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... '. ESTADO DE GOIÁS CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara de Educação Superior Sistema Estadual de Educação Superior de Goiás: normatização. PARECER CEE/CES N. 222/2006 /" () .l:. t:: '" 7f!s, \. ......... ! o conjunto de indicativos, que definiram e consolidaram as políticas públicas para o setor educacional no Estado de Goiás, mereceram um cuidadoso estudo da Câmara de Educação Superior do Conselho de Educação e resultaram na definição de parâmetros conceituais fundamentais que se fazem presentes e norteiam todos os artigos da resolução "normatização da Educação Superior" apresentada pela Comissão: 1. A Educação Pública é laica, democrática e a princípio gratuita, sendo constitucionalmente definida como "direito de todos e dever do estado e da família" (art.205 da Constituição federa:). A Educação Superior se insere no processo de educação continuada para I) exercício pleno e consciente da cidadania para todos os brasileiros, aceitando as diferenças de caráter racial, r,eligioso, cultural, sexual, de gênero, de deficiências físicas ou mentais etc. sem processos de exclusão, incentivando ações afirmativas de inclusão social para que o Brasil seja a pátria de todos. A Educação Nacional acompanha o desenvolvimento da pessoa humana e a habilita ao exercício de seus direitos e deveres para consigo, para com os outros, para com o estado e a Reza a Constituição Brasileira que é dever do estado garantir o acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística segundo a capacidade de cada um (art.208) e que o Estado deve garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional (art.215). É o conceito democrático, laico e repúblicano de educação, que defendemos nesta resolução. 2. A Educação Superior se inserre no Projeto de nação e de Estado, nas políticas de desenvolvimento. Cultura, ciência, tecnologia são bens sociais que se de um lado enriquecem a dimensão pessoal, profissional e política de cada cidadão, do outro tornam-:se alavanca fundamental para o desenvolvimento nacional e para a conotação de um modelo de civilização. A Carta Magna reza que a pesquisa tecnológica deve voltar-se preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional (§ 2°, k;0\ I ,:.t;) . / I j l I ! ! " j i t t t f I f I

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CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Câmara de Educação Superior

Sistema Estadual de Educação Superior de Goiás: normatização.

PARECER CEE/CES N. 222/2006

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o conjunto de indicativos, que definiram e consolidaram as políticas públicas para o setor educacional no Estado de Goiás, mereceram um cuidadoso estudo da Câmara de Educação Superior do Conselho de Educação e resultaram na definição de parâmetros conceituais fundamentais que se fazem presentes e norteiam todos os artigos da resolução "normatização da Educação Superior" apresentada pela Comissão:

1. A Educação Pública é laica, democrática e a princípio gratuita, sendo constitucionalmente definida como "direito de todos e dever do estado e da família" (art.205 da Constituição federa:). A Educação Superior se insere no processo de educação continuada para I) exercício pleno e consciente da cidadania para todos os brasileiros, aceitando as diferenças de caráter racial, r,eligioso, cultural, sexual, de gênero, de deficiências físicas ou mentais etc. sem processos de exclusão, incentivando ações afirmativas de inclusão social para que o Brasil seja a pátria de todos. A Educação Nacional acompanha o desenvolvimento da pessoa humana e a habilita ao exercício de seus direitos e deveres para consigo, para com os outros, para com o estado e a naç~lo. Reza a Constituição Brasileira que é dever do estado garantir o acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística segundo a capacidade de cada um (art.208) e que o Estado deve garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional (art.215). É o conceito democrático, laico e repúblicano de educação, que defendemos nesta resolução.

2. A Educação Superior se inserre no Projeto de nação e de Estado, nas políticas de desenvolvimento. Cultura, ciência, tecnologia são bens sociais que se de um lado enriquecem a dimensão pessoal, profissional e política de cada cidadão, do outro tornam-:se alavanca fundamental para o desenvolvimento nacional e para a conotação de um modelo de civilização. A Carta Magna reza que a pesquisa tecnológica deve voltar-se preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional (§ 2°, art~~

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Câmara de Educação Superior universidade tem, portanto, funç:ão estratégica na geração do conhecimento científico e tecnológico e na construção do projeto de Nação soberana e de um estado competitivo. O proces!;o de produção científica acadêmica não se finaliza em si mesmo nem na apropriação individual por parte do profissional egresso. Mediante a extensão, a !lniversidade socializa o conhecimento, luta para a independência técnico-científica num processo de integração soberana ao mundo em fase de globalização.

3. A Educação Superior é modalidade privilegiada para a efetivação dos processos de inclusão e mobilidade social, no respeito às diversidades culturais, no superamento de históricas discriminações sociais, na implantação de políticas afirmativas e na preservação do meio ambiente. O Brasil não pode ser campeão em índices de desigualdade social e exclusão discriminatória, seja de ordem étnica, racial, econômica ou religiosa.

4. A Educação Superior é tarefa comunitária de gestão democrática e relevância social, que exige participação de todos os segmentos que dela participam: docentes, discentes, funcionários administrativos, gestores e a comunidade em que a instituição se insere. A Educação Pública é espaço da pluralidade, da diversidade, de exercício da liberdade e da vida democrática, do diálo~IO construtivo, lugar privilegiado para debates dos grandes temas nacionais, regionais e locais, com forte impacto no planejamento político e governamental bem como na qualidade de vida de nossa população.

5. A Educação Superior é um bem social "de qualidade", que requer instituições dinâmicas e cientificamente referenciadas, independentemente de sua localização e de seu tamanho. Há exigência de padrões institucionais de qualidade: docentes qualificados com regimes de trabalhos condignos; infraestruturas laboratoriais e computacionais satisfatórias; acervos bibliográficos atualizados a serem exigidos em todas as instituições de ensino superior públicas; progressiva inclusão da Educação a Distância (EAD) como modalidade de oferta da educação superior; processo de avaliação institucional (dinâmico, global e constante), instrumento que justifica, acompanha, consolida e legitima todos os programas acadêmicos de qualquer instituição de ensino superior do sistema estadual e municipal de educação.

6. A Educação Superior requer indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, o que exige a presença da investigação acadêmica, como instrumento fundamental de aprendizanem, e a presença da pesquisa institucional, como ação transformadora da realidade, objeto de apropriação social pela ação da extensão universitária. Os

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programas de extensão, superando a tradicional forma de prestação de nerviços, devem se tornar formas de interação constante entre universidade e sociedade, facilitando a apropriação do~, bens culturais, científicos e tecnológicos por parte da comunidade.

1 - Coritextualização

A educação superior em Goiás é um fenômeno recente se tomarmos como parâmetro à trajetória nacional. Ao longo de séculos o Estado desconheceu a experiência da educação superior, limitando-se ao universo da educação básica, fundamental e média. Na última década do século XIX, com a criação da Academia de Direito e do curso de Farmácia na antiga capital, a cidade de Vila Boa, o poder público manifestou algum interesse na implantação de cursos superiores no Estado. Na realidade, a implantação e implementação do paradigma univer:3itário foi obra principalmente das entidades religiosas ligadas à Igreja Católica e do sistema federal de ensino, que, a partir da criação da nova capital do estado, Goiânia, e da mudança da capital do país para o Planalto Central com a fundação de Brasília, preocuparam-se em implantar um sistema de educação superior para atender às demandas regionais.

o processo de interiorização do país, com sua marcha para o Oeste, e a decisão política de sediar no planalto central a nova capital fizeram o país descobrir Goiás. A dimensão de modernidade assumida no discurso oficial inovador da política pública a partir dos anos 3D, tornou-se elemento dinamizador de novas frentes desenvolvimentistas que exigiam a formação de profissionais qualificados formados na região. Goiás e o recém criado Distrito Federal precisavam urgentemente de quadros que viabilizassem as metas desenvolvimentistas do governo federal e estadual.

A afirmação deste ideal foi estruturada de maneira incipiente e tópica na década de 40 e 50, com a implantação de cursos e faculdades isoladas. Não podemos esquecer o projeto da Universidade do Brasil Central, sonhado por Coimbra Bueno (1947) que chegou a ser apreciado pela Assembléia Legislativa (lei n° 192/48). Conseguiu apoio da Cúria Metropolitana que fundou a Faculdade de Filosofia (1948), exigência legal na época. Infelizmente a destinação dos recursos financeiros para outros fins sepultou () projeto. Ganhou, porém, novo impulso na década de 60, com o surgimento das primeiras universidades goianas, nascidas no clima de embate entre defensores do ensino público federal e do ensino privado confessional. Faculdades isoladas existentes, mantidas geralmente por instituições religiosas ou entidades de classes, passaram por um processo de incorporação. A Escola de Enfermagem São Vicente de Paulo (1942), a Faculd~e

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ESTADO DE GOIÁS CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇAo

Câmara de Educação Superior Filosofia, Ciências e Letras (1948), a Faculdade de Ciências Econômicas (1950), a Escola de Belas Artes (1952), a Escola de Serviço Social (1957) por decreto do presidente Juscelino Kubitschek foram incorporadas, em 1959, à primeira universidade do Centro-Oeste, apelidada de "Universidade de Goiás", mantida pela Sociedade Goiana de Cultura, ligada à arquidiocese de GoiâniC!.Trata-se de uma instituição de ensino superior comunitária, católica e filantrópica que, em 1971, se transformou na Universidade Católica de Goiás. A Universidade Federal de Goiás surgiu em 1960, incorporando outras cinco instituições isoladas existentes: a Faculdade de Farmácia e Odontologia (1947), a Escola de Engenharia do Brasil Central (1952) o Conservatório Goiano de Música (195~;) e a Faculdade de Direito de Goiás, a antiga Academia de Direito fundada em Vila Boa em 1898 e transferida para a Rua 20 da nova capital, em 1937 e, por fim, a Faculdade de Medicina (1959), criada pela Associação Médica de Goiás. Apesar de tardiamente, a presença do poder público estadual participou efetivamente deste projeto de modernização, criando a Faculdade de Ciências Econômicas de Anápolis (1962), a Escola Superior de Educação Física em Goiânia (Esefego) e a Faculdade de Filosofia Cora Coralina. Também o poder público municipal começou a se interessar da educação superior e em Rio Verde é criada a Fundação de Ensino Superior.

No final da década de 70 são '11 as instituições de ensino superior, diHtribuídas entre setor privado, sistema público federal, estadual e municipal de ensino. É o que manifesta o quadro demonstrativo nO 1:

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Câmara de Educação Superior Quadro demonstrativo n° 1: ensino superior em Goiás segundo especificação, localização e na~ureza

das instituições (1979).

1 Universidade Católica de Goiás Goiânia X

2 Universidade Federal de Goiás Goiânia X

3 ~vvola de Educ. Flsica -ESEFEGO

Goiânia X

4 Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão

Anápolis X

5 I Faculdade de Odontologia João Prudente

Anápolis X

6 I Faculdade de Direito de Anáeolis

Anápolis X

7 I Faculdade de Filosofia do Vale S. Patrício

Ceres X

8 I Faculdade de Filosofia de Rio Verde

Rio Verde X

9 I Faculdade Anhanguera de C. Humanas

Goiânia X

10 I Facul~ade de Filosofia Cora Coralma

Goiás X

11 I Facul?a~e de Ciências Anápolis I X

Economlcas

1 3 1 6 TOTAL

Fonte: BALDINO, J.M. Ensino Superior em Goiás em tempo de euforia. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação, UFG,1991.

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CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇAo Câmara de Educação Superior

A década de oitenta é marcada pela adoção progressiva de políticas neoliberais no campo educacional, amparadas no apoio dos organismos mundiais (OMC,BIRD, etc.). Minimiza-se o poder de intervenção, regulação e fiscalização do Estado, favorecendo o livre mercado, diminuindo a esfera pública e ampliando a esfera privada. Este tipo de política leva à liberdaqe de mercado, à sociedade aberta, aos cortes em gastos sociais, à flexibilização das relações trabalhistas, à exigência de redução do déficit público, à liberação de preços, à prevalência da iniciativa privada, à cobrança dos serviços públicos, mesmo na área educacional. O mundo é perspectivado como ullla imensa aldeia global, uma sociedade do conhecimento e da informação, onde impera a competitividade e a qualidade, fundamentada no domínio de ciência e tecnologia, fonte de constantes inovações tecnológicas.

Esta visão de mundo globalizado e competitivo, com suas demandas por qualificações novas, educação continuada, aquisições de competências, habilidades e atitudes novas que possam propiciar melhores condições para a inserção no mundo do trabalho atinge Goiás e seu s-,istema educacional. Há uma expansão desorganizada do Ensino ~uperior, que marca de maneira decisiva a presença e a evolução do sistema estadual na educação superior. A gratuidade do ensino superior é gravemente afetada, pois, para garantir formas de financiamento ao menos parciais, os municípios criam suas fundações de ensino superior que cobram mensalidade: Fundação de Ensino Superior ele Rio Verde (Fesurv), Fundação Integrada Municipal de Ensino Superior (FIMES), Fundação de Ensino Superior de Goiatuba (FESG), Fundação Educacional de Anicuns (FEA), Fundação de Ensino Superior de Itunmbiara (FESIT), Fundação Educacional de Jataí (FEJ), etc. A expansão do sistema de ensino superior municipal, porém, mantém especificidades que distinguem as instituições públicas universitárias latino-americanas: trata-sH de instituições leigas, republicanas, com gestão democrática e compromissadas com as sociedades nas quais estão inseridas.

Neste processo de expansão da educação superior, uma característica sobressai: a distribuição das instituições de ensino superior públicas mapeiam todo o território goiano, o que, se de um lado facilita o processo de democratização do acesso ao ensino acadêmico, do outro coloca para o governo estadual o desafio de manter o difícil equilíbrio entre expansão e qualidade acadêmica. Há uma verdadeira explosão de faculdades mantidas pelo Governo de Goiás ou por Fundações Municipais de Ensino Superior, que não responde ao planejamento de políticas públicas. Ciente de que a implantação de qualquer curso superior alavanca o progresso do município, todo prefeito queria sua faculdade. Sem uma definição clara e planejada de Políticas Públicas por parte do governo estadual, a interiorização da educação superior ameaçava se tornar um fenômeno desordenado e incontrolável.

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ESTADO DE GOIÁS CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Câmara de Educação Superior

No final da década, o território do Estado de Goiás é dividido, com a criação de uma nova unidade da federação: o Estado de Tocantins. Conseqüentemente, algumas instituições de ensino superior passam a fazer parte do novo estado. O quadro~ demonstrativo nO 2 reflete o histórico desta evolução da educação superior.

Quadro demonstrativo n° 2: Ensino Superior em Goiás, segundo o ano de fundação, a especificação e

natureza da instituição, o ato legal, a sede e a situação (1980-1989).

A universidade Federal de Goiás cria I X campus X avançado Extensão U Fica o poder Executivo autorizado a criar a Universidade do Estado de Goiás - UEG com sede em Anápolis sob a forma de fundação ... § 1° O poder Executivo adotaria as medidas para a incorooracão da

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Res. CCEP N° 145/80

Res. CCEP N° 146/80

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Fundação Fac. de Ciên. Eco. de Anápolis ... § 2° Uma das Unidades da UEG será implantada em Poran

1981 I "Fica criada a Faculdade de Agronomia de Itumbiara, com sede naquela cidade a funcionar com a fundação Educ. do Sudoeste Goiano Funisco" ...

1982 I "Autorização de func. do curso de Licenc. Em ciências no I X Campus avançado de Jatal Autorização CEF-GO Escola

1983 I Superior de Ciências Humanas de Rio

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9650/84 e Letras de Decreto nO I 25 I 01

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1986 Reconhc. De X Func. Da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Itumbiara

ESTADO DE GOIÁS CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇAo

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I Lei Est. n° 122 15 Ilnhumas IX 10.019/85

I Lei Est. De 122 15 1 Anápolis IX n010018/85

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CFE, Aut. W 95239/87

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Parecer CEE W 237/88 I Goiatuba I

I Lei Munic. W 1246/88 I 13 I 07 I Luziânia I

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1989 I p!ocesso visando obter autorização de funcionamento de todas as unidades de Ensino superior já criadas por lei e especialmente a Faculdade de Direito Ciências e Letras de Inhumas"o

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Constituição do Estado de Goiás - Ato das

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Fonte: BALDINO,J.M. Ensino Superior em Goiás em tempos de euforia. Dissertação de mestrado. Faculdade de Educação,UFG, 1991.

A década de noventa se caracteriza: a) pela consolidação do processo de interiorização da educação superior com a criação de novas faculdades públicas no

sistema estadual e municipal de ,educação. b) pelo aparecimento das primeiras crises na gestão acadêmica e administrativa das fundações municipais, que levam ao

enfraquecimento do principio constitucional da gratuidade do ensino público, por falta de recursos das prefeituras municipais;

c) pelo fortalecimento da iniciativa privada que expande sua atuação, com cito instituições, privatizando (em processos às vezes litigiosos e de difícil solução) as Fundações Municipais de Catalão, Luziânia, Itumbiara e Jataí;

d) pela fundação da Universidade Estadual de Goiás (UEG), primeira universidade do sistema estadual de educação; e) pela presença legitimadora da IE!gislação federal e estadual, no campo da educação superior: nasce a LOS nacional

(Lei 9394/96) e a LOB Estadual (Lei complementar n° 26/98), antecipando os marcos teóricos referenciais traçados pela UNESCO, na Conferência Mundial sobre o Ensino Superior em Paris (1998). A UEG, criada no final da década e do segundo milênio, é sediada em Anápolis, incorporando faculdades estaduais já

existentes, instaladas em municípios do estado todo (Lei Estadual N° 13456/99). Sua criação representa sem dúvida-Q...

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evento mais importante no proces80 de consolidação e de interiorização do ensino superior do sistema estadual de educação, A criação da Instituição aconteceu por processo complexo de transformação e incorporação: a) transformação da Universidade Estadual de Anápolis (UNIANA) em Univl~rsidade Estadual de Goiás (UEG); b) transformação da Fundação Universidade Estadual de Anápolis em Fundação Universidade Estadual de Goiás; c) incorporação, como unidades acadêmico-administrativas da Universidadl3 Estadual de Goiás, das seguintes autarquias

estaduais: Escola Superior de Educação Física de Goiás; Faculdade de Filosofia Cora Coralina; Faculdade de Educação e Ciências Econômicas de Anápolis; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Porangatú; Faculdade Estadual Celso Inocêncio de Oliveira de Pires do Rio; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Itapuranga; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Santa Helena de Goiás; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de São Luiz de Montes Belo; Faculclade de Educação, Ciências e Letras de Goianêsia; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Quirinópolis; Faculd.ade de Educação, Ciências e Letras de Iporá; Faculdade de Educação, Ciências e Letras L. Saad Fayad de Formmia; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Morrinhos; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Jussara; Faculdade de Zootecnia e Enfermagem de Inhumas; Faculdade Estadual Rio das Pedras de Itaberaí; Faculdade dl~ Educação, Ciências e Letras de Uruaçu; Faculdade de Ciências Agrárias do Vale de São Patrício;Faculdade de Ciências Agrárias de Ipameri; Faculdade de Educação, Agronomia e Veterinária de São Miguel do Araguaia; Faculdade Estadual de Direito de Itapaci; Faculdade de Ciências Humanas e Letras de Jaraguá; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Posse; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Crixás; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Luziânia; Faculdade Dom Alano de Porto Nacional; Faculdade de Ciências Agrárias, Biológicas e Letras de Silvânia e Faculdade de Agronomia e Zootecnia de Sanclerlândia.

A UEG nascia com 52 cursos autorizados ou reconhecidos, mapeando o Estado todo de Goiás. Sua jurisdição, fato inusitado no sistema educacional brasileiro, abrangia o estado todo, possibilitando uma Política de Interiorização planejada, distribuída por micro e mesarregiões, e uma ação integradora por parte das Políticas Públicas do poder executivo estadual. Enormes desafios aguardavam a UEG, Sua distribuição em Unidades e Pólos permitiu uma ação capilar na capacitação dos docentes do ensino fundamental e médio em praticamente todos os municípios goianos bem como uma atividade extensionista ligada diretamente às demandas municipais e regionais. A licenciatura Plena Parcelada foi a modalidade encontrada para qualificar o pessoal docente de todas as redes de ensino, O Projeto Vagalume se trasformou num exitoso programa de inclusão social e luta contra o analfabetismo. Este processo de consolidação da educação superior está b~ representado no Quadro demonstrativo a seguir:

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Câmara de Educação Superior

Quadro demonstrativo nO 4: consolidação da educação superior (1990-1998).

Fundação Educacional

Decreto n. de Luziânia -99.140, de Faculdade 12-03-90. Luziânia 1990 I Integradas do X Decreto n. Valparaíso planalto 99.139 de Central 12-03-90. Núcleo I

Núcleo" Fundação

Aparecida Educacional X Indeferido CEE de I X de Aparecida

de Goiânia Goiânia

Institui a fundação

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Câmara de Educação Superior O novo milênio se abre com desafios imensos para a educação superior do Estado. A presença do ensino superior

público estava consolidada no estado todo, através das Unidades e Pólos da UEG bem como das fundações municipais. No entanto faltavam Políticas Públicas qW3 vinculassem a criação e consolidação das Unidades de ensino aos programas de desenvolvimento regional, em forma de Planejamento Integrado. Devido ao tamanho do território e às diferenças regionais acentuádas, a evolução do histórico da inserção da educação superior no Estado tinha sido determinada por demandas políticas regionais, tornando-se bandeiras de lides eleitorais municipais.

O Plano Nacional de Educação (PNE), apesar dos inúmeros vetos presidenciais, trouxe elementos fundamentais para definir os rumos na definição de políticas para o sistema de ensino superior público: qualidade na pesquisa, qualidade nos programas de pós-graduação stricto sensu, expansão de vagas na graduaç;30 para alunos carentes, abertura de cursos noturnos para o aluno trabalhador, aCElSSO aos laboratórios e bibliotecas, encarados como espaços públicos de difusão de cultura, etc.

Em Goiás, a ressonância foi imediata. No limiar do novo milênio, a legítima demanda do poder municipal para a implantação e expansão da educação superior encontra ressonância no Plan3jamento das Políticas Públicas do governo estadual, ciente de que a inovação tecnológica alavanca profundas transforma(;ões econômicas e sociais. O poder executivo estadual goiano recupera o significado de espaço público mediante a definiç,30 de Políticas Públicas, elaborando o Plano Plurianual (PPA 2004-2007) e facilitando o trabalho do Conselho Estadual de Educação. É à luz das políticas públicas fixadas pelo poder executivo estadual que o Conselho efetua sua ação fiscalizadora e normatizadora. Cabe ao Estado dizer ao Conselho quais são os Planos de Desenvolvimento Regional e que resposta pode dar a educação superior às demandas regionais de desenvolvimento humano, econômico e social. Cabe ao Estado implementar as Políticas de Financiamento da Educação Superior, indutoras de desenvolvimento e modernização das instituições públicas de Ensino Superior. Define-se, assim, o perfil do sistema educativo público, a fim de transformar o conhecimento teórico em conhecimento aplicado, o saber científico em tecnologia e a ciência em fator fundamental de qualidade de vida cio cidadão goiano.

Em função do Planejamento do Desenvolvimento Regional, que explora as potencialidades de cada microrregião, o estado prioriza e viabiliza em seus orçamentos metas de ciência e tecnologia, de apoio à pesquisa, de formação de recursos humanos, de programas de inclusão digital, de consolidação de infovias, de criação de infraestrura tecnológica etc. O Estado de Goiás, após levantamento sócio-econômico em cada microrregião, fixou eixos básicos de desenvolvimento, represent~ ...

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CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇAo Câmara de Educação Superior

principalmente pelo incentivo às cadeias produtivas, agronegócio, serviços, turismo, industria de transformação e indústria mineral. Goiás descobria o seu potencial e traçava seu futuro. E a Educação Superior tornava-se instrumento para realiza-lo.

Neste contexto de Políticas Públicas se insere a ação fundamental da Secretaria de Ciência e Tecnologia (SecTec), criada pela Lei nO 13645 de 20 de Julho de 2000. Seus primeiros programas, estruturantes e prioritários, visaram a implementar Tecnologia da Informação e Inclusão Digital, Tecnologia de Monitoramento (Sistema de Meteorologia, Estudos Hidrológicos e Climatológicos), fomento à Pesquisa Científica e Tecnológica e Inovação Tecnológica, capacitação de recursos humanos para a Gestão Ambiental, programas de Popularização das Ciências e da Difusão Tecnológica, Programa de Bolsa Universitária.

As políticas públicas projetam suas ações em horizontes que superam políticas de governo, para se tornarem políticas de estado. Nasce o Plano Diretor para a Educação Superior no Estado de Goiás (2005-2015), em fase de aprovação, com seus eixos estruturantes (fortalecimento da identidade das IES públicas do Sistema Estadual de Educação;prioridade no desenvolvimento da qualidade educacional; valorização e qualificação do pessoal docente e técnico administrativo; adequação do ambiente e melhoria das condições de trabalho; modernização da gestão educacional; ampliação da disponibilidade orçamentária e, por fim, o fortalecimento dos segmentos estudal1tis).

Consolida-se uma aspiração antiga de todo pesquisador goiano: os Hstudos para a implantação da Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPEG). A Educação Superior, ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia, é convocada a participar ativamente das políticas de desenvolvimento. No imaginário popular, C& T torna-se o símbolo do compromisso da educação com o progresso econômico e social.

A Educação, fator primordial e decisivo para o exerclClo pleno da ddadania, interioriza sua ação, buscando o

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crescimento humano e profissional, alcançando padrões de competitividade, de qualidade de vida, de luta contra a exclusão r"

social, de busca de integração das 18 microrregiões e 5 mesorregiões que compõem o Estado de Goiás, de abertura para o " mercado externo, de procura de convênios e parcerias, eliminando o analfabetismo, universalizando a educação básica, I qualificando os professores leigos com programas de licenciatura parcelada, incentivando a educação ambien~ desenvolvimento sustentável e garimpando as potencialidades de cada mesormgião do estado. /I y: ~ :

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ESTADO DE GOIÁS ", CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇAo

Câmara de Educação Superior O Quadro demonstrativo nO 5 permite identificar as potencialidades do Estado como um todo, que justificam estudos de

viabilização de ordem acadêmica, social e financeira na implantação de Cursos Superiores.

Quadro qemonstrativo nO 5: Goiás e os indicadores de competitividade Econômica-1998.

Tamanho do PIS-1997(em US$) 806,701 18,70 I 10°

PIS per capita - 1997(em US$ mil) 5,121 4,131 15°

Comportamento do PIS anos 90(média anual em % 3,461 5,41 1 9°

Indicador de riqueza 100,001 127,901 8°

Potencial de consumo-1997(em US$ mil por hab) 3,151 2,981 8°

Potencial de consumo- 1997(em % do país) 100,001 2,571 9°

Veículos vendidos(por mil hab) 9,601 7,301 10°

Intenções de investimentos(em US$ bilhões) 106,681 1,601 9°

Competitividade 100,001 125,001 9°

Infra-estrutura econômica e social 100,00 I 122,60 I 9°

Telefones fixos e celulares por 100 habitantes 11,20 I 8° 10,90

Consumo de energia elétrica, em MWh-1996(p/mil hab) 16451 11431 13°

N° de agências bane. Em 1997(por milhões de hab) 1061 1251 7°

Arrecadação Estadual 1996(em US$ por habitante) 3761 334

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Câmara de Educação Superior

Fonte: Confaz 1996, Target 1997, Telebrás, Ministério de Minas e Energia, Eletrobrás, IBGE, IPEA, Banco Central, Febrabari, Revista Amanhã Economia & Negócios e Simonsen Associados. Elaboraçao: CCN/CPE. ObservaçOes:Classificação de Goiás em relaç,!lo aos 26 Estados da Fed. e ao Distrito Federal COI11 base no PIB, potencial de consul11o c outros indicadores de riqueza, segundo BrllSil 10 Revista Amanha: e Simonsen Associados, 1998.0s números indicam o qUélnto percentualmente o Estado apresenta de indicador de ri::jueza e infra-estrutura, considerando a média dos 27 Estados igual a 100%(Revista Amanhã e Simonsen Associados).

o planejamento das Políticas Públicas para o desenvolvimento do estado encontra na legislação estadual atualizada seu amparo jurídico. A LOB Estadual, no final dos anos 90, se preocupou em regulamentar o processo de implementação da Educação Superior: definiu os requisitos do ensino público superior, as modalidades de criação de novas instituições, as condições de implantação e as formas de financiamento. O art.70 da Lei Complementar Estadual nO 26/98 prevê que:

" ... a criação de instituições de educação superior ocorrerá por ato do poder executivo estadual ou municipal, após a aprovação do respectivo poder legislativo em conformidade com a política de consolidação da educação superior publica, gratuita e de qualidade e com o plano ,~stadual de educação".

A mesma lei, no art. 64, após definir os requisitos essenciais do Ensino do Sistema Estadual e Municipal (Público, gratuito, democrático, laico e para todos) determina as necessárias provisões orçamentárias:

"Cabe ao Estado e aos municípios assegurarem anualmente em seu orçamento geral recursos suficientes para a manutenção e desenvolvimento das instituições de educação superior por ele mantidas".

"A Instituições de Educação Superior Estaduais e Municipais são financiadas especialmente com recursos do poder público estadual e municipal" (Art. 72).

Aliás, a LOB Estadual, no art.89 e repetindo um ditame já contemplado nêl Constituição federal, art.211,§ 20, manda que

as prefeituras, antes de pleitearem o credenciamento de fundações municipais para o ensino superior, atendam prioritariamente e a contento às demandas da educação infantil e fundamental. E o sistema estadual de ensino só implantará o ensino superior após oferecer um ensino médio de qualidade.A Constituiçê,o do estado de Goiás, no art.156 vincula os recursos necessários para a educação:

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" O Estado aplicará anualmente no mínimo 28% da receita de impostos, incluída a proveniente de transferências, em ~~~ destinando pelo menos 2!j% da receita na manutenção e no desenvolvimento do ensino público, prioritariamente IJ!"S nív~

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Câmara de Educação Superior fundamental, médio e de ,educação especial e os 3% restantes na execução de sua polltica de ciência e tecnologia, inclusive educação superior estadual",

Na decisão política de consolidação, expansão e interiorização do ensino superior tornam-se prioritários os fatores que determinam sua relevância social: a localização da mesorregião, sua área territorial, a população presente na área urbana e rural e a vocação da região para o desenvolvimento sustentável. É o que aparece no Quadro demonstrativo a seguir:

Quadro demonstrativo nO 6: mt:sorregiões e microrregiões de Goiás por área, nO de municípios e população.

l-NORDESTE GOIANO 55.840,00 16,36 23 216.430 4,79

1-São Miguel do Araguaia 24.471,80 7,17 7 69.908 1,55

2-Rio Vermelho 20.277,10 3,25 7 55.207 1,22

11- NORTE GOIANO 56.763,10 16,63 27 283.536 6,28

4- Porangatu 35.287,50 10,34 19 230.849 5,11

5-Chapada dos Veadeiros 21.475,60 6,29 8 52.687 1,17

UI-CENTRO GOIANO 41.038,80 12,02 80 2.301.727 50,97

6- Ceres 13.224,40 3,87 21 211.465 4,68

7- Anápolis 8.386,80 2,46 19 431.528 9,56

8-lporá 7.096,60 2,08 10 63.745 1,41 9- Anicuns 5.483,10 1,61 13 101.280 2,24

10-Goiãnia 6.847,90 2,01 17 1.493.709 33,08

IV - LESTE GOIANO 55.664,80 16,31 32 733.060 16,23

11-Vão do Paraná 17.453,00 5,11 12 87.343

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12-Entorno de Brasllia

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13-Sudoeste de Goiás

14-Vale do Rio dos Bois

15-Meia Ponte

16-Pires do Rio

17-Catalão

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38.211,80

131.982,00

56.293,30

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38,67 80 981.115

16,49 18 309.330

4,00 13 97.354

6,23 21 292.822

2,76 9 80.248

447 11 110.836

18-Quirinópolis 16.117,50 I 4,72 I 8 I 90.525

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Fonte: IBGE e SEPLAN-GO -Anuário Estatístico de Goiás -1996. Elaboração: CCN/CPE

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1,78

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Cabe à SecTec fundamentar os Estudos de Viabilidade Sócio-econômica de novas unidades acadêmicas que possam inserir-se como fator de desenvolvimento humano e social nas diferentes regiões do Estado. A lei nO 13645 fixa as duas funções básicas da SecTec: gerenciar as ações estaduais relacionadas à ciência e tecnologia e coordenar o sistema estadual de educação superior. A vontade do legislador está claramente exprE,ssa na interação entre estas duas funções: a SecTec torna-se fator fundamental na êtvaliação dos projetos das instituições df~ ensino superior, à luz das instâncias sociais, econômicas e culturais de cada microrregião em que a Instituição pretende atuar e das Políticas Públicas que definem Projetos de Desenvolvimento Sustentável. Que tipo de profissional precisa naquela região? Que potencial de desenvolvimento a região oferece? QUla demandas existem e existirão na região? Que estratégias as diretrizes curriculares apresentam? Que ações e cursos são mais adequados, visando a consolida,;ão de um sistema de educação superior de qualidade?

A resposta a estas perguntas depende de levantamentos e avaliação de dados, que caracterizam o Estudo de Viabilidade Sócio-econômica, fator fundamental e preliminar para processos de decisão. Os dados mais relevantes são: ---

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a) quantitativo de alunos matriculados no ensino médio; b) quantitativos de alunos que nos últimos anos concluíram a Educação básica; é) demanda reprimida que aguarda oportunidade para o acesso à Educação Superior; d) áreas mas significativas e promissoras do setor primário, secundürio e terciário do município e da região que

demandam profissionais de nível superior; e) vocação ocupacional da microrregião, à luz das Políticas Públicas do Estado e da SecTec; f) maiores carências nas áreas da docência em todos os níveis de educação; g) capacidade real do mercado de trabalho local para absorver os egressos dos cursos pleiteados; h) capacidade orçamentária e financeira da entidade mantenedora a fim de garantir o funcionamento regular dos

cursos pretendidos; i) previsão de corpo docente halbilitado, com pós-graduação, aptos a lecionar em cursos superiores; j) atendimento satisfatório às demandas da educação infantil e fundamental por parte do poder executivo municipal

que pleiteia o ensino superior.

Evidentemente, não será a demanda social (demanda da sociedade ci"il e do poder público, do mercado e do setor produtivo) o único fator indutor de autorização de cursos. Todos reconhecem que, no Brasil e no mundo, existem pequenas cidades onde se localizam grandes e conceituadas instituições de ensino superior, que formam profissionais não para a região mas para o país todo. Em se tratando, porém, de políticas públicas e de lnstituições pertencentes ao sistema de ensino estadual e municipal que exigem recursos públicos, a dimensão da relevância social é relevante. Em Goiás, por exemplo, a participação dos setores da agropecuária, da indústria e dos serviços na formação do Produto Interno Bruto (PIB) mudou radicalmente nos últimos dez anos. A Agropecuária de 1900 para 2002 aumentou sua participação em 60%; a indústria em 40%; enquanto que o setor der serviço~; diminuiu sua participação em quase 30%. São dados que devem ser analisados em sua distribuição espacial nas microrregiões do Estado. Mas não deixam de ser altamente relevante para a determinação de que tipo de instituição, de cursos, pro!~ramas e ações devem ser privilegiadêls, sobretudo no que diz respeito à formação profissional. São as políticas públicas que induzem ao fortalecimento dos pólos, implementados neste século (pólos industriais, de confecções, farmacêuticos, coureiros, calçadistas, agroindus~:riais, etc.) de acordo com as dema~ potencialidades regionais.

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Câmara de Educação Superior

3 - Autonomia e Interação entre SistE!maS Educacionais: Fundamentação Legal e Conceitual

" legislação federal no âmbito da Educação considerou, ao longo da história, o ensino superior a partir de alguns vetores e prioridades: a exigência cons,titucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; a abrangência da área de graduação que, com suas divHrsas modalidades, propicia a convivência de vários campos de saber na instituição universitária; as condições de oferta que facilitam a democratização do acesso a implantação e implementação dos acervos das bibliotecas universitárias, verdadeiras casas de consulta do saber acadêmico, Objetivos, como bem sabemos, de difícil alcance.

Visando a aprimorar a qualidade das ações acadêmicas, a Lei nO. 9394/96 introduziu duas novas eXlgencias fundamentais: a primeira diz relação à qualificação do corpo docente, exi~lindo índices de titulação em nível de pós­graduação e regime de trabalho de tempo integral; a segunda centra-se na r.ecessidade de produção cultural e científica, propiciada pela consolidação da pesquisa institucional, fator de inovação tecnológica e de desenvolvimento cultural e social. Pelo que diz respeito à educação superior pública, a Lei de Diretrizes e Base!; da Educação nacional estabelece princípios referenciais: a qualidade, a democratização do acesso, a gestão democrática, a autonomia entre sistemas educacionais e o regime de cooperação.

Somos um país federativo em que cada Estado revela peculiaridade:;, diferenças culturais e descompassos, não sempre analisados e avaliados na execução das políticas nacionais para o setor educativo, O momento que estamos vivendo na educação superior em Goiás exi!~e o estabelecimento de normas qUH preservem a qualidade sem, no entanto, comprometer o processo de consolidação e expansão da educação pública e sua interiorização, de acordo com as diretrizes da Lei Complementar nO 26 (Lei de Diretrizes e Bases do estado de Goiás) e de todo o sistema legal que rege a matéria.

Respeitando a hierarquia normativa, na elaboração das normas para a educação superior nos norteamos pela legislação federal no que se refere à:; normas gerais e pela legislação estadual no que tange à autonomia do sistema educacional do Estado. Nosso referencial peculiar é, portanto, a Lei nO, 9.~'94/96, em seu artigo 10, inciso IV, e a Lei Complementar nO. 26/98, artigos 14, inciso VI e artigo 76, a fim de delimitar claramente as competências deste conse~. ~-'"

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Câmara de Educação Superior a) Lei nO. 9.394/96, artigo 10, inciso IV

Autorizar, reconhecer, credenciar, supervIsIonar e avaliar respectivamente os cursos e condições de funcionam(mto, reconhecimento e inspeção de estabelecimentos do seu sistema de ensino,

b) Lei Complementar nO.26 artigo 14, inciso VI

estabf!!ecer normas e condições para autorização de funcionamento, reconhecimento e inspeção de estabelecimentos de ensino da educação básica e de educação superior sob sua jurisdição,

c) Lei Complementar nO.26 artigo 76

Compf:fe ao Conselho Estadual de Educação autorizar, avaliar, fiscalizar e reconhecer cursos, programas e instituições que integram o sistema estadual de educação, '7a forma da Lei,

Autorizar, avaliar, fiscalizar, e reconhecer cursos, programas e instituições que integram o sistema estadual de educação superior na forma da lei são competências Do Conselho estadual dE! Educação, que pressupõem atos normativos regulamentadores. A atividade de regulamentação se realiza mediante resoluções que abrangem todos os procedimentos legais de competência do Conselho. Atividade esta que o Conselho exerce como parte competente e ativa de um sistema nacional educativo, federativo e republicano, onde União e Estados gozam de autonomia, exercida em espírito de cooperação entre sistemas.

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o Conselho Estadual de Educaç:ão, ao propor os critérios e condições para o reconhecimento de cursos, através das Resoluções, 261/98 e ao regulamentar o credenciamento de faculdades isoladas, faculdades integradas, institutos superiores e escolas superiores, através das Resoluções 260/98 e 120/00 já demonstrou o interesse que tem pela educação superior, as condições de oferta e a estrutura institucional. Reconhece, porém, que a configuração e a expansão da educação superior no Estado exige bem mais de que tópicas intervenções normativas, que resultam num amontoado de resoluções.

Precisamos oferecer um ordenamento normativo logicamente orílanizado, hierarquizado e o quanto mais possível completo. Tarefa complexa, que exigiu da Comissão, da Câmara de Educação Superior e da Plenária do Conse1hA---

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Câmara de Educação Superior especial atenção às especificidades da educação de nosso estado, bem como às normas da União que regem a matéria, quando aplicáveis a todos os sistemas de educação nacional. A necessária adequação entre dispositivos legais e dinâmica de expansão da educação superior em Goiás indica a necessidade, a relevância e a urgência da atualização das resoluções estaduais vigentes reunidas num conjunto orgânico normativo de fácil consulta, diante da demanda crescente de cursos de

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educação superior em todo o estado, do estágio de desenvolvimento desta unidade federada e dos ditames das políticas públicas em implementação. Adequaçiio urgente que apela, porém, para a prudência do educador, a fim de viabilizar referências de qualidade possíveis e factíveis, de comprovada pertinência, eficácia e relevância social e acadêmica.

Os aspectos que exigem maior estudo e regulamentação são aqueles que identificam a natureza e missão da universidade, dos centros universitárim, e das faculdades, a estruturação do corpo docente em carreira, com titulação e regime de trabalho condizente, a democratização do acesso, o desenvolvimento da pesquisa institucional com a infraestrutura laboratorial e de acervo bibliográfico necessária. Uma atenção toda especial merece a consolidação· do processo de interiorização da educação superior, sem que isso represente queda na qualidade. A regulamentação aqui apresentada se preocupa em estabelecer referenciais e indicadores de qualidade, orientadores dos avanços necessários e indispensáveis ao desenvolvimento do sistema estadual de educação superior em Goiás.

O Conselho, ciente de sua autonomia, pretende exerce-Ia em plenitude, a fim de que seja a educação superior implementada em nosso Estado de acol"do com as necessidades dos cidadãos e no respeito às diferenças culturais e sociais de nossa região. Somos uma nação federativa. O Conselho está cioso de sua autonomia e ciente de seus limites. Por isso, no que diz respeito à legislação federal, as referências legais deste Parecer e da Resolução que normatiza a educação superior em Goiás são:

a) a Constituição Federal; b) a Lei Complementar n° 93941B6 (a LDS Nacional); c) as Leis Ordinárias, em seus artigos em vigor; d) os Decretos Presidenciais, nos artigos não revogados, quando tratarn de matéria comum a todos os sistemas de

ensino;e e) as Resoluções e Pareceres do Conselho Nacional de Educação (CNE), nas disposições vigentes;

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Em nível estadual, nos orientam as resoluções do Conselho estadual de Educação e a Lei Complementar na. 26 (a LOS Estadual), que, em seu Capítulo IV e nas Disposições Gerais e Transitórias, regulamenta a educação superior.

4- A Educação Superior e o Processo de Avaliação Institucional.

Na normatização da educação superior merecem especial atenção os procedimentos que dizem relação ao processo de Avaliação Institucional e de Curso, meta histórica na educação brasileira, construída com tantas dificuldades e resistências. A educação não é mercadoria. É um bem social, ligado ao exercício da cidadania plena. Não é um produto. É um serviço. Afinal, se a universidade tem função acadêmica e social e se a geração do conhecimento é um bem público que cumpre uma função social, somente um processo avaliativo contínuo evitará que a formação acadêmica se torne mercadoria, um bem privatizável e comercializável.

A experiência nos diz que dificilmente uma Instituição de Ensino Superior abre espontaneamente suas entranhas para um conhecimento profundo das infraestruturas que permitem uma correta avaliação institucional. Mais fácil torna-se, então, avaliar resultados. É o caminho percorrido, até pouco tempo, pela política do Ministério de Educação, com o Exame Nacional de Cursos (o "Provão"). O concluinte do curso transformava-se em objeto mediado de avaliação, capaz de revelar a qualidade da instituição que o formara. Esta é a política da Lei na. 9.131, de 24 de novembro de 1995, que altera também o inciso XXo do artigo 90

, da Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1961, ao definir que:

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"O Mini:,tério da Educação e do Desporto fará realizar avaliações periódicas das instituições e dos cursos de nível superior, fazendo uso de procedimentos e critérios abrangentes dos diversos fatores que determinam a qualidade e a eficiência das atividades de ensino, pesquisa e extensão

§1° Os procedimentos a serem adotados para as avaliações a que se refere o "caput" incluirao necessariamente a realização, a cada ano, de exames naci'Jnais com base nos conteúdos mfnimos estabelecidos para cada curso, previamente divulgados e destinados a afE'rir os conhecimentos e competências adquiridos pelos alunos em fase de conclusão dos cursos de graduação.

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Câmara de Educação Superior §2° O Ministério da Educação e do Desporto divulgará, anualmente, o resultado das avaliações referidas no

"caput" desle artigo, inclusive dos exames previstos no ~arágrafo anterior, informando o desempenho de cada curso, sem identidade nominalmente os alunos avaliados.

§3 A realização de exames referido no §1° deste artigo é condição prévia para obtenção do diploma, mas constará do histórico escolar de cada aluno apenas o registm da data em que a ele se submeteu.

§4° O~) resultados individuais obtidos pelos alunos examinados não serão computados para sua aprovação, mas constarão de documento específico emitido pelo Mmistério da Educação e do Desporto a ser fornecido exclusivamente a cada aluno.

§5° A divulgação dos resultados dos exames, pata fins diversos do institufdo neste artigo, implicará responsabilidade para o agente, na forma da legislação pertinente.

§6 O aluno poderá, sempre que julgar conveniente, submeter-se a novo exame, nós anos subseqOentes, fazendo jus a novo documento específico.

§7° A introdução dos exames nacionais como um dos orocedimentos para avaliação dos cursos de graduação será efetuada gradativamente, a partir do ano seguinte oS publicação da presente Lei, cabendo ao Ministro de Estado da Educação e do Desporto determinar os cursos a ~:erem avaliados.

Art. 4° Os resultados das avaliações referidas no §1° do artigo 2° serão também utilizadas, pelo Ministério da Educação e do Desporto, para orientar suas ações no sentido de estimular e fomentar iniciativas voltadas para a melhoria da qualidade do ensino, principalmente as que visem a elevação da qualidade dos docentes.

Como pode-se constatar, a concepção de avaliação institucional subjacente ao que dispõe a Lei nO. 9131/95 se baseia nos parâmetros da eficiência e da produtividade, medidos no final do processo de produção. Avaliando o concluinte, mediriamos a qualidade da instituição Gomo um todo. Dá-se ênfase aos resultados, por meio dos quais pretende-se fomentar iniciativas voltadas para a melhoria da qualidade do ensino, principalmente as que visam à elevação da qualidade dos docentes (Art. 4°).

É bem verdade que o Ministério da Educação instituiu dois instrumentos de avaliação, que deviam se constituir ~

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partes de um "único processo avaliativo": o Exame Nacional de Cursos (o "Provão") e as Avaliações das Comissões de Especialistas. O primeiro avaliava o curso e classificava a instituição a partir do estudante formando. O segundo resultava do olhar de educadores externos à instituição, que observavam as condições de, oferta dos cursos superiores. Infelizmente o desenc~mtro de informações publicadas pela mídia não favoreceram um conceito único, coerente, amplo e completo da avaliaçao institucional. Afinal, o tempo da mídia não é o tempo do educador: o provão era um exame aplicado em dia certo, com conceito de publicação imediata e avaliação de fácil leitura, enquanto que a visita dos especialistas demorava em classificar as instituições e se baseava lem conceitos mais complexos.

Com o advento dos SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), a legislação federal unifica o processo avaliativo: abandona o caráter tópico e se torna um processo global e contínuo. Introduz a obrigatoriedade da avaliação externa e interna, envolvendo a necessária participação de todos os segmentos acadêmicos (direção, professores, funcionários administrativos, estudantes) bem como da comunidade externa O processo avaliativo torna-se abrangente, integrando três instrumentos: a avaliação da instituição (interna e externa), o 13xame nacional dos estudantes (E NADE) e a avaliação dos cursos de graduação.

A lei 9394/96 reconhece a autonomia dos sistemas de ensino do nosso país, que é uma federação. Solicita, portanto, que os sistemas cooperem, trabalhando de maneira integrada. O Conselho Estadual de Educação, na resolução, reafirma sua autonomia e se abre à cooperação com o sistema federal e os demais sistemas estaduais, no que diz respeito à regulação, supervisão e avaliação. Quando necessário, elaborará termos de ajustamento de conduta entre a IES e o Conselho, a fim de garantir a qualidadH da educação superior. A cooperação Hntre sistema federal e sistemas estaduais de ensino torna-se necessária. Afinal os processos de certificação e diplomação :fem validade em todo o território nacional e o Sistema de Educação do Estado de Goiás deve primar pela qualidade de seus cursos e pela formação dos profissionais egressos de suas instituições, atestada nos diplomas. Somos estados federativos que fazem parte de uma única e soberana nação.

A construção do sistema de avaliação institucional, no Brasil, tem uma longa história, construída num diálogo nem sempre fácil entre o sistema federal e os sistemas estaduais e municipais de educação. A legislação superior sempre apelou para a cooperação estreita entre sistemas de ensino. É o que afirma o parágrafo primeiro do artigo 16 do Decreto Federal nO~ 3860, de 09/07/2001:

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"Para assegurar o processo nacional de avaliação de cursos e instituições de ensino superior, o ministério de educaçíJo manterá cooperação com os sistemas estaduais de educação".

A legislação federal foi, aos poucos, identificando os componentes da avaliação de instituições e cursos de graduação , de responsabilidade do INEP, agrupados em três subtítulos:

I Avaliação dos principais indicadores de desempenho global do sistema nacional de educação superior, por região e unidade da federação, segundo as áreas do conhecimento e a c/assificação das IES, definidos no sistema de avaliação e informação educacional do INEP;

/I A valiação institucional do desempenho individual das instituições de ensino superior, considerando pelo menos os seguintes itens:

a Grau de autonomia assegurado pela entidade mantenedora;

b Plano de desenvolvimento institucional;

c Independência acadêmica dos órgãos colegiados da instituição;

d Capacidade de acesso a redes de comunicação e sistemas de informação;

e Estrutura curricular adotada e sua adequação com as diretrizes curriculares nacionais de cursos de graduação;

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Câmara de Educação Superior pela instituição e as providências adotadas para

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saneamento das deficiências

/1/ Avaliação dos cursos superiores, mediante a analise dos resultados do exame nacional e as condições de oferta de curso superiores.

Se à mídia interessava o conceito do " Provão", a Comissão dos Especialistas desdobrava-se em identificar os componentes que compunham o 2° elemento do item 111 (as Condi,;ões de Ofertas de Cursos Superiores) melhor definidos no parágrafo primeiro, do artigio 17 do decreto supra referido:

organização didático-pedagó!gica;

11 corpo docente, considerando principalmente a titulação, a experiéncia profissional, a estrutura da carreira, a jornada e as condições de trabalho;

111 adequação das instalações físicas gerais e específicas, tais como laboratórios e outros ambientes e equipamentos integrados ao desenvolvimento do curso;

IV bibliotecas, com atenção especial para o acervo especializado, inclu~;jve o eletrônico, para as condições de acesso às redes de comunicação e para os sistemas de informação, regime de funcionamento e modernização dos meios de atendimento.

Tais critérios são até hoje aplicados na instrução e apreciação dos processos de recredenciamento de instituições e reconhecimento de Cursos do Sistema Federal de Educação Superior e se fazem presente nesta nossa resolução. Estes critérios devem, porém, ser adaptados à nossa realidade regional. Será um feito relevante para a educação e a cultura em

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nosso estado se conseguirmos a presença em cada Unidade de uma boa biblioteca, com a presença pelo menos de todas --­obras citadas como referência básica no ementário das disciplinas de cada curso, com um serviço eficiente de empréstifTio

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Câmara de Educação Superior computadorizado e com o acesso à Internet para os nossos alunos: No que diz relação à capacitação docente, o Centro Oeste não teve as históricas facilidade8 da região Sul e Sudeste, no que diz relação a quantidade e qualidade de programas de Pós-Graduação, qualificando pesquisadores e habilitando mestres e doutores para à docência na Educação Superior.

o Artigo 117° da nossa LOS Estadual, a Lei Complementar nO. 26/913, estabelece que as universidades públicas deveriam alcançar, até dezembro de 2004, um terço de docentes com titulação de mestres e doutores e o mesmo percentual em regime de tempo integral ou dedicação exclusiva. Meta de fácil alcance para as instituições localizadas nas regiões Sul e Sudeste, onde se consolidaram quase todos os programas da Pós-Gradua ção Stricto Sensu nas maiores e melhores Universidades do país. Meta bem mais difícil de alcançar nas regiões Norte e Centro Oeste, onde a educação superior tem tradição recente. As IES do interior são aquelas que mais sofrem em conseguir estes índices, pela dificuldade que enfrentam em segurar docentes qualificados, pois se localizam em pequenas cidades com escassos atrativos a oferecer em termos de conforto, serviços e atualização acadêmica. A consolidação da educação superior, no caso, precisa de tempo e de recursos. O tempo, na educação, não se impõH por decreto mas se mede pelo esfol"ço constante e progressivo dos agentes do processo de ensino-aprendizagem, vinando alcançar progressivamente metas, de acordo com as políticas públicas, as diferenças regionais e as disponibilidades orçamentárias e financeiras. E os recursos não podem vir somente do Estado. É nesta hora que "o regime de cooperaçi30" de que fala a legislação federal que rege a matéria deve se manifestar mediante ações concretas que priorizem intervenções nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

O horizonte da avaliação institucional foi consolidado também no Plano l'Jacional e Estadual de Educação, este último aguardando aprovação. Definem-se objetivos e metas que aqui transcrevemos:

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"4.3 Objetivos e Metas

1. Prover, até o final da década, a oferia de educação su,:.erior para, pelo menos, 30% da faixa etária de 18 a 24 anos

2. Assegurar efetiva autonomia didática, científica, admir.istrativa e de gestão financeira para as universidades públicas.

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3. Estabelecer sistema de recredenciamento periódico déls instituições e reconhecimento periódicos dos cursos superiores, apoiado no sistema nacional de avaliação.

4. Diversificar o sistema superior de ensino, favorecendo e valorizando estabelecimentos não-universitários que ofereçam Emsino de qualidade e que atendam clientelas com demandas especIficas de formação: tecnológica, profissiona./liberal, em novas profissões, para exercício do magistério ou de formação geral.

5. Diversificar a oferta de ensino, incentivando a criação de cursos noturnos com propostas inovadoras, de cursos seqüenciais e de cursos modulares, com a certificação, permitindo maior flexibilidade na formação e ampliação da oferta de ensino.

6. Estimular a consolidação e o desenvolvimento da pós-graduação e da pesquisa das universidades, dobrando, em dez an()s, o número de pesquisadores qualificados.

7. PromOlfer o aumento anual do número de mestres o de doutores formados no sistema nacional de pós­graduação em, pelo menos, 5%.

8. Incentivar a generalização da prática da pesquisa como elemento integrante e modernizador dos processos de ensino-aprendizagem em toda a educação superior, inclusive com a participação de alunos no desenvolvimento da pesquisa.

9. Criar po/iticas que facilitem às minorias, vítimas de di::criminação, o acesso à educação superior, através de programas de compensação de deficiências de sua formação escolar anterior, permitindo-lhes, desta forma, competir em igualdade de condições nos processos de sele ção e admissão a esse nlvel de ensino.

10. Implantar planos de capacitação dos servidores técnico-administrativos das instituições públicas de educação superior, sondo de competência da IES definir a forma de utilização dos recursos previstos para esta finalidade.

4.4 - Financiamento e Gestão da Educação Superior

1. Estimular, com recursos públicos federais e estaduah;, as instituições de educação superior a constitulrem programas especiais de titulação e capacitação de docentl~s, desenvolvendo e consolidando a pós-graduação no País.

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2. Utilizar parte dos recursos destinados à ciência e tecnologia, graduação e da pesquisa.

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3. Estimular a inclusão de representantes da sociedade cMI organizada nos Conselhos Universitários.

4. Estimular as instituições de ensino superior a identificar, na educação básica, estudantes com altas habilidades intelectuais, nos estratos de renda mais baixéI, com vistas a oferecer bolsas de estudo e apoio ao prosseguimento dos estudos.

5. Estimular a adoção, pelas instituições públicas, de programas de assistência estudantil, tais como bolsa­trabalho ou outros destinados a apoiar os estudantes carenres que demonstrem bom desempenho acadêmico.

6. Observar, no que diz respeito à educação superior, as metas estabelecidas nos capitulas referentes à educação a distância, formação de professores, educação indigena, educação especial e educação de jovens e adultos."

Definir objetivos e metas, traçadas academicamente, regulamentadas juridicamente e perseguidas pedagogicamente: este é o caminho que pretende percorrer o Conselho Estadual de Educação. Além e acima de suas funções normatizadora e fiscalizadora, o Conselho se define sobretudo por ser órgão pedagógico, que articula um diálogo constante com as instituições de ensino superior do Sistema Estadual e Municipal, a fim de que o objetivo final seja o crescimento, a consolidação e a melhoria da educação superior. Valoriza-se a busca do compl'Omisso e da responsabilidade compartilhada. Supera-se a gestão puramente burocrática. Convida-se para a responsabilidade institucional. Respeitam-se processos de amadurecimento que facilitam o crescimento e a consolidação das instituições responsáveis. Cobra-se eficácia e eficiência bem como fidelidade na execução dos termos de ajuste de conduta. Evidentemente, punem-se as entidades reincidentes, que fazem da educação simplesmente um negócio e do ensino um produto a ser mercantilizado.

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Nesta Resolução normatizadora da Educação Superior no Estado de Goiás, a Comissão apresenta uma proposta que abrange em sua totalidade os processo!> da educação superior, assim distribuídos:

DO SISTEMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

Título I - Das Disposições Gerais Título 11 - Da Organização da Educação Superior Capitulo I - Da Universidade Capítulo 11 - Do Centro Universitário Capitulo 111- Da Faculdade Título 111- Da Avaliação Título IV - Da Função Regulatória Capítulo I - Do Credenciamento Seção I - Do Credenciamento das Universidades Seção 11 - Do Credenciamento dos Campi Seção 111- Do Credenciamento dos Centros Universitários Seção IV - Do Credenciamento das Fac:uldades Seção V - Da Renovação de Credenciamento Capítulo 11 - da Autorização de Curso Capítulo 111 - Do Reconhecimento dos Cursos de Graduação Capítulo IV - Da Renovação do Reconhecimento dos Cursos de Graduação Título V - Da Natureza dos Cursos Superiores Capítulo I - Dos Cursos Seqüenciais Capitulo 11 - Dos Cursos de Graduação

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Câmara de Educação Superior Capítulo 111 - Dos Cursos e Programas de Pós-Graduação Seção I - Dos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu Seção 11 - Da Pós-Graduação Scricto Sensu - Do Mestrado e Doutorado Título VI - Das Disposições Gerais Capítuló I - Aumento, diminuição e redistribuição das vagas Capítulo 11 - Da extinção de Curso Capítulo 111- do Credenciamento de docentes Título VII - Das Disposições Transitórias Capitulo I - Dos cursos e programas miristrados em caráter emergencial Título VIII - Das Disposições finais !.

Goiânia, 06 de Julho de 2006.

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