo em seguida, foram chegando as mães, com ar festivo, na expectativa do encontro.

Ficámos maravilhadas ao sentir o espírito de família que existe entre as Irmãs e as mães que estiveram presentes, bem como com toda a comunidade envolvente.

No grupo predominam as mães jovens que já fizeram caminho com as Irmãs no grupo de jovens e na catequese.

Na simplicidade, falámos da experiência da nossa caminhada, dando a conhecer o que se espera de um grupo de Oração-Vida das Mães de Paula (ser Mães, ao jeito de Santa Paula, para outras mães).

A partilha foi riquíssima porque todas as mães participaram com entusiasmo e logo marcaram o seu primeiro encontro para o dia 23 de Novembro, das 20h às 21h, na casa das Irmãs.

Disponibilizou-se a acompanhar o grupo a Irmã Fernanda Manso, que há meses sentia no seu coração o desejo de ver crescer estas mães.

Terminámos o encontro rezando o Pai-Nosso pelas intenções do dia e a Oração da Unidade.

Queremos agradecer a maneira linda, simples e acolhedora, como a Comunidade das Irmãs e a Margarida - jovem voluntária - nos acolheram.

Agradece-lhes por nós, Senhor, esta vivência de família que tanto nos tocou o nosso coração, e ensina-nos a ser fiéis ao nosso compromisso.

Sentimo-nos em casa!!!

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Partir em missão… Ana Margarida Almeida

Há algum tempo a esta parte, o Pe. Luís Leal, prior da minha Paróquia (Santo Agostinho a Marvila) e, mais recentemente, a Comunidade das Irmãs Doroteias (Lisboa) pediram-me que escrevesse uma notícia breve sobre o trabalho que estou a desenvolver, enquanto voluntária, na belíssima e acolhedora terra açoriana. Por essa razão, decidi escrever um texto único, onde me proponho contar à comunidade da minha Paróquia e à Congregação das Irmãs Doroteias o que foi para mim partir em missão e vivê-la a cada dia que passa…

“No final de Setembro, pisei, com esperança, a ilha de S. Miguel, mais propriamente a Maia, que me acolheu de braços abertos, ainda que eu fosse quase uma estranha. Digo “quase estranha”, porque há já três anos que venho, com um grupo de voluntárias, trabalhar em duas zonas carenciadas da parte oriental da ilha. Na Maia, porém, poucas pessoas me conheciam… O tempo foi passando, e neste momento já são muitos os sorrisos que se abrem para dizer um simpático “Bom dia” quando nos cruzamos na rua. Estou a viver numa comunidade de quatro Irmãs Doroteias, que me tratam como verdadeira família e me apoiam no trabalho a realizar.

Uma missão de voluntariado é uma das experiências mais enriquecedoras da vida, quer para quem se lança à descoberta dos outros quer para quem acolhe e trabalha com esses voluntários.

No momento presente, acompanho, todos os dias da semana, os rapazes de duas residências da Santa Casa da Misericórdia da Maia nos seus estudos e trabalhos de casa, dando-lhes o apoio que precisam nas várias disciplinas. As suas idades variam bastante, tendo o mais novo 11 anos e o mais velho 19 anos. Foram retirados pelo tribunal às suas famílias por razões diversas, apresentando carências a vários níveis. Por esse motivo, é preciso incutir em cada um deles força de vontade e espírito de trabalho, para que sigam os seus sonhos e não desanimem perante as dificuldades das suas vidas.

Além deste trabalho, fui convidada para fazer parte da equipa de coordenadores do grupo de jovens da Maia, e aceitei com gosto esse convite.

Na Ribeira Funda, localidade da freguesia de Fenais da Ajuda, acompanho o grupo de jovens que se prepara para o Crisma em Abril. São 16 até ao momento, mas as nossas portas estão abertas a todos os que queiram participar nestes encontros. Mais do que catequese, estes encontros são um espaço ideal para estabelecer um convívio saudável entre jovens e, ainda, um momento especial para reflectirem sobre as suas vidas, a sua Fé e o futuro que os espera. Assim crescemos em conjunto para a Vida, pois não são só eles que aprendem comigo; pelo contrário, todos os dias aprendo algo novo com cada um deles.

E, porque quando há vontade as obras nascem, há ainda tempo para todas as semanas dar uma aula de ginástica e relaxamento aos idosos do Lar da Maia. Os idosos estão empenhados, e mostram um sorriso sincero na hora de começar. Cada um com as suas dificuldades adapta-se aos exercícios que apresento e, com maior ou menor esforço e até com maior ou menor força de vontade, agarram a oportunidade de se movimentarem e, acima de tudo, de serem mais felizes.

Esta semana (19 a 23 de Novembro) decorreu na Maia a VI Semana com a Bíblia: em cada noite foi discutido um tema relacionado com a Sagrada Escritura. Cada encontro abriu com um trabalho dos jovens das catequeses de 9º e 10º anos, trabalho esse que consistia numa pequena apresentação com sombras chinesas e recitação de textos, à luz de velas e ao som de música ambiente. Depois de ensaios complicados e estafantes, o espectáculo mereceu o aplauso sentido de toda a comunidade presente. Foi um momento diferente, de muita riqueza e de profunda comoção.

Ora, tudo isto que vos conto é o meu actual trabalho; mas o que me trouxe até S. Miguel foi um projecto igualmente aliciante e inovador. Este último foi já elaborado de raiz pelo nosso grupo de trabalho: as assistentes sociais, a psicóloga e os membros do Centro Social e Paroquial da Maia. Escolhemos o nome “Remar” por tudo o que ele evoca. Por um lado, remar lembra -nos o mar e os pescadores que diariamente arriscam as suas vidas para trazerem para terra o fruto do seu trabalho; por outro lado, evoca o movimento e o esforço individual e conjunto. “Remar” é, pois, conquistar e vencer! Com toda a força de vontade, lutámos pela sua aprovação e conseguimo-lo! Agora, pelas incómodas questões burocráticas, esperamos que

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comece em breve. Com “Remar”, chegaremos até duas localidades desta ilha quase esquecidas (Fenais da Ajuda e Ribeira Funda). Aí trabalharemos com mulheres, jovens e adolescentes: teremos um espaço de leitura e cinema, computadores e aulas de informática, ginástica e expressão corporal para mulheres, entre tantas outras iniciativas. É nosso objectivo maior mostrar tudo o que este povo tem para dar e receber. Em Janeiro, esperam-me mais actividades, entre elas uma formação para os funcionários da Santa Casa, a organização de um sarau cultural... e muito mais…

Há que deixar definitivamente para trás os lamentos constantes de que este mundo está perdido e que a nova geração não marcará a diferença. Ainda que, por vezes, sejam de facto estes os sentimentos que nos preenchem, faço-vos um pedido do fundo do coração: não desanimem; acreditem que cada dia é mais um passo em direcção a esse futuro luminoso. Que cada um de vós possa ser semente de Paz na sua cidade, no seu trabalho, na sua casa, na vida dos que conhece e na vida daqueles que ainda se hão-de cruzar no vosso caminho! A minha vida e o meu trabalho nos Açores este ano dedico-os…

à minha Mãe, que me acolhe todos os dias nos seus braços, mesmo com um oceano a separar -nos,

ao meu Pai, que me ensina a ter amor à sabedoria e às coisas belas,

ao meu Irmão que, no seu silêncio, está sempre ao meu lado e me encoraja nas decisões que tomo.

E, claro, a toda a minha Família, pois é por ela que tenho força para continuar a tr ilhar o meu Caminho…”

Até breve! Saudades a todos.

No início do ano lectivo, o Gabinete de Apoio ao Estudante reflectiu na melhor forma de se dar a

conhecer aos novos alunos. Decidimos propor um projecto “Conhece-te a ti mesmo”, que está a ser desenvolvido por grupos em que as sessões têm tido grande impacto.

Fizemos outra proposta de trabalhar “As cartas do Gervásio”, que é um projecto desenvolvido por um professor da Universidade do Minho que está direccionado para dotar os novos alunos do Ensino Superior de Competências de Estudo.

Criámos, também, um outro grupo em que o objectivo principal é o “Encontro”. A dinâmica do grupo é da responsabilidade dos próprios elementos que põem em comum os seus talentos e reflectem sobre os mesmos postos ao serviço dos outros. Neste momento, centrámo-nos no Canto e aproveitamos este facto para preparar a festa de Natal. Pretendemos, com estas iniciativas, ir motivando os alunos e constituir um grupo de oração.

Outra iniciativa para este ano é a formação aos nossos alunos que se comprometeram nas várias expressões de Voluntariado: Sem Abrigo; Formação às Mães-Adolescentes e Filhos; Apoio ao atendimento dos Imigrantes (nas instalações da SEIVA); visitas e acompanhamento aos Idosos através do projecto - Rostos(com)Vida - em articulação com a Pastoral da Saúde, na Paróquia de Nª Sª da Conceição; actividades missionárias no Verão.

O Natal da Escola está a ser preparado à luz da Esperança e do sentido da Vida.

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Uma tarde na praia…

No dia 11 de Novembro a Comunidade de Recardães festejou o aniversário da Irmã Marta… Foi

um dia diferente. Num desejo de oferecer à nossa Irmã um “presente especial”, partimos rumo ao grande Oceano

numa aventura… Sem saber bem o rumo, no nosso coração estava o desfrutar duma tarde Comunitária onde o importante era o criar laços fraternos.

Depois de algumas voltas e reviravoltas lá chegamos à Praia do Areão – Vagos; encontrámos um areal imenso, um mar calmo, um ambiente acolhedor…. A alegria foi um sentimento sempre presente em cada uma de nós. Na simplicidade de pequenos gestos fomo-nos abrindo à brincadeira, ao diálogo, sem nunca esquecer o que na nossa frente tínhamos: o imenso Mar que nos fala do nosso Deus Criador… Cada momento ficou marcado dentro de nós tal como as pegadas que fomos deixando ao longo da praia. Entre fotos e gargalhadas, a tarde passou sem que déssemos por isso.

De regresso a casa, com o coração agradecido, unimo-nos numa oração de louvor por todo o caminho que foi traçado, quer na vida da Irmã Marta quer na Comunidade.

Início do ano na Província Sul Maria Manuel Oliveira, a «veterana» do grupo de jovens

Todos os anos as Irmãs Doroteias nos surpreendem, seja pelos encontros, pelas reuniões, pelas pessoas e principalmente pelos novos projectos; exemplo disso foi, sem dúvida, o passado dia 09 de Novembro, no qual foi dado início a um novo ano de actividades, sem esquecer as que aconteceram ao longo do ano transacto.

Assim, num sábado em que o tempo meteorológico ainda era bastante ameno, um grupo de pessoas dirigiu-se a uma casa cor de salmão, curiosas para saber o que as Irmãs Doroteias tinham reservado para elas. Entre cantares e muita alegria, foram apresentados, pelos vários grupos, testemunhos de actividades vividas durante este ano, como foi o caso da Missão Angola, Açores, Serviço a um povo no Alentejo, Acção Social, ENFOCs e outros encontros. Seguidamente, lançaram-nos o desafio de percorrer o mapa de Portugal de forma a encontrarmos o nosso destino, se dentro se fora dele, mas sempre com o objectivo de solidariedade e comunicação com os outros, sempre com base naquilo que nos foi

transmitido através dos ensinamentos de Paula Frassinetti. Findo este dia, ficou uma sensação de que muito se pode fazer pelos outros, por nós e pelo mundo; só temos que estar disponíveis e agarrar todas as oportunidades que nos são dadas. Este encontro foi, sem dúvida, um sucesso a todos os níveis, primeiro pela adesão de pessoas novas que foram bastantes, pelos testemunhos das pessoas que viveram experiências inesquecíveis, e pelas novas actividades propostas pelas Irmãs Doroteias para o novo ano. Agora... só tens que te inscrever para fazeres parte desta grande família Doroteia ...

Nota: E a resposta não se fez esperar... No Encontro para os interessados em missões em África ou nos Açores, apareceram mais de 40 jovens!

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Através do Doroteias, queremos agradecer todas as manifestações de presença e oração que temos experimentado desde que iniciámos este tempo único e, certamente, marcante das nossas vidas: a 3ªProvação. Somos desafiadas a olhar para trás, a agarrar o Essencial e a lançarmo-nos na aventura de “dar a vida até ao fim”. Fazemos uma experiência de confiança e abandono ao querer de Deus, e assim vamos avançando, passo a passo, orientadas e acompanhadas pela Irmã Fátima Ambrósio e pela Irmã Teresa Magalhães, a enriquecerem o nosso caminho de Encontro com o Mestre e Senhor da Vida, a Quem tanto desejamos e queremos seguir, ao jeito de Paula. “Pai, nas Tuas mãos entrego a minha vida” é a oração assumida por nós num desejo grande de que, com a graça de Deus e a oração de cada uma, a saibamos tornar Vida nas nossas vidas. Assim queremos viver juntas esta Graça, entregando e confiando… e rezamos para que todas as bênçãos derramadas sobre nós se estendam a cada Comunidade e a cada Irmã. Um abraço amigo, Rita e Ana

Irmã Casimira Marques

No dia 21 de Outubro, por ser Domingo, festejámos as Bodas de Ouro da Irmã Catarina Miguel na Eucaristia da Paróquia.

As nossas meninas, preparadas pela Irmã Eduarda e pela Irmã Rita, levaram na procissão de entrada alguns símbolos da sua entrega, que foram colocando junto do altar com uma sugestiva introdução: um quadro de Santa Paula, a vela da Irmã Catarina, três ramos de flores, uns elos coloridos.

Na oração dos fiéis acrescentaram-se preces e na acção de graças as alunas cantaram muito bem um dos nossos hinos. O almoço também foi de festa. Sem faltar um grande bolo que chegou para todas.

A Mãe da Irmã Catarina, que fez 90 anos em Agosto, esteve

presente, assim como a irmã, Isabel e um dos irmãos. Poucas Irmãs se podem gabar de ter a mãe nas Bodas de ouro! Foi uma graça.

Aqui está ela, com as duas filhas e um dos filhos no almoço. Minhas queridas Irmãs, Peço ao “Doroteias” o favor de fazer chegar a cada Comunidade e a cada Irmã que se cruzou no meu caminho, nas Províncias Norte

e Sul, bem como na Região de Moçambique e em S. Tomé e Príncipe, a minha gratidão pela oração e por tantas delicadezas que recebi ao celebrar as minhas Bodas de Ouro, no dia 22 de Outubro. Na minha Comunidade de Bragança tive uma linda e festiva Eucaristia. A minha acção de graças vai subindo ao Céu. Peço que continuem a agradecer comigo e por mim ao Senhor por ter-me deixado chegar às Bodas de Ouro a servi-l’O na nossa querida Congregação. O Senhor me faça capaz de traduzir com o meu trabalho-vida-oração toda a gratidão que sinto dentro de mim para com a vida, a Congregação e as Irmãs. Seja eu fiel a Cristo para ser capaz de me dar até ao fim com entusiasmo, alegria e novidade-de-vida. Um abraço grande e muito amigo para cada uma da sempre vossa irmã Maria Catarina Falcão Miguel

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A Alma dos Instantes

Exposição Temporária Irmã Gabriela

Exposição patente ao público nas

Galerias Diogo de Macedo de 10 de Novembro a 10 de Dezembro 2007

A Alma dos Instantes..., que a Irmã Gabriela liberta e encaminha aos olhares inquietos pela Arte, é um desafio à imaginação contemplativa de cada ente que se dirige aos espaços de memórias comuns, às levezas humanas de rostos e corpos de candura indelével.

Os seus desenhos revelam uma simplicidade expressiva de traços de cores imaginárias, onde cada textura nos sugere a intensidade criadora de carinho, de espontaneidade, de mensagens implícitas por revelar.

O desenho da Irmã Gabriela é, assim, uma obra aberta a quem o ousar descobrir e pensar nas múltiplas interpretações duma responsabilidade que sonha, chora, sorri e procura o absoluto...

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(Do Portal da Câmara Municipal de V. N. de Gaia)

A Irmã Maria Amélia Gonçalves da Silva é natural de Moreiras Pequenas – o que não condiz com a pessoa... Entrou na Congregação em 1957, e fez as Bodas de Ouro em 22 de Outubro p.p. Está, desde há anos, no Colégio das Calvanas, onde é Enfermeira. Fez parte do primeiro grupo de Doroteias a partir para Moçambique. Esta conversa decorreu no meio de contínuas interrupções dos Pais, que iam saindo da reunião e ficavam na portaria a trocar impressões, a falar dos filhos, e muitos antigos alunos a recordar o Colégio.

“Não tive tempo de pensar nada... Acabei de comer a sopa e chamaram-me... Havia alunos sinistrados na enfermaria... Depois, uma das nossas alunas foi atropelada em frente ao colégio, e lá fui eu ver o que se passara... Agora estou aqui na portaria; há uma reunião de pais...” Destes 50 anos recordo momentos muito bons, e vou ser breve porque o tempo não dá para mais: os tempos de África - as minhas odisseias na fundação de Ulongué... as idas pelo mato visitando aldeias... a colaboração com os padres Jesuítas... as minhas aulas de Higiene e Saúde na Escola que estava à nossa responsabilidade... o meu trabalho a tempo inteiro no hospital. .. Marcou-me muito a queda do avião em que vinham alguns Jesuítas para a inauguração da Escola: o avião caiu na Fonte Boa; fui das primeiras pessoas a chegar ao local, e tive que me ocupar dos mortos e prepará-los para serem enviados para casa. Entre eles estava um dos irmãos da Ir. Burguete. Depois, durante a guerra fiquei sozinha no Hospital com um enfermeiro. Quando chegavam os feridos, alguns tinham de ser transportados para o hospital de Tete, e muitas vezes tive de os acompanhar fazendo um dia de viagem através das picadas... Obrigavam todos os funcionários públicos a ir aos comícios, mas eu procurava sempre fugir dizendo que, como não era moçambicana, ficava a tomar conta dos doentes para eles poderem ir. Foram experiências muito ricas. Outra experiência foi a que tive em Trás-os-Montes, no Pontido. Fui, como enfermeira do Centro de Saúde, fazer campanhas de saúde escolar pelas aldeias, vacinar as crianças, etc. No Inverno era duro, com a neve; muitas vezes víamos nela as patas dos lobos marcadas, o que nos fazia muito medo. Quantas vezes os miúdos das escolas me fizeram companhia no caminho! Também no Linhó tive grandes experiências: havia 8 irmãs acamadas de uma só vez; conseguimos apoio do Centro de Saúde, e um médico, como se se tratasse de um Lar de Terceira Idade, com as mesmas regalias. Gostei sempre muito da minha profissão; deu-me grandes alegrias, e também preocupações; trouxe-me grande entusiasmo, e tenho-me sentido sempre muito feliz.

Processo de Unificação das duas Províncias: Como vai sendo habitual, Fátima foi local de acolhimento das várias reuniões a nível das duas Províncias. Entre os dias 22 e 25 deste mês realizaram-se reuniões dos dois Governos Provinciais e de equipas várias: Leigos/as, Formação, Pastoral das Escolas e Pastoral das Irmãs de Idade. A Reunião dos dois Governos teve sobretudo em vista a «partilha da vida-missão das Comunidades, com o objectivo de ir alargando o nosso conhecimento da realidade das duas Províncias e permitindo uma reflexão mais aprofundada», segundo a última Comunicação às Províncias. Realiza-se no

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fim-de-semana 30 Novembro a 1 de Dezembro, também em Fátima, a primeira Reunião de Coordenadoras das duas Províncias. Mais um passo no processo de reunificação, que a todas compromete!

Irmãs doentes: A Irmã Patrocínia Monteiro (Linhó) esteve hospitalizada bastante tempo, e já regressou a casa. A Irmã Maria de Jesus Lopes encontra-se em convalescença na Casa Paula. A Irmã Ludovina Ribeiro, de Montes Velhos, está igualmente na Casa Paula para ser operada. A Irmã Maurice (Figueira) caiu e deslocou a articulação do ombro; tem um tempinho para consolidar... A Irmã Maria Emília Leitão (Fátima) vai continuando a melhorar lentamente, fazendo o repouso necessário... A Irmã Azevedo (Linhó) foi operada a uma catarata. A Irmã Judite Mateus (Vila do Conde) foi operada aos canais lacrimais; é uma operação delicada, mas correu bem.

Moçambique: As Irmãs do Fomento foram assaltadas, durante a noite. Três jovens desconhecidos conseguiram, com «pés de cabra» arrombar algumas portas, e apareceram na zona dos quartos onde dormem a Alice Miranda e a Lourdes Lima da Costa. A presença de espírito das Irmãs evitou que a situação fosse mais complicada, mas, como é evidente, ficaram muito abaladas!

Bodas de Prata da Irmã Claudina Assunção: A Irmã Claudina celebrou os 25 Anos de Profissão Perpétua como Carmelita. Está agora no Carmelo da Guarda. Participaram na celebração 6 Irmãs Doroteias (a irmã dela, Alice, Irmãs de V ilar, de Pinhel e de Viseu). Diz-nos a Irmã Furtado Martins (que foi Mestra de Noviças da Claudina) que foi uma festa muito bonita, íntima, acolhedora, tudo sintetizado na estampa que ofereceu: Só mora neste monte a honra e a glória de Deus. A Eucaristia foi presidida pelo Senhor Bispo e concelebrada por 6 padres. As Irmãs estiveram um bocadinho com a Irmã Claudina no locutório. Cantaram-lhe os parabéns com a música «de alegria é a nossa voz...» A Irmã Claudina ficou muito feliz de ver as «suas» Doroteias. A Comunidade de Vilar ofereceu-lhe um belo presente, que deixou felizes todas as Irmãs Carmelitas: um Dicionário de Mística!

A Irmã Therezinha Lima, brasileira, Directora da FAFIRE (Faculdade Frassinetti do Recife), esteve uns dias na Casa Provincial, Lisboa. Veio participar na Conferência Internacional da Federação Internacional das Universidades Católicas (FIUC) que se realizou de 14 a 17 de Novembro, na Universidade Catól ica, com o tema “A Universidade Católica: desafios de ontem e de hoje. Construir o futuro”. Este encontro ocorre no contexto celebrativo dos 40 anos da UCP em Portugal.

A Irmã Maria Angélica Silva, que, como foi já comunicado, tem estado em Moçambique (Fomento) a acompanhar um irmão doente, regressa a Angola a 12 de Dezembro.

Editado pela CNIS (Conferência Nacional das Instituições de Solidariedade), acaba de sair o livro Caracterização Social, Económica e Cultural Das Freguesias - Um mapa social para transformar o país, resultado de um aturado estudo «concebido para fazer um aprofundado levantamento do Portugal Social. A investigação foi levado a cabo pela SEIVA - Associação ao Serviço da Vida, da Figueira da Foz, a pedido da UIPSS (União das Instituições de Solidariedade Social)..... ». A Maria Isabel Monteiro foi a alma deste trabalho, que agora está à disposição das IPSS, e não só...

A Quinta do Sardão recebeu um grupo de Antigas Professoras do liceu Rainha Santa (Porto): um magusto e, sobretudo, o encontro amigo, fortalecido pelas condições tão boas do Sardão!

No Externato da Paz decorreram dias de reflexão, para os alunos do 4º ao 9º anos, orientados pela Equipa de Pastoral.

Atenção ao Site da Congregação, que vai tendo novidades...

Há um novo Site em Itália (Arcore): http://www.ist-santadorotea.it/

Bodas de Ouro - A terminar o ano, celebram as Bodas de Ouro as Irmãs Maria Odete Gonçalves Santos (Calvanas) e Beatriz Bacalhau (Linhó).

Faleceu a Irmã Júlia Cardoso, na noite de 28 de Novembro, na Casa Paula Frassinetti, em Lisboa. Foi uma doença muito prolongada, mas manteve-se serena e lúcida até ao fim.

Faleceram familiares de Irmãs nossas: um irmão da Irmã Esperança Costa Simões e uma cunhada da Irmã Gracinda Henriques (ambas Sardão).

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Faleceu também o Padre Manuel Fonte, com 60 anos. Muito querido por todos, estava também ligado às Irmãs da Póvoa de Varzim, que marcaram presença neste momento. Foi durante anos Assistente Nacional do Escutismo.

«SALVOS PELA ESPERANÇA», nova encíclica do Papa - A nova encíclica de Bento XVI será assinada em 30 de Novembro, e publicada nesse

mesmo dia em vários idiomas: latim, espanhol, italiano, francês, inglês, português, polaco e alemão. A esperança é um tema importante

no magistério de Bento XVI. Na homilia que pronunciou em Nápoles em 21 de Outubro, antes de inaugurar o encontro mundial de

líderes religiosos pela paz pronunciou esta palavra em onze ocasiões.

Ao entregar o anel Cardinalício, símbolo da união dos cardeais com o Papa, a cada um dos 23 novos cardeais, Bento XVI disse-lhes que o

anel é «convite a recordar de qual Rei são servidores, sobre qual trono Ele foi levantado e como foi fiel até o fim para vencer o pecado e a

morte com a força da divina misericórdia».

Portuguesa nomeada consultora no Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso - Teresa de Jesus Osório Dias Gonçalves foi

nomeada por Bento XVI como consultora do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, organismo da Cúria Romana que "regula

as relações com os membros e os grupos das religiões que não são compreendidas sob o nome cristão, e também com aqueles que de

algum modo possuem o sentido religioso".

Diálogo entre católicos e ortodoxos, «um primeiro passo importante» - «Um primeiro passo importante». Assim o padre Federico

Lombardi S.J., director da Sala de Informação da Santa Sé, definiu o documento de especialistas católicos e ortodoxos que reconhece o

Papa como o «primeiro» entre os patriarcas, mas no qual é pedido que se estude e compreenda melhor as suas funções.

Diálogo com o Islão apresenta "sinais encorajadores": A Santa Sé recebeu uma carta de 138 intelectuais do mundo muçulmano apelando

ao diálogo e à visita ao Vaticano do Rei da Arábia Saudita.

Um site para o intercâmbio cultural - Nasceu neste mês de Novembro o site do Conselho de Cultura do Instituto Teresiano (IT),

http://itcultura.net, concebido como espaço de intercâmbio intelectual sobre questões-chave.

Liga de futebol italiana convida Vaticano para Comissão de Ética - O presidente da Liga italiana de futebol, Antonio Matarrese, anunciou

a criação de uma comissão ética de consulta sobre o mundo do futebol e convidou o Vaticano a participar. Antonio Matarrese afirmou ter

criado com o Cardeal Bertone “uma sincera sintonia” e considera muito oportuno “receber sábios conselhos para sair dessa fase crítica

que atravessa o futebol italiano”.

Presentes Solidários 2007 - A Fundação Evangelização e Culturas (FEC) repete em 2007 a campanha de Natal Presentes Solidários que

tem como objectivo contribuir para o desenvolvimento dos países de expressão portuguesa. São presentes destinados às comunidades

mais carenciadas e que visam melhorar a sua qualidade de vida. Existem 7 presentes diferentes, e o comprador escolhe um ou mais de

cada um deles e oferece em nome de um amigo, familiar ou colega de trabalho – quem dá, dá a duplicar: ao seu amigo e à família do

país em causa. Em 2006, 1400 famílias receberam um presente que lhes mudou a vida. Como encomendar? - Basta ir ao site

www.fecongd.net até ao dia 10 de Dezembro. Lá, escolhe os Presentes que quer oferecer e faz a sua encomenda. Receberá então uma

referência Multibanco com a qual poderá efectuar a sua compra em qualquer caixa Multibanco. Dias mais tarde irá receber em casa um

certificado em formato de postal para oferecer ao amigo em nome de quem comprou o presente.

Venerável JOSÉ FRASSINETTI Irmã Casimira Marques

O irmão mais velho de Santa Paula nasceu no dia 15 de Dezembro de 1804 e foi baptizado no dia 16. Para assinalar a data, publicou o Padre Manfredo Falasca, da Congregação dos Filhos de Santa Maria

Imaculada, que ele fundou, e postulador do processo de canonização, uma biografia muito completa, rica em citações dos escritos do Venerável e cheia de preciosas notas sobre documentos investigados, com duas edições:

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“Vita del Venerabile GIUSEPPE FRASSINETTI”, mais resumida, em 2004 e “Storia di un Parroco IL VENERABILE GIUSEPPE FRASSINETTI” em 2006, com 840 páginas.

Diz o autor: “É um estudo crítico, feito sobre documentos dos quais cito não só a fonte mas também a página, evitando o que muitas vezes acontece ao escrever-se a vida de um santo: apresentar alguém que faz parte de um coro como se fosse um solista prestigioso, anulando o efeito eucaristia, em virtude do qual, porque alimentados de um só Pão, muitos se tornam um em Cristo, conservando cada um a sua própria individualidade. Cada santo deu, é certo; e muito, é certo; mas não sem ter, por sua vez, recebido muito. A minha publicação não é um panegírico, mas um estudo”.

São tantas e tão bem escolhidas as transcrições dos livros e dos manuscritos inéditos a propósito de cada tema, que mais parece uma autobiografia.

O Padre Frassinetti é situado no contexto do seu tempo e numa família cristã.

O Padre Manfredo não faz apenas a história do seu Fundador, mas da Família Frassinetti e do tempo em que viveu. E gosta de dizer que apresenta a Família Frassinetti como efeito eucaristia, ou seja, muitos que são apenas um em virtude do pão que os alimenta. Não é só José que é um exemplo para os párocos, nem só Paula para as Irmãs, mas todo o conjunto da família é um exemplo de família cristã, verdadeira Igreja doméstica. Cada um recebe de todos e dá a todos, a imagem do corpo e da harmonia entre os seus membros que encantava S. Paulo.

Fala de Santa Paula, na primeira parte, como um modelo a apresentar às jovens, qualquer que seja a

escolha de vida que hão-de fazer, mostrando-lhes uma jovem sedenta de divino e de fazer seu alimento quotidiano quanto vem a conhecer de Deus.

Nesta obra, o Padre Manfredo acerta números e datas de família que nós, sem querer, temos repetido com alguma imprecisão e agora podemos corrigir:

A Senhora Ângela Viale teve onze filhos, em quinze anos de casada: 1º Paolo Giuseppe, 15.12.1804-2.1.1868; 2º Francesco, 22.10.1806-5.4.1885; 3º M. Anna, 28.9.1807-23.7.1808; 4º Paula Maria, 3.3.1809-11.6.1882; 5º Anna M. Angelicchia, 2.3.1810-15.3.1810 em Recco onde estava numa ama de leite; 6º GB Camilo, 24.3.1811-morto de sete meses em Recco, onde estava numa ama de leite; 7º Giovanni M., 7.4.1812-8.7.1897; 8º Giacomo M [Raffaele], 24.10.1813-26.1.1891; 9º Anna M., 28.10.1815-31.10.1815?; 10º Bartolomeo, 23.10.1817-19.7.1819 (no registo paroquial a data do nascimento é 2.9.1817); 11º Emmanuello Camillo, 31.12.1818-4.1.1819 (no registo paroquial a data do nascimento é 21.12.1818)

A Mãe de Santa Paula faleceu no dia da Epifania de 1819, naturalmente devido a complicações do último parto.

Deixou seis órfãos, já que o penúltimo filho faleceu apenas em Julho desse ano.

A Tia Anna faleceu com 41 anos, em 15 de Abril de 1826. Portanto já Santa Paula tinha 17 anos quando ficou à frente da casa.

Além disso, na casa dos Frassinetti houve sempre uma empregada a tempo inteiro desde 1812, segundo consta dos registos comunais (nome de cada agregado familiar, incluindo serviçais): Geronima Costaguta, depois Teresa Malatesta e finalmente Tomasina Malatesta que Santa Paula saúda na primeira das cartas que se conservam, dirigida ao seu irmão João que certamente ficara em casa.

D. José Frassinetti faleceu a 2 de Janeiro de 1868, vai fazer 140 anos. O seu túmulo encontra-se na

Capela da Casa dos Filhos de Santa Maria Imaculada, via Iacopo Ruffini, em Génova.

Em Roma, na Casa Geral deste Instituto, via del Mascherone, perto de Santo Onofrio, guarda-se o Arquivo Frassinetiano, com as obras editadas e inéditas: os seus livros, e milhares de páginas manuscritas em cerca de vinte volumes, recentemente encadernados, que tive o gosto de folhear com a Tuxa, no mês de Setembro, quando fomos ao encontro anual das Mães de Paula.

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Propostas para um Natal

consciente e responsável

Consumo equilibrado: Não se trata de ser ‘somíticos’ nem de deixar de celebrar o Natal como ele merece, mas de nos perguntarmos com sinceridade: De quanto

necessitamos para celebrar o Natal? Até quanto queremos gastar?...

Solidariedade: ... e até quanto queremos partilhar com os que não têm? Que

proporção queremos que haja entre o que vamos gastar connosco (em presentes a familiares e amigos) e o que vamos dar aos pobres?

Comércio Justo: Não só na ceia de Natal, mas que este tempo seja ocasião de descobrir os produtos do Comércio Justo… e de ganhar distância para reflectir sobre

o que não é comércio justo.

Presentes: que tenham algo de nós, que ponhamos “valor acrescentado” de

tempo, carinho, fabrico caseiro; que expressem algo de nós próprios ou do que

realmente queremos desejar a quem os oferecemos. E quanto às crianças, não os ‘atafulhemos’ de presentes!

Decoração da casa: realizada exclusivamente com motivos religiosos: o mistério do presépio, Belém, a estrela, os magos do Oriente… essas são as marcas de

identidade do nosso Natal!

Televisão: Em vez de aumentar, neste Natal, o tempo que lhe dedicamos, não

descobriremos maneiras alternativas de passar o tempo em família? E se decidíssemos um “meio-apagão” neste tempo de Natal?

Cartões de Boas-Festas: Que comunicamos com os nossos cartões de Boas Festas e os nossos telefonemas? E se além de desejarmos “feliz Natal” nos

atrevêssemos a dizer essa palavra sincera que há tanto tempo espera ser dita? É Natal, oferece sinceridade! Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar

testemunho da Verdade (Jo 18, 37).

Aproximar os que estão distantes: Perante o “Vem a casa pelo Natal!”,

podemos fazer alguma coisa para que os que passam o Natal sozinhos tenham

companhia? Talvez um lugar a mais para um amigo na nossa mesa, talvez ajudá-los a ir passar esses dias com os seus…

Gestos proféticos: Se nos desagrada a maneira como “o mundo” celebra o Natal, façamo-lo saber! Que se ouça a nossa voz de crentes católicos no meio de uma

sociedade cega e surda! Ainda que não publiquem as nossas cartas, não deixemos de escrever aos meios de comunicação.

Consciência de Deus: Não nos esqueçamos do que estamos a celebrar! Não nos esqueçamos de dedicar a Deus, neste Natal, tempos extra de oração pessoal ou em

família! Que, como Maria, guardemos em silêncio todas estas coisas no coração, ao mesmo tempo que proclamamos em voz alta as maravilhas que Ele fez por nós!

http://www.marianistas.org/justiciaypaz/Adviento-Navidad/Adviento-Navidad.php