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Atualização Dezembro2008 BTI AFRO série I n. 1 Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca Rua Leopoldo Bulhões, 1480, sala 302, Manguinhos - Rio de Janeiro, RJ – 21041-210 Telefones: (21) 2598-2541 R: 2542/2720/2270-2116 Telefax. 2290-0484 E-mail: [email protected] 1 AFRO AFRO AFRO AFRO Boletim T T T Técnico Internacional => 2008 A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DESENVOLVIDA PELA DESENVOLVIDA PELA DESENVOLVIDA PELA DESENVOLVIDA PELA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ COM A COM A COM A COM A ÁFRICA ÁFRICA ÁFRICA ÁFRICA Este Boletim é uma iniciativa da Assessoria de Cooperação Internacional da ENSP, visando à publicação de informações referentes às cooperações técnicas executadas entre a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), e os países do continente africano, no Portal Institucional. A Cooperação Sul-Sul se dá entre países em desenvolvimento, com o objetivo de aprofundar as relações e estreitar laços políticos e econômicos. Segundo a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), que integra a estrutura do Ministério das Relações Exteriores, a cooperação técnica internacional pode ser entendida como um importante instrumento de desenvolvimento, capaz de ajudar um país a promover mudanças estruturais nos seus sistemas produtivos, como

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Atualização Dezembro2008 BTI AFRO série I n. 1

Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

Rua Leopoldo Bulhões, 1480, sala 302, Manguinhos - Rio de Janeiro, RJ – 21041-210

Telefones: (21) 2598-2541 R: 2542/2720/2270-2116 Telefax. 2290-0484 E-mail: [email protected]

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AFROAFROAFROAFRO BBBBoletim T T T Técnico IIIInternacional => 2008

A COOPERAÇÃO INTERNACIONALA COOPERAÇÃO INTERNACIONALA COOPERAÇÃO INTERNACIONALA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

DESENVOLVIDA PELADESENVOLVIDA PELADESENVOLVIDA PELADESENVOLVIDA PELA

ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCAESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCAESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCAESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA

DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZDA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZDA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZDA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

COM ACOM ACOM ACOM A

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Este Boletim é uma iniciativa da Assessoria de Cooperação Internacional da ENSP,

visando à publicação de informações referentes às cooperações técnicas executadas entre a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz),

e os países do continente africano, no Portal Institucional.

A Cooperação Sul-Sul se dá entre países em desenvolvimento, com o objetivo de aprofundar as relações e estreitar laços políticos e econômicos. Segundo a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), que integra a estrutura do Ministério das

Relações Exteriores, a cooperação técnica internacional pode ser entendida como um importante instrumento de desenvolvimento, capaz de ajudar um país a promover mudanças estruturais nos seus sistemas produtivos, como

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forma de superar restrições que tolhem seu natural crescimento.

Programas implementados nesse contexto permitem transferir conhecimentos, experiências de sucesso e sofisticados equipamentos que contribuem para a formação de recursos humanos e para o fortalecimento de instituições do país receptor, possibilitando um salto qualitativo de caráter duradouro e estruturante.

É por meio de programas e projetos de cooperação que o Brasil transfere experiências e conhecimentos técnicos para outros países, de forma não-comercial, por abranger atividades de consultoria, formação de técnicos e multiplicadores, treinamento e transferências de tecnologia/conhecimento e, em casos específicos, aquisição de equipamentos.

Em fins de 2007, o documento Mais Saúde do Ministério da Saúde apresentou claramente os objetivos estratégicos da política externa brasileira no campo da saúde: 1) Fortalecer a cooperação técnica, bilateral/multilateral em saúde, com ênfase nos países da América do Sul, América Central, Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e África; 2) Contribuir para uma maior presença do Brasil nos organismos internacionais e multilaterais; 3) Contribuir para a integração regional.

A Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde trabalha com o objetivo de potencializar o aproveitamento das ações internacionais demandadas pela Agência Brasileira de Cooperação Internacional, que tanto vêm da demanda de outros países quanto da política externa brasileira. Essas demandas variam de acordo com a área geográfica e com as necessidades de cada país. A África, por ser a região do planeta mais carente na área de saúde, vem sendo prioritária para o governo brasileiro, ao mesmo tempo em que intensifica a cooperação com países da América Latina e Caribe.

A cooperação técnica da Fiocruz com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) vem sendo desenvolvida desde a década de 80 e assumiu caráter prioritário a partir do II Encontro de Ministros de Saúde dos PALOP, realizado na Fiocruz em 1994. A base da cooperação é a formação e o treinamento de recursos humanos em saúde pública, na medicina tropical e nas ciências biológicas. A cada ano, aumentam o número de alunos africanos e o número de projetos, envolvendo crescentemente as Unidades da Instituição em diferentes áreas de atuação.

Para incrementar a capacidade de pesquisa conjunta, investe-se também no apoio à estruturação e capacitação dos Institutos Nacionais de Saúde dos PALOP, acreditando no seu lema de melhoria da qualidade de vida e saúde das populações. O governo brasileiro mantém vários projetos de cooperação com os PALOP e Timor Leste, especialmente na área de capacitação de recursos humanos em saúde. A fim de maximizar os esforços empreendidos nessa área, os estados-membros decidiram, por ocasião da II Conferência de Chefes de Estado e de Governo, em 1998, eleger a educação como área prioritária para a cooperação no âmbito da CPLP. Em 2007, a CPLP reconheceu a Fundação Oswaldo Cruz como observador consultivo, tornando-se, portanto, membro-consultor permanente da CPLP para a área da saúde, o que coloca a Instituição em um patamar privilegiado de interlocução em projetos conjuntos com as agências internacionais.

A Fundação Oswaldo Cruz, cuja política institucional no campo da cooperação internacional objetiva fortalecer os intercâmbios alinhados com a política externa brasileira, de acordo com seu Plano Quadrienal 2005-2008, foi convidada pelo Itamaraty para colaborar com a política externa para os PALOP na área da saúde e vem desenvolvendo um crescente esforço de cooperação técnica. Inicialmente, teve o apoio da Agência Japonesa de Cooperação (JICA). Posteriormente, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Treinamentos de profissionais de países da África foram realizados no Brasil. Segundo a Agência Brasileira de Cooperação, de 25 alunos africanos recebidos na Fiocruz na década de 1990, passou-se a 141 nos primeiros cinco anos dessa década.

Uma das principais diretrizes da atual gestão da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), que está sob a direção de Antônio Ivo de Carvalho, é a consolidação da Assessoria de Cooperação Internacional (ACI/ENSP) e a conseqüente ampliação das ações que visam ao

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intercâmbio de experiências na área de saúde coletiva com outros países e instituições por meio da formulação de acordos e projetos em comum, desenvolvidos conforme as diretrizes governamentais e em consonância com a política estratégica institucional da Fiocruz.

A implantação da Assessoria de Cooperação Internacional da ENSP (ACI/ENSP), em 2006, foi tema de um trabalho, apresentado pela coordenadora do setor, Maria Eneida de Almeida, no IV Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (Salvador, 2007). Em linhas gerais, a Assessoria busca fortalecer a política institucional da Escola no campo da cooperação técnico-científica internacional, sobretudo, na articulação entre as atividades internacionais desenvolvidas pela ENSP em alinhamento à política estratégica da ACI-Fiocruz.

Desta forma, a proposta fundamental é a especialização e o aperfeiçoamento da atuação técnica e política deste setor – em fase de construção – mediante ações voltadas para a identificação de problemas na busca de soluções e, assim, contribuir para avanços no campo internacional da Escola.

Em 07 de dezembro de 2007, a Presidência da Fiocruz organizou o I Seminário Brasil-África, com apoio da Câmara Técnica de Cooperação Internacional da Fiocruz. Foram convidados representantes do Ministério da Saúde, Ministério de Relações Exteriores, da Agência Brasileira de Cooperação, bem como representações diplomáticas dos países da CPLP e de outras instituições nacionais. O foco foi discutir a cooperação da Fiocruz com os países africanos, quando analisadas as diversas possibilidades de linhas de cooperação conjunta apoiadas pelas principais agências presentes: A Fiocruz e a cooperação internacional em saúde, A África e a saúde na política externa brasileira, A cooperação da Fiocruz na África, do ponto de vista externo à instituição (como o da Capes, CNPq e da Petrobras Internacional) e As expectativas dos países africanos (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique) quanto à cooperação internacional em saúde com o Brasil.

Neste momento, foi reafirmada a proposição de que a cooperação com a África é uma prioridade do governo brasileiro e também a iniciativa de instalar, a partir de 2008, um escritório da instituição na África.

A ENSP constituiu um Grupo de Trabalho (GT ÁFRICA), por meio da Portaria GD-ENSP 063, de 26 de dezembro de 2007, com o objetivo de

coordenar as atividades de cooperação técnica com os países africanos. As atribuições elencadas foram: 1) Levantar as atividades de docência e pesquisa desenvolvidas pela ENSP com os países africanos; 2) Propor um plano de atividades em conformidade com o Plano Fiocruz de cooperação com tais países.

Entre 02 e 07 de março, em Kampala, Uganda, foi realizado o Fórum on Human Resources for Health, com o propósito fundamental de elaborar um plano de ação mundial para tentar reduzir os problemas de saúde do continente africano, além de reforçar a importância dos cuidados primários com a saúde. A ENSP foi representada pela pesquisadora do Daps, Maria Helena Machado, que abordou as atividades da Escola em toda a região e a necessidade dos países reforçarem seus cuidados primários de saúde. De acordo com a OMS, a ampliação da cobertura dos serviços de saúde trata de um fator fundamental para o cumprimento das metas dos Objetivos do Milênio, lançados pela ONU em 2000. Na África, que sofre com problemas de infra-estrutura e recursos humanos, aprimorar a gestão é muito importante, pois o processo de absorção de recursos financeiros e outros – além de saber usá-los de forma eficaz para melhorar a prestação de serviços em geral – busca alcançar resultados mensuráveis. Estes são pontos-chave do evento.

Em 12 de março de 2008, a Presidência da Fiocruz organizou o II Seminário Brasil-África com o intuito de manter um encontro sistemático para o intercâmbio de experiências, utilizando as iniciativas implementadas, e para o planejamento das ações com os PALOP nos campos do Ensino, Pesquisa, Produção e Serviços de Referência em 2008.

Foi proposta, como continuidade deste encontro institucional, a realização do III Seminário Brasil-África em junho de 2008. Neste período de três meses, ficaram duas tarefas a serem desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho (GT ÁFRICA) no âmbito da Fiocruz: o entrecruzamento das ofertas das Unidades Técnico-Científicas da Fiocruz, por país; e a organização da Rede de Educação de Saúde Pública em AFRO, com a proposição de estimular a rede de instituições estruturantes no campo da Educação em Saúde Pública em AFRO, cuja tese da cooperação, segundo Dr. Paulo Buss, presidente da Fiocruz, deve ser: “Estimular a constituição de uma rede de instituições estruturantes no campo da Educação em Saúde Pública”.

O VII Congresso Brasileiro de Epidemiologia e XVIII Congresso Mundial de Epidemiologia teve

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como destaque a sessão “Saúde na África”, coordenada pelo Presidente da Fiocruz e da Federação Mundial de Associações de Saúde Pública, Paulo Buss, reunindo ministros da Saúde

dos países da CPLP, marcando a construção do processo de cooperação internacional em saúde, com os países de língua portuguesa e origens comuns.

O Brasil deu início à transferência de tecnologia para a África, contra a AIDS, com a doação de uma fábrica de anti-retrovirais. Com a medida, o Brasil se vale da experiência na área para contribuir com a redução da mortalidade relacionada à doença e melhorar a qualidade de vida dis portadores do vírus.

O intercâmbio entre a FIOCRUZ e os países da África vem se dando há mais de dez anos, mas tem se intensificado de forma considerável desde 2006. Em 17 de outubro de 2008 foi inaugurado

oficialmente o Escritório da FIOCRUZ na África, com sede em Maputo/Moçambique. A responsável pela implantação foi a pesquisadora do DAPS/ENSP/FIOCRUZ, Célia Almeida, proporcionando uma maior articulação entre os projetos de cooperação em saúde desenvolvidos pela instituição e os países integrantes da CPLP.

Os países da África com os quais a ENSP/Fiocruz tem cooperado, por meio de convênios, acordos ou projetos de pesquisadores, são: África do Sul,

Angola, Cabo Verde, Etiópia, Guiné-Bissau, Moçambique, Marrocos, Nigéria São Tomé e Príncipe, Zâmbia.

As principais demandas temáticas encaminhadas à ENSP são para a Formação de Recursos Humanos para a Gestão, para Pesquisa e Docência, Assistência em Saúde Pública, Apoio para Constituição de Escola de Saúde Pública Nacional, Educação a Distância/EAD, DST/HIV/AIDS, Radiologia, Saúde do Trabalhador.

No mês de agosto de 2008, o diretor da ENSP/FIOCRUZ foi à Missão da FIOCRUZ à Guiné Bissau para discutir estratégias para criação de Escola de Saúde Pública para o nível técnico e pós-graduação integrada ao Instituto Nacional de Saúde Pública, junto com Félix Rosemberg/DIPLAN, diretor de planejamento da Fundação e André Malhão/EPSJV, diretor da Escola Politécnica. O país sofre de carência total de recursos humanos para trabalhar no campo da saúde pública.

Neste sentido, a elaboração deste Boletim Técnico Internacional (BTI-AFRO), pretende captar a abrangência de todas as cooperações da ENSP com países do continente africano, tendo o propósito específico de informar as ações políticas e atividades técnicas concluídas, em andamento e em julgamento, para compartilhar com a comunidade ENSP/Fiocruz, que vem se esforçando para o sucesso técnico-político do continente há vários anos.

Um traço marcante da atuação internacional da ENSP/FIOCRUZ é a participação de seus pesquisadores e funcionários em eventos fora do Brasil, levando o nome da instituição para diversos fóruns internacionais. A seguir, o número de afastamentos do país de pesquisadores da ENSP para país da região AFRO:

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Afastamentos de pesquisadores da ENSP por país -

AFRO

5

32

1 12

3

Angola

Etiopia

Cabo

Verde

Egito

Guiné-B

issau

Moça

mbi

que

Africa

do

Sul

Fonte: ACI/ENSP

Afastamentos de Pesquisadores da ENSP à

Países da Região AFRO - por meses - 2008

1

2

4

3

2

1 1

3

jane

iro

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mai

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ho

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Setem

bro

Outub

ro

Novem

bro

Dezem

bro

Fonte: ACI/ENSP

Este é o primeiro boletim. Porém, o mesmo procedimento será feito com as outras macrorregiões: AFRO – Região África; AMRO – Região América do Norte; EURO – Região Europa; EMRO – Região Eastern Mediterranean; PAHO – Região América Latina; SEARO – Região South-East Asian; WPRO – Região Western Pacific. Desta forma, será possível avançar nas demandas em vigor do Ministério da Saúde e nas da própria instituição, ao mesmo tempo em que se busca identificar, internamente, os problemas que porventura possam existir e, sobretudo, encontrar as soluções técnicas e políticas para o desenvolvimento dos processos de cooperação.

A responsabilidade institucional de colaborar com os países em questão tem um perfil de grande envergadura. A maior contribuição incide sobre a busca fundamental para a construção de ações particulares, com a intenção de que cada sistema de saúde encontre seus próprios modelos de gestão e de política institucional, com bases sólidas de conhecimento e condições substantivas de avanço local e desenvolvimento de processo.

CooperaçCooperaçCooperaçCooperação Técnica com ão Técnica com ão Técnica com ão Técnica com

Países de Língua Oficial PortuguesaPaíses de Língua Oficial PortuguesaPaíses de Língua Oficial PortuguesaPaíses de Língua Oficial Portuguesa

PALOP/CPLPPALOP/CPLPPALOP/CPLPPALOP/CPLP

Projetos e Atividades Projetos e Atividades Projetos e Atividades Projetos e Atividades ConcluídosConcluídosConcluídosConcluídos

1. Guiné Bissau1. Guiné Bissau1. Guiné Bissau1. Guiné Bissau

Em 1991, houve o primeiro curso da ENSP/Fiocruz no exterior – Curso de Especialização em Saúde Pública. Pelo fato de os dados serem quase inexistentes, considera-se válido deixar aqui seu registro.

Em 2007, desenvolvido projeto de pesquisa na Área de Radiologia Controle de Qualidade e

Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico, financiado pelo CNPq e sob coordenação geral de Ana Cecília Pedrosa (Cesteh/ENSP). A instituição envolvida foi a Universidade Federal de Pernambuco/UFPE. O projeto está concluído: a missão exploratória, base para avanços relacionados ao tema, está finalizada. Edital do CNPq está sendo aguardado para execução de desdobramentos propostos nesta primeira fase.

2. Moçambique2. Moçambique2. Moçambique2. Moçambique

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Em 2006, desenvolvido projeto de pesquisa Produção de Conhecimento e Movimentos Sociais na Saúde e Ambiente, com financiamento do CNPq, por meio do Programa de Cooperação em Matéria de Ciências Sociais/Edital 30/2006. Foi um acordo de cooperação técnica entre POR/MOÇ/BRA, sob coordenação geral de Marcelo Firpo – Cesteh/ENSP. Envolvidas as instituições: Centro de Ciências Sociais/Universidade de Coimbra/POR e Universidade Eduardo Mondlane/MOÇ. O projeto foi concluído com dois desdobramentos imediatos.

Entendido como uma missão exploratória, este projeto significou o primeiro passo para a identificação de temas comuns de pesquisa e o mapeamento de estratégias para aprofundar colaborações futuras entre os países. Nos últimos anos, o campo da saúde e ambiente vem se tornando um produtivo e inovador terreno de pesquisas em ciências sociais.

A evidência em relação ao assunto se dá pelo surgimento de novos atores, que se organizam em oferecer respostas a situações de vulnerabilidade social e ambiental decorrentes das desigualdades. A efetividade do projeto no Brasil acontece por meio de duas linhas de atuação: a relação com o movimento pela Justiça Ambiental no país, que já existe em forma de rede e envolve Ong’s, sindicatos e pesquisadores na luta contra a distribuição desigual e injusta dos riscos ambientais decorrentes do desenvolvimento econômico e os riscos relacionados às periferias urbanas, às favelas.

Realizou-se um projeto na região de Manguinhos, no entorno da Fiocruz, denominado Laboratório Territorial de Manguinhos, que desenvolveu a produção de conhecimento da área de Manguinhos a ser utilizado pela população, com a ação de profissionais da Fiocruz, dispensando uma atenção especial aos alunos de ensino médio da região.

O foco da Universidade de Coimbra é a produção de conhecimento voltado à cooperação norte-sul, e de que forma ciência e tecnologia podem agravar ou reverter as desigualdades, com ênfase no nosso projeto na saúde e no ambiente.

No caso da África, muitos problemas de saúde em Moçambique estão ligados a condições socioambientais. Diante da falta de recursos, há

toda uma preocupação em envolver a população na prevenção e cuidado à saúde, inclusive com medicinas alternativas. A importância desse trabalho está em compartilharmos e aprendermos com essas experiências, engajando a população na produção de conhecimento e na produção de políticas públicas.

3. Angola, Moçambique, São Tomé e 3. Angola, Moçambique, São Tomé e 3. Angola, Moçambique, São Tomé e 3. Angola, Moçambique, São Tomé e PríncipePríncipePríncipePríncipe, Guiné, Guiné, Guiné, Guiné---- Bissau e Cabo Verde. Bissau e Cabo Verde. Bissau e Cabo Verde. Bissau e Cabo Verde.

No período 1997-2000, foi desenvolvido o projeto Plano de Cooperação em Treinamento e Desenvolvimento de Tecnologias para Apoio aos CPS nos PALOP, com financiamento da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e do Fundo Perez Guerreiro e envolvidos todos os Ministérios da Saúde dos PALOP. A realização da Oficina de Trabalho sobre Cooperação Técnica para o Desenvolvimento de Recursos Humanos em Saúde entre a Fiocruz e os PALOP marcou o encerramento do projeto. O Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) efetuou um projeto de intercâmbio científico e tecnológico que possibilitou a transferência de tecnologia japonesa e a troca de experiências entre os dois países quanto à avaliação de ambientes e processos de trabalho. Durante este período, profissionais da ENSP estiveram no Japão para conhecer e assimilar metodologias de avaliação ambiental e biológica na exposição a substâncias químicas. Partilhando deste mesmo objetivo, peritos japoneses compareceram à ENSP organizando cursos e palestras. O projeto possibilitou a estruturação de vários setores no Cesteh, com a aquisição de equipamentos, especialmente no Laboratório e Ambulatório, destacando-se os setores de pneumologia, particulados e fibras, metais e exaustão e ventilação.

4. Angola, Moçambique4. Angola, Moçambique4. Angola, Moçambique4. Angola, Moçambique, São Tomé e , São Tomé e , São Tomé e , São Tomé e Príncipe, Guiné Príncipe, Guiné Príncipe, Guiné Príncipe, Guiné ---- Bissau, Cabo Verde e Bissau, Cabo Verde e Bissau, Cabo Verde e Bissau, Cabo Verde e Timor LesteTimor LesteTimor LesteTimor Leste

No período 2001-2005, a Associação Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) financiou 02 projetos de Cooperação Triangular para Formação de Recursos Humanos dos PALOP mais Timor Leste na Fiocruz – multiplicação de multiplicadores, em articulação com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

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Formaram-se mais de 60 alunos no projeto Capacitação de Recursos Humanos em Saúde do Trabalhador, com a realização de cinco cursos iguais, pelo Cesteh/ENSP, capacitando em quatro áreas da Saúde Pública: planejamento, epidemiologia, saúde mental e administração hospitalar - grau de implantação de 75%; e no Projeto Formação de Tutores para Capacitação em EAD para Recursos Humanos em Saúde, com a realização de cinco cursos diferentes em saúde do trabalhador pelo EAD/ENSP - 100% de implantação.

Dando continuidade a este intercâmbio, apoiado pela ACI-Fiocruz e ABC/MRE, foi desenvolvido o Curso Internacional sobre Saúde do Trabalhador com o objetivo de capacitar profissionais para realizar estudos e tecnologias que contribuam para identificação, avaliação e controle das condições de trabalho e colaborar para consolidação da área de saúde do trabalhador nos diversos países participantes.

Esse Curso, no âmbito do Programa de Treinamento para Terceiros Países (TCTP), teve cinco edições entre 2001 e 2005, sendo destinado a profissionais dos países da América Latina e PALOP. Contou com a participação de representantes de: Angola, Guiné - Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

5. Angola, Moçambique, São Tomé e 5. Angola, Moçambique, São Tomé e 5. Angola, Moçambique, São Tomé e 5. Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné Príncipe, Guiné Príncipe, Guiné Príncipe, Guiné ---- Bissau, Ca Bissau, Ca Bissau, Ca Bissau, Cabo Verde e bo Verde e bo Verde e bo Verde e Timor LesteTimor LesteTimor LesteTimor Leste

Iniciado em 2002, o projeto de Apoio à Capacitação de Recursos Humanos em Saúde nos PALOP é vinculado à ENSP e ao Politécnico, sendo financiado pela JICA e CPLP. O propósito é qualificar docentes em saúde pública com ênfase nas áreas de gestão, vigilância epidemiológica e administração hospitalar, em consonância com o apoio ao desenvolvimento dos Estados Membros, e desenvolver o processo de formação profissional em saúde pública em diferentes níveis, apoiando a criação de núcleos e escolas locais de saúde pública nos PALOP.

Os núcleos devem, a partir de oficinas curriculares, desenvolver cursos de saúde pública presencial para Angola e Moçambique, e na modalidade a distância para Cabo Verde, Guiné - Bissau, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste.

Esse projeto sofreu remanejamento de acordo com as prioridades e possibilidades de alteração que ocorreram ao longo do processo de desenvolvimento. O material instrucional, relativo às oficinas curriculares realizadas, foi elaborado e, no momento, aguardamos a impressão pela CPLP.

Projetos e Atividades Projetos e Atividades Projetos e Atividades Projetos e Atividades em Andamentoem Andamentoem Andamentoem Andamento

1. Angola1. Angola1. Angola1. Angola

A partir da missão da Fiocruz à Angola, em novembro de 2005, o projeto de Apoio ao Curso de Mestrado em Saúde Pública de Angola vem sendo implementado. Desta forma, reforça-se a possibilidade de instalação da Escola de Saúde Pública/ESP em Luanda. Esse projeto, desenvolvido pela ENSP, Politécnico e CICT, conta com apoio e financiamento da CAPES e da Agência Brasileira de Cooperação. O curso foi inaugurado em maio/2007, e a ENSP realiza atividades docentes de acordo com o Plano de Trabalho do Curso.

A finalidade do projeto é a constituição da Escola Nacional de Saúde Pública, com pontos focais: formação de docentes, pesquisadores e profissionais de saúde em Angola, na área de saúde coletiva; apoio na formação de uma Rede de Bibliotecas em saúde. As instituições envolvidas são os Ministérios da Saúde de Angola e do Brasil.

Em maio de 2007, foi inaugurado o curso de mestrado sob a coordenação dos pesquisadores Joyce Mendes de Andrade Schramm, José Inácio Jardim Motta e Marismary Horsth de Seta. De lá para cá, a ENSP realiza atividades docentes conforme o Plano de Trabalho do Curso.

O local do curso é o Complexo de Ciências da Saúde em Luanda. A duração é de 24 meses, sendo 12 meses referentes à parte teórica. A turma é composta de um total de 30 alunos, que estão em fase de elaboração de seus projetos de pesquisa para a qualificação.

Também se encontra em desenvolvimento, desde 2007, o projeto de Capacitação do Sistema de Saúde de Angola. Instituições envolvidas: Ministérios da Saúde dos países. Área de Atuação: Ensino em Saúde Pública. Monitoramento: A ENSP realiza atividades docentes de acordo com o Plano de Trabalho do Curso. Os pesquisadores responsáveis são

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Marismary de Seta, Joyce Andrade e Inácio Jardim Mota.

2. Moçambique2. Moçambique2. Moçambique2. Moçambique Em 2007, com financiamento da ABC e da Associação Internacional dos Institutos Nacionais de Saúde (Ianphi), a Fiocruz iniciou o projeto de Apoio ao Instituto Nacional de Saúde em Moçambique, a partir da criação de um curso de Mestrado em Laboratórios de Saúde Pública. O projeto é apoiado pela ENSP, IOC, Politécnico e CICT, e cooperará com a estruturação do Instituto Nacional de Saúde de Maputo, com suporte técnico e acadêmico para melhoria dos seus laboratórios de referência. As aulas iniciaram em abril/2008.

Desde 2002, a ENSP é parceira da CDC/GAP Brasil na formação de recursos humanos, desenvolvimento de pesquisa aplicada e transferência de tecnologia, especialmente na área de monitoramento e avaliação (M&A). Essa parceria possibilitou, entre outras coisas, o desenvolvimento do grupo de avaliação de programas de controle de processos endêmicos do Densp/ENSP; a institucionalização das ações de M&A no Programa Nacional de DST/AIDS; e o desenvolvimento do Curso de Especialização em Avaliação de Programas de Controle de Processos Endêmicos com ênfase em DST/HIV/Aids. O curso, que tem desdobramento para o mestrado profissional, é uma das vertentes da parceria entre a Escola, o Programa Nacional DST e AIDS/SVS/MS, o CDC/GAP Brasil e a Universidade de Tulene/Nova Orleans/EUA.

Para realização de diversas atividades no âmbito do Programa Nacional de Luta/PNL contra a SDT-HIV-AIDS, a ENSP tem participado de diversas missões na África com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação. Profissionais estiveram em Moçambique e na Etiópia – este não faz parte dos PALOP – para formação de recursos humanos. As instituições envolvidas são os Ministérios da Saúde dos países.

Ainda em Moçambique, no ano de 2005, foi efetuada a avaliação do programa de aconselhamento e a testagem voluntária do programa nacional de combate a ITS/HIV/SIDA de Moçambique, com a participação de Marly Cruz do Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas Regionais do Departamento de

Endemias Samuel Pessoa (Laser/Densp/Fiocruz).

Em outubro de 2007, houve a reavaliação do potencial da ENSP para uma possível ampliação da parceria já existente entre a Escola, o Centers for Disease Control and Prevention, por meio do Global Aids Program do Brasil (CDC/GAP Brasil) e o Programa Nacional de DST/AIDS. Isto motivou a realização de uma reunião do assessor do CDC/GAP Atlanta, Tadesse Wuhid, o representante do CDC/GAP Brasil, Aristides Barbosa Junior, da coordenadora interina do Laser (Densp/ENSP), Marly Cruz com a pesquisadora do Densp, Sheila Mendonça, que representou o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, e o chefe do Departamento, Luciano Toledo. Uma das propostas discutidas no encontro foi um acordo de cooperação para viabilizar o desenvolvimento de projetos e a transferência de tecnologia na área de monitoramento e avaliação (M&A) e outras áreas afins, particularmente na formação de recursos humanos de programas de HIV/AIDS de países africanos de língua portuguesa, em especial, Angola e Moçambique.

De acordo com Wuhib, a colaboração e a articulação entre os países é um ponto fundamental. É preciso discutir questões relacionadas ao treinamento e à preparação de pessoal nas áreas de laboratório com o planejamento e o desenvolvimento de infra-estrutura adequada às necessidades, e devemos elaborar treinamento de pessoal de saúde em todos os níveis de formação. Destaca-se a importância de se conhecer melhor a forma com que os programas de atenção, voltados para as pessoas que vivem com HIV e para os doentes e portadores de AIDS, estão sendo implementados nesses países e como esses indivíduos vêm sendo tratados.

3. África e América Latina3. África e América Latina3. África e América Latina3. África e América Latina

Com o objetivo de avaliar o desenvolvimento e dar continuidade ao projeto de parceria, cujo foco é a ampliação da assistência a pessoas com HIV/Aids, inclusive no que diz respeito ao acesso a medicamentos na América Latina e África, o projeto Cooperação Técnica para Drogas Essenciais e Medicamentos Essenciais // Rede Global sobre Financiamento da Atenção às Pessoas com HIV/Aids está sendo desenvolvido, desde 2001, sob a coordenação geral de Maria

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Auxiliadora de Oliveira NAF/DCB. As instituições envolvidas são – Programa Conjunto das

Nações Unidas sobre HIV/AIDS – Unaids/ONU/OMS e Ministério de Assuntos Estrangeiros da França.

4. ePORTUG4. ePORTUG4. ePORTUG4. ePORTUGUESe UESe UESe UESe

www.who.int/eportuguese/en

ePORTUGUESe é uma rede de informações em saúde. Sua missão é estabelecer e manter uma aliança entre instituições de saúde nos países-membros da OMS de língua portuguesa para promover, apoiar, gerar, administrar, compartilhar e usar o conhecimento, por meio de todos os meios de informação necessários, a fim de fortalecer os sistemas de saúde nestes países. Os objetivos são: 1) melhorar o acesso às informações em saúde disponíveis em português; 2) promover a transformação da informação em saúde em conhecimento e traduzir este conhecimento em ações que fortaleçam os sistemas locais de saúde e melhorem o desempenho dos países pelo desenvolvimento de bibliotecas virtuais em saúde; uso do portal Hinari; bibliotecas azuis, capacitação e treinamento de recursos humanos, ensino a distância, entre outros; 3) criar uma comunidade de saúde forte, no idioma português, que possibilite o intercâmbio da informação e o fomento à discussão, assim como facilite a criação, disseminação, aplicação, avaliação e melhoramento de novos conhecimentos; 4) contribuir com os esforços da OMS para promover o multilingüismo entre os Estados Membros; 5) fortalecer e divulgar a produção de conhecimento em português.

Essa é uma iniciativa desenhada para os oito países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. São dois os principais resultados esperados: melhorar o acesso, intercâmbio e a utilização da informação e do conhecimento em português; e desenvolver a Biblioteca Virtual em Saúde/BVS em cada um destes países.

A ENSP tem parceria com esta iniciativa e, desde 2007, apresenta o link no Portal Institucional.

5. UNITAID/OMS5. UNITAID/OMS5. UNITAID/OMS5. UNITAID/OMS

Esse é um Fundo criado em 2006, por iniciativa do Chile, Brasil, França, Reino Unido e Noruega

– o Fundo Internacional para compra de medicamentos, com apoio da Central

Internacional para a Compra de

Medicamentos contra Aids – UNITAID/OMS. O objetivo é a mobilização de parte dos recursos gerados pela globalização para beneficiar o desenvolvimento. No plano atual, 53 países receberão medicamentos para assistência contra HIV-Aids; 58 países contra Tuberculose; 22 contra Malária.

O plano é ampliar o número de países receptores dos benefícios. Desde fevereiro de 2007, esse Fundo está sob coordenação de Jorge Bermudez, pesquisador da ENSP; ex-diretor da ENSP; e secretário executivo da UNITAID. Alguns resultados: 100 mil crianças estão sob tratamento para HIV/Aids; 65 mil pacientes em tratamento com anti-retrovirais de segunda linha; 12 milhões de novos tratamentos para a malária; 6,5 mil pacientes em tratamento para TB multi-resistente e 150 mil novas crianças em tratamento para TB.

Projetos em JulgamentoProjetos em JulgamentoProjetos em JulgamentoProjetos em Julgamento

1. Desdobrame1. Desdobrame1. Desdobrame1. Desdobramento 1 nto 1 nto 1 nto 1 de projeto Produção de Conhecimento e Movimentos Sociais na Saúde e Ambiente – POR/MOÇ/BRA.

Projeto em fase de avaliação - 2008 Coordenação Geral: Marcelo Firpo – Cesteh/ENSP. Instituições envolvidas: Centro de Estudos Sociais/Universidade de Coimbra/POR – Universidade Eduardo Mondlane/MOÇ – ENSP/Fiocruz. Países envolvidos: abrangência de vários países, a partir dos já envolvidos no projeto original. Financiamento: União Européia/UE – em julgamento. 2. Desdobramento 22. Desdobramento 22. Desdobramento 22. Desdobramento 2 de projeto Produção de Conhecimento e Movimentos Sociais na Saúde e Ambiente – POR/MOÇ/BRA. Convênio em fase de assinatura – 2008 (Presidente da Fiocruz já assinou, e o documento foi enviado a Portugal para assinatura da outra parte) Coordenação Geral: Marcelo Firpo – Cesteh/ENSP Instituições envolvidas: Centro de Estudos Sociais/Universidade de Coimbra/POR – ENSP/Fiocruz/BRA

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Finalidade: Intercâmbio de docentes e alunos, com foco em consultorias e acompanhamento de 2 projetos de pesquisa em andamento: 1) Observatório Transatlântico de Vulnerabilidades Sociais; 2) ResIST – Researching Inequality through Science and Technology.

Um projeto de investigação financiado pela Comissão Européia, conseqüência da parceria entre a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, foi objeto de um Workshop voltado para a região da América Latina e Caribe, entre os dias 17 a 20 de janeiro de 2007. O encontro, cujo tema tratou sobre o projeto Researching Inequality through Science and Technolog (ResIST), busca compreender como a Ciência e Tecnologia podem contribuir para a mitigação ou para o aprofundamento das desigualdades.

O objetivo central do projeto, fruto da parceria entre a ENSP e UC, é a compreensão do modo como Ciência e Tecnologia podem contribuir para a diminuição ou para o aprofundamento das desigualdades. O ResIST pretende envolver políticos e especialistas interessados nas questões visadas pelo projeto em três regiões mundiais representativas: Europa, África do Sul e América Latina/Caribe, como forma privilegiada de discutir e implementar alternativas para enfrentar os problemas identificados ao longo do projeto.

Para este workshop está prevista a participação de vários pesquisadores de universidades estrangeiras, do secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia, Aniceto Weber, do vice-diretor da Escola Nacional de Saúde Pública, Pedro Barbosa, do pesquisador da ENSP/Fiocruz, Marcelo Firpo, e de pesquisadores do Cict/Fiocruz e da Escola

Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz (EPSJV/Fiocruz), que irão discutir temas como justiça ambiental, nanotecnologia e agricultura na região. Para apresentar e debater o tema específico da saúde em sua relação com as desigualdades, Alberto Pellegrini, da Comissão de Determinantes Sociais em Saúde, fará uma apresentação no dia 19.

O ResIST envolve diversas instituições parceiras: University of Oxford - Reino Unido; University of Leeds - Reino Unido; Institute for Studies in Innovation, Research and Education, NIFU STEP - Noruega; Universiteit van Amsterdam - Holanda; University of Malta - Malta; Ortadogu Teknopark A.S. - Turquia; Universidade Eduardo Mondelane - Moçambique; Stellenbosh University - África do Sul; Fraunhofer - Gesellschaft zur Foerderung der angewandten Forschung e.V .- Alemanha; The Technology Policy and Assessment Center, Georgia Institute of Technology - Estados Unidos da América e Centro de Estudos sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra - Portugal.

3. Edital JICA3. Edital JICA3. Edital JICA3. Edital JICA Em 2007, a Agência Brasileira de Cooperação – ABC/MRE – divulgou a convocação para apresentação de propostas de projetos para o Programa de Cooperação Técnica Brasil-Japão, coordenado pela ABC e pela JICA. O Cesteh/ENSP/Fiocruz elaborou e enviou o projeto Proposta de Projeto de Cooperação Técnica - Implantação de tecnologias para avaliação da exposição a substâncias químicas no Cesteh/ENSP/Fiocruz.. A divulgação dos projetos aprovados aconteceu em maio de 2008.

Visitas RecebidasVisitas RecebidasVisitas RecebidasVisitas Recebidas

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPESÃO TOMÉ E PRÍNCIPESÃO TOMÉ E PRÍNCIPESÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Missão de Prospecção em 01 de agosto de 2007, com o ministro da Saúde, Dr. Arlindo Vicente de A. Carvalho, e sua comitiva: Juliana Nobre dos

Ramos/diretora de Gabinete do Ministro/MS; Anastácio S.P. Menezes/diretor do Plano, Administração e Finanças/MS; e Camélia Barros/conselheira técnica /MS. Objetivo: Constituição de Escola Nacional de Saúde Pública. Grau de avanço: A ENSP está aguardando visita técnica.

Em pauta, foi discutida cooperação entre as instituições no planejamento do sistema de saúde daquele país. O diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, recebeu o ministro Arlindo Vicente de

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Assunção Carvalho, ex-aluno de mestrado da Escola, cuja dissertação foi apresentada em fevereiro de 2005. Três assessores técnicos completavam a delegação africana. A visita faz parte da cooperação Sul-Sul, que tem a finalidade de promover o desenvolvimento local, principalmente entre o Brasil e países africanos de língua portuguesa.

São Tomé e Príncipe possui 150 mil habitantes e realiza quase sete mil partos por ano. Os principais problemas endêmicos são: câncer, diabetes, hipertensão, HIV e malária. Apesar de esta última estar controlada, é temido um retrocesso por conta da falta de sustentabilidade do programa. Recursos do Banco Mundial para o Projeto de Apoio ao Setor Social beneficiarão o país na medida em que se busquem parcerias para três focos: controle de endemias, formação de recursos humanos e reestruturação do sistema de saúde.

São Tomé e Príncipe está estruturando seu Instituto de Ciências da Saúde, onde ocorre a graduação de profissionais, que atuará também como uma importante unidade de pesquisa para o país. Sendo criado ainda um centro de diagnósticos que irá promover assistência em saúde, como também estará voltado para o tratamento de doenças mais sofisticadas. Segundo o ministro Arlindo Carvalho, o programa de saúde da família é uma das experiências que eles gostariam de adotar no país.

O diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, explicou que a parceria é muito bem-vinda, uma vez que integra a estratégia da atual gestão do Ministério da Saúde em aproximar o Brasil dos países africanos - estratégia que a Fiocruz também desenvolve há quase 12 anos.

Além de fazer uma apresentação da ENSP à comitiva, passando pela pesquisa (stricto sensu), capacitação para o SUS (lato sensu) e serviços e desenvolvimento local, como o realizado em Manguinhos, Antônio Ivo citou o programa de Educação a Distância da Escola, que hoje conta

com 40 mil alunos, como uma das estratégias que podem ser adotadas por São Tomé e Príncipe na formação de profissionais para seu sistema de saúde.

Duas possibilidades foram levantadas pelo diretor. Uma, de enviar uma missão qualificada da FIOCRUZ envolvendo a ENSP, com a finalidade de conhecer a realidade do país; e outra, ampliar a rede de cooperação direta entre a Escola e o Instituto de Saúde com vistas a uma formação básica para atenção primária/PSF.

Participaram da reunião os pesquisadores Paulo Sabroza e Rosely Magalhães de Oliveira, que colaboraram na defesa da dissertação de mestrado do ministro de São Tomé e Príncipe, cujo título foi Análise das Estratégias de Controle da Malária em São Tomé e Príncipe 1946-2002.

Após a reunião com o diretor da ENSP, a comitiva se dirigiu à Coordenação de Escola de Governo em Saúde (CEGS) para uma apresentação mais específica das atividades da ENSP, com a coordenadora da CEGS, Roberta Gondim, além de Maria Helena Mendonça, representando a Coordenação de Pós-Graduação, e Cleide Leitão, do Programa de Educação a Distância/ENSP. Antes da visita à Escola, o ministro foi recebido pelo presidente da Fiocruz, Paulo Buss, e, no período da tarde, a comitiva visitou Farmanguinhos, unidade de produção de medicamentos da Fundação Oswaldo Cruz.

MOÇAMBIQUE MOÇAMBIQUE MOÇAMBIQUE MOÇAMBIQUE

A Fiocruz recebeu, no dia 09 de agosto de 2007, a visita do ministro da Saúde, Dr. Ivo Garrido, quando foram acertados alguns pontos a serem incluídos na elaboração de um novo protocolo de cooperação para Moçambique, em 07 de setembro.

Seria um plano qüinqüenal de trabalho que incluiria: a formação de mestrado de profissionais

do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique; a

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formação de professores da futura Escola Nacional de Saúde Pública de Moçambique; a formação de professores das Escolas Técnicas de Saúde de Moçambique; a formação em nível de graduação (com busca da melhora da qualidade do nível dos graduados) no amplo campo da saúde; a disponibilização da ferramenta EAD para formação imediata de técnicos em todos os níveis de formação; o apoio ao treinamento em serviço dos técnicos locais e regionais dos laboratórios de saúde pública dentro da rede de laboratórios de Saúde Pública do Brasil; e o apoio ao treinamento técnico para profissionais em áreas de conserto de equipamentos, arquivos médicos e outras áreas específicas disponíveis no país.

O encontro foi acompanhado do embaixador extraordinário e plenipotenciário Murade Isaac Miguigy Murargy. A cooperação com Moçambique tem o objetivo de promover o desenvolvimento local.

A Escola pode contribuir na formação para pesquisa, principalmente recebendo alunos para os programas de pós-graduação, e também na capacitação de recursos humanos para o Serviço Nacional de Saúde por meio da Educação à Distância, ofertando cursos para a formação de docentes que ajudaram na construção de uma escola de saúde pública no país que venha somar ao Instituto de Saúde.

GUINÉ BISSAU GUINÉ BISSAU GUINÉ BISSAU GUINÉ BISSAU

A comitiva, formada por seis membros ligados ao Ministério da Saúde Pública do país, visitou a FIOCRUZ por duas semanas, prioritariamente na Escola Politécnica, visto que a ênfase da cooperação neste momento inicial é a formação de recursos humanos de nível técnico. De acordo com o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, a visita é um desdobramento da viagem de

agosto/2008, realizada pelos representantes de três unidades da Fiocruz envolvidas no acordo, composta por Antônio Ivo, André Malhão (ESPJV) e Félix Rosemberg (DIPLAN). A comitiva foi conhecer as condições de desenvolvimento de cursos no campo da Saúde Pública, e as potencialidades a serem exploradas. O grupo da Guiné-Bissau veio ao Brasil para um período de convívio com nossas experiências e nossa realidade, a fim de se aproximar de nossa estrutura, organização e funcionamento, iniciando o passo essencial para uma parceria virtuosa.

A missão de Guiné-Bissau foi composta da diretora da Escola Técnica de Quadros de Saúde (ETQS), Maria Ângela da Costa Pereira; a coordenadora pedagógica da Escola Técnica de Quadros de Saúde (ETQS), Maria Aramata Injai; o decano da Faculdade de Medicina, Abulai Biai; o enfermeiro professor e coordenador das turmas do primeiro ano de enfermagem, João Luís Djonu e os técnicos da diretoria de recursos humanos do Ministério da Saúde Pública, Quintino Nhaga e Orlando Lopes. Maria Ângela afirmou que, sem a parceria com as outras instituições, não será possível recuperar a saúde da Guiné-Bissau em tempo hábil. "Essa missão é muito importante para nós porque somos um país novo em termos de autonomia (independência em 1974). Ainda existem vários problemas na área da saúde, sobretudo na formação de recursos humanos, sendo este o principal foco da nossa visita. Queremos acertar cooperações de capacitação profissional dos nossos quadros. Sozinhos não conseguiremos reorganizar nossas instituições e desenvolver todas as capacidades para melhorar a saúde da nossa população", completou ela.

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A área de cooperação em saúde da CPLP é dirigida pela Fiocruz. Essa área criou o Plano Estratégico de Cooperação em Saúde (PECS), que tem como objetivo definir projetos nacionais para cada um dos países que fazem parte da CPLP. "No Plano da Guiné-Bissau foi definida a criação do Instituto Nacional de Saúde (INASA). Na verdade, oficialmente ele já existe, porém de uma forma precária. E, nesse novo arcabouço institucional, ele está sendo remodelado e reestruturado", apontou o diretor da ENSP.

A comitiva esteve na ENSP no dia 5 de dezembro e participou de uma reunião com Antônio Ivo, os quatro vice-diretores da Escola, Maria Helena Mendonça (Pós-graduação), Carlos Machado de Freitas (Escola de Governo), Margareth Portela (Pesquisa) e Vanessa Costa e Silva (Desenvolvimento Institucional e Gestão) e também a assessora de Cooperação Internacional da ENSP, Maria Eneida de Almeida. Após a reunião, o grupo visitou o Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH), o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF) e a Educação a Distância da ENSP.

OMS/PALOPOMS/PALOPOMS/PALOPOMS/PALOP

Em junho de 2007, Norbert Dreesch – Technical Officer Department of Human Resources for Health: Evidence and Information for Policy/OMS, fez uma visita à ENSP com a intenção de futura elaboração de Projeto de Cooperação em recursos humanos, envolvendo os PALOP.

OMS/AFROOMS/AFROOMS/AFROOMS/AFRO Em 16 de abril de 2008, Luis Gomes Sambo, Diretor Regional da OMS para a África, visitou a ENSP, acompanhado por Mirta Roses, Diretora Geral da OPAS, Pedro Brito/OPAS-WDC, Diego Victoria/OPAS-BRA, e Albino Belotto/OPAS/PANAFTOSA, além dos dirigentes da Ficoruz. O interesse da visita foi assegurar a cooperação multilateral, em superação ou complementação à cooperação bilateral do Brasil com os países da África.

De acordo com as duas necessidades mais prementes do continente, que são a formação de recursos humanos e gestão do sistema público de saúde, a idéia central para implementação da política multilateral é o aproveitamento das estruturas já existentes para a formação de pessoal especializado, promovendo uma política de consolidação mais abrangente para o setor público de saúde.

O evento teve a participação de Joyce de Andrade Schramm, coordenadora do curso de mestrado em saúde pública, desenvolvido em Angola desde maio de 2007. Foi apresentada a história e o contexto atual da ENSP, bem como a referência da estrutura acadêmica e pedagógica, orientadoras do curso que está em desenvolvimento.

MISSÕESMISSÕESMISSÕESMISSÕES

2008 - A Fiocruz deu mais um passo em sua política de cooperação internacional no continente africano enviando uma missão especial à Guiné-Bissau, de 25 a 27 de agosto, para discutir estratégias para criação de uma Escola de Saúde Pública, em nível técnico e de pós-graduação, integrada ao Instituto de Saúde Pública, no contexto de um país onde há carência total de recursos humanos em saúde. Fez parte da missão o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, o diretor da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ), André Malhão, e o diretor de Planejamento Estratégico da Fiocruz (DIPLAN), Félix Rosemberg. O trabalho de cooperação técnica com o continente africano faz parte de uma demanda

do governo federal, solicitada à FIOCRUZ através do Ministério da Saúde. Há alguns anos, a ENSP vem se empenhando para cumprir a determinação do governo federal. Em dezembro de 2007, a Direção da Escola assinou portaria constituindo o Grupo de Trabalho da África (GT África) com o objetivo de coordenar atividades de cooperação técnica da ENSP com os países africanos. O grupo é composto pelos pesquisadores, Elizabeth Moreira dos Santos, José Inácio Jardim Mota, Joyce Mendes de Andrade Schramm, Maria Eneida de Almeida e Marly Cruz. Cabe ao grupo realizar um levantamento das atividades de docência e pesquisa da instituição com os Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) e os demais do continente africano.

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Em março de 2008, a Presidência da FIOCRUZ organizou o segundo seminário Brasil - África, uma reunião mais ampliada das Unidades Técnico-Científicas, para atualização de projetos e acordos realizados com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Desse seminário saiu a demanda da presidência da Fiocruz para a constituição de um Grupo de Trabalho da FIOCRUZ com as CPLP e

África, para trabalhar baseada em duas atribuições: uma, que o GT África da FIOCRUZ deve trabalhar no entrecruzamento das ofertas, por país, das Unidades Técnico-Científicas da FIOCRUZ; outra, no sentido de se reunir elementos para a criação de uma rede de educação em saúde pública na África.

Reuniões TécnicasReuniões TécnicasReuniões TécnicasReuniões Técnicas

MOÇAMBIQUEMOÇAMBIQUEMOÇAMBIQUEMOÇAMBIQUE

Nos dias 08 e 09 de novembro de 2007, a ENSP recebeu a equipe técnica responsável pela identificação e definição de termos de Acordo de Cooperação Internacional.

Aprofundar contatos estabelecidos pelo ministro da Saúde de Moçambique, Paulo Ivo Teixeira Garrido, em agosto deste ano, e dar continuidade ao processo de elaboração dos termos para um Acordo de Cooperação Internacional, a ser produzido pela Assessoria de Cooperação Internacional da Fiocruz e assinado em janeiro de 2008, é o objetivo da vinda do diretor nacional de Recursos Humanos daquele país, o médico sanitarista Dr. Antônio Intiace Vali Mussa, e do chefe do Departamento de Manutenção, Abubacar Sumalgi, que passaram a semana visitando as diversas unidades da Fundação.

Na ENSP, participaram de uma reunião na direção e visitaram o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF) e a Educação a Distância (EAD). A Fiocruz foi chamada pelo governo federal para capitanear a cooperação internacional com os países africanos de língua portuguesa na área da saúde. O diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, explicou que à ENSP caberia coordenar uma rede de formação em saúde pública para fomentar a qualificação profissional nesses países.

Essa rede poderia atender uma população de aproximadamente 20 milhões de habitantes em Moçambique, onde existem apenas 26 mil profissionais de saúde, dos quais apenas 4% são de nível superior ou especialistas, 16% têm nível médio e os 80% restantes têm apenas a formação básica. Ou seja, o país enfrenta sérios problemas,

tanto no que diz respeito à quantidade de profissionais quanto à qualificação dos mesmos. Atualmente, em três instituições, forma-se menos de 80 médicos por ano e, se algum deles quiser fazer mestrado, terá que viajar para o exterior.

Antônio Mussa explicou que a formação de recursos humanos em saúde é considerada uma área estratégica em Moçambique, pois, além de qualificar, vai ajudar a fixar os profissionais no país. Também é primordial se pensar na formação de formadores que possam multiplicar o conhecimento. Segundo o visitante, a necessidade de capacitar profissionais em pontos afastados da capital Maputo faz com que a educação a distância assuma grande importância em todos os aspectos da formação e da estruturação do sistema nacional de saúde. A expectativa é poder estabelecer cursos em todos os níveis e em várias áreas, mas, principalmente, em nível de especialização e na área de gestão. A maioria dos gestores do sistema público de saúde tem apenas o nível técnico.

Na reunião, da qual também participaram os coordenadores da Pós-Graduação stricto sensu, Maria Helena Mendonça, de lato sensu, Delson da Silva, do Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente, Sérgio Koifman; Maria Infante, da Escola de Governo em Saúde (EGS); e Fábio Fagliari, da Assessoria Internacional do Ministério

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da Saúde, discutiram-se os aspectos mais relevantes da participação da ENSP no processo de cooperação.

Além da EAD, foram considerados como fundamentais a análise de currículo de formação para assistência e gestão, a formação de docentes para o nível básico e médio, a possibilidade de abertura de vagas de mestrado para alunos moçambicanos – até hoje, apenas três alunos daquele país, um de especialização e dois de mestrados, se formaram na ENSP – e a futura conformação de um mestrado em Saúde Pública em Moçambique, similar ao que está sendo feito em Angola.

Nos dias 11 e 12 de junho de 2008, dois representantes do Departamento de Recursos Humanos do Ministério da Saúde de Moçambique – Dr. Martinho Dgedge e Dra. Judite Madeira – estiveram em reuniões técnicas na ENSP/Fiocruz com a coordenadora de Educação a Distância, Dra. Lúcia Dupret, e com o vice-diretor da Escola de Governo em Saúde, Dr. Carlos Machado de Freitas. Foi discutido todo o leque de possibilidades e alternativas de colaboração com o processo de implementação de Moçambique na área da Saúde, objetivando dar seguimento à cooperação internacional que visa à capacitação dos profissionais deste país.

Fóruns Fóruns Fóruns Fóruns

1.1.1.1. I Seminário de Cooperação I Seminário de Cooperação I Seminário de Cooperação I Seminário de Cooperação

Internacional BrasilInternacional BrasilInternacional BrasilInternacional Brasil----África na FiocruzÁfrica na FiocruzÁfrica na FiocruzÁfrica na Fiocruz 07 dezembro 200707 dezembro 200707 dezembro 200707 dezembro 2007

A Presidência da Fiocruz e a Câmara Técnica de Cooperação Internacional da Fiocruz convidaram representantes do Ministério da Saúde, do Ministério de Relações Exteriores, da Agência Brasileira de Cooperação, assim como representações diplomáticas dos países da CPLP e de outras instituições nacionais para determinar um ponto da situação e discutir a cooperação da Fiocruz com os países africanos. Nesse seminário, todas as partes convidadas tiveram direito à palavra para o posicionamento de cada unidade e, no final, foram analisadas diversas possibilidades de cooperação conjunta apoiadas, pelo menos do ponto de vista político, pelas principais agências presentes, e reafirmado que a cooperação com a África é uma prioridade do governo brasileiro.

A fim de aprimorar a iniciativa do governo brasileiro de instalar, a partir de março, um escritório da instituição na área e auxiliar a região do planeta mais carente no setor de saúde, diversas autoridades e convidados especiais, nacionais e estrangeiros, se reuniram para discutir questões e possibilidades de ação. No evento, intitulado Seminário sobre a Cooperação Internacional da Fiocruz na África, estavam presentes, o presidente da Fiocruz, diretores de unidades da instituição - incluindo o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho - e convidados, como o representante do Ministério da Saúde, Eduardo Botelho Barbosa, o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) no Brasil, Diego Victoria, o embaixador da Angola no Brasil, Leovigildo da Costa e Silva, e o cônsul Pedro

Antônio dos Santos (Cabo Verde). Representando a ENSP, estiveram participando do seminário o diretor, Antônio Ivo de Carvalho, e a assessora de Cooperação Internacional da Escola, Maria Eneida de Almeida.

Os tópicos do encontro abordaram a Fiocruz e sua cooperação internacional em saúde, a África e a saúde na política externa brasileira, a cooperação da Fundação naquele continente do ponto de vista externo à instituição (Capes, CNPq, Petrobras Internacional) e as expectativas dos países africanos (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique) quanto à cooperação internacional em saúde com o Brasil.

2.2.2.2.

II Seminário de Cooperação II Seminário de Cooperação II Seminário de Cooperação II Seminário de Cooperação Internacional BrasilInternacional BrasilInternacional BrasilInternacional Brasil----África na FIOCRUZÁfrica na FIOCRUZÁfrica na FIOCRUZÁfrica na FIOCRUZ

12 março 200812 março 200812 março 200812 março 2008

O objetivo do Seminário foi manter um encontro sistemático para intercâmbio de experiências, utilizando as iniciativas implementadas, e o planejamento das ações com os PALOP no ano 2008 nos campos do Ensino, Pesquisa, Produção e Serviços de Referência.

O III Seminário Brasil-África deverá ser realizado em junho/2008. Para esse período de três meses, ficaram duas tarefas a serem desenvolvidas por um Grupo de Trabalho no âmbito da Fiocruz – GT ÁFRICA/Fiocruz: 1) entrecruzamento das ofertas das Unidades Técnico-Científicas da Fiocruz, por país; 2) organização de Rede de Educação de Saúde Pública em AFRO, com a tese de estimular a

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rede de instituições estruturantes no campo da Educação em Saúde Pública.

3.3.3.3.

III Seminário de Cooperação III Seminário de Cooperação III Seminário de Cooperação III Seminário de Cooperação Internacional BrasilInternacional BrasilInternacional BrasilInternacional Brasil----África na FIOCRUZÁfrica na FIOCRUZÁfrica na FIOCRUZÁfrica na FIOCRUZ

05 setembro 200805 setembro 200805 setembro 200805 setembro 2008

Com os presentes Presidente da FIOCRUZ, Paulo Buss, do Vice-Presidente de Desenvolvimento e Gestão do Trabalho, Paulo Gadelha, do Assessor para Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa e representantes de Unidades da FIOCRUZ – ENSP, INCQS, ICICT, IPEC, DIPLAN, CECAL, EPSJV, IOC, ACI, IFF, Farmanguinhos, Biomanguinhos e COC, o objetivo do Seminário foi de fazer uma avaliação das ações que foram empreendidas a partir do II Seminário de cooperação com África.

Os temas tratados foram: Escritório da FIOCRUZ na África, com a representante Célia Almeida, o Projeto PECS/CPLP (DIPLAN), a Fábrica em Moçambique (Farmanguinhos), o Mestrado em Moçambique (IOC), proposta de cursos de doutorado em Cabo Verde e Guiné-Bissau (IOC), o Mestrado em Angola (ENSP), a Cooperação Internacional de nível médio (EPSJV), a Cooperação em saúde da mulher e da criança (IFF).

Foi apresentada uma proposta de nova estrutura para a área de Cooperação Internacional da FIOCRUZ, com a criação de um “Centro de Relações Internacionais em Saúde”, a qual foi aprovada por unanimidade

4.4.4.4.

Encontro da Associação Internacional Encontro da Associação Internacional Encontro da Associação Internacional Encontro da Associação Internacional de Institutos de Saúde Públicade Institutos de Saúde Públicade Institutos de Saúde Públicade Institutos de Saúde Pública

IANPHIIANPHIIANPHIIANPHI

9 9 9 9 ----12 outubro/200712 outubro/200712 outubro/200712 outubro/2007

A ENSP foi sede do primeiro Encontro Internacional dos institutos nacionais de saúde pública da América Latina, que aconteceu de 9 a 12 de outubro, na Fundação Oswaldo Cruz. O evento foi organizado pela Associação Internacional de Institutos Nacionais de Saúde Pública (Ianphi) em colaboração com a Fiocruz e com o financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates. O objetivo foi discutir temas de saúde pública de interesse global e fortalecer a colaboração e a comunicação entre os institutos nacionais de saúde pública da América

Latina. O presidente da Fiocruz, Paulo Buss, é membro do Conselho Executivo da IANPHI e, por conta da importância das informações para o continente africano, sua entrevista concedida à Agência Fiocruz de Notícias (AFN) foi reproduzida na integra.

1. O avanço da pneumonia asiática, Síndrome Respiratória Severa Aguda – Sars –, e da gripe aviária, nos anos recentes, colocou em evidência a cada vez mais crescente globalização das doenças. Como a Ianphi, que, atualmente, conta com a participação de 50 institutos de saúde pública de diferentes partes do mundo, pode atuar nessa frente em virtude de sua representatividade mundial?

Paulo Buss: Pela experiência dos institutos associados à Ianphi no diagnóstico de doenças transmissíveis, seus laboratórios têm participação crucial no sistema de vigilância que a OMS está liderando mundialmente para o controle destas doenças.

2. Em janeiro de 2007, ao completar um ano, a Ianphi conquistou o financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates para um plano de cinco anos. Quais as ações previstas nesse plano e o que já foi realizado até agora?

Paulo Buss: A preparação de recursos humanos e o financiamento de pesquisas estratégicas, juntando dois ou mais institutos, são algumas das atividades importantes que vêm sendo implementadas pela Ianphi. O apoio ao aperfeiçoamento de institutos existentes, ou a criação de novos institutos também recebe o apoio da Ianphi. Exemplos, no caso dos países da CPLP, são o Instituto de Moçambique e o novo Instituto da Guiné-Bissau, os quais, com os recursos da Ianphi, a Fiocruz vem apoiando tecnicamente. Muito importante também foi a elaboração de um documento de marco de referência sobre institutos de saúde pública, uma espécie de roteiro para que os novos aproveitem da experiência acumulada globalmente pelo conjunto de associados do Ianphi, e a assessoria técnica in loco para apoiar as direções que estão reformulando suas instituições.

3. Para os institutos que compõem a Ianphi, essa iniciativa significa oferecer ajuda aos parceiros e também receber auxílio deles. Em relação à Fiocruz, até agora, em quais aspectos ela mais ofereceu ajuda e em quais mais recebeu auxílio?

Paulo Buss: O intenso intercâmbio, que temos estabelecido com as experiências de outros institutos, traz significativa contribuição para o aperfeiçoamento das atividades da Fiocruz. Nós temos ajudado muito a Ianphi no apoio aos

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institutos de países menos desenvolvidos que o Brasil, particularmente aos de língua portuguesa da África e outros da América Latina. Dois exemplos: a constituição da rede de institutos nacionais de saúde da CPLP e, após esta reunião de institutos da AL aqui, no Rio, a criação da rede latino-americana. Nossa experiência com planejamento e gestão de C&T e serviços de referência é a melhor contribuição que temos dado ao conjunto de institutos. No caso da Argentina, por exemplo, estamos oferecendo um mestrado em laboratórios de saúde pública em Buenos Aires.

4. A Ianphi reúne institutos nacionais de saúde pública de todo o mundo e objetiva multiplicá-los, fortalecê-los e estreitar a colaboração entre eles para fazer frente aos problemas de saúde das populações do planeta. Sendo assim, como a Ianphi se relaciona com a Organização Mundial da Saúde (OMS)?

Paulo Buss: A OMS participa, desde as primeiras discussões, para formar a Ianphi, principalmente por intermédio de Tim Evans, que é um subdiretor da OMS, designado para acompanhar todo o processo. A Ianphi solicitou seu reconhecimento como instituição associada e colaboradora da OMS, o que será examinado pelo board da OMS em uma de suas próximas sessões.

5. Entre os temas abordados na reunião dos institutos nacionais de saúde pública da América Latina, destacam-se a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a inovação em saúde e em ciência e tecnologia em países, como Argentina, Chile, Costa Rica, Cuba, Guatemala, México e Panamá. Como está a questão da inovação em saúde no Brasil e nos nossos vizinhos da América Latina? Quais os principais desafios? Paulo Buss: Quase todos os institutos têm pesquisa, serviços de referência e ensino de qualidade razoável para boa. A inovação, contudo, depende de processos complexos e de financiamento, e, aí, esbarramos em dificuldades, porque o financiamento sustentável da pesquisa é uma das falhas que encontramos na maioria dos países. No caso do Brasil, observamos um enorme esforço de formação de doutores e financiamento, que já começam a dar resultados com a ampliação da presença do Brasil em publicações cientificas. Dentro em breve, também encontraremos repercussões na questão da inovação.

6. Entre os temas, também se destacam a educação e a formação de recursos humanos em saúde em países, como Brasil, Espanha, Honduras, Paraguai, Peru e Venezuela. De que forma (?) a Fiocruz - que é referência na formação de profissionais para o SUS - tem contribuído para a

formação de recursos humanos em saúde nos países que integram a Ianphi?

Paulo Buss: Apoiamos a formação de mestres e doutores com oferta de vagas em nossos programas. Mas, o que é realmente inovador é a oferta de mestrados da Fiocruz em Angola, Moçambique e Argentina. A formação de técnicos de nível médio também começa a ser estruturada em países da CPLP e da América do Sul.

7. A Fiocruz integra a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, que congrega institutos de diferentes países e será apresentada aos participantes da reunião. Como a Ianphi pode contribuir para as pesquisas envolvendo a saúde das populações amazônicas? Paulo Buss: Foi idéia nossa ampliar o acordo de CT&I entre instituições brasileiras para os demais países que compartilham a floresta amazônica. Em Belém, durante a SBPC de 2007, firmou-se o acordo entre Brasil, Venezuela, Suriname, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia para a rede pan-amazônica de cooperação em pesquisa.

8. O continente africano dispõe de pouca infra-estrutura de pesquisa e ensino em saúde, em geral. Como participante do comitê da Ianphi, a Fiocruz pretende ampliar a parceria com países africanos, visto que já vem atuando no apoio à produção de vacinas e medicamentos naquele continente?

Paulo Buss: Como disse, com o apoio a Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe nas áreas de desenvolvimento institucional e de recursos humanos de institutos de saúde pública, escolas de saúde pública e escolas politécnicas de saúde. O apoio da Capes, CNPq e ABC tem sido fundamental, compondo-se uma parceria para levar adiante a política externa brasileira, que tem na saúde na CPLP e América do Sul suas principais áreas de atuação. Em março, vamos instalar o escritório da Fiocruz na África, credenciado junto à União Africana e com sede física em Maputo, Moçambique. O presidente Lula, os ministros José Temporão e Celso Amorim têm acompanhado todo o processo, o que se constitui em enorme fator de impulso a estas iniciativas.

9. A reunião se encerra com propostas para a organização da rede Ianphi na América Latina. Quais as propostas da Fiocruz?

Paulo Buss: A principal proposta é a elaboração de um plano de cooperação, de pelo menos três anos, para o desenvolvimento institucional dos institutos nas áreas de pesquisa, ensino e serviços de referência. A Ianphi vai apoiar os primeiros passos do processo e projetos específicos. Em conjunto,

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os institutos buscarão outras fontes de financiamento para desenvolver o plano como um todo. É um processo complexo e muito desafiador, mas sinto que todos estão dispostos a trabalhar em conjunto para sua consecução.

10. Há alguma outra instituição brasileira que também participe da Ianphi?

Paulo Buss: Cada país tem apenas um instituto participante. No caso do Brasil, é a Fiocruz.

11. Os institutos africanos, asiáticos e latino-americanos participam da Ianphi em pé de igualdade com seus congêneres europeus e norte-americanos? Ou, como em grande parte das organizações internacionais multilaterais, ocupam um lugar secundário?

Paulo Buss: Esta tem sido a grande sabedoria da Ianphi: a eqüidade entre seus sócios. Veja, por exemplo, que o board, órgão máximo de condução da Ianphi, tem como membros Brasil, Marrocos, Nigéria, Tailândia, República Checa e China. São quatro países em desenvolvimento, o que é um bom exemplo da distribuição eqüitativa do poder na associação.

12. Num mundo de recursos econômicos limitados e de grandes contrastes entre os países, realidade

que também se reflete na saúde pública, como conciliar as agendas desses institutos nacionais e uma atuação conjunta deles com as necessidades globais, já que acompanham os objetivos estratégicos de seus governos?

Paulo Buss: O mundo globalizado não admite mais o isolamento de países. Por isso, cada país sabe que será beneficiado da solidariedade entre seu instituto e os demais.

13. A Ianphi estimula a criação de institutos nacionais de saúde nos países que ainda não contam com tais organizações. Algum instituto nacional já foi criado a partir da atuação da Ianphi?

Paulo Buss: A Guiné-Bissau tem seu instituto em processo de formação, bem como visitas ao Malawi, por exemplo, indicam que, brevemente, poderemos ter outro sendo criado lá. A prioridade é a África, mas também países da América Latina e da Ásia poderão apresentar projetos para, com apoio técnico de institutos mais experientes, virem a formar suas novas instituições. Os recursos do Ianphi são importantes para o começo do processo, mas os países devem assumir o desenvolvimento dos mesmos, pois estamos falando de institutos públicos e governamentais.

Alunos EstrangeirosAlunos EstrangeirosAlunos EstrangeirosAlunos Estrangeiros

Como observação prévia, é importante apontar uma diferença entre dados do Relatório ACI-Fiocruz e do Relatório da ACI-ENSP. A diferença se dá no âmbito da categoria dos dados, ou seja, enquanto a ACI-Fiocruz tratou de alunos matriculados, a ACI-ENSP tratou de alunos egressos. Com certeza, é essa principal diferença, e, portanto, há um grau de equivalência importante a ser compreendido. Talvez, ainda haja outros fatores não diagnosticados até o momento, os quais serão eliminados conforme se apurar a pesquisa e análise de dados institucionais levantados. Continuaremos a fazer este levantamento e análise específica, sobretudo com trabalho em conjunto ao GT ÁFRICA/ENSP, mas, para o momento, apresentamos o histórico de egressos levantados

pela ACI-ENSP. Portugal está no leque de países porque faz parte da CPLP. Fonte: Relatório março 2008 ACI-FIOCRUZ. Antes de 1980 – 01 aluno (mestrado) 1980-1989 – 05 alunos (mestrado) 1990-1999 – 25 alunos (mestrado e Lato sensu) 2000-2007 – 120 alunos (Lato sensu e Stricto sensu) Fonte: ACI-ENSP – em março 2008

ANGOLAANGOLAANGOLAANGOLA

Lato sensu Presencial [1978-2007] – 19 Lato sensu EAD [2001-2005]– 05 Stricto sensu [1985-2007] 08 (M) + 02 (D) – 10 TOTAL – 34 MOÇAMBIQUEMOÇAMBIQUEMOÇAMBIQUEMOÇAMBIQUE

Lato sensu Presencial [1978-2007] – 01 Lato sensu EAD [2001-2005]– 00

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19

Stricto sensu [1985-2007] 02 (M) + 00 (D) – 02 TOTAL – 03

SÃO TOMÉ E SÃO TOMÉ E SÃO TOMÉ E SÃO TOMÉ E PRÍNCIPEPRÍNCIPEPRÍNCIPEPRÍNCIPE

Lato sensu Presencial [1978-2007] – 01 Lato sensu EAD [2001-2005]– 00 Stricto sensu [1985-2007] 02 (M) + 00 (D) – 02 TOTAL – 03

GUINÉGUINÉGUINÉGUINÉ----BISSAU BISSAU BISSAU BISSAU

Lato sensu Presencial [1978-2007] – 02 Lato sensu EAD [2001-2005]– 00 Stricto sensu [1985-2007] 07 (M) + 01 (D) – 08 TOTAL – 10

CABO VERDE CABO VERDE CABO VERDE CABO VERDE

Lato sensu Presencial [1978-2007] – 06 Lato sensu EAD [2001-2005] – 00 Stricto sensu [1985-2007] 05 (M) + 01 (D) – 06 TOTAL – 12

TIMOR LESTE TIMOR LESTE TIMOR LESTE TIMOR LESTE

Não há histórico de Egressos

PORTUGALPORTUGALPORTUGALPORTUGAL

Lato sensu Presencial [1978-2007] – 02 Lato sensu EAD [2001-2005] – 10 Stricto sensu [1985-2007] 01 (M) + 01 (D) – 02

TOTAL – 14

TOTAL GERAL DE EGRESSOS CPLP EM TOTAL GERAL DE EGRESSOS CPLP EM TOTAL GERAL DE EGRESSOS CPLP EM TOTAL GERAL DE EGRESSOS CPLP EM CURSOS NA ENSPCURSOS NA ENSPCURSOS NA ENSPCURSOS NA ENSP

Lato sensu Presencial [1978-2007] – 31

Lato sensu EAD [2001-2005] – 15 Stricto sensu [1985-2007] 25 (M) + 05 (D) – 30 TOTAL – 76

Alunos Egressos da ENSP provenientes de

países da CPLP - 1978 a 2007

34

3 3

10 12

0

14A

ngol

a

Moç

ambi

que

São

Tom

é e

Prin

cipe

Gu

iné-

Bis

sau

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Tim

or L

este

Por

tuga

l

Mestrado em Saúde Pública em Angola

Alunos matriculados em março 2007 – 33

Alunos em curso em março 2008 – 30

Cooperação Técnica Cooperação Técnica Cooperação Técnica Cooperação Técnica

com outros Países da Áfricacom outros Países da Áfricacom outros Países da Áfricacom outros Países da África

Visitas RecebidasVisitas RecebidasVisitas RecebidasVisitas Recebidas

ÁFRICA DO SUL 2006ÁFRICA DO SUL 2006ÁFRICA DO SUL 2006ÁFRICA DO SUL 2006

O Diretor da Escola de Saúde Pública da University of the Western Cape – África do Sul, Dr. David Sanders, visitou a ENSP em 22 de agosto de 2006, por ocasião do Congresso da ABRASCO, com

objetivo de aumentar a dinâmica do Ensino a Distância, da Escola de Saúde Pública da University of the Western Cape, por meio de parceria institucional Sul-Sul com o EAD/ENSP em termos de metodologia e tecnologia. Essa universidade recebe alunos de quinze países da África para seus

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cursos, e há necessidade de implementação do Ensino a Distância.

ETIÓPIETIÓPIETIÓPIETIÓPIA 2006A 2006A 2006A 2006

A cooperação técnica começou em outubro de 2005, após primeira viagem à Etiópia para apresentação da experiência da ENSP em saúde pública e treinamento de professores para o mestrado. O projeto de Cooperação Triangular envolve CDC/GAP-BR; Universidade de Tulane/Nova Orleans/EUA & ENSP/Fiocruz. O foco desta cooperação está em ministrar aulas no Mestrado de Avaliação de Programas de Controle de Processos Endêmicos, com ênfase em DST/HIV/AIDS, na Universidade de Jimma.

Essa cooperação tem sido muito bem-sucedida. Além do mais, ela vem acompanhada de uma importância estratégica porque a Etiópia é a sede da União Africana. Por ser a sede, as questões podem ser ampliadas e discutidas em todo âmbito africano. Outro ponto é que a Etiópia tem grande interesse de cooperação com o Brasil, pois nos identificam como país modelo na área da saúde.

ZÂMBIA 2007ZÂMBIA 2007ZÂMBIA 2007ZÂMBIA 2007 A ACI-ENSP participou de recepção na Fiocruz do embaixador Albert Muchnga e do primeiro secretário Lawrence Chalungumana. Recepção: ACI-Fiocruz, com a presença do vice-presidente Paulo Gadelha. As Unidades convidadas foram Biomanguinhos, Farmanguinhos e ENSP, com

objetivo de discutir possibilidades de Cooperação Técnica na área da saúde. Cada unidade fez uma apresentação sintética a partir da apresentação central da ACI-Fiocruz, feita pelo coordenador José Roberto Ferreira.

Um antecedente de cooperação do Brasil foi uma Missão de Prospecção da AISA/MS na Zâmbia em 2006, para implantação do Programa de DST/AIDS.

As considerações centrais da reunião foram em torno das necessidades urgentes da Zâmbia por procedimentos no combate à Tuberculose, Malária e HIV/Aids – pesquisa, vacinas e medicamentos.

A questão de cursos de pós-graduação foi discutida, porém, levando em conta a língua do país – inglês. Esse é um processo que envolve uma metodologia que dê conta desse aspecto. Nesse sentido, esse aspecto da cooperação terá um processo mais gradual. MARROCOS 2008MARROCOS 2008MARROCOS 2008MARROCOS 2008 Em outubro de 2008 a ENSP recebeu a visita de 10 técnicos do Ministério da Habitação do Marrocos. A delegação veio conhecer mais a fundo as políticas públicas brasileiras e projetos institucionais na área de habitação. As pesquisadoras do DSSA Débora Cynamon Klingerman e Simone Cynamon Cohen apresentaram dois projetos do departamento – a Universidade Aberta e a Rede Brasileira de Habitação Saudável.

Reuniões TécnicasReuniões TécnicasReuniões TécnicasReuniões Técnicas

ÁFRICA DO SULÁFRICA DO SULÁFRICA DO SULÁFRICA DO SUL

O acordo, reafirmado em janeiro de 2007, trouxe à ENSP dois profissionais para aprimorar seus conhecimentos no campo da Educação a Distância – EAD. De 19 a 22 de março de 2007, as professoras Lucy Alexander e Carolinne Carolessen da University of Western Cape, na África do Sul, fizeram uma visita técnica à Educação a Distância da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (EAD/ENSP/Fiocruz), a fim de conhecer a experiência que a ENSP já consolidou nesta modalidade de ensino. O objetivo das professoras foi compreender o processo de trabalho, com vistas ao desenvolvimento de futuras parcerias na área.

No primeiro dia da visita, as professoras sul-africanas falaram sobre suas expectativas e apresentaram sua instituição. Coube à coordenadora da Escola de Governo em Saúde (EGS), Roberta Gondim, falar sobre a ENSP, e à coordenação da EAD apresentar os pressupostos, a estrutura, as equipes e a dinâmica de trabalho, os processos, os cursos e os projetos especiais do setor. Para as reuniões, foram pautadas apresentações da equipe pedagógica sobre a elaboração de projetos – roteiro metodológico, oficina de autores e elaboração de material didático –, e das equipes de informática e de criação e arte de materiais sobre o portal da EAD, as comunidades virtuais e os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA).

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O processo de criação de materiais educativos também fez parte da programação, além de assistirem a uma apresentação da coordenação da

EAD sobre seleção e formação permanente dos tutores e sobre avaliação e acompanhamento dos alunos.

MissõesMissõesMissõesMissões

ÁFRICA DO SUL 2006ÁFRICA DO SUL 2006ÁFRICA DO SUL 2006ÁFRICA DO SUL 2006

Desenvolvimento de processos que permitam a implantação de cursos a distância, com a Medical

Research Council. Pesquisadora responsável: Lúcia Dupret (EAD/ENSP/Fiocruz).

Alunos EstrangeirosAlunos EstrangeirosAlunos EstrangeirosAlunos Estrangeiros

NIGÉRIANIGÉRIANIGÉRIANIGÉRIA

Lato sensu Presencial [1978-2007] – 00

Lato sensu EAD [2001-2005] – 00

Stricto sensu [1985-2007] 00 (M) + 01 (D) – 01

TOTAL – 01

Atividades DocentesAtividades DocentesAtividades DocentesAtividades Docentes

1. ETIÓPIA 20051. ETIÓPIA 20051. ETIÓPIA 20051. ETIÓPIA 2005----2009200920092009

Atividade docente no campo da avaliação de programas de controle de processos endêmicos –ênfase em DST/HIV/AIDS – com a Universidade de Jimma. Pesquisadora Responsável: Elizabeth Moreira (DENSP/ENSP/Fiocruz). Este mestrado, que está sendo realizado na Etiópia, é um desdobramento do mestrado profissional em Avaliação de Processo Endêmico realizado na ENSP. O objetivo do mestrado é formar especialistas capazes de realizar trabalhos avaliativos, considerando as dimensões sócio-históricas e técnico-operacionais da avaliação. O mestrado em Jimma tem 31 alunos e a sua primeira turma tem previsão de formatura para janeiro de 2007.

2. MARROCOS 20072. MARROCOS 20072. MARROCOS 20072. MARROCOS 2007

Um convite do Centro Internacional de Física de Trieste, na Itália, levou o Curso de Proteção Radiológica e Controle de Qualidade em

Radiodiagnóstico, ministrado pela pesquisadora Ana Cecília Pedrosa de Azevedo, do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da ENSP (Cesteh/ENSP/Fiocruz), à Universidade Mohammed V, no Marrocos. A realização do curso no país africano faz parte de um projeto do centro italiano de física, que patrocina a efetivação de projetos de pesquisa dos países em desenvolvimento para os países mais pobres do eixo sul. Além das aulas teóricas, o projeto prevê o treinamento de profissionais para implantar as bases dos Programas de Controle e Garantia de Qualidade em Radiodiagnóstico em hospitais marroquinos.

O International Centre for Theoretical Physics de Trieste financia vários projetos para países em desenvolvimento. O financiamento parte de estudos de países em desenvolvimento - considerados mais avançados, como o Brasil, por exemplo -, para países mais pobres, na grande maioria, africanos.

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FONTES UTILIZADASFONTES UTILIZADASFONTES UTILIZADASFONTES UTILIZADAS

Agência Brasileira de Cooperação – Via ABC Ministério da Saúde – Mais saúde

FIOCRUZ – Plano Quadrienal 2005-2008 Assessoria de Cooperação Internacional/FIOCRUZ – Relatório Técnico março 2008

Assessoria de Cooperação internacional /ENSP – Relatório Técnico AFRO março 2008 Coordenação de Comunicação Institucional /CCI – Informes, Fotos e Revisão de texto

Responsabilidade Técnica, Editoração e Montagem: Maria Eneida de Almeida – ACI/ENSP Trabalho aprovado pela Direção & Pelo Grupo de Trabalho da África/ENSP

Elaboração de gráficos : Erica Kastrup – ACI/ENSP revisão de texto e copydesk: ana lúcia normando – CCI/ENSP