- - - - acta n.º 6/2010 – reunião ordinária da câmara municipal de

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1 - - - - ACTA N.º 6/2010 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia, realizada no dia vinte e dois de Março de dois mil e dez. - - - - Aos vinte e dois dias do mês de Março do ano de dois mil e dez, nesta cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas catorze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos Amaro, como Presidente, Armando dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa, Glória Cardoso Lourenço, Vereadores, comigo Alice Oliveira Ferrão, Chefe da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento. - - - - JUSTIFICAÇÃO DE FALTAS:- Deliberou a Câmara, por unanimidade, considerar justificada a falta dada pelo Senhor Vereador Dr. Luís Manuel Tadeu Marques, o qual, por se encontrar em representação do Município, não pode estar presente na reunião. - - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente para deliberar, pelo Senhor Vice-Presidente foi declarada aberta a reunião. - - - - 1. APROVAÇÃO DE ACTAS: - Tendo-se procedido à leitura da acta n.º 4/2010, foi a mesma aprovada, por unanimidade. Tendo-se procedido à leitura da acta negativa n.º 5/2010, foi a mesma aprovada, por maioria, com a abstenção do Senhor Presidente, por não ter estado presente na respectiva reunião. 2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 3. INFORMAÇÕES 3.1 INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE - - - - 3.1.1) DECLARAÇÃO DOS VEREADORES DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA:- Na sequência do ocorrido na última reunião de Câmara, o Senhor Presidente, em nome dos eleitos pelo Partido Social Democrata, procedeu à leitura de uma declaração que se anexa à presente Acta e dela ficará a fazer parte integrante.

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Page 1: - - - - ACTA N.º 6/2010 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de

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- - - - ACTA N.º 6/2010 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia,

realizada no dia vinte e dois de Março de dois mil e dez.

- - - - Aos vinte e dois dias do mês de Março do ano de dois mil e dez, nesta

cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas

catorze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de

Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos

Amaro, como Presidente, Armando dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de

Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da

Costa, Glória Cardoso Lourenço, Vereadores, comigo Alice Oliveira Ferrão, Chefe

da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento.

- - - - JUSTIFICAÇÃO DE FALTAS:- Deliberou a Câmara, por unanimidade,

considerar justificada a falta dada pelo Senhor Vereador Dr. Luís Manuel Tadeu

Marques, o qual, por se encontrar em representação do Município, não pode estar

presente na reunião.

- - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente

para deliberar, pelo Senhor Vice-Presidente foi declarada aberta a reunião.

- - - - 1. APROVAÇÃO DE ACTAS: - Tendo-se procedido à leitura da acta n.º

4/2010, foi a mesma aprovada, por unanimidade.

Tendo-se procedido à leitura da acta negativa n.º 5/2010, foi a mesma aprovada,

por maioria, com a abstenção do Senhor Presidente, por não ter estado presente

na respectiva reunião.

2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 3. INFORMAÇÕES

3.1 INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE - - - - 3.1.1) DECLARAÇÃO DOS VEREADORES DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA:- Na sequência do ocorrido na última reunião de Câmara, o Senhor

Presidente, em nome dos eleitos pelo Partido Social Democrata, procedeu à

leitura de uma declaração que se anexa à presente Acta e dela ficará a fazer parte

integrante.

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- - - - 3.1.2) REUNIÃO COM O SENHOR MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS:- Deu conta de que, no passado dia 8 de Março, tinha estado presente numa

reunião com o Senhor Ministro das Obras Públicas, o qual informou os

Presidentes de Câmara presentes, como já era público, de que tinha havido uma

suspensão da decisão sobre a construção dos IC's, mantendo-se contudo as

análises técnicas de impacto ambiental que estavam em marcha, pelo que, esse

processo, iria decorrer normalmente, até ao momento da decisão de avançar, ou

não, com as respectivas obras.

Nessa reunião teve a oportunidade de dizer que são sempre as zonas mais

desfavorecidas, neste caso o Interior, a pagar os efeitos da crise, tendo neste

assunto, todos os autarcas presentes sido unanimes em reconhecer que a

prosseguir esta decisão, mais uma vez ficavam prejudicados e arredados para um

plano secundário, quando, na verdade, tal como já tinha sido demonstrado, era

muito importante que se tivesse em conta os sucessivos atrasos que têm tido os

eixos rodoviários, tão importantes para esta Região.

Informou, ainda que, previamente à reunião com o Senhor Ministro, aproveitara

para dizer aos outros autarcas que, sendo absolutamente solidário, não podia

deixar de ali referir que, em relação a Gouveia, o Executivo Municipal havia

aprovado, por unanimidade, uma deliberação, quanto às alternativas, decisão

esta proposta em sede própria e no momento oportuno e se aquando da

discussão pública que, porventura, venha a ocorrer com o Senhor Secretário de

Estado das Obras Públicas, o Município de Gouveia voltará a reafirmar a mesma

opção, se necessária.

Disse-lhes ainda que, naturalmente, na reunião com o Senhor Ministro não iria

discutir em relação aos traçados dos IC’s, não podendo deixar de chamar a

atenção ao Senhor Ministro das Obras Públicas e ao Senhor Secretário de Estado

de um dado novo de que já tivera a oportunidade de falar ao Senhor Vice-

Presidente das Estradas de Portugal, bem como ao Senhor Presidente da

ENDESA, que é a construção de uma Barragem em Girabolhos, pois trata-se de

uma uma infraestrutura nova com implicações rodoviárias. O facto de

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pretenderem fazer uma ponte com um vão de 300 metros, significa que não pode

ser ignorada esta situação em matéria rodoviária.

O Senhor Presidente fez questão de sublinhar que, nalguns casos, ficou com a

ideia de que estavam a ouvir falar do assunto pela primeira vez.

Referiu ainda que o Senhor Presidente da ENDESA afirmou, categoricamente, da

sua total disponibilidade ou da total disponibilidade da ENDESA para, em

articulação com as Estradas de Portugal, verificarem qual é o efeito rodoviário que

pode induzir a construção desta infraestrutura.

Por último, o Senhor Presidente não deixou de apresentar uma questão, sem

querer com isso provocar quaisquer outros efeitos que não fosse o facto de dizer

que se havia da parte do Governo anterior, uma opção de fazer uma concessão

dos três IC’s e se essa opção, face à crise, foi suspensa pelo Senhor Ministro das

Finanças, se não seria possível hierarquizar-se a prioridade dos IC’s.

Entretanto, nessa mesma reunião, o Senhor Presidente disse ainda que se o

Governo entender, face à crise financeira em que o País se encontra, fazer uma

hierarquização de prioridades, estava em condições de poder dizer que,

naturalmente, defendemos o IC 7, que liga Coimbra à A25.

Resumindo, a reunião foi tão só e apenas, para darem conta do protesto no

quadro que referiu e para sublinhar dois aspectos importantes: a Barragem de

Girabolhos que não pode ser ignorada nesta análise estratégica e em que medida

é que o Governo entende hierarquizar a prioridade dos IC’s.

Como porventura os Senhores Vereadores terão lido – continuou o Senhor

Presidente - esteve presente nesse mesmo dia, véspera desta ocorrência, no

Conselho Regional da CCDRC, tendo tido reuniões importantes com entidades

externas à Câmara que coincidiam com a do Executivo Municipal. Entendeu na

véspera, ou seja, no fim-de-semana ir à reunião com o Senhor Ministro das Obras

Públicas, embora não tivesse sido convidado.

A razão do pedido de antecipação não teve, consequentemente, nada a ver com

esta reunião com o Senhor Ministro, pois não sabia que a mesma ía acontecer,

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ficando mesmo surpreendido e até zangado, por não ter tido conhecimento da

mesma.

Reconheceu a seriedade com que o Presidente da Câmara Municipal de Oliveira

do Hospital, na ante-câmara do Gabinete do Senhor Ministro, disse da

inconveniência da presença do Presidente da Câmara Municipal de Gouveia,

porquanto conhecia a posição do Município de Gouveia.

O Senhor Presidente achou a frase de muito mau gosto e por isso lavrou um

protesto, dizendo que isso não eram maneiras, porque se era conhecida a

posição do Presidente da Câmara de Gouveia, era uma posição legitima,

respaldada numa deliberação unânime do Executivo Municipal. Daí ter ficado a

perceber a razão de só ter sabido desta reunião porque leu num jornal, na quinta-

feira, à noite. Tratou-se de uma situação absurda, em que não sabe se os outros

Presidentes de Câmara também foram chamados a essa reunião, em cima da

hora.

Mas, mesmo nessa conformidade, foi uma situação caricata, porque sempre

afirmou que, mesmo que não fosse chamado, lá estaria. Honra seja feita ao

Senhor Presidente da Câmara Municipal de Seia que na sexta-feira lhe

comunicou o que se iria passar na segunda-feira. Fosse quem fosse que tivesse

convocado a reunião, o que é certo é que estavam presentes os Presidentes da

Câmara de Tábua, de Nelas, de Seia, de Oliveira do Hospital e um Vereador da

Câmara da Covilhã.

O Senhor Presidente considerou esta situação um absoluto despropósito e só

Deus sabe que se não tivesse lido no jornal e se não tivesse protestado, a reunião

não teria sido realizada sem qualquer comunicação ao Presidente da Câmara de

Gouveia.

Por isso, não sabe se os outros Autarcas que estavam presentes,

independentemente dos partidos políticos a que pertencem, estiveram lá por

terem protestado ou se já estava prevista a sua presença, o que é mais grave.

- - - - 3.1.3) MEDIDAS DE CONTINGÊNCIA DO QREN:- Deu conhecimento da

assinatura de um acordo de princípios entre a Associação Nacional de Municípios

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Portugueses e o Ministério da Economia, relativamente às medidas de

contingência do QREN.

Sobre este assunto o Senhor Presidente registou duas notas: primeiro, como diz

um velho ditado popular “vale mais tarde do que nunca” , sendo o reconhecimento

do Governo de que o QREN até aqui, tem sido pouco mais que uma bandeira e,

sendo uma bandeira importante, devia ter sido um instrumento financeiro de apoio

ao desenvolvimento e não o foi, na medida e na escala que todos desejavam que

fosse.

A Associação Nacional de Municípios – continuou o Senhor Presidente - clamou

muito por isto, fizeram-se dezenas de reuniões mas, o que é facto, é que o QREN

andou sempre a uma velocidade reduzida, com manifesto prejuízo para o

investimento global no País e com particular relevância, para o investimento

autárquico.

Assim, queria deixar aqui o seu registo, o qual já teve oportunidade de fazer

publicamente no Conselho Regional, porque acreditou e acredita naquilo que

ouviu da nova tutela do QREN, por parte do Ministério da Economia e que já tinha

ouvido do Senhor Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Economia, Dr.

Fernando Medina. Depois o próprio Ministro da Economia nessa sessão,

concretizou alguns pontos, no sentido de agilizar o QREN, a que chamaram as

medidas de contingência, para vigorarem até aos finais de 2010.

O Senhor Presidente numa intervenção que fez no Conselho Regional teve a

oportunidade de pedir ao Senhor Secretário de Estado que não fizesse a

avaliação da execução, em finais de 2010, porquanto isso iria penalizar as

Comunidades Intermunicipais no quadro da contratualização, na medida em que o

QREN tinha estado mais ou menos bloqueado.

Agora que havia essa intenção de desbloqueio, de resto com as medidas que

faziam parte do protocolo assinado entre a ANMP e o Governo, mesmo que os

autarcas começassem a desenvolver aceleradamente os trabalhos significaria,

ainda assim, que no final do ano pouca obra estaria executada porque, como é

sabido, desde a elaboração do projecto, à abertura do concurso, ao Visto do

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Tribunal de Contas, se for caso disso e início da obra, decorrerão cerca de sete

meses. Contudo, o Senhor Secretário de Estado teve uma resposta politicamente

interessante, ao dizer que “estivéssemos descansados que a avaliação no final do

ano não iria ser feita por burocratas”. Isso pode querer significar que pode haver

justificações para “a menos execução” no âmbito das Autarquias ou das

Comunidades Intermunicipais.

Neste contexto, o Senhor Presidente aproveitou para informar que o Município de

Gouveia havia decidido aproveitar essas medidas de contingência e, essa

primeira medida, foi abrir, para já, o concurso para a Zona Industrial de Gouveia.

A perspectiva é que se possa chegar ao fim do ano – embora reconheça que se

está a jogar no risco, mas assume esse risco - com a obra iniciada. Naturalmente

que se tem esse benefício em termos de execução, no âmbito da Comunidade

Intermunicipal que foi, de resto, isso que se acertou com os Presidentes de

Câmara de Seia e de Fornos de Algodres, na recente reunião do Conselho

Executivo da CIME, no sentido de podermos tentar ao máximo aproveitar essas

medidas de contingência.

Assim, procedeu-se, hoje mesmo, à abertura do concurso público para a nova

Zona Industrial de Gouveia, através do lançamento da obra na plataforma

electrónica da contratação pública.

- - - - 3.1.4) FORNECIMENTOS:- Informou acerca dos seguintes procedimentos

tendentes à aquisição de determinados bens necessários ao funcionamento da

Autarquia:

− Aquisição de Serviços para o Controlo Analítico da Qualidade da Água do

Concelho de Gouveia;

− Aquisição de Serviços para a Elaboração de Projectos de Beneficiação de

Estradas Municipais;

− Aquisição de Serviços para o Aluguer de Estruturas para a Feira do Campo

e da Caça, no âmbito do Evento “Carnaval da Serra”;

− Aquisição de Serviços para a Produção de Espectáculos no âmbito do

Evento “Carnaval na Serra”;

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− Aquisição de Serviços de Restauração no âmbito do Evento “Carnaval na

Serra”

− Aquisição de Vestuário, Material de Protecção, Higiene e Segurança para

os Serviços do Município.

3.2 INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR ARMANDO ALMEIDA - - - - 3.2.1) DECLARAÇÃO DOS VEREADORES ELEITOS PELO PARTIDO SOCIALISTA:- Também o Senhor Vereador Armando Almeida, em nome dos

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, procedeu à leitura de uma declaração

que se anexa à presente Acta e dela ficará a fazer parte integrante, relativamente

ao sucedido na última reunião de Câmara.

Relativamente a este facto, o Senhor Vereador Armando Almeida acrescentou

ainda que, os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, estão sempre

disponíveis para alterar as datas das reuniões, tanto para antecipar, como para

adiar, desde que lhes seja comunicado com a devida antecedência. Tanto assim é

que, para estar presente nesta reunião, como na anterior, foi necessário alterar o

horário, de professor, do Vereador José Santos Mota. A Vereadora Glória

Lourenço tem, igualmente, o seu trabalho.

Embora nada tenham contra a pessoa do Senhor Vice-Presidente e ao facto de

ser ele a conduzir a reunião, no entanto, consideram que deveria ter sido feito um

telefonema a avisar que o Senhor Presidente iria estar ausente, colocando à

consideração ou o adiamento da reunião ou a sua realização e, certamente, que

os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista teriam resolvido favoravelmente.

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo estar totalmente de acordo com as

palavras do Senhor Vereador “estão sempre disponíveis para alterar as datas

das reuniões … com a devida antecedência”. Foi sempre assim que se tem vindo

a proceder desde 2002. É assim que ainda hoje fez para poder estar presente na

Guarda, às 17 horas, onde estará o Doutor Mário Soares, no âmbito das

Comemorações do 1º. Centenário da Implantação da República em Portugal.

As circunstâncias que se verificaram, por mais graves que sejam os protestos de

cada uma das partes, aconteceram exactamente assim, ou seja, na sexta-feira à

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tarde, o pedido de antecipação de uma hora da reunião, não tinha a ver com a

reunião no Ministério das Obras Públicas, pois tão pouco sabia que havia essa

reunião, porque se assim não fosse não alterava nada e quando decidiu, em

definitivo, estar presente na reunião com o Senhor Ministro, fê-lo durante o fim de

semana e não dava para alterar a reunião.

- - - - 3.2.2) REUNIÃO COM O SENHOR MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS:-Tendo ficando com algumas dúvidas, pretendia ser esclarecido sobre quem teve a

iniciativa de convocar a reunião com o Senhor Ministro das Obras Públicas,

relativamente ao assunto dos IC’s, se foram os autarcas ou o próprio Ministério

das Obras Públicas.

Usou da palavra o Senhor Presidente informando que, relativamente a esta

reunião, não sabe quem a convocou, pois aquilo que sabe é que umas semanas

antes, o Senhor Presidente da Câmara de Seia lhe enviou um documento,

supostamente para ser subscrito por todos os Presidentes de Câmara, tendo-lhe

dado, inclusivamente, uma sugestão de alteração, mas que se o texto não fosse

alterado não era por isso que o deixaria de assinar. Naturalmente, que nesse

documento havia o pedido para a reunião. Depois disso não soube mais nada,

tendo ficado a aguardar que o chamassem. Como já disse, lamentavelmente,

soube da reunião pelo Jornal, tendo o Presidente da Câmara de Oliveira do

Hospital, como já atrás referiu, dito antes da reunião, que estava preocupado com

o facto do Presidente da Câmara de Gouveia ali ir dar conta da sua posição.

Apreciou a honestidade, mas não apreciou a conduta, mas pensa que acabou

tudo em bem.

- - - - 3.2.3) PAGAMENTO DAS HORAS AOS MOTORISTAS:- Relativamente ao

pagamento das horas extraordinárias aos motoristas que conduzem os autocarros

que prestam serviço às instituições/associações, do qual já deu conta numa

anterior reunião de Câmara, tem conhecimento de que existem estabelecimentos

de ensino que ainda não pagaram desde essa altura porque a situação ainda não

foi formalizada, uma vez que os motoristas continuam a apresentar o mesmo tipo

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de recibo que não é, legalmente, contabilizável e, por conseguinte, não podem

pagar.

Usou da palavra o Senhor Presidente comunicando que durante esta semana vai

haver uma reunião com todos os motoristas a fim de ser tratado esse assunto.

- - - - 3.2.4) CONSUMOS DE ÁGUA:- Teve conhecimento de que os preços dos

escalões dos consumos de água na freguesia de Vila Nova de Tazem são,

comparativamente, com a freguesia de Nespereira metade, ou seja, em

Nespereira os consumidores pagam o dobro dos de Vila Nova de Tazem. Ora,

estando todos a receber a água da mesma torneira, é uma injustiça uns pagarem

mais que outros, sendo de opinião que esta situação deve ser resolvida.

Usou da palavra o Senhor Presidente para dizer: “seja bem vindo à questão que

eu tenho vindo a falar. Se o Senhor Vereador ler as actas da Assembleia

Municipal verificará que se há questão que na nossa terra justifica um pacto, essa

questão é o abastecimento de água. Venho a dizer isto mesmo de há anos a esta

parte e só “aceitámos” que a situação se mantivesse até ao dia em que - como

disse aos Senhores Presidentes de Junta na altura - o sistema acabasse por

induzir uma solução justa, ou seja, no dia em que, como o Senhor Vereador

referiu, a torneira fosse a mesma, a água fosse a mesma. A partir daí prevalece a

imoralidade, a injustiça e a iniquidade de uns estarem a suportar um montante

elevado enquanto que outros, dentro do mesmo concelho, usufruem de uns

preços, substancialmente menores.

Ora é chegado o momento e disse-o na última Assembleia Municipal, com

meridiana clareza, de fazer tudo o que estiver ao nosso alcançe para que, no

momento certo, possa apresentar neste órgão, de uma maneira informal, um

documento para o qual pede a colaboração dos Senhores Vereadores”.

Por esta razão é que disse ao Senhor Vereador Armando Almeida “seja bem vindo

à causa”, nomeadamente, com essa sua preocupação de nespereirense que se

sente injustiçado pela torneira ser a mesma e o valor do recibo ser diferente.

Efectivamente, é chegado o momento de rever a situação e é esse estudo

económico que a Autarquia se encontra a fazer, esperando, dentro de algumas

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semanas, poder chegar ao ponto de o poder discutir e apresentar a todo o

concelho para que vejam a iniquidade gritante, bem como a proposta de solução.

É esta, genericamente, a situação de nove freguesias do Concelho, porque há

também situações históricas que têm que ser analisadas, relativamente a

algumas freguesias que, ao longo destes anos, têm feito a sua própria gestão da

água.

Está totalmente disponível para tratar de assuntos delicados, mas mais do que

isso, é seu dever, face às actuais circunstâncias, estudar o problema, apresentar

propostas de solução, mas todos têm que ter a consciência de que, pela história,

pela cultura, certa ou errada, da gestão de um recurso que é a água, levantarão

nas nossas gentes aquelas dificuldades e aquelas compreensões ou

incompreensões que todos conhecem.

De modo que é um tema delicado que deve ser tratado com atenção e com

sentido de justiça. Como já disse, espera que dentro de algumas semanas possa

apresentar uma proposta de solução, desejando que haja bom senso de todas as

forças políticas, para poderem resolver o caso com justiça, tendo em conta o

melindre de que o mesmo se reveste.

- - - - 3.2.5) ROSA DE FÁTIMA GONÇALVES COSTA:- Em relação à situação da habitação degradada e dos problemas familiares da Senhora Rosa da Costa, dos

quais já deu conta numa anterior reunião de Câmara, pretendia saber qual o

ponto de situação deste caso.

Usou da palavra o Senhor Presidente, informando que a Senhora foi chamada ao

Município, pelo que, o assunto, não está estagnado.

- - - - 3.2.6) PROCESSO BELLINO & BELLINO:- Relativamente ao processo de

condenação do Dr. Álvaro Amaro no caso da Bellino & Bellino, na última reunião

de Câmara foi-lhe entregue o memorando do parecer jurídico que diz “Apoio em

Processos Judiciais”. Pensa que se trata do apoio no referido processo e, em

relação a isso, o Senhor Vereador está de acordo.

Contudo, já não concorda com o pagamento por parte do Município das despesas

inerentes à condenação, pois ao ler a sentença, o Meretissimo Juíz Manuel Silva

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Fernandes até para aquilatar da pena que devia aplicar expõe as condições

financeiras do Dr. Álvaro Amaro, estado civil, profissão, profissão da esposa, com

dois filhos, com casa própria, entre outros. E depois diz assim: “(…) Julgo a

pronuncia procedente, aprovada e consequentemente condeno o arguido Álvaro

dos Santos Amaro (…)” .

Assim, na sua perspectiva, quem é condenado é o cidadão Álvaro dos Santos

Amaro e não o Presidente da Câmara e, como tal, as custas deste processo

devem ser pagas pelo Dr. Álvaro Amaro.

Mas se dúvidas existem ainda, quem deverá ser consultado é o Meretissimo Juiz

e não um qualquer parecer jurídico, pois será o Magistrado que irá esclarecer se

é o Dr. Álvaro Amaro a pagar ou se são os municípes a pagar esta condenação.

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que, relativamente à posição do

Senhor Vereador em consultar o Meretissimo Juíz, nada tem a opôr, informando

que ainda hoje mesmo havia recebido - com a mesma clareza deu instruções aos

serviços para pagarem - as custas do Tribunal no valor de 4.000 Euros porque,

como é evidente, tem a convicção de que é à Autarquia que compete liquidar

estas despesas, isto sem deixar de respeitar a opinião do Senhor Vereador

Armando Almeida.

Naturalmente que o condenado é o Álvaro dos Santos Amaro, mas o Álvaro dos

Santos Amaro foi condenado porque é o Presidente de Câmara e não porque é

um cidadão qualquer. E, no caso em apreço, o seu entendimento é que conta pois

foi por isso mesmo, que pediu uma análise jurídica da questão.

Se o Senhor Vereador Armando Almeida acha que a análise jurídica é incorrecta,

o Senhor contrapõe com outra análise jurídica ou então, como disse, formula uma

pergunta ao Meritíssimo Juiz e o que ele disser o Senhor Presidente cumprirá. Se

disser coisa contrária, se fará o contrário, pois como sempre disse e reafirma “a

dignidade não tem preço, só que há coisas na vida que temos que decidir seja por

um euro, seja por dez euros.”

Acrescentou ter sabido recentemente que os Presidentes de Câmara têm direito a

um passaporte especial, pelo que transmitiu à Senhora Chefe de Divisão que,

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seja por um euro, um cêntimo, ou um milhão, lhe liquidasse o custo dessa

“benesse” no valor de 27 euros. Aqui também deverá ser a Câmara Municipal de

Gouveia a pagar, porque o passaporte especial é para o Presidente da Câmara e

não para o Álvaro Amaro. Portanto, sejam 27 euros, sejam 2 milhões de euros, a

questão é o respaldo jurídico. Se o Senhor Vereador Armando Almeida tiver outro

entendimento poderão contrapor. Até lá, vale a opinião do Presidente que se

baseia num parecer jurídico.

- - - - 3.2.7) MAPA DE PESSOAL:- Relativamente ao mapa de pessoal da

Câmara Municipal de Gouveia e, segundo informações do Gabinete Jurídico da

Secretaria de Estado da Administração Local, os Senhores Vereadores eleitos

pelo Partido Socialista têm direito a esta informação. Contudo, o mapa de pessoal

que lhes foi fornecido, é de 9 de Janeiro de 2009, encontrando-se,

consequentemente, desactualizado, pelo que pretendiam um mapa actualizado a

Janeiro de 2010 e sem fazer referência aos vencimentos.

Usou da palavra o senhor Presidente solicitando à Senhora Chefe de Divisão que

procedam os serviços à actualização do mapa de pessoal e, nessa altura, sem

estarem descriminados os respectivos vencimentos.

- - - - 3.2.8) ESCOLA BÁSICA INTEGRADA:- O Senhor Vereador Armando

Almeida ao ler o Jornal Notícias de Gouveia teve conhecimento do processo de

insolvência/falência da firma José França Construções, responsável pela

construção da Escola Básica Integrada. O referido artigo consigna o seguinte “(…)

havendo rumores que os incumprimentos dos pagamentos, nomeadamente por

parte do Estado, possam ter conduzido a empresa à situação agora tornada

pública.” Ora tendo o Senhor Vereador consultado a Direcção Regional de Educação do

Centro, foi-lhe dito que todos os pagamentos feitos por parte do Estado, através

desta Direcção Regional, foram cumpridos. A excepção está na Câmara Municipal

de Gouveia que, segundo essa mesma fonte, só pagou metade do

correspondente pagamento, em Dezembro.

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Assim considera que este assunto devia ser esclarecido, uma vez que, neste

caso, não é o Estado, mas sim a Autarquia, a devedora, não significando que isso

tivesse contribuído para a falência do empreiteiro, mas ajudou, certamente.

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que não sabe, neste momento, o

valor da conta-corrente, ou seja, o saldo em relação à Escola Básica Integrada,

tendo sido pago sensivelmente metade, dentro do acordo estabelecido com a

DREC, de modo que qualquer tentativa mais objectiva ou mais subliminar, é pura

especulação, pois certamente que a empresa não faliu por isso. O que houve sim

e isso é que é inacreditável e do facto deu conta pessoalmente à Senhora

Directora Regional, é porque o Estado Português – neste caso a DREC – deixou

o assunto chegar até ao ponto de uma empresa ser declarada insolvente, pois

enquanto o processo de falência decorria, era possível fazer a transferência da

posição contratual.

Aliás, a Câmara esteve cerca de um ano sem pagar qualquer valor à DREC,

porque o processo estava mal instruído e a Câmara não tinha forma legal de

liquidar qualquer factura directamente ao empreiteiro e do facto alertou a DREC.

Daí a devolução das facturas ao empreiteiro. O que existe, isso sim, é um

protocolo publicado em Diário da República com a DREC. E é com a DREC que a

Autarquia tem que acertar contas e foi isso que foi feito passado esse tempo.

Lamentavelmente, quando o Senhor Presidente foi informado da falência da

empresa, imediatamente foi falar com a Senhora Directora Regional, antes desta

nova Direcção. A este propósito não pode deixar de realçar a cordial cooperação

por parte do Senhor Eng.º Cruz Gonçalves que tem sido um homem sempre

dialogante e com o qual já falou, colocando-lhe a possibilidade de haver a cessão

de posição para outra empresa. Soube entretanto que, em termos de obras,

faltam executar cerca de 900 mil euros. O Senhor Engenheiro Cruz Gonçalves

também se lamentou, porquanto foram apanhados desprevenidos, uma vez que,

quando souberam, a empresa já estava declarada insolvente e, por isso, não

havia outra possibilidade.

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O Senhor Presidente deu conta do sucedido à Senhora Directora Regional,

transmitindo-lhe também que esse facto, trazia um prejuízo enorme, porque

implicava que a abertura da escola, face ao volume financeiro que falta fazer e ao

tempo que iria decorrer, porventura, já não se verificaria no próximo ano lectivo.

A prova desta estreita cooperação entre o Município e a DREC, na pessoa do

Senhor Eng.º Cruz Gonçalves, é que ele próprio estará amanhã numa reunião

para trabalharem no assunto.

3.3 INTERVENÇÃO DA SENHORA VEREADORA GLÓRIA LOURENÇO - - - - 3.3.1) TERRENO SITO NA FREGUESIA DE S.PAIO:- Pretendia ser

informada sobre o verdadeiro proprietário do terreno situado junto à estrada

principal que atravessa a freguesia de S.Paio, na medida em que algumas

pessoas a têm questionado sobre o assunto, não sabendo que resposta dar, nem

mesmo a própria Junta de Freguesia sabe explicar. Assim, queria ser esclarecida

sobre esta questão, bem como o que irá ser executado naquele espaço, sendo

que existe ali uma placa indicativa da possível construção de um parque de lazer.

Gostaria de obter uma resposta do Senhor Presidente sobre se isso corresponde

à verdade, se é esse o projecto que o Senhor Presidente e o actual Executivo,

pretendem executar no referido terreno.

Usou da palavra o Senhor Presidente informando que o terreno é propriedade da

Câmara Municipal de Gouveia. É claro que foi a Câmara que o comprou, em

articulação com a Junta de Freguesia de então, com os órgãos eleitos do

mandato anterior. As apreciações acerca da utilidade do terreno, porque a

Câmara só anuiu à compra depois de ter sido dito, após algumas reuniões

técnicas, que o terreno era de grande utilidade e tinha uma finalidade porque não

se compra apenas por comprar, pese embora às vezes poder não vir a ter o

mesmo fim para o qual arriscaram em fazer essa compra. Pois bem, na altura, o

objectivo foi demonstrada e foi realizado esse painel que seria a vontade da Junta

de Freguesia.

Após as eleições já teve uma reunião com o actual Presidente da Junta de

Freguesia de São Paio, a quem explicou o assunto. Agora existem outros órgãos

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eleitos e, naturalmente, têm todo o direito de dizer que não lhe querem dar a

mesma finalidade. Como a Câmara não vai avançar, para já, com a construção do

parque de lazer, está disponível, como esteve com a Junta anterior, para acertar

com o Órgão Executivo da Freguesia aquilo que se entender executar naquele

local.

Retomou a palavra a Senhora Vereadora Glória Lourenço referindo que, sendo

assim, é verdade que a Câmara Municipal poderá vir a ceder aquele terreno à

Junta de Freguesia, ao que o Senhor Presidente respondeu que isso é outra

questão. Não está a dizer sim ou não, neste momento.

Interveio a Senhora Vereadora Glória Lourenço dizendo que o anterior Presidente

de Junta disse, publicamente, que o terreno seria cedido à Junta de Freguesia de

São Paio.

Falou, novamente, o Senhor Presidente para dizer que nunca o afirmou, nem tão

pouco disse o contrário disso e também nunca foi confrontado com essa questão

que a Senhora Vereadora agora lhe colocou. E, neste momento, tem que

responder com prudência. Em tese, o seu pensamento enquanto Presidente da

Câmara é transferir. Tem feito isso ao longo dos mandatos de transferir para a

gestão de terceiros, recordando a transferência da antiga Escola Primária de

Freixo da Serra que foi recuperada para a Sede da Junta de Freguesia. Porém

isto não significa que transfira a posse plena para a Junta de Freguesia,

independentemente, de quem estiver à frente dos seus destinos, mas também

não diz que não seja possível fazê-lo. O que importa agora, é que na primeira

reunião que teve com o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Paio,

teve a oportunidade de abordar este assunto e, tanto quanto se recorda, é de lhe

ter dito que o projecto de parque de lazer ainda tem retorno, pelo que podemos

reflectir a respeito. A Junta de Freguesia tem o direito de pensar no que pretende

lá fazer para se poder equacionar um novo projecto. O Senhor Presidente da

Câmara não pretende ter nenhuma posição de intransigência, desde logo por

respeito por quem está à frente dos destinos da própria Freguesia.

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Usou novamente da palavra a Senhora Vereadora Glória Lourenço referindo que,

na verdade o terreno está neste momento, completamente abandonado e tendo

questionado a Junta de Freguesia, não lhe soube informar, apenas lhe disse que

o terreno é da Câmara Municipal e que esta terá sempre uma palavra a dizer no

que concerne ao projecto para aquele espaço. Contudo os sampaenses quererão

ver alguma coisa feita naquele espaço, tendo o Senhor Presidente respondido

que a Senhora Vereadora está legitimada para, se entender, junto da Junta de

Freguesia, lhe comunicar aquilo que se acabou de falar.

3.4 INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR JOSÉ SANTOS MOTA - - - - 3.4.1) REQUALIFICAÇÃO DA ZONA DOS BELLINOS:- Colocou as

seguintes questões:

1) As obras de requalificação da Zona dos Bellinos que havia abordado na Acta

n.º 2/2010, nomeadamente, quanto ao pagamento das taxas camarárias pela

ocupação da via pública, por parte do empreiteiro;

2) A suspensão das obras e o facto da ligação entre a Rua dos Bombeiros à Rua

da Cardia que ainda se encontrar encerrada.

Está escrito, de facto, nessa mesma acta, que o Senhor Presidente iria proceder a

várias deligências – continuou o Senhor Vereador – sendo que uma delas, ficou a

saber, que o empreiteiro não pagava taxas, mas que teria entrado um

requerimento para tal pagamento se iniciasse. Assim pretendia ser informado se o

mesmo empreiteiro já se encontra a pagar a taxa municipal relativa à ocupação da

via pública.

Por outro lado, disse na altura o Senhor Presidente, que a candidatura à

construção do Pavilhão Desportivo também obedecia à resposta a um inquérito do

POVT, solicitado no dia 22 de Janeiro de 2010, pelo que também gostaria de

saber se esse inquérito já foi realizado e se há algumas consequências após esse

formalismo ter sido cumprido.

À semelhança do que hoje o Senhor Presidente fez, em relação à reunião com o

Senhor Ministro das Obras Públicas e que agradeceu, pretendia ter conhecimento

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das conclusões da reunião que o Senhor Presidente anunciou que iria ocorrer no

dia 4 de Fevereiro de 2010, relativamente às obras na zona dos Bellinos.

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que, relativamente ao requerimento

do empreiteiro, não sabe informar se a situação está regularizada, mas é uma

questão de verificar.

Em relação à obra de requalificação da zona dos Bellinos, a decisão irá ser quase

imediata, com base no acordo assinado entre a ANMP e o Governo que conduziu

a que se procedesse à abertura do concurso público para a Zona Industrial das

Amarantes.

Quanto à questão relacionada com o Pavilhão Desportivo e relativamente ao

inquérito, o mesmo está, obviamente, respondido e sobre este projecto já são três

as respostas dadas. Esteve, porém, na sexta-feira passada, presente numa

reunião com a Senhora Gestora do POVT, para poderem acertar alguns detalhes,

pois terá amanhã com o Senhor Secretário de Estado dos Desportos ou com o

seu Chefe de Gabinete, uma reunião.

Ali, provavelmente, com base nas medidas de contingência do QREN, o Município

pode fazer algumas formulações estratégicas de alteração, resultantes das

modificações que o próprio Governo acabou, e bem, por introduzir nesta gestão.

Estão a tentar analisar as mutações neste quadro global da regeneração urbana e

também da parte da componente desportiva, mas não vai adiantar mais, porque

ainda não é tempo.

Quanto à reunião realizada no dia 4 de Fevereiro, o Senhor Presidente informou

que a mesma coincidiu com o pré-anúncio das medidas de contingência do QREN

e por isso, solicitou na CCDRC que as alterações que o Município suscitou na

candidatura da requalificação urbana, fossem suspensas durante 15 dias para ver

o que daí resultava.

Neste momento aguarda que lhe confirmem uma reunião na CCDRC pois, como

sabem, a gestão do PO Centro mudou, só se mantendo o seu Presidente, com

quem já tive uma reunião juntamente com a nova gestão, da qual faz parte a Dra.

Isabel Damasceno e Dra. Ana Paula Abrunhosa. Com esta reunião pretendem

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enquadrar estas novas lógicas para ver se dentro em breve as coisas encontram

o caminho certo.

Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota perguntando se aquela ligação

entre os Bombeiros Voluntários e a Rua da Cardia se vai manter intransitável,

tendo o Senhor Presidente respondido que, infelizmente ou às vezes felizmente,

não se dominam os factores exógenos. Quando disse isso nessa reunião de 4 de

Fevereiro, porventura não imaginava que, quinze dias depois, estivesse a ANMP

a assinar um acordo de dezasseis pontos, com toda solenidade, com o Governo

a, finalmente, e bem, dar uma aceleração ao QREN, o que como se

compreenderá traz motivações novas para o Município. Assim será iniciado o

processo, agora porventura, num quadro estratégico diferente.

Daí que a resposta é que, sem se querer estar a vincular a prazos, dentro de

muitas poucas semanas, terá certamente uma decisão sobre o que é que fica ou

não na regeneração urbana, o que fica ou não na parceria público-privada e,

mediante essa decisão, as coisas poder-se-ão acelerar mais, ou não,

nomeadamente em relação ao pavilhão que hoje serve de parque de

estacionamento. É isto que o condiciona na decisão de proceder à abertura da

via.

- - - - 3.4.2) PROGRAMA DE APOIO À CRIAÇÃO DE EMPREGO NO CONCELHO DE GOUVEIA:- Uma vez definidos os novos critérios e aprovados

os apoios para 2010, relativamente ao programa de apoio à criação de emprego

no concelho de Gouveia, pretendia o Senhor Vereador ter informação sobre a lista

de beneficiários, as verbas envolvidas, bem como o número de postos criados

com este programa, no ano de 2009.

Usou da palavra o Senhor Presidente solicitando à Senhora Vereadora Laura

Costa que, na próxima reunião de Câmara, seja fornecida esta informação aos

Senhores Vereadores.

- - - - 3.4.3) FONTENÁRIOS:- Relativamente ao artigo publicado no jornal

Notícias de Gouveia sobre a situação dos fontenários do concelho de Gouveia,

foram colocadas placas “Fonte não Controlada”. Assim, considera que esta foi a

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maneira mais fácil e mais airosa que o Município encontrou para resolver o

problema. Houve em tempos, em Gouveia, um Presidente de Câmara que ficou

conhecido pela alcunha de “seca fontes” e o “encerra casas de banho”,

exactamente porque quando as coisas não serviam as fechava. Julga que o

Município tomou a posição mais fácil e mais cómoda. Não está disponível para

controlar e diz isso mesmo, não controla e aí as pessoas consumem se quiseram.

Só que existem aqui dois problemas que devem ser equacionados: em primeiro

lugar, há a questão económica, porquanto nem todas as pessoas têm dinheiro

para irem ao supermercado comprar água engarrafada; em segundo, é uma

questão cultural, em que o hábito está enraizado nas pessoas das nossas aldeias,

das nossas freguesias.

Deste modo, o Senhor Vereador, sugeriu que seja identificada uma solução que

se não for total, pelo menos seja intermédia e se não tivermos oportunidade de

controlar todos os fontenários que sejam controlados, pelo menos, alguns, para

que possamos distribuir por todas as freguesias, um conjunto de fontes que sejam

controladas para que, de facto, as populações continuem a usufruir dessa água

que tão bem lhes sabe e que às vezes também está imprópria. Mas se estiver

controlada, aliás o próprio jornal aponta “(…) as fontes e fontenários cuja origem

sejam nascentes, ou sejam sujeitas a análises periódicas, segundo a placa

aprovada pelo IRAR, ou então tem de ter aplicada na sua face uma placa com a

indicação “água não controlada”. Ou seja, é possível perante um conjunto de

fontenários no concelho de Gouveia a apresentação de um plano ao IRAR e dizer

que o Município quer controlar esta água.

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que se trata do cumprimento da

Lei.

À semelhança do Senhor Vereador José Santos Mota também o Senhor

Presidente tem essa sensibilidade, mas porventura hoje, tecnicamente, não

podemos ter essas mesmas coisas. Compreende bem essa questão cultural e

confessa que se mandasse sozinho, não colocava as placas de “fonte não

controlada”, pois não concorda com este termo, mas não é o Presidente da

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Câmara que manda, é a Lei, boa ou má. Acontece, neste caso, que há uma

questão de saúde pública e há o cumprimento das regras que, a República, no

intuito da preservação da saúde pública, a tal obriga.

No sentido de ser prestado o devido esclarecimento técnico, usou da palavra o

Senhor Chefe da Divisão de Infraestruturas e Ambiente, Eng.º António Mendes,

referindo que a Câmara Municipal é obrigada a fornecer água com qualidade para

consumo humano, o que acontece através da rede pública controlada, para todas

as freguesias do Concelho. Daqui decorre a não obrigatoriedade de proceder ao

controle da água de fontenários.

Para que estes possam ser objecto de um controle regulamentar é obrigatória a

sua inserção, como “Zona de Abastecimento”, no PCQA – Plano de Controle da

Qualidade da Água, aprovado anualmente pelo ERSAR, onde é identificado o

conjunto de análises obrigatórias a levar a efeito, de acordo com a especificidade

definida por Lei.

Para melhor percepção, o Senhor Eng.º António Mendes referiu, a título de

exemplo, que a zona de abastecimento abrangente que inclui a cidade de

Gouveia e freguesias contíguas está sujeita a um controle específico rigoroso que

será semelhante ao exigível para um único fontenário novo que se pretenda

inserir no sistema e considerar no PCQA.

Duas questões imediatas se colocam: por um lado o custo das análises e controle

que podem orçar entre 800 e 1000 Euros/ano e por outro a dificuldade em garantir

a qualidade exigível, desde logo, porque a água de mina não é desinfectada e

dificilmente verificará os parâmetros apertados definidos para água de consumo

humano.

Nesta última prorrogativa – continuou o Senhor Eng.º António Mendes - a

espectável não verificação das exigências regulamentares obrigaria a Câmara a

colocar uma placa de “água imprópria” que lhe parece bem mais lesiva do que a

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de “Fonte não Controlada”, para além dos custos complementares que tal opção

provocaria.

A solução que se equaciona com algumas Juntas de Freguesia é proceder a um

controle independente das fontes consideradas de maior impacto, através de

análises do tipo CR2, para garantir à população, mesmo que informalmente, a

não existência de perigo na utilização da água das fontes em causa.

Não obstante esta solução, não obvia a que continue obrigatória a manutenção da

placa “Fonte não Controlada”, sob pena de acção das entidades de tutela,

designadamente a Delegação de Saúde.

Outra solução passaria pela ligação dos fontenários à rede pública, sendo que,

assim perder-se-ía a vantagem da utilização livre de água de nascente, para além

dos custos de consumo, decorrentes das frequentes utilizações abusivas.

Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota acrescentando que tem é que

existir um plano de controle e com isso manter a fonte aberta, verificando-se em

termos de composto químicos e compostos bacteriológicos, entre outros.

Respondeu o Senhor Eng.º António Mendes referindo que é obrigatória a

dosagem de desinfectante dentro de parâmetros definidos, complementando que

os requisitos de controle da água fornecida para consumo humano, não são

comparáveis aos das regras impostas para águas engarrafadas.

Retorquiu o Senhor Vereador dizendo que o cloro tem a ver com a questão

bacteriológica, caso esteja controlado do ponto de vista bacteriológico pensa que

essa situação não se coloca. Obviamente que para o Senhor Vereador José

Santos Mota este assunto, de momento, fica encerrado, mas é sua intenção

retomá-lo, porquanto se trata de uma questão da máxima importância.

- - - - 3.4.4) CENTRAL DE CAMIONAGEM:- Pretendia saber qual a situação da

Central de Camionagem, solicitando ao Senhor Presidente que lhe seja cedido o

protocolo celebrado entre a Câmara Municipal de Gouveia e a empresa que

explora a Central de Camionagem pois, como é do seu conhecimento, deixaram

de ali ser vendidos os bilhetes da Rede Expresso. Assim, um cidadão que queira

deslocar-se a Coimbra tem que ir comprar o bilhete a Seia. Embora não conheça

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o protocolo, sabe que há centenas de euros envolvidos, pelo que quer saber se

existe naquele protocolo, a prestação desse serviço à comunidade, de modo a

que, deixando o mesmo de ser assegurado, haja a possibilidade de re-equacionar

as respectivas cláusulas.

Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, na semana anterior, havia

recebido uma carta da empresa rodoviária dando-lhe conta da situação. É

evidente que, face a eventuais alterações das circunstâncias, o Município vai ter

que agir, em função disso mesmo. O assunto é, oficialmente, novo para a

Autarquia, tendo já solicitado ao Senhor Vice-Presidente para estudá-lo e chamar

a empresa em causa, dando-lhe conta da possível alteração do contrato, não

sabendo se na próxima reunião de Câmara já estarão reunidas as condições para

dar conta do assunto.

- - - - 3.4.5) TRABALHADORES DA DLCG:- Segundo informações de

funcionários da DLCG que foram trabalhadores da Câmara Municipal de Gouveia

até Setembro de 2009, têm vindo os mesmos a ser chamados à Câmara

Municipal, junto da Senhora Vereadora Laura Costa, no sentido de indagar sobre

assuntos que têm directamente a ver com os concursos de admissão de pessoal.

Assim, pretende o Senhor Vereador saber se é ou não verdade que há um

conjunto de vários trabalhadores da DLCG, sem contrato, mas que estão a

receber e descontam e que têm sido chamados a esta Câmara, junto da Senhora

Vereadora.

Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que não tinha compreendido o

exposto pelo Senhor Vereador José dos Santos Mota, tendo este interrompido e

dito que foram funcionários da DLCG ter com ele, a dizer que estavam a ser

chamados à Senhora Vereadora para falar do assunto relacionado com os

concursos e, nessa conformidade, pretende saber se a Senhora Vereadora

recebeu pessoas que estão a trabalhar na DLCG, sem contrato, tendo a Senhora

Vereadora respondido que não recebeu trabalhadores da DLCG, mas

trabalhadores da Câmara.

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O Senhor Presidente interveio sugerindo que seria melhor o Senhor Vereador

esclarecer-se adequadamente, para depois voltar a colocar a questão de forma

elucidativa, pois assim não sabem responder.

O Senhor Vereador José dos Santos Mota voltou a intervir para referir que havia

trabalhadores que desempenhavam funções na Câmara mas que, por qualquer

motivo, deixaram de desempenhar e que desde Setembro, Outubro, Novembro,

não sabendo precisar, passaram a ser trabalhadores da DLCG onde continuaram

a receber e a descontar, sem que tivessem estabelecido qualquer contrato de

trabalho com a Empresa Municipal, ou tivesse havido uma renovação do contrato

com a Câmara. Nesta perspectiva, estes trabalhadores foram chamados ao

Gabinete da Senhora Vereadora Laura Costa, onde lhes foram colocadas

algumas questões que o Senhor Vereador gostava de ter conhecimento.

Usou novamente da palavra o Senhor Presidente para dizer que as informações

de que o Senhor Vereador dispõe não são concretas, pelo que é importante que

procure notícias precisas porque, caso contrário, teremos que adivinhar, tendo o

Senhor Vereador questionado se não foi já tida uma reunião, com o representante

do sindicato e com a Senhora Vereadora Laura Costa, tendo esta respondido que

não.

Sobre este assunto interveio o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que

“a Senhora Vereadora Laura Costa declara aqui que não teve nenhuma reunião

com qualquer trabalhador por causa de contratos de trabalho?”

“Da DLCG, não”. Respondeu a Senhora Vereadora.

“Da Câmara, tire a DLCG” – continuou o Senhor Vereador - “há certamente, um

excesso de esclarecimento por parte de quem colocou a questão, mas recoloca a

questão de saber se ex-trabalhadores da Câmara, tiveram alguma reunião com a

Senhora Vereadora.”

O Senhor Presidente disse que a pergunta já estava a ser colocada de modo

diferente. Se a questão assim for apresentada até com ele, houve reuniões, pois

tudo o que se faz aqui é da responsabilidade do Presidente. Não houve reuniões

com nenhuns trabalhadores da DLCG. Houve, sim, reuniões com 4, 5 ou 6

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pessoas, tendo intervido a Senhora Vereadora dizendo que houve reuniões com

pessoas para renovar contratos, perguntando aos Senhores Vereadores se era

esse caso, tendo o senhor Presidente solicitado que concretizassem a pergunta,

pois ainda no outro dia tivera uma reunião com todos os trabalhadores da

Câmara.

“Também tive conhecimento disso” – continuou o Senhor Vereador Armando

Almeida – “mas o que lhes interessa é saber se essas reuniões individuais no

Gabinete da Senhora Vereadora aconteceram, ou não, com ex-trabalhadores da

Câmara”. Tendo o Senhor Presidente respondido que é natural que a Vereadora

que tem a tutela do pessoal, reúna com trabalhadores da Câmara ou ex-

trabalhadores da Câmara. Isso pode acontecer todos os dias.

Para terminar o Senhor Vereador Armando Almeida referiu que para os

Vereadores eleitos pelo Partido Socialista o assunto, hoje, fica encerrado e que

iriam colocar o assunto em termos concretos, precisando apenas de saber se

essas reuniões existiram, o que já foi confirmado. Houve efectivamente reuniões.

“E houve reuniões com o sindicato sobre outros assuntos” - disse o Senhor

Presidente - “Provavelmente de outros assuntos diferente daquele que os

Senhores Vereadores querem saber.”

O Senhor Vereador José Santos Mota referiu que na próxima reunião colocarão

melhor o assunto.

- - - - 4) EXPEDIENTE:- Não se analisou expediente na presente reunião.

5. DELIBERAÇÕES - - - - 5.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE TABELA DE CUSTOS UNITÁRIOS, PARA EFEITOS DE ESTIMATIVA ORÇAMENTAL, EM SEDE DE LICENCIAMENTO DE OBRAS PARTICULARES:- Considerando a

obrigatoriedade de actualização de procedimentos em função da legislação em

vigor;

Considerando a necessidade de responsabilização directa de todos os

operadores que intervêm nas acções de construção civil, designadamente na área

de obras particulares;

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Considerando a necessidade de aferir a qualificação dos intervenientes na área

de construção civil e, indirectamente, defender os interesses dos donos de obra,

através da exigência das habilitações necessárias para a execução de cada tipo

de obra, em função da sua dimensão e do seu custo;

Considerando que se encontram grosseiramente desactualizados os custos

unitários de referência aplicados pela Câmara Municipal de Gouveia para cálculo

de estimativas de custo de obra que servem de base para o alvará de construção;

Considerando, ainda, que da actualização, à frente proposta, não resultará

alteração de exigência da classe de habilitações em mais de 80% das obras

executadas, ou seja:

- Não serão penalizados os pequenos construtores nem “sobrecarregados” os

donos de obra das construções mais correntes no Concelho;

- Será, sim, salvaguardada a exigência de habilitações para obras de maior

dimensão/custo e consequente responsabilidade.

Considerando a informação prestada pelos Serviços Técnicos do Município, que

se anexa à presente acta e dela fica a fazer parte integrante, delibera a Câmara,

por unanimidade, proceder à aprovação da Tabela de Custos Unitários, incluída

na referida informação, a aplicar às obras particulares sujeitas a licenciamento,

autorização ou comunicação prévia, dando assim cumprimento ao previsto no n.º

3 do art. 31º do Decreto-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro.

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de

acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a

redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro.

- - - - 5.2) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA REFERENTE À EDIFICAÇÃO EM AVANÇADO ESTADO DE DEGRADAÇÃO, SITA EM MOIMENTA DA SERRA, PROPRIEDADE DE AMÉRICO AIRES DOS SANTOS AMARAL:- Foi presente à Câmara um Auto de Vistoria elaborado, nos termos do

n.º 1 do artigo 90.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na sua actual

redacção, referente à vistoria realizada pelos peritos José Luís Oliveira Mendes,

Engenheiro Civil, João Maria Almeida Lima Falcão e Cunha, Arquitecto e António

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Agostinho Daniel Luís, Fiscal Municipal, a uma edificação em avançado estado de

degradação, sita no Largo do Rossio, na Freguesia de Moimenta da Serra,

concelho de Gouveia, propriedade do Senhor Américo Aires dos Santos Amaral,

tendo sido preteridas as formalidades previstas no artigo 90.º, nos termos do n.º 7

do mesmo artigo, do citado Decreto-Lei, uma vez que se verifica risco iminente de

ruína, com grave perigo para pessoas e bens.

Assim, nos termos do n.º 3 do art.º 89.º do citado Decreto-Lei, delibera a Câmara,

por unanimidade, determinar a notificação do proprietário para que, inicie a

execução das obras de demolição identificadas como urgentes em sede da

competente vistoria, cujo Auto se anexa à presente acta e dela fica a fazer parte

integrante, no prazo de 10 dias a contar da data da notificação, devendo as

mesmas estar concluídas no prazo máximo de 10 dias. Mais se deliberou que seja notificado o proprietário para o facto de, nos termos da

alínea s) do artigo 98.º do RJUE, a não conclusão das referidas obras no prazo

indicado constituir contra-ordenação, punível com coima graduada de 500,00 € a

100.000,00 €.

Findo este prazo, nos termos do n.º 1 do artigo 91.º do RJUE, e observado o

disposto no artigo 107.º do mesmo diploma, a Câmara Municipal tomará posse

administrativa da edificação, por forma a dar execução imediata às obras

referidas.

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de

acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a

redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro.

- - - - 5.3) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE CONCESSÃO DE UM SUBSÍDIO EXTRAORDINÁRIO AO CENTRO CULTURAL “OS SERRANOS”:- Relativamente a este assunto usou da palavra o Senhor Vereador José Santos

Mota pretendendo saber quantos produtores de Queijo da Serra da Estrela, em

representação deste concelho, estão presentes neste evento, tendo o Senhor

Presidente respondido que não sabia dar essa informação e que, só após a vinda

do Senhor Vice-Presidente Luis Tadeu, é que o poderia questionar sobre isso.

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Durante muitos anos – prosseguiu o Senhor Presidente - os Municípios

compravam queijo e enviavam-no para os E.U.A. Nestes últimos anos isso

terminou, porque gerava complicações em termos de exportação, tendo sido

entendido que a Associação do Centro Cultural “Os Serranos” deveria fazer essa

aquisição directamente e os Municípios contribuiriam com um subsídio. É assim

que se verifica há já vários anos.

Interveio o Senhor Vereador José dos Santos Mota não pondo em causa que

tenha sido essa a prática de há vários anos a esta parte, mas as pessoas devem

sempre reflectir sobre o que se está a fazer e se é para promover o Queijo da

Serra da Estrela ou não é, pois considera que este evento não está a ser utilizado

para esse efeito, mas para fomentar o queijo curado. Este ano, tem conhecimento

de quem lá está presente e por isso faz esta afirmação, pois sabe que ele não é

produtor de Queijo da Serra da Estrela.

Interveio o Senhor Presidente para dizer que, com todo o respeito duvida, mas

que deveremos aguardar pela chegada do Senhor Vice-Presidente para o

questionar a respeito. “Eu não duvido que esteja lá alguém para promover o

queijo curado, agora não acredito que seja só queijo curado.” - Rematou o Senhor

Presidente.

“Mas é exactamente isso que está acontecer” – continuou o Senhor Vereador -

“e por isso é que a Câmara Municipal de Celorico não foi a esse evento, essa foi

uma das razões”. Deste modo, declarou o Senhor Vereador o seguinte:

“- Quando o número de pastores de Gouveia que solicitaram a sua certificação de

Queijo Serra da Estrela, este ano é de 10, quando em 2008, era de 40;

- Quando o número de cabeças de gado autótones que fazem o verdadeiro Queijo

da Serra da Estrela diminui ano após ano;

- Quando se deu um incentivo de participação aos pastores e comerciantes de

Queijo da Serra da Estrela de 30 euros para a Feira do Queijo;

- Quando o subsídio proposto pelo Senhor Presidente é maior para esta viagem

do que foi gasto para apoiar os pastores aqui na Feira de Gouveia.

Não nos resta outra maneira que não seja votar contra.”

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Usou da palavra o Senhor Presidente respeitando o voto contra, perguntando,

contudo, se o Senhor Vereador tinha a noção do que acabara de dizer.

“Tenho”, disse o Senhor Vereador, “sei que aqui o queijo curado é comprado a 9

euros e lá é vendido a 50 euros.”

Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida reforçando a ideia de que

há momentos em que têm que reflectir se vale, ou não, a pena fazer este

investimento, para não dar a ideia lá para fora de que é mais uma passiata. “Qual

é a rectroação disto para a Câmara e para o Muncípio? Se é para promover o

Município em Newark tudo bem, agora fazer uma Feira do Queijo da Serra da

Estrela e não se vender Queijo da Serra nenhum, não concordamos com esta

metodologia, pois não promovemos realmente o que é genuíno, o que é nosso,

dos pastores das Aldeias, do Arcozelo, entre outras terras e vamos promover uma

empresa como a do Senhor Lázaro que é uma fábrica. Discordamos disto.”

“Estão no vosso direito”, disse o Senhor Presidente, acrescentando que este

apoio é o mesmo já de há anos. “Para os Senhores Vereadores pode não ter

nada a ver com a cultura serrana, para nós, que já lá estivemos várias vezes,

tivemos muito orgulho em poder participar e verificar que há ali uma grande

genuinidade, desde logo pela promoção da Serra da Estrela através de um

produto genuíno que é o Queijo da Serra da Estrela. O evento deste ano –

segundo os Senhores Vereadores do PS - só tem queijo curado. Não tenho

informação concreta sobre a matéria, mas permito-me, desde já, duvidar. Neste

ano, em particular, a Associação Cultural “Os Serranos”, faz 25 anos e tem feito

um trabalho magnífico, ao longo deste período de tempo em que instituiu toda

esta promoção da Serra da Estrela em Newark e em Danbury, através do

elemento fundamental que é o queijo, para além do requeijão, dos vinhos e dos

doces. Agora que estão a ser celebradas as bodas de prata tive muita pena de

não poder ir, porém, considera que o Município está bem representado, pelo Dr.

Luís Tadeu.”

Assim, os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista votam contra, o

restante Executivo vota a favor, porque são de opinião que estão a prestar um

Page 29: - - - - ACTA N.º 6/2010 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de

29

bom serviço, independentemente da discussão de que há menos certificação ou

pastores. Essa preocupação não é aqui que se deve ter, mas sim em outro

contexto.

Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota referindo que não colocam em

discussão os montantes, até poderia ser mais. O que põem em causa é o facto de

se estar a vender “gato por lebre”, pois o Queijo Serra da Estrela é um queijo

DOP (Denominação de Origem Protegida).

“O que é que o Presidente da Câmara e a Câmara Municipal de Gouveia tem a

ver com isso?” – retorquiu o Senhor Presidente - “a Associação chama-se Centro

Cultural “Os Serranos” e como já foi dito é a promoção da nossa região e é um

acontecimento fantástico. No ano transacto assistiu ao evento o Mayor de

Danbury e o Mayor de Newark, com uma satisfação extraordinária que nos enche

de orgulho. Aquele Centro Cultural, através do elemento Queijo da Serra, do

requeijão, dos vinhos e dos doces, tem feito verdadeiras maravilhas e pelo que

viu se mais queijo houvesse mais se vendia, pois presenciou a quantidade de

portugueses que vão lá comprar e não chega.

Agora, como é que o queijo lá chega, quem o importa, como o importa e de onde

o importa, é da responsabilidade do Centro Cultural “Os Serranos”.” - Concluiu o

Senhor Presidente.

Retorquiu o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que estava de acordo

que o vendam, agora não podem é dizer que aquilo é Queijo Serra da Estrela.

Para si esta é a única dúvida que existe. Estão a promover um queijo que não é

um Queijo Serra da Estrela, tendo o Senhor Presidente perguntando ao Senhor

Vereador se na chamada Feira do Queijo de Gouveia, de Seia ou de Fornos, o

Senhor Vereador só encontra Queijo DOP?

“Mas eu não estou aqui a promover só o Queijo Serra da Estrela”, disse o Senhor

Vereador.

“O Senhor foi contra a Feira do Queijo durante estes 25 anos?” - Perguntou o

Senhor Presidente.

“Sou a favor da Festa do Queijo e da Feira do Queijo” - disse o Senhor Vereador.

Page 30: - - - - ACTA N.º 6/2010 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de

30

“E lá é mais do que Festa do Queijo. Eu nunca o ouvi a si dizer aqui, e bem, que

era contra a Festa do Queijo de Gouveia que não tem só Queijo DOP e o Senhor

Vereador é contra a Festa do Centro Cultural “Os Serranos” em Newark, porque

não tem só Queijo da Serra da Estrela DOP” - disse o Senhor Presidente.

“Não é isso, mas digam o que vão vender. É só isso e nada mais.” - referiu o

Senhor Vereador.

De seguida o Senhor Presidente deu por concluída a discussão do assunto,

colocando à votação a seguinte proposta:

“Considerando que se irá celebrar o 25° aniversário do Centro Cultural “Os

Serranos,” o qual terá lugar em Danbury, Connecticut, e Newark, New Jersey, de

18 a 22 de Marco de 2010;

Considerando que, durante esse aniversário, irá celebrar-se a grande “Festa do

Queijo da Serra,” uma tradição de sucesso daquela organização serrana;

Considerando que aquele Centro se responsabiliza pelo alojamento, bilhete de

avião, alimentação e transportes locais no decorrer das datas acima indicadas;

Considerando que já é habitual, a concessão de um subsidio para esta festa do

queijo, não sofrendo qualquer alteração em relação ao ano passado, mantendo-

se nos 1850 euros por autarquia.

Delibera a Câmara, por maioria, com três votos contra dos Senhores Vereadores

eleitos pelo Partido Socialista e com três votos a favor dos restantes membros do

Executivo, tendo o Senhor Presidente da Câmara exercido o voto de qualidade

nos termos do n.º 2 do artigo 89.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a

redacção introduzida pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro e de harmonia com a

alínea b) do nº.4 do artigo 64º. do citado diploma legal, autorizar a concessão de

um subsídio extraordinário ao Centro Cultural “Os Serranos”, no montante de

1.850,00 euros (Mil oitocentos e cinquenta euros).” Esta deliberação tem cabimento orçamental no capítulo 0102050803, Projecto

2010/5004.

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31

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de

acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a

redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro.

- - - - 5.4) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE NOMEAÇÃO DOS ELEMENTOS DO CONSELHO GERAL DA D.L.C.G. - EMPRESA MUNICIPAL:-Considerando que de acordo com as disposições conjugadas nos art.os 16.º e 8.º

dos Estatutos da D.L.C.G. - Empresa Municipal, o mandato do Conselho Geral da

Empresa coincide com o dos titulares dos órgãos autárquicos, sem prejuízo da

continuação de funções até à efectiva substituição.

Considerando que, por deliberação, tomada, por maioria, do Executivo Municipal

na sua reunião de 5 de Novembro de 2009, foram nomeados os membros do

Conselho de Administração da Empresa, posteriormente empossados por auto de

6 de Novembro de 2009.

Delibera a Câmara, por maioria, com as abstenções do Senhores Vereadores

eleitos pelo Partido Socialista e com três votos a favor dos restantes membros do

Executivo, nomear para o Conselho Geral da Empresa Municipal, cujo mandato

se inicia com a tomada de posse dos actuais órgãos da autarquia e terminará

quando esses órgãos cessarem funções, os seguintes nomes:

ABPG

Clube Camões

Bombeiros Voluntários de Gouveia

Junta de Freguesia de São Julião

Junta de Freguesia de São Pedro

José Manuel Morgado Alves Cunha

Dra. Arminda Isabel carvalho do Nascimento Rebelo

Dr.º Hercílio Azevedo Ribeiro

Prof.º Vitor Manuel Diogo Gonçalves

Eng.º António Manuel Marques Camelo

Dr.º Armando Eduardo Marcelo Pinto Mota

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32

Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de

acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a

redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 de Janeiro.

- - - - 5.5) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO COM A MM, UNIPESSOAL LDA., ÓPTICA MÉDICA BRITO:- Considerando que, como é referido no Plano Nacional de Saúde da Visão, o

sentido da visão representa, na actualidade, um meio de comunicação

fundamental para a relação entre as pessoas, com elevado significado social e

um dos mais importantes, na vertente e diversidade profissional. Neste contexto,

a visão deve ser preservada em toda a população, desde o nascimento e ao

longo da vida.

Considerando que as doenças dos olhos e do sistema visual afectam grande

parte da população tendo implicações familiares, profissionais e sociais, e

representando custos muito elevados.

Considerando que, MM, Unipessoal, L.da (Óptima Médica Brito), veio propor um

protocolo com o objectivo de possibilitar a todos os funcionários da Câmara

Municipal de Gouveia, o acesso aos produtos referenciados no documento em

anexo, em condições especiais de descontos.

Delibera a Câmara, por unanimidade, autorizar a celebração de um Protocolo

entre o Município de Gouveia e MM, Unipessoal, L.da (Óptima Médica Brito), com

sede na Rua da República 81, nas condições referidas no documento que se

encontra anexo à presente acta e dela fica a fazer parte integrante.

- - - - 5.6) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO COM A ÓPTICA SANTOS E SILVA LDA:- Considerando que,

como é referido no Plano Nacional de Saúde da Visão, o sentido da visão

representa, na actualidade, um meio de comunicação fundamental para a relação

entre as pessoas, com elevado significado social e um dos mais importantes, na

vertente e diversidade profissional. Neste contexto, a visão deve ser preservada

em toda a população, desde o nascimento e ao longo da vida.

Considerando que as doenças dos olhos e do sistema visual afectam grande

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33

parte da população tendo implicações familiares, profissionais e sociais, e

representando custos muito elevados.

Considerando que, Óptica Santos e Silva, Lda.,veio propor um protocolo com o

objectivo de possibilitar a todos os funcionários da Câmara Municipal de Gouveia,

o acesso aos produtos referenciados no documento em anexo, em condições

especiais de descontos.

Delibera a Câmara, por unanimidade, autorizar a celebração de um Protocolo

entre o Município de Gouveia e a Óptica Santos e Silva, Lda., com sede na

Avenida 1º de Maio, 1, nas condições referidas no documento que se encontra

anexo à presente acta e dela fica a fazer parte integrante.

6. OBRAS - - - - 6.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA RELATIVA A MULTA A APLICAR AO EMPREITEIRO MONTALVIA – CONSTRUTORA, SA, POR ATRASO DA EMPREITADA “BENEFICIAÇÃO DE TROÇOS DA REDE VIÁRIA URBANA MUNICIPAL NO CONCELHO DE GOUVEIA – RECTIFICAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO DA ESTRADA MUNCIPAL 555 ENTRE KM 0+00 E O KM 2+00 (NABAIS-MELO)”:- Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida

questionando se este procedimento tem sido considerado em relação a todas as

obras e empreitadas e com todos os empreiteiros, isto é, se a prática é esta,

aplica-se a multa, depois reduz-se e se a Câmara pode reduzir ou não.

Devidamente autorizado usou da palavra o Senhor Chefe da Divisão de Infra-

estruturas e Ambiente, Senhor Eng.º António Mendes, referindo que é a primeira

multa que se aplica, no que respeita a empreitadas. O direito de redução é um

principio previsto na Lei, absolutamente aceitável desde que aplicado com a

adequada justiça. Como se trata da primeira situação, sem que se conclua que

este procedimento fará regra, propõe-se a sua adopção sempre que a justeza da

apreciação de cada caso permita a sua aplicação no sentido da redução, tanto

mais que a utilização do valor máximo, previsto por Lei, pode ser desajustado

quando avaliados os inconvenientes decorrentes do atraso.

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No caso vertente, a estrada esteve sempre transitável e o grosso do atraso

prendeu-se essencialmente com a falta de sinalização e pequenos trabalhos de

acabamento, o que dificultou a definição de um critério quantificável que

traduzisse com justiça o “valor” dos inconvenientes, parecendo-nos razoável a

proposta aqui apresentada.

De seguida analisou o Executivo a informação elaborada pelo Chefe da Divisão

de Infra-estruturas e Ambiente, Senhor Eng.º António Mendes, relativo a multa a

aplicar ao empreiteiro Montalvia – Construtora, SA, por atraso da empreitada

“Beneficiação de Troços da Rede Viária Urbana Municipal no Concelho de

Gouveia – Rectificação e Pavimentação da Estrada Muncipal 555 entre km 0+00 e

o km 2+00 (Nabais/Melo)”:

“Informação Dando cumprimento ao Despacho do Senhor Vereador Permanente datado do dia

12 de Março de 2010, relativo ao auto de multas aplicável ao empreiteiro

Montalvia – Construtora, SA, por atraso da empreitada “BENEFICIAÇÃO DE TROÇOS DA REDE VIÁRIA URBANA MUNICIPAL NO CONCELHO DE GOUVEIA – RECTIFICAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO DA ESTRADA MUNCIPAL 555 ENTRE KM 0+00 E O KM 2+00 (NABAIS MELO)”, venho informar que:

1. A informação técnica já prestada no âmbito do presente assunto, que

indica não existirem razões técnicas específicas que justifiquem o atraso

de 407 dias para conclusão da empreitada;

2. Que existem atenuantes, baseadas no facto do empreiteiro ter mantido a

transitabilidade da via, mesmo que condicionada, e na confirmação de que

o número e dias em que se verificou o efectivo e grave transtorno rondou

os 90 dias;

3. Que no período de execução da obra se confirmaram inconvenientes para

a população em geral, obrigando os munícipes e serviços do município a

utilizar percursos alternativos com custos directos (combustível) e

indirectos (atrasos inconvenientes diversos);

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4. Que no período em causa foi prejudicada a imagem de eficiência do

Município, tendo em consideração:

a. O atraso injustificado de 407 dias;

b. O acidente sucedido durante a execução com uma viatura particular

que, apesar de não ter prejuízos humanos, contribuiu de forma

grave para por em causa a capacidade de gestão da Câmara

Municipal, uma vez que este ocorreu já muito posteriormente ao fim

do prazo de conclusão regulamentar da obra, tendo ainda sido posta

em causa a eficácia da sinalização;

c. O acidente com o Munícipe que apresentou reclamação formal ao

Município pelo facto da sinalização (colocada em sede de

empreitada) não se encontrar à altura regulamentar, o que lhe terá

provocado um ferimento pessoal.

Tendo em linha de conta, por um lado, a atenuante e constatação referidas no

ponto 2 e, por outro, os fundamentos que suportam a incontornável obrigação da

aplicação da multa por violação do prazo contratual, estimam-se os prejuízos

directos no valor de 30,00€/dia, justificando-se a sua aplicação apenas aos dias

de efectivo inconveniente (90 dias).

Neste contexto, tendo por base a prerrogativa decisória prevista no artigo 201º, do

Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março, parece aceitável a redução do valor da multa

para um “montante considerado adequado”, em conformidade com a justificação

apresentada, perfazendo o valor de 2.700,00€ (90 dias x 30,00€).

À consideração Superior

Gouveia, 17 de Março de 2010

(O Chefe de Divisão de I.A.)

António Manuel Monteiro Mendes”

Assim sendo, deliberou a Câmara, por unanimidade e em minuta de modo a

produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99,

de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 –

A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à homologação da presente Informação

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36

Técnica, autorizando a redução do valor da multa para um “montante considerado

adequado”, em conformidade com a justificação apresentada, perfazendo o valor

de 2.700,00€ (90 dias x 30,00€). - - - - 6.2) EMISSÃO DE CERTIDÃO DE DESTAQUE:- De António Simões

Nogueira, contribuinte n.º 124982182, residente na Travessa da Lage, na

Freguesia de Lagarinhos, Concelho de Gouveia, vem requerer a emissão de

certidão em como uma parcela de terreno, com a área de 964 m2, sita no lugar da

“Ponte Pedrinha”, na Freguesia de Lagarinhos, Concelho de Gouveia, descrito na

Conservatória do Registo Predial de Gouveia sob o n.º 144/19890309 e inscrito na

matriz predial respectiva sob o n.º 45, se encontra nas condições previstas no n.º

4 do art.º 6.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redacção

introduzida pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro. – Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. - - - - 6.3) EMISSÃO DE CERTIDÃO DE DESTAQUE:- De António Tavares

Sousa, contribuinte n.º 141851384, residente na Rua Manuel da Costa Morgado,

n.º 6 – A, na Freguesia de Vila Nova de Tazem, Concelho de Gouveia, vem

requerer a emissão de certidão em como uma parcela de terreno, com a área de

2.524 m2, sita no lugar de “Tapadas”, na localidade de Tazem, Freguesia de Vila

Nova de Tazem, Concelho de Gouveia, descrito na Conservatória do Registo

Predial de Gouveia sob o n.º 1729/20000217 e inscrito na matriz predial

respectiva sob o n.º 3758, se encontra nas condições previstas no n.º 4 do art.º

6.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redacção introduzida

pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro. – Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. - - - - 6.4) PEDIDO DE INFORMAÇÃO PRÉVIA:- De Maria Emília Gonçalves

Silvestre Póvoas Pereira, contribuinte n.º 180889176, residente no Bairro da

Serrã, na Freguesia de Arcozelo da Serra, Concelho de Gouveia, vem, na

qualidade de proprietária, solicitar nos termos do art.º 14.º do Decreto-Lei n.º

555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º

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37

60/2007, de 4 de Setembro, informação prévia sobre a viabilidade de de

ocupação de um espaço existente – garagem – para a instalação de uma unidade

de confecção de sobremesas, no local designado de “Pomar ou Ponte dos

Cavaleiros”, na Freguesia de Arcozelo da Serra, Concelho de Gouveia. – Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. - - - - 6.5) ALTERAÇÃO DE LOTEAMENTO:- De Rui Manuel Lopes Pais,

contribuinte n.º 204754321, com a morada postal na Rua Dr. António Mendes n.º

79, na freguesia de Vila Nova de Tazem, concelho de Gouveia, vem na qualidade

de proprietário, ao abrigo do n.º 8 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16

de Dezembro, com a redacção dada pela Lei n.º 60/2007, de 16 de Dezembro,

requerer a alteração ao Lote 14, do Loteamento do Agro, com o alvará de

loteamento 2/90, naquela freguesia, deste concelho, de forma a ser possível o

licenciamento de um anexo com uma área de implantação de 30,00 m2. - Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. - - - - 6.6) RECEPÇÃO PROVISÓRIA DE LOTEAMENTO:- De António Marques

Oliveira, contribuinte n.º 147246040, residente na Av.ª Nossa Senhora do Bom

Sucesso, n.º 14, na freguesia de Porto da Carne, concelho da Guarda, vem na

qualidade de proprietário, requerer a recepção provisória das obras de

urbanização efectuadas no Loteamento Urbano com o Alvará 2/2008, sito no local

de “Carvoeiros ou Corga”, na freguesia de Vila Nova de Tazem, Concelho de

Gouveia. - Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. - - - - 6.7) INFORMAÇÃO SOBRE OS PROJECTOS APRECIADOS NA SEMANA DE 2010/02/19 a 2010/03/18: ARQUITECTURA:- De António Jacinto Morais Nunes, de Ribamondego, para

Construção de Arrumos Agrícolas; De Carlos Alberto Tente Rodrigues, de

Aldeias, para Reconstrução de Moradia; De Fernando Avelino Saraiva Nogueira,

de Paços da Serra, para Construção de Moradia Geminada; De Fernando Avelino

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38

Saraiva Nogueira, de Paços da Serra, para Construção de Moradia Geminada; De

Jerónimo Silvério Henriques Ramos, de Ribamondego, para Construção de

Moradia; De Maria de Lurdes Perfeito dos Santos, de Vinhó, para Reconstrução e

Ampliação de Edifício destinado a Hotel Rural; De Paulo Jorge Oliveira

Cantarinha, de Folgosinho, para Reconstrução e Ampliação de Moradia; De Maria

Helena Vasconcelos Alpoim M. Pinheiro, de Gouveia, para Alteração ao Projecto

Inicial; De Aurora Pires Moreira, de Figueiró da Serra, para Alteração ao Projecto

Inicial; De João do Rosário Simão, de Lagarinhos, para Reconstrução de Moradia;

De Marco André Cardoso Marques, de Folgosinho, para Reconstrução e

Ampliação de Edifício destinado a Habitação; De Joaquim Tenreiro Vieira, de

Folgosinho, para Alteração e Ampliação de Edifício destinado a TER-Casa de

Campo. – Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. ESPECIALIDADES:- De António Daniel do Vale Martins, de Vinhó, para

Construção de Arrumos Agrícolas; De José Manuel Tinoco de Almeida, de São

Paio, para Alteração ao Projecto Inicial de Construção de Arrumos Agrícolas; De

José dos Santos Duarte Guerrinha, de Folgosinho, para Reconstrução de Edifício

destinado a Alojamento Local; De João Daniel Cardoso Roberto, de São Paio,

para Reconstrução e Ampliação de Moradia; De Manuel Alberto Andrade Pereira,

de São Paio, para Reconstrução de Moradia; de Rui Manuel de Oliveira Fonseca,

de São Paio, para Reconstrução e Ampliação de Edifício destinado a Garagem e

Arrumos. – Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. APROVAÇÃO GLOBAL:- De Isabel do Carmo Henriques Alves Redondo, de

Gouveia, para Alteração ao Projecto Inicial de Construção de Moradia; De Maria

do Carmo Matos André, de Vila Nova de Tazem, para Reconstrução de Edifício

destinado a Arrumos; De TMN - Telecomunicações Móveis Nacionais, de Aldeias,

para Instalação das infra-estruturas de suporte da estação de radiocomunicações;

De Natércia de Almeida Dias Henriques, de Póvoa da Rainha, para Alteração ao

Projecto Inicial; De Paulo Cipriano Fernandes Lopes Sousa, de Gouveia, para

Construção de Telheiro; De Pedro Sebastião Arcanjo Saraiva, de Gouveia, para

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Reconstrução e Ampliação de Moradia. – Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos.

7. RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA - - - - Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria número 54, referente ao dia

dezanove de Março, pelo qual se verifica a existência dos seguintes saldos: Em Operações Orçamentais – Seiscentos e setenta e seis mil, duzentos e vinte e

seis euros e cinco cêntimos (€676,226,05); Em Documentos – Sessenta e cinco

mil, novecentos e vinte e nove euros e quarenta e nove cêntimos (€65,929,49). - - - - Nos termos da legislação em vigor, ratificou a Câmara a realização de

despesas a que se referem as requisições números 196 a 314, bem como os

pagamentos no montante de oitocentos e vinte e três mil, seiscentos e sessenta e

quatro euros e trinta e quatro cêntimos (€823.664,34) a que se referem as Ordens

de Pagamento números, 129, 171, 317, 337, 364, 428, 475, 494, 495, 498, 504,

506 a 563, 565 a 575, 578 a 595, 597 a 660, 661/1 a 661/6, 662/1 a 662/5, 663/1

a 663/7, 664/1 a 664/3, 665/1 a 665/5, 666/1 a 666/3, 667/1, 667/2, 668/1 a 668/7,

669/1 a 669/6, 670/1 a 670/4, 671/1 a 671/5, 672/1 a 672/4, 673/1 a 673/6, 674/1

a 674/4, 675/1, 675/2, 676/1 a 676/3, 677/1, 678 a 754, 756 a 853, 855 a 871.

8. PRESENÇA DE PÚBLICO - - - - Dirigiu-se à reunião de Câmara o Senhor Francisco Cipriano, tendo o

Senhor Presidente da Câmara pedido previamente desculpas e a sua

compreensão para que fosse breve, tendo-se iniciado mais cedo a reunião,

porquanto às 17 horas o Senhor Dr. Mário Soares estará na Guarda a fim de fazer

uma conferência no âmbito do I.º Centenário da República, na qual o Senhor

Presidente gostaria de estar presente por razões óbvias, tendo o Senhor

Francisco Cipriano referido que pretendia colocar umas questões ao Senhor

Presidente e ao Senhor Vice-Presidente.

O Senhor Presidente respondeu que hoje o Senhor Vice-Presidente não estará

presente pelo que se porventura, não lhe for prejudicial, solicitava-lhe que as

colocasse na próxima reunião de Câmara.

O Senhor Francisco Cipriano concordou, dizendo que os seus interesses já

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estavam há muito tempo prejudicados e, considerando-se uma pessoa de diálogo

e compreensão, se retiraria. Para além disse pretendia fazer umas perguntas ao

Senhor Vice-Presidente porque considera que na acta da reunião onde esteve

presente houve omissão de algumas coisas que ele disse e gostava de voltar a

colocar as mesmas perguntas para ficar completamente esclarecido.

O Senhor Presidente disse ainda que tem duas modalidades para o fazer de entre

outras: ou se reune com ele ou pode voltar a uma próxima reunião de Câmara.

A Chefe de Divisão

A Câmara Municipal