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RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2000 RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2000 4 Métodos de Recuperação Carlos Alberto Monge Grande parte, senão a maioria, dos sinis- tros que ocorrem em edificações acontecem sem que haja colapso, tanto parcial como total, felizmente. A natureza física da ação múltipla que existe nas armaduras do con- creto pode ser o fator contribuinte para a resiliência das peças estruturais. Entretan- to, os métodos construtivos, os tempos exi- gidos entre cada etapa da obra, os graus de redundância, articulações e contenções ex- ternas podem criar efeitos secundários ca- pazes de iniciar ou impedir a ruína de uma estrutura. Podemos ter durante a vida da estrutura a ocorrência de incompatibilida- de entre os materiais empregados, erros, tan- to de projeto quanto de execução, que pas- saram despercebidos antes e durante a obra ou mesmo condições ambientais que afeta- rão a edificação, podendo conduzi-la ao in- desejável estado de ruína. Por exemplo, a presença de grandes fissu- ras e trincas em peças de concreto armado é, normalmente, indicação de tensões anor- mais localizadas. É o caso das trincas verti- cais que ocorreram nos pilares de três edi- fícios que compõem um condomínio situa- do na capital de São Paulo. Os três blocos de edifícios, com vinte e cinco andares cada, têm cerca de 30 anos e possuem ao todo quarenta e oito pilares de sustentação. O diagnóstico Este caso é uma prova clara de que revesti- mentos mascaram a situação de estruturas sintomáticas. Os pilares da edificação, com- postos por seção variável em “V” de con- creto armado, foram submetidos a um tra- balho meramente estético de remoção do 48 pilares Com um mínimo de interrupção, três blocos de edifícios tiveram seus pilares reforçados com fibra de carbono. A situação dos pilares com trincas e fissuras verticais é evidenciada neste exemplo.

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RECUPERAR • Novembro / Dezembro 20004 RECUPERAR • Novembro / Dezembro 20004

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Carlos Alberto Monge

Grande parte, senão a maioria, dos sinis-tros que ocorrem em edificações acontecemsem que haja colapso, tanto parcial comototal, felizmente. A natureza física da açãomúltipla que existe nas armaduras do con-creto pode ser o fator contribuinte para aresiliência das peças estruturais. Entretan-to, os métodos construtivos, os tempos exi-gidos entre cada etapa da obra, os graus deredundância, articulações e contenções ex-ternas podem criar efeitos secundários ca-pazes de iniciar ou impedir a ruína de umaestrutura. Podemos ter durante a vida daestrutura a ocorrência de incompatibilida-de entre os materiais empregados, erros, tan-to de projeto quanto de execução, que pas-saram despercebidos antes e durante a obraou mesmo condições ambientais que afeta-rão a edificação, podendo conduzi-la ao in-desejável estado de ruína.Por exemplo, a presença de grandes fissu-ras e trincas em peças de concreto armadoé, normalmente, indicação de tensões anor-mais localizadas. É o caso das trincas verti-cais que ocorreram nos pilares de três edi-fícios que compõem um condomínio situa-do na capital de São Paulo. Os três blocosde edifícios, com vinte e cinco andares cada,têm cerca de 30 anos e possuem ao todoquarenta e oito pilares de sustentação.

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Este caso é uma prova clara de que revesti-mentos mascaram a situação de estruturassintomáticas. Os pilares da edificação, com-postos por seção variável em “V” de con-creto armado, foram submetidos a um tra-balho meramente estético de remoção do

��������Com um mínimo de interrupção, três blocos de edifícios tiveram seus pilaresreforçados com fibra de carbono.

A situação dos pilares com trincas e fissuras verticais é evidenciada neste exemplo.

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Fax consulta nº 328

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A tecnologia da injeção com poliuretano hidroativado PH Flexataca, de maneira profunda, a água de onde quer que elavenha. Assim, infiltrações em galerias e paredes de barra-gens, paredes diafragma, minações d’água, pisos e poços deelevadores, galerias, metrôs e vazamentos em castelos d’águasão resolvidos direta e profundamente, sem chance de retor-no. Para sempre!

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seu antigo revestimento, percebendo-se en-tão a existência de trincas verticais maisou menos situadas no meio da seção das pe-ças. A causa deste sério sintoma foi atribu-ída, pelos calculistas, aos dois pilares quenascem a partir do primeiro pavimento e quedescarregam nos pilares com seção em “V”situados no nível térreo. Este sistema de atu-ação de cargas, naturalmente em função dageometria das peças, provocou a surgênciade trincas, motivado por provável deficiên-cia na armação no topo dos pilares com se-ção em “V”.

Fax consulta nº 433

A seção variável em concreto armado típicodos pilares de edificação.

As trincas e fissuras foram injetadas antes dotrabalho de reforço.

Continua na pág. 15

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A impregnação do tecido de fibra de carbono com epóxi estruturante.

A preparação da fibra de carbono paracorte.

O corte da fibra de carbono sendo execu-tado.O corte da fibra de carbono sendo execu-tado.O corte da fibra de carbono sendo execu-tado.

A preparação do epóxi estruturante.A preparação do epóxi estruturante.A preparação do epóxi estruturante.

A preparação da fibra de carbono paracorte.A preparação da fibra de carbono paracorte.

A modificação da seção variável dos pila-res. Utiliza-se forma e micro-concreto.A modificação da seção variável dos pila-res. Utiliza-se forma e micro-concreto.A modificação da seção variável dos pila-res. Utiliza-se forma e micro-concreto.

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Casos como este impõem medidas correti-vas imediatas, passando-se por cima de umapossível exigência da verificação da taxade abertura das trincas, o que foi feito comum sistema de reforço com peças metálicasem forma de anel, abraçando-se os 48 pila-res.

Aplicação do rolo tira bolhas sobre o tecido já aderido no substrato pela aplicação do epóxiestruturante. Foram utilizadas cerca de 6 camadas, em média, nos diversos níveis da alturados pilares.

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����Fax consulta nº 412

Imediatamente a seguir, executaram-se serviços de injeção epóxi-ca nas trincas e fissuras existentes, de modo a promover-se a mo-nolitização das peças. Antes, foi verificada a situação das barrascom relação a um possível estado de corrosão, não confirmado.A partir daí, com a estrutura aparentemente segura, procederam-seos cálculos de estabilidade dos pilares, chegando-se a uma soluçãopela correção da seção variável dos pilares com execução de for-ma, aplicação de agente de colagem epóxico seguido da utilizaçãode micro-concreto.O reforço propriamente dito foi feito com aplicação de fibra decarbono ao longo das várias seções dos pilares, totalizando cercade seis camadas por seção.Após a aplicação da última camada de fibra de carbono, aspergiu-se areia de quartzo de modo a permitir a aderência do chapisco.

Os diversos níveis de aplicação do reforço com fibra de carbono.

Situação típica de um pilar já reforçado com fibra de carbono, espe-rando o tempo de cura de 7 dias para remoção do antigo reforço metá-lico existente.

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Rua Aquinos, 111 - São Paulo - CEP 05036-070fones: (11) 861-0833 / 861-0677 - fax: (11) 861-0170internet: http://www.falcaobauer.com.bre-mail: [email protected]: INMETRO E IBQN

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Posteriormente, foi feito um enchimento, demodo a restituir a geometria original dospilares.

Para ter mais informaçõessobre

Métodos de recuperação.Click aqui:

http://www.recuperar.com.br

Fax consulta nº 458

A remoção do reforço com estrutura metálica em andamento...

...e o pilar no processo de acabamento.

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• Carlos Alberto Monge é engenheiro civil, es-pecialista em serviços de recuperação.

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O relato de casos é, sem dúvida, uma parteimportante na literatura da engenharia, jáque apresenta aspectos importantes que de-vem cair no conhecimento público, de modoa serem conhecidos e, naturalmente, evita-dos. Muito embora possam causar embara-ços ou controvérsias, é essencial para a re-dução de casos problemáticos ou litigiosos.O problema ocorrido em uma laje situadaem uma concessionária de automóveis, noRio de Janeiro, é um desses casos de vitalimportância para o meio construtivo poisevidencia, tecnicamente, numa seqüêncialógica, uma técnica de reforço interessante,um litígio, uma prova de carga que ofereceprovas do reforço e, finalmente, reforçosadicionais.

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Uma laje, em concreto armado convencio-nal, com 176m2 (19,35m de comprimentopor 9,10m de largura) apoiada em vigasperiféricas, foi concebida originalmentepara atender a uma sobrecarga de 200kg/m2. Com pouco mais de dois anos de uso,sofreu uma deformação crescente, que che-gou a cerca de 150mm em seu centro, devi-do a erros de projeto, interrompida com trêslinhas de escoramentos. O sistema de esco-ramento teve que ser extendido ao 1º e 2ºandares e subsolos para não causar danosàs lajes inferiores.

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A obra, executada pela empresa de recupe-ração, baseou-se essencialmente num refor-ço à flexão com fibra de carbono no fundo

Joaquim Rodrigues

Veja como em um serviço de reforço estrutural, que teve um concreto mau dosadopor concreteira famosa, a fibra de carbono teve papel fundamental.

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A laje reforçada e o posicionamento da fibra de carbono.

A laje após o reforço com fibra de carbono. Repare que o posicionamento das escoras foipaulatinamente alternado devido a interferência com os locais de colagem da fibra de carbono.

PLANTA DE DISTRIBUIÇÃO DAS FIBRASFACE INFERIOR DA LAJEESC.1:100

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da laje e uma zona de compressão com aexecução de uma laje sobre a existente. Asdiretrizes especificadas pelo projetista fo-ram as seguintes:• Retirada total do contrapiso argamassa-

do existente, que em algumas regiõeschegou a uma espessura de 15cm, desco-brindo-se totalmente a laje deformada.

• Execução de macaqueamento, o que foifeito gradualmente com as três linhas deescoras. Todas as deformações na laje fo-ram retiradas, obtendo-se contraflexas emtorno de 10mm no centro da laje.

• Apicoamento de toda a face superior dalaje, aprofundando-se cerca de 0,5cm.

• Execução de cavas com dimensões de15X15X10cm espaçadas a cada 2,00m de

Parece difícil recuperar...

...a ARCANO recupera.

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A ARCANO Engª é especializada na arte de recuperar

concreto armado. Nossa especialidade é o reforço es-

trutural com fibra de carbono e a utilização de resinas

de baixa viscosidade no tratamento de trincas e fissuras.

Utilizamos proteção catódica para interromper a cor-

rosão no concreto armado e protendido. Consulte-nos

hoje mesmo.

modo a fazer a interligação da futura pla-ca de reforço a ser posta sobre a laje.Nestas cavas, imediatamente antes daconcretagem da nova placa, foi aplicadoepóxi para favorecer a colagem.

• Aplicação de malha cruzada formada porduas camadas superpostas de fibra de car-bono na região inferior da laje e nas vi-gas periféricas.

• Após a aplicação e cura (7 dias) da etapaanterior, foi projetada a aplicação de umamalha de ferro CA50A sobre a laje. Umainferior com ferro de 16mm posicionadanas duas direções e uma superior, forma-da com tela.

• Execução de placa de concreto comespessura de 6cm, ut i l izando-se

fck > 35Mpa. O objetivo desta placa foiformar uma camada de compressão. Ime-diatamente antes da concretagem, satu-rou-se a superfície da antiga laje comágua, aplicando-se uma calda de cimentocom polímero acrílico para servir de agen-te de colagem.

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Durante os serviços de reforço, preconiza-dos de acordo com os itens anteriores, aconstrutora mantinha, adicionalmente, umaempresa de controle tecnológico junto a derecuperação para conferir os materiais uti-lizados na obra. Durante a concretagem,foram moldados duas séries de 3 corpos de

A mistura do epóxi estruturante. A aplicação do epóxi estruturante na fibra de carbono.

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prova para conferir a resistência exigida de35Mpa.Passados 28 dias após a execução do refor-ço, os corpos de prova moldados pelo con-trole tecnológico deram como resultados osvalores de rompimento de 27,28 e 29MPaapenas, o que fez com que a empresa res-ponsável pelo projeto ordenasse, imediata-mente, um novo escoramento.

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A concreteira, que tem ISO 9001, diante dosresultados, aceitou fazer testes adicionaisde esclerometria e, principalmente, extra-ção de corpos de prova, através de uma ou-tra empresa de controle tecnológico, no in-tuito de rebater a insuficiência de resistên-cia à compressão obtida. Feitos os examesadicionais, obteve-se o valor médio (e in-suficiente) de 28MPa. O projetista optoupela demolição da laje feita com o concretoda concreteira ou que ela executasse umaprova de carga, o que não foi cumprido pelaconcreteira, que tinha como argumentos osseus dois corpos de prova, rompidos aos 28dias, com resultado de incríveis 36,3 e35,3MPa. A construtora, com pressa ementregar a obra, solicitou a uma empresaespecializada a execução de uma prova decarga para conferir a situação suporte da lajepara a carga de 600kg/m2.

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A prova de carga foi feita com base nas re-comendações da norma brasileira NBR-9607 e da norma alemã DIN-1045. O car-regamento foi materializado através damontagem de 3 “piscinas” d’água, confec-

A prova de carga atingindo o último estágio de carregamento. Sobrecarga máxima atingida de600kg/m2.

cionadas com lona plástica e estrutura su-porte de madeira. Efetuada em 16 estágios,as etapas de carregamento e descarregamen-to foram feitas de forma progressiva comincremento de carga não superior a100kg/m2. O intervalo entre cada estágio decarregamento foi de 15 minutos, sendo nesteperíodo, efetuadas duas leituras em cadaaparelho, ou seja, uma imediatamente apósser atingida a carga plena (flecha instantâ-nea) e outra 15 minutos após a primeira lei-tura. As deformações ou deslocamentosmedidos com deflectômetros de 0,01mm desensibilidade foram analisados através degráficos carga X deformação e deformaçãoX tempo. A estrutura ficou submetida a car-

ga plena durante 24 horas, após o que fo-ram lidos todos os deslocamentos verticaismáximos (deflexões máximas) decorrentesda carga aplicada. Em seguida, procedeu-se à retirada do carregamento, também emetapas. Os trabalhos tiveram início em 8 dedezembro de 2000 e foram concluídos em15 de dezembro.

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No decorrer da prova de carga, após 14 ho-ras com a carga plena de 600kg/m2, a vigaV11a apresentou fissuras e trincas em suaslaterais, nas proximidades dos apoios e aolongo de seu comprimento. A região infe-

O reforço no fundo da viga V11a. A aplicação da fibra de carbono na laje.

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rior da laje e a viga, submetidas ao reforçocom fibra de carbono não apresentaramqualquer anormalidade. No quadro, abaixoapresentado, observa-se que as deflexõesresiduais obtidas após 24 horas do descar-regamento ficaram abaixo do limite esta-belecido pela norma DIN 1045.O parecer da empresa de consultoria queexecutou a prova de carga manifestou quea laje ensaiada apresentava suficiente graude segurança para absorver uma sobrecar-ga distribuída de até 600kg/m2.

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O projetista, de posse do resultado da pro-va de carga, decidiu fazer reforço adicionalna viga V11a, tanto à cortante quanto à fle-xão, utilizando a técnica da fibra de carbo-no. Para a primeira situação, aplicou-se afibra transversalmente às trincas surgidaspróximo aos apoios. Para aumentar aindamais a resistência aos esforços de flexão,decidiu aderir mais uma camada de fibrade carbono no fundo da viga.

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Após a obra restou o litígio entre a constru-tora e a concreteira, que nada tem a contes-tar, já que esta última deveria assumir queforneceu um concreto com resistência in-ferior ao comprado (pago antecipadamen-te) ou vendeu um produto que não foi oque a construtora comprou. Trata-se de um

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A disposição dos deflectômetros sob a laje e vigas periféricas.

A 2ª camada sendo aplicada na região inferi-or da viga V11a.

PLANTAESC.1:100

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V2b - 20x60

P17c60x25

V11a

- 20

x70

D6

700

D1 D2 D3

D4

D5

V2c

P18c50x25

V2d

P19c60x25

V2e

V12

- 12x

40

PE315x60

V13

- 15x

40

P30c50x25

130

P39c45x30

1770

P38c45x30

85 V6b - 20x60 V6c

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Vista dos deflectômetros nº 1 e 6 - posicionados sob a região inferior da laje e da viga V11a, respectivamente.

Em detalhe os deflectômetrosnº 2 e 5, posicionados no cen-tro geométrico da laje e a 1/4,respectivamente.

Em detalhe os deflectômetrosnº 2 e 5, posicionados no cen-tro geométrico da laje e a 1/4,respectivamente.

Em detalhe os deflectômetrosnº 2 e 5, posicionados no cen-tro geométrico da laje e a 1/4,respectivamente.

O reforço, para esforços de cizalhamen-to, feito com fibra de carbono, nos can-tos da viga V11a.

O reforço, para esforços de cizalhamen-to, feito com fibra de carbono, nos can-tos da viga V11a.

O reforço, para esforços de cizalhamen-to, feito com fibra de carbono, nos can-tos da viga V11a.

Nesta foto o registro da surgência detrincas inclinadas na viga V11a, após 14horas de carga plena.

Nesta foto o registro da surgência detrincas inclinadas na viga V11a, após 14horas de carga plena.

Nesta foto o registro da surgência detrincas inclinadas na viga V11a, após 14horas de carga plena.

O estado de fissuramento na viga V11adurante o carregamento, sob outro ân-gulo.

O estado de fissuramento na viga V11adurante o carregamento, sob outro ân-gulo.

O estado de fissuramento na viga V11adurante o carregamento, sob outro ân-gulo.

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• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil, mem-bro de diversos institutos nos EUA, em assun-tos de patologia da construção. É editor e dire-tor da RECUPERAR, além de consultor técni-co de diversas empresas.

Para ter mais informaçõessobre Técnicas de Recuperação.

Click aqui:http://www.recuperar.com.br

Fax consulta nº 460

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Fax consulta nº 412

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ato de lesão ao consumidor que, natural-mente, foi parar no tribunal. Para esta situ-ação existe um segmento denominado en-genharia forense que nada mais é do que aaplicação de princípios técnicos na investi-gação de estados de ruína ou de problemasde comportamento de estruturas ou de ma-teriais. A palavra “forense” significa forumpúblico, advogados e engenheiros especi-alizados, principalmente em patologia daconstrução, entram em cena para disputaruma ação. Neste caso, as evidências da con-creteira são insuficientes já que ensaios pos-teriores comprovaram a insuficiência da re-sistência. Justificativas de que no dia da obra

havia chovido e poderia comprometer oscorpos de prova ou de que a laje é apenasum enchimento (a função da laje é dar zonade compressão ao reforço) são insuficien-tes.

Fax consulta nº 459

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O propósito da boa interpretação dos po-tenciais de corrosão obtidos em estruturade concreto armado ou protendido visa oprofundo conhecimento dos sintomaseletroquímicos existentes, podendo se de-cidir com isto onde serão realizados os ser-viços de interpretação deste sério proble-ma. Dever-se-á observar, antes de procederao o teste com a semi-pilha, algumas parti-cularidades com relação à estrutura a seranalisada, pois poderão interferir nas leitu-ras, obtendo-se, desta forma, valores inco-erentes.• A superfície do concreto, nas regiões onde

será feito o teste, não deverá apresentardesplacamentos ou trincas.

• É necessário que haja continuidade elé-trica entre as barras das armaduras da es-trutura.

• O teste deverá ser executado em um diaconsiderado típico. Por exemplo, evitar-se-á a situação de estruturas molhadas ouúmidas, devido a chuvas que tenham ca-ído na véspera.

A análise com a semi-pilha nos dá uma in-dicação momentânea do equilíbrio existen-te no estado de corrosão ao longo das ar-maduras, que muda, efetivamente, à medi-da que a umidade e outros fatores são alte-rados. Todo e qualquer processo de corro-são deflagrado ao longo das armaduras serádetectado pelos potenciais da semi-pilha, anão ser que este processo seja ainda muitoinsipiente. Em certos casos, as carepas decorrosão formadas, tanto de magnetita quantohematita (pois possuem estrutura de porossemelhantes) formarão um escudo ao circuitoexistente, impedindo a medição dos poten-ciais. Neste caso, estaremos medindo os po-

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RECUPERAR • Novembro / Dezembro 200022

Carlos Alberto Monge

A corrosão do aço ocorre em estágios. Cada um deles requer um suprimento adicional deoxigênio.

tenciais da magnetita, que é um óxido está-vel, iludindo o operador da semi-pilha já queos potenciais deste metal não sugerem cor-rosão. Esta situação não é fácil de ser obser-vada. Logo, torna-se importante abrir “jane-las”, de modo a checar o produto da corro-são. Naturalmente, os potenciais levantadosvariam de estrutura para estrutura e devemser avaliados individualmente.

• De modo geral, os íons de ferro dissolvi-dos podem permanecer em solução nosporos do concreto ou percolarem atravésdas fissuras e trincas em direção à super-fície da estrutura, onde reagirão com ooxigênio do ar para formar aquela famo-sa mancha de ferrugem marrom/verme-lha (hematita). Por outro lado, poder-se-á ter processos de corrosão absolutamen-

������������������������������������������������Mais dicas práticas de como detectar corrosão em estruturas de concreto armado eprotendido.

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RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2000 23Fax consulta nº 351 ���������

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te aprisionados ao longo das armaduras,somente tornando-se aparente pelasurgência de trincas na superfície do con-creto. Esta segunda situação, é claro, émais prejudicial à estrutura porque inva-riavelmente ocorre com perda de seçãonas armaduras. Uma situação típica sãoas juntas de dilatação de nossas pontes eviadutos que, invariavelmente, deixampassar água da chuva, desencadeando pro-cessos invisíveis de corrosão na zona defretagem dos pilares, nas laterais das tra-vessas e vigas, podendo chegar a taxasde corrosão localizadas superiores a10mm de seção das armaduras por ano.Os vários estágios de corrosão das arma-duras são apresentados na figura da pági-na anterior.

• Quando o concreto apresenta-se seco, osprodutos de corrosão permanecem na su-perfície das armaduras, sendo oxidadosali. Quando isto ocorre, já sabemos queoriginar-se-ão tensões superiores a que oconcreto pode resistir, devido ao aumen-to do volume das barras de aço, ocorren-do trincas na zona de recobrimento doconcreto. O nível ou grau de corrosãonecessário para produzir trincas na cama-da de recobrimento dependerá do diâme-tro das armaduras, da espessura do reco-brimento, da resistência e da porosidadedo concreto. Como regra geral, poder-se-

Nossa experiência em pisos epóxicos para indústrias começou há 33 anos atrás. Nossa especialidade sãoos pisos sujeitos a ataque químico severo e a grande trabalho de abrasão.

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Fax consulta nº 430

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A investigação dos potenciais de corrosão, com o objetivo do mapeamento dos sintomas, em uma vigacaixão sobre o pilar em um viaduto.

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á usar a relação entre o diâmetro das ar-maduras e a espessura do recobrimentocomo guia. Por exemplo, com uma rela-ção igual a 0,5, poder-se-á ter uma pro-fundidade de corrosão na armadura emtorno de 0,1mm, suficiente para trincasde recobrimento.

Isto significa que, caso tenhamos uma taxade corrosão tão pequena quanto 0,01 mm/ano, poderemos ter a surgência de trincasna surperfície do concreto dentro de 10 anos.

Quando avaliamos os efeitos da corrosão,torna-se importante analisar sua relação pro-dução/quantidade dos produtos de corrosãoformados. A umidade do concreto e a pos-sibilidade de haver surgência de corrosãopor pites ou mesmo generalizada, ao longoda superfície da armadura, poderão ser par-cialmente determinadas tanto pela análisedas barras afetadas quanto pela resistênciaelétrica do concreto (resistividade). Se es-tivermos analisando a condição de surgênciade corrosão por pites, dever-se-á consideraro histórico das condições do ambiente, o quepoderá ser feito tanto investigando a possí-vel fonte de cloretos (ou o local de maiorevidência) e de outros contaminantes, comoo nível de molhagem do concreto. Dever-se-á perceber se houve mudanças nas condi-ções de exposição de estrutura, tipo respin-gos que estejam caindo de um novo telhadoconstruído. Quando analisamos uma estru-tura de concreto absolutamente seca, torna-se necessário conhecer a planta de armação(diâmetro e comprimento das barras) e a es-pessura de recobrimento do concreto, antesde expormos os resultados dos potenciaisobtidos. Em estruturas sujeitas a molhação

Fax consulta nº 358

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problemas, causas e soluções.

Poder-se-á adaptar hastes ao eletrodo, de modo a facilitar a busca dos potenciais.

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constante e com sintomas de trincas e corro-são, torna-se obrigatória a abertura de “jane-las”, seguindo-se uma análise visual apura-da, particularmente nas juntas de dilatação.

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O mapeamento dos potenciais não deveráser feito em locais onde há incidência evi-dente de corrosão (aparente e séria) pelosseguintes motivos:• Após a formação dos produtos de corro-

são, formar-se-ão grandes trincas (aber-tura superior a 2-3mm), que quebram aligação eletrolítica em torno da armadu-ra, significando que o aço não possui maiseste tipo de ligação com o concreto, ne-cessário à atuação da semi-pilha.

• Certas formas de carepas de corrosão (es-pecialmente a magnetita) são condutorasde eletricidade, possuindo potenciais si-milares aos metais nobres. Desta forma,obter-se-á uma mistura de potenciais,envolvendo armaduras corroídas emagnetita, tornando imprecisa a análise.

Assim, para evitar estes problemas, dever-se-á limitar o mapeamento dos potenciaisde corrosão a duas situações:• Definindo-se áreas onde as armaduras es-

tejam totalmente cobertas ou protegidasda corrosão pela camada de recobrimentodo concreto. Esta condição é caracteriza-da pela surgência de altos potenciais, istoé, potenciais mais positivos que –50mV(com eletrodo de sulfato de cobre – ESC),podendo-se obter valores tão grandesquanto +150mV ESC. Valores como es-tes ocorrerão apenas onde a interface con-creto/aço não tenha sido afetada, não po-dendo existir qualquer situação que pos-sa comprometer esta condição do concre-to, como por exemplo, uma reatividadeálcali-agregado.

• Limitando-se as áreas onde há corrosãolocalizada, definidas pela surgência dospotenciais mais negativos e por conside-ráveis grandientes de potenciais. Lembra-mos que grandientes de potenciais indi-cam a direção das correntes de corrosão.

Dever-se-á executar as seguintes análisesadicionais, com a semi-pilha, de modo a sedeterminar a situação das áreas onde omapeamento é desaconselhado:• Existe uma grande macro-pilha em torno

da área onde foram levantados os poten-ciais, e esta área é apenas parte do catodo?É o caso, por exemplo, de um pilar semi-enterrado, onde a área do anodo é a ar-madura abaixo do solo (com água) e ocatodo situa-se vários metros acima.

• Há evidência de deterioração no concre-to? Esta estrutura deverá ser analisada emrelação à falta de homogenidade do seuconcreto, reatividade álcali-agregado(RAA) etc. Quando há RAA, normalmen-te apresenta baixos valores de resistênciaelétrica ou resistividade (<5kΩcm).

• A qualidade da proteção do concreto con-tra a corrosão está diminuindo? Dever-se-á fazer testes de carbonotação, clore-tos, resistividade e verificar se há presen-ça de eflorescências na superfície. É in-teressante notar que quando constata-secarbonatação, a resistividade poderá apre-sentar-se alta. A ocorrência da lixiviaçãoda cal (eflorescências brancas na super-

Macropilha em um pilar semi-enterrado: a pri-meira fonte de oxigênio está acima da linhado nível d’água (lençol freático).

CAUSA DA MORTE:

Contaminação por Cloretos

OUTROS FATORES:

Tratamento Inadequado

PROFISSÃO:Gerente de Obras

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Fax consulta nº 402

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RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2000 27

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• Carlos Carvalho Rocha é engenheiro civil, es-pecialista em serviços de recuperação.

• Chess P. and Grovold F. Corrosion Investigation:A Guide to Half-cell Mapping, Thomas Telford,London.

• Dawson, J. L. Corrosion monitoring of steel inconcrete, in Crane A. P. (ed.), Corrosion ofReinforcement in Concrete Construction, TheSociety of Chemical Industry/Ellis Horwood Ltd,.

• Gower, M.R. and El-Belbol, S.M.T. Cathodicprotection of reinforced concrete - which anode?Expected in International Congress, Concrete inthe Service of Manking, Conference 5, ConcreteRepair, Rehabilitation and Protection.

• Pullar-Strecker, P. Corrosion Damaged Concrete- Assessment and Repair, CIRIA, Butterworths.

• Sergi, G. and page, C.L. Advances inelectrochemical rehabilitation techniques forreinforced concrete, Proceedings of UKCorrosion 95, Day 1, SP Conferences.

• Kessler, R.J. Powers, R.G. and Lasa, I.R. “ZincSheet Anodes with Conductive Adhesive forCathodik Protection”. Materials Performance.

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Fax consulta nº 461

Fax consulta nº 271

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O epóxi 28 é a melhor resposta à ação bacteriológica emestações de tratamento de esgoto.

O concreto não resiste à ação do esgoto.O EPÓXI 28 sim.

fície) implica num provável aumento deresistividade, ao passo que o ingresso decloretos sempre irá importar na diminui-ção da resistividade. Quando se encontraaltos teores de cloretos em uma determi-nada região, é comum deparar-se com re-sistividades menores do que 3kΩcm. Po-der-se-á, com base no mapeamento da re-sistividade, estimar os locais onde haverámaiores concentrações de cloretos. Logo,com estas análises e o mapeamento dospotenciais feito dentro de um período detempo significativo, teremos uma visãobastante precisa da situação da estrutura.

• Claro que não poderão faltar aberturas de“janelas” para se verificar o real estadodas armaduras, particularmente perto detrincas e juntas de dilatação, ou onde exis-ta presença de manchas de óxidosferruginosos. O corte do concreto para aexecução das “janelas” poderá ser deaberturas quadradas com 20cm de lado eprofundidade suficiente para análise detoda a seção da armadura, checando-se aaparência dos produtos de corrosão, a re-dução da seção das barras e o tipo de cor-rosão (se por pites ou generalizada).

RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2000 27

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RECUPERAR • Novembro / Dezembro 200030

������ �����������A fibra de aramida chegou para concorrer com a fibra decarbono.

Anualmente uma infinidade de estruturas,sejam de pontes, edificações ou de indús-trias necessitam serviços de reforço ou derecuperação estrutural motivadas por pro-blemas de corrosão nas armaduras, erros oumodificação de projeto ou, simplesmente,por alteração nas cargas atuantes. Desde oinício dos anos 80 uma nova tecnologia dereforço, que utiliza polímeros armados comfibras, vem facilitando a vida das empresasde recuperação. No Brasil, esta tecnologiafoi introduzida a partir da divulgação narevista RECUPERAR nº 11, em 1996, in-formando os benefícios da fibra de carbo-no. Recentes terremotos no Japão, Califór-nia e Itália vieram acelerar ainda mais aadoção desta fantástica tecnologia, particu-larmente em obras de arte, motivado pelafacilidade, rapidez, ausência de interrupçãoe resposta da estrutura, incomparável emrelação aos sistemas tradicionais de refor-ço. Muito já se conhece sobre a utilizaçãoda fibra de carbono, através das inúmerasmatérias divulgadas na RECUPERAR des-de então.Uma nova fibra, a aramida, com caracterís-ticas semelhantes à fibra de carbono, estásendo lançada em nosso mercado de servi-ços de reforço estrutural, aparentemente tra-zendo um pouco mais de vantagens. Estafibra tem o nome comercial de Kevlar.

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Para quem já aplica a fibra de carbono, aKevlar muito se assemelha, exigindo-seessencialmente qualidade na mão de obrade aplicação e na preparação das superfíci-es. Esta fibra é vendida na forma de tecido

Carlos Carvalho Rocha

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RECUPERAR • Novembro / Dezembro 200030

Aplicação da fibra de Kevlar em toda a seção de um pilar de uma ponte.

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RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2000 31

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unidirecional com os nomes AK-60 e AK-40, com larguras de 100, 300 e 500mm. Ocomprimento do rolo para largura de100mm é de 100m, e de 50m para as largu-ras de 300 e 500mm.Não há dúvida de que a fibra de aramidaapresenta benefícios em relação à fibra de

Fax consulta nº 445

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Alta resistência Aumento na capacidade de cargaAlto módulo Deformação limitada

Alongamento na rutura Aumento na dutilidadeTolerância a danos Segurança

Não condutiva Livre da eletro-corrosãoResistente a produtos químicos Durabilidade

Retarda o fogo Alta performance a acidentes

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Peso em gramas/m2 320 450Resistência à tração (projeto) kgf/cm2 21.735 21.735

Módulo à tração (projeto) kgf/cm2 1.242 1.242Espessura em mm 0,193 0,286

Capacidade de carga de projeto/camadade tecido (tf/m) 40 60

Capacidade de carga testada/camadade tecido (tf/m) 55 70

Rigidez de projeto/camada de tecido (kg/mm) 2400 3600

carbono, particularmente pelo fato de quenão conduz eletricidade e para aplicação emtrabalhos subaquáticos. O compósito forma-do pela fibra de aramida e o epóxi torna-sea única opção quando se deseja fazer refor-ços junto à linhas de transmissão ou de co-municação, não oferecendo, por outro lado

RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2000 31

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RECUPERAR • Novembro / Dezembro 200032

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A aplicação de fibras de Kevlar em torno de um tanque de concreto.

RECUPERAR • Novembro / Dezembro 200032

Fax consulta nº 274

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RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2000 33

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• Densidade 1,35 1,53 7,87• Resistência específica 3,6 3 1• Rigidez específica 3,4 4,5 1

1�������������� ��� ���• Tolerância a danos Excelente Pobre Boa• Fragilidade Não frágil Frágil Não frágil• Sensibilidade ao álcalis do concreto Boa Boa Má• Sensibilidade à eletro-corrosão Nenhuma Contribui Sim• Reação ao fogo (durante o evento) Retardante Retardante Não combustível

• Após extinção (estocagem de calor) Baixa Baixa Alta• Amortecimento à vibração Boa Pobre –

4� ������• Manuseio do tecido Fácil Há dificuldades Impossível

4�������5�� !�����• Custo do material Alto Alto Baixo• Equipamento auxiliar Insignificante Insignificante Alto• Mão de obra Baixa Baixa Alta

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interferência eletromagnética às ondas derádio e de instrumentação. Sua resistênciaquímica é excelente, já que não corrói empresença da maioria dos produtos químicos,solventes, combustível, detergentes e quan-do imerso na água do mar.

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Fax consulta nº 279

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Fax consulta nº 462Para ter mais informações

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• Carlos Carvalho Rocha é engenheiro civil,especialista em serviços de recuperação.

• Pinzelli R., The Contribution and Role ofKEVLAR Fibre for External Strengthening andRepair of Concrete structures, Structural Faults& Repair Conference, London.

• Suter R., Jungo D.: Private communication ofpreliminary results on column confinementtesting programme, University of Fribourg(Switzerland).

• Cuninghame J., Sadka B., Fibre ReinforcedPlastic Strengthening of Bridge Supports to

Resist to Vehicle Impact, SAMPE EuropeConference, Paris.

• Denton S., Christie T.J.C. and Powell S.M., TheDevelopment of Design Charts for ColumnStrenghtning Using FRP, Bridge Management4th Conference, Surrey University (UK).

• Andreou E., Delpak R., Chang K. and PinzelliR., The application of Composite based onKevlar for the Strengthening of RC Beams,BCA Conference, Birmingham.

• Oswald C.J., Chang K., Shock Tube Testingon Masonry Walls Strengthened with Kevlar,29th Explosive Safety Seminar. New Orleans.

RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2000 33