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Sumário

Introdução ............................................................................................................................................. 5

Capítulo 1. Balanço da última década e situação atual de São Luís ...................................................... 11

1.1. Demografia ................................................................................................................................ 14

1.2. Infraestrutura Urbana ............................................................................................................... 15

1.3. Atividade Econômica ................................................................................................................. 21

1.4. Mercado de Trabalho ................................................................................................................ 22

1.5. Desenvolvimento Humano ........................................................................................................ 25

1.6. Renda, Pobreza e Desigualdade ................................................................................................ 27

1.7. Educação ................................................................................................................................... 30

1.8. Saúde ......................................................................................................................................... 33

1.9. Segurança .................................................................................................................................. 34

1.10. Juventude .................................................................................................................................. 35

1.11. Gestão Fiscal .............................................................................................................................. 37

Capítulo 2. Condicionantes do futuro .................................................................................................. 41

2.1. Tendências relevantes para São Luís ......................................................................................... 43

2.2. Incertezas críticas para São Luís ................................................................................................ 79

Capítulo 3. Cenários para São Luís 2033 ............................................................................................... 85

Cenário 1 ................................................................................................................................................ 90

Cenário 2 ................................................................................................................................................ 96

Cenário 3 .............................................................................................................................................. 102

Cenário 4 .............................................................................................................................................. 109

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Lista de ilustrações

FIGURAS

Figura 1. Destaques de Investimentos (2013-2017) ................................................................................... 76

Figura 2. Quatro Cenários para São Luís 2013-2033 .................................................................................. 88

GRÁFICOS

Gráfico 1. População por Faixas de Idade - 2010 ....................................................................................... 15

Gráfico 2. População Jovem (15 a 24 anos) ................................................................................................ 15

Gráfico 3. Aglomerados Subnormais .......................................................................................................... 17

Gráfico 4. Saneamento Básico - Índice Trata Brasil .................................................................................... 17

Gráfico 5. Tempo médio do deslocamento casa – trabalho – regiões metropolitanas selecionadas no

Brasil e no Mundo* (em minutos) ............................................................................................. 19

Gráfico 6. PIB per capita ............................................................................................................................. 22

Gráfico 7. Pessoal Ocupado por Posição na Ocupação .............................................................................. 23

Gráfico 8. Taxa de Sucesso dos Empreendedores ...................................................................................... 24

Gráfico 9. Desigualdade de Renda .............................................................................................................. 27

Gráfico 10. Renda Domiciliar Per Capita e Pobreza .................................................................................... 28

Gráfico 11. IDEB Anos Iniciais - Escolas Municipais .................................................................................... 32

Gráfico 12. IDEB Anos Finais - Escolas Municipais ...................................................................................... 32

Gráfico 13. Taxa de Mortalidade Infantil .................................................................................................... 33

Gráfico 14. Índice Firjan de Gestão Fiscal ................................................................................................... 38

Gráfico 15. Composição da receita orçamentária 2008 a 2012 (Em R$ milhões 2012) ............................ 39

Gráfico 16. Composição da despesa orçamentária 2008 a 2012 (Em R$ milhões 2012) .......................... 39

Gráfico 17. Exportações mundiais de mercadorias e serviços a preços correntes - 2003 a 2011 (US$

bilhões) ..................................................................................................................................... 45

Gráfico 18. Participação da população urbana no total da população mundial ........................................ 49

Gráfico 19. Taxa de Desemprego (%) - Média Anual .................................................................................. 53

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Gráfico 20. Massa Salarial e Vendas Varejo ............................................................................................... 53

Gráfico 21. Projeções População brasileira segundo as classes de renda .................................................. 55

Gráfico 22. Proporção da População segundo as Classes Econômicas ...................................................... 55

Gráfico 23. Percentual de empresários com dificuldades para preencher vagas com profissionais

qualificados.............................................................................................................................. 60

Gráfico 24. Demanda por serviços em função da idade ............................................................................. 68

Gráfico 25. Evolução das pirâmides etárias do Brasil 2010 - 2015 ............................................................. 69

Gráfico 26. Pirâmide etária de São Luís em 2010 - 2033 ............................................................................ 70

Gráfico 27. Estimativa de déficit habitacional por Regiões Metropolitanas .............................................. 71

Gráfico 28. Participação de São Luís nas Atividades Avançadas do Maranhão .......................................... 73

Gráfico 29. Crescimento Populacional entre 2000 e 2010 - Grande São Luís ............................................ 75

Gráfico 30. Projeção de cargas do Porto do Itaqui ..................................................................................... 78

MAPAS

Mapa 1. Porcentagem de pessoas em domicílios com banheiro e esgoto ligado à rede geral .................. 18

Mapa 2. Tempo médio de deslocamento entre a casa e o trabalho (horas) ............................................. 20

Mapa 3. Porcentagem de pessoas em domicílios com computador e internet ......................................... 21

Mapa 4. Taxa de desemprego (%) .............................................................................................................. 24

Mapa 5. Renda domiciliar per capita (R$/mês jul/2010) ........................................................................... 29

Mapa 6. Coeficiente de Gini ....................................................................................................................... 29

Mapa 7. Porcentagem de pobres ............................................................................................................... 30

Mapa 8. Porcentagem que frequenta à escola (0 a 3 anos) ....................................................................... 31

Mapa 9. Porcentagem de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham ............................... 36

Mapa 10. Porcentagem da população urbana e aglomerações urbanas, por tamanho da cidade, 2025 .. 50

Mapa 11. Distribuição do PIB por região .................................................................................................... 57

Mapa 12. Cidades nordestinas ................................................................................................................... 58

Mapa 13. Evolução histórica da ocupação da Ilha de São Luís ................................................................... 74

Mapa 14. Principais Rotas Marítimas ......................................................................................................... 77

Mapa 15. Eixo Araguaia-Tocantins ............................................................................................................. 79

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QUADRO

Quadro 1. Comparação das Principais Variáveis dos Cenários ................................................................. 116

Quadro 2. Cenários em Números ............................................................................................................. 117

Quadro 3. Quadro de quantificação dos cenários .................................................................................... 118

TABELAS

Tabela 1. Posição das capitais do nordeste no ranking do IDHM ............................................................... 26

Tabela 2. Indicadores dos Componentes do IDHM .................................................................................... 26

Tabela 3. Dívida com Restos a Pagar Dezembro 2008 a 2012 (Em R$ Milhões Correntes) ....................... 40

Tabela 4. Os 20 maiores mercados consumidores ..................................................................................... 54

Tabela 5. Cenários Exploratórios para São Luís no Horizonte 2033 ........................................................... 87

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5

“ “

Introdução

As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-

quenas e cidadãos qualificados.”

Edward L. Glaeser

Institutions are the rules of the game in a society; more for-

mally, they are the humanly devised constraints that shape

human interaction. In consequence they structure incentives

in exchange, whether political, social or economic.”

Douglas North

O presente documento apresenta Cenários para São Luís no período de 2013 a 2033. O estudo

possui dois objetivos centrais: (i) construir configurações de futuro possíveis para a cidade; e (ii)

subsidiar a formulação do Plano Estratégico da Cidade no horizonte 2033, bem como proces-

sos de planejamento das outras instituições públicas e privadas que influenciam o desenvolvi-

mento da cidade.

O futuro é um espaço aberto a várias possibilidades e repleto de incertezas. A construção de

cenários tem se mostrado uma técnica eficaz para lidar com esses fatores incertos. O propósito

dos cenários não é o de predizer o futuro, mas organizar, sistematizar e delimitar as incertezas

explorando os pontos de mudança ou manutenção dos rumos de uma dada evolução de situa-

ções com o intuito de formular estratégias antecipatórias.

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ABORDAGEM PROSPECTIVA

Este documento está estruturado em três capítulos. O Capítulo I: Balanço da última década e

situação atual de São Luís, apresenta a evolução recente do desenvolvimento socioeconômico

da cidade de São Luís, comparando com as outras capitais do Nordeste e média Brasileira.

Capital de um dos estados mais pobres do Brasil, São Luís não é uma cidade pobre para os pa-

drões do Nordeste. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita só perde para o Recife entre as

capitais do Nordeste. Além disso, a evolução na última década mostra um expressivo cresci-

mento econômico.

No entanto, em indicadores sociais e urbanos, São Luís apresenta baixo desenvolvimento

mesmo quando comparados às demais capitais nordestinas, como em mortalidade infantil, sa-

neamento, moradias inadequadas e renda domiciliar per capita. Os índices de pobreza e desi-

gualdade ainda são muito elevados e emergem problemas como mobilidade urbana e violência.

Há, portanto, um descompasso entre a geração de riqueza e os indicadores sociais e urbanos,

que limitam a capacidade de desenvolvimento e a qualidade de vida da população de São Luís.

O desenvolvimento de São Luís é limitado pelo seu ambiente institucional1, com o predomínio

de práticas clientelistas, ainda baixa transparência e gestão ineficiente. Destaca-se também a

1 A qualidade das instituições, i.e., as regras do jogo que regem as relações numa sociedade, são determinantes para a prosperidade.

Visão retrospectiva

Condicionantes do futuro

Situação atual

+

Futuro alternativo A

Futuro alternativo N

Futuro alternativo B

Situação futura livre de

surpresas

Possíveis variações

Extrapolação da tendência

+

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presença de elevadas disparidades intramunicipais que demandam estratégias de políticas dire-

cionadas às prioridades em cada região a fim de reduzir as desigualdades internas.

Após o diagnóstico recente, são mapeados aqueles elementos no âmbito global, nacional e re-

gional que influenciarão, com elevado grau de certeza, o desenvolvimento futuro de São Luis.

Este é o objeto da primeira parte do Capítulo 2: Condicionantes do Futuro, sintetizado na figura

a seguir:

Para olhar à frente, é necessário também identificar as grandes incertezas que se colocam para

o desenvolvimento de São Luís. As incertezas críticas estão mapeadas na segunda parte do Ca-

pítulo 2. O futuro de São Luís será influenciado pelo crescimento econômico do Brasil e do es-

paço geoeconômico de São Luís. Ao cumprir o papel de intermediário entre o eixo de desenvol-

vimento Araguaia-Tocantins e o mundo, dado seu potencial logístico, a capital maranhense terá

seu futuro, em grande medida, condicionado pela expansão das fronteiras do agronegócio, pela

lógica dos mercados de commodities e do comércio internacional, pela evolução da indústria e

dos serviços no Maranhão, bem como pela capacidade do seu complexo portuário se manter

competitivo e atuar em padrões globais de eficiência.

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A outra incerteza-crítica síntese diz respeito a fatores internos, em especial, os padrões institu-

cionais que predominarão em São Luís nos próximos 20 anos. Os padrões instituicionais envol-

vem fatores como o comportamento da sociedade em relação ao que é público e de interesse

comum, transparência, qualidade da gestão pública e governança metropolitana. Instituições

predominantemente extrativistas acabam por incentivar a apropriação privada do bem público,

a insegurança jurídica, desestimulam o empreendedorismo e a inovação, bem como compro-

metem o acesso e qualidade dos serviços públicos.

É a partir dessas duas forças motrizes principais – crescimento econômico do Brasil e do espaço

geoeconômico de São Luís e padrões institucionais predominantes em São Luís – que são defi-

nidos os Cenários para São Luís 2033, objeto do Capítulo 3.

QUATRO CENÁRIOS PARA SÃO LUÍS 2013-2033

Fonte: Macroplan.

No Cenário 1, Continuidade (Caranguejo do Mangue), o contexto econômico brasileiro e do

espaço geoeconômico de São Luís desfavorável, com crescimento intermitente, aliado a manu-

tenção das instituições extrativistas na capital maranhense, com baixa articulação entre os ato-

res, não gera em São Luís uma dinâmica de desenvolvimento inclusivo. Há baixa disseminação

interna de oportunidades e de renda. Até 2033, a capital maranhense tem crescimento urbano

desordenado e crescentes passivos socioeconômicos e ambientais.

No Cenário 2, Inclusão progressiva (Jurará), apesar das dificuldades apresentadas pelo desfa-

vorável cenário econômico brasileiro e do espaço geoeconômico de São Luís, há uma agenda de

reformas institucionais em curso na capital maranhense que melhora seu ambiente de negócios

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e promove melhorias nos serviços públicos e na qualidade de vida. Em 2033, a cidade não é rica,

mas tem as bases para o desenvolvimento sustentável.

O Cenário 3, Crescimento excludente (Milagre Maranhense), o contexto econômico brasileiro

apresenta desempenho favorável mas São Luís não aproveita as oportunidades proporcionadas

por este contexto, pois o ambiente institucional instável dificulta o desenvolvimento dos negó-

cios. Mesmo com elevado crescimento econômico, em 2033, São Luís é uma cidade com grande

concentração de poder e riqueza e com baixa qualidade de vida para a maioria da população.

No Cenário 4, Desenvolvimento inclusivo e integrado (Vôo do Guará), suportada por melhores

instituições e maior concertação política e institucional entre os atores sociais, econômicos e

políticos de São Luís e do entorno metropolitano, a capital passa a explorar com maior intensi-

dade suas principais vocações e potencialidades e aproveita as principais oportunidades trazidas

pelo contexto externo favorável. Em 2033, São Luís é uma cidade com planejamento urbano

integrado e com melhoria substancial dos padrões de qualidade de vida, com diminuição das

desigualdades.

Os cenários constituem representações simplificadas de trajetórias futuras da realidade, esta

muito mais plural, contraditória e complexa. A riqueza está na visão de conjunto dos futuros

possíveis e sua utilidade principal é inspirar a formulação de estratégias antecipatórias e criati-

vas. Seu intuito, portanto, é antecipar decisões e traduzi-las em iniciativas concretas para com-

por a Estratégia de Longo Prazo com seus projetos, metas e indicadores para, dentro do quadro

de possibilidades, fazer o melhor futuro para São Luís acontecer.

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Capítulo 1. Balanço da última década e situação atual de São

Luís

v

1 Balanço da última década e situação atual de São Luís

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O objetivo deste capítulo é analisar a evolução recente do desenvolvimento socioeconômico da

cidade de São Luís. Esta análise tem como grupo de comparação as capitais do Nordeste e a

média brasileira. Os dados utilizados são, na sua maioria, oriundos de fontes oficiais de informa-

ção.2

Sempre que possível foi feita uma análise da cidade por região. São Luís é dividido em 29 áreas

de ponderação, isto é, recortes territoriais para os quais são apurados os dados da amostra do

Censo Demográfico, de modo que cada uma possui população entre 30 e 45 mil habitantes. A

análise intramunicipal revela elevadas disparidades que demandam estratégias de políticas di-

recionadas às prioridades em cada território a fim de reduzir as desigualdades internas.

De modo geral, os resultados de São Luís mostram um descompasso entre a geração de riqueza

e os indicadores sociais e urbanos, que limitam a capacidade de desenvolvimento da cidade. O

forte desempenho econômico não resultou em ganhos proporcionais em termos de bem-estar

da população ludovicense. Os índices de pobreza e desigualdade ainda são muito elevados e a

renda domiciliar per capita baixa. Variáveis econômicas, como PIB e PIB per capita tiveram no-

tável crescimento na década, enquanto as dimensões relacionadas ao desenvolvimento social,

urbano, infraestrutura e mobilidade urbana se encontram em níveis preocupantes quando com-

paradas às demais capitais nordestinas.

Conforme apontam as recentes teorias de desenvolvimento, o padrão institucional, isto é, “as

regras do jogo”, são preponderantes para a prosperidade; não basta gerar riqueza, mas con-

vertê-la em qualidade de vida para a população. De acordo com as pesquisas qualitativas reali-

zadas no âmbito do projeto, São Luís apresenta uma carência institucional representada por um

“modelo político clientelista”, aliado à “forte dependência do setor público” e do “abandono

bilateral da cidade por parte dos governantes e da população”. A gestão ineficiente é um reflexo

das instituições predominantemente extrativistas3 no Maranhão e em São Luís, que acabam por

incentivar a apropriação privada do bem público, a insegurança jurídica, e compromete o acesso

e qualidade dos serviços públicos.

A seguir, passamos à análise de dimensões importantes para o entendimento da situação atual

da cidade.

2 Um conjunto maior de dados e gráficos pode ser obtido no “Diagnóstico socioeconômico de São Luís”.

3 Expressão cunhada por Daron Acemoglu e James Robinson no livro “Por que as nações fracassam?”. Instituições extrativistas

geram insegurança jurídica, desigualdades e poucos incentivos a investimentos e à inovação.

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1.1. DEMOGRAFIA

De acordo com o Censo 2010, São Luís conta com uma população de 1.014.837 habitantes. Em

2000, eram 868.047 habitantes. A população da capital maranhense equivale a 15,4% do total

do estado e a 76,2% do total de residentes na sua Região Metropolitana. Quando analisado o

percentual da população dos municípios das capitais em relação aos das respectivas Unidades

da Federação, observa-se que São Luís apresenta o menor valor no Nordeste.

A população de São Luís cresceu mais que a média brasileira e que as demais capitais do Nor-

deste nas últimas décadas. São Luís tem uma estrutura etária mais madura do que a do Mara-

nhão e mais jovem do que a brasileira (Gráfico 1). A distribuição etária da população revela que

São Luís é a capital mais jovem do Nordeste, com 21% de pessoas entre 15 e 24 anos de idade

(Gráfico 2), além de possuir 71% de sua população entre 15 e 64 anos, idade potencialmente

ativa economicamente. Como consequência, a razão de dependência4 caiu de 56,5 para 45,7,

entre 2000 e 2010, o que configura o bônus demográfico, isto é, o período em que a população

ativa é mais numerosa e que corresponde a uma janela de oportunidade para o desenvolvi-

mento da economia ludovicense.

No que tange grupos específicos, mulheres e negros representam a maioria da população, 53%

e 70%, respectivamente.

4 A razão de dependência mede o peso da população considerada inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais de idade) sobre a população

potencialmente ativa (15 a 64 anos).

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15

GRÁFICO 1. POPULAÇÃO POR FAIXAS DE IDADE - 2010

Fonte: Censo 2010/IBGE

GRÁFICO 2. POPULAÇÃO JOVEM (15 A 24 ANOS)

Fonte: Censo 2010/IBGE

1.2. INFRAESTRUTURA URBANA

Na década de 90, a população ludovicense residente em área urbana cresceu de forma acelerada

e hoje corresponde a quase totalidade dos habitantes da cidade. A taxa de urbanização em São

Luís é de 94,5%, segundo o Censo 2010. Embora seja uma das capitais nordestinas menos den-

samente povoadas (à frente apenas de Teresina), São Luís experimentou crescimento de 16,6%

na densidade na última década. Em 2010, a densidade populacional no município atingiu 1.216

habitantes/Km2.

7,43 7,538,72

9,5411,31 10,75

9,077,65

6,745,56

4,493,52

2,45 1,86 1,4 0,92

0 a 4anos

5 a 9anos

10 a14

anos

15 a19

anos

20 a24

anos

25 a29

anos

30 a34

anos

35 a39

anos

40 a44

anos

45 a49

anos

50 a54

anos

55 a59

anos

60 a64

anos

65 a69

anos

70 a74

anos

75 a79

anos

São Luís - MA Maranhão Brasil

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

Recife - PE Salvador -BA

JoãoPessoa -

PB

Maceió -AL

Aracaju -SE

Natal - RN Fortaleza -CE

Teresina -PI

São Luís -MA

2000 2010

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16

A infraestrutura urbana de São Luís não acompanhou este elevado crescimento populacional, o

que ocasionou problemas de moradia, saneamento e mobilidade. A proporção de domicílios em

aglomerados subnormais é a segunda maior entre as capitais nordestinas; mais de 1/5 da popu-

lação vive em aglomerados subnormais (Gráfico 3). Segundo o Censo 2010, a Grande São Luís

possui um déficit habitacional de 59.852 domicílios (16,6% do total), configurando o segundo

maior entre as capitais nordestinas.

No que tange ao saneamento, no índice Trata Brasil – que analisa o atendimento com água tra-

tada, coleta de esgoto, perdas na distribuição, investimentos e avanços na cobertura e o que é

feito com o esgoto – São Luís encontra-se em último lugar, com nota média pouco superior a 3

e a maior proporção de perdas totais na distribuição (Gráfico 4). A rede geral de esgoto contem-

pla menos da metade dos domicílios, assim como o abastecimento de água – 83,4% dos domi-

cílios recebem água limpa. No que se refere ao destino do lixo, 90,9% dos moradores de São Luís

têm acesso à coleta de lixo adequada. Embora este percentual seja superior às médias nacional

(85,8%) e do Nordeste (72,9%), é o mais baixo dentre as capitais nordestinas. Além disso, a fre-

quência da coleta de lixo é inferior à das capitais do NE5.

5 Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, 2010

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GRÁFICO 3. AGLOMERADOS SUBNORMAIS6

Fonte: Censo 2010/IBGE

GRÁFICO 4. SANEAMENTO BÁSICO - ÍNDICE TRATA BRASIL

Fonte: Trata Brasil com base no SNIS 2010

6 O IBGE classifica como aglomerado subnormal cada conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, em

sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia

(pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa. A identificação atende aos seguintes crité-

rios:

a) Ocupação ilegal da terra, ou seja, construção em terrenos de propriedade alheia (pública ou particular) no momento atual ou

em período recente (obtenção do título de propriedade do terreno há dez anos ou menos); e

b) Possuírem urbanização fora dos padrões vigentes (refletido por vias de circulação estreitas e de alinhamento irregular, lotes

de tamanhos e formas desiguais e construções não regularizadas por órgãos públicos) ou precariedade na oferta de serviços pú-

blicos essenciais (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e fornecimento de energia elétrica).

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

% A

glom

erad

os C

apital/U

FP

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orç

ão D

om

icíli

os

em

A

glo

me

rad

os

Sub

no

rmai

s

Proporção de Domicílios em aglomerados subnormais % Aglomerados Capital/UF

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

0

20

40

60

80

100

São Luís- MA

Teresina- PI

Maceió -AL

Natal -RN

Recife -PE

JoãoPessoa -

PB

Aracaju -SE

Fortaleza- CE

Salvador- BA

Atendimento de água (%) Atendimento de esgoto (%)

Esgoto tratado por água consumida (%) Perdas totais (%)

Nota Trata Brasil

Pe

rce

ntu

al d

e d

om

icíli

os

No

ta Trata Brasil

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18

Em termos de acesso à infraestrutura de saneamento por área da cidade, Cidade Operária, Co-

hatrac e Centro destacam-se com os melhores indicadores, com mais de 90% da população re-

sidindo em domicílios com banheiro e esgoto ligado à rede geral de esgoto. No outro extremo,

áreas como São Raimundo, Cidade Olímpica e Maracanã possuem acesso extremamente precá-

rio ao saneamento, abaixo de 1%. Vale ressaltar, porém que no Litoral, área com maior renda

da cidade, 35% dos domicílios não estão conectados à rede geral de esgoto.

MAPA 1. PORCENTAGEM DE PESSOAS EM DOMICÍLIOS COM BANHEIRO E ESGOTO LIGADO À REDE GERAL

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

Quanto à mobilidade, mais da metade dos ludovicenses levam mais de meia hora para chegar

ao trabalho. Na região metropolitana, o movimento dos trabalhadores dura 39 minutos, em

média, acima da média das regiões metropolitanas brasileiras e na comparação internacional,

conforme o gráfico 5, inferior apenas à Xangai. Uma possível explicação para a deterioração da

mobilidade urbana é a malha viária deficiente para atender o aumento da frota de veículos –

entre 2001 e 2012, o total de veículos teve aumento de 206,8%, sendo que motos e automóveis

cresceram 569% e 155%, respectivamente. Contudo, mesmo com o expressivo crescimento da

frota (o segundo maior entre as capitais do NE), a quantidade relativa de carros por habitantes

é baixa – 162 automóveis por 1000 habitantes, a segunda menor entre as capitais do NE – o que

tende a indicar gargalos na estrutura viária e na engenharia de tráfego. A percepção entre os

1 CENTRO 90,3

2 MONTE CASTELO 75,3

3 BAIRRO DE FÁTIMA 86,7

4 JOÃO PAULO 74,8

5 VILA PALMEIRA 56,6

6 ANIL 32,4

7 ANGELIM 77,1

8 COHAMA 56,2

9 VINHAIS 70,3

10 SÃO FRANCISCO 72,4

11 LITORAL 64,6

12 TURU 19,1

13 ITAPIRACÓ 57,1

14 COHATRAC 95,1

15 COHAB 61,0

16 SÃO CRISTÓVÃO 14,5

17 SANTO ANTÔNIO 31,8

18 SACAVÉM 64,5

19 COROADINHO 42,3

20 VILA EMBRATEL 5,3

21 MAURO FECURY 6,8

22 ANJO DA GUARDA 30,1

23 MARACANÃ 0,8

24 TIBIRI 2,5

25 SÃO RAIMUNDO 0,3

26 TIRIRICAL 18,3

27 CIDADE OPERÁRIA 96,6

28 JARDIM AMÉRICA 23,7

29 CIDADE OLÍMPICA 0,4

Legenda:

-

+

< 15

> 15 a 50

> 50 a 73

> 73

MÉDIA SÃO LUÍS 45,1

12

10

11

9

8

12

13

7

543

19

20

21

26

1718

6

1514

16

27

29

2825

2423

22

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19

entrevistados é que “os ônibus são antigos, sem manutenção, e as vias não foram ampliadas

para absorver o grande número de novos veículos, assim como não houve integração adequada

da hierarquia viária”. Se não houver planejamento para o crescimento da cidade, a tendência é

de colapso da mobilidade e da infraestrutura urbana, com efeitos negativos no meio ambiente

urbano de São Luís.

GRÁFICO 5. TEMPO MÉDIO DO DESLOCAMENTO CASA – TRABALHO – REGIÕES METROPOLITANAS SELECIONADAS NO BRASIL E

NO MUNDO* (EM MINUTOS)

Fonte: Pereira, R.H.M.; Schwanem, T.; “Tempo de deslocamento casa-trabalho no Brasil (1992-2009): diferenças entre regiões me-

tropolitanas, níveis de renda e sexo”. IPEA, Texto para Discussão nº 1813, Brasília, Fevereiro 2013. *Tóquio (2005), Santiago e

Europa (2006); Brasil (2009); Austrália, Canadá, Xangai e EUA (2010). Os critérios para delimitação das fronteiras das regiões me-

tropolitanas europeias podem variar entre os países. Os dados para os EUA se baseiam nas regiões metropolitanas americanas

(metropolitan statistical areas)

A análise por área da cidade mostra que o tempo de deslocamento entre casa e trabalho varia

de 26,8 minutos no Litoral a 55 minutos entre os moradores da Cidade Olímpica. As áreas rurais,

mais distantes do centro de São Luís, têm as piores médias de deslocamento.

Xan

gai

São

Pau

lo

Rio

de

Jan

eiro

RM

sB

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Lon

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Esto

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San

tiag

o

Seat

tle

Milã

o

Bar

celo

na

50

40

30

20

10

Grande São Luís: 39min

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20

MAPA 2. TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO ENTRE A CASA E O TRABALHO (HORAS)

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

Com relação às Tecnologias da Informação e Comunicação, a estrutura de São Luís ainda é inci-

piente, pois apenas 34% dos domicílios têm computador. O acesso a Internet é menos fre-

quente, com apenas 28,7% das pessoas com computador e internet em São Luís, conforme o

mapa abaixo. Em Tibiri, Cidade Olímpica, Maracanã e Mauro Fecury menos de 6% possuem com-

putador e acessam Internet, enquanto no Litoral esse percentual chega a 82%. Já o celular é

mais difundido, atinge 89% dos domicílios. Diante das potencialidades informacionais disponí-

veis pela internet, a exclusão digital exerce um forte impacto negativo no exercício de cidadania

em São Luís, pois reduz o acesso limitado às informações e aos serviços públicos ao tempo que

limita a participação e o controle que a sociedade pode exercer sobre a gestão pública.

1 CENTRO 31,9

2 MONTE CASTELO 31,6

3 BAIRRO DE FÁTIMA 32,1

4 JOÃO PAULO 35,1

5 VILA PALMEIRA 34,3

6 ANIL 39,8

7 ANGELIM 35,1

8 COHAMA 32,9

9 VINHAIS 30,9

10 SÃO FRANCISCO 30,3

11 LITORAL 26,8

12 TURU 40,1

13 ITAPIRACÓ 40,3

14 COHATRAC 44,8

15 COHAB 35,7

16 SÃO CRISTÓVÃO 41,6

17 SANTO ANTÔNIO 35,6

18 SACAVÉM 37,9

19 COROADINHO 44,3

20 VILA EMBRATEL 40,8

21 MAURO FECURY 43,2

22 ANJO DA GUARDA 37,0

23 MARACANÃ 41,9

24 TIBIRI 52,9

25 SÃO RAIMUNDO 53,8

26 TIRIRICAL 39,7

27 CIDADE OPERÁRIA 45,0

28 JARDIM AMÉRICA 51,7

29 CIDADE OLÍMPICA 54,9

Legenda:

-

+

< 33

< 33 a 38

< 38 a 44

> 44

MÉDIA SÃO LUÍS 39,1

12

10

11

9

8

12

13

7

543

19

20

21

26

1718

6

1514

16

27

29

2825

2423

22

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21

MAPA 3. PORCENTAGEM DE PESSOAS EM DOMICÍLIOS COM COMPUTADOR E INTERNET

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

1.3. ATIVIDADE ECONÔMICA

Em 2010, o Produto Interno Bruto de São Luís totalizou R$ 17,9 bilhões, o que representa 39,6%

da renda gerada no estado. A relevância da capital na geração do PIB estadual é particularmente

grande no caso da Maranhão. O peso da capital no PIB do estado está entre os 10 maiores do

Brasil.

O setor de serviços responde por 77,7% do PIB ludovicense, seguido pela indústria (22,2%) e

pela agropecuária (0,1%). Cabe ressaltar que a importância relativa do setor industrial na gera-

ção do PIB municipal em São Luís é a 5ª mais elevada dentre as 27 capitais brasileiras.

Entre 2003 e 2010, a atividade econômica ludovicense teve desempenho superior à média na-

cional e foi a que mais cresceu entre as capitais do Nordeste, estabelecendo-se como o quarto

maior PIB entre elas. Em 2010, a participação de São Luís no PIB do Nordeste e do Brasil era de,

respectivamente, 3,5% e 0,48%, acima do observado em 2003 (3,2% e 0,41%, na ordem).

1 CENTRO 35,0

2 MONTE CASTELO 27,8

3 BAIRRO DE FÁTIMA 23,1

4 JOÃO PAULO 29,1

5 VILA PALMEIRA 21,2

6 ANIL 30,9

7 ANGELIM 56,5

8 COHAMA 63,9

9 VINHAIS 57,2

10 SÃO FRANCISCO 32,3

11 LITORAL 81,8

12 TURU 19,3

13 ITAPIRACÓ 43,0

14 COHATRAC 66,4

15 COHAB 34,6

16 SÃO CRISTÓVÃO 25,1

17 SANTO ANTÔNIO 21,8

18 SACAVÉM 17,6

19 COROADINHO 12,7

20 VILA EMBRATEL 12,7

21 MAURO FECURY 5,6

22 ANJO DA GUARDA 16,8

23 MARACANÃ 5,9

24 TIBIRI 2,0

25 SÃO RAIMUNDO 9,4

26 TIRIRICAL 17,2

27 CIDADE OPERÁRIA 39,2

28 JARDIM AMÉRICA 20,8

29 CIDADE OLÍMPICA 3,9

Legenda:

-

+

< 13

> 13 a 24

> 24 a 36

> 36

MÉDIA SÃO LUÍS 28,7

12

10

11

9

8

12

13

7

543

19

20

21

26

1718

6

1514

16

27

29

2825

2423

22

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22

Na análise do PIB per capita, isto é, da riqueza produzida em relação à população, São Luís as-

sume o segundo lugar dentre as capitais nordestinas, com R$ 17.703, atrás apenas de Recife

(Gráfico 6). Na última década, o crescimento médio do PIB per capita foi de 15,7%.

GRÁFICO 6. PIB PER CAPITA

Fonte: IBGE.

1.4. MERCADO DE TRABALHO

São Luís apresenta a terceira maior taxa de participação do Nordeste, o que significa que 58,24%

da população em idade para trabalhar estão inseridas no mercado de trabalho. O desemprego

atinge 12,4% da população economicamente ativa, quarta maior taxa das capitais do NE, sendo

maior entre as pessoas com nível de instrução mais elevado (sobretudo aqueles com ensinos

médio e superior completos). Some-se a isso a maior informalidade entre as capitais nordestinas

(junto com Teresina e Fortaleza): quase um quarto dos ocupados não possui carteira assinada

(Gráfico 7).7

7 A população ocupada inclui empregadores, empregados, trabalhadores por conta própria, trabalhadores para subsistência, e os

trabalhadores não remunerados.

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

0

5000

10000

15000

20000

25000

Taxa de

Cre

scime

nto

do

PIB

pe

r capita

PIB

pe

r ca

pit

a

2000 2005 2010 Média de Crescimento

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23

GRÁFICO 7. PESSOAL OCUPADO POR POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO

Fonte: Censo 2010/IBGE.

No que tange aos empregos formais, destaca-se a importância da administração pública, seguida

pelo comércio varejista e pela construção civil. Os maiores rendimentos8, por sua vez, são en-

contrados nas instituições financeiras (R$ 3.571), na indústria metalúrgica (R$ 2.899) e na admi-

nistração pública (R$ 2.502). Os salários médios de São Luís – enquanto indicador que serve

como um referencial de produtividade da economia – sinalizam que as atividades econômicas

ludovicenses são menos produtivas que os suas correlatas em outras capitais do Nordeste, pois

a maioria dos setores apresenta rendimentos inferiores em São Luís quando comparado à média

das demais capitais nordestinas.

Outro aspecto importante é o empreendedorismo, no qual São Luís destaca-se pelo maior per-

centual de trabalhadores por conta própria. Contudo, vale observar que o empreendedorismo

na cidade é de baixa performance, principalmente pelo baixo lucro médio e pela pior taxa de

sucesso dos empreendedores9 (6%). Recife apresenta o dobro de sucesso, medido pelo percen-

tual de empregadores no total de empreendedores (empregadores mais trabalhadores por

conta própria) (Gráfico 8). Além disso, o desempenho das micro e pequenas empresas10 (MPE)

ludovicenses é o mais fraco do Nordeste: as MPE respondem por 32% dos empregos e apenas

20% da massa salarial, enquanto, no Nordeste como um todo, essas taxas são de 38,9% e 27,2%,

respectivamente.

8 Os valores correntes dos rendimentos apresentados referem-se ao ano de 2011.

9 A taxa de sucesso dos empreendedores é representada pelo número de empregadores sobre o número de trabalhadores por

conta própria e de empregadores.

10 Micro e pequenas empresas são as que têm até 100 empregados.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Teresina São Luís JoãoPessoa

Maceió Fortaleza Recife Aracaju Natal Salvador

Empregados - com carteira de trabalho assinada Empregados - militares e funcionários públicos estatutários

Empregados - sem carteira de trabalho assinada Conta própria

Empregadores Não remunerados

Trabalhadores na produção para o próprio consumo

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24

Quanto à análise intramunicipal, Maracanã e Tirirical registram os maiores índices de desem-

prego (cerca de 17%), enquanto as áreas mais ricas Litoral e Cohama possuem taxas de desem-

prego inferiores à 7%.

GRÁFICO 8. TAXA DE SUCESSO DOS EMPREENDEDORES

Fonte: Censo 2010/IBGE

MAPA 4. TAXA DE DESEMPREGO (%)

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

6% 7%8% 8% 9%

10% 10%12% 12%

21% 21% 21% 20%19% 19% 18% 20% 20%

São Luís Teresina Fortaleza Maceió Salvador Natal JoãoPessoa

Aracaju Recife

Taxa de sucesso dos empreendedores Proporção de CP

1 CENTRO 14,9

2 MONTE CASTELO 13,2

3 BAIRRO DE FÁTIMA 14,6

4 JOÃO PAULO 13,9

5 VILA PALMEIRA 12,7

6 ANIL 13,1

7 ANGELIM 9,0

8 COHAMA 6,7

9 VINHAIS 8,9

10 SÃO FRANCISCO 13,1

11 LITORAL 5,5

12 TURU 12,0

13 ITAPIRACÓ 8,4

14 COHATRAC 8,5

15 COHAB 12,9

16 SÃO CRISTÓVÃO 12,2

17 SANTO ANTÔNIO 12,8

18 SACAVÉM 10,6

19 COROADINHO 15,2

20 VILA EMBRATEL 13,7

21 MAURO FECURY 16,2

22 ANJO DA GUARDA 15,3

23 MARACANÃ 17,0

24 TIBIRI 13,6

25 SÃO RAIMUNDO 16,3

26 TIRIRICAL 17,3

27 CIDADE OPERÁRIA 13,7

28 JARDIM AMÉRICA 12,5

29 CIDADE OLÍMPICA 11,3

Legenda:

-

+

< 12

< 12 a 13

< 13 a 15

> 15

MÉDIA SÃO LUÍS 12,4

12

10

11

9

8

12

13

7

543

19

20

21

26

1718

6

1514

16

27

29

2825

2423

22

Page 29: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

25

1.5. DESENVOLVIMENTO HUMANO

O desenvolvimento humano é medido nos municípios brasileiros por meio do Índice de Desen-

volvimento Humano Municipal (IDHM), que sintetiza três aspectos fundamentais: Educação,

Longevidade e Renda. Quanto mais próximo de 1, maior o grau de desenvolvimento humano de

uma cidade. Dentre as capitais do Nordeste, São Luís possui o terceiro IDHM mais elevado

(0,768). A primeira posição no ranking é ocupada por Recife (0,772) (Tabela 1).

Pela análise dos componentes do IDHM, o município destaca-se em Educação, que não consi-

dera indicadores de qualidade11. São Luís é a única capital nordestina entre os 50 melhores mu-

nicípios neste quesito, ocupando a 45ª posição. Teresina, na 278ª colocação, é a segunda capital

do Nordeste mais bem posicionada neste ranking. O nível de instrução da população adulta12 e

a frequência escolar no ensino nos níveis fundamental e médio impulsionam a performance glo-

bal ludovicense no IDHM.

Já quando o desenvolvimento humano é analisado pelas óticas da renda e da longevidade, São

Luís destaca-se negativamente no contexto nacional. Em ambas as dimensões o município loca-

liza-se entre as três piores capitais nordestinas. No que se refere à longevidade, a esperança de

vida ao nascer em São Luís é de 73,8 anos, enquanto que em Natal e Salvador – capitais nordes-

tinas mais bem posicionadas no ranking – é de 75,1 anos. Já no tocante à renda, a capital mara-

nhense apresenta renda per capita de R$ 805, ao passo que em Recife ela chega a R$ 1.444

(Tabela 2).

11 Esses indicadores serão abordados adiante na seção de Educação mostrando um retrato menos favorável da situação educacional

de São Luís.

12 População com mais de 18 anos.

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26

TABELA 1. POSIÇÃO DAS CAPITAIS DO NORDESTE NO RANKING DO IDHM

IDHM IDHM-EDUCAÇÃO IDHM-LONGEVIDADE IDHM-RENDA

RECIFE 210 377 1908 58

ARACAJU 227 261 1993 111

SÃO LUÍS 249 45 2504 593

NATAL 320 433 1426 211

JOÃO PESSOA 321 446 1561 193

SALVADOR 384 595 1429 186

FORTALEZA 467 422 1953 459

TERESINA 526 278 2162 813

MACEIÓ 1266 1302 3167 638

Fonte: “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, PNUD.

TABELA 2. INDICADORES DOS COMPONENTES DO IDHM

IDHM E COMPONENTES -

2010 SÃO LUÍS TERESINA FORTALEZA NATAL MACEIÓ SALVADOR RECIFE

JOÃO

PESSOA ARACAJU

IDHM EDUCAÇÃO 0,752 0,707 0,695 0,694 0,635 0,679 0,698 0,693 0,708

% DE 18 ANOS OU MAIS COM

ENSINO FUNDAMENTAL COM-

PLETO 73,5 64,2 65,8 65,9 59,1 69,7 66,4 66,3 69,5

% DE 5 A 6 ANOS FREQUEN-

TANDO A ESCOLA 96,0 97,5 95,9 92,8 87,0 92,9 95,3 92,6 95,0

% DE 11 A 13 ANOS FRE-

QUENTANDO OS ANOS FINAIS

DO ENSINO FUNDAMENTAL 88,1 90,2 84,8 87,8 83,8 83,0 86,1 85,5 86,3

% DE 15 A 17 ANOS COM EN-

SINO FUNDAMENTAL COM-

PLETO 67,2 62,9 59,5 56,5 49,7 50,2 58,5 57,5 53,8

% DE 18 A 20 ANOS COM EN-

SINO MÉDIO COMPLETO 53,1 46,2 45,4 47,8 42,6 41,8 46,7 47,9 50,7

IDHM LONGEVIDADE 0,813 0,82 0,824 0,835 0,799 0,835 0,825 0,832 0,823

ESPERANÇA DE VIDA AO NAS-

CER (EM ANOS) 73,8 74,2 74,4 75,1 72,9 75,1 74,5 74,9 74,4

IDHM RENDA 0,741 0,731 0,749 0,768 0,739 0,772 0,798 0,77 0,784

RENDA PER CAPITA (EM R$) 805,4 757,6 846,4 950,3 792,5 973,0 1144,3 964,8 1052,0

Fonte: “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, PNUD. Nota: A renda per capita está auferida em valores de 01 de

agosto de 2010.

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27

1.6. RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE

A riqueza gerada em São Luís, medida pelo PIB, não é a mesma riqueza auferida pela população,

medida pela renda familiar: a distância entre essas duas rendas é de quase duas vezes. Assim,

apesar de São Luís ter o segundo maior PIB per capita dentre as capitais do Nordeste, consegue

ter a segunda pior renda familiar per capita nesta mesma base de comparação. Uma possível

explicação para esse diferencial seria a existência de empregos de baixa qualidade, baixa quali-

ficação da mão e obra e, consequente, baixa remuneração. Em outras palavras, boa parte da

riqueza gerada em São Luís não é apropriada pela população.

GRÁFICO 9. DESIGUALDADE DE RENDA

Fonte: IBGE

O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda na população, é alto em relação ao padrão

brasileiro (e mundial), mas encontra-se dentro da média observada na região Nordeste (Gráfico

9). Outro fator de atenção é o alto contingente de pobres – 38% da população – maior que a

média brasileira e inferior apenas aos de Maceió e Teresina dentre as capitais nordestinas (Grá-

fico 10).

0,56

0,58

0,6

0,62

0,64

0,66

0,68

0,7

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

JoãoPessoa -

PB

Salvador- BA

Aracaju -SE

Natal -RN

Maceió -AL

Teresina- PI

Recife -PE

Fortaleza- CE

São Luís- MA

Gin

iP

IB p

er

cap

ita/

RD

PC

an

ual

PIB per capita/RDPC anual Gini

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28

GRÁFICO 10. RENDA DOMICILIAR PER CAPITA E POBREZA

Fonte: Censo 2010/IBGE. Nota: A linha de pobreza utilizada foi de metade do salário mínimo de 2010 (R$255,00).

A desigualdade fica bastante visível quando se observa os indicadores das áreas da cidade. O

Litoral concentra a maior renda da cidade, R$ 4.000 per capita, mais do dobro dos vizinhos,

Cohama e Vinhais, que completam a trinca de bairros com maior renda em São Luís. Metade das

áreas de São Luís registraram renda domiciliar per capita inferior ao salário mínimo da época.

A maior desigualdade, medida pelo índice de Gini, está nas áreas mais ricas, Litoral e São Fran-

cisco e no Centro. Já a pobreza13 concentra-se, principalmente na área rural e do Itaqui-Bacanga,

onde mais da metade da população é considerada pobre.

13 Pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 220.

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

0

200

400

600

800

1000

1200

Recife Aracaju Salvador JoãoPessoa

Natal Fortaleza Maceió São Luís Teresina

Po

bre

zaRD

PC

Renda Familiar Per Capita Pobreza

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29

MAPA 5. RENDA DOMICILIAR PER CAPITA (R$/MÊS JUL/2010)

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

MAPA 6. COEFICIENTE DE GINI

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

Legenda:

-

+

< 400

> 400 a 520

> 520 a 900

> 900

1 CENTRO 885

2 MONTE CASTELO 509

3 BAIRRO DE FÁTIMA 498

4 JOÃO PAULO 526

5 VILA PALMEIRA 518

6 ANIL 619

7 ANGELIM 1.100

8 COHAMA 1.821

9 VINHAIS 1.783

10 SÃO FRANCISCO 945

11 LITORAL 4.035

12 TURU 490

13 ITAPIRACÓ 1.068

14 COHATRAC 1.140

15 COHAB 697

16 SÃO CRISTÓVÃO 631

17 SANTO ANTÔNIO 546

18 SACAVÉM 390

19 COROADINHO 389

20 VILA EMBRATEL 348

21 MAURO FECURY 314

22 ANJO DA GUARDA 433

23 MARACANÃ 281

24 TIBIRI 238

25 SÃO RAIMUNDO 367

26 TIRIRICAL 511

27 CIDADE OPERÁRIA 603

28 JARDIM AMÉRICA 442

29 CIDADE OLÍMPICA 344

MÉDIA SÃO LUÍS 768

12

10

11

9

8

12

13

7

543

19

20

21

26

1718

6

1514

16

27

29

2825

2423

22

1 CENTRO 0,575

2 MONTE CASTELO 0,509

3 BAIRRO DE FÁTIMA 0,514

4 JOÃO PAULO 0,508

5 VILA PALMEIRA 0,544

6 ANIL 0,506

7 ANGELIM 0,500

8 COHAMA 0,541

9 VINHAIS 0,557

10 SÃO FRANCISCO 0,693

11 LITORAL 0,573

12 TURU 0,550

13 ITAPIRACÓ 0,559

14 COHATRAC 0,441

15 COHAB 0,484

16 SÃO CRISTÓVÃO 0,506

17 SANTO ANTÔNIO 0,531

18 SACAVÉM 0,454

19 COROADINHO 0,540

20 VILA EMBRATEL 0,447

21 MAURO FECURY 0,427

22 ANJO DA GUARDA 0,446

23 MARACANÃ 0,479

24 TIBIRI 0,539

25 SÃO RAIMUNDO 0,477

26 TIRIRICAL 0,534

27 CIDADE OPERÁRIA 0,441

28 JARDIM AMÉRICA 0,473

29 CIDADE OLÍMPICA 0,480

Legenda:

-

+

< 0,475

< 0,475 a 0,507

< 0,507 a 0,540

> 0,540

MÉDIA SÃO LUÍS 0,624

12

10

11

9

8

12

13

7

543

19

20

21

26

1718

6

1514

16

27

29

2825

2423

22

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30

MAPA 7. PORCENTAGEM DE POBRES

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

A elevada pobreza explica a importância dos programas assistenciais de transferência de renda,

como o Bolsa Família (BF), e das aposentadorias e pensões públicas: estimativas do Censo 2010

sugerem que 24,5% das famílias de São Luís recebem BF e 5,5% recebem aposentadoria ou pen-

são. A participação dessa renda não proveniente do trabalho na renda total dessas famílias é de

29,9% e 48,5%, respectivamente.

1.7. EDUCAÇÃO

O componente educacional é o destaque positivo quando analisado o desenvolvimento humano

de São Luís pela ótica do IDHM. Isso se deve ao fato de que o indicador do Pnud/ONU considera

o nível de instrução dos adultos e o acesso escolar (sobretudo na educação básica) onde a capital

maranhense vem experimentando avanços importantes. Já na a qualidade do ensino, observa-

se que São Luís possui importantes desafios a superar. Este panorama de avanços no acesso e

desafios na qualidade do ensino não é exclusividade da capital maranhense e possui paralelo

em diversos municípios brasileiros.

1 CENTRO 25,4

2 MONTE CASTELO 39,4

3 BAIRRO DE FÁTIMA 39,8

4 JOÃO PAULO 35,7

5 VILA PALMEIRA 42,1

6 ANIL 30,8

7 ANGELIM 18,7

8 COHAMA 16,2

9 VINHAIS 18,2

10 SÃO FRANCISCO 41,8

11 LITORAL 11,6

12 TURU 45,3

13 ITAPIRACÓ 21,6

14 COHATRAC 12,1

15 COHAB 25,7

16 SÃO CRISTÓVÃO 33,7

17 SANTO ANTÔNIO 39,4

18 SACAVÉM 46,6

19 COROADINHO 55,1

20 VILA EMBRATEL 51,3

21 MAURO FECURY 53,3

22 ANJO DA GUARDA 39,8

23 MARACANÃ 60,7

24 TIBIRI 71,2

25 SÃO RAIMUNDO 51,8

26 TIRIRICAL 37,3

27 CIDADE OPERÁRIA 27,9

28 JARDIM AMÉRICA 41,5

29 CIDADE OLÍMPICA 57,3

Legenda:

-

+

< 26

< 26 a 39,5

< 39,5 a 50

> 50

MÉDIA SÃO LUÍS 37,8

12

10

11

9

8

12

13

7

543

19

20

21

26

1718

6

1514

16

27

29

2825

2423

22

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A taxa de analfabetismo de São Luís, de 5,8%, é a segunda menor dentre as capitais da região

Nordeste. Esse indicador espelha o nível de instrução da população adulta ludovicense, que pos-

sui o menor percentual de pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto (29,53%) e

a maior proporção com ensino médio entre as capitais nordestinas. Na população com 25 anos

de idade ou mais, menos de um terço não completou o Ensino Fundamental, enquanto que mais

de 40% possui Ensino Médio completo (Gráfico 11).

Cerca de 92% das crianças com idade entre 6 e 9 anos estão matriculados no Ensino Fundamen-

tal. Isso faz com que São Luís apresente, comparativamente às demais capitais do Nordeste, a

2ª melhor cobertura no Ensino Fundamental nos anos iniciais e a melhor taxa nos anos finais.

No que se refere ao Ensino Médio, São Luís apresenta a segunda melhor cobertura dentre as

capitais nordestinas: 78,4%.

Assim como ocorre na maior parte das cidades brasileiras, o desafio do acesso ao Ensino Infantil

também se faz presente em São Luís. Segundo os dados do Censo de 2010, 27,7% das crianças

entre 0 e 3 anos frequentam creches em São Luís. A heterogeneidade entre as áreas da cidade

nesse indicador é bastante relevante. Maracanã e Cohab têm menos de 20% das crianças fre-

quentando creche, enquanto em Vinhais, esse percentual é de (42%).

MAPA 8. PORCENTAGEM QUE FREQUENTA À ESCOLA (0 A 3 ANOS)

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

1 CENTRO 29,6

2 MONTE CASTELO 34,1

3 BAIRRO DE FÁTIMA 22,9

4 JOÃO PAULO 26,0

5 VILA PALMEIRA 27,3

6 ANIL 20,5

7 ANGELIM 34,8

8 COHAMA 33,8

9 VINHAIS 42,5

10 SÃO FRANCISCO 29,6

11 LITORAL 34,6

12 TURU 23,0

13 ITAPIRACÓ 31,2

14 COHATRAC 27,4

15 COHAB 19,3

16 SÃO CRISTÓVÃO 26,7

17 SANTO ANTÔNIO 27,5

18 SACAVÉM 24,7

19 COROADINHO 25,9

20 VILA EMBRATEL 29,0

21 MAURO FECURY 29,0

22 ANJO DA GUARDA 23,1

23 MARACANÃ 17,9

24 TIBIRI 23,0

25 SÃO RAIMUNDO 29,3

26 TIRIRICAL 27,8

27 CIDADE OPERÁRIA 31,9

28 JARDIM AMÉRICA 31,3

29 CIDADE OLÍMPICA 28,0

Legenda:

-

+

< 25

> 25 a 28

> 28 a 30

> 30

MÉDIA SÃO LUÍS 14,8

12

10

11

9

8

12

13

7

543

19

20

21

26

1718

6

1514

16

27

29

2825

2423

22

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Já no que se refere à qualidade da educação em São Luís, o Índice de Desenvolvimento da Edu-

cação Básica (IDEB) do município ficou abaixo da média nacional do Ensino Fundamental de 2011

(4,7), quando analisados os anos iniciais. Em comparação com as demais capitais do Nordeste,

São Luís tem maior destaque: fica na 3ª posição na avaliação da rede municipal e na 4ª posição

na rede estadual. Vale ressaltar, no entanto, que entre 2007 e 2011 a capital maranhense per-

deu posição neste ranking e não conseguiu alcançar a meta para os anos iniciais do Ensino Fun-

damental, o que compromete as chances de sucesso dos alunos no decorrer do Ensino Básico e,

por consequência, a permanência destes na escola. Já na avaliação dos anos finais do Ensino

Fundamental, São Luís ficou pouco acima da média brasileira (3,8) (Gráficos 12 e 13).

GRÁFICO 11. IDEB ANOS INICIAIS - ESCOLAS MUNICIPAIS

Fonte: Ministério da Educação

GRÁFICO 12. IDEB ANOS FINAIS - ESCOLAS MUNICIPAIS

Fonte: Ministério da Educação

Por fim, no que tange ao Ensino Superior, entre 2008 e 2010, São Luís apresentou aumento

acentuado do número de candidatos por vaga nos cursos de graduação, sendo esta a maior

relação entre as capitais do Nordeste. Além disso, houve melhora na taxa de conclusão do en-

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

Aracaju Maceió Natal Salvador Recife São Luís Fortaleza JoãoPessoa

Teresina

IDEB 2007 - Municipal IDEB 2011 - Municipal Meta 2007 - Municipal Meta 2011 - Municipal

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

Maceió Salvador Recife Aracaju Natal Fortaleza São Luís JoãoPessoa

Teresina

IDEB 2007 IDEB 2011 Meta 2007 Meta 2011

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33

sino superior, mas ainda abaixo de 50%. A baixa taxa de conclusão do ensino superior tem con-

sequência na quantidade de estudantes de mestrado e doutorado: São Luís é uma das piores

capitais nesse quesito.

1.8. SAÚDE

O sistema de saúde de São Luís apresenta inúmeros desafios: os índices de mortalidade infantil,

o número de médicos e a cobertura de Equipes Básicas de Saúde estão entre os piores do Nor-

deste. Além disso, há um paradoxo importante, pois a maior mortalidade infantil está justa-

mente na cidade com o melhor IDSUS (que avalia tanto a infraestrutura de saúde quanto o aten-

dimento) dentre as capitais nordestinas. O componente do IDHM que considera a esperança de

vida ao nascer é o segundo pior do Nordeste, com 73,76 anos. Nesse contexto, a percepção da

população é de que a cidade cresceu, mas os equipamentos de saúde não acompanharam a

demanda.

No que se refere à mortalidade infantil, nenhuma capital do Nordeste alcança o indicador reco-

mendado pela OMS (10 por 1000 nascidos vivos). São Luís foi a única capital que teve aumento

da taxa entre 2007 e 2011, além de possuir a maior mortalidade infantil da região (Gráfico 14).

GRÁFICO 13. TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL

Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde. Nota: Número de óbitos de crianças residentes com menos de um ano de idade sobre

o número de nascidos vivos de mães residentes na cidade em questão. Apresentado número de óbitos sobre 1.000.

-50,0%

-40,0%

-30,0%

-20,0%

-10,0%

0,0%

10,0%

0,002,004,006,008,00

10,0012,0014,0016,0018,0020,00

Variação

Taxa

Mo

ralid

ade

Infa

nti

l

Taxa de mortalidade infantil (2011) Variação 2007-2011

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34

Outro fator que não deve ser desconsiderado é o baixo número de médicos por habitantes. São

Luís tem 2,33 médicos por 1000 habitantes, o segundo menor dentre as capitais da região Nor-

deste. Este indicador é inferior à metade do registrado em Recife (5,46). A carência de médicos

influencia negativamente o desempenho da atenção primária. Menos de um terço da população

de São Luís está coberta pelas equipes básicas de saúde, apresentando o segundo pior desem-

penho neste indicador dentre as capitais nordestinas (Gráfico 15).

GRÁFICO 15. EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE (2011)

Fonte: Ministério da Saúde - DATASUS

Por fim, no tocante à infraestrutura de saúde, observa-se que a proporção de leitos hospitalares

vem sendo reduzida nos últimos anos em São Luís, fenômeno que encontra paralelo no Brasil

em geral. A população cresceu 17% na capital maranhense, ante uma redução de 2,9% na oferta

de leitos no mesmo período. Este aspecto pode ser explicado pelo desempenho dos gastos com

saúde em São Luís nos últimos anos. A despesa total com saúde experimentou aumento subs-

tancial em todas as capitais nordestinas entre 2000 e 2012, mas São Luís apresentou a menor

taxa média de variação neste quesito.

1.9. SEGURANÇA

Segurança é um grande desafio urbano em toda metrópole. Em São Luís, a taxa de homicídios

de 56,1 homicídios por 100 mil habitantes posiciona o município em posição intermediária em

relação às demais capitais nordestinas. A capital maranhense é a quarta mais violenta do Nor-

deste, atrás de Maceió, João Pessoa e Recife. Vale ressaltar que este patamar encontra-se muito

acima do referencial da OMS (10 óbitos/1000 habitantes).

24,9%32,9% 33,3%

38,1% 39,1%

53,4%

74,3%82,2%

88,5%

15,3% 17,2% 22,1%

45,8%

25,8% 25,9%

79,4%

38,8%

64,9%

Salvador São Luís Maceió Natal Fortaleza Recife JoãoPessoa

Aracaju Teresina

EBS Saúde Bucal

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35

Já quando analisada a variação da taxa de homicídios no comparativo 2008-2010, observa-se

que São Luís experimentou o segundo maior crescimento dentre as capitais do Nordeste, atrás

apenas da capital paraibana (Gráfico 16).

GRÁFICO 16. TAXA DE HOMICÍDIOS

Fonte: Mapa da Violência.

1.10. JUVENTUDE

A transição demográfica em São Luís ainda está no início, o que significa que o município tem

plenas condições de beneficiar-se do bônus demográfico nas próximas décadas. O aproveita-

mento desta oportunidade, por sua vez, requer investimento maciço na juventude, em particu-

lar os jovens estudantes e profissionais.

A promoção do protagonismo juvenil envolve a superação de importantes desafios. São Luís

apresenta a maior proporção de jovens entre 15 e 24 anos que não estudavam nem estavam

trabalhando (27%). Na comparação por gênero, as mulheres têm proporção superior aos ho-

mens (Gráfico 17). Mesmo os jovens que buscam uma ocupação enfrentam barreiras ao tentar

ingressar no mercado de trabalho. A taxa de desemprego dos jovens é de 25,5% em São Luís.

-40,0%-30,0%-20,0%-10,0%0,0%10,0%20,0%30,0%40,0%

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

Variação

Taxa

Ho

mic

ídio

s

Taxa Homicídios 2010 Variação 2008-2010

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36

GRÁFICO 17. JOVENS QUE NEM ESTUDAM, NEM TRABALHAM

Fonte: Censo 2010/IBGE. Nota: Consideramos jovens a população entre 15 e 24 anos.

Em áreas da cidade como João Paulo, Maracanã, Coroadinho e Vila Palmeira, mais de um terço

dos jovens de 15 a 29 anos não estão trabalhando nem estudando, enquanto o Litoral, Cohatrac

e Itapiracó registram os menores índices de ociosidade juvenil, menos de 20%, porém ainda

considerados alto para a média brasileira.

MAPA 9. PORCENTAGEM DE JOVENS DE 15 A 29 ANOS QUE NÃO ESTUDAM NEM TRABALHAM

Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.

0,0%

5,0%

10,0%15,0%

20,0%25,0%

30,0%

35,0%

Aracaju -SE

Teresina -PI

Natal - RN JoãoPessoa -

PB

Fortaleza -CE

Salvador -BA

Recife - PE Maceió -AL

São Luís -MA

Indicador NemNem Indicador NemNem - Homens Indicador NemNem - Mulheres

1 CENTRO 28,6

2 MONTE CASTELO 26,0

3 BAIRRO DE FÁTIMA 26,3

4 JOÃO PAULO 36,0

5 VILA PALMEIRA 34,7

6 ANIL 25,0

7 ANGELIM 20,2

8 COHAMA 20,4

9 VINHAIS 20,5

10 SÃO FRANCISCO 24,7

11 LITORAL 14,7

12 TURU 22,3

13 ITAPIRACÓ 19,1

14 COHATRAC 18,1

15 COHAB 23,8

16 SÃO CRISTÓVÃO 28,7

17 SANTO ANTÔNIO 25,9

18 SACAVÉM 31,4

19 COROADINHO 36,3

20 VILA EMBRATEL 32,1

21 MAURO FECURY 32,6

22 ANJO DA GUARDA 31,9

23 MARACANÃ 34,9

24 TIBIRI 37,2

25 SÃO RAIMUNDO 32,0

26 TIRIRICAL 30,7

27 CIDADE OPERÁRIA 26,1

28 JARDIM AMÉRICA 24,1

29 CIDADE OLÍMPICA 27,0

Legenda:

-

+

< 24

< 24 a 28

< 28 a 32

> 32

MÉDIA SÃO LUÍS 27,3

12

10

11

9

8

12

13

7

543

19

20

21

26

1718

6

1514

16

27

29

2825

2423

22

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37

A vulnerabilidade social da juventude ludovicense é agravada por esta ociosidade. Entre os ma-

les aos quais os jovens encontram-se vulneráveis, o mais grave é a violência. A taxa de homicí-

dios entre jovens com idade de 15 a 24 anos é superior à do total da população: 83,2 e 56,1

homicídios por 100 mil habitantes, respectivamente.

Um dos desafios estratégicos de São Luís no horizonte das próximas duas décadas é a retenção

e qualificação de sua juventude. Além da existência de oportunidades de emprego e de qualifi-

cação profissional, a qualidade de vida no ambiente urbano é elemento importante e cada vez

mais valorizado pelos jovens. A retenção de talentos em São Luís requer, portanto, investimen-

tos não apenas em educação, saúde, mobilidade, saneamento básico e segurança, mas também

em cultura e lazer – elementos essenciais para a formação dos cidadãos, especialmente os mais

jovens.

Nesse sentido, ressalta-se que abaixa quantidade relativa de equipamentos de cultura, como

museus, teatros e bibliotecas em São Luís. A limitação de equipamentos e espaços de lazer na

capital maranhense pode ser ilustrada pelo número de habitantes por parque, 130 mil, o se-

gundo mais elevado do Nordeste.

1.11. GESTÃO FISCAL

A gestão fiscal, medida pelo Índice Firjan (IFGF), é aqui utilizada como uma proxy da capacidade

administrativa e da qualidade do ambiente institucional. Sendo assim, houve queda de 16,3%

no IFGF no período 2006 e 2011, o que indica uma perda de qualidade na administração pública

de São Luís. Na comparação com as demais capitais do Nordeste, a cidade ficou a frente apenas

de Natal (Gráfico 18). Com base na pesquisa qualitativa realizada no âmbito do Plano de Longo

Prazo de São Luís, a gestão municipal é vista como “ineficiente e sem capacidade de atender às

demandas da população, além de faltarem incentivos e regras claras para atração de investi-

mentos”. A pesquisa aponta que “um aspecto que dificulta a atração de empresas para São Luís

é o excesso de burocracia e a politização das decisões".

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38

GRÁFICO 14. ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL

Fonte: FIRJAN

Os relatórios “Desempenho Fiscal 2008-2011, Estimativa 2012 e projeção 2013” e “Desempenho

Fiscal 2012, Orçamento 2013 e Reestimativas 2013”, realizados pela Macroplan em dezembro

de 2012 e fevereiro de 2013, indicam que ao longo do período, a Receita Corrente cresceu em

termos reais à média anual de 4,9%. A baixa expansão das transferências intergovernamentais

entre 2008 e 2010, decorrentes da crise econômica, foi compensada pela expansão das receitas

próprias, em particular, da receita com a arrecadação de Imposto sobre Serviços de Qualquer

Natureza (ISS), que mudou de patamar em 2011, tornando-se responsável por 44,5% do au-

mento da Receita Corrente no período 2008 a 2012. A receita do Fundo de Manutenção e De-

senvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB)

teve forte expansão no período analisado, impulsionado pelo crescimento das transferências de

recursos da complementação da União ao Fundo, mecanismo que visa equalizar o volume de

recursos financeiros por aluno, pelo menos entre algumas Unidades Federativas do país.

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

Natal - RN São Luís -MA

Salvador -BA

Maceió -AL

JoãoPessoa -

PB

Teresina -PI

Aracaju -SE

Fortaleza -CE

Recife - PE

IFGF 2006 IFGF 2010 IFGF 2011

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39

GRÁFICO 15. COMPOSIÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 2008 A 2012 (EM R$ MILHÕES 201214)

Fonte: Macroplan, 2013.

Apesar disso, a situação deficitária de 2010, embora amenizada, persistiu face ao contínuo cres-

cimento de despesas correntes e ao empenhamento de um montante de investimentos incom-

patível com a disponibilidade de recursos.

GRÁFICO 16. COMPOSIÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 2008 A 2012 (EM R$ MILHÕES 2012)

Fonte: Macroplan, 2013.

As despesas de pessoal expandiram-se a uma taxa média de 8,8% no período analisado. Por essa

razão, embora a Receita Corrente Líquida (RCL) tenha crescimento médio de 5,1% a.a., a relação

Despesas de Pessoal/RCL passou de 48,3% para 54,4% entre 2008 e 2012, ultrapassando o limite

prudencial de 54%. Em 2013, a concessão de novos aumentos aos servidores (77% do incre-

mento da Receita Líquida obtida em 2013 foi destinado ao pagamento de pessoal), em especial

aos da Educação, agravou ainda mais a situação fiscal, mas foi contrabalanceada com a decisão

de enxugamento do quadro de servidores, sendo esperada a redução da relação Pessoal/Receita

para patamar abaixo dos 51%.

14 IPCA/IBGE para 2008 a 2011, estimativa de 5,43% em 2012 – Relatório Focus/BACEN de 30/11/2012. Foi utilizada a variação média

do IPCA em cada ano da série.

365 372 405 473 518

1046 1077 10201207 1177

132 186 190229 1496 5 512 32

2008 2009 2010 2011 2012Receita Tributária Transferências intergovernamentais Outras Receitas Correntes Receita de Capital

1496 1594 2001 2031 2052

726 8791042 991 997651 597694 786 75417 31

33 30 28

2008 2009 2010 2011 2012

Despesa Total Pessoal Outras Despesas Correntes Investimentos + Inv. Financeiras Serviço da Dívida

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40

A participação dos investimentos na despesa total aumentou de uma média de 6,1% no biênio

2008-09 para 12,2% nos anos 2011-12. Essa expansão foi financiada, basicamente, com a gera-

ção de déficit fiscal, o que elevou fortemente o Passivo Financeiro do Município, principalmente

através do acúmulo de Restos a Pagar Processados e Não Processados.

O Serviço da Dívida do município empenhado em 2012 foi de R$ 28 milhões; considerada a re-

lação entre a Dívida Líquida e a Receita Corrente Líquida, o Município se encontra bem abaixo

do limite permitido pelo Senado Federal, do que resulta um comprometimento com o serviço

da dívida bastante confortável - média de 1,5% do total da despesa.

Embora a Dívida Contratual não seja preocupante, não se pode dizer o mesmo dos Restos a

Pagar - RP, com expansão significativa nos últimos anos, passando de R$ 60 milhões em 2008

para R$ 831 milhões ao final de 2012, comprometendo fortemente a capacidade da Prefeitura

de honrar os compromissos assumidos.

TABELA 3. DÍVIDA COM RESTOS A PAGAR DEZEMBRO 2008 A 2012 (EM R$ MILHÕES CORRENTES)

Restos a pagar Dez/08 Dez/09 Dez/10 Dez/11 Dez/12

Total de RP 60 138 417 520 831

Processados (despesa liquidada, a pagar) 36 95 241 285 512

Não processados (despesa empenhada, a liqui-dar)

24 43 176 235 319

Fonte: STN/Ministério da Fazenda e Portal de Transparência PSL – RREO.

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41

Capítulo 2. Condicionantes do futuro

2 Condicionantes do futuro

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43

2.1. TENDÊNCIAS RELEVANTES PARA SÃO LUÍS

O futuro de São Luís não é totalmente incerto, nem obra do acaso. Ele é influenciado por um

conjunto de fenômenos externos e internos que têm impacto relevante sobre a trajetória futura

da capital maranhense. Dentro desse conjunto de fenômenos, há um grupo de elementos já

consolidados cujos desdobramentos apresentam alto grau de certeza ou previsibilidade no ho-

rizonte 2033.

Esses elementos predeterminados são denominados tendências consolidadas. As tendências

consolidadas são aquelas perspectivas cujas direções já são bastante visíveis e suficientemente

consolidadas para se admitir a manutenção deste rumo durante o período considerado. A expli-

citação de hipóteses quanto às tendências consolidadas é um recurso metodológico particular-

mente relevante para a geração de cenários na medida em que delimita, numa primeira aproxi-

mação, o espaço de restrições e possibilidades dentro dos quais os cenários podem ser constru-

ídos, estreitando assim o “leque” dos futuros a serem explorados.

Esse capítulo apresenta uma descrição dos principais elementos predeterminados que condici-

onarão o futuro de São Luís nos próximos anos. Para uma melhor compreensão, as tendências

consolidadas foram segmentadas em três grandes grupos conforme imagem abaixo: o macro-

ambiente global, o Brasil e a região Nordeste, além do Maranhão e São Luís.

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44

TENDÊNCIAS GLOBAIS

» Globalização comercial, financeira e produtiva

Nas últimas duas décadas, vivenciamos uma ampliação, com intensidade sem precedentes, dos

fluxos de pessoas, informação, tecnologia, produtos, serviços e capitais em todo o mundo. Esse

fenômeno constitui um importante condicionante do crescimento e da inserção externa dos

países, na medida em que possibilita o estabelecimento de processos produtivos, comerciais e

financeiros capazes de movimentar bens e serviços ao redor do mundo, seja para consumo final,

seja para utilização como insumo em outras unidades produtivas.

A intensificação da globalização terá grande influência na produção de bens e serviços ao possi-

bilitar a formação de redes de valor integradas, operando em escala mundial e envolvendo par-

ceiros, fornecedores e distribuidores. Este fenômeno terá como importante consequência o au-

mento da terceirização e do offshoring, permitindo a configuração de redes de valor distribuídas

internacionalmente onde os diferentes países e cidades se defrontarão com um vasto e diversi-

ficado leque de oportunidades de negócios, em especial no segmento de serviços.

Page 49: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

45

GRÁFICO 17. EXPORTAÇÕES MUNDIAIS DE MERCADORIAS E SERVIÇOS A PREÇOS CORRENTES - 2003 A 2011 (US$ BILHÕES)

Fonte: World Bank, World Development Indicators, Elaboração Macroplan

Assim como a produção é internacionalizada, o mesmo ocorre com o acesso aos bens e serviços.

Seja para consumo final, seja para a sua utilização como insumos no processo produtivo, é cres-

cente o comércio internacional de bens e serviços. Entre 2003 e 2011, as exportações mundiais

de bens e serviços cresceram 125%, passando de US$ 9 trilhões para US$ 20,5 trilhões, segundo

dados do Banco Mundial.

Se por um lado, a globalização aumenta a acessibilidade a novos bens e serviços de maior qua-

lidade e com custos menores, bem como amplia a eficiência dos processos produtivos, esse mo-

vimento também impõe grandes desafios. A intensificação da concorrência, por exemplo, pro-

voca a dissolução de empresas com pouca vantagem competitiva e com menor capacidade de

adaptação e acesso limitado aos novos mercados. O aumento da concorrência internacional de-

manda também que as cidades sejam mais competitivas.

Uma das condições exigidas dos países para ampliar sua capacidade de crescimento econômico

e melhorar sua inserção no mercado internacional reside na capacidade dos seus agentes econô-

micos em adotar técnicas produtivas e de gestão mais modernas e competitivas, incorporando

com rapidez informações e conhecimentos que permitam uma redução ágil de custo e a melho-

ria de seus produtos, mediante a inovação de produtos e processos. Nesse contexto, o limitado

grau de abertura da economia brasileira – quando comparado não apenas a economias avança-

das, mas também a outros países emergentes – constitui-se em um inibidor à modernização e à

diversificação do parque industrial de alto valor agregado e as redes de serviço de qualidade que

operam no país.

IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

OPORTUNIDADE PARA AMPLIAR A MOVIMENTAÇÃO DO PORTO DE ITAQUI NOS PRÓXIMOS ANOS, ESPECIALMENTE COM A

AMPLIAÇÃO DO CANAL DO PANAMÁ

AUMENTO DA COMPETIÇÃO INTERNACIONAL PELOS FLUXOS DE CAPITAIS PRODUTIVOS E FINANCEIROS CIRCULANTES AO

0

5000

10000

15000

20000

25000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

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REDOR DO MUNDO E PELA LOCALIZAÇÃO DE NOVAS PLANTAS INDUSTRIAIS, COM IMPACTOS SOBRE A COMPETITIVIDADE

DAS CIDADES.

OPORTUNIDADE PARA A ATRAÇÃO DE REPRESENTAÇÕES DE GRANDES EMPRESAS BRASILEIRAS E MULTINACIONAIS DA IN-

DÚSTRIA METALÚRGICA E DAS CADEIAS PRODUTIVAS EXPORTADORAS, POSSIBILITANDO UM MAIOR DESENVOLVIMENTO

DO SETOR DE SERVIÇOS ASSOCIADOS.

NECESSIDADE DE UMA INTENSA ARTICULAÇÃO DE ATORES PRIVADOS E PÚBLICOS PARA UM ESFORÇO CONJUNTO DE (I)

IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS OPORTUNIDADES, GARGALOS E AMEAÇAS (CONCORRENCIAIS, REGULATÓRIAS E LOGÍSTI-

CAS) PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS E EMPREENDIMENTOS; E (II) FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS E

INICIATIVAS ATIVAS NA ATRAÇÃO DE NOVOS EMPREENDEDORES, INVESTIDORES, NEGÓCIOS E/OU FINANCIAMENTOS PARA

ALAVANCAR OPORTUNIDADES RELEVANTES À CIDADE E PARA AS QUAIS SÃO LUÍS POSSUA EVIDENTES VANTAGENS COM-

PARATIVAS.

» Crescimento dos países asiáticos, emergência dos africanos e recuperação progressiva do di-

namismo da economia americana

O ambiente econômico internacional nos próximos anos ainda será influenciado pelos desdo-

bramentos da crise de 2008/2009, a maior desde a Grande Depressão de 1929. Nesse sentido,

espera-se que os EUA experimentarão recuperação progressiva do dinamismo de sua economia.

A alta nos preços dos imóveis, a geração de empregos e a adoção de regras mais rígidas para o

sistema financeiro – com influência positiva sobre a confiança de empresários e consumidores

– serão os principais alicerces de uma gradual retomada da atividade econômica norte-ameri-

cana. Segundo as projeções do FMI, a economia americana deve crescer em termos reais 1,6%,

em 2013, e 2,6%, em 2014.15

A evolução da economia global nas próximas décadas será cada vez mais condicionada ao de-

sempenho dos países emergentes. A população mundial, de 6,9 bilhões em 2011, deverá alcan-

çar 7,9 bilhões em 2022. A maior parte desse aumento populacional irá ocorrer nos países em

desenvolvimento, sobretudo na Ásia. A população das regiões mais desenvolvidas deverá cres-

cer muito pouco, passando do atual 1,24 bilhão em 2011 para 1,31 bilhão em 2050.

Também no campo econômico os avanços dos países emergentes são inquestionáveis. O PIB do

Brasil, Rússia, Índia e China (BRICs) passou de US$ 2,8 trilhões, em 2002, para US$ 13,3 trilhões,

em 2011, e a participação na economia global saltou de 8% para 19%. Juntos, eles controlam

15 World Economic Outlook, FMI, outubro de 2013.

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47

US$ 4,4 trilhões em reservas internacionais, cerca de 40% do total, sendo US$ 3,2 trilhões so-

mente da China.16 A economia da Ásia em desenvolvimento deve crescer 6,3%, em 2013, e cerca

de 6% a.a. nos próximos cinco anos, de acordo com as projeções do FMI.17

Um dos resultados associados a este processo é o aumento da participação da classe média na

população mundial. Em 2009, 1,85 bilhão de pessoas compunham a classe média global. Para

2020 projeta-se que este contingente saltará para 3,25 bilhões de pessoas, sendo China e Índia

os grandes responsáveis por esse crescimento.

O crescimento dos asiáticos – e seu impacto sobre a demanda por commodities – tem influência

direta sobre outro fenômeno que marcará o panorama econômico global nos próximos anos: a

emergência dos africanos. A economia da África está crescendo. Na última década, o cresci-

mento real do PIB dos países africanos foi, em média, de 5% anuais. O PIB do continente africano

cresceu 6,6% em 2012 e a previsão de crescimento para 2013 e 2014 é de 4,8% e 5,3%, respec-

tivamente. 18

Além do crescimento econômico acelerado, há evolução positiva dos indicadores socioeconô-

micos. Nos últimos dez anos, a renda domiciliar per capita cresceu mais de 30%, ao passo que

nos 20 anos anteriores, diminuiu quase 10%. A expectativa de vida na África aumentou em cerca

de 10% e a taxa de mortalidade infantil vem caindo na maioria dos países do continente.19

Embora os desafios do continente ainda sejam muitos – existem 25 países africanos entre os 30

mais pobres do mundo –, as expectativas para os próximos anos são positivas. Ao longo da pró-

xima década, o PIB deverá crescer em média de 6% ao ano.20 A expansão do mercado interno e

a evolução do preço das commodities de sua base econômica serão responsáveis por um fluxo

crescente de investimentos estrangeiros, com destaque para os setores de infraestrutura, mi-

neração, petrolífero e de bens de consumo.

16 Arbache, J. O Brasil está na direção certa?. Janeiro de 2013. Disponível em: http://interessenacional.uol.com.br/2013/01/o-brasil-

esta-na-direcao-certa/.

17 World Economic Outlook, FMI, outubro de 2013.

18 Idem.

19 Dados disponíveis em http://www.economist.com/news/special-report/21572377-african-lives-have-already-greatly-improved-over-past-decade-says-oliver-august. Acessado em 24 de outubro de 2013. 20 Idem.

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IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

AUMENTO DA DEMANDA MUNDIAL POR COMMODITIES IMPACTANDO O CRESCIMENTO DA ECONOMIA DE SÃO LUÍS,

TENDO EM VISTA SEU PERFIL SETORIAL E LOGÍSTICO.

OPORTUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS E SERVIÇOS ASSOCIADOS AO COMÉRCIO EXTERIOR (EXPOR-

TAÇÃO E IMPORTAÇÃO), INCLUSIVE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS ASSOCIADOS AO TRADING E SISTEMAS LOGÍSTICOS EM

REDE.

AMPLIAÇÃO DOS FLUXOS TURÍSTICOS DE NEGÓCIOS E DE LAZER.

NECESSIDADE DE AMPLIAÇÃO DAS CAPACIDADES E DA ARTICULAÇÃO PÚBLICO E PRIVADA PARA A PROSPECÇÃO E ATRAÇÃO

ATIVA DE NOVOS NEGÓCIOS E EMPREENDEDORES PARA ATUAÇÃO SINÉRGICA E COMPLEMENTAR À CAPACIDADE INSTA-

LADA.

» Rede de cidades globais: lócus de competitividade

Atualmente, há 3,3 bilhões de pessoas vivendo em cidades no mundo, e as estimativas apontam

que, em 2050, a população urbana será de 6,4 bilhões. De acordo com a Organização das Nações

Unidas (ONU), em 2008, pela primeira vez o percentual de pessoas residindo em áreas urbanas

superou o de pessoas instaladas em áreas rurais. Este processo de intensificação da

urbanização21, uma das principais características da demografia mundial no século XX, pode ser

ilustrado a partir da evolução da participação da população mundial urbana em relação à

população total. Em 1960, 34% da população mundial viviam em cidades; em 1992 este

percentual já havia se ampliado para 44% e, em 2008, alcançou 50%. Estima-se que, em 2025, a

população urbana representará 61% da população total22.

21 Entende-se por urbanização o processo de transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). O au-

mento da população urbana em relação à população rural vem acompanhado da substituição das atividades primárias (agropecu-

ária) por atividades secundárias (indústria) e terciárias (comércio e serviços).

22 Relatório UN-HABITAT (ONU, 2008)

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GRÁFICO 18. PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA NO TOTAL DA POPULAÇÃO MUNDIAL

Fonte: ONU, 2008 *Estimativa

As transformações socioeconômicas que marcaram as últimas décadas resultaram em sistemas

urbanos complexos e interconectados, estruturados em redes. Essas redes urbanas caracteri-

zam-se por um conjunto de cidades com características distintas, cuja hierarquia é definida por

fluxos de bens, serviços e informações. São esses fluxos que definem as relações de dependência

estabelecidas entre as cidades componentes da rede urbana23.

Em economias relativamente fechadas, a hierarquia entre cidades é definida, quase exclusiva-

mente, em função da importância relativa dos centros urbanos no cenário nacional. Contudo, à

medida que as economias se internacionalizam, passa a haver crescente interação entre os vá-

rios sistemas nacionais, o que significa dizer que, no limite, os vários sistemas nacionais tendem

a transformar-se em um único sistema em escala mundial.

Nesse caso, os centros situados no topo da hierarquia são denominados cidades globais, cuja

característica principal consiste em atuar como foco da irradiação das decisões tomadas em es-

cala global para as demais cidades dos seus respectivos sistemas nacionais. A crescente interna-

cionalização dos fluxos de bens, serviços e informações dão origem à formação de uma rede

mundial de metrópoles e megacidades24, onde são geradas e transitadas as decisões financeiras,

mercadológicas e tecnológicas, capazes de moldar os destinos das economias nacionais e suas

articulações com os fluxos internacionais de comércio, informação e conhecimento.

Para serem consideradas metrópoles globais, as cidades, apesar das suas diferenças, possuem

muitos traços em comum: i) influência no âmbito internacional; ii) grande população, mercado

interno pujante e mão-de-obra qualificada; iii) polarização sobre áreas metropolitanas; iv) sede

23 Ipea (2002)

24 Megacidade é o termo normalmente empregado para se definir uma cidade que sedia uma aglomeração urbana com mais de dez

milhões de habitantes (GlobeScan e MRC McLean Hazel, 2008)

1960 1992 2008 2025

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

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50

de importantes empresas transnacionais, multinacionais ou grandes empresas nacionais; v) cen-

tro financeiro moderno e de grande porte; vi) parque manufatureiro inovador e de escala inter-

nacional; e vii) infraestrutura voltada a atividades terciárias e quaternárias (serviços avançados)

de ponta (centros de convenções, aeroportos e rede hoteleira moderna).

MAPA 10. PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO URBANA E AGLOMERAÇÕES URBANAS, POR TAMANHO DA CIDADE, 2025

Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division: World Urbanization Prospects, The 2011

Revision. *Mckinsey Global Institute, ”Urban World: Mapping the economic power of cities”, 2011

A intensificação do processo de urbanização25, que culminou na criação de grandes metrópoles

ao redor do mundo no passado, será cada vez mais visível nos países emergentes, acarretando

em metropolização acentuada nessas regiões. Em 1950, apenas 3 entre as 10 maiores

metrópoles mundiais pertenciam a países em desenvolvimento. Em 2000, essa proporção já era

muito maior, com 7 metrópoles localizadas nestes países. Ademais, projeta-se que existirão 60

metrópoles no mundo em 2015, abrigando 600 milhões de pessoas e em sua maioria localizadas

em países em desenvolvimento.26

25 Entende-se por urbanização o processo de transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). O au-

mento da população urbana em relação à população rural vem acompanhado da substituição das atividades primárias (agrope-

cuária) por atividades secundárias (indústria) e terciárias (comércio e serviços)

26 Relatório UN-HABITAT (ONU, 2008)

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IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

CRESCENTE IMPORTÂNCIA DAS GRANDES CIDADES, COMO SÃO LUÍS, PARA A COMPETITIVIDADE REGIONAL E DO PAÍS.

OPORTUNIDADE PARA A REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS ATRAIR INVESTIMENTOS PRODUTIVOS EM SERVIÇOS (PRE-

DOMINANTEMENTE CONCENTRADOS EM SÃO LUÍS) E NA INDÚSTRIA, BENEFICIANDO-SE DE SUA POSIÇÃO GEOGRÁFICA

ESTRATÉGICA PARA O COMÉRCIO INTERNACIONAL E DE SUA PROXIMIDADE COM O DINÂMICO MERCADO INTERNO DO

NORDESTE.

OPORTUNIDADE DE FORTALECER SUA POSIÇÃO NA REDE DE CIDADES BRASILEIRAS A PARTIR DE UMA MAIOR INTEGRAÇÃO

COM A REDE GLOBAL DE CIDADES CONECTADAS A PARTIR DE SUA INSERÇÃO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL.

NECESSIDADE DE INCORPORAÇÃO SISTEMÁTICA DA COMPETITIVIDADE COMO UM DOS VETORES ESTRUTURANTES DAS ES-

TRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DA CIDADE A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS, COM FOCO NA REDUÇÃO DOS CUSTOS

DE DESLOCAMENTO, LOCALIZAÇÃO E DE TRANSAÇÃO, OFERTA DE INFRAESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÕES, MAIOR MO-

BILIDADE DE PESSOAS E MERCADORIAS, ECONOMIAS DE ESCALA E AGLOMERAÇÃO, SEGURANÇA PÚBLICA E JURÍDICA E DA

FORMULAÇÃO DE EXPERIMENTOS INOVADORES NESTE CAMPO (INCUBADORAS DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA, ACE-

LERADORAS DE START UPS, POLOS DE SERVIÇOS, ETC).

» Demandas crescentes por sustentabilidade ambiental e economia de baixo carbono

Nas próximas décadas, será cada vez maior a visibilidade dos efeitos ambientais e econômicos

trazidos pelo aquecimento global – o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar pró-

ximo à superfície que ocorre desde meados do século XX. De acordo com o Painel Intergoverna-

mental sobre Mudanças Climáticas da ONU, realizado em 2007, a temperatura na superfície ter-

restre aumentou 0,74 ± 0,18°C durante o século XX. A maior parte deste aumento de tempera-

tura foi causada por concentrações crescentes de gases do efeito estufa resultantes de ativida-

des humanas.

O risco de aquecimento global tem conduzido países, órgãos multilaterais, empresas e ONGs,

entre outros, a se preocuparem com a redução da emissão de gases de efeito estufa. Com isso,

a regulação ambiental tem saído dos fóruns globais para as pautas legislativas dos países e as

práticas produtivas sustentáveis são crescentemente reconhecidas pelos consumidores como

fontes de valor adicional aos produtos.

Nesse contexto de crescente demanda por sustentabilidade ambiental, diversas medidas têm

sido tomadas em busca de uma economia de baixo carbono. Entre elas, destacam-se o uso de

fontes não fósseis de produção de energia; a redução do desflorestamento; e adaptações no

processo industrial e no sistema de transporte.

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52

A tendência mundial rumo a uma economia sustentável e de baixo carbono representa oportu-

nidades e riscos para o Brasil. Os riscos estão relacionados às barreiras no comércio internacio-

nal, impostas com base em requisitos e padrões ambientais mínimos. Como oportunidade, des-

taca-se o papel da gestão ambiental como forma de obter ganhos de produtividade com, por

exemplo, maior eficiência energética e reutilização de materiais na atividade produtiva. Serão

necessários investimentos crescentes em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas

que minimizem os danos ao meio ambiente, além da adaptação da produção a padrões interna-

cionais de eco-eficiência. São também oportunidades uma série de novos negócios ambientais

relacionados ao mercado de créditos de carbono e à biodiversidade, tais como o desenvolvi-

mento de bioprodutos e a produção e comercialização de fármacos e filoterápicos (além dos

recicláveis).

O meio ambiente torna-se cada vez mais importante também nas políticas de gestão do espaço

urbano, sobretudo diante do risco crescente de colapso no saneamento nas grandes metrópoles

e em algumas cidades médias brasileiras. Além da questão do saneamento, um tema que ganha

espaço crescente na agenda estratégica das cidades brasileiras consiste em fortalecer sua resi-

liência a eventos climáticos naturais de grande intensidade, como tempestades, chuvas, enchen-

tes e deslizamentos.

IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

PRESSÃO POR MAIOR ALINHAMENTO A NOVA AGENDA AMBIENTAL DAS CIDADES, CONCENTRADA FORTEMENTE NA REDU-

ÇÃO DAS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA E NA “DESCARBONIZAÇÃO” DA ECONOMIA.

DEMANDAS POR MELHORIA DA QUALIDADE AMBIENTAL, FATOR CRÍTICO PARA A ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE EMPRESAS E

PESSOAS.

CRESCIMENTO DAS OPORTUNIDADES NO MERCADO DE GERAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO DE NE-

GÓCIOS LIGADOS AO MEIO AMBIENTE.

CONTEXTO FAVORÁVEL PARA A MONTAGEM, PROSPECÇÃO E/OU ATRAÇÃO DE NEGÓCIOS ASSOCIADOS À ECONOMIA SUS-

TENTÁVEL (RECICLAGEM, RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, EXPANSÃO DE “NEGÓCIOS VERDES”) E DE CAPTAÇÃO

DE RECURSOS DE AGÊNCIAS DE DESENVOLVIMENTO (BANCO MUNDIAL, BNDES, FINEP, ENTRE OUTROS) PARA FINAN-

CIAR O SEU DESENVOLVIMENTO.

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53

TENDÊNCIAS DO BRASIL E NORDESTE

» Ampliação do mercado consumidor

Na última década, o perfil socioeconômico do país se alterou significativamente. Entre 2001 e

2011, 37 milhões de pessoas foram incorporadas ao mercado consumidor brasileiro, que é o

sétimo maior do mundo. A chamada classe C já representa 55% da população e a tendência é

que ela cresça nos próximos anos, sustentando um amplo mercado interno.

Entre 2003 e 2014, 52,1 milhões de pessoas entrarão na classe C e outros 15,7 milhões na AB.

Os dois grupos somam 67,8 milhões de pessoas nas classes de renda mais altas, superior à po-

pulação do Reino Unido.27 A classe média tem feito do mercado interno brasileiro o motor do

crescimento econômico.

A estabilidade monetária e a expansão da renda e do emprego foram os principais responsáveis

pela formação do grande mercado consumidor brasileiro. Contribuiu amplamente para isso tam-

bém a ampliação do acesso ao crédito observada no país nos últimos anos. De fato, a bancari-

zação, o acesso a empréstimos bancários, a criação de novos instrumentos de financiamento, o

alargamento dos prazos dos recursos da casa própria e, mais recentemente, a queda da taxa de

juros, tiveram papel importante neste processo.

GRÁFICO 19. TAXA DE DESEMPREGO (%) - MÉDIA

ANUAL GRÁFICO 20. MASSA SALARIAL E VENDAS VAREJO

Fonte: Pesquisa Mensal do Emprego - PME/IBGE *Média Anual para dos valores mensais

**Massa Salarial Ampliada Disponível

Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil

27 Neri, M. “De Volta ao País do Futuro: Crise Europeia, Projeções e a Nova Classe Média”, Centro de Políticas Sociais – CPS/FGV,

disponível em: http://cps.fgv.br/ncm2014.

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

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20

12

Massa Salarial (R$ Milhões) Índice de Vendas Varejo

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54

Esta considerável mobilidade social ocorrida nos últimos anos deve permanecer em marcha.

Estima-se que, até 2030, o Brasil se tornará o 5º maior mercado consumidor do mundo, movi-

mentando cerca de US$ 2,5 trilhões (em 2010, o país ocupava a 7ª posição neste ranking).28

TABELA 4. OS 20 MAIORES MERCADOS CONSUMIDORES

Em São Luís, a classe média representa 44,22%, enquanto a classe AB é 13,66% da população.

Ainda há, portanto, um grande contingente da população nas classes DE (42,11%) para ser in-

corporado à classe C, elevando o seu potencial de consumo.

28 Crescimento econômico e potencial de consumo (Ernst & Young / FGV, 2008).

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55

GRÁFICO 21. PROJEÇÕES POPULAÇÃO BRASILEIRA SE-

GUNDO AS CLASSES DE RENDA

GRÁFICO 22. PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO SEGUNDO AS

CLASSES ECONÔMICAS

Fonte: CPS/FGV “De Volta ao País do Futuro”. Fonte: CPS/FGV; “Os emergentes dos emergentes”. 2011

IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

AMPLIAÇÃO DA DEMANDA POR SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE EM DECORRÊNCIA DO CRESCIMENTO DA CLASSE MÉDIA.

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS EM SÃO LUÍS GERADAS PELO CONSUMO INTERNO, QUE CONTINUARÁ SENDO UM DOS PRINCI-

PAIS VETORES DO CRESCIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO NORDESTE.

NOVO LEQUE DE OPORTUNIDADES PARA OS SEGMENTOS DE NEGÓCIO ALINHADOS ÀS EXIGÊNCIAS DE UM MERCADO CONSU-

MIDOR MAIS QUALIFICADO E COM NOVOS PATAMARES DE DEMANDA.

OPORTUNIDADE DE DINAMIZAÇÃO ECONÔMICA DAS REGIÕES MENOS DESENVOLVIDAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO

LUÍS.

NECESSIDADE DE MELHORIA URGENTE DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS, ESPECIALMENTE OS LIGADOS A COMÉRCIO E SERVIÇOS DE

CONSUMO PESSOAL, COM ÊNFASE NA DESBUROCRATIZAÇÃO E CRIAÇÃO DE FACILIDADES PARA A ABERTURA E FECHAMENTO

DE EMPRESAS.

» Reorganização geoeconômica do espaço brasileiro

O crescimento acelerado das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste a taxas superiores às das

regiões Sul e Sudeste e a interiorização da economia são fenômenos marcantes no Brasil re-

cente. O desenvolvimento do agronegócio no Centro-Oeste, a reorganização da dinâmica eco-

nômica do Nordeste, o potencial da biodiversidade na Amazônia e o desenvolvimento industrial

de cidades de médio porte são alguns exemplos desse processo.

Observa-se que, nas duas últimas décadas, ocorreram alterações significativas nos padrões de

localização das atividades produtivas no território brasileiro. Se, historicamente, os investidores

28,12

8,59

26,73 16,36

37,56

60,19

7,6 14,850

20

40

60

80

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

classe E classe D

classe C classe AB

11,76

55,05

33,19

13,66

44,22 42,11

AB C DE

Brasil São Luís

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56

buscaram os grandes centros urbanos motivados pelas economias de aglomeração

(proximidade ao mercado e fornecedores, melhor infraestrutura e maior acesso aos avanços

tecnológicos)29, essa preferência passou a se reduzir progressivamente, provocando a

desconcentração espacial da base produtiva.

Esse movimento de interiorização do desenvolvimento reflete a busca pelo aproveitamento de

vantagens comparativas entre as regiões, e se intensificará nos próximos anos. Dentre os fatores

que explicam em parte a interiorização do desenvolvimento econômico, pode-se citar: o

aumento dos incentivos fiscais; a melhoria no desempenho da agropecuária e sua maior

integração com o setor industrial; o maior direcionamento de centros de pesquisa para o

interior; o baixo desempenho sindical nas cidades pequenas e médias; a oferta de mão-de-obra

mais barata; e o surgimento de deseconomias de aglomeração nos grandes centros, como

violência urbana e o aumento dos custos de transportes.

Vale destacar, contudo, que essas modificações nos padrões de localização das indústrias não

ocorrem de forma homogênea para todos os setores industriais. Enquanto o setor de bens de

consumo pouco duráveis (intensivo em mão-de-obra) se direciona para o Nordeste e o setor de

bens duráveis experimenta uma desconcentração restrita dentro da região Sul-Sudeste; outros

setores, como o de química, mantêm-se concentrados nos centros econômicos e, em alguns

casos, até acontece uma intensificação dessa concentração, caso das telecomunicações e

informática. Na verdade, a despeito da tendência de desconcetração, os produtos de maior valor

agregado e intensivos em tecnologia permanecem concentrados nos principais centros

nacionais. O caso do agronegócio é uma exceção nesse padrão de desconcentração de pouco

valor agregado, pois tem se tornado cada vez mais intenso em tecnologia e inovação.

Outro fator que impactará a reorganização do espaço geoeconômico é a expansão da Ferrovia

Norte-Sul, que formará um importante corredor de exportação de grãos, açúcar, carne

fertilizantes e combustíveis, além de facilitar a importação de produtos industrializados, com

forte impacto no desenvolvimento da região Centro-Oeste do Brasil. Já em operação, o trecho

Açailândia (MA) – Palmas (TO), integrado com a Estrada de Ferro Carajás, da Vale, permite o

acesso ao complexo portuário de Itaqui.30

29 Entendem-se como “economias de aglomeração” os ganhos de eficiência que beneficiam atividades produtivas em situação de

proximidades geográficas e que seriam inexistentes se as atividades tivessem localizações isoladas. (PONTES, 2005)

30 Ver http://www.valec.gov.br/FerroviasFNSAcailandia.php.

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57

MAPA 11. DISTRIBUIÇÃO DO PIB POR REGIÃO

Fonte: IBGE

Atrelado a esse movimento de interiorização do desenvolvimento e desconcentração da base

produtiva, tem ocorrido um processo de descentralização da rede urbana nacional, com a

ascensão das cidades brasileiras de médio porte e a criação de metrópoles no interior do País.

De acordo com os Censos Demográficos do IBGE, em 1991 as cidades com população entre 100

mil e 500 mil habitantes representavam 21,8% da população nacional. Em 2000 este percentual

já era de 23,3%, e em 2010 elevou-se ainda mais para 25,5%. O mesmo pode ser percebido em

relação à dimensão econômica. As cidades com população entre 100 mil e 500 mil habitantes

representavam 28,5% do PIB nacional em 2010, enquanto que em 2000 este percentual era de

25,1%.31 Portanto, esse crescimento populacional está diretamente relacionado à expansão de

novos mercados consumidores com potencial de dinamizar a economia do interior do Brasil.

31 Produto Interno Bruto dos Municípios 2010 (IBGE, 2012)

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MAPA 12. CIDADES NORDESTINAS

Fonte: Macroplan

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59

IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

O CRESCIMENTO DO NORDESTE E DO CENTRO OESTE TENDEM A IMPACTAR SÃO LUÍS, SOBRETUDO PELO DINAMISMO DO

EIXO ARAGUAIA-TOCANTINS.

CONSOLIDAÇÃO DA INFRAESTRUTURA URBANA DE TRANSPORTES COMO TEMA CENTRAL NO PLANEJAMENTO E GESTÃO DE

POLÍTICAS PÚBLICAS METROPOLITANAS.

INTENSIFICAÇÃO DA DISPUTA POR ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS INDUSTRIAIS ENTRE OS ESTADOS E MUNICÍPIOS. SÃO LUÍS

PRECISARÁ GARANTIR INFRAESTRUTURA DE QUALIDADE E AMBIENTE INSTITUCIONAL FAVORÁVEL AO DESENVOLVIMENTO

DE NEGÓCIOS.

COM O MAIOR PROTAGONISMO DAS CIDADES MÉDIAS, ESPERA-SE UM AUMENTO DO NÚMERO DE MUNICÍPIOS QUE CON-

GREGAM O COLAR METROPOLITANO DE SÃO LUÍS.

NECESSIDADE DE PARTICIPAÇÃO ATIVA DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS EM INICIATIVAS DE PLANEJAMENTO E MONITORA-

MENTO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL E METROPOLITANO ESPECIALMENTE NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA GEOECONÔ-

MICA DA CIDADE.

» Escassez de mão de obra qualificada

A qualidade da educação brasileira é um dos principais obstáculos ao desenvolvimento do país.

Avanços educacionais foram realizados nas duas últimas décadas, mas há ainda muito a ser feito.

A escolaridade média da população de 15 anos ou mais aumentou de 6,4 para 7,5 anos entre

2000 e 2010 (IBGE, 2011) e o Índice da Qualidade da Educação Básica (IDEB) vem evoluindo ano

a ano. Contudo, vários países emergentes também elevaram a escolaridade média e o Brasil

continua com uma média de anos de estudo abaixo da China, México e Malásia. A qualidade da

educação requer melhoria substancial, como sugerem os exames internacionais. Na última ava-

liação do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos, realizado pela OCDE), em 2009,

o Brasil ocupou a 54ª colocação entre 65 países.

Assim como ocorre na educação básica, também no ensino profissional o avanço recente ainda

é insuficiente para suprir as necessidades do setor produtivo. Apenas 6,6% dos estudantes

brasileiros cursam a educação profissional concomitante ao ensino médio regular. Em países

desenvolvidos, esse número fica em torno de 50%: Japão, 55%; Alemanha, 52%; França e Coreia

do Sul, 41% (SENAI, 2012). Em média, profissionais com ensino técnico de nível médio têm

salários 12% maiores do que os que cursaram ensino regular (Fundação Itaú Social, 2010). Essa

diferença sinaliza a demanda do mercado por profissionais de conhecimento mais específico,

diretamente aplicável à realidade empresarial.

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60

Já no que se refere ao ensino superior, somente 15% dos jovens brasileiros acessam a

universidade, o que equivale a 4 milhões de pessoas – sendo que a taxa de conclusão é de

apenas 15,2% dos ingressantes (SENAI, 2012). Em 2010, havia cerca de 10 milhões de graduados

– 10% da população adulta brasileira –, enquanto no Chile essa taxa é de 25% e, na média da

OCDE, de 30% (MENEZES FILHO, 2012).

A falta de profissionais qualificados em determinadas áreas é um gargalo para a inovação. Na

graduação tecnológica, os números são baixíssimos: apenas 0,16% da população entre 20 a 29

anos frequentavam um curso desse tipo em 2007, enquanto 11,26% das pessoas na mesma faixa

frequentavam cursos de graduação regulares (IBGE, 2007).

Destaca-se a escassez de engenheiros, cuja atividade possui um impacto amplo sobre muitos

setores da economia. Somente 5% dos graduados no Brasil formam-se em engenharia. Enquanto

temos 2 graduados em engenharia para cada 10 mil habitantes, no Japão são 10,2 e na China

são 13,4.

O desafio do desenvolvimento sustentável impõe que o Brasil disponha de mais pessoas com

formação superior de qualidade, sobretudo nas áreas exatas. Para isso, é preciso atuar na

melhoria da educação básica, mas também ter ações específicas imediatas para ampliar a oferta

de profissionais qualificados. Em decorrência do prazo de maturação requerido para que tais

iniciativas gerem resultado, espera-se que no horizonte das próximas décadas a escassez de

mão-de-obra qualificada ainda continue gerando fortes impactos para a atividade produtiva no

Brasil.

GRÁFICO 23. PERCENTUAL DE EMPRESÁRIOS COM DIFICULDADES PARA PREENCHER VAGAS COM PROFISSIONAIS QUALIFICADOS

Fonte: Manpower, 2013. “Talent Shortage Survey Research Results 2013” Disponível em http://www.manpowergroup.com. Aces-

sado em 30/07/2013. *Pesquisa feita com 38 mil empregadores em 42 países.

85%

68%61% 58%

41% 39% 38% 35% 35% 33%

17% 13%6% 3% 3%

Média Mundial 35%

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61

IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

COM A TENDÊNCIA DE ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA NO BRASIL, SÃO LUÍS PODE SOFRER UMA ELEVAÇÃO DOS CUSTOS DO

TRABALHO DEVIDO À BAIXA DISPONIBILIDADE DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS.

AUMENTO DA COMPETIÇÃO POR CÉREBROS. NESSE SENTIDO, QUALIDADE DE VIDA E OPORTUNIDADES DE TRABALHO SE-

RÃO, CADA VEZ MAIS, FATORES CRÍTICOS PARA A RETENÇÃO DE JOVENS QUALIFICADOS EM SÃO LUÍS E PARA ATRAÇÃO DE

PROFISSIONAIS DE OUTRAS CIDADES.

A ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PODE SE CONSTITUIR EM GARGALO NO PROCESSO DE ATRAÇÃO DE PLANTAS

INDUSTRIAIS E SEDES DE EMPRESAS NACIONAIS E MULTINACIONAIS PARA A REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS.

NECESSIDADE DE CRIAÇÃO DE ESTÍMULOS ESPECÍFICOS PARA O DESENVOLVIMENTO, EM SÃO LUÍS, DE REDES PÚBLICAS,

PRIVADAS OU DO TERCEIRO SETOR ESPECIALIZADAS EM EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL.

» Forte expansão da conectividade

A expansão tecnológica tem ocorrido de forma cada vez mais intensa nos países em desenvol-

vimento. De acordo com Observatório Europeu de Tecnologia da Informação32, os mercados de

Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) dos países do BRICS teriam atingido, juntos, em

2011, 430 bilhões de euros.

No Brasil, o crescimento do mercado de TIC é notável. Em 2010, segundo a Anatel, os mais rele-

vantes sub-segmentos das TIC foram de serviços de telecomunicações (43,14%) e serviços de TI

(17,87%). Este setor foi um dos mais afetados pela abertura econômica ocorrida no País na dé-

cada de 90, quando o valor relativo do mercado de TIC quase duplicou. Em 2011, o valor de

mercado desse segmento atingiu o equivalente a 7% do PIB, impulsionado pela grande expansão

no percentual de brasileiros conectados à Internet: de 27% para 48% entre 2007 e 2011.

Nesse sentido, cabe ressaltar que a evolução das TIC representa um inegável vetor de inovação

para outras atividades da economia. Sua dinâmica muda significativamente o cenário de

negócios no Brasil. Desde transformações em setores tradicionais, através da adoção de novas

formas de transação comerciais e acesso a novos mercados, até a viabilização e consolidação de

setores anteriormente restritos, como o ensino à distância.

Dentro desse contexto de forte expansão da conectividade, ganha importância o conceito de

“cidades inteligentes ou cidades conectadas”, caracterizado como um ambiente que utiliza a

conectividade para analisar dados visando melhores decisões, antecipar problemas e resolvê-

32 European Information Technology Observatory (EITO). Disponível em: http://www.eito.com.

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62

los de forma proativa. Trata-se de coletar e analisar os dados produzidos a cada momento para

apoiar os tomadores de decisão no planejamento e administração da cidade. Além disso, con-

tribui à melhoria da capacidade de aprendizagem e inovação. Apesar de 89% dos domicílios de

São Luís terem celular, impõe-se como desafio a ser superado para que o município consolide-

se como “cidade inteligente” o fato de apenas 34% dos lares apresentarem computador e so-

mente 28% deles com acesso à internet (entre os menores índices das capitais do NE).

IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

POTENCIAL DE EXPANSÃO DAS TIC NO MARANHÃO E SÃO LUÍS, AUMENTO DO VOLUME DE TRANSAÇÕES, OFERTA DE

SOLUÇÕES URBANAS E MAIOR ACESSO A SERVIÇOS.

AUMENTO DA IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA A GESTÃO E OPERAÇÃO DAS

CIDADES (“CIDADES INTELIGENTES”) E PARA A CONECTIVIDADE DAS CIDADES DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS.

NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO DAS REDES DE TELECOMUNICAÇÕES PARA AUMENTAR A QUALIDADE DA TELEFONIA, INTER-

NET E DEMAIS SERVIÇOS.

MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NOS PROCESSOS DE NEGÓCIO, DESDE NOVAS FORMAS DE TRANSAÇÕES COMERCIAIS E DE

ACESSO A NOVOS MERCADOS ATÉ A VIABILIZAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE ATIVIDADES ANTERIORMENTE RESTRITAS, COMO

O ENSINO A DISTÂNCIA E A TELEMEDICINA, DENTRE OUTRAS.

OPORTUNIDADE DE EXPLORAR GANHOS ASSOCIADOS ÀS “ECONOMIAS DE REDE”.

AUMENTO DA DEMANDA POR QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ORIUNDA DA INCORPORAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO

MUNDO DO TRABALHO.

OPORTUNIDADE PARA MELHORIA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO EM FUNÇÃO DA POSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO DAS

NOVAS TECNOLOGIAS NO SISTEMA DE ENSINO.

MULTIPLICAÇÃO DE REDES SOCIAIS E MAIOR PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO NAS QUESTÕES DE INTERESSE PÚBLICO. POSSI-

BILIDADE DE MAIOR TRANSPARÊNCIA NAS AÇÕES, DADOS E REGISTROS DO PODER PÚBLICO.

» Avanços lentos no ambiente de negócios e na infraestrutura

A taxa de investimento do Brasil (formação bruta de capital fixo/PIB) é bem mais baixa que a

média de outras importantes economias emergentes. Entre 2003 e 2011, ela registrou valor mé-

dio de 17,5% do PIB. A taxa de investimentos na China ficou, na média do mesmo período, em

44,5% do PIB e a do México, em 24,8% do PIB. O aumento do investimento produtivo no país

supõe a criação de um melhor ambiente de negócios. Isso, por sua vez, implica superar obstá-

culos, tais como a insegurança jurídica, o peso da burocracia, alta tributação, entre outros.33

33 Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 (CNI, 2013)

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O Doing Business 2013 coloca o Brasil em 130º lugar entre 185 países com relação à facilidade

de se fazer negócios, colocação pior do que a média dos países caribenhos e latino-americanos

(97º), fruto do fraco desempenho do país em indicadores como a facilidade em abrir empresas

(121º), de resolver contenciosos (116º), insolvências (143º) e de proteger investidores (82º). O

Global Competitiveness Report 2012-2013 classifica o país em 84º lugar na eficiência do arca-

bouço legal para resolver litígios e em último lugar (144º) em termos de peso da regulação es-

tatal.

A burocracia permeia praticamente todas as etapas da atividade empresarial: na abertura de

uma empresa, na obtenção de financiamento, no pagamento de tributos, nas relações das em-

presas com seus funcionários, na inovação, no desenvolvimento dos mercados e nos investi-

mentos de infraestrutura. A burocracia excessiva é também uma causa importante da informa-

lidade nos negócios, da sonegação, do desperdício de dinheiro público, da corrupção e da inse-

gurança jurídica. Estima-se que tudo isso tenha gerado um custo adicional de R$ 46,3 bilhões

para a economia brasileira em 2011.34

No âmbito da segurança jurídica e da burocracia, cabe destacar o tema do licenciamento ambi-

ental por conta do impacto que detém sobre os investimentos, especialmente, mas não só, na

área da infraestrutura. O país convive com a ausência de normas claras que estabeleçam as eta-

pas do processo de licenciamento, bem como as competências para licenciar, fiscalizar e punir.

Assim, órgãos ambientais e de controle, governo federal, estados e municípios atuam de ma-

neira desalinhada, em um ambiente de ampla insegurança jurídica.35

Dentre os fatores que prejudicam o ambiente de negócios no país, a modernização das relações

trabalhistas é essencial para um ambiente mais favorável ao investimento produtivo. Os encar-

gos trabalhistas, que não envolvem benefícios diretos aos trabalhadores, aumentam os custos

das empresas, reduzindo a competitividade e o incentivo a novos investimentos e contratações.

Dentre todos os critérios analisados pelo relatório anual do Banco Mundial, Doing Business

2013, a pior classificação do Brasil ocorre no item “pagamento de impostos”, figurando o país

no 156º lugar. A carga tributária brasileira, de 36,3% do PIB em 2012, situa-se acima da de países

semelhantes, como México (22,1%) e Chile (24,7%), e mais próxima da de países desenvolvidos,

34 Carga Extra na Indústria Brasileira. São Paulo: FIESP, 2011.

35 Licenciamento Ambiental: Texto para discussão: versão preliminar. Brasília: SAE, 2009.

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como os EUA (33,4%).36 Porém, o retorno social dos tributos ainda é baixo em comparação aos

países de elevada carga tributária.

Existem hoje no Brasil mais de 60 tributos federais, estaduais e municipais. Além do grande nú-

mero de tributos, a estrutura tributária é muito complexa. Há muitas regras e mais de um tributo

que incide sobre a mesma base. A presença de incidências em cascata, que, além de impedir a

desoneração por completo das exportações e dos investimentos, distorce os preços relativos é

outro dificultador.

Além da melhoria do ambiente institucional, o fortalecimento da competitividade da economia

brasileira requer um salto de qualidade na infraestrutura logística, energética, de telecomunica-

ções e urbana. O Brasil ocupa a 70ª posição no quesito infraestrutura no ranking Global Compe-

titiveness Report 2012-2013, patamar abaixo da média dos países no mesmo estágio de desen-

volvimento. 37

Dentro desse quesito, o país apresenta classificações muito ruins em temas com forte impacto

na competitividade econômica, como a qualidade dos portos (135º), aeroportos (134º), rodovias

(123º) e ferrovias (100º). O mesmo relatório coloca o país na 68ª posição no item qualidade do

fornecimento de energia elétrica. Neste aspecto, além da baixa qualidade, os custos são eleva-

dos.

Em virtude de sua complexidade, projeta-se que a superação de tais obstáculos à competitivi-

dade empresarial se dará de forma lenta e gradual, o que fará com que o ambiente de negócios

do país nos próximos anos se mantenha pouco favorável ao desenvolvimento da atividade eco-

nômica.

36 World Economic Outlook, out. 2012. Washington: FMI, 2012.

37 Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 (CNI, 2013)

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IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

AS ATIVIDADES PRODUTIVAS COM INFLUÊNCIA SOBRE A DINÂMICA ECONÔMICA DE SÃO LUÍS E DE SEU ENTORNO METRO-

POLITANO TAMBÉM SERÃO NEGATIVAMENTE INFLUENCIADAS PELOS OBSTÁCULOS DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS QUE INI-

BEM A COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL.

SÃO LUÍS DEVERÁ MOBILIZAR E ATRAIR GRANDES INVESTIMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS EM INFRAESTRUTURA PARA FOR-

TALECER A COMPETITIVIDADE DE SUA ECONOMIA E MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO.

PARA QUE SÃO LUÍS POSSUA UMA INFRAESTRUTURA COMPETITIVA, SERÁ PRECISO INVESTIR NA MELHORIA DA EFICIÊNCIA

DOS DIFERENTES MODAIS, ESPECIALMENTE A FERROVIA E O PORTO DO ITAQUI. AO MESMO TEMPO, A EFICIÊNCIA LOGÍS-

TICA DEPENDE DA ADEQUADA INTEGRAÇÃO ENTRE ELES AO LONGO DOS PRINCIPAIS EIXOS LOGÍSTICOS QUE TRANSPORTAM

BENS MANUFATURADOS NO ESTADO. É PRECISO DESENVOLVER A INFRAESTRUTURA DE INTEGRAÇÃO (CONSTRUÇÃO DE

CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO, TERMINAIS DE INTEGRAÇÃO MULTIMODAL E TERMINAIS DE TRANSBORDO E ARMAZENAGEM).

MOBILIDADE DE MERCADORIAS E DE PESSOAS COM TEMPOS MÍNIMOS E CUSTOS COMPETITIVOS GANHAM PARTICULAR

RELEVÂNCIA NAS AGENDAS PÚBLICA E PRIVADA.

NECESSIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE ACELERAÇÃO DA MELHORIA DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS EN-

VOLVENDO O GOVERNO ESTADUAL E OS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA E OS PODERES JUDICIÁRIO, LEGISLA-

TIVO E O MINISTÉRIO PÚBLICO.

» Pressão por qualidade dos serviços públicos, transparência e accountability

Em junho de 2013, milhões de brasileiros foram às ruas em todo o Brasil, naquele que pode ser

considerado o maior protesto da história do país. Dentre as reivindicações direcionadas ao Es-

tado brasileiro – em todas as suas esferas administrativas e de poder –, estavam: maior quali-

dade dos serviços públicos, maior transparência, melhor conduta das autoridades, combate à

corrupção, canais de participação mais efetivos, gestão profissional, prestação de contas, entre

outras.

MANIFESTAÇÃO DE MORADORES DA ROCINHA, RIO DE JANEIRO.

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Uma população de maior renda, maior escolaridade e com mais acesso à informação tende a

pressionar o poder público na adoção de um novo padrão de gestão. E foi exatamente este sen-

timento que motivou os protestos que tomaram conta do país. Pesquisa realizada pelo Ibope

nas manifestações de 20 de junho aponta que a baixa qualidade do transporte público e dos

serviços de saúde e educação, bem como a deterioração do ambiente político foram os princi-

pais motivos para os protestos segundo 80% dos manifestantes.38

As causas do mal-estar que levou a população às ruas podem ser agrupadas em dois eixos prin-

cipais. O primeiro, e mais evidente, é uma crise de representação. A sociedade não se reconhece

nos poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – em todas suas esferas. O segundo

é que o projeto do Estado brasileiro (o projeto do Estado, e não do governo, pois a questão

transcende governos e oposições) não corresponde mais aos anseios da população. Este hiato

entre o projeto do Estado e a sociedade explica em grande parte a crise de representação. 39

Apesar de arrecadar 36% da renda nacional, o Estado brasileiro investe menos de 7% do que

arrecada, ou seja, menos de 3% da renda nacional. A despesa primária federal, que representava

14,0% do PIB em 1997, elevou-se para 18,2% do PIB em 2012, puxado pelos gastos com custeio,

reduzindo o espaço para o investimento público. De fato, a proporção dos gastos de investi-

mento nos gastos totais do governo federal diminuiu de 6,7%, em 1997, para 5,8%, em 2012.

Além disso, a baixa eficiência do setor público gera problemas de execução dos investimentos,

não permitindo a plena utilização dos recursos disponíveis.40

Os recursos arrecadados e não investidos são direcionados para a rede de proteção e assistência

social – que se expandiu muito além do mercado de trabalho organizado –, mas, sobretudo, para

a própria operação do setor público. Com isso, disseminou-se junto à sociedade brasileira a per-

cepção de que o Estado tornou-se um sorvedouro de recursos, cujo principal objetivo é financiar

a si mesmo e não repercute na melhoria da qualidade dos serviços públicos.41

O atendimento ao clamor das ruas passa necessariamente, portanto, por melhorias na compo-

sição do gasto público – direcionando recursos para investimentos – e na eficiência do Estado

brasileiro. Será cada vez maior a pressão da sociedade por uma reforma na gestão pública. Nesse

38 IBOPE Inteligência, agosto de 2013.

39 O Mal-Estar Contemporâneo. Artigo de André Lara Resende publicado no Valor Econômico de 5 de julho.

40 Tesouro Nacional, 2012.

41 O Mal-Estar Contemporâneo. Artigo de André Lara Resende publicado no Valor Econômico de 5 de julho.

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sentido, a agenda da reforma deve considerar a nova concepção de Estado, que atua com trans-

parência e em parceria com o setor privado visando ampliar a capacidade de produzir resultados

efetivos para a sociedade e a accountability. É central nesse processo a incorporação de práticas

de planejamento de médio e longo prazos e de avaliação dos projetos, trazendo clareza na de-

finição dos objetivos e foco na efetividade das políticas públicas, além do aprimoramento do

processo orçamentário dos governos federal, estaduais e municipais.

IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

ASSIM COMO OCORRE EM TODO O PAÍS, NOS PRÓXIMOS ANOS AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS INTERVENIENTES SOBRE A RE-

ALIDADE DE SÃO LUÍS SERÃO PRESSIONADAS A ADOTAR UM NOVO PADRÃO DE GESTÃO QUE GARANTA A CONVERSÃO

EFETIVA DOS RECURSOS ARRECADADOS JUNTO À SOCIEDADE EM MELHORIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS E DA QUALIDADE DE

VIDA DA POPULAÇÃO.

A QUESTÃO DA MOBILIDADE URBANA E DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO GANHA PAPEL CENTRAL NA AGENDA

ESTRATÉGICA DAS GRANDES METRÓPOLES E CIDADES MÉDIAS BRASILEIRAS.

A PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA COM A ADOÇÃO INTENSIVA E EXTENSIVA DA MERITOCRACIA E DAS BOAS

PRÁTICAS DE GESTÃO, INCLUINDO AGENDAS DE MELHORIA DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DE TODOS OS PODERES TERÁ

CRESCENTE IMPORTÂNCIA POLÍTICA.

» Transição demográfica provocando grandes alterações econômicas e no perfil da demanda

de serviços públicos

O Brasil está passando por transformações estruturais da sua população, com destaque para o

acelerado envelhecimento populacional, consequência da redução das taxas de fecundidade. A

projeção da pirâmide etária brasileira mostra uma redução da população na faixa de 0 a 14 anos

e um incremento da parcela da população em idade potencialmente ativa (15 a 64 anos) – o

chamado bônus demográfico –, que deverá representar cerca de 70% da população total na

próxima década.42

O bônus demográfico cria condições favoráveis ao crescimento econômico do país pela maior

oferta de trabalho e maior capacidade de poupança. No entanto, seu impacto no Brasil tem sido

42 Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 (CNI, 2013)

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68

reduzido por uma série de questões políticas, econômicas e sociais. 43 A taxa de poupança con-

tinua baixa e a baixa qualidade da educação não permitiu que a oferta de trabalhador qualifi-

cado, de capital humano, seja tão abundante como a oferta de mão de obra como um todo.

A população em idade ativa continuará a crescer por pelo menos mais 10 anos, mas sua taxa de

crescimento vem desacelerando rapidamente, o que impõe desafios ao crescimento econômico

e à competitividade das empresas.44 Por volta de 2025, a população brasileira potencialmente

ativa deve iniciar o processo de encolhimento devido à redução da taxa de natalidade e ao au-

mento da expectativa de vida da população.

A composição etária de uma população determina a forma e a intensidade como os serviços são

demandados, conforme a figura abaixo.

GRÁFICO 24. DEMANDA POR SERVIÇOS EM FUNÇÃO DA IDADE

Fonte: Adaptado de Crsa e Oakley apud Rogers, 1982 In: FERREIRA; Frederico P. M, Op. Cit, 2007.

Na área da educação, a tendência de diminuição da população jovem (com menos de 15 anos)

permitirá alterar prioridades na alocação dos recursos do sistema educacional, tanto para o au-

mento dos níveis de qualidade do ensino fundamental, uma vez que a questão da expansão da

oferta não representa mais um desafio, quanto para a expansão da cobertura nos ensinos infan-

til, médio, profissional e superior. Já no campo da saúde, por exemplo, caem, relativamente, as

mortes decorrentes de doenças infectocontagiosas e aumentam aquelas derivadas das chama-

das doenças crônicas45.

43 IBRE/FGV. Revista Conjuntura Econômica, jan. 2011. Rio de Janeiro: FGV, 2011.

44 ARBACHE, Jorge. Transformação demográfica e competitividade internacional da economia Brasileira. Revista do BNDES, dez.

2011.

45 São exemplos de doenças crônicas o diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade e doenças respiratórias.

Saúde

HabitaçãoTrabalhoAlimentação

Educação

0 10 20 30 40 50 60 70

Idade

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69

Com relação ao aumento da população idosa, é reconhecido que os gastos com assistência à

saúde dessa população tendem a ser mais expressivos pelo fato de as doenças características

de idades mais avançadas demandarem, em muitos casos, maior uso de tecnologia e também

por haver uma incidência maior de doenças entre os grupos etários mais velhos do que entre os

grupos mais jovens. Além disso, será necessário investimento crescente em promoção da saúde

(estímulo à vida saudável e à prática de esportes) e em saúde preventiva da atual população

adulta, para evitar o aumento dos custos associados aos tratamentos médico-hospitalares da

população idosa no horizonte de tempo.46

As pirâmides etárias que se seguem são ilustrativas das transformações pelas quais atravessa a

estrutura por sexo e idade da população do Brasil. 47

GRÁFICO 25. EVOLUÇÃO DAS PIRÂMIDES ETÁRIAS DO BRASIL 2010 - 2015

Fonte: IBGE – Projeção da População do Brasil

São Luís integrará este processo de transição demográfica que o Brasil atravessará nas próximas

décadas. Assim como ocorre no Brasil, a pirâmide etária ludovicense em 2033 retratará uma

população maior e mais velha. Projeta-se que a proporção de pessoas com idade igual ou supe-

rior a 60 anos mais do que dobrará nos próximos 20 anos, alcançando 19% da população total

em 2033. Em 2010, esta proporção era de 8%. Já a população em idade potencialmente ativa

46 Análise Prospectiva: Tendências e Incertezas Relevantes para a Estratégia de Desenvolvimento de Minas Gerais. Agenda de Me-

lhorias. Governo de Minas Gerais, 2011.

47 Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade – 1980-2050 – Revisão 2008 (IBGE) http://www.ibge.gov.br/home/estatis-

tica/populacao/projecao_da_populacao/2008/projecao.pdf

2010

Homens Mulheres

2030

787266605448423630241812

60

787266605448423630241812

60

2.00

0.00

0

1.50

0.00

0

1.00

0.00

0

50

0.0

00

0 0

500.

000

1.00

0.00

0

1.50

0.00

0

2.00

0.00

0

2.00

0.00

0

1.50

0.00

0

1.00

0.00

0

500.

0000

0

500.

000

1.00

0.00

0

1.50

0.00

0

2.00

0.00

0

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70

(15 a 64 anos) permanecerá praticamente no mesmo patamar, com participação oscilando de

71% para 69% da população total entre 2010 e 2033.

GRÁFICO 26. PIRÂMIDE ETÁRIA DE SÃO LUÍS EM 2010 - 2033

Fonte: Macroplan

IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS

MUDANÇA DO PERFIL DA DEMANDA SOBRE OS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA E EDUCAÇÃO.

AUMENTO DA DEMANDA DE MATRÍCULAS NOS ENSINOS MÉDIO E SUPERIOR VIS-À-VIS SUA REDUÇÃO NO ENSINO FUNDA-

MENTAL, CUJA PRIORIDADE CENTRAL PASSARÁ A SER A QUALIDADE DO ENSINO.

MODIFICAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO, COM MAIOR INCIDÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS E DE-

MANDA DECRESCENTE DE SERVIÇOS DE SAÚDE RELACIONADOS À POPULAÇÃO INFANTIL.

IMPORTÂNCIA DE APROVEITAR O BÔNUS DEMOGRÁFICO, ATUANDO NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL.

NECESSIDADE DE ADEQUAR O PLANEJAMENTO E A OPERAÇÃO URBANAS AO PERFIL EMERGENTE: REVISÃO DOS CONCEITOS

DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE, ESPAÇOS DE LAZER, AMENIDADES URBANAS, FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

PÚBLICOS.

Homens Mulheres

70 50 30 10 10 30 50 70

Milhares70 50 30 10 10 30 50 70

Milhares

>80

70-74

60-64

50-54

40-44

30-34

20-24

10-14

0-4

>80

70-74

60-64

50-54

40-44

30-34

20-24

10-14

0-4

2010 2033

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71

TENDÊNCIAS DO MARANHÃO E SÃO LUÍS

» Crescentes problemas urbanos e ambientais

Entre 1980 e 2010, São Luís apresentou expressivo crescimento populacional. Nas décadas de

80, 90 e 00 a população municipal cresceu a taxas anuais de 4,1%, 2,5% e 1,6%, respectivamente,

superior ao observado nas demais capitais do Nordeste e no Brasil (1,9%, 1,6% e 1,2% para os

mesmos períodos).

Até 2033, a tendência é de convergência da taxa para a média brasileira que, por sua vez, será

cada vez menor até que a população comece a diminuir – o que deve acontecer em 2043, se-

gundo o IBGE. Em 2033, a população de São Luís totalizará cerca de 1,2 milhão de habitantes em

sua área urbana, um aumento de 175 mil pessoas em relação ao registrado em 201048.

O intenso processo de urbanização em São Luís pressionou sua infraestrutura, que não acompa-

nhou o desenvolvimento da demanda, provocando problemas de habitação, saneamento e

transportes. Com o crescimento populacional projetado para os próximos anos, espera-se uma

maior pressão sobre as malhas urbanas. Cabe ressaltar que esta pressão tende a ser agravada

em virtude dos movimentos migratórios atraídos pelos altos investimentos na cidade e seu en-

torno, bem como pelo processo de conurbação dos municípios da Ilha de São Luís

GRÁFICO 27. ESTIMATIVA DE DÉFICIT HABITACIONAL POR REGIÕES METROPOLITANAS

Fonte: Ipea 2013 a partir de dados do Censo 2010. *Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina

Outro fator importante para projetar o desenvolvimento urbano futuro de São Luís é a consta-

tação de que a densidade populacional do município ainda é baixa, representada pela predomi-

nância de casas. A verticalização planejada no último Plano Diretor da cidade, de 1992, não foi

totalmente implementada. As economias de escala características do adensamento urbano e

48 A projeção de crescimento até 2033 desconsidera movimentos migratórios para o município. Macroplan, 2013

9,811,1 11,3 11,3 11,8 12,1 13

16,618,9

João Pessoa Salvador Recife Fortaleza Maceió Natal Aracaju São Luís Teresina*

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72

essenciais na provisão de água, esgoto e energia não ocorreram em São Luís e a tendência é que

seja necessário um arranjo inovador para a universalização desses serviços.

Em termos ambientais, as preocupações são: a crescente quantidade de veículos poluidores, a

falta de tratamento do esgoto com a consequente poluição dos rios e praias de São Luís, além

da coleta de lixo insuficiente e não-seletiva, o que agrava o quadro de deterioração ambiental.

Nos próximos 20 anos, a intensificação da urbanização, a expansão da renda média das famílias,

os investimentos produtivos previstos para o distrito industrial de São Luís e cidades vizinhas,

além do crescimento populacional terão como resultado o aumento do consumo de energia

tanto para uso residencial como para uso comercial e a pressão sobre os recursos naturais.

» Fortalecimento de São Luís como polo de serviços avançados do Maranhão

O setor de ‘serviços avançados’ é uma parcela do setor terciário da economia que engloba aque-

las atividades de mais alto valor agregado, caracterizadas pelo uso intensivo do conhecimento.

São exemplos de serviços avançados: serviços financeiros, consultorias, pesquisa & desenvolvi-

mento, ensino superior e pós-graduação, seguros, logística, telecomunicações e serviços de TI,

entretenimento. Este segmento compõe a vanguarda do setor de serviços, envolvendo alta tec-

nologia e, geralmente, com vínculos com grandes corporações do capital internacional. Uma

característica comum a essas atividades é o fato de todas elas demandarem mão-de-obra qua-

lificada.

São Luís concentra as atividades avançadas do estado, tanto em proporção de estabelecimentos

quanto em empregos, além de concentrar as instituições de ensino superior do Maranhão. Es-

pera-se para os próximos anos uma franca expansão e desenvolvimento do segmento de servi-

ços avançados em São Luís, alimentada pelo desenvolvimento econômico a ser experimentado

pela cidade no futuro.

Vale lembrar que o pleno aproveitamento das oportunidades associadas a esta tendência está

condicionado à qualificação do ambiente de negócios e da força de trabalho local. De fato, a

internalização dos benefícios da atração dos investimentos, traduzida em aumento de empregos

para a população local, somente acontecerá no caso de existir mão-de-obra qualificada para o

preenchimento dos postos de trabalho gerados no setor de serviços avançados.

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73

GRÁFICO 28. PARTICIPAÇÃO DE SÃO LUÍS NAS ATIVIDADES AVANÇADAS DO MARANHÃO

Fonte: RAIS/TEM, 2011.

» Conurbação dos municípios da Ilha de São Luís e formação de “cidades polinucleares” dentro

do espaço urbano

Com a construção da ponte José Sarney, que atravessa o rio Anil, o padrão de ocupação do solo

de São Luís foi direcionado para o litoral entre as décadas de 1970 e 1980 e, a partir de então, a

cidade cresceu para o leste e prolongou-se para fora de seu perímetro, em direção a São José

do Ribamar e demais cidades da Ilha de São Luís. Trata-se de um exemplo típico de conurbação,

entendido como a expansão da cidade para além de seu perímetro, absorvendo outras cidades

ou aglomerações.

Esse processo está em estágio inicial em São Luís e deve se intensificar nos próximos anos. Os

vultosos investimentos produtivos previstos para São Luís e cidades próximas devem gerar forte

fluxo migratório para a Ilha. Ressalta-se o expressivo crescimento populacional vivido pelas ci-

dades de São José do Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa na última década.

A expansão física de São Luís e demais cidades da Ilha altera a configuração espacial urbana,

favorecendo a formação e consolidação de novos núcleos de atividades comerciais e de serviços.

Além da descentralização das atividades produtivas em subcentros comerciais, o conceito de

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Proporção de Estabelecimentos Proporção de Empregos

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74

“cidades polinucleares” também é caracterizado pelo crescimento da mancha urbana sobre a

região circundante, interligando-se através de estrutura viária49.

A conurbação dos municípios da Ilha de São Luís trará significativas implicações para a estrutura

urbana da capital, influenciando diretamente na redistribuição das atividades econômicas e so-

ciais do espaço metropolitano. Os impactos dessa reconfiguração para o município, por sua vez,

ainda são incertos. Eles dependerão da forma como essa conurbação se desenvolverá nas pró-

ximas duas décadas: de forma ordenada e com planejamento e infraestrutura que dê suporte

ao crescimento; ou de forma desordenada, resultando na favelização e degradação das condi-

ções sociais da população.

MAPA 13. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA OCUPAÇÃO DA ILHA DE SÃO LUÍS

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” - INCID

49Novas Cidades, Novos Centros. Disponível em: http://conhecimentopratico.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/45/ar-

tigo266197-1.asp

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75

GRÁFICO 29. CRESCIMENTO POPULACIONAL ENTRE 2000 E 2010 - GRANDE SÃO LUÍS

Fonte: Censo/IBGE. *Projeção da Consultoria McKinsey no artigo “Global Cities of the Future: An Interactive Map”.

» Entrada de investimentos no Maranhão e São Luís

Entre 2013 e 2017, o Maranhão espera receber cerca de R$ 79 bilhões em investimentos indus-

triais, como o Complexo Termelétrico do Parnaíba, em Santo Antônio do Parnaíba; a planta para

fabricação de papel e celulose da Suzano, em Imperatriz; a Refinaria Premium I, em Barreiri-

nhas/São Luís; e a ampliação da capacidade logística da Vale, em São Luís. Dentre esses empre-

endimentos, destaca-se a Refinaria Premium I50, que tem estimativa de gerar cerca de 130 mil

postos de trabalho diretos e indiretos na fase de implantação e 1,5 mil empregos diretos na fase

de operação. Os projetos da Vale em logística também são vultosos, somando R$ 31 bilhões e

contemplando a construção do Píer IV no terminal da Ponta da Madeira, do Terminal Ferroviário

da Ponta da Madeira e a duplicação da Estrada de Ferro Carajás.51

Além de energia e logística, outros setores também investem no Maranhão. No setor minero

metalúrgico destaca-se a implantação de uma indústria metalúrgica em Açailândia e a constru-

ção da Usina Siderúrgica Integrada. No comércio, destaca-se a construção de shopping centers

no estado, especialmente no interior, que somam R$ 1 bilhão. Os investimentos públicos nas

três esferas somam R$ 18,9 bilhões, com destaque para a modernização e o aumento da capa-

cidade do porto do Itaqui, com a recuperação estrutural dos berços 101 e 102, dragagem dos

berços 100 a 104 e construção do berço 108, além da construção do Terminal de Grãos (TE-

GRAM).

50 O Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 da Petrobras indica que a Refinaria Premium I – Trem 1 está prevista para Out/2017 e

a Refinaria Premium I – Trem 2 está prevista para Out/2020. Disponível em: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/apre-

sentacoes/apresentacao-do-png-2013-2017.htm Acessado em: 05/10/2013.

51 Nota de Conjuntura Econômica do Maranhão – Junho/Julho 2013. IMESC

14,925 26,327 32,366 39,576105,121

163,045

1014,837

48%

1%

62%

36%

20%

45%

56%

19%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

0

200

400

600

800

1000

1200

Bacabeira Alcântara Raposa Santa Rita Rosário Paço doLumiar

São Josédo

Ribamar

São Luís

Cre

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nal

Milh

are

s

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76

Todos esses projetos gerarão um forte aumento da demanda por mão-de-obra qualificada, o

que pressionará as redes de ensino profissionalizante e superior. Ademais, a necessidade de

aumento da qualidade do capital humano exigirá elevados investimentos na educação tradicio-

nal, visando aumentar a qualidade dos ensinos fundamental e médio, além de expandir o ensino

pré-escolar.

Em São Luís há uma demanda reprimida por mão-de-obra qualificada. O desemprego em São

Luís, em 2010, era de 12% em 2010, mas entre a população com ensino superior completo era

de somente 4,5%. Uma consequência direta deste quadro é a “importação”, pelas empresas

ludovicenses, de mão-de-obra qualificada de outros estados.

Com isso, o crescimento da demanda por mão-de-obra qualificada que acontecerá nos próximos

20 anos, se não for acompanhada de políticas efetivas para a melhoria da qualidade do capital

humano, poderá implicar no agravamento da defasagem já existente entre a oferta e a demanda

por profissionais de nível superior e técnicos de nível médio.

FIGURA 1. DESTAQUES DE INVESTIMENTOS (2013-2017)

Fonte: SEDINC, 07/08/2013. Análise Macroplan

PIER IVTERMINAL FERROVIÁRIO

DUPLICAÇÃO EFC

R$ 12.500 MILHÕES

FABRICAÇÃO DE CELULOSE

R$ 4.600 MILHÕES

PARQUE EÓLICO

R$ 6.000 MILHÕES

TERMELÉTRICA

R$ 6.000 MILHÕES

REFINARIA PREMIUM I

R$ 40.000 MILHÕES

TERMINAL PORTUÁRIO

R$ 4.500 MILHÕES

2013 2014 2015 2016 2017

INV

EST

IMEN

TOS

ESP

ERA

DO

S

SÍTIO DE LANÇAMENTO

R$ 522 MILHÕES

AMPLIAÇÃO DE COMPLEXO

SUCO-ALCOOLEIRO

R$ 400 MILHÕES

R$ 18.452 milhões

R$ 8.717 milhões R$ 400

milhões

R$ 6.610 milhões

R$ 45.450 milhões

DESTAQUES DE INVESTIMENTOS EM CADA ANO

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77

» Dinâmica econômica ludovicense baseada em logística, serviços e turismo de negócios52

Atualmente, a exportação de commodities e outros bens intermediários de menor valor agre-

gado representa a mais importante atividade econômica para São Luís. O cluster de logística

compreende o Porto de Itaqui, o Porto Ponta da Madeira (pertencente à Vale), o Terminal da

Alumar, a Ferrovia Carajás, a Ferrovia Norte-Sul (em construção) e a Ferrovia São Luís-Teresina.

O complexo portuário tem sido a infraestrutura estratégica indutora do desenvolvimento regi-

onal. Sua localização estratégica, com rotas mais curtas para a Europa e os EUA, representa eco-

nomia de até sete dias em relação aos portos do Sudeste do Brasil53. Tendo em vista a expansão

do Canal do Panamá e a crescente relevância comercial de China e Índia, o Porto do Itaqui rece-

berá grandes investimentos para a expansão de sua capacidade logística. As projeções para o

movimento de cargas no porto sugerem que o fluxo de mercadorias deve quadruplicar até 2031,

saindo de 16,9 milhões de toneladas, em 2013, para 65,67 milhões, em 2031.

MAPA 14. PRINCIPAIS ROTAS MARÍTIMAS

Fonte: EMAP – PDZ 2012 http://www.portodoitaqui.ma.gov.br/

52 Plano de Desenvolvimento Econômico Local de São Luís, 2011.

53 Planejamento Estratégico, EMAP, 2013.

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78

GRÁFICO 30. PROJEÇÃO DE CARGAS DO PORTO DO ITAQUI

Fonte: EMAP – PDZ 2012

A demanda internacional tem aumentado o preço e a procura por produtos-chave, como aço,

minério de ferro, alumínio, bauxita, soja, milho, entre outros. O desafio de São Luís é diversificar

e adensar a cadeia produtiva em direção a atividades de maior valor agregado e reduzir a de-

pendência da administração pública, que empregava 33% do pessoal ocupado na cidade em

2011. Além disso, o crescimento da produção agropecuária, bem como a expansão dos projetos

no Centro-Oeste, deve aumentar a demanda pela infraestrutura logística intermodal do eixo

Araguaia-Tocantins para o comércio internacional, reforçando o papel de São Luís como inter-

mediário entre esta região e o mundo.

Além do potencial logístico, o setor de serviços também exerce influência na economia de São

Luís. Contribui para isso, o potencial turístico da cidade, com a importância do Centro Histórico

(Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco e maior centro urbano com construções histó-

ricas da América Latina), do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e da cultura. Destaca-se

também a presença de equipamentos especializados para o turismo de negócios e eventos, que

deve permanecer atraindo visitantes a São Luís diante do grande fluxo de negócios previstos

para a próxima década. 54

54 Segundo a Pesquisa de Serviços de Hospedagem do IBGE de 2011, há 127 estabelecimentos de hospedagem em São Luís, sendo 51 hotéis. A capacidade total de hóspedes é de 11.881.

15

.58

8

16

.94

8

24

.18

1

26

.14

3

27

.15

8

29

.30

2

30

.99

9

49

.09

3

50

.74

8 52

.50

55

5.3

79

57

.14

8

58

.77

0

60

.31

4

61

.63

6

62

.40

7

63

.20

0

64

.01

3

64

.84

3

65

.68

6

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031

Carga Movimentada (mil t)

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79

MAPA 15. EIXO ARAGUAIA-TOCANTINS

Fonte: SEDINC/MA, 2013. “Estratégias de Desenvolvimento do Maranhão”

2.2. INCERTEZAS CRÍTICAS PARA SÃO LUÍS

Além das Tendências Consolidadas, os cenários para São Luís no horizonte 2013-2033 depen-

dem também de fatores nacionais, estaduais, regionais e locais altamente incertos e de elevado

impacto, denominados Incertezas Críticas.

Incertezas críticas são condicionantes do futuro com baixo grau de previsibilidade e elevado im-

pacto. As incertezas podem ter origem exógena ou endógena ao município de São Luís.

As incertezas críticas foram divididas em duas categorias. A primeira reúne aquelas incertezas

relacionadas ao contexto externo a São Luís, incluindo variáveis específicas ao macroambiente

de interesse do município. Essas incertezas são predominantemente econômicas e se relacio-

nam às atividades produtivas motrizes da economia ludovicense. Já a segunda categoria tem

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80

origem interna e engloba os elementos específicos a São Luís, sobretudo nas dimensões institu-

cional, social e ambiental.

INCERTEZAS CRÍTICAS EXTERNAS

Por ser uma importante capital regional e cidade portuária, o futuro de São Luís será fortemente

influenciado pela evolução do ambiente internacional e pelo padrão de desenvolvimento eco-

nômico do Brasil. Ao cumprir o papel de intermediário entre o eixo de desenvolvimento Ara-

guaia-Tocantins e o mundo, a capital maranhense terá seu futuro, em grande medida, condicio-

nado pela expansão das fronteiras do agronegócio, pela lógica dos mercados de commodities e

do comércio internacional, bem como pela evolução da indústria de transformação e do setor

de serviços no Maranhão.

Com o intuito de reduzir o universo de elementos do macroambiente a um subconjunto de in-

certezas explicativas essenciais para a geração dos cenários, a primeira incerteza crítica síntese

reúne as variáveis econômicas de cunho nacional, estadual e regional que definem o comporta-

mento predominante do ambiente externo em relação a São Luís. Aspecto este que, por sua vez,

influenciará a qualidade do desenvolvimento socioeconômico do município.

A primeira incerteza crítica síntese que os cenários procuram responder é:

Qual será o ritmo e a natureza do crescimento econômico brasileiro e do espaço geoeconômico

de São Luís no horizonte 2013-2033?

A resposta à incerteza crítica síntese no contexto externo compreende a análise de cinco ques-

tões específicas nas dimensões global e nacional:

Ambiente internacional (evolução da crise econômica, grau de protecionismo e de-

manda mundial por produtos da região de influência de São Luís);

Orientação da política econômica (fiscal, monetária, industrial e de comércio exterior);

Agenda de reformas estruturais;

Enfrentamento dos gargalos de infraestrutura econômica (transporte e energia); e

Crescimento econômico, inclusão social, qualidade de vida e meio ambiente.

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Já no âmbito regional, a incerteza crítica externa engloba outros quatro temas relevantes ao

futuro de São Luís:

Atratividade a investimentos privados e crescimento econômico;

Eficiência do complexo portuário;

Perfil da estrutura produtiva (agregação de valor, conteúdo tecnológico e grau de diver-

sificação); e

Desempenho do Eixo Araguaia-Tocantins.

A incerteza crítica do ambiente externo a São Luís pode assumir estados possíveis em um eixo

contínuo delimitado por dois extremos: “Tendência recente” e “Mudança de patamar (salto)”.

Tendência recente: economia mundial com crescimento moderado e volátil, com desa-

celeração do comércio internacional; pequena disponibilidade de capital e menor de-

manda externa por alimentos e commodities industriais; perda de competitividade da

economia brasileira e, consequentemente, maranhense, com atrasos dos investimentos

no estado; crescimento econômico baixo e errático no Brasil e em São Luís.

Mudança de patamar (salto): economia mundial retoma o caminho do crescimento,

com a melhora na confiança dos investidores estrangeiros e aumento do fluxo comer-

cial; crescimento sustentado da economia brasileira; aumento da competitividade na

capital maranhense e atração de investimentos e empresas multinacionais para São

Luís.

INCERTEZAS CRÍTICAS INTERNAS

O segundo eixo que determina os cenários alternativos de São Luís é definido por meio de uma

incerteza crítica síntese que associa as variáveis internas específicas ao município. Conside-

rando, sobretudo, as dimensões institucional, social e ambiental, a incerteza crítica síntese do

contexto interno que os cenários procuram responder é:

Que padrões institucionais predominarão em São Luís nos próximos 20 anos?

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Essa incerteza crítica diz respeito às instituições, i.e., regras e normas que sustentam e dão forma

às relações políticas, sociais e econômicas em São Luís. Essa incerteza crítica sintetiza aspectos

como:

Comportamento da sociedade em relação ao que é público e de interesse comum;

Transparência e qualidade da gestão pública;

Governança metropolitana; e

Alinhamento entre os poderes e as esferas de governo e lideranças.

A incerteza crítica interna a São Luís assume estados possíveis em um eixo contínuo delimitado

por dois extremos: padrões institucionais “predominantemente extrativistas55” e “progressiva-

mente inclusivos”.

Predominantemente extrativistas: parcelas minoritárias da população capturam quase

toda riqueza gerada. A maioria tem oportunidades restritas e acesso precário a serviços

públicos. Trata-se de um padrão institucional que gera insegurança jurídica, desigualda-

des e poucos incentivos à inovação.

Progressivamente inclusivos: há oportunidades para parcelas crescentes da população,

valorização do mérito, acesso equitativo aos serviços públicos, sistema jurídico imparcial

e célere, garantia dos direitos de propriedade, incentivos à inovação.

Além das duas incertezas-crítica síntese para o desenvolvimento, há mais 10 incertezas que im-

pactarão expressivamente o desenvolvimento de São Luís nos próximos 20 anos:

1. Como avançará o desenvolvimento de competências (educação e qualificação da mão

de obra) em São Luís?

2. Como evoluirá o ambiente de negócios e a cultura empreendedora?

3. Como avançará a rede de cidades na área de influência de São Luís?

4. Qual será a dinâmica de ocupação do solo em São Luís e suas regiões vizinhas?

5. Como evoluirá a demanda (quantidade e qualidade) por serviços públicos?

55 Expressão cunhada por Daron Acemoglu e James Robinson no livro “Por Que As Nações Fracassam”.

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6. Como avançará a oferta de serviços públicos? Qual será o impacto das novas tecnologias

da informação e comunicação?

7. Como evoluirão as finanças públicas do município, sobretudo a arrecadação?

8. Como avançará a capacitação, gestão e elaboração de projetos robustos e estruturan-

tes, além da capacidade de estruturação e viabilização de financiamento nos vários ní-

veis de governo na região metropolitana de São Luís?

9. Como evoluirá a distribuição da riqueza e a pobreza em São Luís?

10. Como evoluirá a qualidade de vida da população ludovicense (oportunidades de traba-

lho, mobilidade, segurança, saneamento, meio ambiente, oportunidade de lazer, etc)?

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Capítulo 3. Cenários para São Luís 2033

3 Cenários para São Luís 2033

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O propósito primário dos cenários não é o de predizer o futuro, e sim, organizar, sistematizar e

delimitar as incertezas, explorando os pontos de mudança ou manutenção dos rumos de uma

dada evolução de situações. Eles ajudam governantes, instituições, empresas e os atores sociais

a trabalhar com o futuro de um modo organizado e sistemático, reduzindo incertezas e estimu-

lando a formulação de políticas, estratégias e iniciativas antecipatórias e inovadoras.

Cenários são imagens coerentes e plausíveis de futuros alternativos. Sua denominação vem do

termo teatral scenario – o roteiro para filmes ou peças teatrais. Seu uso em análise prospectiva e

estratégia consiste em antecipar visões de futuro para “iluminar” decisões e ações no presente.

Cenários são, portanto, histórias sobre as possíveis maneiras como o mundo, o Brasil, o Mara-

nhão e São Luís poderão estar configurados no futuro. As condições iniciais da realidade, a cha-

mada cena de partida, foram detalhadas no capítulo I. A partir da situação atual, a hipótese da

Macroplan é que o futuro da capital maranhense poderá assumir quatro contornos alternativos,

descritos sob a forma de cenários. Vale lembrar que os fatores certos ou quase certos em relação

ao futuro e que, em maior ou menor grau, estarão presentes em todos os cenários, foram des-

critos no capítulo II.

Os cenários para São Luís no horizonte dos próximos 20 anos são decorrentes de duas incertezas

críticas já destacadas no capítulo anterior:

TABELA 5. CENÁRIOS EXPLORATÓRIOS PARA SÃO LUÍS NO HORIZONTE 2033

Crescimento econômico brasileiro e do espaço geoeconômico de São Luís

MANTÉM TENDÊNCIA RECENTE MUDANÇA DE PATAMAR (SALTO)

Evolução econômica a taxas próximas da média da úl-

tima década, com elevada volatilidade e baixa inter-

nalização de oportunidades e de renda

Crescimento mais elevado do que a média da última

década, com aumento da competitividade e crescente

internalização de oportunidades e de renda.

Padrões institucionais de São Luís - "Regras do jogo" estabelecidas formalmente ou pelos costumes e que são

amplamente praticadas na sociedade

PREDOMINANTEMENTE EXTRATIVISTAS PROGRESSIVAMENTE INCLUSIVOS

Parcelas minoritárias da população capturam a maior

parte da riqueza gerada. A maioria tem oportunidades

restritas e acesso precário a serviços públicos. Insegu-

rança jurídica e poucos incentivos à inovação.

Há oportunidades para parcelas crescentes da popula-

ção, valorização do mérito, acesso equitativo aos servi-

ços públicos, sistema jurídico imparcial e célere, garan-

tia dos direitos de propriedade, incentivos à inovação.

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Estas duas indagações em face do futuro formam dois grandes eixos ortogonais cujas combina-

ções das hipóteses extremas configuram os quadros futuros possíveis do município, como mos-

tra a figura a seguir56:

FIGURA 2. QUATRO CENÁRIOS PARA SÃO LUÍS 2013-2033

Fonte: Macroplan.

» CENÁRIO 1: Continuidade – Caranguejo do Mangue: o contexto econômico brasileiro

e da região de influência de São Luís desfavorável com crescimento intermitente e a

manutenção das instituições extrativistas, com baixa articulação entre os atores, não

gera em São Luís uma dinâmica de desenvolvimento inclusivo. Há baixa disseminação

interna de oportunidades e de renda. A gestão, o planejamento e a provisão de serviços

urbanos são insuficientes para atender às demandas básicas da população, pois o dis-

curso de modernização da política e da gestão não sai do papel. Até 2033, a capital ma-

ranhense tem crescimento urbano desordenado e elevados passivos socioeconômicos

e ambientais.

» CENÁRIO 2: Inclusão progressiva – Jurará: apesar das dificuldades apresentadas pelo

desfavorável cenário econômico brasileiro e da região de influência de São Luís, há uma

agenda de reformas institucionais em curso na capital maranhense que melhora seu

ambiente de negócios. Há uma melhora na gestão e na qualidade dos gastos públicos

56 Agradecemos a valiosa contribuição do Professor Felipe de Holanda na denominação dos cenários.

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influenciadas em boa medida pela maior participação e fiscalização da sociedade ludo-

vicense. Em 2033, a cidade ainda não é rica, mas já tem as bases para o desenvolvimento

sustentável.

» CENÁRIO 3: Crescimento excludente – O Milagre Maranhense: apesar do externo fa-

vorável, São Luís não aproveita as melhores oportunidades proporcionadas, pois o am-

biente institucional instável dificulta o desenvolvimento dos negócios e a internalização

de parcelas maiores da renda gerada. A ampliação do PIB é ocasionada por grandes pro-

jetos com limitada geração de emprego. A provisão de serviços públicos é limitada pela

capacidade da gestão pública, limitação de recursos financeiros e baixa coordenação

entre os agentes. Em 2033, São Luís é uma cidade com elevada concentração de poder

e riqueza numa elite e com baixa qualidade de vida para a maioria da população.

» CENÁRIO 4: Desenvolvimento inclusivo e integrado – Vôo do Guará: suportada por in-

tensa concertação política e institucional entre os atores sociais, econômicos e políticos

com influência sobre a sua realidade, São Luís passa a explorar com maior intensidade

suas principais vocações e potencialidades e aproveita as principais oportunidades tra-

zidas por um contexto externo favorável. Em 2033, São Luís é uma cidade com planeja-

mento e gestão urbana integrados, crescente captação de recursos e com melhoria

substancial dos padrões de qualidade de vida, com diminuição das desigualdades. A ci-

dade deixa de ser conhecida como espaço de domínio de grupos políticos, passando a

ser um dos exemplos nordestinos de boa gestão e participação empresarial e social nas

decisões.

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CENÁRIO 1 CONTINUIDADE - CARANGUEJO DO MANGUE

O potencial logístico e a vocação exportadora

da cidade, especialmente de commodities

como alumínio, minério de ferro e soja, e o di-

namismo da construção civil permitem que a

cidade registre crescimento econômico supe-

rior à média brasileira, mas com elevada vola-

tilidade e baixa disseminação interna de opor-

tunidades e de renda. O contexto econômico

da região de influência de São Luís é predomi-

nantemente adverso em função do baixo cres-

cimento no mundo e no Brasil. A cidade e suas

instituições são pouco capazes de alavancar

novas oportunidades de negócios.

O predomínio de instituições de caráter “ex-

trativista”, isto é, regras e normas que geram

desigualdades e não incentivam o investi-

mento na cidade, dificulta a internalização da

renda pela população ludovicense. Os avanços

sociais são decorrentes principalmente de polí-

ticas de caráter nacional, com baixa contribui-

ção da gestão local. O planejamento, a gestão

e a provisão dos serviços urbanos são insufici-

entes para resolver os crescentes problemas

de mobilidade urbana e infraestrutura e para

atender às demandas básicas da população.

Há um descompasso entre a geração de ri-

queza e os indicadores sociais e urbanos da ci-

dade.

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» Desenvolvimento do

cenário “Caranguejo

do Mangue”

São Luís, beneficiada por suas vantagens loca-

cionais e pela articulação política de seus prin-

cipais atores sociais, atrai investimentos, o que

contribui para que a cidade apresente cresci-

mento econômico acima da média brasileira.

Contudo, o contexto externo predominante-

mente adverso potencializa as dificuldades in-

ternas, resultando em crescimento econômico

baixo e errático. Os investimentos têm desdo-

bramento limitado sobre a economia local em

virtude do seu baixo efeito estruturante sobre

as demais atividades econômicas do municí-

pio. Deste modo, o PIB de São Luis continua a

apresentar elevada volatilidade (dependência

em relação às grandes cadeias produtivas vol-

tadas para o mercado internacional).

O crescimento se dá “de fora para dentro”, ba-

seado na instalação de grandes empreendi-

mentos, tais como a Refinaria da Petrobras, na

ampliação da produção da Vale, na implanta-

ção da fábrica da Suzano no Sul do Maranhão

e na maior exportação de soja, estimulada

pela ampliação da produção na região de Bal-

sas e pela evolução da ferrovia Norte-Sul. No

entanto, são frequentes os atrasos nos investi-

mentos, o que gera um ambiente de insegu-

rança que limita o crescimento. Os motores do

crescimento, externos a cidade, não são sufici-

entes para alavancar oportunidades de negó-

cio que promovam a disseminação deste dina-

mismo para o restante da economia.

O setor de construção civil continua a crescer

em função de demandas privadas, de obras

públicas e programas habitacionais federais.

Os investimentos da Prefeitura neste campo

são reduzidos, limitados pelas restrições orça-

mentárias não integralmente equacionadas.

Por outro lado, a ferrovia Norte-Sul avança

lentamente. A ampliação do complexo portu-

ário se dá a reboque de investimentos contra-

tados, não sendo o porto, assim, um captador

de oportunidades. O turismo se amplia de

modo incremental, principalmente com base

na modalidade de negócios e eventos. Já a cul-

tura local e o centro histórico atraem um fluxo

residual de turistas, em virtude da insuficiência

de investimentos e incentivos para sua promo-

ção e desenvolvimento.

A classe média de São Luís amplia-se gradual-

mente, refletindo também maior poder de

consumo do interior do Maranhão, parte dele

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suprido pela capital. Este movimento dinamiza

o mercado de bens de consumo e estimula a

criação de novos pequenos negócios. Porém,

com a predominância de um ambiente pouco

favorável aos negócios, quase todos têm

“baixo rendimento”, sendo alta a taxa de mor-

talidade das micro e pequenas empresas em

São Luís. A renda e a produtividade continuam

baixas, a melhoria da qualidade de vida das

pessoas não é proporcional ao aumento da ri-

queza gerada, e as desigualdades sociais per-

manecem elevadas na cidade.

No campo político, há uma sucessão geracio-

nal de lideranças, mas não prosperam alianças

com capacidade de aglutinação nem tam-

pouco consensos em torno de projetos e inici-

ativas estruturadoras do desenvolvimento

econômico e da inclusão social na cidade e no

estado. O padrão dominante é de instabili-

dade e descontinuidade política. As mudanças

e melhorias acontecem de modo gradual e

lento, estimuladas, no caso das instituições

públicas pelas exigências sociais de maior rigor

no provimento dos cargos e na qualidade do

gasto público e, nas instituições privadas, por

crescente acirramento da competição.

A nova classe média, com maior acesso à infor-

mação e maior escolaridade, torna-se tam-

bém indutora dessas mudanças. O fortaleci-

mento de uma classe empresarial menos de-

pendente dos governos ocupa um lugar de

destaque neste processo de reconfiguração da

estrutura social, mas ela enfrenta dificuldades

em assumir postos de liderança em suas enti-

dades e se engajar em iniciativas com impacto

efetivo no desenvolvimento, permanecendo

com capacidade de contribuição limitada.

A gestão pública experimenta melhorias, mas

mantém um desempenho pouco eficaz, com

incipiente participação da sociedade civil e li-

mitada transparência o que produz um ambi-

ente institucional frágil e pouco atrativo aos in-

vestimentos. A relação da população com o

poder público permanece predominante-

mente pautada pelo binômio extrativismo

para os segmentos mais poderosos e assisten-

cialismo para os demais, não sendo clara-

mente visíveis os limites que separam o pú-

blico e o privado. O limitado efeito estrutura-

dor dos grandes investimentos sobre a econo-

mia local tem impactos sobre o mercado de

trabalho, onde predominam empregos de

baixa qualidade e com remuneração reduzida.

As dificuldades do mercado de trabalho em

São Luís podem ser vistas também no baixo

grau de formalidade dos negócios e no incipi-

ente grau de empreendedorismo local.

A baixa qualidade institucional de São Luís difi-

culta os avanços no campo da governança me-

tropolitana. Entre 2013 e 2033, a transforma-

ção da realidade na Grande São Luís é limitada

pela reduzida articulação entre o setor pú-

blico, o empresariado e a sociedade civil orga-

nizada em âmbito metropolitano, traduzida

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sob a forma de ações isoladas e pouco colabo-

rativas entre suas principais lideranças. Confli-

tos e descontinuidades políticas não permitem

a concretização de um pacto metropolitano,

inibindo o aproveitamento de sinergias e a in-

tegração da região. A colaboração entre os

municípios se limita a iniciativas isoladas orien-

tadas à solução de problemas comuns. Em

2033, o crescimento populacional não foi

acompanhado de devido planejamento e re-

gulação urbanos, gerando grandes disparida-

des econômicas e sociais entre os municípios

da Grande São Luís.

A baixa efetividade da governança metropoli-

tana existente na Grande São Luís implica o es-

tabelecimento de redes fragmentadas em vá-

rias dimensões: nas áreas de saúde e educa-

ção, acarretando pressão de demanda sobre

os serviços públicos ofertados na capital; na

segurança pública, dificultando o combate à

violência na metrópole; na área ambiental, po-

tencializando os gargalos ambientais que exi-

gem um equacionamento conjunto em âm-

bito metropolitano; no setor produtivo e na

promoção de investimentos, prevalecendo a

atração de investimentos baseada na guerra

fiscal entre os municípios; e redes de transpor-

tes com baixo grau de integração intermunici-

pal e intermodal, limitando a mobilidade e a

acessibilidade no espaço metropolitano. A ci-

dade apresenta problemas crescentes de mo-

bilidade com impactos sobre a desigualdade

social, o acesso ao mercado de trabalho e a

qualidade de vida.

A limitada articulação político-institucional e a

baixa efetividade das redes de serviços públi-

cos trazem melhorias restritas para a popula-

ção de São Luís. Aos poucos, o município perde

sua vantagem relativa em termos de escolari-

dade média da população adulta frente às ca-

pitais do Nordeste. A qualidade da educação

em São Luís em todos os níveis de ensino é

apenas mediana quando comparada às de-

mais capitais nordestinas. Além disso, a oferta

de oportunidades de educação profissional é

insuficiente face às demandas existentes.

Como resultado, boa parte da força de traba-

lho mais qualificada é “importada” e a produ-

tividade média do trabalho em São Luís é

baixa, o que se reflete nos baixos salários e no

desincentivo à prestação de serviços de alto

valor agregado, que não florescem vigorosa-

mente na cidade.

A cidade caracteriza-se pelos elevados con-

trastes sociais: no litoral, uma pequena parcela

rica da população tem elevada renda e bem-

estar social; no outro extremo, a pobreza as-

sola as áreas do Itaqui-Bacanga e rural, onde a

população vive de forma precária, sem acesso

aos serviços básicos e a empregos formais; fi-

nalmente, há a classe média, emergente ou re-

mediada, no centro e seus arredores e no eixo

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Vinhais-Cohab-São Cristóvão, que busca me-

lhor qualidade de vida, mas esbarra na falta de

oportunidades de serviços e lazer.

Neste cenário, o espaço público da capital ma-

ranhense permanece desorganizado e hetero-

gêneo. Há um baixo grau de articulação e com-

plementaridade das ações da União, do Estado

e das Prefeituras, o que acarreta, muitas vezes,

em desperdício de recursos e sobreposição de

esforços. Deste modo, agravam-se os proble-

mas de mobilidade urbana relacionados, prin-

cipalmente, à precariedade do sistema de

transporte público de passageiros. Em virtude

do limitado volume de investimentos públicos

e privados, o sistema de transporte público em

São Luís consiste em um dos principais garga-

los da cidade. A existência de uma matriz de

transporte ancorada no transporte individual,

aliada à baixa capacidade e ao limitado grau de

integração e intermodalidade do sistema de

transporte público resulta na saturação do sis-

tema viário de São Luís e no crescimento dos

tempos de deslocamento.

Nas áreas de saúde e educação, os avanços

são limitados e, em grande parte, movidos pe-

las transferências de recursos federais. Há ex-

pansão nos níveis de ensino fundamental e

médio e no ensino técnico-profissional, porém

com melhorias incrementais na qualidade do

aprendizado dos alunos, sendo ainda possível

encontrar escolas com ambiente inapropriado

para o aprendizado. Já na saúde, o contexto fa-

vorável em âmbito nacional contribui para a

expansão da atenção primária e especializada.

A expansão do acesso à saúde, porém, é

acompanhado por melhorias apenas incre-

mentais na qualidade da prestação dos servi-

ços, uma vez que a adoção de novas práticas

de gestão se demora a generalizar. Em 2033,

grandes filas de esperas e crises no atendi-

mento aos pacientes nos postos de saúde e

hospitais municipais de São Luís ainda são

eventos frequentes.

Soma-se a isso a pressão de demanda advinda

dos demais municípios da Grande São Luís e

do restante do Estado do Maranhão. Se, por

um lado, a qualidade de vida e o ambiente de

negócios pouco atrativos afastam os principais

talentos de São Luís, por outro, a capacidade

polarizadora da capital maranhense no con-

texto metropolitano impulsiona um cresci-

mento desordenado, que é responsável pela

manutenção de problemas urbanos. A expan-

são dos espaços de exclusão social, acompa-

nhada pelas pressões sobre o ambiente ur-

bano, pela limitada expansão do emprego e da

renda e pela manutenção de bolsões da po-

breza e de desigualdade social, ao lado da ine-

ficácia das políticas públicas de prevenção e

repressão de crimes, é responsável pelo au-

mento dos níveis de violência e criminalidade.

São Luís torna-se uma metrópole violenta,

com impacto negativo sobre a imagem do mu-

nicípio e a qualidade de vida dos cidadãos.

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Sob o ponto de vista urbanístico, a cidade

apresenta alguns sinais de saturação e desor-

dem em espaços específicos. Apesar da exis-

tência de recursos para habitação, boa parte

dos projetos tem sua execução prejudicada

pelos entraves regulatórios e institucionais.

Órgãos públicos do setor habitacional e seto-

res correlatos empreendem algumas ações

isoladas e fragmentadas. O ambiente é pouco

fértil também para a realização de parcerias

com a iniciativa privada, cuja participação no

mercado habitacional cresce abaixo do que é

registrado nos demais estados brasileiros.

Com isso, o déficit habitacional em São Luís até

2033 é parcialmente remediado apenas com

programas nacionais de moradia popular. Essa

expansão da oferta de habitações de interesse

social observada nos próximos vinte anos não

é capaz de atender aos enormes desafios re-

presentados pela elevada demanda e pelas

inúmeras necessidades habitacionais, cuja

concentração na Grande São Luís mostra-se

ainda mais aguda.

Na área ambiental, permanecem com déficits

os serviços de saneamento, especialmente

nos territórios com grande número de mora-

dias irregulares e inadequadas. Em 2033, a

rede de esgoto ainda não abrange todo o ter-

ritório de São Luís. Observa-se um elevado vo-

lume de esgoto não tratado despejado nos

rios e mananciais da cidade, provocando de-

gradação dos recursos hídricos e comprome-

tendo a balneabilidade das praias. Ademais,

apesar de algumas melhorias pontuais, as

áreas verdes, parques e praças da cidade mos-

tram-se pouco convidativos à integração e ao

convívio social.

Em suma, neste cenário São Luís não consegue

traduzir seu crescimento econômico em bene-

fícios substanciais para a população. O efeito

estruturante dos grandes investimentos sobre

as demais atividades produtivas locais é limi-

tado, o que conduz a uma baixa disseminação

interna de oportunidades de negócio e renda.

São Luís experimenta crescimento urbano de-

sordenado, fruto dos baixos padrões instituci-

onais em âmbito municipal e metropolitano.

Os avanços sociais são decorrentes, principal-

mente, de políticas de caráter nacional, com

baixa contribuição da gestão local. A baixa

qualidade dos serviços públicos se mostra in-

suficiente para atender às demandas crescen-

tes da população, acarretando reduzido nível

de bem-estar social e desenvolvimento limi-

tado pelos acentuados passivos socioambien-

tais.

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CENÁRIO 2 INCLUSÃO PROGRESSIVA - JURARÁ

O contexto econômico da região de influência

de São Luís é predominantemente adverso em

função do baixo crescimento no mundo e no

Brasil. A estrutura produtiva de São Luís man-

tém-se ancorada na atividade das grandes

empresas exportadoras de bens industriais e

commodities. Contudo, em virtude de uma

gradual melhoria das instituições da capital

maranhense – com reflexo positivo sobre a

qualidade do ambiente de negócios – observa-

se um processo de adensamento das cadeias

produtivas. Se, por um lado, a economia ludo-

vicense se mantém suscetível às oscilações de-

correntes da volatilidade dos mercados inter-

nacionais, por outro, o maior grau de formali-

zação dos negócios e do mercado de traba-

lho, bem como o aumento da produtividade e

da massa salarial, favorece a internalização da

renda gerada.

O aumento da participação e da fiscalização

da sociedade ludovicense sobre os rumos da ci-

dade forçam esta progressiva mudança no

campo institucional, estimulando maior en-

tendimento entre as esferas de governo e a

profissionalização da gestão pública. Ob-

serva-se a ampliação da oferta de serviços pú-

blicos de qualidade e a melhoria dos instru-

mentos de planejamento e ordenamento ur-

bano. Há ganhos progressivos em termos de

qualidade de vida, refletida na evolução posi-

tiva dos indicadores sociais nas áreas de edu-

cação, saúde, emprego e mobilidade. Em

2033, a cidade não é rica, mas atrai pessoas e

investimentos pela qualidade do ambiente ins-

titucional, pela organização do espaço público,

pelo nível de bem-estar social e pela receptivi-

dade do orgulhoso povo ludovicense.

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» Desenvolvimento do

Cenário “Jurará”

Até 2033, o desempenho de São Luís e seu en-

torno metropolitano é limitado pelos desdo-

bramentos de seu contexto econômico ex-

terno. A economia global atravessa um perí-

odo prolongado de baixo crescimento, redu-

zindo a confiança dos agentes econômicos e os

níveis de investimento. No Brasil, o contexto

internacional predominantemente adverso

potencializa as dificuldades internas, resul-

tando em crescimento econômico baixo e er-

rático.

Nesse contexto adverso, a base da economia

de São Luís ainda não experimenta mudanças

radicais nas próximas duas décadas, mantendo

crescimento próximo ao desempenho histó-

rico do município no período 2000-2010, pu-

xada predominantemente pelos setores

econômicos exportadores de commodities

agrícolas e industriais. O complexo portuário

mantém-se como o principal motor da econo-

mia, exportando tanto a produção agrícola do

Centro-Oeste do Brasil e do sul do Maranhão,

quanto as commodities da Vale e os bens in-

dustriais da Alumar.

Mas há um elemento novo: é o aumento da

importância relativa do mercado interno. A

contribuição da demanda local para o cresci-

mento econômico do município ganha força

com a melhoria contínua dos padrões de ges-

tão pública e após a implantação de importan-

tes reformas microeconômicas, como a redu-

ção das burocracias regulatória e tributária. A

melhoria do ambiente de negócios possibilita

que os grandes empreendimentos realizados

em todo o Maranhão, como a Refinaria da Pe-

trobras, a ampliação da produção da Vale, a fá-

brica da Suzano e a construção da ferrovia

Norte-Sul, entre outros, atraiam investimentos

correlatos e fomentem um gradual adensa-

mento das cadeias produtivas instaladas em

São Luís e no seu entorno metropolitano.

Novos empreendedores, especialmente relaci-

onados aos serviços de maior conteúdo tecno-

lógico, e pequenas e médias empresas de ser-

viços especializados surgem estimulados pela

simplificação dos procedimentos para abertura

de empresas e por políticas de fomento ao em-

preendedorismo. Soma-se a isso um aumento

da oferta de mão de obra qualificada – fruto de

bem sucedidos programas de promoção do en-

sino técnico-profissionalizante – resultando em

aumento da produtividade e maior formaliza-

ção da economia municipal. Vale ressaltar que

a despeito do desenvolvimento do mercado de

Page 102: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

98

trabalho, em 2033 as melhores oportunidades

de trabalho ainda se mantêm em segmentos

consolidados, como a indústria metalúrgica e o

setor público. Nesse contexto, a renda prove-

niente do trabalho passa a se destacar na com-

posição da renda das famílias. Reduz-se, por-

tanto, o grau de dependência da população lo-

cal em relação aos programas de transferên-

cias governamentais que, não obstante, ainda

se mantêm como fundamentais para uma par-

cela significativa dos munícipes.

No campo institucional são evidenciados avan-

ços em resposta às adversidades econômicas

que caracterizam o período. Observa-se uma

alteração do modo como os atores sociais,

econômicos e políticos interagem na cidade, o

que influencia as regras e normas formais e in-

formais vigentes. Há um efeito mobilizador

para a construção do futuro de São Luís, com

união entre as principais lideranças políticas e

da sociedade civil, governantes, empresários e

formadores de opinião em torno de projetos e

iniciativas estruturadoras do desenvolvimento

na cidade e no estado. É visível a redução das

disputas políticas predatórias e cresce a partici-

pação dos vários segmentos da sociedade no

planejamento e na gestão da cidade, o que per-

mite a implementação de políticas públicas es-

pecíficas para as diferentes regiões da cidade.

Neste cenário, as instituições ludovicenses aos

poucos tornam-se mais inclusivas, isto é, pas-

sam a gerar oportunidades para parcelas mai-

ores da população, com valorização da merito-

cracia, fortalecimento da segurança jurídica, e

incentivo à inovação. O aparelho estatal em

São Luís revela-se cada vez mais produtivo e

eficiente, concentrado na provisão de serviços

públicos essenciais de qualidade. Acresce-se a

isso o fato de que o aumento da importância

relativa do mercado interno contribui, via au-

mento da arrecadação própria, para que o or-

çamento municipal reduza sua dependência

em relação às transferências de recursos inter-

governamentais.

A gestão pública municipal da capital mara-

nhense caracteriza-se por maior profissionali-

zação, eficiência e responsabilidade fiscal, com

mais transparência e instituições pluralistas e

de qualidade. As relações políticas abrem es-

paço para a formação dos quadros funcionais

profissionais na administração pública e a rela-

ção da população com o governo muda do pa-

drão extrativista e assistencialista para um mo-

delo mais meritocrático e integrado, com res-

peito ao patrimônio público.

A nova configuração da sociedade ludovicense

contempla a união entre a chamada “nova

classe média” emergente, uma classe empre-

sarial empreendedora mais robusta e menos

dependente do governo para os negócios, e, fi-

nalmente, uma classe de gestores públicos

profissionais comprometidos com o futuro de

São Luís.

Page 103: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

99

Os efeitos dessa relação estendem-se para a

governança metropolitana e para o relaciona-

mento entre os poderes e os vários níveis de

governo. Entre 2013 e 2033, os avanços obser-

vados na Grande São Luís são estimulados pelo

estreitamento dos laços entre o setor público,

o empresariado e a sociedade civil organizada

em âmbito metropolitano, traduzida sob a

forma de ações conjuntas e colaborativas entre

suas principais lideranças. Esta concertação po-

lítica e institucional entre os atores com in-

fluência na realidade metropolitana se desen-

volve em duas dimensões: uma vertical, carac-

terizada por maior articulação entre as três es-

feras de governo; e outra horizontal, visível na

colaboração entre os municípios constituintes

da Grande São Luís. Com isso, iniciativas pú-

blico-privadas entre governos, empresas e a

sociedade civil são traduzidas na realização de

projetos metropolitanos voltados não apenas à

solução de problemas comuns, mas também

para o aproveitamento de sinergias e comple-

mentaridades entre as cidades.

O estabelecimento de mecanismos de coope-

ração sistemática entre a Prefeitura, o Estado e

a iniciativa privada, combinado à recuperação

da infraestrutura e melhoria das operações de

escolas, postos de saúde e hospitais, melhoram

gradativamente a qualidade dos serviços pres-

tados nas áreas de saúde e educação. O ensino

básico torna-se amplamente difundido na ci-

dade; as escolas têm maior autonomia admi-

nistrativa, o que as permite implementar práti-

cas educacionais modernas e que trazem be-

nefícios na qualidade do aprendizado dos alu-

nos. De modo semelhante, a prestação de ser-

viços de saúde melhora com os avanços no

campo da gestão e regulação da rede, que re-

sultam em aumento das unidades e equipes

básicas de saúde.

A melhoria do ambiente de negócios incentiva

o estabelecimento de parcerias público-priva-

das (PPPs) em diversas áreas, com destaque

para o transporte público e a mobilidade ur-

bana. Assim, apesar da limitada capacidade de

investimento do poder público, as redes de

transporte são reestruturadas para facilitar a

integração intermunicipal e projetos intermo-

dais são implantados para facilitar a mobili-

dade e a acessibilidade no espaço metropoli-

tano. O sistema de transporte público é alvo de

importantes melhorias e recebe investimentos

para modernizar a estrutura viária e a frota de

ônibus, desincentivando o transporte indivi-

dual e reduzindo o tempo de deslocamento na

cidade.

São Luís vivencia um desenvolvimento mais in-

tegrado sob as óticas social e territorial. Um es-

forço concentrado de desenvolvimento das

áreas do Itaqui-Bacanga e rural, reunindo ato-

res públicos e privados, contribui para a redu-

ção das disparidades sociais. A eficiência no uso

dos recursos públicos permite a redução do dé-

Page 104: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

100

ficit de escolas nos bairros mais pobres da ci-

dade, além de melhorar a qualidade média da

educação em todos os níveis de ensino, melho-

rando seu posicionamento em relação às de-

mais capitais nordestinas. O crescente padrão

educacional da capital aumenta a produtivi-

dade, tornando São Luís uma cidade com salá-

rios gradativamente mais atrativos para seus

talentos. São Luís, que no passado se caracteri-

zava como uma cidade tripartida, com grandes

desigualdades no acesso à renda e aos serviços

públicos entre os estratos populacionais, viven-

cia a melhora progressiva de suas disparidades

históricas.

Neste cenário, há maior organização e equilí-

brio na ocupação do solo da capital mara-

nhense. O planejamento e a gestão urbana são

realizados de forma mais estruturada, com im-

pactos positivos sobre a mobilidade urbana, o

saneamento, o déficit habitacional e a oferta

de amenidades urbanas. Em 2033, nem todas

as necessidades foram solucionadas, mas é vi-

sível a redução dos espaços de exclusão social.

A violência ainda é um problema, mas apre-

senta retração frente à eficácia das políticas de

prevenção da criminalidade combinadas a

ações integradas de policiamento e à maior co-

esão social.

O estabelecimento de parcerias público-priva-

das contribui também para a expansão do

acesso a habitações no município. Registra-se

um movimento de expansão do mercado de

habitação de interesse social em São Luís, ca-

racterizado por uma maior participação do se-

tor privado, em particular das empresas de pe-

queno porte. Em paralelo, se desenvolve um

pujante mercado imobiliário orientado sobre-

tudo para a crescente classe média.

O déficit habitacional na capital maranhense

cai também em virtude da implantação de pro-

gramas de urbanização de favelas, moderniza-

ção de áreas degradadas e infraestrutura com-

plementar. Contudo, em 2033, apesar da

maior atenção dada ao centro histórico, os pro-

jetos carecem de recursos para uma efetiva

transformação da região e recuperação do di-

namismo.

Do ponto de vista ambiental, os serviços de sa-

neamento têm melhora significativa, principal-

mente nos bairros mais pobres. Isso se deve

tanto ao esforço de gestão quanto à percepção

dos benefícios do saneamento sobre a quali-

dade de vida dos cidadãos. Além disso, há

maior preocupação com os impactos negativos

do esgoto não tratado despejado diretamente

nos rios de São Luís. As praias da cidade melho-

ram gradativamente suas condições de balne-

abilidade. Finalmente, melhora a conservação

e preservação das áreas verdes remanescen-

tes, na tentativa de torná-las mais apropriadas

à integração e ao convívio social.

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101

Apesar dos avanços experimentados por São

Luís até 2033, sua capacidade polarizadora so-

bre o contexto metropolitano mantém a pres-

são de demanda proveniente dos demais mu-

nicípios maranhenses sobre as redes de servi-

ços da capital. Embora ela ocorra de forma me-

nos acentuada em virtude da maior coopera-

ção entre os agentes metropolitanos, esta

pressão ainda compromete a qualidade de al-

guns serviços públicos.

Em resumo, este cenário descreve São Luís

com um crescimento econômico mediano,

mas com importantes transformações institu-

cionais e sociais. O ambiente de negócios mais

favorável permite que os grandes empreendi-

mentos produzam desdobramentos na econo-

mia ludovicense, gerando oportunidades de

emprego e garantindo a internalização da

renda.

A gestão pública eficaz e a maior articulação

entre os atores econômicos, políticos e sociais

influenciam positivamente o planejamento ur-

bano e a oferta de serviços públicos, com redu-

ção das disparidades de acesso entre as regiões

da cidade e os diferentes estratos sociais. O

planejamento do espaço urbano permite que a

cidade cresça de forma mais estruturada, com

impacto positivo sobre a qualidade de vida e a

imagem de São Luís.

Page 106: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

102

CENÁRIO 3 CRESCIMENTO EXCLUDENTE – O MILAGRE MARANHENSE

O contexto econômico se mostra favorável a

São Luís, influenciado pelo crescimento dos

mercados de commodities e pelas políticas de

incentivo à demanda interna. A economia de

São Luís cresce a taxas elevadas – similares à

época do chamado “milagre econômico bra-

sileiro” –, porém com volatilidade acentuada

e concentração da atividade em poucas em-

presas intensivas em capital. A riqueza é acu-

mulada por uma elite social que detém o po-

der político e concentra as principais decisões

de alocação de recursos públicos, sobretudo

as de âmbito municipal. Esse tipo de arranjo

social torna o ambiente institucional instável

e pouco propício ao desenvolvimento de ne-

gócios. O orçamento de grande parte da po-

pulação do município depende dos progra-

mas governamentais de transferência de

renda ou de remunerações medianas oriun-

das de empregos de baixa qualidade. A po-

breza atinge pelo menos um terço da popula-

ção e é potencializada pela abrangência limi-

tada dos serviços públicos. São Luís experi-

menta crescimento urbano desordenado,

fruto da baixa efetividade da governança me-

tropolitana e da limitada articulação dos ato-

res sociais, econômicos e políticos com in-

fluência sobre a sua realidade. Em 2033, a ca-

pital maranhense é uma cidade dual: com

alto PIB per capita e “ilhas de prosperidade”,

mas inchada e com seu desenvolvimento e

qualidade de vida limitados pelos acentuados

passivos socioambientais.

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103

» Desenvolvimento do

Cenário “O Milagre

Maranhense”

Os desdobramentos do contexto externo são

amplamente favoráveis a São Luís, uma vez

que o mundo e o Brasil são portadores de

grandes oportunidades para a capital mara-

nhense. O mundo volta a crescer de forma sus-

tentada a partir de uma ampla e profunda re-

forma na regulação do sistema financeiro in-

ternacional e estimulada por investimentos

em infraestrutura, tecnologia e energias reno-

váveis. Nesse contexto, as economias emer-

gentes demandam grande volume de commo-

dities agrícolas e industriais.

O Brasil é beneficiado pela evolução favorável

dos mercados internacionais de commodities.

Observa-se o aumento da produção de merca-

dorias básicas, como grãos, minério de ferro e

alumínio, sobretudo no eixo Araguaia-Tocan-

tins, área de influência da capital maranhense.

Concomitantemente, observa-se no Brasil o

enfrentamento, por parte do Estado, da socie-

dade e do setor privado aos principais gargalos

que restringem o crescimento econômico do

país. Intensificam-se as iniciativas para melho-

rar o nível educacional da população, para am-

pliar e melhorar a capacidade da infraestru-

tura, para aprimorar a gestão pública e fiscal,

reduzir a burocracia e a informalidade, moder-

nizar a legislação trabalhista, e para reduzir os

déficits previdenciários, a carga tributária e os

juros.

Essa mudança de patamar observada no am-

biente econômico externo contribui para que

o nível de geração de riqueza em São Luís

cresça significativamente, registrando-se taxas

de crescimento do PIB superiores à média da

última década. A infraestrutura logística inter-

modal de São Luís é o principal indutor desse

crescimento, sendo reforçada pelos grandes

investimentos produtivos realizados na capital

e em outras cidades do Maranhão, como a Re-

finaria Premium I da Petrobras, a expansão do

complexo portuário do Itaqui, o aumento da

produção de minério da Vale, a geração de

energia em usinas termelétricas, além da ex-

pansão do setor de petróleo e gás.

Infelizmente, São Luís não se mostra capaz de

aproveitar as oportunidades trazidas pelo am-

biente externo favorável. No plano institucio-

nal, os esforços iniciais de melhoria da gestão

pública não se sustentam ao longo do tempo

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104

e a expectativa inicial de mudança se frustra.

Não há alteração significativa em relação à

maneira como a sociedade interage com o go-

verno e o patrimônio público, sendo constante

a apropriação indevida e os acordos políticos

para nomeação de cargos no setor público.

A gestão pública permanece ineficaz com al-

ternâncias e descontinuidades políticas, o que

é visível tanto na baixa qualidade dos serviços

prestados pelo poder público quanto no des-

perdício de recursos físicos e financeiros. Ape-

sar da existência de algumas “ilhas de excelên-

cia”, a máquina pública é predominantemente

desarticulada e pouco eficiente, contribuindo

para o baixo desempenho das ações governa-

mentais. Os recursos advindos da maior arre-

cadação tributária com os grandes empreen-

dimentos são desperdiçados em atividades

pouco comprometidas com a sustentabilidade

do desenvolvimento e o equilíbrio fiscal é

mantido via aumento da carga tributária sobre

o setor produtivo. Em 2033, a estrutura funci-

onal da Prefeitura permanece inchada e de-

sordenada, gerando ineficiência no gasto pú-

blico e desequilíbrios constantes no orça-

mento municipal.

A baixa qualidade das instituições e a eficácia

limitada da gestão pública geram repercus-

sões sobre a dimensão econômica. Apesar do

contexto externo favorável, os investimentos

anunciados para São Luís estão concentrados

em empresas intensivas em capital e em seto-

res já consolidados na economia ludovicense.

Isso se deve, principalmente, ao ambiente de

negócios desfavorável a novas atividades pro-

dutivas por conta dos elevados riscos de cor-

rupção, da insegurança jurídica e da burocra-

cia. Além disso, neste cenário a inserção e os

acertos políticos são determinantes para o su-

cesso das empresas, que têm de investir na

aproximação com governantes e forças políti-

cas para a obtenção de vantagens e favores.

Assim, há séria limitação em relação ao desen-

volvimento do mercado de trabalho e conse-

quente internalização da renda, pois as opor-

tunidades de emprego ficam restritas às ca-

deias exportadoras ou à administração pú-

blica.

Como há dificuldade institucional para empre-

ender – a capital apresenta alta taxa de morta-

lidade das micro e pequenas empresas –, a in-

formalidade permanece elevada. Nesse cená-

rio, setores como construção civil e comércio

mantêm sua importância relativa, pois o mer-

cado encontra-se aquecido por obras públicas,

programas habitacionais e pela expansão do

crédito.

Em meio a este quadro político-institucional

adverso, são recorrentes em São Luís as mani-

festações da sociedade – composta majoritari-

amente de pessoas das classes C e D, além de

grande número de jovens – exigindo redução

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105

da desigualdade de oportunidades, transpa-

rência e qualidade do gasto público e maior

participação no planejamento da cidade. A im-

plementação dessas melhorias, contudo,

ocorre de modo lento e gradual, pois não en-

contram eco nas forças políticas hegemônicas.

O desenvolvimento de São Luís é inibido e, ao

mesmo tempo, restringe o desenvolvimento

de seu entorno metropolitano. Entre 2013 e

2033, a transformação da realidade na Grande

São Luís é limitada pela reduzida articulação

entre o setor público, o empresariado e a soci-

edade civil organizada em âmbito metropoli-

tano, traduzida sob a forma de ações isoladas

e pouco colaborativas entre suas principais li-

deranças. Dificultada por interesses divergen-

tes, a metrópole maranhense diferencia-se

negativamente no contexto das metrópoles

nacionais pela baixa articulação institucional

dos atores políticos, econômicos e sociais que

a influenciam.

Observa-se na Grande São Luís grande dispari-

dade na qualidade da gestão das cidades. Co-

existem municípios dotados de equilíbrio fiscal

e gestão pública eficaz – que se beneficiam do

ambiente externo favorável –, com outros que

sofrem com graves desequilíbrios nas contas

públicas e gestão pouco eficaz. Neste campo

institucional, destaca-se, a despeito de algu-

mas tentativas lideradas pelo Governo Fede-

ral, a limitada capacidade de decisão dos ins-

trumentos de governança metropolitana esta-

belecidos ao longo do período, que se revelam

vulneráveis aos ciclos políticos.

A baixa efetividade da governança metropoli-

tana existente na Grande São Luís implica o es-

tabelecimento de redes fragmentadas em vá-

rias dimensões, sobretudo nas áreas de saúde,

educação, segurança pública e mobilidade.

Ademais, o crescimento populacional resul-

tante dos fluxos migratórios advindos do inte-

rior do estado não é acompanhado das neces-

sárias medidas no campo do planejamento e

ordenamento urbano, fazendo de São Luís em

2033 uma tradicional cidade grande sul-ame-

ricana: inchada e com o desenvolvimento ini-

bido por gargalos sociais e ambientais.

A falta de integração das políticas metropolita-

nas implica na sobrecarga das redes de servi-

ços da capital. A limitada eficácia do setor pú-

blico em São Luís, inclusive no terreno da re-

gulação e das parcerias, é claramente obser-

vada nos serviços públicos, que experimentam

apenas melhorias incrementais. Há grande he-

terogeneidade na qualidade dos serviços pres-

tados nas áreas de saúde, educação e segu-

rança pública, contribuindo para resultados

pouco sensíveis às demandas sociais. Coexis-

tem serviços públicos, sobretudo federais ou

estaduais, de maior qualidade e de acesso am-

pliado com outros ofertados pela esfera muni-

cipal que não conseguem atender satisfatoria-

mente a todas as necessidades da população.

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106

O acesso e a qualidade dos serviços públicos

essenciais são comprometidos ainda pelo

baixo grau de articulação e complementari-

dade das ações da União, do Estado e da Pre-

feitura, o que acarreta, muitas vezes, em des-

perdício de recursos e sobreposição de esfor-

ços.

A forte desigualdade regional, especialmente

no que tange as áreas de saúde, educação e

habitação, cria tensões sociais que estimulam

a violência na metrópole. O baixo grau de inte-

gração intermunicipal do transporte mantém

o tempo de deslocamento na Grande São Luís

entre os cinco maiores entre as regiões metro-

politanas brasileiras. Em relação ao meio am-

biente, há degradação crescente por causa da

desorganização das políticas metropolitanas

de regulação das áreas de preservação.

Nesse cenário economicamente favorável e

institucionalmente adverso, a qualidade de

vida da população ludovicense melhora em

proporção aquém do esperado, com forte he-

terogeneidade na qualidade dos serviços pú-

blicos acessados pelos diferentes estratos so-

ciais. A imagem da “cidade partida” – onde

uma pequena elite dispõe de elevado nível de

bem-estar social e amenidades urbanas, en-

quanto o restante da população não dispõe ou

de acesso a serviços básicos, ou de empregos

formais, ou mesmo de oportunidades de lazer

e serviços – sintetiza esses contrastes.

Nas áreas de saúde e educação, os avanços

são limitados e, em grande parte, movidos pe-

las políticas públicas federais e estaduais. Há

uma expansão nos níveis de ensino fundamen-

tal e médio, porém com melhorias incremen-

tais na qualidade do aprendizado dos alunos.

A educação profissional é incentivada a partir

de programas estaduais e federais, mas os cur-

sos são direcionados para atender à demanda

dos negócios existentes; ainda é usual a impor-

tação de talentos de outras capitais do Nor-

deste. Já na saúde, o contexto favorável em

âmbito nacional permite que os recursos re-

passados pela esfera federal contribuam para

a expansão da atenção primária e especiali-

zada. A expansão do acesso à saúde, porém, é

acompanhado por melhorias apenas incre-

mentais na qualidade da prestação dos servi-

ços, uma vez que a adoção de novas práticas

de gestão demora a se generalizar.

Soma-se a isso a pressão de demanda advinda

dos demais municípios da Grande São Luís. Se,

por um lado, a qualidade de vida e o ambiente

de negócios pouco atrativos afastam os princi-

pais talentos e tomadores de decisão de São

Luís, por outro, a atratividade relativa da capi-

tal no contexto metropolitano impulsiona um

crescimento desordenado, que é responsável

pela manutenção de problemas urbanos.

Os fluxos migratórios temporários e perma-

nentes direcionados a São Luís sobrecarregam

e saturam as redes, comprometendo ainda

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107

mais a qualidade dos serviços prestados na ca-

pital. São Luís apresenta saturação em setores

como habitação, mobilidade e meio ambiente.

No primeiro, entraves burocráticos prejudi-

cam tanto a execução dos projetos de habita-

ção elaborados por órgãos estaduais para di-

minuir o déficit habitacional, quanto a partici-

pação do setor privado. Quanto à mobilidade,

o sistema de transportes públicos recebe in-

vestimentos abaixo dos necessários para su-

prir a evolução da demanda, resultando em

gargalos crescentes na oferta. Por último, a

rede de saneamento não atende todos os bair-

ros de São Luís, levando ao despejo de elevado

volume de esgoto não tratado nos rios e ma-

nanciais da cidade. Além disso, o uso predató-

rio dos recursos naturais, principalmente pelas

atividades ligadas à geração de energia por

termelétricas e à exploração de petróleo e gás,

provoca sérios desequilíbrios no ecossistema

da Ilha de São Luís.

Em 2033, a densidade demográfica na capital

maranhense ainda é baixa. Assim, o custo para

disponibilizar todas as estruturas urbanas ne-

cessárias à universalização dos serviços bási-

cos torna-se um fator limitador para a atuação

da Prefeitura. Se o espaço público não é atra-

tivo às interações da população, há esvazia-

mento dessas áreas, como o centro histórico,

que não consegue se tornar atrativo. A organi-

zação da ocupação do solo da cidade é tardia,

feita a partir de um Plano Diretor defasado.

São Luís destaca-se pela heterogeneidade en-

tre seus bairros: o Litoral com construções de

alto padrão e renda per capita elevada; as

áreas do Itaqui-Bacanga e rural, onde predo-

mina favelização, pobreza e baixo acesso a ser-

viços públicos; e o abandono do centro e seus

arredores.

O crescimento urbano desordenado, aliado à

limitada expansão do emprego, à manutenção

de bolsões da pobreza e ao acirramento da de-

sigualdade social resulta no aumento dos es-

paços de exclusão social. Acrescente-se a isso

a ineficácia dos programas de prevenção e re-

pressão da violência, acarretando o aumento

dos níveis de criminalidade na capital mara-

nhense.

Em suma, o desempenho de São Luís neste ce-

nário se assemelha ao experimentado pelo

Brasil durante o chamado “milagre econô-

mico” na década de 1970: a capital mara-

nhense vive um ciclo econômico favorável, re-

aliza algumas reformas, mas não o suficiente

para tornar o crescimento sustentável; as de-

sigualdades sociais aumentam, com grande

disparidade de rendimentos e de acesso aos

serviços e amenidades urbanas. A baixa quali-

dade das instituições exerce grande influência

negativa na gestão pública municipal e na ca-

pacidade de atrair investimentos produtivos

diferentes dos já consolidados. A cidade atrai

grande fluxo migratório por causa de ciclos de

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108

prosperidade na capital, o que provoca incha-

mento do espaço urbano e intensifica alguns

dos problemas históricos da cidade, como o

déficit habitacional, o tempo de deslocamento

e os passivos ambientais. A riqueza gerada não

é convertida em qualidade de vida e bem estar

social.

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| 109 | CENÁRIOS DE SÃO LUÍS 2013-2033

CENÁRIO 4 DESENVOLVIMENTO INCLUSIVO E INTEGRADO - O VOO DO GUARÁ

São Luís supera seus principais entraves inter-

nos e se insere em um ciclo duradouro de de-

senvolvimento sustentável, aproveitando-se

das principais oportunidades oferecidas pelo

contexto externo favorável. A evolução positiva

dos mercados internacionais de commodities,

combinada à melhoria da qualidade do ambi-

ente de negócios local, atrai elevado fluxo de in-

vestimentos produtivos para São Luís, que ex-

perimenta um processo de diversificação e mo-

dernização de sua economia.

Em virtude da multiplicação de oportunidades

de negócios, do maior grau de formalização da

economia e de qualificação do mercado de tra-

balho, o crescimento econômico elevado tra-

duz-se em aumento da renda e redução estru-

tural da pobreza e da desigualdade social. Os

benefícios do crescimento econômico são po-

tencializados por melhorias substanciais no

campo institucional. O aumento da participa-

ção e da fiscalização da sociedade sobre os ru-

mos da cidade resultam em uma gestão pú-

blica eficaz e inovadora, responsável pela am-

pliação da oferta de serviços públicos de quali-

dade em todas as regiões da cidade. Acresce-se

a isso a melhoria dos instrumentos de planeja-

mento e ordenamento urbano, garantindo a

São Luís um crescimento sustentável também

no que se refere à ocupação do solo.

Em resumo, neste cenário São Luís combina

acentuado crescimento econômico, fortaleci-

mento institucional, redução da pobreza e da

desigualdade social e o uso sustentável do ca-

pital natural, vivenciando um processo de de-

senvolvimento urbano integrado e de melhoria

substancial da qualidade de vida.

Page 114: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

110

» Desenvolvimento

do Cenário “o Voo

do Guará”

A economia mundial volta a ser portadora de

grandes oportunidades para o Brasil e o Estado

do Maranhão. O mundo volta a crescer de

forma sustentada a partir de uma profunda re-

forma na regulação do sistema financeiro in-

ternacional e estimulada por investimentos em

infraestrutura, tecnologia e energias renová-

veis. A retomada do crescimento econômico

nos EUA, a recuperação da Europa e o extraor-

dinário desempenho das economias emergen-

tes – em especial China e Índia – têm efeito po-

sitivo sobre os mercados internacionais de

commodities agrícolas e industriais, o que esti-

mula o aumento da produção dessas mercado-

rias na área de influência de São Luís, isto é, na

região do eixo Araguaia-Tocantins.

O Brasil aproveita muitas das oportunidades

trazidas pelo ambiente mundial favorável após

enfrentar seus principais gargalos estruturais,

resultado da concretização de uma agenda de

reformas, da realização de importantes investi-

mentos em infraestrutura e de expressiva me-

lhoria dos padrões de governança pública e de

parcerias com o setor privado. A maior eficácia

das políticas públicas federais e estaduais tam-

bém contribui para a melhoria da qualidade de

vida na maior parte das cidades.

Em meio a este contexto externo amplamente

favorável, a economia de São Luís experimenta

um processo de diversificação e modernização.

O crescimento econômico é puxado tanto pe-

los tradicionais setores exportadores de com-

modities como pelos novos empreendimentos

produtivos em setores com crescente conte-

údo tecnológico. O complexo portuário man-

tém-se como o principal motor da economia,

exportando tanto a produção agrícola do Cen-

tro-Oeste do Brasil e do sul do Maranhão,

quanto as commodities da Vale e os bens in-

dustriais da Alumar. Nesse contexto, os propri-

etários e gestores do Porto do Itaqui adotam

postura ativa na busca de parcerias com a inici-

ativa privada para a captação de negócios e

cargas.

A contribuição do mercado interno para o cres-

cimento econômico do município ganha maior

importância relativa após a implantação gra-

dual de profundas reformas microeconômicas

que tornam o ambiente de negócios em São

Page 115: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

111

Luís atrativo para novos investimentos. A redu-

ção e simplificação da carga tributária, a dimi-

nuição da burocracia e o fortalecimento da se-

gurança jurídica fazem da economia de São

Luís e seu entorno metropolitano um espaço

próspero para o surgimento de novos empre-

endimentos.

Ademais, a Prefeitura desenvolve ações articu-

ladas com grupos empresariais para internali-

zar oportunidades associadas aos grandes em-

preendimentos realizados em todo o Mara-

nhão, como a Refinaria da Petrobras, a amplia-

ção da produção da Vale, a fábrica da Suzano e

a construção da ferrovia Norte-Sul, entre ou-

tros. Nesse sentido, a administração municipal

atua no ambiente de negócios de forma a fo-

mentar o adensamento das grandes cadeias

produtivas. São Luís passa a concentrar, assim,

uma rede de empresas voltadas ao suprimento

local de grande parte do novo consumo das

classes emergentes ou que atuam em negócios

correlatos às grandes atividades produtivas do

estado e no seu entorno. Entre 2013 e 2033, a

cidade fortalece substancialmente sua função

polarizadora em relação à boa parte do Mara-

nhão.

Novos empreendedores, pequenas e médias

empresas de serviços especializados surgem

estimulados pela simplificação dos procedi-

mentos para abertura de empresas, por políti-

cas de fomento ao empreendedorismo e à ino-

vação e pelo ambiente de negócios percebido

como cada vez mais saudável. Soma-se a isso

um aumento da oferta de mão de obra qualifi-

cada – fruto de bem sucedidos programas de

promoção do ensino técnico-profissionalizante

– resultando em aumento da produtividade e

maior formalização da economia municipal.

Em 2033, a nova dinâmica econômica propicia

o desenvolvimento do mercado de trabalho,

reduzindo relativamente o vínculo em relação

aos segmentos consolidados, como a indústria

metalúrgica e o setor público. Nesse contexto,

a renda proveniente do trabalho passa a se

destacar na composição da renda das famílias,

diminuindo significativamente o grau de de-

pendência da população local em relação aos

programas de transferências governamentais.

Os avanços evidenciados no campo econômico

são reforçados por aqueles obtidos no campo

institucional. Observa-se o protagonismo insti-

tucional de novas lideranças políticas capazes

de mobilizar e aglutinar a sociedade civil em

torno de projetos e iniciativas estruturadoras

do desenvolvimento na cidade e no estado. O

novo cenário político ludovicense passa a atrair

cada vez mais jovens empresários, formadores

de opinião e representantes do setor privado,

fortalecendo o capital social no município. É vi-

sível tanto a redução das históricas disputas

políticas quanto uma maior articulação entre

as instituições e os entes federados. Cresce,

também, a participação da sociedade no plane-

jamento e na gestão da cidade, o que permite

a elaboração de políticas públicas direcionadas

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112

às diferentes regiões da cidade. As instituições

se tornam progressivamente inclusivas e pas-

sam a gerar oportunidades para parcelas mai-

ores da população, com valorização da merito-

cracia, fortalecimento da segurança jurídica, e

incentivo à inovação e aos investimentos.

A Prefeitura passa a ser reconhecida por indu-

zir, em articulação com os órgãos de controle,

um novo padrão na gestão pública no Mara-

nhão, com reflexos positivos inclusive no nível

estadual. O aparelho estatal em São Luís re-

vela-se cada vez mais produtivo, moderno e

eficiente, concentrado na provisão de serviços

públicos essenciais de qualidade. Acresce-se a

isso o fato de que o novo padrão de desenvol-

vimento econômico crescentemente baseado

no mercado interno contribui, via aumento da

arrecadação própria, para que o orçamento

municipal reduza sua dependência em relação

às transferências de recursos intergoverna-

mentais. A administração municipal ludovi-

cense particulariza-se ainda pela participação

democrática da sociedade na gestão, o que

contribui para o surgimento de diversas solu-

ções inovadoras, sobretudo no que se refere

ao equacionamento das demandas locais es-

pecíficas.

Este elevado padrão de gestão pública obser-

vado na esfera municipal da capital mara-

nhense caracteriza-se por maior profissionali-

zação, eficiência e responsabilidade fiscal, com

mais transparência e instituições pluralistas e

de qualidade. As vinculações políticas deixam

de influenciar a designação dos quadros funci-

onais na administração pública e a relação da

população com o governo muda do padrão ex-

trativista e assistencialista para um modelo

mais meritocrático e integrado, com total res-

peito ao patrimônio público.

Dessa forma, a nova configuração da socie-

dade ludovicense contempla a união entre a

chamada “nova classe média” emergente,

uma classe empresarial empreendedora mais

robusta e menos dependente do governo para

os negócios, e, finalmente, uma classe política

e de gestores públicos profissionais compro-

metidos com o desenvolvimento sustentável e

inclusivo de São Luís.

Os efeitos dessa relação estendem-se para a

governança metropolitana. Entre 2013 e 2033,

os avanços observados na Grande São Luís são

estimulados pelo estreitamento dos laços en-

tre o setor público, o empresariado e a socie-

dade civil organizada em âmbito metropoli-

tano, traduzida sob a forma de ações conjuntas

e colaborativas entre suas principais lideran-

ças. Esta concertação política e institucional en-

tre os atores com influência na realidade me-

tropolitana se desenvolve em duas dimensões:

uma vertical, caracterizada por intensa articu-

lação entre as três esferas de governo; e outra

horizontal, visível na colaboração entre os mu-

nicípios constituintes da Grande São Luís. Com

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113

isso, iniciativas público-privadas entre gover-

nos, empresas e a sociedade civil são traduzi-

das na realização de projetos metropolitanos

voltados não apenas à solução de problemas

comuns, mas também para o aproveitamento

de sinergias e complementaridades entre as ci-

dades.

A competitividade da economia metropolitana

se fortalece ao longo do período 2013-2033,

possibilitando à Grande São Luís uma inserção

estratégica nas redes urbanas maranhense e

nacional. Em 2033, a Região Metropolitana de

São Luís é uma metrópole polinuclear e diver-

sificada em seu conjunto, porém com um visí-

vel grau de especialização produtiva entre as

diversas cidades que a integram. E, ao longo do

processo, a capital desempenha papel de pro-

tagonista do desenvolvimento da Grande São

Luís, impulsionando e, ao mesmo tempo, be-

neficiando-se do desenvolvimento metropoli-

tano.

A qualidade dos serviços prestados nas áreas

de saúde e educação melhora substancial-

mente, influenciada pela melhoria dos progra-

mas federais de alcance nacional e pelo su-

cesso de projetos realizados em âmbito esta-

dual e municipal. Destaca-se ainda o estabele-

cimento de parcerias entre a Prefeitura, o Es-

tado e a iniciativa privada, resultando em solu-

ções criativas e inovadoras que reforçam esta

mudança de patamar registrada na qualidade

dos serviços.

O sistema educacional é alvo de iniciativas ro-

bustas em melhorias de gestão, modernização

de estrutura, projetos e sistema de aprendiza-

gem e ensino, que incorporam novas tecnolo-

gias e docentes mais qualificados. Já na saúde,

o fortalecimento dos mecanismos de gestão e

regulação da rede garante a expansão da aten-

ção primária e do acesso à atenção especiali-

zada, resultando na redução da mortalidade in-

fantil e no controle da incidência de doenças in-

fectocontagiosas.

Investimentos públicos e privados permitem

que o sistema de transporte em São Luís seja

gradualmente reestruturado. Projetos orienta-

dos ao fortalecimento da intermunicipalidade

e intermodalidade da rede de transportes ga-

rantem à capital maranhense, em 2033, eleva-

dos padrões de mobilidade e a acessibilidade

no espaço metropolitano. O sistema de trans-

porte público é reorganizado e modernizado,

desincentivando o transporte individual e re-

duzindo o tempo de deslocamento na cidade.

Além disso, redes de comunicações de elevado

desempenho permitem a conectividade em

todo o território municipal, consolidando siste-

mas eficientes de geração e difusão do conhe-

cimento e de possibilidades de comunicação e

negócios virtuais.

No que se refere à gestão do espaço público da

capital maranhense, o desenvolvimento mos-

tra-se territorialmente integrado. O planeja-

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114

mento urbano é realizado de forma estrutu-

rada, melhorando o equilíbrio entre os bairros

no que se refere à mobilidade urbana, ao sane-

amento, às condições habitacionais e à oferta

de serviços públicos e amenidades urbanas.

Embora ainda existam espaços de exclusão so-

cial em 2033, é visível sua redução ao longo do

tempo. A violência reduz-se drasticamente de-

vido à eficácia das políticas de prevenção da cri-

minalidade combinadas a ações integradas de

policiamento, tornando os indicadores contro-

lados e em trajetória descendente.

Apesar dos enormes desafios representados

pela elevada demanda e pelas inúmeras neces-

sidades habitacionais, a expansão da oferta de

habitações de interesse social observada nos

próximos vinte anos contribuiu para a redução

do déficit habitacional em todas as regiões da

cidade. O déficit habitacional na capital mara-

nhense cai em virtude da implantação de pro-

gramas de urbanização de áreas com moradias

inadequadas, modernização de áreas degrada-

das e infraestrutura complementar. Em 2033,

o centro histórico está reformulado e atrativo,

com boa infraestrutura de comunicações e va-

riedade de serviços voltados ao turismo, cul-

tura e educação, como hotéis, restaurantes,

centros culturais e ateliês de arte popular, en-

tre outros, além de instituições tecnológicas e

universitárias e incubadoras de empresas.

Já no que se refere ao meio ambiente, os servi-

ços de saneamento têm melhora significativa.

Isso se deve tanto ao esforço de gestão quanto

à percepção dos benefícios do saneamento so-

bre a qualidade de vida dos cidadãos. Políticas

de conscientização fomentam a coleta seletiva.

Além disso, há maior preocupação com os im-

pactos negativos do esgoto não tratado despe-

jado diretamente nos rios de São Luís; parceria

entre Prefeitura, Governo do Maranhão e se-

tor privado possibilita a construção de estações

de tratamento. Finalmente, é iniciado um pro-

cesso de recuperação do patrimônio natural,

além da conservação e preservação das áreas

verdes.

Em resumo, o aumento da qualidade instituci-

onal que caracteriza São Luís neste cenário po-

tencializa os benefícios trazidos pelo ambiente

econômico amplamente favorável. O cresci-

mento econômico elevado e sustentado tra-

duz-se na ampliação da oferta de serviços pú-

blicos de qualidade, resultando na melhoria

dos principais indicadores socioambientais. A

gestão pública eficaz e inovadora, além da

maior articulação entre os atores econômicos,

políticos e sociais, retratam este processo de

fortalecimento do capital social em São Luís. A

participação democrática da sociedade na ges-

tão impulsiona o surgimento de soluções ino-

vadoras para o encaminhamento das deman-

das locais. O crescimento da cidade ocorre de

forma territorialmente integrado e ordenado,

alicerçado pelos eficazes mecanismos de pla-

nejamento urbano.

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115

Esta nova São Luís é destaque no contexto na-

cional, tendo sua imagem vinculada à quali-

dade de vida, às belezas naturais preservadas

ou recuperadas, à cultura fortalecida, às opor-

tunidades de entretenimento em um ambi-

ente de segurança, combinadas à prosperi-

dade econômica e à coesão social.

Vale ressaltar, contudo, que apesar dos gran-

des avanços obtidos, nesta São Luís em pro-

cesso de transformação, alguns problemas

permanecem e outros novos emergem. A in-

tensificação dos fluxos migratórios em direção

ao estado e o envelhecimento da população

acentuam as pressões sobre os serviços públi-

cos essenciais, sobretudo nas áreas de saúde e

educação. Além disso, o custo de vida é ele-

vado e a especulação imobiliária torna-se cres-

cente em algumas áreas da cidade.

Page 120: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

116

QUADRO 1. COMPARAÇÃO DAS PRINCIPAIS VARIÁVEIS DOS CENÁRIOS

CENÁRIO 1

Caranguejo do Mangue

CRESCIMENTO HISTÓRICO E INSTITUIÇÕES

EXTRATIVISTAS

CENÁRIO 2

Jurará

CRESCIMENTO HISTÓRICO E INSTITUIÇÕES

MAIS INCLUSIVAS

CENÁRIO 3

O Milagre Maranhense

CRESCIMENTO ELEVADO COM INSTITUIÇÕES

EXTRATIVISTAS

CENÁRIO 4

O Voo do Guará

CRESCIMENTO ELEVADO COM INSTITUIÇÕES

INCLUSIVAS

CRESCIMENTO ECONÔMICO Volátil, superior ao nacional Volátil, superior ao nacional Crescimento econômico elevado e

volátil

Crescimento econômico elevado e

menos volátil

INVESTIMENTOS

Investimentos com reduzida capaci-

dade de desdobramento na econo-

mia

Investimentos com maior capaci-

dade de desdobramento na econo-

mia

Investimentos vultosos com redu-

zido desdobramento na economia

Múltiplas oportunidades de negó-

cios, adensamento produtivo e inter-

nalização da renda

AMBIENTE DE NEGÓCIOS Ambiente de negócios pouco favo-

rável

Ambiente de negócios mais favorá-

vel

Ambiente de negócios pouco favorá-

vel Ambiente de negócios atrativo

CONCERTAÇÃO ENTRE OS

ATORES Baixa concertação entre os atores Maior concertação entre os atores

Baixa concertação entre os atores Efetiva concertação entres os atores

INSTITUIÇÕES

Mudança lenta nas instituições,

com predominância de posturas

patrimonialistas

Mudança nas instituições, que se

tornam progressivamente inclusivas

Mudança lenta nas instituições, com

predominância de posturas patrimo-

nialistas

Novos padrões institucionais, que in-

centivam o investimento e a inova-

ção

GESTÃO PÚBLICA Baixa qualidade da gestão pública Gestão pública mais eficiente Baixa qualidade da gestão pública Maior desempenho da gestão pú-

blica

DESIGUALDADE DE RENDA Manutenção das elevadas desigual-

dades sociais Redução das desigualdades sociais

Manutenção das elevadas desigual-

dades sociais Forte redução das desigualdades

QUALIDADE DE VIDA Melhoria lenta na qualidade de

vida Melhoria na qualidade de vida

Melhoria na qualidade de vida de

uma parcela da população

Avanços expressivos na qualidade de

vida

DESENVOLVIMENTO URBANO Crescimento urbano desordenado Maior capacidade de planejamento

urbano Crescimento urbano desordenado

Maior capacidade de planejamento

urbano

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117

QUADRO 2. CENÁRIOS EM NÚMEROS

R$ 0

R$ 20.000

R$ 40.000

R$ 60.000

Situação Atual 2033

PIB PER CAPITA

(EM R$ CONSTANTES DE 2010)

Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe

O Milagre Maranhense O Voo do Guará

R$ 0

R$ 500

R$ 1.000

R$ 1.500

R$ 2.000

Situação atual 2033

RENDA DOMICILIAR PER CAPITA MENSAL

(EM R$ CONSTANTES DE 2010)

Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe

O Milagre Maranhense O Voo do Guará

0,5200,5400,5600,5800,6000,6200,640

Situação atual 2033

ÍNDICE DE GINI

Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe

O Milagre Maranhense O Voo do Guará

0,0%

20,0%

40,0%

Situação atual 2033

POBREZA

(% DE POBRES)

Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe

O Milagre Maranhense O Voo do Guará

0

20

40

60

80

Situação atual 2033

TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100 MIL HABITANTES

Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe

O Milagre Maranhense O Voo do Guará

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

Situação atual 2033

MORTALIDADE INFANTIL

(ÓBITOS POR MIL NASCIDOS VIVOS)

Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe

O Milagre Maranhense O Voo do Guará

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Situação atual 2033

ESCOLARIDADE: PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA

(25 ANOS OU MAIS DE IDADE) COM ENSINO BÁSICO

(FUNDAMENTAL + MÉDIO) COMPLETO (%)

Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe

O Milagre Maranhense O Voo do Guará

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Situação atual 2033

PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS COM ACESSO À REDE DE ESGOTO

(%)

Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe

O Milagre Maranhense O Voo do Guará

Jurará

Jurará

Jurará

Jurará

Jurará

Jurará

Jurará

Jurará

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118

QUADRO 3. QUADRO DE QUANTIFICAÇÃO DOS CENÁRIOS

VARIÁVEL SITUAÇÃO ATUAL

(2010)

SITUAÇÃO EM 2033

CENÁRIO 1 CENÁRIO 2 CENÁRIO 3 CENÁRIO 4

Econômico

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB DO BRASIL 3,7% (MÉ-

DIA 2006-2010) 2,0% a 3,0% 4,0% a 5,0%

PIB SÃO LUÍS - PARTICIPAÇÃO NO TOTAL DO BRASIL (%) 0,5% 0,8% 1,3% 0,6% 1,3%

PIB SÃO LUÍS - PARTICIPAÇÃO NO TOTAL DO MARANHÃO (%) 39,6% 36,2% 42,0% 30,1% 40,0%

PIB PER CAPITA (EM R$ CONSTANTES DE 2010) R$ 17.704 R$ 27.883 R$ 35.583 R$ 41.533 R$ 54.798

RENDA DOMICILIAR PER CAPITA MENSAL (EM R$ CONSTANTES DE 2010) R$ 768 R$ 897 R$ 1.259 R$ 1.100 R$ 1.545

ÍNDICE DE GINI 0,610 0,610 0,587 0,624 0,563

PERCENTUAL DE POBRES 38% 27% 18% 24% 11%

TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100 MIL HABITANTES 55,4 57,0 38,3 75,4 19,6

MORTALIDADE INFANTIL (ÓBITOS POR MIL NASCIDOS VIVOS) 18,0 15,4 10,1 14,0 9,2

ESCOLARIDADE: PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA (25 ANOS OU MAIS DE IDADE) COM ENSINO BÁ-

SICO (FUNDAMENTAL + MÉDIO) COMPLETO (%) 56,2 60,0 72,6 66,3 85,2

ESCOLARIDADE: PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA (25 ANOS OU MAIS DE IDADE) COM ENSINO SU-

PERIOR COMPLETO (%) 13,7 15,8 23,8 19,8 31,9

PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS EM AGLOMERADOS SUBNORMAIS (%) 22,3% 25,0% 16,7% 23,0% 11,0%

PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS COM ACESSO À REDE DE ESGOTO (%) 46,7% 59,6% 75,2% 67,4% 90,8%

PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS COM ACESSO À REDE GERAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (%) 76,4% 82,9% 95,1% 89,0% 100,0%

PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO COM TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO CASA-TRABALHO DE MAIS DE 1

HORA (%) 14,2% 26,1% 14,1% 28,2% 14,0%

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1

Os Cenários para São Luís 2033 foram construídos a partir de uma série de insumos e análises:

i) Pesquisa documental; ii) Diagnóstico de São Luís; iii) Pesquisa qualitativa com 30 lideranças

municipais; iv) Sondagem de opinião pública via internet; e v) Benchmarking: experiências de

sucesso com outras cidades.

Este documento recebeu várias contribuições ao longo do processo de elaboração dos cenários.

As ideias centrais dos Cenários de São Luís (2013-2033) foram discutidas em Oficina realizada no

dia 15 de agosto de 2013 com técnicos da Prefeitura Municipal de São Luís e representantes da

sociedade civil.

Participantes da Oficina de Cenários para a Estratégia

de Longo Prazo para São Luís – 2033

1. André Mendonça – SEMGOV

2. Aquiles Andrade – FUMPH

3. Celso Veras – Economista

4. Cidinho Marques – Educador

5. Daniel Madorra – Nossa São Luís

6. Dilma Pinheiro – ACM

7. Dorgival Pereira – Vale

8. Eleotério Nan Sousa – ACM

9. Elis Ramos – ICE/MA e Vale

10. Erica Garreto Ramos Barbosa - INCID

11. Felipe de Holanda – UFMA

12. Francisco Gonçalves – FUNC

13. Gustavo Marques – SEMPE

14. Joaquim Itapary – AML

15. José Albert M. Rego Júnior – SEPLAN

16. José Cursino Moreira – SEPLAN

17. José de Ribamar da Silva – ACM

18. José Marcelo do Espírito Santo - INCID

19. Laura Carneiro – SEPLAN

20. Milton Calado – SEMGOV

21. Pablo Rebouças – SEPLAN

22. Patrícia Vieira Trinta – INCID

23. Raimundo Nonato Silva – PMSL

24. Ted Lago – ICE/MA

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2

Entrevistados Instituição / Cargo

1. Allan Kardec Prefeitura - Secretário de Educação

2. Carlos Fossati Presidente da EMAP

3. Celso Veras Assessor de Planejamento do Estado

4. Daniel Madorra Coordenador do Observatório Social de São Luís/Movimento Nossa São Luís

5. Dorgival Pereira VALE - Gerente Geral de Relações Institucionais

6. Edivaldo Holanda Júnior Prefeito de São Luís

7. Felipe Macedo de Holanda Universidade Federal do Maranhão – Professor

8. Flávio Dino Presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur)

9. Francisco Gonçalves Prefeitura – Presidente da FUMC

10. Gustavo Marques Prefeitura – Assessoria de Projetos Especiais

11. Honorato Fernandes Vereador, líder da bancada

12. João Antônio Barros Filho Presidente da ABIH Maranhão

13. José Aquiles Andrade Presidente da Fundação Municipal do Patrimônio Histórico

14. José Arteiro Presidente Fecomércio

15. José Cursino Prefeitura - Secretário de Planejamento Econômico

16. José Marcelo do Espírito Santo Presidente do Instituto da Cidade (INCID)

17. Kátia Bogea Superintendente do IPHAN/MA

18. Luís Fernando Landeiro VALE Nordeste - Diretor de Logística

19. Luiz Phelipe Andrés Conselheiro do IPHAN e Diretor do Centro Vocacional Tecnológico Estaleiro-Escola do Maranhão

20. Lula Fylho Prefeitura - Secretário de Turismo

21. Luzia Resende Presidente da Associação Comercial

22. Márcio Vaz UFMA - Professor

23. Márcio Jerry Prefeitura - Secretário de Comunicação

24. Nilson Ferraz Diretor da ALUMAR

25. Pedro Dantas de Rocha Neto Secretário em Açailândia

26. Raimundo Borges Editor Chefe do jornal O Imparcial

27. Roberto Rocha Vice-prefeito de São Luís

28. Rodrigo Marques Prefeitura – Secretário de Governo

29. Rubens Jr Deputado Estadual – líder da oposição

30. Ted Lago Ex-Assessor especial da Prefeitura

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3

Equipe Macroplan

DIRETOR

Gustavo Morelli

GERENTE DO PROJETO

Leonardo Cassol

SUPERVISÃO TÉCNICA

Claudio Porto

Alexandre Mattos

EQUIPE

Adriana Fontes (Coordenadora do produto)

Caio Trogiani

Helena Aslan

Pedro Lipkin

Rodrigo Ventura

Thomas Freier

QUANTIFICAÇÕES

Rodrigo Ventura

DESIGN

Luiza Raj

Mariana Bahiense

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VISÃO DO PROJETO

ACOMPANHAMENTO DAS ETAPAS

1

Estratégia de longo prazo ‐ 2033

LANÇAMENTO

PÚBLICO DO

PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO

ANÁLISE RETROSPECTIVA (1993 – 2012),

CENÁRIO DE SÃO LUIS (2013 – 2033) E DO

SEU CONTEXTO REGIONAL

PESQUISAS DE OPINIÃO (A CIDADE QUE TEMOS

VS. A CIDADE QUE QUEREMOS):

• QUALITATIVA COM 30 LIDERANÇAS MUNICIPAIS

• DE OPINIÃO PÚBLICA VIA INTERNET

BENCHMARKING: EXPERIÊNCIAS DE SUCESSO

COM OUTRAS CIDADES

VISÃO DE FUTURO, 

OBJETIVOS, 

INDICADORES E

METAS PARA SÃO

LUIS 2033

CONSOLIDAÇÃO E

DIVULGAÇÃO DO

PLANO ESTRATÉGICO

1ª OFICINA DE

FORMULAÇÃO

ESTRATÉGICA

2ª OFICINA DE

FORMULAÇÃO

ESTRATÉGICA

PRODUTO CONSIDERADO

DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DE SÃO LUÍS

• O objetivo deste estudo é analisar a evolução recente do desenvolvimento de São Luís nas 

dimensões urbana, econômica e social.

• Esta análise tem como grupo de comparação as capitais do Nordeste e a média brasileira.

• Os dados utilizados são, na sua maioria, oriundos de fontes oficiais de informação.

• O diagnóstico está dividido em duas partes:

• Este documento com os principais dados que subsidiaram as conclusões, organizados nas 

três dimensões e uma análise territorial, que visa permitir um visão das desigualdades 

intramuncipais; e

• Anexo com indicadores complementares.

• Os principais resultados da análise estarão sintetizados no primeiro capítulo do documento de 

Cenários de São Luís (2013‐2033) e serão posteriormente utilizados como insumos para 

formulação da Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo de São Luís.

APRESENTA

ÇÃO

2

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URBANA

• Demografia 

• Habitação 

• Saneamento

• Mobilidade

• TIC

• Meio ambiente

DIMENSÕES ANALISADAS

ECONÔMICA

• Atividade econômica

• Trabalho 

• Renda 

• Desigualdade

• Gestão fiscal

SOCIAL

• Educação 

• Saúde

• Segurança 

• Juventude

• Cultura e lazer

3

DESENVOLVIMENTO URBANO

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DIMENSÕES ANALISADAS

ECONÔMICA

• Atividade econômica

• Trabalho 

• Renda 

• Desigualdade

• Gestão fiscal

SOCIAL

• Educação 

• Saúde

• Segurança 

• Juventude

• Cultura e lazer

URBANA

• Demografia 

• Habitação 

• Saneamento

• Mobilidade

• TIC

• Meio ambiente

5

DESENVOLVIMENTO URBANO

• Elevado crescimento populacional: a população de São Luís cresceu mais que 

a média brasileira e que as demais capitais do Nordeste (NE) nas últimas 

décadas 

• É a capital mais jovem do NE e apresenta elevado percentual de mulheres 

(53%) e de negros (70%)

• Urbanização: a taxa de urbanização já superou 96%

• Habitação: segundo maior percentual de moradias inadequadas das capitais do  

NE – mais de 1/5 da população vive em aglomerados subnormais 

• Saneamento:  índices mais precários que a maior parte das capitais do NE

• Mobilidade: segundo maior tempo de deslocamento entre as capitais do NE

6

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DESENVOLVIMENTO URBANO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

Até 1948

1950 ‐ 1970

1970 ‐ 1980

1980 ‐ 1990

1990 ‐ 2006

Ocupação rural

Distrito industrial – 1988

Ocupação Urbana ‐ Déc. 80

Ocupação Urbana ‐ Déc. 90

Área da Companhia Vale do Rio Doce – CVRD

Área da ALUMAR

Estrada de Ferro Carajás – CVRD

Caminho Grande – Séc. XIX

Companhia Ferroviária do Nordeste – CFN

BR ‐135

Antiga Estrada de Ferro São Luis/Teresina – RFFSA

Ferry boat

Complexo Portuário

LIMITE DO MUNÍCIO

LEGENDA

Revolução histórica da Ilha

7

DESENVOLVIMENTO URBANO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

8

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DESENVOLVIMENTO URBANO

PROJEÇÃO DE 1992

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

9

DESENVOLVIMENTO URBANO

PADRÕES DE OCUPAÇÃO

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

10

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DESENVOLVIMENTO URBANO

REGISTRO VIA SATÉLITE

COMO A URBANIZAÇÃO TEVE UM SALTO ENTRE AS DÉCADAS DE 1990 E 2000, É IMPORTANTE VISUALIZAR

COMO OCORREU ESSA RÁPIDA EVOLUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO URBANO DE SÃO LUÍS. 

Fonte: world.time.com/timelapse/

1984 2012

http://earthengine.google.org/#intro/v=‐2.5307312,‐44.30682580000001,9.813162957096024 11

POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO

SÃO LUÍS APRESENTOU ELEVADAS TAXAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL NAS DÉCADAS DE 70 E 80, COM

REDUÇÃO DO RITMO NOS ANOS POSTERIORES. 

Nota: “Migrantes até 9 anos são pessoas que residiram fora do município em questão e se mudaram para o município há até 9 anos ininterruptos.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

0

200

400

600

800

1000

1200

1970 1980 1991 2000 2010

Taxa de Crescim

ento Populacio

nal

Milh

ares

População São Luís

Crescimento São Luís

Crescimento Brasil

Crescimento Capitais NE sem SLZFonte: Censo IBGE, 2010.

População

Fonte: IBGE

43,8% 43,7% 42,4% 42,4%40,2% 39,9%

34,6%31,5% 30,2%

14,6%12,7% 14,3%

11,4% 12,1% 11,0%9,0% 8,4% 8,9%

Migração

% Migrantes na População % Migrantes até 9 anos

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CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO

SÃO LUÍS É UMA CAPITAL JOVEM, 21% DA POPULAÇÃO TEM ENTRE 15 E 24 ANOS. A POPULAÇÃO DO

ESTADO DO MARANHÃO É AINDA MAIS JOVEM.  AS MULHERES SÃO A MAIORIA EM SÃO LUÍS (53,19%).

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

Jovens (15 a 24 anos)

2000 2010

População por Faixas de Idade ‐ 2010

São Luís ‐ MA Maranhão BrasilFonte: Censos IBGE

13

CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃOPESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ESTADO CIVIL

EM SÃO LUÍS, 25% DAS PESSOAS ALEGARAM TER ALGUM TIPO DE DEFICIÊNCIA – EM SUA MAIORIA, VISUAIS. 

DESTE GRUPO, 5% APRESENTAM DEFICIÊNCIA MOTORA. O MUNICÍPIO POSSUI 67% DE SOLTEIROS

Fonte: IBGE – Censo 2010

19%

5%

5%

1%70%

Visual Auditiva Motora

Mental Outras

Pessoas com Deficiência Estado Civil

26%

1%

2%4%67%

Casado Desquitado Divorciado

Viúvo Solteiro 14

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CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃOPIRÂMIDE ETÁRIA DE SÃO LUÍS

Fonte: IBGE

2000 2010

A POPULAÇÃO COM 60 ANOS OU MAIS DE SÃO LUÍS CRESCEU 57% ENTRE 2000 E 2010, PASSANDO DE

49.517 PARA 77.971

MulheresHomens

0‐4

5‐9

10‐14

15‐19

20‐24

25‐29

30‐34

35‐39

40‐44

45‐49

50‐54

55‐59

60‐64

65‐69

70‐74

75‐79

80‐84

85‐89

90‐94

95‐99

100 ou mais

4,8%

4,7%

5,7%

6,9%

6,2%

5,1%

4,5%

3,8%

3,0%

2,3%

1,7%

1,3%

1,0%

0,8%

0,6%

0,4%

0,3%

0,1%

0,1%

0%

0%

4,9%

4,8%

5,4%

5,9%

5,2%

4,2%

3,6%

3,2%

2,6%

2,0%

1,5%

1,1%

0,8%

0,6%

0,4%

0,3%

0,1%

0,1%

0%

0%

0%

41.584

41.076

50.008

59.992

54.023

44.154

38.873

33.001

26.008

19.798

14.881

11.072

9.110

6.855

5.270

3.605

2.262

1.229

533

248

82

43.019

41.636

47.249

51.060

45.347

36.561

31.707

27.448

22.633

17.426

12.845

9.146

7.047

5.191

3.569

2.335

1.253

581

207

87

53

MulheresHomens

0‐4

5‐9

10‐14

15‐19

20‐24

25‐29

30‐34

35‐39

40‐44

45‐49

50‐54

55‐59

60‐64

65‐69

70‐74

75‐79

80‐84

85‐89

90‐94

95‐99

100 ou mais

3,7%

3,7%

4,4%

5,0%

6,0%

5,7%

4,9%

4,2%

3,7%

3,1%

2,5%

1,9%

1,4%

1,0%

0,8%

0,5%

0,4%

0,2%

0,1%

0%

0%

3,8%

3,8%

4,3%

4,5%

5,3%

5,0%

4,1%

3,5%

3,0%

2,5%

2,1%

1,6%

1,1%

0,8%

0,6%

0,4%

0,2%

0,1%

0%

0%

0%

37296

37545

44400

50795

60531

58266

49913

42562

37623

31003

25166

19031

14180

10507

8167

5567

3808

2023

1001

323

135

38195

38897

44134

46046

54227

50864

42102

35023

30731

25430

20986

16050

11130

7969

5705

3685

2124

1073

397

129

48

CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃOPROJEÇÃO POPULACIONAL SÃO LUÍS

Fonte: Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico ‐ PMISB de São Luís ‐MA, "Progóstico com Cenários de Metas e Demandas e Estudo de Alternativas Técnicas", Julho/2011

ATÉ 2033, A POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS DEVE CRESCER 18,7%, ESPECIALMENTE NA ÁREA URBANA.

800.000

850.000

900.000

950.000

1.000.000

1.050.000

1.100.000

1.150.000

1.200.000

1.250.000

Projeção Populacional de São Luís

População total ‐ São Luís População urbana ‐ São Luís 16

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RAZÃO DE DEPENDÊNCIA

42,745,7 45,9 47,1 47,5 47,7 48 48,7 50,3

0

10

20

30

40

50

60

70

Salvador São Luís Aracaju Teresina Natal Fortaleza João Pessoa Recife Maceió

Razão de Dependência

2000 2010

Fonte: IBGE. A Razão de Dependência mede o peso da população considerada inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais) sobre a população potencialmente ativa (15 a 64 anos de idade). 

SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA MENOR RAZÃO DE DEPENDÊNCIA DO NORDESTE, SUPERIOR APENAS À

SALVADOR. 

17

Fonte: Censos IBGE

URBANIZAÇÃO

NA DÉCADA DE 90, A POPULAÇÃO EM ÁREA

URBANA CRESCEU DE FORMA ACELERADA E

HOJE CONTEMPLA QUASE A TOTALIDADE DA

POPULAÇÃO DA CAPITAL. 

SÃO LUÍS TEVE CRESCIMENTO DE 16,6% NADENSIDADE NA ÚLTIMA DÉCADA, MAS É A

SEGUNDA CAPITAL MENOS DENSA DENTRE AS

COMPARADAS. O DESTAQUE É FORTALEZA, COMQUASE 8 MIL HABITANTES POR KM² E O DOBRO

DA POPULAÇÃO ABSOLUTA DE SÃO LUÍS.

5851.216

1.854

3.141 3.4213.859

4.808

7.0387.787

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

Densidade Populacional (Hab/km²)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1991 2000 2010

Proporção de domicílios em áreas urbanas

São Luís ‐ MA Capitais NE sem SLZ Brasil Maranhão

Page 140: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

Salvador ‐ BA São Luís ‐ MA Recife ‐ PE Teresina ‐ PI Fortaleza ‐ CE João Pessoa ‐PB

Maceió ‐ AL Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN

% Aglo

merad

os C

apital/U

FProporção

 Domicílios em Aglomerados 

Subnorm

ais

Proporção de Domicílios em aglomerados subnormais % Aglomerados Capital/UF

AGLOMERADOS SUBNORMAIS

A CAPITAL DO MA POSSUI O SEGUNDO MAIOR PERCENTUAL DE MORADIAS INADEQUADAS ENTRE

AS CAPITAIS DO NORDESTE

Nota: O IBGE classifica como aglomerado subnormal cada conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa. A identificação atende aos seguintes critérios:a) Ocupação ilegal da terra, ou seja, construção em terrenos de propriedade alheia (pública ou particular) no momento atual ou em período recente (obtenção do título de propriedade do terreno há dez anos 

ou menos); eb) Possuírem urbanização fora dos padrões vigentes (refletido por vias de circulação estreitas e de alinhamento irregular, lotes de tamanhos e formas desiguais e construções não regularizadas por órgãos públicos) ou precariedade na oferta de serviços públicos essenciais (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e fornecimento de energia elétrica). 

Fonte: Censo 2010/IBGE

19

AGLOMERADOS SUBNORMAIS

20

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID, 2010.

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DÉFICIT HABITACIONAL

A GRANDE SÃO LUÍS TEM UM DÉFICIT HABITACIONAL DE 59.852 DOMICÍLIOS, 16,6% DO TOTAL, SEGUNDO

MAIOR PERCENTUAL DAS CAPITAIS DO NE 

Fonte: Ipea 2013 a partir de dados do Censo 2010. *Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina.

9,811,1 11,3 11,3 11,8 12,1 13

16,618,9

João Pessoa Salvador Recife Fortaleza Maceió Natal Aracaju São Luís Teresina*

Estimativa de déficit habitacional por Regiões Metropolitanas 

21

ADEQUAÇÃO DE MORADIAS

SÃO LUÍS APRESENTA MAIORIA DOS DOMICÍLIOS EM CONDIÇÕES SEMI‐ADEQUADAS (56%), MAS A MAIORIA DA POPULAÇÃO MORA

EM DOMICÍLIOS ADEQUADOS. SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MENOR PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS ADEQUADOS.

Nota: Moradia adequada – Domicílio particular com rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgoto, coleta de lixo;Moradia semi‐adequada – domicílio com pelo menos um serviço inadequado; Moradia inadequada – domicílio com abastecimento de água de poço ou nascente ou outra forma, sem banheiro e sanitário ou com escoadouro ligado à fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outra forma, e lixo queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio, em rio, lago ou mar ou outro destino.Fonte: Censo 2010. 

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Adequação dos Domicílios

Domicílios Adequados Domicílios Semi‐adequados

Domicílios Inadequados

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Adequação de Domicílios ‐Moradores

Moradores de Dom. Adequados Moradores de Dom. Semi‐adequados

Moradores de Dom. Inadequados

22

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ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUA

SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA PIOR COBERTURA NO ATENDIMENTO DA REDE GERAL DE ABASTECIMENTO

DE ÁGUA DAS CAPITAIS DO NE, PIOR QUE A MÉDIA NACIONAL DE 82,85% DOS DOMICÍLIOS ATENDIDOS. 

Fonte: Censo 2010/IBGE.

74,28 76,36

86,7493,31 93,36 96,39 97,91 98,34 98,89

Maceió ‐ AL São Luís ‐ MA Recife ‐ PE Fortaleza ‐ CE Teresina ‐ PI João Pessoa ‐PB

Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Salvador ‐ BA

Proporção de domicílios com rede geral de abastecimento de água

23

DESPERDÍCIO DE ÁGUA

EM 2010, SÃO LUÍS APRESENTOU O TERCEIRO MAIOR PERCENTUAL DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA ENTRE AS

CAPITAIS. EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR, A CAPITAL DO MA TEVE PIORA SUBSTANCIAL NA EFICIÊNCIA DO SERVIÇO.

Fonte: SNIS.

Percentual de perdas na distribuição de água

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Fortaleza Salvador João Pessoa Aracaju Natal Teresina São Luís Recife Maceió

2009 2010

24

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Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

25

1 Centro

2 Monte Castelo

3 Bairro de Fátima

4 João Paulo

5 Vila Palmeira

6 Anil

7 Angelim

8 Cohama

9 Vinhais

10 São Francisco

11 Litoral

12 Turu

13 Itapiracó

14 Cohatrac

15 Cohab

16 São Cristovão

17 Santo Antônio

18 Sacavem

19 Coroadinho

20 Vila Embratel

21 Mauro Fecury

22 Anjo da Guarda

23 Maracana

24 Tibiri

25 São Raimundo

26 Tirirical

27 Cidade Operária

28 Jardim América

29 Cidade Olímpica

1122

1010

1111

99

88

1212

1313

77

55

4433

1919

2020

2121

2626

17171818

66

15151414

1616

2727

2929

28282525

2424

2323

2222

ACESSO A ESGOTO

MENOS DA METADE DA CIDADE DE SÃO LUÍS É COBERTA PELA REDE DE ESGOTO. A PARCELA DE DOMICÍLIOS

COM ESGOTO INADEQUADO É DE 33% EM SÃO LUÍS.

Fonte: Censo 2010/IBGE

18,68

30,69 31,76

46,68

54,99 56,82 59,56

72,21

90,8

38,2

51,58

37,2333,55

29,42 28,25 25,33

12,186,87

Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL Natal ‐ RN São Luís ‐ MA Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB

Fortaleza ‐ CE Aracaju ‐ SE Salvador ‐ BA

Rede geral Céu abertoInadequado

Percentual de domicílios com rede geral e atendimento inadequado 

Nota: É considerado inadequado o escoamento feito por fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outra forma, e lixo queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio, em rio, lago ou mar ou outro destino

26

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Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID, 2010.

ESGOTO SANITÁRIO

27

1 Centro

2 Monte Castelo

3 Bairro de Fátima

4 João Paulo

5 Vila Palmeira

6 Anil

7 Angelim

8 Cohama

9 Vinhais

10 São Francisco

11 Litoral

12 Turu

13 Itapiracó

14 Cohatrac

15 Cohab

16 São Cristovão

17 Santo Antônio

18 Sacavem

19 Coroadinho

20 Vila Embratel

21 Mauro Fecury

22 Anjo da Guarda

23 Maracana

24 Tibiri

25 São Raimundo

26 Tirirical

27 Cidade Operária

28 Jardim América

29 Cidade Olímpica

1122

1010

1111

99

88

1212

1313

77

55

4433

1919

2020

2121

2626

17171818

66

15151414

1616

2727

2929

28282525

2424

2323

2222

COLETA DE LIXO

SÃO LUÍS É A ÚNICA CAPITAL NORDESTINA QUE APRESENTA DOMICÍLIOS QUE TÊM O LIXO COLETADO APENAS

UMA VEZ NA SEMANA.

Fonte: SNIS 2010

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Fortaleza Natal Teresina São Luís Aracaju João Pessoa Maceió Recife Salvador

Freqüência diária Freqüência de 2 ou 3 vezes por semana Freqüência de 1 vez por semana

Percentual de domicílios com coleta segundo a frequência

28

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Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID, 2010.

LIXO COLETADO

29

1 Centro

2 Monte Castelo

3 Bairro de Fátima

4 João Paulo

5 Vila Palmeira

6 Anil

7 Angelim

8 Cohama

9 Vinhais

10 São Francisco

11 Litoral

12 Turu

13 Itapiracó

14 Cohatrac

15 Cohab

16 São Cristovão

17 Santo Antônio

18 Sacavem

19 Coroadinho

20 Vila Embratel

21 Mauro Fecury

22 Anjo da Guarda

23 Maracana

24 Tibiri

25 São Raimundo

26 Tirirical

27 Cidade Operária

28 Jardim América

29 Cidade Olímpica

1122

1010

1111

99

88

1212

1313

77

55

4433

1919

2020

2121

2626

17171818

66

15151414

1616

2727

2929

28282525

2424

2323

2222

ÍNDICE TRATA BRASILREFERENCIAL COMPARATIVO

O INSTITUTO TRATA BRASIL AVALIA A ESTRUTURA DE SANEAMENTO DAS 100 MAIORES CIDADES BRASILEIRAS, 

CONCEDENDO UMA NOTA PARA O SISTEMA. ENTRE AS CAPITAIS NORDESTINAS, SÃO LUÍS OBTEVE A PIOR AVALIAÇÃO

Fonte: Trata Brasil com base no SNIS 2010

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

São Luís ‐ MA Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL Natal ‐ RN Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB

Aracaju ‐ SE Fortaleza ‐ CE Salvador ‐ BA

Atendimento de água (%) Atendimento de esgoto (%) Esgoto tratado por água consumida (%)

Perdas totais (%) Nota Trata Brasil

Percentual de domicílios N

ota Trata B

rasil 

30

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PAVIMENTAÇÃO

REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS É A SEGUNDA PIOR CAPITAL EM PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM CALÇADAS NO ENTORNO, 

INCLUSIVE PIOR QUE A MÉDIA BRASILEIRA. 

Fonte: Censo 2010/IBGE.

62,74%

64,93% 71,46% 72,04% 72,65% 74,54% 76,28%82,95%

88,16%

68,46%

Salvador São Luís Maceió Teresina Natal Recife JoãoPessoa

Fortaleza Aracaju

2010 Brasil

Percentual de domicílios com pavimentação no entorno

31

TEMPO DE DESLOCAMENTO

SÃO LUÍS

METADE DA POPULAÇÃO OCUPADA DE SÃO LUÍS DEMORA MAIS DE MEIA HORA POR DIA PARA SE DESLOCAR

AO LOCAL DE TRABALHO ‐ 5.428 PESSOAS LEVAM MAIS DE DUAS HORAS NESTE PERCURSO

Fonte: IBGE – Censo 2010

6,59%

42,93%

36,29%

12,46%

1,73%

Até 5 minutos De 6 minutos até meia hora

Mais de meia hora até uma hora Mais de uma hora até duas horas

Mais de duas horas

Percentual de Pessoas de 10 

anos ou mais de idade 

segundo o tempo habitual 

de deslocamento casa‐

trabalho

32

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TEMPO DE DESLOCAMENTO

COMPARATIVO

ENTRE AS CAPITAIS DO NE, SÃO LUÍS É A SEGUNDA PIOR EM RELAÇÃO AO DESLOCAMENTO ATÉ O TRABALHO: 

36% LEVAM DE MEIA A UMA HORA E 15% MAIS DE UMA HORA.

Fonte: Censo 2010/IBGE

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Tempo de Deslocamento Casa‐Trabalho

Até 30 minutos Mais de meia hora até uma hora Mais de 1 Hora 33

EVOLUÇÃO DA FROTA DE VEÍCULOS

SÃO LUÍS APRESENTOU O MAIOR AUMENTO DA FROTA DE AUTOMÓVEIS, MOTOS E CAMINHÕES ENTRE

2001 E 2012. SEM PLANEJAMENTO URBANO NESSE PERÍODO, ESSE AUMENTO PRESSIONOU A ESTRUTURA

VIÁRIA DA CIDADE.

0%

100%

200%

300%

400%

500%

600%

ARACAJU RECIFE SALVADOR FORTALEZA NATAL MACEIO JOAO PESSOA SAO LUIS TERESINA

Variação da Frota entre 2001 e 2012

Automóvel Motos Ônibus Caminhões Veículos

Fonte: DENATRAN

34

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DENSIDADE DE VEÍCULOS POR 1000 HABITANTESCOMPARATIVO

ENTRE AS CAPITAIS NORDESTINAS, SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MENOR RELAÇÃO DE AUTOMÓVEIS POR 1000 

HABITANTES E A 2ª MAIOR RELAÇÃO DE ÔNIBUS POR HABITANTES

Fonte: DENATRAN e IBGE

249 233  231 

219 193  189  187 

162  160 

93 9273

10286

38

163

7452

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

 ‐

 50

 100

 150

 200

 250

 300

Ônibus

Automóveis e M

otos

Automóveis/1000 hab Motos/1000 hab 2012 Ônibus/1000 hab35

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

MOBILIDADE URBANA

HIERARQUIA VIÁRIA

36

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Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

MOBILIDADE URBANA

BAIRROS, CORREDORES E ZONAS URBANAS

Corredor Primário ‐ CP

Corredor Consolidado 1 ‐ CC1

Corredor Consolidado 2 ‐ CC2

Corredor Secundário 1 ‐ CC1

Corredor Secundário 2 ‐ CC2

Corredor Secundário 3 ‐ CC3

Corredor Secundário 4 ‐ CC4

Corredor Secundário 5 ‐ CC5

Corredor Secundário 6 ‐ CC6

Corredor Secundário 7 ‐ CC7

Corredor Secundário 8 ‐ CC8

Corredor Secundário 9 ‐ CC9

Limite do munício

Limites de bairros

LEGENDA

Corredores urbanos

37

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO

SÃO LUÍS APRESENTA O SEGUNDO PIOR ACESSO DOMICILIAR À INTERNET, ALÉM DO PIOR ACESSO À TELEFONE

CELULAR. É A ÚNICA CAPITAL DO NE QUE POSSUI MAIS DE 10% DOS DOMICÍLIOS SEM TELEFONE CELULAR. 

Fonte: Censo 2010/IBGE

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Teresina ‐ PI São Luís ‐ MA Fortaleza ‐ CE Maceió ‐ AL Natal ‐ RN João Pessoa ‐ PB Recife ‐ PE Aracaju ‐ SE Salvador ‐ BA

Telefone celular Telefone fixo Computador Computador com acesso à internet

Percentual de domicílios segundo a posse de telefone e computador

38

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ARBORIZAÇÃO

APENAS 32,3% DOS DOMICÍLIOS COM ENTORNO ARBORIZADO, O PIOR ÍNDICE DA COMPARAÇÃO COM AS

CAPITAIS NORDESTINAS. 

Fonte:  Censo 2010/IBGE

32,32%39,51%

44,69%

56,57% 57,06%

60,49%72,33% 74,79% 78,37%

67,43%

São Luís Salvador Natal Aracaju Maceió Recife Teresina Fortaleza João Pessoa‐ PB

2010 Brasil

Percentual de domicílios com entorno arborizado

39

COBERTURA VEGETAL

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

40

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Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

Limite do munício

Limites de referências urbanas

41

DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO

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DIMENSÕES ANALISADAS

SOCIAL

• Educação 

• Saúde

• Segurança 

• Juventude

• Cultura e lazer

URBANA

• Demografia 

• Habitação 

• Saneamento

• Mobilidade

• TIC

• Meio ambiente

ECONÔMICA

• Atividade econômica

• Trabalho 

• Renda 

• Desigualdade

• Gestão fiscal

43

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

• Atividade econômica: 4º maior PIB entre as capitais do NE e teve o maior crescimento entre 

1999‐2010

• 2º maior PIB per capita das capitais do NE, atrás apenas de Recife

• Em termos de setoriais, destacam‐se a administração pública, comércio e construção civil no 

total de empregos formais

• Desemprego: 4ª Maior taxa das capitais do NE

• Elevada informalidade: quase um terço dos empregados não tem carteira assinada, maior 

índice das capitais do NE 

• Grande contingente de trabalhadores por conta própria e empreendedorismo de baixa 

performance

• Baixa produtividade: salários médios dos setores em geral iguais ou menores que outras 

capitais do NE44

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

• Baixo desenvolvimento: terceiro pior IFDM das capitais do NE

• Renda per capita: apesar de ter o 2º maior PIB per capita, tem a 2ª menor 

renda per capita do NE e 3º maior percentual de pobres (38%)

• Desigualdade de renda: elevada para padrões nacionais e mediana entre 

as capitais do NE

• Relação entre PIB e renda: PIB per capita é 2 vezes maior do que a renda 

per capita, maior relação entre as capitais do NE

• Gestão fiscal: terceiro pior índice, depois de Natal e Salvador

45

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

O CRESCIMENTO DO PIB DE SÃO LUÍS ACOMPANHOU O CRESCIMENTO DO ESTADO DO MARANHÃO, COM

TAXAS SUPERIORES ÀS DO BRASIL A PARTIR DE 2003.

Nota: Base: 2000=100Fonte: IBGE

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

PIB ‐ Brasil PIB ‐ Maranhão PIB ‐ São Luís46

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PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

ENTRE AS CAPITAIS DO NE, SÃO LUÍS APRESENTOU O MAIOR CRESCIMENTO ENTRE 1999 E 2010. 

Fonte: IBGE

0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

350%

400%

0

5000000

10000000

15000000

20000000

25000000

30000000

35000000

40000000

São Luís ‐MA

Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL João Pessoa ‐PB

Fortaleza ‐CE

Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Recife ‐ PE Salvador ‐ BA

Taxa de Crescim

entoP

IB (em R$1.000,00)

2000 2005 2010 Taxa de Crescimento 1999‐201047

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

APESAR DE SÃO LUÍS TER REGISTRADO O MAIOR CRESCIMENTO ENTRE 1999 E 2010, NOTA‐SE QUE HOUVE UMA DESACELERAÇÃO

NA SEGUNDA METADE DA DÉCADA QUE NÃO FOI VERIFICADA NAS OUTRAS CAPITAIS NORDESTINAS. SÃO LUÍS MANTEVE A SUA

PARTICIPAÇÃO NO PIB DO MA EM TORNO DE 38% NA ÚLTIMA DÉCADA. 

Fonte: IBGE

0

10

20

30

40

50

60

Participação do PIB capital no PIB da UF (%)

2000 2005 2010

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

Variação do PIB (preços correntes)

Var 1999‐2004 Var 2005‐2010 Taxa Média Crescimento 48

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PIB PER CAPITA

REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI O SEGUNDO MAIOR PIB PER CAPITA (R$17.704) ENTRE AS CAPITAIS DO NE, ATRÁS SOMENTE DE RECIFE. ALÉMDISSO, APRESENTOU A MAIOR VARIAÇÃO POSITIVA NO PERÍODO ANALISADO. EM 2000, SÃO LUÍS ESTAVA EM TERCEIRO (R$4.370), ATRÁS DE RECIFE (R$ 6.586) E FORTALEZA (R$ 4.515), RESPECTIVAMENTE.

Fonte: IBGE

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

0

5000

10000

15000

20000

25000

Teresina Maceió João Pessoa Salvador Natal Fortaleza Aracaju São Luís Recife

Taxa de Crescim

ento

PIB per capita

2000 2005 2010 Média de Crescimento 49

VALOR ADICIONADO POR SETORCOMPARATIVO

Fonte: IBGE. Nota: Administração Pública inclui Educação e Saúde públicas, além de Seguridade Social.

0,0%

0,2%

0,4%

0,6%

0,8%

1,0%

1,2%

1,4%

Agricultura

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Indústria

0%

5%

10%

15%

20%

25%

Administração Pública

0%10%20%30%40%50%60%70%80%

Serviços

2000 2005 2010

50

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CARACTERIZAÇÃO SETORIAL

Fonte: Cadastro Central de Empresas/IBGE

EM RELAÇÃO ÀS DEMAIS CAPITAIS DO NORDESTE, SÃO LUÍS SE DESTACA NO NÚMERO DE EMPRESAS NO

COMÉRCIO E CONSTRUÇÃO CIVIL

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Distribuição de Empresas por Setor (2011)

São Luís Capitais NE sem SLZ 51

CARACTERIZAÇÃO SETORIAL

Fonte: RAIS/MTE, 2011.

AS ATIVIDADES COM MAIOR REMUNERAÇÃO MÉDIA EM SÃO LUÍS SÃO: INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, INDÚSTRIASMETALÚRGICA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. JÁ EM PARTICIPAÇÃO NOS EMPREGOS, DESTACAM‐SE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, COMÉRCIO E CONSTRUÇÃO CIVIL

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000 Porce

ntage

m Pesso

al Ocupad

oRendim

ento M

édio

Salário Médio e Ocupação por Setor

Rendimento Médio ‐ São Luiz ‐ MA Rendimento Médio ‐ Capitais NE sem SLZ

Pessoal Ocupado ‐ São Luiz ‐ MA Pessoal Ocupado ‐ Capitais NE sem SLZ52

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EMPRESAS POR TAMANHO

Nota: Micro e Pequenas Empresas são as que têm até 100 empregadosFonte: RAIS/MTE

SÃO LUÍS TEM A MENOR PARTICIPAÇÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ENTRE AS CAPITAIS NORDESTINAS

TANTO EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE EMPREGADOS QUANTO À MASSA SALARIAL. 

32%33%

37% 37% 38% 39% 40% 41%43%

20% 20%22% 22%

24%22% 21%

27% 27%

São Luís ‐ MA João Pessoa ‐PB

Terezina ‐ PI Salvador ‐ BA Recife ‐ PE Natal ‐ RN Aracaju ‐ SE Maceió ‐ AL Fortaleza ‐ CE

Participação das MPE

Participação das MPE na Força de Trabalho Participação das MPE na Massa Salarial

Teresina ‐ PI

53

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVAESCOLARIDADE

22%

17%

46%

14%

São Luís

Sem instrução e fundamental incompleto

Fundamental completo e médio incompleto

Médio completo e superior incompleto

Superior completo

SÃO LUÍS APRESENTA UMA PEA COM MAIOR NÍVEL DE INSTRUÇÃO QUE A MÉDIAS DAS DEMAIS CAPITAIS DO

NORDESTE

28%

17%38%

16%

Capitais do NE sem SLZ

Sem instrução e fundamental incompleto

Fundamental completo e médio incompleto

Médio completo e superior incompleto

Superior completo

Fonte: Censo 2010/IBGE.

54

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TAXA DE PARTICIPAÇÃOCOMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI A TERCEIRA MAIOR TAXA DE PARTICIPAÇÃO DENTRE AS CAPITAIS, MAS COM GRANDE

PARCELA DE TRABALHADORES DE OUTRAS NATURALIDADES.

Fonte: Censo 2010/IBGE

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

Recife Maceió João Pessoa Aracaju Natal Fortaleza São Luís Teresina Salvador

Taxa de Participação Taxa de Participação de quem nasceu na cidade Taxa de Participação de quem nasceu na UF55

TAXA DE DESEMPREGO

O DESEMPREGO EM SÃO LUÍS É DE 12%. É O MAIS ALTO ENTRE AS PESSOAS COM ENSINO MÉDIO COMPLETO.

Fonte: Censo 2010/IBGE

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

Fortaleza Teresina João Pessoa Natal Aracaju São Luís Maceió Recife Salvador

Desemprego Total e por Nível de Instrução

Total Sem instrução e fundamental incompleto Fundamental completo e médio incompleto

Médio completo e superior incompleto Superior completo

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TAXA DE DESEMPREGO

Fonte: IBGE/Censo 2010

PESSOAL OCUPADO POR SETORREFERENCIAL COMPARATIVO

OS SETORES QUE MAIS EMPREGAM PESSOAS NA CIDADE SÃO O COMÉRCIO E A CONSTRUÇÃO CIVIL. NO

RESTANTE DAS CAPITAIS NORDESTINAS, A INDÚSTRIA DA TRANSFORMAÇÃO SE DESTACA EM SEGUNDO LUGAR.

São Luís Capitais NE excluindo São Luís

Fonte: Censo 2010/IBGE

5,7%

10,3%

21,4%

9,5%

4,1%

7,2%

7,1%

5,2%

29,5%

Indústrias de transformação Construção

Comércio Serviços domésticos

Atividades administrativas Administração pública

Educação Saúde

Outros

8,5%

7,3%

20,7%

8,5%

4,8%

6,9%6,8%

5,7%

30,7%

Indústrias de transformação Construção

Comércio Serviços domésticos

Atividades administrativas Administração pública

Educação Saúde

Outros58

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PESSOAL OCUPADO POR POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO

SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA PIOR TAXA DE FORMALIDADE DENTRE AS CAPITAIS DO NORDESTE.

Fonte: Censo 2010/IBGE

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Teresina São Luís João Pessoa Maceió Fortaleza Recife Aracaju Natal Salvador

Empregados ‐ com carteira de trabalho assinada Empregados ‐ militares e funcionários públicos estatutários

Empregados ‐ sem carteira de trabalho assinada Conta própria

Empregadores Não remunerados

Trabalhadores na produção para o próprio consumo59

INFORMALIDADE DO EMPREGO

JUNTO COM TERESINA E FORTALEZA, SÃO LUÍS POSSUI O MAIOR PERCENTUAL DE EMPREGADOS SEM

CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA NO TOTAL DE EMPREGADOS

Fonte: IBGE

22% 22% 22%24%

27%29%

31% 31% 31%

Aracaju Natal Salvador Recife João Pessoa Maceió Fortaleza São Luís Teresina

60

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EMPREENDEDORISMO

SÃO LUÍS POSSUI O MAIOR PERCENTUAL DE TRABALHADORES POR CONTA PRÓPRIA E A MENOR TAXA DE

SUCESSO DOS EMPREENDEDORES

Fonte: Censo 2010/IBGE. Nota: A taxa de sucesso é medida pelo percentual de empregadores no total de empreendedores (empregadores + trabalhadores por conta própria).

6% 7%8% 8% 9%

10% 10%12% 12%

21% 21% 21% 20%19% 19% 18%

20% 20%

São Luís Teresina Fortaleza Maceió Salvador Natal João Pessoa Aracaju Recife

Taxa de sucesso dos empreendedores Proporção de CP

61

EMPREENDEDORISMO

7,4

7,6

7,8

8

8,2

8,4

8,6

8,8

9

9,2

9,4

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Teresina São Luís Maceió Fortaleza Natal Aracaju Salvador JoãoPessoa

Recife

Anos d

e Estu

doLu

cro M

édio

Lucro Médio e Anos de Estudo dos Empreendedores

Lucro Médio Anos de Estudo

APESAR DA ESCOLARIDADE MÉDIA DOS EMPREENDEDORES LUDOVICENSES SER MEDIANA ENTRE AS CAPITAIS

DO NE TEM O SEGUNDO PIOR LUCRO MÉDIO DENTRE ELAS

Fonte: Ipea

62

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TURISMO

ENTRADA DE TURISTAS E OCUPAÇÃO DOS HOTÉIS

A ENTRADA DE TURISTAS EM SÃO LUÍS CRESCEU 50% ENTRE 2007 E 2009. A TAXA DE OCUPAÇÃO DOS

HOTÉIS EM 2009 NÃO CHEGAVA A 60% 

Fonte: Plano de Marketing Turístico/Setur.

56

57

58

59

60

61

62

63

64

0

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

1400000

1600000

1800000

2007 2008 2009

Taxa de Ocupação

Entrad

a de Turistas

Entrada de Turistas e Ocupação de Hotéis

Entrada de turistas Taxa de ocupação63

TURISMO

TIPO DE HOSPEDAGEM

Fonte: Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011/IBGE

EM SÃO LUÍS, HÁ PREDOMINÂNCIA DE HÓTEIS E MÓTEIS, ENQUANTO NO RESTANTE DO NE OS MÓTEIS SÃO

SUBSTITUÍDOS PELAS POUSADAS

40,2%

22,8%

31,5%

5,5%

Estabelecimentos de Hospedagem ‐ SLZ

Hotéis

Pousadas

Motéis

Outros

43,5%

27,2%

22,7%

6,6%

Estabelecimentos de Hospedagem –Capitais do NE sem SLZ

Hotéis

Pousadas

Motéis

Outros 64

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ÍNDICE FIRJAN DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI O TERCEIRO MENOR IFDM DAS CAPITAIS DO NE MAS REGISTROU GRANDE AVANÇO ENTRE 2009 

E 2010. O COMPONENTE DE EMPREGO E RENDA FOI RESPONSÁVEL PELA VOLATILIDADE DO IFDM LUDOVICENSE.

Nota: O IFDM é um estudo anual do Sistema Firjan que acompanha o desenvolvimento dos municípios brasileiros em 3 áreas: Emprego & Renda, Educação e Saúde, utilizando estatísticas públicas oficiais disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.Fonte: FIRJAN.

0,66

0,68

0,7

0,72

0,74

0,76

0,78

0,8

0,82

0,84

0,86

Maceió Salvador São Luís Fortaleza Aracaju João Pessoa Natal Teresina Recife

2006 2007 2008 2009 2010

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS

NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS, A CAPITAL SE DESTACA COM MELHOR ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL, 

IMPULSIONADO PELO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (IDE). NOS DEMAIS MUNICÍPIOS, IDS É BEM SUPERIOR AO IDE. 

Nota: O IDM é um indicador síntese, que tem como componentes o Índice de Desenvolvimento Econômico (IDE) e o Índice de Desenvolvimento Social (IDS). São consideradas 50 variáveis na composição do IDM.Fonte: IMESC

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

Santa Rita Alcântara Raposa Rosário Paço do Lumiar São José deRibamar

Bacabeira São Luís

Índice de Desenvolvimento Municipal (2010)

IDM IDE IDS

66

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RENDA DOMICILIAR PER CAPITA E POBREZA

SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MENOR RENDA PER CAPITA E O TERCEIRO MAIOR ÍNDICE DE POBREZA

Fonte: Censo 2010/IBGE. Notas: A linha de pobreza utilizada foi de metade do salário mínimo de 2010 (R$255,00).

11041017

932 928 918

809770 768 737

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

0

200

400

600

800

1000

1200

Recife Aracaju Salvador JoãoPessoa

Natal Fortaleza Maceió São Luís Teresina

Pobreza

RDPC

Renda Familiar Per Capita Pobreza

67

PIB X MASSA DE RENDAREFERENCIAL COMPARATIVO

O PIB DE SÃO LUÍS É QUASE O DOBRO DA MASSA DE RENDA DAS FAMÍLIAS

Nota: A Massa de Renda foi calculada pela multiplicação da renda domiciliar per capita anual pela população. Ela representa a quantidade de renda anual que a população recebe.Fonte: IBGE, 2010.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

 R$ ‐

 R$ 5

 R$ 10

 R$ 15

 R$ 20

 R$ 25

 R$ 30

 R$ 35

 R$ 40

João Pessoa ‐PB

Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Maceió ‐ AL Teresina ‐ PI Recife ‐ PE Fortaleza ‐ CE São Luís ‐ MA

PIB/M

assa de Renda

Bilh

ões

Massa de Renda Anual PIB 2010 (preços correntes) PIB/Massa de Renda

68

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PIB PER CAPITA E DESIGUALDADE

NA COMPARAÇÃO PIB PER CAPITA, RENDA DOMICILIAR PER CAPITA E POBREZA, FICA EVIDENTE QUE O

GRANDE VOLUME DE RENDA GERADO EM SÃO LUÍS NÃO SE CONVERTE EM RENDA PARA AS FAMÍLIAS

Fonte: IBGE

0,56

0,58

0,6

0,62

0,64

0,66

0,68

0,7

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

João Pessoa‐ PB

Salvador ‐BA

Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Maceió ‐ AL Teresina ‐ PI Recife ‐ PE Fortaleza ‐CE

São Luís ‐MA

Gini

PIB per capita/RDPC anual

PIB per capita/RDPC anual GiniÍndice de Gini69

RELAÇÃO ENTRE POBREZA E PIB PER CAPITA

Curitiba

Florianópolis

Goiânia Porto Alegre

Porto Velho

Campo Grande BH

Palmas

Cuiabá

Vitória

Rio de JaneiroSão Paulo Brasília

Belém

Natal

ManausSão Luís

Macapá

Recife

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0,4

0,45

0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000 90000

Pobreza (2010)

PIB per capita (2010)

SÃO LUÍS NÃO POSSUI O NÍVEL DE POBREZA CONDIZENTE COM O SEU PIB PER CAPITA. GOIÂNIA TEM

PIB PER CAPITA PRÓXIMO E MENOS DA METADE DA POBREZA. 

Fonte: IBGE. Análise Macroplan

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RENDA PER CAPITA

Fonte: IBGE/Censo 2010

DOMICÍLIOS COM RENDA ATÉ R$ 140

Fonte: IBGE/Censo 2010

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DEPENDÊNCIA DAS TRANSFERÊNCIAS

• 79.253 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 

• Repasses federais (mar/2013) relativos ao Bolsa Família: R$ 

11.582.171 (1,5% da renda total das famílias)

• Repasses federais ao município em mar/2013: R$ 

37.648.144,26 (5% da renda total das famílias)

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social

73

DEPENDÊNCIA DAS TRANSFERÊNCIAS

PARTICIPAÇÃO DA RENDA NÃO TRABALHO NA RENDA TOTALPORCENTAGEM DE FAMÍLIAS QUE RECEBEM BOLSA FAMÍLIA, 

APOSENTADORIA OU PENSÃO PÚBLICA

Entre famílias que recebem Bolsa Família

Entre famílias que recebem aposentadoria 

ou pensão pública

Entre famílias que recebem Bolsa Família ou aposentadoria ou 

pensão pública

Recebem Bolsa FamíliaRecebem aposentadoria 

ou pensão pública

Recebem Bolsa Família ou aposentadoria ou 

pensão pública

SÃO LUIS 29,9 48,5 32,7 24,5 5,5 28,3

TERESINA 31,1 46,5 33,2 27,3 6,9 31,7

FORTALEZA 28,3 46,4 31,4 22,8 6,8 27,4

NATAL 32,3 46,9 35,6 18,5 8,0 24,6

JOÃO PESSOA 33,6 46,9 35,9 23,0 7,9 28,3

RECIFE 38,4 50,0 40,4 22,4 6,5 27,2

MACEIÓ 35,5 52,6 38,1 25,7 7,7 31,0

ARACAJÚ 34,8 46,3 37,4 17,8 8,3 24,0

SALVADOR 34,9 48,7 37,8 17,1 6,1 21,6

Fonte: Estimativas produzidas com base na Amostra do Censo Demográfico de 2010.

74

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COBERTURA DO BOLSA FAMÍLIA

Fonte: IBGE/Censo 2010

ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL

0,0000

0,1000

0,2000

0,3000

0,4000

0,5000

0,6000

0,7000

0,8000

Natal Salvador São Luís Maceió João Pessoa Aracaju Fortaleza Teresina Recife

IFGF 2006 IFGF 2010

PELO ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL, INDICADOR QUE MEDE DIFERENTES ASPECTOS DA GESTÃO FISCAL

MUNICIPAL, SÃO LUÍS APRESENTA O TERCEIRO PIOR DESEMPENHO ENTRE AS CAPITAIS DO NE

Fonte: FIRJAN.

76

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ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCALDESAGREGADO

77

São Luís0,6748

Δ 9,8%

0,4157

Δ ‐50,7%

0,7388

Δ 173,7%

0,091

Δ ‐98,3%

0,7878

Δ ‐2,9%

Fortaleza0,7061

Δ ‐12,4%

0,5614

Δ 2,6%

0,5143

Δ 89,5%

0,7699

Δ 23,3%

0,7555

Δ ‐1,4%

Teresina0,5538

Δ 43,9%

0,6437

Δ ‐21,7%

0,5023

Δ ‐19,5%

0,8977

Δ 11,1%

0,9306

Δ 34%

Recife0,9042

Δ 0,6%

0,6111

Δ ‐24%

0,3791

Δ 19,9%

0,9209

Δ 4,1%

0,7816

Δ ‐5,3%

Maceió0,6714

Δ 2,9%

0,6841

Δ ‐3,4%

0,2717

Δ ‐53,3%

0,7617

Δ ‐21,4%

0,5928

Δ 62,3%

RECEITAPRÓPRIA

GASTOS COM

PESSOALINVESTIMENTOS LIQUIDEZ CUSTO DA

DÍVIDA

Δ

AUMENTODIMINUIÇÃO

VARIAÇÃO ENTRE 2006 E 2010

Fonte: FIRJAN.

ASPECTOS SOCIAIS

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DIMENSÕES ANALISADAS

ECONÔMICA

• Atividade econômica

• Trabalho 

• Renda 

• Desigualdade

• Gestão fiscal

URBANA

• Demografia 

• Habitação 

• Saneamento

• Mobilidade

• TIC

• Meio ambiente

SOCIAL

• Educação 

• Saúde

• Segurança 

• Juventude

• Cultura e lazer

79

ASPECTOS SOCIAIS

EDUCAÇÃO

• Analfabetismo: 5,8% de analfabetos na população adulta, baixo para padrões 

do NE

• 30% da população adulta não completou o Ensino Fundamental: apesar de 

alto, o menor entre as capitais do NE

• Maior proporção de pessoas com o segundo grau completo das capitais do NE

• Baixo acesso à creche em relação às capitais do NE

• Qualidade da educação: 3º e 4º melhor IDEB das capitais do NE, mas ainda 

inferior à média brasileira 

80

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ASPECTOS SOCIAIS

SAÚDE

• Paradoxo: maior mortalidade infantil das capitais do NE e melhor IDSUS

• Mortalidade infantil em alta desde 2009

• Baixo número de médicos e baixa cobertura de Equipes Básicas de Saúde

SEGURANÇA

• A taxa de homicídios de São Luís teve o 2º maior crescimento das capitais do NE. 

A taxa é inferior apenas a Maceió, Salvador e Recife.

81

ASPECTOS SOCIAIS

JOVENS

• Maior índice de ociosidade das capitais do NE: 27% não trabalham nem estudam 

• Escolaridade melhor do que outras capitais do NE, mas baixa taxa de ocupação

CULTURA E LAZER

• São Luís apresenta baixa quantidade relativa de equipamentos de cultura 

(museu, teatro e biblioteca), com exceção de cinemas

82

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TAXA DE ANALFABETISMO

SÃO LUÍS APRESENTOU A SEGUNDA MENOR TAXA DE ANALFABETISMO DE ADULTOS, ACIMA DE SALVADOR.

Nota: Analfabetismo da População com 10 anos ou mais de idadeFonte: Censo 2010/IBGE.

4,9%5,8%

7,1% 7,4% 7,5%7,9%

8,5% 8,9%

12,0%

‐45,0%

‐40,0%

‐35,0%

‐30,0%

‐25,0%

‐20,0%

‐15,0%

‐10,0%

‐5,0%

0,0%

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

Salvador ‐BA

São Luís ‐MA

Aracaju ‐ SE Recife ‐ PE Fortaleza ‐CE

João Pessoa‐ PB

Teresina ‐ PI Natal ‐ RN Maceió ‐ AL

Variação

 Perce

ntual

Taxa de Analfabetism

o

Taxa de Analfabetismo

Tx. Analfab.  (2010) Variação Percentual83

NÍVEL DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA

SÃO LUÍS POSSUI O MENOR PERCENTUAL DE PESSOAS SEM INSTRUÇÃO OU COM O FUNDAMENTAL

INCOMPLETO E MAIOR PROPORÇÃO COM ENSINO MÉDIO ENTRE AS CAPITAIS DO NE.

Nota: População com 25 anos ou mais de idade foi considerada adultaFonte: Censo 2010/IBGE

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

São Luís ‐ MA Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB

Natal ‐ RN Fortaleza ‐ CE Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL

Sem instrução e fundamental incompleto Fundamental completo e médio incompleto

Médio completo e superior incompleto Superior completo84

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EDUCAÇÃO INFANTILREFERENCIAL COMPARATIVO

APENAS 5% DAS CRIANÇAS ENTRE 0 E 3 ANOS FREQUENTAM CRECHES EM SÃO LUÍS – ENQUANTO 43% POSSUEM

ACESSO À PRÉ‐ESCOLA. O DESTAQUE É TERESINA, COM BOA TAXA DE COBERTURA EM AMBOS OS PERÍODOS

Nota: divisão do número de crianças de 0 a 3 e  de 4 e 5 anos matriculadas em creches ou pré‐escolas públicas pela população de crianças nessa faixa etária.Fonte: Ministério da Educação

Creche

Pré‐escola

2,03% 2,76% 2,92%5,05% 5,10% 5,72% 6,10% 7,35%

15,43%

Maceió João Pessoa Salvador São Luís Natal Recife Aracaju Fortaleza Teresina

18,54% 20,39% 22,00% 24,02%28,26% 30,14%

34,57%43,57%

60,44%

Maceió Salvador Aracaju João Pessoa Recife Natal Fortaleza São Luís Teresina

85

COBERTURA DO ENSINO FUNDAMENTAL

SÃO LUÍS

APENAS 68% DOS ADOLESCENTES ENTRE 10 E 14 ANOS ESTÃO MATRICULADOS NO ENSINO FUNDAMENTAL, 

ANTE 92% DAQUELES ENTRE 6 E 9 ANOS

Nota: divisão do número de crianças matriculadas em escolas pela população de adolescentes na faixa etáriaFonte: Ministério da Educação ‐ 2010

56.421 60.36361.307

88.534

Anos iniciais Anos Finais

Matrículas População em idade escolar

DÉFICIT DE 4.886 VAGAS

DÉFICIT DE 28.171 VAGAS

86

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COBERTURA DO ENSINO FUNDAMENTAL

REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS APRESENTA, COMPARATIVAMENTE ÀS DEMAIS CAPITAIS DO NORDESTE, A 2ª MELHOR COBERTURA NO ENSINOFUNDAMENTAL– ANOS INICIAIS, E A MELHOR TAXA NOS ANOS FINAIS. ENTRETANTO, A MÉDIA BRASILEIRA É DE 118% E 72%, 

RESPECTIVAMENTE (OS ÍNDICES ACIMA DE 100% REPRESENTAM EXISTÊNCIA DE DEFASAGENS IDADE‐SÉRIE)

Nota: divisão do número de matriculas em cada nível pela população na faixa etária correspondente.Fonte: Ministério da Educação 2010

Anos Iniciais

Anos Finais

71,2% 73,4% 77,2% 82,6% 85,5% 88,1% 88,6% 92,0% 95,5%

Salvador Aracaju Recife Maceió Fortaleza João Pessoa Natal São Luís Teresina

50,5%56,9% 57,3% 58,6% 59,2% 64,2% 64,3% 65,7% 68,2%

Fortaleza Aracaju Natal Teresina João Pessoa Salvador Maceió Recife São Luís87

IDEB ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

SÃO LUÍS FICOU ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL NO IDEB DE 2011 (4,7). ENTRE AS CAPITAIS DO NE FICA EM

3º E 4º LUGAR, TENDO PERDIDO POSIÇÃO ENTRE 2007 E 2011.

Fonte: Ministério da Educação

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

IDEB Anos Iniciais ‐ Escolas Estaduais

IDEB 2007 ‐ Estadual IDEB 2011 ‐ Estadual

Meta 2007 ‐ Estadual Meta 2011 ‐ Estadual

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

IDEB Anos Iniciais ‐ Escolas Municipais

IDEB 2007 ‐ Municipal IDEB 2011 ‐ Municipal

Meta 2007 ‐ Municipal Meta 2011 ‐ Municipal

88

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IDEB ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

SÃO LUÍS FICOU POUCO ACIMA DA MÉDIA BRASILEIRA (3,8).  A CIDADE ATINGIU A META NOS ANOS FINAIS.

Fonte: Ministério da Educação

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

IDEB Anos Finais ‐ Escolas Municipais

IDEB 2007 IDEB 2011 Meta 2007 Meta 2011

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

IDEB Anos Finais ‐ Escolas Estaduais

IDEB 2007 IDEB 2011 Meta 2007 Meta 2011

COBERTURA ENSINO MÉDIO

SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA MELHOR COBERTURA DO ENSINO MÉDIO. 

Nota: Número de matrículas iniciais no ensino médio (parcial e integral) sobre a população entre 15 a 17 anos de idadeFonte: Censo Escolar 2012/Inep e Censo 2010/IBGE

45,3%

51,2% 52,3%57,2%

60,5%65,9%

68,3%

78,4%

89,2%

Maceio Aracaju João Pessoa Fortaleza Natal Salvador Recife São Luis Teresina

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FREQUÊNCIA ESCOLAR

SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA MELHOR COBERTURA DO ENSINO MÉDIO. 

Nota: Número de matrículas iniciais no ensino médio (parcial e integral) sobre a população entre 15 a 17 anos de idadeFonte: Censo Escolar 2012/Inep e Censo 2010/IBGE

35,5% 34,7%32,8%

28,4% 27,7% 28,1% 26,4% 26,6%

22,1%

42,3% 42,4%46,2% 46,9% 47,8% 49,1% 49,2%

55,7% 56,0%

Maceió ‐ AL Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN João Pessoa ‐PB

Recife ‐ PE Fortaleza ‐ CE Teresina ‐ PI São Luís ‐ MA

Frequência escolar dos jovens de 15 a 17 anos

Frequenta Ensino Fundamental Frequenta Ensino Médio91

PERFIL DOS EDUCADORESREDE MUNICIPAL

DENTRE OS DIRETORES, MAIS DE UM TERÇO POSSUEM OUTRO EMPREGO, DIVIDINDO SUA CARGA HORÁRIA DE

TRABALHO COM A DIREÇÃO DA ESCOLA

Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/5297‐sao‐luis/pessoas/professor com base nos dados do Ministério da Educação – Questionário da Prova Brasil 2011

PERFIL DOS DIRETORES

PERFIL DOS PROFESSORES

• 35% POSSUEM OUTRO TRABALHO

ALÉM DA DIREÇÃO DA ESCOLA

• 82% APLICAM PROGRAMA DE

REFORÇO DA APRENDIZAGEM

• 44% POSSUEM PROGRAMA DE

REDUÇÃO DO ABANDONO

• 73% POSSUEM PROGRAMA DE

REDUÇÃO DA REPROVAÇÃO

• 10% AFIRMAM NÃO EXISTIR

CONSELHO DE CLASSE

• 97% POSSUEM ENSINO SUPERIOR

• 31% TRABALHAM EM APENAS UMA ESCOLA

• 80% NUNCA LEEM LIVROS EM SEU TEMPO LIVRE

92

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INFRAESTRUTURA DAS ESCOLASREDE MUNICIPAL

HÁ 167 ESCOLAS MUNICIPAIS EM SÃO LUÍS, COM UMA MÉDIA DE 29,9 ALUNOS POR TURMA NOS ANOS

INICIAIS E 36,6 NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. 

Nota: Percentual das escolas municipais que possuem construções e equipamentos de infraestrutura.  Fonte: Ministério da Educação – Censo Escolar 2011;  http://www.qedu.org.br/cidade/5297‐sao‐luis/censo‐escolar

• 35% POSSUEM BIBLIOTECA

• 30% POSSUEM INTERNET

• 29% POSSUEM LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

• 2% POSSUEM LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

• 19% POSSUEM QUADRA DE ESPORTES

• 629 COMPUTADORES PARA USO DOS ALUNOS

93

Fonte: Censo 2010/IBGE.

EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO

94

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ENSINO SUPERIOR

ENTRE 2008 E 2010, SÃO LUÍS APRESENTOU AUMENTO ACENTUADO DO NÚMERO DE CANDIDATOS POR VAGA NOS CURSOS DE

GRADUAÇÃO, SENDO A MAIOR RELAÇÃO ENTRE AS CAPITAIS DO NE. ALÉM DISSO, HOUVE MELHORA NA TAXA DE CONCLUSÃO DO

ENSINO SUPERIOR, MAS AINDA ABAIXO DE 50%. 

Fonte: Ministério da Educação

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

0

2

4

6

8

10

12

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Conclu

intes/In

gressan

tes n

o an

o

São Luís ‐MA

Candidatos/Vaga Concluintes no ano/Ingressantes no ano

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Relação Candidato/Vaga

2000 2005 2010 95

PÓS‐GRADUAÇÃO

A BAIXA TAXA DE CONCLUSÃO DO ENSINO SUPERIOR TEM CONSEQUÊNCIA NA QUANTIDADE DE ESTUDANTES

DE MESTRADO E DOUTORADO: SÃO LUÍS É UMA DAS PIORES CAPITAIS NESSE QUESITO.

Fonte: Ministério da Educação

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

São Luís ‐ MA Maceió ‐ AL Teresina ‐ PI Salvador ‐ BA Fortaleza ‐ CE Aracaju ‐ SE Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB

Natal ‐ RN

Pessoas que frequentavam pós‐graduação ‐ 2010

Mestrado Doutorado 96

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SAÚDE ‐ IDSUS

GRUPO HOMOGÊNEOMUNICÍPIOS

MARANHÃOMARANHÃO

MUNICÍPIOS

BRASILBRASIL

GH1 1 0,46% 29 0,52%

GH2 1 0,46% 94 1,69%

GH3 0 0,00% 632 11,36%

GH4 73 33,64% 587 10,55%

GH5 2 0,92% 2039 36,64%

GH6 140 64,52% 2184 39,25%

TOTAL 217 100% 5565 100%

Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde (http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=38675)

SÃO LUÍS É O ÚNICO MUNICÍPIO DO MARANHÃO NO GRUPO HOMOGÊNEO 1 DO IDSUS, QUE CONTEMPLA

A ESTRUTURA DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE.

97

IDSUS

DENTRE AS CAPITAIS DO NE, A MAIOR NOTA NO IDSUS PERTENCE A SÃO LUÍS, INDICADOR SÍNTESE DO

MINISTÉRIO DA SAÚDE.

Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde

5,035,18

5,32

5,555,62

5,86 5,89 5,9 5,93

Maceió ‐ AL Fortaleza ‐ CE João Pessoa ‐PB

Aracaju ‐ SE Teresina ‐ PI Salvador ‐ BA Natal ‐ RN Recife ‐ PE São Luís ‐ MA

Nota IDSUS 2010

98

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MORTALIDADE INFANTIL

TODAS AS CAPITAIS DO NORDESTE APRESENTAM NÍVEIS DE MORTALIDADE INFANTIL ACIMA DO RECOMENDADO PELA OMS (10 POR1000 NASCIDOS VIVOS). SÃO LUÍS FOI A ÚNICA CAPITAL QUE TEVE AUMENTO DA TAXA ENTRE 2007 E 2011, ALÉM DE POSSUIR A

MAIOR TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL

Nota: Número de óbitos de crianças residentes com menos de um ano de idade sobre o número de nascidos vivos de mães residentes na cidade em questão. Apresentado número de óbitos sobre 1.000.Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde

‐44,9%‐17,1%

‐1,8%‐19,5%

‐14,5%‐22,5%

‐10,4% ‐19,1%

6,8%

‐50,0%

‐40,0%

‐30,0%

‐20,0%

‐10,0%

0,0%

10,0%

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

Natal ‐ RN João Pessoa‐ PB

Recife ‐ PE Fortaleza ‐CE

Aracaju ‐ SEMaceió ‐ AL Teresina ‐PI

Salvador ‐BA

São Luís ‐MA

Variação

Taxa M

oralid

ade In

fantil

Taxa de Mortalidade Infantil (por 1000 nascidos vivos)

Taxa de mortalidade infantil (2011) Variação 2007‐2011

MORTALIDADE POR GRUPO DE CAUSAS

A PRINCIPAL CAUSA DE MORTALIDADE SÃO DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO. NA COMPARAÇÃO COM DEMAIS CAPITAIS, SÃO

LUÍS DESTACA‐SE COMO A TERCEIRA MAIOR MORTALIDADE POR DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.

Nota: Distribuição percentual das causas de mortes Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

 ‐

 5,0

 10,0

 15,0

 20,0

 25,0

 30,0

 35,0

Salvador Aracaju Maceió Fortaleza São Luís Natal João Pessoa Recife Teresina

Mortalidade por grupos de doenças (2010)

Doenças infecciosas e parasitárias Neoplasias Doenças do aparelho circulatório

Doenças do aparelho respiratório Afecções originadas no período perinatal Causas externas

Demais causas definidas

100

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MORTALIDADE POR AIDS

SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MAIOR TAXA DE MORTALIDADE POR AIDS DO NORDESTE, COM MAIOR

INCIDÊNCIA NOS HOMENS.

Nota: Número de óbitos por 100 mil habitantesFonte: Ministério da Saúde – DataSUS

 ‐

 2,0

 4,0

 6,0

 8,0

 10,0

 12,0

 14,0

 16,0

 18,0

João Pessoa Fortaleza Aracaju Natal Teresina Maceió Salvador São Luís Recife

Taxa de Mortalidade por AIDS (2010)

Masculino Feminino Taxa de mortalidade por AIDS101

EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE ‐ EBS

MENOS DE UM TERÇO DA POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS ESTÁ COBERTA PELAS EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE, 

APRESENTANDO O SEGUNDO PIOR DESEMPENHO NESTE INDICADOR

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS, 2011. 

24,9%

32,9% 33,3%38,1% 39,1%

53,4%

74,3%

82,2%88,5%

15,3% 17,2%22,1%

45,8%

25,8% 25,9%

79,4%

38,8%

64,9%

Salvador São Luís Maceió Natal Fortaleza Recife João Pessoa Aracaju Teresina

EBS Saúde Bucal102

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QUANTIDADE DE MÉDICOS

SÃO LUÍS TEM O SEGUNDO MENOR NÚMERO DE MÉDICOS POR 1000 HABITANTES.

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS, 2011.

2,082,33 2,54

3,28 3,44 3,624,15 4,19

5,46

Fortaleza São Luís Teresina Maceió Natal João Pessoa Aracaju Salvador Recife

Médicos/1000 Hab.

103

LEITOS HOSPITALARES

EVOLUÇÃO

A PROPORÇÃO DE LEITOS HOSPITALARES VEM SENDO REDUZIDA NOS ÚLTIMOS ANOS, INCLUSIVE NO BRASIL. A POPULAÇÃO CRESCEU

17% EM SÃO LUÍS, ANTE UMA REDUÇÃO DE 2,9% NA OFERTA DE LEITOS NO MESMO PERÍODO.

Nota: leitos por 1000 habitantesFonte: Ministério da Saúde – DataSUS

2,83 3,37 3,48 3,71 3,8 3,82 3,89 4,24

5,12

‐0,69

‐2,89

‐0,18 ‐0,54

‐1,8

‐2,9

‐0,85

‐2,21

‐1,18

2,42

Salvador Maceió Fortaleza Natal Teresina São Luís Aracaju João Pessoa Recife

Variação entre 1994 e 2010 Resultados em 2010 Brasil

104

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DESPESA TOTAL COM SAÚDE POR HABITANTE

A DESPESA TOTAL COM SAÚDE TEVE AUMENTO SUBSTANCIAL EM TODAS AS CAPITAIS NORDESTINAS, MAS SÃO

LUÍS APRESENTOU A MENOR TAXA MÉDIA DE VARIAÇÃO DOS GASTOS ENTRE 2000 E 2012.

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS (SIOPS)

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Salvador ‐ BA Recife ‐ PE Maceió ‐ AL Natal ‐ RN Fortaleza ‐ CE São Luís ‐ MA Aracaju ‐ SE João Pessoa ‐PB

Teresina ‐ PI

Variação

 MédiaD

espesa Total

Despesa total com saúde por habitante

2000 2006 2012 Var Média 105

HOMICÍDIOS

SÃO LUÍS ENCONTRA‐SE EM POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA EM RELAÇÃO ÀS DEMAIS CAPITAIS DO NE, PORÉM COM O SEGUNDO MAIOR

CRESCIMENTO DE HOMICÍDIOS NO COMPARATIVO E MUITO ACIMA DO REFERENCIAL DA OMS (10 ÓBITOS/1000 HABITANTES). 

Fonte: Mapa da Violência.

‐40,0%

‐30,0%

‐20,0%

‐10,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

Teresina ‐ PI Natal ‐ RN Aracaju ‐ SE Fortaleza ‐ CE Salvador ‐ BA São Luís ‐ MA Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB

Maceió ‐ AL

Variação

Taxa Homicídios

Taxa de Homicídios

Taxa Homicídios 2010 Variação 2008‐2010 106

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JOVENS

64,0%

66,0%

68,0%

70,0%

72,0%

74,0%

76,0%

78,0%

80,0%

82,0%

84,0%

Taxa de Ocupação entre Jovens

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

Nível de instrução dos Jovens

Sem instrução e fundamental incompleto

Fundamental completo e médio incompleto

Médio completo e superior incompleto

Superior completo

Nota: Consideramos jovens a população entre 15 e 24 anosFonte: Censo 2010/IBGE

A TAXA DE DESEMPREGO DOS JOVENS É DE 25,5% EM SÃO LUÍS. MACEIÓ TEM O MAIOR ÍNDICE (28,7%)

107

JOVENS OCUPADOS POR SETOR

OS SETORES QUE MAIS EMPREGAM JOVENS NA CIDADE SÃO O COMÉRCIO E CONSTRUÇÃO CIVIL. NAS OUTRAS

CAPITAIS, A MAIOR REPRESENTATIVIDADE É A DO COMÉRCIO, SEGUIDO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

São Luís Capitais NE excluindo São Luís

Fonte: Censo 2010/IBGE

6%

12%

27%

4%3%3%4%5%

3%

11%

22%9,0%

6,7%

26,0%

6,3%3,7%5,3%4,4%

5,1%

3,4%

7,2%

23,0%

Indústrias de transformação

Construção

Comércio

Alojamento e alimentação

Atividades profissionais, científicas e técnicas

Atividades administrativas

Administração pública

Educação

Saúde humana e serviços sociais

Serviços domésticos

Outros

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JOVENS – NEMNEM

Nota: Consideramos jovens a população entre 15 e 24 anosFonte: IBGE

SÃO LUÍS APRESENTA A MAIOR PROPORÇÃO DE JOVENS QUE NÃO ESTUDAVAM NEM ESTAVAM TRABALHANDO

(27%). NA COMPARAÇÃO POR GÊNERO, AS MULHERES TÊM PROPORÇÃO SUPERIOR AOS HOMENS.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

Aracaju ‐ SE Teresina ‐ PI Natal ‐ RN João Pessoa ‐PB

Fortaleza ‐ CE Salvador ‐ BA Recife ‐ PE Maceió ‐ AL São Luís ‐ MA

Jovens que Nem Estudam, Nem Trabalham

Indicador NemNem Indicador NemNem ‐ Homens Indicador NemNem ‐ Mulheres109

JOVENS – GRAVIDEZ PRECOCE

Nota: Consideramos gravidez precoce a ocorrida na população entre 10 a 19 anosFonte: IBGE

SÃO LUÍS APRESENTA O TERCEIRO MENOR ÍNDICE DE GRAVIDEZ PRECOCE DO NORDESTE E ESTÁ EM UMA POSIÇÃO

MEDIANA NO QUE SE REFERE À PROPORÇÃO DE FILHOS NASCIDOS MORTOS DAS MÃES ADOLESCENTES.

4,9% 5,1% 5,1% 5,3% 5,3% 5,5%6,0%

6,4%

7,4%

3,3%

2,4%

3,1%

4,3% 4,2% 3,9%

2,1%1,8%

4,8%

Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE São Luís ‐ MA Fortaleza ‐ CE Natal ‐ RN Teresina ‐ PI Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB

Maceió ‐ AL

Gravidez Precoce

Gravidez Precoce Proporção de filhos tidos nascidos mortos no total de filhos tidos

110

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HOMICÍDIO DE JOVENS

A TAXA DE HOMICÍDIOS DOS JOVENS É BEM SUPERIOR A DO TOTAL DA POPULAÇÃO. ENTRE AS CAPITAIS DO

NE, SÃO LUÍS TEM O 3º MENOR ÍNDICE, PORÉM COM VARIAÇÃO POSITIVA ENTRE 2008 E 2010. 

Nota: Taxa de Homicídios calculado pelo número de óbitos por causa externa por 100 mil habitantes.Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

48,1 51,3

83,2 85,6

115,6 117,5

172

209,1

269,7

‐40%

‐30%

‐20%

‐10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

0

50

100

150

200

250

300

Teresina Aracaju São Luís Natal Recife Fortaleza João Pessoa Salvador Maceió

Variação

 2008‐2010Ta

xa de Homicídios

Taxa de Homicídios de Jovens (15 a 24 anos)

Tx. Homicídios de Jovens (15 a 24 anos) Var. 2008‐2010111

LAZER: PARQUE E MUSEU

SÃO LUÍS CARECE DE EQUIPAMENTOS DE LAZER, COMO PARQUES, MUSEUS, TEATROS. A CAPITAL ABRIGA 20 

MUSEUS

Fonte: IBGE, Apontador.com.br e Cadastro Nacional de Museus.

36.731 38.933 39.873 43.863 46.124

82.151

95.339

129.951

148.496

Habitantes por Parque

0,30 0,32 0,33 0,35 0,37 0,38

0,52

0,74

1,38

Índice de Habitantes por Museu

Nota: Número de habitantes/ Número de Museus/100.000

112

Page 187: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

LAZER: TEATRO E CINEMA

0,520,61 0,63

0,71

0,88

1,251,32 1,34

1,6

Índice de Habitantes por Teatro

0,32 0,36 0,37 0,410,53 0,56

0,83 0,89

1,32

Índice de Habitantes por Cinema

Nota: Número de habitantes/ Número de equipamentos/100.000Fonte: http://www.marketingcultural.com.br/115/pdf/cultura‐em‐numeros‐2010.pdf

EM RELAÇÃO AOS CINEMAS, A CAPITAL MARANHENSE ESTÁ BEM COLOCADA ENTRE AS DEMAIS CAPITAIS DO NE

113

ANÁLISE TERRITORIAL

UNIDADES DE ANÁLISE

Page 188: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

INDICADORES INTRAMUNICIPAIS

• A divisão de São Luís apresentada nesta parte é baseada nas 29 áreas de ponderação do 

Censo, cada uma delas corresponde a uma população entre 30 e 45 mil habitantes 

• Estas áreas correspondem a recortes territoriais para as quais são apurados os dados da 

amostra do Censo

• O objetivo da divisão territorial da cidade (29 áreas) é compreender, com maior grau de 

precisão, as diferenças intraregionais em três dimensões: 

• Condições de moradia; 

• Renda e pobreza;

• Educação; e 

• Trabalho115

ANÁLISE TERRITORIAL29 UNIDADES DE ANÁLISE

1 Centro

2 Monte Castelo

3 Bairro de Fátima

4 João Paulo

5 Vila Palmeira

6 Anil

7 Angelim

8 Cohama

9 Vinhais

10 São Francisco

11 Litoral

12 Turu

13 Itapiracó

14 Cohatrac

15 Cohab

16 São Cristovão

17 Santo Antônio

18 Sacavem

19 Coroadinho

20 Vila Embratel

21 Mauro Fecury

22 Anjo da Guarda

23 Maracana

24 Tibiri

25 São Raimundo

26 Tirirical

27 Cidade Operária

28 Jardim América

29 Cidade Olímpica

Fonte: INCID

1122

1010

1111

9988

1212

1313

77

55

4433

1919

2020

2121

2626

17171818

66

15151414

1616

2727

2929

28282525

2424

2323

2222

+

116

Page 189: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID

DENSIDADE

117

1 Centro

2 Monte Castelo

3 Bairro de Fátima

4 João Paulo

5 Vila Palmeira

6 Anil

7 Angelim

8 Cohama

9 Vinhais

10 São Francisco

11 Litoral

12 Turu

13 Itapiracó

14 Cohatrac

15 Cohab

16 São Cristovão

17 Santo Antônio

18 Sacavem

19 Coroadinho

20 Vila Embratel

21 Mauro Fecury

22 Anjo da Guarda

23 Maracana

24 Tibiri

25 São Raimundo

26 Tirirical

27 Cidade Operária

28 Jardim América

29 Cidade Olímpica

1122

1010

1111

99

88

1212

1313

77

55

4433

1919

2020

2121

2626

17171818

66

15151414

1616

2727

2929

28282525

2424

2323

2222

DENSIDADE POPULACIONAL (HAB/HA)

Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID, 2010.

NÚMERO DE PESSOAS ‐ DPP

118

1 Centro

2 Monte Castelo

3 Bairro de Fátima

4 João Paulo

5 Vila Palmeira

6 Anil

7 Angelim

8 Cohama

9 Vinhais

10 São Francisco

11 Litoral

12 Turu

13 Itapiracó

14 Cohatrac

15 Cohab

16 São Cristovão

17 Santo Antônio

18 Sacavem

19 Coroadinho

20 Vila Embratel

21 Mauro Fecury

22 Anjo da Guarda

23 Maracana

24 Tibiri

25 São Raimundo

26 Tirirical

27 Cidade Operária

28 Jardim América

29 Cidade Olímpica

1122

1010

1111

99

88

1212

1313

77

55

4433

1919

2020

2121

2626

17171818

66

15151414

1616

2727

2929

28282525

2424

2323

2222

NÚMERO DE PESSOAS RESIDENTES EM DOMICÍLIO PARTICULAR PERMANENTE

Page 190: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

HETEROGENEIDADE INTRAMUNICIPAL

• Em termos de acesso a infraestrutura de saneamento, as áreas do Centro, Cidade 

Operária, Cohatrac, Vila Palmeira e Bairro de Fátima, destacam‐se com os melhores 

indicadores;

• No outro extremo, áreas como Maracanã, Tibiri, Cidade Olímplica, Mauro Fecury e Vila 

Embratel possuem acesso extremamente precário ao saneamento. São essas áreas 

também que possuem os piores indicadores de renda e maiores índices de pobreza;

• O Litoral possui de longe a maior renda da cidade, R$ 4.000 per capita, mais do dobro 

dos vizinhos, Cohama e Vinhais, que possuem o segundo melhor índice. Porém mesmo 

no litoral, 35% dos domicílios não estão conectados à rede geral de esgoto;

• Maracanã e Tirirical registram os maiores índices de desemprego (cerca de 17%), 

enquanto as áreas mais ricas Litoral e Cohama possuem taxas de desemprego inferiores 

à 7%.

119

ANÁLISE DE TERRITÓRIOS

05000100001500020000250003000035000400004500050000

Quantidade de moradores

91,2

0102030405060708090100

Domicílios com lixo coletado

Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

120

Page 191: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

ANÁLISE DE TERRITÓRIOS

45,3

0102030405060708090100

Moradores com acesso à rede de esgoto

76,5

0,010,020,030,040,050,060,070,080,090,0

100,0

Moradores com abastecimento de água

Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

121

ANÁLISE DE TERRITÓRIOS

R$ 768

R$ 0R$ 500

R$ 1.000R$ 1.500R$ 2.000R$ 2.500R$ 3.000R$ 3.500R$ 4.000R$ 4.500

Renda Domiciliar per capita mensal

0,02,04,06,08,010,012,014,016,018,020,0

Taxa de Desemprego

Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

122

Page 192: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

ANÁLISE DE TERRITÓRIOS

14,1

051015202530354045

Domicílios com renda per capita até R$140

39

0

10

20

30

40

50

60

70

Taxa de cobertura BF

Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

123

ANÁLISE DE TERRITÓRIOS

Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

28

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Frequência à creche (0 a 3 anos de idade)

124

Page 193: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

+

CENTRO

Unidades de Análise ‐ 2010

Centro São Luís

Quantidade de moradores

31707 1012856

Quantidade de Jovens 10198 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

90,1 45,3

Moradores com abastecimento de água

98,2 76,5

Domicílios com lixo coletado

98,7 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 885 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 14,9 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

9,6 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 33,8 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

29,6 27,7

• A área central abriga 3,1% da população de São Luís e registra 

indicadores de acesso a saneamento e renda melhores do que a 

média da cidade. O principal problema do Centro é a taxa de 

desemprego, acima da média da cidade. 

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

125

+

MONTE CASTELO

Unidades de Análise ‐2010

Monte Castelo

São Luís

Quantidade de moradores

31489 1012856

Quantidade de Jovens 10676 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

74,3 45,3

Moradores com abastecimento de água

94,3 76,5

Domicílios com lixo coletado

94,0 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 509 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 13,2 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

16,3 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 22,5 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

34,1 27,7 126

• Monte Castelo  registra melhores indicadores de acesso a 

saneamento do que a média da cidade.  A questão prioritária na 

região está relacionada à geração de renda, bem inferior à média da 

capital.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

Page 194: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

+

BAIRRO DE FÁTIMA

Unidades de Análise ‐2010

Bairro de Fátima

São Luís

Quantidade de moradores

32519 1012856

Quantidade de Jovens 10828 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

86,9 45,3

Moradores com abastecimento de água

98,7 76,5

Domicílios com lixo coletado

98,5 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 498 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 14,6 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

19,9 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 29,1 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

22,9 27,7 127

• No Bairro de Fátima é essencial o combate à pobreza, uma vez que 

quase 20% dos domicílios da região tem renda inferior à R$ 140 per 

capita. 

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

JOÃO PAULO

Unidades de Análise ‐2010

João Paulo

São Luís

Quantidade de moradores

37457 1012856

Quantidade de Jovens 12842 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

71,8 45,3

Moradores com abastecimento de água

97,6 76,5

Domicílios com lixo coletado

98,2 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 526 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 13,8 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

18,5 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 32,4 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

26,0 27,7 128

• Em João Paulo a prioridade é a geração de trabalho e renda, a fim

de que a pobreza e o desemprego sejam reduzidos.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

Page 195: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

VILA PALMEIRA

Unidades de Análise ‐2010

Vila Palmeira

São Luís

Quantidade de moradores

34508 1012856

Quantidade de Jovens 11799 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

60,0 45,3

Moradores com abastecimento de água

98,3 76,5

Domicílios com lixo coletado

94,5 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 518 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 12,7 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

17,9 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 35,0 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

27,3 27,7 129

• Vila Palmeira sofre com o baixo acesso a rede geral de 

saneamento, o que se reflete na alta mortalidade infantil.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

ANIL

Unidades de Análise ‐2010

Anil São Luís

Quantidade de moradores

38607 1012856

Quantidade de Jovens 13492 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

34,4 45,3

Moradores com abastecimento de água

93,3 76,5

Domicílios com lixo coletado

97,4 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 619 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 13,1 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

11,7 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 50,2 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

20,5 27,7 130

• Anil abriga 3,8% da população de São Luís e apenas 34,4% possuem

acesso à rede de esgoto. Outro fator relevante é a alta dependência

do Bolsa Família: 50% da população da área.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

Page 196: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

ANGELIM

Unidades de Análise ‐2010

Angelim São Luís

Quantidade de moradores

40759 1012856

Quantidade de Jovens 15276 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

74,1 45,3

Moradores com abastecimento de água

87,7 76,5

Domicílios com lixo coletado

98,4 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 1.100 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 9,0 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

7,5 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 15,8 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

34,8 27,7 131

• Angelim tem renda per capita é acima da média da cidade e taxa de

desemprego bem mais baixa. Ainda é preciso investimentos para

alcançar a universalização da rede geral de esgoto.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

COHAMA

Unidades de Análise ‐2010

Cohama São Luís

Quantidade de moradores

40497 1012856

Quantidade de Jovens 13685 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

53,7 45,3

Moradores com abastecimento de água

69,1 76,5

Domicílios com lixo coletado

98,8 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 1.822 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 6,7 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

10,0 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 42,1 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

33,8 27,7 132

• Em Cohama grande parte dos domicílios não é atendida pelos 

serviços de esgoto e de abastecimento de água. A renda da 

região é a segunda maior entre as 29 unidades de análise.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

Page 197: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

VINHAIS

Unidades de Análise ‐2010

Vinhais São Luís

Quantidade de moradores

30274 1012856

Quantidade de Jovens 10758 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

72,4 45,3

Moradores com abastecimento de água

89,8 76,5

Domicílios com lixo coletado

93,3 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 1.783 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 8,9 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

6,5 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 26,5 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

42,5 27,7 133

• O foco de Vinhais deve ser universalizar a rede de esgoto nos 

domicílios. 

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

SÃO FRANCISCO

Unidades de Análise ‐2010

São Francisco

São Luís

Quantidade de moradores

36404 1012856

Quantidade de Jovens 12999 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

73,0 45,3

Moradores com abastecimento de água

93,1 76,5

Domicílios com lixo coletado

95,8 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 946 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 13,1 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

22,5 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 30,3 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

29,6 27,7 134

• A pobreza em São Francisco é preocupante, assim como o grau de 

dependência do Bolsa Família. 

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

Page 198: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

LITORAL

Unidades de Análise ‐2010

Litoral São Luís

Quantidade de moradores

33573 1012856

Quantidade de Jovens 10871 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

65,2 45,3

Moradores com abastecimento de água

74,0 76,5

Domicílios com lixo coletado

98,5 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 4.038 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 5,5 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

6,5 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 15,1 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

34,6 27,7 135

• O Litoral é a região mais rica da cidade. O índices de desemprego

(5,5%) é um dos mais baixos da capital. É necessário ampliar o

acesso à rede de esgoto e o abastecimento de água.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

TURU

Unidades de Análise ‐2010

Turu São Luís

Quantidade de moradores

37536 1012856

Quantidade de Jovens 13921 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

21,2 45,3

Moradores com abastecimento de água

28,8 76,5

Domicílios com lixo coletado

98,9 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 490 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 12,0 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

22,4 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 44,1 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

23,0 27,7 136

• Turu é uma das regiões mais pobres da capital, vizinho à região 

mais rica. As redes de esgoto e de abastecimento de água são 

precárias. A pobreza é elevada.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

Page 199: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

ITAPIRACÓ

Unidades de Análise ‐2010

Itapiracó São Luís

Quantidade de moradores

30547 1012856

Quantidade de Jovens 10512 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

54,4 45,3

Moradores com abastecimento de água

55,5 76,5

Domicílios com lixo coletado

96,1 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 1.068 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 8,4 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

10,5 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 29,8 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

31,2 27,7 137

• Itapiracó precisa ampliar o saneamento (água e esgoto). De modo 

geral, a região apresenta indicadores melhores que a média da 

cidade.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

COHATRAC

Unidades de Análise ‐2010

Cohatrac São Luís

Quantidade de moradores

30950 1012856

Quantidade de Jovens 11645 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

92,2 45,3

Moradores com abastecimento de água

96,9 76,5

Domicílios com lixo coletado

99,6 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 1.140 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 8,5 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

4,1 14,1

Taxa de cobertura BF (%) ‐ 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

27,4 27,7 138

• Cohatrac abriga 3% da população de São Luís e registra todos os

indicadores melhores do que a média da cidade. A geração de renda

deve ser o foco da região.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

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COHAB

Unidades de Análise ‐2010

Cohab São Luís

Quantidade de moradores

32783 1012856

Quantidade de Jovens 11092 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

60,1 45,3

Moradores com abastecimento de água

84,6 76,5

Domicílios com lixo coletado

97,7 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 697 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 12,9 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

10,9 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 22,1 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

19,3 27,7 139

• Cohab necessita de investimentos em saneamento. Além disso é

fundamental uma estratégia de geração de trabalho e renda.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

SÃO CRISTOVÃO

Unidades de Análise ‐2010

São Cristovão

São Luís

Quantidade de moradores

36104 1012856

Quantidade de Jovens 13525 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

16,1 45,3

Moradores com abastecimento de água

91,8 76,5

Domicílios com lixo coletado

97,4 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 631 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 12,3 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

11,2 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 42,7 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

26,7 27,7 140

• A rede de esgoto é praticamente inexistente. Além disso, o 

desemprego é alto, a renda é menor que a média da capital e a taxa 

de cobertura do Bolsa Família é superior a 40%.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

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SANTO ANTÔNIO

Unidades de Análise ‐2010

Santo Antônio

São Luís

Quantidade de moradores

29712 1012856

Quantidade de Jovens 10818 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

32,3 45,3

Moradores com abastecimento de água

90,7 76,5

Domicílios com lixo coletado

92,8 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 546 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 12,9 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

20,9 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 39,6 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

27,5 27,7 141

• Santo Antônio abriga 2,93% da população de São Luís e apresenta

indicadores de esgoto e pobreza preocupantes.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

+

SACAVEM

Unidades de Análise ‐2010

Sacavem São Luís

Quantidade de moradores

31807 1012856

Quantidade de Jovens 11188 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

62,6 45,3

Moradores com abastecimento de água

73,7 76,5

Domicílios com lixo coletado

92,7 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 390 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 10,6 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

19,4 14,1

Taxa de cobertura              BF (%)

45,2 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

24,7 27,7 142

• Em Sacavem é necessário aumentar a cobertura de água e esgoto, 

além de reduzir a pobreza e a dependência do Bolsa Família. 

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

Page 202: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

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COROADINHO

Unidades de Análise ‐2010

Coroadi‐nho

São Luís

Quantidade de moradores

32919 1012856

Quantidade de Jovens 12006 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

46,2 45,3

Moradores com abastecimento de água

49,2 76,5

Domicílios com lixo coletado

93,5 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 389 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 15,2 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

25,6 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 44,8 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

25,9 27,7 143

• O Coroadinho é a terceira região mais pobre da cidade. O 

desemprego é elevado, enquanto a renda é quase a metade da 

média da capital. Além disso, tanto a rede de esgoto quanto o 

abastecimento de água precisam ser ampliados.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

VILA EMBRATEL

Unidades de Análise ‐2010

Vila Embratel

São Luís

Quantidade de moradores

45130 1012856

Quantidade de Jovens 16271 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

6,9 45,3

Moradores com abastecimento de água

61,6 76,5

Domicílios com lixo coletado

87,1 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 348 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 13,7 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

21,5 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 39,6 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

29,0 27,7 144

• Vila Embratel não possui rede de esgoto. Os demais serviços de 

saneamento – água e coleta de lixo – precisam aumentar. A taxa 

de desemprego é superior à média, assim como a pobreza.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

Page 203: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

+

MAURO FECURY

Unidades de Análise ‐2010

Mauro Fecury

São Luís

Quantidade de moradores

33676 1012856

Quantidade de Jovens 12417 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

7,6 45,3

Moradores com abastecimento de água

77,8 76,5

Domicílios com lixo coletado

91,6 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 314 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 16,2 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

24,6 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 34,3 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

29,0 27,7 145

• Assim como Vila Embratel, a rede de esgoto é inexistente em 

Mauro Fecury, e o abastecimento de água precisa de melhoras. O 

desemprego é 3 p.p acima da média. A pobreza atinge ¼ da 

população.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

ANJO DA GUARDA

Unidades de Análise ‐2010

Anjo da Guarda

São Luís

Quantidade de moradores

36257 1012856

Quantidade de Jovens 12581 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

26,1 45,3

Moradores com abastecimento de água

92,7 76,5

Domicílios com lixo coletado

94,6 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 433 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 15,3 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

17,6 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 38,3 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

23,1 27,7 146

• Anjo da Guarda precisa investir na geração de renda e redução da

pobreza. Também é essencial ampliar a rede de esgoto na região.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

Page 204: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

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MARACANÃ

Unidades de Análise ‐2010

Maracanã São Luís

Quantidade de moradores

37344 1012856

Quantidade de Jovens 13690 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

2,0 45,3

Moradores com abastecimento de água

39,6 76,5

Domicílios com lixo coletado

55,9 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 281 R$ 768

Taxa de Desemprego (%)

17,0 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

32,1 14,1

Taxa de cobertura BF (%)

49,5 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

17,9 27,7 147

• Maracanã é uma região marcada pela pobreza e pela falta de 

saneamento, apesar de abrigar 3,7% da população. Quase metade 

da população é dependente do Bolsa Família. 

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

TIBIRI

Unidades de Análise ‐2010

Tibiri São Luís

Quantidade de moradores

34463 1012856

Quantidade de Jovens 11906 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

2,1 45,3

Moradores com abastecimento de água

49,2 76,5

Domicílios com lixo coletado

36,3 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 235 R$ 768

Taxa de Desemprego (%) 13,7 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

41,5 14,1

Taxa de cobertura BF (%) 36,8 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

23,0 27,7 148

• Região mais pobre da cidade, Tibiri abriga 3,4% da população e 

carece de serviços de saneamento. 

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

Page 205: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

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SÃO RAIMUNDO

Unidades de Análise ‐2010

São Raimundo

São Luís

Quantidade de moradores

31072 1012856

Quantidade de Jovens 10788 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

2,1 45,3

Moradores com abastecimento de água

62,2 76,5

Domicílios com lixo coletado

85,1 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 367 R$ 768

Taxa de Desemprego (%)

16,3 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

22,8 14,1

Taxa de cobertura BF (%)

53,1 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

29,3 27,7 149

• São Raimundo precisa de investimentos em saneamento, 

especialmente esgoto e abastecimento de água. Além disso, é 

essencial criar empregos para aumentar a renda da população, 

reduzindo a pobreza da região.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

TIRIRICAL

Unidades de Análise ‐2010

Tirirical São Luís

Quantidade de moradores

30275 1012856

Quantidade de Jovens 11090 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

20,7 45,3

Moradores com abastecimento de água

66,5 76,5

Domicílios com lixo coletado

88,2 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 511 R$ 768

Taxa de Desemprego (%)

17,3 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

19,3 14,1

Taxa de cobertura BF (%)

40,9 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

27,8 27,7 150

• Tirirical sofre as mesmas mazelas de São Raimundo: precisa de 

investimentos nos serviços de saneamento, além de elevado 

desemprego e nível de pobreza.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

Page 206: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

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CIDADE OPERÁRIA

Unidades de Análise ‐2010

Cidade Operária

São Luís

Quantidade de moradores

39033 1012856

Quantidade de Jovens 14932 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

97,5 45,3

Moradores com abastecimento de água

97,7 76,5

Domicílios com lixo coletado

99,4 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 603 R$ 768

Taxa de Desemprego (%)

13,7 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

11,6 14,1

Taxa de cobertura BF (%)

47,4 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

31,9 27,7 151

• A Cidade Operária tem alta dependência do Bolsa Família, 

desemprego e renda inferiores à média de São Luís e melhores 

índices de acesso à saneamento. 

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

+

JARDIM AMÉRICA

Unidades de Análise ‐2010

Jardim América

São Luís

Quantidade de moradores

38599 1012856

Quantidade de Jovens 14702 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

24,6 45,3

Moradores com abastecimento de água

74,2 76,5

Domicílios com lixo coletado

95,3 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 442 R$ 768

Taxa de Desemprego (%)

12,5 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

16,7 14,1

Taxa de cobertura BF (%)

33,2 38,7

Frequência à creche (0 a 3 anos)

31,3 27,7 152

• Jardim América precisa de investimentos em saneamento (esgoto

e água) e geração de renda.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

Page 207: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

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CIDADE OLÍMPICA

Unidades de Análise ‐2010

Cidade Olímpica

São Luís

Quantidade de moradores

35878 1012856

Quantidade de Jovens 11909 211649

Moradores com acesso à rede de esgoto

2,7 45,3

Moradores com abastecimento de água

42,0 76,5

Domicílios com lixo coletado

69,5 91,2

Renda Domiciliar per capita mensal

R$ 333 R$ 768

Taxa de Desemprego (%)

11,3 12,0

Domicílios com renda per capita até R$140 (%)

23,5 14,1

Taxa de cobertura BF (%)

57,7 38,7

Frequência à creche         (0 a 3 anos)

28,0 27,7 153

• Cidade Olímpica deve receber ações de ampliação do 

abastecimento de água e instalação da rede de esgoto. Também é 

importante atuar na geração de renda para reduzir a pobreza da 

região.

Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan

EQUIPE TÉCNICA

DIRETOR DO PROJETO

Gustavo Morelli

EQUIPE TÉCNICA

Adriana Fontes  | Coordenadora

Pedro Lipkin

Helena Aslan

Thayse Silva

Thomas Freier

DESIGN

Mariana Bahiense

Luiza RajGERENTE DO PROJETO

Leonardo Cassol

José Cursino Raposo Moreira | Secretario de Planejamento e Desenvolvimento

Danielle Christine B. Nogueira | SEPLAN

Laura Carneiro | SEPLAN

Hélio Maia | SEPLAN

Maria Eugenia| SEPLAN

Artur Thiago | SEMGOV 

Fernando Cardoso | SEMGOV

José Marcelo do Espirito Santo |Presidente INCID

Érica G. Ramos Barbosa | INCID

Patrícia Vieira Trinta | INCID

EQUIPE PREFEITURA SÃO LUÍS

Rodrigo Marques  | Secretario de Governo

Maristela Silva Araujo  | SEPLAN

Janikele Galvão Ferreira  | SEPLAN

Danilo José Menezes Pereira | SEPLAN

Claudio Antonio Cutrim Raposo  | SEPLAN

Antonio Augusto Ribeiro Brandão  | SEPLAN

Raimundo Nonato Fernandes Silva | SEPLAN

Eduardo Cássio Beckman Gomes | SEPLAN

José Alberto M. Rego | SEPLAN

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DESENVOLVIMENTO URBANO

CARACTERÍSTICAS DOS DOMICÍLIOS

SÃO LUÍS

A POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS VIVE, MAJORITARIAMENTE, EM CASAS (85%), INFERIOR APENAS AO PERCENTUAL

DE TERESINA (90,5%). EM 83% DOS DOMICÍLIOS, O REVESTIMENTO É DE ALVENARIA

85%

3%10%

2%

Casa

Casa de vila/ condomínio

Apartamento

Habitação em casa de cômodos e cortiços

83%

14%

1% 2%

Alvenaria com revestimento

Alvenaria sem revestimento

Outro material

Taipa não revestida

Fonte: IBGE – Censo 2010

2

Tipo de moradia Tipo de revestimento

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DENSIDADE DE MORADORES POR CÔMODO

REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS APRESENTA DOMICÍLIOS COM CÔMODOS MAIS DENSOS QUE O PERFIL BRASILEIRO

37%

46%

14%3%

Até 0,5 morador

De 0,5 a 1 morador

De 1 a 2 moradores

Mais de 2 moradores

48%

42%

9%1%

Até 0,5 morador

De 0,5 a 1 morador

De 1 a 2 moradores

Mais de 2 moradores

Nota: É a razão entre o total de moradores do domicílio e o número de cômodos do mesmo, menos o número de banheiros e menos um destinado à cozinha.Fonte: IBGE – Censo 2010

3

São Luís Brasil

FROTA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

SÃO LUÍS

A FROTA DE SÃO LUÍS CRESCEU 186% EM DEZ ANOS, COM AUMENTO REPRESENTATIVO NA PARCELA DE

MOTOCICLETAS, BEM COMO DIMINUIÇÃO NO VOLUME DE CAMINHÕES E AUTOMÓVEIS

Fonte: DENATRAN

65,1%3,2%0,5%

27,6%

1,4%0,8% 1,4%

Automóvel Caminhão Micro‐ônibus Motocicleta

Ônibus Reboque Utilitário

77,3%

5,1%

0,6% 14,1%

2,3%0,5% 0,0%

Automóvel Caminhão Micro‐ônibus Motocicleta

Ônibus Reboque Utilitário4

2002 2012

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ÓBITOS EM ACIDENTES DE TRÂNSITOSÃO LUÍS

5Nota: Total do número de óbitos causados por acidentes de trânsito. Inclui pedestres, ciclistas, motociclista ou ocupante de automóvel, ônibus ou veículo de carga por 100 mil habitantes.Fonte: IBGE

109

156

188 185 191

220210

242

295281

297

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

ÓBITOS EM ACIDENTES DE TRÂNSITOREFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS APARECE NUMA POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA EM RELAÇÃO ÀS DEMAIS CAPITAIS NESTE ÍNDICE, PORÉM APRESENTOU O

MAIOR AUMENTO NO NÚMERO DE ÓBITOS NO PERÍODO. NATAL FOI A ÚNICA CIDADE COM REDUÇÃO NESTE INDICADOR

6Nota: Óbitos por 100 mil habitantes. Total do número de óbitos causados por acidentes de trânsito. Inclui pedestres, ciclistas, motociclista ou ocupante de automóvel, ônibus ou veículo de carga.Fonte: IBGE

659594

467

297 278 245 226 195110

28,7% 36,2%

109,4%

172,5%

74,8%

0,4%

44,9%58,5%

‐29,0%

‐50,0%

0,0%

50,0%

100,0%

150,0%

200,0%

0

100

200

300

400

500

600

700

Recife Fortaleza Teresina São Luís Aracaju Maceió JoãoPessoa

Salvador Natal

Variação

 2000‐2010

Òbitosem

 Acidente de trânsito

Resultado em 2010 Variação entre 2000 e 2010

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ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUAEVOLUÇÃO

A POPULAÇÃO ATENDIDA PELA REDE DE ÁGUA EM SÃO LUÍS APRESENTOU MELHORA ENTRE 2000 E 2005, PORÉM EM 2010 REGREDIU À NÍVEIS INFERIORES AO ENCONTRADO EM 2000. A CAPITAL POSSUI UMA TAXA DE ATENDIMENTO POUCO ACIMA DA

MÉDIA NACIONAL (81%)

7

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento ‐ SNIS

87,6%

100%

83,40%

2000 2005 2010

ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUAREFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS E RECIFE APRESENTAM A PIOR COBERTURA POPULACIONAL NO ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUA. 

ENTRE 2000 E 2010, MACEIÓ E ARACAJU FORAM AS ÚNICAS CAPITAIS DO NE COM MELHORA NO ÍNDICE

8

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento ‐ SNIS

82,90% 83,40% 87,10% 87,10% 89,50% 89,70% 92,20% 92,40% 99,00%

‐8,64% ‐4,20% ‐1,75%

23,86%

‐1,96% ‐10,30% ‐2,08% ‐1,60%

4,22%

81,10%

Recife São Luís Fortaleza Maceió João Pessoa Natal Salvador Teresina Aracaju

Variação entre 2000 e 2010 (p.p.) Resultados em 2010 Brasil

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ESGOTAMENTO DE BANHEIROSREFERENCIAL COMPARATIVO

APENAS METADE DOS LOGRADOUROS POSSUEM REDE GERAL DE ESGOTO NOS BANHEIROS.  SALVADOR

APRESENTOU O MELHOR RESULTADO NESTE INDICADOR (92%)

9

Fonte: IBGE

51%

22%

27%

Tinham banheiro ‐ rede geral de esgoto ou pluvial

Tinham banheiro ‐ fossa séptica

Tinham banheiro ‐ outro escoadouro

92%

2% 6%

Tinham banheiro ‐ rede geral de esgoto ou pluvial

Tinham banheiro ‐ fossa séptica

Tinham banheiro ‐ outro escoadouro

São Luís Salvador

DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO

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TAXA DE DESEMPREGO

EVOLUÇÃO

OS ÍNDICES DE DESEMPREGO DA CAPITAL PERMANECEM EM NÍVEIS ELEVADOS EM RELAÇÃO À MÉDIA

BRASILEIRA, PORÉM COM DIMINUIÇÃO NA ÚLTIMA DÉCADA. 

11Nota: Cálculo que leva em conta a população economicamente ativa desocupada em relação à população economicamente ativa. Fonte: IBGE

9,4%

21,5%

11,9%

4,90%

14,67%

7,42%

1991 2000 2010

São Luís Brasil

PESSOAL OCUPADO POR SETORREFERENCIAL COMPARATIVO

OS SETORES QUE MAIS EMPREGAM PESSOAS NA CIDADE SÃO O COMÉRCIO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. NO

BRASIL, A MAIOR REPRESENTATIVIDADE É A DO COMÉRCIO, SEGUIDO DAS INDÚSTRIAS DA TRANSFORMAÇÃO

Fonte: IBGE

3,4%

14,0%

17,4%

8,9%16,9%

14,7%

24,7%

Indústrias de transformação Construção

Comércio Atividades administrativas

Administração pública Educação

Outros

17%

6%

22%

9%15%

5%

26%

Indústrias de transformação Construção

Comércio Atividades administrativas

Administração pública Educação

Outros 12

São Luís Brasil

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RENDA DO TRABALHOEVOLUÇÃO

O RENDIMENTO MÉDIO DE TODOS OS TRABALHOS EM SÃO LUÍS CRESCEU 122% NA ÚLTIMA DÉCADA, 

ENQUANTO NO RESTO DO PAÍS FOI DE 83%

R$ 616,35 

R$ 1.369,25 R$ 686,40 

R$ 1.256,00 

2000 2010

São Luís Brasil

Nota: Valor do rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadasFonte: Censo Demográfico/IBGE

13

RENDA DO TRABALHOREFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI A QUARTA MENOR RENDA DAS CAPITAIS DO NE E OBTEVE O MAIOR CRESCIMENTO NO

PERÍODO

14

Nota: Valor do rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas Fonte: Censo Demográfico/IBGE

R$1.243  R$1.328  R$1.335  R$1.369  R$1.460  R$1.471  R$1.570  R$1.577 R$1.729 

R$1.256 118%

96% 95%

122%

99% 101%

133%

155%

100%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

140%

160%

180%

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

Teresina Fortaleza Maceió São Luís Natal Salvador JoãoPessoa

Aracaju Recife

Variação

Rendim

ento de todos os trab

alhos

Resultados em 2010 Variação entre 2000 e 2010

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ABERTURA DE EMPRESAS

A ABERTURA DE EMPRESAS ENTRE 2006 E 2011 CRESCEU 22% EM SÃO LUÍS, ENQUANTO NAS DEMAIS

CAPITAIS DO NE O CRESCIMENTO FOI DE 14%

Fonte: Cadastro Central de Empresas/IBGE

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

16,0%

18,0%

20,0%

Até 1966 1967 a1970

1971 a1980

1981 a1990

1991 a1995

1996 a2000

2001 a2003

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Distribuição de Empresas pelo Ano de Fundação

São Luís ‐ MA Capitais NE sem SLZ15

MOVIMENTO DE PASSAGEIROS

Fonte: Infraero

SÃO LUÍS APRESENTA BAIXO MOVIMENTO ANUAL DE PASSAGEIROS EM SEU AEROPORTO INTERNACIONAL, 

APESAR DO CRESCIMENTO NOS ÚLTIMOS ANOS. 

16

 ‐

 1.000.000

 2.000.000

 3.000.000

 4.000.000

 5.000.000

 6.000.000

 7.000.000

 8.000.000

 9.000.000

 10.000.000

Teresina JoãoPessoa

Aracaju Maceió São Luís Natal Fortaleza Recife Salvador

Movimento Anual de Passageiros (Embarques e Desembarques)

2008 2009 2010 2011 2012

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TURISMO ‐ HOSPEDAGEM

Fonte: Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011/IBGE

OS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM SÃO LUÍS APRESENTAM CAPACIDADE MÉDIA COMPATÍVEL COM

O RESTANTE DAS CAPITAIS, MAS A CAPACIDADE TOTAL É BEM INFERIOR ÀS PRINCIPAIS CAPITAIS TURÍSTICAS.

17

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

Teresina ‐ PI João Pessoa‐ PB

Aracaju ‐ SE São Luís ‐MA

Maceió ‐ AL Recife ‐ PE Fortaleza ‐CE

Natal ‐ RN Salvador ‐BA

Número de Estab

elecim

entos e

 Cap

acidad

e Média

Cap

acidad

e To

tal de Hóspedes

Capacidade total de hóspedes (Pessoas) Número de estabelecimentos de hospedagem (Unidades) Capacidade Média por Estabelecimento

DESENVOLVIMENTO HUMANO E DESIGUALDADESÃO LUÍS

EM 2000, SÃO LUÍS FIGURAVA NA 1109º POSIÇÃO DENTRE OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS – ATRÁS DE FORTALEZA, RECIFE, NATAL E

SALVADOR. APRESENTOU MELHORA NA DESIGUALDADE DE RENDA, PORÉM AQUÉM DOS NÍVEIS ENCONTRADOS EM1991 E DA MÉDIA

NACIONAL (0,608)

Nota: Não há dados municipais do IHD posteriores à 2000. O novo Atlas do Desenvolvimento Humano será publicado em 2013Fonte: PNUD

0,721

0,778

1991 2000

0,623

0,655

0,627

1991 2000 201018

Índice de Desenvolvimento Humano Índice de GINI

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ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

REFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS APRESENTOU CRESCIMENTO MEDIANO NO IDH ENTRE AS CAPITAIS DO NE

Nota: Não há dados municipais do IHD posteriores à 2000. O novo Atlas do Desenvolvimento Humano será publicado em 2013Fonte: PNUD

19

0,7390,766 0,778 0,783 0,786 0,788 0,794 0,797 0,805

5,2%

5,3%5,7%

6,4% 6,9% 5,5%6,0% 5,7% 5,4%

Maceió Teresina São Luís João Pessoa Fortaleza Natal Aracaju Recife Salvador

Variação entre 1991 e 2000 Resultados em 2000

ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCALEVOLUÇÃO

HOUVE REDUÇÃO NO DESEMPENHO DA GESTÃO FISCAL DO MUNICÍPIO ENTRE 2006 E 2010, COM PERDA DE

18 POSIÇÕES NO RANKING ENTRE 100 CIDADES BRASILEIRAS

Nota: Ranking dos 100 maiores municípios brasileiros. Avaliação da gestão fiscal dos municípios brasileiros em 5 dimensões: Receita Própria, Investimento, Gastos com Pessoal, Liquidez e Custo da Dívida.Fonte: FIRJAN

0,5926

0,4924

2006 2010

20

• Considerada ferramenta de 

accoutability, auxilia no 

diagnóstico sobre a situação dos 

municípios brasileiros no que se 

refere à arrecadação e gestão dos 

gastos municipais

• Possui variação de 0 a 1, sendo 1 

resultante da obtenção de nota 

máxima nos critérios analisados

• Contempla 5 subindicadores

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ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCALREFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS TEM O TERCEIRO PIOR ÍNDICE CONSOLIDADO E POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA NO COMPONENTE DE

RECEITA PRÓPRIA

Fonte: FIRJAN

21

0,452 0,485 0,492 0,597 0,604 0,629 0,650 0,677 0,712

‐37,9%

4,1%

‐16,9% ‐13,7%

25,5%3,0%

11,5%2,2%

‐3,3%Natal Salvador São Luís Maceió João Pessoa Aracaju Fortaleza Teresina Recife

0,554 0,652 0,671 0,675 0,697 0,706 0,755 0,904 0,922

43,9%20,6%

2,9%9,8%

‐1,9% ‐12,4%

6,5%0,6% 2,4%

Teresina João Pessoa Maceió São Luís Aracaju Fortaleza Natal Recife Salvador

Variação entre 2006 e 2010 Resultados em 2010

IFGF Consolidado

Receita Própria

ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCALREFERENCIAL COMPARATIVO

OS GASTOS COM PESSOAL DO MUNICÍPIO APRESENTAM OS PIORES RESULTADOS DO COMPARATIVO, COM A MAIOR VARIAÇÃO

NEGATIVA NO PERÍODO. ENTRETANTO, NOS INVESTIMENTOS, SÃO LUÍS POSSUI O MELHOR DESEMPENHO, COM FORTE EVOLUÇÃO

ENTRE 2006 E 2010

Fonte: FIRJAN

22

0,416 0,428 0,496 0,561 0,601 0,611 0,644 0,684 0,798

‐50,7%‐34,2%

‐9,6%

2,6%4,7%

‐24,0% ‐21,7% ‐3,4% ‐12,2%

São Luís Natal Aracaju Fortaleza João Pessoa Recife Teresina Maceió Salvador

0,253 0,272 0,277 0,379 0,379 0,502 0,514 0,605 0,739

‐56,6% ‐53,3%

51,0%30,30% 19,9%

‐19,5%

89,5%

28,90%

173,7%

Natal Maceió Salvador Aracaju Recife Teresina Fortaleza João Pessoa São Luís

Variação entre 2006 e 2010 Resultados em 2010

Gastos com Pessoal

Investimentos

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ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCALREFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI O PIOR RESULTADO NA PROPORÇÃO DE RESTOS A PAGAR, COM FORTE VARIAÇÃO NEGATIVA NO PERÍODO. OS

ENCARGOS DA DÍVIDA EM RELAÇÃO À RECEITA, ENTRETANTO, COLOCAM O MUNICÍPIO EM QUARTO LUGAR

Fonte: FIRJANNota: não há dados sobre Salvador no indicador de Liquidez

23

0,352 0,593 0,691 0,756 0,782 0,788 0,847 0,859 0,931

104,9% 62,3%

22,5%

‐1,4% ‐5,3% ‐2,9% ‐3,1% ‐2,2%

34,0%

Salvador Maceió João Pessoa Fortaleza Recife São Luís Aracaju Natal Teresina

Variação entre 2006 e 2010 Resultados em 2010

0,0090,190

0,518 0,762 0,770 0,845 0,898 0,921

‐98,3%‐78,9%

70,70%

‐21,4%

23,3% 9,30% 11,1% 4,1%

São Luís Natal João Pessoa Maceió Fortaleza Aracaju Teresina Recife

Liquidez

Custo da Dívida

GESTÃO FISCAL

INDICADOR ESTUDADO

ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL

• AVALIAÇÃO DA GESTÃO FISCAL DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS* EM 5 PERSPECTIVAS:

• RECEITA PRÓPRIA: CAPACIDADE DE ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS DESCONTADAS AS TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS

• INVESTIMENTO: PERCENTUAL INVESTIDO PELO MUNICÍPIO EM RELAÇÃO À RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (RCL)

• GASTOS COM PESSOAL: PARCELA DOS GASTOS COM SALÁRIO E APOSENTADORIA EM RELAÇÃO À RCL

• LIQUIDEZ : PROPORÇÃO DOS RESTOS A PAGAR EM RELAÇÃO AOS ATIVOS FINANCEIROS DO MUNICÍPIO

• CUSTO DA DÍVIDA: ENCARGOS DA DÍVIDA EM RELAÇÃO À RECEITA LÍQUIDA REAL

• O ÍNDICE IFGF POSSUI VARIAÇÃO DE 0 A 1, SENDO 1 RESULTANTE DA OBTENÇÃO DE NOTA MÁXIMA NOS CRITÉRIOS

ANALISADOS

• FONTE: FIRJAN, ANOS 2006 E 2010

• RELEVÂNCIA: CONSIDERADA FERRAMENTA DE ACCOUTABILITY , AUXILIA NO DIAGNÓSTICO SOBRE A SITUAÇÃO DOS

MUNICÍPIOS BRASILEIROS NO QUE SE REFERE À ARRECADAÇÃO E GESTÃO DOS GASTOS MUNICIPAIS. O INDICADOR

CONTEMPLA DIVERSAS PERSPECTIVAS DO ORÇAMENTO MUNICIPAL, AUXILIANDO NA ANÁLISE DE MÚLTIPLOS FATORES QUE

INTERFEREM DA BOA GESTÃO DAS FINANÇAS LOCAIS

*Exceto Brasília ‐ DF 24

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NOTA METODOLÓGICA

CÁLCULO DO ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL

IFGF – LIQUIDEZ (2010) IFGF – CUSTO DA DÍVIDA (2010) CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS

Base de cálculo: Restos a Pagar/ Ativos FinanceirosCritérios: • = 0, IFGF = 1• > 1 : IFGF = 0• > 0 e < 1 : aplicação de ponderação

Base de cálculo: Juros e Amortizações/ Receita Líquida RealCritérios: • = 0 : IFGF = 1• > 13%, IFGF = 0• > 0 e < 13% : aplicação de ponderação

• Conceito A (gestão de excelência):• nota > 0,8 e < 1

• Conceito B (boa gestão fiscal):• nota > 0,6 e < 0,8

• Conceito C (gestão em dificuldade):• nota > 0,4 e < 0,6

• Conceito D (gestão crítica):• nota < 0,4

IFGF – RECEITA PRÓPRIA (2010) IFGF – GASTOS COM PESSOAL (2010) IFGF – INVESTIMENTOS (2010)

Base de cálculo:Receita Própria/ Receita Corrente Líquida. Critérios: • > 50%: IFGF = 1• = 0:IFGF = 0• > 0% e  < 50%: aplicação de ponderação

Base de cálculo:Despesas com Pessoal/ Receita Corrente Líquida. Critérios: • < 30%: IFGF = 1• > 60%: IFGF = 0• > 30% e < 60%: aplicação de ponderação

Base de cálculo:Investimentos/ Receita Corrente Líquida. Critérios: • > 20%: IFGF = 1• = 0: IFGF = 0• > 0% e < 20%: aplicação de ponderação

PONDERAÇÃO DAS PERSPECTIVAS PELOS SEGUINTES PESOS:

• RECEITA PRÓPRIA, GASTOS COM PESSOAL, INVESTIMENTOS E LIQUIDEZ: 22,5%

• CUSTO DA DÍVIDA: 10%

ÍNDICE GLOBAL*

*Exceto Brasília ‐ DF

25

ASPECTOS SOCIAIS

Page 224: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

TAXA DE ANALFABETISMO

EVOLUÇÃO

SÃO LUÍS APRESENTOU REDUÇÃO DE 34% NA TAXA DE ANALFABETISMO DAS PESSOAS COM 10 ANOS OU MAIS NA

ÚLTIMA DÉCADA. O MUNICÍPIO OBTEVE RESULTADOS MELHORES QUE A MÉDIA NACIONAL NO PERÍODO ANALISADO

27

Fonte: IBGE

76.628 

58.734 

8,81%

5,79%

14,19%

9,77%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

 ‐

 10.000

 20.000

 30.000

 40.000

 50.000

 60.000

 70.000

 80.000

 90.000

2000 2010

População Analfabeta Taxa de Analfabetismo São Luís Taxa de Analfabetismo Brasil

DISTORÇÃO IDADE‐SÉRIEEVOLUÇÃO

SÃO LUÍS APARECE, NO RESULTADO DE 2010, MELHOR QUE A MÉDIA BRASILEIRA, COM FORTE REDUÇÃO NO

PERÍODO ANALISADO.

Nota: A partir da adequação teórica entre a série e a idade do aluno, o cálculo do percentual de alunos, em cada série, com idade superior à idade recomendadaFonte: Ministério da Educação

18,30%

14,20% 12,80%

18,50%

16,60%

11,70% 11,50%

2006 2008 2010

Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes

40,50%

24,30% 26,70%

29,60%

30,10%

19,30%21,80%

2006 2008 2010

Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes

28

Anos Iniciais Anos Finais

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DISTORÇÃO IDADE‐SÉRIEREFERENCIAL COMPARATIVO

A REDE MUNICIPAL DE SÃO LUÍS APRESENTA MELHORES TAXAS DE DISTORÇÃO EM COMPARAÇÃO ÀS DEMAIS

CAPITAIS DO NE E ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA

Fonte: Ministério da Educação

30,1% 24,2% 22,9% 22,5% 20,6% 17,9% 14,4% 13,7% 11,5%

‐6,5% ‐0,9%

1,0%

‐7,8% ‐11,1% ‐3,8% ‐2,4% ‐1,6% ‐5,1%

18,5%

Salvador João Pessoa Fortaleza Maceió Aracaju Natal Recife Teresina São Luís

41,5% 42,8% 36,2% 35,3% 34,4% 31,5% 31,0% 26,2% 21,8%

‐3,3% ‐11,8%

36,2%

2,2%

‐11,7%

31,5%

‐7,2% ‐5,2% ‐8,3%

29,6%

Salvador Maceió João Pessoa Natal Recife Aracaju Fortaleza Teresina São Luís

Variaçãoe ntre 2006 e 2010 (p.p.) Resultados em 2010 Brasil

Anos Iniciais

Anos Finais

29

REPROVAÇÃOREFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS SE MANTEVE COM A MENOR TAXA DE REPROVAÇÃO DENTRE AS CAPITAIS, NOS ANOS INICIAIS E

FINAIS

Fonte: Ministério da Educação

30

12,7% 12,7% 9,6% 9,6% 9,4% 8,0% 6,7% 6,6% 5,7%

1,7% 0,1%1,3%

‐0,8%‐0,8% ‐2,7% ‐2,3% ‐1,1% ‐1,3%

7,20%

Salvador Aracaju Natal João Pessoa Maceió Fortaleza Teresina Recife São Luís

26,9% 24,5% 20,0% 17,2% 15,7% 15,2% 13,5% 11,7% 9,8%

2,4% 3,9%

‐0,4%

4,3%0,4%

‐4,3% ‐1,9% ‐1,7% ‐2,0%

12,4%

Recife Aracaju Maceió Teresina João Pessoa Fortaleza Salvador Natal São Luís

Variação entre 2007 e 2011 Resultados em 2011 Brasil

Anos Iniciais

Anos Finais

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ABANDONOEVOLUÇÃO

HOUVE REDUÇÃO CONSIDERÁVEL NAS TAXAS DE ABANDONO DESDE 2007, CHEGANDO A RESULTADOS MAIS

BAIXOS QUE A MÉDIA NACIONAL. 

Nota: percentual de alunos que, numa dada série, deixam de frequentar a escola durante o ano letivo sobre o total matrículas.Fonte: Ministério da Educação

3,6%

2,1%

1,5%

1,6%

3,3%

1,8%

1,2%

2007 2009 2011

Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes

5,9%

3,2%2,3%

4,2%4,7%

2,7%2,1%

2007 2009 2011

Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes

31

Anos Iniciais Anos Finais

ABANDONOREFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS APARECE ENTRE AS CAPITAIS COM AS MENORES TAXAS DE ABANDONO ESCOLAR. O DESTAQUE É

TERESINA, QUE APRESENTA AS TAXAS MAIS BAIXAS NOS DOIS GRUPOS DE ANÁLISE

Fonte: Ministério da Educação

32

4,1% 3,6% 3,4% 2,9% 2,9% 2,6%1,2% 1,0% 0,8%

‐3,4%‐3,7%

‐2,2% ‐1,2% ‐2,3% ‐2,0% ‐2,1% ‐2,3% ‐2,3%

1,6%

João Pessoa Maceió Salvador Natal Aracaju Fortaleza São Luís Recife Teresina

14,2%8,7%

6,7% 6,5% 6,2% 6,1% 6,0% 2,1% 1,9%

‐2,8% ‐1,4% ‐1,1% ‐1,0% ‐3,0%‐10,3%

‐4,3%‐2,6% ‐2,7%

4,2%

Maceió João Pessoa Aracaju Natal Salvador Recife Fortaleza São Luís Teresina

Variação entre 2007 e 2011 (p.p.) Resultado em 2011 Brasil

Anos Iniciais

Anos Finais

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APRENDIZADO ADEQUADO (5º ANO)EVOLUÇÃO

A PORCENTAGEM DE ALUNOS COM APRENDIZADO ADEQUADO EM SÃO LUÍS FICOU ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA, E VEM SE

DISTANCIANDO DA MESMA NO PERÍODO ANALISADO. APENAS ¼ DOS ALUNOS DA CAPITAL MARANHENSE POSSUEM CONHECIMENTOS

ADEQUADOS PARA A SÉRIE EM PORTUGUÊS, COM RESULTADOS MENOS SATISFATÓRIOS EM MATEMÁTICA

Fonte: Ministério da Educação

23% 23%25%

25%

32%

37%

2007 2009 2011

São Luís Brasil

14%

17%15%

22%

30%

33%

2007 2009 2011

São Luís Brasil 33

Português Matemática

APRENDIZADO ADEQUADO (5º ANO)REFERENCIAL COMPARATIVO

EM PORTUGUÊS, A CAPITAL APRESENTOU RESULTADO INTERMEDIÁRIO NO COMPARATIVO. O PONTO DE ATENÇÃO É

EM MATEMÁTICA, NA QUAL FICA ATRÁS SOMENTE DE MACEIÓ, COM PEQUENA DIFERENÇA EM RELAÇÃO À MESMA

Fonte: Ministério da Educação

34

18% 23% 24% 24% 25% 28% 31% 33% 39%4%

6%12%

6% 2%

9%14% 12%

17%

37%

Maceió Aracaju Natal Recife São Luís Salvador Fortaleza João Pessoa Teresina

14% 15% 16% 17% 18% 20% 23% 24%33%

3% 1% 4%8%

5%

8%11% 8%

17%

33%

Maceió São Luís Aracaju Natal Recife Salvador Fortaleza João Pessoa Teresina

Variação entre 2007 e 2011 (p.p.) Resultado em 2011 Brasil

Português

Matemática

Page 228: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

APRENDIZADO ADEQUADO (5º ANO)ESCOLAS PÚBLICAS

Fonte: Ministério da Educação

Escola RedeAprendizado Adequado

Crescimento 2009 e 2011 

(pp)

Montezuma Estadual 51,84% 28,77

Nice Lobao Cintra  Estadual 36,74% ‐3,81

Santa Tereza  Estadual 36,16% 4,91

Bandeira Tribuzzi Municipal 34,62% 10,37

Aluisio Azevedo  Estadual 33,82% ‐12,12

Miguel Lins  Municipal 29,97% 1,09

Estado Do RN Estadual 27,55% ‐8,12

Padre Newton Pereira  Estadual 24,56% 3,89

Estado De Alagoas  Estadual 22,87% 0,47

Agostinho Vasconcelos  Municipal 22,81% 10,31

Pio Xii Estadual 4,58% 1,13

Prof. Luzenir Mata Roma  Municipal 4,54% ‐10,4

Sagarana I  Estadual 3,32% ‐9,58

Haydee Chaves  Municipal 2,92% ‐20,57

Rivanda Berenice Braga  Municipal 2,63% ‐9,37

Santa Barbara  Estadual 2,06% 2,06

Hortencia Pinho  Municipal 1,76% ‐6,16

1O De Maio  Estadual 1,56% ‐11,12

Vila Maranhao Estadual 0 ‐3,85

Viriato Correa  Estadual 0 ‐8,57

Escola RedeAprendizado Adequado

Crescimento 2009 e 2011 

(pp)

Montezuma Estadual 74,06% 27,91

Aluisio Azevedo  Estadual 57,36% 9,35

Nice Lobao Cintra  Estadual 52,75% 4,89

Santa Tereza  Estadual 48,82% 5,06

Estado Do RN Estadual 42,17% 4,59

Miguel Lins Municipal 40,36% ‐0,75

Padre Newton Pereira  Estadual 37,65% ‐2,35

Estado De Alagoas  Estadual 37,16% 10,46

Marechal Castelo Branco  Estadual 36,61% 19,56

Anjo Da Guarda  Municipal 35,59% 7,59

Haydee Chaves  Municipal 12,71% ‐12,8

Santa Barbara  Estadual 12,31% 10,05

Embx. Araujo Castro Caic I  Estadual 10,71% ‐3,84

Pio Xii Estadual 9,69% ‐1,8

1O De Maio  Estadual 9,36% ‐14,57

Rivanda Berenice Braga  Municipal 8,46% ‐5,54

Viriato Correa  Estadual 6,65% 3,71

Hortencia Pinho  Municipal 6,07% ‐2,5

Vila Maranhao Estadual 5,56% 1,56

Prof. Luzenir Mata Roma  Municipal 2,08% ‐18,61

Português Matemática

APRENDIZADO ADEQUADO (9º ANO)EVOLUÇÃO

NO ÚLTIMO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, APENAS 19% DOS ALUNOS POSSUEM APRENDIZADO

SATISFATÓRIO EM PORTUGUÊS E 8% EM MATEMÁTICA – AMBOS ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA. 

Fonte: Ministério da Educação

16%

21%19%

16%

23%22%

2007 2009 2011

São Luís Brasil

7%8% 8%

9%10%

12%

2007 2009 2011

São Luís Brasil 36

Português Matemática

Page 229: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

APRENDIZADO ADEQUADO (9º ANO)REFERENCIAL COMPARATIVO

OS RESULTADOS NO COMPARATIVO SÃO MELHORES EM PORTUGUÊS, OCUPANDO O QUARTO MELHOR

DESEMPENHO. EM MATEMÁTICA APRESENTOU O QUARTO PIOR DESEMPENHO NO PERÍODO ANALISADO

Fonte: Ministério da Educação

37

11% 15% 17% 17% 18% 19% 21% 22% 22%

4%

7% 4%6% 4% 3%

6%9% 10%

22%

Maceió Recife Salvador Aracaju Natal São Luís João Pessoa Teresina Fortaleza

4%7% 7% 8% 8% 9% 10% 10%

13%1%

3% 3%1%

3%1%

4% 2%

5%

12%

Maceió Recife Salvador São Luís Aracaju João Pessoa Fortaleza Natal Teresina

Variação entre 2007 e 2011 (p.p.) Resultado em 2011 Brasil

Português

Matemática

APRENDIZADO ADEQUADO (9º ANO)ESCOLAS PÚBLICAS

Fonte: Ministério da Educação

Escola RedeAprendizado Adequado

Crescimento  2009 e 2011 

(pp)

Militar da PM do MA Estadual 54,71% 14,12

Aluisio Azevedo  Estadual 41,79% 4,65

Santa Tereza  Estadual 40,81% 8,81

Odylo Costa Filho  Estadual 40,77% Sem dados

Doutor Clarindo Santiago  Estadual 35,01% 15,96

Professora Maria Pinho  Estadual 32,01% 0,07

Nice Lobao Cintra  Estadual 30,14% ‐1,38

Conego Ribamar Carvalho  Estadual 29,64% 10,08

Professor Barjonas Lobao  Estadual 29,39% ‐11,98

Sao Jose Operario Estadual 28,95% ‐1,33

Barjonas Lobao Estadual 8,55% ‐7,08

Professor Carlos Saads Municipal 7,99% ‐2,72

Professor Rosilda Cordeiro  Municipal 7,85% 2,59

Salim Braid  Estadual 5,55% 2,92

Estado Do Para  Estadual 5,37% ‐8,91

Viriato Correa  Estadual 4,17% ‐13,07

Estado Do Ceara  Estadual 3,58% ‐10,71

Severiano De Sousa Lima  Estadual 3,55% ‐32,45

Pio Xii Estadual 3,41% ‐8,42

Agostinho Vasconcelos  Municipal 0 ‐9,52

Escola RedeAprendizado Adequado

Crescimento 2009 e 2011 

(pp)

Militar da PM do MA Estadual 33,82% 9,06

Aluisio Azevedo Estadual 31,35% 9,92

Miguel Lins Municipal 18,96% 0,78

Professora Maria Pinho Estadual 15,53% 7,2

Doutor Clarindo Santiago Estadual 14,99% 14,99

Nice Lobao Cintra Estadual 14,38% 0,24

Santa Tereza Estadual 14,14% ‐4,51

Estado Do RN Estadual 13,43% 0,73

Professor Barjonas Lobao Estadual 13,43% 1,36

Antonio Vieira  Municipal 12,47% 6,66

Joao Lima Sobrinho  Municipal 1,56% ‐6,69

Professor Ezelberto Martins Estadual 1,32% ‐0,37

Maria Jose Vaz Dos Santos  Municipal 1,22% ‐0,63

Governador Leonel Brizola Municipal 0,94% ‐3,6

Conego Ribamar Carvalho Estadual 0 ‐4,35

Estado Do Ceara Estadual 0 0

Joaquim Gomes De Sousa Estadual 0 ‐6,67

Julio De Mesquita Filho  Estadual 0 ‐20

Professor Luzenir Mata Roma Municipal 0 ‐5,88

Rivanda Berenice Braga Municipal 0 Sem dados

Português Matemática

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NUNCA FREQUENTOU A ESCOLASÃO LUÍS

EM SÃO LUÍS, 14,7% DA POPULAÇÃO IDOSA NUNCA FREQUENTOU A ESCOLA

Fonte: Censo 2010/IBGE

650 6591455 1582

4052 4023 4281

11452

10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos oumais

Apenas 0,71% das crianças entre 4 e 17 anos nunca frequentou a escola

39

NÍVEL DE INSTRUÇÃOSÃO LUÍS

A MAIORIA DA POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS (52%) NÃO CONCLUIU O ENSINO BÁSICO. DOS QUE FREQUENTAM

O ENSINO SUPERIOR, APENAS 13,73% O CONCLUEM

Fonte: Ministério da Educação

Taxa de Conclusão do Ensino Superior

12,0%15,5% 14,3%

11,7%

13,1%15,0% 15,8% 15,2%

2000 2004 2008 2010

São Luís Brasil 40

34,08% FUNDAMENTAL INCOMPLETO E SEM INSTRUÇÃO

18,28% FUNDAMENTAL COMPLETO E MÉDIO INCOMPLETO

37,23% MÉDIO COMPLETO E SUPERIOR INCOMPLETO

9,77%   SUPERIOR COMPLETO

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CURSOS DE GRADUAÇÃO

EVOLUÇÃO

EM SÃO LUÍS, A OFERTA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO DA REDE PRIVADA CRESCEU VIGOROSAMENTE NA

ÚLTIMA DÉCADA

Fonte: Ministério da Educação ‐ 2010

14

2433 33

4045

51 53

20

68

89

103

2000 2004 2008 2010

Estadual Federal Privada

No Brasil, há 19.756 cursos na rede privada, 141% a mais do que a oferta da rede pública

41

OFERTA NO ENSINO SUPERIORREFERENCIAL COMPARATIVO

SÃO LUÍS POSSUI A MAIOR RELAÇÃO DE CANDIDATOS DISPUTANDO POR VAGA NO ENSINO SUPERIOR. EM

SALVADOR, SÃO MENOS DE 2 CANDIDATOS POR VAGA

Fonte: Ministério da Educação

42

5,70

4,50

3,73 3,553,30

2,482,00 1,97 1,80 2,15

São Luís Teresina João Pessoa Recife Fortaleza Maceió Natal Aracaju Salvador

Relação Candidato por vaga (2010) Brasil

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EVOLUÇÃO DAS DESPESAS COM SAÚDE

SÃO LUÍS

HOUVE UM AUMENTO SIGNIFICATIVO NAS DESPESAS MUNICIPAIS COM SAÚDE NA ÚLTIMA DÉCADA. A 

PARTICIPAÇÃO DO SUS NAS DESPESAS DE SAÚDE VÊM REGREDINDO DESDE 2000

Nota: Despesa total com Saúde (exceto inativos), inclusive aquela financiada por outras esferas de governo, por habitante. Fonte: Rede Nossa São Luís

R$ 146,6R$ 191,2

R$ 284,8

R$ 414,3

R$ 564,4

2000 2003 2006 2009 2012

Despesa com Saúde/ Habitante

78,62

66,28

53,7750,48

42,74

2000 2003 2006 2009 2012

% Transf. SUS/ Despesa com Saúde

IDSUSCLASSIFICAÇÃO

44

GRUPO HOMOGÊNEO IDSE ICS IESSM

GH6 BAIXO BAIXO SEM ESTRUTURA MAC¹

GH5 MÉDIO MÉDIO SEM ESTRUTURA MAC

GH4 BAIXO BAIXO POUCA ESTRUTURA MAC

GH3 MÉDIO MÉDIO POUCA ESTRUTURA MAC

GH2 ALTO MÉDIO MÉDIA ESTRUTURA MAC

GH1 ALTO MÉDIO MUITA ESTRUTURA MAC

A FORMAÇÃO DOS GRUPOS HOMOGÊNEOS, SEGUNDO AS SUAS SEMELHANÇAS, OCORREU POR MEIO DA

UTILIZAÇÃO DE TRÊS ÍNDICES: O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO (IDSE); O ÍNDICE DE

CONDIÇÕES DE SAÚDE (ICS); E O ÍNDICE DE ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO (IESSM)

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO: 

• PIB MUNICIPAL PER CAPITA ‐ PESO DE 54,93%• PROPORÇÃO DE FAMÍLIAS COM BOLSA FAMÍLIA – PESO DE 45,07%

ÍNDICE DE CONDIÇÕES DE SAÚDE: 

• TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL – MENOR DE 8 ÓBITOS A CADA 1.000 NASCIDOS VIVOS

ÍNDICE DE ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO: 

• CONSIDERA OS RECURSOS FÍSICOS E HUMANOS DO SISTEMA DE SAÚDE, BEM COMO A

PROPORÇÃO DE SERVIÇOS PRESTADOS, TAIS COMO PROCEDIMENTOS DE INTERNAÇÕES (MÉDIA E

ALTA COMPLEXIDADE) E AMBULATORIAIS, MÉDICOS DE ATENÇÃO BÁSICA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE

SÃO LUÍS

¹ Atenção de alta e média complexidade ou estrutura de atenção especializada, ambulatorial e hospitalarNota: Composto de 24 indicadores associados aos temas de cobertura (acesso potencial ou obtido) com 14 indicadores, e efetividade (resultados esperados) do SUS, com 10 indicadores. 

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IDSUSCOMPARATIVO

SÃO LUÍS OBTEVE O MELHOR DESEMPENHO NO IDSUS DE 2011 DENTRE OS REFERENCIAIS COMPARATIVOS, ACIMA DA MÉDIA

BRASILEIRA. ALÉM DISSO, FIGURA NO GRUPO DE MUNICÍPIOS PERTENCENTE AO GH 1, REFLEXO DA BOA ESTRUTURA INSTALADA DE

SAÚDE NO MUNICÍPIO

45

Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde

5,03

5,18

5,32

5,555,62

5,86 5,89 5,9 5,93

5,47

Maceió Fortaleza João Pessoa Aracaju Teresina Salvador Natal Recife São Luís

Notas em 2011 Brasil

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER

EVOLUÇÃO

O MARANHÃO POSSUI 4,4 ANOS A MENOS NA EXPECTATIVA DE VIDA DOS SEUS HABITANTES, EM RELAÇÃO À MÉDIA BRASILEIRA. 

ENTRETANTO, HOUVE UM AUMENTO, EM ANOS, MAIOR DO QUE O OBSERVADO NO RESTO DO PAÍS NO PERÍODO ANALISADO

46

Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde

64,8

66,4

6868,8

70,4

71,772,8

73,4

2000 2004 2008 2010

Maranhao Brasil

Page 234: 5 “ “ Introdução As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-quenas e cidadãos qualificados.” Edward L. Glaeser Institutions are the rules of the game in a society;

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER

REFERENCIAL COMPARATIVO

NO COMPARATIVO ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS, O MARANHÃO POSSUI UMA EXPECTATIVA DE VIDA MENOR DO QUE O NORDESTE

– O QUAL JÁ SE POSICIONA ABAIXO DA MÉDIA DO PAÍS.  SUA EVOLUÇÃO EM ANOS, ENTRETANTO, FOI A MAIOR DENTRE OS

REFERENCIAIS

47

Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde

68,870,8

72,474,5 74,9 75,5

4

3,6

2,9

2,72,9

2,8

73,4

Maranhao Região Nordeste Região Norte Região C‐O Região Sudeste Região Sul

Resultados em 2010 Variação entre 2000 e 2010 Brasil

TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL

EVOLUÇÃO

SÃO LUÍS APRESENTOU CRESCIMENTO NA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL, DESDE 2009, EM OPOSIÇÃO AO COMPORTAMENTO DO

PAÍS NO PERÍODO. A RECOMENDAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE É QUE HAJA ATÉ 10 MORTES PARA CADA MIL

NASCIDOS VIVOS

48Nota: Número de óbitos em menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano consideradoFonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde

16,8%16,5%

15,5%16,0%

18,0%

15,7%15,0% 14,8%

13,9%13,5%

2007 2008 2009 2010 2011

São Luís Brasil

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ÓBITO MATERNO POR CAUSAS OBSTETRÍCIAS

EVOLUÇÃO

EM SÃO LUÍS, SETE EM CADA DEZ ÓBITOS DE MULHERES GRÁVIDAS SÃO DECORRENTES DE CAUSAS LIGADAS

EXCLUSIVAMENTE À MATERNIDADE. HOUVE INCREMENTO NESTA PARCELA ENTRE 2008 E 2010

49

91,7%

78,6%73,3%

80,0%

60,0%

70,4%75,2% 73,5%

70,9% 71,8%

71,1%

66,7%

2000 2002 2004 2006 2008 2010

São Luís Brasil

Nota: Óbitos que ocorrem por complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a união resultante dessas causasFonte: Ministério da Saúde – DataSUS

ÓBITO MATERNO POR CAUSAS OBSTETRÍCIAS

REFERENCIAL COMPARATIVO

A CAPITAL APRESENTA O TERCEIRO PIOR DESEMPENHO NESTE INDICADOR, EM RELAÇÃO AO COMPARATIVO, PORÉM COM MELHORA

NO PERÍODO OBSERVADO. O DESTAQUE É ARACAJU, COM A MENOR TAXA DE ÓBITOS MATERNOS POR CAUSAS DIRETAS E A MELHOR

REDUÇÃO NO INTERVALO ANALISADO

50

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

90,9%75,0% 70,4%

50,0% 44,4% 40,0% 36,4% 33,3% 33,3%

‐9,1% ‐9,6%

‐29,6%‐16,7%

‐27,0%‐36,5%

‐20,7%‐33,4%

‐60,0%

66,7%

Maceió Natal São Luís Recife Fortaleza Salvador Teresina João Pessoa Aracaju

Variação entre 1996 e 2010 Resultados em 2010 Brasil

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CONSULTAS DE PRÉ‐NATALVALOR ABSOLUTO

EM 2010, A MAIOR PARTE DOS NASCIDOS VIVOS EM SÃO LUÍS NÃO RECEBERAM ACOMPANHAMENTO PRÉ‐NATAL COMPLETO, OU

SEJA, PELO MENOS 7 CONSULTAS DURANTE A GRAVIDEZ. ALÉM DISSO, 2,5% DAS MULHERES NÃO REALIZARAM PRÉ‐NATAL

51

2,5%

55,1%

42,4%

2,4%

32,8%

64,8%

Nenhuma consulta 1 a 6 consultas 7 ou mais consultas

São Luís Brasil

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

CONSULTAS DE PRÉ‐NATALEVOLUÇÃO

CONSIDERANDO O PRÉ‐NATAL COMPLETO, SÃO LUÍS VEM SE DISTANCIANDO NEGATIVAMENTE DA MÉDIA BRASILEIRA NESTE

INDICADOR, COM PEQUENA MELHORA EM 2004, PORÉM SEM UMA TENDÊNCIA CONCRETA DE AVANÇO – APRESENTA DESEMPENHO

INFERIOR AO OBSERVADO EM 1996

52

45,5341,28

30,933,31

38,5934,8

37,8542,4

50,28 49,4545,97

49,14

59,34 60,94 62,1864,83

1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010

São Luís Brasil

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

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CONSULTAS DE PRÉ‐NATALREFERENCIAL COMPARATIVO

DENTRE AS CAPITAIS DO NORDESTE, SÃO LUÍS POSSUI O PIOR RESULTADO NO PROCESSO COMPLETO DE PRÉ‐NATAL. A REFERÊNCIA, NESTE CASO, É JOÃO PESSOA, COM 60% DAS GESTANTES ASSISTIDAS, AINDA ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA. O DESTAQUE É PARA A

EVOLUÇÃO NEGATIVA NO PERÍODO EM 6 DAS 9 CAPITAIS COMPARADAS

53

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

42,4 43,5649,56 50,89 52,1 55,07 57,06 58,64 60,19

‐3,13 ‐11,2 ‐12,6‐4,9

7,06

12,18

‐15,02

8,32

‐4,35

64,83

São Luís Fortaleza Maceió Salvador Teresina Natal Aracaju Recife João Pessoa

Variação entre 1996 e 2010 Resultados em 2010 Brasil

PROGRAMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

EVOLUÇÃO

QUASE METADE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA POSSUI ACESSO À ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA. ENTRETANTO, SÃO LUÍS POSSUI

APENAS 29,2% DE SEUS CIDADÃOS CADASTRADOS, ALÉM DE TER TIDO QUEDA NESTE INDICADOR DESDE 2009

54

35,7%37,9% 39,3%

32,8%29,2%

47,0%48,9% 49,9%

52,3%49,2%

2007 2008 2009 2010 2011

São Luís Brasil

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

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PROGRAMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

REFERENCIAL COMPARATIVO

A CAPITAL TEM ÍNDICE MUITO ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA. OS DESTAQUES SÃO ARACAJU E TERESINA NO ÍNDICE DE COBERTURA

TOTAL, ALÉM DE FORTALEZA TER APRESENTADO A MAIOR ELEVAÇÃO NESTE INDICADOR, COM AUMENTO DE 21% NO PERÍODO

ESTUDADO

55

Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS

13,68%26,64% 27,51% 29,16%

38,04%

58,22%

76,77% 79,73% 82,48%

‐0,70%‐19,3%

1,75%

‐6,49%

21,1%5,37%

‐13,06%‐8,83%

3,22%

49,20%

Salvador Natal Maceió São Luís Fortaleza Recife João Pessoa Aracaju Teresina

Variação entre 2007 e 2011 Resultados em 2011 Brasil

LEITOS HOSPITALARES

EVOLUÇÃO

A PROPORÇÃO DE LEITOS HOSPITALARES VEM SENDO REDUZIDA NOS ÚLTIMOS ANOS, INCLUSIVE NO BRASIL. A POPULAÇÃO CRESCEU

17% EM SÃO LUÍS, ANTE UMA REDUÇÃO DE 29% NA OFERTA NO MESMO PERÍODO, INDICANDO UMA POSSÍVEL MUDANÇA NOS

PADRÕES DE UTILIZAÇÃO OU REDUÇÃO NA ASSISTÊNCIA COM SUPORTE DE LEITOS

56

6,726,33

5,75,37

4,38

3,87 3,99 3,823,32 3,2 3,05 2,88

2,65 2,48 2,46 2,42

1994 1996 1998 2000 2002 2006 2008 2010

São Luís Brasil

Nota: leitos por habitanteFonte: Ministério da Saúde – DataSUS

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ÓBITOS POR ARMA DE FOGOEVOLUÇÃO

SÃO LUÍS APRESENTOU CRESCIMENTO NESTE INDICADOR DE 214% NA ÚLTIMA DÉCADA. EM 2010 HAVIA 31 

ÓBITOS POR ARMAS DE FOGO A CADA 100 MIL HABITANTES, VALOR 52% SUPERIOR À MÉDIA NACIONAL

57Nota: Número de óbitos de pessoas por armas de fogo, por cem mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.Fonte: DataSUS

9,9 10,6

15,6 15,5

25,0

31,1

20,6 21,7 20,7 20,0 20,4 20,4

2000 2002 2004 2006 2008 2010

São Luís Brasil

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