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COPEL

Companhia Paranaense de Energia - Copel

CNPJ/MF 76.483.817/0001-20

Inscrição Estadual 10146326-50

Companhia de Capital Aberto - CVM 1431-1

www.copel.com [email protected]

Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel - Curitiba - PR

CEP 80420-170

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO E

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2011

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SUMÁRIO

MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE .................................................................................................................... 3 1. PERFIL ORGANIZACIONAL.............................. ....................................................................................................... 6

1.1.Participação no Mercado................................................................................................................................ 7 1.2.Copel em Números ........................................................................................................................................ 7

2. DESTAQUES ............................................................................................................................................................ 8 2.1.Modernização Tecnológica ............................................................................................................................ 8 2.2.ISE Bovespa .................................................................................................................................................. 8 2.3.Agenda Copel de Mudanças Climáticas......................................................................................................... 8 2.4.Cheias no litoral ............................................................................................................................................. 9 2.5.Premiação do projeto Migrageo ..................................................................................................................... 9 2.6.Novas participações: geração eólica e transmissão de energia elétrica ......................................................... 9 2.7.Horto florestal de UHE Mauá........................................................................................................................ 10 2.8.Pesquisa Abradee........................................................................................................................................ 10 2.9.Talento Olímpico Paraná - TOP 2016 .......................................................................................................... 10 2.10.LT Foz do Iguaçu — Cascavel Oeste......................................................................................................... 10 2.11.Criação da Diretoria de Novas Energias..................................................................................................... 10 2.12.Principais Certificações e Prêmios ............................................................................................................. 11

3. GOVERNANÇA CORPORATIVA............................. ............................................................................................... 12 3.1.Estrutura e Boas Práticas de Governança.................................................................................................... 12 3.2.Política de Sustentabilidade e Cidadania Corporativa .................................................................................. 18 3.3.Planejamento Estratégico e Gestão ............................................................................................................. 19 3.4.Partes Interessadas ..................................................................................................................................... 20

4. DESEMPENHO OPERACIONAL ............................. ............................................................................................... 24 4.1.Cenários ...................................................................................................................................................... 24 4.2.Segmentos de Negócios .............................................................................................................................. 27 4.3.Pesquisa & Desenvolvimento + Inovação (P&D +I) ...................................................................................... 37

5. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO ......................................................................................................... 39 5.1.Receita Operacional Líquida ........................................................................................................................ 39 5.2.Custos e Despesas Operacionais ................................................................................................................ 39 5.3.EBITDA ou LAJIDA...................................................................................................................................... 40 5.4.Resultado Financeiro ................................................................................................................................... 40 5.5.Endividamento ............................................................................................................................................. 41 5.6.Lucro Líquido ............................................................................................................................................... 42 5.7.Valor Adicionado.......................................................................................................................................... 43 5.8.Desempenho do Preço das Ações ............................................................................................................... 44 5.9.Valor Econômico Agregado - VEA OU EVA ................................................................................................. 44 5.10.Investimentos na Concessão ..................................................................................................................... 45 5.11.Inadimplência de Consumidores ................................................................................................................ 46

6. DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL .......................... ............................................................................................ 47 6.1.Força de trabalho (informações somente das subsidiárias integrais)............................................................ 47 6.2.Clientes e comunidade................................................................................................................................. 51 6.3.Apoio a Políticas Públicas ............................................................................................................................ 56 6.4.Projetos e Programas Corporativos.............................................................................................................. 57 6.5.Meio ambiente ............................................................................................................................................. 62

7. BALANÇO SOCIAL ..................................... ........................................................................................................... 74 8. COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA. ............................................................. 78

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MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE

Temos o orgulho e a satisfação de apresentar o Relatório da Administração e as Demonstrações

Financeiras da Copel referentes ao exercício de 2011 — o primeiro ano da nova gestão do Estado

do Paraná, que tem à frente o governador Beto Richa.

Paralelamente aos bons resultados alcançados — traduzidos pelo lucro líquido de R$ 1,2 bilhão,

pelo crescimento da receita operacional líquida e pela capacidade de geração de caixa da

Companhia —, a efetividade das ações de gestão da Copel em 2011 vai ser encontrada no grande

salto estratégico empreendido pelo acionista controlador — o Estado do Paraná, que decidiu elevá-

la à condição de potência nacional dentro do setor elétrico brasileiro, principalmente nos

segmentos de geração e de transmissão de energia elétrica.

Tal decisão visa recobrar e ampliar os níveis de participação no mercado que a Copel já ostentou

em época anterior à vigência do modelo atual, ampliando seu foco de atuação e aproveitando, de

forma rentável e sustentável, as novas oportunidades para expansão de seus negócios. Como

diferencial de competitividade, a Companhia tem contado com o magnífico acervo representado

pela experiência e conhecimento do seu quadro técnico especializado, que com entusiasmo

mantém-se mobilizado para produzir soluções criativas, efetivas e econômicas aos novos projetos,

agregando valor à Companhia.

Assim, a Copel começou a consolidar em 2011 sua presença em outros estados — além do

Paraná — dando início às obras de construção da Usina Hidrelétrica - UHE Colíder (300

megawatts MW), no rio Teles Pires, no norte de Mato Grosso, da Linha de Transmissão - LT

Araraquara II/Taubaté (em 500 kV, com 356 km de extensão) e da subestação Cerquilho III (na

tensão de 230 kV, com 300 MVA de potência), estas duas no interior do estado de São Paulo.

Além disso, formalizou seu ingresso em quatro parques eólicos que estão sendo instalados no

interior do Rio Grande do Norte, adquirindo 49,9% de participação numa sociedade que vai operar

potência instalada total de 94 MW.

E coroando a temporada de êxitos, a Copel participou com sucesso do último leilão para novas

obras de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, em dezembro

de 2011, arrematando em consórcio com outras empresas quatro dos lotes colocados em disputa.

Eles totalizam 1.327 km de linhas e quatro subestações no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do

Sul e Maranhão, que devem absorver investimentos de R$ 1,2 bilhão, segundo estimativas

preliminares da Aneel.

Apesar desse magnífico desempenho em outras partes do Brasil, em nenhum momento a Copel se

descuidou do Paraná e de sua população. Os investimentos no sistema elétrico estadual foram

maciços, elevando os padrões da qualidade de atendimento ao público a níveis jamais alcançados,

com índices DEC e FEC de 10,64 horas e 8,26 interrupções, respectivamente. A Copel atende a

396 municípios, dos quais 393 integralmente e os demais especificamente em suas áreas rurais. A

instalação de agências e postos de atendimento presencial dos consumidores encerrou o ano

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cobrindo os 393 municípios que compõem a área de concessão da Copel, um deles em Santa

Catarina. A expansão do sistema de telecomunicações por fibras ópticas avançou, viabilizando a

meta de alcançar todos os 399 municípios do Paraná até o fim de 2012.

Na área de geração, deu-se continuidade à construção da Usina Hidrelétrica - UHE Mauá, no rio

Tibagi, que ainda em 2012 agregará 361 MW às disponibilidades do setor elétrico, e foram

iniciadas as obras da Pequena Central Hidrelétrica - PCH Cavernoso II, na região Centro-Sul do

Estado, com 19 MW, empreendimento que marca a volta da Copel aos aproveitamentos

hidrelétricos de pequeno porte.

No segmento de transmissão, o destaque foi a conclusão e início de operação da linha de

transmissão em 525 kV conectando a subestação de Furnas, em Foz do Iguaçu, integrante do

sistema de transmissão de Itaipu, à subestação Cascavel Oeste, numa extensão de 116 km. Esta

obra, arrematada pela Copel em leilão da Aneel, é de importância estratégica para os três estados

da Região Sul, servindo como conexão expressa do seu sistema elétrico ao da Usina de Itaipu.

Outro empreendimento de relevância também arrematado em leilão pela Copel no Paraná é a

conexão da região de Umuarama, no noroeste paranaense, ao sistema elétrico de grande porte

instalado no oeste. A conexão consiste em uma subestação na classe de 230 kV a ser construída

em Umuarama e uma linha de transmissão com 143 km de extensão, que vai conectá-la à

subestação Cascavel Oeste. Esta obra, com previsão de operação no início de 2014, será

executada pela empresa Costa Oeste, que integra em parceria a Copel (51% de participação) e a

Eletrosul (49%).

Como é possível observar, a Copel fez muito em 2011 e, confiando na capacidade, talento e

disposição de seu quadro de profissionais, fará ainda mais em 2012, ano em que projeta realizar o

maior programa de investimentos de sua história. São R$ 2,3 bilhões, cabendo quase metade —

ou R$ 1,1 bilhão — à área de distribuição, a que responde mais de perto pela qualidade do serviço

prestado ao cliente.

Apoiada em seu sólido compromisso com a sustentabilidade, a Copel vem investindo em

programas que buscam atender essa premissa em todas as suas dimensões, o que lhe valeu para

manter suas ações durante o ano de 2012 no Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE da

Bolsa de Valores de São Paulo - BM&FBovespa.

Exemplo dessas ações foi o patrocínio integral da Companhia ao trabalho de elaboração e

confecção da Base Hidrográfica do Paraná, o primeiro do gênero no Brasil a receber homologação

da Agência Nacional de Águas - ANA. O estudo mapeia, codifica e identifica detalhadamente os

mais de 976 mil cursos d’água de todos os portes existentes no Estado — inclusive com a

caracterização do relevo, representado por curvas de nível com resolução de até 20 metros.

Esse minucioso trabalho exigiu mais de três anos de dedicação de uma equipe de especialistas de

diversas instituições e empresas da administração pública estadual, consumindo cerca de

R$ 1,6 milhão em recursos. Ao patrocinar a concretização do projeto, a Copel outorgou ao Governo

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do Paraná, aos seus agentes e à população em geral uma preciosa ferramenta para ajudar a

orientar a formulação, implantação e gerenciamento de políticas públicas e projetos de

desenvolvimento alicerçados na sustentabilidade.

Em outra vertente, a da promoção social, foram diversas as iniciativas voltadas às parcelas

economicamente mais carentes da população paranaense, que receberam da Copel mais do que

informações sobre como evitar o desperdício de energia e reduzir seu consumo mensal de

eletricidade. Por meio de projetos vinculados ao Programa de Eficiência Energética - PEE da

Companhia, milhares de famílias receberam gratuitamente lâmpadas fluorescentes compactas,

mais econômicas, e algumas centenas receberam refrigeradores novos, com selo de eficiência

categoria “A” do Procel, em substituição a equipamentos ultrapassados e em mau estado de

conservação. A Companhia também instalou em diversos domicílios chuveiros elétricos dotados de

recuperadores de calor, mais eficientes do ponto de vista energético.

Informações detalhadas a respeito dessas importantes realizações e de todas as outras que foram

empreendidas pela Copel no decorrer de 2011 estão nas páginas que seguem. Temos convicção

de que sua atenta leitura trará uma visão bastante positiva e otimista do futuro que está sendo

traçado para a Companhia.

O compromisso que temos com a população do Paraná, com nossos acionistas e colaboradores é

agregar valor à Copel por meio da expansão de seus negócios, da melhoria de seus serviços e

valorização de seus recursos humanos.

Registramos nosso respeitoso agradecimento ao governador do Paraná, Beto Richa, na condição

de representante do acionista controlador da Companhia, pela segura orientação e pela confiança

que vem depositando nos gestores da Copel e no comprometimento dos que nela trabalham.

Da mesma forma, agradecemos aos demais integrantes da Diretoria Executiva e aos componentes

do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, cujo empenho na busca da valorização e

crescimento da Copel nos inspira e entusiasma.

Por fim, externamos especial agradecimento a todos os Copelianos, incansáveis em demonstrar

diariamente seu pleno comprometimento com os objetivos da Companhia.

Curitiba, 26 de março de 2012

Lindolfo Zimmer

Diretor Presidente

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1. PERFIL ORGANIZACIONAL

A Copel, criada em outubro de 1954, atua com tecnologia de ponta nas áreas de geração,

transmissão, distribuição de energia e telecomunicações. Opera um sistema elétrico com parque

gerador próprio de usinas, linhas de transmissão, subestações, linhas e redes de distribuição e um

sistema óptico de telecomunicações que integra as principais cidades do Estado. Participa também

nos setores de saneamento e gás. Informações detalhadas na Nota Explicativa - NE 01 e no

capítulo 2.6.

58,63% Votante 26,41% Votante 13,53% Votante 1,06% Votante 0,37% Votante31,08% Total 23,96% Total 44,09% Total 0,56% Total 0,31% Total

13,45% Votante28,59% Total

0,08% Votante15,47% Total

0,00% Votante0,03% Total

70,0% Total 60,0% Total 70,0% Total 51,0% Total 45,0% Total

51,0% Total 80,0% Total 49,0% Total 48,0% Total 30,0% Total

20,0% Total 51,0% Total 45,0% Total 40,0% Total 35,8% Total

41,2% Total 45,0% Total 23,0% Total 20,0% Total

30,0% Total 49,9% Total 20,0% Total

(1) Subsidiária IntegralObs.: A Copel também possui 0,82% do Capital Total da INVESTCO S.A. (UHE Lajeado).

DOMINÓ HOLDINGS S.A.

COSTA OESTE TRANSMISSORA DE

ENERGIA S.A.

MARUMBI TRANSMISSORA

ENERGIA S.A. CARBOCAMPEL S.A. COPEL AMEC LTDA.

CEOLPAR - CENTRAIS EÓLICAS DO PARANÁ

LTDA.

CEOLPAR - CENTRAIS EÓLICAS DO PARANÁ

LTDA.

UEGA - USINA ELÉTRICA A GÁS DE

ARAUCÁRIA LTDA.

ELEJOR - CENTRAIS ELÉTRICAS DO RIO

JORDÃO S.A.

COMPAGAS - CIA. PARANAENSE DE GÁS

(1) COPEL GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

(1) COPEL DISTRIBUIÇÃO

(1) COPEL TELECOMUNICAÇÕES

100,0% 100,0% 100,0%

BOVESPA

NYSE

LATIBEX

COPEL

FOZ DO CHOPIM ENERGÉTICA LTDA.

SERCOMTEL S.A. TELECOMUNICAÇÕES

DFESA - DONA FRANCISCA

ENERGÉTICA S.A.

ORGANOGRAMA - PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA

POSIÇÃO EM 31.12.2011

ESTADO DO PARANÁ BNDESPARCUSTÓDIA EM BOLSA

(Free Float)ELETROBRÁS OUTROS

TRANSMISSORA SUL BRASILEIRA ENERGIA

S.A.

CONSÓRCIO CRUZEIRO DO SUL -

UHE MAUÁ

SERCOMTEL CELULAR S.A.

ESCOELECTRIC LTDA.

CONSÓRCIO SÃO JERÔNIMO

DOIS SALTOS LTDA.CUTIA

EMPREENDIMENTOS EÓLICOS SPE S.A.

INST. DE TECNOLOGIA P/DESENVOLVIMENTO -

LACTEC

UEGA - USINA ELÉTRICA A GÁS DE

ARAUCÁRIA LTDA.

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1.1. Participação no Mercado

Principais produtos (%) Brasil Região Sul ParanáGeração de energia elétrica (1) 5,2 (2) 27,8 (2) (3) 61,9

Transmissão de energia elétrica (4) 2,5 14,7 41,5

Distribuição de energia elétrica (5) (6) 6,0 (6) 35,3 (7) 97,3

Distribuição de gás 2,3 22,7 99,9

(3) Não inclui as usinas do Rio Paranapanema

(7) Dado estimado

(1) Não incluídas as participações da Copel

(4) O mercado refere-se à Receita Anual Permitida - RAP

(5) Participação no atendimento ao mercado cativo/livre

(2) Não incluída a Usina de Itaipu

(6) Fonte: Empresa de Pesquisa Energética - EPE

1.2. Copel em Números

Indicadores Contábeis

Receita operacional ou vendas brutas 11.911.336 10.546.047 12,9

Deduções da receita 4.135.171 3.644.934 13,4

Receita operacional líquida ou vendas líquidas 7.776.165 6.901.113 12,7

Custos e despesas operacionais do serviço 6.472.671 5.968.143 8,5

Resultado das atividades 1.303.494 932.970 39,7

EBITDA ou LAJIDA 1.856.659 1.475.962 25,8

Resultado financeiro 224.768 348.425 (35,5)

IRPJ/CSLL 407.062 370.451 9,9 Lucro líquido (1) 1.157.690 987.807 17,2 Patrimônio líquido (1) 11.826.694 11.030.123 7,2

Juros sobre o capital próprio 421.091 200.000 110,5

Dividendos distribuídos - 81.460 -

Indicadores Econômico-Financeiros

Liquidez corrente (índice) 1,8 1,6 12,5

Liquidez geral (índice) 1,4 1,4 -

Margem do EBITDA ou LAJIDA (%) 23,9 21,4 11,7

Margem líquida (lucro líquido/receita operacional líquida) (%) 14,9 14,3 4,2

Rentabilidade do patrimônio líquido (%) (1) (2)10,5 9,6 9,4

(1) Líquido do valor dos sócios não controladores(2) LL ÷ (PL inicial)

Copel em Números - Em R$ mil (exceto quando indicad o de outra forma) 2011 2010variação %2011-2010

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2. DESTAQUES

2.1. Modernização Tecnológica

Foram implantados dois novos programas, o Sistema de Gestão Integrada de Consumidores - CIS

e o Sistema Integrado de Gestão Empresarial - ERP, que são poderosas ferramentas de gestão e

controle de todos os processos administrativos, financeiros e comerciais, o que propiciará ganhos

na otimização e agilidade de seus processos internos, garantindo, assim, o atendimento à

regulação do Setor Elétrico e de Telecomunicações.

CIS

Em maio de 2011 entrou em operação o Sistema de Gestão Integrada de Consumidores - CIS, que

permitiu integrar os bancos de dados de consumidores da Copel e aperfeiçoar os processos

envolvidos em seu gerenciamento — como atendimento, serviço, leitura, faturamento, arrecadação

e cobrança — conferindo alta velocidade e grande precisão ao processamento de informações,

monitoramento automático dos processos e confecção de relatórios gerenciais em tempo real.

ERP

Em janeiro de 2012 entrou em operação o Sistema Integrado de Gestão Empresarial - ERP, que

integra e facilita o fluxo de informações entre atividades administrativas, como aquisição de

materiais e serviços, controle de estoques, ativos e inventários, interação com fornecedores,

gestão de contas a pagar e a receber, informações contábeis e financeiras e gestão de recursos

humanos.

2.2. ISE Bovespa

A sétima edição do ISE confirma a permanência das ações da Copel, em 2012, na carteira formada

por papéis das empresas brasileiras sustentáveis e socialmente responsáveis da BM&FBovespa. A

Copel participa do ISE desde sua criação, em 2005, e desde então, fazemos parte da carteira, com

exceção do ano de 2008.

2.3. Agenda Copel de Mudanças Climáticas

Em junho de 2011, foi aprovada e publicada em nosso site a Agenda Copel de Mudanças

Climáticas, a qual apresenta os compromissos que a Companhia assume para os próximos anos

em relação ao tema.

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2.4. Cheias no litoral

A dificuldade de acesso para restabelecer a normalidade dos serviços nas localidades rurais de

Rasgadinho e Limeira (em Morretes) e Floresta (em Paranaguá), atingidas pelo temporal ocorrido

em março de 2011 foi o principal obstáculo enfrentado pelas equipes da Companhia.

Para as famílias residentes nas áreas atingidas, a Copel suspendeu por até seis meses o

vencimento das faturas mensais de energia elétrica dos domicílios comprovadamente prejudicados

pela chuva.

2.5. Premiação do projeto Migrageo

O projeto Migrageo da Copel recebeu o prêmio internacional Special Achievement in GIS

(Geographic Information System) - SAG, concedido pela empresa norte-americana Esri, que avalia

e premia empresas de todo o mundo que possuem projetos inovadores na área de

geoprocessamento. A Esri é líder mundial no segmento de softwares para sistemas de

geoprocessamento. Todos os anos, ela promove um congresso com especialistas de todo o mundo

sobre o tema, ocasião em que também acontece a premiação.

2.6. Novas participações: geração eólica e transmis são de energia

elétrica

A Copel adquiriu, em novembro de 2011, 49,9% de participação na empresa São Bento Energia

S.A., em quatro parques eólicos que estão sendo instalados no interior do Rio Grande do Norte, no

nordeste brasileiro. Quando concluídas, tais centrais, que gerarão energia elétrica a partir da força

dos ventos, terão potência instalada conjunta de 94 MW, o suficiente para atender o consumo de

uma cidade com 200 mil habitantes, aproximadamente.

Também em novembro de 2011 a Copel adquiriu 49,9% de participação na empresa Cutia

Empreendimentos Eólicos S.A., que detém os direitos sobre cinco projetos de parques eólicos,

também no Estado do Rio Grande do Norte, que terão potência instalada conjunta de 137 MW.

Ainda em 2011, através de licitação mediante leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia

Elétrica - Aneel, a Copel adquiriu participações nas empresas Costa Oeste S.A., Caiuá S.A., Sul

Brasileira S.A., Marumbi S.A. e Integração Maranhense S.A., titulares de concessões de serviço

público para implantação, operação e exploração de instalações de transmissão de energia elétrica

no âmbito da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional - SIN.

As empresas Caiuá S.A. e Integração Maranhense S.A. foram constituídas em 2012 e a empresa

São Bento Energia S.A. foi classificada como adiantamento para futuro investimento, portanto, elas

não integram a tabela de participações nos capítulos 1 e 4.2.5.

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2.7. Horto florestal de UHE Mauá

Em junho de 2011 foi inaugurado o Horto das Caviúnas, localizado em Telêmaco Borba, junto ao

canteiro de obras da UHE Mauá.

O horto serve à preservação e reprodução de diversas espécies coletadas durante o processo de

supressão vegetal para a formação do reservatório da usina e que serão utilizadas nos programas

de reflorestamento da Copel, tanto nas áreas de conservação ambiental no entorno do reservatório

quanto em programas de arborização urbana.

2.8. Pesquisa Abradee

Conforme a 13ª Pesquisa de Satisfação do Consumidor Residencial realizada pela Abradee -

Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica, por meio do Instituto Innovare, os

consumidores de energia elétrica atendidos pela Copel são os mais satisfeitos do Brasil com a

qualidade de fornecimento e com os serviços prestados por sua concessionária.

2.9. Talento Olímpico Paraná - TOP 2016

Participando do programa Talento Olímpico do Paraná - TOP 2016, neste ano a Copel iniciou o

patrocínio de atletas paranaenses que têm potencial para disputar medalhas nas Olimpíadas de

2016 e de 2020 através de bolsas-esporte para treinamento, proporcionando inclusão social e

desenvolvimento educacional.

2.10. LT Foz do Iguaçu — Cascavel Oeste

Em 2011, entrou em operação a nova LT em 525 kV, ligando as subestações Foz do Iguaçu —

pertencente à empresa Furnas Centrais Elétricas — e Cascavel Oeste, pertencente à própria

Copel. O empreendimento, com quase 116 km de extensão, demandou investimentos próximos de

R$ 100,0 milhões.

2.11. Criação da Diretoria de Novas Energias

O Conselho de Administração - CAD da Copel aprovou, em 21 de março de 2012, a proposta de

criação da diretoria de Novas Energias. Esta iniciativa vem ao encontro do uso crescente das

novas tecnologias para a geração de energia por meio de fontes alternativas e das pesquisas e

investimentos que a Copel tem feito neste sentido. A instalação da nova diretoria será homologada

em Assembleia Geral dos Acionistas, prevista para o final de abril de 2012.

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2.12. Principais Certificações e Prêmios

Dentre as principais certificações e prêmios conquistados em 2011, destacam-se:

Prêmio Cier de Qualidade e Satisfação de Clientes - categoria Ouro

Comisión de Integración Energética Regional - CierAmérica Latina

Serviço Social da Indústria - Sesi ParanáPrêmio Sesi de Qualidade no Trabalho (PSQT) - contemplada em2º lugar

Platts Top 250 - Global Energy Company - 250 melhores e maiorescompanhias energéticas do mundo

Prêmios/Certificações Certificador

As Melhores da Dinheiro - 3ª Melhor Empresa Brasileira do Setorde Energia

Revista IstoÉ Dinheiro

Prêmio Esporte - Categoria “Melhor Amigo do Esporte no Estado” Ministério do Esporte

Prêmio Internacional Special Achievement in GIS (Geograph icInformation System) - SAG

Empresa Esri, em San Diego, Estados Unidos

Prêmio Abradee - melhor avaliação pelo cliente entre as maioresEmpresas de Distribuição de Energia do Brasil

Abradee

Top of Mind - Empresa pública eficiente

Top of Mind - Empresa em que você gostaria de trabalhar (pela 5ª vez consecutiva)

Grandes e Líderes - 500 Maiores do Sul - Copel e Controladas -Maior Patrimônio Líquido do Paraná

Prêmio Honorífica Ordem do Pritaneu - Prêmio Avelino Vieira - 1ª edição

Revista Amanhã

Empresa Cidadã - pelas informações do Balanço Social 2010 Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro,Sistema Firjan e Fecomércio

Revista Amanhã e Instituto Bonilha de Pesquisa

Prêmio IBQP

Rotary Club de Curitiba Oeste

Prêmio Join (Jogos da Integração e Inclusão de Curi tiba) - Patrocínio da Copel junto à prefeitura de Curitiba para promoção dos Jogos da Integração e Inclusão de Curitiba

Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude

Prêmio ISA - Patrono Bronze ISA

Grandes e Líderes - 500 Maiores do Sul - Copel e Controladas -Maior Empresa do Setor de Energia

Agência de avaliação de mercado Platts, uma divisão daMcGraw-Hill Companies

Revista Amanhã e Instituto Bonilha de Pesquisa

Revista Amanhã

Grandes e Líderes - 500 Maiores do Sul - Copel e Controladas - 2ªmaior Empresa do Paraná e 4º lugar entre as 500 maiores do Sul

Revista Amanhã

Revista Amanhã e Instituto Bonilha de PesquisaTop of Mind - Grande Empresa do Paraná - 1º lugar no Paraná como a "mais lembrada" na categoria Grandes Empresas.

International Society of Arboriculture - ISA

Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade - IBQP

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3. GOVERNANÇA CORPORATIVA

A Copel busca constantemente aprimorar a aplicação de boas práticas de governança corporativa,

e utiliza como parâmetro o modelo proposto pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa -

IBGC, nos termos de seu Código das Melhores Práticas. Os administradores buscam, dessa forma,

contribuir para sua perenidade, com visão de longo prazo na busca de sustentabilidade econômica,

social e ambiental; aprimorar o relacionamento e a comunicação com todas as partes interessadas;

minimizar os riscos estratégicos, operacionais e financeiros; e aumentar o valor da Companhia,

viabilizando a estratégia de captação de recursos.

A Companhia adota regimentos internos para todos os seus órgãos colegiados, que contêm

orientação para tratar eventuais conflitos de interesse, tema este também presente em seu Código

de Conduta.

Com a adesão ao nível 1 de governança corporativa da BM&FBovespa, a Copel reiterou os

compromissos de atender aos princípios de transparência junto ao mercado de capitais.

Os indicadores e as metas definidos no processo de autoavaliação da gestão resultaram na

elaboração do Relatório de Gestão submetido à avaliação do Prêmio Nacional de Qualidade em

2010. Em 2011, o compromisso da Copel com a conduta ética, transparente e com as melhores

práticas de governança corporativa foi reconhecido, tendo a Companhia mantido suas ações no

ISE da Bovespa.

3.1. Estrutura e Boas Práticas de Governança

O organograma a seguir apresenta a estrutura organizacional da Companhia, com três subsidiárias

integrais, comitês e conselhos oficiais:

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• Assembleia Geral - AG

A Assembleia Geral de Acionistas é o fórum no qual os acionistas têm poderes para decidir todos

os negócios relativos ao objeto da Companhia e tomar as resoluções consideradas convenientes

quanto a sua defesa e seu desenvolvimento, sendo a Assembleia Geral Ordinária realizada no

primeiro quadrimestre de cada ano.

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• Conselho de Administração - CAD

O funcionamento e as competências do CAD são estabelecidos em seu regimento interno, no

Estatuto Social e na Lei das Sociedades Anônimas. Os membros do CAD têm mandato unificado

de dois anos, podendo ser reeleitos. Dentre seus integrantes, um é empregado da Companhia

indicado pelos demais empregados e outros dois são indicados pelo acionista BNDES

Participações S.A. - BNDESPar, por força de acordo de acionistas. Pela Diretoria da Copel, apenas

o Diretor Presidente é membro do CAD e atua como secretário executivo do Órgão. As posições de

Presidente do CAD e Diretor Presidente da Companhia não são ocupadas pela mesma pessoa.

Dentre os nove membros do atual mandato do CAD, cinco são considerados independentes, nos

termos da Lei Sarbanes-Oxley, sendo um deles especialista financeiro e Presidente do Comitê de

Auditoria, órgão consultivo e permanente, diretamente ligado ao CAD.

No período de 2010-2011, foi dada continuidade ao processo formal de autoavaliação periódica do

CAD e de seus conselheiros individualmente.

• Conselho Fiscal - CF

O Conselho Fiscal também é eleito em AG. É permanente e composto por cinco membros efetivos

e cinco suplentes, para mandato de um ano, sendo três membros indicados pelo acionista

controlador, um pelos acionistas minoritários titulares de ações ordinárias e outro pelos acionistas

minoritários titulares de ações preferenciais. Seu funcionamento e competências são estabelecidos

no Estatuto Social, no regimento interno e na Lei das Sociedades Anônimas. Os membros desse

Conselho, ou pelo menos um deles, participam das AG, das reuniões do CAD e das reuniões do

Comitê de Auditoria que tratem de assuntos de sua competência.

• Comitê de Auditoria

O Comitê de Auditoria é constituído por três membros, independentes e integrantes do CAD, nos

termos da Lei Sarbanes-Oxley, com mandato de dois anos. Dentre suas competências

estabelecidas naquela lei e no regimento interno do Comitê constam a revisão e supervisão dos

processos de elaboração das demonstrações financeiras trimestrais e anuais e de controles

internos e administração de riscos, bem como o zelo pela qualidade e eficiência desses processos.

Nessa atividade, o Comitê deve relatar ao CAD da Companhia eventual inobservância a normas

legais e regulamentares que coloquem em risco a continuidade dos negócios da Copel.

Desde 2007, é realizada anualmente, pelos membros do Comitê de Auditoria, autoavaliação das

atividades do colegiado e de seus membros individualmente.

• Auditoria Interna

A Auditoria Interna da Companhia — utilizando a melhor prática recomendada pelas Normas

Internacionais para o Exercício Profissional da Auditoria Interna, preconizadas pelo The Institute of

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Internal Auditors — é regida por regulamento aprovado pela Alta Administração. Está

estatutariamente subordinada ao CAD, respondendo funcionalmente ao Comitê de Auditoria e

administrativamente à Presidência.

Sua atuação é centralizada, com acesso livre e irrestrito a todas as unidades administrativas,

registros, arquivos, documentos e informações internas e externas de interesse da Companhia.

Com a aplicação de uma abordagem independente, sistemática e disciplinada, avalia a eficácia dos

processos de gerenciamento de riscos, de controles internos e de governança corporativa,

emitindo recomendações para o alcance do desempenho eficaz das áreas, auxiliando a

organização a alcançar seus objetivos.

Também está sob responsabilidade da Auditoria Interna a avaliação preliminar de todas as

manifestações recebidas pelo Canal de Comunicação Confidencial encaminhadas ao Comitê de

Auditoria, orientando, a partir dos riscos avaliados, a responsabilidade pelas ações relacionadas à

apuração dos fatos apresentados.

• Auditoria Externa

Nos termos estabelecidos pela Instrução CVM nº 381/2003, a Companhia e suas subsidiárias

integrais contrataram a KPMG Auditores Independentes para prestação de serviços de auditoria

das demonstrações financeiras. Desde sua contratação foram prestados somente serviços

relacionados a auditoria independente. A Companhia tem como ponto fundamental não contratar

outros serviços de consultoria que interfiram na independência dos trabalhos de auditoria externa.

Para atendimento aos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley, desde 2005, os principais controles dos

ciclos que podem causar falhas ou erros nas demonstrações financeiras acima do nível de

materialidade são testados pelas auditorias interna e externa.

• Diretoria Executiva

A diretoria é eleita pelo CAD, sendo composta por oito membros, com mandato de três anos. É

responsável pelas funções executivas da Copel, com atribuição privativa de representá-la. Suas

atribuições, deveres e responsabilidades individuais são estabelecidos no Estatuto Social, sendo a

forma de atuação prevista em regimento interno. A Companhia não vincula a remuneração dos

executivos ao alcance de metas financeiras e não financeiras.

Desde 2007, é realizada anualmente, pelos Diretores da Companhia, autoavaliação das atividades

da Diretoria e de seus membros titulares individualmente.

• Código de Conduta

O Código de Conduta, instituído em 2003, tem se consolidado dinamicamente, de modo a refletir a

integridade de seus procedimentos em todas as suas relações, sejam internas, com seus

empregados, ou com todas as demais partes interessadas em seus negócios. Seu conteúdo,

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quando revisado e atualizado, envolve diversas partes interessadas, como administradores,

empregados, fornecedores, clientes, acionistas e consumidores.

• Conselho de Orientação Ética

O Conselho de Orientação Ética tem como objetivo discutir, orientar ações da Copel e examinar

casos que lhe sejam apresentados, fazendo recomendações no sentido de que a atuação da

Companhia seja permanentemente conduzida por princípios moralmente sãos no desenvolvimento

de seus negócios, zelando pela divulgação e pela efetiva aplicação do Código de Conduta. O

Conselho é composto por nove membros, sendo oito empregados da Companhia, coordenados por

um representante da sociedade civil, o que garante maior transparência e participação das partes

interessadas no processo.

• Comissão de Análises de Denúncia de Assédio Moral - Cadam

A Cadam é a comissão instituída em 2010, com o objetivo de estabelecer regras para tratamento

das denúncias de assédio moral e para a investigação de sua procedência.

• Comitê Permanente de Divulgação de Atos e Fatos Rel evantes

O Comitê Permanente de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes foi implantado com o intuito de

preservar a imagem e a credibilidade da Copel junto aos acionistas, investidores, analistas e

profissionais do mercado de capitais. O Comitê é composto por representantes da Presidência, da

Diretoria de Finanças, Relações com Investidores e de Controle de Participações, da Diretoria

Jurídica e demais áreas pertinentes. Sua principal atribuição é assessorar o Diretor de Finanças,

Relações com Investidores e de Controle de Participações na aplicação da Política de Divulgação

da Copel, revisando e aprovando as informações a serem divulgadas ao mercado de capitais por

quaisquer meios.

• Relacionamento com acionistas e investidores

Ao final de 2011, 25.402 acionistas participavam do capital social da Copel, correspondente a

R$ 6.910,0 milhões, representados por 273.655 mil ações, sem valor nominal.

A Diretoria de Finanças, Relações com Investidores e de Controle de Participações, ao longo de

2011, prestou atendimento a expressivo número de acionistas, investidores e analistas dos

mercados de capitais nacional e internacional, bem como participou de conferências, seminários e

reuniões e realizou road shows nos principais centros financeiros do Brasil, da Europa e da

América do Norte.

Distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio

A partir da Lei nº 9.249/1995, a Copel adota como política, a distribuição de juros sobre o capital

próprio em substituição aos dividendos, de forma total ou parcial. O montante de dividendos

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distribuídos é de, no mínimo, 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com o artigo 202 e seus

parágrafos da Lei nº 6.404/1976.

Tag Along

A Copel garante direitos de tag along para suas ações ordinárias minoritárias, assegurando a seus

detentores o preço mínimo de 80% do valor pago pelas ações integrantes do bloco de controle.

Acordo de Acionistas

Está em vigor acordo de acionistas firmado entre o Estado do Paraná e o BNDESPar, cujo objetivo

principal é assegurar ao BNDESPar a indicação de dois membros para o Conselho de

Administração da Copel e ter conhecimento prévio das matérias societárias submetidas à

apreciação do CAD e das AG da Companhia.

Mercados em que as ações da Copel são negociadas

A Copel abriu seu capital em abril de 1994 na BM&FBovespa e tornou-se, em julho de 1997, a

primeira empresa do setor elétrico brasileiro listada na Bolsa de Valores de Nova York. Sua marca

também está presente, desde junho de 2002, na Europa, com seu ingresso no Latibex — o braço

latino-americano da Bolsa de Valores de Madri. Em maio de 2008, a Copel aderiu ao nível 1 de

Governança Corporativa da BM&FBovespa.

Os papéis de emissão da Copel integram os seguintes índices medidos pela BM&FBovespa:

• Ibovespa: mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de

ações brasileiro. Sua relevância advém do fato de o índice retratar o comportamento dos

principais papéis negociados na Bovespa. Esse índice manteve a integridade de sua série

histórica e não sofreu modificações metodológicas desde sua implementação em 1968.

• ISE: tem por objetivo refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com

reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade

empresarial, e também atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial

brasileiro.

• IEE: primeiro índice setorial da Bovespa, o Índice de Energia Elétrica - IEE foi lançado em

agosto de 1996, com o objetivo de medir o desempenho do setor de energia elétrica,

constituindo-se em instrumento que permite a avaliação da performance de carteiras

especializadas nesse setor.

Adicionalmente, os papéis da Companhia integram os seguintes índices medidos pelo

Latinoamerica en Euros - Latibex da Bolsa de Madri:

• FTSE Latibex All share: são todas as ações listadas no Latibex;

• FTSE Latibex Brasil: cobre as ações mais líquidas brasileiras no Latibex; e

• FTSE Latibex TOP: cobre as 15 ações mais líquidas no Latibex.

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• Gestão de Riscos

O processo de Gestão Integrada de Riscos Corporativos teve início na Copel em 2006, com o

objetivo de acompanhar a gestão de riscos nas áreas corporativas e nas subsidiárias integrais,

procurando maximizar, de maneira consistente e permanente, os valores econômico, social e

ambiental para todas as partes interessadas.

A Política e o Modelo de Gestão de Riscos foram implementados em 2009, definindo os princípios

e as diretrizes de atuação da Companhia. Entre os princípios norteadores estão a classificação e a

forma de avaliação dos riscos, a definição de parâmetros de apetite ao risco, bem como o Princípio

da Precaução, já que a Companhia não só prevê a probabilidade de ocorrência de danos, como

também promove mecanismos de mitigação dos riscos.

Devido à incerteza intrínseca dos riscos, a Copel considera, além dos impactos financeiros,

também os impactos qualitativos. Além disso, a Companhia analisa medidas de mitigação dos

riscos, adotando controles, indicadores e planos de ação que levam à priorização dos riscos e

apoia a tomada de decisões.

A estratégia adotada pela Copel permite considerar os riscos em seu processo decisório segundo

os seguintes níveis de abordagem:

• Riscos-chave de negócio: são os riscos associados aos objetivos estratégicos da Companhia

e, desta forma, a gestão é de responsabilidade da Alta Administração (CAD, Diretoria e

Comitê de Riscos).

• Riscos-chave de processos: são os riscos relacionados aos processos, de responsabilidade

dos gestores de processos.

• Riscos-chave de projetos: são os riscos vinculados aos projetos estratégicos, cuja gestão é

de responsabilidade dos gestores de projetos.

Em 2011 a Companhia deu continuidade ao monitoramento dos riscos-chave de negócio e

intensificou ações voltadas à avaliação dos riscos relativos à composição de novos negócios e

participação em leilões promovidos pela Aneel, tendo em vista o interesse estratégico em tais

empreendimentos.

3.2. Política de Sustentabilidade e Cidadania Corpo rativa

O documento tem como objetivo estabelecer as diretrizes de sustentabilidade e cidadania

empresarial norteadoras das decisões e ações da Companhia, buscando a sustentabilidade

empresarial, respeito a todas as partes interessadas e ampla promoção da diversidade e da ética

na condução dos negócios. A Política está baseada na missão e valores corporativos e nos

Princípios do Pacto Global da Organização das Nações Unidas, bem como nos Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio e é complementar ao Código de Conduta da Copel.

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Os Princípios da Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial são: Comprometimento;

Atitude Pró-ativa diante da Lei; Diálogo, Comunicação e Transparência; Respeito à Dinâmica

Socioambiental; Responsabilidade Individual e Valorização da Diversidade.

3.3. Planejamento Estratégico e Gestão

• Referencial Estratégico

Visão

Simplesmente a Melhor da Década.

Missão

Prover energia e soluções para o desenvolvimento com sustentabilidade.

Princípios e Valores

Conjunto de crenças e pressupostos que balizam a gestão estratégica, organizacional e das

pessoas e que orientam todas as ações e decisões internas e externas da Companhia e de seus

membros:

• Ética - Resultado de um pacto coletivo que define comportamentos individuais alinhados a

um objetivo comum.

• Respeito às Pessoas - Consideração com o próximo.

• Dedicação - Capacidade de se envolver de forma intensa e completa no trabalho,

contribuindo para a realização dos objetivos da organização.

• Transparência - Prestação de contas das decisões e realizações da Companhia para

informar seus aspectos positivos ou negativos a todas as partes interessadas.

• Segurança - Ambiente de trabalho saudável em que os empregados e os gestores

colaboram para o uso de um processo de melhoria contínua da proteção e promoção da

segurança, saúde e bem-estar de todos.

• Responsabilidade - Condução da vida da Companhia de maneira sustentável, respeitando

os direitos de todas as partes interessadas, inclusive das futuras gerações, e o compromisso

com a sustentação de todas as formas de vida.

• Inovação - Aplicação de ideias em processos, produtos ou serviços de forma a melhorar

algo existente ou construir algo diferente e melhor.

Em 2011, o Planejamento Estratégico Integrado da Copel foi elaborado de acordo com o

Referencial Estratégico, que estabelece e baliza o posicionamento futuro. O Referencial

Estratégico da Companhia foi redefinido em abril de 2011, a partir do trabalho desenvolvido por

profissionais de todas as diretorias.

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Os esforços foram na busca de resultados para atender a dois grandes desafios estratégicos:

excelência operacional e expansão sustentável.

Para a contribuição e o alcance dos resultados esperados, o foco do planejamento empresarial foi

a execução do plano estratégico, tendo como principais atividades:

• Comunicação da estratégia, envolvendo o universo de gerentes e empregados, com o

objetivo de promover o entendimento, motivação e comprometimento;

• Reuniões de análises criticas e estratégicas visando o aprimoramento do processo de

desenvolvimento e gestão da estratégia, a partir da qualificação dos critérios e metodologias;

• Qualificação dos indicadores e metas para os diferentes níveis hierárquicos seguindo as

boas práticas do mercado e premissas da Fundação Nacional da Qualidade - FNQ, através

do Modelo de Excelência de Gestão;

• Desdobramento da estratégia em toda a organização e publicação do Painel Estratégico e do

Cockpit de Indicadores e Metas, de forma a garantir que toda a Companhia pudesse

acompanhar os resultados obtidos; e

• Criação do Escritório de Projetos Corporativo com o objetivo de subsidiar no

desenvolvimento e controle dos projetos.

A Diretoria da Copel decidiu pela adoção do Modelo de Excelência da Gestão - MEG da FNQ. Este

modelo tem o objetivo de promover a melhoria da gestão empresarial, tendo como referência os

fundamentos de excelência, reconhecidos internacionalmente e que são encontrados em

organizações líderes de Classe Mundial.

3.4. Partes Interessadas

Em 2011, as partes interessadas direta e sistematicamente envolvidas com a Companhia foram:

público interno, clientes, fornecedores, poderes públicos, acionistas e investidores, sociedade e

organizações ligadas ao meio ambiente.

Dentre as ações, destacam-se a aproximação com as comunidades desenvolvidas por meio de

projetos específicos, uma forma de melhor entender e construir uma relação sustentável com os

diversos públicos da Companhia.

3.4.1. Canais de Diálogo

Diálogo com o Público Interno

Como forma de dar prosseguimento ao Plano de Gestão de Pessoas em 2011, a Copel realizou

em setembro, por meio de instituto terceirizado, a Pesquisa de Opinião dos Empregados. O Plano

de Gestão de Pessoas está alinhado ao Planejamento Estratégico da Companhia e tem o intuito de

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garantir melhores condições de trabalho e uma comunicação eficiente com os empregados. A

Pesquisa de Opinião dos Empregados substituiu a Pesquisa de Clima Organizacional.

A pesquisa mediu a satisfação, comprometimento e a felicidade em trabalhar na Copel utilizando o

Índice de Felicidade no Trabalho - IFT. A metodologia utilizada foi qualiquantitativa, que significa

aplicação de questionários de autopreenchimento e realização de grupos focais. Entre os

resultados obtidos cabe destacar que 85,9% dos empregados consideram a Copel ótima ou boa

para se trabalhar e que 71,2% estão muito felizes ou felizes em trabalhar na Companhia.

Diálogo com Clientes

Os clientes atendidos pela Copel têm à disposição diversos canais de acesso para efetuar

solicitações, sugestões e reclamações. Entre os canais de maior destaque no volume de

atendimentos está o Call Center (0800 51 00116), sem custo de ligação para o cliente. Além de

empregados próprios, o serviço de teleatendimento emprega contratados portadores de

necessidades especiais junto às diversas associações de deficientes físicos do Paraná.

Em 2011 o Call Center da Copel atendeu, em média, 576 mil ligações mensais, representando

46% dos atendimentos da Companhia.

Atualmente o site da Copel (www.copel.com) recebe aproximadamente 2 milhões de visitas

mensais. Foram 409 mil consultas e serviços mensais solicitados através da opção “Serviços

Online”.

Em 2011 foram abertos 256 novos postos de atendimento presencial pela Copel, totalizando 409

unidades distribuídas em toda a área de concessão. Elas realizaram, em média, 214 mil

atendimentos ao mês. O endereço de cada posto de atendimento pode ser consultado no site da

Copel, facilitando a localização pelos clientes.

Ainda em 2011, foi implementado o chat no site da Copel, mais um canal de atendimento via

internet, que recebeu um total de 123 mil acessos online ao longo do ano, a fim de tirar dúvidas e

solicitações de serviços. Também foi feita a integração do e-mail enviado pelo cliente com o

sistema de telefonia, possibilitando, em tempo real, conhecer a quantidade de e-mails recebida,

facilitando a gestão das pessoas que analisam os documentos e respondem aos clientes, com o

recebimento de 66 mil documentos durante todo o ano.

Em fevereiro de 2012, foi alterado o procedimento da Unidade de Resposta Audível - URA de

Emergência, que agora informa o protocolo da solicitação no início da ligação. Está em fase de

testes a URA de Religação, na qual o cliente faz o pedido de religação eletronicamente, sem

atendimento humano, otimizando as chamadas do atendimento telefônico, com previsão de entrar

em produção em 2012.

Os registros de falta de energia através de SMS - Short Message Service de telefones celulares,

também conhecidos como “torpedos”, ocorreram na média 5,4 mil vezes ao mês em 2011. Para

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utilizar esse serviço basta que o cliente envie uma mensagem para o número 28593 com o texto

“SL” e o número da unidade consumidora constante na fatura de energia.

A Companhia também dispõe de 15 postos de atendimento móvel que percorrem bairros em

grandes cidades e participam de feiras, eventos e palestras em escolas ou empresas, bem como

divulgam informações sobre uso eficiente e seguro de energia elétrica.

Adicionalmente, a Copel oferece, nas agências dos Correios em todo o Estado, envelopes

pré-pagos para envio de documentos e solicitações à Companhia.

Além disso, a Copel mantém sua Ouvidoria e Conselho de Consumidores como meios para

melhorar o relacionamento com seus clientes.

Diálogo com Fornecedores

Parte importante da cadeia produtiva, os fornecedores encontram na Copel um parceiro de

negócios atento às necessidades para melhor atender e fortalecer o diálogo com vistas à melhoria

dos serviços prestados aos clientes.

Tão logo encontra os fornecedores para determinado produto, a Copel propõe reuniões de

integração efetuadas a cada novo contrato, antes do início dos serviços, onde são abordados os

assuntos acerca das práticas de segurança e saúde no trabalho exigidas pela Companhia,

questões relativas ao meio ambiente e responsabilidade social, bem como as cláusulas contidas no

Código de Conduta da Copel.

Reuniões extraordinárias e descentralizadas são outros diálogos, eventuais, abertos a participação

dos fornecedores habilitados a prestar serviços de Engenharia no negócio Distribuição,

coordenados e realizados pelas gerências Regionais, localizadas nas cidades polos do Estado. O

intuito é aproximar a realidade do mercado local com as exigências mínimas requeridas pela

Copel, mantendo um padrão de qualidade e de preceitos de saúde, segurança e ética assumidos

pela Companhia.

Nos contratos relativos às contratações de empreiteiras pelo negócio Distribuição, há reuniões

periódicas com os sindicatos das categorias (que representam 80% dos prestadores de serviço)

para tratar assuntos de interesse comum no negócio de obras e serviços de engenharia.

Desta maneira, a Copel busca aproximação com seus fornecedores e elevação do nível de

conhecimento e engajamento para toda a cadeia produtiva.

Diálogo com Acionistas, Investidores e Profissionai s do Mercado de Capitais

A Copel mantém canal de comunicação efetivo com seus acionistas e investidores por meio dos

departamentos de relações com investidores e de acionistas e custódia, dos e-mails ([email protected]

e [email protected]), da sua central de atendimento telefônico (0800 41 2772), do seu site

(www.copel.com/ri) e dos informativos impressos “Informe RI Copel” e “Informativo Trimestral”,

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entre outros comunicados e relatórios que são encaminhados aos profissionais do mercado de

capitais e acionistas e disponibilizados também no site da Companhia.

Desde de 2009 foi ampliada a atuação do canal de atendimento aos acionistas minoritários

([email protected]), para comunicação direta com o CAD da Copel.

Copel de Portas Abertas para Você

Desenvolvido como uma forma de estabelecer diálogo com os clientes e a comunidade, o

Programa “Copel de Portas Abertas para Você” consolida uma postura proativa da Companhia na

busca de maior aproximação e diálogo com o público.

Desde sua criação, em 2005, nos padrões da Norma AA1000 de diálogo direto com as partes

interessadas, os eventos do Programa têm ocorrido em todas as regiões do Estado e são abertos à

participação de qualquer interessado. Contam também com a participação das lideranças regionais

e locais da Companhia. Objetivam informar às partes interessadas sobre a atuação da Copel na

região, sobre o uso seguro e eficiente da energia, sobre os direitos e deveres dos consumidores e

sobre o acesso aos programas sociais, além de prestar o atendimento comercial feito por unidades

móveis. Por meio do Programa, a Copel identificou, na comunidade, a existência de dúvidas sobre

o serviço prestado e a necessidade de eventuais alterações em nossos processos internos de

atendimento.

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4. DESEMPENHO OPERACIONAL

4.1. Cenários

4.1.1. Análise Internacional

Passados mais de três anos do início da crise financeira internacional, os dados do Fundo

Monetário Internacional - FMI indicam uma recuperação mais rápida dos países de economias

emergentes e uma incerta recuperação dos países desenvolvidos. As economias avançadas

possuem elevadas dívidas, em função do socorro ao setor privado durante a crise de 2008, e as

projeções apontam para a manutenção de baixo crescimento e desemprego. Dentro do bloco da

União Europeia não há consenso em se resolver a crise da dívida dos PIIGS — Portugal, Itália,

Irlanda, Grécia e Espanha. Desta forma se mantém o risco de nova crise no sistema financeiro, já

que os grandes bancos são os maiores credores destes países. Por outro lado, o desempenho

econômico dos países que constituem os BRIC — Brasil, Rússia, Índia e China — está acima do

previsto logo após o início da crise financeira, com a China na base de sustentação dos mercados

de commodities. As projeções do FMI para o crescimento da economia mundial, das economias

desenvolvidas e dos mercados emergentes em 2012 são de 3,3%, 1,2% e 5,4%, respectivamente.

4.1.2. Análise Nacional

A adoção de uma política macroeconômica consistente, baseada no controle da inflação,

responsabilidade fiscal e no câmbio flutuante, aliada a uma moderna regulação do sistema

financeiro nacional, tem sido essencial para a estabilidade financeira. Isso permitiu um aumento da

renda per capita e a redução da desigualdade social. Reflexos deste contexto foi a melhoria na

classificação do risco da dívida brasileira por três respeitadas agências internacionais em 2011.

A renda e a massa salarial possuem perspectivas de elevação no curto prazo, devido ao aumento

do salário mínimo a partir de 1º.01.2012. O estreitamento entre desemprego efetivo e natural

implica ganhos reais aos salários ao longo dos anos e o efeito estrutural é a distribuição de renda.

Se, por um lado, os reajustes salariais e a manutenção do emprego sustentam o otimismo, por

outro os juros em patamares ainda elevados, o aumento do endividamento e a aceleração da

inflação devem conter esta confiança.

As incertezas em relação ao cenário internacional, que afetariam a economia brasileira através dos

canais de crédito e confiança, deram espaço para que o Comitê de Política Monetária do Banco

Central reduzisse o aperto monetário no segundo semestre de 2011. Com a demanda doméstica

em patamar elevado, a inflação atingiu o teto previsto para o ano, mas a previsão é de que irá

convergir ao centro da meta em 2012. O modesto crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro

em 2011, explicado em partes pela elevada base do ano anterior, foi sustentado pelo valor

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adicionado dos serviços, na ótica da produção, e pela despesa de consumo das famílias na ótica

da demanda. As estimativas do Fundo Monetário Internacional para o PIB brasileiro de 2012 e

2013 são de 3,0% e 4,0%, respectivamente

4.1.3. Análise Estadual

O balanço dos indicadores econômicos do Paraná em 2011 mostra que o Produto Interno Bruto

estadual cresceu 4,0%, superando a expansão da economia brasileira, segundo dados apurados

pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social - Ipardes. Os resultado das

pesquisas realizadas ao longo do ano apresentam números bastante positivos, que refletem a

aposta no crescimento realizada pelos agentes econômicos atuantes no Paraná. A diferença entre

as duas taxas de crescimento, favorável ao Estado, pode ser atribuída principalmente ao setor

industrial. De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, os

dados da produção física paranaense mostram que o Estado registrou taxas acima da média Brasil

e da região Sul em 2011. As estatísticas com recordes na geração de emprego formal e os

significativos resultados do comércio e exportações ao longo do ano também ressaltam o

dinamismo da economia paranaense.

A partir de 2012 projeta-se uma economia com vetores de crescimento na ampliação do complexo

metalmecânico, derivada do retorno dos investimentos produtivos, preponderantemente

transnacionais, na maturação das inversões na petroquímica, na continuidade da trajetória

ascendente da produtividade agrícola e no adensamento da cadeia agroindustrial, em direção da

oferta de bens alimentares elaborados. Além disso, como importante determinante da expansão da

economia local, pode-se citar o aumento dos investimentos como proporção do gasto público

estadual, redundando na ampliação e na modernização da infraestrutura física, o que deverá

garantir externalidades positivas ao setor produtivo, com subsequentes ganhos em termos de

competitividade.

4.1.4. Análise Setorial

• Prorrogação das Concessões

Em 2015 vencem as concessões de cerca de 20% da geração de energia elétrica do país (21,5

GW de Potência Instalada), 41 distribuidoras (30% do mercado de distribuição) e 73.000 km de

Linhas de Transmissão - LT (83% da rede Básica do SIN). O debate sobre qual o melhor

tratamento a ser dado a essa questão das concessões, renovação ou licitação, demanda solução

que proporcione e assegure condições adequadas de investimentos e de segurança energética

para o Brasil.

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Dentre as possibilidades, duas opções são possíveis: adequação da legislação para que se

permita nova prorrogação de concessões ou um processo de licitação das concessões quando do

vencimento dos contratos.

Em ambos os cenários a modicidade tarifária se destaca como uma variável decisiva nesse

processo e juntam-se a ela a necessidade da manutenção do parque existente, a necessidade de

garantias para a continuidade dos serviços com qualidade de atendimento aos consumidores e

retorno adequado aos concessionários. Além disso, a solução indicará como se dará a

manutenção dos investimentos na expansão do sistema.

Apenas a PCH de Rio dos Patos, com 1,7 MW de potência instalada, localizada em Prudentópolis,

no Paraná, está entre as usinas da Copel que ainda não foi prorrogada. Com vencimento para

fevereiro de 2014, deverá ser prorrogada por um período de até 20 anos, conforme previsto no

artigo 19 da Lei nº 9.074/1995. O requerimento com o pedido de prorrogação foi encaminhado para

a Aneel e encontra-se atualmente em análise.

A Copel, em 2015, terá o vencimento da concessão de parte importante dos seus sistemas de

transmissão, de distribuição e de pequena parte de seu parque gerador.

Nesse contexto, a Companhia vem buscando junto a todos os agentes e órgãos setoriais uma

solução transparente, ágil, isonômica e que as regras sejam apresentadas com a antecedência

necessária.

Temos também a expectativa de que a opção seja pela renovação das concessões naturalmente

em condições que permitam a manutenção da qualidade de serviços prestados, estabelecimento

das tarifas justas para os consumidores, e a preservação da viabilidade econômica e financeira dos

agentes e da indústria.

Por orientação da Aneel, a Companhia apresentará em maio de 2012 os requerimentos de

Prorrogação das Concessões para as usinas Mourão I, Chopim I e Gov. Pedro Viriato Parigot de

Souza - GPS e dos contratos de concessão da transmissão e da distribuição, que vencem em

2015.

• Comercialização de energia

Em 2011, a Copel firmou novos contratos no ambiente de contratação livre, conforme segue:

Energia Convencional:

Em MW médios 2012 2013 2014 2015 2016

Venda para comercializadores 20 135 122 30 23

Venda para consumidores livres 54 63 61 61 58

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Energia Incentivada com 50% de desconto na Tarifa d e Uso dos Sistemas de Distribuição -

TUSD:

• 2,1 MW médios para fornecimento de janeiro de 2013 a dezembro de 2014.

• Fluxo de Energia (em % e GWh)

Geração Própria 48,4% Mercado Cativo 42,2%

25.789 22.454

Concessionárias 1,1%

601

Consumidores Livres 1,7%

919

Energia Suprida 47,9%

25.485

Contratos Bilaterais 1.051

Energia Comprada 51,6% CCEAR 15.466

27.455 CCEE 549

Itaipu 5.278 MRE 8.419

CCEAR 18.354

Itiquira 912 Perdas e diferenças 7,1%

Dona Francisca 617 3.785

CCEE 523 Rede básica 1.214

Elejor 1.186 Distribuição 2.318

Proinfa 585 Alocação contratos no CG 253

Valores sujeitos a alterações após o fechamento pela CCEECCEAR = Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente ReguladoMRE = Mecanismo de Realocação de EnergiaCCEE = Câmara de Comercialização de Energia ElétricaCG = Centro de Gravidade do Submercado (diferença entre a energia faturada e a recebida no CG)

53.244

Disponibilidade

4.2. Segmentos de Negócios

4.2.1. Geração

A Copel detém e opera 18 usinas próprias, sendo 17 hidrelétricas e uma termelétrica, com

capacidade instalada total de 4.549,6 MW e energia assegurada de 1.958,6 MW médios (maior

detalhamento na NE nº 14). Em 2011, esses ativos geraram 25.789 GWh, 99,7% desse total de

fonte hidrelétrica. A geração de energia elétrica em nossas usinas é supervisionada e coordenada

por nosso Centro de Operação da Geração em Curitiba.

Além disso, a Copel obteve concessões para construir e operar as seguintes usinas:

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• Expansão de geração de energia

UHE Mauá: Com início de sua construção em 2008, a UHE Mauá incorporará 361 MW de potência

instalada aos parques geradores da Copel e da Eletrosul e será suficiente para atender a cerca de

um milhão de habitantes. O empreendimento está sendo implementado por meio do Consórcio

Energético Cruzeiro do Sul - CECS, que tem a participação da Copel (51%) e da Eletrosul (49%). A

UHE Mauá, localizada no trecho médio do Rio Tibagi, na divisa dos municípios de Telêmaco Borba

e Ortigueira, na região centro-leste do Estado do Paraná, é a maior obra em construção no Estado

e entrará em operação comercial no segundo semestre de 2012. Maiores detalhes na NE 15.7.

UHE Colíder: A Concessão do empreendimento UHE Colíder, com 300 MW de capacidade

instalada, foi arrematada em leilão em julho de 2010 pela Copel. Está localizado no Rio Teles

Pires, nos municípios de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colíder e Cláudia, no Estado do Mato

Grosso. O Contrato de Concessão foi firmado em janeiro de 2011 e o projeto tem investimento total

previsto da ordem de R$ 1,6 bilhão. O início das obras ocorreu em março de 2011, com início da

geração comercial previsto para dezembro de 2014.

PCH Cavernoso II : Com potência instalada de 19 MW, teve sua energia comercializada pela Copel

no Leilão de Energia Nova promovido pela Aneel em agosto de 2010. Está localizada no rio

Cavernoso, entre os municípios de Virmond e Candói, no Paraná. O início das obras de

implantação ocorreu em abril de 2011 e a entrada da operação comercial está prevista para o final

de 2012. O projeto tem investimento total previsto da ordem de R$ 120,0 milhões.

UHE São Jerônimo: O projeto compreende o futuro aproveitamento hidrelétrico São Jerônimo,

com potência instalada prevista de 331 MW, localizado no rio Tibagi, no Estado do Paraná. A

implantação do empreendimento terá como base a concessão de uso do bem público constante do

Edital de Leilão Aneel 02/2001 e que está adjudicada ao Consórcio São Jerônimo, no qual a Copel

possui 41,2% de participação. Para o início das obras é necessária a autorização do Congresso

Nacional, em conformidade com o artigo 231, parágrafo 3º, da Constituição Federal, visto que o

reservatório da usina atinge áreas indígenas.

• Novos Empreendimentos

Em consonância com a estratégia de expansão da geração, a Copel está se preparando para

participar de leilões de energia na disputa por concessões de aproveitamentos de interesse em

todas as regiões do Brasil, em especial os aproveitamentos localizados no Estado do Paraná e em

rios da Bacia do Tapajós, a atual fronteira de expansão de geração hidrelétrica do Brasil.

Com o objetivo de obter diferencial competitivo quando da participação em leilões onde estes

empreendimentos venham a ser disputados, a Companhia está elaborando os estudos de

viabilidade de quatro aproveitamentos no rio Piquiri e contratando estudos de cinco

aproveitamentos no Rio Tibagi: UHE Tibagi Montante - 32,0 MW, UHE Santa Branca - 58,0 MW,

UHE Telêmaco Borba - 109,0 MW, UHE Cebolão Médio - 120,0 MW e UHE Limoeiro - 142,0 MW.

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O Ministério de Minas e Energia já agendou um leilão de energia para agosto de 2012, voltado

para a contratação de energia gerada a partir de usinas hidrelétricas. A expectativa é leiloar usinas

que não tiveram a licença prévia ambiental concedida a tempo do último leilão, realizado em

dezembro.

4.2.2. Transmissão

O segmento tem como principal atribuição prover os serviços de transporte e transformação da

energia elétrica, sendo responsável pela construção, operação e manutenção de subestações,

bem como pelas linhas destinadas à transmissão de energia. A Copel detém e opera 2.029 km de

linhas de transmissão e 31 subestações da Rede Básica, com potência de transformação da ordem

de 10.000 MVA.

As obras de Subestações - SE e Linhas de transmissão - LT destinam-se à expansão e reforço do

Sistema Interligado Nacional - SIN (rede básica). Estão contemplados os empreendimentos

conquistados em leilões da Aneel, as obras autorizadas por meio de Resoluções Autorizativas e as

contempladas no Plano de Modernização de Instalações de Interesse Sistêmico. Em 2011 foram

investidos valores superiores a R$ 112,0 milhões nesse conjunto de projetos.

• Obras autorizadas pela Aneel

Várias obras de ampliações autorizadas pela Aneel foram executadas em 2011, incluindo

instalações de novos transformadores. Destaques para a conclusão das instalações de novos

transformadores nas subestações de Guaira (150 MVA/230 kV), Posto Fiscal (150 MVA/230 kV),

Foz do Chopin (150 MVA/230 kV) e Distrito Industrial de São José dos Pinhais (2x150

MVA/230 kV). A conclusão destes projetos gerou um acréscimo de R$ 8,1 milhões de Receita

Anual Permitida - RAP para Copel.

• LT Umuarama — Cascavel Oeste e SE Umuarama

A Costa Oeste Transmissora de Energia S.A. foi criada após o Consórcio Costa Oeste, formado

pela Copel (51%) e pela Eletrosul (49%), ter arrematado em setembro de 2011, em leilão

promovido pela Aneel, a concessão para construir e operar sistema de transmissão composto de:

• LT 230 kV Cascavel Oeste — Umuarama, 143 km e

• SE 230/138 kV Umuarama, 300 MVA.

• LT interligando os estados do Paraná, Santa Catarin a e Rio Grande do Sul

A Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A., formada pela Copel (20%) e Eletrosul (80%),

arrematou em dezembro de 2011, a concessão para construir e operar o sistema de transmissão

composto de:

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• LT 230 kV Nova Santa Rita — Camaquã 3, 140 km;

• LT 230 kV Camaquã 3 — Quinta, 163 km;

• LT 525 kV Salto Santiago — Itá, 190 km;

• LT 525 kV Itá — Nova Santa Rita, 305 km e

• SE 230 kV Camaquã 3, 166 MVA.

• LT e subestações em 230 kV no Paraná

A Caiuá Transmissora de Energia S.A., formada pela Copel (49%) e Elecnor (51%), arrematou em

dezembro de 2011, a concessão para construir e operar o sistema de transmissão composto de:

• LT 230 kV Umuarama — Guaíra, 105 km;

• LT 230 kV Cascavel Oeste — Cascavel Norte, 31 km;

• SE 230 kV Santa Quitéria, 400 MVA e

• SE 230 kV Cascavel Norte, 300 MVA.

• LT e Subestação Curitiba Leste

A Marumbi Transmissora de Energia S.A., formada pela Copel (80%) e Eletrosul (20%), arrematou

em dezembro de 2011, a concessão para construir e operar o sistema de transmissão composto

de:

• LT 525 kV Curitiba — Curitiba Leste, 28 km;

• SE 525/230 kV Curitiba Leste, instalação de (3 +1 res.) x 224 MVA

• LT Açailândia — Miranda II, no Maranhão

A Integração Maranhense Transmissora de Energia S.A., formada por Copel (49%) e Elecnor

(51%), arrematou, em dezembro de 2011, a concessão para construir e operar o sistema de

transmissão composto da LT 500 kV Açailândia — Miranda II, 365 km (Estado do Maranhão).

• LT Foz do Iguaçu — Cascavel Oeste

O marco de destaque foi a conclusão, em dezembro de 2011, do maior empreendimento em linha

de transmissão em 525 kV da Copel, interligando as Subestações de Foz do Iguaçu e Cascavel

Oeste, com 116 km de extensão e investimento de cerca de R$ 100,0 milhões. Obra integrante do

Plano de Aceleração do Crescimento - PAC, é fundamental para o Paraná e estratégica para a

Copel, que passará a transportar para os três estados do Sul a cota de produção de energia da

Usina de Itaipu, representando acréscimo na receita anual da Companhia de R$ 8,5 milhões.

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• Receitas de Transmissão

Através da Resolução Homologatória nº 1.171/2011, a Aneel estabeleceu a RAP para o ciclo

julho/2011 a junho/2012 pela disponibilização das instalações de transmissão integrantes da rede

básica e das demais instalações de transmissão.

A Copel é detentora de seis contratos de concessão de transmissão sendo quatro em operação

comercial com direito ao recebimento de receitas e outros dois em fase de construção. Os

reajustes das receitas foram efetuados conforme estabelecido em cada contrato.

O Contrato de Concessão 060/2001, que compreende as instalações de transmissão do sistema

existente e ampliações autorizadas pela Aneel, e o Contrato de Concessão 075/2011, referente à

LT Bateias/Jaguariaíva, tiveram seus reajustes efetuados pelo IGP-M acumulado no período, de

9,77%.

Quanto aos Contratos de Concessão 006/2008, referente à LT Bateias — Pilarzinho, e 027/2009,

da LT Cascavel Oeste — Foz do Iguaçu, estes foram reajustados pelo IPCA acumulado no

período, de 6,55%. Para estes contratos a Aneel autorizou reajuste adicional de 2,60% para

compensar o efeito da prorrogação da RGR até o final de 2035, conforme Medida Provisória nº

571/2010.

Também através da Resolução nº 1.152/2011, a Aneel homologou o resultado definitivo da

segunda revisão periódica da RAP. Atendendo recurso interposto pela Copel, a Aneel reconsiderou

os cálculos da revisão no que diz respeito à forma de consideração da depreciação dos ativos.

Com isto, houve adicional de R$ 9,9 milhões na sua RAP no ciclo 2011-2012.

4.2.3. Distribuição

No âmbito da distribuição de energia elétrica, a Copel tem como principais atividades prover,

operar e manter a infraestrutura, bem como prestar serviços correlatos. Essas atividades visam ao

atendimento dos mais de 3,9 milhões de consumidores de energia, em 1.117 localidades

pertencentes a 396 municípios, no Paraná e no município de Porto União, em Santa Catarina. Os

municípios de Guarapuava, Coronel Vivida e Rio Negro são atendidos parcialmente. Além de

operar e manter as instalações nos níveis de tensão até 34,5 kV, a Copel Distribuição também

opera nas instalações de níveis de tensão 69 e 138 kV.

A Copel mantém seu desafio de executar um arrojado programa de obras de linhas e subestações

na área de distribuição de energia elétrica, estabelecendo contínuos recordes de construção de

novos empreendimentos nesse segmento.

Em 2011, foram conectadas 11 novas subestações e concluídas 5 novas linhas em alta tensão

para reforçar o sistema elétrico de distribuição, melhorando a qualidade e aumentando a

disponibilidade de energia aos consumidores.

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Esses investimentos refletem o compromisso da Copel com a população paranaense,

contemplando todas as regiões do estado com diversos empreendimentos, entre subestações e

linhas de alta tensão de 69 kV e 138 kV.

Dentre as obras de subestações concluídas em 2011, destacam-se:

• Subestação Novo Mundo, com 41 MVA/69 kV, em Curitiba;

• Subestação Tangará, com 41 MVA/138 kV, em Arapongas;

• Subestação Portal, com 20 MVA/138 kV, em Foz do Iguaçu;

• Subestação Tunas, com 25 MVA/69 kV, em Tunas do Paraná;

• Subestação Prudentópolis, com 20 MVA/138 kV, em Prudentópolis;

• Subestação Barbosa Ferraz, com 20 MVA/138 kV, em Barboza Ferraz;

• Subestação Marialva, com 20 MVA/138 kV, em Marialva;

• Subestação Arapoti, com 2x20 MVA/138 kV, em Arapoti;

• Subestação Santa Helena, com 20 MVA/138 kV, em Santa Helena;

• Subestação Coroados, com 7 MVA/34,5 kV, em Guaratuba; e

• Subestação Areia Branca dos Assis, com 4 MVA/34,5 kV, em Mandirituba.

Além dessas obras, foram ampliadas as subestações Olímpico (Cascavel), e Mercês (Curitiba),

com a instalação de novos transformadores de 41 MVA.

Novas linhas de Alta tensão em 69 kV e 138 kV que foram concluídas:

• 138 kV Barbosa Ferraz — Ivaiporã, com 42,14 km de extensão;

• 138 kV Campo Mourão — Barbosa Ferraz, com 37,97 km de extensão;

• 69 kV Santa Mônica — Pinhais, com 14,20 km de extensão; e

• 69 kV Santa Mônica — Quatro Barras, com 7,83 km de extensão.

Ao todo, estes empreendimentos adicionaram, em 2011, 369 MVA ao sistema de distribuição e

115,1 km de novas linhas de transmissão de 69 ou 138kV.

• Linhas de Distribuição

Na tabela a seguir são apresentadas as quantidades de quilômetros de linhas de distribuição da

Copel:

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Linhas de Distribuição Extensão (em km)

13,8 kV 97.981,0

34,5 kV 80.662,2

69 kV 1.003,5

138 kV 4.705,3

230 kV 66,1

Total 184.418,1

• Redes Compactas

A Copel vem implantando redes compactas em áreas urbanas com elevado grau de arborização

nas proximidades das redes de distribuição. Essa tecnologia evita cortes e podas de árvores e

melhora a qualidade do fornecimento, pois reduz o número de desligamentos. Ao final de 2011, a

extensão das redes compactas de distribuição instaladas era de 2.730 km.

• Redes Secundárias Isoladas

A Copel também está investindo em redes secundárias isoladas em baixa tensão (127/220 V), que

apresentam vantagens significativas em relação à rede aérea convencional, tais como: melhorar os

indicadores DEC (duração equivalente de interrupções por consumidor) e FEC (frequência

equivalente de interrupções por consumidor), dificultar o roubo de energia, melhorar as condições

do meio ambiente e reduzir a área de podas, aumentar a segurança, reduzir a queda de tensão ao

longo da rede e aumentar a vida útil dos transformadores pela redução do número de curtos-

circuitos na rede, entre outras. Ao final de 2011, a extensão das redes de distribuição secundárias

isoladas instaladas era de 7.743 km.

• Subestações

A tabela a seguir apresenta o parque de subestações de distribuição da Copel, aberto por tensão:

TensãoNº Subestações automatizadas MVA

34,5 kV 235 1.539,6

69 kV 35 2.342,8

88 kV - 5,0

138 kV 87 6.170,5

Total 357 10.057,9

• Qualidade de Fornecimento

O resultado dos indicadores de continuidade coletivos da Copel (DEC e FEC), além de estar em

conformidade com os limites estabelecidos pela Aneel, apresentou o melhor desempenho já

verificado, devido ao significativo volume de investimentos realizados.

A evolução desses indicadores e do tempo de espera é mostrada no quadro a seguir:

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DEC(1) FEC Tempo de espera

Jan/Dez (horas) (interrupções) (horas)

2007 13,54 12,41 01:31

2008 12,18 10,69 01:34

2009 12,91 11,04 01:48

2010 11,46 9,46 01:39

2011 10,64 8,26 01:40(1) DEC medido em horas e centesimal de horas.

• Mercado de energia

A classe residencial consumiu 5,0% a mais que em 2010 e a classe comercial 6,8%. Ambos devido

ao mercado de trabalho aquecido, com elevação de renda e disponibilidade de crédito. A classe

industrial cresceu 5,3% em razão do bom desempenho da indústria de veículos automotores, refino

de petróleo e produção e álcool. Esta classe engloba 33,3% do mercado cativo da Copel.

A classe rural cresceu 5,5% em decorrência da expansão do número de consumidores e da

expansão da economia. As outras classes (poderes públicos, iluminação pública, serviços públicos

e consumo próprio) consumiram 2.123 GWh e equivalem a 9,5% do mercado cativo da Copel.

A tabela a seguir apresenta o comportamento do mercado cativo aberto por classe de consumo:

Dez/11 Dez/10 % 2011 2010 %

Residencial 3.089.619 2.964.805 4,2 6.224 5.925 5,0

Industrial 80.771 69.198 16,7 7.467 7.092 5,3

Comercial 319.667 308.987 3,5 4.769 4.466 6,8

Rural 374.819 366.694 2,2 1.871 1.774 5,5

Outros 52.058 49.715 4,7 2.123 2.047 3,7

Mercado Cativo 3.916.934 3.759.399 4,2 22.454 21.304 5,4

Mercado Cativo - Copel Distribuição

No de consumidores Energia vendida (GWh)

• Mercado Fio (TUSD)

Dez/11 Dez/10 % 2011 2010 %

Mercado Cativo 3.916.934 3.759.399 4,2 22.454 21.304 5,4

Concessionárias e Permissionárias 4 4 - 600 568 5,7

Consumidores Livres(1) 31 29 6,9 3.139 3.211 (2,2)

Mercado Fio 3.916.969 3.759.432 4,2 26.193 25.083 4,4

Mercado Fio de Energia - Copel Distribuição

No de consumidores/contratos Energia distribuída (GWh)

(1) Total de consumidores livres atendidos pela Copel GeT e por outros fornecedores dentro da área de concessão da Copel DIS.

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• Tarifas

Em junho deste exercício, com a Resolução nº 1.158/2011, a Aneel homologou o resultado do

reajuste tarifário anual de 2011 sobre as tarifas de suprimento e de fornecimento de energia

elétrica, fixou as Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição - TUSD, estabeleceu a receita anual

das instalações de conexão e fixou o valor anual da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia

Elétrica - TFSEE referentes à distribuição. As tarifas de energia elétrica foram, em média,

reajustadas em 5,55%, sendo 5,77% relativos ao reajuste tarifário anual econômico e 0,22%

negativos referentes aos componentes financeiros pertinentes, correspondendo a um efeito médio

de 2,99% a ser percebido pelos consumidores cativos.

A Copel manteve o Programa Tarifa Rural Noturna, cujo objetivo é conceder o benefício tarifário,

conforme Resolução Aneel nº 207/2006, a todos os consumidores rurais do Grupo B no horário

compreendido entre 21h30 e 6h e, com isso, incentivar a utilização de equipamentos elétricos na

madrugada, deslocando a carga para o horário fora de ponta.

4.2.4. Telecomunicações

Em conformidade com o Ato nº 31.337 da Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, a

Copel presta serviços de telecomunicações e de comunicações em geral, elaborando estudos e

projetos específicos, com observância à legislação vigente. A exploração de tais serviços se dá por

prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade, em níveis nacional e internacional. A

Companhia opera serviço de comunicação multimídia desde 2002.

Rede de fibra óptica: investimentos relevantes

Em 2011, o acréscimo de 3.036 km de cabos ópticos de acesso urbano (totalizando ao final do ano

14.306 km) aumentou significativamente a capilaridade da rede óptica da Copel. São 302

municípios atendidos no Paraná e 2 em Santa Catarina, através de 7.510 km de cabos ópticos

interurbanos. Por meio dessa rede, a Copel propicia velocidade e confiabilidade para 1.442

empresas que investem no Paraná e contam com seus serviços. Em pesquisa realizada

recentemente, 97% desses clientes se manifestaram satisfeitos ou muito satisfeitos com a

Companhia, que conta, em sua carteira, com clientes dos mais diversos ramos de atividades,

utilizando tecnologias de ponta em fibra óptica.

4.2.5. Participações

A Copel tem participação societária em várias empresas, bem como em consórcios e outras

instituições que atuam nos mais diversos setores, como energia elétrica, telecomunicações,

saneamento, gás, serviços de engenharia e pesquisa e desenvolvimento.

No setor de energia, a Companhia tem participação em empreendimentos de geração e de

transmissão de energia elétrica, conforme demonstrado a seguir:

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36

Setor geração (2.407 MW):

EmpreendimentoPotência instalada

total (MW)Participação da Copel

Dona Francisca S.A. 125,0 Copel - 23,03%

Copel - 30%

Copel GeT - 70%

Foz do Chopim Ltda. 29,1 Copel - 35,77%

Dois Saltos Ltda. 25,0 Copel - 30%

Copel - 20%

Copel GeT - 60%

Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. 246,4 Copel - 70%

Cutia Empreendimentos Eólicos SPE S.A. (2) 137,4 Copel - 49,9%

Consórcio Cruzeiro do Sul - UHE Mauá 361,0 Copel GeT - 51%

Consórcio São Jerônimo (Projeto) 331,0 Copel GeT - 41,2%

UHE Lajeado (Investco S.A.) (3) 902,5 Copel - 0,82%

(1) Em processo de incorporação à Copel Geração e Transmissão S.A.(2) Cinco projetos de parques eólicos(3) Os ativos da UHE Lajeado estão arrendados às demais concessionárias da mesma em frações ideais dos ativos existentes.

UEG Araucária Ltda. 484,1

2,5Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1)

Setor transmissão:

Os empreendimentos a seguir fazem parte de sociedades com propósito específico firmados com a

Eletrosul.

Empreendimento EmpresaParticipação da

Copel GeT

Linha de Transmissão (SIN) Cascavel Oeste — Umuarama - circuito 230 kV e Subestação (SIN) Umuarama 230/138 kV

Costa Oeste Transmissora de Energia S.A.

51%

Linha de Transmissão (SIN) Nova Santa Rita — Camaquã 3, 230 kV

Linha de Transmissão (SIN) Camaquã — Quinta, 230kV

Linha de Transmissão (SIN) Salto Santiago — Ita, 525 kV;

Linha de Transmissão (SIN) Ita — Nova Santa Rita, 525 kV

Subestação (SIN) Camaquã 3 2x83 MVA, 230/69/13,8 kV

Linha de Transmissão (SIN) Curitiba — Curitiba Leste, 525 kV, CS, 28 km

Subestação (SIN) Curitiba Leste 525/230 kV (3 +1 res.) x 224 MVA80%

20%

Marumbi Transmissora de Energia S.A.

Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A.

Outros setores:

Setor Empreendimento Participação da Copel

Gás Compagas S.A. 51%

Telecomunicações Sercomtel S.A. Telecomunicações 45%

Telecomunicações Sercomtel S.A. Celular 45%

Saneamento Dominó Holdings S.A. 45%

Serviços Escoelectric Ltda. 40%

Serviços Copel-Amec Ltda.(1) 48%

Exploração de Carvão Carbocampel S.A. 49%

Pesquisa e Desenvolvimento Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento - Lactec 20%(1) Em processo de liquidação

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37

4.3. Pesquisa & Desenvolvimento + Inovação (P&D +I)

Em cumprimento à Lei nº 9.991/2000, que dispõe sobre a realização de investimentos em pesquisa

e desenvolvimento por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do

setor de energia elétrica, a Copel participa nos setores:

Geração e Transmissão

Participou de 13 projetos de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D, sendo seis estratégicos, nos

quais a Copel participa de forma cooperada com outras empresas e cujos temas são estabelecidos

pela Aneel, aplicando aproximadamente R$ 3,1 milhões.

Dentre os projetos que compõem o Programa de P&D, destacam-se os seguintes:

• Avaliação de gases de efeito estufa - GEE da área de influência de reservatório em

construção (estudo de caso: Mauá), e

• Análise de estruturas de concreto de barragens, subestações e postes por tomografia

computadorizada 2D e 3D.

Dentre os projetos estratégicos, atua como empresa proponente no projeto “Otimização do

despacho hidrotérmico através de algoritmos híbridos com computação de alto desempenho”.

Distribuição

Participou, em 2011, de 30 projetos de P&D, sendo quatro estratégicos, nos quais a participação é

de forma cooperada com outras empresas e cujos temas são estabelecidos pela Aneel, aplicando

aproximadamente R$ 7,7 milhões.

Dentre os projetos que compõem o Programa de P&D, destacam-se os seguintes:

• Desenvolvimento de coletor solar de baixo custo para redução de consumo em chuveiro

elétrico;

• Desenvolvimento de metodologia computacional para cálculo dos campos elétricos e

magnéticos em subestações da Copel;

• Desenvolvimento de cabeça de série de sensor de proximidade de rede de distribuição como

acessório de capacetes de segurança; e

• Geração de energia fotovoltaica - Pesquisa e Desenvolvimento de geração isolada e

conexão com o sistema de distribuição.

Dentre as participações de forma cooperada destacam-se os projetos de P&D estratégico

"Metodologia para estabelecimento de estrutura tarifária para o serviço de distribuição de energia

elétrica" e “Programa Brasileiro de Redes Elétricas Inteligentes”.

Foi protocolado o pedido de patente de invenção para a “Central Remota de Proteção de

Transformadores de Distribuição Convencionais” e protocolado também o primeiro pedido de

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patente de produto para o “Sensor de Campo Elétrico Tridimensional Acoplado em Capacete de

Segurança”, resultado de projeto de P&D com finalidade de aumentar a segurança dos

trabalhadores.

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39

5. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

5.1. Receita Operacional Líquida

Em 2011, a Receita Operacional Líquida teve acréscimo de R$ 875,1 milhões, representando

12,7% de aumento em relação a 2010. Tal variação decorre principalmente de:

1) Acréscimo na Receita de Fornecimento de Energia Elétrica de R$ 117,4 milhões, em virtude

dos seguintes fatores:

• aumento de 5,4% no mercado cativo de energia elétrica, o que representa um incremento de

1.150,2 GWh na energia fornecida, notadamente nas classes comercial, rural, industrial e

residencial. Detalhamento no capítulo 4.2.3.

• acréscimo de 4,2% na quantidade de consumidores;

• repasse tarifário médio de 2,99%, a partir de 24.06.2011, conforme Resolução Aneel

nº 1.158/2011.

2) Acréscimo na Receita de Disponibilidade da Rede Elétrica em R$ 489,9 milhões, decorrente

principalmente do reajuste tarifário em 24.06.2011. Detalhamento na NE nº 28.

3) Acréscimo na Receita de Construção de R$ 78,2 milhões. A Companhia contabiliza receitas

relativas a serviços de construção ou melhoria da infraestrutura utilizada na prestação de

serviços de distribuição e transmissão de energia elétrica, as quais totalizaram R$ 741,7

milhões em 2011 e R$ 663,5 milhões em 2010. Os respectivos gastos são reconhecidos na

demonstração do resultado do período, como custo de construção , quando incorridos.

4) Acréscimo na Receita de Telecomunicações de R$ 19,2 milhões, decorrente principalmente

do aumento do número de clientes, de 47,1%.

5) Acréscimo na Receita de Distribuição do Gás Canalizado de R$ 36,7 milhões, devido,

principalmente, ao maior volume de gás vendido e à correção da tarifa, a partir de agosto, em

8,5%.

5.2. Custos e Despesas Operacionais

Tiveram acréscimo de R$ 504,5 milhões em 2011, representando um aumento de 8,5%,

influenciados, principalmente por:

1) Acréscimo de R$ 180,3 milhões em Energia Elétrica Comprada para Revenda , devido

principalmente ao aumento da energia adquirida em Leilão de R$ 199,4 milhões;

2) Acréscimo de R$ 39,8 milhões em Encargos do Uso da Rede decorrente dos reajustes

contratuais observados no período;

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40

3) Acréscimo de R$ 171,1 milhões em Pessoal e Administradores, decorrente principalmente da

revisão do plano de cargos e salários, do reajuste salarial, conforme acordo coletivo que

passou a vigorar em outubro de 2011 e ao Programa Permanente de Sucessão e

Desligamento Voluntário - PSDV. Detalhamento no capítulo 6.1;

4) Acréscimo de R$ 40,5 milhões em Despesas de Serviços de Terceiros , principalmente em

função do aumento em manutenção civil de R$ 6,7 milhões, manutenção de equipamento e

mobiliário de R$ 4,2 milhões, viagens de R$ 5,0 milhões, telefone de R$ 3,5 milhões, serviços

em área verde e poda de R$ 4,8 milhões e processamento de dados de R$ 3,0 milhões;

5) Acréscimo de R$ 26,6 milhões na conta de Planos Previdenciário e Assistencial , decorrente

principalmente dos valores apropriados em despesa no Plano Assistencial Pós Emprego,

definido no laudo atuarial de 2011;

6) Decréscimo de R$ 5,2 milhões em Outras Despesas Operacionais, decorrente

principalmente do menor gasto em outros custos de manutenção.

5.3. EBITDA ou LAJIDA

Consolidado

2011 2010

Lucro líquido atribuído aos acionistas da empresa controladora 1.157.690 987.807

Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores 19.164 22.474

IRPJ e CSLL diferidos (204.539) (127.517)

Provisão para IRPJ e CSLL 611.601 497.968

Resultado da equivalência patrimonial (55.654) (99.337)

Despesas (receitas) financeiras, líquidas (224.768) (348.425)

Lajir/Ebit 1.303.494 932.970

Depreciação e Amortização 553.165 542.992

LAJIDA/EBITDA 1.856.659 1.475.962

Receita Operacional Líquida - ROL 7.776.165 6.901.113

Margem do EBITDA% (Ebitda ÷ ROL) 23,9% 21,4%

Cálculo do EBITDA/LAJIDA (Lucro antes dos juros, im postos, depreciação e amortização) - Em R$ mil

5.4. Resultado Financeiro

O resultado financeiro apresentou decréscimo de R$ 123,7 milhões, 35,5% menor em relação a

2010 devido:

1) Receitas Financeiras - apresentaram decréscimo de R$ 74,7 milhões, devido principalmente

a:

• Decréscimo de R$ 72,1 milhões em Variações Monetárias sobre o repasse da CRC, corrigido

pelo IGP-DI, índice que, no período de janeiro a dezembro de 2011, teve variação positiva de

5,02%, enquanto que, no mesmo período de 2010, a variação foi positiva de 11,29%; e

• Decréscimo em variação monetária de R$ 50,8 milhões sobre contas a receber vinculadas à

concessão, a qual é corrigida pelo IGP-M, indicador que, no período de janeiro a dezembro

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41

de 2011, teve uma variação positiva de 5,08%, enquanto que, no mesmo período de 2010, a

variação foi positiva de 11,33%;

• Compensado pelo acréscimo de R$ 60,8 milhões em rendas de aplicações financeiras,

devido principalmente ao aumento do capital aplicado, das taxas de juros e da rentabilidade

da carteira.

2) Despesas Financeiras - apresentaram acréscimo em relação a 2010, sendo influenciadas

principalmente pelo aumento em encargos de dívidas, no valor de R$ 36,2 milhões, decorrente

em grande parte dos encargos provenientes do ingresso da Nota de Crédito Industrial - NCI e

dos Créditos Fixos.

5.5. Endividamento

As variações da dívida de curto e longo prazo referentes aos empréstimos e financiamentos

decorreram principalmente dos seguintes ingressos de recursos:

• R$ 150,0 milhões referentes ao Contrato de Abertura de Crédito Fixo com o Banco do Brasil;

• R$ 64,2 milhões relativos aos contratos com o Banco do Brasil e BNDES para a construção

da UHE Mauá;

• R$ 2,2 milhões referentes ao contrato com a Eletrobrás para aplicação no programa “Luz

para Todos”; e

• R$ 600,0 milhões referentes à Nota de Crédito Industrial com o Banco do Brasil.

Os pagamentos ocorridos no ano totalizaram R$ 843,1 milhões, com detalhamento no quadro a

seguir:

Amortizações - 2011 (Em R$ milhões) Principal Encargos Total

Empréstimos e financiamentos 48,6 125,3 173,9

Debêntures 600,0 69,2 669,2

Total 648,6 194,5 843,1

O gráfico a seguir demonstra a composição dos empréstimos, financiamentos e debêntures em

curto e longo prazo:

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1.537,5

2.058,0

135,9 704,3

116,5

1.281,0

2009 2010 2011

Longo prazo Curto prazo

1.673,4

1.985,3

2.174,5

5.6. Lucro Líquido

Em 2011, a Companhia obteve lucro líquido de R$ 1.157,7 milhões, sendo 17,2% maior que o

obtido no exercício anterior, de R$ 987,8 milhões.

Distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio

Total 2ª Parcela 1ª Parcela Total 2ª Parcela 1ª Parcela

Aprovação na AGO 26/04/12 26/04/12 28/04/11 28/04/11 27/04/10

Aprovação no CAD 21/03/12 21/03/12 11/08/11 23/03/11 23/03/11 17/08/10 17/03/10

Data de pagamento A definir A definir 15/09/11 23/05/11 23/05/11 20/09/10 25/05/10

Lucro Líquido Ajustado 1.203.177 557.993 645.184 1.041.534 681.880 359.654 1.026.433

Valor para Ações ON 212.954 98.665 114.289 142.170 99.151 43.019 126.126

Valor para Ações PNA 970 637 333 984 855 129 644

Valor para Ações PNB 207.167 95.975 111.192 138.306 96.454 41.852 122.689

Total Distribuído 421.091 195.277 225.814 281.460 196.460 85.000 249.459 Obs.: Para a 1º parcela de 2011, o Lucro Líquido Ajustado, refere-se aos resultados do 1º semestre do exercício de 2011

(em R$ mil) 200920102011

A distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio da 1ª parcela de 2011 está de acordo

com a antecipação de pagamento de JCP da Holding para seus acionistas proposto na 1.959ª

Reunião, de 25.07.2011, autorizado na Ata da Centésima Segunda Reunião Extraordinária do CAD

de 11.08.2011, considerando os resultados obtidos pela Companhia até 30 de junho do corrente

exercício, bem como a oportunidade decorrente da disponibilidade de recursos em caixa, a

conveniência administrativa da medida, o benefício fiscal advindo da Lei Federal nº 9.249/1995 e o

procedimento previsto na Lei Federal nº 6.404/76 (Lei das S.A.) e no Estatuto Social da

Companhia. O CAD aprovou a proposta de antecipação de pagamento de JCP, em substituição

aos dividendos de 2011, com pagamento a ser iniciado em 15.09.2011, aos acionistas com posição

até 18.08.2011, de acordo com a Lei nº 9.249/95, cujo valor será compensado por ocasião da

definição dos dividendos anuais de tal exercício, como segue:

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1) valor bruto: R$ 225,8 milhões;

2) valor do provento por ação:

• para ações ordinárias R$ 0,78803;

• para ações preferenciais de classe "A” R$ 0,86706;

• para ações preferenciais de classe “B” R$ 0,86706.

O pagamento da 2ª parcela ocorrerá em até 60 dias da realização da AGO.

5.7. Valor Adicionado

No exercício de 2011, a Copel apurou R$ 7.033,5 milhões de Valor Adicionado Total, 14,8%

superior ao apurado no ano anterior, o que corresponde a R$ 904,2 milhões. A seguir,

representação gráfica da Distribuição do Valor Adicionado. A demonstração na íntegra encontra-se

nas Demonstrações Financeiras.

Pessoal13,6%

Terceiros5,5%

Acionista16,7% Estadual e Municipal

51,2%

Federal48,8%

Governo64,2%

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5.8. Desempenho do Preço das Ações

Cotações 2011 2010

ON R$ 33,02 R$ 38,00 (13,1)

média ON R$ 35,53 R$ 35,95 (1,2)

PNA R$ 39,14 R$ 42,01 (6,8)

média PNA R$ 39,43 R$ 30,29 30,2

PNB R$ 38,90 R$ 41,50 (6,3)

média PNB R$ 39,29 R$ 38,09 3,2

Índice Bovespa 56.754 69.304 (18,1)

Índice de Energia Elétrica 32.613 27.242 19,7

ON (ELPVY) US$ 16,23 US$ 21,80 (25,6)

média ON US$ 19,77 US$ 20,43 (3,2)

PNB (ELP) US$ 20,98 US$ 25,17 (16,6)

média PNB US$ 23,81 US$ 21,89 8,8

Índice Dow Jones 12.217,56 11.577,51 5,5

PNB (XCOP) € 16,20 € 18,65 (13,1)

média PNB € 16,83 € 16,43 2,4

Índice Latibex 2.905,60 3.787,80 (23,3)

Variação% 2011 - 2010

Bov

espa

NY

SE

Latib

ex

5.9. Valor Econômico Agregado - VEA OU EVA

O Valor Econômico Agregado - VEA ou EVA representa o lucro econômico, ou seja, o quanto a

Companhia agregou de riqueza com o capital empregado em suas operações, após remunerar

esse mesmo capital.

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Consolidado

2011 2010

1. Receita operacional líquida 7.568,6 6.706,5 2. Custos e despesas operacionais (6.318,8) (5.833,4)

3. Resultado de equivalência 55,7 99,3 4. Receitas financeiras 570,1 644,1 5. IR e CS sobre os lucros gerados pelos ativos (479,2) (430,4)

6. Lucro operacional gerado por ativos líquido de tr ibutos 1.396,4 1.186,1

7. Margem operacional ( 6 ÷ 1 ) 0,1845 0,1769

8. Capital de terceiros 2.174,4 1.982,1 9. Capital próprio 10.365,8 10.384,4

10. Investimento a remunerar ( 8 + 9 ) 12.540,2 12.366,5

11. Giro do investimento ( 1 ÷ 10 ) 0,6035 0,5423

12. Retorno operacional dos investimentos - ROI ( 7 x 11) 11,13% 9,59% ou ROI em R$ milhões 1.395,7 1.185,9

13. Tx. média ponderada de remuneração do capital de terceiros 10,27% 9,87%

14. Participação do capital de terceiros ( 8 ÷ 10 ) 17,34% 16,03%

15. Tx. remuneração capital do capital próprio 12,00% 12,00%considerando beta 0,4298 em 2010 e 0,3717 em 2011

16. Participação do capital próprio ( 9 ÷ 10 ) 82,66% 83,97%

17. Custo médio ponderado de capital - CMPC ou wacc ( 13 x 14 + 15 x 16 ) 11,70% 11,66% ou CMPC em R$ milhões 1.467,2 1.441,9

18. Ativo operacional líquido 17.167,8 16.711,0 19. Passivo de funcionamento (4.627,6) (4.344,5) 20. Investimento a remunerar 12.540,2 12.366,5

VEA ou EVA (( 12 - 17 ) x 20 ) (71,5) (256,0)

Melhora no VEA em 2011 184,5

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ECONÔMICO ADICIONADO - VEA o u EVAEm 31 de dezembro de 2011 e de 2010

Valores líquidos dos sócios não controladores - Em R$ milhões

5.10. Investimentos na Concessão

O programa de investimentos para 2012 foi aprovado em 13.12.2011 pela 135ª reunião ordinária

do CAD. A seguir, demonstramos os investimentos realizados e os previstos para 2012:

Variação % PrevistoEmpresas (em R$ milhões) 2011 2010 2011-2010 2012

Copel Geração e Transmissão 635,6 106,9 494,6 980,8

Copel Distribuição 516,4 676,3 (23,6) 1.105,0

Copel Telecomunicações 71,9 75,4 (4,6) 82,5

Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (UHE Mauá) 205,9 168,7 22,1 89,1 Total 1.429,8 1.027,3 39,2 2.257,4

Realizado

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46

5.11. Inadimplência de Consumidores

A partir do período contábil de 2003, a Copel passou a calcular o índice de inadimplência do

produto fornecimento de energia elétrica, utilizando a seguinte metodologia de cálculo:

Inadimplência (%) = ∑ Débitos vencidos > 15 dias ≤ 360 dias

∑ Faturamento no período de 12 meses

Para o cálculo, considera-se inadimplente o consumidor com débito vencido há mais de 15 dias até

360 dias, em conformidade com o prazo de aviso de vencimento (Resolução Aneel nº 456/2000), e

é excluído o reconhecimento de perdas dos débitos vencidos.

Em dezembro de 2011, a inadimplência de consumidores da Copel foi de R$ 143,7 milhões, que

equivale a 1,8% do faturamento.

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6. DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL

6.1. Força de trabalho (informações somente das sub sidiárias

integrais)

Os 9.400 empregados do quadro próprio estão distribuídos em três carreiras, em função da

natureza das atividades e dos requisitos do cargo: profissional de nível médio (5.419 empregados),

profissional técnico de nível médio (2.292 empregados) e profissional de nível superior (1.689

empregados). A Companhia vem redimensionando seu quadro funcional, tendo admitido, em 2011,

mediante concurso público, 1.026 novos empregados. Durante o mesmo período, 543 empregados

desligaram-se da Companhia, grande parte por aposentadoria, tendo a taxa de rotatividade sido de

8,86%. Em 2010, foi de 11,62%.

Em 2011, a Companhia destinou 5% das vagas dos concursos realizados a portadores de

necessidades especiais, tendo admitido 3 empregados nessa condição para cargos de natureza

administrativa. Também foram destinadas 10% das vagas para candidatos afrodescendentes e

foram admitidos 29 empregados de cor negra e 101 de cor parda.

• Desenvolvimento de Pessoal

As necessidades de capacitação e desenvolvimento são feitas com base na metodologia

Diagnóstico de Necessidade de Desenvolvimento, realizada anualmente em todas as áreas.

Em 2011, foram realizadas 3.026 ações de treinamento e desenvolvimento (cursos e eventos),

sendo 2.061 internos, 963 externos no país e 2 no exterior, totalizando 38.296 participações de

empregados e 368 contratados. A média anual foi de 68,1 horas/empregado.

No que se refere a treinamento e desenvolvimento no tema Sustentabilidade, em 2011 houve

1.743 participações de empregados de diversas áreas da Companhia, nas quais foram investidas

R$ 0,3 milhão.

• Benefícios

Entre os benefícios concedidos diretamente pela Companhia a todos os empregados, além dos

previstos pela legislação, destacam-se: auxílio-educação, adiantamento de férias, auxílio-

alimentação e refeição, auxílio-creche, auxílio a portadores de necessidades especiais, além de

outros possibilitados pelo convênio existente entre a Copel e o Instituto Nacional do Seguro Social -

INSS. Adicionalmente, através da Fundação Copel de Previdência e Assistência Social, da qual a

Copel é mantenedora, há concessão de: plano de previdência privada, adicional ao valor da

previdência oficial, e plano de assistência médico-hospitalar e odontológica.

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• Política salarial

As práticas de remuneração, reconhecimento e incentivo estão baseadas no modelo de

remuneração estruturado pela Companhia, apoiando-se em dois pilares: remuneração fixa

(comparação de mercado e mérito) e variável (Participação dos Empregados nos Lucros e/ou

Resultados - PLR). A PLR dos empregados da Copel ocorre de acordo com a Lei Federal n°

10.101/2000, o Decreto Estadual n° 1978/2007 e a Le i Estadual n°16560/2010. O Plano de Cargos

e Salários da Copel, estruturado de maneira a refletir a realidade ocupacional da Companhia, serve

como referência para a remuneração fixa e busca a comparação dos salários pagos pela Copel

com valores de mercado e aplicação da política salarial. A proporção entre o menor salário

praticado pela Companhia em dezembro de 2011 (R$ 1.180,19) e o salário mínimo nacional

vigente naquela data (R$ 545,00) era de 2,17 vezes, não havendo diferença significativa no mesmo

período relativamente à proporção de salário-base entre homens e mulheres.

• Liberdade de associação e negociação coletiva

A totalidade dos empregados da Copel é representada nas relações de trabalho com a Companhia

por meio de sindicatos independentes, os quais, em conformidade com a legislação brasileira,

podem organizar-se por categoria e base territorial (município).

A Copel mantém estreito relacionamento com todas as 19 entidades representativas dos

empregados: sindicatos de categorias de base (eletricitários) e categorias profissionais e/ou

diferenciadas. A direção sindical tem livre acesso às gerências locais e a todas as instalações da

Companhia, a fim de levar aos empregados as comunicações de seu interesse, além de dispor de

canal formal direto com a área de recursos humanos.

• Riscos trabalhistas

Além de cumprir totalmente com suas obrigações trabalhistas, garantindo aos empregados os seus

direitos instituídos pela legislação pátria, a Copel realiza uma série de ações, com o intuito de

reduzir os riscos trabalhistas, dentre as quais destacamos:

• Programa Permanente de Sucessão e Desligamento Voluntário - PSDV, com o objetivo de

minimizar a perda de conhecimento que ocorre quando da aposentadoria de empregados da

Companhia. O destaque do programa é a obrigatoriedade de formação de um sucessor

antes do desligamento definitivo do empregado.

• Com o objetivo de estabelecer regras para tratamento das denúncias de assédio moral e

para a investigação de sua procedência, foi instituída em maio de 2010 a Comissão de

Análise de Denúncias de Assédio Moral - Cadam, cuja composição procura garantir a

imparcialidade nas análises dos processos. Contendo membros eleitos pelos empregados e

indicados pela direção da Companhia, além de um membro representando a sociedade civil,

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contratado especificamente para a função de coordenador, espera-se a redução das

demandas trabalhistas motivadas por assédio moral.

• Buscando atender a expectativa dos empregados no que se refere ao crescimento

profissional, aconteceu, em 2011, a revisão do plano de cargos e salários, passando a se

chamar Estrutura de Carreira e Remuneração. As principais mudanças foram:

a) na revisão da estrutura para 3 carreiras: Profissional de Nível Médio; Profissional Técnica

de Nível Médio e Profissional de Nível Superior;

b) no tempo para acesso aos níveis ascendentes, com destaque para a aceleração do

crescimento profissional no início da carreira;

c) maior possibilidade de mobilidade dentro da mesma carreira;

d) adequação dos salários a 100% da média de mercado; e

e) implementação da possibilidade de a gerência conceder promoções salariais, dentro do

mesmo nível, na medida em que o desempenho do empregado se mostre satisfatório para

tal, reduzindo assim a rotatividade de empregados em início de carreira.

Quando da implementação da nova estrutura foram contemplados aproximadamente 76% dos

empregados da Companhia.

• A Copel se relaciona com 19 sindicatos representativos das diversas classes de

trabalhadores, e ao longo do ano promove reuniões para discussão de assuntos de interesse

mútuo. Por ocasião da data base (outubro) esse relacionamento se intensifica, quando os

sindicatos e Copel discutem as reivindicações, chegando ao Acordo Coletivo de Trabalho. O

cumprimento das cláusulas destes ACTs mitiga possíveis problemas com sindicatos e

empregados.

• As dispensas por justa causa são precedidas de processo administrativo sumário, regulado

por norma administrativa interna, que garante ao empregado o direito de defesa.

• Contratados

As necessidades de treinamentos dos contratados são identificadas a partir de suas atividades

específicas, correlatas aos exigidos dos empregados próprios e estabelecidas nos contratos. Nesta

categoria podem ser citados os treinamentos sobre os sistemas e aplicativos computacionais que

são utilizados pelos teleatendentes e cursos de requalificação de contratados para serviços no

sistema elétrico, realizados em parceria com Senai, Universidade Tecnológica Federal do Paraná -

UTFPR, entre outras. Também são ofertados cursos, tais como os exigidos pela NR-10, medição

comercial, operação de redes e subestações e outros estabelecidos em contrato.

A Copel promove o Programa de Sensibilização Ambiental, que visa estimular mudanças

comportamentais nos trabalhadores envolvidos na construção e reforma dos empreendimentos da

Companhia, ampliando sua consciência e responsabilidade ambiental, além de provocar reflexões

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quanto aos impactos ambientais das obras e às formas de minimizá-los. Em 2011, o Programa

contemplou 510 trabalhadores envolvidos nas obras de construção de seis linhas de transmissão e

oito subestações.

• Saúde e segurança no trabalho

A Copel, considerando o contexto do serviço especializado em engenharia de segurança e

medicina do trabalho e o acompanhamento e controle de saúde ocupacional, conta com médicos

do trabalho especializados, distribuídos nas principais regiões da Companhia, equipe de

enfermagem e apoio administrativo. Estes profissionais realizam não apenas os exames médicos

legais e obrigatórios, mas uma série de programas de prevenção em saúde.

Também mantém controle estatístico dos índices e causas de afastamento do trabalho motivados

por doenças, além do acompanhamento dos processos junto à Previdência Social quando é

necessário afastamento prolongado através de convênio específico com aquele Instituto.

Sempre que a capacidade laborativa mostra-se comprometida, por qualquer fator, ainda realiza o

estudo e readequação necessária para que o exercício profissional seja o mais seguro e adequado

possível, conjuntamente com equipe multidisciplinar.

A Copel também assessora as Cipas e diversas áreas com palestras sobre temas de saúde,

incluindo cursos sobre primeiros socorros, difundindo informações ao corpo funcional e

promovendo a qualidade de vida.

O Programa Copel de Qualidade de Vida, implantado em 1998, tem o objetivo de despertar o

interesse dos empregados na busca constante da melhoria da qualidade de vida e consolidar as

ações desenvolvidas anualmente na Copel. Para tanto, são desenvolvidos vários programas,

sendo os principais: Programa Promoção de Saúde, que é composto pela Gestão Pessoal de

Saúde; exames médicos periódicos; benefícios assistenciais e previdenciários; programa de

dependências químicas; programa de absenteísmo-doença; Campanha Dê Preferência à Vida;

Programa Valorizando a Vida; Programa Caça ao Risco e Minuto da Segurança. Além disso, são

oferecidas ações complementares, como o Programa de Alimentação Saudável (alimentação

oferecida dentro da Companhia), Semana da Saúde, campanhas de vacinação e informativos de

saúde no Copel Online.

Para melhoria das relações sociais no trabalho são desenvolvidos programas de atendimento e

integração social, Programa de Responsabilidade Social EletriCidadania e divulgação e

entendimento do Código de Conduta. São promovidos programas comemorativos no aniversário da

Copel, homenagem aos aniversariantes de Copel (aniversário de admissão na Companhia) e envio

de mensagens em datas comemorativas (aniversário de admissão, aniversário de nascimento, dia

da profissão, entre outros).

Para melhoria no estilo de vida pessoal e familiar, são oferecidas as seguintes ações educativas:

Programa de Preparação para a Aposentadoria; Programa Gestão Financeira; Programa Energia e

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Saúde (atividades de ginástica laboral, condicionamento físico e atividade antiestresse); Jogos

Internos Copel; Jogos do Sesi; e Programa Auxílio-Educação.

6.2. Clientes e comunidade

Os clientes têm representatividade através do Conselho de Consumidores, instituído em novembro

de 1993, com a atribuição de examinar questões ligadas ao fornecimento de energia elétrica, às

tarifas, à adequação dos serviços prestados ao consumidor final, além de apresentar sugestões

para o aprimoramento das relações da Companhia com seus consumidores e com a comunidade

em geral. O Conselho é composto por representantes das classes de clientes residencial,

comercial, rural, poder público e industrial, além de representante da Coordenadoria Estadual de

Proteção e Defesa do Consumidor - Procon.

O site da Companhia oferece navegação rápida e fácil a suas partes interessadas, incluindo

aqueles com deficiência visual, além do atendimento através do chat. Outra facilidade é o

simulador de consumo de energia, que permite ao usuário avaliar os gastos com eletricidade em

seu domicílio ou especificamente de um equipamento ou aparelho. Estão disponíveis no site

alguns serviços, como emissão de segundas vias de faturas, consultas aos desligamentos

programados, consultas aos postos de atendimento presencial (que totalizam 409 na área de

concessão), aos locais credenciados para pagamento das faturas e solicitações de manutenção de

iluminação pública, quando de responsabilidade da Companhia. O acesso ao conteúdo também é

possível a partir de dispositivos móveis, como telefone celular ou palmtop. Também foi

implementado o registro de falta de energia por SMS (torpedo), facilitando a comunicação pelos

clientes.

Em 2011, a Copel concluiu a abertura de mais 256 postos de atendimento presencial, atingindo,

desta forma, todos os municípios de sua área de concessão no Estado do Paraná.

Também em 2011, a Companhia concluiu a implantação de um novo sistema de gerenciamento de

consumidores, o que possibilitará maior eficiência nos processos de atendimento às solicitações e

necessidades de seus clientes.

6.2.1. Comunicação e informação com os públicos rel acionados

É por meio do rádio e das novas mídias que a Copel leva as informações sobre seus programas e

projetos aos diversos públicos com os quais se relaciona. Informar, instruir e orientar para o correto

e seguro uso da energia, bem como fomentar o uso de novas tecnologias que trazem melhorias de

economia de energia, são os principais conteúdos divulgados.

Em 2011, a Copel intensificou o uso do rádio por meio de mensagens, que são irradiadas em 304

emissoras filiadas à Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná, onze vezes ao dia,

seis dias por semana. As 3.168 veiculações nas rádios chegam aos públicos rurais e urbanos e

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com faixa etária e renda variada, sendo, portanto, uma das mídias mais democráticas e de maior

alcance.

O reforço da comunicação está nas ações realizadas por voluntários da Companhia, que atuam em

todo o Estado realizando palestras em escolas com o material chamado de Kit Escola. A

ferramenta é um importante elo entre a Copel e o futuro público de relacionamento comercial e

inicia um ciclo de relacionamento que se perpetua e se conecta às demais comunicações

desenvolvidas via rádio, faturas de energia, site e mídias sociais.

A Semana Nacional de Segurança, em conjunto com a Associação Brasileira de Distribuidores de

Energia Elétrica - Abradee, reforça as ações realizadas durante todo o ano numa semana intensa

de comunicação, interação e relacionamento com donas de casa, estudantes, operários da

construção civil e produtores rurais, alertando-os sobre os riscos que a energia elétrica oferece.

Os clientes também recebem mensagens em suas faturas de energia e envelopes. Clientes das

áreas rurais recebem o calendário rural de autoleitura do consumo de energia, no qual constam

informações sobre segurança no uso da energia e outros conceitos sobre sustentabilidade.

6.2.2. Educação Socioambiental para a Sustentabilid ade com as Partes

Interessadas

A proposta da educação socioambiental é trazer a reflexão e sensibilizar cada empregado para a

responsabilidade individual no que se refere à sustentabilidade nos processos e atividades

desenvolvidos da Companhia e nas relações cotidianas, focando na abordagem de que cada um é

um agente de transformação e responsável pela mudança no mundo.

O Programa de Educação para a Sustentabilidade tem os seguintes objetivos:

• Aprimorar a gestão das lideranças, formais e informais, direcionando suas iniciativas e

práticas para o enraizamento da sustentabilidade empresarial, tendo como fundamento as

diretrizes das plataformas nacionais e internacionais;

• Capacitar os líderes a fomentar redes sociais como articuladoras de engajamento e diálogo

com as partes interessadas da Companhia;

• Empreender atividades de sensibilização e mobilização com os envolvidos na cadeia de

suprimentos;

• Sensibilizar e mobilizar os empregados para o desenvolvimento sustentável, visando à

inclusão das variáveis da sustentabilidade nos processos e projetos corporativos;

• Desenvolver iniciativas específicas a cada uma das partes interessadas mapeadas pela

Companhia, que propiciem o compartilhamento de informações sobre a sustentabilidade, a

revisão de valores e o desenvolvimento e aperfeiçoamento de habilidades nos temas

relacionados.

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O programa teve início em 2011, com a realização do I Encontro Executivo da Gestão para a

Sustentabilidade Empresarial, que teve a participação dos Diretores e de representantes do CAD

da Copel.

• Centros de Referência para a Sustentabilidade - Cer es

Os Centros de Referência para a Sustentabilidade - Ceres tem como objetivos: (i) aumentar a

representatividade da Copel nos municípios do entorno de seus empreendimentos; (ii) criar canal

de diálogo e comunicação com a sociedade local para atendimento das necessidades pertinentes à

atuação da Companhia; (iii) desenvolver ações de educação socioambiental; (iv) apoiar e fomentar

o desenvolvimento sustentável dos municípios e (v) colaborar para o desenvolvimento dos

Programas da Copel que possam ser aplicados na região.

Além dos Ceres das Araucárias (UHE GBM) e do Médio Iguaçu (UHE GNB), em 2011 foram

implantados os Ceres do Cerrado (UHE Mourão) e de Mauá (UHE Mauá).

Em 2011, por meio dos Ceres, a Copel promoveu palestras relacionadas a sustentabilidade em

eventos internos e externos, nas quais participaram aproximadamente 4.900 pessoas, entre

comunidade escolar, comunidades locais e demais partes interessadas para questões afetas ao

tema.

• Museu Regional do Iguaçu - MRI

O MRI, localizado na Usina Hidrelétrica Governador Ney Braga - UHE GNB, guarda o acervo

oriundo dos programas de aproveitamento científico de flora e fauna, salvamento da memória

cultural e resgate arqueológico dos empreendimentos da Copel no rio Iguaçu.

As exposições são monitoradas por educadores ambientais, e nelas é possível conhecer aspectos

da história do rio Iguaçu. No museu também é promovida a educação ambiental para as escolas da

região e visitantes.

Em 2011, o MRI recebeu 3.654 alunos e outros 11.450 visitantes.

• Rede de Agentes para a Sustentabilidade

Visa promover e estimular a percepção abrangente do indivíduo, de sua conexão sistêmica com o

meio em que vive e de seu papel na construção da história, inspirando comportamentos

responsáveis e ambientalmente sustentáveis na Companhia e na sociedade. A Rede Copel de

Agentes para a Sustentabilidade atua na mobilização, sensibilização e conscientização do público

interno para questões afetas à sustentabilidade, alinhadas com o referencial estratégico da

Companhia.

Durante o ano de 2011, foi criado o informativo digital “Compartilhando Novidades”, de veiculação

quinzenal, criado exclusivamente para as finalidades de informação, articulação e mobilização para

o trabalho voluntário, fomento a implementação de projetos sociais e ambientais e estímulo aos

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empregados para ações proativas de boas práticas socioambientais. Também foram realizadas

nove promoções do curso “Agindo de forma sustentável” para público interno, com o objetivo de

disseminar a Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial da Companhia.

A realização do 2º Seminário Copel de Boas Práticas Socioambientais encerrou o ano de 2011

obtendo avaliação de aproximadamente 90% de satisfação entre seus participantes. O evento foi

criado com o objetivo de dar visibilidade, difundir e replicar os projetos e práticas socioambientais

desenvolvidos na Copel.

• Pacto Global

Em 2011, a Força Tarefa - FT Direitos Humanos e Trabalho, da qual a Copel é integrante,

concentrou esforços na definição da estrutura organizacional, formalizando o papel da

coordenação e de sua secretaria, bem como a interface com o Instituto Ethos. Foram estabelecidas

as seguintes frentes de trabalho: Trabalho educativo em Direitos Humanos, Trabalho junto às

instituições signatárias do Pacto Global e preparação no contexto da Rio +20.

6.2.3. Comunidade

• Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável - DLI S

As ações desenvolvidas no âmbito do Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável - DLIS

permitem trocas de experiências e informações entre os atores sociais e a comunidade, incentivam

o envolvimento da população desde a fase de pré-instalação de novos empreendimentos e

também auxiliam para a formação de redes e de arranjos institucionais locais.

Por meio do DLIS, são articulados projetos e programas junto às comunidades, para melhoria na

infraestrutura, na educação e nos serviços públicos ou de utilidade pública, de acordo com as

prioridades definidas nos fóruns de desenvolvimento local.

Em 2011, na área de DLIS, as principais ações da Companhia contemplaram os municípios de

Ortigueira e Telêmaco Borba, na área de abrangência da UHE Mauá.

• Relacionamento com as Comunidades Tradicionais

Agente de Contato Indígena

Em 2011, foi construída a base para desenvolver um programa corporativo voluntário de apoio às

comunidades indígenas, visando proporcionar instrumentos de aperfeiçoamento no fornecimento

de energia elétrica. O programa prevê a contratação de um indígena bilíngue em cada Terra

Indígena do Estado do Paraná, para auxiliar as famílias a manter a base cadastral atualizada,

solicitar serviços à concessionária, ministrar noções de economia e conceitos de segurança no uso

de equipamentos elétricos no ambiente doméstico e manter o canal de relacionamento. A

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expectativa é de que o programa auxilie os indígenas na redução do número de acidentes

domésticos com energia elétrica e para que suas unidades consumidoras permaneçam nas faixas

de tarifa beneficiadas pelas políticas sociais.

Gestão do TAC da Comunidade Indígena Kaingang Apuca raninha

Ao longo de 2011, foi realizado um diagnóstico socioeconômico, ambiental e cultural da população

da Terra Indígena Apucaraninha, localizada no Município de Tamarana, no Paraná, e proposto um

Programa Gerador de Projetos de Sustentabilidade Socioeconômica e Ambiental da Comunidade

Indígena Apucaraninha. Estas ações estão previstas no Termo de Ajustamento de Conduta - TAC

celebrado pela Companhia com a Comunidade Indígena Apucaraninha, o Ministério Público

Federal e a Fundação Nacional do Índio - Funai em dezembro de 2006. O estudo contou com a

participação de equipes especializadas das Universidades Estaduais de Londrina e Maringá, e

resultou na formatação de um programa que será responsável por implementar diversos projetos

voltados à sustentabilidade da comunidade indígena, com início previsto para janeiro de 2012. Tais

ações serão subsidiadas com recursos de um fundo indenizatório pago pela Copel quando do

referido acordo.

Gestão do TAC da Comunidade Indígena Kaingang Barão de Antonina

Ainda em 2011, foi realizado o diagnóstico ambiental e elaborado o projeto para a recuperação das

Áreas de Preservação Permanente da Terra Indígena Barão de Antonina, em cumprimento ao

estabelecido no TAC celebrado pela Companhia com a Comunidade Indígena Barão de Antonina,

o Ministério Público Federal e a Funai em março de 2009. O projeto prevê a restauração ambiental

nas nascentes da Terra Indígena, além de propiciar ações de desenvolvimento econômico de

interesse indígena. Tais ações serão subsidiadas com recursos de um fundo indenizatório pago

pela Copel quando do referido acordo.

Comunidades Quilombolas

Em parceria com instituições dos Governos Federal e Estadual, a Copel está inserida no grupo de

trabalho intersecretarial, responsável por implementar o Programa Brasil Quilombola, no Estado do

Paraná, o qual visa efetivar as políticas públicas para as comunidades quilombolas do Estado. A

institucionalização do grupo de trabalho deverá ocorrer por meio de Decreto Estadual.

No Programa está previsto que a Copel efetuará 114 ligações elétricas nas comunidades do

Parque das Lauráceas e irá instalar 24 sistemas fotovoltaicos, em função da impossibilidade de

passagem de rede na comunidade de Areia Branca. Tais obras deverão ser concluídas em 2012,

pois dependem de negociações visando agilizar o processo de atendimento àquelas comunidades,

por meio da utilização da infraestrutura de distribuição de energia existente, assim como evitar

impacto no meio ambiente e reduzir custos.

Entre as ações realizadas em 2011, destacam-se o levantamento das Comunidades Quilombolas

do Vale do Ribeira que ainda não possuem energia elétrica e a contratação de empresa para

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efetuar as reformas das instalações elétricas nas residências das comunidades de Palmas e do

Vale do Ribeira.

Eficiência Energética para Comunidades Tradicionais

Programa que se encontra em fase de implantação e já beneficiou as comunidades das Terras

Indígenas Palmas, Marrecas, Mangueirinha e São Jerônimo da Serra, em ações que acontecerão

ao longo de dois anos e contemplarão todas as Terras Indígenas do Estado do Paraná. Seu

desenvolvimento teve início a partir de um projeto piloto desenvolvido especificamente na Terra

Indígena Apucaraninha, em 2009. Na ocasião foram substituídas as instalações elétricas

domésticas, lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas e fornecidos equipamentos

recuperadores de calor associados a chuveiros mais econômicos.

Para as comunidades atendidas pelo Programa serão fornecidos refrigeradores e aquecedores

solares. As ações contribuirão para reduzir as despesas com energia elétrica e os acidentes com

energia elétrica no ambiente doméstico.

6.3. Apoio a Políticas Públicas

Historicamente, a Copel, como fomentadora do desenvolvimento social e econômico do Estado do

Paraná, participa e apoia diversos movimentos conjuntos com órgãos do governo, Organizações

não Governamentais - ONGs e outras entidades para a promoção da cidadania, sobretudo junto a

comunidades carentes.

• Segurança Alimentar e Desenvolvimento Comunitário S ustentável

A Copel, como membro permanente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar - Consea,

empreende um projeto piloto de Segurança Alimentar com Base Orgânica. O projeto não visa

apenas à mudança do sistema atual alimentar dos empregados e familiares, mas reforça os

compromissos com a sustentabilidade, incentivando a agricultura familiar orgânica, em prol da

melhoria da qualidade de vida, e promovendo a inclusão social através da geração de empregos.

Em 2011, a Copel atuou como integrante da comissão organizadora das conferências regionais e

estaduais de Segurança Alimentar e Nutricional. A Companhia também realizou a Oficina de

Metodologia das Conferências Regionais de Segurança Alimentar e Nutricional para Técnicos das

Secretarias de Estado.

• Equidade de Gênero e Raça

Iniciado na Copel em 2009, o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça é uma iniciativa do

Governo Federal, que, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da

República SPM/PR e do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, reafirma os

compromissos de promoção da igualdade entre mulheres e homens inscritos na Constituição

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Federal de 1988. O Programa, de adesão voluntária, consiste em desenvolver novas concepções

na gestão de pessoas e na cultura organizacional para alcançar a equidade de gênero e raça nas

relações de trabalho.

Motivada pela inclusão da temática raça, na 4º edição do Programa Pró-equidade da Secretaria de

Políticas para as Mulheres, da Presidência da República, a Copel reforça seu compromisso com as

questões relacionadas à promoção da igualdade de oportunidades e respeito às diferenças,

aderindo novamente ao Programa, elaborando Plano de Ação contemplando as categorias Gênero

e Raça e preenchendo a Ficha Perfil de Raça e Gênero da Companhia, onde apresenta o

diagnóstico relativo à temática.

• Incentivos Fiscais

A Copel transformou a prática de doação através de incentivo fiscal em política e convida

empresas parceiras e fornecedores a fazer o mesmo. A Companhia potencializa ao máximo a

utilização de recursos dedutíveis aos Incentivos Culturais (Lei Rouanet), Incentivo ao Esporte e ao

Fundo dos Direitos da Infância e da Adolescência - FIA, com base em estimativas anuais do

imposto a pagar.

As contribuições sob efeito da Lei Rouanet de 2011 foram efetuadas em projetos devidamente

aprovados pelo Ministério da Cultura, num total de R$ 10,1 milhões. O projeto que recebeu o maior

aporte foi o Projeto Festa da Luz, com o montante de R$ 1,5 milhão.

A Companhia destinou o montante de R$ 2,5 milhões a projetos inscritos no FIA, sendo que o

maior aporte foi para o Projeto Reforma do Lar Marilia Barbosa, cujo valor alcançou R$ 0,7 milhão.

Através da Lei do Incentivo ao Esporte, a Copel destinou R$ 2,5 milhões. O principal valor foi para

o projeto de Otimização do Centro de Formação de Atletas não Profissionais, do Instituto Pratique

Esporte, com o montante de R$ 0,7 milhão.

6.4. Projetos e Programas Corporativos

• Programa Sob Linhas

Esse Programa apresenta uma grande importância social por disciplinar o uso múltiplo e a

ocupação por parte das comunidades do entorno das áreas das linhas de transmissão, visando à

produção de alimentos e mudas, em conformidade com a legislação aplicável. Também tem como

objetivos reduzir a demanda de ações judiciais no combate às ocupações indevidas, evitar

interferências na operação do sistema elétrico e facilitar a manutenção das redes de energia

elétrica no que se refere à limpeza da faixa de servidão. Em 2011, foi aprovado pela Aneel o

projeto piloto para o município de Maringá, a ser implantado no decorrer de 2012.

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• Projeto São Bernardo

Em 2010, foram efetuados o levantamento de dados e o acompanhamento da situação das famílias

que ocupam irregularmente uma Área de Preservação Permanente - APP de responsabilidade da

Copel na localidade de São Bernardo, no município de União da Vitória - PR. Em 2011, além da

continuidade do acompanhamento, houve a elaboração de diagnóstico sobre a situação existente,

o qual embasou o projeto, que prevê, em parceria com o poder público, a retirada das famílias de

catadores que ocupam essa área e convivem com o constante risco de alagamento. A próxima

etapa prevê a recomposição da mata ciliar. Esse Projeto trará como benefícios a recuperação da

mata ciliar em torno do reservatório que abrange o perímetro urbano do município de União da

Vitória; a implementação de espaços de lazer; o envolvimento dos atores sociais locais na

efetivação da ação; e a melhora da interação entre a Companhia e a comunidade.

A remoção das famílias possibilitará reaver, recuperar e conservar a APP e garantir a elas maior

segurança e saúde, já que a área está sob constante risco de alagamento, favorecendo a

proliferação de vetores de doenças.

• Programa EletriCidadania - Voluntariado Corporativo

Instituído em 2004, o EletriCidadania incentiva o voluntariado e o desenvolvimento de atitudes de

cidadania e de responsabilidade social. O Programa permite que os empregados utilizem até 4

horas mensais do seu tempo de trabalho para a execução, de forma voluntária e espontânea, de

ações comunitárias. Durante o ano de 2011, foram realizados treinamentos em todas as regionais

da Copel, visando fomentar a adesão ao Programa, disseminar noções básicas de voluntariado e

promover a troca de experiências.

Em 2011, 170 empregados aderiram ao programa, totalizando 2.152 horas de voluntariado e

proporcionando o desenvolvimento das seguintes ações:

• Promoção da arrecadação e doação de diferentes itens para entidades assistenciais:

Campanha do Agasalho; Campanha do Livro; Campanhas de Páscoa; e Campanha de

Natal.

• Tricopel: confecção de peças em tricô e crochê a serem doadas para entidades sociais.

• Tecla Social: promove a arrecadação, recuperação e reutilização de equipamentos

eletrônicos, destinando-os às escolas públicas e famílias em situação de vulnerabilidade

social. Quando não é possível a recuperação dos equipamentos, é realizada a destinação

adequada dos mesmos.

• Reforço Escolar: oferece aulas de reforço escolar a alunos da rede municipal de ensino.

• Oficina do Brinquedo: arrecada e recupera brinquedos que são distribuídos a crianças e

entidades sociais.

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• Programa Luz na Escola: promove ações educativas em escolas, bem como visitação de

alunos às Usinas da Companhia.

• Programa Corporativo de Acessibilidade

O Programa Corporativo de Acessibilidade tem o objetivo de promover a inclusão social de PcDs,

tornando a Companhia adaptada nas questões de acessibilidade, por meio de reformas, projetos

arquitetônicos e urbanísticos, implementação de recursos tecnológicos, aplicação de treinamento e

campanhas educativas, para que seus empregados e partes interessadas que possuam algum tipo

de deficiência tenham pleno acesso a suas instalações, informações e serviços, possibilitando a

participação de todos nas atividades prestadas pela Companhia.

As dimensões atendidas por este projeto são: urbanística, arquitetônica, atitudinal, comunicacional

e tecnologias de informação.

Principais ações realizadas em 2011:

• Mais de 80 agências e postos de atendimento adaptados e previsão de adequação de todas

as edificações da Companhia até 2013;

• Instalação de elevador e realização de demais adequações para tornar acessíveis o Polo

Santa Quitéria e a Sede de Maringá;

• Projeto piloto de atendimento especial para pessoas com deficiência auditiva em agências;

treinamentos em Língua Brasileira de Sinais - Libras aos atendentes de agências;

• Realização de seminários de acessibilidade para divulgação, educação e conscientização

sobre o tema em 5 cidades, contemplando um total de 294 pessoas;

• Adequações e realocações permanentes da infraestrutura urbana de distribuição, atendendo

às solicitações da comunidade e órgãos externos; e

• Pesquisa de opinião quantitativa de avaliação do grau de acessibilidade que a Companhia

oferece a seus clientes residenciais que são Pessoas com Deficiência - PcDs, o que ajudará

a mapear os principais desafios da Copel nesta área.

• Programa Luz para Todos

O Programa Luz Para Todos - LPT realizou mais de 76.000 ligações no período de 2004 a 2011,

superando a meta inicialmente estabelecida. Entre estas, aproximadamente 10.000 ligações são

consideradas prioritárias por atenderem assentamentos, comunidades remanescentes de

quilombos, aldeias indígenas e escolas rurais.

A tabela a seguir apresenta as ligações realizadas até dezembro de 2011:

Número de Ligações

4.006 7.204 9.860 8.877 11.797 15.124 14.166 4.977 76.011

2009 2010 2011 Total2005 2006 2007 20082004

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O Governo Federal, por meio do Decreto nº 7.520/2011, instituiu novo Programa LPT para o

período de 2011 a 2014, destinado a propiciar atendimento exclusivamente às famílias prioritárias,

ou seja: moradores dos Territórios da Cidadania, assentamentos rurais, comunidades indígenas,

quilombolas, como também a escolas, postos de saúde e poços de água comunitários.

Na Copel, para 2012, estão previstas as ligações das comunidades isoladas do Estado,

notadamente as localizadas nas ilhas e no litoral do estado, através de redes especiais e sistema

solar fotovoltaico. Para estas comunidades, além dos benefícios do Programa LPT, cada família

receberá uma geladeira, um sistema de aquecimento solar para água e lâmpadas a LED,

subsidiados pelo Programa de Eficiência Energética - PEE da Copel.

A Aneel, em resolução que se encontra em audiência pública, deverá prorrogar o ano limite para a

universalização do acesso ao serviço de energia elétrica na área rural para 2014.

Mediante os novos fatos, o programa na Copel deverá ser continuado com o objetivo de

atendimento restrito aos prioritários.

• Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente - Reluz

O Reluz tem o objetivo de promover o desenvolvimento de sistemas eficientes de iluminação

pública, contribuindo para melhorar as condições de segurança pública e a qualidade de vida nas

cidades brasileiras, bem como contribuir para a otimização do sistema elétrico e postergação de

investimentos em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

O Programa é viabilizado através de contratos de financiamento firmados entre Copel e Eletrobrás

e entre Copel e Município. A Eletrobrás financia a concessionária até o limite de 75% do valor do

Projeto, que, por sua vez, financia as obras do Município, que participa com no mínimo 25% do

valor do projeto (contrapartida).

Em 2011, foi apresentado pelo Município de Carambeí projeto de expansão do sistema de

iluminação pública, que está em análise na Eletrobrás, para viabilização de contrato de

financiamento através dos recursos do Reluz.

O projeto prevê as seguintes ações:

• Expansão de 366 pontos de Iluminação pública;

• Extensão de rede de aproximadamente 7 km; e

• Investimento previsto de R$ 549,0 mil.

• Programa Luz Legal

O Programa Luz Legal é um empreendimento social, implementado por convênio assinado entre o

Governo do Estado, a Companhia de Habitação do Paraná - Cohapar e a Copel, que possibilita a

instalação facilitada de entradas de serviço em unidades consumidoras residenciais monofásicas

estabelecidas em regiões urbanas expandidas por invasão, oferecendo oportunidade de melhoria

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das condições de vida, cidadania e segurança a centenas de famílias que utilizam a energia de

forma irregular e insegura.

A seleção das comunidades e das famílias a serem atendidas é feita pela Cohapar, que promove a

regularização e a urbanização dos terrenos e a construção de moradias nas áreas envolvidas.

Empreiteiras contratadas pela Copel constróem as entradas de serviço, que são pagas pelo

consumidor em 24 vezes sem juros e correção, com a cobrança das parcelas incluída na fatura de

energia.

Em oito anos de Programa, foram feitos 6.460 atendimentos, sendo que em 2011 foram atendidas

1.076 famílias.

• Programa de Irrigação Noturna

Realizado em conjunto com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o Instituto

Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater, a Secretaria de Estado do Meio

Ambiente, entre outros órgãos, o programa tem por objetivo incentivar o aumento da produtividade

agrícola mediante desconto na energia elétrica utilizada à noite — que varia de 60% a 70% no

período de 21h30 às 6h — para acionamento de sistemas de irrigação, o que resulta em aumento

da renda e melhoria de qualidade de vida do produtor rural.

Até 2011, 2.947 agricultores foram beneficiados pela tarifa especial de irrigação.

• Programa Tarifa Rural Noturna

O programa tem por objetivo incentivar os produtores rurais paranaenses, classificados como

consumidores rurais do Grupo B, a utilizar a energia elétrica no período compreendido entre 21h30

e 6h, mediante desconto de 60% na tarifa, proporcionando minimização de custos e incremento da

produção rural no Estado do Paraná.

Até 2011, 5.407 propriedades foram beneficiadas pela tarifa especial noturna.

• Programa Luz Fraterna

Programa em parceria com o Governo do Estado do Paraná, pelo qual as unidades consumidoras

classificadas como residencial baixa renda ou residencial rural e com consumo de até 100 kWh

têm isenção total da fatura, cujo débito é assumido pelo Governo do Estado.

O total de consumidores (média mensal) da Copel beneficiados pelo Programa Luz Fraterna em

2011 foi de 225.243 e em 2010 de 210.929.

• Programa de Eficiência Energética - PEE

A Copel desenvolve anualmente o Programa de Eficiência Energética - PEE, em atendimento ao

contrato de concessão para distribuição de energia elétrica e à Lei nº 9.991/2000, por meio do qual

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são aplicados recursos financeiros em projetos que têm como objetivo a promoção da eficiência

energética no uso final da energia elétrica.

Os critérios de investimento e tipos de projetos permitidos são estabelecidos pela Aneel e

abrangem clientes do segmento residencial, industrial, comercial e poder público, com ações que

contemplam a melhoria da eficiência energética dos principais usos finais de energia elétrica, tais

como iluminação, força motriz, refrigeração e condicionamento de ar.

Em 2011, foram aplicados cerca de R$ 25,4 milhões em ações que contemplaram a melhoria da

eficiência energética nas instalações de consumidores residenciais de baixa renda, comunidades

indígenas, hospitais sem fins lucrativos, prédios públicos, estabelecimentos comerciais, sinalização

semafórica.

Residencial Baixa Renda 11.049,6 21.493,5 11.772,6

Comercial 3.445,3 4.414,6 1.010,5

Poder Público 9.808,1 1.731,3 400,3

Gestão Energética 2,6 - -

Educacional 58,0 - -

Outros 1.029,8 - - Total 25.393,4 27.639,4 13.183,4

TipoInvestimento

(R$ mil)Energia Economizada

(MWh/ano)Redução de Demanda

na Ponta (kW)

6.5. Meio ambiente

6.5.1. Gestão socioambiental de novos empreendiment os

• Implantação do Projeto Básico Ambiental - PBA da U HE Mauá

O PBA da UHE Mauá é composto por 21 programas ambientais e 13 subprogramas, cujo

desenvolvimento permitirá prevenir, mitigar e compensar os impactos negativos decorrentes de sua

construção, bem como potencializar e otimizar os impactos positivos.

Em 2011, destacam-se as seguintes ações:

Programa de limpeza da bacia de acumulação

• Subprograma de desmatamento da bacia de acumulação : as atividades de supressão da

vegetação da área do futuro reservatório da UHE Mauá foram iniciadas em janeiro de 2011 e

foram divididas em quatro etapas: derrubada; traçamento (separação do material com

aproveitamento comercial dos resíduos); remoção do material, com aproveitamento

comercial para fora da área do reservatório; e finalização (enterro dos resíduos vegetais).

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Programa de conservação da flora e fauna

• Subprograma de recuperação e formação da faixa de p roteção ciliar: durante 2011, no

Horto das Caviúnas, foram beneficiados mais de 140 kg de sementes, sendo semeadas

cerca de 87 espécies, das quais foram produzidas 25.862 mudas de 50 espécies.

• Subprograma de Resgate de Flora: compreende a coleta de sementes, epífitas e

propágulos vegetais encontrados na região do reservatório durante a supressão vegetal e o

futuro enchimento. Em 2011, foram resgatados 121.767 indivíduos pertencentes a 264

espécies. O resgate de sementes totalizou 428,2 kg, de 29 famílias. Em relação ao material

coletado para compor coleções científicas, foram resgatados, até o momento, 157 toras de

16 famílias e indivíduos representantes de 34 espécies para a Xiloteca, de 21 famílias e 38

espécies para a Carpoteca e de 45 famílias e 97 espécies para o Herbário.

• Subprograma de Resgate e Salvamento Científico da F auna: compreende o resgate de

animais silvestres na área do reservatório durante a supressão vegetal e o futuro

enchimento. Durante 2011, foram resgatados 2.920 animais, pertencentes a 201 espécies.

• Subprograma de Resgate de Abelhas Nativas: esforço pioneiro no Brasil de proteção a

espécies de abelhas nativas ameaçadas de extinção e de interesse comercial. Consiste no

resgate de colmeias na região do reservatório durante a supressão vegetal e o futuro

enchimento. Ao longo de 2011, foram resgatados 948 ninhos de 19 espécies.

• Programa de resgate do patrimônio arqueológico: foram realizados prospecção,

monitoramento, salvamento, educação patrimonial e identificação de 50 sítios arqueológicos,

dos quais 18 foram resgatados.

• Implantação do Projeto Básico Ambiental - PBA da UH E Colíder

O objetivo do PBA é dar continuidade ao processo de licenciamento ambiental, atendendo às

orientações da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Mato Grosso - Sema - MT expressas na

Licença Prévia e, principalmente, consolidar os programas ambientais propostos no Estudo de

Impacto Ambiental - EIA, como forma de garantir que a implementação do empreendimento resulte

em ganhos socioambientais capazes de compensar e mitigar os impactos negativos causados ao

ambiente social e natural na região afetada pela obra.

O PBA possui 32 programas, contemplando os meios físico, biótico e socioeconômico. Em 2011,

foi iniciada a execução de 14 programas ambientais. Os demais programas estão em processo de

planejamento, contratação ou em tratativa com instituições locais.

• Implantação do PBA PCH Cavernoso II

A obra da PCH Cavernoso II foi iniciada em abril de 2011. Para atender às condicionantes

definidas pelo órgão ambiental para o licenciamento do empreendimento, foi elaborado PBA,

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constituído em 16 programas socioambientais, que estão sendo implantados conforme

cronograma.

• Linha de Transmissão - LT Araraquara II — Taubaté

O projeto de implantação da LT Araraquara II — Taubaté, com tensão de 500 kV, destina-se ao

aumento da disponibilidade de energia na região Sudeste do Brasil. Esta linha de transmissão vai

atravessar 28 municípios paulistas para interligar a Subestação Araraquara II, situada no município

de Araraquara (SP), onde chegará a energia produzida no Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira,

no Estado de Rondônia, à Subestação Taubaté, em Taubaté - SP, para suprir os principais centros

de carga da região Sudeste, ou seja, São Paulo e Rio de Janeiro. Com extensão de

aproximadamente 350 km em circuito simples, a linha terá torres dos tipos estaiadas e

autoportantes. Este empreendimento é considerado uma das obras prioritárias do Programa de

Aceleração do Crescimento - PAC, do Governo Federal.

Principais ações realizadas em 2011:

• Elaboração do EIA/RIMA e solicitação da Licença Prévia;

• Vistorias em campo para analisar o traçado escolhido;

• Audiências públicas sobre o EIA/RIMA da LT em cinco cidades: Campinas, São José dos

Campos, São Carlos, Bragança Paulista e Limeira;

• Acompanhamento da vistoria realizada pelo corpo técnico da CETESB para avaliação do

traçado; e

• Contratação de Estudos de Impacto de Vizinhança - EIVs, que serão elaborados para

atender ao pré-requisito para emissão da carta de não óbice ao empreendimento.

• Linha de Transmissão - LT Cascavel Oeste — Foz do I guaçu

O PBA da LT Cascavel Oeste — Foz do Iguaçu é composto por oito programas ambientais, cuja

implantação visa à prevenção, mitigação e compensação dos impactos socioambientais negativos

provocados pela construção da linha de transmissão, bem como a potencialização e otimização

dos impactos benéficos.

Durante 2011, foram implantados os seis programas socioambientais previstos no PBA. A Licença

de Operação — LO foi obtida em novembro de 2011 e possui validade de seis anos.

Devido à interferência no Parque Nacional do Iguaçu, foi firmado, com o IAP e o Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, Termo de Compensação - TC dos danos

causados.

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6.5.2. Licenciamento Ambiental

O gerenciamento de licenciamentos e autorizações ambientais é realizado por meio do registro e

acompanhamento dos prazos legais e do cumprimento das condicionantes ambientais associadas,

visando à continuidade da operação dos empreendimentos e a minimização dos riscos de sanções

legais, para implantação, operação e manutenção.

Em 2011, foram protocoladas 81 solicitações de Licenças Ambientais, para diversas fases do

licenciamento. Tais solicitações atendem às Linhas de Transmissão e Subestações, sendo 68 para

distribuição e 13 para geração. No mesmo período, foram obtidas 68 Licenças Ambientais, sendo

60 para distribuição e oito para geração.

• Regularização do Licenciamento Ambiental

Em 2009, a Copel iniciou negociações com o IAP com o objetivo de regularizar o licenciamento

ambiental de Linhas de Transmissão e Subestações que iniciaram sua operação antes de fevereiro

de 1986. Assim, em dezembro de 2010, a Copel e o IAP firmaram um TAC para a regularização de

227 empreendimentos da Companhia, sendo 197 para distribuição e 30 para geração.

Até o final de 2011, a Copel havia protocolado a solicitação de regularização de 163

empreendimentos junto ao órgão ambiental, recebendo 17 Licenças de Operação. A meta para

2012 é protocolar, ainda no primeiro semestre, as solicitações dos 64 empreendimentos restantes.

• Auditoria Ambiental Compulsória

A Auditoria Ambiental Compulsória - AAC é um pré-requisito para renovação das licenças de

operação de empreendimentos sujeitos a licenciamento ambiental, conforme disposto na Lei

Estadual nº 13.448/2002, no Decreto Estadual nº 2.076/2003 e na Resolução Conjunta SEMA/IAP

nº 09/2010.

Em 2011, foram realizadas 15 AACs, sendo 4 em UHEs, 5 em PCHs, 5 em LTs, sendo duas linhas

de distribuição, três de geração e uma em Subestação - SE.

As AACs auxiliam na identificação de não-conformidades e oportunidades de melhoria, além de

atender exigência legal para renovação do licenciamento ambiental. A partir desta identificação,

são elaborados planos de ação para adequação das não-conformidades e implantação das

oportunidades de melhoria, visando o aprimoramento do desempenho ambiental da Companhia.

6.5.3. Gestão Socioambiental de Reservatórios

Consiste na implantação de um processo de gestão dos reservatórios da Companhia, de forma a

analisar os riscos e apresentar alternativas para a tomada de decisões. Também tem por objetivo o

desenvolvimento de projetos e ações por meio de gestão ambiental por microbacias hidrográficas,

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visando melhorar a qualidade e disponibilidade de água nos reservatórios das UHEs da Copel,

bem como prover seu uso múltiplo.

Durante o ano de 2011, foram realizadas as seguintes ações:

• Detalhamento e estruturação do processo de gestão dos reservatórios;

• Formalização da Comissão Local da Unidade de Produção Curitiba - UPCTA;

• Inicio da implantação do processo no reservatório da UHE GPS, coordenada pela UPCTA;

• Realizado levantamento de ocorrências nos setores 01 e 02 do reservatório da UHE GPS;

• Elaborado o edital de contratação de serviço para levantamento de ocorrências no

reservatório da UHE GPS;

• Início do desenvolvimento do Sistema de Informações Georreferenciadas Socioambiental

para Gestão de Reservatórios - SIG-SAM-GR, aplicativo georreferenciado para apoio à

gestão dos reservatórios; e

• Implantação de dicionários de dados em equipamento GPS para informatização dos

trabalhos de inspeção.

6.5.4. Programa Florestas Ciliares

O principal objetivo do Programa é a recuperação dos ambientes naturais circunjacentes aos

reservatórios das usinas que, de acordo com a posição fitoecológica da maior parte deles, deve ser

essencialmente feita por meio de plantios florestais. Imóveis da Companhia que porventura

estejam localizados nas margens de rios e nascentes também serão alvo do projeto. Dependendo

das características naturais da região, a reabilitação local estará vinculada, também, ao

fechamento de drenos artificiais em áreas de várzeas, ao plantio de espécies herbáceas onde

originalmente eram campos e ao reforço estrutural em áreas sujeitas a fortes processos erosivos.

Em 2011, foram plantadas 72.567 mudas, correspondendo a uma área recuperada de

83,3 hectares. Também foi realizado o cercamento para proteção de áreas reflorestadas, com a

instalação de 28.862 metros de cerca.

6.5.5. Hortos Florestais

Estruturados para promover a adequação paisagística em áreas verdes das usinas e áreas

administrativas da Companhia, nos últimos anos a atuação e os objetivos dos Hortos Florestais

foram fortemente alterados. Isso ocorreu em função da necessidade de realização de ações

efetivas de recuperação ambiental, relacionadas, sobretudo, à efetivação das APPs no entorno dos

reservatórios, à disponibilização de mudas para compensação ambiental de desmatamentos

decorrentes da abertura de faixa para linhas de transmissão e distribuição e ao repasse de mudas

de arborização urbana para as prefeituras conveniadas.

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Em 2011, os hortos florestais da Companhia produziram 330 mil mudas.

6.5.6. Programa de Arborização Urbana

Instituído em 2006, o programa incentiva a melhoria da arborização urbana dos municípios da área

de concessão da Copel, por meio de ações junto às Prefeituras, visando a convivência das redes

de distribuição de energia e as árvores urbanas. O plantio de árvores adequadas em locais

corretos resulta em uma menor necessidade de intervenções com podas drásticas e na redução de

interrupções no fornecimento de energia, com consequente melhoria da imagem da Companhia

junto às partes interessadas.

Até 2011, foram firmados e executados 28 convênios entre a Copel e prefeituras municipais, que

propiciaram a substituição de 2.389 árvores que ofereciam riscos às redes de energia e o

fornecimento de 11.520 mudas adequadas à arborização de vias públicas e ao convívio com as

redes de energia.

6.5.7. Monitoramento da qualidade da água dos reser vatórios

Em atendimento ao processo de licenciamento ambiental, por meio de análises trimestrais, a Copel

realiza o monitoramento da qualidade da água dos seus reservatórios, bem como a análise a

montante e a jusante do rio. São 22 parâmetros físico-químicos e biológicos monitorados nas

usinas em operação. Em novos empreendimentos, é monitorada uma gama maior de parâmetros,

incluindo análises de sedimentos e agrotóxicos. No reservatório de Foz do Areia, estudos em

parceria com o Lactec e a Associação Instituto Internacional de Ecologia e Gerenciamento

Ambiental - AIIEGA buscam estimar as principais fontes de cargas de nutrientes, visando

direcionar ações para minimizar problemas de eutrofização.

6.5.8. Programa de Monitoramento e Repovoamento de Ictiofauna

Trata-se do monitoramento da ictiofauna presente nos reservatórios sob concessão da Copel, além

do repovoamento destes reservatórios com alevinos de espécies nativas. O Programa permite

acompanhar as mudanças nas comunidades de peixes afetadas pelas barragens da Copel e

realiza o manejo destas comunidades, mitigando impactos e atendendo demandas legais e sociais.

O programa de repovoamento auxilia no atendimento, às demandas por alevinos, de órgãos

ambientais e governamentais, em eventos promovidos em prol do meio ambiente. Entre os peixes

produzidos está o surubim-do-Iguaçu, maior peixe do rio Iguaçu e ameaçado de extinção. Em

2011, teve continuidade o monitoramento da fauna de peixes em reservatórios e o repovoamento,

com a produção de 936,6 mil indivíduos, dos quais 525 mil foram liberados nos reservatórios, 101,6

mil liberados em eventos ambientais e 310 mil cedidos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama para uso em manejo ambiental.

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Em 2011, cerca de 29,0 mil peixes foram resgatados durante procedimentos de manutenção de

usinas e em emergências ambientais, 97% destes com vida.

6.5.9. Tecnologias de redes de distribuição de ener gia

Os impactos socioambientais mais significativos das redes de distribuição são: riscos de acidentes

com terceiros, conflitos com a arborização e poluição visual. Para mitigar estes impactos, em locais

arborizados ou em áreas rurais com vegetação protegida por lei, a Copel adota tecnologias

substitutivas às redes nuas, como a rede compacta protegida, a rede secundária isolada, a rede

isolada e a rede subterrânea.

• Rede de Distribuição Compacta Protegida - RDC e Red e de Distribuição

Secundária Isolada - RSI

As RDCs minimizam a área de interferência com a vegetação e a necessidade de poda das

árvores. As RSIs permitem maior proximidade dos galhos de árvores, sem o risco de provocar

interrupções em caso de contato eventual e não permanente nos condutores.

As RDCs e RSIs, juntas, representam 85,5% e 11,0% do total de redes construídas em 2011, nas

áreas urbana e rural, respectivamente.

• Rede Subterrânea

A Companhia conta hoje com aproximadamente 104,5 km de rede de média tensão, 212 km de

rede de baixa tensão e 2.054 caixas e poços de inspeção. Muitos empreendimentos estão em fase

de implantação (projetos, estudos e construção), a exemplo de: rede do Parque Nacional do Iguaçu

(13 km) e o atendimento às comunidades no litoral do Paraná (35 km).

A Copel, em parceria com projetistas, empreendedores e fornecedores, também estuda e viabiliza

redes subterrâneas no interior de condomínios residenciais.

• Rede isolada

Outra tecnologia de rede que tem sido estudada pela Copel é a rede aérea isolada. Trata-se de

uma tecnologia de cabos isolados que permitem o contato permanente com a arborização. Este

tipo de rede torna a necessidade de poda de árvores quase nula.

• Substituição de óleo mineral isolante por óleo vege tal

A Copel vem realizando estudos e pesquisas em transformadores e disjuntores de distribuição

através da implantação de forma gradual de equipamentos isolados a óleo vegetal isolante, como

segue:

• Foz do Iguaçu - 21 transformadores de 15 kV - 500 kVA na rede subterrânea;

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• Cascavel - 17 transformadores de 15 kV - 112,5 kVA na rede aérea no entorno do lago

municipal;

• Cascavel - 5 transformadores de 15 kV - 75 kVA na rede aérea no Parque Tarquínio;

• Maringá - 18 transformadores de 15 kV - 500 kVA na rede subterrânea;

• Curitiba - 3 reguladores de tensão de 34,5 kV - 400 kVA;

• Curitiba - 2 transformadores de 15 kV - 75 kVA na rede aérea do Almoxarifado Central da

Copel e

• Cascavel - 4 disjuntores nas tensões de 15 e 34,5 kV em Subestações.

Em maio de 2010, visando dar continuidade aos estudos, a Copel instalou um transformador de

distribuição isolado a óleo vegetal de Crambe, classe 15 kV, 75 kVA, na SE/PHS, operando como

serviço auxiliar e alimentando todo o sistema que utiliza corrente alternada daquela subestação.

Em 2011, cinco transformadores de 15 kV - 45 kVA isolados a óleo vegetal isolante foram

instalados na rede aérea de Curitiba e, em Cascavel, nove transformadores de distribuição de

potências diversas que utilizavam óleo mineral isolante - OMI foram substituídos por

transformadores isolados a óleo vegetal isolante - OVI.

6.5.10. Gestão de Recursos Naturais

• Consumo de água

Nas usinas, o sistema de resfriamento utiliza água bruta de corpos d’água superficiais e ocorre em

circuito aberto, sem recirculação, exceto na Usina Elétrica a Gás de Araucária - UEGA. A Copel

não recicla a água utilizada em suas unidades administrativas.

Desde 2010, o prédio da Unidade de Transmissão Norte, em Londrina, está adaptado para

aproveitar a água da chuva nas atividades que não demandam o uso de água tratada, resultando

em expressiva economia. Outras três agências na região de Ponta Grossa já instalaram o sistema

de captação e armazenagem da água da chuva: Telêmaco Borba, Castro e Jaguariaíva.

Em 2011, o consumo de água oriunda da rede pública de abastecimento foi de 169.543 m3,

apresentando aumento de 3,27% em relação ao consumo de 2010, que foi de 164.182 m3.

• Energia

O consumo próprio de energia elétrica refere-se ao funcionamento das sedes administrativas e

pontos de apoio de subestações. O montante consumido em 2011 foi de 25.243 MWh. O consumo

de energia por empregado foi de 2.685,4 kWh em 2011, contra 2.778,4 kWh em 2010.

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O parque gerador da Companhia conta com duas usinas que utilizam combustível não renovável: a

Usina Termelétrica de Figueira, que faz o uso de carvão mineral, e a UEGA, que gera energia a

partir de gás natural em um sistema de ciclo combinado.

A tabela a seguir apresenta o consumo de combustíveis não renováveis nessas usinas em 2011:

Usina Energia de fonte primária 2011 2010

Usina Termelétrica de Figueira Carvão mineral (t) 77.973 80.312

Usina Elétrica a Gás de Araucária Gás natural (m³) 501.402 273.056.374

A energia produzida na usina termelétrica de Araucária é vendida em sua totalidade, não sendo,

portanto, considerada como energia consumida pela Companhia.

• Emissões, Efluentes e Resíduos

Iniciativas para reduzir emissões de gases de efeit o estufa

Em junho de 2011, foi aprovada e publicada no site da Companhia a Agenda Copel de Mudanças

Climáticas. A Agenda apresenta os compromissos que a Companhia assume para os próximos

anos em relação ao tema.

Emissões

Em 2011 foi elaborado e publicado no site do GHG Protocol Brasil o terceiro Inventário Anual de

Emissões de Gases de Efeito Estufa da Copel, que apresenta as emissões da Companhia no ano

de 2010. A elaboração do inventário traz reflexos positivos para a Companhia, a exemplo de sua

participação no Índice Carbono Eficiente - ICO2, da BM&FBovespa.

Efluentes

Em 2011, foi dada continuidade aos trabalhos de revitalização das Estações de Tratamento de

Efluentes das UHEs, foram concluídos os relatórios de diagnóstico das maiores usinas e

implantadas melhorias nos sistemas prioritários.

Resíduos

Em 2011, destacam-se, no âmbito do Programa de Gestão Corporativa de Resíduos, a publicação

de normas corporativas para o manejo adequado dos seguintes resíduos: baterias chumbo-ácido,

lâmpadas fluorescentes e de descarga gasosa, materiais com amianto, pilhas e baterias portáteis,

pneus, resíduos de construção civil, detectores de fumaça e para-raios.

Com relação ao manejo de Bifenilas Policloradas - PCBs (Ascarel), foram realizadas as seguintes

ações: elaboração de norma e procedimento corporativo e contratação da descontaminação de

32.000 litros de óleo mineral isolante contaminado com PCB.

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Ainda em 2011, foi contratada a elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos -

PGRS de 45 instalações da Companhia e foi concluído o desenvolvimento de uma ferramenta de

gestão de resíduos (Registro Corporativo de Resíduos - RCR), com implementação prevista

para 2012.

Os resíduos perigosos gerados na Companhia são encaminhados a empresas especializadas no

tratamento e disposição final, devidamente licenciadas para tais atividades. Para os resíduos

críticos, são realizadas vistorias nestas empresas, visando garantir o pleno atendimento das

cláusulas contratuais e da legislação social e ambiental vigente.

A tabela a seguir apresenta dados do tratamento e destinação final de resíduos perigosos gerados

na Companhia em 2011:

Resíduo Unidade 2011 2010 2009

Óleo mineral isolante l 359.852,0 259.958,0 201.770,0 regeneração 142,5

Resíduos contaminados

com óleos e solventes (1) t - 38,5 21,3 co-processamento em fornos de indústria de cimento

-

Panos contaminados com óleos e solventes

un 26.667,0 49.800,0 56.160,0 reaproveitamento após lavagem industrial

6,8

Solo contaminado com óleos m3 15,0 8,00 - aterro industrial classe I 15,3

Lâmpadas fluorescentes(vapor de mercúrio e mistas)

un 126.170,0 182.272,0 - desmercurização e reciclagem 56,8

Quantidade Custo 2011(R$ mil)

(1) Não houve destinação desse material em 2011.

Método de tratamento / disposição final

• Utilização de Papel e Plástico

No decorrer de 2009, foi implantado o uso de papel reciclado na Companhia, refletindo mudanças

culturais, participação efetiva e engajamento dos empregados à nova prática adotada. Em 2010, o

autoenvelopamento de faturas representou redução de, aproximadamente, três milhões de

envelopes por mês. Em fevereiro de 2011, a Copel voltou a adotar o uso de papel branco, de

origem certificada, para as impressões administrativas e de materiais de comunicação.

Em novembro de 2010, foi iniciado, em uma das instalações da Copel, onde trabalham cerca de

dois mil empregados, projeto de substituição do uso de copos plásticos por xícaras de porcelana e

copos de vidro, visando reduzir a geração de resíduos. A ação teve resultado positivo, com

redução na utilização de copos e potes de plástico de aproximadamente 215 mil unidades por mês.

Em 2011, essa boa prática foi expandida para outras instalações da Companhia, resultando em

uma redução média mensal de 65 mil unidades de copos plásticos por mês.

• Fontes de energia renovável

Aumentar a participação de fontes alternativas renováveis de energia na matriz energética, de

forma rentável e sustentável, é uma das importantes diretrizes estratégicas estabelecidas para o

negócio de geração da Copel. Neste sentido, a Companhia vem pesquisando e prospectando

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novos negócios relativos a estas fontes de energias. Os principais projetos atualmente em

desenvolvimento ou estudo são:

Identificação de locais com potencial eólico compet itivo

Projeto para a implementação de modelo climático de mesoescala, em computador de alto

desempenho, que permitirá à Copel definir seus próprios mapas eólicos, para identificação das

áreas mais promissoras para instalação de futuros parques eólicos. A partir de 2012 terá inicio a

fase de produção e do início de 2013 a implementação prática dos primeiros resultados.

Projetos solares fotovoltaicos

Em agosto de 2011, a Aneel publicou a Chamada nº 13/2011, para o Projeto Estratégico “Arranjos

Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética

Brasileira”. A Copel está liderando e submeteu, para aprovação da Aneel, dois projetos: “Aplicação

de Células Fotovoltaicas de Fabricação Nacional para Geração de Energia Elétrica Interligada a

Rede de Distribuição no Estádio onde Venha a Ser Realizada a Copa Fifa 2014”, cuja capacidade

instalada será de 1,0 MWpico e “Comparação da Geração de Energia Elétrica por Fonte Solar

Fotovoltaica e sua Disponibilização na Rede de Distribuição, Sem e Com Acumulação da Energia

em Banco de Bateria Vanádio de Ciclo Limitado”, cuja capacidade instalada será de 3,0 MWpico e

está participando, de forma cooperada, de três projetos, liderados por outras empresas do setor.

A expectativa é de que a(s) planta(s) solar fotovoltaica aprovada(s) esteja(m) em operação a partir

de início de 2013.

Poliduto

Estão sendo retomadas as negociações para continuidade dos estudos que analisarão a

viabilidade de construção do poliduto ligando os municípios de Sarandi e Paranaguá, passando por

Araucária. O objetivo é dotar o Estado de infraestrutura de logística moderna para o transporte de

etanol e melhorar as condições das exportações paranaenses. Na etapa anterior dos trabalhos foi

publicado o Decreto de Utilidade Pública do traçado básico e em breve será assinado um novo

Protocolo de Intenções entre o Estado do Paraná, Copel, Compagas, Alcopar, CPL e CPLPAR,

para a elaboração dos estudos de licenciamento ambiental.

Microalgas

Este projeto de P&D foi iniciado em 2009 e tem como objetivos a pesquisa e o desenvolvimento de

processos de cultivo em grande escala de microalgas voltadas para extração de óleo como fonte

energética para a produção de biodiesel e energia. Atualmente o projeto está na fase de conclusão

da caracterização morfológica das cepas nativas coletadas no Paraná, bem como se encontra em

fase de instalação o sistema de cultivo aberto — raceway — em escala piloto no laboratório do

Instituto Agronômico do Paraná - Iapar. A previsão é produzir os primeiros litros de óleo bruto de

microalgas até o final de 2012.

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Resíduos Sólidos Urbanos

O projeto de P&D prevê a construção de uma usina piloto de processamento de resíduos sólidos

urbanos - RSU, que inclui a gaseificação, a estruturação de um centro de excelência de estudos e

o desenvolvimento de uma planta de processamento do RSU, para municípios de pequeno e

médio portes, que deverá produzir energia, produtos reciclados e recicláveis, sem necessidade de

aterros ou geração de qualquer passivo ambiental.

6.5.11. Projeto de Crédito de Carbono

Integrado ao Conselho de Meio Ambiente da Copel, a Elejor iniciou o projeto de formação de seus

Créditos de Carbono em outubro de 2000.

Sob o nome de Fundão Santa Clara Energetic Complex Project - FSCECP, o Project Design

Document Form - PDD, foi aprovado pela United Nations Framework Convention on Climate

Change - UNFCCC/ONU em 2008.

O Certified Emission Reductions - CER é uma commodity e o preço segue, na grande maioria dos

casos, o registro da BlueNext (www.bluenext.eu), que registra todas as operações de compra e

venda que ocorrerem no mundo. Os valores oscilam de forma análoga a uma bolsa de valores

convencional.

O projeto tem validade por 21 anos, sendo revisado a cada sete anos, segundo as regras atuais do

Protocolo de Kyoto. O custo de contratação destas auditorias, que seguem procedimentos

licitatórios, está registrado no Balanço Social, capítulo 7.

A seguir, maiores informações sobre o projeto:

Empresa certificadora SGS United Kingdom Ltd BRTUV BRTUV

Quantidade CO2 229.464 t 320.000 t 360.000 t

2010 2011 Previsto 2012

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7. BALANÇO SOCIAL

2011 2010

1 - BASE DE CÁLCULO

NE 28 Receita Líquida - RL 7.776.165 6.901.113

2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS

NE 29.3 Remuneração dos administradores 9.652 0,1 8.922 0,1

Remuneração dos empregados 715.967 9,2 560.267 8,1 Alimentação (Auxílio alimentação e outros) 93.273 1,2 81.852 1,2

NE 29.3 Encargos sociais compulsórios 223.091 2,9 188.001 2,7

NE 21.3 Plano previdenciário 51.119 0,7 52.272 0,8

NE 21.3 Saúde (Plano assistencial) 107.132 1,4 79.412 1,2

Segurança e medicina no trabalho 6.435 0,1 6.519 0,1

Educação 3.398 - 2.818 -

Cultura 1.593 - 3.195 -

Capacitação e desenvolvimento profissional 14.915 0,2 12.448 0,2

Auxílio creche 1.085 - 829 -

NE 29.3 Participação nos lucros e/ou resultados 48.068 0,6 66.151 1,0

NE 29.3 Indenizações Trabalhistas 64.442 0,8 19.737 0,3

(1) Outros benefícios 1.830 - 1.575 - Total 1.342.000 17,3 1.083.998 15,7

3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS

Esporte e Cultura 12.622 0,1 5.873 0,1

NE 29.8 Lei do incentivo ao esporte 2.456 - 975 -

NE 29.8 Projetos culturais diversos - lei Rouanet 10.059 0,1 4.882 0,1

Projetos culturais diversos - ISS 107 - 16 -

Programas 133.305 1,6 201.790 2,9 Programa de Reassentamento de Famílias 59.613 0,8 39.006 0,6 Programa Luz para Todos 34.645 0,4 102.727 1,5

Programa de Eficiência Energética - PEE 25.393 0,3 46.052 0,7

Programa Tarifa Rural Noturna e Irrigação Noturna 6.085 0,1 5.911 0,1 Indenização para comunidades indígenas 2.987 - 2.720 -

NE 29.8 Fundo dos direitos da criança e do adolescente 2.905 - 1.226 - Convênio IBAB - Guardião das águas 543 - 919 - Programa Luz Legal 475 - 931 -

Programa de Acessibilidade 454 - 2.200 - Programa de relacionamento com a comunidade 162 - - - Educação Socioambiental 25 - 5

Outros programas 18 - 93 -

Total das contribuições para a sociedade 145.927 1,7 207.663 3,0 Tributos (excluídos encargos sociais) 4.337.671 55,8 3.873.465 56,1

Total 4.483.598 57,5 4.081.128 59,1

NE - Nota Explicativa

% Sobre RL % Sobre RL

BALANÇO SOCIAL ANUAL

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

% Sobre RL % Sobre RL

Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010

Consolidado

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75

(continuação)

2011 2010

4 - INDICADORES AMBIENTAIS

Investimentos relacionados com as operações daempresa 197.266 2,5 133.800 1,9

Pesquisa & Desenvolvimento - P&D 38.129 0,5 32.485 0,5

Rede Compacta 116.033 1,5 90.796 1,3

Programas de proteção de fauna e flora 40.859 0,5 7.422 0,1

Gestão de resíduos 2.245 - 3.097 -

Investimentos em programas e/ou projetosexternos 1.264 - 932 -

(2) Educação Ambiental e Museu Reg. Iguaçu 469 - 344 -

(3) Auditoria créditos de carbono 118 - 165 -

Gestão Socioambiental de Reservatórios 649 - 400 -

Outros Programas 28 - 23 - Total 198.530 2,5 134.732 1,9

(4) Quantidade de sanções ambientais 3 2Valor das sanções ambientais (R$ Mil) 41 -

5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL (inclui controla das)

Empregados no final do período 9.545 9.040 Admissões durante o período 1.057 1.171

Escolaridade dos empregados(as): Total Homens Mulheres Total Homens MulheresTotal Superior e extensão universitária 4.018 2.851 1.167 3.784 2.693 1.091Total 2º Grau 5.206 4.425 781 4.906 4.211 695Total 1º Grau 321 297 24 351 325 26

Faixa etária dos empregados(as):Abaixo de 18 anos 66 66 De 18 até 30 anos (exclusive) 2.069 1.966 De 30 até 45 anos (exclusive) 3.804 3.616 De 45 até 60 anos (exclusive) 3.557 3.352 Acima de 60 anos 49 40

Mulheres que trabalham na empresa 1.972 1.812 % Mulheres em cargos gerenciais:

em relação ao nº total de mulheres 5,7 5,4 em relação ao nº total de gerentes 18,8 17,5

Negros(as) que trabalham na empresa 1.066 981 % Negros(as) em cargos gerenciais:

em relação ao nº total de negros(as) 2,9 2,5 em relação ao nº total de gerentes 5,1 4,5

Portadores(as) de necessidades especiais 93 89 Dependentes 15.994 19.166 Estagiários(as) 323 845

(5) Terceirizados 5.220 5.225

(6)Nº de processos trabalhistas em andamento no final do exercício 2.625 2.319 Nº de processos trabalhistas encerrados no exercício 481 863

% Sobre RL % Sobre RL

Consolidado

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76

(continuação)

2010

Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa 35

Número total de Acidentes de Trabalho (inclui acidentes com contratados) 244 239

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pelaempresa foram definidos por:

Os padrões de segurança e salubridade no ambientede trabalho foram definidos por:

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociaçãocoletiva e à representação interna dos trabalhadores,a empresa:

A previdência privada contempla:

A participação dos lucros ou resultados contempla:

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrõeséticos e de responsabilidade social e ambientaladotados pela empresa:

Quanto à participação dos empregados emprogramas de trabalho voluntário, a empresa:

(7)

na empresa 113.115 110.520

no Procon 479 411

na Justiça 1.600 1.302 (7)

na empresa 100,0% 100,0%

no Procon 93,9% 89,5%

na Justiça 39,6% 21,9%

7- GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA

Valor adicionado total a distribuirDistribuição do Valor Adicionado (DVA):

Terceiros 5,5% 5,0%

Pessoal 13,6% 12,9%

Governo 64,2% 65,6%

Acionistas 6,0% 4,6%

Retido 10,7% 11,9%

todos

todos

6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL

26

direção e gerências

todos + Cipa

incentiva e segue a OIT

2011

direção e gerências

Consolidado

todos + Cipa

incentiva e segue a OIT

todos

todos

são exigidos

organiza e incentiva

7.033.497 6.129.292

% de reclamações e críticas atendidas ou solucionad as:

Número total de reclamações e críticas de consumido res:

são exigidos

organiza e incentiva

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(continuação)

8 - OUTRAS INFORMAÇÕES

(7) Estas informações referem-se somente à subsidiária integral Copel Distribuição.

• A partir de 2010, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - Ibase não mais prescreve seu modelo padrão deBalanço Social por entender que esta ferramenta e metodologia já se encontram amplamente difundidas entre empresas,consultorias e institutos que promovem a responsabilidade social corporativa no Brasil. Assim sendo, a Copel, que já utilizavaeste modelo desde 1999, resolveu, fundamentada na orientação do Ibase, melhorar sua demonstração de Balanço Social,abordando também informações solicitadas na NBCT 15, visando à transparência de suas informações.

(2) Estes valores referem-se somente à Educação Ambiental da comunidade. Os valores de público interno estão incluídos emCapacitação e Desenvolvimento Profissional.

(1) O item Outros Benefícios é composto por: Auxílio doença complementar, Auxílio maternidade prorrogado, Seguros, Valetransporte excedente, Auxílio invalidez e Morte acidental.

(4) Estas informações referem-se a multas e notificações socioambientais das subsidiárias integrais da Copel: CopelDistribuição, Copel Geração e Transmissão e Copel Telecomunicações.Valores referente aos Termos de Compromisso - TCs e Termos de Ajustamento de Conduta - TACs são considerados emsociais externos ou ambientais, dependendo de sua natureza.

• Este Balanço Social contempla dados das controladas Compagas, Elejor S.A., UEG Araucária Ltda., Copel EmpreendimentosLtda., Centrais Eólicas do Paraná Ltda. - Ceolpar, Costa Oeste Transmissora de Energia S.A., Transmissora Sul BrasileiraEnergia S.A., Marumbi Transmissora Energia S.A. e Dreen Cutia Empreendimentos Eólicos SPE S.A. em virtude daconsolidação de seus resultados com a Copel, exceto quando indicado de outra forma.

(6) Estas informações referem-se somente às subsidiárias integrais da Copel: Copel Distribuição, Copel Geração e Transmissãoe Copel Telecomunicações.

(3) Estes valores referem-se aos gastos do Contrato de Validação dos Créditos de Carbono efetuados pela controlada Elejor.

(5) Este número corresponde ao total de trabalhadores terceirizados contratados no período independentemente do número dehoras trabalhadas. Não representa o número de postos de trabalho terceirizados.

• As notas explicativas - NEs são parte integrante das Demonstrações Financeiras e também contêm outras informações denatureza socioambiental não contempladas neste Balanço Social.

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8. COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNAN ÇA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente: MAURICIO SCHULMAN Secretário Executivo: LINDOLFO ZIMMER

Membros: CARLOS HOMERO GIACOMINI FABIANO BRAGA CÔRTES JOSÉ RICHA FILHO PAULO PROCOPIAK DE AGUIAR PEDRO LUIZ CERIZE NILTON CAMARGO COSTA VAGO

COMITÊ DE AUDITORIA Presidente: CARLOS HOMERO GIACOMINI

Membros: FABIANO BRAGA CÔRTES JOSÉ RICHA FILHO

CONSELHO FISCAL Presidente JOAQUIM ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA

PORTES Membros Titulares: LUIZ EDUARDO DA VEIGA SEBASTIANI

JOSÉ TAVARES DA SILVA NETO JORGE MICHEL LEPELTIER WANCLER FERREIRA DA SILVA

Membros Suplentes: OSNI RISTOW VAGO ROBERTO BRUNNER MARCELO CERIZE JOSÉ LUIZ MONTANS ANACLETO JR.

DIRETORIA Diretor Presidente LINDOLFO ZIMMER

Diretora de Gestão Corporativa YÁRA CHRISTINA EISENBACH Diretor de Finanças, Relações com Investidores e de Controle de

Participações RICARDO PORTUGAL ALVES

Diretor Jurídico JULIO JACOB JUNIOR Diretor de Distribuição PEDRO AUGUSTO DO NASCIMENTO NETO Diretor de Engenharia JORGE ANDRIGUETTO JUNIOR

Diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações JAIME DE OLIVEIRA KUHN

Diretor de Meio Ambiente e Cidadania Empresarial GILBERTO MENDES FERNANDES

CONTADOR

Contador - CRC-PR-045809/0-2 ADRIANO FEDALTO

Relações com investidores:

[email protected]

Fone: +55 (41) 3331-4359

Fax: +55 (41) 3331-2849

Page 80: COPEL · E coroando a temporada de êxitos, a Copel participou com sucesso do último leilão para novas obras de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica

COPEL

Companhia Paranaense de Energia - Copel

CNPJ/MF 76.483.817/0001-20

Inscrição Estadual 10146326-50

Companhia de Capital Aberto - CVM 1431-1

www.copel.com [email protected]

Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel - Curitiba - PR

CEP 80420-170

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2011

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SUMÁRIO DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS........................................ ...................................................................................... 3

Balanços Patrimoniais ........................................................................................................................................... 3 Demonstrações de Resultados.............................................................................................................................. 5 Demonstrações de Resultados Abrangentes......................................................................................................... 6 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido ........................................................................................... 7 Demonstrações dos Fluxos de Caixa .................................................................................................................... 8 Demonstrações do Valor Adicionado................................................................................................................... 10

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS........................................ ....................................... 12 1 Contexto Operacional ........................................................................................................................... 12 2 Principais Políticas Contábeis ............................................................................................................... 15 3 Caixa e Equivalentes de Caixa.............................................................................................................. 32 4 Aplicações Financeiras ......................................................................................................................... 32 5 Clientes ................................................................................................................................................ 35 6 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná.................................................................................. 37 7 Contas a Receber Vinculadas à Concessão ......................................................................................... 38 8 Outros Créditos..................................................................................................................................... 40 9 Estoques............................................................................................................................................... 40 10 Tributos ................................................................................................................................................ 41 11 Despesas Antecipadas ......................................................................................................................... 47 12 Depósitos Judiciais ............................................................................................................................... 47 13 Créditos com Partes Relacionadas ....................................................................................................... 48 14 Investimentos........................................................................................................................................ 49 15 Imobilizado............................................................................................................................................ 59 16 Intangível .............................................................................................................................................. 66 17 Obrigações Sociais e Trabalhistas ........................................................................................................ 71 18 Fornecedores........................................................................................................................................ 72 19 Empréstimos e Financiamentos ............................................................................................................ 73 20 Debêntures ........................................................................................................................................... 83 21 Benefícios Pós-Emprego....................................................................................................................... 83 22 Encargos do Consumidor a Recolher.................................................................................................... 90 23 Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética ........................................................................... 90 24 Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público.............................................................. 91 25 Outras Contas a Pagar ......................................................................................................................... 93 26 Contingências e Provisões para Litígios................................................................................................ 93 27 Patrimônio Líquido .............................................................................................................................. 102 28 Receita Operacional Líquida ............................................................................................................... 108 29 Custos e Despesas Operacionais ....................................................................................................... 110 30 Resultado Financeiro .......................................................................................................................... 116 31 Segmentos Operacionais.................................................................................................................... 116 32 Contratos de Arrendamento Operacional ............................................................................................ 121 33 Instrumentos Financeiros.................................................................................................................... 122 34 Transações com Partes Relacionadas ................................................................................................ 134 35 Seguros (não auditado)....................................................................................................................... 138 36 Conta de Compensação da “Parcela A” .............................................................................................. 141 37 Eventos Subsequentes ....................................................................................................................... 143

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ..................... 145 RESUMO DO RELATÓRIO ANUAL DO COMITÊ DE AUDITORIA 2011 .................................................................... 148 PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011................................................................................................................................................. 151 PROPOSTA DE ORÇAMENTO DE CAPITAL ............................................ ................................................................ 152 DECLARAÇÃO ........................................ ............................................................................................................ 153

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3

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Balanços Patrimoniais

levantados em 31 de dezembro de 2011 e 2010

Valores expressos em milhares de reais - R$

ATIVO NE nº Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

CIRCULANTECaixa e equivalentes de caixa 3 27.757 89.822 1.049.125 1.794.416 Aplicações financeiras - títulos e valores mobiliários 4 165 175 582.019 534.095 Aplicações financeiras restritas - cauções e depósitos vinculados 4 - - 2.668 64.078 Clientes 5 - - 1.368.366 1.162.627 Dividendos a receber 13 1.153.009 889.823 17.906 5.851 Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná 6 - - 65.862 58.816 Contas a receber vinculadas à concessão 7 - - 80.626 54.700 Outros créditos 8 322 - 161.313 161.069 Estoques 9 - - 103.802 121.424 Imposto de renda e contribuição social 10 118.908 122.995 215.381 158.213 Outros tributos correntes a recuperar 10 - - 50.357 37.536 Despesas antecipadas 11 - - 4.588 4.965

1.300.161 1.102.815 3.702.013 4.157.790

NÃO CIRCULANTERealizável a Longo Prazo

Aplicações financeiras - títulos e valores mobiliários 4 - - 62.589 7.151 Aplicações financeiras restritas - cauções e depósitos vinculados 4 - - 37.553 26.280 Clientes 5 - - 32.452 43.729 Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná 6 - - 1.280.598 1.282.377 Depósitos judiciais 12 222.847 230.235 430.817 400.699 Contas a receber vinculadas à concessão 7 - - 3.236.474 2.423.345 Outros créditos 8 - - 17.223 15.224 Imposto de renda e contribuição social 10 - - 18.714 12.341 Outros tributos correntes a recuperar 10 - - 77.912 84.862 Imposto de renda e contribuição social diferidos 10 141.639 144.757 745.180 507.710 Mútuo com partes relacionadas 13 1.145.394 1.068.002 - 1.575

1.509.880 1.442.994 5.939.512 4.805.293

Investimentos 14 10.534.112 10.108.610 549.158 483.450 Imobilizado 15 - - 7.209.123 6.663.945 Intangível 16 - - 1.721.857 1.748.954

12.043.992 11.551.604 15.419.650 13.701.642

TOTAL DO ATIVO 13.344.153 12.654.419 19.121.663 17.859.432

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações financeiras

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4

Balanços Patrimoniais levantados em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (contin uação)

Valores expressos em milhares de reais - R$

PASSIVO NE nº Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

CIRCULANTEObrigações sociais e trabalhistas 17 153 293 224.095 175.584 Fornecedores 18 2.065 333 747.453 612.568 Imposto de renda e contribuição social 10 3.929 14.985 151.790 153.249 Outras obrigações fiscais 10 41.385 82.128 288.457 378.871 Empréstimos e financiamentos 19 44.152 17.860 116.487 83.095 Debêntures 20 - 621.157 - 621.157 Dividendo mínimo obrigatório a pagar 130.859 158.916 135.744 163.634 Benefícios pós-emprego 21 - 119 36.037 24.255 Encargos do consumidor a recolher 22 - - 70.511 56.105 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 23 - - 156.915 155.991 Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público 24 - - 44.656 40.984 Outras contas a pagar 25 530 - 86.676 71.308

223.073 895.791 2.058.821 2.536.801

NÃO CIRCULANTEColigadas e controladas - 3.675 - - Fornecedores 18 - - 108.462 144.936 Obrigações fiscais 10 - 20.076 152 32.252 Imposto de renda e contribuição social diferidos 10 33.259 25.297 927.910 887.218 Empréstimos e financiamentos 19 965.772 380.997 2.057.985 1.280.982 Benefícios pós-emprego 21 - - 432.838 384.208 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 23 - - 94.649 90.732 Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público 24 - - 370.442 340.099 Outras contas a pagar 25 - - 53 - Provisões para litígios 26 295.355 298.460 1.000.823 866.378

1.294.386 728.505 4.993.314 4.026.805

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 27

Atribuível aos acionistas da empresa controladoraCapital social 6.910.000 6.910.000 6.910.000 6.910.000 Ajustes de avaliação patrimonial 1.457.081 1.559.516 1.457.081 1.559.516 Reserva legal 536.187 478.302 536.187 478.302 Reserva de retenção de lucros 2.838.551 2.056.526 2.838.551 2.056.526 Dividendo adicional proposto 84.875 25.779 84.875 25.779

11.826.694 11.030.123 11.826.694 11.030.123

Atribuível aos acionistas não controladores - - 242.834 265.703

11.826.694 11.030.123 12.069.528 11.295.826

TOTAL DO PASSIVO 13.344.153 12.654.419 19.121.663 17.859.432

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações financeiras

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Demonstrações de Resultados

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

Valores expressos em milhares de reais - R$

OPERAÇÕES CONTINUADAS NE nº Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 28 - - 7.776.165 6.901.113

Custos OperacionaisEnergia elétrica comprada para revenda 29 - - (2.152.545) (1.972.275) Encargos de uso da rede elétrica 29 - - (632.518) (592.741) Pessoal 29 - - (753.022) (634.277) Planos previdenciário e assistencial 29 - - (117.460) (97.528) Material 29 - - (76.213) (75.533) Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica 29 - - (25.031) (22.975) Gás natural e insumos para operação de gás 29 - - (186.931) (144.648) Serviços de terceiros 29 - - (267.603) (245.232) Depreciação e amortização 29 - - (519.536) (511.491) Custo de construção 29 - - (731.443) (662.887) Outros custos 29 - - 5.287 (16.556)

- - (5.457.015) (4.976.143)

LUCRO OPERACIONAL BRUTO - - 2.319.150 1.924.970

Outras Receitas (Despesas) OperacionaisDespesas com vendas 29 - - (113.764) (62.466) Despesas gerais e administrativas 29 (23.675) (13.272) (461.452) (353.626) Outras receitas (despesas), líquidas 29 2.100 (239.168) (440.440) (575.908) Resultado da equivalência patrimonial 14 1.249.114 1.212.861 55.654 99.337

1.227.539 960.421 (960.002) (892.663)

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS TRIBUTOS 1.227.539 960.421 1.359.148 1.032.307

Resultado FinanceiroReceitas financeiras 30 121.459 120.501 577.532 652.231 Despesas financeiras 30 (177.193) (134.393) (352.764) (303.806)

(55.734) (13.892) 224.768 348.425

LUCRO OPERACIONAL 1.171.805 946.529 1.583.916 1.380.732

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALImposto de renda e contribuição social 10 (4.955) (35.332) (611.601) (497.968) Imposto de renda e contribuição social diferidos 10 (9.160) 76.610 204.539 127.517

(14.115) 41.278 (407.062) (370.451)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.157.690 987.807 1.176.854 1.010.281 Atribuído aos acionistas da empresa controladora - - 1.157.690 987.807 Atribuído aos acionistas não controladores - - 19.164 22.474

LUCRO LÍQUIDO BÁSICO E DILUÍDO POR AÇÃO ATRIBUÍDO A OS ACIONISTAS DA EMPRESA CONTROLADORA- em reais

Ações preferenciais classe "A" 27 5,3315 5,2075 Ações preferenciais classe "B" 27 4,4435 3,7904 Ações ordinárias 27 4,0392 3,4456

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações financeiras

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Demonstrações de Resultados Abrangentes

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

Valores expressos em milhares de reais - R$

NE nº Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.157.690 987.807 1.176.854 1.010.281 Outros resultados abrangentes

Ganhos (perdas) com ativos financeiros disponíveis para venda:

aplicações financeiras (*) 27.1.4 1.955 - 2.962 -

concessões (*) 27.1.4 (4.806) 1.999 (7.282) 3.029

outros investimentos 27.1.4 5.647 - 5.647 -

Tributos sobre ganhos (perdas) com ativos financeiros 27.1.4 (1.920) - (451) (1.030) Total de outros resultados abrangentes, líquido de impostos 876 1.999 876 1.999

RESULTADO ABRANGENTE DO EXERCÍCIO 1.158.566 989.806 1.177.730 1.012.280

Atribuído aos acionistas da empresa controladora 1.158.566 989.806

Atribuído aos acionistas não controladores 19.164 22.474

(*) Equivalência patrimonial na controladora, líquida de tributos

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações financeiras

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Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

Valores expressos em milhares de reais - R$

Atribuível

aos

Ajustes Reserva Dividendo acionistas

Capital Reservas de avaliação Reserva de retenção ad icional Lucros Total não contro- Total

social de capital patrimonial legal de lucros propos to acumulados Controladora ladores Consolidado

Saldo em 1º de janeiro de 2010 4.460.000 838.340 1.660.634 428.912 2.908.112 - - 10.295.998 228.365 10.524.363

Lucro líquido do exercício 27.2 - - - - - - 987.807 987.807 22.474 1.010.281 Outros resultados abrangentes

Ajuste referente a ativos financeiros classificados

como disponíveis para venda, líquido de tributos 27.1.4 - - 1.999 - - - - 1.999 - 1.999

Resultado abrangente total do exercício - - 1.999 - - - 987.807 989.806 22.474 1.012.280

Realização dos ajustes de avaliação patrimonial 27.1.4 - - (103.117) - - - 103.117 - - -

Aumento de capital social 2.450.000 (838.340) - - (1.611.660) - - - - -

Adiantamento para futuro aumento de capital 27.2 - - - - - - - - 30.813 30.813 Destinação proposta à A.G.O.:

Reserva legal - - - 49.390 - - (49.390) - - -

Juros sobre o capital próprio - - - - - - (200.000) (200.000) - (200.000)

Dividendos 27.2 - - - - - 25.779 (81.460) (55.681) (15.949) (71.630) Reserva de retenção de lucros - - - - 760.074 - (760.074) - - -

Saldo em 31 de dezembro de 2010 6.910.000 - 1.559.516 478.302 2.056.526 25.779 - 11.030.123 265.703 11.295.826

Lucro líquido do exercício 27.2 - - - - - - 1.157.690 1.157.690 19.164 1.176.854 Outros resultados abrangentes

Ajuste referente a ativos financeiros classificados

como disponíveis para venda, líquido de tributos 27.1.4 - - 876 - - - - 876 - 876

Resultado abrangente total do exercício - - 876 - - - 1.157.690 1.158.566 19.164 1.177.730

Deliberação do dividendo adicional proposto - - - - - (25.779) - (25.779) - (25.779) Realização dos ajustes de avaliação patrimonial 27.1.4 - - (103.311) - - - 103.311 - - -

Devolução de adiantamento para futuro

aumento de capital 27.2 - - - - - - - - (30.813) (30.813)

Destinação proposta à A.G.O.:Reserva legal - - - 57.885 - - (57.885) - - -

Juros sobre o capital próprio 27.1.5 - - - - - 84.875 (421.091) (336.216) - (336.216)

Dividendos 27.2 - - - - - - - - (11.220) (11.220)

Reserva de retenção de lucros - - - - 782.025 - (782.025) - - -

Saldo em 31 de dezembro de 2011 6.910.000 - 1.457.081 536.187 2.838.551 84.875 - 11.826.694 242.834 12.069.528

Atribuível aos acionistas da empresa controladora

Reservas de lucros

NE nº

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações financeiras

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Demonstrações dos Fluxos de Caixa

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

Valores expressos em milhares de reais - R$

NE nº

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Fluxos de caixa das atividades operacionaisLucro líquido do exercício 1.157.690 987.807 1.176.854 1.010.281

Ajustes para a reconciliação do lucro líquido do e xercício com a geração de caixa das atividades operacionais :

Depreciação 15.4 - - 336.033 336.902 Amortização de intangível - concessão 16 - - 214.515 200.992 Amortização de intangível - outros 16 - - 1.887 4.368 Amortização de investimentos - direito de concessão 14.1 - - 730 730 Variações monetárias e cambiais não realizadas - líquidas 18.082 15.280 75.373 (116.826) Remuneração de contas a receber vinculadas à concessão 7.1 - - (330.217) (189.243) Resultado da equivalência patrimonial 14.6 (1.249.114) (1.212.861) (55.654) (99.337) Imposto de renda e contribuição social 4.955 35.332 611.601 497.968 Imposto de renda e contribuição social diferidos 9.160 (76.610) (204.539) (127.517) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 29.6 - - 75.556 26.424 Provisão para perdas de créditos tributários 29.6 - - 46.802 - Provisão para perdas com desvalorização de investimentos 29.6 398 1.070 398 2.114 Provisões (reversões) para litígios 29.6 (2.588) 238.027 166.899 334.238 Provisão para benefícios pós-emprego 21.3 496 433 158.251 131.684 Provisão para pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 23 - - 68.048 61.339 Baixas de contas a receber vinculadas à concessão 7.1 - - 25.895 25.707 Baixas de investimentos 14.1 - 589 224 589 Resultado das baixas de imobilizado 15.4 - - 23.091 26.641 Resultado das baixas de intangíveis 16 - - 12.762 14.871 Baixas de intangível vinculado à concessão - ágio 16 - - - 44.572

Redução (aumento) dos ativosClientes - - (75.867) 84.274 Dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos 562.733 169.735 21.305 18.067 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná 6 - - 143.683 129.095 Depósitos judiciais 7.388 (177.281) (30.118) (241.687) Outros créditos (322) 1.761 (1.995) (26.522) Estoques - - 17.622 (9.322) Imposto de renda e contribuição social 4.087 (13.612) (63.541) 104.587 Outros tributos correntes a recuperar - - (41.126) 3.630 Créditos com partes relacionadas - - 1.575 (1.575) Despesas antecipadas - - 377 1

Aumento (redução) dos passivosObrigações sociais e trabalhistas (140) 22 48.493 (31.373) Coligadas e controladas - 2.566 - - Fornecedores 1.732 (246) (105.370) (57.915) Imposto de renda e contribuição social pagos (16.011) (20.347) (613.060) (469.224) Outras obrigações fiscais (68.526) (85.799) (124.574) (62.932) Pagamento de juros e encargos de empréstimos e financiamentos 19 (57.757) (31.040) (125.247) (106.408) Pagamento de juros e encargos de debêntures 20 (69.251) (55.657) (69.251) (71.338) Benefícios pós-emprego 21.3 (615) (359) (97.839) (98.702) Encargos do consumidor a recolher - - 14.406 26.582 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 23 - - (81.873) (45.399) Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público - - (40.982) (38.274) Outras contas a pagar (3.145) (15) 15.287 (16.349) Provisões para lítígios 26 (517) 6.499 (48.518) (27.971)

Caixa líquido gerado (utilizado) pelas atividades o peracionais 298.735 (214.706) 1.147.896 1.247.742 (continua)

Controladora Consolidado

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9

Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (continuação)

Valores expressos em milhares de reais - R$

(continuação)

NE nº

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Fluxos de caixa das atividades de investimentoAplicações financeiras 10 78.957 (38.332) (183.880) Recebimento de empréstimos concedidos a partes relacionadas 29.906 - - - Adições Costa Oeste S.A. - efeito líquido do caixa adquirido - - (12) - Adições Cutia S.A. - efeito líquido do caixa adquirido - - (4.310) - Adições em investimentos 14.1 (664) (72.078) (39.157) (180) Adições no imobilizado 15.4 - - (821.919) (353.367) Adições no intangível vinculado à concessão 16 - - (808.687) (655.411) Adições em outros intangíveis 16 - - (11.033) (28.177) Participação financeira do consumidor 16 - - 94.396 89.177

Caixa líquido gerado (utilizado) pelas atividades d e investimento 29.252 6.879

Fluxos de caixa das atividades de financiamentoAdiantamento (devolução) de recursos para futuro aumentode capital em controladas por não controladores 27.2 - - (30.813) 30.813 Empréstimos e financiamentos obtidos com terceiros 19 600.000 - 816.431 552.479 Amortização de principal de empréstimos e financiamentos 19 - - (48.646) (46.593) Amortização de principal de debêntures 20 (600.000) - (600.000) (177.908) Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos (390.052) (181.395) (401.105) (198.802)

Caixa líquido gerado (utilizado) pelas atividades d e financiamento (390.052) (181.395) (264.133) 159.989

Total dos efeitos no caixa e equivalentes de caixa ( 62.065) (389.222) (745.291) 275.893

Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa 3 89.822 479.044 1.794.416 1.518.523 Saldo final de caixa e equivalentes de caixa 3 27.757 89.822 1.049.125 1.794.416

Variação no caixa e equivalentes de caixa (62.065) (389.222) (745.291) 275.893

As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações financeiras

Controladora Consolidado

(1.629.054) (1.131.838)

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10

Demonstrações do Valor Adicionado

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

Valores expressos em milhares de reais - R$

NE nº

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Receitas Venda de energia, serviços e outras receitas 28 - - 11.169.610 9.882.513 Receita de construção 28 - - 741.726 663.534 Resultado alienação/desativação bens e direitos 664 683 3.309 8.832 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 29.6 - - (75.556) (26.424)

Total 664 683 11.839.089 10.528.455

( - ) Insumos adquiridos de terceiros Energia elétrica comprada para revenda - - 2.384.248 2.182.425 Encargos de uso da rede elétrica ( - ) ESS - - 692.603 617.586 Material, insumos e serviços de terceiros 5.077 4.269 517.288 471.853 Gás natural e insumos para operações de gás - - 237.346 191.963 Custo de construção 29 - - 731.443 662.887 Perda / Recuperação de valores ativos - - 63.210 103.721 Outros encargos 28 - - 13.882 12.776 Outros insumos 7.594 240.307 245.593 364.528

Total 12.671 244.576 4.885.613 4.607.739

( = ) VALOR ADICIONADO BRUTO (12.007) (243.893) 6.953.476 5.920.716

( - ) Depreciação e amortização 29 754 754 553.165 542.992

( = ) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (12.761) (244.647) 6.400.311 5.377.724

( + ) Valor adicionado transferidoReceitas financeiras 30 121.459 120.501 577.532 652.231 Resultado de participações societárias 1.249.114 1.212.861 55.654 99.337

Total 1.370.573 1.333.362 633.186 751.568

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 1.357.812 1.088.715 7.033.497 6.129.292 (continua)

Controladora Consolidado

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Demonstrações do Valor Adicionado para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (continuação)

Valores expressos em milhares de reais - R$

(continuação)

NE nº

31.12.2011 % 31.12.2010 % 31.12.2011 % 31.12.2010 %

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO :

Pessoal Remunerações e honorários 29.3 6.692 5.759 727.448 570.764 Planos previdenciário e assistencial 21.3 496 433 150.845 124.221 Auxílio alimentação e educação 29.3 - - 74.998 66.511 Encargos sociais - FGTS 316 365 48.770 40.174 Indenizações trabalhistas (reversões) 29.3 - - 64.442 19.737 Participação nos lucros e/ou resultados 29.3 - - 48.068 66.151 Apropriação no imobilizado e no intangível em curso 29.3 - - (155.394) (99.650)

Total 7.504 0,6 6.557 0,6 959.177 13,6 787.908 12,9

Governo Federal 16.339 (40.054) 2.203.486 1.965.195 Estadual 1 1 2.306.014 2.053.179 Municipal 2 - 2.492 2.893

Total 16.342 1,2 (40.053) (3,7) 4.511.992 64,2 4.021.267 65,6

Terceiros Juros e multas 176.355 134.384 348.473 284.417 Arrendamentos e aluguéis 32.1 (79) 20 19.944 18.050 Doações, subvenções e contribuições - - 17.057 7.369

Total 176.276 13,0 134.404 12,3 385.474 5,5 309.836 5,0

Acionistas Part. de acionistas não controladores - - 19.164 22.474 Remuneração do capital próprio 421.091 200.000 421.091 200.000 Dividendos propostos - 81.460 - 81.460 Lucros retidos na empresa 736.599 706.347 736.599 706.347

Total 1.157.690 85,2 987.807 90,8 1.176.854 16,7 1.010.281 16,5

1.357.812 100,0 1.088.715 100,0 7.033.497 100,0 6.129.292 100,0

As notas explicativas - NE são parte integrante d as demonstrações financeiras

Controladora Consolidado

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010

Valores expressos em milhares de reais - R$

1 Contexto Operacional

A Companhia Paranaense de Energia - Copel (Copel, Companhia ou Controladora), com sede na

Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel, Curitiba, Estado do Paraná, é uma sociedade anônima, de

capital aberto, cujas ações são negociadas no Nível 1 de Governança Corporativa dos Segmentos

Especiais de Listagem da BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros e nas

bolsas de valores dos Estados Unidos da América e da Espanha. É uma sociedade de economia

mista, controlada pelo Governo do Estado do Paraná. A Copel e suas controladas (Grupo) têm

como principais atividades regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel

(vinculada ao Ministério de Minas e Energia - MME), pesquisar, estudar, planejar, construir e

explorar a produção, transformação, transporte, distribuição e comercialização de energia, em

qualquer de suas formas, principalmente a elétrica. Adicionalmente, a Copel tem participação em

consórcio e em empresas privadas e de economia mista, com o objetivo de desenvolver atividades

principalmente nas áreas de energia, telecomunicações, gás natural e saneamento básico.

1.1 Subsidiárias integrais e controladas

1.1.1 Copel Geração e Transmissão S.A.

Subsidiária integral que explora o serviço de geração de energia elétrica através de 17 usinas

hidrelétricas e uma termelétrica, totalizando 4.549,59 MW de capacidade instalada, o serviço de

transmissão, através de 31 subestações com tensões iguais ou superiores a 230 kV, e 2.028,7 km

de linhas de transmissão, pertencentes principalmente à rede básica do sistema brasileiro de

transmissão, todas localizadas no Estado do Paraná. Deste total,1.744,3 km tem vencimento da

concessão em julho de 2015, 137,1 km em agosto de 2031 (Linha de Transmissão de 230 kV

Bateias - Jaguariaíva), 31,6 km em março de 2038 (Linha de Transmissão 230 kV Bateias -

Pilarzinho) e 115,7 km em novembro de 2039 (Linha Cascavel Oeste - Foz do Iguaçu), podendo

ser renovadas a critério do Poder Concedente.

1.1.2 Copel Distribuição S.A.

Subsidiária integral que explora a distribuição e a comercialização regulada de energia elétrica a

1.117 localidades, pertencentes a 396 municípios. São atendidos integralmente 392 municípios do

Estado do Paraná, e também o município de Porto União, em Santa Catarina. O atual contrato de

concessão, que se encerra em 07.07.2015, prevê possibilidade de prorrogação por mais 20 anos, a

critério do Poder Concedente.

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13

1.1.3 Copel Telecomunicações S.A.

Subsidiária integral que tem como principais atividades prestação de serviços de telecomunicações

e de comunicações em geral, elaboração de estudos, projetos e planejamentos na área de

telecomunicações, bem como em atividades correlatas, sob todas as formas legalmente

permitidas, sendo sua exploração por prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade, nacional

e internacional, e tendo como área de prestação de serviço a Região II do Plano Geral de Outorgas

da Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, vinculada ao Ministério das Comunicações.

Esta região abrange o Distrito Federal e os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,

Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Rondônia e Acre. Atualmente presta serviços

nos Estados do Paraná e Santa Catarina.

1.1.4 Companhia Paranaense de Gás - Compagas

Sociedade de economia mista em que a Copel detém 51% do capital social. Possui um contrato

que outorga e regula a concessão para a exploração dos serviços públicos de distribuição de gás

canalizado no Estado do Paraná, com prazo de vigência de 30 anos, contados a partir da data de

06.07.1994, podendo ser prorrogado por igual período mediante requerimento da concessionária.

O objeto da concessão consiste na exploração dos serviços de distribuição de gás canalizado e

demais atividades correlatas e afins, para utilização por todos os segmentos do mercado

consumidor. A Companhia possui atualmente uma rede de distribuição de 574 km, implantada em

municípios paranaenses.

1.1.5 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A.

Sociedade de Propósito Específico - SPE em que a Copel detém 70% do capital social, constituída

para implantar e explorar o Complexo Energético Fundão Santa Clara, no Rio Jordão, na sub-bacia

do Rio Iguaçu, no Estado do Paraná, a qual inclui a Usina Santa Clara e a Usina Fundão. Tais

usinas têm capacidade instalada de 240,34 MW (além das pequenas centrais hidrelétricas

incorporadas às estruturas da barragem de Santa Clara, com capacidade instalada de 3,6 MW, e

de Fundão, com capacidade instalada de 2,4 MW). A concessão para se estabelecer como

produtor independente de energia elétrica foi emitida pela Aneel em 25.10.2001, com prazo de 35

anos, prorrogável por um período adicional de até 20 anos, a pedido da interessada e a critério do

Poder Concedente.

1.1.6 UEG Araucária Ltda.

Sociedade limitada em que a Copel detém 20% e a Copel Geração e Transmissão detém 60% do

capital social. Tem por objeto social a utilização do gás natural para transformação deste insumo

em energia elétrica e sua consequente comercialização. A termelétrica tem capacidade instalada

de 484,15 MW. A autorização para se estabelecer como produtor independente de energia elétrica,

emitida pela Aneel em 22.12.1999, com prazo de 30 anos, é prorrogável a pedido da interessada e

a critério do Poder Concedente.

A UEG Araucária firmou “Contrato de Locação e Outras Avenças” com a Petróleo Brasileiro S.A. -

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Petrobras para a locação da planta da usina (NE 32.2).

1.1.7 Centrais Eólicas do Paraná Ltda.

Sociedade limitada em que a Copel detém 30% e a Copel Geração e Transmissão detém 70% do

capital social. Empresa constituída para desenvolver a implantação, montagem, funcionamento e

exploração comercial de uma usina eólio-elétrica de 2,5 MW, na região de Palmas, Estado do

Paraná. A autorização para se estabelecer como produtor independente de energia elétrica tem

prazo de 30 anos a partir de 29.09.1999, prorrogável a critério do Poder Concedente e a pedido da

autorizada.

Dando continuidade à reestruturação societária da Companhia, está em andamento o processo de

incorporação das Centrais Eólicas do Paraná, e a versão de seus ativos e passivos para a Copel

Geração e Transmissão anuída pela Resolução Autorizativa Aneel nº 3319, de 24.01.2012.

1.2 Controladas em conjunto

Os controles compartilhados são decorrentes de acordos entre os acionistas independentemente

do percentual de participação.

1.2.1 Dominó Holdings S.A.

Sociedade anônima de capital fechado em que a Copel detém 45%, participando do controle em

conjunto com os outros acionistas. Tem como objeto social a participação em outras sociedades.

Atualmente detém 34,75% do capital social da Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar,

sociedade de economia mista que tem por objeto social a exploração de serviços de saneamento

básico, principalmente a distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto sanitário.

1.2.2 Costa Oeste Transmissora de Energia S.A.

Sociedade de Propósito Específico - SPE em que a Copel Geração e Transmissão detém 51% do

capital social votante, constituída em 14.10.2011, para implantar e explorar o negócio de energia

elétrica, mediante concessão de transmissão de rede básica do Sistema Interligado Nacional - SIN.

Em 12.01.2012 foi assinado o contrato de concessão nº 001/2012 - Aneel, tendo como objeto a

construção, operação e manutenção das instalações de transmissão caracterizadas no edital do

Leilão Aneel nº 04/2011 sendo: linha de transmissão em 230 kV, circuito simples, com extensão

aproximada de 143 km, com origem na subestação de Cascavel Oeste e término da subestação de

Umuarama; Subestação Umuarama em 230/138 kV, 300MVA, ambas localizadas no Estado do

Paraná. O prazo de concessão é de 30 anos, contados a partir da data da assinatura do contrato e

a critério exclusivo do Poder Concedente, e poderá ser renovada por no máximo igual período.

1.2.3 Marumbi Transmissora de Energia S.A.

Sociedade de Propósito Específico - SPE em que a Copel Geração e Transmissão detém 80% do

capital social votante, constituída em 26.12.2011 para implantar e explorar o negócio de energia

elétrica, mediante concessão de transmissão de rede básica do Sistema Interligado Nacional –

SIN, tendo como objeto a construção, operação e manutenção das instalações de transmissão

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15

caracterizadas no edital do Leilão Aneel nº 06/2011, realizado em 16.12.2011, sendo,

principalmente, linha de transmissão em 230 kV, circuito simples, com extensão aproximada de

28 km, com origem na subestação de Curitiba e término da subestação de Curitiba Leste; e pela

subestação Curitiba Leste em 525/230 kV; no Estado do Paraná. O prazo de concessão é de 30

anos, contados a partir da data da assinatura do contrato e a critério exclusivo do Poder

Concedente, e poderá ser renovada por no máximo igual período.

1.2.4 Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A.

Sociedade de Propósito Específico - SPE em que a Copel Geração e Transmissão detém 20% do

capital social votante, constituída em 26.12.2011 para implantar e explorar o negócio de energia

elétrica, mediante concessão de transmissão de rede básica do Sistema Interligado Nacional - SIN,

tendo como objeto a construção, operação e manutenção das instalações de transmissão

caracterizadas no edital do Leilão Aneel nº 06/2011, realizado em 16.12.2011, sendo: linha de

transmissão em 230 kV, circuito simples, com extensão aproximada de 140 km, com origem na

subestação de Nova Santa Rita e término da subestação de Camaquã 3, localizadas no Rio

Grande do Sul; linha de transmissão em 230 kV, circuito simples, com extensão aproximada de

163 km, com origem na subestação de Camaquã 3 e término da subestação de Quinta, localizadas

no Rio Grande do Sul; linha de transmissão em 500 kV, circuito simples, com extensão aproximada

de 190 km, com origem na subestação de Salto Santiago, localizada no Paraná e término da

subestação de Itá, em Santa Catarina; linha de transmissão em 500 kV, segundo circuito simples,

com extensão aproximada de 305 km, com origem na subestação de Itá e término da subestação

de Nova Santa Rita, localizada no Rio Grande do Sul; subestação Camaquã 3 em 230/69/13,8 kV,

localizada no Rio Grande do Sul. O prazo de concessão é de 30 anos, contados a partir da data da

assinatura do contrato e a critério exclusivo do Poder Concedente poderá ser renovada por no

máximo igual período.

1.2.5 Cutia Empreendimentos Eólicos SPE S.A.

Sociedade de Propósito Específico em que a Copel adquiriu em novembro de 2011, 49,9% das

ações representativas do capital social. Tem por objeto o desenvolvimento, a implantação e

exploração de projetos de energia elétrica, a partir de fontes eólicas, bem como a gestão de

participações em sociedades que desempenhem essas mesmas atividades. A empresa encontra-

se em fase pré-operacional. O prazo de concessão dos parques eólicos é de 30 anos a contar da

data de publicação das resoluções autorizativas da Aneel no Diário Oficial, ocorrida em

05.01.2012.

2 Principais Políticas Contábeis

2.1 Declaração de conformidade

As demonstrações financeiras da Companhia compreendem:

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•••• As demonstrações financeiras consolidadas, preparadas de acordo com as Normas

Internacionais de Relatório Financeiro – IFRSs, emitidas pelo International Accounting

Standards Board – IASB, e as práticas contábeis adotadas no Brasil; e

•••• As demonstrações financeiras individuais da controladora, preparadas de acordo com as

práticas contábeis adotadas no Brasil.

As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação societária

brasileira e os pronunciamentos, orientações e interpretações emitidos pelo Comitê de

Pronunciamentos Contábeis - CPC, aprovados pela Comissão dos Valores Mobiliários - CVM e

pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC.

As demonstrações financeiras individuais apresentam a avaliação dos investimentos em

controladas, em empreendimentos controlados em conjunto e coligadas pelo método da

equivalência patrimonial, de acordo com a legislação brasileira vigente. Desta forma, essas

demonstrações financeiras individuais não são consideradas em conformidade com IFRSs, que

exigem a avaliação desses investimentos nas demonstrações separadas da controladora por seu

valor justo ou pelo custo.

Como não existe diferença entre o patrimônio líquido consolidado e o resultado consolidado

atribuíveis aos acionistas da controladora, constantes nas demonstrações financeiras consolidadas

preparadas de acordo com as IFRSs e as práticas contábeis adotadas no Brasil, e o patrimônio

líquido e lucro líquido da controladora, constantes nas demonstrações financeiras individuais

preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, a Companhia optou por

apresentar essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas em um único conjunto,

lado a lado.

2.2 Base de elaboração

A autorização para a emissão das demonstrações financeiras ocorreu na Reunião da Diretoria

realizada em 19.03.2012.

As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto para

instrumentos financeiros mensurados aos valores justos por meio do resultado e ativos financeiros

disponíveis para venda mensurados aos valores justos.

2.3 Moeda funcional e moeda de apresentação

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em Real, que é a

moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram

arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

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2.4 Uso de estimativas e julgamentos

De acordo com as normas IFRS e CPCs, a preparação das demonstrações financeiras individuais

e consolidadas exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a

aplicação de políticas contábeis e valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os

resultados reais podem divergir dessas estimativas.

Estimativas e premissas são revistas de uma maneira contínua. Revisões com relação a

estimativas contábeis são reconhecidas no exercício em que as estimativas são revisadas e em

quaisquer exercícios futuros afetados.

As informações sobre julgamentos críticos referentes às políticas contábeis adotadas que

apresentam efeitos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras individuais e

consolidadas estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

NE nº 7 - Contas a Receber Vinculadas à Concessão;

NE nº 10.2 - Imposto de renda e contribuição social diferidos;

NE nº 16.1 - Contrato de concessão da Copel Distribuição; e

NE nº 32 - Contratos de Arrendamento Operacional.

As informações sobre incertezas sobre premissas e estimativas que possuam um risco significativo

de resultar em um ajuste material dentro do próximo exercício financeiro estão incluídas nas

seguintes notas explicativas:

NE nº 2.19.1 - Receita não faturada;

NE nº 2.29 - Avaliação do valor de recuperação dos ativos;

NE nº 5 - Clientes (PCLD, CCEE e Receita não faturada);

NE nº 15 - Imobilizado;

NE nº 16 - Intangível;

NE nº 21 - Benefícios Pós-Emprego

NE nº 26 - Contingências e Provisões para Litígios; e

NE nº 33 - Instrumentos Financeiros.

2.5 Base de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas abrangem as demonstrações financeiras da

Companhia, de suas controladas, controladas em conjunto e fundos de investimentos.

As demonstrações financeiras são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas a partir

da data em que o controle ou o controle compartilhado se inicia até a data em que deixam de

existir e são consolidadas linha a linha dos ativos, passivos e resultados de forma integral nas

controladas e na proporção de participação nos empreendimentos controlados em conjunto:

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Percentual de participação no capital social

Controladas % Controladas em conjunto % Copel Geração e Transmissão 100,00 Dominó Holdings 45,00

Copel Distribuição 100,00 Costa Oeste 51,00 Copel Telecomunicações 100,00 Marumbi 80,00

Compagas 51,00 Sul Brasileira 20,00 Elejor 70,00 Cutia 49,90 Centrais Eólicas do Paraná 100,00

UEG Araucária 80,00

Quando necessário, as demonstrações financeiras das controladas e controladas em conjunto são

ajustadas para adequar suas políticas contábeis àquelas estabelecidas pela Companhia. No

processo de consolidação foram eliminados os saldos das contas patrimoniais e de resultado

referentes às transações entre as empresas da Companhia.

Nas demonstrações financeiras individuais da Companhia, as informações financeiras das

controladas e dos empreendimentos controlados em conjunto são reconhecidas através do método

de equivalência patrimonial.

2.6 Caixa e equivalentes de caixa

Compreendem os saldos de caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras de curto

prazo de alta liquidez, que possam ser resgatadas no prazo de 90 dias da data de contratação, que

são prontamente conversíveis em caixa. Essas aplicações financeiras estão demonstradas ao

custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data de encerramento do exercício, com liquidez

imediata, e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

2.7 Clientes

Englobam o fornecimento e o suprimento de energia faturada, a estimativa de energia fornecida

não faturada até o encerramento do balanço e o fornecimento de gás natural, encargos de uso da

rede e serviços de telecomunicações contabilizados com base no regime de competência.

2.8 Ajuste a valor presente

Os elementos ativos e passivos quando aplicáveis e relevantes foram trazidos ao seu valor

presente considerando os prazos e taxas das referidas transações.

O parcelamento de débitos de clientes e as contas a receber e a pagar vinculadas à concessão

foram trazidos a valor presente, considerando o montante a ser descontado, as datas de

realização, as datas de liquidação e a taxa de desconto.

2.9 Aplicações financeiras

Incluem instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, mantidos para

negociação e mantidos até o vencimento. O tratamento contábil destes instrumentos financeiros

está descrito no item 2.33.

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19

2.10 Provisão para créditos de liquidação duvidos a - PCLD

A PCLD é reconhecida em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir as perdas

na realização de contas a receber de consumidores e de títulos a receber, cuja recuperação é

considerada improvável.

É constituída com base nos valores a receber dos consumidores da classe residencial vencidos há

mais de 90 dias, da classe comercial vencidos há mais de 180 dias e das classes industrial, rural,

poderes públicos, iluminação pública e serviços públicos vencidos há mais de 360 dias, além da

experiência da Administração em relação ao histórico das perdas efetivas, considerando os

parâmetros recomendados pela Aneel. Engloba os recebíveis faturados, até o encerramento do

balanço, contabilizados com base no regime de competência.

2.11 Segmentos de negócios

Segmentos operacionais são definidos como atividades de negócios das quais pode se obter

receitas e incorrer em despesas, cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo

principal gestor das operações da entidade para a tomada de decisões sobre recursos a serem

alocados ao segmento e para a avaliação do seu desempenho e para o qual haja informação

financeira individualizada disponível.

2.12 Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público

Correspondem aos valores estabelecidos no contrato de concessão relacionados ao direito de

exploração do potencial de energia hidráulica (concessão onerosa), cujo contrato é assinado na

modalidade de Uso do Bem Público - UBP. O registro contábil é feito na data da assinatura do

contrato de concessão, independentemente do cronograma de desembolsos estabelecido no

contrato. O registro inicial desse passivo (obrigação) e do ativo intangível (direito de concessão)

correspondem aos valores de obrigações futuras trazidos a valor presente (valor presente do fluxo

de caixa dos pagamentos futuros).

Posteriormente, é atualizado pelo método da taxa de juros efetiva e reduzido pelos pagamentos

contratados.

2.13 Dividendos e juros sobre capital próprio

A distribuição de dividendos e de juros sobre capital é reconhecida como um passivo nas

demonstrações financeiras da Companhia ao final do exercício, com base em seu estatuto social.

Todavia, qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é registrado no passivo na data em

que são aprovados e declarados em Assembleia Geral. O benefício fiscal dos juros sobre capital

próprio é reconhecido na demonstração de resultado no momento do seu registro em contas a

pagar.

2.14 Intangíveis - concessões

Os valores alocados como ativo intangível quando da aquisição de participações em companhias

que detêm concessões estão sendo amortizados pelos respectivos prazos remanescentes de cada

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20

concessão (direito de concessão adquirido com vida finita).

2.15 Investimentos em coligadas

Os resultados, ativos e passivos das coligadas são incorporados às demonstrações financeiras

com base no método de equivalência patrimonial. Conforme este método, os investimentos em

coligadas são inicialmente registrados pelo valor de custo e em seguida ajustados para fins de

reconhecimento da participação da Companhia no lucro ou prejuízo e outros resultados

abrangentes da coligada. Quando a parcela de participação no prejuízo de uma coligada excede a

participação da Companhia naquela coligada, não se reconhece a sua participação em prejuízos

adicionais (registro de prejuízos até o limite de zero). Os prejuízos adicionais serão reconhecidos

somente se a Companhia incorrer em obrigações legais ou constituídas ou efetuar pagamentos em

nome da coligada.

2.16 Outros investimentos

As exigências da IAS 39 e CPC 38 são aplicáveis para fins de determinação da necessidade de

reconhecimento da perda por redução do valor recuperável com relação aos outros investimentos.

Se necessário, o valor total contábil do investimento é testado para determinação da redução ao

valor recuperável, de acordo com a IAS 36 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos equivalente

ao CPC 1(R1), através da comparação de seu valor recuperável com seu valor contábil. A perda

por redução ao valor recuperável é reconhecida ao valor contábil do investimento. A reversão

dessa perda por redução ao valor recuperável é reconhecida de acordo com a IAS 36 e CPC

1(R1), na medida em que o valor recuperável do investimento é subsequentemente aumentado.

2.17 Participação em empreendimento em conjunto ( controladas em conjunto, “joint

venture” )

Considera-se controlada em conjunto aquela em que nenhum acionista, vinculado a um acordo,

exerce individualmente o poder de decisões financeiras e operacionais, independentemente do

percentual de participação no capital votante.

Nas demonstrações financeiras da controladora, as participações nas controladas em conjunto são

reconhecidas através do método de equivalência patrimonial.

Nas demonstrações consolidadas, os componentes do ativo, passivo, receitas e despesas das

sociedades controladas em conjunto são agregados na proporção da participação da controladora

no seu capital social.

2.18 Apuração do resultado

As receitas, custos e despesas são reconhecidas pelo regime de competência, ou seja, quando os

produtos são entregues e os serviços efetivamente prestados, independentemente de recebimento

ou pagamento.

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2.19 Reconhecimento da receita

As receitas operacionais são reconhecidas quando: (i) o valor da receita é mensurável de forma

confiável; (ii) os custos incorridos ou que serão incorridos em respeito à transação podem ser

mensurados de maneira confiável; (iii) é provável que os benefícios econômicos sejam recebidos

pela Companhia; e (iv) os riscos e benefícios tenham sido integralmente transferidos ao

comprador.

A receita é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida de

descontos e/ou bonificações concedidos e encargos sobre vendas.

2.19.1 Receita não faturada

Corresponde ao reconhecimento da receita de fornecimento e suprimento de energia elétrica e de

encargos de uso da rede elétrica, não faturada ao consumidor, calculada em base estimada

referente ao período, após a medição mensal e até o último dia do mês.

2.19.2 Prestação de serviços

A receita de um contrato para prestação de serviços é reconhecida de acordo com o estágio de

conclusão do contrato, que é assim determinado:

•••• Os honorários de instalação são reconhecidos de acordo com o estágio de conclusão dos

serviços de instalação, determinados proporcionalmente entre o tempo total estimado para os

serviços e o tempo decorrido até o final de cada período de relatório;

•••• Os honorários de serviços incluídos no preço de produtos vendidos são reconhecidos

proporcionalmente ao seu custo total, considerando as tendências históricas no número de

serviços realmente prestados em produtos vendidos anteriormente; e

•••• A receita referente a serviços com base em tempo e materiais contratados é reconhecida às

taxas contratuais conforme as horas trabalhadas e quando as despesas diretas são incorridas.

2.19.3 Receita de construção e custo de construção

A ICPC 01/IFRIC 12 e SIC 29 estabelecem que o concessionário de energia elétrica deve registrar

e mensurar a receita dos serviços que presta de acordo com os CPCs 17/IAS 11 - Contratos de

Construção e CPC 30/IAS 18, IFRIC 13 e SIC 31 - Receitas, mesmo quando regidos por um único

contrato de concessão. A Companhia contabiliza receitas de construção relativas a serviços de

construção da infraestrutura utilizada na prestação de serviços de distribuição e transmissão de

energia elétrica.

Os respectivos custos são reconhecidos, quando incorridos na demonstração do resultado do

exercício como custo de construção.

Considerando que a Companhia terceiriza a construção de infraestrutura de distribuição com

partes não relacionadas e o grande volume de obras é realizado em curto prazo de tempo, a

margem de construção para a atividade de distribuição resulta em valores não significativos,

admitindo-se como valores próximos a zero.

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A margem de construção adotada para a atividade transmissão referente ao exercício de 2011 e de

2010 é de 1,65%, e deriva de metodologia de cálculo que considera o risco do negócio.

2.19.4 Receita de dividendos e juros

A receita de dividendos de investimentos/instrumentos financeiros é reconhecida quando o direito

do acionista de receber tais dividendos é estabelecido.

A receita de juros é reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos futuros

deverão fluir para a Companhia e o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade. A

receita de juros é reconhecida pelo método linear com base no tempo e na taxa de juros efetiva

sobre o montante do principal em aberto, sendo a taxa de juros efetiva aquela que desconta

exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida estimada do ativo

financeiro em relação ao valor contábil líquido inicial desse ativo.

2.19.5 Receita de aluguel

A política da Companhia para o reconhecimento de receita de arrendamentos operacionais está

descrita na NE nº 2.20.1 Arrendamento - A Companhia como arrendadora.

2.20 Arrendamento

Os arrendamentos são classificados como financeiros sempre que os termos do contrato de

arrendamento transferirem substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do bem

para o arrendatário. Todos os outros arrendamentos são classificados como operacionais.

2.20.1 A Companhia como arrendadora

A receita de aluguel oriunda de arrendamento operacional é reconhecida pelo método linear

durante o período de vigência do arrendamento em questão.

2.20.2 A Companhia como arrendatária

Os pagamentos referentes aos arrendamentos operacionais são reconhecidos como despesa pelo

método linear pelo período de vigência do contrato, exceto quando outra base sistemática é mais

representativa para refletir o momento em que os benefícios econômicos do ativo arrendado são

consumidos.

2.21 Operações de compra e venda de energia elétr ica na Câmara de Comercialização de

Energia Elétrica - CCEE

Os registros das operações de compra e venda de energia na CCEE são reconhecidos pelo regime

de competência de acordo com informações divulgadas por aquela entidade ou por estimativa

preparada pela Administração da Companhia quando essas informações não estão disponíveis

tempestivamente.

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2.22 Programa de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D e Programa de Eficientização

Energética - PEE

São programas de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em eficiência energética, para

os quais as concessionárias de energia elétrica estão obrigadas a destinar 1% de sua receita

operacional líquida, conforme Lei n° 9.991/00 e reg ulamentação nas Resoluções Aneel nº 300/08 e

316/08.

2.23 Provisão de custos socioambientais ou obriga ções socioambientais

As obrigações ambientais são reconhecidas no passivo quando suas ocorrências forem prováveis

e possam ser razoavelmente estimadas.

É registrada à medida que a Companhia assume obrigações formais com reguladores ou tenha

conhecimento de potencial risco relacionado às questões socioambientais, cujos desembolsos de

caixa sejam considerados prováveis e seus valores possam ser estimados. Durante a fase de

implantação do empreendimento, os valores provisionados são registrados em contrapartida ao

ativo imobilizado ou intangível em curso. Após a entrada em operação comercial do

empreendimento, todos os custos ou despesas incorridos com programas socioambientais

relacionados com as licenças de operação e manutenção do empreendimento são registrados

diretamente no resultado do exercício.

2.24 Benefícios pós-emprego

A Companhia patrocina planos de benefícios a empregados, descritos em detalhes na NE nº 21.

Os valores destes compromissos atuariais (contribuições, custos, passivos e ou ativos) são

calculados anualmente por atuário independente, com data base que coincide com o encerramento

do exercício e são registrados nos termos da deliberação CVM 600/09, CPC 33/IAS19.

A adoção do método da unidade de crédito projetada agrega cada ano de serviço como fato

gerador de uma unidade adicional de benefício, somando-se até o cálculo da obrigação final.

São utilizadas outras premissas atuariais que levam em conta tabelas biométricas e econômicas,

além de dados históricos dos planos de benefícios, obtidos da Fundação Copel, entidade que

administra estes planos.

Ganhos ou perdas atuariais, motivados por alterações de premissas e/ou ajustes atuariais, são

reconhecidos seguindo a regra do corredor, ou seja, os ganhos e perdas somente serão

reconhecidos nos resultados na extensão que superarem 10% dos ativos do plano ou 10% do

passivo de benefício a empregados projetado acumulado, dos dois, o maior.

2.25 Impostos e contribuições

As receitas de vendas e de serviços estão sujeitas à tributação pelo Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços - ICMS e Imposto sobre Serviços - ISS às alíquotas vigentes, assim como

à tributação pelo Programa de Integração Social - PIS, Programa de Formação do Patrimônio do

Servidor Público - Pasep e pela Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - Cofins.

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Os créditos decorrentes da não cumulatividade do PIS/Pasep e da Cofins são apresentados

deduzindo o custo das mercadorias vendidas na demonstração do resultado.

Os créditos decorrentes da não cumulatividade do ICMS relacionados às aquisições para ativo

imobilizado são apresentados deduzindo o custo de aquisição dos respectivos ativos.

As antecipações ou valores passíveis de compensação são demonstrados no ativo circulante ou

não circulante, de acordo com a previsão de sua realização.

A tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a contribuição social calculados com

base nos resultados tributáveis (lucro ajustado) e às alíquotas aplicáveis segundo a legislação

vigente, sendo 15%, acrescido de 10% sobre o que exceder a R$ 240 anuais, para o imposto de

renda, e 9% para a contribuição social.

Os créditos tributários diferidos de imposto de renda e da contribuição social, decorrentes de

diferenças temporárias e de prejuízo fiscal ou base negativa da contribuição social, são

reconhecidos somente na possibilidade de existir base tributável que permitam sua realização. O

imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são mensurados a partir dos prejuízos

fiscais, base negativa de contribuição social e diferenças temporárias, aplicando-se as alíquotas

vigentes dos citados tributos, e consideram a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros,

fundamentada em estudo técnico de viabilidade, aprovado pelo Conselho de Administração.

A Medida Provisória nº 449/08, convertida na Lei 11.941/09, criou o Regime Tributário de Transição

- RTT, aplicável à pessoa jurídica sujeita ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ com

base no Lucro Real. A adoção deste regime foi optativa para os anos de 2008 e 2009, sendo que

para o ano de 2010 passou a ser obrigatória e vigorará até a entrada em vigor de lei que discipline

os efeitos tributários dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a neutralidade tributária.

Este regime tem como objetivo neutralizar o potencial impacto tributário decorrente das

modificações dos critérios de reconhecimento contábeis das receitas, custos e despesas

introduzidas pela Lei nº 11.638/07.

Com a adoção deste regime, as modificações dos critérios de reconhecimento das receitas, custos

e despesas não geram efeitos na apuração da base de cálculo dos tributos, tanto sobre as receitas

quanto sobre o lucro, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios

contábeis vigentes em 31.12.2007.

2.26 Imobilizado

Os bens do ativo imobilizado estão depreciados pelo método linear com base nas taxas anuais

estabelecidas e revisadas periodicamente pela Aneel, as quais são praticadas e aceitas pelo

mercado como representativas da vida útil econômica dos bens vinculados à infraestrutura da

concessão, limitadas ao prazo da concessão, quando aplicável. A vida útil estimada, os valores

residuais e a depreciação são revisados no final da data do balanço patrimonial e o efeito de

quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente.

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Os custos diretamente atribuídos às obras, bem como os juros e encargos financeiros referentes a

empréstimos tomados com terceiros, durante o período de construção, são registrados no ativo

imobilizado em curso.

2.27 Contas a receber vinculadas à concessão

2.27.1 Ativo financeiro - distribuição

Refere-se à indenização prevista no contrato de concessão de serviços públicos de distribuição de

energia elétrica e que no entendimento da Companhia assegura o direito incondicional de receber

caixa ao final da concessão, a ser pago pelo Poder Concedente (Aneel). Essa indenização tem

como objetivo reembolsar a Companhia pelos investimentos efetuados em infraestrutura e que não

foram recuperados, por meio da tarifa, até o vencimento da concessão, por possuírem vida útil

superior ao prazo da concessão.

Estes ativos financeiros, por não possuírem fluxos de caixa fixos determináveis, uma vez que a

companhia utiliza a premissa de que o valor da indenização terá como base o custo de reposição

dos ativos da concessão, e por não possuírem as características necessárias para serem

classificados nas demais categorias de ativos financeiros, são classificados como “disponíveis para

venda”. Os fluxos de caixa atrelados a esses ativos são determinados considerando o valor da

base tarifária denominada Base de Remuneração Regulatória - BRR, definida pelo Poder

Concedente, cuja metodologia utilizada é o custo de reposição dos bens integrantes da

infraestrutura de distribuição vinculada à concessão. Essa base tarifária (BRR) é revisada a cada

quatro anos considerando diversos fatores e tem como objetivo refletir a variação de preços dos

ativos físicos, incluindo as baixas, depreciações e adições dos bens integrantes desta

infraestrutura (ativo físico).

A remuneração deste ativo financeiro é baseada no Custo Médio Ponderado de Capital - WACC

regulatório homologado pela Aneel no processo de revisão tarifária periódica a cada quatro anos e

seu montante está incluído na composição da receita de tarifa faturada aos consumidores e

recebida mensalmente.

Nos períodos intercalares entre a data da última e próxima revisão tarifária periódica, o saldo do

ativo financeiro deve ser ajustado pela expectativa da Administração de aumento ou redução dos

seus fluxos de caixa vinculados à atualização e movimentação dos bens integrantes da

infraestrutura (ativo físico). Essas variações da estimativa de fluxo de caixa são registradas

diretamente no resultado do exercício.

Por não existir um mercado ativo para negociação deste ativo financeiro, a Companhia mensura

seu valor justo utilizando os mesmos componentes da taxa de remuneração regulatória

estabelecida pela Aneel (WACC regulatório). Esses componentes atualizados na data do balanço

determinam a nova taxa de juros utilizada pela Companhia para trazer a valor presente os fluxos

de caixa fixos estabelecidos na última revisão tarifária e previstos até a próxima revisão, em 2012.

Devido à natureza deste ativo financeiro, a Companhia entende que esta metodologia é a que

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melhor reflete o valor justo na visão dos participantes do mercado, uma vez que a taxa de retorno

estabelecida pela Aneel leva em consideração, além das taxas livres de riscos, os demais riscos

inerentes ao setor. Os ajustes decorrentes do valor justo decorrentes de WACC regulatório são

reconhecidos no Patrimônio Líquido.

2.27.2 Ativo financeiro - transmissão

Refere-se a créditos a receber relacionados aos contratos de concessão da atividade de

transmissão e estão representados pelos seguintes valores: (i) receita de construção da

infraestrutura de transmissão para sua disponibilização aos usuários; (ii) a receita de operação e

manutenção da infraestrutura quando efetivamente realizados; e (iii) a remuneração financeira

garantida pelo Poder Concedente durante o prazo da concessão sobre tais receitas.

A receita dos contratos de concessão de transmissão é realizada pela disponibilização da

infraestrutura aos usuários do sistema, não tem risco de demanda e é, portanto, considerada

receita garantida, denominada Receita Anual Permitida – RAP, a ser recebida durante o prazo da

concessão. Os valores são faturados mensalmente aos usuários da infraestrutura, conforme

relatório emitido pelo Operador Nacional do Sistema - ONS. No vencimento da concessão, se

houver saldo remanescente ainda não recebido relacionado à construção, operação e manutenção

da infraestrutura, esse será recebido diretamente do Poder Concedente por ser um direito

incondicional de receber caixa, conforme previsto no contrato de concessão, a título de

indenização pelos investimentos efetuados e não recuperados por meio da RAP.

Esses ativos financeiros não possuem um mercado ativo, apresentam fluxos de caixa fixos e

determináveis, e portanto, são classificados como “empréstimos e recebíveis”, sendo inicialmente

estimados com base nos respectivos valores justos e posteriormente mensurados pelo custo

amortizado calculado pelo método da taxa de juros efetiva.

2.28 Ativos intangíveis

2.28.1 Contrato de concessão - distribuição

Compreende o direito ao acesso e de exploração da infraestrutura, construída ou adquirida pelo

operador ou fornecida para ser utilizada pelo operador como parte do contrato de concessão do

serviço público de energia elétrica (direito de cobrar dos usuários do serviço público por ela

prestado), em consonância com o CPC 04 - Ativos intangíveis, o ICPC 01 e o OCPC 05 - Contratos

de Concessão.

O ativo intangível é determinado como sendo a parcela remanescente após a determinação do

ativo financeiro (valor residual), em virtude de sua recuperação estar condicionada à utilização do

serviço público, neste caso, do consumo de energia pelos consumidores, portanto, com risco de

demanda.

É reconhecido pelo valor justo de aquisição e de construção, deduzido da amortização acumulada

e das perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável.

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A amortização do intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos

futuros do ativo sejam consumidos pela Copel Distribuição, com expectativa de amortização média

do saldo a 29% ao ano, limitados ao prazo da concessão.

2.28.2 Ativos intangíveis adquiridos separadamente

Ativos intangíveis com vida útil definida adquiridos separadamente são registrados ao custo,

deduzido da amortização e das perdas por redução ao valor recuperável acumuladas. A

amortização é reconhecida linearmente com base na vida útil estimada dos ativos. A vida útil

estimada e o método de amortização são revisados no fim de cada exercício e o efeito de

quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente.

2.28.3 Baixa de ativos intangíveis

Um ativo intangível é baixado na alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros

resultantes do uso ou da alienação. Os ganhos ou as perdas resultantes da baixa de um ativo

intangível, mensurados como a diferença entre as receitas líquidas da alienação e o valor contábil

do ativo, são reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado.

2.28.4 Ativos intangíveis sem vida útil definida

A Companhia não possui ativos intangíveis sem vida útil definida.

2.29 Avaliação do valor de recuperação dos ativos

Os bens do imobilizado e intangível são avaliados anualmente para identificar evidências de

perdas não recuperáveis ou, ainda, sempre que eventos ou alterações significativas nas

circunstâncias indiquem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando houver perda,

decorrente das situações em que o valor contábil do ativo ultrapasse seu valor recuperável,

definido pelo maior valor entre o valor em uso do ativo e o valor de preço líquido de venda do ativo,

esta é reconhecida no resultado do exercício.

2.30 Materiais em estoque (inclusive do ativo imo bilizado)

Os materiais no almoxarifado, classificados no ativo circulante, estão registrados pelo custo médio

de aquisição e aqueles destinados a investimentos, classificados no ativo imobilizado, pelo custo

de aquisição. Os valores contabilizados não excedem seus preços estimados de venda (valor

realizável), deduzidos de todos os custos estimados para conclusão e custos necessários para

realizar a venda.

2.31 Provisões

As provisões são reconhecidas para obrigações presentes (legal ou constituída) resultantes de

eventos passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liquidação

seja provável.

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As estimativas de desfechos e de efeitos financeiros são determinadas pelo julgamento da

Administração da entidade, complementados pela experiência de transações semelhantes e, em

alguns casos, por relatórios de peritos independentes. As evidências consideradas devem incluir

qualquer evidência adicional fornecida por eventos subsequentes à data do balanço.

Quando alguns ou todos os benefícios econômicos requeridos para a liquidação de uma provisão

são esperados que sejam recuperados de um terceiro, um ativo é reconhecido se, e somente se, o

reembolso for virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de forma confiável.

2.32 Lucro por ação

O lucro ou prejuízo líquido por ação é calculado com base na média ponderada do número de

ações em circulação durante o período de divulgação. Para todos os períodos apresentados, a

Companhia não tem nenhum instrumento potencial equivalente a ações ordinárias que pudesse ter

efeito dilutivo, desta forma, o lucro básico por ações é equivalente ao lucro por ação diluído.

Uma vez que os acionistas preferenciais e ordinários possuem direitos a dividendos, a voto e a

liquidação diferentes, os lucros básicos e diluídos por ação foram calculados pelo método de "duas

classes". O método de "duas classes" é uma fórmula de alocação do lucro que determina o lucro

por ação preferencial e ordinária de acordo com os dividendos declarados, conforme o estatuto da

Companhia e os direitos de participação sobre lucros não-distribuídos calculados de acordo com o

direito a dividendos de cada classe de ações, conforme discutido na Nota 27.1.5.

Os lucros básicos e diluídos por ação são apresentados na Nota 27.1.6.

2.33 Instrumentos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos quando uma entidade da Companhia for parte

das disposições contratuais do instrumento.

Instrumentos financeiros não derivativos incluem caixa e equivalentes de caixa, clientes, repasse

CRC ao governo do Estado do Paraná, aplicações financeiras, contas a receber vinculadas à

concessão, empréstimos e financiamentos, debêntures, fornecedores, contas a pagar vinculadas à

concessão - uso do bem público, dentre outras. Estes instrumentos financeiros são reconhecidos

imediatamente na data de negociação, ou seja, na concretização do surgimento da obrigação ou

do direito. São inicialmente registrados pelo valor justo acrescido ou deduzido de quaisquer custos

de transação diretamente atribuíveis. Posteriormente ao reconhecimento inicial, são mensurados

conforme descrito a seguir:

Ativos financeiros

2.33.1 Instrumentos financeiros mantidos até o vencimento

Se a Companhia e/ou suas controladas têm intenção e capacidade de manter até o vencimento

seus ativos financeiros, esses são classificados como “mantidos até o vencimento”. Investimentos

mantidos até o vencimento são mensurados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de

juros efetiva, deduzido de eventuais reduções em seu valor recuperável.

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2.33.2 Instrumentos financeiros disponíveis para venda

A mensuração inicial e subsequente dos instrumentos financeiros classificados como “disponível

para venda” é efetuada com base no valor justo, sendo que a variação do valor justo proveniente

da diferença entre a taxa de juros de mercado e a taxa de juros efetiva é registrada diretamente no

patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários, como ajuste de avaliação patrimonial, sem

transitar pelo resultado do exercício. A parcela dos juros definidos no início do contrato, calculada

com base no método de juros efetivos, assim como quaisquer mudanças na expectativa de fluxo

de caixa, são registradas no resultado do exercício.

No momento da liquidação de um instrumento financeiro classificado como “disponível para

venda”, as perdas ou os ganhos acumulados no patrimônio líquido são reconhecidos no resultado

do exercício.

2.33.3 Instrumentos financeiros ao valor justo através do resultado

Um instrumento é classificado pelo valor justo através do resultado se for mantido para

negociação, ou designado como tal quando do reconhecimento inicial. Os instrumentos financeiros

são registrados pelo valor justo através do resultado se a Companhia e/ou suas controladas

gerenciam esses investimentos e tomam as decisões de compra e venda com base em seu valor

justo, de acordo com a estratégia de investimento e gerenciamento de risco documentado pela

Companhia e/ou suas controladas. Após reconhecimento inicial, custos de transação atribuíveis

são reconhecidos nos resultados quando incorridos.

2.33.4 Empréstimos e recebíveis

São designados para essa categoria somente os ativos não derivativos com pagamentos fixos ou

determináveis que não estão cotados em um mercado ativo, reconhecidos pelo método do custo

amortizado com base na taxa de juros efetiva.

Passivos financeiros e instrumentos de patrimônio

2.33.5 Classificação como instrumento de dívida ou de patrimônio

Instrumentos de dívida e de patrimônio emitidos por uma entidade da Companhia são classificados

como passivos financeiros ou patrimônio, de acordo com a natureza do acordo contratual e as

definições de passivo financeiro e instrumento de patrimônio.

2.33.6 Instrumentos de patrimônio

Um instrumento de patrimônio é um contrato que evidencia uma participação residual nos ativos de

uma empresa após a dedução de todas as suas obrigações. Os instrumentos de patrimônio

emitidos pela Companhia são reconhecidos quando os recursos são recebidos, líquidos dos custos

diretos de emissão.

A recompra dos próprios instrumentos de patrimônio da Companhia é reconhecida e deduzida

diretamente no patrimônio. Nenhum ganho ou perda é reconhecido no resultado proveniente de

compra, venda, emissão ou cancelamento dos próprios instrumentos de patrimônio da Companhia.

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2.33.7 Passivos financeiros

Os passivos financeiros são classificados como “Passivos financeiros ao valor justo por meio do

resultado” ou “Outros passivos financeiros”.

2.33.8 Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado

Os passivos financeiros são classificados “ao valor justo por meio do resultado” quando são

mantidos para negociação ou designados ao valor justo por meio do resultado.

Os ganhos ou as perdas líquidos reconhecidos no resultado incorporam os juros pagos pelo

passivo financeiro. O valor justo é determinado conforme descrito na NE nº 33.1.

2.33.9 Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros (incluindo empréstimos) são mensurados pelo valor de custo

amortizado utilizando o método de juros efetivos.

O método de juros efetivos é utilizado para calcular o custo amortizado de um passivo financeiro e

alocar sua despesa de juros pelo respectivo período. A taxa de juros efetiva é a taxa que desconta

exatamente os fluxos de caixa futuros estimados (inclusive honorários pagos ou recebidos que

constituem parte integrante da taxa de juros efetiva, custos da transação e outros prêmios ou

descontos) ao longo da vida estimada do passivo financeiro ou, quando apropriado, por um período

menor, para o reconhecimento inicial do valor contábil líquido.

2.33.10 Baixas de passivos financeiros

A Companhia baixa passivos financeiros somente quando as obrigações da Companhia são

extintas e canceladas ou quando liquidadas. A diferença entre o valor contábil do passivo

financeiro baixado e a contrapartida paga e a pagar é reconhecida no resultado.

2.33.11 Instrumentos financeiros derivativos

A Companhia mantém fundos de investimentos que operam com instrumentos financeiros

derivativos, com objetivo exclusivo de proteger a carteira desses fundos.

2.34 Demonstração do Valor Adicionado - DVA

Essa demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza gerada pela Companhia e sua

distribuição durante determinado período e é apresentada, conforme requerido pela legislação

societária brasileira, como parte de suas demonstrações financeiras individuais e como informação

suplementar às demonstrações financeiras consolidadas, pois não é uma demonstração prevista e

nem obrigatória conforme as IFRSs.

2.35 Normas novas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor

As seguintes novas normas, alterações e interpretações de normas foram emitidas pelo IASB mas

não estão em vigor para o exercício de 2011. A adoção antecipada dessas normas, embora

encorajada pelo IASB, não foi permitida, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis

(CPC). A Companhia está analisando o impacto destas novas normas em suas demonstrações

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financeiras.

� IAS 19 - Benefícios a Empregados;

� IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras;

� IFRS 9 - Instrumentos Financeiros;

� IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas;

� IFRS 11 - Acordos em Conjunto;

� IFRS 12 - Divulgação sobre Participações em Outras Entidades;

� IFRS 13 - Mensuração de Valor Justo;

� IAS 27 - Demonstrações Consolidadas; e

� IAS 28 - Investimento em Coligada e em Controlada.

Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que

poderiam ter impacto significativo sobre a Companhia.

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32

3 Caixa e Equivalentes de Caixa

.

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Caixa e bancos conta movimento 669 456 35.081 58.958

Aplicações financeiras de liquidez imediata 27.088 89.366 1.014.044 1.735.458

27.757 89.822 1.049.125 1.794.416

Controladora Consolidado

As aplicações financeiras de liquidez imediata são prontamente conversíveis em um montante

conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Essas

aplicações financeiras referem-se a Certificados de Depósitos Bancários - CDB e operações

compromissadas, que se caracterizam pela venda de título com o compromisso, por parte do

vendedor (Banco) de recomprá-lo, e do comprador de revendê-lo no futuro. As aplicações foram

remuneradas em média à taxa de 101% da variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI

em 31.12.2011 (100% da variação do CDI em 31.12.2010).

4 Aplicações Financeiras

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 Ativo circulante

Títulos e valores mobiliários (4.1) 165 175 582.019 534.095

Cauções e depósitos vinculados - - 2.668 64.078

165 175 584.687 598.173

Ativo não circulante

Títulos e valores mobiliários (4.1) - - 62.589 7.151

Cauções e dep. vinculados (STN - NE nº 19.2) - - 37.553 26.280

- - 100.142 33.431 .

Consolidado Controladora

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33

4.1 Títulos e valores mobiliários

Categoria Nível Indexador31.12.2011 31.12.2010

Títulos disponíveis para vendaCDB (1 e 2) 2 CDI 92.693 100.785

Operação Compromissada (3) 2 CDI 43.233 17.328

Operação Compromissada (2) 2 Selic 4.430 2.961

Operação Compromissada (2) 1 Pré-Fixada 46.322 98.552

Cotas Fundos (3 e 4) 1 CDI 111 124

NTN - F 1 CDI 31.451 27.309

NTN - B 1 IPCA 1.956 -

LFT (2) 1 Selic 209.942 175.043

LTN (2) 1 Pré-Fixada 103.520 44.482

LFBB 2 CDI 19.296 6.015

LF Caixa 2 CDI 8.270

CDB BB 2 CDI 6.205

567.429 472.599 Títulos para negociação

Derivativos 1 DI Futuro BMF 1 -

Cotas FI 2 CDI 11.003 -

LFT 1 Selic 39.039 -

DPGE 2 CDI 9.979

60.022 - Títulos mantidos até o vencimento

LFT (2) 1 Selic 5.920 60.662

LTN (2) 1 Pré-Fixada - 6.140

Cota Fundos (3 e 4) 1 CDI 48 1.845

LF Caixa 2 CDI 11.189

17.157 68.647

644.608 541.246

Circulante 582.019 534.095 Não Circulante - NC 62.589 7.151

Letras Financeiras do Tesouro - LFT

Letras do Tesouro Nacional - LTN

Notas do Tesouro Nacional - Série F - NTN-F e Série B - NTN-B

Letras Financeiras Ligadas ao Banco do Brasil - LFBB

Letras Financeiras Ligadas à Caixa Econômica Federal - LF Caixa

Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC - DPGE

Níveis para apuração do valor justo:

Nível 1: obtidas de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos.

Nível 2: obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis

para o ativo ou passivo

Nível 3: obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm

como base os dados observáveis de mercado

Consolidado

Categoria Nível Indexador31.12.2011 31.12.2010

Títulos disponíveis para vendaCDB 2 CDI 83 76 Cotas Fundos 1 CDI 82 99

Circulante 165 175

Controladora

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A Copel possui títulos e valores mobiliários que rendem taxas de juros variáveis. O prazo desses

títulos varia de 1 a 48 meses a partir do final do período de relatório. As contrapartes têm, pelo

menos, a classificação de crédito A. Nenhum desses ativos está vencido nem apresenta problemas

de recuperação ou redução ao valor recuperável no encerramento do período.

Entres os principais valores aplicados, estão:

1) A aplicação no Banco do Brasil no valor de R$ 73.219, atualizado até 31.12.2011 (R$ 65.612

em 31.12.2010), com remuneração de 100% da taxa DI, como garantia de fiel cumprimento

com a Aneel para construção da Usina Hidrelétrica de Mauá pela Copel Geração e

Transmissão;

2) A constituição de garantia para leilão da Aneel pela Copel Geração e Transmissão e Copel

Distribuição no valor de R$ 34.011 em 31.12.2011 (R$ 67.162 em 31.12.2010);

3) A constituição de garantia para os Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente

Regulado - CCEARs na CCEE no valor de R$ 27.553 em 31.12.2011 (R$ 27.146 em

31.12.2010); e

4) A constituição de garantia referente ao financiamento para construção de UHE Mauá no valor

de R$ 18.764 em 31.12.2011.

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5 Clientes

Saldos Vencidos Vencidos há Total vincendos até 90 dias mais de 90 dias

31.12.2011 31.12.2010 Consumidores

Residencial 152.271 100.129 21.670 274.070 199.649 Industrial 79.544 47.226 15.348 142.118 184.039 Comercial 99.982 55.614 13.346 168.942 118.540 Rural 20.717 11.555 6.302 38.574 24.004 Poder público 22.340 19.828 2.561 44.729 43.266 Iluminação pública 18.753 589 155 19.497 15.673 Serviço público 15.191 15.558 156 30.905 14.335 Receita não faturada 288.095 - - 288.095 198.363 Parcelamento de débitos 32.015 7.669 19.873 59.557 101.841 Parcelamento de débitos - NC 25.737 - - 25.737 40.498 Subsídio baixa renda - Eletrobrás (5.1) 31.734 - - 31.734 24.376 Encargos moratórios sobre faturas energia 9.007 4.853 5.763 19.623 9.611 Governo do Paraná - luz fraterna 13.886 6.742 18.135 38.763 11.528 Outros créditos 3.581 4.714 6.175 14.470 24.289 Outros créditos - NC 6.626 - - 6.626 3.231

819.479 274.477 109.484 1.203.440 1.013.243 Concessionárias e permissionárias

Suprimento de energia elétricaCCEAR - leilão 145.163 24.427 19.633 189.223 133.004 Contratos bilaterais 21.421 - 119 21.540 26.709 CCEE 15.527 - 105 15.632 21.551 Ressarcimento de geradores - - 1.288 1.288 1.194

182.111 24.427 21.145 227.683 182.458 Encargos de uso da rede elétricaRede elétrica 12.856 1.778 2.361 16.995 21.552 Rede básica e de conexão 24.152 546 1.135 25.833 15.104

37.008 2.324 3.496 42.828 36.656 .

TelecomunicaçõesServiços de telecomunicações 5.849 8.518 1.025 15.392 17.571 Serviços de telecomunicações - NC 89 - - 89 -

5.938 8.518 1.025 15.481 17.571 .

Distribuição de gás 26.498 491 316 27.305 18.547 .

PCLD (5.2) - - (115.919) (115.919) (62.119)

1.071.034 310.237 19.547 1.400.818 1.206.356

31.12.2011 Circulant e 1.038.582 310.237 19.547 1.368.366

Não Circulante - NC 32.452 - - 32.452

31.12.2010 Circulant e 941.517 198.873 22.237 1.162.627

Não Circulante - NC 43.729 - - 43.729

Consolidado

O prazo médio de recebimentos das vendas de energia para consumidores é 12 dias e de 10 dias

para as concessionárias e permissionárias de suprimento de energia elétrica.

5.1 Subsídio baixa renda - Eletrobrás

A Companhia iniciou, a partir de setembro de 2002, o faturamento do fornecimento de energia

elétrica aplicando a tarifa social com base nos novos critérios de enquadramento das unidades

consumidoras de baixa renda.

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36

Em 17.12.2002, a Lei nº 10.604 modificou a forma de compensação às concessionárias,

autorizando a concessão de subvenção econômica, visando contribuir para a modicidade da tarifa

social. Essa subvenção tem como fonte de recursos o adicional de dividendos das Centrais

Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobrás para a União, associado à comercialização de energia

elétrica pelas geradoras federais nos leilões de energia, e recursos advindos da Reserva Global de

Reversão - RGR.

A Aneel, por meio de suas resoluções, estabeleceu a metodologia para o cálculo de subvenção

econômica a ser concedida às concessionárias, para contrabalançar os efeitos da política tarifária

aplicável aos consumidores de baixa renda. Em dezembro de 2011, foram beneficiados 356.244

consumidores pela tarifa social, representando 11,7% do total de 3.042.010 consumidores

residenciais.

5.2 Provisão para créditos de liquidação duvidos a

A Administração da Companhia considerou os seguintes valores como sendo suficientes para

cobrir eventuais perdas na realização dos créditos a receber:

Consolidado Adições / Saldo (reversões) Baixas Saldo

31.12.2010 31.12.2011 Consumidores, concessionárias e permissionárias

Residencial 7.654 30.409 (9.110) 28.953 Industrial 40.761 (4.206) (11.392) 25.163 Comercial 10.880 10.829 (2.243) 19.466

Rural 69 2.189 (453) 1.805 Poder público 1.453 906 - 2.359

Iluminação pública 155 (76) - 79 Serviço público 2 39 - 41

Concessionárias e permissionárias 224 37.146 - 37.370 Telecomunicações 921 (52) (186) 683

62.119 77.184 (23.384) 115.919

ConsolidadoSaldo Adições Baixas Saldo

1º.01.2010 31.12.2010 Consumidores, concessionárias e permissionárias

Residencial 6.245 11.680 (10.271) 7.654 Industrial 40.101 5.375 (4.715) 40.761 Comercial 5.863 8.539 (3.522) 10.880 Rural 185 163 (279) 69

Poder público 1.272 221 (40) 1.453 Iluminação pública 149 6 - 155 Serviço público - 2 - 2 Concessionárias e permissionárias 203 21 - 224

Telecomunicações 931 233 (243) 921

54.949 26.240 (19.070) 62.119

Os critérios utilizados, além da experiência da Administração em relação ao histórico das perdas

efetivas, levam em consideração os parâmetros recomendados pela Aneel.

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37

Foi constituída PCLD, no valor de R$ 37.146, referente a diferenças nos preços faturados na venda

de energia de Usina Hidrelétrica de Mauá. A Companhia aguarda a definição por parte da Aneel

quanto ao pleito de revisão do cronograma de início da operação comercial desta usina para a

possível reversão desta provisão.

6 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná

Através do quarto termo aditivo, assinado em 21.01.2005, a Companhia renegociou, com o

Governo do Estado do Paraná, o saldo da Conta de Resultados a Compensar – CRC, em

31.12.2004, no montante de R$ 1.197.404, em 244 prestações recalculadas pelo sistema price de

amortização, atualizado pela variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI,

e juros de 6,65% a.a., os quais são recebidos mensalmente, com vencimento da primeira parcela

em 30.01.2005 e as demais com vencimentos subsequentes e consecutivos.

O Governo do Estado vem cumprindo o pagamento das parcelas renegociadas conforme

estabelecido no quarto termo aditivo. As amortizações são garantidas com recursos oriundos de

dividendos.

6.1 Vencimento das parcelas de longo prazo

.

31.12.2011 31.12.2010 2012 62.728

2013 70.242 66.899

2014 74.914 71.348

2015 79.896 76.093

2016 85.209 81.154

2017 90.876 86.551

2018 96.920 92.307

2019 103.366 98.446

2020 110.240 104.993

2021 117.572 111.976

2022 125.391 119.423

2023 133.730 127.365

2024 142.624 135.836

após 2024 49.618 47.258

1.280.598 1.282.377

Consolidado

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6.2 Mutação do CRC

Ativo Ativo Saldos circulante não circulante Consolidado

Em 1º.01.2010 49.549 1.205.025 1.254.574

Encargos 79.546 - 79.546 Variação monetária 2.772 133.396 136.168

Transferências 56.044 (56.044) - Amortizações (129.095) - (129.095)

Em 31.12.2010 58.816 1.282.377 1.341.193

Encargos 84.867 - 84.867

Variação monetária 1.020 63.063 64.083 Transferências 64.842 (64.842) -

Amortizações (143.683) - (143.683)

Em 31.12.2011 65.862 1.280.598 1.346.460

7 Contas a Receber Vinculadas à Concessão

7.1 Mutação das contas a receber vinculadas à con cessão

Obrigações Ativo Ativo especiais

Saldos circulante não circulante não circulante Consolidado

Em 1º.01.2010 44.070 3.045.323 (1.217.103) 1.872.290

Capitalizações do intangível em curso - 482.145 (69.889) 412.256 Transferências do não circulante para o circulante 196.923 (196.923) - -

Transferências para encargos do uso da rede - clientes (186.293) - - (186.293) Transferências de investimentos de bens destinados a

uso futuro - 3 - 3

Ajuste de ativos financeiros classificados como disponíveis para venda - 3.029 - 3.029

Variação monetária - 290.312 (139.125) 151.187 Remuneração - 189.243 - 189.243

Receita de construção - 62.037 - 62.037 Baixas - (25.707) - (25.707)

Em 31.12.2010 54.700 3.849.462 (1.426.117) 2.478.045

Efeito da 1ª consolidação da Costa Oeste - 31 - 31 Capitalizações do intangível em curso - 613.284 (93.173) 520.111

Transferências do não circulante para o circulante 222.245 (222.245) - - Transferências p/ encargos do uso da rede - clientes (196.319) - - (196.319)

Transferências para imobilizado em serviço - (1.004) - (1.004)

Ajuste de ativos financeiros classificados como disponíveis para venda - (7.282) - (7.282)

Variação monetária - 173.402 (73.021) 100.381 Remuneração - 330.217 - 330.217

Receita de construção - 118.815 - 118.815 Baixas - (25.895) - (25.895)

Em 31.12.2011 80.626 4.828.785 (1.592.311) 3.317.100

7.2 Contas a receber vinculadas à concessão - Dis tribuição

Com base nas características estabelecidas no contrato de concessão de distribuição de energia

elétrica das Companhias, a Administração entende que estão atendidas as condições para a

aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01/IFRIC 12 e SIC 29 - Contratos de Concessão, a qual

fornece orientações sobre a contabilização de concessões de serviços públicos a operadores

privados, de forma a refletir o negócio de distribuição elétrica, abrangendo:

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(a) Parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados ou depreciados até o final da

concessão classificada como ativo financeiro por ser direito incondicional de receber caixa ou outro

ativo financeiro diretamente do Poder Concedente; e

(b) Parcela remanescente à determinação do ativo financeiro (valor residual) classificada como um

ativo intangível em virtude de sua recuperação estar condicionada à utilização do serviço público,

neste caso, do consumo de energia pelos consumidores (vide NE nº 16).

A infraestrutura recebida ou construída da atividade de distribuição, que estava originalmente

representada pelo ativo imobilizado e intangível, é recuperada através de dois fluxos de caixa, a

saber: (a) parte através do consumo de energia efetuado pelos consumidores (emissão do

faturamento mensal da medição de energia consumida/vendida) durante o prazo da concessão; e

(b) parte como indenização dos bens reversíveis no final do prazo da concessão, esta a ser

recebida diretamente do Poder Concedente ou para quem ele delegar essa tarefa.

Esta indenização será efetuada com base nas parcelas dos investimentos vinculados a bens

reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de

garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

7.3 Compromissos relativos às concessões de trans missão

7.3.1 LT 500 KV Araraquara 2 - Taubaté

Linha de transmissão arrematada no Leilão Aneel nº 001/10, em 10.06.2010

Os compromissos assumidos com fornecedores de equipamentos e serviços referentes à

LT 500 KV Araraquara 2 - Taubaté montam em R$ 239.202 em 31.12.2011.

7.3.2 Subestação Cerquilho III 230 KV

Subestação em 230/138KV (300MVA) arrematada no Leilão Aneel nº 001/10, em 10.06.2010.

Os compromissos assumidos com fornecedores de equipamentos e serviços referentes à

Subestação Cerquilho III montam em R$ 43.182 em 31.12.2011.

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40

8 Outros Créditos

31.12.2011 31.12.2010 Ativo circulante

Serviços em curso 71.256 110.374 Parcerias em consórcios 29.483 - Adiantamento a empregados 11.588 9.126

Desativações em curso 9.359 6.284 Adiantamento a fornecedores 7.162 3.248

Aquisição de combustíveis por conta da CCC 6.875 2.406 Serviços prestados a terceiros 5.735 3.631 Alienação de bens e direitos 4.928 9.048

Parcelamento Onda Provedor de Serviços 4.348 4.348 Adiantamento para depósitos judiciais 3.514 9.927

Salários de empregados cedidos a recuperar 2.884 4.174 Locação da planta da UTE Araucária 2.730 4.296 Provisão para créditos de liquidação duvidosa - PCLD (8.351) (9.979)

Outros créditos 9.802 4.186

161.313 161.069 Ativo não circulante

Adiantamento a fornecedores 11.982 9.902 Empréstimos compulsórios 3.044 2.833 Alienação de bens e direitos 2.007 2.325 Outros créditos 190 164

17.223 15.224

Consolidado

8.1 Serviços em curso

Referem-se aos serviços em cursos da Companhia, em sua maioria referente aos Programas de

Pesquisa e Desenvolvimento e Programa de Eficiência Energética, os quais, após seu término, são

compensados com o respectivo passivo registrado para este fim, conforme legislação regulatória.

8.2 Provisão para crédito de liquidação duvidosa - PCLD

A PCLD refere-se ao saldo de parcelamento de faturas contra o cliente Onda Provedor de

Serviços, com difícil realização.

9 Estoques

Consolidado Operação / Manutenção

31.12.2011 31.12.2010

Copel Geração e Transmissão 23.714 24.429 Copel Distribuição 69.579 83.893

Copel Telecomunicações 9.015 11.758 Compagas 1.491 1.344

UEG Araucária 3 -

103.802 121.424

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41

10 Tributos

10.1 Imposto de renda e contribuição social

.

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 Ativo circulante

IR e CSLL a compensar 131.567 155.461 678.745 518.889 IR e CSLL a compensar com o passivo (1.025) (20.347) (451.730) (348.557) IRRF sobre JSCP a compensar com o passivo (11.634) (12.119) (11.634) (12.119)

118.908 122.995 215.381 158.213 Ativo não circulante

IR e CSLL a recuperar - - 18.714 12.341 - - 18.714 12.341

Passivo circulanteIR e CSLL a recolher 4.954 35.332 603.520 501.806 IR e CSLL a compensar com o ativo (1.025) (20.347) (451.730) (348.557)

3.929 14.985 151.790 153.249

Controladora Consolidado

Os valores registrados como imposto de renda e contribuição social a compensar referem-se a

antecipações e créditos da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica - DIPJ, os quais

são compensados com os respectivos impostos a pagar de cada empresa, conforme legislação

tributária brasileira.

10.2 Imposto de renda e contribuição social difer idos

A Companhia contabiliza imposto de renda diferido, calculado à alíquota de 15%, mais o adicional

de 10%, e contribuição social diferida, calculada à alíquota de 9%.

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10.2.1 Créditos fiscais diferidos de imposto de renda e contribuição social

.

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 Ativo não circulante

Prejuízo fiscal e base de cálculo negativa - 1.170 2.486 10.966 Planos previdenciário e assistencial - - 154.108 135.384 Regime tributário de transição - RTT - - 16.142 7.774

Outras adições temporárias - - - - Provisões para litígios 100.819 102.911 346.697 264.645

Provisão para créditos liquidação duvidosa 1.478 1.478 43.407 24.477 Amortização do direito de concessão 17.829 17.573 36.173 35.917

Provisão para efeitos de encargos da rede - - 6.922 6.922 Provisão Finan 4.756 3.659 4.756 3.659

Provisão para compra de energia - - 99.567 -

Provisão para particip. nos lucros e resultados - - 17.182 - Juros sobre o capital próprio 16.666 17.966 16.666 17.966

Outros 91 - 1.074 - 141.639 144.757 745.180 507.710

Passivo não circulanteRegime tributário de transição - RTT - - - -

Efeitos da aplicação do CPC 27 - custo atribuído - - 758.473 802.556

Efeitos da aplicação do ICPC 01 - contratos de concessão - - 125.450 47.607 Efeitos da aplicação do CPC 38 - instrum. financeiros 7.962 - 7.962 -

Outras exclusões temporárias - - - Capitalização encargos financeiros - - 5.356 4.595 Provisão para deságio 25.297 25.297 25.297 25.297

Fornecimento de gás - - 5.372 7.163

33.259 25.297 927.910 887.218

Líquido 108.380 119.460 (182.730) (379.508)

Controladora Consolidado

O tributo sobre o plano assistencial está sendo realizado de acordo com a avaliação atuarial

preparada anualmente por atuário independente, em conformidade com as regras estabelecidas

pela Deliberação CVM nº 600/09. Os tributos diferidos sobre as demais provisões para litígios

serão realizados em virtude das decisões judiciais.

Pela legislação tributária em vigor, o prejuízo fiscal e a base negativa de contribuição social são

compensáveis com lucros futuros, observado o limite de 30% do lucro tributável no período, não

estando sujeitos a prazo prescricional.

O Conselho Fiscal examinou e o Conselho de Administração aprovou o estudo técnico elaborado

pela sua Diretoria de Finanças, Relações com Investidores e de Controle de Participações,

referente à projeção futura de lucratividade, no qual se evidencia a realização dos impostos

diferidos. Conforme estimativa de lucros tributáveis futuros, a realização dos impostos diferidos

está apresentada a seguir:

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. Controladora Consolidado Parcela Parcela Parcela Parcela Parcela Parcela

estimada de efetiva de estimada de estimada de efe tiva de estimada de . realização realização realização realização realiza ção realização

2011 21.450 23.767 - 17.311 186.347 -

2012 - - 4.174 - - 178.211

2013 - - 3.685 - - 28.286

2014 - - 3.685 - - 16.603

2015 - - 3.685 - - 233.836

2016 - - 4.558 - - 32.436

2017 a 2019 - - 1.203 - - (149)

2020 a 2022 - - 168 - - 34.221

após 2022 - - 87.222 - - (706.174)

21.450 23.767 108.380 17.311 186.347 (182.730)

10.2.2 Mutação do imposto de renda e contribuição social diferido

. ReconhecidosReconhe- Reconhe- em outros

Saldo em cidos no Saldo em cidos no resultados Sald o em Controladora 1º.01.2010 resultado 31.12.2010 resulta do abrangentes 31.12.2011

Ativo não circulantePrejuízo fiscal e base de cálculo negativa 13.550 (12.380) 1.170 (1.170) - -

Outras adições temporárias - -

Provisões para litígios 32.150 70.761 102.911 (2.092) - 100.819 PCLD 1.839 (361) 1.478 - - 1.478

Amortização do direito de concessão 17.317 256 17.573 256 - 17.829

Provisão Finan 3.291 368 3.659 1.097 - 4.756

Juros sobre o capital próprio - 17.966 17.966 (1.300) - 16.666

Outros - - - 91 - 91 68.147 76.610 144.757 (3.118) - 141.639

(-) Passivo não circulanteRegime tributário de transição - RTT -

Efeitos da aplicação do CPC 38 - instrumentos financeiros - - - 6.042 1.920 7.962

Outras exclusões temporárias - - - Provisão para deságio 25.297 - 25.297 - - 25.297

25.297 - 25.297 6.042 1.920 33.259

Líquido 42.850 76.610 119.460 (9.160) (1.920) 108.380

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.

. Reconheci- Reconheci- Compen- Reconheci-dos direta- dos em ou- sados com dos em ou-

Saldo em Reconhe- mente no tros resul- Reconhe- parcelam en- tros resul- Saldo emcidos no patrimônio tados abran- Saldo em cidos no to da dívida tados abran-

Consolidado 1º.01.2010 resultado líquido gentes 31.12.2010 resultado Lei 11.941 gentes 3 1.12.2011

Ativo não circulantePrejuízo fiscal e base de cálculo negativa 23.346 (12.380) - - 10.966 (1.170) (7.310) - 2.486

Planos previdenciário e assistencial 123.842 11.542 - - 135.384 18.724 - - 154.108

Regime tributário de transição - RTT 20.728 - (12.954) - 7.774 8.368 - - 16.142

Outras adições temporárias

Provisões para litígios 172.080 92.591 (26) - 264.645 82.052 - - 346.697

PCLD 22.350 2.493 (366) - 24.477 18.930 - - 43.407

Amortização do direito de concessão 19.709 16.208 - - 35.917 256 - - 36.173

Provisão para efeitos de encargos

da rede 6.922 - - - 6.922 - - - 6.922

Provisão Finan 3.291 368 - - 3.659 1.097 - - 4.756

Provisão para compra de energia - - - - - 99.567 - - 99.567

Provisão para participação nos

lucros e/ou resultados - - - - - 17.182 - - 17.182

Juros sobre capital próprio - 17.966 - - 17.966 (1.300) - 16.666

Outros 5.614 (5.614) - - - 1.074 - - 1.074 397.882 123.174 (13.346) - 507.710 244.780 (7.310) - 745.180

(-) Passivo não circulanteRegime tributário de transição - RTT -

Efeitos do CPC 27 - custo atribuído 854.742 (39.680) (12.506) - 802.556 (44.083) - - 758.473

Efeitos do ICPC 01 - contratos de

concessão 12.092 35.515 (1.030) 1.030 47.607 80.319 - (2.476) 125.450

Efeitos do CPC 38 - instrumentos

financeiros - - - - - 5.035 - 2.927 7.962

Outras exclusões temporárias -

Capitalização encargos financeiros - 1.612 2.983 - 4.595 761 - - 5.356

Provisão para deságio 25.297 - - - 25.297 - - - 25.297

Fornecimento de gás 8.953 (1.790) - - 7.163 (1.791) - - 5.372

901.084 (4.343) (10.553) 1.030 887.218 40.241 - 451 927.910

Líquido (503.202) 127.517 (2.793) (1.030) (379.508) 204.539 (7.310) (451) (182.730)

10.3 Outros tributos a compensar e a recolher

.

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 Ativo circulante

ICMS a recuperar (10.3.1) - - 40.845 36.785 PIS/Pasep e Cofins a compensar - - 60.486 7.966 PIS/Pasep e Cofins a compensar com o passivo - - (51.411) (7.966)

Outros tributos a compensar - - 437 751 - - 50.357 37.536

Ativo não circulanteTributos federais compensáveis - - 11 -

ICMS a recuperar (10.3.1) - - 76.166 82.029 IRRF sobre aplicações financeira a recuperar - - 1.735 2.833

- - 77.912 84.862 Passivo circulante

ICMS a recolher - - 193.808 173.989

PIS/Pasep e Cofins a recolher 12.846 21.016 74.579 75.511 PIS/Pasep e Cofins a compensar com o ativo - - (51.411) (7.966) Programas de Recuperação Fiscal (10.3.2) 27.628 60.229 37.221 94.887

IRRF sobre JSCP 11.634 12.119 31.027 45.813 IRRF sobre JSCP a compensar com o ativo (11.634) (12.119) (11.634) (12.119)

Outros tributos 911 883 14.867 8.756

41.385 82.128 288.457 378.871 Passivo não circulante

ICMS a recolher - - 152 623 Programas de Recuperação Fiscal (10.3.2) - 20.076 - 31.629

- 20.076 152 32.252

Controladora Consolidado

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10.3.1 ICMS a recuperar

Dos saldos apresentados como ICMS a recuperar, o valor de R$ 101.919 refere-se a créditos

decorrentes de aquisição de bens para o ativo imobilizado, instituído pela Lei Complementar nº

87/96, que serão recuperados mensalmente na razão de 1/48, conforme determina a Lei

Complementar nº 102, de 11.07.2000.

10.3.2 Programas de recuperação fiscal

. Controladora

Valor da dívida

Benefícios Lei nº 11.941

JurosSelic

Valor da dívidaatualizado Antecipação

Saldo da dívidaatualizado

Lei nº 11.941/09Cofins Ação Rescisória 229.933 (80.927) 18.265 167.271 (139.739) 27.532

INSS 311 (93) 42 260 (164) 96

230.244 (81.020) 18.307 167.531 (139.903) 27.628

. Consolidado

Valor da dívida

Benefícios Lei nº 11.941

Prejuízo Fiscal

JurosSelic

Valor da dívidaatualizado Antecipação

Saldo da dívidaatualizado

Lei nº 11.941/09IRPJ 43.256 (8.898) (3.123) 3.262 34.497 (29.466) 5.031

CSLL 5.925 (1.460) (428) 454 4.491 (4.104) 387

Cofins 43.198 (9.633) (3.118) 3.317 33.764 (29.970) 3.794

PIS/Pasep 8.893 (1.992) (642) 732 6.991 (6.610) 381

Cofins Ação Rescisória 229.933 (80.927) - 18.265 167.271 (139.739) 27.532

INSS 311 (93) - 42 260 (164) 96

331.516 (103.003) (7.311) 26.072 247.274 (210.053) 37.221

Os efeitos no resultado de 2011, contabilizados em despesas financeiras, são de R$ 7.707 na

Controladora e R$ 9.359 no Consolidado (NE nº 30).

Parcelamento - Lei nº 11.941/09

Por decisão do Tribunal Regional Federal da 4° Regi onal - TRF4, transitada em julgado em

18.08.1998, a Copel foi declarada imune à incidência da Cofins sobre o faturamento de energia

elétrica. Apesar da imunidade transitada em julgado, a Receita Federal do Brasil - RFB lavrou

dois Autos de Infração pelo não recolhimento da Cofins: em 19.02.2002, de nº 10980.000932/2002-

90, referente ao exercício de 1997 e em 22.08.2003, de nº 10980.007831/2003-21, referente aos

3 primeiros trimestres de 1998. Paralelamente, ajuizou ação rescisória contra a decisão que

declarou a imunidade, a qual, após longa discussão sobre alegação de decadência, retornou ao

TRF4 para ter seu mérito julgado, recebendo, por isso, a atribuição de grau de risco provável, já

que a matéria de mérito goza de jurisprudência pacífica em favor da União.

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Em razão da classificação de risco de esta ação ser de perda provável, a Companhia havia

constituído uma provisão no montante de R$ 184.464, composto de R$ 61.872 de principal e de

R$ 122.165 de juros Selic - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Considerando o grau

de risco provável desta ação, a Companhia optou em incluir no parcelamento instituído pela Lei

11.941, de 27.05.2009, na modalidade de pagamento de trinta parcelas, tendo em vista os

benefícios de redução dos encargos moratórios. Assim, a dívida total, com o acréscimo de multa

moratória no montante de R$ 12.375, passou a ser de R$ 196.839.

Em 29.06.2011, a RFB consolidou a dívida, na qual foi incluída a diferença da multa de Ofício

somente no Auto de Infração relativo ao ano de 1998 e complemento de juros no valor de

R$ 33.094. Assim, o montante total da dívida passou a ser de R$ 229.933. Após a consolidação

deste débito, considerando os benefícios de redução de encargos moratórios de R$ 80.927, a

dívida relativa à Ação Rescisória da Cofins passou a ser de R$ 149.006.

Também foram incluídas, na consolidação, dívidas do INSS referentes à Notificação Fiscal de

Lançamento de Débito NFLD nº 35.273.873-1, no valor de R$ 311, que, aplicados os benefícios do

parcelamento, resulta em uma dívida de R$ 218.

Com isso, o total da dívida da Companhia incluída no parcelamento é de R$ 149.224.

Considerando o juro Selic sobre o parcelamento, conforme instrui o § 3º do art. 3º da referida Lei,

até 31.12.2011, no valor de R$ 18.307, e considerando também as antecipações no montante de

R$ 139.903, o saldo da dívida monta em R$ 27.628.

Relativamente à Copel Distribuição, foram incluídos no referido parcelamento débitos fiscais

referentes a IRPJ e CSLL de fevereiro de 2004, e ao IRPJ de dezembro de 2007, março e abril de

2008, os quais somam R$ 49.181. Tais tributos foram quitados, em suas respectivas

competências, através de Declarações de Compensação - Dcomp que não foram homologadas

pela RFB. Ainda no mesmo parcelamento, foram incluídos débitos relativos à revisão da base de

cálculo do PIS/Pasep e da Cofins dos anos de 2005 a 2008, que após consolidação passou a ser

de R$ 52.091. Os benefícios da redução dos encargos moratórios trazidos pela Lei 11.941/09, na

modalidade de pagamento de trinta parcelas, resultam em R$ 21.983. Na consolidação da dívida

perante a RFB, foram utilizados prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSLL para a quitação

de parte dos encargos moratórios, no montante de R$ 7.311.

Com isso, o total da dívida da Copel Distribuição incluída no parcelamento é de R$ 71.978. Com o

acréscimo dos juros Selic sobre o parcelamento, conforme instrui o § 3º do art. 3º da referida Lei,

até 31.12.2011, no valor de R$ 7.765, e considerando também as antecipações no montante de

R$ 70.150, o saldo da dívida monta em R$ 9.593.

A Companhia vem cumprindo rigorosamente suas obrigações relacionadas aos parcelamentos

mencionados.

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10.4 Conciliação da provisão para imposto de rend a e contribuição social

A conciliação da provisão para IRPJ e CSLL, calculados pela alíquota fiscal, com os valores

apresentados na demonstração do resultado é a seguinte:

Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Lucro antes do IRPJ e CSLL 1.171.805 946.529 1.583.916 1.380.732 IRPJ e CSLL (34%) (398.414) (321.820) (538.531) (469.449)

Efeitos fiscais sobre:Juros sobre o capital próprio 114.314 68.000 121.023 70.319 Dividendos 3.461 2.101 1.158 432 Equivalência patrimonial 266.928 292.907 11.054 31.023 Finam (270) - (270) - Despesas indedutíveis (7.246) - (11.892) (3.247) Beneficio fiscal - Lei nº 11.941/09 7.087 - 7.087 - Incentivos fiscais - - 9.908 4.856 Outros 25 90 (6.599) (4.385) IRPJ e CSLL correntes (4.955) (35.332) (611.601) (497.968)

IRPJ e CSLL diferidos (9.160) 76.610 204.539 127.517 Alíquota efetiva - % 1,2% -4,4% 25,7% 26,8%

Controladora

11 Despesas Antecipadas

31.12.2011 31.12.2010 Ativo circulante

Prêmios de seguros 4.527 4.855

Programa incentivo a fontes alternativas de energia elétrica - Proinfa 36 35

Outras 25 75

4.588 4.965

Consolidado

12 Depósitos Judiciais

Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Fiscais 222.847 230.235 226.566 231.429

Trabalhistas - - 72.873 73.596

CíveisFornecedores - - 92.853 73.400 Cíveis - - 24.706 14.197

Servidões de passagem - - 6.823 2.144 Consumidores - - 2.289 1.677

- - 126.671 91.418 .

Outros - - 4.707 4.256

222.847 230.235 430.817 400.699

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13 Créditos com Partes Relacionadas

Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 Coligadas

Dividendos e/ou juros sobre o capital próprioDona Francisca Energética 2.303 955 2.303 955 Sanepar - - 15.603 4.896

. 2.303 955 17.906 5.851 Controladas

Dividendos e/ou juros sobre o capital próprioCopel Geração e Transmissão 600.659 510.952 - -

Copel Distribuição 508.695 355.968 - - Copel Telecomunicações 20.649 10.474 - - Compagas 3.927 4.910 - -

Elejor 2.592 - - - Centrais Eólicas do Paraná - 1.920 - -

Dominó Holdings 14.184 4.644 - - 1.150.706 888.868 - -

Financiamentos repassados - STNCopel Distribuição (13.1) 58.427 56.675 - -

58.427 56.675 - - Contrato de mútuo

Copel Distribuição (13.2) 781.031 715.539 - -

Elejor (13.3) 305.936 295.788 - - 1.086.967 1.011.327 - -

Outras partes relacionadasPaineira Participações e Empreendimentos - - - 1.575

- - - 1.575

2.298.403 1.957.825 17.906 7.426

Ativo circulante (Dividendos a receber) 1.153.009 889.823 17.906 5.851

Ativo não circulante 1.145.394 1.068.002 - 1.575

13.1 Financiamentos repassados - STN

A Companhia repassou os empréstimos e financiamentos para suas subsidiárias integrais quando

de sua constituição em 2001. Entretanto, como os contratos de transferências para as respectivas

subsidiárias não foram passíveis de formalização com as instituições financeiras, tais

compromissos encontram-se igualmente registrados na Controladora.

Os financiamentos mencionados são repassados com a mesma incidência de encargos assumidos

pela Companhia e são apresentados separadamente, como crédito com as subsidiárias integrais, e

como obrigações por empréstimos e financiamentos nas subsidiárias (NE nº 19.2).

13.2 Contrato de mútuo - Copel Distribuição

Em 27.02.2007, foi aprovado pela Aneel o contrato de mútuo firmado entre a Companhia

(mutuante) e Copel Distribuição (mutuária), no valor de R$ 1.100.000. O prazo definido foi de 5

anos, com juros de 104% da taxa DI, e a destinação dos recursos foi o programa de investimento

da concessão e o pagamento das debêntures repassadas à Copel Distribuição, vencidas em

1º.03.2007.

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49

13.3 Contrato de mútuo - Elejor

Em 07.04.2004, foi assinado contrato de mútuo entre a Copel (mutuante) e a Elejor (mutuária) com

o objetivo de garantir a continuidade do projeto de construção das Usinas Hidrelétricas do

Complexo Energético Fundão - Santa Clara, aprovado pelo órgão regulador, através do Despacho

Aneel nº 2876 de 05.12.2006, e que passou a ser remunerado pela TJLP acrescido de 4,5% a.a.

Atendendo o deliberado na 36ª Assembleia Geral Extraordinária, da Elejor, de 09.12.2010, após a

total liquidação/devolução do Adiantamento para futuro aumento de capital - AFAC, a Elejor iniciou

a amortização do referido mútuo, com os valores líquidos de R$ 3.500, em 28.10.2011, e R$

20.095, em 29.12.2011.

14 Investimentos

14.1 Mutação dos investimentos

Controladora Ajuste de Aporte (1) / Amortização Dividendos ProvisãoSaldo em Equivalência avaliação Afac (2) e direito de e JSCP para Saldo em

31.12.2010 patrimonial patrimonial (dev. Afac) concess ão propostos perdas 31.12.2011

ColigadasSercomtel (NE nº 14.2.2) 72.464 (2.123) - - - - - 70.341

Dona Francisca Energética 50.161 7.953 - - - (5.053) - 53.061

Foz do Chopim Energética 17.086 10.267 - - - (9.951) - 17.402

Carbocampel 1.224 (27) - 110 - - - 1.307

Dois Saltos 300 - - - - - - 300

Copel Amec 156 9 - - - - - 165

Escoelectric 37 (136) - 99 - - - -

141.428 15.943 - 209 - (15.004) - 142.576

Controladas

Copel Geração e Transmissão 5.726.083 598.920 1.955 - - (587.169) - 5.739.789

Copel Distribuição 3.316.811 535.886 (4.806) - - (182.056) - 3.665.835

Copel Telecomunicações 241.362 35.700 - 23.000 - (12.322) - 287.740

UEG Araucária 128.846 (1.401) - - - - - 127.445

Compagas 99.286 16.540 - - - (10.521) - 105.305

Elejor 96.751 10.909 - (71.898) - (2.592) - 33.170

Elejor - direito de concessão 19.044 - - - (755) - - 18.289

Centrais Eólicas do Paraná 1.185 307 - - - (267) - 1.225 9.629.368 1.196.861 (2.851) (48.898) (755) (794.927) - 9.978.798

Controlada em conjuntoDominó Holdings 325.342 36.599 - - - (15.988) - 345.953

Cutia - (289) - 4.599 - - - 4.310

Cutia - direito de concessão - - - 5.809 - - - 5.809

325.342 36.310 - 10.408 - (15.988) - 356.072

Outros investimentosFinam (14.4.1) 2.456 - - - - - (189) 2.267

Finor (14.4.1) 769 - - - - - (156) 613

Investco S.A. 7.903 - 442 - - - - 8.345

Adiantamento para futuro

investimento (14.4.2) - - - 38.945 - - - 38.945

Outros investimentos 1.344 - 5.205 - - - (53) 6.496 12.472 - 5.647 38.945 - - (398) 56.666

10.108.610 1.249.114 2.796 664 (755) (825.919) (398) 10.534.112 (1) Aporte para aquisição de investimentos(2) Afac - Adiantamento para futuro aumento de capital

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50

Controladora Ajuste de Aporte Amortização Dividendos Varia- ProvisãoSaldo em Equivalência avaliação e direito de e JSCP açã o para Saldo em 1°.01.2010 patrimonial patrimonial Afac concessão propostos monet. perdas Baixas 31.12.201 0

ColigadasSercomtel Telecomunicações 39.863 32.601 - - - - - - 72.464

Dona Francisca 19.616 33.962 - - - (3.417) - - - 50.161

Foz do Chopim 16.616 10.075 - - - (9.605) - - - 17.086

Carbocampel 1.117 24 - 83 - - - - - 1.224

Dois Saltos 300 - - - - - - - - 300

Copel Amec 154 2 - - - - - - - 156

Escoelectric (679) 611 - 105 - - - - - 37 76.987 77.275 - 188 - (13.022) - - - 141.428

ControladasCopel Geração e Transm. 5.783.192 529.122 - - - (586.231) - - - 5.726.083

Copel Distribuição 3.051.476 524.513 1.999 - - (261.177) - - - 3.316.811

Copel Telecomunicações 221.722 32.694 - - - (13.054) - - - 241.362

UEG Araucária 130.253 (1.407) - - - - - - - 128.846

Compagas 95.211 20.675 - - - (16.600) - - - 99.286

Elejor 15.479 9.374 - 71.898 - - - - - 96.751

Elejor - direito de concessão 19.798 - - - (754) - - - - 19.044

Centrais Eólicas do Paraná 1.153 268 - - - (236) - - - 1.185 9.318.284 1.115.239 1.999 71.898 (754) (877.298) - - - 9.629.368

Controlada em conjuntoDominó Holdings 309.756 20.347 - - - (4.761) - - - 325.342

309.756 20.347 - - - (4.761) - - - 325.342

Outros investimentosFinam (14.4.1) 2.456 - - - - - - - - 2.456

Finor (14.4.1) 858 - - - - - - (89) - 769

Investco S.A. 7.903 - - - - - - - - 7.903

Outros investimentos 2.412 - - (8) - - 510 (981) (589) 1.344 13.629 - - (8) - - 510 (1.070) (589) 12.472

9.718.656 1.212.861 1.999 72.078 (754) (895.081) 510 (1.070) (589) 10.108.610

Consolidado Ajuste de Aporte Dividendos Prov. Amort. de Transf. paraSaldo em Equivalência avaliação e e JSCP para direito de alienação e Saldo em

31.12.2010 patrimonial patrimonial Afac propostos perda s concessão intangivel Baixas 31.12.2011

ColigadasSanepar 323.814 39.711 - - (18.356) - (730) - - 344.439 Sercomtel Telecomunicações 72.464 (2.123) - - - - - - - 70.341 Dona Francisca 50.161 7.953 - - (5.053) - - - - 53.061

Foz do Chopim 17.086 10.267 - - (9.951) - - - - 17.402 Carbocampel 1.224 (27) - 110 - - - - - 1.307 Dois Saltos Empreend. 300 - - - - - - - - 300

Copel Amec 156 9 - - - - - - - 165 Escoelectric 37 (136) - 99 - - - - - -

465.242 55.654 - 209 (33.360) - (730) - - 487.015 Outros investimentos

Finam (14.4.1) 2.456 - - - - (189) - - - 2.267 Finor (14.4.1) 769 - - - - (156) - - - 613

Investco S.A. 7.903 - 442 - - - - - - 8.345

Bens destinados a uso futuro 4.538 - - - - - - (38) (210) 4.290 Adiantamento para futuro

investimento (14.4.2) - - - 38.945 - - - - - 38.945 Outros investimentos 2.542 - 5.205 3 - (53) - - (14) 7.683

18.208 - 5.647 38.948 - (398) - (38) (224) 62.143

483.450 55.654 5.647 39.157 (33.360) (398) (730) (38) (224) 549.158

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51

Consolidado Aporte Dividendos Amortização Varia- Transf. Prov. paraSaldo em Equivalência e e JSCP de direito de ação para o in- perdas e Saldo em1°.01.2010 patrimonial Afac propostos concessão monet. ta ngível outros Baixas 31.12.2010

ColigadasSanepar 308.243 22.062 - (5.761) (730) - - - - 323.814 Dona Francisca 19.616 33.962 - (3.417) - - - - - 50.161 Sercomtel Telecomunicações 39.863 32.601 - - - - - - - 72.464 Foz do Chopim 16.616 10.075 - (9.605) - - - - - 17.086 Carbocampel 1.117 24 83 - - - - - - 1.224 Dois Saltos 300 - - - - - - - - 300

Copel Amec 154 2 - - - - - - - 156 Escoelectric (679) 611 105 - - - - - - 37

385.230 99.337 188 (18.783) (730) - - - - 465.242

Outros investimentosFinam (14.4.1) 2.456 - - - - - - - - 2.456

Finor (14.4.1) 858 - - - - - - (89) - 769 Investco S.A. 7.903 - - - - - - - - 7.903

Bens destinados a uso futuro 4.553 - - - - - (15) - - 4.538 Outros investimentos 4.653 - (8) - - 511 - (2.025) (589) 2.542

20.423 - (8) - - 511 (15) (2.114) (589) 18.208

405.653 99.337 180 (18.783) (730) 511 (15) (2.114) (589) 483.450

14.2 Principais informações sobre as coligadas

Lucro Part.

Atividade Patrimônio líquido grupo

31.12.2011 principal Ativo (1) Passivo (1) líquido (1) Receita (prejuízo) (1) %

Cia. Saneamento do Paraná - Sanepar (14.2.1) Saneamento básico 2.502.822 1.515.756 987.066 784.078 114.286 34,75

Sercomtel S.A. Telecomunicações Telecomunicações 275.620 119.307 156.313 138.597 (4.723) 45,00Foz do Chopim Energética Ltda. Energia elétrica 51.148 2.498 48.650 35.124 29.122 35,77

Dona Francisca Energética S.A. Energia elétrica 309.625 79.226 230.399 84.613 34.532 23,03Sercomtel Celular S.A. Telecomunicações 18.903 36.073 - 27.065 2.429 45,00

Dois Saltos Empreend. de Ger. de Energia Elétrica Ltda. Energia elétrica 1.350 350 1.000 - - 30,00

Copel Amec S/C Ltda. Serv. e consultoria 348 4 344 - 19 48,00Carbocampel S.A. Serv. e consultoria 3.553 1.111 2.442 - (53) 49,00

Escoelectric Ltda. Serv. e consultoria 2.747 5.516 (2.769) - (122) 40,00.

(1) Saldos ajustados às práticas contábeis do Grupo

Lucro Part.

Atividade Patrimônio líquido grupo

31.12.2010 principal Ativo (1) Passivo (1) líquido (1) Receita (prejuízo) (1) %

Cia. Saneamento do Paraná - Sanepar (14.2.1) Saneamento básico 2.332.805 1.407.194 925.611 666.123 63.489 34,75

Sercomtel S.A. Telecomunicações Telecomunicações 273.953 112.921 161.032 144.320 20.472 45,00

Foz do Chopim Energética Ltda. Energia elétrica 50.250 2.483 47.767 34.260 28.167 35,77Dona Francisca Energética S.A. Energia elétrica 297.342 79.542 217.800 58.955 142.864 23,03

Sercomtel Celular S.A. Telecomunicações 10.801 31.317 - 29.715 (6.902) 45,00Dois Saltos Empreend. de

Ger. de Energia Elétrica Ltda. Energia elétrica 1.350 350 1.000 - - 30,00

Copel Amec S/C Ltda. Serv. e consultoria 327 2 325 - 11 48,00Carbocampel S.A. Serv. e consultoria 3.553 1.058 2.495 - (52) 49,00

Escoelectric Ltda. Serv. e consultoria 2.628 4.848 (2.220) - 1.600 40,00.

(1) Saldos ajustados às práticas contábeis do Grupo

Page 131: COPEL · E coroando a temporada de êxitos, a Copel participou com sucesso do último leilão para novas obras de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica

52

14.2.1 Sanepar

Em 1998, a aquisição das ações da Sanepar pela Dominó Holdings S.A. gerou direito de

concessão no valor total de R$ 24.316, que em 31.12.2011 apresenta saldo de R$ 3.242.

Proporcionalmente à participação da Copel (45%), este saldo corresponde a R$ 1.459 e está

sendo amortizado em 15 anos, a partir de 1999, a razão de R$ 61 mensais, totalizando no

resultado de 2011 o valor de R$ 730 (R$ 730 em 2010).

14.2.2 Sercomtel

A conclusão dos trabalhos referentes aos testes de recuperação dos ativos da Companhia,

ocorrida em 2011, adotando, quando aplicável, as mesmas premissas citadas na nota de

Imobilizado (NE nº 15.6) indicou, com adequado nível de segurança, que ativos vinculados às

coligadas Sercomtel S.A. Telecomunicações e Sercomtel Celular S.A. apresentavam-se acima do

valor recuperável em R$ 12.580 (R$ 12.538 em 2010) e R$ 6.195 (R$ 6.195 em 2010),

respectivamente.

14.3 Principais grupos de ativos, passivos e resu ltado das controladas em conjunto

O montante dos principais grupos do ativo, passivo e resultado das controladas em conjunto, bem

como o percentual de participação integrante da consolidação, estão demonstrados a seguir:

14.3.1 Dominó Holdings

Dominó Holdings S.A.

Saldo ajustado (1) Participação (45%) Saldo ajustado (1) Participação (45%)

.

ATIVO 802.228 361.002 733.985 330.292

Ativo circulante 36.591 16.466 14.181 6.381

Ativo não circulante 765.637 344.536 719.804 323.911 .

PASSIVO 802.228 361.002 733.985 330.292

Passivo circulante 33.436 15.046 10.995 4.947

Passivo não circulante 7 3 7 3

Patrimônio líquido 768.785 345.953 722.983 325.342

.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Despesas operacionais (3.372) (1.518) (2.843) (1.279)

Resultado financeiro (3.543) (1.594) (956) (431)

Resultado de equiv. patrimonial 88.247 39.711 49.024 22.061

Provisão para IR e CSLL - - (9) (4)

Lucro líquido do exercício 81.332 36.599 45.216 20.347 .(1) Saldos ajustados às práticas contábeis do Grupo

Saldos em 31.12.2011 Saldos em 31.12.2010

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14.3.2 Outros empreendimentos controlados em conjunto

Saldos em 31.12.2011

Saldo original

Particip. (51%)

Saldo original

Particip. (80%)

Saldo original

Particip. (20%)

Saldo original

Particip. (49,9%)

.

ATIVO 437 223 10 8 10 2 9.931 4.955

Ativo circulante 375 192 10 8 10 2 25 12

Ativo não circulante 62 31 - - - - 9.906 4.943 .

PASSIVO 437 223 10 8 10 2 9.931 4.955

Passivo circulante 37 19 - - - - 311 155

Passivo não circulante - - - - - - 934 466

Patrimônio líquido 400 204 10 8 10 2 8.686 4.334

.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Despesas operacionais - - - - - - (531) (265)

Lucro líquido do exercício - - - - - - (531) (265) .

Costa Oeste Cutia Marumbi Sul Brasileira

14.4 Outros investimentos

14.4.1 Outros investimentos classificados como disponíveis para venda

Em 2011, com base no preço médio negociado no pregão da BMF&Bovespa em dezembro de

2011 e de 2010, a Copel atualizou o valor de mercado para seus investimentos no Fundo de

Investimentos da Amazônia - Finam e no Fundo de Investimentos do Nordeste - Finor:

Quantidade Preço médio Valor de Preço médio Valor de de em dez.2011 mercado em dez.2010 mercado

Empresa quotas (R$ por mil ações) R$ mil (R$ por mil ações) R$ mil

. 31.12.2011 31.12.2010

Finam 18.891.053 0,12 2.267 0,13 2.456

Finor 1.114.618 0,55 613 0,69 769

2.880 3.225

Os outros investimentos em empresas com ações negociadas em bolsas foram atualizados com

base na cotação em 30.12.2011, conforme demonstrado a seguir:

Quantidade Cotação em Valor de de bolsa de valores mercado

Empresa ações Tipo R$ por ação R$ mil

Tractebel Energia S.A. 180.888 ON 29,96 5.419

Eletrosul - Centrais Elétricas S.A. 14.195 ON 32,26 458

Telefônica Brasil S.A. 7.859 ON 35,50 279

Telefônica Brasil S.A. 675 PN 35,50 24 TIM Participações S.A. 11.804 ON 9,24 109

Cia. de Eletricidade do Estado da Bahia - Coelba 1.643 PNA 46,00 76

Centrais Elétricas do Pará S.A. - Celpa 7.464 PNA 9,95 74

Embratel Participações S.A. 2.476.773 ON 0,0090 22

Embratel Participações S.A. 301.949 PN 0,0091 3

Telebras - Telecomunicações Brasileiras S.A. 377 ON 38,00 14

Telebras - Telecomunicações Brasileiras S.A. 30 PN 17,50 1

Centrais Elétricas do Pará S.A. - Celpa 1.057 PNB 9,0000 10

6.489

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54

14.4.2 Adiantamento para futuro investimento

Em novembro de 2011 foi assinado o contrato de compra e venda de 49,9% das ações

representativas da São Bento Energia, Investimentos e Participações S.A., que detém o controle

societário das empresas GE Olho D´Água S.A., GE Boa Vista S.A., GE Farol S.A. e GE São Bento

do Norte S.A., as quais são detentoras das outorgas das Centrais Geradoras Eólicas Olha D´Água,

Boa Vista, Farol e São Bento do Norte, respectivamente. Considerando como condição para

efetivação do contrato as aprovações pela Aneel, pelo Conselho Administrativo de Defesa

Econômica - CADE e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES,

banco financiador dos recursos necessários ao investimento, construção e exploração dos

empreendimentos de geração de energia eólica detidos pelas controladas. Os recursos aportados,

no total de R$ 38.945, foram classificados como Adiantamento para futuro investimento. Caso as

aprovações não sejam obtidas no prazo de 6 meses, contados a partir de 30.11.2011, fica a

vendedora obrigada a restituir os recursos corrigidos pela variação do Índice Nacional de Preços

de Mercado - IGPM.

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55

14.5 Demonstrações financeiras das controladas e da controlada em conjunto

Apresentamos a seguir os balanços patrimoniais de 31.12.2011 e 31.12.2010 e as demonstrações

de resultado em 31.12.2011 e 31.12.2010, reclassificadas para fins de padronização do plano de

contas, das empresas: Copel Geração e Transmissão (GET), Copel Distribuição (DIS), Copel

Telecomunicações (TEL), Compagas (COM), Elejor (ELE), UEG Araucária (UEG), Copel

Empreendimentos (CEM), Centrais Eólicas do Paraná (CEO), Dominó Holdings (DOM) e outras.

Visando possibilitar a análise do resultado por natureza de gasto, os custos e despesas

operacionais são apresentados de forma agregada:

ATIVO

31.12.2011

ATIVO TOTAL 8.798.298 7.629.993 353.370 276.419 764.180 641.044 370.282 ATIVO CIRCULANTE 1.125.305 2.150.339 44.395 77.320 37.102 151.645 19.714 Caixa e equivalentes de caixa 216.495 647.783 8.348 41.047 17.851 86.318 3.526 Aplicações financeiras - títulos e valores mobiliários 487.406 33.735 - 48 616 60.049 -

Aplicações financeiras restritas - cauções e depósitos

vinculados 1.957 5 - 706 - - - Clientes 247.377 1.104.328 18.253 32.715 18.366 - 90

Dividendos a receber - - - - - - 15.603

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - 65.862 - - - - -

Contas a receber vinculadas à concessão 80.626 - - - - - - Outros créditos 61.855 95.030 1.098 540 1 2.944 22

Estoques 23.714 69.579 9.015 1.491 - 3 -

Imposto de renda e contribuição social 2.243 87.484 3.958 1 - 2.322 465 Outros tributos correntes a recuperar 1.544 44.871 3.369 564 - 9 -

Despesas antecipadas 2.088 1.662 354 208 268 - 8 ATIVO NÃO CIRCULANTE 7.672.993 5.479.654 308.975 199.099 727.078 489.399 350.568 Realizável a Longo Prazo 1.277.702 4.229.128 18.403 23.263 16.237 20.699 128

Aplicações financeiras 61.931 38.211 - - - - -

Clientes - 32.363 89 10.534 - - -

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - 1.280.598 - - - - -

Depósitos judiciais 20.349 185.994 885 301 95 249 97

Contas a receber vinculadas à concessão 1.011.240 2.225.203 - - - - 31

Adiantamento a fornecedores - - - 11.982 - - -

Outros créditos 1.878 3.172 - 191 - - -

Imposto de renda e contribuição social - - - - - 18.714 -

Outros tributos correntes a recuperar 2.231 64.827 9.118 - - 1.736 -

Imposto de renda e contribuição social diferidos 180.073 398.760 8.311 255 16.142 - - Investimentos 386.873 4.012 - - - - 344.439 Imobilizado 5.969.262 - 273.787 - 496.410 468.576 1.088 Intangível 39.156 1.246.514 16.785 175.836 214.431 124 4.913

DIS TELGET COM ELE UEG Outras

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56

-

PASSIVO

31.12.2011

PASSIVO TOTAL 8.798.298 7.629.993 353.370 276.419 764.180 641.044 370.282 PASSIVO CIRCULANTE 1.141.261 1.708.165 47.532 62.991 65.331 3.669 15.251 Obrigações sociais e trabalhistas 56.228 151.184 13.490 2.734 181 106 19

Fornecedores 211.100 531.187 7.000 43.054 3.048 3.130 21

Imposto de renda e contribuição social 133.348 - - 7.526 6.987 - - Outras obrigações fiscais 21.385 214.128 4.390 1.788 4.187 411 893

Empréstimos e financiamentos 59.152 17.619 - 48 - - -

Dividendo mínimo obrigatório a pagar 600.659 508.695 20.649 7.702 3.702 - 14.184 Benefícios pós-emprego 9.785 24.612 1.640 - - - -

Encargos do consumidor a recolher 4.047 66.464 - - - - -

Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 13.943 140.918 - - 2.054 - -

Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público 615 - - - 44.041 - - Outras contas a pagar 30.999 53.358 363 139 1.131 22 134 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.917.248 2.255.993 41.098 6.948 651.464 152 469 Coligadas e controladas - 781.031 23.000 - 305.936 - - Fornecedores 118.530 - - - - - 466

Obrigações fiscais - - - - - 152 -

Imposto de renda e contribuição social diferidos 823.222 66.057 - 5.372 - - -

Empréstimos e financiamentos 437.549 708.607 - - - - - Benefícios pós-emprego 117.851 295.899 17.883 1.205 - - - Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 34.523 60.126 - - - - - Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público 25.505 - - - 344.937 - -

Outras contas a pagar - - - 53 - - - Provisões para litígios 360.068 344.273 215 318 591 - 3

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.739.789 3.665.835 264.740 206.480 47.385 637.223 354.562 Capital social 3.505.994 2.624.841 194.755 135.943 35.503 707.440 121.270 Ajustes de avaliação patrimonial 1.440.745 8.657 - - - - 3.951

Reserva legal 212.108 135.294 5.306 16.258 779 - 16.547

Reserva de retenção de lucros 145.364 883.575 62.685 43.851 11.103 - 1.024

Reserva de lucros a realizar - - - 10.428 - - 212.087 Dividendo adicional proposto 435.578 13.468 1.994 - - - -

Prejuízos acumulados - - - - - (70.217) (317)

COMTELGET ELE UEG OutrasDIS

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

31.12.2011

RECEITA OPERACIONAL 2.039.045 5.490.064 157.803 291.376 195.984 29.740 927 Fornecimento de energia elétrica 102.934 2.233.335 - - - - - Suprimento de energia elétrica 1.437.298 91.789 - - 195.949 - 927

Disponibilidade da rede elétrica 346.255 2.505.499 - - - - -

Receita de construção 118.816 606.620 - 16.290 - - -

Telecomunicações - - 157.803 - - - - Distribuição de gás canalizado - - - 273.933 - - -

Arrendamentos e aluguéis 1.207 56.058 - - - 32.804 -

Outras receitas operacionais 32.535 (3.237) - 1.153 35 (3.064) -

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (1.351.074) (5.038.081) (114.437) (248.001) (71.877) (54.043) (2.357) Energia elétrica comprada para revenda (72.357) (2.365.587) - - (733) - - Encargos de uso da rede elétrica (193.357) (505.869) - - (9.740) (12.938) -

Pessoal e administradores (240.858) (657.382) (58.341) (15.096) (1.913) (998) (26)

Planos previdenciário e assistencial (37.860) (104.234) (7.113) (1.142) - - - Material (16.104) (66.018) (1.730) (1.102) (219) (92) (264)

Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (23.047) - - - - (1.984) -

Gás natural e insumos para operação de gás - - - (186.931) - - -

Serviços de terceiros (84.802) (307.494) (17.769) (12.120) (8.450) (7.082) (815) Depreciação e amortização (258.907) (193.969) (24.523) (12.648) (28.347) (33.080) (937)

Provisões e reversões (173.119) (122.332) 734 65 (246) 3.053 -

Custo de construção (108.533) (606.620) - (16.290) - - - Compensação financeira pela utilização de recursos (118.691) - - - (6.651) -

hídricos

Outros custos e despesas operacionais (23.439) (108.576) (5.695) (2.737) (15.578) (922) (315)

RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (3.487) - - - - - 39.711

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E TRIBUTOS 684.4 84 451.983 43.366 43.375 124.107 (24.303) 38.281 Resultado financeiro 101.643 256.721 2.923 6.136 (103.619) 17.297 (599)

LUCRO OPERACIONAL 786.127 708.704 46.289 49.511 20.488 (7.006) 37.682

Imposto de renda e contribuição social (264.556) (297.653) (12.472) (18.294) (13.323) - (348)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 77.349 124.835 1.883 1.214 8.418 - -

LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 598.920 535.886 35.700 32.431 15.583 (7.006) 37.334 -

COMGET DIS TEL ELE UEG Outras

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ATIVO

31.12.2010

ATIVO TOTAL 8.485.910 6.708.119 291.909 263.498 809.217 654.107 10.389 330.292 ATIVO CIRCULANTE 1.705.037 1.963.891 42.797 65.249 43.361 155.136 9.101 6.381 Caixa e equivalentes de caixa 1.163.455 669.079 6.942 37.769 21.053 147.720 8.923 1.006 Aplicações financeiras - títulos e valores mobiliários 146.454 30.813 - - 5.227 26 - -

Aplicações financeiras restritas - cauções e depósitos vinculados 63.473 201 - 404 - - - - Clientes 213.070 931.463 19.929 24.009 16.220 - 102 -

Dividendos a receber 4.480 - - - - - - 4.896 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - 58.816 - - - - - -

Contas a receber vinculadas à concessão 54.700 - - - - - - - Outros créditos 28.152 127.198 661 552 518 4.499 - -

Estoques 24.429 83.893 11.758 1.344 - - - - Imposto de renda e contribuição social 280 30.685 821 1 - 2.883 69 479

Outros tributos correntes a recuperar 4.449 30.089 2.426 564 - 8 - - Despesas antecipadas 2.095 1.654 260 606 343 - 7 - ATIVO NÃO CIRCULANTE 6.780.873 4.744.228 249.112 198.249 765.856 498.971 1.288 323.911 Realizável a Longo Prazo 927.450 3.451.017 13.934 28.748 13.107 15.423 - 97

Aplicações financeiras 5.306 26.280 - 1.845 - - - -

Clientes - 43.729 - 15.800 - - - -

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - 1.282.377 - - - - - -

Depósitos judiciais 21.652 147.895 233 205 133 249 - 97

Contas a receber vinculadas à concessão 785.457 1.637.888 - - - - - -

Adiantamento a fornecedores - - - 9.902 - - - -

Outros créditos 1.878 3.280 - 164 - - - -

Imposto de renda e contribuição social - - - - - 12.341 - -

Outros tributos correntes a recuperar 10.453 64.303 7.273 - - 2.833 - -

Imposto de renda e contribuição social diferidos 102.704 245.265 6.428 832 7.724 - - -

Créditos com controladas - - - - 5.250 - - - Investimentos 390.810 4.232 - - - - - 323.814 Imobilizado 5.427.187 - 222.291 - 529.749 483.430 1.288 - Intangível 35.426 1.288.979 12.887 169.501 223.000 118 - -

COM ELE UEG CEO DOMDIS TELGET

PASSIVO

31.12.2010

PASSIVO TOTAL 8.485.910 6.708.119 291.909 263.498 809.217 654.107 10.389 330.292 PASSIVO CIRCULANTE 964.245 1.449.633 33.721 60.066 57.018 6.202 6.434 4.947 Folha de pagamento e provisões trabalhistas 42.321 118.790 11.014 2.935 147 78 - 6

Fornecedores 167.101 444.987 7.759 26.325 3.879 4.772 1 -

Imposto de renda e contribuição social 119.049 - - 12.252 6.963 - - -

Outros tributos 33.976 254.811 3.290 1.947 1.250 1.227 33 297 Empréstimos e financiamentos 46.233 17.950 - 6.330 - - - -

Dividendos a pagar 510.952 355.968 10.474 9.628 - - 6.400 4.644

Benefícios pós-emprego 6.232 16.811 1.093 - - - - -

Encargos do consumidor a recolher 3.630 52.475 - - - - - -

Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 12.569 140.381 - - 2.927 114 - -

Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público - - - - 40.984 - - -

Outras contas a pagar 22.182 47.460 91 649 868 11 - -

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.795.582 1.941.675 16.826 8.754 613.983 3.676 - 3 Coligadas e controladas - 715.539 - - 295.788 - - -

Fornecedores 160.736 - - - - - - -

Obrigações fiscais - 11.553 - - - 623 - -

Imposto de renda e contribuição social diferidos 822.195 32.563 - 7.163 - - - -

Empréstimos e financiamentos 425.628 525.711 - 43 - - - -

Benefícios pós-emprego 104.541 262.728 15.774 1.165 - - - - Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 26.285 64.447 - - - - - - Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público 22.249 - - - 317.850 - - - Provisões para litígios 233.948 329.134 1.052 383 345 3.053 - 3

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.726.083 3.316.811 241.362 194.678 138.216 644.229 3.955 325.342 Atribuível aos acionistas da empresa controladoraCapital social 3.505.994 2.624.841 194.755 135.943 69.450 707.440 3.061 113.368

Reservas de capital - - - - 104.034 - - -

Ajustes de avaliação patrimonial 1.540.695 13.463 - - - - - 5.358

Reserva legal 182.162 108.500 3.521 14.636 - - - 14.717

Reserva de retenção de lucros 145.366 570.007 43.086 17.268 - - 894 -

Reserva de lucros a realizar - - - 13.904 - - - 191.899

Dividendo adicional proposto 351.866 - - 12.927 - - - -

Prejuízos acumulados - - - - (35.268) (63.211) - -

DIS DOMELE UEG CEOCOMTELGET

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58

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

31.12.2010

RECEITA OPERACIONAL 1.721.556 4.939.328 139.153 267.829 180.957 45.374 - 912 -

Fornecimento de energia elétrica 113.102 2.104.950 - - - - - - - Suprimento de energia elétrica 1.300.613 64.471 - - 180.957 - - 912 - Disponibilidade da rede elétrica 236.698 2.117.454 - - - - - - - Receita de construção 41.019 599.634 - 22.881 - - - - - Telecomunicações - - 139.153 - - - - - - Distribuição de gás canalizado - - - 237.272 - - - - - Arrendamentos e aluguéis 1.130 53.755 - - - 50.001 - - -

Outras receitas operacionais 28.994 (936) - 7.676 - (4.627) - - -

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (1.094.516) (4.577.731) (99.047) (212.120) (58.751) (65.688) (38) (529) (1.279)

Energia elétrica comprada para revenda (58.281) (2.170.875) - - (2.071) - - - - Encargos de uso da rede elétrica (184.585) (468.723) - - (8.600) (12.564) - - - Pessoal e administradores (198.137) (546.834) (43.920) (12.796) (1.774) (748) - - (29) Planos previdenciário e assistencial (30.535) (86.359) (5.655) (1.239) - - - - - Material (21.192) (60.132) (1.517) (709) (226) (89) - (245) - Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (20.704) - - - - (2.271) - - -

Gás natural e insumos para operações de gás - - - (144.648) - - - - - Serviços de terceiros (72.269) (277.437) (16.747) (14.283) (8.647) (8.830) (2) (60) (489) Depreciação e amortização (262.802) (180.701) (28.540) (11.508) (29.523) (28.226) - (208) (730) Provisões e reversões (17.475) (106.913) 903 (39) (155) - - - - Custo de construção (40.372) (599.634) - (22.881) - - - - - Outros custos e despesas operacionais (188.164) (80.123) (3.571) (4.017) (7.755) (12.960) (36) (16) (31)

RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (3.345) - - - - - (9.246) - 22.061

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E TRIBUTOS 623.6 95 361.597 40.106 55.709 122.206 (20.314) (9.284) 383 20.782 Resultado financeiro 62.311 378.910 4.059 5.256 (102.203) 13.278 352 785 (431)

LUCRO OPERACIONAL 686.006 740.507 44.165 60.965 20.003 (7.036) (8.932) 1.168 20.351

Imposto de renda e contribuição social (221.956) (193.982) (11.287) (20.734) (14.336) - (63) (274) (4)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 65.072 (22.012) (184) 307 7.724 - - - -

LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 529.122 524.513 32.694 40.538 13.391 (7.036) (8.995) 894 20.347

CEO DOMELE CEMUEGCOMGET DIS TEL

14.6 Demonstração consolidada do resultado segreg ada por empresa

Visando possibilitar a análise do resultado por natureza de gasto, os custos e despesas

operacionais são apresentados de forma agregada. Estas demonstrações representam o resultado

das atividades de 2011 e 2010, desconsiderando a receita de equivalência patrimonial de

controladas e controladas em conjunto.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

31.12.2011

RECEITA OPERACIONAL 2.039.045 5.490.064 157.803 291.376 195.984 29.740 927 - (428.774) 7.776.165

Fornecimento de energia elétrica 102.934 2.233.335 - - - - - - (5.441) 2.330.828

Suprimento de energia elétrica 1.437.298 91.789 - - 195.949 - 927 - (286.132) 1.439.831

Disponibilidade da rede elétrica 346.255 2.505.499 - - - - - - (89.386) 2.762.368

Receita de construção 118.816 606.620 - 16.290 - - - - - 741.726

Telecomunicações - - 157.803 - - - - - (40.677) 117.126

Distribuição de gás canalizado - - - 273.933 - - - - - 273.933

Arrendamentos e aluguéis 1.207 56.058 - - - 32.804 - - (1.160) 88.909

Outras receitas operacionais 32.535 (3.237) - 1.153 35 (3.064) - - (5.978) 21.444

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (1.351.074) (5.038.081) (114.437) (248.001) (71.877) (54.043) (2.357) (21.575) 428.774 (6.472.671)

Energia elétrica comprada para revenda (72.357) (2.365.587) - - (733) - - - 286.132 (2.152.545)

Encargos de uso da rede elétrica (193.357) (505.869) - - (9.740) (12.938) - - 89.386 (632.518)

Pessoal e administradores (240.858) (657.382) (58.341) (15.096) (1.913) (998) (26) (8.039) - (982.653)

Planos previdenciário e assistencial (37.860) (104.234) (7.113) (1.142) - - - (496) - (150.845)

Material (16.104) (66.018) (1.730) (1.102) (219) (92) (264) (81) - (85.610)

Matéria-prima e insumos na produção de energia elétrica (23.047) - - - - (1.984) - - - (25.031)

Gás natural e insumos na operação de gás - - - (186.931) - - - - - (186.931)

Serviços de terceiros (84.802) (307.494) (17.769) (12.120) (8.450) (7.082) (815) (4.996) 52.095 (391.433)

Depreciação e amortização (258.907) (193.969) (24.523) (12.648) (28.347) (33.080) (937) (754) - (553.165)

Provisões e reversões (173.119) (122.332) 734 65 (246) 3.053 - 2.190 - (289.655)

Custo de Construção (108.533) (606.620) - (16.290) - - - - - (731.443)

Compensação financeira pela utilização de

recursos hídricos (118.691) - - - (6.651) - - - - (125.342)

Perdas na desativação e alienação de bens e direitos (323) (42.669) 153 - (13.960) (24) - - - (56.823)

Outros custos e despesas operacionais (23.116) (65.907) (5.848) (2.737) (1.618) (898) (315) (9.399) 1.161 (108.677)

RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL - - - - - - 39.711 15.943 - 55.654

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E TRIBUTOS 687.971 451.983 43.366 43.375 124.107 (24.303) 38.281 (5.632) - 1.359.148

Resultado financeiro 101.643 256.721 2.923 6.136 (103.619) 17.297 (599) (55.734) - 224.768

LUCRO OPERACIONAL 789.614 708.704 46.289 49.511 20.488 (7.006) 37.682 (61.366) - 1.583.916

Imposto de renda e contribuição social (264.556) (297.653) (12.472) (18.294) (13.323) - (348) (4.955) - (611.601)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 77.349 124.835 1.883 1.214 8.418 - - (9.160) - 204.539

LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 602.407 535.886 35.700 32.431 15.583 (7.006) 37.334 (75.481) - 1.176.854

EliminaçõesDISGET ConsolidadoTEL HoldingOutrasCOM ELE UEG

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59

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

31.12.2010

RECEITA OPERACIONAL 1.721.556 4.939.328 139.153 267.829 180.957 45.374 912 - (393.996) 6.901.113

Fornecimento de energia elétrica 113.102 2.104.950 - - - - - - (4.649) 2.213.403

Suprimento de energia elétrica 1.300.613 64.471 - - 180.957 - 912 - (258.952) 1.288.001

Disponibilidade da rede elétrica 236.698 2.117.454 - - - - - - (81.731) 2.272.421

Receita de construção 41.019 599.634 - 22.881 - - - - - 663.534

Telecomunicações - - 139.153 - - - - - (41.271) 97.882

Distribuição de gás canalizado - - - 237.272 - - - - - 237.272

Arrendamentos e aluguéis 1.130 53.755 - - - 50.001 - - (1.200) 103.686

Outras receitas operacionais 28.994 (936) - 7.676 - (4.627) - - (6.193) 24.914

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (1.094.516) (4.577.731) (99.047) (212.120) (58.751) (65.688) (1.846) (252.440) 393.996 (5.968.143)

Energia elétrica comprada para revenda (58.281) (2.170.875) - - (2.071) - - - 258.952 (1.972.275)

Encargos de uso da rede elétrica (184.585) (468.723) - - (8.600) (12.564) - - 81.731 (592.741)

Pessoal e administradores (198.137) (546.834) (43.920) (12.796) (1.774) (748) (29) (7.276) - (811.514)

Planos previdenciário e assistencial (30.535) (86.359) (5.655) (1.239) - - - (433) - (124.221)

Material (21.192) (60.132) (1.517) (709) (226) (89) (245) (14) - (84.124)

Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (20.704) - - - - (2.271) - - - (22.975)

Gás natural e insumos na operação de gás - - - (144.648) - - - - - (144.648)

Serviços de terceiros (72.269) (277.437) (16.747) (14.283) (8.647) (8.830) (551) (4.255) 52.113 (350.906)

Depreciação e amortização (262.802) (180.701) (28.540) (11.508) (29.523) (28.226) (938) (754) - (542.992)

Provisões e reversões (17.475) (106.913) 903 (39) (155) - - (239.097) - (362.776)

Custo de Construção (40.372) (599.634) - (22.881) - - - - - (662.887)

Compensação financeira pela utilização de recursos

hídricos (106.066) - - - (6.144) - - - - (112.210)

Outros custos e despesas operacionais (82.098) (80.123) (3.571) (4.017) (1.611) (12.960) (83) (611) 1.200 (183.874)

RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL - - - - - - 22.061 77.276 - 99.337

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS

TRIBUTOS 627.040 361.597 40.106 55.709 122.206 (20.314) 21.127 (175.164) - 1.032.307

Resultado financeiro 62.311 378.910 4.059 5.256 (102.203) 13.278 706 (13.892) - 348.425

LUCRO OPERACIONAL 689.351 740.507 44.165 60.965 20.003 (7.036) 21.833 (189.056) - 1.380.732

Imposto de renda e contribuição social (221.956) (193.982) (11.287) (20.734) (14.336) - (341) (35.332) - (497.968)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 65.072 (22.012) (184) 307 7.724 - - 76.610 - 127.517

LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 532.467 524.513 32.694 40.538 13.391 (7.036) 21.492 (147.778) - 1.010.281

UEG EliminaçõesDISGET ConsolidadoTEL HoldingOutrasCOM ELE

15 Imobilizado

15.1 Imobilizado em serviço por classe de ativo

Consolidado Depreciação Imobilizado Custo acumulada em serviço, líquido

31.12.2011 Reservatórios, barragens, adutoras 7.108.618 (4.196.871) 2.911.747

Máquinas e equipamentos 4.457.236 (2.261.433) 2.195.803 Edificações 1.375.685 (933.593) 442.092 Terrenos 182.562 - 182.562

Veículos 38.721 (28.738) 9.983 Móveis e utensílios 10.800 (7.847) 2.953

13.173.622 (7.428.482) 5.745.140

Consolidado Depreciação Imobilizado Custo acumulada em serviço, líquido

31.12.2010 Reservatórios, barragens, adutoras 7.122.207 (4.059.368) 3.062.839

Máquinas e equipamentos 4.388.067 (2.103.285) 2.284.782 Edificações 1.381.957 (905.487) 476.470 Terrenos 182.322 - 182.322

Veículos 32.043 (25.951) 6.092 Móveis e utensílios 11.097 (8.367) 2.730

13.117.693 (7.102.458) 6.015.235

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60

15.2 Mutações do imobilizado por classe de ativo

ConsolidadoSaldo em Saldo em

31.12.2010 Adições Depreciação Baixas Transferências 31.12.2011 Terrenos 216.640 53.458 - - (2) 270.096

Edificações, obras civis e benfeitorias 531.839 10.712 (28.887) - (6.438) 507.226

Máquinas e equipamentos 2.436.816 212.472 (165.305) (22.467) 21.978 2.483.494 Veículos 6.095 7.707 (3.176) - - 10.626

Móveis e utensílios 2.807 1.231 (597) (86) (581) 2.774

Reservatórios, barragens, adutoras 3.186.075 47.976 (137.617) - (13.999) 3.082.435

Outros 283.673 569.346 - (538) (9) 852.472

6.663.945 902.902 (335.582) (23.091) 949 7.209.123

ConsolidadoSaldo em Saldo em

1º.01.2010 Adições Depreciação Baixas Transferências 31.12.2010 Terrenos 193.101 23.536 - 3 - 216.640

Edificações, obras civis e benfeitorias 526.063 36.506 (30.532) (198) - 531.839

Máquinas e equipamentos 2.458.636 143.925 (149.965) (16.174) 394 2.436.816 Veículos 7.632 1.176 (2.506) (207) - 6.095

Móveis e utensílios 3.583 608 (736) (254) (394) 2.807

Reservatórios, barragens, adutoras 3.271.980 67.785 (153.690) - - 3.186.075

Outros 198.653 94.612 - (9.811) 219 283.673

6.659.648 368.148 (337.429) (26.641) 219 6.663.945

15.3 Imobilizado por empresa

Consolidado Depreciação Imobilizado Custo acumulada líquido

31.12.2011 Em serviço Copel Geração e Transmissão 11.463.047 (6.848.148) 4.614.899

Copel Telecomunicações 451.466 (276.901) 174.565

Elejor 590.092 (103.598) 486.494

UEG Araucária 664.878 (196.784) 468.094

Centrais Eólicas do Paraná 4.129 (3.047) 1.082

Cutia 10 (4) 6

13.173.622 (7.428.482) 5.745.140 Em curso Copel Geração e Transmissão 1.354.363 - 1.354.363

Copel Telecomunicações 99.222 - 99.222

Elejor 9.916 - 9.916

UEG Araucária 482 - 482

1.463.983 - 1.463.983

14.637.605 (7.428.482) 7.209.123

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Consolidado Depreciação Imobilizado Custo acumulada líquido

31.12.2010 Em serviço Copel Geração e Transmissão 11.452.043 (6.592.462) 4.859.581

Copel Telecomunicações 407.446 (256.316) 151.130 Elejor 606.907 (87.101) 519.806 UEG Araucária 647.168 (163.738) 483.430

Centrais Eólicas do Paraná 4.129 (2.841) 1.288 13.117.693 (7.102.458) 6.015.235

Em curso Copel Geração e Transmissão 567.606 - 567.606 Copel Telecomunicações 71.161 - 71.161

Elejor 9.943 - 9.943 648.710 - 648.710

13.766.403 (7.102.458) 6.663.945

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26.02.1957, os bens e instalações

utilizados principalmente na geração de energia elétrica são vinculados a esses serviços, não

podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e

expressa autorização do órgão regulador. A Resolução Aneel nº 20/99, todavia, regulamentou a

desvinculação de bens das concessões do serviço público de energia elétrica, concedendo

autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à

alienação, determinando que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada

para aplicação na concessão. Para os contratos de concessão na modalidade de Uso do Bem

Público - UBP, as restrições de utilização da infraestrutura estão estabelecidas no artigo 19 do

Decreto Aneel nº 2003/96.

15.4 Mutação do imobilizado

Saldos em serviço em curso Consolidado

Em 1º.01.2010 6.284.238 375.410 6.659.648

Programa de investimentos - pagos - 353.367 353.367

Programa de investimentos - a pagar - 14.781 14.781

Imobilizações de obras 84.104 (84.104) - Transferências de bens destinados à alienação 3 - 3

Transferências do intangível em serviço 216 - 216

Quotas de depreciação no resultado (336.902) - (336.902) Quotas de depreciação - créditos Pasep/Cofins (527) - (527)

Baixas (15.897) (10.744) (26.641)

Em 31.12.2010 6.015.235 648.710 6.663.945Efeito da 1ª consolidação da Cutia 6 - 6 Programa de investimentos - pagos - 821.919 821.919

Programa de investimentos - a pagar - 64.913 64.913

Provisão para litígios - 16.064 16.064

Imobilizações de obras 86.606 (86.606) - Transf. de contas a receber vinculadas à concessão 1.004 - 1.004

Transf. para intangível em serviço (55) - (55)

Quotas de depreciação no resultado (336.033) - (336.033)

Quotas de depreciação - créditos de Pasep/Cofins 451 - 451 Baixas (22.074) (1.017) (23.091)

Em 31.12.2011 5.745.140 1.463.983 7.209.123

Imobilizado

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62

15.5 Taxas de depreciação

.Taxas de depreciação (%)

31.12.2011 31.12.2010Geração

Equipamento geral 9,73 9,73 Geradores 3,09 3,09 Reservatórios, barragens e adutoras 2,00 2,00

Turbina hidráulica 2,47 2,47 Turbinas a gás e a vapor 5,00 5,00

Resfriamento e tratamento de água 5,00 5,00 Condicionador de gás 5,00 5,00

Administração centralEdificações 4,00 4,00 Máquinas e equipamentos de escritório 10,00 10,00 Móveis e utensílios 10,00 10,00

Veículos 20,00 20,00 Telecomunicações

Equipamentos de transmissão 7,70 7,70 Equipamentos terminais 10,50 10,50 Infraestrutura 6,30 6,30

A Companhia, quando aplicável, utiliza as taxas de depreciação definidas pelo órgão regulador, em

virtude do direito de indenização ao final do contrato de concessão.

A taxa média para máquinas e equipamentos é de 2,85%.

15.6 Redução ao valor recuperável de ativos - Impairment

A Companhia tem por prática a avaliação e o monitoramento periódico do desempenho futuro de

seus ativos. Neste contexto, e considerando o disposto no CPC 01/IAS 36 - Redução ao Valor

Recuperável de Ativos, caso existam evidências claras de que a Companhia possui ativos

registrados por valor não recuperável, ou sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias

indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável no futuro, deverá haver o reconhecimento

imediato da desvalorização por meio da constituição de provisão para perdas.

As principais premissas que sustentam as conclusões dos testes de recuperação estão listadas

abaixo:

•••• menor nível de unidade geradora de caixa: concessões detidas, analisadas individualmente;

•••• valor recuperável: valor em uso, ou valor equivalente aos fluxos de caixa descontados (antes

dos impostos), derivados do uso contínuo do ativo até o fim de sua vida útil; e

•••• apuração do valor em uso: baseada em fluxos de caixa futuros, em moeda constante, trazidos

a valor presente por taxa de desconto real e antes dos impostos sobre a renda.

Os respectivos fluxos de caixa são estimados com base nos resultados operacionais realizados, no

orçamento empresarial anual da Companhia, aprovado em reunião ordinária do CAD, com

consequente orçamento plurianual, e tendências futuras do setor elétrico.

No que tange ao horizonte de análise, leva-se em consideração a data de vencimento de cada

concessão.

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63

Com relação ao crescimento de mercado, as projeções estão compatíveis com os dados históricos

e perspectivas de crescimento da economia brasileira.

Os respectivos fluxos são descontados por taxa média de desconto, obtida através de metodologia

usualmente aplicada pelo mercado, referenciada pelo órgão regulador e aprovada pela

Administração da Companhia.

A Administração entende ter direito contratual assegurado no que diz respeito à indenização dos

bens vinculados ao final das concessões de serviço público, admitindo, para fim de cálculo de

recuperação e até que se edite regulamentação sobre o tema, a valorização dessa indenização

pelo valor justo de reposição. Assim, a premissa de valoração do ativo residual ao final das

concessões ficou estabelecida nos valores registrados contabilmente.

Apesar de não ter ocorrido nenhum indicador de perda de valor recuperável de seus ativos

operacionais, a Companhia realizou o teste de recuperação.

Com base nas premissas acima, a Companhia não identificou necessidade de constituição de

provisão para redução do valor dos ativos ao valor recuperável.

15.7 Consórcio Energético Cruzeiro do Sul - UHE M auá

Produtor independente formado pelas empresas Copel Geração e Transmissão, com participação

de 51%, e pela Eletrosul Centrais Elétricas S.A., com participação de 49%. Em 10.10.2006, através

do Leilão de energia nova Aneel nº 004/06, conquistou concessão para exploração da Usina

Hidrelétrica de Mauá, que terá 361 MW de potência instalada, com prazo de 35 anos a partir de

03.07.2007, data da assinatura do contrato.

Os gastos referentes ao Consórcio Energético Cruzeiro do Sul - CECS são contabilizados em

contas de imobilizado em curso, na proporção da quota-parte.

O empreendimento está inserido no Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, do Governo

Federal, e será constituído por uma casa de força principal de 350 MW e por uma casa de força

complementar de 11 MW, totalizando 361 MW de potência instalada, suficientes para atender a

cerca de 1 milhão de habitantes, a partir do aproveitamento energético inventariado no trecho

médio do rio Tibagi, na divisa dos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, na região centro-

leste do Estado do Paraná.

Em 17.11.2008, a Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

aprovou financiamento para a Usina Hidrelétrica de Mauá. O valor financiado corresponde a

aproximadamente 70% do total a ser desembolsado pela Copel naquela usina.

A energia da Usina Hidrelétrica de Mauá foi comercializada em leilão da Aneel à tarifa final de

R$ 112,96/MWh, na database de 1º.11.2006, atualizada pela variação do IPCA para R$ 147,73 em

31.12.2011. Foram negociados 192 MW médios, a serem fornecidos a partir de janeiro de 2011 por

30 anos. A garantia física do empreendimento, estabelecida no contrato de concessão, era de

197,7 MW médios, após a completa motorização.

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O empreendimento possui Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental -

EIA/RIMA e Projeto Básico Ambiental apresentados em audiências e reuniões públicas e

aprovados pelo órgão licenciador, o que permitiu a emissão da Licença de Instalação nº 6.496/08.

A ordem de serviço que determinou o início das obras da Usina Hidrelétrica de Mauá foi assinada

em 21.07.2008.

Devido à liminar judicial no âmbito da Ação Civil Pública nº 1999.7001.007514-6, que provocou

atraso no início da geração comercial de cada uma das unidades geradoras, a Copel está

lastreando os CCEARs relativos à UHE Mauá com geração própria e com energia adquirida em

contratos no Ambiente de Contratação Livre - ACL.

O empreendimento entrará em operação comercial no segundo semestre de 2012.

Os gastos realizados neste empreendimento são contabilizados no grupo de contas Ativo

Imobilizado, na proporção de quota-parte no consórcio. Em 31.12.2011, o saldo no Ativo

Imobilizado em Curso da Copel Geração e Transmissão relativo ao empreendimento totalizava

R$ 706.843.

Os compromissos totais assumidos com fornecedores de equipamentos e serviços referentes à

UHE Mauá montam em R$ 31.011 em 31.12.2011 (R$ 162.035 em 31.12.2010).

15.8 UHE Colíder

Em 30.07.2010, através do Leilão de energia nova nº 003/10 Aneel, a Copel Geração e

Transmissão conquistou concessão para exploração da Usina Hidrelétrica Colíder, que terá

300 MW de potência instalada, com prazo de 35 anos a partir de 17.01.2011, data da assinatura do

Contrato e Concessão nº 001/11-MME-UHE Colíder.

O empreendimento está inserido no Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, do Governo

Federal, e será constituído por uma casa de força principal de 300 MW de potência instalada,

suficientes para atender a cerca de 1 milhão de habitantes, a partir do aproveitamento energético

inventariado no rio Teles Pires, na divisa dos municípios de Nova Canaã do Norte e Itaúba, na

região norte do Estado do Mato Grosso.

O Projeto tem investimento total previsto em aproximadamente R$ 1.570.400, valor com database

de julho de 2010.

A Copel está solicitando o enquadramento de financiamento junto ao Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES para a Usina Hidrelétrica Colíder.

A energia da Usina Hidrelétrica Colíder foi comercializada em leilão da Aneel à tarifa final de

R$ 103,40/MWh, na data base de 1º.07.2010, atualizada pela variação do IPCA para R$ 113,13

em 31.12.2011. Foram negociados 125 MW médios, a serem fornecidos a partir de janeiro de 2015

por 30 anos. A garantia física do empreendimento, estabelecida no contrato de concessão, é de

179,6 MW médios, após a completa motorização.

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A ordem de serviço que autoriza o início das obras de implantação foi assinada em 1º.03.2011. Por

determinação da Sema-MT, as obras estiveram embargadas entre 20.09.2011 e 19.10.2011.

Prosseguem as atividades de mobilização de equipamentos e mão de obra e montagem do

canteiro e acampamento. Está concluída a ensecadeira de 1ª fase e iniciados os serviços de

execução da ensecadeira de 2ª fase. Concluída a escavação em rocha na região da área de

montagem e vertedouro, onde teve início o lançamento de concreto estrutural. Na casa de força, a

escavação está em andamento, estando já concluída a escavação comum na barragem de

fechamento na margem direita. Os acessos provisórios e definitivos das estruturas do barramento

da margem direita e do circuito de geração prosseguem em construção.

Os compromissos totais assumidos com fornecedores de equipamentos e serviços referentes à

UHE Colíder montam em R$ 901.201 em 31.12.2011.

15.9 PCH Cavernoso II

Em 26.8.2010, no Leilão n° 07/10 Aneel, a Copel Ger ação e Transmissão comercializou a energia

da PCH Cavernoso II, empreendimento com 19 MW de potência instalada, localizado no rio

Cavernoso, nos municípios de Virmond e Candói, no Estado do Paraná. Em função desta

comercialização, obteve outorga de autorização para implantação e exploração do

empreendimento, com prazo de 35 anos a partir de 28.02.2011, data da publicação da

Portaria nº 133, de 25.2.2011, do Ministério de Minas e Energia.

O empreendimento está inserido no Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, do Governo

Federal, e será constituído por uma casa de força de 19 MW de potência instalada, suficientes para

atender a cerca de 50 mil habitantes.

O Projeto tem investimento total previsto em aproximadamente R$ 120.000, valor com database de

agosto de 2010.

A energia da PCH Cavernoso II foi comercializada à tarifa final de R$ 146,99/MWh, na database de

1º.08.2010, atualizada pela variação do IPCA para R$ 160,75 em 31.12.2011. Foram negociados

7,73 MW médios, a serem fornecidos a partir de novembro de 2012 por 30 anos. A garantia física

do empreendimento, estabelecida na Portaria nº 133, de 25.2.2011, do Ministério de Minas e

Energia, é de 10,56 MW médios.

Os compromissos totais assumidos com fornecedores de equipamentos e serviços referentes à

PCH Cavernoso montam em R$ 60.001 em 31.12.2011.

A Ordem de serviço que autoriza o início da mobilização e consequente início das obras de

implantação foi assinada em 18.04.2011. As obras civis prosseguem, com execução do concreto

da casa de força, escavação do canal e túnel de adução, execução da barragem e readequação de

acesso secundário com execução de pavimentação poliédrica. Estão concluídos os concretos do

muro de abraço direito, adufas de desvio e vertedouro. Está sendo executada também a montagem

dos condutos forçados.

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16 Intangível

Direito de uso Direito de Contrato de Amortização de softwares concessão concessão acumulada Outros Consolidado

31.12.2011 Em serviço

Com vida útil definidaCopel Geração e Transmissão 3.140 - - (2.281) (1) 43 902 Copel Distribuição (16.1) - - 3.783.331 (2.895.710) (2) - 887.621 Copel Telecomunicações 5.936 - - (4.256) (1) - 1.680

Compagas (16.2) 4.053 - 199.932 (76.846) (2) - 127.139 Elejor (16.3) - - 263.920 (52.279) (2) - 211.641 UEG Araucária 230 - - (106) (1) - 124 Direito de concessão - Elejor (16.3) - 22.626 - (4.337) (2) - 18.289 Cutia (16.4) - 5.809 - - (2) - 5.809

13.359 28.435 4.247.183 (3.035.815) 43 1.253.205 Com vida útil indefinidaCopel Geração e Transmissão - - - - 18 18 Compagas - - - - 20 20

- - - - 38 38 13.359 28.435 4.247.183 (3.035.815) 81 1.253.243

Em cursoCopel Geração e Transmissão (16.5) 10.430 - 26.120 - 1.686 38.236 Copel Distribuição (16.1) - - 599.794 - - 599.794 Copel Telecomunicações 15.100 - - - 5 15.105 Compagas - - 48.677 - - 48.677 Elejor - - - - 2.790 2.790

Cutia - - - - 4.913 4.913 25.530 - 674.591 - 9.394 709.515

Obrigações EspeciaisCopel Distribuição (16.6) - - (407.556) 166.655 - (240.901)

- - (407.556) 166.655 - (240.901)

1.721.857 (1) Taxa anual de amortização: 20%(2) Amortização pelo período de concessão

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Direito de uso Direito de Contrato de Amortização de softwares concessão concessão acumulada Outros Consolidado

31.12.2010 Em serviço

Com vida útil definidaCopel Geração e Transmissão 2.287 - - (1.984) (1) 43 346

Copel Distribuição (16.1) - - 3.675.078 (2.675.783) (2) - 999.295

Copel Telecomunicações 4.067 - - (3.659) (1) - 408

Compagas (16.2) 3.473 - 195.767 (64.199) (2) - 135.041

Elejor (16.3) - - 263.920 (43.812) (2) 101 220.209

UEG Araucária 190 - - (72) (1) - 118

Direito de concessão - Elejor (16.3) - 22.626 - (3.582) (2) - 19.044

10.017 22.626 4.134.765 (2.793.091) 144 1.374.461 Com vida útil indefinidaCopel Geração e Transmissão - - - - 18 18

Compagas - - - - 20 20

- - - - 38 38 10.017 22.626 4.134.765 (2.793.091) 182 1.374.499

Em cursoCopel Geração e Transmissão (16.5) 11.591 - 22.249 - 1.222 35.062

Copel Distribuição (16.1) - - 583.261 - - 583.261

Copel Telecomunicações 12.476 - - - 3 12.479

Compagas - - 34.440 - - 34.440

Elejor - - - - 2.790 2.790

24.067 - 639.950 - 4.015 668.032

Obrigações EspeciaisCopel Distribuição (16.6) - - (406.333) 112.756 - (293.577)

- - (406.333) 112.756 - (293.577)

1.748.954 (1) Taxa anual de amortização: 20%(2) Amortização pelo período de concessão

Mutação do intangível por classes de ativos

Contrato de Direito de Saldos concessão Softwares concessão Outros Consolidado

Em 1º.01.2010 1.757.973 3.376 66.716 148 1.828.213

Adições 579.451 25.408 - 2.764 607.623 Transferência para contas a receber vinculadas

à concessão (412.256) - - - (412.256) Quotas de amortização-concessão e autorização (210.602) (1.268) (3.100) - (214.970) Baixas (7.581) (27) (44.572) - (52.180)

Outros (7.479) - - 3 (7.476)

Em 31.12.2010 1.699.506 27.489 19.044 2.915 1.748.954

Adições 718.583 4.756 5.809 4.913 734.061

Transferência para contas a receber vinculadas à concessão (520.110) - - - (520.110) Quotas de amortização-concessão e autorização (226.913) (637) (755) - (228.305)

Baixas (12.502) - - (101) (12.603) Outros - (140) - - (140)

Em 31.12.2011 1.658.564 31.468 24.098 7.727 1.721.857

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Mutação do intangível .

Contrato de Concessão Outros obrigações especiais Concessão/

Saldos em serviço em curso em serviço em curso em serviço em cu rso autorização Consolidado

Em 1º.01.2010 1.452.475 628.304 (254.612) (68.194) 2.469 1.055 66.716 1.828.213

Programa de investimentos - 655.411 - - - 28.177 - 683.588 Participação financeira do consumidor - - - (89.177) - - - (89.177) Outorga Aneel - uso do bem público - 40.243 - - - - - 40.243 Ajustes a valor presente - outorga Aneel - (27.042) - - - - - (27.042)

Capitalizações para contas a receber vinculadas à concessão - (482.145) - 69.889 - - - (412.256) Capitalizações para intangível em serviço 172.084 (172.084) (22.936) 22.936 1.150 (1.150) - - Quotas de amortização - concessão e autorização (247.060) - 46.068 - (1.268) - (3.100) (205.360) Quotas de amortização - créditos Pasep/Cofins (12.060) - 2.449 - - - - (9.611) Transferência de investimentos - bens destinados a uso futuro - 15 - - - - - 15

Transferência para imobilizado em serviço (216) - - - - - - (216) Baixas (12.090) (2.752) - - (29) - (44.572) (59.443)

Em 31.12.2010 1.353.133 639.950 (229.031) (64.546) 2.322 28.082 19.044 1.748.954

Efeito da 1ª consolidação da Cutia - - - - - 4.913 - 4.913 Programa de investimentos - 808.687 - - - 5.224 5.809 819.720 Participação financeira do consumidor - - - (94.396) - - - (94.396) Outorga Aneel - uso do bem público - 5.457 - - - - - 5.457 Ajustes a valor presente - outorga Aneel - (1.586) - - - - - (1.586)

Capitalizações para contas a receber vinculadas à concessão - (613.284) - 93.173 - - - (520.111) Capitalizações para intangível em serviço 156.681 (156.681) (25.312) 25.312 3.295 (3.295) - - Quotas de amortização - concessão e autorização (265.315) - 50.800 - (1.132) - (755) (216.402) Quotas de amortização - créditos Pasep/Cofins (14.928) - 3.099 - (169) - - (11.998) Transferência de investimentos - bens destinados

a uso futuro 13 - - - - - - 13 Transferência para imobilizado em serviço - - - - 55 - - 55 Baixas (4.710) (7.952) - - (100) - - (12.762)

Em 31.12.2011 1.224.874 674.591 (200.444) (40.457) 4.271 34.924 24.098 1.721.857

16.1 Copel Distribuição

O ativo intangível da concessão representa o direito de exploração dos serviços de construção e

prestação dos serviços de fornecimento de energia elétrica que será recuperado através do

consumo e consequente faturamento aos consumidores.

A Aneel estabelece a vida útil econômica estimada de cada bem integrante da infra-estrutura de

distribuição, para efeitos de determinação da tarifa, bem como para apuração do valor da

indenização dos bens reversíveis no vencimento do prazo da concessão. Essa estimativa é

razoável e adequada para efeitos contábeis e regulatórios e representa a melhor estimativa de vida

útil econômica dos bens, aceitas pelo mercado dessa indústria.

A amortização do intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos

futuros do ativo sejam consumidos pela Copel Distribuição, com expectativa de amortização média

de 29% ao ano, limitados ao prazo da concessão.

O valor residual de cada bem que ultrapassa o prazo do vencimento da concessão está alocado

como contas a receber vinculadas à concessão (NE nº 7).

16.2 Compagas

Ativo intangível relativo à construção de infraestrutura e aquisição de bens necessários para a

prestação dos serviços de distribuição de gás e o direito de cobrar dos usuários pelo fornecimento

de gás. A construção de infraestrutura e aquisição de bens são consideradas como prestação de

serviços do Poder Concedente.

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O prazo de amortização do intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios

econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela Compagas.

Extinta a concessão, os ativos vinculados à prestação de serviço de distribuição de gás serão

revertidos ao Poder Concedente e a Compagas será indenizada pelos investimentos efetuados

com base no valor de reposição amortizado, avaliados por empresa de auditoria independente,

determinado com base nos valores a serem apurados à época.

16.3 Elejor

Contrato de concessão

Ativo intangível relativo ao direito de uso do bem público - UBP na modalidade de concessão

onerosa. Este ativo intangível está sendo amortizado pelo prazo do contrato de concessão e o

passivo está sendo amortizado pelo pagamento (NE nº 24).

Direito de concessão

A aquisição das ações da Elejor pertencentes à Triunfo Participações S.A., em 18.12.2003, gerou

direito de concessão no valor total de R$ 22.626, que em 31.12.2011 apresenta o saldo de

R$ 18.289 na Controladora. O fundamento econômico utilizado para a amortização linear foi a

expectativa de resultado futuro da operação comercial da concessão, cujo prazo remanescente

tem vencimento em outubro de 2036. O efeito no resultado em 2011 foi de R$ 754 (R$ 754 em

2010).

16.4 Cutia

A aquisição gerou direito de concessão no valor de R$ 5.807, que será amortizado durante o prazo

de concessão, a partir do início da operação comercial do empreendimento, previsto para

1º.01.2015, conforme resoluções autorizativas da Aneel. O prazo de concessão dos parques

eólicos é de 30 anos a contar da data de publicação das resoluções autorizativas no Diário Oficial,

ocorrida em 05.01.2012.

16.5 Copel Geração e Transmissão

Ativo intangível relativo ao direito de uso do bem público - UBP na modalidade de concessão

onerosa. Este ativo intangível será constituído pelo prazo do contrato de concessão.

Em 31.12.2011 a Companhia possuía os seguintes valores registrados: referente ao Contrato de

Concessão - UHE Mauá: R$ 12.341 (R$ 10.926 em 31.12.2010) ao Contrato de Concessão - UHE

Colíder R$ 13.779 (R$ 11.323 em 31.12.2010).

16.6 Obrigações especiais

As obrigações especiais representam os recursos relativos à participação financeira do

consumidor, das dotações orçamentárias da União, verbas federais, estaduais e municipais e de

créditos especiais destinados aos investimentos aplicados nos empreendimentos vinculados à

concessão.

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70

O prazo esperado para liquidação dessas obrigações era a data de término da concessão. Com a

Resolução Normativa Aneel nº 234, de 31.10.2006, alterada pela Resolução Normativa

Aneel nº 338, de 25.11.2008, que estabelece os conceitos gerais, as metodologias aplicáveis e os

procedimentos iniciais para realização do segundo ciclo de revisão tarifária periódica das

concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica, a característica dessas

obrigações sofreu modificação. Tanto o saldo quanto as novas adições passaram a ser

amortizados contabilmente a partir de 1º.07.2008, conforme Despacho Aneel nº 3.073/06 e Ofício

Circular nº 1.314/07. A amortização é calculada utilizando a mesma taxa média dos ativos

correspondentes.

16.7 Valor de recuperação do ativo intangível (vi da útil definida)

Apesar de não haver indicadores de perda de recuperação, a Companhia apurou o valor de

recuperação dos seus ativos intangíveis com base no valor presente do fluxo de caixa futuro

estimado.

Os valores alocados às premissas representam a avaliação da Administração sobre as tendências

futuras do setor elétrico e são baseadas tanto em fontes externas de informações como em dados

históricos.

O fluxo de caixa foi projetado com base no resultado operacional e projeções da Companhia até o

término da concessão, tendo como principais premissas:

•••• O crescimento orgânico compatível com os dados históricos e perspectivas de crescimento da

economia brasileira; e

•••• A taxa média de desconto obtida através de metodologia usualmente aplicada pelo mercado,

levando em consideração o custo médio ponderado de capital, conforme NE nº 15.6.

O valor recuperável destes ativos supera seu valor contábil, e, portanto, não há perdas por

desvalorização a serem reconhecidas.

16.8 Universalização e Programa Luz para Todos

A Aneel estabeleceu condições gerais para a Universalização do Acesso ao Serviço Público de

Energia Elétrica através da Lei nº 10.438, de 26.04.2002, alterada pela Lei nº 10.762, de

11.11.2003, visando ao atendimento de novas unidades consumidoras ligadas em baixa tensão

(inferior a 2,3 kV), com carga instalada de até 50 KW. A Resolução Aneel nº 223, de 29.04.2003,

estabeleceu as condições gerais para elaboração dos Planos de Universalização de Energia

Elétrica, e foi alterada pela Resolução Aneel nº 52, de 25.03.2009. Norteando o processo de

revisão dos Planos de Universalização, a Agência Reguladora emitiu a Resolução Aneel nº 175, de

28.11.2005, alterada pela Resolução Aneel nº 365, de 19.05.2009.

O Decreto nº 4.873, de 11.11.2003, instituiu o Programa Nacional do Acesso e Uso da Energia

Elétrica - Luz para Todos, destinado a propiciar atendimento com energia elétrica à parcela da

população do meio rural, voltada à agricultura familiar, que ainda não possui acesso a esse serviço

público. O Programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia - MME e operacionalizado

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com a participação da Eletrobrás. No caso do Paraná, o Ministério é representado pela Eletrosul, e

os participantes são o Governo do Estado do Paraná e a Copel. Além disso, o Programa se integra

aos diversos programas sociais e de desenvolvimento rural implementados pelo Governo Federal e

pelos Estados, para assegurar que o esforço de eletrificação do campo resulte em incremento da

produção agrícola, fixando e dando condições melhores de vida ao homem do campo, em aumento

de renda e na inclusão social da população beneficiada. O Programa foi prorrogado até 31.12.2011

por meio do Decreto nº 7.324, de 05.10.2010, e reeditado por meio do Decreto nº 7.520, de

08.07.2011, com vigência até 2014.

Em 2011, foram ligadas 4.977 novas unidades consumidoras, alcançando aproximadamente

76.000 desde o início do Programa. Para esta nova edição do Programa, o Ministério de Minas e

Energia deverá redefinir metas e prazos, bem como será firmado novo Termo de Compromisso.

Foram firmados com a Eletrobrás quatro contratos de financiamento e concessão de subvenção,

no total de R$ 278.152. Os dois primeiros contratos já se encerraram, continuando em vigência

apenas o contrato ECFS nº 206/07, do qual já foram liberados R$ 88.501 sendo R$ 75.858 com

recursos RGR e R$ 12.643 com recursos de CDE do total de R$ 109.642 previstos, e contrato

ECFS 273/09, do qual já foram liberados R$ 19.183, sendo R$ 16.443 com recursos RGR e

R$ 2.740 com recursos de CDE, do total de R$ 63.930 previstos.

A composição total dos investimentos previstos nos contratos assinados para o Programa é a

seguinte:

Governo Federal - subvenção CDE 62.882 19%

Governo do Estado do Paraná 33.002 10%

Financiamento RGR 168.129 51%

Agente executor - Copel 66.007 20%

Total do programa 330.020 100%

ParticipaçãoOrigem R$

Até dezembro de 2011, o valor total investido no Programa Luz para Todos era de R$ 352.274.

17 Obrigações Sociais e Trabalhistas

.

31.12.2011 31.12.2010 Obrigações Sociais

Impostos e contribuições sociais 39.493 29.987

Encargos sociais sobre férias e 13º salário 23.900 18.866 63.393 48.853

Obrigações trabalhistasFolha de pagamento, líquida 152 242

Férias 76.142 60.022

Participação nos lucros e/ou resultados 48.068 66.151 Desligamentos voluntários 36.338 314

Consignações a favor de terceiros 2 2

160.702 126.731

224.095 175.584

Consolidado

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72

18 Fornecedores

.

31.12.2011 31.12.2010

Encargos de uso da rede elétrica 79.795 67.771

Suprimento de energia elétrica 316.262 286.941

Materiais e serviços Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - aquisição de gás pela Compagas 40.698 25.720

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - repactuação (18.1) 53.998 48.312

Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - repactuação - NC (18.1) 107.996 144.936

Outros fornecedores 257.166 183.824

459.858 402.792

855.915 757.504

Circulante 747.453 612.568

Não circulante - NC 108.462 144.936

Consolidado

18.1 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - repac tuação

Em 06.03.2006, a Copel assinou acordo com a Petrobras, visando equacionar as pendências

referentes ao contrato de gás para a Usina Termelétrica de Araucária. O acordo consistiu na

assinatura de Contrato de Transação Extrajudicial pelo qual a Copel Geração, tendo a Copel como

devedora solidária, confessou dívida de R$ 150.000 para com a Petrobras, esta na qualidade de

cessionária dos créditos da Compagas com a Copel Geração, a ser paga em 60 parcelas mensais,

a partir de janeiro de 2010, sendo os valores corrigidos pela taxa selic.

Em 30.05.2006, a Copel Geração assinou Termo de Ratificação de Quitação Mútua com a

Compagas, no qual as partes dão-se plena, geral, rasa, irrevogável e irretratável quitação mútua de

todas as obrigações e direitos decorrentes do Contrato de Compra e Venda de Gás Natural que

celebraram entre si em 30.05.2000, rescindido em 31.05.2005, nada mais tendo a reclamar uma

contra a outra, a qualquer título, a partir da assinatura do Contrato de Transação Extrajudicial com

Confissão de Dívida que ajustaram juntamente com a Petrobras, com a participação da Copel,

remanescendo a dívida ali confessada pela Copel Geração.

18.2 Principais contratos de compra de energia

O quadro abaixo apresenta os principais contratos de compra de energia, firmados em ambiente

regulado. Tais contratos estão apresentados pelo valor original e são reajustados anualmente pelo

IPCA.

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73

. Período de Energia comprada Data Preço médio de suprimento (MWmédio anual) do leilão compra (R$/MWh)

Leilão de energia existente1º Leilão - Produto 2005 2005 a 2012 947,98 07.12.2004 57,51

1º Leilão - Produto 2006 2006 a 2013 457,85 07.12.2004 67,33 1º Leilão - Produto 2007 2007 a 2014 11,12 07.12.2004 75,46

2º Leilão - Produto 2008 2008 a 2015 69,59 02.04.2005 83,13 4º Leilão - Produto 2009 2009 a 2016 43,79 11.10.2005 94,91

5º Leilão - Produto 2007 2007 a 2014 160,11 14.12.2006 104,74 10º Leilão Ajuste P-04M Mar a Jun 2011 7,69 17.02.2011 101,80

10º Leilão Ajuste P-10M Mar a Dez 2011 20,12 17.02.2011 115,04 11º Leilão Ajuste P-12M Jan a Dez 2012 26,89 30.09.2011 73,63

1.745,12 Leilão de energia nova

1º Leilão - Produto 2008 Hidro 2008 a 2037 3,61 16.12.2005 106,95 1º Leilão - Produto 2008 Termo 2008 a 2022 25,93 16.12.2005 132,26

1º Leilão - Produto 2009 Hidro 2009 a 2038 3,26 16.12.2005 114,28 1º Leilão - Produto 2009 Termo 2009 a 2023 41,59 16.12.2005 129,26

1º Leilão - Produto 2010 Hidro 2010 a 2039 66,31 16.12.2005 114,57 1º Leilão - Produto 2010 Termo 2010 a 2024 64,30 16.12.2005 121,81

3º Leilão - Produto 2011 Hidro 2011 a 2040 57,66 10.10.2006 120,86 3º Leilão - Produto 2011 Termo 2011 a 2025 54,22 10.10.2006 137,44

4º Leilão - Produto 2010 Termo 2010 a 2024 18,32 26.07.2007 134,64

5º Leilão - Produto 2012 Hidro 2012 a 2041 52,50 16.10.2007 129,14 5º Leilão - Produto 2012 Termo 2012 a 2026 117,27 16.10.2007 128,37

6º Leilão - Produto 2011 Termo 2011 a 2025 51,07 17.09.2008 128,42 7º Leilão - Produto 2013 Hidro 2013 a 2042 12,24 30.09.2008 98,98

7º Leilão - Produto 2013 Termo 2013 a 2027 303,99 30.09.2008 145,23 Santo Antônio 2012 a 2041 106,00 10.12.2007 78,87

Jirau 2013 a 2042 141,51 19.05.2008 71,37 1.119,78

19 Empréstimos e Financiamentos

Consolidado Passivo Passivo circulante não circulante

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Principal Encargos Total Moeda estrangeira

BID (19.1) - - - 9.233 - -

STN (19.2) 3.919 565 4.484 5.278 53.943 51.397

Eletrobrás 6 - 6 5 12 15

3.925 565 4.490 14.516 53.955 51.412 Moeda nacional

Banco do Brasil (19.3) 209 39.670 39.879 12.779 1.464.325 691.007

Eletrobrás (19.4) 45.445 9 45.454 44.643 216.031 257.673

BNDES - Compagas (19.5) 48 - 48 6.330 - 43 Finep (19.6) 1.951 11 1.962 1.967 3.904 5.855

BNDES (19.7) 9.718 2.618 12.336 1.389 159.901 137.496

Banco do Brasil

Repasse BNDES (19.8) 9.716 2.602 12.318 1.471 159.869 137.496

67.087 44.910 111.997 68.579 2.004.030 1.229.570

71.012 45.475 116.487 83.095 2.057.985 1.280.982

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Controladora Passivo Passivo circulante não circulante

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Principal Encargos Total Moeda estrangeira

STN (19.2) 3.919 565 4.484 5.278 53.943 51.397 .

Moeda nacionalBanco do Brasil (19.3) - 39.668 39.668 12.582 911.829 329.600

3.919 40.233 44.152 17.860 965.772 380.997

Composição dos empréstimos e financiamentos por tip o de moeda e indexador

.Moeda (equivalente em R$) / Indexador

31.12.2011 % 31.12.2010 %Moeda estrangeira

Dólar norte-americano 58.445 2,69 56.695 4,16

Cesta de moedas do BID - - 9.233 0,68 58.445 2,69 65.928 4,84

Moeda nacionalTJLP 350.302 16,11 285.709 20,94 IGP-M 475 0,02 616 0,05

Ufir 115.074 5,29 125.363 9,19 Finel 146.411 6,73 176.954 12,97 UMBND 48 - 6.373 0,47

CDI 1.503.717 69,16 703.134 51,54 2.116.027 97,31 1.298.149 95,16

2.174.472 100,00 1.364.077 100,00

Indexador e variação das principais moedas estrange iras e indexadores aplicados aos

empréstimos e financiamentos

.Moeda/Indexador . Variação (%)

31.12.2011 31.12.2010

Dólar norte-americano 12,56 (4,31)Cesta de moedas do BID 0,00 3,86

TJLP 6,00 6,00IGP-M 5,10 11,32

Finel 1,01 2,18

UMBND 0,00 (3,76)CDI 2,17 24,44

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Vencimentos das parcelas de longo prazo

Moeda Moeda estrangeira nacional Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 2012 - - - 67.701 2013 2.518 201.566 204.084 188.168

2014 1.260 727.762 729.022 516.517 2015 - 549.593 549.593 183.780

2016 - 243.894 243.894 46.919 2017 - 34.201 34.201 30.188

2018 - 33.292 33.292 29.278 2019 - 30.544 30.544 26.530

2020 - 27.949 27.949 23.935

2021 - 22.849 22.849 18.834 2022 - 22.844 22.844 17.186

após 2022 50.177 109.536 159.713 131.946

53.955 2.004.030 2.057.985 1.280.982

Mutação de empréstimos e financiamentos

Consolidado circulante não circulante circulante nã o circulante Total

Em 1º.01.2010 24.778 67.865 56.920 716.279 865.842

Ingressos - - - 552.479 552.479

Encargos 3.491 - 82.096 11.850 97.437

Variação monetária e cambial (928) (1.687) 441 3.494 1.320

Transferências 14.766 (14.766) 54.532 (54.532) -

Amortização - principal (12.777) - (33.816) - (46.593)

Amortização - juros e variação (14.814) - (91.594) - (106.408)

Em 31.12.2010 14.516 51.412 68.579 1.229.570 1.364.077

Ingressos - - - 816.431 816.431

Encargos 2.537 - 107.000 50.195 159.732

Variação monetária e cambial 617 5.912 95 1.501 8.125

Transferências 3.369 (3.369) 93.667 (93.667) -

Amortização - principal (7.953) - (40.693) - (48.646)

Amortização - juros e variação (8.596) - (116.651) - (125.247)

Em 31.12.2011 4.490 53.955 111.997 2.004.030 2.174.472

Moeda estrangeira Moeda nacional

19.1 Banco Interamericano de Desenvolvimento - BI D

Empréstimo para a Usina Hidrelétrica de Segredo e Derivação do Rio Jordão, liberado a partir de

15.01.1991, totalizando US$ 135.000. A dívida é amortizada semestralmente, com vencimento final

em janeiro de 2011. Os juros são calculados de acordo com a taxa de captação do BID, a qual,

para o quarto trimestre de 2010, foi de 4,13% a.a.

O contrato foi liquidado em seu vencimento, em 15.01.2011.

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19.2 Secretaria do Tesouro Nacional - STN

A reestruturação da dívida de médio e longo prazo, assinada em 20.05.1998, referente aos

financiamentos sob amparo da Lei nº 4.131/62, está demonstrada no quadro a seguir:

Prazo Vencimento CarênciaTipo de bônus (anos) final (anos)

31.12.2011 31.12.2010

Par Bond 30 15.04.2024 30 29.935 26.591

Capitalization Bond 20 15.04.2014 10 6.392 7.947 Debt Conversion Bond 18 15.04.2012 10 1.412 3.761

Discount Bond 30 15.04.2024 30 20.688 18.376

58.427 56.675

Consolidado

As taxas de juros praticadas e as amortizações são as seguintes:

.Tipo de bônus Taxas de juros anuais (%) Amortizações

Par Bond 6,0 única

Capitalization Bond 8,0 semestralDebt Conversion Bond Libor semestral + 0,8750 semestralDiscount Bond Libor semestral + 0,8125 única

Em garantia a esse contrato, a Companhia cede e transfere à União, condicionado ao

inadimplemento de qualquer parcela do financiamento, os créditos que forem feitos à sua conta

corrente bancária centralizadora da arrecadação das suas receitas próprias, até o limite suficiente

para pagamento das prestações e demais encargos devidos em cada vencimento. Nos bônus

Discount Bond e Par Bond existem garantias depositadas, nos valores de R$ 15.477 e R$ 22.076,

em 31.12.2011 (R$ 10.850 e R$ 15.430, em 31.12.2010), respectivamente (NE nº 4).

19.3 Banco do Brasil S.A.

Contratos

31.12.2011 31.12.2010

Contrato particular de cessão de crédito - Lei nº 8.727/93 (1) 487 651 Notas de crédito (2) 951.497 342.182

Contrato de abertura de crédito fixo nº 21/02155-4 (3) 396.295 360.953

Contrato de abertura de crédito fixo nº 21/02248-8 (4) 155.925 -

1.504.204 703.786

Consolidado

1) Contrato particular de cessão de crédito com a União, através do Banco do Brasil, assinado

em 30.03.1994, amortizável em 240 parcelas mensais pelo sistema price, a partir de

1º.04.1994, com atualização mensal pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP e Índice Geral

de Preços de Mercado - IGP-M e taxa de juros de 5,098% a.a. A garantia é vinculada à receita

própria;

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2) Notas de crédito da Controladora, relacionadas a seguir:

Data da Vencimento Encargos financeiros Custos Notas de crédito emissão do principal vencíveis semest ralmente Principal Transação Encargos Total

Comercial nº 330.600.129 31.01.2007 31.01.2014 106,5% da taxa média do CDI 29.000 - 1.454 30.454

Industrial nº 330.600.132 28.02.2007 28.02.2014 106,2% da taxa média do CDI 231.000 - 9.170 240.170 Industrial nº 330.600.151 31.07.2007 31.07.2014 106,5% da taxa média do CDI 18.000 - 902 18.902

Industrial nº 330.600.156 28.08.2007 28.08.2014 106,5% da taxa média do CDI 14.348 - 571 14.919

Industrial nº 330.600.157 31.08.2007 31.08.2014 106,5% da taxa média do CDI 37.252 - 1.445 38.697 Industrial nº 330.600.609 19.08.2011 21.07.2014 109,41% da taxa média do CDI 200.000 (4.257) 8.708 204.451

Industrial nº 330.600.609 19.08.2011 21.07.2015 109,41% da taxa média do CDI 200.000 (5.922) 8.709 202.787

Industrial nº 330.600.609 19.08.2011 21.07.2016 109,41% da taxa média do CDI 200.000 (7.592) 8.709 201.117

929.600 (17.771) 39.668 951.497

Nota de Crédito Industrial nº 330.600.609, no valor de R$ 600.000, assinado em 19.08.2011

com a finalidade única e exclusiva de pagamentos de dívidas. Os encargos financeiros serão

pagos semestralmente a cada database, de forma que, com o pagamento da última prestação,

ocorra a liquidação da dívida. O montante de R$ 600.000 foi liberado em sua totalidade em

31.08.2011.

Como garantia, foi dada autorização ao Banco do Brasil para aplicar, na cobertura parcial ou

total do saldo devedor apresentado na conta de abertura de crédito, quaisquer importâncias

levadas, a qualquer título, a crédito da conta depósito. Foi autorizado, também, em caráter

irrevogável e irretratável, independentemente de prévio aviso, proceder à compensação entre o

crédito do banco, correspondente ao saldo devedor apresentado na conta de abertura de

crédito, e os créditos de qualquer natureza que a Companhia tenha ou venha a ter com o

Banco do Brasil. A garantia só será exercida quando descumpridas as cláusulas em contrato.

3) Contrato de Abertura de Crédito Fixo nº 21/02155-4 no valor de R$ 350.000, firmado entre a

Copel Distribuição e o Banco do Brasil, assinado em 10.09.2010, destinado única e

exclusivamente ao financiamento de capital de giro.

A dívida será paga em 3 prestações anuais e sucessivas, a primeira com vencimento em

25.08.2013, no valor de R$ 116.666, e as demais no valor de R$ 116.667, vencíveis em

11.07.2014 e 15.08.2015, acrescidas de encargos financeiros proporcionais à parcela de

principal amortizado, de forma que, com o pagamento da última prestação, ocorra a liquidação

da dívida.

Sobre o saldo devedor incidirão encargos, calculados com base no índice de remuneração

básica das cadernetas de poupança - IRP e encargos adicionais com base na taxa flutuante de

juros que serão calculados pelo método exponencial, com base na taxa equivalente diária -

ano civil (365 ou 366 dias). A taxa efetiva resultante da unificação da taxa flutuante de juros,

com o IRP, será equivalente, em cada período de cálculo, a 98,5% da variação do CDI nesse

mesmo período. Os encargos serão debitados e capitalizados mensalmente na conta vinculada

ao contrato, a cada database no vencimento e na liquidação da dívida, para pagamento

juntamente com as parcelas do principal.

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78

Para assegurar o pagamento de quaisquer obrigações do contrato, a Copel Distribuição se

obriga a ceder, vincular e penhorar em garantia a favor do Banco do Brasil, duplicatas

mercantis, devidamente endossadas e acompanhadas de borderôs.

O contrato contém cláusulas prevendo vencimento antecipado em determinadas condições.

O montante de R$ 350.000 foi liberado em sua totalidade em 10.09.2010.

4) Contrato de Abertura de Crédito Fixo nº 21/02248-8 no valor de R$ 150.000, firmado entre a

Copel Distribuição e o Banco do Brasil, assinado em 22.06.2011, destinado única e

exclusivamente ao financiamento de capital de giro.

A dívida será paga em uma única prestação, com vencimento em 1º.06.2015.

Sobre o saldo devedor incidirão encargos, calculados com base no índice de remuneração

básica das cadernetas de poupança - IRP e encargos adicionais com base na taxa flutuante de

juros que serão calculados pelo método exponencial, com base na taxa equivalente diária -

ano civil (365 ou 366 dias). A taxa efetiva resultante da unificação da taxa flutuante de juros,

com o IRP, será equivalente, em cada período de cálculo, a 99,5% da variação do CDI nesse

mesmo período. Os encargos serão debitados e capitalizados mensalmente na conta vinculada

ao contrato, a cada database no vencimento e na liquidação da dívida, para pagamento

juntamente com a parcela do principal em 1º.06.2015.

Para assegurar o pagamento de quaisquer obrigações do contrato, a Copel Distribuição se

obriga a ceder, vincular e penhorar em garantia a favor do Banco do Brasil, duplicatas

mercantis, devidamente endossadas e acompanhadas de borderôs.

O contrato contém cláusulas prevendo vencimento antecipado em determinadas condições.

O montante de R$ 150.000 foi liberado em sua totalidade em 22.06.2011.

19.4 Eletrobrás - Centrais Elétricas Brasileiras S.A.

Foram originados empréstimos de recursos do Fundo de Financiamento da Eletrobrás - Finel e da

Reserva Global de Reversão - RGR para expansão dos sistemas de geração, transmissão e

distribuição. A amortização dos contratos vincendos iniciou em setembro de 1994 e o último

pagamento está previsto para agosto de 2021. Os juros de 5,0% a 8,0% a.a. e o principal são

amortizados mensalmente, atualizados pelo índice do Finel e da Unidade Fiscal de Referência -

Ufir.

O contrato ECFS - 142/06 foi assinado em 11.05.2006 entre a Copel Distribuição e a Eletrobrás, no

valor de R$ 74.340, para aplicação no Programa de Eletrificação Rural “Luz para Todos”, sendo

R$ 42.480 financiados com recursos da RGR e R$ 31.860 com recursos da CDE, a título de

subvenção econômica. O contrato possui carência de 24 meses, com juros de 5% a.a. e comissão

de 1% a.a, e será pago em 120 parcelas mensais iguais e sucessivas, com vencimento final em

30.09.2018.

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O total de recursos desembolsados foi R$ 63.104, sendo R$ 36.056 com recursos da RGR e

R$ 27.048 com recursos da CDE. Está encerrada a fase de desembolsos.

O contrato ECFS - 206/07 foi assinado em 03.03.2008 entre a Copel Distribuição e a Eletrobrás, no

valor de R$ 126.430, para aplicação no Programa de Eletrificação Rural “Luz para Todos”. Em

14.09.2010 foi assinado o aditivo ECFS-206-D / 2010, que altera o valor do financiamento para

R$ 109.642, sendo R$ 93.979 financiado com recursos da RGR e R$ 15.663 a título de subvenção

econômica. O contrato possui carência de 24 meses, com juros de 5% a.a. e comissão de 1% a.a.,

e será pago em 120 parcelas mensais iguais e sucessivas, com vencimento final em 30.08.2020.

Em agosto de 2008, houve liberação de R$ 37.929, sendo R$ 32.511 com recursos da RGR e

R$ 5.418 com recursos da CDE. Em junho de 2009, foram liberados R$ 25.286, sendo R$ 21.674

com recursos da RGR e R$ 3.612 com recursos da CDE. Em março de 2010, foram liberados

R$ 25.286, sendo R$ 21.674 com recursos da RGR e R$ 3.612 com recursos da CDE.

O contrato ECFS - 273/09 foi assinado em 18.02.2010 entre a Copel Distribuição e a Eletrobrás, no

valor de R$ 63.944, para aplicação no Programa de Eletrificação Rural “Luz para Todos”, sendo

R$ 54.809 financiados com recursos da RGR e R$ 9.134 com recursos da CDE, a título de

subvenção econômica. O contrato possui carência de 24 meses, com juros de 5% a.a. e comissão

de 1% a.a., e será pago em 120 parcelas mensais iguais e sucessivas, com vencimento final em

30.12.2022. Em dezembro de 2010, foram liberados R$ 19.183, sendo R$ 16.443 com recursos da

RGR e R$ 2.740 com recursos da CDE.

O contrato ECF - 2540/06 foi assinado em 12.05.2009 entre a Copel Distribuição e a Eletrobrás, no

valor de R$ 2.844, para aplicação no Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente - ReLuz,

sendo os R$ 2.844 financiados com recursos da RGR e destinados à cobertura de 75% do custo

total do Projeto de Melhoria do Sistema de Iluminação Pública do Município de Ponta Grossa, no

Paraná. O contrato possui carência de nove meses, com juros de 5% a.a. e comissão de 1,5% a.a.,

e será pago em 60 parcelas mensais iguais e sucessivas, com vencimento final em 30.10.2016.

Em janeiro de 2011 foram liberados R$ 284 e em agosto de 2011 R$ 1.935, com recursos da RGR.

Os juros vencíveis em cada mês durante a carência serão incorporados ao saldo devedor.

A garantia é representada pela receita própria, suportada por procuração outorgada por

instrumento público, e na emissão de notas promissórias em igual número das parcelas a vencer.

19.5 BNDES - Compagas

Financiamento obtido junto ao BNDES para a expansão da rede de distribuição de gás. Este

financiamento está dividido em subcréditos, sendo uma parte atualizada pela taxa de juros de

4% a.a. acrescida de TJLP, e outra pela variação da Unidade Monetária do BNDES - UMBND. Este

contrato não possui cláusulas restritivas, com vencimento da última parcela em 15.01.2012.

A garantia do financiamento está vinculada aos recebíveis da Compagas pelo fornecimento de gás,

correspondentes a duas parcelas do financiamento, que devem ser exclusivamente recebidos e

mantidos através de conta corrente no Banco Itaú S.A.

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19.6 Financiadora de Estudos e Projetos - Finep

Contratos

31.12.2011 31.12.2010

Contrato nº 02070791-00 (1) 3.440 4.586

Contrato nº 02070790-00 (2) 2.426 3.236

5.866 7.822

Consolidado

1) Contrato nº 02070791-00, assinado em 28.11.2007, com o objetivo de custear, parcialmente,

despesas incorridas na elaboração do “Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento GER 2007”.

Crédito no valor de R$ 5.078, sendo que a primeira parcela, no valor de R$ 1.464, foi liberada

em abril de 2008, a segunda, de R$ 2.321, em maio de 2009, a terceira de R$ 866, em

dezembro de 2010 e as demais parcelas conforme disponibilidade financeira e orçamentária.

Para atender a despesas de inspeção e supervisão é destinado 1% dos recursos ingressados.

Sobre o principal da dívida são calculados juros fixos de 6,37% a.a. resultante do fator de

equalização, pagos no dia 15 de cada mês, inclusive no período de carência. O saldo devedor

está sendo pago à Finep em 49 parcelas mensais e sucessivas, com o vencimento da primeira

parcela em 15.12.2010 e a última em 15.12.2014.

Como garantia ao contrato, a Copel Geração e Transmissão autoriza o Banco do Brasil a

efetuar bloqueio dos recebimentos feitos regularmente, nos valores indicados pela Finep, na

conta corrente proveniente da arrecadação mensal da financiada.

2) Contrato nº 02070790-00, assinado em 28.11.2007 com o objetivo de custear, parcialmente,

despesas incorridas na elaboração do “Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento TRA 2007”.

Crédito no valor de R$ 3.535, sendo que a primeira parcela, no valor de R$ 844, foi liberada

em outubro de 2008, a segunda, R$ 2.451 em dezembro de 2009, e as demais serão liberadas

conforme disponibilidade financeira e orçamentária. Para atender a despesas de inspeção e

supervisão é destinado 1% dos recursos ingressados. Sobre o principal da dívida são

calculados juros fixos de 6,13 % a.a. resultante do fator de equalização, pagos no dia 15 de

cada mês, inclusive no período de carência. O saldo devedor está sendo pago à Finep em 49

parcelas mensais e sucessivas, com o vencimento da primeira parcela em 15.12.2010 e a

última em 15.12.2014.

Como garantia ao contrato, a Copel Geração e Transmissão autoriza o Banco do Brasil a

efetuar bloqueio dos recebimentos feitos regularmente, nos valores indicados pela Finep, na

conta corrente proveniente da arrecadação mensal da financiada.

3) Contrato nº 02100567-00, assinado em 29.11.2010, com o objetivo de custear, parcialmente,

despesas incorridas na elaboração do “Projeto BEL” da Copel Telecomunicações.

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Crédito de R$ 52.198 a ser disponibilizado em 6 parcelas, respeitada a disponibilidade

financeira e orçamentária da Finep. Sobre o principal da dívida serão calculados juros fixos de

4% a.a. resultante do fator de equalização, a serem pagos no dia 15 de cada mês, inclusive no

período de carência. O saldo devedor será pago à Finep em 81 parcelas mensais e

sucessivas, com o vencimento da primeira parcela em 15.08.2012 e a última em 15.04.2019.

Até a presente data não houve liberação de recursos.

19.7 BNDES - Copel Geração e Transmissão

Contrato nº 08.2.0989.1, firmado entre a Copel Geração e Transmissão e o BNDES, com

interveniência da Copel, assinado em 17.03.2009, com o objetivo de implementar o

empreendimento UHE Mauá, e Sistema de Transmissão Associado, em consórcio com a Eletrosul,

totalizando R$ 169.500, desembolsados parceladamente, de acordo com as necessidades do

projeto financiado, respeitada a programação financeira do BNDES.

A dívida será amortizada em 192 prestações mensais e sucessivas, com o vencimento da primeira

parcela em 15.02.2012 e a última em 15.01.2028, com juros de 1,63% a.a. acima da TJLP, pagos

trimestralmente no período de carência, e mensalmente a partir da primeira amortização do

principal.

Para assegurar o pagamento de quaisquer obrigações do contrato, a Copel Geração e

Transmissão se obriga a ceder e vincular em garantia, em favor do BNDES, a totalidade da receita

proveniente da venda e/ou comercialização de energia dos CCEARs relativos ao projeto, por meio

de abertura de uma conta centralizadora para tal fim, além de constituir e manter duas “Contas-

Reserva” para o caso de haver insuficiência de recursos na “Conta Centralizadora”. A

operacionalização da garantia será através de um Contrato de Cessão e Vinculação de Receitas,

Administração de Contas e Outras Avenças, firmado entre Copel Geração e Transmissão, BNDES

e Banco do Brasil.

A primeira liberação ocorreu em julho de 2009, no valor de R$ 55.748, a segunda em fevereiro de

2010, no valor de R$ 29.193, a terceira ocorreu em dezembro de 2010, no valor de R$ 52.555, a

quarta em junho de 2011, no valor de R$ 27.489 e a última, no valor de R$ 8.634, em novembro de

2011.

O contrato contém cláusulas prevendo vencimento antecipado em determinadas condições.

19.8 Banco do Brasil - repasse de recursos do BND ES

Contrato nº 21/02000-0, firmado entre a Copel Geração e Transmissão e o Banco do Brasil, com

interveniência da Copel, assinado em 16.04.2009, com o objetivo de implementar o

empreendimento UHE Mauá, e Sistema de Transmissão Associado, em consórcio com a Eletrosul,

totalizando R$ 169.500, desembolsados parceladamente de acordo com o Quadro de Usos e

Fontes, anexo ao contrato.

A dívida será amortizada em 192 prestações mensais e sucessivas, com o vencimento da primeira

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parcela em 15.02.2012 e a última em 15.01.2028, com juros de 2,13% a.a. acima da TJLP, pagos

trimestralmente no período de carência, e mensalmente a partir da primeira amortização do

principal. Para assegurar o pagamento de quaisquer obrigações do contrato, a Copel Geração e

Transmissão se obriga a ceder e vincular em garantia, em favor do Banco do Brasil, a totalidade da

receita proveniente da venda e/ou comercialização de energia dos CCEARs relativos ao projeto,

por meio de abertura de uma conta centralizadora para tal fim, além de constituir e manter duas

contas-reserva para o caso de haver insuficiência de recursos na conta centralizadora. A

operacionalização da garantia será através de um Contrato de Cessão e Vinculação de Receitas,

Administração de Contas e Outras Avenças, firmado entre Copel Geração e Transmissão, BNDES

e Banco do Brasil.

A primeira liberação ocorreu em agosto de 2009, no valor de R$ 55.748, a segunda em março de

2010, no valor de R$ 29.193, a terceira ocorreu em dezembro de 2010, no valor de R$ 52.555, a

quarta em junho de 2011, no valor de R$ 27.498, e a última no valor de R$ 8.600 em novembro de

2011.

O contrato contém cláusulas prevendo vencimento antecipado em determinadas condições.

19.9 Contratos com cláusulas de vencimento anteci pado

A Companhia e suas controladas possuem contratos de empréstimos com cláusulas que requerem

a manutenção de determinados índices econômico-financeiros dentro de parâmetros pré-

estabelecidos, bem como outras condições a serem observadas, tais como: alterar a participação

acionária da Companhia no capital social que represente alteração de controle sem a prévia

anuência; especificamente para a Copel Geração e Transmissão, não realizar distribuição de

dividendos ou pagamentos de juros sobre capital próprio cujo valor, isoladamente ou em conjunto,

supere o mínimo obrigatório, sem prévia e expressa autorização. O descumprimento destas

condições poderá implicar vencimento antecipado das dívidas.

Em 31.12.2011 todas as condições foram analisadas e indicam pleno atendimento dos parâmetros

previstos nos contratos.

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20 Debêntures

20.1 Mutação das debêntures

Passivo Passivo Consolidado circulante não circulante Total

Em 1º.01.2010 54.195 753.384 807.579

Encargos 62.824 - 62.824 Transferências 753.384 (753.384)

Amortização - principal (177.908) - (177.908) Amortização - juros e variação (71.338) - (71.338)

Em 31.12.2010 621.157 - 621.157

Encargos 48.094 - 48.094 Amortização - principal (600.000) - (600.000)

Amortização - juros e variação (69.251) - (69.251)

Em 31.12.2011 - - -

20.2 Debêntures - Controladora

A emissão em série única de 60.000 debêntures constituiu a quarta emissão simples realizada pela

Controladora, em 1º.09.2006, no valor de R$ 600.000, concluída em 06.10.2006, com subscrição

integral no valor total de R$ 607.899, com prazo de vigência de 5 anos a contar da data de

emissão e vencimento final, em série única, em 1º.09.2011. A espécie das debêntures é simples,

não conversíveis em ações, escriturais, nominativas e sem garantias, foram remuneradas a 104%

da taxa de Depósitos Interfinanceiros de um dia - DI over, até o momento de sua liquidação em

1º.09.2011.

21 Benefícios Pós-Emprego

21.1 Plano de benefício previdenciário

A Companhia e suas controladas patrocinam planos de complementação de aposentadoria e

pensão (Planos Previdenciários I, II e III) e de assistência médica e odontológica (Plano

Assistencial) para seus empregados ativos e pós-emprego e seus dependentes legais.

Os planos previdenciários I e II são planos de Benefício Definido - BD em que a renda é pré-

determinada em função do nível salarial de cada indivíduo, e o plano previdenciário III é um plano

de Contribuição Definida - CD.

As parcelas de custos assumidas pelas patrocinadoras desses planos são registradas de acordo

com avaliação atuarial preparada anualmente por atuários independentes, de acordo com as

regras estabelecidas pela Deliberação CVM nº 600/09, que aprovou e tornou obrigatórios para as

companhias abertas o CPC 33/IAS 19 e IFRIC 14, emitido pelo CPC, que trata de benefícios a

empregados, correlacionada à norma contábil internacional IAS 19. As premissas econômicas e

financeiras e para efeitos da avaliação atuarial são discutidas com os atuários independentes e

aprovadas pela Administração das patrocinadoras.

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21.2 Plano de benefício assistencial

A Companhia e suas subsidiárias alocam recursos para a cobertura das despesas de saúde dos

empregados e de seus dependentes, dentro de regras, limites e condições estabelecidas em

regulamentos específicos. A cobertura inclui exames médicos periódicos e é estendida a todos os

aposentados e pensionistas vitaliciamente.

21.3 Balanço patrimonial e resultado do exercício

Os valores consolidados reconhecidos no passivo, na conta de Benefícios pós-emprego, estão

resumidos a seguir:

Consolidado

31.12.2011 31.12.2010

Plano previdenciário (21.1) 14.410 9.111

Plano assistencial (21.2) 454.465 399.352

468.875 408.463

Circulante 36.037 24.255

Não circulante 432.838 384.208

Os valores consolidados reconhecidos no demonstrativo de resultado estão resumidos a seguir:

.Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 Plano previdenciário (CD) 50.664 51.801

Plano previdenciário (CD) - administradores 455 471 Plano assistencial - pós-emprego 71.620 48.314 Plano assistencial 35.471 31.090

Plano assistencial - administradores 41 8

158.251 131.684 (-) Apropriação no imobilizado e intangível em curso (7.406) (7.463)

150.845 124.221

O custo anual estimado para o exercício de 2011 pelo atuário independente resultou em receita

devido aos ganhos atuariais que estão sendo amortizados, cujos valores ultrapassam o valor do

custo normal periódico.

Mutação de benefícios pós-emprego

Passivo Passivo Consolidado circulante não circulante Total

Em 1º.01.2010 22.505 352.976 375.481

Apropriação do cálculo atuarial - 48.314 48.314

Contribuições previdenciárias e assistenciais 83.370 - 83.370 Transferências 17.082 (17.082) - Amortizações (98.702) - (98.702)

Em 31.12.2010 24.255 384.208 408.463

Apropriação do cálculo atuarial - 71.620 71.620

Contribuições previdenciárias e assistenciais 86.631 - 86.631 Transferências 22.990 (22.990) - Amortizações (97.839) - (97.839)

Em 31.12.2011 36.037 432.838 468.875

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21.4 Avaliação atuarial de acordo com a Deliberaç ão da CVM nº 600/09

21.4.1 Premissas atuariais

As premissas atuariais utilizadas para determinação dos valores de obrigações e custos, para 2011

e 2010, estão demonstradas a seguir:

Consolidado 2011 2010

Real Nominal Real Nominal

EconômicasInflação a.a. - 5,20% - 5,07%Taxa de desconto/retorno esperados a.a. 5,39% 10,87% 6,00% 11,37%

Crescimento salarial a.a. 2,00% 7,30% 2,00% 7,17%Demográficas

Tábua de mortalidade AT - 2000 AT - 2000Tábua de mortalidade de inválidos AT - 83 AT - 83Tábua de entrada em invalidez Light M Light M

21.4.2 Número de participantes e beneficiários

Consolidado Plano Plano previdenciário assistencial

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Número de participantes ativos 10.049 8.984 9.180 8.685

Número de participantes inativos 6.514 6.337 5.247 5.092

Número de dependentes - - 24.006 23.927

Total 16.563 15.321 38.433 37.704

21.4.3 Expectativa de vida a partir da idade média – Tábua AT-2000 (em anos)

Consolidado Plano BD Plano CD

Em 31.12.2011

Participantes aposentados 21,50 26,19

Participantes pensionistas 23,06 31,46

Em 31.12.2010

Participantes aposentados 22,02 26,67

Participantes pensionistas 19,26 29,25

A idade média dos participantes inativos dos planos de aposentadoria e assistência médica da

Companhia é de 63,3 anos.

21.4.4 Avaliação atuarial

Plano Plano Planos de benefícios definidos previdenciário assist encial Consolidado

31.12.2011 31.12.2010

Obrigações total ou parcialmente cobertas 3.807.850 563.823 4.371.673 4.003.550 Valor justo dos ativos do plano (3.984.143) (120.790) (4.104.933) (4.068.166)

Estado de cobertura do plano (176.293) 443.033 266.740 (64.616)

Ganhos/perdas atuariais diferidos - 11.432 11.432 (21.012)

Ativo não reconhecido 176.293 - 176.293 484.980

Total do passivo - 454.465 454.465 399.352

Ganhos ou perdas atuariais motivados por alterações de premissas e/ou ajustes atuariais são

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reconhecidos seguindo a regra do corredor, ou seja, os ganhos e perdas somente serão

reconhecidos na extensão que superarem 10% dos ativos do plano ou 10% do passivo de

benefício a empregados projetado acumulado.

A avaliação atuarial dos planos de benefícios definidos é calculada pelo método do crédito unitário

projetado. O ativo líquido do plano de benefícios é avaliado pelos valores de mercado (marcação a

mercado).

Em 31.12.2011, o saldo dos valores acumulados do plano de contribuição definida monta

R$ 1.853.973 (R$ 1.643.297 em 31.12.2010).

21.4.5 Movimentação do passivo atuarial

Consolidado Plano Plano previdenciário assistencial

Valor presente da obrigação atuarial líquida em 1º. 01.2010 2.915.084 476.227 Custo de serviço 15.760 6.180

Custo dos juros 311.160 47.277 Benefícios pagos (227.651) (45.750) (Ganhos) / perdas atuariais 440.273 64.990

Valor presente da obrigação atuarial líquida em 31. 12.2010 3.454.626 548.924 Custo de serviço 22.616 6.507 Custo dos juros 383.499 62.314

Benefícios pagos (243.185) (100.235) (Ganhos) / perdas atuariais 190.294 46.313

Valor presente da obrigação atuarial líquida em 31. 12.2011 3.807.850 563.823

21.4.6 Movimentação do ativo atuarial

Consolidado Plano Plano previdenciário assistencial

Valor justo do ativo do plano em 1º.01.2010 3.509.658 110.981 Retorno esperado dos ativos 393.702 12.776 Contribuições e aportes 25.138 - Benefícios pagos (227.651) (45.750) Ganhos / (perdas) atuariais 238.759 50.553

Valor justo do ativo do plano em 31.12.2010 3.939.606 128.560 Retorno esperado dos ativos 441.922 13.556 Contribuições e aportes 24.121 - Benefícios pagos (243.185) (100.235) Ganhos / (perdas) atuariais (178.321) 78.909

Valor justo do ativo do plano em 31.12.2011 3.984.143 120.790

21.4.7 Custos estimados

Os custos (receitas) estimados para 2012, segundo critérios atuariais da Deliberação

CVM nº 600/09, para cada plano, estão demonstrados a seguir:

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Consolidado Plano Plano previdenciário assistencial Total

2012

Custo do serviço corrente 330 2.341 2.671 Custo estimado dos juros 342.636 83.075 425.711 Rendimento esperado do ativo do plano (421.581) (13.867) (435.448)

Contribuições estimadas dos empregados (15.180) - (15.180) Amortização de ganhos e perdas - 102 102

Custos (receitas) (93.795) 71.651 (22.144)

Ganhos ou perdas atuariais motivados por alterações de premissas e/ou ajustes atuariais são

reconhecidos seguindo a regra do corredor, ou seja, os ganhos e perdas somente serão

reconhecidos na extensão que superarem 10% dos ativos do plano ou 10% do passivo de

beneficio a empregados projetado acumulado.

21.4.8 Análise de sensibilidade

As tabelas a seguir apresentam a análise de sensibilidade que demonstra o efeito de um aumento

ou uma redução de um ponto percentual nas taxas presumidas de variação dos custos

assistenciais sobre o agregado dos componentes de custo de serviço e custo de juros dos custos

assistenciais líquidos periódicos pós-emprego e a obrigação de benefícios assistenciais acumulada

pós-emprego.

. Cenários projetadosAtual Aumento 1% Redução 1%

.Sensibilidade da taxa de juros de longo prazo

Impactos nas obrigações do programa previdenciário 5,39% -9,50% 11,50%

Impactos em milhares de reais - R$ (361.746) 437.903

Impactos nas obrigações do programa de saúde 5,39% -2,90% 3,20%

Impactos em milhares de reais - R$ (16.253) 17.935

Sensibilidade da taxa de crescimento de custos médi cosImpactos nas obrigações do programa de saúde 1,00% 18,00% -14,50%

Impacto no custo do serviço do exercício seguinte - em milhares de reais - R$ 1.120 (747)

Sensibilidade da taxa de crescimento salarialImpactos nas obrigações do programa previdenciário 2,00% 0,07% -0,06%

Impactos em milhares de reais - R$ 2.665 (2.285)

21.4.9 Benefícios a pagar

Os benefícios estimados a serem pagos pela Companhia nos próximos cinco anos e o total de

benefícios para os cinco exercícios fiscais subsequentes são apresentados abaixo:

Consolidado Plano Outrosprevidenciário Benefícios Total

2012 320.924 20.892 341.816 2013 286.351 20.904 307.255 2014 293.510 20.917 314.427

2015 303.313 20.922 324.235 2016 314.827 20.924 335.751 2017 a 2020 2.005.687 103.863 2.109.550

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88

21.4.10 Alocação de ativos e estratégia de investimentos

A alocação de ativos para os planos previdenciário e assistencial da Companhia no final de 2011 e

a alocação-meta para 2012, por categoria de ativos, são as seguintes:

Consolidado Meta para 2012 2011

Renda fixa 85,7% 85,6%Renda variável 8,5% 10,0%Empréstimos 2,1% 1,6%

Imóveis 2,6% 1,6%Investimentos estruturados 1,0% 1,0%

Outros 0,1% 0,2%

100,0% 100,0%

Abaixo são apresentados os limites estipulados pela administração do Fundo:

Consolidado meta (%)(*) mínimo (%) meta (%) mínimo (%)

Renda fixa 89,0% 87,0% 72,0% 50,0%Renda variável 5,0% 0,0% 22,0% 0,0%

Empréstimos 1,0% 0,0% 5,0% 0,0%

Imóveis 4,0% 0,0% 0,0% 0,0%Investimentos estruturados 1,0% 0,0% 1,0% 0,0%

(*) Meta baseada no total de investimentos de cada plano

Plano I e II (BD) Plano III (CD)

A administração da Fundação Copel decidiu manter participação mais conservadora em renda variável, em relação ao limite legal permitido, que é de 70%

Em 31.12.2011 e 2010, o valor dos ativos do plano previdenciário incluíam os seguintes títulos

mobiliários emitidos pela Copel:

Consolidado Plano previdenciário de benefícios definidos

31.12.2011 31.12.2010

Ações 2.334 5.229

2.334 5.229

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89

21.4.11 Ativos do plano e a taxa de retorno esperada

As principais categorias de ativos do plano e a taxa de retorno esperada para cada categoria no

final do período são apresentadas a seguir:

Consolidado Retorno esperado Valor justo dos ativos do plano

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Renda fixa 11,5% 9,5% 5.290.117 4.893.772 Renda variável 23,0% 20,0% 482.156 408.049

Empréstimos 11,8% 15,4% 95.084 87.610

Imóveis 11,8% 9,5% 103.219 91.235

Investimentos estruturados 0,0% 0,0% 2.077 3.011

Outros 11,5% 12,7% - 11.953

Retorno médio ponderado esperado (*) 12,4% 10,0% 679.185 502.727

(*) O percentual do retorno médio ponderado esperado é obtido com a divisão do valor do retorno esperado pela posição dos investimentos do ano anterior. O valor do retorno médio ponderado esperado é obtido pela multiplicação da posição dos segmentos do ano anterior pelo percentual do retorno esperado no ano corrente.

A taxa global de retorno esperada corresponde à média ponderada dos retornos esperados das

várias categorias de ativos do plano. A avaliação do retorno esperado realizada pela Administração

tem como base as tendências históricas de retorno e previsões dos analistas de mercado para o

ativo durante a vida da respectiva obrigação.

O atual retorno dos ativos dos planos é de R$ 649.515 (R$ 636.495 em 2010).

O histórico dos ajustes pela experiência está demonstrado a seguir:

Plano previdenciário - BD Plano assistencial

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Valor presente da obrigação de benefícios definidos (3.807.850) (3.454.626) (563.823) (550.089) Valor justo dos ativos do plano 3.984.143 3.939.606 120.790 128.560

Déficit / Superávit 176.293 484.980 (443.033) (421.529)

(Ganhos) ou perdas atuariais nas obrigações 190.294 (440.273) 46.312 (64.995)

Ajuste de tábua biométrica (108.012) - (1.336) -

Ajustes na taxa de juros (229.386) - (33.944) -

Ajustes pela experiência nos passivos do plano (147.104) (440.273) 11.032 (64.995) Ajustes pela experiência dos ativos do plano (178.321) 238.759 78.909 50.553

Em 2012, a Companhia espera contribuir com R$ 58.857 para o plano previdenciário, que inclui os

planos de benefícios definidos (planos I e II) e o plano de contribuição definida (plano III), e

R$ 66.270 para o plano assistencial.

21.4.12 Informações adicionais

A Copel também patrocina um plano de contribuição definida para todos os empregados.

As contribuições nos exercícios encerrados em 31.12.2011 e 2010 foram de R$ 51.178 e

R$ 51.689, respectivamente.

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90

22 Encargos do Consumidor a Recolher

.Consolidado

31.12.2011 31.12.2010

Conta de consumo de combustível - CCC 30.154 27.607 Conta de desenvolvimento energético - CDE 20.718 18.807

Reserva global de reversão - RGR 19.639 9.691

70.511 56.105

23 Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energéti ca

As concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição, geração e transmissão

de energia elétrica estão obrigadas a destinar anualmente o percentual de 1% de sua receita

operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico e em programas de eficiência

energética, conforme Lei nº 9.991/00 e Resoluções Normativas Aneel nº 316/08 e 300/08.

Os saldos constituídos para aplicação em projetos de P&D e PEE são compostos da seguinte

forma:

23.1 Saldos constituídos para aplicação em P&D e PEE

. Aplicado e Saldo a Saldo a Saldo em Saldo em não concluído recolher aplicar 31.12.2011 31.12.201 0

Pesquisa e desenvolvimento - P&DFNDCT - 3.018 - 3.018 2.686 MME - 1.510 - 1.510 1.344 P&D 13.972 - 106.964 120.936 109.061

13.972 4.528 106.964 125.464 113.091

Programa de eficiência energética - PEE 47.477 - 78.623 126.100 133.632

61.449 4.528 185.587 251.564 246.723

Circulante 156.915 155.991

Não circulante 94.649 90.732

23.2 Mutação dos saldos de P&D e PEE

FNDCT MME P&D PEE circulante circulante circulante não circulante cir culante não circulante Consolidado

Em 1º.01.2010 1.325 682 49.653 54.908 69.345 35.585 211.498

Constituições 15.934 7.948 1.124 15.093 - 21.240 61.339 Juros Selic - - 638 6.333 - 12.314 19.285

Transferências - - 7.606 (7.606) 47.135 (47.135) - Recolhimentos (14.573) (7.286) - - - - (21.859)

Conclusões - - (18.688) - (4.852) - (23.540)

Em 31.12.2010 2.686 1.344 40.333 68.728 111.628 22.004 246.723

Constituições 17.593 8.796 1.443 16.182 - 24.034 68.048

Juros Selic - - 220 10.371 - 8.075 18.666 Transferências - - 9.254 (9.254) 45.491 (45.491) -

Recolhimentos (17.262) (8.630) - - - - (25.892)

Conclusões - - (16.340) - (39.641) - (55.981) Em 31.12.2011 3.017 1.510 34.910 86.027 117.478 8.622 251.564

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91

24 Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do b em público

Referem-se aos encargos de outorga de concessão pela utilização do bem público - UBP

incorridos a partir do início de operação do empreendimento até a data final da concessão, sendo a

contrapartida do valor registrada no ativo intangível.

Consolidado Passivo circulante Passivo não circulante

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Copel Geração e Transmissão

UHE Mauá (24.1.1) 615 - 11.726 10.926 UHE Colider (24.1.2) - - 13.779 11.323

ElejorComplexo Energ. Fundão-Santa Clara (24.2.1) 44.041 40.984 344.937 317.850

44.656 40.984 370.442 340.099

.

Valor nominal Valor presente2012 44.678 44.656

2013 44.891 38.192

2014 44.891 34.434 2015 46.259 32.119 Após 2015 985.056 265.697

1.165.775 415.098

Consolidado

Em 2011, foram registradas despesas de R$ 71.383 e R$ 8.263 (R$ 55.501 e R$ 8.797, em 2010)

nas contas de despesas financeiras e de amortização de intangível.

24.1 Geração e Transmissão

24.1.1 UHE Mauá (NE nº 15.7)

Como pagamento pelo uso do bem público objeto deste contrato, a Copel recolherá à União, da

entrada em operação comercial da UHE ao 35º ano de concessão, ou enquanto estiver na

exploração dos aproveitamentos hidrelétricos, o valor das parcelas mensais equivalentes a 1/12 do

pagamento anual proposto de R$ 643 (51% de 1.262), conforme cláusula sexta do Contrato de

Concessão nº 001/07 - MME UHE Mauá.

As parcelas serão corrigidas anualmente ou com a periodicidade que a legislação permitir,

tomando por base a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.

O cálculo do valor presente foi efetuado considerando-se uma taxa de desconto real e líquida em

torno de 5,65% a.a., compatível com a taxa estimada de longo prazo, não tendo vinculação com a

expectativa de retorno do projeto.

O valor presente das contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público em 31.12.2011

é de R$ 12.341 (R$ 10.926 em 31.12.2010).

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24.1.2 UHE Colíder (NE 15.8)

Como pagamento pelo uso do bem público objeto deste contrato, a Copel recolherá à União, da

entrada em operação comercial da UHE ao 35º ano de concessão, ou enquanto estiver na

exploração dos aproveitamentos hidrelétricos, o valor das parcelas mensais equivalentes a 1/12 do

pagamento anual proposto de R$ 1.256, conforme Cláusula sexta do Contrato de Concessão

nº 001/11 - MME UHE Colíder.

As parcelas serão corrigidas anualmente ou com a periodicidade que a legislação permitir,

tomando por base a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.

O cálculo do valor presente foi efetuado considerando-se uma taxa de desconto real e líquida em

torno de 7,74% a.a., compatível com a taxa estimada de longo prazo, não tendo vinculação com a

expectativa de retorno do projeto.

O valor presente das contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público em 31.12.2011

é de R$ 13.779 (R$ 11.323 em 31.12.2010).

24.2 Elejor

24.2.1 Complexo Energético Fundão - Santa Clara - AHE’s Fundão e Santa Clara

Como pagamento pelo uso do bem público objeto deste contrato, a Elejor recolherá à União, do

6º ao 35º ano de concessão, ou enquanto estiver na exploração dos aproveitamentos hidrelétricos,

parcelas mensais equivalentes a 1/12 do pagamento anual proposto de R$ 19.000, conforme

Termo de Ratificação do Lance, conforme cláusula sexta do Contrato de Concessão nº 125/01 -

Aneel - Complexo Energético Fundão - Santa Clara - AHEs Fundão e Santa Clara.

As parcelas são corrigidas anualmente, tomando-se por base a variação do IGP-M, a partir de maio

de 2001.

O valor principal na data de assinatura do contrato de concessão era de R$ 570.000. Este valor

atualizado mensalmente pela variação do IGP-M e abatido dos valores mensais já pagos, em

31.12.2011 representa a importância de R$ 1.097.352 (R$ 1.041.968 em 31.12.2010).

O referido montante original na data de assinatura do contrato foi registrado a valor presente, o

qual, em 31.12.2011, está registrado no passivo pelo montante de R$ 388.978 (R$ 358.834 em

31.12.2010), sendo que R$ 44.041 constam no Passivo Circulante e R$ 344.937 no Passivo não

Circulante.

O cálculo do valor presente foi efetuado considerando-se uma taxa de desconto real e líquida em

torno de 11% a.a., compatível com a taxa estimada de longo prazo, não tendo vinculação com a

expectativa de retorno do projeto.

A presente concessão foi outorgada em 23.10.2001, com assinatura de contrato em 25.10.2001 e

data final prevista para 25.10.2036.

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93

25 Outras Contas a Pagar

.Consolidado

31.12.2011 31.12.2010

Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos 19.332 16.135

Consumidores 17.412 7.107

Taxa de iluminação pública arrecadada 14.875 18.224

Devolução ao consumidor 7.837 7.027 Cauções em garantia 7.688 5.946

Parcerias em consórcios 7.031 339

Entidades seguradoras 2.335 3.005 Taxa de fiscalização Aneel 1.694 1.638

Outras obrigações 8.525 11.887

86.729 71.308 Circulante 86.676 71.308

Não circulante - NC 53 -

26 Contingências e Provisões para Litígios

A Companhia responde por diversos processos judiciais perante diferentes tribunais e instâncias. A

Administração da Companhia, fundamentada na opinião de seus assessores legais, mantém

provisão para litígios sobre as causas cuja probabilidade de perda é considerada provável.

Consolidado 31.12.2011 31.12.2010

Provisão Depósitos Provisão Depósitospara lítigos vinculados para lítigos vinculados

Fiscais (26.1) 281.937 26.272 321.479 26.226

Trabalhistas (26.2) 128.505 19.050 146.348 25.329

Benefícios a empregados (26.3) 58.089 - 53.245 -

Cíveis (26.4)Fornecedores (26.4.1) 88.003 70.568 86.101 70.568 Cíveis e direito administrativo (26.4.2) 112.059 15.342 73.237 12.002 Servidões de passagem (26.4.3) 4.839 - 9.065 -

Desapropriações e patrimoniais (26.4.3) 273.647 - 132.709 - Consumidores (26.4.4) 5.493 1.929 5.305 1.677

484.041 87.839 306.417 84.247

Ambientais (26.5) 104 - 42 -

Regulatórias (26.6) 48.147 - 38.847 -

1.000.823 133.161 866.378 135.802

Controladora 31.12.2011 31.12.2010

Provisão Depósitos Provisão Depósitospara lítigos vinculados para lítigos vinculados

Fiscais (26.1) 274.605 26.123 280.281 26.166

Cíveis 9.929 - 7.883 -

Regulatórios (26.6) 10.821 - 10.296 -

295.355 26.123 298.460 26.166

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94

Mutações das provisões para litígios

Consolidado Adições no Saldo em imobilizado Saldo em

31.12.2010 Adições Reversões em curso Quitações 31. 12.2011

Fiscais (26.1)Cofins (26.1.1) 234.563 - - - - 234.563

Outros 86.916 32.616 (71.305) - (853) 47.374

321.479 32.616 (71.305) - (853) 281.937

Trabalhistas (26.2) 146.348 14.024 (11.413) - (20.454) 128.505

Benefícios a empregados (26.3) 53.245 21.289 - - (16.445) 58.089

Cíveis (26.4)Fornecedores (26.4.1) 86.101 2.138 (236) - - 88.003

Cíveis e direito administrativo (26.4.2) 73.237 50.697 (1.622) - (10.253) 112.059

Servidões de passagem (26.4.3) 9.065 1.993 (5.725) - (494) 4.839

Desapropriações e patrimoniais (26.4.3) 132.709 124.874 - 16.064 - 273.647

Consumidores (26.4.4) 5.305 845 (638) - (19) 5.493 306.417 180.547 (8.221) 16.064 (10.766) 484.041

Ambientais (26.5) 42 62 - - - 104

Regulatórias (26.6) 38.847 13.977 (4.677) - - 48.147

866.378 262.515 (95.616) 16.064 (48.518) 1.000.823

Consolidado Reclassificação Saldo em do passivo Saldo em

1º.01.2010 Adições Reversões Quitações circulante 3 1.12.2010

Fiscais (26.1)Cofins (26.1.1) - 234.563 - - - 234.563 Outros 77.858 22.199 (18.802) - 5.661 86.916

77.858 256.762 (18.802) - 5.661 321.479

Trabalhistas (26.2) 123.259 46.105 (12.190) (10.826) - 146.348

Benefícios a empregados (26.3) 35.172 28.653 (600) (9.980) - 53.245

Cíveis (26.4)Fornecedores (26.4.1) 84.024 2.733 (656) - - 86.101 Cíveis e direito administrativo (26.4.2) 57.213 44.896 (22.721) (6.151) - 73.237 Servidões de passagem (26.4.3) 14.902 1.614 (7.281) (170) - 9.065 Desapropriações e patrimoniais (26.4.3) 125.339 8.742 (1.302) (70) - 132.709 Consumidores (26.4.4) 5.324 776 (640) (155) - 5.305

286.802 58.761 (32.600) (6.546) - 306.417

Ambientais (26.5) 10 32 - - - 42

Regulatórias (26.6) 37.010 8.173 (56) (6.280) - 38.847

560.111 398.486 (64.248) (33.632) 5.661 866.378

Controladora Saldo em Saldo em 31.12.2010 Adições Reversões Quitações 31.12.2011

FiscaisCofins (26.1) 234.563 - - - 234.563 Outras 45.718 6.052 (11.211) (517) 40.042

280.281 6.052 (11.211) (517) 274.605

Cíveis 7.883 2.656 (610) - 9.929

Regulatórias (26.6) 10.296 525 - - 10.821

298.460 9.233 (11.821) (517) 295.355

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95

Controladora Reclassificação Saldo em do passivo Saldo em

1º.01.2010 Adições Reversões Quitações circulante 3 1.12.2010

FiscaisCofins (26.1) - 234.563 - - 234.563 Outras 44.357 9.486 (16.940) - 8.815 45.718

44.357 244.049 (16.940) - 8.815 280.281

Cíveis 328 10.068 (197) (2.316) - 7.883

Regulatórios (26.6) 9.249 1.047 - - - 10.296

53.934 255.164 (17.137) (2.316) 8.815 298.460

Ações Prováveis

26.1 Fiscais

26.1.1 Contribuição para o financiamento da seguridade social - Cofins

Processo nº 10980.004398/2010-09 - Receita Federal do Brasil de Curitiba.

No último semestre de 2010, transitou em julgado, perante o TRF/4ª Região, a Ação

Rescisória nº 2000.04.01.100266-9, favoravelmente à União Federal, desconstituindo a sentença

proferida no Mandado de Segurança nº 95.0011037-7, que havia reconhecido a imunidade da

Companhia quanto ao recolhimento da Cofins.

Como resultado desse julgamento, a Receita Federal lavrou a Intimação nº 9/2010, em 07.12.2010,

expedida por agente fiscal da Receita Federal do Brasil de Curitiba, por meio do qual pretende

exigir, da Copel, o pagamento de Cofins relativo ao período de Agosto de 1995 a Dezembro de

1996.

Essa cobrança decorre do entendimento da Receita Federal do Brasil de que a Copel teria

declarado por meio de DCTF e/ou DIPJ, em época própria, ser devedora da quantia de R$ 40.678

a título de Cofins no período cobrado, e que o prazo prescricional do fisco para cobrança do

referido crédito tributário teria ficado suspenso desde o trânsito em julgado do mandado de

segurança nº 95.0011037-7, que reconheceu a imunidade da Companhia quanto ao recolhimento

da Cofins, mas que foi rescindido por acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da

4ª Região no julgamento do processo n.º 2000.04.01.100266-9.

Com base no entendimento da Receita Federal, somado à ausência de precedentes

jurisprudenciais sobre o assunto e a complexidade e peculiaridade tanto dos fatos quanto da

questão jurídica envolvidas no processo em questão, a Diretoria Jurídica considera como perda

provável o valor do principal, de R$ 40.246.

Por outro lado, sustenta a Companhia, em sua defesa, em síntese, que essas declarações não

tiveram o efeito de confessar o débito objeto da cobrança, até porque o referido débito era objeto

de questionamento judicial (Mandado de Segurança nº 95.0011037-7), tendo ainda o fisco decaído

de seu direito de constituí-lo.

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96

Para fins de suspender a exigibilidade deste crédito tributário foi impetrado Mandado de

Segurança nº 5005264-27.2011.404.7000, perante a 1ª Vara Federal de Curitiba, cuja sentença foi

desfavorável à Copel, reconhecendo a competência da Superintendência da Receita Federal para

apreciar a impugnação da Companhia à Intimação Fiscal nº 09/2010, sem a necessidade de

submeter-se ao trâmite comum das impugnações administrativas aos lançamentos tributários, as

quais possuem efeito suspensivo e são regidas pelo duplo grau de jurisdição administrativa. Desta

sentença foi interposto o recurso de embargos de declaração pela Copel, o qual está pendente de

julgamento. Posteriormente será interposto o Recurso de Apelação, que visará reformar o teor da

referida sentença.

Como a Intimação nº 09/2010, concernente ao principal do débito de Cofins de R$ 40.246 relativo

ao período de Agosto de 1995 a Dezembro de 1996, foi julgada procedente pela SRF, o débito foi

inscrito em dívida ativa sob nº 90 6 11 018367-09. Os juros e multa concernentes ao referido débito

tributário são objeto do processo administrativo nº 11453.720001/2011-23, os quais totalizam em

31.12.2011 o montante de R$ 148.055 classificado pela administração da Companhia com base na

opinião de seus assessores jurídicos como de risco de perda possível, visto que se tratam de

linhas de defesa independentes entre o principal e os encargos e que há fortes argumentos para a

defesa dos valores referentes a juros e multas.

Processo nº 10980.720458/2011-15 - Receita Federal do Brasil de Curitiba.

No último semestre de 2010, transitou em julgado, perante o TRF/4ª Região, a Ação Rescisória

nº 2000.04.01.100266-9, favoravelmente à União Federal, desconstituindo a sentença proferida no

Mandado de Segurança nº 95.0011037-7, que havia reconhecido a imunidade da Companhia

quanto ao recolhimento da Cofins.

Como resultado desse julgamento, a Receita Federal lavrou o referido auto de infração, por meio

do qual pretende exigir o pagamento de Cofins do período de outubro de 1998 a junho de 2001, em

razão da procedência da ação rescisória nº 2000.04.01.100266-9.

Entende a Receita Federal que o julgamento da Ação Rescisória teria suspendido o prazo

decadencial para constituir o referido crédito tributário.

Com base no entendimento da Receita Federal, somado à ausência de precedentes

jurisprudenciais sobre o assunto e a complexidade e peculiaridade tanto dos fatos quanto da

questão jurídica envolvidas no processo em questão, a Diretoria Jurídica considera como perda

provável o valor do principal, de R$ 194.317.

Contudo, a Companhia sustenta, em sua defesa, que a União Federal decaiu de seu direito de

constituir o referido crédito tributário, tendo em vista a ausência da constituição tempestiva do

crédito tributário, para prevenir a decadência.

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97

Os juros e multa concernentes ao referido débito tributário totalizam em 31.12.2011 o montante de

R$ 442.956 classificado pela administração da Companhia com base na opinião de seus

assessores jurídicos como de risco de perda possível, visto que se tratam de linhas de defesa

independentes entre o principal e os encargos e que há forte argumentos para a defesa dos

valores referentes a juros e multas.

26.1.2 Impostos sobre serviços - ISS

As principais discussões referem-se a autuações fiscais lavradas em face da Companhia, por conta

da eventual ausência de retenção do ISS na qualidade de tomadora do serviço contratado junto a

terceiros, no valor de R$ 50.

26.1.3 Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana - IPTU

A Companhia discute administrativamente e judicialmente a incidência de IPTU sobre seus bens

vinculados à concessão, ao argumento de que são imunes a impostos. Adicionalmente, tem obtido

sucesso em algumas execuções fiscais movidas pelos municípios do Paraná contra a Companhia,

no valor de R$ 148.

26.1.4 Contribuições previdenciárias

No que se refere às contribuições previdenciárias, as demandas judiciais e administrativas

envolvem uma gama bastante variada de discussões. Em síntese, porém, pode-se dizer que a

maioria das questões discutidas administrativa ou judicialmente envolve a posição da Copel como

responsável solidária, por eventual ausência de recolhimento de contribuições previdenciárias

devidas por serviços prestados por terceiros contratados pela Companhia, valor provisionado da

ação é de R$ 31.014.

26.1.5 Imposto único de energia elétrica - IUEE

Trata-se de ação ordinária intentada pelos Municípios em face da União e Copel, com o fito de

obrigá-las a pagar o devido a título de repasse do IUEE em dinheiro, descontados os valores das

ações anteriormente pagas, no valor de R$ 5.154.

26.1.6 Outros tributos federais

A Companhia possui outras ações relacionadas a tributos federais que totalizam R$ 11.008.

26.2 Trabalhistas

Ações movidas por ex-empregados contra a Companhia, envolvendo cobrança de horas-extras,

periculosidade, adicional de transferência, equiparação/reenquadramento salarial e outras e,

também, ações movidas por ex-empregados de seus empreiteiros (responsabilidade solidária) e

empresas terceirizadas (responsabilidade subsidiária), envolvendo cobrança de parcelas

indenizatórias e outras.

26.3 Benefícios a empregados

Ações de aposentados (ex-empregados da Copel) que apresentaram reclamação trabalhista contra

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a Fundação Copel, que causarão, consequentemente, reflexos para a Companhia, na medida em

que forem necessários aportes complementares.

26.4 Cíveis

26.4.1 Fornecedores

Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Nata l Energética S.A.

A Copel Distribuição discute judicialmente a validade de cláusulas e condições do contrato de

compra e venda de energia firmado com as empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio

Salto Natal Energética S.A., ao entendimento de que estabelecem benefícios às empresas

vendedoras. Concomitantemente, as vendedoras, depois de rescindirem o contrato, levaram o

conflito para decisão da Câmara de Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas, que condenou a

Copel Distribuição a pagar a multa contratual, ao entendimento de que esta dera causa à rescisão.

A Copel Distribuição pleiteia judicialmente a anulação dessa decisão.

Considerando que ambos os fornecedores já levantaram os valores penhorados (R$ 35.913 em

17.06.2010, R$ 22.823 em 1º.10.2009 e R$ 11.833 em 03.02.2010), permanece a classificação da

ação, pela Diretoria Jurídica, como perda provável, ressaltando que foram apresentadas pelas

mesmas cartas de fiança bancária como garantia a referidos levantamentos. Além da discussão

judicial em questão, houve, no final de 2011, a execução de saldo remanescente, no valor de

R$ 27.438, com consequente bloqueio em conta, pretensão impugnada pela Copel Distribuição,

razão pela qual a Administração decidiu por constituir provisão financeira para referidos litígios, no

valor originário das dívidas que, corrigidas até 31.12.2011, apontam para a importância de

R$ 104.792, deste valor, R$ 16.789 estão contabilizados na conta Fornecedores.

26.4.2 Cíveis e direito administrativo

Ações em que a Copel é parte ativa ou passiva e que envolve faturamento, procedimento irregular,

contratos administrativos e multa contratual, indenização por acidentes com a rede de energia

elétrica e acidentes com veículos.

26.4.3 Servidões de passagem, desapropriações e patrimoniais

O contencioso patrimonial da Copel é constituído principalmente pelas ações de desapropriações e

servidões, que impõem pagamentos a título de indenizações e que são sempre obrigatórias devido

a preceito constitucional que obriga à justa e prévia indenização em dinheiro pelo desapossamento

compulsório de áreas pela Administração Pública e nas servidões pela restrição no uso da

propriedade sem transferir o domínio. As ações judiciais ocorrem quando há divergência entre o

valor avaliado pela Copel para pagamento e o pleiteado pelo proprietário.

As ações patrimoniais compreendem, ainda, reintegrações de posse de imóveis de propriedade da

concessionária. As demandas judiciais existem quando há necessidade de retomada dos imóveis

invadidos por terceiros.

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99

Comporta, por fim, a intervenção no usucapião de terceiros, seja na qualidade de confrontante ou

mesmo quando se trate de imóvel onde há áreas de servidão de passagem.

Ivaí Engenharia de Obras S.A.

Em ação de declaratória que tramitou perante a 1.ª Vara da Fazenda de Curitiba, foi reconhecido o

direito da empresa Ivaí em receber créditos que teriam junto à Copel Geração e Transmissão em

consequência da execução do contrato D-01, cujo objeto era execução de obras de derivação do

rio Jordão, consistido em quantia compensatória de suposto desequilíbrio da equação econômico-

financeira do mesmo. Com base nesta decisão a Ivaí propôs ação de cobrança, que tramitou

perante a 4ª Vara da Fazenda de Curitiba, cuja decisão, atualmente contestada pela Copel

determinou o pagamento do valor de R$ 180.917, valor histórico relativo a 31.10.2005, que deverá

ser corrigido pela média do INPC e do IGP-DI, acrescido de juros moratórios de 1% ao mês desde

aludida data, além de honorários advocatícios na ordem de 3,2% de referida importância.

No que concerne à discussão em questão, em Medida Cautelar de relatoria do Ministro Castro

Meira, autuada no STJ sob nº 15.372 - PR, foi concedida liminar em favor da Copel para atribuir

efeito suspensivo à execução provisória promovida pela Ivaí.

A tese recursal, atualmente em trâmite no STJ, aborda a ausência de desequilíbrio econômico-

financeiro do Contrato, bem como a nulidade do cálculo realizado pelo perito judicial que utilizou

parâmetros equivocados para obter o valor da condenação, pois aplicou juros em duplicidade

(selic mais juros). Embora o Tribunal de Justiça tenha afastado a duplicidade na incidência de juros

a partir da elaboração do laudo pericial, não analisou as razões recursais que demonstraram que o

cálculo contido no laudo pericial já estava viciado.

O processo aguarda desfecho do julgamento do Recurso Especial, de relatoria do Ministro Castro

Meira, autuado sob nº 1.096.906, com a retomada da votação pelos Ministros Mauro Campbell

Marques e Humberto Martins, após o voto desfavorável do Ministro Relator, publicado em meados

de 2011 e que aguarda retorno do feito recursal ao Plenário após o pedido de vista do Ministro

Herman Benjamin.

Diante do voto desfavorável e da análise dos precedentes das decisões anteriormente proferidas

pelos demais Ministros que participaram do julgamento, a administração da Companhia, procedeu

a uma minuciosa revisão do processo ao longo destes últimos meses e decidiu por remensurar o

montante a ser provisionado, de R$ 125.000, que representava o valor original do débito em

discussão, atualizado com juros legais e correção monetária em índices admitidos pela

Companhia, para R$ 243.307, uma vez ponderada a forma de atualização da dívida que ainda está

sendo discutida, afastando apenas a incidência de juros nos cálculos periciais e mantendo a

cobrança do selic e a partir daí, com atualização até os dias atuais com base nos parâmetros

fixados no acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná - TJPR (juros mais correção

monetária). Assim, o montante ora provisionado reflete a expectativa da Companhia em eventual

desfecho desfavorável da ação.

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100

Ressalta-se também que a cumulação de juros, no caso, selic mais juros de mora, é situação

rechaçada pelo Poder Judiciário, inclusive pelo próprio STJ em diversos precedentes, razão pela

qual considera-se como risco possível, para o caso em comento, a diferença entre o valor

considerado como provável e o eventual valor total da condenação, data base 31.12.2011, ou seja,

R$ 207.694

Há que se considerar, ainda, que a Copel aguarda o julgamento do Agravo Regimental no Recurso

Especial na ação rescisória, de relatoria do Ministro Arnaldo Esteves Lima, autuado sob

nº 1.121.458, em que busca a desconstituição do débito, por ausência do direito de reclamar a

diferença em decorrência da existência de transações administrativas.

26.4.4 Consumidores

Ações pleiteando ressarcimento de danos causados em aparelhos eletrodomésticos, indenizações

por dano moral decorrente da prestação do serviço (por exemplo, suspensão do fornecimento) e

ações movidas por consumidores industriais questionando a legalidade da majoração da tarifa de

energia elétrica ocorrida na vigência do Plano Cruzado e pleiteando restituição de valores

envolvidos. A Companhia constituiu provisão tomando por base o diferencial de alíquota, cobrada

dos consumidores industriais, no período de março a novembro de 1986, acrescida de encargos

financeiros, cujos montantes são considerados suficientes.

26.5 Ambientais

O contencioso ambiental judicial da Copel e de suas subsidiárias refere-se, basicamente, a ações

civis públicas e ações populares, que têm como finalidade obstaculizar o andamento de

licenciamento ambiental de novos projetos ou a recuperação de áreas de preservação permanente

no entorno dos reservatórios das usinas hidrelétricas utilizadas indevidamente por particulares. Em

caso de eventual condenação, estima-se o custo da elaboração de novos estudos ambientais e o

custo de recuperação das áreas de propriedade da Copel.

26.6 Regulatórias

A Companhia está discutindo nas esferas administrativa e judicial notificações do Órgão Regulador

sobre eventuais descumprimentos de normas regulatórias, dentre eles o valor de R$ 35.535,

referente às ações judiciais envolvendo a Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE e Dona

Francisca Energética S.A., contra o Despacho Aneel nº 288/02. O provável êxito nas ações citadas

resultará em modificações na contabilização da CCEE, o que torna necessária a constituição de

provisão destes valores, visto que a Copel será acionada a quitar os montantes de sua

responsabilidade.

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101

Ações Possíveis

Consolidado 31.12.2011 31.12.2010

Fiscais 1.246.954 1.049.099 Cíveis 542.386 141.233 Trabalhistas 176.448 115.626

Benefícios a empregados 37.788 32.796 Regulatórias 12.907 1.629.001

2.016.483 2.967.755

26.7 Detalhamento das principais causas possíveis

26.7.1 Cíveis

•••• Causa cívil referente à ação de indenização nº 166-53.2011.8.16.0122, de autoria da

Mineradora Tibagiana Ltda., tendo como réu o Consórcio Energético Cruzeiro do Sul – CECS.

Compete a Copel Geração e Transmissão o percentual de 51% do total do risco da ação, que

equivale a R$ 171.309, atualizado em 31.12.2011. A requerente alega ser detentora de decreto

de Lavra expedido pelo Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, e afirma que

com a concessão de Lavra obtida, tornou-se legítima detentora da posse e domínio de área na

região do entorno do Rio Tibagi. A indenização pleiteada refere-se a supostos prejuízos nas

atividades da mineradora em função das obras de construção da usina;

•••• Ivaí Engenharia de Obras S.A. Ação que consiste no pleito de compensação por suposto

desequilíbrio da equação econômico-financeira de contrato firmado com a Copel. A

administração da Companhia classificou como risco de perda possível para esta ação o

montante de R$ 207.694. Informações adicionais estão descritas no item 26.4.3, deste

relatório.

26.7.2 Fiscais

•••• Ação rescisória do Cofins, no valor R$ 591.101. Este valor refere-se a juros e multas cujo

débito principal está provisionado nas demonstrações financeiras em virtude de sua

classificação como perda provável, porém em virtude dos fortes argumentos para a defesa

destes encargos, sua classificação está como possível. Informações adicionais sobre esta

ação estão descritas no item 26.1, deste relatório.

•••• Exigências fiscais conforme Notificação Fiscal de Lançamento de Débito - NFLD

nº 35.273.870-7, no valor aproximado de R$ 192.746, de autoria do Instituto Nacional de

Seguridade Social – INSS, contra a Copel referente à execução fiscal de Contribuição

Previdenciária;

•••• Exigências fiscais conforme NFLD nº 35.273.876-6, no valor de R$ 45.432, de autoria do

INSS, contra a Copel referente à execução fiscal com o objetivo de obter contribuição

previdenciária incidente sobre a cessão de mão-de-obra.

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102

26.7.3 Regulatória

O Mercado Atacadista de Energia - MAE foi extinto e suas atividades, seus ativos e passivos

foram, em 12.11.2004, absorvidos pela CCEE, que foi constituída sob forma de pessoa jurídica de

direito privado, sob regulação e fiscalização da Aneel.

Os dados de comercialização de energia elétrica da Copel Distribuição, considerados na

contabilização do MAE, atualmente CCEE, não foram reconhecidos pela Companhia como efetivos

e definitivos para os exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002. Esses dados foram

calculados através de critérios e valores que levaram em conta decisões da agência reguladora,

sendo objeto de contestação, e tendo a Companhia já encaminhado, pelas vias administrativas e

judiciais, providências contra aquelas decisões.

O pleito está embasado substancialmente no fato de a Companhia ter efetuado transações de

venda de energia, as quais não deveriam servir de base de cálculo efetuado pelo órgão regulador,

para cumprir exclusivamente com contratos com clientes localizados no mercado da região

sudeste. Em 31.12.2010, o montante estimado relativo às diferenças de cálculo era de

aproximadamente R$ 1.473.000, não reconhecido pela Companhia no passivo de fornecedores.

Em 31.03.2011, a Administração, baseada em decisão de primeira instância na esfera judicial em

favor da Companhia e suportada por opinião de seus assessores jurídicos, reconsiderou como

remotas as chances de perda quando da decisão final desses processos judiciais, mantendo esta

decisão em 31.12.2011.

27 Patrimônio Líquido

27.1 Atribuível aos acionistas da empresa control adora

27.1.1 Capital social

O capital social integralizado, em 31.12.2011 (e em 31.12.2010), monta a R$ 6.910.000. Sua

composição por ações (sem valor nominal) e principais acionistas é a seguinte:

Número de ações em unidadesAcionistas Preferenciais "A" Preferenciais "B" Total

% % % % Estado do Paraná 85.028.598 58,63 - - 13.639 0,01 85.042.237 31,08

BNDESPAR 38.298.775 26,41 - - 27.282.006 21,27 65.580.781 23,96 Eletrobrás 1.530.774 1,06 - - - - 1.530.774 0,56

Custódias em bolsa: BM&FBOVESPA (1) 19.500.475 13,45 129.439 33,69 57.520.418 44,85 77.150.332 28,19 NYSE (2) 120.889 0,08 - - 43.254.632 33,73 43.375.521 15,85 Latibex (3) - - - - 129.297 0,10 129.297 0,05

Prefeituras 178.393 0,12 9.326 2,43 3.471 0,01 191.190 0,07

Outros 373.176 0,25 245.385 63,88 36.682 0,03 655.243 0,24

145.031.080 100,00 384.150 100,00 128.240.145 100,00 273.655.375 100,00 (1) Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros(2) Bolsa de Valores de Nova Iorque(3) Mercado de Valores Latino Americano em Euros, vinculado à Bolsa de Valores de Madri

Ordinárias

O valor de mercado das ações da Companhia em 31.12.2011 está demonstrado a seguir:

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103

Número de ações em unidades Valor de mercado

Ações ordinárias 145.031.080 4.788.667

Ações preferenciais classe "A" 384.150 15.036 Ações preferenciais classe "B" 128.240.145 5.007.767

273.655.375 9.811.470

Nas Assembleias Gerais, cada ação ordinária tem direito a um voto. As ações preferenciais não

têm direito a voto e são de classes “A” e “B”.

As ações preferenciais classe “A” têm prioridade no reembolso do capital e direito ao recebimento

de dividendos de 10% a.a., não cumulativos, calculados com base no capital próprio a esta espécie

e classe de ações.

As ações preferenciais classe “B” têm prioridade no reembolso do capital e direito ao recebimento

de dividendos, correspondentes à parcela do valor equivalente a 25% do lucro líquido ajustado, de

acordo com a legislação societária e o estatuto da Companhia, calculados com base no capital

próprio a esta espécie e classe de ações. Os dividendos assegurados à classe “B” são prioritários

apenas em relação às ações ordinárias e somente são pagos à conta dos lucros remanescentes,

depois de pagos os dividendos prioritários das ações preferenciais classe “A”.

De acordo com o artigo 17 e seus parágrafos, da Lei Federal nº 6.404/76, os dividendos atribuídos

às ações preferenciais são, no mínimo, 10% maiores do que os atribuídos às ações ordinárias.

27.1.2 Posição acionária

Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade %

ESTADO DO PARANÁ 85.028.598 58,63 - - 13.639 0,01 85.042.237 31,08

BNDES PARTICIPAÇÕES S.A. - BNDESPAR

38.298.775 26,41 - - 27.282.006 21,27 65.580.781 23,96

- - - - - - - -

21.703.707 14,96 384.150 100,00 100.944.500 78,72 123.032.357 44,96

145.031.080 100,00 384.150 100,00 128.240.145 100,00 273.655.375 100,00

OUTROS ACIONISTAS

TOTAL

CONTROLADOR

AÇÕES EM TESOURARIA

C O M P A N H I A P A R A N A E N S E D E E N E R G I A - C O P E L Posição em 31.12.2011

(Em Unidades)

POSIÇÃO ACIONÁRIA DOS DETENTORES DE MAIS DE 5% DAS AÇÕES DE CADA ESPÉCIE E CLASSE DA COMPANHIA, ATÉ O NÍVEL DE PESSOA FÍSICA.

ACIONISTAS Ações Ordinárias

Ações Preferenciais Classe “A”

Ações Preferenciais Classe “B”

Total

Page 183: COPEL · E coroando a temporada de êxitos, a Copel participou com sucesso do último leilão para novas obras de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica

104

Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade %

ESTADO DO PARANÁ 85.028.598 58,63 - - 13.639 0,01 85.042.237 31,08

BNDES PARTICIPAÇÕES S.A. - BNDESPAR

38.298.775 26,41 - - 27.282.006 21,28 65.580.781 23,96

- - - - - - - -

21.703.707 14,96 389.931 100,00 100.938.719 78,71 123.032.357 44,96

145.031.080 100,00 389.931 100,00 128.234.364 100,00 273.655.375 100,00

Obs.: O BNDES Participações S.A. - BNDESPAR é uma companhia aberta, subsidiária integral do Banco Nacional de Desenvolvimento Social - BNDES, o qual é 100% da União. Mantém em vigência o "Acordo de Acionistas" com o Estado do Paraná.

CONTROLADOR

AÇÕES EM TESOURARIA

OUTROS ACIONISTAS

TOTAL

C O M P A N H I A P A R A N A E N S E D E E N E R G I A - C O P E L Posição em 31.12.2010

(Em Unidades)

POSIÇÃO ACIONÁRIA DOS DETENTORES DE MAIS DE 5% DAS AÇÕES DE CADA ESPÉCIE E CLASSE DA COMPANHIA, ATÉ O NÍVEL DE PESSOA FÍSICA.

Ações OrdináriasAções Preferenciais

Classe “A”Ações Preferenciais

Classe “B”Total

ACIONISTAS

No exercício de 2011, 5.781 ações foram convertidas de ações preferenciais “classe A” para ações

preferenciais “classe B”.

Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade %

123.327.373 85,04 - - 27.295.645 21,28 150.623.018 55,04

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

8 0,00 - - - - 8 0,00

DIRETORIA 3 0,00 - - 2.500 0,00 2.503 0,00

20.000 0,01 - - 10 0,00 20.010 0,01

- - - - - - - -

21.683.696 14,95 384.150 100,00 100.941.990 78,71 123.009.836 44,95

145.031.080 100,00 384.150 100,00 128.240.145 100,00 273.655.375 100,00

21.683.696 14,95 384.150 100,00 100.941.990 78,71 123.009.836 44,95

OUTROS ACIONISTAS

TOTAL

AÇÕES EM CIRCULAÇÃO

CONTROLADOR

ADMINISTRADORES

CONSELHO FISCAL

AÇÕES EM TESOURARIA

POSIÇÃO ACIONÁRIA CONSOLIDADA DOS CONTROLADORES E A DMINISTRADORES E AÇÕES EM CIRCULAÇÃO

ACIONISTAS Ações Ordinárias

Ações Preferenciais Classe “A”

Ações Preferenciais Classe “B”

Total

C O M P A N H I A P A R A N A E N S E D E E N E R G I A - C O P E L Posição em 31.12.2011

(Em Unidades)

Page 184: COPEL · E coroando a temporada de êxitos, a Copel participou com sucesso do último leilão para novas obras de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica

105

Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade %

123.327.373 85,04 - - 27.295.645 21,29 150.623.018 55,04

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

8 0,00 - - - - 8 0,00

DIRETORIA 102 0,00 - - - - 102 0,00

- - - - - - - -

- - - - - - - -

21.703.597 14,96 389.931 100,00 100.938.719 78,71 123.032.247 44,96

145.031.080 100,00 389.931 100,00 128.234.364 100,00 273.655.375 100,00

21.703.597 14,96 389.931 100,00 100.938.719 78,71 123.032.247 44,96

Total ACIONISTAS

C O M P A N H I A P A R A N A E N S E D E E N E R G I A - C O P E L Posição em 31.12.2010

(Em Unidades)

POSIÇÃO ACIONÁRIA CONSOLIDADA DOS CONTROLADORES E A DMINISTRADORES E AÇÕES EM CIRCULAÇÃO

AÇÕES EM CIRCULAÇÃO

Ações OrdináriasAções Preferenciais

Classe “A”Ações Preferenciais

Classe “B”

CONSELHO FISCAL

AÇÕES EM TESOURARIA

OUTROS ACIONISTAS

TOTAL

CONTROLADOR

ADMINISTRADORES

27.1.3 Reserva de lucros

.

31.12.2011 31.12.2010

Reserva legal 536.187 478.302

Reserva de retenção de lucros 2.838.551 2.056.526 Dividendo adicional proposto 84.875 25.779

3.459.613 2.560.607

Controladora

A reserva legal é constituída com base em 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer

destinação, limitada a 20% do capital.

A reserva de retenção de lucros visa à cobertura do programa de investimento da Companhia,

conforme o artigo 196 da Lei das Sociedades Anônimas. Sua constituição ocorre mediante

retenção do remanescente do lucro líquido do exercício, após a reserva legal e os juros sobre o

capital próprio.

O dividendo adicional proposto corresponde à parcela do valor proposto pela Administração à

Assembleia Geral, excedente aos dividendos mínimos obrigatórios previstos no Estatuto. Em

atendimento ao disposto na ICPC nº 08, é mantido em reserva específica no patrimônio líquido até

a deliberação definitiva por parte da assembleia geral dos acionistas, quando então é reconhecido

como dívida no passivo circulante.

27.1.4 Ajustes de avaliação patrimonial

A Companhia reconheceu o ajuste do valor justo do ativo imobilizado - custo atribuído, na data da

adoção inicial das IFRSs. A contrapartida deste ajuste, líquido do imposto de renda e contribuição

social diferidos, foi reconhecida na conta Ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido. A

realização de tais ajustes é contabilizada na conta de Lucros acumulados, na medida em que

ocorra a realização dos itens avaliados, seja pela depreciação ou eventual baixa.

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106

A movimentação desta conta inclui os ajustes decorrentes das variações de valor justo envolvendo

os ativos financeiros classificados como disponíveis para venda, os quais correspondem aos outros

resultados abrangentes da Companhia.

Mutação de ajustes de avaliação patrimonial

Consolidado Controladora Consolidado

Em 1º.01.2010 1.660.634 1.660.634 Ajuste referente ativos financeiros classificados como disponíveis para venda:

Contas a receber vinculadas à concessão - Copel Distribuição (*) 1.999 3.029 Tributos sobre ganhos com ativos financeiros - (1.030)

Realizações dos ajustes de avaliação patrimonial:

Custo atribuído - Copel Geração e Transmissão (*) (101.303) (153.489) Tributos sobre a realização dos ajustes - 52.186

Custo atribuído - Dominó Holdings (*) (1.814) (2.748) Tributos sobre a realização dos ajustes - 934

Em 31.12.2010 1.559.516 1.559.516 Ajuste referente ativos financeiros classificados como disponíveis para venda:

Aplicações financeiras - Copel Geração e Transmissão (*) 1.955 2.962 Tributos sobre ganhos com ativos financeiros - (1.007)

Contas a receber vinculadas à concessão - Copel Distribuição (*) (4.806) (7.282) Tributos sobre ganhos com ativos financeiros - 2.476 Investimentos disponíves para venda - Copel 5.647 5.647

Tributos sobre ganhos com ativos financeiros (1.920) (1.920) Realizações dos ajustes de avaliação patrimonial:

Custo atribuído - Copel Geração e Transmissão (*) (101.904) (154.400) Tributos sobre a realização dos ajustes - 52.496 Custo atribuído - Dominó Holdings (*) (1.407) (2.132)

Tributos sobre a realização dos ajustes - 725

Em 31.12.2011 1.457.081 1.457.081

(*) Equivalência patrimonial na controladora, líquida de tributos

27.1.5 Proposta de distribuição de dividendos

.Controladora

31.12.2011

Cálculo dos dividendos mínimos obrigatórios (25%) - (1)Lucro líquido do exercício 1.157.690

Reserva legal (5%) (57.885) Realização do ajuste de avaliação patrimonial 103.311

Base de cálculo para dividendos mínimos obrigatórios 1.203.116 300.779

Dividendos propostos, líquido - (2)Juros sobre capital próprio 421.091 IRRF s/ os juros sobre capital próprio (35.437)

385.654

Dividendos adicionais propostos (2-1) 84.875

Valor bruto dos dividendos por ação:Ações ordinárias 1,46833

Ações preferenciais classe "A" 2,52507 Ações preferenciais classe "B" 1,61546

Valor bruto dos dividendos por classes de ações:

Ações ordinárias 212.954

Ações preferenciais classe "A" 970 Ações preferenciais classe "B" 207.167

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107

Considerando o impacto do aumento da despesa de depreciação e baixa em virtude da aplicação

das novas normas contábeis (Interpretação técnica ICPC 10) referentes ao ativo imobilizado, a

Administração da Companhia deliberou por excluir os efeitos desta depreciação e baixa para fins

de dividendos a serem distribuídos aos acionistas, durante a realização de toda a diferença gerada

pelo novo valor. Desta forma, a base de cálculo para dividendos, que até o exercício de 2009

refletia o lucro líquido do exercício ajustado conforme previsto na Lei das Sociedades Anônimas, a

partir do exercício de 2010 é acrescida na mesma proporção da realização da conta de ajuste de

avaliação patrimonial.

Em 2011, registrando um lucro na ordem de R$ 1.157.690, a Companhia destinou R$ 421.091 na

forma de juros sobre o capital próprio. Deste total de juros sobre o capital próprio propostos,

R$ 336.216 correspondentes ao dividendo mínimo obrigatório, foram contabilizados como

despesas financeiras para fins fiscais e sua reversão foi efetuada em rubrica própria, conforme

praticas contábeis adotadas no Brasil.

A parcela dos juros sobre o capital próprio excedente ao dividendo mínimo obrigatório, no valor de

R$ 84.875, será mantida em reserva no Patrimônio líquido da Companhia, na rubrica Dividendo

adicional proposto, até a deliberação da Assembleia Geral Ordinária, quando então, se aprovada,

será transferida para rubrica do Passivo circulante.

27.1.6 Lucro por ação - básico e diluído

.Controladora

31.12.2011 31.12.2010 Numerador básico e diluído Lucro líquido básico e diluído alocado por classes de ações, atribuído aos acionistas controladores:

Ações preferenciais classe "A" 2.064 2.050 Ações preferenciais classe "B" 569.817 486.044

Ações ordinárias 585.809 499.713 1.157.690 987.807

Denominador básico e diluído Média ponderada das ações (em milhares):

Ações preferenciais classe "A" 387.134 393.683

Ações preferenciais classe "B" 128.237.161 128.230.612 Ações ordinárias 145.031.080 145.031.080

273.655.375 273.655.375 Lucro líquido básico e diluído por ação atribuído a os acionistas da empresa controladora:

Ações preferenciais classe "A" 5,3315 5,2075 Ações preferenciais classe "B" 4,4435 3,7904 Ações ordinárias 4,0392 3,4456

A quantidade média ponderada de ações ordinárias usadas no cálculo do lucro básico por ação

concilia com a quantidade média ponderada de ações ordinárias usadas na apuração do lucro por

ação diluído, já que não há instrumentos financeiros com potencial dilutivo.

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108

27.2 Patrimônio líquido atribuível aos acionistas não controladores

Consolidado Compagas Elejor UEG Araucária Total

Em 1º.01.2010 91.478 6.634 130.253 228.365

Recursos para Afac - 30.813 - 30.813 Dividendos propostos (15.949) - - (15.949) Resultado do período 19.864 4.017 (1.407) 22.474

Em 31.12.2010 95.393 41.464 128.846 265.703

Devolução de Afac - (30.813) - (30.813)

Dividendos propostos (10.109) (1.111) - (11.220) Resultado do período 15.891 4.675 (1.402) 19.164

Em 31.12.2011 101.175 14.215 127.444 242.834

28 Receita Operacional Líquida

Consolidado Receita PIS/Pasep Encargos do Receita bruta e Cofins ICMS consumidor ISSQN líquida

31.12.2011 Fornecimento de energia elétrica 3.673.054 (340.261) (972.849) (29.116) - 2.330.828

Suprimento de energia elétrica 1.659.996 (158.771) (399) (60.995) - 1.439.831 Disponibilidade da rede elétrica 5.201.169 (472.181) (1.278.736) (687.884) - 2.762.368 Receita de construção 741.726 - - - - 741.726

Telecomunicações 152.117 (9.144) (25.285) - (562) 117.126 Distribuição de gás canalizado 349.801 (31.934) (43.926) - (8) 273.933

Outras receitas operacionais 133.473 (12.858) (1) (9.213) (1.048) 110.353

11.911.336 (1.025.149) (2.321.196) (787.208) (1.618) 7.776.165

Consolidado Receita PIS/Pasep Encargos do Receita bruta e Cofins ICMS consumidor ISSQN líquida

31.12.2010Fornecimento de energia elétrica 3.517.008 (327.156) (948.563) (27.886) - 2.213.403

Suprimento de energia elétrica 1.488.178 (145.462) (392) (54.323) - 1.288.001 Disponibilidade da rede elétrica 4.295.275 (395.817) (1.057.679) (569.358) - 2.272.421 Receita de construção 663.534 - - - - 663.534

Telecomunicações 129.040 (7.385) (22.925) - (848) 97.882 Distribuição de gás canalizado 300.598 (25.341) (37.853) - (132) 237.272

Outras receitas operacionais 152.414 (14.043) (3) (8.808) (960) 128.600

10.546.047 (915.204) (2.067.415) (660.375) (1.940) 6.901.113

Encargos do consumidor

.

31.12.2011 31.12.2010

Conta de consumo de combustível - CCC 348.374 281.152 Conta de desenvolvimento energético - CDE 249.799 226.845

Quota para reserva global de reversão - RGR 107.105 78.445 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética - P&D e PEE 68.048 61.157

Outros encargos 13.882 12.776

787.208 660.375

Consolidado

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109

Fornecimento de energia por classe de consumidor

Fornecimento de energia elétrica Consolidado Receita bruta Receita líquida

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Residencial 1.223.657 1.156.856 771.674 723.479 Industrial 1.224.103 1.200.225 757.293 730.526

Comercial, serviços e outras atividades 807.489 760.206 498.948 467.657 Rural 158.644 146.606 134.124 126.876 Poder público 104.218 102.035 73.870 72.379

Iluminação pública 77.049 78.226 47.062 47.798 Serviço público 77.894 72.854 47.857 44.688

3.673.054 3.517.008 2.330.828 2.213.403

Disponibilidade da rede elétrica por classe de cons umidor

Disponibilidade da rede elétricaConsolidado Receita bruta Receita líquida

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010Residencial 1.606.837 1.336.081 785.887 661.684

Industrial 1.413.901 1.227.069 670.214 566.617 Comercial, serviços e outras atividades 1.106.635 892.046 541.595 437.526 Rural 217.114 170.367 154.700 126.876

Poder público 142.898 119.089 82.594 69.181 Iluminação pública 110.302 91.341 53.118 44.175

Serviço público 106.806 85.146 51.809 41.406 Consumidores livres 197.789 181.323 150.725 156.278 Rede básica, de fronteira e de conexão 2.367 2.856 1.804 2.185

Receita de operação e manutenção - O&M 44.584 42.952 40.584 37.646 Receita de juros efetivos 251.936 147.005 229.338 128.847

5.201.169 4.295.275 2.762.368 2.272.421

Suprimento de energia elétrica

Consolidado

31.12.2011 31.12.2010

Contrato de Comercialização de Energia em Ambiente Regulado - CCEAR (leilão) 1.280.176 1.151.485 Contratos bilaterais 237.279 223.788 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE 142.541 112.905

1.659.996 1.488.178

Receita bruta

Outras receitas operacionais

Consolidado

31.12.2011 31.12.2010

Arrendamentos e aluguéis 88.909 103.686 Renda da prestação de serviços 37.975 39.669

Serviço taxado 5.306 7.422 Outras receitas 1.283 1.637

133.473 152.414

Receita bruta

Page 189: COPEL · E coroando a temporada de êxitos, a Copel participou com sucesso do último leilão para novas obras de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica

110

29 Custos e Despesas Operacionais

Os custos e despesas operacionais consolidados são compostos pelas seguintes naturezas de

gasto:

Custos de Despesas Despesas Outras receitasNatureza dos custos e despesas bens e/ou com gerais e (despesas), Total

serviços vendas administrativas líquidas Consolidado

31.12.2011

Energia elétrica comprada para revenda (29.1) (2.152.545) - - - (2.152.545)

Encargos de uso da rede elétrica (29.2) (632.518) - - - (632.518)

Pessoal e administradores (29.3) (753.022) (7.747) (221.884) - (982.653)

Planos previdenciário e assistencial (NE nº 21) (117.460) (804) (32.581) - (150.845)

Material (29.4) (76.213) (594) (8.803) - (85.610)

Matéria-prima e insumos para produção de

energia elétrica (25.031) - - - (25.031) Gás natural e insumos para operação de gás (186.931) - - - (186.931)

Serviços de terceiros (29.5) (267.603) (32.882) (90.948) - (391.433)

Depreciação e amortização (519.536) (41) (32.104) (1.484) (553.165)

Provisões e reversões (29.6) - (75.556) - (214.099) (289.655)

Custo de construção (29.7) (731.443) - - - (731.443)

Outros custos e despesas operacionais (29.8) 5.287 3.860 (75.132) (224.857) (290.842)

(5.457.015) (113.764) (461.452) (440.440) (6.472.671)

Custos de Despesas Despesas Outras receitasNatureza dos custos e despesas bens e/ou com gerais e (despesas), Total

serviços vendas administrativas líquidas Consolidado

31.12.2010

Energia elétrica comprada para revenda (29.1) (1.972.275) - - - (1.972.275)

Encargos de uso da rede elétrica (29.2) (592.741) - - - (592.741)

Pessoal e administradores (29.3) (634.277) (5.805) (171.432) - (811.514)

Planos previdenciário e assistencial (NE nº 21) (97.528) (666) (26.027) - (124.221)

Material (29.4) (75.533) (977) (7.614) - (84.124)

Matéria-prima e insumos para produção de

energia elétrica (22.975) - - - (22.975)

Gás natural e insumos para operação de gás (144.648) - - - (144.648)

Serviços de terceiros (29.5) (245.232) (33.557) (72.117) - (350.906) Depreciação e amortização (511.491) (53) (27.618) (3.830) (542.992)

Provisões e reversões (29.6) - (26.424) - (336.352) (362.776)

Custo de construção (29.7) (662.887) - - - (662.887)

Outros custos e despesas operacionais (29.8) (16.556) 5.016 (48.818) (235.726) (296.084)

(4.976.143) (62.466) (353.626) (575.908) (5.968.143)

Page 190: COPEL · E coroando a temporada de êxitos, a Copel participou com sucesso do último leilão para novas obras de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica

111

Os custos e despesas operacionais da Controladora são compostos pelas seguintes naturezas de

gasto:

Despesas Outras receitasNatureza dos custos e despesas gerais e (despesas), Total

administrativas líquidas Controladora

31.12.2011

Administradores (29.3) (8.039) - (8.039)

Plano assistencial (496) - (496) Material (81) - (81) Serviços de terceiros (29.5) (4.996) - (4.996) Depreciação e amortização - (754) (754) Provisões e reversões (29.6) - 2.190 2.190 Outras despesas operacionais (10.063) 664 (9.399)

(23.675) 2.100 (21.575)

Despesas Outras receitasNatureza dos custos e despesas gerais e (despesas), Total

administrativas líquidas Controladora

31.12.2010

Administradores (29.3) (7.276) - (7.276)

Plano assistencial (433) - (433)

Material (14) - (14)

Serviços de terceiros (29.5) (4.255) - (4.255)

Depreciação e amortização - (754) (754)

Provisões e reversões (29.6) - (239.097) (239.097)

Outras despesas operacionais (1.294) 683 (611) (13.272) (239.168) (252.440)

29.1 Energia elétrica comprada para revenda

.

31.12.2011 31.12.2010

Eletrobrás - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Itaipu) 459.649 468.296 Furnas Centrais Elétricas S.A. - leilão 382.553 357.763

Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf - leilão 354.682 332.801 Companhia Energética de São Paulo - Cesp - leilão 138.366 129.120

Itiquira Energética S.A. 129.037 117.813

Centrais Elétricas do Norte do Brasil S. A. - Eletronorte - leilão 117.681 109.926 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - leilão 104.292 100.569

Programa de incentivo a novas fontes de energia alternativa - Proinfa 102.638 105.972 Dona Francisca Energética S.A. 63.045 61.189

Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig - leilão 56.402 52.378 Câmara de Comercialização de Energia - CCEE 43.947 58.446

Cia. Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica S.A. - CEEE - leilão 40.168 37.700

Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - Eletrobras CGTEE - leilão 35.805 32.091 Light S.A. - leilão 30.475 28.557

ThyssenKrupp CSA Companhia Siderúrgica - UTE Atlântico - leilão 29.139 - Tractbel Energia S.A. - leilão 22.440 20.841

Duke Energy International, Geração Paranapanema S.A. - leilão 20.846 19.347 Coomex Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda. 15.870 -

(-) PIS/Pasep e Cofins sobre energia elétrica comprada para revenda (231.703) (210.150)

Outras - leilão 237.213 149.616

2.152.545 1.972.275

Consolidado

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112

29.2 Encargos de uso da rede elétrica

.

31.12.2011 31.12.2010 Furnas Centrais Elétricas S.A. 131.995 127.827 Cia Transmissora de Energia Elétrica Paulista - Cteep 76.333 68.658

Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf 62.612 59.878

Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte 55.550 49.843 Eletrosul Centrais Elétricas S.A. 44.618 43.847

Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig 22.854 25.696 TSN Transmissora Nordeste Sudeste de Energia S.A. 22.684 21.088

Novatrans Energia S.A. 22.496 20.978

Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS 20.048 19.842 Cia. Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica S.A. - CEEE 18.777 17.744

Empresa Amazonense de Transmissão de Energia - Eate 18.750 17.434 Encargo de Energia de Reserva - ER 16.456 -

Encargos dos serviços do sistema - ESS 10.988 41.021 ATE II Transmissora de Energia S.A. 9.846 8.941

Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A. - Ente 9.744 8.913

Itumbiara Transmissora de Energia Ltda. 9.285 8.468 Expansion Transmissora de Energia Elétrica S.A. 8.601 8.063

STN Sistema de Transmissão Nordeste S.A. 7.784 7.145 Empresa Transmissora de Energia Oeste Ltda - Eteo 7.689 7.219

NTE Nordeste Transmissora de Energia S.A. 6.672 6.253

ATE Transmissora Energia S.A. 6.467 5.743 Integração Transmissão Energia - Intesa 6.037 5.553

Serra Mesa Transm. Energia Ltda. - SMTE 5.734 4.975 LT Triângulo S.A. 5.151 4.771

ATE III Transmissora Energia S.A. 5.107 4.707

SC Energia - Empresa Transmissora Energia Sta. Catarina 4.798 4.492 Empresa Paraense Transmissão de Energia S.A. - Etep 4.286 4.047

Arthemis Transmissora de Energia S.A. 4.166 3.796 Interligação Elétrica Norte Nordeste - IENNE 2.370 -

(-) PIS/Pasep e Cofins sobre encargos de uso da rede elétrica (71.073) (65.866)

Outras 75.693 51.665

632.518 592.741

Consolidado

29.3 Pessoal e administradores

.Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 Pessoal

Remunerações - - 717.796 561.842

Encargos sociais - - 221.216 186.042

- - 939.012 747.884 Participação nos lucros e/ou resultados - - 48.068 66.151

Auxílio alimentação e educação - - 74.998 66.511 Indenização demissões voluntárias/aposentadorias - - 64.442 19.737

- - 1.126.520 900.283 (-) Apropriação no imobilizado e no intangível em curso (a) - - (155.394) (99.650)

- - 971.126 800.633 Administradores

Honorários 6.665 5.759 9.560 8.898 Encargos sociais 1.348 1.517 1.875 1.959 Outros gastos 26 - 92 24

8.039 7.276 11.527 10.881

8.039 7.276 982.653 811.514

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113

a) No valor referente à apropriação de mão de obra direta no imobilizado e no intangível em curso

não são consideras despesas administrativas.

Participação nos lucros e/ou resultados

A Companhia implantou o programa de participação dos empregados nos lucros e/ou resultados,

pago de acordo com a Lei Federal nº 10.101/2000, o Decreto Estadual nº 1978/2007 e a Lei

Estadual nº 16560/2010. O montante dessa participação foi provisionado como segue:

Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 Copel Geração e Transmissão 9.109 14.373 Copel Distribuição 35.162 46.950

Copel Telecomunicações 2.729 3.900 Compagas 1.068 928

48.068 66.151

29.4 Material

.

31.12.2011 31.12.2010

Sistema elétrico 29.455 27.040 Combustíveis e peças para veículos 25.889 24.006

Cantina 9.174 7.875 Construção civil 5.587 8.222

Expediente 4.417 4.124 Segurança 2.933 2.400 Ferramental de serviço 1.977 1.691

Hotéis e hospedarias 1.602 1.408 Vestuário e uniforme 1.595 2.468

Informática 1.297 1.458 Outros materiais 1.684 3.432

85.610 84.124

Consolidado

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114

29.5 Serviços de terceiros

.Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Manutenção do sistema elétrico - - 90.536 91.053

Leitura e entrega de faturas - - 29.898 28.168 Processamento e transmissão de dados - - 28.216 25.170

Agentes autorizados e credenciados - - 27.108 24.359

Apoio administrativo - - 19.865 17.875

Telefone - - 19.354 15.900

Vigilância - - 19.084 17.247

Viagens 490 185 18.506 13.495

Manutenção civil - - 17.307 10.618

Treinamentos 28 2 13.302 10.548

Limpeza de faixa de servidão - - 12.796 11.183 Serviços em área verde - - 9.968 6.864

Atendimento a consumidores - - 6.908 7.143

Poda de árvores - - 6.257 4.537

Manutenção e conservação de veículos - - 6.167 5.235

Manutenção de equipamentos e mobiliário - - 5.728 1.526

Fretes e carretos - - 4.781 4.106

Consultoria técnica, científica e administrativa 1.070 1.614 13.905 18.881

Postais e telegráficos - - 4.054 3.594

Telefonista - - 3.446 3.532 Auditoria 1.809 1.583 3.010 2.714

Acesso à comunicação por satélite - - 2.801 4.522

Despesas jurídicas 132 471 2.387 2.936

Condução 12 23 2.064 1.751

Anúncios e publicações 389 320 1.793 1.497

Outros serviços 1.066 57 22.192 16.452

4.996 4.255 391.433 350.906

29.6 Provisões e reversões

.Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Provisão (reversão) para créditos de liquidação duv idosaClientes - - 77.184 26.240

Outros créditos (1.628) 184

75.556 26.424 .

Provisão para perdas de créditos tributários - - 46.802 - .

Provisão para desvalorização de participações socie tárias 398 1.070 398 2.114

Provisões (reversões) para litígios (NE nº 26) Cofins - - - 234.563 Fiscais (5.159) 227.109 (38.689) 3.397 Trabalhistas - - 2.611 33.915

Benefícios a Empregados - - 21.289 28.053 Fornecedores - - 1.902 2.077

Cíveis e direito administrativo 2.046 9.871 49.075 22.175 Servidões de passagem - - (3.732) (5.667) Desapropriações e patrimoniais - - 124.874 7.440

Consumidores - - 207 136 Ambientais - - 62 32

Regulatórias 525 1.047 9.300 8.117 (2.588) 238.027 166.899 334.238

(2.190) 239.097 289.655 362.776

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115

29.7 Custo de construção

.

31.12.2011 31.12.2010

Material 415.098 390.478 Serviços de terceiros 118.568 161.880

Pessoal 66.921 59.305 Outros 130.856 51.224

731.443 662.887

Consolidado

29.8 Outros custos e despesas operacionais

.Consolidado

31.12.2011 31.12.2010

Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos 125.343 112.210 Perdas na desativação e alienação de bens 54.285 50.203

Indenizações 35.880 17.917 Taxa de fiscalização da Aneel 20.125 19.988

Arrendamentos e aluguéis 18.380 16.670

Tributos 18.103 16.548 Outros custos de manutenção 1.420 21.333

Incentivo ao esporte, Lei Rouanet e fundo dos direitos da criança e do adolescente - FIA 15.420 7.083 Seguros 7.826 7.726

Energia elétrica - consumo próprio 7.284 6.489 Propaganda e publicidade 4.767 4.340

Recuperação de custos e despesas (40.175) (42.209)

Outros custos e despesas, líquidos 22.184 57.786

290.842 296.084

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116

30 Resultado Financeiro

.Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 Receitas financeiras

Renda de aplicações financeiras mantidas para negociação 3.461 18.724 210.253 153.870 Renda de aplicações financeiras disponíveis para venda 17 14 15.660 8.942 Renda de aplicações financeiras mantidas até o vencimento - 42 2.808 5.104

Variação monetária sobre contas a receber vinculadas à concessão - - 100.381 151.187

Variação monetária sobre repasse CRC (NE nº 6) - - 64.083 136.168 Renda sobre repasse CRC (NE nº 6) - - 84.867 79.546 Acréscimos moratórios sobre faturas de energia - - 63.652 70.985

Juros sobre impostos a compensar 8.969 8.248 17.016 23.752 Multas - - 14.067 11.879

Juros e comissões sobre contratos de mútuo 108.163 87.288 - - Outras receitas financeiras 849 6.185 4.745 10.798

121.459 120.501 577.532 652.231 (-) Despesas financeiras

Encargos de dívidas 114.339 92.955 141.327 105.118

Variação monetária e reversão de juros sobre contas a

pagar vinculadas à concessão - uso do bem público - - 71.383 55.501

PIS/Pasep e Cofins sobre juros sobre capital próprio 42.043 31.973 43.740 32.506

Variações monetárias e cambiais 2 2 17.821 23.193 Juros sobre P&D e PEE - - 18.666 19.285

Juros sobre parcelamento de tributos 7.707 9.279 9.359 14.623 IOF 838 9 4.291 19.389

Outras despesas financeiras 12.264 175 46.177 34.191 177.193 134.393 352.764 303.806

(55.734) (13.892) 224.768 348.425

Os custos de empréstimos e financiamentos capitalizados durante o ano de 2011 totalizaram

R$ 70.144, à taxa média de 3,91% a.a.

31 Segmentos Operacionais

31.1 Produtos e serviços dos quais os segmentos r eportáveis têm suas receitas geradas

A Companhia atua em cinco segmentos reportáveis identificados pela Administração, através da

presidência e das diretorias de cada área de negócio e considerando os ambientes regulatórios, as

unidades estratégicas de negócios e os diferentes produtos e serviços. São gerenciados

separadamente, pois cada negócio e cada empresa exigem diferentes tecnologias e estratégias.

Nos exercícios de 2011 e 2010 todas as vendas foram realizadas em território brasileiro.

Não identificamos nenhum cliente na Companhia que seja responsável individualmente por mais

de 10% da receita líquida total no ano de 2011.

Os segmentos reportáveis da Companhia são os seguintes:

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117

geração e transmissão de energia elétrica (GET) - tem como atribuição produzir energia elétrica

a partir de empreendimentos de fontes hidráulica, eólica e térmica, e também prover os serviços de

transporte e transformação da energia elétrica, sendo responsável pela construção, operação e

manutenção de subestações, bem como pelas linhas destinadas à transmissão de energia. Atua

por intermédio das empresas Copel Geração e Transmissão, Elejor, UEG Araucária, Centrais

Eólicas do Paraná, Costa Oeste, Marumbi, Sul Brasileira e Cutia;

distribuição e comercialização de energia elétrica (DIS) - tem como atribuição distribuir e

comercializar energia, sendo responsável por operar e manter a infraestrutura, bem como prestar

serviços correlatos. Atua por intermédio da Copel Distribuição;

telecomunicações (TEL) - tem como atribuição a prestação de serviços de telecomunicações e de

comunicações em geral. Atua por intermédio da Copel Telecomunicações;

gás - tem como atribuição a exploração do serviço público de distribuição de gás natural

canalizado. Atua por intermédio da Compagas; e

holding (HOL) - Tem como atribuição a participação em outras empresas. Atua por intermédio da

Copel, da Copel Empreendimentos (até junho de 2010) e da Dominó Holdings.

A Companhia avalia o desempenho de cada segmento com base em informações derivadas dos

registros contábeis.

As políticas contábeis dos segmentos operacionais são as mesmas que aquelas descritas no

resumo das principais práticas contábeis e contabiliza operações intersegmentos como se estas

fossem com terceiros, ou seja, pelos preços correntes de mercado.

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118

Ativo por segmento reportável

ATIVO

31.12.2011

ATIVO TOTAL 10.212.802 7.629.993 353.370 276.419 13.705.155 (13.056.076) 19.121.663 ATIVO CIRCULANTE 1.317.300 2.150.339 44.395 77.320 1.316.627 (1.203.968) 3.702.013 Caixa e equivalentes de caixa 323.713 647.783 8.348 41.047 28.234 - 1.049.125

Aplicações financeiras - títulos e valores mobiliários 548.071 33.735 - 48 165 - 582.019

Aplicações financeiras restritas - cauções e depósitos vinculados 1.957 5 - 706 - - 2.668

Clientes 265.833 1.104.328 18.253 32.715 - (52.763) 1.368.366 Dividendos a receber - - - - 1.168.612 (1.150.706) 17.906

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - 65.862 - - - - 65.862 Contas a receber vinculadas à concessão 80.626 - - - - - 80.626

Outros créditos 64.812 95.030 1.098 540 332 (499) 161.313 Estoques 23.717 69.579 9.015 1.491 - - 103.802

Imposto de renda e contribuição social 4.654 87.484 3.958 1 119.284 - 215.381 Outros tributos correntes a recuperar 1.553 44.871 3.369 564 - - 50.357

Despesas antecipadas 2.364 1.662 354 208 - - 4.588

ATIVO NÃO CIRCULANTE 8.895.502 5.479.654 308.975 199.099 12.388.528 (11.852.108) 15.419.650 Realizável a Longo Prazo 1.314.669 4.229.128 18.403 23.263 1.509.977 (1.155.928) 5.939.512

Aplicações financeiras - títulos e valores mobiliários 61.931 658 - - - - 62.589

Aplicações financeiras restritas - cauções e depósitos

vinculados - 37.553 - - - - 37.553

Clientes - 32.363 89 10.534 - (10.534) 32.452

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - 1.280.598 - - - - 1.280.598

Depósitos judiciais 20.693 185.994 885 301 222.944 - 430.817

Contas a receber vinculadas à concessão 1.011.271 2.225.203 - - - - 3.236.474

Adiantamento a fornecedores - - - 11.982 - - 11.982 Outros créditos 1.878 3.172 - 191 - - 5.241

Imposto de renda e contribuição social 18.714 - - - - - 18.714

Outros tributos correntes a recuperar 3.967 64.827 9.118 - - - 77.912

Imposto de renda e contribuição social diferidos 196.215 398.760 8.311 255 141.639 - 745.180

Mútuo com controladas - - - - 1.145.394 (1.145.394) -

Investimentos 386.873 4.012 - - 10.878.551 (10.720.278) 549.158 Imobilizado 6.935.336 - 273.787 - - - 7.209.123 Intangível 258.624 1.246.514 16.785 175.836 - 24.098 1.721.857

GET GÁSDIS TEL HOL Eliminações Consolidado

ATIVO

31.12.2010

ATIVO TOTAL 9.959.623 6.708.119 291.909 263.498 12.984.711 (12.348.428) 17.859.432 ATIVO CIRCULANTE 1.912.635 1.963.891 42.797 65.249 1.109.196 (935.978) 4.157.790 Caixa e equivalentes de caixa 1.341.151 669.079 6.942 37.769 90.828 (351.353) 1.794.416

Aplicações financeiras - títulos e valores mobiliários 151.707 30.813 - - 175 351.400 534.095

Aplicações financeiras restritas - cauções e depósitos vinculados 63.473 201 - 404 - - 64.078 Clientes 229.392 931.463 19.929 24.009 - (42.166) 1.162.627

Dividendos a receber 4.480 - - - 894.719 (893.348) 5.851

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - 58.816 - - - - 58.816 Contas a receber vinculadas à concessão 54.700 - - - - - 54.700

Outros créditos 33.169 127.198 661 552 - (511) 161.069

Estoques 24.429 83.893 11.758 1.344 - - 121.424

Imposto de renda e contribuição social 3.232 30.685 821 1 123.474 - 158.213 Outros tributos correntes a recuperar 4.457 30.089 2.426 564 - - 37.536

Despesas antecipadas 2.445 1.654 260 606 - - 4.965

ATIVO NÃO CIRCULANTE 8.046.988 4.744.228 249.112 198.249 11.875.515 (11.412.450) 13.701.642 Realizável a Longo Prazo 955.980 3.451.017 13.934 28.748 1.443.091 (1.087.477) 4.805.293

Aplicações financeiras 5.306 26.280 - 1.845 - - 33.431

Clientes - 43.729 - 15.800 - (15.800) 43.729

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - 1.282.377 - - - - 1.282.377

Depósitos judiciais 22.034 147.895 233 205 230.332 - 400.699

Contas a receber vinculadas à concessão 785.457 1.637.888 - - - - 2.423.345

Adiantamento a fornecedores - - - 9.902 - - 9.902

Outros créditos 1.878 3.280 - 164 - - 5.322

Imposto de renda e contribuição social 12.341 - - - - - 12.341

Outros tributos correntes a recuperar 13.286 64.303 7.273 - - - 84.862

Imposto de renda e contribuição social diferidos 110.428 245.265 6.428 832 144.757 - 507.710

Mútuos com partes relacionadas 5.250 - - - 1.068.002 (1.071.677) 1.575

Investimentos 390.810 4.232 - - 10.432.424 (10.344.016) 483.450 Imobilizado 6.441.654 - 222.291 - - - 6.663.945 Intangível 258.544 1.288.979 12.887 169.501 - 19.043 1.748.954

DIS TELGET GÁS HOL Eliminações Consolidado

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119

Passivo por segmento reportável

PASSIVO

31.12.2011

PASSIVO TOTAL 10.212.802 7.629.993 353.370 276.419 13.705.155 (13.056.076) 19.121.663 PASSIVO CIRCULANTE 1.210.466 1.708.165 47.532 62.991 238.119 (1.208.452) 2.058.821 Folha de pagamento e provisões trabalhistas 56.533 151.184 13.490 2.734 154 - 224.095

Fornecedores 217.291 531.187 7.000 43.054 2.073 (53.152) 747.453 Imposto de renda e contribuição social 140.335 - - 7.526 3.929 - 151.790

Outros tributos 26.023 214.128 4.390 1.788 42.238 (110) 288.457

Empréstimos e financiamentos 59.152 17.619 - 48 44.152 (4.484) 116.487 Debêntures - - - - - - -

Dividendos a pagar - - - - - - - Dividendo mínimo obrigatório a pagar 604.361 508.695 20.649 7.702 145.043 (1.150.706) 135.744

Benefícios pós-emprego 9.785 24.612 1.640 - - - 36.037 Encargos do consumidor a recolher 4.047 66.464 - - - - 70.511

Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 15.997 140.918 - - - - 156.915 Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público 44.656 - - - - - 44.656

Outras contas a pagar 32.286 53.358 363 139 530 - 86.676

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.569.330 2.255.993 41.098 6.948 1.294.389 (1.174.444) 4.993.314 Coligadas e controladas 305.936 781.031 23.000 - - (1.109.967) -

Fornecedores 118.996 - - - - (10.534) 108.462 Obrigações fiscais 152 - - - - - 152

Imposto de renda e contribuição social diferidos 823.222 66.057 - 5.372 33.259 - 927.910 Empréstimos e financiamentos 437.549 708.607 - - 965.772 (53.943) 2.057.985

Benefícios pós-emprego 117.851 295.899 17.883 1.205 - - 432.838 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 34.523 60.126 - - - - 94.649

Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público 370.442 - - - - - 370.442 Outras contas a pagar - - - 53 - - 53 Provisões para litígios 360.659 344.273 215 318 295.358 - 1.000.823

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 6.433.006 3.665.835 264.740 206.480 12.172.647 (10.673.180) 12.069.528 Capital social 4.256.839 2.624.841 194.755 135.943 7.023.368 (7.325.746) 6.910.000

Ajustes de avaliação patrimonial 1.440.745 8.657 - - 1.461.032 (1.453.353) 1.457.081 Reserva legal 212.887 135.294 5.306 16.258 552.734 (386.292) 536.187

Reserva de retenção de lucros 157.491 883.575 62.685 54.279 2.858.739 (1.178.218) 2.838.551 Reserva de lucros a realizar 191.899 (191.899) -

Prejuízos acumulados (70.534) - - - - 70.534 -

Atribuível aos acionistas não controladores - - - - - 242.834 242.834

GET DIS GÁSTEL ConsolidadoHOL Eliminações

PASSIVO

31.12.2010

PASSIVO TOTAL 9.959.623 6.708.119 291.909 263.498 12.984.711 (12.348.428) 17.859.432 PASSIVO CIRCULANTE 1.033.899 1.449.633 33.721 60.066 900.738 (941.256) 2.536.801 Folha de pagamento e provisões trabalhistas 42.546 118.790 11.014 2.935 299 - 175.584

Fornecedores 175.753 444.987 7.759 26.325 333 (42.589) 612.568

Imposto de renda e contribuição social 126.012 - - 12.252 14.985 - 153.249 Outros tributos 36.486 254.811 3.290 1.947 82.425 (88) 378.871

Empréstimos e financiamentos 46.233 17.950 - 6.330 17.860 (5.278) 83.095

Debêntures - - - - 621.157 - 621.157 Dividendos a pagar 517.352 355.968 10.474 9.628 163.560 (893.348) 163.634

Benefícios pós-emprego 6.232 16.811 1.093 - 119 - 24.255

Encargos do consumidor a recolher 3.630 52.475 - - - - 56.105 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 15.610 140.381 - - - - 155.991

Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público 40.984 - - - - - 40.984

Outras contas a pagar 23.061 47.460 91 649 - 47 71.308

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.413.241 1.941.675 16.826 8.754 728.508 (1.082.199) 4.026.805 Coligadas e controladas 295.788 715.539 - - 3.675 (1.015.002) -

Fornecedores 160.736 - - - - (15.800) 144.936

Obrigações fiscais 623 11.553 - - 20.076 - 32.252 Imposto de renda e contribuição social diferidos 822.195 32.563 - 7.163 25.297 - 887.218

Empréstimos e financiamentos 425.628 525.711 - 43 380.997 (51.397) 1.280.982

Benefícios pós-emprego 104.541 262.728 15.774 1.165 - - 384.208 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 26.285 64.447 - - - - 90.732

Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público 340.099 - - - - - 340.099

Outras contas a pagar - - - - - - - Provisões para litígios 237.346 329.134 1.052 383 298.463 - 866.378

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 6.512.483 3.316.811 241.362 194.678 11.355.465 (10.324.973) 11.295.826 Atribuível aos acionistas da empresa controladoraCapital social 4.285.945 2.624.841 194.755 135.943 7.023.368 (7.354.852) 6.910.000

Reservas de capital 104.034 - - - - (104.034) -

Ajustes de avaliação patrimonial 1.540.695 13.463 - - 1.564.874 (1.559.516) 1.559.516 Reserva legal 182.162 108.500 3.521 14.636 493.019 (323.536) 478.302

Reserva de retenção de lucros 146.260 570.007 43.086 31.172 2.056.526 (790.525) 2.056.526

Reserva de lucros a realizar 191.899 (191.899) - Dividendo adicional proposto 351.866 - - 12.927 25.779 (364.793) 25.779

Prejuízos acumulados (98.479) - - - - 98.479 -

Atribuível aos acionistas não controladores - - - - - 265.703 265.703

GÁSTELGET DIS HOL Eliminações Consolidado

Page 199: COPEL · E coroando a temporada de êxitos, a Copel participou com sucesso do último leilão para novas obras de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica

120

Demonstração do resultado por segmento reportável

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

31.12.2011

RECEITA OPERACIONAL 2.265.696 5.490.064 157.803 291.376 - (428.774) 7.776.165 Fornecimento de energia elétrica para terceiros 102.934 2.227.894 - - - - 2.330.828 Fornecimento de energia elétrica entre segmentos - 5.441 - - - (5.441) -

Suprimento de energia elétrica para terceiros 1.348.042 91.789 - - - - 1.439.831 Suprimento de energia elétrica para terceiros entre segmentos 286.132 - - - - (286.132) -

Disponibilidade da rede elétrica para terceiros 269.924 2.492.444 - - - - 2.762.368

Disponibilidade da rede elétrica entre segmentos 76.331 13.055 - - (89.386) - Receita de construção 118.816 606.620 - 16.290 - - 741.726

Serviços de telecomunicações para terceiros - - 117.126 - - - 117.126 Serviços de telecomunicações entre segmentos - - 40.677 - (40.677) - Distribuição de gás canalizado - - - 273.933 - - 273.933

Outras receitas operacionais para terceiros 57.600 51.600 - 1.153 - - 110.353 Outras receitas operacionais entre segmentos 5.917 1.221 - - - (7.138) -

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (1.477.833) (5.038.081) (114.437) (248.001) (23.093) 428.774 (6.472.671) Energia elétrica comprada para revenda (73.090) (2.365.587) - - - 286.132 (2.152.545)

Encargos de uso da rede elétrica (216.035) (505.869) - - - 89.386 (632.518) Pessoal e administradores (243.769) (657.382) (58.341) (15.096) (8.065) - (982.653)

Planos previdenciário e assistencial (37.860) (104.234) (7.113) (1.142) (496) - (150.845) Material (16.678) (66.018) (1.730) (1.102) (82) - (85.610)

Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (25.031) - - - - - (25.031)

Gás natural e insumos para operações de gás - - - (186.931) - - (186.931) Serviços de terceiros (100.423) (307.494) (17.769) (12.120) (5.722) 52.095 (391.433)

Depreciação e amortização (320.541) (193.969) (24.523) (12.648) (1.484) - (553.165) Provisões e reversões (170.312) (122.332) 734 65 2.190 - (289.655)

Custo de construção (108.533) (606.620) - (16.290) - - (731.443) Outros custos e despesas operacionais (165.561) (108.576) (5.695) (2.737) (9.434) 1.161 (290.842)

RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (3.487) - - - 1.288.825 (1.229.684) 55.654

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E TRIBUTOS 784.3 76 451.983 43.366 43.375 1.265.732 (1.229.684) 1.359.148 Resultado financeiro 16.316 256.721 2.923 6.136 (57.328) - 224.768

LUCRO OPERACIONAL 800.692 708.704 46.289 49.511 1.208.404 (1.229.684) 1.583.916

Imposto de renda e contribuição social (278.227) (297.653) (12.472) (18.294) (4.955) - (611.601)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 85.767 124.835 1.883 1.214 (9.160) - 204.539

LUCRO DO EXERCÍCIO 608.232 535.886 35.700 32.431 1.194.289 (1.229.684) 1.176.854

DIS ConsolidadoHOL EliminaçõesGET GÁSTEL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

31.12.2010

RECEITA OPERACIONAL 1.948.799 4.939.328 139.153 267.829 - (393.996) 6.901.113 Fornecimento de energia elétrica para terceiros 113.102 2.100.301 - - - - 2.213.403

Fornecimento de energia elétrica entre segmentos - 4.649 - - - (4.649) - Suprimento de energia elétrica para terceiros 1.223.530 64.471 - - - - 1.288.001

Suprimento de energia elétrica para terceiros entre segmentos 258.952 - - - - (258.952) -

Disponibilidade da rede elétrica para terceiros 166.600 2.105.821 - - - - 2.272.421 Disponibilidade da rede elétrica entre segmentos 70.098 11.633 - - (81.731) -

Receita de construção 41.019 599.634 - 22.881 - - 663.534

Serviços de telecomunicações para terceiros - - 97.882 - - - 97.882 Serviços de telecomunicações entre segmentos - - 41.271 - (41.271) - Distribuição de gás canalizado - - - 237.272 - - 237.272

Outras receitas operacionais para terceiros 69.659 51.265 - 7.676 - - 128.600

Outras receitas operacionais entre segmentos 5.839 1.554 - - - (7.393) -

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (1.219.484) (4.577.731) (99.047) (212.120) (253.757) 393.996 (5.968.143) Energia elétrica comprada para revenda (60.352) (2.170.875) - - - 258.952 (1.972.275)

Encargos de uso da rede elétrica (205.749) (468.723) - - - 81.731 (592.741)

Pessoal e administradores (200.659) (546.834) (43.920) (12.796) (7.305) - (811.514) Planos previdenciário e assistencial (30.535) (86.359) (5.655) (1.239) (433) - (124.221)

Material (21.752) (60.132) (1.517) (709) (14) - (84.124)

Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (22.975) - - - - - (22.975) Gás natural e insumos na operação de gás - - - (144.648) - - (144.648)

Serviços de terceiros (89.806) (277.437) (16.747) (14.283) (4.746) 52.113 (350.906)

Depreciação e amortização (320.759) (180.701) (28.540) (11.508) (1.484) - (542.992) Provisões e reversões (17.630) (106.913) 903 (39) (239.097) - (362.776)

Custo de construção (40.372) (599.634) - (22.881) - - (662.887)

Outros custos e despesas operacionais (208.895) (80.123) (3.571) (4.017) (678) 1.200 (296.084)

RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (3.345) - - - 1.225.676 (1.122.994) 99.337

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E TRIBUTOS 725.9 70 361.597 40.106 55.709 971.919 (1.122.994) 1.032.307 Resultado financeiro (25.829) 378.910 4.059 5.256 (13.971) - 348.425

LUCRO OPERACIONAL 700.141 740.507 44.165 60.965 957.948 (1.122.994) 1.380.732

Imposto de renda e contribuição social (236.566) (193.982) (11.287) (20.734) (35.399) - (497.968)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 72.796 (22.012) (184) 307 76.610 - 127.517

LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 536.371 524.513 32.694 40.538 999.159 (1.122.994) 1.010.281

GÁSDIS TELGET Eliminações ConsolidadoHOL

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121

32 Contratos de Arrendamento Operacional

32.1 A Companhia como arrendatária

.Consolidado

Custos e despesas de arrendamentos e aluguéis 31.12.2011 31.12.2010 Imóveis 17.704 13.988 Fotocopiadora 1.521 2.872

Outros 719 1.190

(-) Créditos de PIS e Cofins (1.564) (1.380)

18.380 16.670

A estimativa de gastos para os próximos exercícios é basicamente a mesma de 2011, acrescida

dos índices de correção contratualmente assumidos, não existindo riscos com relação rescisão

contratual.

Do total de R$ 17.704 gastos com aluguel de imóveis, R$ 8.591 referem-se ao contrato de locação

do Polo Km 3, firmado entre as subsidiárias da Copel e a Fundação Copel, o qual, dentre os

contratos de aluguel, destaca-se como o contrato mais relevante para as subsidiárias da Copel.

Para os períodos futuros este valor será corrigido com base na avaliação imobiliária do imóvel.

Não identificamos compromissos de arrendamento operacional não canceláveis.

32.2 A Companhia como arrendadora

.Consolidado

Receita de arrendamentos e aluguéis 31.12.2011 31.12.2010 Equipamentos e estruturas 54.442 52.134

Usina termelétrica de Araucária 32.804 50.000 Imóveis 862 816

Compartilhamento de instalações 801 736

88.909 103.686

Os arrendamentos operacionais referem-se a receitas de aluguéis de bens de propriedade do

Grupo. O arrendatário não tem a opção de compra do bem após o término do prazo do

arrendamento.

Não identificamos recebíveis de arrendamento operacionais não canceláveis.

O compartilhamento de estrutura refere à cessão de pontos de fixação em espaço predeterminado

nos postes para instalação de cabos, acessórios e equipamentos das prestações de serviços de

telecomunicação, mediante pagamento mensal, atendendo o contido no Art. 73 da Lei nº 9472, de

16.07.1997 (Lei Geral das Telecomunicações), na Resolução Conjunta Aneel/Anatel/ANP nº 001,

de 24.11.1999, e na Resolução Aneel nº 581, de 29.10.2002. Objetiva também a redução dos

custos de implantação de infraestrutura para os agentes dos setores elétrico e de

telecomunicações, a otimização do uso dos postes e a obtenção de margem que contribua para

tarifas mais competitivas (reverte para modicidade da tarifa de energia elétrica).

A UEG Araucária firmou “Contrato de Locação e Outras Avenças” em 28.12.2006 com a Petróleo

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122

Brasileiro S.A. - Petrobras, sócia não controladora, para locação da planta da usina pelo prazo de

um ano, findo em 31.12.2007, prorrogado em diversas etapas até 31.12.2012, com cláusulas que

prevêem a possibilidade de rescisão antecipada, pela UEG Araucária, caso esta participe de leilões

de energia promovidos pela Aneel. Este contrato prevê a utilização, pela Petrobras, do complexo

da usina para geração de energia às suas expensas, cabendo à UEG Araucária receita de aluguel

composta por parcelas fixa e variável definidas contratualmente.

33 Instrumentos Financeiros

A utilização de instrumentos financeiros pela Companhia está restrita a Caixa e equivalentes de

caixa, Clientes, Contas a receber de entidades governamentais, Repasse CRC ao Governo do

Estado do Paraná, Aplicações Financeiras, Contas a receber vinculadas à concessão, Outros

Investimentos, Contas a pagar vinculadas à concessão, Empréstimos e financiamentos,

Debêntures e Fornecedores.

A Companhia mantém mecanismos que buscam a gestão de riscos nas áreas corporativas e nas

suas subsidiárias. Os riscos são classificados como críticos, altos, moderados, baixos ou mínimos

de acordo com sua exposição final, a qual leva em consideração os impactos financeiro,

operacional e de imagem, além da frequência de ocorrência do risco.

Os principais fatores de riscos inerentes às atividades da companhia são identificados e

dimensionados quanto aos possíveis impactos negativos, de alcance de seus objetivos

estratégicos, de processos e de projetos.

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123

33.1 Valor justo e nível de classificação para ap uração do valor justo dos Instrumentos

Financeiros

Consolidado Nível Valor contábil

31.12.2011 31.12.2010

Ativos Financeiros

Caixa e equivalentes de caixa (NE nº 3) - 1.049.125 1.794.416

Clientes (NE nº 5) - 1.275.282 1.039.377

Contas a receber de entidades governamentais (NE nº 5) - 125.536 166.979 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná (NE nº 6) - 1.346.460 1.341.193

Títulos e valores mobiliários (NE nº 4.1) 1 459.292 414.157 Títulos e valores mobiliários (NE nº 4.1) 2 185.316 127.089

Cauções e depósitos vinculados (NE nº 4) - 40.221 90.358

Contas a receber vinculadas à concessão (NE nº 7) 3 3.317.100 2.478.045 Outros investimentos (NE nº 14.4) 1 17.714 12.465

Passivos FinanceirosEmpréstimos e financiamentos (NE nº 19) - 2.174.472 1.364.077

Debêntures (NE nº 20) - - 621.157 Derivativos 1 39 47

Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público (NE nº 24) - 415.098 381.083

Eletrobrás - Itaipu - 76.533 74.316 Petrobras - Compagas - 40.698 25.720 Outros fornecedores - 738.684 657.468

Nível 1: obtidas de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticosNível 2: obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo

ou passivoNível 3: obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm como

base os dados observáveis de mercado

Os valores justos são apurados com base em cotação no mercado para instrumentos financeiros

com mercado ativo. Para os instrumentos financeiros para os quais não existe cotação disponível

no mercado, os valores justos são apurados pelo método do valor presente de fluxos de caixa

esperados.

33.1.1 Ativos financeiros não derivativos

Caixa e equivalentes de caixa, clientes e contas a receber de entidades governamentais têm

valores justos equivalentes aos seus respectivos valores contábeis, devido a sua natureza e prazos

de realização.

Repasse CRC ao Governo do Estado tem valor justo de R$ 1.434.565 em 31.12.2011. Foi utilizada

como premissa a comparação com um título do Tesouro Nacional de longo prazo e pós-fixado

(NTN-B), o qual é remunerado aproximadamente em 5,5% a.a. mais IPCA.

Os Títulos e valores mobiliários tem valor justo de R$ 585.568 em 31.12.2011. O valor justo foi

calculado de acordo com as informações disponibilizadas pelos agentes financeiros para cada

respectivo título e pelos valores de mercado dos títulos emitidos pelo governo brasileiro.

As Cauções e depósitos vinculados têm valor justo de R$ 32.081 em 31.12.2011. O valor justo foi

calculado considerando como premissa básica o custo da última captação realizada pela

Companhia, de 109,41% da variação do CDI.

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124

Os Outros investimentos têm valor justo de R$ 17.714 em 31.12.2011. O valor justo do

investimento na Investco S.A., de R$ 8.345, foi mensurado aplicando o percentual de participação

sobre o seu patrimônio líquido. O valor justo dos investimentos em Finam e Finor foi atualizado

com base no preço médio negociado no pregão da BMF&Bovespa em dezembro 2011 e 2010. Os

investimentos em empresas com ações cotadas em bolsa de valores, tiveram seu valor justo

mensurado com base no valor destas ações em 30.12.2011. Os demais investimentos foram

mantidos a custo histórico, devido à impossibilidade de seus valores justos serem mensurados

confiavelmente.

33.1.2 Passivos financeiros não derivativos

Passivos com Eletrobrás - Itaipu, Petrobras e outros fornecedores têm valores justos equivalentes

a seus respectivos valores contábeis, em razão de sua natureza e prazos de liquidação.

Empréstimos e financiamentos tem valor justo de R$ 2.129.257 em 31.12.2011. O valor justo foi

calculado considerando como premissa básica o custo da última captação realizada pela

Companhia, de 109,41% da variação do CDI.

Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público tem valor justo de R$ 524.484 em

31.12.2011, considerando como premissa para o cálculo a taxa de remuneração referente ao

último empreendimento licitado pela Aneel, vencido pela Companhia.

33.1.3 Ativos e passivos financeiros derivativos

O ativo financeiro derivativo - Futuro de DI Ajuste - Ativo têm valor justo de R$ 1 em 31.12.2011,

classificado na categoria de instrumentos financeiros Mantidos para Negociação.

As outras obrigações - derivativos Futuro de DI Ajuste - Passivo têm valor justo de R$ 39, em

31.12.2011 (R$ 47 em 31.12.2010), classificado na categoria de instrumentos financeiros Mantidos

para Negociação.

33.1.4 Nível de classificação nº 3 para apuração do valor justo

Incluem nessa classificação as Contas a receber vinculadas à concessão.

A composição detalhada do Contas a receber vinculadas à concessão está na NE nº 7, conforme

abaixo:

•••• Quadro demonstrativo reconciliando os saldos iniciais com os saldos finais, com a

demonstração separada das adições, baixas, transferências, perdas, variação monetária e

ajuste ao valor justo;

•••• Critérios para apuração e mensuração; e

•••• Premissas adotadas pela administração da Companhia para atualização do valor indenizável.

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125

33.2 Categoria de instrumentos financeiros

Consolidado Valor contábil

31.12.2011 31.12.2010

Ativos Financeiros

Para negociação

Equivalentes de caixa - aplicações no mercado aberto 1.014.044 1.735.458

Títulos e valores mobiliários 60.022 -

Empréstimos e recebíveis

Caixa e equivalentes de caixa 35.081 58.958

Consumidores, concessionárias e permissionárias 1.275.282 1.039.377 Contas a receber de entidades governamentais 125.536 166.979 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná 1.346.460 1.341.193

Contas a receber vinculadas à concessão 1.091.897 840.157 Cauções e depósitos vinculados 40.221 90.358

Disponível para vendaContas a receber vinculadas à concessão 2.225.203 1.637.888

Títulos e valores mobiliários 567.429 472.599 Outros investimentos 17.714 12.465

Mantidos até o vencimentoTítulos e valores mobiliários 17.157 68.647

Passivos FinanceirosValor justo por meio do resultado Mantido para negociação

Outras obrigações - derivativos 39 47

Outros passivos financeirosEmpréstimos e financiamentos 2.174.472 1.364.077 Debêntures - 621.157

Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público 415.098 381.083 Eletrobrás - Itaipu 76.533 74.316 Petrobras - Compagas 40.698 25.720 Outros fornecedores 738.684 657.468

33.3 Resumo dos títulos e valores mobiliários man tidos até o vencimento.

Consolidado Valor justo Valor contábil líquido

Descrição Taxa a.a.Data de emissão Vencimento Tipo 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12 .2010

LTN 10,45% 23.04.2009 03.01.2011 Custo amortizado - 1.183 - 1.183

LTN 10,42% 29.04.2009 03.01.2011 Custo amortizado - 4.957 - 4.957

LFT SELIC 14.07.2009 07.03.2012 Custo amortizado 5.919 5.303 5.920 5.306

LFT SELIC 07.08.2009 16.03.2011 Custo amortizado - 22.651 - 22.654

LFT SELIC 30.11.2009 15.06.2011 Custo amortizado - 9.949 - 9.946

LFT SELIC 13.07.2010 15.06.2011 Custo amortizado - 22.044 - 22.037

LFT SELIC 02.09.2009 21.12.2011 Custo amortizado - 720 - 719

LF CAIXA 03.11.2011 07.11.2013 Custo amortizado 5.089 - 5.089 - LF CAIXA 07.11.2011 08.11.2013 Custo amortizado 6.101 - 6.101 -

33.4 Fatores de Risco

33.4.1 Risco de crédito

Risco de crédito é o risco de a Companhia incorrer em perdas decorrentes de um cliente ou de

uma contra-parte em um instrumento financeiro, decorrentes da falha destes em cumprir com suas

obrigações contratuais. O risco é basicamente proveniente das contas a receber de clientes e de

instrumentos financeiros conforme apresentado abaixo

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126

Consolidado Valor contábil

31.12.2011 31.12.2010

Ativos FinanceirosCaixa e equivalentes de caixa (a) 1.049.125 1.794.416

Aplicações financeiras - títulos e valores mobiliários (a) 644.608 541.246 Aplicações financeiras restritas - cauções e depósitos vinculados (a) 40.221 90.358 Clientes (b) 1.400.818 1.206.356

Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná (c) 1.346.460 1.341.193 Contas a receber vinculadas à concessão (d) 3.317.100 2.478.045

Total 7.798.332 7.451.614

a) Caixa, equivalentes de caixa e aplicações financ eiras

A administração da Companhia considera o risco de crédito sobre seus ativos contabilizados como

Caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras, considerando a política do Grupo em aplicar

praticamente todos os recursos em instituições bancárias federais ou quando necessário ou

oportuno, em bancos privados considerados de primeira linha.

b) Clientes

Risco decorrente da possibilidade de a Companhia incorrer em perdas resultantes da dificuldade

de recebimento de valores faturados a seus clientes, consumidores, concessionárias e

permissionárias. Este risco está intimamente relacionado a fatores internos e externos à Copel.

Para reduzir esse tipo de risco a Companhia atua na gerência das contas a receber, detectando as

classes de consumidores com maior possibilidade de inadimplência, suspendendo o fornecimento

de energia e implementando políticas específicas de cobrança, atreladas a garantias reais ou

fidejussórias, sempre que possível.

Os créditos de liquidação duvidosa estão adequadamente cobertos por provisão para fazer face a

eventuais perdas na sua realização.

c) Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná

A administração da Companhia considera o risco de crédito sobre a CRC reduzido, visto que as

amortizações são garantidas com recursos oriundos de dividendos, sendo que o Governo do

Estado vem cumprindo o pagamento das parcelas renegociadas conforme estabelecido no quarto

termo aditivo.

d) Contas a receber vinculadas à concessão

Referem-se a indenizações previstas nos contratos de concessão de serviços públicos de

distribuição e transmissão de energia elétrica e a créditos a receber relacionados aos contratos de

concessão da atividade de transmissão a ser realizado através da Receita Anual Permitida – RAP.

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127

Considerando o entendimento da Companhia que os contratos firmados asseguram o direito

incondicional de receber caixa ao final da concessão, a ser pago pelo Poder Concedente (Aneel)

referentes aos investimentos efetuados em infraestrutura e que não foram recuperados, por meio

da tarifa, até o vencimento da concessão e especificamente à atividade de transmissão,

considerando que a RAP é uma receita garantida, portanto sem risco de demanda, a

administração da Companhia considerada o risco de crédito sobre estes ativos bastante reduzido.

33.4.2 Risco de moeda estrangeira - dólar norte-americano

Esse risco decorre da possibilidade da perda por conta de flutuações nas taxas de câmbio que

reduzam saldos ativos ou aumentem saldos passivos em moeda estrangeira.

A dívida em moeda estrangeira da Companhia não é significativa e não existe exposição a

operações com derivativos de câmbio. A Companhia mantém monitoramento das taxas cambiais.

O efeito da variação cambial decorrente do contrato de compra de energia da Eletrobrás (Itaipu) é

repassado no próximo reajuste tarifário da Copel Distribuição.

A variação cambial decorrente da compra de gás da Petrobras pela Compagas impacta

diretamente no resultado da Companhia. A Compagas mantém negociação com seus

consumidores, objetivando, na medida do possível, o repasse destes custos.

A exposição ao risco de moeda estrangeira (dólar norte-americano) está demonstrada a seguir:

.Ativo Passivo Exposição líquida

31.12.2011

Cauções e depósitos vinculados (STN) 37.553 - 37.553

Empréstimos e financiamentos - (58.445) (58.445) Fornecedores

Eletrobrás (Itaipu) - (76.533) (76.533) Petrobras (aquisição de gás pela Compagas) - (40.698) (40.698)

37.553 (175.676) (138.123)

Análise de sensibilidade

A Companhia desenvolveu análise de sensibilidade com objetivo de mensurar o impacto da

depreciação cambial do dólar norte-americano sobre seus Empréstimos e Financiamentos

expostos a tais riscos.

Para o cenário base, foram considerados os saldos existentes nas respectivas contas em

31.12.2011 e para o cenário provável considerou-se os saldos com a variação da taxa de câmbio -

fim de período (R$/US$ 1,75) prevista na mediana das expectativas de mercado para 2012 do

Relatório Focus, do Bacen, de 30.12.2011. Para os cenários adverso e remoto, foi considerada

uma deterioração de 25% e 50%, respectivamente, no fator de risco principal do instrumento

financeiro em relação ao nível utilizado no cenário provável.

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128

. Base Cenários projetados - dez.2012Risco de moeda estrangeira Risco 31.12.2011 Provável Adverso Remoto .Ativos financeiros

Cauções e depósitos vinculados Alta do dólar 37.553 35.035 43.793 52.552 . 37.553 35.035 43.793 52.552 Passivos financeiros

Empréstimos e financiamentos

STN Alta do dólar 58.427 54.509 68.136 81.763 Eletrobrás Alta do dólar 18 17 21 25

58.445 54.526 68.157 81.788 Fornecedores

Eletrobrás (Itaipu) Alta do dólar 76.533 71.400 89.250 107.101 Petrobras (aquisição de gás pela Compagas) Alta do dólar 40.698 37.969 47.461 56.953

117.231 109.369 136.711 164.054

Exposição líquida (138.123) (128.860) (161.075) (193.290)

Efeito esperado no resultado 9.263 (22.952) (55.167)

Além da análise de sensibilidade exigida pela Instrução CVM nº475/08, a Companhia avalia seus

instrumentos financeiros considerando os possíveis efeitos no resultado e patrimônio líquido frente

aos riscos avaliados pela Administração da Companhia na data das demonstrações financeiras,

conforme sugerido pelo CPC 40 e IFRS 7. Baseado na posição patrimonial e no valor nocional dos

instrumentos financeiros em aberto em 31.12.2011, estima-se que esses efeitos seriam próximos

aos valores mencionados na coluna de cenário projetado provável da tabela acima, uma vez que

as premissas utilizadas pela Companhia são próximas às descritas anteriormente.

33.4.3 Risco de taxa de juros e variações monetárias

Risco de a Companhia incorrer em perdas, por conta de flutuações nas taxas de juros ou outros

indexadores, que diminuam as receitas ou aumentem as despesas financeiras relativas aos ativos

e passivos captados no mercado.

A Companhia não celebrou contratos de derivativos para cobrir este risco, exceto para os fundos

de investimentos exclusivos (33.4.9), mas vem monitorando continuamente as taxas de juros e

indexadores de mercado, a fim de observar eventual necessidade de contratação.

A exposição ao risco de taxa de juros e variações monetárias está demonstrada a seguir:

.Ativo Passivo Exposição líquida

31.12.2011

Aplicações financeiras - Equivalentes de caixa 1.014.044 - 1.014.044

Aplicações financeiras - Cauções e títulos e valores mobiliários 647.276 - 647.276 Repasse CRC - Governo do Estado do Paraná 1.346.460 - 1.346.460

Contas a receber vinculadas à concessão 3.317.100 - 3.317.100

Empréstimos e financiamentos - (2.116.027) (2.116.027)

6.324.880 (2.116.027) 4.208.853

Análise de sensibilidade

A Companhia desenvolveu análise de sensibilidade com objetivo de mensurar o impacto de taxas

de juros pós-fixadas e de variações monetárias sobre seus ativos e passivos financeiros expostos

a tais riscos.

Page 208: COPEL · E coroando a temporada de êxitos, a Copel participou com sucesso do último leilão para novas obras de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica

129

Para o cenário base, foram considerados os saldos existentes nas respectivas contas em

31.12.2011 e, para o cenário provável, considerou-se os saldos com a variação dos indicadores

(CDI/Selic - 9,90%, IGP-DI - 4,99%, IGP-M - 5,08% e TJLP - 6,00%) previstos na mediana das

expectativas de mercado para 2012 do Relatório Focus, do Bacen, de 30.12.2011. Para os

cenários adverso e remoto, foi considerada uma deterioração de 25% e 50%, respectivamente, no

fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível utilizado no Cenário Provável.

. Base Cenários projetados - dez.2012Risco de taxa de juros e variações monetárias Risco 3 1.12.2011 Provável Adverso Remoto .

Ativos financeirosAplicações financeiras - Equivalentes de caixa Baixa CDI/SELIC 1.014.044 1.114.432 1.089.384 1.064.236 Aplicações financeiras - Cauções e Títulos e valores mobiliários Baixa CDI/SELIC 647.276 711.355 695.368 679.314 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Baixa IGP-DI 1.346.460 1.413.648 1.396.851 1.380.054 Contas a receber vinculadas à concessão Baixa IGP-M 3.317.100 3.485.610 3.443.483 3.401.355

. 6.324.880 6.725.045 6.625.086 6.524.959 Passivos financeiros

Empréstimos e financiamentos

Banco do Brasil Alta CDI 1.504.204 1.647.103 1.682.828 1.718.553 Eletrobrás - Finel Alta IGP-M 136.122 137.505 137.851 138.196 Eletrobrás - RGR Sem Risco (1) 125.363 125.363 125.363 125.363 BNDES - Compagas Alta TJLP 48 51 52 52

Finep Alta TJLP 5.866 6.218 6.306 6.394 BNDES - Copel Geração e Transmissão Alta TJLP 172.237 182.571 185.155 187.738 Banco do Brasil - Repasse de recursos do BNDES Alta TJLP 172.187 182.518 185.101 187.684

. 2.116.027 2.281.329 2.322.656 2.363.980

Exposição líquida 4.208.853 4.443.716 4.302.430 4.160.979

Efeito esperado no resultado 234.863 93.577 (47.874) (1) Empréstimo indexado à Ufir

Além da análise de sensibilidade exigida pela Instrução CVM nº475/08, a Companhia avalia seus

instrumentos financeiros considerando os possíveis efeitos no resultado e patrimônio líquido frente

aos riscos avaliados pela Administração da Companhia na data das demonstrações financeiras,

conforme sugerido pelo CPC 40 e IFRS 7. Baseado na posição patrimonial e no valor nocional dos

instrumentos financeiros em aberto em 31.12.2011, estima-se que esses efeitos seriam próximos

aos valores mencionados na coluna de cenário projetado provável da tabela acima, uma vez que

as premissas utilizadas pela Companhia são próximas às descritas anteriormente.

33.4.4 Risco de vencimento antecipado

Risco proveniente do descumprimento de cláusulas contratuais restritivas, presentes nos contratos

de empréstimos e financiamentos da Companhia, as quais, em geral, requerem manutenção de

índices econômico-financeiros em determinados níveis (covenants financeiros), os quais são

calculados e analisados periodicamente visando à manutenção dos parâmetros estipulados nos

contratos.

Em 31.12.2011 todas as condições foram analisadas e indicam pleno atendimento dos parâmetros

previstos nos contratos.

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130

33.4.5 Riscos ambientais

As atividades do setor de energia podem causar significativos impactos negativos e danos ao meio

ambiente. A legislação impõe àquele que direta ou indiretamente causar degradação ambiental o

dever de reparar ou indenizar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados,

independentemente da existência de culpa. Os custos de recuperação do meio ambiente e

indenizações ambientais podem obrigar a Copel a retardar ou redirecionar investimentos em outras

áreas, mas a Companhia procura assegurar o equilíbrio entre a conservação ambiental e o

desenvolvimento de suas atividades, estabelecendo diretrizes e práticas a serem observadas nas

operações, a fim de reduzir o impacto ao meio ambiente, mantendo o foco no desenvolvimento

sustentável de seu negócio.

33.4.6 Risco quanto à escassez de energia

Risco decorrente de possível período de escassez de chuvas, dado que a matriz energética

brasileira está baseada em fontes hidrelétricas de geração, que dependem do volume de água em

seus reservatórios.

Um período prolongado de escassez de chuvas pode reduzir o volume de água em estoque nestes

reservatórios, podendo impactar em perdas devido à redução de receitas quando da eventual

adoção de racionamento energético.

Segundo o Plano Anual da Operação Energética - PEN 2011, divulgado anualmente no site

www.ons.org.br, as condições de atendimento à carga são bastante satisfatórias no horizonte

2011/2015, e considera ainda que existem sobras de energia assegurada no SIN nesse período, as

avaliações de sensibilidade com relação ao crescimento do mercado, mantidos os cronogramas

programados no PEN 2011, é capaz de suportar um crescimento médio anual da carga de até

8% a.a., cerca de 78 GWmed em 2015, contra os 5% a.a. do Cenário de Referência, cerca de

72 GWmed no mesmo ano, o que significa que, mesmo com uma antecipação de pouco mais de

um ano no crescimento da carga, a partir de 2013, ainda seria possível manter as condições de

atendimento ao mercado dentro do critério de garantia postulado pelo CNPE (riscos de déficit não

superior a 5%).

33.4.7 Risco de não renovação das concessões

A Companhia detém concessões para exploração dos serviços de geração, transmissão e

distribuição de energia elétrica com a expectativa, pela Administração, de que sejam prorrogadas

pelo Ministério de Minas e Energia – MME, com subsídios da Aneel. Caso a prorrogação das

concessões não seja deferida pelo Poder Concedente ou mesmo ocorra mediante a imposição de

custos adicionais para a Companhia (concessão onerosa), os atuais níveis de rentabilidade e

atividade podem ser alterados.

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131

Data de vencimento das concessões/autorização

Concessões - Copel Geração e TransmissãoHidrelétricas

Gov. Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia) 23.05.2023Gov. Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo) 15.11.2029

Gov. José Richa (Caxias) 04.05.2030

Gov. Pedro Viriato Parigot de Souza 07.07.2015Guaricana 16.08.2026

Chaminé 16.08.2026Apucaraninha 12.10.2025

Mourão 07.07.2015

Derivação do Rio Jordão 15.11.2029Marumbi - (a)

São Jorge 03.12.2024

Chopim I 07.07.2015Rio dos Patos (b) 14.02.2014

Cavernoso 07.01.2031Cavernoso II (em construção) 27.02.2046

Melissa - (c)

Salto do Vau - (c)

Pitangui - (c)

Mauá (51% da Copel) - em construção 02.07.2042

Colíder (em construção) 16.01.2046Termelétrica

Figueira 26.03.2019Concessões de transmissão

Contrato nº 060/01 - Sistema de transmissão 07.07.2015

Contrato nº 075/01 - Linha de transmissão Bateias - Jaguariaíva 16.08.2031Contrato nº 006/08 - Linha de transmissão Bateias - Pilarzinho 16.03.2038

Contrato nº 027/09 - Linha de transmissão Foz do Iguaçu - Cascavel Oeste 18.11.2039Contrato nº 010/10 - Linha de transmissão Araraquara 2 - Taubaté 05.10.2040

Contrato nº 015/10 - Subestação Cerquilho III 05.10.2040

Concessão - Copel Distribuição 07.07.2015

Concessão - Compagas 06.07.2024

Concessão - Elejor 25.10.2036

Autorização - UEG Araucária 22.12.2029Autorização - Centrais Eólicas do Paraná 29.09.2029

(a) Em processo de homologação na Aneel(b) Encaminhado em 27.01.2011 requerimento solicitando a prorrogação da concessão (art.19 da Lei nº 9.074/95)(c) Nas usinas com capacidade inferior a 1 MW, efetua-se apenas registro na Aneel

Quanto a eventual indenização ao final da concessão, existe a incerteza quanto à forma de

mensuração do valor a ser pago quando da reversão dos bens ao Poder Concedente.

33.4.8 Risco quanto à escassez de gás

Risco decorrente de eventual período de escassez no fornecimento de gás natural para atender às

atividades relacionadas à distribuição de gás e geração de energia termelétrica.

Um período prolongado de escassez de gás poderia impactar em perdas devido à redução de

receitas das controladas Compagas e UEG Araucária.

33.4.9 Instrumentos financeiros derivativos

A companhia opera instrumentos financeiros derivativos com o objetivo exclusivo de se proteger

frente à volatilidade das exposições às oscilações nas taxas de juros.

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132

Consolidado

Instrumentos financeiros derivativos 31.12.2011 31.12.2010

Futuro DI Ajuste Diários - ativo 1 - Futuro DI Ajuste Diários - passivo (39) (47)

Parcela circulante (38) (47)

Com o objetivo de se proteger frente à volatilidade das exposições ativas (taxas de juros em DI)

decorrentes de títulos e valores mobiliários, a Companhia contratou operações de DI futuro,

negociadas na BM&FBOVESPA e registrados na CETIP, cujos saldos de face apresentam os

seguintes montantes e condições:

Durante o exercício de 2011, o resultado das operações com instrumentos financeiros derivativos

no mercado de futuros foi uma perda de R$ 2.726 (ganho de R$ 53 em 2010).

Os contratos são ajustados diariamente conforme ajustes do DI Futuro divulgados pela

BM&FBOVESPA. Os valores de referência (nocionais) desses contratos em aberto em 31.12.2011

correspondem a R$ 88.135 (R$ 57.253 em 31.12.2010).

Em 31.12.2011, parte dos títulos públicos federais no montante de R$ 5.930 (R$ 7.993 em

31.12.2010), estava depositada como garantia de operações realizadas na BM&FBOVESPA.

De modo a mensurar os efeitos das flutuações dos índices e das taxas atreladas às operações

com derivativos, elaboramos a seguir o quadro de análise de sensibilidade nos termos

determinados pela instrução CVM nº 475/08, incluindo um cenário considerado provável pela

Administração da Companhia, uma situação considerada adversa de, pelo menos, 25% de

deterioração nas variáveis utilizadas e uma situação considerada remota, com deterioração de,

pelo menos, 50% nas variáveis de risco. Para o cenário base, foram considerados os saldos

existentes em 31.12.2011 e, para o cenário provável os saldos com a variação dos indicadores (DI)

previstos na mediana das expectativas de mercado para 2011 do Relatório Focus, do Bacen, de

31.12.2011.

. Base Cenários projetados - dez.2012Risco de derivativos Risco 31.12.2011 Provável Adverso Remoto .

Ativos (passivos) financeirosDerivativos - ativos Alta do DI 1 (16) (239) (461) Derivativos - passivos Baixa do DI (39) (500) (2.458) (4.418)

(38) (516) (2.697) (4.879)

Efeito esperado no resultado (478) (2.659) (4.841)

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133

33.5 Índice de endividamento

Endividamento Controladora Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

Dívida - Empréstimos e financiamentos 1.009.924 398.857 2.174.472 1.364.077

Dívida - Debêntures - 621.157 - 621.157 Caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras 27.922 89.997 1.633.812 2.392.589

Dívida líquida 982.002 930.017 540.660 (407.355) Patrimônio líquido 11.826.694 11.030.123 12.069.528 11.295.826

Índice de endividamento líquido 8,30% 8,43% 4,48% -3,61 %

33.6 Linhas de financiamentos

A Copel não opera com linhas de financiamentos como: Conta garantida não assegurada; Letras

de câmbio não asseguradas; Conta garantida assegurada; e Linhas de crédito bancário

asseguradas.

33.7 Tabela de liquidez e juros

As tabelas abaixo demonstram valores esperados de liquidação em cada faixa de tempo, as

projeções foram efetuadas com base em indicadores financeiros vinculados aos respectivos

instrumentos financeiros, previstos nas medianas das expectativas de mercado do Relatório Focus,

do Bacen, que fornece a expectativa média de analistas de mercado para tais indicadores para o

ano corrente e para o ano seguinte. A partir de 2014, repetem-se os indicadores de 2013 até o

horizonte da projeção, exceto o dólar, que acompanha a inflação americana.

Ativo Consolidado Juros (1) Menos 1 a 3 3 meses Mais de

de 1 mês meses a 1 ano 1 a 5 anos 5 anos Total

31.12.2011

Caixa e equivalentes de caixa - 1.049.125 - - - - 1.049.125

Derivativos DI Futuro 1 - - - - 1 Clientes 0,75% 33.536 9.400 28.577 40.847 417 112.777

Repasse CRC ao Governo do Estado do

Paraná 6,65% a.a. + IGP-DI 12.572 25.144 113.148 685.922 1.965.058 2.801.844

Títulos e valores mobiliários e Fundos

exclusivos 99,9% do CDI 2.645 11.580 106.718 110.318 - 231.261

Cauções e depósitos vinculados TR e Dólar(3) - - - - 100.387 100.387

Contas a receber vinculadas à concessão WACC+Tx retorno(2) 35.689 72.430 305.980 5.383.147 1.948.720 7.745.966

1.133.568 118.554 554.423 6.220.234 4.014.582 12.041.361 31.12.2010Caixa e equivalentes de caixa - 1.794.416 - - - - 1.794.416

Clientes 0,76% 22.051 9.508 28.459 60.000 - 120.018

Repasse CRC ao Governo do Estado do

Paraná 6,65% a.a. + IGP-DI 11.973 23.947 107.759 840.030 1.981.717 2.965.426

Títulos e valores mobiliários e Fundos

exclusivos 99,9% do CDI 357.492 26.089 45.592 133.362 - 562.535

Cauções e depósitos vinculados TR e Dólar(3) 64.078 - - - 98.724 162.802 Contas a receber vinculadas à concessão WACC+Tx retorno(2) 29.587 59.304 273.828 5.050.599 2.076.135 7.489.453

2.279.597 118.848 455.638 6.083.991 4.156.576 13.094.650 (1) Taxa de juros efetiva - média ponderada (2) WACC regulatório + Taxa de retorno do empreendimento(3) Moeda nacional: TR; Moeda estrangeira: vide NE nº 19

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134

Passivo Consolidado Juros (1) Menos 1 a 3 3 meses Mais de

de 1 mês meses a 1 ano 1 a 5 anos 5 anos Total

31.12.2011

Empréstimos e financiamentos NE nº 19 15.895 55.795 143.838 2.312.045 524.717 3.052.290 Derivativos DI Futuro 39 - - - - 39 Contas a pagar vinculadas à Tx. Retorno + concessão - uso do bem público IGP-M e IPCA 3.741 7.481 34.129 207.996 2.040.876 2.294.223

Eletrobrás - Itaipu Dólar - 164.062 350.491 2.426.301 6.338.176 9.279.030 Petrobras - Compagas 100% do CDI 4.499 9.117 42.928 131.262 - 187.806 Outros fornecedores - 555.708 116.041 44.494 140.059 - 856.302 Benefícios pós emprego 7,30% 28.485 56.969 256.361 1.281.669 2.109.550 3.733.034

Obrigações de compra IGP-M e IPCA - 994.393 2.646.662 11.395.780 50.070.240 65.107.075

608.367 1.403.858 3.518.903 17.895.112 61.083.559 84.509.799 31.12.2010Empréstimos e financiamentos NE nº 19 22.916 28.656 99.167 1.455.068 434.672 2.040.479 Debêntures NE nº 20 - 32.247 641.103 - - 673.350 Derivativos DI Futuro 47 - - - - 47 Contas a pagar vinculadas à Tx. Retorno +

concessão - uso do bem público IGP-M e IPCA 3.524 7.048 31.715 253.278 2.061.329 2.356.894 Eletrobrás - Itaipu Dólar - 77.507 353.466 3.284.329 7.125.809 10.841.111 Petrobras - Compagas 100% do CDI 3.988 8.158 38.647 194.202 - 244.995 Outros fornecedores - 214.026 125.151 185.168 14.944 - 539.289

Benefícios pós emprego 7,17% 28.269 56.537 254.417 1.213.013 1.807.966 3.360.202 Obrigações de compra IGP-M e IPCA - 457.253 2.245.114 14.554.719 43.263.760 60.520.846

272.745 792.557 3.848.797 20.969.553 54.693.536 80.577.188 (1) Taxa de juros efetiva - média ponderada

34 Transações com Partes Relacionadas

34.1 Controladora

Controladora

Parte Relacionada / Natureza da operação Ativo Passivo Resultado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010.Acionistas controladores

Estado do ParanáDividendos a pagar (1) - - 57.855 58.140 - - .

BNDESPAR (5)Dividendos a pagar (1) - - 46.473 42.601 - - .

Pessoal chave da administraçãoHonorários e encargos sociais (NE nº 29.3) - - - - (8.039) (7.276) Planos previdenciários e assistenciais - - - - (496) (433) .

As principais transações entre a Controladora e suas coligadas e controladas estão demonstradas

na NE nº 13 - Créditos com Pessoas Ligadas, e na NE nº 14 - Investimentos.

A Controladora concedeu, em 2002, avais a sua coligada Dona Francisca Energética S.A. para

empréstimos tomados por esta com o BNDES (aval solidário) e ao Bradesco (aval solidário). Em

31.12.2011, os saldos devedores atualizados montavam a R$ 21.071 e R$ 12.610,

respectivamente.

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34.2 Consolidado

Consolidado

Parte Relacionada / Natureza da operação Ativo Passivo Resultado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010Acionistas controladores

Estado do ParanáDividendos a pagar (1) - - 57.855 58.140 - -

Parcelamento faturas de energia (2) - 39.838 - - - 1.292 Programa luz fraterna (3) 38.763 11.528 - - - -

Parcelamento faturas de telecomunicações (2) - 4.376 - - - 182

Remuneração e encargos sociais - empregados cedidos (4) 2.062 2.457 - - - -

CRC (NE nº 6) 1.346.460 1.341.193 - - 148.950 215.714

ICMS (NE nº 10.3) 117.011 118.814 193.960 174.612 - - .BNDES (5)

Financiamento para investimento em rede de gás

(NE nº 19.5) - - 48 6.373 (313) (897)

Financiamento UHE Mauá e sistema de transmissão associado (NE nº 19.7) - - 172.237 138.885 (23.377) (6.090) .

BNDESPAR (5)Debêntures - Elejor - - - - - (3.248)

Dividendos a pagar (1) - - 46.473 42.601 - -

ColigadasDona Francisca Energética

Compra de energia elétrica (6) - - 5.600 5.506 (63.045) (61.189)

Dividendos a receber pela Copel (NE nº 13) 2.303 955 - - - - .Sanepar

Dividendos a receber pela Dominó (NE nº 13) 15.603 4.896 - - - -

Foz do Chopim Energética Ltda. Operação e manutenção (7) 131 109 - - 1.390 1.272

Sercomtel S.A. TelecomunicaçõesCompartilhamento de postes (8) 169 177 - - 2.031 2.117 .

Pessoal chave da administraçãoHonorários e encargos sociais (NE nº 29.3) - - - - (11.527) (10.881)

Planos previdenciários e assistenciais (NE nº 21) - - - - (496) (479)

Outras partes relacionadasPetrobras

Aluguel da planta UTE Araucária (NE nº 32.2) 2.730 4.296 - - 32.804 50.000

Fornecimento e transporte de gás (9) 283 177 - - 5.742 11.644

Aquisição de gás para revenda (9) - - 40.698 25.720 (186.833) (144.519)

Adiantamento a fornecedores (9) 11.982 9.902 - - - -

Dividendos a pagar para a Compagas (9) - - 1.887 2.359 - - .Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda. (10)

Dividendos a pagar - - 1.887 2.359 - -

Remuneração e encargos sociais - empregados cedidos (4) - - 27 27 - - .Paineira Participações S.A. (11)

Dividendos a pagar - - 1.110 - - - .Dreen Brasil Investim. e Participações S.A. (12)

Fornecedores e outras contas a pagar - - 466 - (265)

Fundação Copel Aluguel de imóveis administrativos - - - - (9.073) (8.401)

Planos previdenciários e assistenciais (NE nº 21) - - 468.875 408.463 - - .Instit. de Tecnol. p/ o Desenvolvimento - Lactec (1 3)

Prestação de serviço e Pesquisa e Desenvolvimento 15.400 28.064 371 433 (8.086) (9.170) .

Os valores decorrentes de atividades operacionais da Copel Distribuição com as partes

relacionadas são faturados de acordo com as tarifas homologadas pela Aneel, e os da Copel

Telecomunicações são realizados em termos equivalentes aos que prevalecem nas transações

com partes independentes.

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136

1) Em 2011, do total de dividendos propostos ao Governo do Estado do Paraná e ao

BNDESPAR, nos valores de R$ 124.872, e R$ 105.309, foram adiantados, durante o exercício

de 2011, R$ 67.017 e R$ 53.836, respectivamente.

2) Acordo de renegociação de faturas de fornecimento de energia elétrica e do Programa Luz

Fraterna, com a Copel Distribuição, no valor original de R$ 84.883, e acordo de renegociação

de faturas de implantação de acesso à Internet nas escolas públicas, com a Copel

Telecomunicações, no valor de R$ 12.000. Estes acordos foram assinados em 20.04.2007,

para pagamento em 45 parcelas mensais, atualizadas por taxa Selic pós-fixada, gerando as

receitas financeiras demonstradas no quadro.

3) O Programa Luz Fraterna, instituído pela Lei Estadual nº 491, de 11.09.2003, permite ao

Governo do Estado do Paraná quitar as contas de energia elétrica de famílias paranaenses de

baixa renda (devidamente cadastradas) quando o consumo não ultrapassar o limite de

100 KWh no mês. O benefício é válido para ligações elétricas residenciais de padrão

monofásico, ligações rurais monofásicas e rurais bifásicas com disjuntor de até 50 ampéres.

Também é preciso que o titular não tenha outra conta de luz no seu nome e não tenha débitos

em atraso com a Copel.

4) Ressarcimento do valor correspondente à remuneração e encargos sociais de empregados

cedidos ao Governo do Estado do Paraná. Para os saldos de 31.12.2011 foi constituída PCLD

no valor de R$ 2.230 (R$ 2.036 em 31.12.2010).

5) A BNDESPAR detém 26,41% das ações ordinárias da Companhia e tem o direito, pelo acordo

de acionistas, de indicar 2 membros do Conselho da Administração. A BNDESPAR é

subsidiária integral do BNDES, com o qual a Companhia mantém contratos de financiamentos

conforme descritos na NE nº 19.

6) Contrato de compra e venda de energia, realizado entre a Dona Francisca Energética e a

Copel Geração e Transmissão, com vencimento em 06.10.2015.

7) Contrato de prestação de serviços de operação e manutenção, realizado entre a Foz do

Chopim Energética Ltda. e a Copel Geração e Transmissão, com vencimento em 24.05.2015.

8) Contrato de compartilhamento de postes, realizado entre a Sercomtel S.A. Telecomunicações

e a Copel Distribuição, com vencimento em 20.08.2013.

9) A Petrobras detém 24,5% do capital social da Compagas. A Petrobrás Distribuidora S.A. - BR

e Petrobrás Gás S.A. - Gaspetro mantiveram relacionamentos com a Compagas.

O fornecimento e transporte de gás canalizado e a aquisição de gás para revenda são

efetuados a preços e condições de mercado.

O adiantamento a fornecedores refere-se ao contrato de aquisição de gás relativo à aquisição

de volumes e capacidades de transporte contratados e garantidos, superiores àqueles

efetivamente retirados e utilizados, e contém cláusula de compensação futura. A Compagas

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137

possui o direito de retirar o gás em meses subsequentes, podendo compensar o volume

contratado e não consumido num prazo prescricional de até 10 anos. Decorrente do plano de

expansão da Compagas e das perspectivas de aumento de consumo pelo mercado, a

administração da Compagas entende que a compensação do volume de gás acumulado até

31.12.2011 será efetuada nos próximos exercícios.

10) A Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda. detém 24,5% do capital social da Compagas.

11) A Paineira Participações S.A. detém 30% do capital social da Elejor.

12) A Dreen Brasil Investimentos e Participações S.A. detém 49,9% do Capital da Cutia

Empreendimentos Eólicos SPE S.A. Os principais saldos de passivos, bem como as

transações que influenciaram o resultado do exercício, decorrem principalmente de transações

em condições de mercado.

13) O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento - Lactec foi constituído em 06.02.1997, sob

a forma de associação sem fins lucrativos, e tem por objetivo a promoção do desenvolvimento

econômico, científico, tecnológico, social e sustentável da preservação e conservação do meio

ambiente. Foi qualificado, em 2000, pelo Ministério da Justiça, com base na Lei nº 9.790, como

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - Oscip, que permite, dentre outros

desenvolvimentos, o de parceria com o setor público por meio de dispensa do processo

licitatório. Os associados são: Copel, Universidade Federal do Paraná - UFPR, Instituto de

Engenharia do Paraná - IEP, Federação das Indústrias do Estado do Paraná - Fiep e

Associação Comercial do Paraná - ACP.

O Lactec mantém contratos de prestação de serviços e de pesquisa e desenvolvimento com a

Copel Geração e Transmissão e com a Copel Distribuição, submetidos a controle prévio ou a

posteriori, com anuência da Aneel.

Os saldos do ativo referem-se a Programas de Eficiência Energética e Pesquisa e

Desenvolvimento, contabilizados no Circulante, na conta Serviços em curso, na qual devem

permanecer até a conclusão do projeto, conforme determinação da Aneel.

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35 Seguros (não auditado)

A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros está

demonstrada a seguir.

Término Consolidado Apólice da vigência Importância segurada

Riscos nomeados (35.1) 24.08.2012 1.823.916 Incêndio - imóveis próprios e locados (35.2) 24.08.2012 432.781

Responsabilidade civil - Copel (35.3) 24.08.2012 12.000 Responsabilidade civil - Compagas (35.3) 30.08.2012 4.200 Engenharia - Copel (35.4) 24.08.2012 apólice por averbação

Transporte nacional e internacional - exportação e importação (35.5) 24.08.2012 apólice por averbaçãoMultirrisco (35.6) - Compagas 19.09.2012 6.487

Multirrisco (35.6) - Elejor 05.06.2012 974 Automóveis (35.7) 20.08.2012 valor de mercadoRiscos diversos (35.8) 24.08.2012 946

Riscos operacionais (35.9) - Elejor 25.09.2012 176.613 Riscos operacionais (35.10) - UEG Araucária * 31.05.2012 506.296 Garantia judicial (35.11) 05.02.2012 58.473

Garantia de Fiel Cumprimento (35.12) - Copel 15.01.2013 14.700 Garantia de Fiel Cumprimento (35.12) - Copel 1º.04.2013 4.574

Garantia de Fiel Cumprimento (35.12) - Copel 30.07.2015 63.313 Garantia de Fiel Cumprimento (35.12) - Copel 23.04.2014 3.750 Riscos de Engenharia - Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (35.13) 31.07.2012 764.492

Responsabilidade Civil - Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (35.14) 31.07.2012 44.000 Responsabilidade Civil para diretores e administradores - D&O (35.15) * 30.06.2012 46.895

* Os valores das importâncias seguradas de Riscos operacionais - UEG Araucária e de Responsabilidade civil para

diretores e administradores foram convertidos de dólar para real com a taxa do dia 30.12.2011, R$ 1,8758.

35.1 Riscos nomeados

Apólice contratada destaca as subestações e usinas, nomeando os principais equipamentos, com

respectivos valores segurados. Possui cobertura securitária básica de incêndio, queda de raios,

explosão de qualquer natureza e cobertura adicional contra possíveis danos elétricos, riscos

diversos, riscos para equipamentos eletrônicos e informática.

35.2 Incêndio

Imóveis próprios e locados - cobertura para os imóveis e parte dos seus conteúdos. Garante o

pagamento de indenização ao segurado ou proprietário do imóvel, pelos prejuízos em

consequência dos riscos básicos de incêndio, queda de raio e explosão de qualquer natureza, mais

a cobertura adicional de vendaval.

35.3 Responsabilidade civil

Cobertura às reparações por danos involuntários, corporais e/ou materiais e/ou morais causados a

terceiros, em consequência das operações comerciais e/ou industriais da Companhia. Possui

também cobertura adicional para prestação de serviços em locais de terceiros e responsabilidade

civil de empregador.

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139

35.4 Riscos de engenharia - Copel

Cobertura dos riscos de instalação, montagem, desmontagem e testes em equipamentos novos,

principalmente em subestações e usinas. Contratada apólice na modalidade por averbação,

conforme a ocorrência e necessidade para cobertura dos riscos na execução de serviços de

engenharia.

35.5 Seguro de transporte

Garante cobertura contra as perdas e danos causados às mercadorias durante o transporte, por

qualquer meio adequado, em operações no mercado interno ou externo, nas modalidades de

transporte nacional e internacional de importação e exportação. Contratada apólice na modalidade

por averbação, sendo basicamente utilizada para o seguro de transporte de equipamentos

elétricos, eletrônicos e de telecomunicações.

35.6 Multirrisco

Apólice onde são relacionados os bens da Companhia. Visa dar cobertura securitária para

possíveis danos causados por incêndio, raio, explosão, danos elétricos, riscos para equipamentos

eletrônicos, recomposição de registros e documentos, vendaval, fumaça e roubo ou furto

qualificado.

35.7 Seguro de automóveis

Garante as indenizações dos prejuízos sofridos e das despesas incorridas, decorrentes dos riscos

cobertos e relativos à frota de 40 veículos segurados da Compagas. Possui cobertura básica para

os veículos e cobertura adicional de responsabilidade civil facultativa para os danos materiais,

corporais e morais causados a terceiros. As importâncias seguradas para os danos causados a

terceiros são de R$ 150 para danos materiais e R$ 300 para danos pessoais, para cada veículo.

35.8 Riscos diversos - Copel

Garante cobertura para as perdas e danos materiais, causados aos bens descritos na apólice, por

quaisquer acidentes decorrentes de causa externa, incluindo os riscos de transladação.

Nesta modalidade de seguro são incluídos os equipamentos elétricos móveis e/ou estacionários,

bem como os equipamentos de informática e eletrônicos, quando em operação nas unidades das

empresas ou quando arrendados ou cedidos a terceiros.

35.9 Riscos operacionais - Elejor

Garante cobertura para as avarias, perdas e danos materiais de origem súbita, imprevista e

acidental a prédios, mercadorias, matérias-primas, produtos em elaboração e acabados,

embalagens, maquinismos, ferramentas, móveis e utensílios, e demais instalações que constituem

o estabelecimento segurado, além de lucros cessantes.

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140

35.10 Riscos operacionais – UEG Araucária

Apólice contratada tipo all risks (cobertura de todos os riscos legalmente seguráveis), inclusive

quebra de máquinas, para todo o complexo da Usina Termelétrica a Gás de Araucária.

35.11 Garantia judicial

Garante a liquidação de sentença transitada em julgado de processos judiciais contra a Compagas.

Possui o mesmo respaldo que a caução em processos judiciais, substituindo os depósitos judiciais

em dinheiro, a penhora de bens e a fiança bancária.

35.12 Garantia de fiel cumprimento

Garante a indenização dos prejuízos decorrentes da inadimplência do tomador Copel no

cumprimento das obrigações assumidas nos contratos de concessões firmados com a Aneel.

O seguro-garantia é destinado às empresas que, na condição de contratadas, estão obrigadas a

garantir a seus clientes que os contratos firmados, no que se refere a preços, prazos e demais

especificações pactuadas, serão rigorosamente cumpridos. Também os órgãos públicos de

administração direta ou indireta, conforme determinam as Leis nºs 8.666/93 e 8.883/94, podem

receber apólices de seguro como garantia de seus fornecedores de bens, serviços, executantes de

obras e licitantes.

Esta modalidade de seguro tem como objetivo garantir o fiel cumprimento de um contrato. O

seguro-garantia não cobre danos e sim responsabilidades pelo não cumprimento do contrato,

sendo uma opção de garantia contratual prevista na legislação brasileira e que substitui a carta de

fiança bancária, caução em dinheiro ou títulos da dívida pública.

35.13 Riscos de engenharia - Consórcio Energético Cruzeiro do Sul

Cobertura básica de obras civis em construção e/ou instalação e montagem mais coberturas

acessórias de despesas extraordinárias, tumultos, greve, comoção civil e atos dolosos,

manutenção ampla por 24 meses, despesas de desentulho, obras concluídas e riscos do fabricante

para a execução de obras e/ou serviços necessários à implantação da Usina Hidrelétrica de Mauá.

35.14 Responsabilidade civil - Consórcio Energéti co Cruzeiro do Sul

Cobertura às reparações por danos involuntários, corporais e/ou materiais e/ou morais causados a

terceiros, durante a execução das obras civis e/ou serviços de montagem e instalação da Usina

Hidrelétrica de Mauá. Possui também coberturas acessórias de responsabilidade civil cruzada e

danos decorrentes dos serviços de fundações.

35.15 Responsabilidade civil para Diretores e Adm inistradores - D&O

Seguro de responsabilidade civil de sociedades comerciais para conselheiros, diretores e

administradores D&O - Directors & Officers, com abrangência em todo território nacional e no

exterior, contratado pela Companhia.

A finalidade do seguro é a cobertura de pagamento dos prejuízos financeiros, honorários

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141

advocatícios e despesas processuais decorrentes de reclamação feita contra os segurados em

virtude de atos danosos pelos quais sejam responsabilizados dentro de seus atos regulares de

gestão.

Estão cobertos pelo seguro conselheiros, diretores, administradores da Copel e pessoas indicadas

pela Copel para ocupar cargos equivalentes nas empresas subsidiárias e controladas.

36 Conta de Compensação da “Parcela A”

Em função da adoção das normas internacionais de contabilidade, a Companhia deixou de

contabilizar ativos e passivos regulatórios e reverteu os saldos existentes.

Estes ativos e passivos continuam sendo registrados na contabilidade regulatória, instituída pela

Resolução Normativa nº 396 da Aneel.

Na Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da “Parcela A” - CVA são

acompanhadas as variações ocorridas entre os valores homologados, por ocasião dos reajustes

tarifários, e os valores efetivamente desembolsados ao longo do período tarifário, dos seguintes

componentes de custo da “Parcela A”: Compra de Energia Elétrica (Bilaterais, Itaipu e Leilões),

Custo com Transporte de Energia Elétrica (Transporte de Itaipu e Rede Básica) e Encargos

Setoriais (Conta de Consumo de Combustíveis - CCC; Conta de Desenvolvimento Energético -

CDE; Encargos de Serviços do Sistema - ESS e Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de

Energia - Proinfa).

A Aneel autorizou a Copel Distribuição, por meio da Resolução Homologatória n° 1.158, de

21.06.2011, a aplicar em suas tarifas de fornecimento, a partir de 24.06.2011, reajuste médio de

5,55%, sendo 5,77% relativos ao índice de reajuste tarifário e -0,22% relativos aos componentes

financeiros pertinentes, dentre os quais, a CVA, representando o total de R$ (120.071), sendo

composta por 2 parcelas: a CVA em processamento, relativa ao ano tarifário 2010-2011, no valor

de R$ (119.409), e o saldo a compensar da CVA de períodos anteriores no valor de R$ (662).

Caso os ativos e passivos regulatórios fossem contabilizados, a Companhia teria em suas

Demonstrações Financeiras os seguintes saldos:

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142

Composição dos saldos da CVA

Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010 CVA recuperável reajuste tarifário 2010

CCC - 31.758 - - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) - 20.871 - - Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) - 20.861 - -

CDE - 5.220 - - Proinfa - 4.974 - -

Energia elétrica comprada p/revenda (CVA Energ) - 6.345 - - Transporte de energia comprada (Itaipu) - 1.156 - -

- 91.185 - - CVA recuperável reajuste tarifário 2011

CCC 6.588 7.023 - 7.023

Encargos uso sist. transmissão (rede básica) - 981 - 981 CDE 4.023 1.134 - 1.134 Proinfa - 188 - 188

Transporte de energia comprada (Itaipu) 1.111 801 - 801 11.722 10.127 - 10.127

CVA recuperável reajuste tarifário 2012CCC 75 - 75 - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 18.081 - 18.081 -

CDE 3.074 - 3.074 - Energia elétrica comprada p/revenda (CVA Energ) - - - -

Transporte de energia comprada (Itaipu) 1.106 - 1.106 - 22.336 - 22.336 -

34.058 101.312 22.336 10.127

circulante não circulante Ativo Ativo

Consolidado

31.12.2011 31.12.2010 31.12.2011 31.12.2010

CVA compensável reajuste tarifário 2010

ESS - 40.434 - -

Energia elétrica comprada p/revenda (CVA Energ) - 20.439 - -

- 60.873 - -

CVA compensável reajuste tarifário 2011

Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 4.235 - - -

Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) 10.414 6.040 - 6.040

ESS 12.896 3.600 - 3.600

Proinfa 649 - - -

Energia elétrica comprada p/revenda (CVA Energ) 23.828 26.158 - 26.158

52.022 35.798 - 35.798

CVA compensável reajuste tarifário 2012

Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) 17.273 - 17.273 -

ESS 16.696 - 16.696 -

Proinfa 166 - 166 -

Energia elétrica comprada p/revenda (CVA Energ) 27.350 - 27.350 -

61.485 - 61.485 -

113.507 96.671 61.485 35.798

circulante não circulante Passivo Passivo

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Mutação da CVA

. Saldo em Saldo em 31.12.2010 Diferimento Amortização Atualização Transf erência 31.12.2011

AtivoCCC 45.804 (1.262) (40.261) 2.457 - 6.738

Encargos uso sistema de transmissão

(rede básica) 22.833 33.524 (21.833) 1.638 - 36.162

Energia elétrica comprada para revenda

(Itaipu) 20.861 - (21.732) 871 - -

CDE 7.488 11.309 (9.725) 1.099 - 10.171

Proinfa 5.350 (376) (5.184) 210 - -

Energia elétrica comprada para revenda

(CVA Energ) 6.345 - (6.345) - - -

Transporte de energia comprada (Itaipu) 2.758 2.685 (2.388) 268 - 3.323

111.439 45.880 (107.468) 6.543 - 56.394

Circulante 101.312 11.199 (107.468) 5.575 23.440 34.058 Não Circulante - NC 10.127 34.681 - 968 (23.440) 22.336

PassivoEncargos uso sistema de transmissão

(rede básica) - 8.262 (4.525) 498 - 4.235

Energia elétrica comprada para revenda

(Itaipu) 12.080 40.429 (11.086) 3.537 - 44.960

ESS 47.634 49.861 (56.139) 4.932 - 46.288

Proinfa - 1.559 (695) 117 - 981

Energia elétrica comprada para revenda

(CVA Energ) 72.755 55.452 (58.717) 9.038 - 78.528

132.469 155.563 (131.162) 18.122 - 174.992

Circulante 96.671 38.241 (131.162) 13.814 95.943 113.507 Não Circulante - NC 35.798 117.322 - 4.308 (95.943) 61.485

37 Eventos Subsequentes

37.1 Novos investimentos

37.1.1 Caiuá Transmissora de Energia S.A.

Sociedade de Propósito Específico - SPE em que a Copel Geração e Transmissão detém 49% do

capital social votante, constituída em 02.01.2012 para implantar e explorar o negócio de energia

elétrica, mediante concessão de transmissão de rede básica do Sistema Interligado Nacional –

SIN, tendo como objeto a construção, operação e manutenção das instalações de transmissão

caracterizadas no edital do Leilão Aneel nº 06/2011, realizado em 16.12.2011, sendo

principalmente linha de transmissão em 230 kV com extensão aproximada de 105 km, com origem

na subestação de Umuarama e término da subestação de Guairá; linha de transmissão em 230 kV

com extensão aproximada de 32 km, com origem na subestação de Cascavel Oeste e término da

subestação de Cascavel Norte; subestação em 230/69-13,8 kV Santa Quitéria; subestação de

230/138-13,8 kV Cascavel Norte, ambas localizadas no Paraná. O prazo de concessão é de 30

anos, contados a partir da data da assinatura do contrato e, a critério exclusivo do poder

concedente, poderá ser renovado por no máximo igual período.

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144

37.1.2 Integração Maranhense Transmissora de Energia S.A.

Sociedade de Propósito Específico - SPE em que a Copel Geração e Transmissão detém 49% do

capital social votante, constituída em 10.01.2012 para implantar e explorar o negócio de energia

elétrica, mediante concessão de transmissão de rede básica do Sistema Interligado Nacional - SIN,

tendo como objeto a construção, operação e manutenção das instalações de transmissão

caracterizadas no edital do Leilão Aneel nº 06/2011, realizado em 16.12.2011, sendo

principalmente linha de transmissão em 500 kV com extensão aproximada de 365 km, com origem

na subestação de Açailandia e término da subestação de Miranda II, localizada no Maranhão. O

prazo de concessão é de 30 anos, contados a partir da data da assinatura do contrato e, a critério

exclusivo do poder concedente, poderá ser renovado por no máximo igual período.

37.2 Mudanças nas taxas de depreciação - Resoluçã o Normativa Aneel nº 474/2012

Em 07.02.2012, a Aneel aprovou a Resolução Normativa nº 474 que estabelece a alteração das

taxas anuais de depreciação para os ativos em serviço outorgado no setor elétrico. De acordo com

essa resolução, as alterações nas taxas têm vigência a partir de 1º.01.2012. A Administração da

Companhia está avaliando os impactos destas alterações e seus efeitos passarão a ser registrados

prospectivamente a partir de 1º.01.2012.

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145

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMO NSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Aos Acionistas e Administradores da

Companhia Paranaense de Energia – COPEL

Curitiba - PR

Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia Paranaense

de Energia – COPEL (“Companhia”), identificadas como Controladora e Consolidado,

respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e as

respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio

líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das

principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da Administração sobre as demonstr ações financeiras

A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das

demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e

das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório

financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, e de acordo com

as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou

como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de

distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras

com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de

auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a

auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as

demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

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146

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a

respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os

procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos

de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude

ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a

elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar

os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de

expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria

inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das

estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das

demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa

opinião.

Opinião sobre as demonstrações financeiras individu ais

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais referidas no primeiro parágrafo

apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira

da Companhia Paranaense de Energia - COPEL em 31 de dezembro de 2011, o desempenho de

suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as

práticas contábeis adotadas no Brasil.

Opinião sobre as demonstrações financeiras consolid adas

Em nossa opinião as demonstrações financeiras consolidadas referidas no primeiro parágrafo

apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira

consolidada da Companhia Paranaense de Energia - COPEL em 31 de dezembro de 2011, o

desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o

exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro

(IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB e as práticas contábeis

adotadas no Brasil.

Ênfase

Conforme descrito na nota explicativa 2.1, as demonstrações financeiras individuais foram

elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Companhia

Paranaense de Energia - COPEL essas práticas diferem da IFRS, aplicável às demonstrações

financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas,

coligadas e controladas em conjunto pelo método de equivalência patrimonial, enquanto que para

fins de IFRS seria custo ou valor justo. Nossa opinião não está ressalvada em função desse

assunto.

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147

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado

Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA),

referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, elaboradas sob a responsabilidade da

administração da Companhia, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira

para companhias abertas e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a

apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de

auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em

todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em

conjunto.

Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas referentes ao exercício findo em 31 de

dezembro de 2010, apresentadas para fins de comparação, foram anteriormente auditadas por

outros auditores independentes, que emitiram relatório datado em 22 de março de 2011, que não

conteve qualquer modificação.

Curitiba, 19 de março de 2012.

KPMG Auditores Independentes

CRC 2SP014428/O-6-F-PR

José Luiz Ribeiro de Carvalho João Alberto Dias Panceri

Contador - CRC 1SP141128/O-2-S-PR Contador CRC 1PR048555/O-2

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RESUMO DO RELATÓRIO ANUAL DO COMITÊ DE AUDITORIA 20 11

O Comitê de Auditoria - CAU da Companhia Paranaense de Energia - Copel, realizou três

reuniões com pauta exclusiva do CAU e quatro reuniões em conjunto com o Conselho Fiscal, para

análise das demonstrações financeiras da Companhia, com a presença de Auditoria Externa e de

Auditoria Interna para abordagem de assuntos em seu âmbito de atuação e análise de outros de

sua competência.

A atuação do Comitê no ano de 2011 foi focada na avaliação dos sistemas de controles internos e

administração de riscos; análise dos trabalhos da Auditoria Externa - Deloitte Touche Tohmatsu e

KPMG Auditores Independentes, que pelo término do contrato da Deloitte, passou a atender a

Companhia em 2011, quanto aos seus resultados e às demonstrações contábeis e relatórios

financeiros; análise dos aspectos que envolvem o processo de preparação dos balancetes e

balanços, das notas explicativas e dos relatórios financeiros publicados em conjunto com as

demonstrações contábeis consolidadas; no exame das práticas relevantes utilizadas pela Copel na

elaboração das demonstrações contábeis; e na análise e acompanhamento dos trabalhos da

Auditoria Interna, com a finalidade de aperfeiçoamento de seu desempenho.

No exercício de suas atividades regulamentares, dentre outras, destacaram-se:

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a) Acompanhamento do planejamento da Auditoria Externa para 2011; b) Análise, aprovação e

acompanhamento das atividades da Auditoria Interna, verificação das recomendações feitas e

aprovação de seu Planejamento para 2011-2012; c) Acompanhamento da evolução do orçamento

da Companhia; d) Análise do Relatório da Administração 2010, Balanço Patrimonial e demais

Demonstrações Financeiras Referentes ao Exercício de 2010; e) Apreciação da Proposta da

Diretoria para a Destinação do Lucro Líquido verificado no Exercício de 2010 e para pagamento de

Participação Referente à Integração entre o Capital e o Trabalho e Incentivo à Produtividade; f)

Acompanhamento das atividades do Canal de Comunicação Confidencial; g) Revisão das

políticas, práticas e princípios de Contabilidade utilizados pela Copel na elaboração das

Demonstrações Contábeis e Financeiras; h) Revisão dos métodos alternativos de Tratamento

Contábil relativos a Informações Contábeis e Financeiras; i) Acompanhamento e aprovação da

contratação de empresa para prestação de serviços de auditoria independente; j)

Acompanhamento dos trabalhos do Comitê de Riscos e da revisão das políticas de avaliação e

administração de riscos da Companhia; k) Acompanhamento das atividades da Auditoria Externa

– Relatório da Deloitte Touche Tohmatsu; l) Apreciação dos resultados e das informações

financeiras relativas aos quatro trimestres de 2011; m) Análise a aprovação do Relatório 20F; n)

Análise da Carta Comentário da Deloitte Touche Tohmatsu relativa a 2010; o) Aprovação do

Relatório Semestral do Comitê de Auditoria; p) Acompanhamento dos trabalhos e verificação das

recomendações feitas pela Auditoria Interna da Copel; q) Acompanhamento e ratificação do

Atestado de Independência da Auditoria Externa - KPMG; r) Acompanhamento dos processos e

controles internos da Lei Sarbanes Oxley; s) Realização de autoavaliação do Comitê de Auditoria

e de seus membros; t) Aprovação do calendário de reuniões do Comitê de Auditoria para o ano de

2012; u) Análise da Gestão de Tributos na Companhia; v) Acompanhamento da ação movida pelo

INSS Contra a Copel – NFLD nº 35.273.877-4; w) Análise do Aditivo Contratual relativo à

neutralidade da parcela “A” das tarifas de energia elétrica; x) Acompanhamento das perdas com

inadimplência nos últimos cinco anos; y) Análise do “Relatório ao Comitê de Auditoria”, elaborado

pela Deloitte Touche Tohmatsu; z) Avaliação da declaração de independência apresentada pela

Auditoria Externa, KPMG – Auditores Independentes, em relação à verificação do Relatório de

Sustentabilidade da Copel, de acordo com as diretrizes do Global Reporting Initiative – GRI.

Na apreciação do Comitê, a forma e as ações adotadas para monitorar os sistemas de controles

internos e a administração de riscos, em seus aspectos relevantes, estão bem estabelecidos e

adequadamente direcionados. Não foram detectadas exceções relevantes que possam impactar a

efetividade dos sistemas.

Com base nos exames e nas informações fornecidas pela Deloitte e pela KPMG, o Comitê atesta

a objetividade e a independência dos auditores externos, uma vez que não identificou situações

que pudessem afetá-las e avalia como adequadas as estruturas da Auditoria Interna da

Companhia, assim como a qualidade de seu corpo técnico e gerencial e os resultados

apresentados por seus trabalhos.

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150

Não houve o registro de qualquer denúncia de descumprimento de normas, ausência de controles,

ato ou omissão por parte da Administração da Empresa que apontasse a existência ou evidência

de fraudes, falhas ou erros que colocassem em risco a continuidade da Copel ou a credibilidade

de suas demonstrações contábeis e financeiras.

Considerando os sistemas de controles internos existentes, a abrangência e a eficácia dos

trabalhos realizados pelos auditores externos, assim como seu respectivo parecer, este Comitê de

Auditoria concluiu que as demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 apresentam

adequadamente a posição financeira e patrimonial da Companhia Paranaense de Energia –

Copel, em relação: a) às práticas contábeis adotadas no Brasil; b) à legislação societária

brasileira; c) às normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, já adequadas aos padrões

internacionais de contabilidade ; e d) às normas editadas pela Agência Nacional de Energia

Elétrica - Aneel e pela Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, e recomenda ao Conselho

de Administração sua aprovação.

Curitiba, 20 de março de 2012

Carlos Homero Giacomini

Presidente

Fabiano Braga Côrtes

José Richa Filho

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PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES F INANCEIRAS DO

EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

Os membros do Conselho Fiscal da Companhia Paranaense de Energia - Copel, abaixo

assinados, dentro de suas atribuições e responsabilidades legais, procederam ao exame das

Demonstrações Financeiras, do Relatório Anual da Administração e da Proposta da Administração

para Destinação do Lucro Líquido referente ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2011

e, com base em análises efetuadas e esclarecimentos adicionais prestados pela Administração,

considerando, ainda, o Relatório dos Auditores Independentes, KPMG Auditores Independentes,

emitido sem ressalvas, concluíram que os documentos analisados, em todos os seus aspectos

relevantes, estão adequadamente apresentados, motivo pelo qual opinam favoravelmente ao seu

encaminhamento para deliberação da Assembleia Geral de Acionistas.

Curitiba, 20 de março de 2012

JOAQUIM ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA PORTES

Presidente

LUIZ EDUARDO DA VEIGA SEBASTIANI

JOSÉ TAVARES DA SILVA NETO

Voto em separado

JORGE MICHEL LEPELTIER

WANCLER FERREIRA DA SILVA

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PROPOSTA DE ORÇAMENTO DE CAPITAL

Em conformidade com a Instrução CVM Nº 480 de 07.12.2009, em vigor a partir de 1º de janeiro

de 2010, abaixo se encontra demonstrada a proposta de orçamento de capital para o ano de 2012,

da Companhia Paranaense de Energia - Copel, bem como a origem dos recursos.

.

PROGRAMA DE INVESTIMENTOS R$ Milhões

Geração e Transmissão 1.069,9 Usina Hidrelétrica Mauá 89,1 UHE Colíder 562,4

PCH Cavernoso II 50,6 LT Foz - Cascavel Oeste 4,6 LT Araraquara - Taubaté 108,0

Subestação Cerquilho 39,3

Outros Empreendimentos de Geração 146,3 Outros Empreendimentos de Transmissão 69,6 Distribuição 1.105,0 Telecomunicações 82,5

TOTAL 2.257,4

.

FONTES DE RECURSOS R$ Milhões

Recursos de terceiros 1.085,8 Recursos próprios, oriundos de retenção de lucros e geração de caixa das operações da Companhia 1.171,6

TOTAL 2.257,4

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DECLARAÇÃO

Pelo presente instrumento, o Diretor Presidente e os demais Diretores da Companhia Paranaense

de Energia - Copel, sociedade de economia mista por ações, de capital aberto, com sede na Rua

Coronel Dulcídio 800, Curitiba - PR, inscrita no CNPJ sob nº 76.483.817/0001-20, para fins do

disposto nos incisos V e VI do artigo 25 da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009,

declaram que:

(I) reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer da KPMG

Auditores Independentes, relativamente às demonstrações financeiras da Copel referentes

ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2011; e

(II) reviram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras da Copel relativas ao

exercício social findo em 31 de dezembro de 2011.

Curitiba, 20 de março de 2012

LINDOLFO ZIMMER YÁRA CHRISTINA EISENBACH

Diretor Presidente Diretora de Gestão Corporativa

RICARDO PORTUGAL ALVES JULIO JACOB JUNIOR

Diretor de Finanças, Relações com Diretor Jurídico

Investidores e de Controle de Participações

PEDRO AUGUSTO DO NASCIMENTO NETO JORGE ANDRIGUETTO JUNIOR

Diretor de Distribuição Diretor de Engenharia

JAIME DE OLIVEIRA KUHN GILBERTO MENDES FERNANDES

Diretor de Geração e Transmissão de Energia Diretor de Meio Ambiente e Cidadania

e de Telecomunicações Empresarial