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ÍNDICE

Pág.

Prefácio

4

Nota prévia

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Siglas e Acrónimos

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Projetos em implementação em Agrupamentos de Centros de Saúde e Serviços Hospitalares da Região Centro do País (ARSC, IP)

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Violência Doméstica e Serviços de Saúde: acerca da definição de um indicador para os Cuidados Primários de Saúde

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PREFÁCIO

A violência constitui um problema societal que, pela sua transcendência e preventibilidade, configura um problema de Saúde Pública. Não obstante a violência ser (lamentavelmente) inerente à condição humana, pode ser prevenida e o seu impacto reduzido.

Nessa medida, importa priorizar estratégias de âmbito populacional, visando alertar sem alarmar e, desta forma, capacitar a sociedade para este problema. Simultaneamente, há que assegurar os instrumentos para a sua deteção e gestão apropriada, não só no âmbito da população em geral mas também da população jovem (crianças e adolescentes) – uma vez que quanto mais precoce, em termos de grupo etário alvo, uma intervenção em Saúde Pública maiores os seus ganhos potenciais.

Na região Centro, desde há vários anos que a Administração Regional de Saúde tem tido a preocupação de integrar na sua agenda de prioridades a violência doméstica (VD). A título de exemplo de atividades desenvolvidas por esta ARS destacamos:

- A participação no “Grupo Violência: informação, Investigação, Intervenção”, que integra desde a sua formação (2002);

- O apoio dado em 2005 à criação do Serviço de Violência Familiar, no Hospital Sobral Cid;

- A afirmação da violência doméstica, como uma das prioridades em Saúde, no seu Plano de Ação 2006-2008;

- A participação no Projeto de Intervenção em Rede — que decorreu entre maio de 2009 e abril de 2012 — e que

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possibilitou ao nível da região Centro do País a construção de respostas (apresentadas nesta brochura), articuladas e em rede, envolvendo vários agrupamentos de centros de saúde, cuidados de saúde secundários (psiquiatria, urgências e maternidades), bem como, outros setores da comunidade; e

- A definição de um indicador para a VD nos serviços de saúde, presentemente em fase de desenvolvimento, com a finalidade de generalizar a prática do screening da violência doméstica junto dos utentes de toda a região e, simultaneamente, reforçar a sustentabilidade dos vários projetos em implementação, promovendo secundariamente a investigação.

Os projetos aqui apresentados representam um importante contributo para a promoção da saúde e bem-estar dos cidadãos e, no que diz respeito aos serviços de saúde, uma resposta mais efetiva e eficiente à violência societal, na sua vertente doméstica.

A ARS Centro, cônscia do papel dos serviços de saúde ao nível da deteção precoce de situações de VD e da sua prevenção (primordial, primária, secundária e terciária), coloca-se assim na vanguarda da intervenção da saúde na área em Portugal, indo ao encontro das recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Conselho da Europa.

O desafio está lançado: vamos, agora, cumpri-lo!

O Presidente do Conselho Diretivo da ARS Centro, IP José Manuel Azenha Tereso

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NOTA PRÉVIA

Em 1996 a Assembleia Mundial de Saúde, através da Resolução WHA49.25, declarou a violência como um dos principais problemas mundiais de saúde pública, e chamou a atenção para as sérias consequências da mesma, a curto e longo prazo, para indivíduos, famílias, comunidades e países. De registar que, entre outros indicadores, a nível mundial a violência está entre as principais causas de morte de pessoas na faixa etária dos 15 aos 44 anos. Na sequência daquela resolução, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publica em 2002 o primeiro relatório mundial sobre violência e saúde (“World report on violence and health” 1), com vista a ampliar a consciência acerca desta problemática a nível global e a defender que a violência pode ser prevenida. Segundo refere a OMS neste documento, o setor da saúde tem potencial para adotar um papel pró-ativo na prevenção da violência, preferencialmente em cooperação com outros setores, sublinhando também que, “agora chegou a hora de uma ação mais decisiva e coordenada (…) Qualquer coisa a menos do que isso será uma falha do setor de saúde”. (Krug et al., 2002, p. 246).

No Relatório Mundial de Saúde de 20082, “Cuidados de Saúde Primários – Agora Mais Que Nunca”, a OMS volta a sublinhar que a “violência doméstica [VD] tem inúmeras consequências, bem documentadas, para a saúde das mulheres (e das suas

1 Krug, E. G., Dahlberg, L. L, Mercy, J. A., Zwi, A. B., & Lozano, R. (Eds.). (2002). World report on violence and health. Geneva: World Health Organization. 2 Organização Mundial de Saúde. (2008). Relatório mundial de saúde 2008. Cuidados de saúde primários – agora mais que nunca [The world health care report 2008: Primary health care now more than ever]. Geneva: OMS.

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crianças), incluindo ferimentos, síndromas da dor crónica, gravidezes acidentais e não desejadas, complicações da gravidez, infeções sexualmente transmitidas (...) problemas de saúde mental” (p. 49), homicídio e suicídio. Podemos assim mais facilmente compreender porque é que as mulheres que sofrem violência são utentes frequentes dos serviços de saúde (Cuidados de Saúde Primários e Hospitais), e porque é que os profissionais de saúde estão, consequentemente, numa posição privilegiada para identificar e apoiar as vítimas deste tipo de violência, incluindo a sua referenciação para setores e serviços específicos na área da saúde, do judicial e outros.

Não se pode calcular, ao nível do sofrimento e da dor, o custo humano da violência, pois muito deste custo é invisível. A violência familiar / entre parceiros íntimos está associada, de modo significativo, a menor produtividade, a desemprego, a estigma social e a custos acrescidos com a saúde, problemáticas que em muito contribuem para reforçar o agravamento da vitimação.

Sublinha a Organização Mundial de Saúde que a investigação tem mostrado que a maioria das mulheres pensa que os profissionais de saúde “deveriam inquirir sobre violência. Não esperam que eles resolvam o seu problema, mas gostariam de ser escutadas e tratadas de uma forma que as ajude a ganharem a força que precisam para assumirem o controlo das suas decisões” (OMS, 2008, p. 49). Segundo a mesma organização, os profissionais de saúde “têm, muitas vezes, dificuldade em colocar questões às mulheres sobre violência. Falta-lhes tempo, formação e competência para o fazerem corretamente, e mostram relutância em se envolverem em procedimentos judiciais” (OMS, 2008, p. 49).

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Tratando-se de um problema de Saúde Pública, a intervenção dos serviços de saúde — numa perspetiva multidisciplinar, multissetorial e em rede — é fundamental para prevenir a violência ao longo do ciclo vital. Importa pois definir estratégias que nos permitam alcançar tal objetivo.

A Organização Mundial da Saúde (Krug et al., 2002) propõe que, dada a natureza plurifacetada da violência e as suas complexas raízes, os governos e as organizações relevantes devem colocar o enfoque na prevenção a todos os níveis da tomada de decisão - local, nacional e internacional. Ações multissetoriais complementares e coordenadas fortalecerão a efetividade das atividades de prevenção contra a violência. Infelizmente, conforme sublinha a OMS (Krug et al., 2002, p. 244), “em geral a investigação e os esforços de prevenção para os vários tipos de violência têm sido desenvolvidos isoladamente uns dos outros”.

Na Europa, várias medidas têm vindo a ser definidas no combate à violência. No âmbito da União Europeia, a erradicação de todas as formas de violência corresponde a uma das áreas prioritárias constantes da Estratégia Europeia para a Igualdade entre Homens e Mulheres, para o período 2010-2015.

Em Portugal, a par das atividades em implementação no âmbito do IV Plano Nacional contra a Violência Doméstica (2011-2013), o Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM, 2007-2016) tem vindo a desenvolver junto dos profissionais, fundamentalmente do setor da saúde, ações de formação e sensibilização, a par com a disseminação de boas práticas já existentes na área da violência doméstica. Estas iniciativas têm como principal objetivo a futura integração nos Serviços de

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Saúde, incluindo os Serviços Locais de Saúde Mental, de projetos capacitados para responder àquela problemática. Conforme refere a OMS (2008, p. 49), “os prestadores de cuidados de saúde têm, no mínimo, de estar informados sobre a violência contra as mulheres, a sua prevalência e impacto na saúde, quando a suspeitar e qual a melhor resposta”.

Visando contribuir para a eliminação da violência doméstica, nasce em 2009, na região centro, o PROJETO DE INTERVENÇÃO

EM REDE, parceria da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género com a Administração Regional de Saúde do Centro e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra.

Trata-se de um projeto pioneiro, com uma duração de 36 meses (maio de 2009 a abril de 2012), cujas atividades estão enquadradas em três eixos de ação: INFORMAÇÃO, INVESTIGAÇÃO, INTERVENÇÃO. Contou na sua implementação com a colaboração do Grupo Violência: Informação, Investigação, Intervenção3 (Grupo V!!!). No âmbito deste projeto, e colocando o enfoque, entre outras iniciativas, na implementação de redes multidisciplinares e multissetoriais —

3 O Grupo V!!! (http://www.violencia.online.pt), formalmente constituído em 2002, integra atualmente as seguintes instituições do Distrito de Coimbra: Administração Regional de Saúde do Centro; Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Coimbra; Departamento de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Hospital Pediátrico – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC); Delegação do Centro do Instituto Nacional de Medicina Legal, I.P.; Departamento de Investigação e Acção Penal - Coimbra; Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra; Fundação Bissaya Barreto; Gabinete de Apoio à Vítima de Coimbra - APAV; Guarda Nacional Republicana - Coimbra; Hospital Sobral Cid - CHUC; Instituto Nacional de Emergência Médica - Coimbra; Polícia de Segurança Pública – Coimbra; Serviço de Urgência do Hospital Geral, Centro Hospitalar de Coimbra - CHUC.

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onde se pretende que os Serviços de Saúde assumam um papel mais pró-ativo na prevenção/ intervenção da VD — decorreu de 2009 a 2012 um conjunto de ações de formação estrategicamente distribuídas pela (1) Sensibilização, (2) Formação e (3) Supervisão. Tendo como público-alvo os profissionais da área da saúde da região centro4, e visando contribuir para implementação do trabalho em rede nas várias regiões, incluiu também profissionais de outros setores da mesma área geográfica (ex.: Justiça, Forças de Segurança, Apoio Social, Escola), que representam potenciais interfaces na luta contra a VD.

A SENSIBILIZAÇÃO em Violência Doméstica, num total de seis ações de 12H (cada ação subdividida em 2 sessões x 6 horas), teve como principais objetivos: divulgar conceitos básicos e princípios de intervenção na VD; simultaneamente, pretendeu-se motivar estes agentes para a importância da criação de redes multidisciplinares e multissetoriais na prestação de cuidados.

Nas ações executadas concluíram a sensibilização 525 profissionais, excedendo o número inicialmente previsto em candidatura (480). Nestas ações de sensibilização participaram profissionais (ver Quadro 1) de cerca de uma centena de Instituições passíveis de intervir no diagnóstico e encaminhamento de casos de Violência Doméstica — profissionais dos Cuidados Primários de Saúde (ACES, Coimbra Norte e Sul), dos Serviços

4 Tendo em conta os princípios subjacentes à organização do PIR, a área geográfica abrangida pelo mesmo teve fundamentalmente em conta a área de influência dos Serviços de Urgência do Hospital Geral do Centro Hospitalar de Coimbra e dos Hospitais da Universidade de Coimbra. De registar que, desde dezembro de 2011 ambos os serviços integram o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

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Hospitalares (exs.: Serviços de Urgência, Psiquiatria e Obstetrícia), bem como, Forças de Segurança (PSP e GNR), técnicos da Segurança Social e das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) dos concelhos abrangidos, entre outras entidades.

Quadro 1. Participantes das ações de sensibilização

Médicos 55 Advogados 10

Enfermeiros 153 Agentes PSP 39

Assistentes Sociais 120 Agentes GNR 32

Psicólogos 49 Outros 57

ÁREA GEOGRÁFICA ABRANGIDA PELO PIR 2009-2012

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Na FORMAÇÃO ESPECÍFICA em Violência Doméstica, num total de duas ações de 56H (cada ação subdividida em 8 sessões x 7 horas), participaram essencialmente profissionais das áreas dos Cuidados de Saúde Primários, dos Serviços de Urgência, das Maternidades, bem como, da Psiquiatria. Ao longo desta formação os profissionais adquiriram conhecimentos com vista à sinalização e avaliação (incluindo risco e/ ou perigo) e ao encaminhamento/ intervenção de situações de VD.

A SUPERVISÃO, num total de duas ações de 48H (cada ação subdividida em 8 sessões x 6 horas) teve como principais objetivos: (a) reforçar a importância do trabalho em rede no âmbito da problemática da violência doméstica, visando, a curto, médio e longo prazo, a emergência de redes locais, multidisciplinares e multissetoriais, com a “porta de entrada” nos Serviços de Saúde; (b) permitir aos profissionais (re)avaliar e (re)definir a eficácia/ eficiência do projeto de rede em construção, por cada um dos grupos de trabalho, a partir da reflexão sobre a sua praxis (casos práticos).

Visando a apresentação pública dos vários projetos em rede, com “porta de entrada” nos serviços de saúde, realizou-se no dia 23 de novembro de 2011 o ENCONTRO CIENTÍFICO DO PIR. Representando a VD um problema de Saúde Pública, pretendeu-se também com esta iniciativa reforçar a importância do trabalho em rede, multidisciplinar e multissetorial, com vista à sua prevenção. Participaram neste evento cerca de 400 profissionais de Norte a Sul do país da área da Saúde, da Educação, das Forças de Segurança, da Segurança Social, entre outros.

A presente brochura, onde muito resumidamente se encontram registadas as iniciativas (multidisciplinares, multissetoriais, em rede) de vários Agrupamentos de Centros de Saúde e de

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Hospitais da região Centro do País, tem como objetivos, a par com a divulgação dos vários projetos associados ao PIR, sublinhar e reforçar a importância dos Serviços de Saúde na prevenção da violência.

Para concluir, quero em nome do grupo de trabalho do PIR, agradecer a tod@s os que tornaram possível chegarmos aqui e manifestar-lhes que, nos vários momentos em que estivemos juntos, percebi e senti em tod@s o querer e a cidadania de quem se preocupa em defender os direitos fundamentais que alicerçam a construção de um mundo sem violência.

Fico ao vosso dispor

O Responsável Técnico do PIR João Redondo

Psiquiatra, Coordenador do Serviço de Violência Familiar5 do Hospital Sobral Cid –

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Membro cofundador do Grupo V!!!6

Membro cofundador do Grupo Violência e Escola7

5 http://www.chpc.min-saude.pt 6 http://www.violencia.online.pt 7 http://grupoviolenciaeescola.blogspot.com

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SIGLAS E ACRÓNIMOS ACES – Agrupamento de Centros de Saúde APAV – Associação de Apoio à Vítima APPACDM - Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental ARSC – Administração Regional de Saúde do Centro CAT – Centro de Atendimento a Toxicodependentes CERCI - Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados CHPC – Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra CHTV - Centro Hospitalar Tondela – Viseu CHUC - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra CPCJ – Comissão de Protecção a Crianças e Jovens CRSS – Centro Regional de Segurança Social CS – Centro de Saúde DIAP – Departamento de Investigação e Acção Penal GNR – Guarda Nacional Republicana HDFF – Hospital Distrital da Figueira da Foz HSC-CHUC – Hospital Sobral Cid – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social MGF – Medicina Geral e Familiar ONG – Organização Não Governamental PIR – Projeto de Intervenção em Rede PSP – Polícia de Segurança Pública SI – Sistemas de Informação SVF - Serviço de Violência Familiar UF – Unidade Funcional US – Unidade de Saúde USF – Unidade de Saúde Familiar VD – Violência Doméstica

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Projeto de Ação na Área da Violência Entidade Promotora: ACES Baixo Mondego I (Coimbra, Condeixa-a-Nova e Penacova) Técnicos Responsáveis Albano Tomaz, Ana Rente; Edite Santos; Lúcia Ramalho; Maria Graça Abreu; Marisol Castelo Branco; Milena Alexandre; Susana Jorge. Contactos Albano Tomaz – CS N. Matos-239 794110 Ana Rente – CS Penacova 239 470070 Marisol Castelo Branco – Ext. Saúde Ceira 239 923624 Susana Jorge – CS S. Martinho-USF Mondego [email protected] Resumo Este projeto surge no âmbito do Projeto de Intervenção em Rede do Serviço de Violência Familiar do HSC - CHUC e procura dar resposta a algumas lacunas existentes na abordagem e encaminhamento das situações de Violência Doméstica nos Cuidados de Saúde Primários. Preconiza a existência de profissionais de referência nas unidades funcionais do ACES Baixo Mondego I, promovendo uma articulação em rede entre estas e as suas parcerias, agilizando o diagnóstico e encaminhamento precoce das situações de Violência Doméstica.

PAAV

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Objetivos: • Promover a implementação de profissionais de

referência na área da Violência Doméstica a nível das unidades funcionais.

• Diagnosticar e encaminhar precocemente as situações que representam risco de Violência Doméstica.

Estratégias • Divulgação do projeto a nível das unidades funcionais e

parceiros sociais; • Identificação das pessoas em risco ou em situação de

Violência Doméstica nas unidades funcionais; • Aplicação de questionário (guião estruturado) sobre

Violência Doméstica às mulheres que frequentam as consultas de planeamento familiar nas unidades funcionais do ACES Baixo Mondego I;

• Promoção de ações de sensibilização/informação aos utentes inscritos nas unidades funcionais.

Parcerias Já implementadas: Serviço de Urgência e Serviço de Psiquiatria HUC-CHUC; Maternidades Bissaya Barreto e Daniel de Matos; Serviço de Violência Familiar HSC-CHUC. A implementar: PSP e GNR; parceiros sociais.

Avaliação Percentagem de unidades funcionais alvo de divulgação do projeto; Número de profissionais abrangidos na divulgação do projeto; Percentagem de mulheres que frequentam a consulta de planeamento familiar com questionário sobre violência doméstica aplicado; Número de ações de sensibilização realizadas.

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Entidade Promotora: ACES Baixo Mondego II

Técnicos Responsáveis / Referência: Bárbara Guimarães, Carla Sérgio, Célia Reis, Cristina Elias, Fátima Rodrigues, Ilda Perdigoto, Margarida Fontoura, Matilde Calado, Olímpia Pimenta, Ana Luísa Mateus, Ângela Vaz, Paula Ricardo, Rosário Quinta, Albertina Bárbara, Ana Paula Cordeiro, Helena Coelho (16 profissionais de saúde de três concelhos do ACES BM2: Figueira da Foz, Montemor-o-Velho e Soure).

Contactos Tel. Centros Saúde: Figueira da Foz: 233 408 230; Montemor: 239 689 128; Soure: 239 506 610 E-mails: [email protected]; [email protected]

Resumo Este projeto surgiu no âmbito da Formação do PIR, dinamizada pelo Serviço de Violência Familiar do CHPC – CHUC. É dirigido à problemática da violência doméstica, com o objetivo de criar condições facilitadoras para a prevenção do impacto da violência doméstica, na população dos três concelhos do ACES BM2.

Objetivos Informar e sensibilizar a comunidade para a importância do combate à VD;

“Contra a Corrente” “Portas Abertas”

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Sensibilizar e apoiar as equipas de saúde na intervenção perante situações de VD; Detetar e encaminhar atempadamente as vítimas; Acompanhar vítimas de VD; Capacitar as Famílias para a Não-Violência; Capacitar os jovens para a Não-Violência.

Estratégias Efetuar reuniões de equipa de intervenção direta e Supervisão; Estabelecer Protocolos com as Redes Interinstitucionais dos Concelhos; Articular com as várias US através dos elos de ligação; Criar registos no SI das situações de VD; Criar Indicadores de Execução para situações de VD.

Parcerias Serviço Violência Familiar (HSC – CHUC); Rede Interinstitucional de Apoio às Vítimas de VD (RIAVV); TEMPUS; IPSS`s; APPACDM; CPCJ; CRSS; HDFF; Forças de Segurança; Autarquias; CAT; Agrupamento de Escolas; Unidades de Saúde; Sociedade Civil.

Avaliação Número de eventos realizados e entidades promotoras envolvidas; Número de folhetos produzidos e difundidos; Número de sessões de sensibilização a grupos; Número de reuniões Interinstitucionais realizadas; Número de questionários de avaliação de risco aplicados; Percentagem de profissionais que aplicaram o screening aos utentes; Percentagem de casos acompanhados no ACES BM2.

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“Menos Violências”

Projeto de apoio e intervenção aos vários tipos de Violência Doméstica, no seu contexto inter-geracional e na igualdade de género, no contexto social, contribuindo para “menos violências”. Entidade Promotora: ACES Baixo Mondego III (Cantanhede, Mealhada, Mira, Mortágua).

Técnicos responsáveis Coordenadora: Felisberta Leal (médica); Sandrina Monteiro (médica); Dina Saldanha e Paula Luz (enfermeiras).

Contactos [email protected] Centro de Saúde Cantanhede: Av. 25 de Abril, 44; 3060-123, Cantanhede; 231 419240

Resumo Projeto de apoio e intervenção em situações de violência doméstica, no contexto de cuidados de saúde primários, por técnicos com formação em VD, em interligação interinstitucional, na população da área de abrangência do ACES Baixo Mondego III.

Objetivos - Sensibilizar profissionais de várias áreas envolvidas e população em geral para esta problemática, tornando-a mais visível, para poder prevenir, sinalizar e intervir mais precocemente;

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- Conhecer a realidade da violência na área de abrangência; - Apoiar em proximidade as situações de VD; - Sensibilizar a população escolar, técnicos de saúde, técnicos comunitários e comunidade em geral; - Informar a população dos recursos disponíveis para acompanhamento em VD; - Analisar e elaborar plano de intervenção específico à situação pelos elementos da equipa; - Sinalizar para entidades competentes com vista à intervenção.

Estratégias Promover ações de sensibilização aos grupos específicos; Distribuição de posters e folhetos informativos; Realização de workshops; Formação a internos da especialidade de MGF; Uso de crachá sinalizador de ajuda em VD; Reuniões intra e interinstitucionais; Elaboração de um fluxograma e protocolo de atuação no ACES; criação de uma consulta de VD.

Parcerias Autoridades locais; Autarquias; Escolas; Hospitais de referência; ONG e IPSS; Ministério Público; SVF.

Avaliação Número de ações de sensibilização realizadas/programadas; Número de reuniões interinstitucionais realizadas/ programadas; Prevalência de VD conhecida na população do ACES (n/N); Número de casos conhecidos de VD por contacto direto com o projeto/ total de casos de VD; Número de casos de VD tratados/sinalizados.

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“Escutar os silêncios… agir em rede”

Entidades Promotoras: Centro de Saúde de Águeda e Câmara Municipal de Águeda.

Técnicos Responsáveis: Teresa Neves (Psicóloga), Celestina Santos (Médica), Cláudia Rego (Enfermeira) e Joana Amaral (Técnica de Serviço Social da Câmara Municipal de Águeda).

Contactos: Centro de Saúde Águeda – Av. Calouste Gulbenkian, 173 - 3750 Águeda Telf: 234610210 E-mail: [email protected] Projeto Este projeto pretende sensibilizar e corresponsabilizar os profissionais de saúde, bem como, diferentes atores sociais, de forma a responder, articuladamente, à problemática da violência doméstica (V.D.) no concelho de Águeda. Pretende-se, assim, potenciar recursos, envolvendo também parceiros da Rede Social, de modo a construir uma rede local que desenvolva uma intervenção abrangente, concertada e intersetorial e que, posteriormente, seja replicável nos restantes concelhos do ACES Baixo Vouga I. Objetivos

1- Sensibilizar os profissionais de saúde e de outras entidades para a problemática da Violência Doméstica; 2- Criar mecanismos que permitam desencadear ações de prevenção e, simultaneamente, atuar precoce e articuladamente em situações de VD.

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Estratégias - Capacitar os profissionais de saúde das Unidades de Prestação de Cuidados para intervir, de forma adequada, nos casos detetados; - Criar um protocolo de procedimentos para os profissionais de saúde; - Sensibilizar os parceiros da Rede Social para a problemática da V.D. e identificar recursos locais, disponíveis para integrar uma rede local; - Dar a conhecer a todos os profissionais de saúde e restantes entidades concelhias, os procedimentos de encaminhamento e articulação a nível do concelho, de acordo com a plataforma de atuação definida entre todos os parceiros; - Implementar e divulgar a rede concelhia, desencadeando ações de sensibilização na comunidade para a problemática da Violência Doméstica.

Parcerias Câmara Municipal, Serviço Local da Segurança Social, CPCJ, Agrupamentos de Escolas, Escolas Secundárias e Ensino Cooperativo, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, Centro de Formação Profissional de Águeda, Hospital de Águeda (Serviço de Urgência), GNR de Águeda, DIAP, IPSS’s com respostas atípicas, Conferência Vicentina de Águeda, Bombeiros Voluntários de Águeda, Associações Empresarial e Comercial de Águeda, Cáritas Diocesana de Aveiro (Projecto Generus), Hospital Infante D. Pedro de Aveiro (Serviço de Psiquiatria).

Avaliação Número de sessões de trabalho realizadas; Percentagem de profissionais de saúde abrangidos pela formação; Elaboração do protocolo de procedimentos para os profissionais de saúde; Percentagem de entidades locais que participaram na Sensibilização; Listagem de entidades a integrar na rede local; Elaboração do “mapa de recursos”/plataforma concelhia; Implementação da rede concelhia; Relatório de avaliação global do projeto.

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“Vidas sem Medo”

Entidade Promotora: ACES Pinhal Interior Norte 1 Técnicos Responsáveis: Alexandra Garcia; Anabela Girão; Ana Silva; Carla Serra; Cláudia Ferreira; Dora Lamas; Elisabete Lopes; Isabel Afonso; Joana Simões; Luísa Vales; Maria Duarte; Maria José Esteves; Mónica Seco; Paula Santos; Sofia Bernardes (15 profissionais de saúde de sete concelhos

do ACES PIN 1: Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo,

Oliveira do Hospital, Tábua e Vila Nova de Poiares) Contactos: Email: [email protected] Centro de Saúde da Lousã Telf: 239 990610 Fax: 239 993508

Resumo Este projeto surge no âmbito da Formação do PIR, dinamizada pelo Serviço de Violência Familiar do HSC – CHUC, EPE e pelo Grupo de V!!!. Na sequência desta formação e tendo em conta a prevalência e incidência desta problemática, está em desenvolvimento este projeto, que visa a implementação de uma rede de intervenção, na problemática da VD que abranja os oito concelhos do ACES PIN 1.

Objetivo Dinamizar a criação de uma rede de intervenção multidisciplinar e multissetorial, a qual irá implementar as condições facilitadoras de proximidade, acessibilidade, personalização e continuidade na avaliação e intervenção da VD ao longo do ciclo vital.

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Estratégias • Realizar diagnóstico de situação; • Estabelecer parcerias e protocolos de colaboração com

vários parceiros locais; • Constituir equipas multidisciplinares de saúde para

dinamização do projeto, em cada Centro de Saúde; • Elaborar fluxogramas e o Manual de Procedimentos/

Articulação; • Realizar um Colóquio sobre VD no ACES PIN 1.

Parcerias Está em desenvolvimento uma rede multissetorial e multidisciplinar de parcerias com:

� Serviço Violência Familiar (HSC – CHUC) � Autarquias � CPCJ � Instituto de Segurança Social, I.P. � Forças policiais (GNR/PSP) � IPSS’s � Tribunais/Ministério Público � Corporações de Bombeiros � Hospitais da área de abrangência � Associações sem fins lucrativos (Gaudeamus) � Agrupamentos de Escolas e Associações de Pais � Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

Avaliação: • Percentagem de concelhos onde sejam criadas parcerias

para o projeto; • Percentagem de UF que frequentem as ações de

sensibilização; • Número de ações desenvolvidas junto dos parceiros; • Percentagem de médicos que aplicam o screening; • Percentagem de casos sinalizados no ACES PIN I.

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STOP VIOLÊNCIA Entidade Promotora: ACES Pinhal Interior Norte II Técnicos Responsáveis Adelaide Godinho (Enfermeira), Ália Gracio (Enfermeira), Ana Marques (Enfermeira), Clara Dinis (Enfermeira), Cristina Agostinho (Enfermeira), Lucinda Costa (Enfermeira) Margarida Santos (Assistente Social), Margarida Silva (Enfermeira), Marta Correia (Assistente Social), Marta Rovira (Assistente Social), Natércia Veloso (Médica de Saúde Pública), Paula Sousa (Médica de Família). Contactos: CS Ansião 236670150 CS Penela: 239560200 Resumo O projeto resulta de uma parceria entre o SVF (HSC-CHUC) e a ARSC, IP, ACES PIN II, abrangendo os concelhos de Ansião, Alvaiázere, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande e Penela. Objetivos Sensibilizar/ formar os profissionais da saúde, parceiros e toda a comunidade em geral para a problemática da violência familiar; Avaliar o risco/ perigosidade; Acolher, acompanhar e/ou encaminhar os casos sinalizados.

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Estratégias Espaços de sensibilização/ formação; Acolhimento em gabinete; Visita domiciliária; Articulação interinstitucional. Parcerias: Agrupamentos de Escolas. Autarquias, Bombeiros, CERCI Castanheira de Pera, CERCI Penela, CHC-CHUC CPCJ’s, GNR, Medicina Legal, Ministério Público, Segurança Social, Santa Casa Misericórdia e outras IPSS’s. Avaliação: Número de profissionais e parceiros formados; Situações acompanhadas.

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REDE DE INTERVENÇÃO FAMILIAR Entidade Promotora ACES Pinhal Litoral I Técnicos Responsáveis Célia Gonçalves, Agente Principal da PSP Madalena Marques, Chefe da PSP Olinda Travassos, Médica Paula Macedo, Assistente Social Virgínia Duarte, Enfermeira. Contactos ACES Pinhal Litoral I – Telef: 236 200970; Hospital de Pombal – Telef: 236 210000; Polícia de Segurança Pública – Telef: 236210190 Resumo Projeto Grupo Multidisciplinar, Multiprofissional e Multi-institucional de Prevenção e Encaminhamento. Constituído pelas denominadas “portas entrada da violência doméstica”: saúde e polícia. Colaboração com Redes já formadas, incluindo o Gabinete de Apoio à Vítima de Pombal.

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Objetivos Diminuir a incidência da violência doméstica; Sensibilizar a comunidade e os profissionais para a problemática da violência doméstica; Prevenir a violência doméstica; Detetar e diagnosticar o mais precocemente possível as situações e complicações; Agilizar a acessibilidade aos serviços envolvidos; Contribuir para a diminuição da revitimização. Estratégias Fazer o diagnóstico da situação; Estabelecer parcerias e protocolos com vários parceiros locais; Constituir equipas de dinamização e sensibilização; Intervenção individual; Intervenção familiar; Intervenção escolar; Colaboração com entidades locais. Parcerias (grupo de trabalho) ACES Pinhal Litoral I Centro Hospitalar Leiria Pombal Polícia de Segurança Pública Avaliação Diagnóstico da situação – 1ª vez, outro aos 5 anos; Sensibilização – número de sessões / ano; Intervenção individual – número pessoas / ano; Intervenção familiar – número de sessões família /ano; Intervenção escolar – número de turmas ano.

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Entidade Promotora: ACES PINHAL LITORAL II (Batalha, Leiria, Marinha Grande e Porto de Mós) Técnicos Responsáveis: Clarisse Bento, Filomena Morais Sarmento, Lina Duarte, Lourdes Costa, Odete Mendes e Tiago Caldeira. Contactos: 244 812 200 / ext. 279 (Emília Vieira) [email protected]

Resumo Projeto em meio escolar, longitudinal (1º, 2º e 3º ciclos) para a promoção da não-violência, educação para (com) afetos e consciencialização para a igualdade de género. Objetivos Educar para os afetos; Promover a auto-estima e o auto-conceito; Educar para assertividade; Promover valores de cidadania; Intervir precocemente; Prevenir maus-tratos e aproximações abusivas.

“Promoção da Não-violência”

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Estratégias Metodologias / Atividades participativas em 6 áreas temáticas: Amizade e relacionamentos; Autoconceito e autoestima; Tomada de decisões; Igualdade de oportunidades; a Não-violência; Direitos das crianças (1º CEB) / A adolescência, o crescimento (2º CEB) / a maturação / a responsabilidade / o crescer para a autonomia. Formação de professores

• Conteúdos teóricos;

• Treino de competências;

• Construção e Adaptação de Materiais.

Aplicação aos alunos

• Duas Atividades por período letivo.

Supervisão com professores da aplicação efetuada.

Parcerias Agrupamento de Escolas de Maceira; Agrupamento de Escolas Guilherme Stephens (Marinha Grande); Associação Mulheres do Séc. XXI. Avaliação Satisfação dos docentes e outros profissionais envolvidos; Indicadores de atividade; Indicadores de impacto.

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Serviço de Urgência e Emergência

Violência Doméstica no SU: Da sinalização à intervenção

Entidade Promotora Serviço de Urgência (SU) e Emergência – Hospital Geral CHC – CHUC (Início: 2006) Técnicos Responsáveis Dr. José Manuel Almeida; Dra. Maria João Frade, Enf. Carlos Mesquita, Enf. António Costa, Enf. António Veiga, Enf. Pedro Costa, Enf. Pedro Silva; Assistente Social Janete Marques. Contactos: Email: [email protected] Telefs: 918844261; 239800100 – Ext 33722; 33725 Resumo Projeto Os profissionais do Serviço de Urgência (SU) estão estrategicamente posicionados para uma deteção precoce das situações de Violência Doméstica (VD) e desde logo para iniciar uma intervenção capaz de quebrar o “ciclo da violência” e minimizar/esbater o seu impacto. Partindo desta matriz e da reflexão da equipa do SU com o Grupo V!!! e o Serviço de Violência Familiar, surge em 2006 no SU do CHC – CHUC um projeto para atendimento a vítimas de VD. Visando a sua implementação foi elaborado um plano de ação que consistiu, na formação dos profissionais do SU; na constituição de um núcleo dinamizador; na elaboração de protocolo de atendimento às vítimas de VD, em articulação com os instrumentos já utilizados, em especial com a Triagem

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de Manchester (TM), o Alert e circuitos de encaminhamento de doentes. A par com estas atividades, decorreu também uma ação de sensibilização aos técnicos/ serviços da área geográfica de influência deste SU. Implementado no início de 2006, tem procurado através da avaliação contínua do trabalho realizado, responder às reais necessidades de quem recorre a este SU. Objetivos • Identificar/Intervir precocemente junto das vítimas de VD, • Avaliar Risco/Perigo subjacente à situação, • Cuidar das vítimas de VD de uma forma humanizada e

dirigida às suas reais necessidades e especificidades. • Estabelecer em conjunto com a vítima e respetiva rede de

suporte um plano de proteção/estratégia de intervenção, • Refletir e implementar com a rede multidisciplinar e

multissetorial de cuidados, apoio clínico, judicial e sócio-familiar.

Estratégias Ao nível da equipa: • Formação contínua e avaliação, na equipa e com as redes de

suporte, do trabalho realizado.

Ao nível da situação de VD: • Implementação do “screening” e da entrevista protocolada

(para além da avaliação clínica) visando a avaliação da situação de violência, do risco/perigo associados e da rede de suporte, com vista à definição da estratégia a adotar;

• Atendimento e encaminhamento protocolado aplicado a todas as vítimas;

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• Encaminhamento dos casos para o Serviço de Violência Familiar;

• Sinalização da situação na rede de cuidados.

Ao nível do registo da informação: • Registo em base de dados de todos os novos casos; • Investir na continuidade ao desenvolvimento dos interfaces

informáticos referenciados à VD. Parcerias • Grupo V!!!, que integra desde 2005, • Serviço de Violência Familiar do HSC-CHUC, • Instituições da área geográfica de influência deste SU que

integram a rede de referenciação, incluindo os Cuidados de Saúde Primários.

Avaliação • Ao longo destes anos, desenvolveu-se uma acção de

sensibilização e informação/ano à Equipa do SU; • Percentagem de enfermeiros da equipa do SU CHC - CHUC

que aplicam o “screening” (Atualmente: 100%); • Aplicação do “screening” a todos os doentes com

discriminador na TM “Situação inapropriada” e situações dúbias;

• Número de situações de VD sinalizados e referenciadas na rede de cuidados (desde 2006, 345 casos);

• Autor/co-autor em três estudos de investigação nesta área.

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“OLHAR”

Entidade Promotora: Serviço de Urgência HUC – CHUC

Técnicos Responsáveis: Enfermeiras: Dina Oliveira, Mariana Pinto e Nádia Silva; Assistentes Sociais; Ana Teresa Alves e Maria João Cunha

Contactos: Geral: 239 400 400; Serviço de Urgência: 239 400 470; Serviço Social 239 400 568 [email protected]

Resumo: O projeto “OLHAR” visa a implementação de um circuito interno obrigatório e o desenvolvimento de uma rede de articulação interinstitucional que facilite o atendimento e orientação dos diferentes protagonistas de VD admitidos no Serviço de Urgência.

Objetivos: - Identificar atempadamente os casos de VD; - Sinalizar e encaminhar os casos, utilizando a rede; - Promover ações de sensibilização sobre a problemática da VD junto aos diversos profissionais do serviço de Urgência.

Estratégias: - Estabelecer um fluxograma de normalização no atendimento específico do utente vítima de VD no Serviço de Urgência; - Motivar os diferentes profissionais a operarem no Serviço de Urgência para a problemática, divulgando o projeto e efetuando formação sobre a temática;

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- Avaliar as necessidades de formação em violência doméstica dos profissionais de saúde do Serviço de Urgência através de um questionário; - Estabelecer circuitos ativos com as entidades parceiras; - Construir uma base de dados que permita a avaliação quantitativa e descritiva da VD; - Sensibilizar os utilizadores do Serviço de Urgência para a problemática da Violência Doméstica; - Identificar os problemas potenciais que condicionam a saúde e segurança do grupo alvo; - Identificar a presença de situações de fragilidade e vulnerabilidade.

Parcerias: - Serviço de Violência Familiar; - ACES; - GNR e PSP de Coimbra; - INEM; - CPCJ; - CHUC – Serviço de Psiquiatria, Hospital Pediátrico de Coimbra, Maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto.

Avaliação: - Identificar/Analisar o número de casos tratados (casos sinalizados/ casos orientados) - Acompanhamento de follow-up num período de 6 meses (casos encaminhados para a rede avaliação sobre o seu enquadramento); - Aplicação de um novo questionário que permita a comparar o nível da sensibilidade para a VD.

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“Romper o Silêncio” Entidade Promotora Serviço de Psiquiatria Homens HUC – CHUC, EPE Técnicos Responsáveis Assistente Social: Cláudia Correia Enfermeira: Aida Bessa Contactos: [email protected]; [email protected] 239400568 ext: 12746 Resumo O projeto “Romper o Silêncio” visa contribuir para a prevenção/ eliminação de situações de violência doméstica referenciado ao Serviço de Psiquiatria Homens e na implementação de redes multidisciplinares.

Objetivos - Identificar e encaminhar as situações que representam risco de Violência Doméstica; - Intervir em rede nas situações de Violência Doméstica; - Encaminhar as situações recebidas no Serviço de Psiquiatria Homens pelo episódio de urgência ou pela Consulta Externa; - Motivar outras pessoas/ profissionais de saúde para esta problemática.

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“APOSTA”

Entidade Promotora Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) e Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica (NAVVD) do Distrito de Viseu.

Técnicos Responsáveis Carla Andrade – Técnica do NAVVD; Elisa Moura e Maria José Francisco – Enfermeiras do CHTV

Contactos: NAVVD – Tel. 232439400 ext. 2339; [email protected] CHTV – Tel. 232 420500; [email protected]; [email protected]

Resumo Projeto: Este projeto surge no âmbito da Formação do PIR, dinamizada pelo Serviço de Violência Familiar do HSC – CHUC e pelo Grupo de V!!!. Na sequência desta formação e tendo em conta a prevalência e incidência desta problemática, está em desenvolvimento este projeto, que visa a implementação de uma rede de intervenção, na problemática da VD que abranja a área de influência do CHTV e do NAVVD do distrito de Viseu.

Objetivo: Dinamizar a criação de uma rede de intervenção multissetorial que facilitará o trabalho da prevenção e combate à Violência Doméstica dirigido à população em geral.

Estratégias: � Articular as situações de VD em rede estabelecendo

parcerias locais; � Efetuar o atendimento e acompanhamento às Vítimas de

VD;

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� Desenvolver e valorizar as parcerias locais; � Contribuir para a prevenção e estudo da VD; � Promover ações de Sensibilização/Formação sobre a VD; � Organização de eventos mobilizadores para a luta contra

a Violência.

Parcerias: Está em desenvolvimento uma rede multissetorial de parcerias com:

� Serviço Violência Familiar (HSC – CHUC) � Centro Hospitalar Tondela-Viseu � Casa do Povo de Abraveses � CPCJ � Autarquias � Instituto de Segurança Social, I.P. � GNR � PSP � Ministério Público � Cáritas � ONG’s � ACES Dão Lafões I � ACES Dão Lafões II � ACES Dão Lafões III � Agrupamentos de Escolas � Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género – CIG

Avaliação: • Número de acções desenvolvidas junto dos parceiros; • Número de casos sinalizados nos ACES Dão Lafões I,

Dão Lafões II e Dão Lafões III; • Número total de casos sinalizados; • Número de profissionais de saúde que frequentam as

ações.

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Violência Doméstica e Serviços de Saúde:

Acerca da definição de um indicador para os Cuidados Primários de Saúde

Na região de Coimbra, o trabalho em rede que vem sendo desenvolvido desde o início deste século, na área da violência doméstica (VD), pelo “Grupo Violência: Informação, Investigação, Intervenção”, pelo Serviço de Violência Familiar do Hospital Sobral Cid – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e, posteriormente, pelo Grupo Violência e Escola, é reconhecido a nível nacional e internacional. Na sequência do trabalho já realizado, estão atualmente criadas condições para alargar a rede de cuidados na zona centro às áreas geográficas dos vários Agrupamentos de Centros de Saúde, que no âmbito do Projeto de Intervenção em Rede 2009-2012 (PIR), desenvolveram os projetos aqui apresentados.

Visando a criação de condições facilitadoras à contratualização na área da VD, ao nível das atividades desenvolvidas nos ACES, começaram a ser dados os “primeiros passos” na Administração Regional de Saúde do Centro, IP, com vista a definir um indicador para esta problemática ao nível dos Cuidados Primários de Saúde.

Violência Doméstica e Serviços de Saúde: Que Indicador? Tendo em conta a problemática em si e o carácter experimental do indicador, foi colocada a hipótese de assumir a questão: “Foram colocadas as questões de rotina sobre Violência Doméstica?” e as hipóteses de resposta “Sim” ou “Não”, como potencial indicador a implementar nos Cuidados Primários de Saúde. As “questões de rotina” referenciam a aplicação de um screening

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do tipo “Partner Violence Screening” (PVS)8,9

, a implementar a sós com @ utente.

Porquê dirigir as questões de rotina sobre VD à mulher? Segundo a OMS (Krug et al., 2002, p. 89)10 “apesar das mulheres poderem ser violentas nos seus relacionamentos com homens e (...) também encontrarmos violência em relacionamentos com parceiros do mesmo sexo, a grande carga da violência de género [masculino/feminino] recai sobre as mulheres às mãos dos homens”. O III Plano Nacional Contra a Violência Doméstica pontua que “apesar da Violência Doméstica atingir igualmente as crianças, os idosos, pessoas

8 1. Have you been hit, kicked, punched, or otherwise hurt by someone

within the past year? If so, by whom? 2. Do you feel safe in your current

relationship? 3. Is there a partner from a previous relationship who is

making you feel unsafe now? (Feldhaus, K. M., Koziol-McLain, J., Amsbury, H. L., Norton, I. M., Lowenstein, S. R., & Abbott, J. T. (1997). Accuracy of 3 Brief Screening Questions for detecting partner violence in the emergency department. JAMA, 277 (17), 1357-1361). O PVS incorpora duas dimensões: uma questão aborda a violência física e as outras duas procuram avaliar a perceção da vítima sobre a sua segurança. Uma resposta positiva a qualquer uma das perguntas constitui uma triagem positiva para a hipótese da existência de violência entre parceiros íntimos. Em média as três perguntas levam menos tempo a aplicar do que a avaliação de rotina dos sinais vitais e detetam um largo número de mulheres vítimas de violência 9 A aceitação da estratégia proposta para a definição do indicador para a VD nos Cuidados Primários de Saúde, possibilitando o cruzamento dos dados já existentes nestes serviços com aquele indicador (ex.: violência doméstica com indicadores sócio-demográficos, e/ou com patologias, e/ou com números de consultas etc.), permitirá a recolha de dados interessantes para a investigação nesta área. 10 Krug, E. G., Dahlberg, L. L, Mercy, J. A., Zwi, A. B., & Lozano, R. (Eds.). (2002). World report on violence and health. Geneva: World Health Organization.

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dependentes e pessoas com deficiência, a realidade comprova que as mulheres continuam a ser o grupo onde se verifica a maior parte das situações de violência doméstica”.

Neste enquadramento propõe-se nesta fase do projeto a adoção de um screening

11, 12dirigido à mulher.

Quem poderá colocar questões de Rotina sobre VD? Tendo em conta que colocar questões sobre VD implica necessariamente implementar estratégias com vista a pôr cobro à situação de violência, e a proteger o(s) “ator(es)” sociais envolvidos, pensou-se que seria mais seguro ser só implementado junto das estruturas de saúde cujos técnicos completaram a formação no PIR.

Preferencialmente em que Serviços de Saúde? Naqueles onde existem técnicos do PIR que completaram a totalidade da formação: Cuidados de Saúde Primários; Serviço de Urgência; Serviço de Obstetrícia; e Serviço de Psiquiatria.

E quando deverá ser aplicado? Na 1ª Consulta e nas Consultas Periódicas Anuais de Avaliação.

Sobre a posição da Organização Mundial de Saúde, relativamente à problemática da violência: “Agora chegou a hora de uma ação mais decisiva e coordenada (…). Qualquer coisa a menos do que isso será uma falha do setor de saúde” (Krug et al., 2002. p. 246).

11 A merecer estudo, investigação e reflexão a sua seleção e implementação. 12 Quando o screening confirmar a existência de VD — sabendo nós do impacto da violência nos vários elementos do sistema em crise — deveremos colocar questões que nos ajudem a avaliar a existência, ou não, de sinais e sintomas de outros tipos de violência na família, como por ex.: sobre @(s) filh@(s), sobre @(s) idos@(s), etc.