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CAPITAL.
B.**reç»!ü ttdlSaní.aicBwss ÉPor um anno..Por seis mezes.
12$ 0006?p000
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INTERIOR.
Por um anno.Por seis mezes
16$i0008$>00G
CONTINUAÇÃO DA SESSÃO DE 2-i DE MARÇO.
O Sr. Manoel Eufrazio:— Sr. presidento, seeu prestasse ao governo um apoio lodo oflicioso,cheio do receios rio dcsgoslol-o, do incorrer no•seu desagrado, por certo quo ver-me-l.ia em lor»tu ras na presente discussão,
Os nobres deputados, os Srs. Ribas o Mondou-ca quo encetaram o debato, chamaram o projecloom discussão para o terreno da confiança no go-verno, isto é, quo, como prestam confiança ao
governo da provincia, oppuhham-so ao projeclopor quo o julgam como quo censurando a admi-nislraçáo polo não cumprimento rio vários artigosde leis a respeito desta matéria,
Eu que presto também apoio"ao governo, mas
quo lonho do votar pelo projecto, se riésso esso
apoio ollicioso, como já disso, ver-me-hia em lor-luras ; mas felizmente o apoio que dou não cdesta ordem; lambem não julgo muilo conve-uieíite quo eu no empenho do defendei1 o gover-no, sendo seu amigo, procuro trazcl-o á casa om
questões insignificantes; principalmente traiam-do-se do um projecto assignado pelo Sr. QueirozTelles, pessoa do caracter verdadeiramente pau-lista; se tivesse do fazer opposição ao governo,já o teria declarado muito francamente : polocontrario presto-lho franco e decidido apoio.
' E' verdiirio que o projecto também eslá assig-
nado polo Sr. Gumblclon quo se declara em op-
posição ao governo, mas a casa tem presenciadoque esso illustre deputado lia despido Iodas asvestes rio opposicionisla, o mesmo ha pouco aca-
ha rie chamar o governo om apoio rio projecto.O Valladão:— Yai-so arrependendo..O Sr. Segurado:—Estamos .cm Quaresma.OSr M. EufuÀziq:—Assim, devendo respoi-
lar as intenções, pois quo todos os membros des-
ta casa lom a verdadeira coragem para, quandotiverem do fazer opposição ao governo, o dccla-
raiem francamente, como já o fizeram dousillus-tres deputados, não encararei jamais como oppo-
sicionista a nenhum que não lenba ícilò essa do-chiração, e, defensor rio governo, julgo conve-
mento trazer somente o seu nome á casa quandofôr agredido. . .
O Sr. CoRRÈa:—E'o.poder moderador.O Sr. M. Eufrazio. .. Enlão cumpro aos ami-
gos do governo defcndel-o, mas quando nao foi
agredido, quando os nobres deputados declaram
que não tiveram em vista censurar o governo,
paru que trazer o projecto ao terreno rie coníian-. ça ou não confiança?: () combatam quanto aos
seus fins, quanto aos seus principies, mas não le-vem a questão para esso campo ; não so apadri-nliein com o nome rio governo ; do governo, Sr.
presidente, quo em sou relatório faz sentir a ne-
eessidaiJo di; legislarmos sobro o objeclo rio pro-
jecto : não coiiiprchendo esta fôrma de governis-Ia: acho-a muito singular 1 !
O governo pede medidas a respeilo das edu-
caudas rio seminário do Acú, o projecto tem
esse (im, seus autores não fizeram a .menor coosu-ia ao governo, antes declaram, que em satisfaçãoao appollo delle, o apresentam ; como so diz
quero censura ao governo? o serve do base para
proleslaçõrs rie fó 11 1Agora, o projecto parece destinado, segundo
declarou um rie seus nobres autores, a ser assas-
sitiado nesta casa, a não passar ; o então esto no-
bro deputado, que o o Sr. Queiroz Telles, servio-se desta proposição—quo o projecto peccava o lia-via de cahir por tor sido oííerecido por deputadosresidentes fora da capital.— Noo sei alé aonde vai
o alcance desta proposição. Na verriado fico em
duvida sobre a sorte quo tem tido alguns projectosolíoiocidns nesla casa por membros quo.não tema ventura rie morar oa capital ; mas não mocumpro su.oto.ntar nem negar esla proposição, a
província a apreciará como lorde razão.¦Julgo este projeclo imperfeito ; mas lambem o
considero nas condições do poder receber molho-rameh.tos há 2a discussão : os mesmos nobresdeputados que o impugnaram reconhecem a con-veniencia rie so melhorar, a sorte rias educanrias,o assim osperando-se pela 2" discussão se farão ascorrreções (leque o projecto fôr susceptível'.
Neste proposilo. Sr. presidente, voto pelo pro-jecto, o considero o governo inteiramente lóradesta discussão : o objeclo não ç matéria do con-fiança e nem do censura.
O Sr. Corrêa1.—Apoiado,O Sr. M. Eufrazio1.—Não aceito aclo algum
como de consura ao governo, se esta censura nao
íóicununcíada com franqueza, franqueza quojatem apresentado na casa os nobres deputados os
Srs. Barata e Uicardo : nãoadniitlo quoje^jinjp-sentem medidas com o fim rio censurar-se ao governo chamanrio-se em apoio delia o mesmo go-verno.
Deixei rie tomar apontamentos, o por isso não
posso acompanhai' a discussão conforme ellu foiconduzida; mas direi que se morrer o projeclodevem os seus illusl.es autores ler a esperança do
quo um outro apparecerá tocando inteiramente o
gráo de perfeição quo é para desejar pois que. aidéa já foi julgaria ulil o necessária pelos impu-
gnariores rio projeclo ; lalvoz só se queira difle-rença rie nomes na assignatura, a ser bxac.la a
proposição rio Sr. Queiroz Telles, que sondo pro-jecto, não apadrinhado, oscriplo o assignado pe-tos Srs. deputados residentes na capital., vai abai-xo ! Também causou-me viva sensação, outra
proposição do mesmo Sr. depnlado em um apiir-te ; a seguinte— Que o nobre deputado p S.r. Dr.Diogo fazia o que podia contra o governo !—Istoó sério, Sr. prcsidenle, o Sr. Queiioz Tellef, écaulelloso em suas proposições, e o Sr. \)r. üio-
go defendo o governo. ! Os negócios yáo-so em-ma ra.ii liando consideravelmente. Os li abi lii.nl esdo Interior precisam rie muita caulella para Irai.-silarem nesla capital ; as calçadas são. . . . Tenhoconcluído.
O Sr. Ricardo: — A casa está faligiula e dose-
josa rio votar. Não pedi a palavra para responderaos nobres deputados que tem combalido o pro-jecto por quanto já desenvolvi os argumentos queentendi dever apresentai1 em seu abono, pedi-asomente-para fazer uma simples declaração, o o
que durante a minha ausência ria sala, quando onobre deputado eslava orando, apresentando ello
proposições a meu respeilo, tirando illaçoos rioIa cio rie ler assignado esle projecto relativamenteá posição em que me acho quanto á administra-
ção da provincia, declaro alim do quo o publicosaiba que so não. apparecou algum aparte meurepellinrio essas proposições rio nobre dep.uladofoi por que aebava-mo fora ria sala, aliás teiianaquella mesma oceasião respondido a laes pro-posições.
Não havendo mais quem peça a palavra, o
piocedeudo-se á votação é regeiladu o projeclo.
.ORÇAMENTO MUNICIPAL.
Entra em 3" discussão o projecto relativo aesla maleria.
OSr. M. Eufrazio:—Sr. presidento, a com-missão a quo tenho a boina de peitencer e queapresentou csle orçamento, tendo de o formular,o nao havendo recebido alé então o orçamentoria câmara municipal ria cidade do Bananal, parao anno do 1856i foi obrigaria a regular-se peloorçamento rio anuo anterior; mas-agora aiipiirecoo orçamento desla câmara para o anuo de I8ÜGdifferíndó alguma cousa daquelle quo servio de
base á commissão, o como estornos na 3a discus-são a commissão o oílerece como emenda, vislo
que o adapta.Eij-so esla emenda da commissão, e lambem
uma do Sr. Ribas as quaes sendo apoiadas en-
Iram conjunclanieotc em discussão.O Sr. Uiius:—Pedi a palavra para mandar
á mesa uma emenda a respeilo da applicação da
metade, do imposto quo pela lei n. 13 do 17 de
julho de 1852 se mandou fazer ás obras da ma-'triz
de íguápe. Proponho que conliniie a dispo-
sicão deste artigo da lei do orçamento municipal,
o cooseguiolcniento quo a melado desto imposto
continue a ser applicado ás obras ria dila nialiiz.
Não farei observações acerca desta maleria por
que estou ce.to quo a emenda que vou upresen-
lar não terá de soffrer objecçâó alguma na casa
vislo ser de reconhecida justiça...U-so esta emenda do Sr, Ribas, o sendo
apoiaria enlra lambem em discussão,
O Sr. O. Telles:—Quanto eslá marcado no
orçamento da câmara municipal pata ordenado
do fiscal (Ia capital.O Sr. Presidente: -A câmara propoz o orue-
nadoriellÒOpOÒrs. devendo este empregado
pagar a um ajudante. H^^/P^S^discussão uma emenda reduzindo-a W0®00<j
i>-., o agora ha esla elevando a 6Ü0$ÜUU rs. l
a informação que posso dar.
O Sr M. Eufrazio:- Sr. presidente, como
membro da commissão do orçamento;de câmaras,
livo em vista com os meus nob..os col legas sat.sla-
zer o podido pelas mesmas." Ka sessão passada assisti ao ri.ri.ato que nesla
icoita de que já vem dodpnge esta imposição.
O nobre depiiíaW-tfho offereccu uma emendasuppressiva atacou a matéria pelo lado da in-conslilucionalidíirie. Mas, Sr. prcsidenle, a com-missão meditou e bastante a esle respeito, em vis-ta da discussão que, como já disse, o anno passa-do levo legai ; o nessa meditação, Sr. prcsidenle,pé/ou sempre muilo sobre o animo da com missãoas deliberações anteriores, o tor-acasa reconho-cido por muitas vezes que esla imposição não erainconstitucional.
O Sr. S. da Morr.v:—O imposto tem thltisannos.
O Sr. Ferreira :— Creio que lem mais dedous annos.
O Sr. S. da Motta; —li cu creio quo não lemmais de dous annos ; seria proposta ha tres.
O Sr. M. Eufrazio:—Assim lendo esla impo-siçao passado já por vozos ria casa deve o governogeial estarão facto delia, o. tendo ella continua-rio eir sua força já vô V. Ex. que por certo estasconsiderações—o animo lão pronunciado ria ca si.o a Bcquiesconda rio governo geral deviam influirsobre a commissão quando teve de meditor a ros-peito da constilnciòniilidade desla imposição.
Ainda, Sr. presidente, laborou a cominissãoem outia dilíiciildude. So formosa entender ies-triclamente as nossas dltribuiçõcs, isto Ó, que nãopodemos impor sobro objectos de importação le-ia a casa de reformar muitas de suas rie suas dc-liberações...
O Sr. Ferreira:—Apoiado.O Sr. Mi Eufrazio. .. porquo existem diynrsas
imposições sobre objeclos rie iinpoi loçãoO Sr. E. da Fonseca.:—Reforiíie-sc.O Si. M. Eufrazio:—Diz o iiobiò deputado
—reforme so.—Eu lambem assim penso desde
que ha 'mconslilucionaliih.de
; mus faça-se umareforma quo não leve o caracter individual, quenão lha unicamente o municipio de Sanlos, queseja geral.
O Sr. E. da Fonseca : — Vamos reformandotodas quo forem appalecondo.
O Sr. M. Eufrazio :— Existo; Sr. presidente,igual imposição sobre os armazéns, que vendemsal ua cidade de Campinas, e esse sal de Gnn.pi-nas eslá claro que ó objoclo importado.
O Sr. S. da Motta: E' cousa diversa.OSr. Q. Telles:—E' sobro casas
casa houve a respeito do imposição rie 10 is o-
bre o sal na cidade do Santos. Então, Si, pre-
sidente, fallou-se o longamente sobre a n.ale.ia
fotanto quo a casa não julgou concludenl .
pira que ella coftlinuasso. Assim esla a casa
n e
gocioO Sr. i\l. liüFlUZio:—llecoido-me, Sr. presi-
dente, quo nessa discussão, do anno passado ale
procur-OU-so restringir esla imposição, rriim de
que ella cahisse somente sobro as casas de nego-
cio por atacado , alguns nobres deputados disse-
ram quo o sal vendido a miúdo não devia pagarimposto; por quanto eslo hia affeclár a pobiezn,
qne ó quem compra om pequeninas porções.Oulros nobies deputados julgaram pelo contra-
rio, que a imposição devia sor tanlo sobre o sal
vendido a miúdo como sobre o que ó vendido poraturado, alim de não haver distineção nesta im-
posição. Enlão, Sr. presidente, teve a casa de
presenciar que foi bellau-ionle demonstrado que
grande parte ou a maior parto do sal vendido em
Campinas'seguia paia a Franca e oulrns povoa-
ções o ale* para outras provincias,• OSr. E. da Fonseca:— Mas em Campinas o
imposto é sobre as casas.O Si. M. Eltuazio: —Perdoe-me o nobre do-
pulado; o imposta lançado Subroas casas oíFec-
Ia necessariamente o sal.() Sr. S. da Motta:—Tor essa regra não se
poderia impor sobre non hu incensa de negocio.
O Sr. iM. liüFUAZio:—Estou umslrando. ..
O Sr. S. da Motta:—O que se segue ó que o
01'íiiimenlo rio nobre deputado não vem ao caso.
0 Sr. E. ua Fonseca:—-Não prova nada.
OSr. S. da Motta:—O imposto dc Cumpi-
nas é legilimo, e este não-ó.()Sr. M. FufrAzio:— Mas, riigr-mo o no-
bre deputado, mudando-se a natureza ria i.mpnsj-
cão, isloó, irnponrio-se sobre os negociantes rio
Santos que venderem sal, não rocahe esla impo-
sição sobro o sal . .O Sr. E. da Fonseca: — Porquo a câmara nao
quer fazer isso ?O Sr. M. Eufrazio:—Dopois, senhores, quaes
as vantagens que resultaiao ao povo (pois qne a
revogação rios impostos riove ser sempre em at-
lonçao'á sua coinmodiriade) da revogação desse
imposto de 10 rs. sobre cada um alqueire rie sal ?
Elle não vai affufitar rio fôrma alguma o preço ;
csle não será riiirnnuirio ; so o sal so vendo actual
menlc a 1&G00 rs., a l^GOO rs. ha de co.n-l.r-
nuor a ser vendida.
O Sr. E, da Fü^sECA:—Quem paga as 10 rs. ?
O St. M. Eufrazio:-E'quem vendo o sal.
O Sr, 5. da Motta.1—Quem vetule1?
OSr, M. Eufrazio.-—Deixe-me concluir, es-tou respondendo ao pó da loira ao nobre deputa-do ; a sua pergunta exigia esta resposta. Agora,Sr. presidente, ó tão sabido quo o imposto caho
sobro o consumidor !O Sr. E. da Fonseca:—Esle imposto serve rio
pretexto para o sal subir rio preço.O Sr. M. Eufrazio:— Mas ha do concordar
que, tiranrio-so eslo im posto í o sal ha rie con ti-
nuor no mesmo preço. (O Sr. E. da Fonseca.1—Por força ha rio haver
(lillerença.O Sr. S. da Motta:.—Q'mm paga menos di-
reitos não ha de poder vendo.1 mais barato VO Sr. M.Eufrazio:—Em geral assim c\ mas
não a respoílo rie um imposto láo iusignilicanlocomo esle.
OSr. E. da Fonseca:—Avalia em contos riereis.
O Sr. M. Eufrazio:—O mais que podo dar o*1 :'60Ò© reis.
OSr. A. nos Santos:—Lá para cima vai acon linha.
O Sr. S. da Motta : ~ Os 10 'rs avaliammuito.
O Sr. M. Eufrazio:—Senhores, a ser esle im-
posta inconstitucional; enlão o nobre deputariadevia procurar fazer com que cessasse desde jáessa incoiislil.K ionaliriade.
OSr. Corrêa:—Foi para isso que elle mau-
dou a emenda.O Sr. M. EuF«A2lo:--Eslü orçamento ó para
começar a ler vig»í rio |u rio janeiro de l8oü em
diante, o isto imposto tem rie continuai' a ser co-
brado om virlurie riu orçomonlo vigente, alo o
lilli rio conento anno.OSr. S da Moita:—Tive em vista que estão
fazendo algumas obras.O Sr. !\l. Eltuazio:—Mas se o imposto ó io-
constitucional, não devemos consentir que conli-mio nem por mais um dia.
O Sr. S. n.v Motta:—Sim, senhor, só quer,faço um iiddiliitnonlo nesse sentido.
OSr. M. FuiT«.\zio:-Se o inconstitucional.deve ser revogado desde já.
O Sr. S. da Motta:—Ponha o nobre deputa-do —desde já.
O Sr. M. Eufrazio:— Bem sabe que nao reco-
nheço como o nobre deputada essa iiico.íslitucio-t.aliilade.
O Sr. S. da Motta-.—Não reconhece?O Sr, M. Eufrazio:—Pela razão de que esla
casa tem julgado o contrario, o o poder compe-lente consentido.
O Sr. S. da Motta:—-Nâoó prova.O Sr. M. Eufrazio:— Esles orçamentos tem
chegado ao conhecimeoto rios governos geral o
provincicl, parece-me mesmo quo as leis provin-ciaes são remeltidas ao seoario, o mais do unia
vez lemos visto serem ali revogadas como incons-
litncionaes outras leis sem que esta o tenha sido,
o que ó rie presumir não aconteceria se cila fosso
inconstitucional.O Sr. S. da Motta:—Uma lei opposta á cons-
titüiçãd não ó inconsliliicionol !OSr M.Euerazio:—Mas enlão o nobre rie-
pulado hade pcrinillir que o provoque paia quoapresente iini.i emenda revogando este impostodesde já, alim rie qua não continue a peznr sob.ruo povo esta inconstiliicionaliriailc
O Sr. S. da Motta:—Augmeote o—desde já,
quo en voto ; não precisa provoc.ar-nie para isso.
O Sr. M. Eufrazio:—O nobro deputado bem
vèoeffelto que tem dc produzir uma disposiçãoincompleta a icspeilo deslo negocio : é (Io certo
incobercnle estiibélecer a casa que rie bSõíj em
diante não se cobre imposto por ser inconsti-liicional.,
O Sr. S. da MoTTAi-Ponlia o —desde já.O Sr. M. Eufrazio. .. enlretaiitii que a casa
(em pleno conhecimento de que ató 31 de dezem-
bro rio coirente aooo vigora.OSr. S. da Motta:—Vigora ?
O Sr. M. EuviiAzia:—Sim, senhor.O Sr. S. n.v jVIott.v:—Ponha o—desde já.OSr. M. KuFRAzio:—Mas se eslou riemons-
Iranrio que não lenho essa convicção láo pro-
funda como o nobre depnlado. . . '.
OSr. S. da Motta:—So não tem essa con-
vicção para (pie está insistindo ?
O Sr. V.. '• uruAzio:—Não tenho essa con-
vicção tão profunda ria inconstitucionaliriade do
imposto.. •
O Sr. A. no:. Santos:—O relógio ha de pe-dir a palavra.
OSr. M. Eufrazio.. .o nobre deputado é
(pie eslá profundamente convencido disso, e,
como a casa coniprehende, possuo iodas as qua-lidados, recursos abundantes para nos apreseu-
. .„.. ... . • .¦¦-v.-r;.::7~T':'T*""i.''.
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W.U0»rdld.q« »lW*i. ibconUiu.oiM». OepnLs d. &.«* co»p.r««~ os Sr.,- E. ^^^^"«"ax^0'
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lidado que ia! ser prejudicial a esses po- elo Fonseca, Veiga Cabral, nlello, Ferreira, S. elle-
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VOS.O Sr. SEGcnADo:-lintão deve haver uma in-
demnisação do que se tem cobrado... não se-ria melhor , , .
O Sr. M. Eüfrazio:—O nobre deputado é le-
gislador, (está no coso de apresentar essaidéa. •
O Sr, Segurado:—li« «illtUl ll"° tllfthie (Pialera a minha opinião.
O Sr. M. liUFKAZio:-Nào revogar o impôs-to- desde já e sim dc 1856 em dionto o lazercutrar em duvida a sua conslitucionalidade, é
da Motta e B. ela CunhaAberto a sessão lê-se e approva-se a acta
antecedente.O Sr. Io secretario menciona o seguinte
EXPEDIENTE;OFFICIOS,
Sete elo secretario do governo :O .1" coiniiuinicãndo ocharein-j>e sàn.cciona-
dos os decretos epie liso a forço policial, e o
que creou uma escola de primeiras leltras parato -nexo masculino em Tremembé.— lutei-roda.
yt()111 ii ni pouco apaixonauo, e a extremaI / OS}^}}^^2lJ^^y - . •• „¦„,,./[ (ibilidode com que o honrado membro a
dr, ?STTeB^^ Sriibénto entrou nesla discussão,/mero ele rasões, sendo a prnueiia por nao içn i
,' lM.(lcfiio p0I.(me ,',fio gosloolvora : avista desta primeira rasao **úm*r- "iVlé^cnfib
èin discussões calmas o .' o saber das outras. — h ornes- «•-* tti despozn
animar á àquelles oue pensam que o imposto é j ür participando ter mondado publicar.duasI ¦.¦•-¦*¦ ¦• •_ J..,,].. ,, 0„iilí> .1 I1H1Í'
inconstitucional.O Sr. S. da Motta:—Offereça o-desde já.O Sr. M Eüfrazio:—Como ollerccer se a i-
dea não é minha ? Eu ufio penso como o nobredeputado.
OSr. S. da Motta:—Então não deve que-rer o — desde já. ,
O Sr. M EuFRAtio:—Sou muilo afecrado 6«onstituição, Sr. presidente; vejo que o nosso
paiz só pode ser feliz sondo ella executada emtodos os seus pontos, e jamais quererei, lendoconvicção de que uma porte da província quetenho u honra de representar, soffre um im-
posto.. .O Sr. S. da Motta:-Aqui não se represei)-
ia parte da piovineia, não lia deputados dc Uu,Piudamotihongiiba, ele. representa-se a provin-
tua todo. . .O Sr. M. Kumzio.-Tolvr/. me exprimisse
mal; mas ainda estou convencido que dizendo—uma parte da provincia que tenho a honra dcrepresentar—retiri-me á provincia toda ; nemoutro podia ser a minha intenção.
O Sr. S. da Motta: —Foliam 2 minutos só,
I»basta, não precismo oue nos acontece. Examinemos
nformaçOes podidas a cei
Sr. eíeputado.poro dar a hora.OSr.M. Eüfrazio:—Sinto. Sr. presidente,
que já esleja a dor o hora,como acabo de obser-var o nobre depulodo. .. ¦ ,
O Sr. Hypolito:—Nãòparece V (risadas)OSr. M. Euriuziò...porquanto desejava
alongur-menesla discussão. ...,.„,, O Sr. A. dos S..KT08:—Não se pode levantar !{j{;< — luteiraclz
a sessão em quo do o nobre depu fido estiver fa-lando
OSr. Ú. EurttAíio:—Mas é que cu nao ele-ssejo abusar da attenção dos meus nobres col-legas, li de mais estão eiodas para a ordem dodia outras matérias, e cu desejava que se tra-lai.se dellas; é ¦lambem'este um motivo do meu
pesar por estar a hora adiantada.Eslá tombem sobre a meza, Sr. presidenlo,
orna emenda redusindd o ordenado do fiscalque pelo orçamento da cornara municidal deslacapilal fora arbitrado om 900&OIK) rs. Udn-lem passou uma emenda redusindo a Á0<]$0ü0,
resoluções ; uma concedendo a Bento Márioòele Barros faculdade para construir na motriz daLimeira quatro catacumbas, e outra concedendoá confraria de Nossa Senhora elo Boa Morte dePorlo-Feliz a faculdade para construir jazigo cmum dos cemitérios de sua cápèllav—lntei-roda.
O 3o remettendo n informação pedida a cer-ca da representação da câmara de Iguape,. quesolicita a quantia de a:00G#) rs. poro reparosda cadèa da dila cidade. —A' quem a pediu.
O 4o ministrando as informações pedidos acercado requerimenlo do professor de primei-ias lotlras ele Mogy-mirim Francisco José dosSantos e Oliveirii, pedindo pagamento dc suagratificação.— A' quem as pediu.
O 5" enviando asca do requerimento de Joaquim Gregorio deOliveira c Manoel Mendes Machado.—A' quemas pediu. .
O G" informando sobre o requerimento dovigário de Campo Largo de Çoritiba, cm quepede a quantia de lOtt/OSO rs., importância ele
guisamentos.— A' quom as pediu.O 7" dando informações sobre o requerimen-
to do professora ele primeiros lettras ele Guará-liuguetá, pedindo 20$ rs. de gratificação meu-sal para aluguel ela caso. —A quem as pediu.
Uni do Sr. deputodo Anlonio Tinto da SilvaValle participando não poder cnmpareccr nestasessão por continuar o seu mão eslado ele sau-
i.
RBPHivSENTAÇÃO
Das negociantes da freguezia da Mamhucaba,quoixandehse do péssimo eslodo da.estrada cha-máda—Cesaréa- e pedindo uma quota paroconcerto delia.—A' conimissõo de fazendo.
CRKACÃO DIÍ UM CORPO DE OPliBARIOS PARA
que acarreto este projeeto : aüO operário* ven-cendo por dia cada um delles l.ftUOO, que* o
mínimo do salário que podem ter, demandamuma despezo de 5DO&00O diariamente, sen.se fazei' menção elos ordenados do pessoal deslarepartição. .'., .
Q Sr. 13;da CuNHA:-Essa despeza ainda e
menor elo que o mínimo daquella que se. fazlogamento dessa gente quo trabalhahoje com o
nas estradas.O Sr. Riba&—Apoiado, ;O Sr Barata:—Carecemos ainda ver uma
cousa'; esle corpo de operários é permanente,tom de receber a suo diária durante o anuo m-
leiro. entretanto que os operários deixarão de
trabalhar pejo menos h mezes rio anno que é o
tempo da estação chuvosa, porque será perdidol(,do o trabalho, Iodos os concertos que se fize-
roiu nas estradas durante essa quadra. Ora
fazendo-se menção dos salários destes opera-rios ou ela quantia que é precisa diatiainentç
para o pagamento delles pelo lempo quo nao
podem trabalhar em rasão das chtras; e iam-
bem coividerando-se os domingos e dias santos,cm que se nõo trabalha, muito pouco faltaraliará oue esto despeza diária para cada operawoLÜo venha a importar em 2$l>00 cm relaçãoaos dias dc serviço; c accumiilando-se as des-
pé/asoue setem de fazer com o organismo «
materiaes desso corpo o dispeudio diano ha desubir de 2_iOÜÜ por coda operaria S^presi-dente sc ha a resolução de se dar 2$0ÜO perdia ou mais á cada um trabalhador, que se ciff-
pregar no serviço das estradas certamente não
precisamos deste corpo, temos do paiz muitao.-nle que trabalhei Tem-se dilo que ha faliatlefracos para a lavoura, c isto é reconhecido por
por ventura a assembléia entendo que mio linjjotrazer á provincia vantagem alguma. Mos- o
suscep.o tor 4ome ,fUí
de tomarflectidüs
principalmente tralondo-so de projecío <|eslünatureza, que realmente não são próprios [raroexcitarem' discussões de oulra ordem.
Ver-me-hei, Sr.presidente, obrigado a ocom.panbar as rasões apresentadas pelo honradomembro a iim de poder combatel-as.
Disse esse honrado membro que o projeetoimportava uma immensa despeza para os cofresda provincia, e pareceu-me quo foi esle o seupensamento:—que um projecío tal, onde uidusemelhante despeza se decreta, nõo deve serappròvado pela assembléa sem os estudos ne-cessarios das commissões.—Sr. presidenlo,. senós compararmos a despeza creada por estoprojoclo com aquellas que ordinariamente sedecretam nas leis do orçamento para este ramo
o serviço publico veremos que não ba motivoIguni para o extraordinário susto e pavor que
)üderar-se (Io honrado membro.S~'
uareceu aiTT1)a CiunííIT— Apoiado."
O S. Ribas:—Para demonstrar esta propoíi-ção que acabo de enunciar, vou lôr lia lei doorçamento vigente as quantias decretadas paruobras publicas e comporal-as com as decretadasno projoclo. lista lei no art. i/i da ao governoum credito dc 27/i contos de réis para as estra-das que tem renda própria, e no § 24 do art.1. ° ou 2,° concede lambem ao governo umcredito de 99 contos de réis para as obras pu-bliças em geral, e conseguiutemente para ases-irados que não lem renda própria: sommando-sc estas duas parcellas dá a quantia elo 373contos ele reis.
OSr. Ricaudo:—li gastaríio-BC todos es.es99 coutos de reis?
O Sr. Puras:—Não é csla a questão, e simque pela lei do orçamento vigente a assembléaconferiu ao governo um credito 373 contos.
,,:,,. - pois bem. eu sou um pequenino lavra- Ora o meu projeeto esta mu, o longe ele ,_.
do! mn<£ Í>ou--r quem ni«'qWr> K»r ÍÍ6-]p«.K UI!V llM',0Sa _?." " "^ Cre"""'
rs. por dia por coda escravo meu para se em
agora aprcseula-se csla porá que seja de 6011$O Sr. Q. Tkli.es:—li' 'Jo mesmo autor da de
honlem.
OBRAS PUBLICAS DA PROVÍNCIA;
Este projecío entra em 2J discussão.O Sr. Bauata:—Penso que está em discussão
o artigo i" e scus.parograplms.O Sr. Presidente:—Sim, senhor.OSr. Barata:—Sr. presidente, senti bastam
te que a 1" discussão deste: projeeto fosse feitatendò-se dispensado a sua impressão ; tratou-se delle sein que, por assim dizer, houvesse
OSr' M. Fimuno-.-lsto não vem nada ao tempo para se estudar a maioria, como ocenile-
o («aso.
Vendo-me na necessidade de voyu' por um;ou outra enrenda, votarei por csla ultima, porquanto uma reducçao de 300,21.00 na quantia
_qu« a câmara orçou para o ordenado dt-sle^empregado já é siiininameiite grave.
Espero que a cosa allendendo a quanto é
grande esta cidade, aos immeusos afazeres e;.i/edtíveni pesar sobre o fiscal da câmara, e quepa-ra completo satisfação dos deveres deste cm-
pregado deve-sc-lhe pagar bem, já que julgouextraordinária a quantia de 900$), votará porestado 61)0.-.OOO rs.
A discussão tico adiada pela hora.O Sr. Presidente marca para a ordem do dia
seguinte :Continuação da matéria adiada ;2a discussão do projeeto n° 20 sobre desapro-
priacÕes ;2" dita do n° 28 addita.ndo providencias so-
bie o regimento da assembléa ;2" dila do n° 24, revogando a lei provincial de.
6 de marco de 18/|6
ce com Iodos os projectos, cuja impressãoispensoda. Ha tuna razão, e é que quasi to-
dos nós que lemos assento nesta casa já esla-mos com alguma idade, já não somos moçosfortes de maneira, que depois dc estarmos as*sentados nestas cadeiras por k horas diariamente possamos ir para nossa casa ainda com forçapara estudar qualquer matéria sem desconço como no tempo etn que fomos estudantes, lempoem que a robustez da ieiade vence ludo; nanossa idade, embora náo sejamos velhos, já ai-guma banseira se apodera ele nós... .
O Sr. Ríçardo;—Apoiado.O Sr. Barata.. . .já temos o nosso físico ;d-
guma cousa gasto, de modo que não podemostrabalhar e estudar com aquella facilidade pro-pría dos moços; por isso não estudei cslaquestão cm Ia discussão. Tive hontem, quefoi domingo, necessidade imprevista de fazeruma pequena Viagem, por cujo fado fique» in-conimodado, c inhabilitado para Lodo e qual-quer estudo, c nõo lenho acoubomonto de con
pregar no serviço das estradas, cesso com »lavoura do café e os alugo, e creio que muita
S°OSrUÍ^:-0 seu calculo é arbitrário, ao> O Sr. 1\igardo:-IÍ a receita actnavJ' ' ¦ / norlará esla desnesa?
menos para mim.O Sr Barata:—Não é arbitrário.O Sr. Ribas:—Então é phantastico. ¦
O Sr. Barata:—Phanlaslico é o projeeto donobre deputado, ahi é que eu vejo um verda-cleiro pbanlasina.
O Sr. BuiAs:—Nãò ha cousa mais real do queé um corpo de 500 homens.
OSr. Barata:—Que não existe, e nem po-dera existir.
O Sr. Puras:—Até o governo já mandou c<wi-tratar 300 homens á Europa.
O Sr.Ricardo:—Sabemos; esle projeeto é billde indemnidade para esse acto de S. lix. •
O Sr. Bauata:—Si é assim, si é Tim bill deindemnidade! (neto apoiado) seja-sc franco, do-scncapole-se o negocio, diga-se que o Sr. \w-sielente ela provincia mandou vir csla força ela"iuropa, força,digo bem, força industrial, eqiu
O Sr. Barata:—lixeede muilo.O Sr. Hibas:—nésajaria ver o nobre deputa-
do demonstrar isto.OSr. Barata:—Heide o fazer.
x actual 8Ò1B-portará esla despesa?
OSr. Ribas:— Também o meu projeeto mioé icíalivo somente a estradas, os operários sãodestinados á todas as obras publicas da pro>in-cia.
O Sr. B. da Cunha (com ironia):—lem umdefeito o projeeto, que é mandar vir operáriosda Europa.
O Sr. Ribas;— Pois isto ó um dçfeio?
preciso appr'ovar-se esle acto ; e nao vamos
ar a minha culpo, com csla ) ígem esque-¦y dilo das posturas de Iguape, Taubrté, e ci-mo da ordem do dia ele boje; cada um dc
Pindamoiihangaba; eo mais que vinha parahoje ;'Levanta-se
a sessão ás?, horas e a minutosria lorde.
23° sessão ordinária aos llú ur, março de 1855.
Presidência do Sr. barão do Tietê.Wivnio:- Expeincnte.-Ordem do dia.-Crcafão"7>morpo dl operários. Discursos dos Srs. Ba-
raae.Riüas. Adiamento.-Projeeto relato aosptiqueiros. Appròvado e».V> *<&»»**%cravos do evento. Discursos dos Srs. Barata cha-noel Eüfrazio. Adiamenío.-Creaçao ueum laza-?Jo. Mrovação em i.° discussão .-OrçamentoZnicipl Ácurso do Sr. B. da ( an ha tywdas. Votarão. \.ra discussão. Adopçao. --Dc-
apropriação pb'v utilidade municipal ou provmnal.Dücursos dos Q,,,,(|,„,,,,.,-rs. Costa Cabral c Manoel hufuuoUiamento.-Reforma do regimento da assembh^Discursos dos Srs. Manàél Eüfrazio ellhva Untuprovação m %* discussão. - Diversas postu-ra.3.4'_ 10 horas e /i0 minutos da manhã, feita a
chamada, acham-se presentes 23 Srs. deputa-dos, faltando com cousa os Srs. Carpeiro de
Campos, Fonseca,- Sampaio.Peixoto, el*^
sem ella os Srs. B da Cunha hegurano, S. da
Motta. Ferreira, Roza, "-• -v-
Gàbral:; Marccbno,Valle.
li, do FonsecaVeigaPinto
nós < onimette a sua falta por sua ^(,/.. Por i_so, Sr. presidi níc. entro cesta discussão do im-proviso, e pela mesma forma, porque enlrci na•discussão elo projeeto. que co.iisigna a garantiade 2 por cento para a estrada de ferro, isloé,appclaudo para as luzes e patriotismo dá casopara se discutir a matéria.
Vejo, Sr. presidente, que o illustre autordeste projecío pretende com elle a creação deiim corpo de operários que deve constar de 500homens mais pu menos.
O Sr. PiIBaS:—De 500 homens.O Sr. Bauata:—Ou mais, segundo um artigo
que eslá adiante.O Sr. Ribas:— Se houver dinheiro porá
is o.O Sr. Bauata:—Como eu vou discutir a ma
teria sem a ter estudado, sem ter tu c lho d i soei ominhas idéas, começarei pelo aparte que: acabario dor o nobre eleputado.
OSr. Ribas;—liu desejaria que a provinciativesse dinheiro para que cin logar de 500 ope-r a rios podesse ler 5000. jg,
OSr. Barata:—Também cu desejoo mesmoe que estes operários trabalhassem. (apoiados)A questão porem a este respeito é façil de res oi-ver: reecrdo-nie de ler ouvido dizer que umafortaleza deixou de fazer fogo cm uma oceasião,cm que o.devia fazei' •; e que sendo
'
obrar ele modo que a emenda fique peior do queo soneto. t -
O Sr. BiRAs:—Peço ao nobre deputodo quetrate com delicadeza o projoclo.
O Sr. Barata:—Tratè-mc o-nobre deputadocom delicadeza que eu também o iratarei.
O Sr. Ribasdigo, e sim lembrando que as victimas cobrem-se de flores quando se tem ele levar ao sacri-íi cio.
O Sr. Barata:—Sacrilicio eslou cu fozendoem estar foliando a respeito de uma matériapára ii qtial não estou habilitado por não a terestudado, yentio-me reduzido a necessidade eleemittir somente as verdades intuitivas, ou an-les provocando o discussão. (Não duvido que noprojeeto haja muita cousa boa, mas tal qual elleso acha nõo é conveniente que íidoptehios. "
O Sr.Ribas:—Pois emende-0.O Sr. Bauata:—Contentando-me pois, Sr.
presidente, com as poucas observações que te-nho feito vou' tor a honra ele offerecer á consl-(leraçãodã casa um requerimenlo pedindo queesle projeeto seja rcinellido a comissão de -fa-zenda....
O Sr. Bicaudo:—li de obras publicas.O Sr. Barata:—li também a de obras publi-
cas paia cmitlircih o seu parecer a respeite-,
O Sr. B. da Cunha:---Creio que o nobro de-
putado comprehendc o meu aparta ironicamen-te. ...
O Sr. Ribas:—-Sim Sr, vô pois a assembléaque tendo-se decretado na lei eio orçamento vi-
gente a quantia de 373 contos ele reis, e naoimpoilaudo o meu projecío talvez mais da ame-tade desta quantia, não se pode sentir um pa-vor contra elle como pareceu mostrar o hon-rado membro; podemos pelo contrario tor to-da a c; rlcsa de que o credito concedido oo go-verno é mais que sufficiente,' é exhubéráiitepara a despesa que sc pretende decretar nesteprojeeto.
Disse o honrado membro a quem me reino
que os serviços d'es.tes operararios hade-hos sa-... ..... llllj:i„,., ,, ,,. „„.... hirsumamente caro; e fez um calçulomara de-
Náo' é neste sentido que eu monstrar que diariamente vem elle a importarcm,2,4)000'rs. por cada um operário, descon-tan.dO os dias cm que não Irabalbão. N'essaoceasião dei eu iim aparte dizendo que este col-culo era arbitrário; por que realmente não vi ohonrado membro apresentar rasões procedentes,rasões arithmelicas que chegassem a esteresul-todo,
O Sr. Barata:—Por ora nõo me oppuz ao
projecío; requeri que duas commissões da casao examinassem.
O Sr. Ribas:—E' possível que o serviço nn-dc um pouco mais caro do q' realmente parece,á vista da diária por que se contratarem osope-rarios;mais isto é compensado pela circuiistan-cia de ser ellemuito móis produetivo. visto queesles operários constituem um corpo perma-nenle, acostumado, adestrado no serviço de es-tra das.
O Sr. Ricardo:—O projeeto permitte rece-bão baixa no iim de um anno, estando de con-tas justas: logo não tem a idéa de permanen-
nor isso uno cem islo se demora a discussão,-e cia.conseguinlemenleha mais tempo para se eslú-I/sO Sr. RiBA.sr-Mas o governo quando man-
dor a matéria aíim de que estejamos mais habi- dar conlractar esles operários na huropa ln.ci(,
litados par.-i dor sobre cila o nosso voto. ' récommendar que sejoo pessoas ja experimem
p.l cr regado
li' apoiado e entra cm discussão esle reque-rimento do Sr. Barata.
O Sr. Ribas:—Sr. presidente, pedi a palavrapara me oppor ao requerimento em discussãoporque vejo nelle implícito um instruinenlo demorte contra o projoclo, e me parece que aquerer-se molal-o.....
O Sr. Ricaudo:— As commissõeíi náo estãotão prevenidas contra elle.
O Sr.Barata:—Nem são catacumbas.,O Sr. Ribas. . .devia-se proceder com-toda a •
franqueza votando-se desde já contra elle se
.odas neste serviço, que jo tenhão o tirocinmdo trabalho dc estradas; c por tanlo a rasão donobre deputado não procede.
Porém ngora me servirei do um pensamentoapresentado pelo honrado membro residente emUholuba, e quo realmente é umo elos bazes èsíen-ciues do projeeto. A assembléa deve ottenderquo desta despeza decretada para o corpo do ope-rarios nao se pretende exclusivo, e unicamentetiror vantagens, pelasno applicaçáo, ás obras pu-blicas, e sim tombem umo oulro vantagem, que e.o auxilio á colonisação, visto que os pessoas quetem de ser introduzidos no provincia como opera-
'. -¦
-rios hão de ser robustas, no verdor du idade,
profossionaos, artífices, com reconhecida moral.-
dadoote. em fim pessoas'oscoll?idas com esmero
pólos agentes da presidência o cuja ititroducçjoinloressará muito á provincia.
O Sr. B. da Cunha:—Apoiado.O Sr. Ribas:—Sendo tão evidentes as vanla-
«ons do projecto, o sendo a sua matéria de lao
fácil eslndo, mo paicce que não ha necessidade
de que seja olb» lemetlido ás com.n.ssoos como
pode o honrado membro no seu requerimento ;
í que quaesquer emendas quo so julguem necas-
«?i» í*l.ri. »r .prc.Dt.d_.. o. 3." i«» "•
Quanto a mim d.)claro.q.io nao estou do o
deliberado a combaler Iodas «s emendas que a-
parecerem, ou de esforçar-me para que o n.»j -
o passe lal qual eslá, p.lo controno ou
Jloboa fé na dispôs ção doaecei.a qual >
molliorgmenlo que solho queira fazei. Julgo
norlanio, que poderá,conl.nuar a discussão <
quo para isso deve ser regeitado o requerimento
j0 honrado membro, que depois lorá occasiao de
apresentar as suas idéas tendentes a uielhorar o
projeclo. Estou certo que o honrado ...ombro
não quer o extermínio completo do projeclo, an
menos ja declarou que ha boas cousas no pro-jecto. .
O Sr. Rarata:—Desde q' requer, que tosse a
commissão, é porquo julgo que nelle ha algumas
cousas boas.OSr. Ribas:—Pois bem, se é assim conm o
da Cunha a respeito do imposto sobre o sal emUbaluba.
E' igualmente lida e apoiada uma emenda doSr. Ribas mandando continuar em vigor o artigo6o da lei.de 17 do julho do 1852.
Não havendo mais quem peça a palavra, proee-do-seá votação A emenda da commissão rola li-
| va ã câmara do Bananal é approvada. •
| \ do Sr. Silveira da MoUa é regeilada.OSr. B. da Cunha :—Pela ordem. IVzoja-
va sabor so posso pedir a retirada da minhaemenda.
O Sr. Presidente :—Agora não é islo perrait-tido.
Continuando a votação, 6 lambem rejeitada aemenda do Sr. Barboza da Cunha, votando o seuautor contra ella. E'approvada a emenda doSr. Ribas.
A requerimento do Sr. Sertorio enlrao mimo-dialamenlo em quarta discussão as emendas ago-ra approvadàs em terceira, o sem debute sãoadaptadas
Reinette-so indo á commissão de redacção.
<• «¦«*" »&%<&*!***>¦¦ ™ rs:; r:;sr *n..$ t« zgonça a vender uma casa.
'«iuiUt: ilIUIliI Ulguiivia, uuiy a*. -
mesmo, lendo a nbslar que não se sumão os papois da casa, E' um projecto simples, e se nãofor agora adoplado ficaremos ainda sem esla pro-videhçia. Portanto entendo quo não devemosatlopturo requerimento do nobre depulado, por-que outra qualquer providencia que esteja mu ai-
gum projecto (h> atino passado pôde sor tomadacom vagar, entretanto (pio osla consignada no
projecto eni discussão convém quo seja tomadacom mais aceleração pola urgência que ha delia.
OSr. M. huniAZio:—Neslo caso peço liceu»ça pua retirar o meu requerimento.
E'. approvada a reli rada do requerimoiilo, esem mais debate approva-se o projecto.
POSTURAS.
São adopUiiias som debate o remeltidus ã coin-missão ilo redacção as posluras de Iguape, To.ilrbato e PÍhíiifiiíònh'angaba.
Sao approvadàs em 1" discussão as posturas d(Capivary.
DESAPROPRIAÇÃO POR UTILIDADE MUNICIPAL
OU PROVINCIAL.• Entra em segunda discussão o projectomuincrn
20, sobre osla matéria, apresentado polo Sr. Cos-Ia Cabral. .
O Sr. C. Cabral :—Sr. presidente, hliii.lo euobservado que. algons escrúpulos existem em ai-
PROJEOT0S,
Um do Sr. França, revogando a lei provincial ;numero 22 de 29 do abril de 183a.-Julgada jobjecto de deliberação, o dispensada a mipressiio. S
Outro dós Srs. Bota-, Mendonça, « Uliioa Cm-
t,-a sobre co.narcas.-A' imprimir para «orde...
dos trabalhos' *
FALTA Oli UM MEMBRO NA COMMISSÃO DU COHUi
IJE CÂMARAS.
Ten.lo-se ousootado um dos membros do eom-
missão do coivlas do câmaras, confia a assembléa
ao Sr. presidente a escolha do que deve luki-
liluil-o, e é nomeado o Sr. Pe.roira Choves.RKSKRVA POLICIAL.
O Sr."Ribas--:—Sr. presidente, eslo atinn om
vimos obrigados a augmenlar o soldodos praçasdo corpo policial permanente para igualal-o ou
preço ordinário do serviço das operários, Deito
[no(|n mudo nú^ de augmenlar as despezas publi-Kniraò em 2a discussão as reformas oo código ,.ag porM melhorar o pessoal (testo corpo vimo-oos
'constrangido o diminuir-o numero do suai pro??»
porém que esse uugmonle de despeza nao setor-
misse, demasiadamente penoso.
I HH
uas posturas do Sorocaba, o são approvadàs comalgumas emendas apresentadas pelo Sr. Mello
Presidente da pura
ijai.niíi.»:.. ='»" ,. igiins membros iln casa relativamente a eslo prohonrado membro reconhece, co.it.nuo a d.scus- .,,....
são : corte-se tudo quanto não é bom do projj-c-lo, c não o vamos remetler a essas catacumbas
OS.guinle . .
discussão do orçamento provincialOn I l'., I..
ordem do dia se-
* tiiíi. do projeto d. 28, additando provideii-cias ao regimento da assembléa
0 lei de
das commissõcs.OSr. Ricardo:-E' uma injustiça que o no-
hre ihputado faz ás cmnmissões da casn.OSr. Ribas:-— Refiro-me á um aparte quo
«uvi, fatiando em catacumbas.OSr. BaRata:-Eu disse o contrario, qne as
«o in missões não eram catacumbas.O Sr. lliBAS.-Eram estas, Sr. presidonlo, ai
«bsoivações que eu tinha de apresentar á con.i-
deração da casa contra o requerimento que se
discuto. .Procodenilo-so a votação é approvado o roque-
liwiento. ?PABR1QUEIR09.
Enlta cm 2.a discussão o projecto n. 24 dos-
ia ánno revogando a hd do G de março.de •8 tf
sobre fabriqueiros, o ó approvado sem debato.
RSCRAVOS DO EMENTO;
Entra om 1.' discussão o projecto n. 21 desle
anno, apresentado pelo Sr. Manoel Eulraz.o a
este respeito.O Sr. BARATA:-Sr. presidente, neste projo -
to altera-se de alguma fôrma as oltnbuiçors-do
•mpregados geraes, o, como a nossa l.eg.?)oçüo
provincial deveandarsempree.il harmonia com
Soiedozcjan^ i'üé mate- ">
dita' do projeclo „. ^ revogando
ria reiuieiio mie seia ellA remellido ãcommis fi de março do1846. : , -
^SÜíiwV «W »«"' <" q-.-nsi.-l L. I,* » M. . 1 U. , 10 -l« .1»(lo-odn alguns defeitos, apresente um parecer I taiara ser submctlblo ã discussão.
W,
Yvli'\¦) M
lide.
IV apoiado e enlrá em discussão este requeri-menlo do Sr. Cosia Cabral.
O Sr. M. Eüfrazio :—Sr presidonlo, o nobredeputado autor do requerimento que se acha cmdiscussão fundamentou-o fazendo a declaração de
qne existem alguns escrúpulos na casa a respeito
do seu projecto.OSr. C. Cabral :— Em alguns membros da
rasa, foi o que elidisse.O Sr. M. Eüfrazio :—Kuè Sr. presidente am,-
do não vi deputado algu... subir ã tribuno, e
enunciar taes escrúpulos.O Sr. Corrêa : — E não pôde ler sabido parti-
jcularmenle .O Sr. M. Eüfrazio :—Nos que temos a lnlm-
na a nossa' disposição devemos manifestar nella
as opiniões on as duvidas que tivermos sobre
qualquer matéria que-entrar em discussão.O Sr. Costa Cabral:—Estou auto riso d o para
declarar quo ha alguns escrúpulos, o os mesmos
Srs deputados com quem converse, a este res-
peito, combinarão comigo em que convinhn quea matéria devia ir a uma commissão paia ser
Reunião em 27 de marco de 1855.
Presúícncia do Sr. barão do Tietê.
A's K) o meia horas da manha, feita n chama-
da achão-sc presentes os Srs. barão do Tielô,
Amador, Ulhoa Cintra, Quei.ozTelles, Ferreira.È da Fonseca , Ricardo, Manoel Eüfrazio,Roza, Honoralo, Pereira Chaves, Corroa, Mello
Barbosa da Cunha, Andrade, Barata o Cosia Ça-l)rnj; (oUando com causa os. Srs. Carneiro d»
Campos Fonseca, Sampaio Peixoto, Pinto, Vai-
le o Lahre, escrn ella os Srs. Ribas, Mendonça.
Sertorio, PaulirMachado, Reis França, SiSft-.r.r
nnv« uüiiiui"''»! *..-¦¦ |- i ¦ j '
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Pènio que a casa estaiã convencida de qua- o
força decretada mm é siiflicicnlo para « ^rv.v'o
policial, e que se a província tivesse maiores re-
cursos financeiros decretaria uma força mais avu -
toda. IV preciso, por tanto, que supprainos esta
doiicieucia do corpo policial permanente; e pau.salidazcr esla necessidade venho oíterecer a con-
sideraçãoda assembléa um projeclo, quo pasflo a
iuslilicar em poucas palavras. >iK-veidude qne além do corpo policial per.no-
néiile o governo pôde recofaer á guarda nacional;mas convém aliviar quanto fòr possível a guardonacional do paiz do serviço policial, (apoiados)
OSr. Ricardo-:—Muito apoiado./O Si. Ribas :-Alé hoje o Sr. chefe de poluuii
lem lambem disposto da algumas praças que cons-
ütueii. unia companhia do pedesl.es • mas com»
esta companhia tom uma existência duplomcntailhgal.e inco.istituci..nal,l)orque nao é aulon-sada pela lei aneuada fixação de força, nem pela j|,i,lo orçamento se concedeu credito para o ma-
nutencão delia, estou convencido quo o Sr. presi-denloda provincia so apressará em ordenar uu ,,Hf.... ',. i: i..„ ,, r„pn ppssar PKla
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(jl
.i..«Sr
ouiiiiiu'., ¦'"•¦¦¦ . ,¦.»«-, n i iienii) uu iiuTim.ni o» •>i'do, Alves dos Sanlos, Sdveira da , otta, t rado
^ ^ >^ .
^^ e tilÇ!l cessal. e8u
Araújo, Paula Toledo, Hypohlo, Veiga Cobrai, HaoratUe!inconstttucion»lÍdade ; o por lanto» po-
^S^«wsç —-aorovetto do projeclo aquilo quo num uau ,isproveiio uu |iiujcv.i» ui|.M..j- -(--
animo-mea fazer um requerimento, para que o
projeclo seja remellido á commissão do oonsl.lu -}0t
justiça, o fira do que ella dô a respeitou seu
preçer. Vou pois mandar â mesa um requer.-
monto neste sentido.li, aprova-se o entra em discussão o requeri-
menlo do Sr. Barata. .O Sr. M. Eüfrazio :-Aub,r do projeclo em
discussão, agradeço ao nobre deputado o proccii.-mento que acaba de ter, o declaro que concordo
co... o seu requerimento, pois quo nao. acho ne-
«liun. inconveniente em que o commissão de
constituição e justiça pensan-do maduramente so-
bro a matéria, apresente o seu parecer .a respeito,
gómonto tenho de rogar á nobre commissão a ma-
ior brevidade que lhe for possível.O Sr. Barata :—ApoiadoO Sr. B DA CüNHA :-0 nobre deputado Iam-
hem devia ter proposto que o projecto tosse i
commissão de fazenda.O Sr. M. Eüfrazio ;—Aceito.O Sr. B. da Cunha :-E' apenas uma reflexão
(!"0 Sr.' M. ECFUAZIOI-Uma vez que Q projecto
criipiiios na tribuna podia trazer vantagens maio-
res orientar aquelles que não os nutrem, ou se-
rem desfeitos por meio da discussão, -amido lal-
vez se/apresentasseii) razoes laes que levasse a
convicção aos ânimos (los oscrupulesos. Assim,
pretendo volar contra o requerimento do nobre
deputado a menos que esses escrúpulos appare-
rão na tribuna, e se conheça a conveniência de
ser o projecto lemcllido â commissão.'' \ adopeão desle projeclo é de ingente necessi-
dade: osescruptilosos subão a tribuna ; receio
de tudo quanto se passa nas trevas.
Não havendo mais quem peça a palavra, e ap-
provado o requerimento.
REFORMA NO REGIMFNTO DA ASSEjKBLEA.
Enlra em 2a discussão o projeclo n. 28 add.i-
cionando ÕlgOÍihas providencias ao regimento da
assembléa. :- ,,. ¦OSr. M/EuFRAZTor-Sr. presidonlo, iccor-
do-me que no sessão do anuo passado ofie.ecou-
se um projeclo acerca do regimento da casa: naoi. J. .- !„.,„ nclAii nnrnm coi O
,:;ir,1.,|ii,0, Vicente de Azevedo, e Valladão.
A's 11 horas, procfidendo-so á segunda clin-
mada, h.ltarão os mesmos Srs.. oo Sr presiden-le declara que hoje não ha sessão por falta do nu
mero.
29' SESSÃO ORDINÁRIA AOS 28 DE MARÇO DE 1855
Presidência do Sr. barão do Tietê.
SOMMAIUO :_Expcdicnle.-D«c«rso c projecto do SrRibas creandoum corpo de reserva polmal.-Orça
icia não poderá contar por muito tempo com esla'"o
Sr. Barata:-E a companhia de pedestrestom praticado muitos obesos, as «uas praças ia.
desordeiras ele.OSr. Ribas:-E' preciso. Srs., qM.jrnjewoi
oigoverno dòü meios necessários para !n«r ou
coiídiuvar convonientemimle o policio da pro-vincio.e por conseqüência que-organisemos oix„u.u.dn policial que alé aqui tem eslado comple-'lUbaTcreando
um corpo de reserva policial.-Om-1 J ' , - , ,(1 lfH|a prgonisnçãn..
r^St^S^S"^!".OSir. \K^-^ „ ,.0gU.»m,.l0 .... 6rZZtofnwZio rn,imenlo.--Adoro^jcc,o\ O Sr. KlCARDO^r,)Wo „
Sobrcfabrirc;ros.-i»scunoe emenda do Sr.¦ CoitoU.buco n.«l. v.llo ^Cabral.-Appruvaçao. O Sr. RlRAS.-r-U Sr- pasiu .mu l .¦ .. ., :...., f..:.. , ...iierio o'o dislmuim. no sen relatório noi
i'.,l
l
A's 10 horas o 3 quartos da manha, feila o
chamada, achão- se presentes 2V senhores deputa-
dos, fallando com causa os senhores Carneiro de
Campos, Fonseca, Sampaio Peixoto, Pinto Jade,
rVLabreVosemelleos senhores Segurado, í. da
Cunha, S. da. Motta. conego Andrade, 'rodo,
(,,IllOCIiierioq' o dislingue.no seu relatório nos
f,z ver n necessidade de rcorganisarmos o %W:dil policial, e apresentou idéas que eu acho muilo
vanlnimas, cs quacs, em ge''al, dou o meu n.-
s,nlimenlo : julguei alé que deveria ndoptar a -
munas d'essas idéas, como bazes em grande pa>nb" . i . 1., c.',Íwnnllf>r (10
Araújo, Honoralo, Marcellino, L. da loMeca, d r j .(i;uiSSÇmhléa.Pinto Porto
Depois da chamada comparecem os'- _ «t. 1.1 t .. Ii\,.wníin
Segurado',
se um piu cviv ".^ ¦ ,sei qual o destino que leve. eslo,, porem ce< U
1 - p • :?„.,'„ A« m i ideava con vemqlVeilã(»to..r.ege.i«uo. Asdm julgava conven.
ento aproveitar-soaopportun.dade; mandat-se,'"1, i I ,.„,,cc,., ¦, p.iNiiniíSiiii
r,,; icgeitauo.
ü Sr. JVl. CíJFRAZju :—tu»" '-mvv , , , nroieclo quo se acha em discussão ã comniissaonão morra sem discussão, ace.lo ludo quanto osi | 1^,^!^ ^ justiça p.ara que examinan.h
, • . .'.-'.¦. ..I'..'iit>r. .in rommiwiln nosiMihores quizerem.nnoies l UUflom. IHoje iiin nobre deputado pediu adiamento do
seu projecto fundado em escrúpulos que fora.» mn-
nife.sta.los fora da casa, por tanto, segunuh» ou.
exemplo, direi lambem que, ^^'tef^J-alguém duvida da constitucional, d a do des! meu
projedo, o achando-mo eu aparelhado pa.a s-
lemal-a, 6 mais um motivo para que va a tom-
missão de conslituição, afim de sor por ella me-
ditado. Se os nobres deputados julgao que o o-
jecto lambem deve ir à comm.ssao de faz nd
ipresentem um additamcilo neste senl.do quehei do votar por ello.
Lô-sooapoia-soomaddilamenlodoSr Rara-
I.. paro que o projecto lambem vã ^^
de u.zenda.;e, não havendo mis V"m * °
palavra, encerra-se a discussão o approva-po o ro-
noerimonlo como additamento.CRKAOÃO Dli UM LAZARHTO.
Fnlraem primeira discussão o 6 approvado
sem.lbaro|;r,icct»1.u,non,22dcSlo«n,,o,u.trata desta maioria.
ORÇAMENTO MUNICIPAL.
Esteprojeclocontinúa em terceiro .«cussao
eom a emenda hontem apresentada pelo Sr. SU
veira da Moita. . •O Sr. B. da CtWHA profere um d.scuisa que
logo publicaremos.
( e consiiiuu."" v »- i . > .
nulo quanto bani» cosa relativo ao regimento ns
apresento o seu parecer para resolvermos a .es-
PtíOSr.Conai'A:-Houve um projeclo sobre o
escrutínio secreto, mus caldo.O Sr. M. üdfbazio.—Houvor.ao outros, estou
!CelOS.''lRiCAuno:-nouve um ceando diversas
com missões. .Uma voz:— Tombem cahio,O Sr. M, EUFRAZI0;-Ku vou mandar a mo
limre.iuerimeulo no sentido em quo acabo .
ar pois (p.o alé... desses exisle ..... provnlen-
sessões preparatórias.E'apoiado o entra em discussão esle requer.-
f.nvna contra o requreimenlo do nobre depu-
' s« c,»i niial é esso proiecto do afino pas-
JM„P,» i» $&&&#: Liv"'"'"-'"c
nresidencias nas sessões preparatórias.P0S« U. Cintra: -Não sei; supponhamos
senhoresPinu. Vorto, E.
'da Fonseca, o B. da
^Aberta o sessão lô-so e appròvWo o acta de an-
tecedeule. .O Sr, 1° Secretario menciona o seguinte
EXIM5DIENTE-OFFICIOS.
Oualro do sooretario do governo:O l» remellemloum artigo .Je posíunis da ca-
maro municipal da cidade de Iguape.-A coinmis-
são de câmaras. ,o- uansmillinilo as contas o orçamento da ta-
m;u,ll|lUni,ip!i|tljlVil.a(ieB;.tala.'S.-"Ac(,...mis-são (Joconlase orçamento de. câmaras. .
3» dando informações sobre o.equeumenlo.lea" uanuo iiiiui uiu\vw ,
Francisco de Assis Araújo de Carvalho.-A que..
nSol°Ucommon,ca,Hlo ler o governo imindado
. Amhnro —A' commissão de fazenda.
nal pedindo que se auloriso o governo o contra-
c, „ ,,»r, e,np,eS..ió«a ...mp.. h..
coMlrurçào d. um. «lr.d. d« P«»« S««"¦
cidadc-A1 commissão de obras publicas e Ia
zenda.REQUERIMENTO.
De JoscFelippe de Andrade, agente do correm
coabecimcntodàossombléagerolon^es^augmeoto de graliíicação do agenle do correio.
A commissão de fazenda.PARECERES-. .
Da côinmissãq de eslalislica sobro as divisas
ontre Pirapóra o Tatuhy, Talul.y o B >-c . ;
sobreare resentaçao dos morador d^Se^
do Varjão o rio Capivary, e do bairro de lua
,1o Iguape, Tauhalé, Lorona, Bragança, Sbrota
ba, Bananal eSoutos.-Apptnvados.
iulgamontotiii assembléa.', Vou apresentará casa rjna.es. são as .doas essan-
ciaes desle projeclo, eos melhoramentos que pio-londo introduzir oeste ramo da administração.
Observo nue hoje esle serviço tem sido iníqua-
monle penes.» para água. da policial pmque pela
resolução de 1834 que coou esta forço se deter-
„;inoi;q„oo« guardas policiaes fossem obrigados
„ um serviço gratuito até 8 d.os. Or , es
Kuilrdas:são sempre da classe mais pobre, mais"ivoda
de meios, do sociedade ; o a a«omblô>
complchende que conslrangcr a uma classe qm»Vivc assim do seu trabalho diário a servira pro-.incia^insallario algum ó realmente lonçar-llui
unio..us.miilopezado,o vofdedciramedto m.--
(Continua.)
"péacio do cjoverno de S. Paulo 31 de MW I
de 1855.
ii ii
ORDEM DO DIA N. 48.
OrdenaS. Ex. o Sr. presidente da provincia'Tono
a parada diária seja rendida de a.nanl.
^diiuiteasOhorasdodinbeincomo o unifo
mosoráazu|, e-xcepto os.d.assanl.heodoso d
*"l9<< Ob o recolher scfáías 8 liorós (Io noite.
r A missa do parada será as 9 horas do do,
nestes não haverá parada e'as guardas marchara
do seus quartéis. ,Kevisageralden.oslraparaocorpo
dogu
4i.toi'kfo** zíu,ur<"si°:":ra,la manhã u«Boar«pccl.»oq..a.to M-
guarda nacional destacada amanha os J üori
taiiibem em seu quartel, ;
ProncmodeAssiz de Araújo Macedo
Capiláo ajudante de ordens.
! I
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I,i . i — .ji , ;¦-——:—" "Z^í™-——...»-¦ . ¦>* j^^g^.j
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*
«5Írt"í.
N; II.O bacharel formado José Antônio Saraiva,
presidente da provincia de. S. Paulo ele. FaçoS.abe;i' a todos os seus habitantes que o assemblealegislativa 'provincial decretou, e eu sanecioueialei seguinto :
Ari. Io A forço policial permonenlo poro o«uno financeiro de 1" de inibo de 1885 o 30 dejunho do 1880 constará do 350 praças com a or-gonísoção e vencimento do plano e tabeliã júri-\OB.
Ari. 2° Fica o governo outorisado o mandarfornecer desde já o cado praça do pret um capotopelo preço designado na labollo, e com a dura-
tção do quatro annos, devendo o sim distribuição','i'Uscr regulado pelo modo que o governo julgar
í conveniente.Ar. 3" A gratificação poro os roengajados de
Ique Irata o ar 11 do lei n. 19 de 27 de fevereiroKdc 1844 sorá elevado a 100 rs, diários,
Ari. h" Fico lambem elevada a 90 rs. o gra-Jlifieoçao poro fordomento dos praças ilo pret deIque traia o ad. 3U do lei ri. 11 do 10 do junhoIde 1850, oá 130 rs. a de que Ira to o § 4" doifart. 1° do lei n. 12 de H> de abril de 1853 poro| fardo monto dos officio es inferiores
Art. 59 Os alferes quartel mestre e secretario\poderão ser promovidos á tenentes iiideponden-
'•'temenli! do vogas nos companhias, quando se for.¦fuarem os mais antigos nos dilos postos, devendo
'• h"|poiem continuar no sei viço onleiior á promoção.
Art. G° Os engajamentos serão feitos polo pro-so dn quatro ün-nos.
Ari. 7" Ficão em vigor os nrl.s. '3o, A°, 8', e
\9° da lei n. h do 6 de abril de 1853, o orts. o",¦¦¦7o e 8o da.lei o. \h do 17 de obi.il de 1834, o
'^,:'irevogados os disposições em contrai io.Mando oorlanlo o todas as autoridades a quem
Ho conhecimento o execução da referida lei per-»icncer que a-cnnipiõo o facão cumprir tão inloi-Hramonto como nella se coutem. O secrelario, :!csta provincia a fuça imprimir, publicar, e cor-Rrer. Dada no palácio do govorno de S. Paulo
' ms llJí du março de l8oa.
(L. S.) José Antônio Saraiva.
qne houve por bem saneciunar, lixando a forçal-"'4 policial permonenlo para o anno dc 1855 á
185(5, no fôrma acimo decloroda.Paro Vossa Kxcelleneia vôr.
A7»/io Luiz Ikllegarde, o fez.Publicado m. secretaria do governo de S. Pou-
lo aos vinte quatro dias do mez de março do miloitocenlos cincoenla e cinco.
Francisco José de Lima
Registada nesta secretaria do governo no livro4" de leis o II. 38 v. em 24 de março de 1855.
Joaquim José de Andrade c Aquino.
nBí«Ds«íaaií> eííaaa !£&§& |í»*ayas.
Estado-maior e menor.Tenente-coronelMajorTeuenlc-ujudonteAlfci.es, ou tenente quortíd-n.estro. ,Alferes, ou tenente secretario. .Cirurgião- mórSargenlo-ojudonteSargento quartel—mestre.Cometo-mór
Capitão.Tenente.Alicies. .1" Sargento2o' Dilos.Furri ei. .Cabos. ,.Cometas.Soldados. .
1" Companhia.
11111111 ' .1-'-- 9
11¦)
218
6!79
2a, 3* e 4" Companhias iguala 1°'SliCCÃO 1513 CWAl.I.AIUA.
237
Alferes.2" Sargento. ,Cabos.Chi um. .Soldados.
1121
20
.,:.....Caria de lei pela ei ti íi 1 V. Ex. monda executar
- 25350
(Ü>
decreto da assemulòa legislativa provincial ,yJosè de Li
O V secrelario.—-Delfino Dinheiro d'ÜlhòaCintra.
Secretaria do governo do S. Paulo 24 de mar-co cío 1855 —o sccro.lliriirdo governo, Francisco
imá. i
'•'¦
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:
''•
:'g»a> SBMsaãeSgíssfi ;-'cwíiiisieiiítè.
Tabeliã dr. vencimento das praças do mesmo corpo.
' .
U' i \ i
Classes.
Tenente-coronel cominondanW'. . .Major fiscal ¦Tenente ajudante • Alferes quartel-mestre.Dito secretarioCirurgião-mórSargento ajudanteDilo quoi lei-mestreCornela-mórCapitães á GO-^OOO rs. cado um. .Tenentes á K0$Ò0() ».'...'.Alíems á 45-^000 »....•..I" Siirgonlosii 8'íO 2" Ditos á 780 ))....Fnrrieis á 720 »
VliXCIMENTO1)1.4 MO.
Vencimento Foíuiau lí.NSMENSAL; DÍAIVIAS.
ãooo©900#810
3&3G073350202$880
54 Cabos á GG0 »....'. 22-1H40Cometas 5&280Clarim á 000 ©000
90-^000
50-77)00045^00045-7T00O45ffi0.00
'240rTi)00í)
200-77:000403-"M)00
1 &000©800©'80Õ
¦i i¦f
¦JPJI!
¦' ¦-; i ....
&¦-.'.'•¦-'. i • ¦ ¦.
16 V Soldados á 600 158-D400
50 Sumiria.
Gratificação de roengajados a 100 rs. por pi,27 Capotes a lü&000rs "....;
VENCIMENTO .AN NU AL.
lí.W8&0001:022,7? 500
782(77)500540^.0.005ÍOS-0005-'i0r7TO()0328ÍTÒ00
.. ¦ '328^000
3()0feíi()02:880-r000
¦ 2':4OÒéO00w 4:8G0$OOQ1:22G,£)4()02:562-71)3001:051 $2008:170^0001:927 $200
240 ©00057:816(77)000
88:967^200
3:3í 0(77)000, 3:270^000
' 95:577^200a&qqagBaamaanaaBain i
No coso do orl. 5" sondo os ai Foros quartel-mestre é socrelario elevados á tluipuM leião 50t7J)00(). de vencimcrilo mensol.—O Io secretario Delfino Pinheiro d'lllhoa Cintra. -•Secretaria dt): govern» do S, Paulo 2Í demarco de 1853.—O secretario do governo, Francisco
osé de LimaTflwayjjEi'itijiiT/i.Ti*-1 nmcvsra rín: ecaacsiaaja r?a^i"3!2iHrstí2m: •sszsrzzsszxzxzr: sr^r^xxir:
I El) AII liJo
RlflSUCQ-
8 Nüo julgues, leitor de niinlin alma [n expressão é dc-¦I ms carinho, e não devo ser entendida gro ») mo tico 1 monte),
;'io jalgucs quo morri nos últimos desastres dá guerra,;,'..moso, que ha de ser o adubo mais picante do jornà-Blmo brasileiro até que se descubra íicepipe melhor.ípo. « A bala quo me ha dc dar cabo da vida aindatjlio foi fundida. »,f Passei qu.isi duas semanas, é verdade, sem te dor no-
'if^ios minhas. Mas o que queres? Ò sarilho dos lei-|fes roubâü-nie o tempo, roubão-me o dinheiro, ente.[_§C fez esquecer o personagem n quem tributo os maio-;:^s respeitos, c que is lu.;:Oh! também nunca vi lauto leilão, enminciadocm
•>rns riioiiisculas, com pompa desusada, até cm pajáce-!; das finanças cela administração!
;"sO leilão é hoje uma pepineira, um engodo, a isca,prato dc mel pára as inoscos, o canto da sereia, ç-oriií o corhinèrcío de grosso trato ç o commercio cie ar-
f.-l
"': ^&'ÍSS?«gí
¦_>']
I, marinho.livrãq^se dos.a-lçaiiies, e dcsempalão cni 48 lio-ros os '"fúriaòs (Tè seus aVhraiêiis.
_ Fique entendido que commercio de armarinho querdizer lodo o coinnicreio a retalho,—o que já foi uma bál-leia parlamentar c uma bandeira de partido.
Ora esta ! Uma bandeira com retalho !Mas voltemos ao leilão. Hoje já não se negocia sc-
não om hasta ou leilão. Tudo álii se vende,— desde abarrica de trigo podre otd ós n.ççõos dos bancos:—desdens roupas novas de carnaval alé os trastes velhos da di-plomacio ;—desde os vasos, maiores e menores, de ala-bastro até os quadros finos de bellas imagens.
Ho leilões na porta dos juizes, no portão da alfande?go, nas casas particulares, nas livrarias, nos armazéns ;leilões de vidros dc cheiro problemático, de encaderna-ç.õcs novas em livros velhos, de inobilias titulares, dc sc-das mofadas, de chitas em desuso.
Antes que m'o perguntes, vou já te explicar p quci!que sc chamo uma mobília titular.
Clianião os capadocios mobília titular ou (iguronaaquella que não pertence ao silgeitü cm cujo nome sefoz ii leilão : è uma mobília que o leiloeiro tinha cmcasa sem poder lhe dar destino, ou de que o Serpa, oNelto ou o Leger se querem ver livrei com medo da traça.
Quantos vezes, entrando om uma cisa de tua nmi-zade, onde sc está a fazer leilão, nüo !e admiras de que.o leu amigo na véspera ó noite tivesse comprado unia
porção dc trastes que nunca até aquelle momento, forãovistos por ti?
Mobília (igurona no caso !
Uni leiloeiro é presentemente o negociante mais co-nbecido e de transacções mais avaliadas e sabidas.
Elle enche os jornaes com o seu nome diariamente,c com o noticia de seus lucros. Tombem ó o melhorfreguez que os jornaes córitão, c cuja divida é saldadasem risco de calote.
Os seus preços é que são verdadeiramente correntes,sem necessidade do caracter ollleial da junta dos come-(ores. (Náo se espante o leitor do nosso modo de es-crever esse titulo, porque estou nà duvida se elle pro-cede de corretagem ou do verbo corrigir.
O leiloeiro é mn lypo, como so diz cm lilteraturamoderna. Subslituio o Pulciiiella dos feiras. Quantomais jocoso, quanto mais liiimieo, quanto mais diver-tido é, tanto maior consideração c freguezes obtém.
Uina graça a propósito, uma pilhéria sobre o objectoapregoado, um dito picante ao lançador indeciso, cons-tituein a piecmincnciii do leiloeiro sobre seus colle-gas mais tímidos.
Aecrcscente-se a isto uma voz retumbante, um fo-ego parlamentar ou scrinoiial, um geito de repinicar
as pancadas do martello, o tereis opliemx des húles dere bois.
O leilão lambem é úm theatro como oulro qualquer,com a dilíerença que não se paga á entrada, porem sjmó sahidá.
A's vezes representa-se ali uma farça dc trastes sup-.postos; oulras vezes um drama de vida intimo, umamiséria, uma desgraça dc hontem.
dquelle leito de páo-selim que ali vedes pertenceu aum casal que ainda no lua de mel teve de abandonar oninho, alíerroado por maribonclos que o vulgo chamacredores, há sc desfez a magia do amor, dissipou-seum sonho dourado, somente porque um bello dia nãohouve dinheiro para se |iagar uma lira de papel apre-sentada por um meirinho !
. sHa no leilão a distinguir-se :
O dilellanle;^,,O vivprio;O paio ;O picador;li o invejoso.
O dilettante pertenço á classe numerosa dos vndiosou dos ginjos. Ou não tem real na algiheira,ou não-lemanimo de gastar um real.
Yai a um leilão, porque é divertimento gratuito,ou para terá noite alguma novidade que coutar.
O dilloltanle è cscncialrncnle forhccdor de pupel im-presso para as confeitarias; vc-lo-heis constantementecobrando os oiinuiicios o melcndo-os na algibeira.
O vivorio nõo.se desenha, nao apparccc claramentesenão no começo e no fim do leilão.
Quando-lia muito concurso, quando os lançadores es-Ião esquentados; o xivorio desaparece, fazo seu eclipse.
Alas eniqiianto a casa não está cheia, emquanto noochegarão os concorrentes, on depois das duos ou Ireshoras, quando o cansaço ou outras oecupações arredãodo leilão os compradores,—o vivorio regala os olhos, ac-queija uni lanço, e faz. a sua provisão timidamente comoquem ignora que eslá lucrando cento por cento nos ob-jeclos oiTematladoSi
O opposlo deste typa é o acuo. Procura, como amaripoza, a cliarnnia para se queimar. Quer toda a luzpara sc espanejar; toda a publicidade, muita concurien-cia, para que se saiba que elle esteve no leilão"; quecomprou um objecto pertencente ao visconde Fulano •([lie biileu-üc (nos preços) com um senador ou com um.banqueiro, etc.
O paio compra sempre mais caro que todos. Dá peloobjecto em leilão o dobro do seu valor nas lojas.
Quem fareja bem o paioii o velhaeo do picador,O picador colloca-se por detrás de um grupo, cm lo-
gar onde seus movimentos possão ser percebidos peloleiloeiro sem que o sejão pelo paio,
O leiloeiro passa um lanço (folhos pelo auditório, edescrimina logo onde evló o seu mentor, o representan-to dos interesses do senhor que se despede desta corteou que muda de casa.
O picador é como um desse aposladores que sn col-loção por detrás dc quem joga ocearié. 1'elo franzirda testa, pelo volver dos olhos, pelo roer das unhas,diz ao parceiro contrario se deve aceitar a proposta.
As vezes espicha-se, jwque a paciência do paio se can-ça, e o lote tica sem verdadeiro comprador. . ¦'. "\ §
Mas o lypo mais curioso dos freqüentadores do leilãoé sem duvido o invejoso.
He se arremata uni livro,—elle sorri-se dc mofa, e dizque comprou um mais novo, de edição mais correcla, cmcasado (iaroier, por melado do preço.
Se é uni espelho,— liada um melhor, mais dourado,mais luzido, na casa do Jlernasconi.
Se é uma mobília,—ainda hontem elle viu Fulanocomprar uma estufado c de mogno pela quarta parte noarmazém do Coslrejean.
O invejoso zomba dc todos os lanços, moleja dos com-pendores, invecliva o leiloeiro, e represei!li o papel docão dc palheiro ; nem come nem deixa comer.s
Leitor, ínseiisivelmenle tracei o que boje se chama[Vixinphysiologiá, ou talvez mais apropriadamente uniapbysiononiiu.
Pois vá lei lo ; o já que o assuinpto dc hoje forão osleilões, vou referir-te a contenda dc dous sujeitos, umrusso e outro aliado, no meio de um leilão da semana
! passada.Tratava-se da tomada de Sebastopol.Depois de muita discussão pró c contra, o russo vi-
rou-se paro o aliado, c disse-lhe;Pois senhor, contra a espcclativa geral, creio na
j noticia.Mos porque ? perguntou-lhe o alliado ?
í — Porque as más n-olicias sempre se realizão, raspou'-deu o russo.
Pois olhe, relorqiiio-lhe o alliado ; eu creio o con-traria absolutamente, porque o diabo ajuda os seus.
(Do Correio Mel cantil,)
ÍIOIIKISSVONDENCJAS.
Sr. Rodoelni',—'feudo sido instaurado á an-nos, do ordem do Exm. prosidonle da provincia,nu) processo de responsabilidade contra o ox col-lectpr da Limeira Aurélio Justino Franco, porcrime do concussão, polo juiz), de direito da co-marca do Campinas, a qual pertoncia entãoaquelle termo, são passados móis dc 5 annos som
que esse processo tenha lido andamento com gra-ve detrimento da administração da justiço, lalvez.
porque o Limeira, pelo novo divisão, ficasse.per-lencendo á comarca de Mogy-mirim, o o lospec-Tivo juiz do direilo ignoro o existência desse pro-cesso, que a muito lho devora ser romellido pelojuiz de direito do Campinas, visto como o réo seacha ocltiolmenle debaixo do oulia jtirisdioção.
Chamamos; sobre esto negocio a attenção dasouctoridiides conipelenles, denunciando-o pormeio do seu apreciado jornal.
Sou etu.O inimigo da impunidade.
Al.Wdía « jattira B9aaflBíS(e35í5»I «Be Wíía^ícatou.
Sr. Redactor.—Vi impressa no Ypiranga uinjreprescnloção. vinda de Sorocaba, á favor do juizmunicipal Azevedo, em que arleiro o ridícula-mente se o quer inculear como juiz rocio : so euhão tivesse mais em que cuidar anolizario essearanzel de banalidades, o mo th o foros atrevidas,como poros de linguagem, que mais caherião òmalguma grinalda de flores poéticas, o mostrariaquo nem todos, que forão notados como negocian-tes, o são, sondo alguns meramente de tobernos,o outros simples caixeiros : igualmente nesse aran-/ai deu-se o nome de proprietorios-á muitos, queo não merecem, á oulros que unicamente pos-suem o moradinha do caso, om que rezidom, oassim lambem furão alguns falsamente alcunha-dos do fazendeiros'; Nessa oceosião f.i-io um fa-vor ao piiz declarando os nomes do diversos pes-soas, quo ossignorõo o representação, e que i)«enlaulo o considerã.o—disfruclavel, louco, prova-ricodor etc ele.
Mos, nãoletilio tempo, paro me oecüpãr comisso, e pois mo limitarei i\ respond.n' ao tópico d»representação, em que so diz « que o juiz ua res-poslo., quo deu á queixo, que cn apresentei aoDr. juiz de direito do cómorco, com documentosdestruiu os capítulos Itla oceusaçáo. » Ora eis oque. é bonito dizer-se. Suo juiz deu uma res-poslo lal, que mostra a suo iniiocencio, deslruin-do todos os fados criminosos, de que ó aceitado,não oro necessária a represenlnção, e nem sn.i im-pressão, bastava unie-a*ienloque a tal^cfa ?'?/i-porlante fosso cladá*a luz, o o publico conheceriaimiiiodialomeiilí! quo—o juiz Azevedo ó a inno-cencia personificada—o lypo da perfeição.¦Mas, onde ó que-óstãÒ esses documentos, essasprovas irrecusáveis ? Porquo mio forão publica-dos ?
Náo ésufficiento dizer-se que com elles o juizdestruiu, o oceusaçáo, 0 misler que o publicoos conheça, veja a >na lorça, paro dor o considero-ção, (pie meiecerem. E' porém justamente issoo quo o Sr. juiz não quer fazer, elle tem medo dedar á luz u lal resposla', poique sabe. que cila nãoo innocento.
Foz muito bem, Sr. juiz, não se desacredito, «bem assim não deposite mnila coníionço no souassessor, que ó muito experto, e para prova distoeu possuo contar dons fados piai içados por elle,o que dizem respeito ao Sr, juiz Azevedo.
I" E' publico e noioiio em Sorocaba que a a d-vogado Assiz Vieira ó assessor do juiz tniinicipal,o o próprio juiz assim o declaro á quem quer ou-vir, lauto ipio quando pratica alguin ació do jii-risdicçáo, pelo qual é censurado, logo diz—o As-siz me disse, elle ó nieu assessor « o uo entantoquando o juiz Azevedo veio para osla cidade ossis-t.ir aos festejos do dia 2 do dezembro, o assessorlá disse em uma rodo de .pessoas—e o disfruda-vel Azevedo foi cxhibirsc com a sua beca de juiz.»A vista disto o (pio medirão V .Qilipií quizea fa-ço o conmiontoi io
2U Quando a queixo já se odiava no cartóriopara o escrivão tirar trasladei, encontrondo-niReu abi com o advogado Assiz Vieira, qne nessaoceasião a eslava lendo, enfie outras coisas disseem minha presença, o dó mais pessoas (o que oSr. Assiz como homem de bem não "sota capaz donegar) que um dos artigos móis for los contra ojuiz, o irrespondível era n faclo delle cobrar esta-dos dentro da cidade, 'porque o aviso de 184G eramuito lerminantc ü respeilo (formaes palavras doSr. Assiz.) Ora sendo o próprio assOssor, que dis-será isto, o mesmo, que fez ó resposta do juizAzevedo, (como assovenio pessoas que virão essojuiz do dia d de ntfife enlror, o 'salíir do cosa dos-se advogado) qiifíl sor ia a resposta :í esle ponlodi) aceusação'?. ..
'Como dizer-se qne a resposta
destruiu todos os copiliilds (1í."queixa?Agoio mais duos palavras oo Sr. Assiz, Roce-
nliéçi) cm S. S. lálcntpe alguns conheci mentos.mos permitia-me qne. eu, apezar de. estudantelhe declaro que S. S. nao ó capaz do respondersotisfactorioniente á alguns pontos da aceusação,bem como a cobrança do eslodos quo S S. mos-mo disso no cartório ser irrespondível, nem aocelebre o violento mondado, o assim a outros or-ligos, salvo se S. S. qtmer mostrar-so ignoranteda lei, on sophismal-o.
Concluirei pois declarando alio o bom soniqüeo juiz Azevedo o seu assessor com toda a suo lia li i-lidode não são (-«pazes de justificar Iodos os pre-voricoções. qne foi mão objecto do queixa, aindaque üo0csgràvaiar todos os cartórios, c pedir car-Ias particulares (com qne o juiz pretendei, defen •der-se,) e aguardo a publicação da resposta dojuiz para voltar á questão, que e do interesse pu-Mico.
S. Paulo 30 de marco de 1855.A. B.A.Mello.
Typ-, —Imparcial— dc Marques &. Irmão.