· 2 balanÇo social petros 2009 carta social sumário 40 anos de responsabilidade social...
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2BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Carta Social
Sumário
40 anos de Responsabilidade Social Empresarial Um paralelo com os 40 anos da Petros
Introdução
PerfilEntrevistaWAGNER PINHEIRO
Estrutura e GovernançaOuvidoria
EntrevistaCOMRESP/COED
Gestão de Ativos Entrevista
LUÍS CARLOS AFONSO
Gestão de Seguridade Central de Atendimento
EntrevistaMAURÍCIO RUBEM
Gestão Administrativa EntrevistaNEWTON CARNEIRO DA CUNHA
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55
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5139
37
23221915
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Sumário
ExpedienteDIRETORIA EXECUTIVAPresidente: Wagner Pinheiro de Oliveira.
Diretores:Luís Carlos Fernandes Afonso (Diretoria Financeira e Investimentos) Mauricio França Rubem (Diretoria de Seguridade)Newton Carneiro da Cunha (Diretoria Administrativa)
CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Wilson Santarosa
Jorge José Nahas Neto | Paulo Teixeira Brandão | Regina Lucia Rocha Valle | Ronaldo Tedesco Vilardo | Yvan Barreto de Carvalho
Suplentes:Agnelson Camilo | Alexandre Aparecido Barros | Armado Ramos Tripodi | Cláudia Padilha de Araújo Gomes | Epaminondas de Souza Mendes | Roberto de Castro Ribeiro
Ouvidoria: Vanda Maria S. Ferreira
CONSELHO FISCALPresidente: Fernando Leite Siqueira
Bruno Passos da Silva Melo | Eurico Dias Rodrigues | Silvio Sinedino Pinheiro
Suplentes:André Luiz da Fonseca Fadel | Denise Frazão Ginzo |Oscar Ângelo Scotta | Sérgio Salgado
EQUIPE GERENCIALWagner Luiz Constantino de Lima (Secretaria Geral) | Alexandre Freitas de Albuquerque (Gerência de Administração) | Carlos Fernando Costa (Assessoria de Planejamento de Investimentos) | Enrique Gonzalez Marquez (Gerência de Produtos de Seguridade) | Gema de Jesus Ribeiro Martins (Gerência de Compliance) | Humberto Santamaria (Gerência de Administração Financeira) | Jorge José Vieira Guedes (Gerência de
Recursos Humanos) | Jorge Luiz Gouvêa (Gerência de Controle) | José Lima da Silva (Auditoria Interna) | Luiz Antônio dos Santos (Gerência de Operações de Mercado) | Manuela Cristina Lemos Marçal (Gerência de Participações Mobiliárias) | Maria de Fátima Simões Costa (Gerência de Clientes Institucionais) | Mário Luiz Cardoso de Araújo (Assessoria de Planejamento) Ricardo Berretta Pavie (Assessoria de Novos Projetos) | Ronaldo de Paiva Bastos (Gerência de Tecnologia da Informação) | Rosalía Maria Tereza Sergi Agati Camello (Gerência Jurídica) | Sérgio Villela Borges (Gerência de Operações) | Sônia Nunes da Rocha Pires Fagundes (Gerência de Participações Imobiliárias) | Washington Luiz de Araújo (Gerência de Comunicação e Relações Institucionais)
ASSESSORES DA DIRETORIAMario Sergio Castanheira (Chefe de Gabinete) | Alcinei Cardoso Rodrigues | Alciney Corrêa Vieira | Cid Rodrigues | Geraldo Lucio Góes Cruz | Lídia Maria de Almeida Gama | Luiz Felippe da Fonseca Júnior | Maria José Fernandes Cerqueira de Almeida | Sérgio de Vasconcellos Rodrigues
COORDENAÇÃO TÉCNICAMário Luiz Cardoso de Araújo (Assessoria de Planejamento)
COORDENAÇÃO EDITORIALWashington Luiz de Araújo (Gerência de Comunicação eRelações Institucionais)
TEXTO BASEMário Luiz Cardoso de Araújo (Gerente Executivo de Planejamento)Paulo Camillo Pinto de Gusmão (Analista de Planejamento Sr.)Leandro Emygdio de Negreiros (Analista de Planejamento Jr.)Juliana Cristina Fernandes (Analista de Planejamento Jr.)
COLABORAÇÃOBruno Oliva Girardi (Gerência de Participações Mobiliárias) | Cláudio Renato Diniz Alves (Gerência de Operações) | Iris Taylor de Lima (Gerência de Recursos Humanos) | Maria Andrea Santichio (Gerência de Participações
Mobiliárias) | Maria Fernanda dos Santos Ramos (Gerência de Operações) | Priscila Mattos Azevedo (Gerência de Clientes Institucionais) | Rafaela Guedes Medina Coeli (Assessoria de Novos Projetos)
EDIÇÃOMillennium Comunicação Integrada
REPORTAGEMVerônica Arzivenco
REVISÃO EDITORIALGleice Pacheco | Silvia Yared | Verônica Arzivenco
REVISÃO TÉCNICAPaulo Camillo Gusmão | Juliana Fernandes | Leandro Negreiros
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOBrick SOMA
CAPALuiz César Cabral
PETROSFundação Petrobras de Seguridade SocialRua do Ouvidor, 98 - Centro20.040-030 Rio de Janeiro - RJTelefone: (21) 2506-0335Internet: www.petros.com.brE-mail: [email protected]
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Relações Institucionais
Glossário
Índice GRI
Histórico dos Balanços
Princípios Básicos de Responsabilidade Social
Parâmetro do Relatório
Modelo de Balanço Social – Padrão IBASE
3BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Carta Social
Carta Social
Agir no presente e pensar no futuro são compor-
tamentos que dependem da mudança das pessoas e
de suas atitudes. E assim tem sido na Petros. Além de
assegurar uma aposentadoria tranquila a seus parti-
cipantes, a Fundação, que completou quatro décadas
em 2010, tem intensificado a filosofia de responsa-
bilidade social nos últimos oito anos.
Dentro desta filosofia estão as premissas de não
investir em empresas fora dos critérios de respon-
sabilidade social e de avaliar os fornecedores, des-
de o processo de licitação para aquisição de bens e
serviços. Isso significa que empresas, onde a Petros
tem participações e fornecedores, precisam estar
conscientes e comprometidas quanto ao seu papel
na sociedade, respeitando a legislação trabalhista,
e empenhadas com a divulgação periódica de
suas ações através da publicação de um
Balanço Social.
As relações institucionais com poderes pú-
blicos visam manter um comprometimento de
transparência e cooperação. Outra premissa da
Petros é estabelecer junto aos órgãos regulado-
res do Sistema das Entidades Fechadas de Previ-
dência Complementar e Ministérios do Trabalho, da
Previdência Social e da Fazenda um relacionamento
que permita a melhoria constante dos direitos previ-
denciários dos trabalhadores brasileiros. Além
disso, fazem parte dessa parceria o apoio à
elaboração de políticas públicas para o de-
senvolvimento social, a consolidação da de-
mocracia participativa, a sustentabilidade e a
humanização do progresso da nação.
A integração da sociedade também está no
escopo da Responsabilidade Social da Fun-
dação. Pensando nisso, vem desenvolvendo
ações para a promoção da inclusão social nas
áreas de educação, inclusão digital, saúde, alimentação
e geração de emprego e renda. Com isso retira muitas
pessoas da vulnerabilidade social e as inclui nas diretri-
zes de Direitos Humanos e Cidadania.
Nas relações de trabalho, a prioridade tem sido a pro-
moção dos empregados, com fundamentos em critérios
técnicos e não discriminatórios; formação profissional;
treinamentos em seguridade e negócios da Petros; ações
para retenção de talentos; desenvolvimento tecnológi-
co; práticas de inclusão de jovens, adultos e deficientes
físicos; educação; qualidade no atendimento à saúde;
incentivo ao esporte e à cultura.
Sobre os temas seguridade e educação, vale res-
saltar que, mais do que garantir uma aposentadoria,
é preciso que o público interno esteja atento para o
consumo consciente e tenha conhecimento sobre a
educação financeira. Isso gera um efeito multiplica-
dor dentro e fora da Petros, pois a família passa a
ser agente integrante das ações e os participantes as-
sistidos, novos empreendedores e disseminadores da
cultura previdenciária.
Tal postura permite agregar um papel reativo ao
público interno – que, em geral, só reage diante de
uma necessidade - um perfil pró-ativo, que cria um
processo de mudança nas condições de vida, importan-
tes para projetos pessoais e profissionais. Com isso, a
Petros está tornando seu público interno sujeito parti-
cipativo na sociedade.
Por tudo isso, a 7ª edição do Balanço Social da Petros
aborda as práticas de Responsabilidade Socioambiental
levadas a efeito pela Fundação nos últimos sete anos,
e não apenas as ações do ano de 2009. Essas práticas
consolidam as conquistas dos 40 anos da Petros, uma
trajetória de desafios e sonhos do segundo maior Fundo
de Pensão do Brasil, que está sendo transformado por
pessoas e seus ideais.
Um mundo melhor é possível com garantia de renda
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4BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL SE CONSOLIDOU NO SÉCULO XXI NO CENÁRIO BRA-
SILEIRO E MUNDIAL EM UM MOVIMENTO INTENSO, REPRESENTADO, PRINCIPALMENTE, POR GRANDES
EMPRESAS E ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS). ESSA TRAJETÓRIA, NO ENTANTO,
VEM DE LONGA DATA. AS PRIMEIRAS INICIATIVAS, TÍMIDAS, SURGIRAM DO COMPORTAMENTO FILAN-
TRÓPICO, DISTANTE AINDA DAS AÇÕES LIGADAS AOS NEGÓCIOS. HOJE HÁ UMA COMPREENSÃO CADA
VEZ MAIS AMPLA QUE A RESPONSABILIDADE SOCIAL DEVE SER UM DOS ASPECTOS PRINCIPAIS DA
GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES, PÚBLICAS E PRIVADAS.
Primeiro Marco Em 1972, no ímpeto dos movimentos am-
bientais, a Organização das Nações Unidas
(ONU) promoveu, na Suécia, a “Conferência
de Estocolmo sobre Meio Ambiente e Direitos
Humanos”. O encontro marcou o início de um
movimento que buscava práticas econômicas
mais justas, a redução das desigualdades so-
ciais e a preservação do meio ambiente. Uma
anos de ResponsabilidadeSocial Empresarial:um novo mundo, um novo Brasil e uma nova gestão
40
preocupação já anunciada na década de 1950,
por Howard Bowen que, em seu livro “Respon-
sabilidades Sociais do Homem de Negócios”,
alerta os empresários para a necessidade de um
maior comprometimento das companhias com
a sociedade.
Para isso, a ONU constituiu a Comissão
Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvol-
vimento que produziu, em 1987, o documento
40 anos de Responsabilidade Social Empresarial
Divu
lgaç
ão/Ib
ase Texto base: Eduardo R. Gomes, Raquel Chrispim, Fábio Rocha
“Não cabe às ONGs brasileiras acabar com ou pretender substituir o Estado, mas colaborar paraa sua democratização.”Betinho
5BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Contudo, em pleno regime ditatorial no Bra-
sil, algumas ações com conteúdo de responsa-
bilidade social começavam a aparecer ainda que
de forma embrionária. O chamado “milagre eco-
nômico”, entre 1969 e 1973, considerado como
a fase áurea do desenvolvimento brasileiro, foi
caracterizado por uma significativa contradi-
ção: forte crescimento econômico aliado a uma
perversa concentração de renda e a um agrava-
mento dos índices de pobreza, consagrando a
filosofia do progresso a qualquer custo.
No período seguinte, entre 1974 e 1979, o
crescimento acentuado foi marcado pelo agrava-
mento da mesma contradição e pelo surgimento
de fortes processos de deterioração ambiental.
Neste contexto, surgiram e se intensificaram
manifestações sociais contra o regime ditatorial
pela restauração das liberdades democráticas,
pela distribuição de renda e contra as crescentes
desigualdades sociais.
Com a ascensão da democracia na década de
1980, exilados políticos voltaram ao Brasil com
novas ideias e antigos ideais: transformar a na-
ção, com direitos iguais e uma nova visão de de-
senvolvimento. Aliados a isso, a insatisfação da
população com a situação política e econômica
do País motivou a mobilização dos movimentos
sociais organizados, sindicatos e ONGs.
Nasce o IBASEEsse quadro de insatisfação era visível e a
pressão social se tornara mais forte e presente,
tanto em relação ao governo quanto com relação
às empresas. Desse cenário, nasceu o Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Iba-
se), com a missão de “aprofundar a democracia,
seguindo os princípios de igualdade, liberdade,
participação cidadã, diversidade e solidariedade”.
O Ibase, com seu principal articulador, o soció-
logo Herbert Souza, o Betinho, lançou a “Cam-
panha Nacional Contra a Fome, a Miséria e pela
Vida”, que abriu na sociedade o debate sobre a
superação da pobreza.
Ainda que a Responsabilidade Social Empre-
sarial (RSE) tenha adquirido impulso no Brasil no
final da década de 1980, foi somente no final da
década seguinte que sua representatividade se
expandiu no meio empresarial, ganhando espaço
junto à administração pública e à sociedade civil.
Em 1997, o Ibase criou um modelo de Balanço
Social seguido do lançamento de um selo para as
empresas demonstrarem à sociedade o seu com-
promisso com a RSE, além de estimular a partici-
pação voluntária em projetos sociais.
Antes disso, vale ressaltar que, em 1992,
aconteceu, no Rio de Janeiro, a II Conferência
Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento, a Eco-92, que resultou em protocolos
para a preservação do meio ambiente e o de-
senvolvimento sustentável. Um dos principais
resultados desta Conferência foi a aprovação da
Agenda 21, um acordo estabelecido entre 179
países para a elaboração de estratégias para o
alcance do desenvolvimento sustentável. Pa-
ralelamente a esse evento aconteceu o Fórum
Global que aprovou a Declaração do Rio ou a
Carta da Terra.
Nessa mesma época, o processo de consoli-
dação da democracia no Brasil já havia iniciado,
mas as desigualdades sociais e as crises econô-
micas e políticas retardavam o desenvolvimen-
to do País. Diante desse quadro, os empresários
40 anos de Responsabilidade Social Empresarial
“Nosso Futuro Comum”, conhecido como “Re-
latório Bruntland”, o qual cunhou o conceito
de desenvolvimento sustentável, definido como
o “desenvolvimento que permite satisfazer as
necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de suprir suas
próprias necessidades”.
O primeiro discurso a favor da Responsabili-
dade Social, no Brasil, surgiu ainda na década
de 60, com a publicação da “Carta de Princípios
do Dirigente Cristão de Empresas”, que tinha o
objetivo de discutir o balanço social das empre-
sas. Sem dúvida, um marco na história empre-
sarial do país. No entanto, com uma sociedade
desarticulada, subjugada e com empresários
desmotivados a investirem em ações sociais,
pouco foi feito.
6BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
perceberam que não podiam mais atuar apenas
na instância econômica e incorporaram definiti-
vamente a questão social. As ações de natureza
filantrópica cederam lugar aos projetos sociais
voltados para o atendimento da população me-
nos favorecida.
Uma Nova MentalidadeEmpresarial
O primeiro grupo de empresários a se movi-
mentar mais concretamente nesse sentido foi
o Pensamento Nacional das Bases Empresarias
(PNBE), formado por pequenos e médios empre-
sários. Essa associação já sinalizava uma nova
postura pautada na luta pela democracia e por
políticas que reduzissem as desigualdades sociais
do país, evidenciando a necessidade de amplia-
ção da Responsabilidade Social nas empresas.
O PNBE foi o primeiro grupo empresarial con-
cebido como “reclamador” dos deveres do Estado,
com ênfase no combate à corrupção. As princi-
pais propostas sugeridas foram: a necessidade de
evitar a sonegação e a exigência da transparên-
cia na arrecadação. No ano seguinte, o PNBE par-
ticipou do “Movimento Ética na Política”, cujas
manifestações públicas giraram em torno das de-
núncias contra as diversas formas de corrupção
deflagradas na década de 90.
O grupo deu início à sua ação junto ao Es-
tado discutindo questões econômicas, políticas
e sociais, sempre buscando abrir negociações
para uma política anti-inflacionária e a melhorar
a distribuição de renda, sugerindo várias vezes
o pacto social. A partir dessa iniciativa, a RSE
passou a ser um movimento crescente no Brasil,
com ações sociais de várias empresas apoiadas
por instituições como o Grupo de Institutos Fun-
dações e Empresas (Gife), a Fundação Abrinq, o
Instituto Etco, o Instituto Ethos e a Akatu.
Instituto ETHOS: Disseminação e Fortalecimento da Responsabilidade Social Empresarial no Brasil
Fundado em 1998, o Instituto Ethos de Em-
presas e Responsabilidade Social é considerado
como a maior e mais representativa entidade vol-
tada a ações de RSE da América Latina. O Institu-
to é uma organização não-governamental criada
com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar
as empresas a gerirem seus negócios de forma
socialmente responsável, tornando-as parceiras
na construção de uma sociedade sustentável e
justa. Seus mais de 1,3 mil associados – empre-
sas e organizações de diferentes setores e portes
– têm como característica principal o interesse
em estabelecer padrões éticos de relacionamento
com funcionários, clientes, fornecedores, comu-
nidade, acionistas, poder público e com o meio
ambiente.
Em parceria com outras associações empresa-
riais, o Ethos exerce pressão junto ao Congresso
Nacional pela regulamentação de leis voltadas
para a adoção, pelas empresas, de práticas con-
dizentes com os princípios da RSE. O associati-
vismo de empresas que têm atuação socialmente
responsável revela uma nova forma de intervir ou
de interagir com o Estado e a sociedade, atuando
numa perspectiva mais democrática no País. O
quadro de associativismo brasileiro não descon-
sidera os interesses econômicos e privados, mas
incorpora cada vez mais a preocupação com o
bem-estar social.
A RSE, praticada no Brasil há mais de 15 anos,
é considerada referência para a América Latina e
modelo para muitos países. O empresariado bra-
sileiro despertou para essa nova forma de gestão
e passou a contribuir para o desenvolvimento de
ações de responsabilidade social nas localidades
onde atua. Para chegar aos resultados de hoje, a
RSE teve uma trajetória composta por mudanças
no pensamento do empresariado e na sua forma
de articulação com o Estado e com a sociedade
civil, incentivadas pelas demandas sociais e pelo
novo modelo econômico.
Como visto, se entre 1930 e 1970 o associa-
tivismo empresarial focava o interesse do setor
privado com vistas aos ganhos econômicos, a
partir dos anos 90 foram criadas representações
empresariais também voltadas para a questão
social. Assim, a RSE caminhou para uma configu-
ração mais sólida em nossa cultura empresarial,
sendo implantada na gestão das empresas e não
apenas em ações paralelas. A conjunção da res-
ponsabilidade social com a gestão estratégica e
a preocupação com as questões sociais está cada
dia mais presente nas práticas empresariais. São
mais de 40 anos na busca da verdadeira demo-
cracia e do desenvolvimento sustentável.
40 anos de Responsabilidade Social Empresarial
“A guerra contra a fome é como um combate a incêndio. Quando há incêndio, ninguém senta para detalhar planos ou capacitar pessoas. Se há fogo,o bombeiro toca o sino e sai.”(Betinho, em entrevista à Folha de
S.Paulo, out/1995)
7BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
EM 1917 HENRY FORD DECLAROU NA CORTE DE MICHIGAN (EUA)
A DECISÃO DE REINVENTAR NA SUA EMPRESA OS LUCROS ACUMULA-
DOS. SEU MAIOR PROPÓSITO FOI INCENTIVAR AS PESSOAS PREOCUPADAS
EM GANHAR DINHEIRO A USÁ-LO PARA GERAR EMPREGO. OITENTA ANOS
DEPOIS, WILLIAN CLAY FORD JR., TATARANETO DE FORD, ACREDITANDO
NA VISÃO DO FUNDADOR DA EMPRESA, CONVENCEU OS ACIONISTAS DA
MONTADORA SOBRE A IMPORTÂNCIA DE SE TRATAR OS NEGÓCIOS COMO
UM SERVIÇO PARA A SOCIEDADE. A PROPOSTA SE MULTIPLICOU, SEN-
SIBILIZANDO OUTRAS PARTES INTERESSADAS DA COMPANHIA PARA UMA
NOVA FORMA DE ATUAR NOS NEGÓCIOS E FAZER DO MUNDO UM MELHOR
LUGAR PARA TODOS. ESSA PROPOSTA, QUE EMBORA FOSSE PIONEIRA E
ENFRENTASSE DIFICULDADES PARA SER IMPLANTADA, TOMOU FORMA EM
TODO O PLANETA E VEM SE APERFEIÇOANDO. A HISTÓRIA DE 40 ANOS
DA FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL (PETROS) FAZ PARTE
DESSA PROPOSTA DE TRANSFORMAÇÃO DA VISÃO DE PATROCINADORAS,
INSTITUIDORES, PARTICIPANTES ATIVOS E ASSISTIDOS, EMPRESAS ONDE A
FUNDAÇÃO TEM PARTICIPAÇÃO E, PORQUE NÃO DIZER, DO BRASIL.
Um paralelo com os 40 anosda Petros: da filantropia à gestão socialmente responsável
Um paralelo com os 40 anos da Petros
A Petros é o resultado de uma ação de gestão
socialmente responsável da Petrobras criada, em
1970, para gerir o plano de benefícios previdenci-
ários dos seus trabalhadores, como complemen-
to aos benefícios da Previdência Social. A oferta
desse benefício foi articulada como uma ação de
caráter social e de preservação dos investimentos
em capacitação de mão de obra, necessários para
viabilizar ações estratégicas, empresariais e na-
cionais. Vale ressaltar que nessa época não havia
a consciência nem o compromisso das empresas
com a RSE.
Com a democratização e as privatizações das
estatais, na década de 90, a Fundação, consciente
do seu papel, enfrentou o desafio da globalização.
Assim, permaneceu com a visão de futuro de ser
reconhecida pela sociedade brasileira como líder
no mercado por sua competência e eficiência.
8BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Um paralelo com os 40 anos da Petros
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Essas iniciativas trouxeram para a Petros, em
1999, o reconhecimento comprovado pela ob-
tenção do prêmio da Associação Brasileira das
Entidades Fechadas de Previdência Complemen-
tar (Abrapp), na categoria “Brilhante”, e troféus
de destaque pelos critérios Planejamento Es-
tratégico e Gestão de Pessoas implantados na
Fundação.
Partindo desse princípio de reformulação da
política brasileira e de uma nova ordem mun-
dial, a Petros, em 2003, foi pioneira ao organi-
zar uma reunião para discutir com outros fundos
de pensão a questão da responsabilidade social
nos investimentos. Em seguida, levou a propos-
ta à Abrapp que, conjuntamente com o Instituto
Ethos, elaborou critérios de Responsabilidade So-
cial em investimentos, publicados posteriormen-
te como “Princípios Básicos de Responsabilidade
Social”, sob a ótica dos Fundos de Pensão.
A partir deste mesmo ano, a Fundação im-
plementou a opção estratégica de promover o
multipatrocínio, transformando-se em entidade
gestora de planos de previdência complementar
patrocinados por diferentes empresas nacionais.
Essa ação foi intensificada na segunda metade
da década com a incorporação da gestão dos
planos instituídos por entidades associativas. O
objetivo dessa ação é promover a inclusão pre-
videnciária de um universo cada vez maior de
trabalhadores.
Ainda em 2003 era possível perceber o foco
da Fundação na transparência e valorização dos
direitos humanos, demonstradas pela criação da
Ouvidoria. Logo depois, em 2004, formalizou a
sua Política de Responsabilidade Social e, como
decorrência, criou o Comitê de Responsabilidade
Social da Petros (Comresp), um dos primeiros co-
mitês dentre os fundos de pensão voltados para
essa questão.
A Política de RSE da Petros tem como princí-
pio maior o binômio democracia (participativa
e cidadã) e desenvolvimento (inclusivo, dis-
tributivo e com justiça social), complementa-
do por um conjunto de princípios gerais. Sua
aplicabilidade deve se viabilizar de acordo com
diretrizes previstas na Política de RSE em to-
das as esferas de atuação e relacionamento da
Fundação: seguridade (participantes e patroci-
nadoras), investimento (participações em em-
presas), gestão administrativa (trabalhadores e
fornecedores), relações com a sociedade e rela-
ções institucionais.
Um dos marcos desse compromisso foi a ade-
são aos Princípios de Investimentos Responsá-
veis (PRI), uma iniciativa do Programa das Na-
ções Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em
parceria com o sistema financeiro global. Dando
continuidade às ações de RSE, a Petros aderiu ao
Carbon Disclosure Project (CDP), uma entidade
sem fins lucrativos com o objetivo de criar ações
e vencer os desafios causadores das mudanças
climáticas globais.
No Planejamento Estratégico de 2008-2012, a
Petros fortalece as suas ações na responsabili-
dade social voltadas para o público interno, par-
ticipantes, fornecedores, comunidade, governo e
sociedade civil.
Ao longo deste processo de incorporação da
RSE, a entidade se deparou com a crise finan-
ceira mundial, em 2008. Contudo, conseguiu
superar, em pouco tempo, os efeitos negativos,
através da eficiente gestão de ativos que per-
mitiu fomentar a proteção do valor das reservas
garantidoras dos planos de benefício. Cabe sa-
lientar ainda que, apesar de a crise ter causado
impactos imediatos na rentabilidade dos investi-
mentos, abriram-se oportunidades nos segmen-
tos de renda fixa e renda variável, o que, de certa
forma, protegeu o seu patrimônio.
Na gestão de seguridade, a Fundação pro-
moveu o equilíbrio do Plano Petros do Sistema
Petrobras criando soluções para que seus parti-
cipantes tenham pleno usufruto dos benefícios
previdenciários ao longo de sua vida laboral. Na
gestão administrativa não foi diferente, sendo
uma das prioridades a promoção da equidade
com a implementação do Programa Pró-Equida-
de de Gênero, além da inclusão de pessoas com
deficiência no corpo funcional.
Comprometida com seus fornecedores, a Pe-
tros é exigente em seus processos de licitação
para contratação de bens e serviços, não só em
relação aos objetos contratados, mas com toda
a cadeia produtiva. Isso significa que fornecedo-
res precisam estar conscientes do seu papel na
sociedade, respeitando a legislação trabalhista,
combatendo o trabalho escravo e infantil.
9BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Introdução
No ano em que completa 40 anos de sua cria-
ção, a Fundação Petrobras de Seguridade Social
(Petros) divulga seu sétimo Balanço Social con-
secutivo. Desde a primeira edição, divulgada
em 2004, este documento tem sido concebido e
construído como uma ferramenta de gestão que
sistematiza informações, realiza um diagnósti-
co e consolida os resultados obtidos a partir das
práticas de responsabilidade social corporativa
levadas a efeito no ano anterior. É um instrumen-
to transparente de diálogo com as suas partes
interessadas: participantes, patrocinadoras, tra-
balhadores, empresas em que a Petros participa
no capital, entidades e associações de classe do
segmento de previdência complementar fechada,
governo, mídia e sociedade civil.
A responsabilidade social tem se consolidado
anualmente como um pilar estratégico da gestão
da Petros. O que revela uma consciência crescen-
te de que contribuir com a sustentabilidade so-
cial e ambiental é fator essencial na garantia da
perenidade das sociedades e no provimento das
gerações futuras com condições melhores que as
atuais. A concretização desse objetivo requer o
comprometimento das empresas, das instituições
públicas e privadas e dos cidadãos com princí-
pios e práticas socialmente responsáveis. É nessa
direção que a Petros busca atuar de forma cada
vez mais firme.
O presente relatório resgata a trajetória da
Fundação, de 2003 a 2009, rumo à sua susten-
tabilidade. Nos diversos capítulos que compõem
o documento são sistematizadas, apresentadas e
comentadas as ações da Fundação nesse período.
Em primeiro lugar, a Gestão de Ativos dos
planos de benefício administrados pela Funda-
ção deve ser capaz de garantir o cumprimento
dos compromissos assumidos com seus partici-
pantes para o pagamento dos benefícios a que
têm direito. O alcance desse objetivo requer que
os investimentos sejam geridos com parcimônia
e segurança, mas também com ousadia e con-
fiança no contínuo desenvolvimento econômico
e social do país. Os investimentos socialmente
Introduçãoresponsáveis e com boas práticas de governan-
ça corporativa são os que comprovadamente
possuem maiores perspectivas de rentabilidade
e segurança, sem prejuízo de sua liquidez. Eles
apontam para um sólido horizonte de sustenta-
bilidade das empresas, de uma sociedade mais
equânime e justa e de um meio ambiente pre-
servado e equilibrado, questões essenciais para
a perenidade da própria Fundação e dos planos
de benefício que administra.
Em segundo lugar, a Gestão de Seguridade
deve ser marcada pelo equilíbrio entre a auste-
ridade na construção e na gestão dos planos de
benefício, que devem contribuir para a melhoria
das condições de vida dos participantes assisti-
dos. Esse equilíbrio, por sua vez, deve ser com-
binado com o atendimento humano aos partici-
pantes e com a extensão do acesso à previdência
complementar a um crescente contingente de
trabalhadores brasileiros. Planos de benefícios
mal estruturados, com condições precárias de
equilíbrio e/ou mal geridos, acabam provocando
o consumo dos recursos garantidores de benefí-
cios em ritmo mais intenso que a sua valoriza-
ção, comprometendo a solvabilidade futura dos
planos. A garantia desse equilíbrio deve ser con-
quistada com a transparência e a ética em todo
o processo de gestão dos planos, para cada parti-
cipante, alinhadas à preservação e à melhoria da
qualidade de vida, material e emocional.
Em terceiro lugar, a Gestão Administrativa
deve ser orientada pelo fato de que a Petros
é uma organização com um horizonte de vida
de 50 anos ou mais, pelas razões mencionadas
anteriormente. Isso requer austeridade admi-
nistrativa e financeira, e também capacidade de
absorver as contínuas inovações tecnológicas e
dos processos de gestão em sua dinâmica in-
terna. Para tanto, é necessário ter um quadro
de empregados e colaboradores com alta qua-
lificação, incentivados pelos processos internos
de remuneração, estrutura de cargos e salários,
desenvolvimento profissional e contínua quali-
ficação, entre outros aspectos.
É fundamental que esses processos ocorram
em um ambiente de trabalho que promova a
equidade e a valorização da diversidade de gêne-
ro, raça ou cor, idade, credo religioso, nível edu-
cacional, com a prevenção e a condenação ex-
pressa de qualquer prática discriminatória entre
as pessoas. Um ambiente que também favoreça a
inclusão dos trabalhadores oriundos das minorias
sociais marginalizadas. A ecoeficiência da gestão
da entidade e o relacionamento com os fornece-
dores também devem ser pautados por princípios
de responsabilidade social.
O bom desempenho dessas três dimensões
é garantido por um sistema de governança
corporativa que contempla instrumentos de
gestão participativa, controle e mitigação de
riscos, respeito às normas de regulação e fis-
calização da previdência complementar. Um
sistema que incorpore e relacione princípios
de transparência, ética e responsabilidade so-
cioambiental. A manutenção de relações pró-
ativas com as instituições públicas, em parti-
cular as de regulação e fiscalização do setor,
com as entidades organizadas da sociedade
civil (mídia, associações de classe etc.) e com
os cidadãos em geral também contribuem com
a gestão da Fundação.
Resumindo, a sustentabilidade da Petros, es-
sencial para o cumprimento de sua missão ins-
titucional, é decorrência de uma gestão pautada
por boas práticas de governança corporativa e
por princípios de responsabilidade socioambien-
tal em suas três dimensões principais de atuação,
descritas anteriormente.
O presente relatório tem por objetivo re-
latar o caminho construído pela Petros ao
longo dos últimos sete anos e em que con-
dições conduzem à sua sustentabilidade. Seu
objetivo é ser um instrumento de gestão, que
indique se os rumos seguidos estão corretos,
se necessitam de ajustes ou se podem ser
potencializados. Ou seja, é também um ins-
trumento de diálogo com todas as partes in-
teressadas.
GRI1.12.13.14.12
10BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
1 PERFIL
1.1 A Previdência Complementar
A Fundação Petrobras de Seguridade Social –
Petros é uma entidade fechada de previdência
complementar, criada há 40 anos, que tem por
finalidade o desenvolvimento e a administração
de planos de benefícios de caráter previdenciá-
rio, oferecidos aos trabalhadores das empresas e
O Regime de PrevidênciaComplementar
O Regime de Previdência Privada comple-
mentar à Previdência Oficial é dividido em dois
segmentos:
− O aberto, constituído pelas Entidades Aber-
tas de Previdência Complementar (EAPCs) vin-
culadas a bancos, seguradoras e outras insti-
tuições, que comercializam planos individuais
e coletivos de previdência complementar, com
finalidade lucrativa.
− O fechado, formado pelas Entidades Fecha-
das de Previdência Complementar (EFPCs),
também conhecidas como Fundos de Pensão.
São entidades gestoras de planos de benefí-
cios patrocinados por empresas ou instituídos
por entidades associativas, oferecidos exclu-
sivamente a seus empregados ou associados,
respectivamente. As EFPCs não possuem fins
lucrativos e todos os recursos que administram
são revertidos em benefícios para os partici-
pantes dos planos de que são gestoras.
Duas leis complementares disciplinam o funcio-
namento da previdência complementar fechada. A
LC 108/01 define a relação entre as organizações
públicas e as EFPCs que patrocinam e, a LC 109/01,
que define o que são, quais os objetivos, qual a
estrutura e quais são as regras de funcionamento
das entidades de previdência complementar fe-
chadas e abertas. As resoluções do Conselho Mo-
netário Nacional (CMN) definem as diretrizes de
aplicação dos recursos administrados pelas EFPCs,
fixando os limites de aplicação e concentração dos
ativos de investimentos das entidades.
entidades que os patrocinam ou instituem com o
objetivo de promover o bem-estar social de seus
participantes.
A aplicação e o fortalecimento de princípios
e práticas socialmente responsáveis norteiam a
gestão da Fundação, e também sua relação com
As Entidades Fechadas dePrevidência Complementar
O órgão regulador do Sistema Fechado da
Previdência Complementar - SFPC (Figura 1) é o
Conselho Nacional da Previdência Complemen-
tar (CNPC), presidido pelo Ministro da Previdên-
cia Social, composto por oito membros, sendo
cinco representantes do poder público, um das
EFPCS, um dos patrocinadores e instituidores
e um dos participantes e assistidos. A fiscali-
zação e a supervisão das atividades das EFPCs
a sociedade. Contudo, a evolução da entidade, os
seus novos desafios e as transformações da so-
ciedade impõem que esses princípios e práticas
sejam sempre revistos e aperfeiçoados.
são competência da Superintendência da Previ-
dência Complementar (PREVIC), uma Autarquia
em regime especial, vinculada ao Ministério da
Previdência Social, com autonomia financeira,
administrativa e patrimonial. A PREVIC, insti-
tuída em 2009, em substituição à Secretaria da
Previdência Complementar (SPC), tem quadro de
pessoal próprio, selecionado por concurso públi-
co, e orçamento constituído por contribuições
das EFPCs, de acordo com seu patrimônio ad-
ministrado.
1 Perfil
GRI4.8
GRI4.13
Sistema de PrevidênciaComplementar
Sistema Aberto Sistema Fechado
Ministérioda Fazenda
Ministério daPrevidência Social
EAPCs EFPCsInstituidores
Patrocinadora
Participante
Órgãos Reguladores
CNSP e SUSEP
Órgãos Reguladores
CNPC e PREVIC
Figura 1 – ESTRUTURA DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR NO BRASIL
Nota: PREVIC – Superintendência da Previdência Complementar, SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, CNPC – Conselho Nacional de Previdência Complementar, CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados.
11BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
1.2 A Petros
Desde a institucionalização, em 1978, as EFPCs vêm apresentando sig-
nificativa expansão, principalmente em termos patrimoniais. Entre 2000
e 2009, a quantidade total de participantes ativos e assistidos aumen-
tou em 27,1%, uma média de 2,7% a.a.. No mesmo período, a Carteira
de Investimentos do conjunto das entidades evoluiu 272,1%, em termos
nominais, ou 95,9% em termos reais, o que representa 7,8% reais a.a.
(deflator: IPCA). Os Gráficos 1 e 2 mostram a evolução anual do total de
participantes e dos investimentos das EFPCs, em valores nominais.
A evolução das EFPCs se manifesta, sobretudo, no aprimoramento dos
A Petros é uma entidade de natureza jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, com autonomia financeira e administrativa. Sua sede está
localizada no Rio de Janeiro e possui postos de atendimento em Santos,
Salvador e Aracaju. Em dezembro de 2009, a força de trabalho da Petros
era composta por 682 trabalhadores, sendo 469 empregados, 167 contra-
tados, 21 estagiários e 25 jovens aprendizes.
Originalmente, a Petros foi criada para gerir o Plano Petros (na modali-
dade benefício definido), oferecido a todos os empregados de suas patro-
cinadoras: a Petrobras e suas empresas subsidiárias e coligadas. A reforma
do estatuto da Petros, em 1994, lhe conferiu a possibilidade de oferecer e
administrar planos de benefícios patrocinados por outras empresas. Esse
potencial foi aproveitado com maior intensidade a partir do ano 2000,
quando a Fundação passou a oferecer e a ser gestora de planos de benefí-
cios patrocinados por outras empresas. A partir de 2004, a Petros ampliou
a sua participação no segmento onde atua, ao firmar convênios de adesão
com entidades instituidoras (sindicatos, conselhos profissionais, associações
e cooperativas), para gerir os planos de benefícios por ela instituídos.
instrumentos de gestão e governança e dos mecanismos de controles in-
ternos e externos. Esses aperfeiçoamentos proveem maior garantia para
a gestão dos benefícios e dos recursos garantidores e, portanto, para o
cumprimento do compromisso das EFPCs com os participantes dos planos
de benefícios que administram.
São exemplos desses aperfeiçoamentos: os Investimentos Socialmente
Responsáveis, maior transparência e ética na gestão, incorporação crescen-
te de princípios e práticas de Responsabilidade Socioambiental (RSA) nas
diversas esferas de atuação e relacionamento das entidades.
1.2 A Petros
Fonte: PREVIC - Superintendência da Previdência Complementar e ABRAPP - Associação Brasileira das EntidadesFechadas de Previdência Complementar (dados de dezembro de cada ano; 2009: dados de novembro)
20000
0,5
1
1,5
2
2,5
3
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 1 - EVOLUÇÃO PARTICIPANTES EFPCs - EM MILHÕESDE PESSOAS
Participantes Assistidos Total
Fonte: PREVIC - Superintendência da Previdência Complementar e ABRAPP - Associação Brasileira das EntidadesFechadas de Previdência Complementar (dados de dezembro de cada ano; 2009: dados de novembro)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 2 - EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS DAS EFPCs (R$ BILHÕES)
129,7152,5
168,4
215,9
255,9
296,4
355
436,7417,5
482,4
Fonte: Petros - Relatório de Atividades (dados de dezembro de cada ano)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 3 - EVOLUÇÃO DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOSDA PETROS (R$ BILHÕES)
7,5
14,3
17,620,7
23,8
27,4
31,3
38 39,6
45,6
GRI2.12.22.42.62.72.84.14
12BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Missão, Visão e Gestão Estratégica A incorporação, a partir de 2008, do compro-
misso com a responsabilidade socioambiental
(RSA) na Missão da Petros, significa que seus
princípios e práticas devem ser parâmetros da
gestão da Entidade em todas as suas áreas de
atuação e em suas esferas de relacionamento.
Ao incluir as expectativas dos instituidores na
sua Missão, a Petros ampliou a abrangência do
seu compromisso de garantir segurança e qua-
lidade de vida para os participantes dos planos
que administra.
A visão reforça o multipatrocínio e expressa
a compreensão de que nele reside o futuro da
Fundação como entidade gestora de planos de
benefícios de previdência complementar.
Os princípios e práticas da responsabilida-
de socioambiental (RSA) e as boas praticas da
governança corporativa são parâmetros funda-
mentais na gestão da Petros. Eles foram incor-
porados ao Plano Estratégico da Fundação para
o período 2004-2008. No Plano atual (2008-
2012), o compromisso com a RSA foi incluído
na Missão e reiterado nas opções e objetivos
estratégicos da Entidade.
1.2 A Petros
Em 2007, o Plano Petros 2 (contribuição variável) estendeu a cobertu-
ra previdenciária complementar aos empregados das empresas do Siste-
ma Petrobras sem acesso a esse benefício, em função do fechamento do
Plano Petros para novos participantes, em agosto de 2002.
Ao longo desse processo, a Petros consolidou o seu compromisso com
a democratização do acesso à previdência complementar, o que é tradu-
zido em sua visão de futuro atual.
Em dezembro de 2009, a Fundação administrava 41 planos de bene-
fícios (25 patrocinados e 16 instituídos), vinculados a 46 patrocinadoras
e 67 instituidoras. A Petros é a segunda maior EFPC em número total de
participantes (132 mil) e de ativos de investimento (R$ 45,6 bilhões).
Os Gráficos 3 e 4 mostram a evolução da carteira de investimentos e
do total de participantes da Petros de 2003 a 2009.
Missão
“Oferecer produtos e serviços, com foco em seguridade, adequados às expectativas de seus participantes,
patrocinadoras e instituidores, geridos com eficácia, transparência e responsabilidade social.”
Objetivo Estratégico
“Implementar a gestão administrativa com foco na integração das áreas da Petros, contemplando os princípios
de responsabilidade social e governança.”
Opções Estratégicas 2004-2008
social, rentabilidade e segurança
Visão
“Ser uma entidade multipatrocinada de produtos de seguridade, reconhecida pela sociedade como líder no
mercado por sua competência e eficácia.”
Objetivo Estratégico (processos internos)
“Ter práticas sócio-ambientais alinhadas ao desenvolvimento sustentável.”
Opções Estratégicas 2008-2012
com foco na rentabilidade e segurança no longo prazo
2008-2012
Plano Estratégico e RSA
Fonte: Petros - Gerência de Operações (dados de dezembro de cada ano)
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 4 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE PARTICIPANTES 2003 A 2009
38.922
52.449 52.840 53.23353.518
53.731 53.940
54.159
39.196 40.55941.271
63.610
74.69378.122
Participantes Ativos Participantes Assistidos
GRI4.8
13BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Entrevista
A estratégia de RSE da Petros não está, no
entanto, restrita aos investimentos. As ações
da empresa refletem uma preocupação muito
mais ampla. “Responsabilidade social é exata-
mente isso. É preciso pensar em uma socieda-
de integrada, onde vários atores e ações estão
interligados. E nossa existência depende desse
bom funcionamento. Para nós, esse círculo se
completa com o participante, que ganha com
um investimento responsável, com a preserva-
ção do meio ambiente e até com as empresas
que respeitam as condições de saúde dos seus
trabalhadores – que pode ter como emprega-
do, um filho ou um neto de participante traba-
lhando nela”.
Desde 2003, a Petros direcionou o tema RSE
de forma articulada, traçando uma política
transversal de atuação. Em 2004, a Fundação
aprovou a Política de Responsabilidade Socio-
ambiental no seu Planejamento Estratégico e
passou a publicar anualmente o Balanço Social.
Pinheiro declara que, desde 2003, a Petros
tem atuado junto com outros fundos, posicio-
nando o setor na vanguarda da cultura de RSE.
“A cultura de responsabilidade social não nasce
do dia para a noite, deve ser construída. E nós
temos trabalhado neste sentido”.
Esta e as seis publicações anteriores do Ba-
lanço Social registram a trajetória e os avanços
desta política, que hoje define critérios claros
para os investimentos e contratações em geral.
“O valor de mercado das empresas está estri-
tamente ligado à imagem da empresa e, caso
haja indícios de que uma determinada empresa
não está alinhada às questões de preservação
do meio ambiente, por exemplo, isso compro-
meterá a sua imagem, o que certamente in-
fluenciará em seu valor de mercado. Por outro
lado, as empresas que estão preocupadas com
essa questão apresentam um perfil muito me-
nos volátil e geram melhores resultados para
os acionistas”.
Pioneirismo em responsabilidade social na previdência complementarA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE) DEVE SER ENCARADADA COMO UMA QUESTÃO
PRIMORDIAL NOS FUNDOS DE PENSÃO PELA PRÓPRIA NATUREZA DO SETOR, QUE EXIGE PERENIDADE
EM SEUS NEGÓCIOS. WAGNER PINHEIRO, PRESIDENTE DA PETROS, É FIRME NESTE CONCEITO: “OS
FUNDOS DE PENSÃO PRECISAM ABRAÇAR ESTA CULTURA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NOS INVES-
TIMENTOS. AFINAL, SOMOS INVESTIDORES DE LONGO PRAZO, COM FOCO NA RENTABILIDADE EM 20,
30 ANOS, PORTANTO PRECISAMOS DE PERENIDADE”.
“A cultura de responsabilidade
social não nasce do dia para a noite, deve ser construída. E nós
temos trabalhado neste sentido.”
Leo
Pinh
eiro
/ V
alor
/ A
g. O
Glo
bo
GRI1.1
14BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Entrevista
Pinheiro cita iniciativas como a produção do
relatório CDP (Carbon Disclosure Project) que
tem o apoio dos maiores fundos de pensão e
da Abrapp: “No Brasil os fundos são os grandes
apoiadores deste investimento”. O PRI (Progra-
ma de Investimentos Responsável da Nações
Unidas) já conta com a adesão de cerca de 20
fundos no País e tem a Previ na liderança entre
os nacionais, no qual a participação da Petros
também é ativa. “Enfim, são iniciativas como
estas e outras que colocamos no nosso dia a dia
como a preocupação com a diversidade, saúde
do trabalhador, questões de gênero, questões
ambientais e fiscais – que aparentemente nos
tiram de foco o lucro – que acabam nos dando
retornos muito melhores”.
Uma das mais recentes ações da Fundação
é a inclusão de perguntas sobre a atuação da
Petros no que se refere às questões socialmente
responsáveis na pesquisa de satisfação 2010. O
objetivo será verificar a percepção dos partici-
pantes, patrocinadoras e instituidores com rela-
ção à imagem da Fundação sobre esse aspecto.
Para Pinheiro, é muito importante ouvir também
os sindicatos, as associações e outros fundos
para ter um retorno de todos os agentes que se
relacionam com a Fundação.
Para propiciar a divulgação das ações pau-
tadas nos princípios de Responsabilidade So-
cial Empresarial, a Petros divulga anualmente
a Política de Investimento, o Balanço Social,
assim como utiliza o Portal Petros e a Revista
Petros como canais permanentes de aborda-
gem do tema.
“As empresas que estão preocupadas com essa questão (ambiental) apresentam um perfil muito menos volátil e geram melhores resultados para os acionistas.”
Petros em Revista Manchetes da Responsabilidade Social Empresarial de 2003 a 2009.
2003
investimentos da EFPCs.
2004
de Responsabilidade Social” para os fundos de pensão.
2005
e disponibilizado a todos os fundos de pensão do Brasil.
2006
“Relacionamento com investidores e cooperados”.
empregadoras do Brasil, segundo guia Você S/A Exame.
de participação como signatária do Carbon Disclosure Project (CDP).
e Diversidade (Coed).
2007
executivos trabalharem, segundo pesquisa coordenada pela
Você S/A Exame.
Responsável (PRI).
na Fundação.
2008
Programa Pró-Equidade de Gênero.
que comprovam união estável, incluindo parceiros do mesmo sexo.
2009
das Pessoas com Deficiência.
FONTE:Revista Petros
15BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
2 ESTRUTURA E GOVERNANÇA2 ESTRUTURA E GOVERNANCA2.1 Estrutura e Funcionamento
2 Estrutura e Governança
A estrutura de gestão da Petros é constituí-
da em seu nível superior pelos Conselhos Deli-
berativo e Fiscal e por sua Diretoria Executiva,
instâncias responsáveis pela definição, imple-
mentação e fiscalização das políticas e estra-
tégias da Entidade, seguindo os princípios da
ética, da transparência e das melhores práticas
de gestão.
GRI2.34.1
6 membros titularese respectivos suplentes
Órgão máximo da estrutura organizacional
Define políticas de gestão:
Composição paritária entre representantes de participantes
e patrocinadoras
Presidente:representante da patrocinadora
principal
Conselho Deliberativo
4 membros titulares e respectivos suplentes
Órgão de controle interno
Realiza constantes consultas aos órgãos de controle interno da Petros para averiguação da
aderência das suas práticasde gestão:
órgãos reguladores
Conselho Deliberativo
de Benefícios
Composição paritária entre representantes de participantes
e patrocinadoras
Presidente:representante dos participantes
Conselho Fiscal
Presidente e 3 diretores:Financeiro e Investimentos, Seguridade, Administrativo
Órgão de administração geral da Petros
Elabora e submete ao Conselho Deliberativo políticas de gestão:
Política de investimentos, orçamento etc.
Cumpre e executa as políticas estabelecidas pelo Conselho
Deliberativo
Dois devem ser participantes de um dos planos de benefícios
Diretoria Executiva
O objetivo principal dos órgãos superiores
de gestão da Fundação é garantir o pleno cum-
primento dos compromissos assumidos junto
aos seus participantes. Os quadros abaixo des-
crevem a composição e as atribuições de cada
instância.
16BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
A estrutura organizacional da Petros é compos-
ta por 19 órgãos de 1ª linha (Ouvidoria, Gerências,
Assessorias e Secretaria Geral), coordenados por
gerentes executivos subordinados diretamente às
respectivas diretorias, tendo por atribuição garan-
tir a execução das ações determinadas. Contri-
buem também com a formulação de políticas de
gestão e com a elaboração do Plano Estratégico
quinquenal da Entidade, bem como sua revisão e
as ações necessárias para sua consecução.
A composição paritária dos conselhos e a exi-
gência estatutária de que dois dos quatro dire-
tores devam ser participantes de um dos planos
administrados pela Fundação, indicam o caráter
participativo de sua gestão, um dos princípios
fundamentais da boa Governança e da RSA.
Comitês Gestores e Comitês InternosA gestão participativa é extensiva aos comitês
gestores dos planos administrados pela Fundação.
Formando fóruns de discussão, são compostos por
representantes das patrocinadoras ou institui-
Quadro 1: Comitês gestores e de investimento da Petros
Comitês Finalidade
ComitêsGestores
Vinculado a cada plano de benefícios. Instrumento de controle, assessoramentoe acompanhamento da gestão de ativos e de seguridade dos planos. O principal é
o Comitê Gestor de Seguridade do Plano Petros – COMGEP.
Comitê deInvestimentos
COMIN - Comitê de Investimentos dos Planos geridos pela Petros. Assessora a gestão dos recursos dos planos administrados pela Fundação.
Fonte: PBO - Plano Básico da Organização.
doras e da Petros. Os comitês gestores são uma
determinação estatutária para todos os planos de
benefício que a Petros administra. Sua composição
e atribuições são definidas no Convênio de Adesão
de cada plano, que estabelece o grau de envol-
vimento do comitê nas decisões estratégicas, no
controle e no acompanhamento da gestão de seus
ativos e de seu passivo (Quadro 1).
Os comitês de investimentos têm por objetivo
assessorar a gestão de ativos dos planos de bene-
fícios. Existentes em alguns planos, eles são com-
2.1 Estrutura e Funcionamento
Quadro 2: Comitês internos da Petros
Comitês Finalidade
Comitê de Avaliação de Corretora deValores Mobiliários (COMAV)
Determinar as políticas para seleção de corretoras queprestarão serviços de intermediação mobiliária
Comitê de Risco Financeiro (CORIF) Definir e avaliar a Política de Risco Financeiro adotadapela Petros
Comitê de Aplicações de Curto Prazo(COMAC)
Definir a alocação de ativos no curto prazo referentesa títulos públicos e renda variável
Comitê de Avaliação de Crédito (COMACRE)Assessorar o Diretor Financeiro e de Investimento no
processo decisório de alocação de ativos de renda fixa com características de crédito e prazo de até 4 (quatro) anos
Comitê de Análise dos Fundos de Investimentos (COMAFI)
Avaliar e deliberar sobre as oportunidades de investimentos e desinvestimentos apresentadas pelos gestores dos fundos
de investimentos, dos quais a Petros é quotista
Comitê de Operações Diárias (COMOD)Definir a alocação de ativos nos fundos de investimentos geridos internamente pela Petros, bem como de ações na
carteira de giro
Comitê de Planejamento Estratégico (COMPE) Promover a implementação e o acompanhamentodo Planejamento Estratégico
Comitê da Qualidade (CQ) Dar continuidade à implementação doSistema da Qualidade da Petros
Comitê de Desenvolvimento de Recursos Humanos (COMREC)
Promover a implementação de projetos de desenvolvimento nos campos pessoal, profissional e gerencial.
Comitê de Conduta e Ética (COMCET) Orientar e promover o cumprimento doCódigo de Conduta e Ética.
Comitê de Gestão da Informação (COGEDI) Propor diretrizes e implementar projetos referentes à gestão da informação na Petros, considerando todas as mídias
Comitê de Responsabilidade Social(COMRESP)
Coordenar a implementação e desenvolvimento das açõesde Responsabilidade Social na Petros
Fonte: PBO - Plano Básico da Organização.
postos por representantes das patrocinadoras, dos
participantes e da Petros (Quadro 1).
Os comitês internos são instâncias de apoio à
Diretoria Executiva. São fóruns multidisciplinares
compostos por gerentes e profissionais do corpo
funcional. Eles têm por finalidade avaliar, propor
e acompanhar a implementação de diretrizes,
políticas e ações para aspectos específicos da
gestão, em consonância com os objetivos estra-
tégicos da Entidade e de acordo com as delibera-
ções da Direção (Quadro 2). A
nton
ia M
orae
sA
nton
ia M
orae
s
17BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
2.2 Governança Corporativa na PetrosO Sistema Fechado de Previdência Comple-
mentar (SFPC) foi instituído e regulamentado
em 1977, pela Lei 6.435 de 15/07/1977. A re-
gulamentação do sistema, aperfeiçoada ao lon-
go de mais de 32 anos de existência do SFPC,
é atualmente moderna e firme. Prevê instru-
mentos mais ágeis, transparentes e técnicos de
orientação e fiscalização da gestão das EFPCs,
incluindo a apuração e punição rigorosa, quan-
do couber, dos gestores na condução das enti-
dades, em caso de erros e/ou irregularidades.
A governança prevista na legislação exige, no
mínimo, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal
e Diretoria Executiva sendo que, nos conselhos,
é garantida a representação de participantes.
A Petros vai além, com a existência de comitês
gestores por plano e comitês de investimentos,
o que agrega participação e fortalece a decisão
técnica.
Os conceitos e princípios de boa Governan-
ça praticados pela Petros estão consolidados
em um conjunto de instrumentos de gestão:
Manual de Governança Corporativa, Código
de Conduta e Ética, Política de Responsabili-
dade Social, Políticas de Investimentos, Plano
Estratégico Quinquenal, Política de Aquisição
e Contratação, entre outros. Esses normati-
vos são periodicamente reavaliados e revistos,
incorporando os ajustes necessários para sua
maior adequação aos seus objetivos, à evolução
dos processos internos, e às transformações da
realidade interna e externa da Entidade. Todo
esse arcabouço normativo é atualizado pe-
riodicamente e encontra-se organizado, hie-
rarquizado e acessível a todos os empregados
no Sistema de Normatização da Petros - SNP,
endossando sua legitimidade e lhe conferindo
maior perenidade.
OuvidoriaÉ crescente o reconhecimento da contribuição
das ouvidorias à melhor Governança das organiza-
ções, principalmente no que diz respeito aos prin-
cípios da transparência, da ética e do respeito às
partes interessadas.
A Petros foi um dos primeiros fundos de pensão
a introduzir a Ouvidoria, contribuindo para torná-
la mais transparente e atenta. Em 2003 foi criada
a Ouvidoria na Fundação, vinculada diretamente
ao seu Conselho Deliberativo. Ela foi criada na
perspectiva de maior democracia e transparên-
cia, como canal condutor de opiniões, sugestões,
reclamações e problemas da sociedade como um
todo, e dos participantes em particular. Seu obje-
tivo é oferecer maior transparência e qualidade no
atendimento à rede que envolve os públicos que
se relacionam com a Fundação. A escuta das soli-
citações é atenta e neutra e múltiplos canais são
utilizados para garantir amplo acesso aos interes-
sados, de forma autônoma, imparcial e sigilosa.
A Ouvidoria dispõe de empregados designados
especificamente para atender aos que procuram
a área, com garantia de sigilo, disponibilidade
de tempo e possibilidade de acesso aos diversos
segmentos da instituição, a fim de procurar os
canais de encaminhamento da sua solicitação
ou dúvida. Essa sinalização, através de relató-
rios e reuniões, é um instrumento disponibiliza-
do à Direção da Entidade para encaminhamento
de providências capazes de garantir um atendi-
mento cada vez melhor a todos os participantes
dos planos que administra.
Entre 2004 e 2009 a Ouvidoria atendeu a
13.124 solicitações (2.187 ao ano, em média),
das quais cerca de 45% relacionadas a aposenta-
dorias e pensões.
GRI4.4
2.2 Governança Coorporativa na Petros
GRI4.4
18BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
2.3 Gerenciamento de RiscosEvolução da Gestão de Riscose Controles
A partir da publicação da Resolução CGPC nº
13, de 1º de outubro de 2004, dispondo sobre os
princípios, regras e práticas de governança e ges-
tão de controles internos a serem observados pe-
las EFPCs, foi percebida pelos gestores da Petros
a necessidade e a oportunidade de adequação e
ampliação do escopo de monitoramento de todos
os riscos que possam comprometer os objetivos e
metas estabelecidas na Fundação.
Nesse sentido, a alta administração da Petros
decidiu implementar um projeto de Gestão In-
tegrada e Descentralizada de Riscos e Controles
(PGIDRC), sob a coordenação das gerências de
Compliance e de Controle, em nível corporativo,
compatível com o porte e a complexidade das
atividades da Petros. Esse projeto tem por obje-
tivo maior o desenvolvimento de uma cultura de
controles internos em todos os níveis hierárquicos
da Entidade, atendendo às disposições legais. Sua
forma de articulação e condução pode também
contribuir para uma melhor integração entre os
diversos órgãos da Fundação.
Foram selecionados, utilizando critérios de
relevância qualitativa e quantitativa, 44 proces-
sos entre os 50 mapeados na Fundação. A partir
dessa seleção, foram considerados 235 subpro-
cessos a serem objetos de análise e elaboração
do mapa de riscos e controles. Para tanto, apro-
ximadamente 30% dos trabalhadores da Petros,
representando todos os órgãos foram treinados
e capacitados em identificação e classificação
de Riscos e Controles. Uma metodologia com-
patível com as melhores práticas do mercado
foi implementada segundo regras de fomento e
disseminação da cultura de Gestão de Riscos, de
acordo com os princípios e diretrizes adotados
na norma Australiana/Neozelandesa AS/NZS
4360/2004. Esta serviu como base para a elabo-
ração da norma brasileira de Gestão de Riscos,
NBR ISO 31000, publicada em 30 de novembro
de 2009 e, em linha com a recomendação nº 2
de 27 de abril de 2009, publicada pelo Conselho
de Gestão de Previdência Complementar (CGPC),
que trata da Supervisão Baseada em Riscos.
Tabela 1: Resultado do PGIDRC
Principais Tópicos Situação em 2009
Gerências Envolvidas Todas
Subprocessos Avaliados 235
Oportunidades de Melhoria emRiscos Altos Identificadas 866
Riscos Identificados 1231
Controles Mapeados 1617
Fonte: Petros – Gerência de Compliance
GRI1.24.11
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
115 173
561
191
634
225 237
673
1548
718752
155
464371
Itens Monitorados Itens Realizados
Fonte: Petros - Gerência de Compliance
2.3 Gerenciamento de Riscos
Gráfico 5 – EVOLUÇÃO DOS ITENS DE VERIFICAÇÃO / CONTROLESINTERNOS MONITORADOS E REALIZADOS
19BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
O desafio de saber ouvir PIONEIRA ENTRE AS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, A OUVIDORIA DA
PETROS COMPLETOU SEIS ANOS DE EXISTÊNCIA, EM 2009. UM PERÍODO DE DESCOBERTAS,
DESAFIOS, DÚVIDAS E CONQUISTAS, COMO RELATA A PRÓPRIA OUVIDORA, VANDA FERREIRA,
RESPONSÁVEL PELA ÁREA.
A senhora poderia fazer um breve balanço sobre a Ouvidoria?A Petros avançou muito ao longo desta ges-
tão. Em 2003, havia um grande número de de-
mandas pendentes em relação à nossa maior
patrocinadora, a Petrobras. Foi bastante difícil
aquele momento, porque tínhamos que colocar
todo o trabalho em dia, ou seja, agilizar proble-
mas que aguardavam uma análise há um bom
tempo. Felizmente, conseguimos estabelecer
uma dinâmica de trabalho e dar vazão às de-
mandas de uma forma que consideramos efi-
ciente. É lógico que há muito o que fazer. Os
desafios são constantes. Cada dia é diferente
para a Ouvidoria.
Quais as dificuldades para implantação de ouvidorias?Na minha opinião, para que uma Ouvidoria
funcione ela deve estar localizada e vinculada
à instância maior de uma empresa. No caso da
Petros, está ligada ao Conselho Deliberativo. Co-
nheço entidades onde há uma grande dificulda-
de em vinculá-las ao alto escalão. É importante
destacar que cada Ouvidoria tem suas peculiari-
dades… O importante é que se tenha Ouvidoria
e que ela “provoque” os funcionários e que os
setores sejam mais ativos.
Cite algumas conquistas em consequência da criação da Ouvidoria.
Com 35 anos dedicados ao magistério e uma
vida de luta pelos direitos humanos e militância
junto ao Movimento Negro no Brasil, Vanda foi
uma das responsáveis por implantar a Ouvidoria
na Petros em 2003. O início, como ela mesmo
revela, foi difícil. Mas o tempo, o empenho e
a disposição para ouvir, uma de suas principais
características, contribuíram para tornar o dia
a dia de sua equipe gratificante e fortalecer a
Ouvidoria como um instrumento de democracia.
“Nossa função é instruir, informar, recomendar
e propor mudanças que melhorem a qualidade
das atividades da instituição”, define Vanda.
Subordinada ao Conselho Deliberati-
vo, órgão máximo da Petros, a Ouvidoria fun-
ciona como uma “auditoria externa”, que visa
aprimorar, de forma autônoma e transparente,
o relacionamento da Fundação com as patro-
cinadoras, instituidores, participantes (ativos e
assistidos), empregados e sociedade.
Atualmente, as principais demandas que
chegam ao setor, que conta com três funcioná-
rios, além de Vanda, são de participantes apo-
sentados relacionadas à revisão de benefícios,
solicitações de empréstimo e financiamento
imobiliário.
A seguir, Vanda Ferreira fala sobre sua traje-
tória à frente da Ouvidoria, do reconhecimento
do setor por outras empresas e aponta algumas
vitórias, como a criação do Subcomitê Pró-
equidade de Gênero, Raça e Diversidade da Pe-
tros (Coed) e a conquista do selo Pró-equidade
de Gênero da Secretaria Especial de Políticas
para as Mulheres (SPM). “A Ouvidoria é um espaço para a mediação de conflitos, para a exposição de idéias, que pode ser transformado num eficiente instrumento de gestão.”
Ouvidoria
Shut
ters
tock
/Edi
tori
a de
art
e
GRI4.4
20BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Ouvidoria
A criação do Subcomitê Pró-equidade de Gê-
nero, Raça e Diversidade da Petros (Coed), em
2006, por exemplo, foi uma conquista muito
importante que surgiu de uma “provocação” da
Ouvidoria. Apontamos a importância de um setor
como este, que preza a igualdade e o respeito
aos direitos dos funcionários, para uma empre-
sa como a Petros. Sua implantação e suas ações
possibilitaram que recebêssemos o Selo de Pró-
Equidade e Gênero, concedido pela Secretaria de
Políticas para as Mulheres, do Governo Federal.
Isso mostra que buscamos a igualdade dentro e
fora da Petros.
Como funciona a Ouvidoria na relação com outros setores?Há uma constante troca de ideias da Ouvidoria
com gerentes e diretores. Já as demandas inter-
nas de funcionários ainda são tímidas. É preciso
um pouco mais de tempo para que o conceito
de Ouvidoria seja absorvido definitivamente em
nossa cultura organizacional. Temos que ter paci-
ência, mas essa mudança de comportamento vai
acontecer. O nosso maior desafio ainda é mostrar
ao corpo de funcionários que neste setor não te-
mos a solução pronta para nada, não temos po-
der de decisão. Podemos alcançar uma solução
num segundo momento, porém nosso papel não
é especificamente este. A Ouvidoria é um espaço
para a mediação de conflitos, para a exposição de
ideias, que pode ser transformado num eficiente
instrumento de gestão.
Como faz para estimular a participação des-tes empregados?Para aproximar a Ouvidoria dos empregados,
ou seja, ressaltar que ela sempre está aberta
a todos, implantamos a “escutatória”. Trata-se
de um espaço que não estava previsto em nos-
sas atividades quando começamos, mas que se
mostrou necessário em função da baixa procura
interna. Neste espaço, o funcionário pode vir até
a nossa sala e relatar seu problema, sua dúvida,
sua sugestão e, sobretudo, sua opinião, tudo de
maneira discreta e informal. Percebemos que
esta iniciativa está deixando os funcionários,
aos poucos, mais à vontade e aproximando-os
da Ouvidoria. Nossa intenção é acolher estas
pessoas, dando voz a cada uma delas, de forma
sigilosa e acolhedora.
Há uma integração entre ouvidorias?Sim.Participamos frequentemente de treina-
mentos e encontros de ouvidorias, principal-
mente aqueles realizados pela Associação Bra-
sileira de Ouvidores (ABO). A Ouvidoria Geral da
União também promove capacitações, para as
quais somos convocados, porque a Petrobras,
maior patrocinadora da Petros, tem como maior
acionista o Governo Federal. Também procura-
mos manter um estreito contato entre as ouvi-
dorias de empresas do Sistema Petrobras, como
Transpetro e Petrobras Distribuidora. Este “in-
tercâmbio” de informações é muito importante
para que estejamos sempre atentos ao mercado
e para que possamos trazer ideias interessantes
para dentro da Petros.
A Ouvidoria da Petros já é referência?Sim. Em 2009, recebemos a visita do ombudsman
canadese Bernard Richard. Ele estava no Brasil
para diversos encontros, sendo que um deles foi
com a Ouvidora-Geral da União, Eliana Pinto.
Nesta ocasião, ela teria citado as ouvidorias da
Petros e da Petrobras como modelos no Brasil.
“Nossa função é instruir, informar, recomendar e propor mudanças que melhorem a qualidade das atividades da instituição.”
“Desde 2003, recebemos as visitas de 18 organizações interessadas em saber mais sobre nosso modelo de ouvidoria.”
Ant
onia
Mor
aes
21BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Principais atividades da Ouvidoria da Petros
empregados, contratados e estagiários ou qualquer cidadão que tenha algum interesse com os
assuntos relativos à Fundação.
específicos em que a identificação é necessária para solução da própria solicitação do
demandante.
possível, assim como a adoção das providências cabíveis.
registro até sua conclusão.
para melhoria da gestão da Petros.
empregados e terceirizados, conduzindo as questões internas com isenção e independência, para
fortalecer os princípios do diálogo, da transparência e da ética nas relações de trabalho e com
todos os públicos de relacionamento da empresa.
Diversidade (Coed), ligado ao Comitê de Responsabilidade Social da Petros (Comresp).
Ouvidoria
Prontamente, ele pediu para conhecer a Petros.
Conversamos durante cinco horas. Foi muito gra-
tificante. Ele comentou que a tendência de uma
Ouvidoria é entrar ‘num processo burocrático’,
porém constatou que, na Petros, isso não estava
acontecendo.
Também fomos procurados por três empresas
que pretendiam implantar uma ouvidoria e que-
riam conhecer a nossa experiência, que é bem
vista no mercado. Desde 2003, recebemos as vi-
sitas de 18 organizações interessadas em saber
mais sobre nosso modelo. Após o primeiro conta-
to, fomos convidados a proferir palestras nestas
empresas, algumas delas também pertencentes
ao setor de fundos de pensão, relatando aspectos
do nosso dia a dia, da nossa sistemática de traba-
lho e as peculiaridades de uma ouvidoria no setor
de previdência complementar.
22BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Princípios Básicos deResponsabilidade Social – Abrapp
1. Governança corporativaPara empresas de capital aberto, listadas na Bolsa de Valores. Dar
prioridade àquelas que estão no Novo Mercado ou no Nível 1 ou 2. Para
empresas de capital aberto não listadas na Bolsa; para Sociedades de
Propósito Específico ou empresas limitadas. Verificar as que possuem
critérios equivalentes aos do Novo Mercado, Nível 1 ou 2.
2. Balanço socialVerificar se a empresa publica ou não balanço social. Caso publique,
analisar a relevância, clareza e, se possível, a veracidade das
informações. Caso a empresa não publique balanço social, estabelecer a
sua publicação como meta para o próximo ano. A existência de balanço
social deve valorizar a análise da empresa.
3. Inclusão socialVerificar no balanço social ou por meio de informação da empresa, se
há políticas claras de não discriminação e políticas afirmativas com
relação a mulheres, negros e portadores de deficiência. Políticas desse
tipo valorizam a empresa.
4. Mão de obraApesar de o uso de mão de obra infantil e do trabalho compulsório
ser proibido por lei, é necessário solicitar à empresa declaração de
não utilização desse tipo de mão de obra em suas operações diretas
e declaração de que exigiu o mesmo comportamento de todos os
seus fornecedores. Caso a empresa seja certificada pela SA 8000, a
solicitação não é necessária e valoriza a empresa. No caso de mão de
obra infantil, se a empresa tiver o selo “Empresa Amiga da Criança”,
da Fundação Abrinq, não é necessária outra declaração.
5. Mão de obra terceirizadaAvaliar se, nos contratos de terceirização, a empresa propicia
condições de igualdade de tratamento (salários, benefícios etc.) entre
seus funcionários e os terceirizados. Caso haja muita diferença de
tratamento entre eles, a empresa deve ser orientada a buscar condições
de igualdade de tratamento. Empresas que já adotam essa prática
devem ser valorizadas.
6. Meio ambienteÉ importante averiguar autuações ambientais sofridas pela empresa.
Isso pode trazer riscos para o negócio. Verificar, por meio de
informações fornecidas pela empresa, situação dos programas de
prevenção de poluição, tratamento de resíduos, minimização de
uso de recursos naturais e programas de reciclagem. Empresas com
preocupação ambiental devem ser valorizadas.
7. Geração de rendaVerificar se a empresa tem programas de desenvolvimento de
pequenos fornecedores ou se emprega profissionais das localidades
onde estão instaladas suas operações. Avaliar se há outros programas
que objetivem gerar trabalho e renda para comunidades.
8. Projetos sociaisA empresa que apresenta um programa consistente de investimentos
sociais deve ser valorizada. Isso pode ser verificado através da análise
do balanço social, quando houver.
9. Ética e transparênciaA empresa possui código de ética estruturado e disseminado pela
organização? A empresa, caso faça doações para campanhas políticas,
apresenta os valores doados? Quem são os beneficiários?
10. Apresentação da política de investimentoPela Resolução CMN 3121, regulamento anexo, art. 6° e art.7°, todo
fundo de pensão deve apresentar, anualmente, a sua política de
investimentos à Secretaria de Previdência Complementar e, uma vez
que princípios de responsabilidade social constem dessas políticas,
devem ser explicitamente indicados.
11. Critérios tradicionaisAplicar os critérios já tradicionalmente utilizados pelos comitês de
investimentos dos fundos para definição das empresas nas quais investir.
REFERÊNCIAS:http://www.abrapp.org.br/portal/adm/editor/UploadArquivos/Responsabilidade_Social.pdf
Princípios Básicos de Responsabilidade Social
A adoção de critérios de Responsabilidade Social para a escolha dos inves-
timentos é uma das ações adotadas, na atual gestão, que mais contribuem
para a credibilidade da Petros e para o crescimento de seu patrimônio. Abai-
xo, listamos os principais requisitos utilizados pela Fundação, considerados
fundamentais para que determinadas aplicações, na análise dos especialistas
da Fundação, ofereçam rentabilidade de forma segura. Estes princípios foram
publicados pela Abrapp em parceria com o Instituto Ethos e norteiam a polí-
tica de investimentos para os fundos de pensão brasileiros.
GRI4.12
23BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
3.1 Critérios de investimentos socialmente responsáveis
3.2 Composição e desempenho da carteira de investimentos
3 Gestão de Ativos
As políticas de investimentos dos planos de
previdência administrados pela Petros são ela-
boradas anualmente e visam subsidiar os gesto-
res internos e externos com as diretrizes neces-
sárias para a decisão dos investimentos focada
prioritariamente no horizonte de longo prazo.
Essas políticas são elaboradas com base na
conjunção do trinômio risco/retorno/liquidez,
com o propósito de garantir maior segurança
no cumprimento do compromisso da Instituição
em pagar benefícios aos seus participantes. A
adoção dos princípios de Responsabilidade So-
cioambiental (RSA) e Governança Corporativa a
partir das políticas de investimentos 2004/2008
complementam os mecanismos utilizados no
processo de gestão dos ativos.
As Políticas de Investimentos estruturadas
para o período 2010/2014 estão divididas em três
grupos1, conforme as modalidades, distribuição
Os fundos de pensão ocupam uma posição estratégica na economia por
atuarem como investidores institucionais e fomentadores da poupança in-
terna. Eles são responsáveis pela gestão de um amplo patrimônio e suas
decisões de investimento geram efeitos multiplicadores na economia, no
emprego e na renda.
Nos últimos anos, a Petros buscou uma gradativa redistribuição dos
seus investimentos, reduzindo os alocados em renda fixa e ampliando
aqueles com maior grau de risco, o que proporcionou maiores rentabi-
lidades e cumprimento da meta atuarial da Fundação. A parcela de in-
vestimentos alocada em renda variável saltou de 16,2%2 em 2002 para
aproximadamente 34,0% ao final de 2009, enquanto o segmento de ren-
da fixa apresentou movimento inverso passando de 75,4% para 61,2% no
mesmo período (Gráfico 6).
dos investimentos e características das obriga-
ções futuras dos planos de benefício. O motivo da
divisão das políticas em grupos, segundo suas es-
pecificidades, reside na necessidade de assegurar
o equilíbrio econômico-financeiro entre ativos
garantidores e passivos atuariais de cada plano
de benefício administrado pela Petros.
A tendência recente de queda da taxa de ju-
ros real no médio e longo prazo - que em 2003
girava em torno de 13,0% passando, em 2009,
para 5,5% - reflete-se na rentabilidade dos in-
vestimentos. Diante desse cenário, o alcance da
meta atuarial da Petros requer uma gestão ati-
va e composta por uma carteira cada vez mais
diversificada. Para gerar uma rentabilidade con-
sistente e de longo prazo, desde 2003 a Petros
incorpora critérios socialmente responsáveis e
busca um número maior de investimentos com
risco, como atividades produtivas, renda variável
e títulos de renda fixa privados. Além da diversi-
ficação da carteira de investimentos como meca-
nismo para assegurar a rentabilidade dos planos
de benefício, a crise que o mercado financeiro
enfrentou em 2008 trouxe boas oportunidades
de investimento, principalmente no segmento de
renda variável.
Toda a Carteira de Participações da Petros
(diretas e indiretas) adota critérios de RSA e de
Governança Corporativa, tanto no acompanha-
mento das empresas investidas quanto nas no-
vas decisões de investimento. A partir de 2009,
a carteira de Responsabilidade Social, que era
parte da Careira de Giro, foi extinta e incorpora-
da pelas Carteiras de Seleção e Dividendos, que
por determinação das Políticas de Investimentos
2009-2013, passaram a adotar os mesmos crité-
rios de RSA, não havendo mais a necessidade de
uma carteira específica com esse foco.
1 O(s) plano(s) estão agrupados em: Plano Petros – Sistema Petrobras; Plano Petros – Privatizadas e Planos de Contribuição Definida/Variável.2 A parcela de renda variável dos anos de 2002 a 2004 considera os investimentos em infraestrutura que, à época, eram contabilizados separadamente.
Fonte: Petros - Gerência de Controle
20032002 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 6 – EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DA CARTEIRADE INVESTIMENTOS 2002 A 2009
Renda Fixa
Operações com ParticipantesRenda Variável
Carteira de Participações Imobiliárias
75,4%
71,1%66,9%
64,3%
63% 63,5%
71,2%61,2%
2,8% 3,6%3,8% 3,7% 3,7% 3,2% 2,5% 2,3%
16,2%20,7%
25,2% 28,1% 30% 30,7%
23,4% 33,9%
5,6% 4,6%4,1% 3,9% 3,3% 2,7% 2,9% 2,6%
GRI1.2
GRIEC1
3 GESTÃO DE ATIVOS
24BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
3.2 Composição e desempenho da carteira de investimentos
É importante destacar o movimento entre 2007 e 2008 quando a Pe-
tros, em função da crise no mercado financeiro internacional, ampliou a
sua participação no segmento de renda fixa, com destaque para títulos
públicos, títulos privados e fundos de investimento. Esse movimento é
justificado pela desvalorização da carteira de ações que repercutiu na
rentabilidade dos planos. Em 2009, a participação da carteira de ações
no total dos investimentos da Petros recuperou sua tendência ascen-
dente, superando o patamar alcançado em 2007 em mais de três pontos
Tabela 2: Investimentos da Petros com critérios de Responsabilidade Social
Segmento
dez/08 dez/09
Investimento c/ Responsabilidade Social
(R$ mil)
% da carteira com Responsabilidade Social
Investimento c/ Responsabilidade Social
(R$ mil)
% da carteira com Responsabilidade Social
Carteira departicipações
Ações em participações 4.929.063 100,0% 7.697.339 100,0%
Fundos de participações 767.040 98,5% 1.586.770 99,0%
Empresas de financiamento de projetos 23.490 9,8% 19.273 12,4%
Carteira de giro 3.092.907 100,0% 5.166.193 100,0%
Fundos de Ações de Mercado 12.857 5,6% 22.357 2,7%
Total Renda Variável 8.825.357 95,2% 14.491.932 93,8%
Títulos públicos 0 0,0% 0 0,0%
Ativos de renda fixa com risco privado
Debêntures simples 74.128 100,0% 73.870 100,0%
CRI 29.640 38,8% 38.381 100,0%
Letras hipotecárias 0 0,0% 0 0,0%
FIDC 0 0,0% 0 0,0%
CCB 31.946 100,0% 458.480 100,0%
Fundos de Investimentos 1.601.839 13,7% 2.627.350 25,4%
Outros 0 0,0% 0 0,0%
Total Renda Fixa 1.737.553 6,2% 3.382.682 12,1%
Participaçõesimobiliárias
Imóveis 584.485 72,9% 639.312 68,1%
Fundos de investimentos imobiliários 115.022 58,7% 114.584 94,6%
Total participações imobiliárias 699.507 70,1% 753.896 71,1%
Empréstimos 1.153.469 100,0% 1.176.095 100,0%
Total operações com participantes 1.153.469 100,0% 1.176.095 100,0%
Total 12.415.886 31,3% 19.804.605 43,5%
Fonte: Petros – Assessoria de Planejamento de Investimentos
GRIEC1
percentuais. Esse resultado foi decorrência da política de aquisição em
preços reduzidos de ações que sofreram grande desvalorização, mas que
registraram forte potencial de recuperação, em função de sua saúde eco-
nômica e financeira.
Ao final de 2009, a carteira de investimentos da Petros totalizou R$ 45,5
bilhões. Aproximadamente R$ 19,8 bilhões deste montante (43,5%) consi-
deravam critérios de responsabilidade social para seleção ou administração
da carteira (Tabela 2).
25BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
3 A identificação e agrupamento dos Investimentos com critérios de RSA no interior da Carteira de Investimentos total da Petros foi realizada inicialmente em 2006. A partir deste ano alguns pequenos ajustes foram implementados.4 A meta atuarial estabelecida pelo Conselho Deliberativo da Petros representa a taxa de variação do IPCA nos últimos 12 meses mais 6% (seis pontos percentuais).5 O referencial ponderado de mercado corresponde aos benchmarks de cada classe de ativos definidos nas políticas de investimentos , ponderados pelo valor alocado nestas classes.
Os investimentos socialmente responsáveis (ISR) são os ativos da Car-
teira de Investimentos que adotam critérios de RSA desde a decisão para
sua efetivação até sua administração. Também são considerados, nas de-
cisões de investimento, os Princípios de Investimento Responsável (PRI na
sigla em inglês) e os Princípios do Pacto Global, ambos da ONU, dos quais
a Petros é signatária e se compromete com a implementação.
O aumento da parcela dos investimentos da Fundação que adotam cri-
térios de RSA é reflexo direto da importância crescente da relação entre
rentabilidade de longo prazo e compromisso socialmente responsável para
a sociedade. Em decorrência dessa opção de gestão dos ativos, a participa-
ção dos investimentos da Petros orientados por critérios de RSA aumentou
mais de 50% entre 2006 e 2009 (Gráfico 7)3.
Desempenho da carteira de investimentosApesar da crise do mercado financeiro em 2008, que trouxe severos
impactos na remuneração dos investimentos, em 2009 houve expressiva
recuperação da rentabilidade das aplicações. O valor total da carteira
da Fundação alcançou R$ 45,5 bilhões e a rentabilidade acumulada do
total dos investimentos foi de 18,7%, superando com folga a meta atu-
arial do ano (10,5%)4. Contudo, essa rentabilidade é inferior ao referen-
cial ponderado de mercado5 (24,0%). Entre 2002 e 2009, a gestão dos
investimentos pela Petros obteve, com exceção de 2008, rentabilidades
muito superiores às metas atuariais estabelecidas, proporcionando se-
gurança no longo prazo para os planos de benefícios. Com relação ao
referencial ponderado de mercado, no mesmo período a rentabilidade
anual dos investimentos da Petros só foi inferior nos anos de 2003 e
2009 (Gráfico 8).
Os retornos acumulados por plano, no ano passado, são diferentes em
função da especificidade na composição da carteira de investimentos de
cada um. Ao término de 2009, a maioria dos planos de Contribuição De-
finida e Contribuição Variável possuía mais de 90,0% dos ativos alocados
em renda fixa. Assim, esses planos registraram rentabilidades iguais ou
próximas à valorização dos ativos de renda fixa da carteira consolidada
da Petros (Tabela 3, página 26).
Para melhor compreensão da rentabilidade dos investimentos auferi-
da pela Petros em 2009, comparou-se o retorno das carteiras de renda
fixa, renda variável e participações imobiliárias com aquelas obtidas
pelos demais fundos de pensão. Essa comparação foi feita através dos
Indicadores de Desempenho de Gestão (IDG) da ABRAPP, considerando
a rentabilidade média dos fundos de pensão com patrimônio superior a
R$ 1,0 bilhão.
Fonte: Petros - Assessoria de Planejamento de Investimentos
2006 2007 2008 2009
Carteira de ISR
28,9%32,8% 31,3%
43,5%
Gráfico 7 – EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DOS ISR NA CARTEIRATOTAL DE INVESTIMENTOS
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
20,4%
17,6%
14,9%
25,4%
16,2%18,3%
17,3%
19,1%
24%
-3,1%
17,7%
13,7%12,4%
9,2%10,6%
12,6%
10,5%
24,2% 20,4% 20%18,6%
24,1%
2,2%
18,7%
Total Petros Meta Atuarial Referencial Ponderado de Mercado
Gráfico 8 – RENTABILIDADE ANUAL DOS INVESTIMENTOS
Fonte: Gerência de Controle; ABRAPP
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
19,2%15,3% 14,2%
12,4% 11,6%13,4%
9,9%
37,6%
14,8% 13,6%10,9% 9,1%
7,0% 12,0%
Rentabilidade Petros Média Mercado (IDG)
Gráfico 9 – RENTABILIDADE RENDA FIXA: 2003 A 2009
GRIEC1
GRIEC1
3.2 Composição e desempenho da carteira de investimentos
26BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tabela 3: Rentabilidade dos planos de previdência administradospela Petros (%)
Planos 2009 Mediana darentabilidade
Plano Petros do Sistema Petrobras 19,4% 19,4%
Plano Petros PQU 15,9% 15,9%
Plano Petros BRASKEM 10,3% 10,3%
Plano Petros Ultrafertil 15,9% 15,9%
Plano Petros Copesul 21,8% 21,8%
Plano Petros LANXESS (ex-Petroflex) 15,8% 15,8%
Plano Petros NITRIFLEX/DSM 16,0% 16,0%
Plano Petros 2 14,7% 11,2%
Plano PREVFIEPA 9,8% 9,8%
Plano TBG 3,2% 3,2%
Plano FENAJPREV 3,5% 3,5%
Plano PREVICONTAS 0,5% 0,5%
Planos de contribuição definidae contribuição variável1 11,1% 11,3%
Em 2009, a carteira de renda fixa obteve rentabilidade de 9,9%. Descon-
siderando as NTN-Bs6 o resultado foi 9,5% Em todos os anos considerados,
à exceção de 2003 e 2009, a rentabilidade do segmento de renda fixa da
carteira da Petros superou a média do mercado (Gráfico 9, pág. 25). A
carteira de renda variável registrou um retorno de 42,8% no ano passa-
do, recuperando-se do efeito negativo provocado pela crise econômica de
2008 nesta modalidade de investimento. Em todos os anos, desde 2003 à
Fonte: Petros – Gerência de ControleNota1: A maioria dos planos de contribuição definida e contribuição variável possui quase a totalidade dos ativos investida em renda fixa. Estes planos são: Plano Repsol YPF, Plano Cachoeira Dourada, Plano Concepa, Plano Quattor (ex-PQU), Plano DBA, Plano Transpetro, Plano AleSAT, Plano IBP, Plano Triunfo Vida, Plano Simeprev, Plano CopesulPrev, Plano IBA, Plano CulturaPrev, Plano SinMed/RJ, Plano Sanasa, Plano CROPrev, Plano Manguinhos, Plano FIEPEPrev, Plano CRAPrev, Plano TermoPrev, Plano ANAPARPREV, Plano ADUANAPREV, Plano Unimed BH, Plano Unimed Cooperado, Plano PTAPREV e Plano PREVITTEL.
6 A NTN-B é um título de rendimento igual à meta atuarial recebido da Petrobras para saldar dívidas junto à Petros.
Fonte: Petros - Gerência de Controle; ABRAPP
46,0%
28,5% 25,5%22,8%
-24,7%
45,5%
Rentabilidade Petros
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
50,6% 37,1% 34,8%
33,2% 42,8%
-25,0%
56,0%
Média Mercado (IDG)
30,1%
Fonte: Gerência de Controle; ABRAPP
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
15,5% 18,0%15,7%
26,0%
48,7%
21,6%4,2%
11,9%
10,6%
26,1%23,3%
10,0%13,1%
Rentabilidade Petros Média Mercado (IDG)
2,7%
exceção dos dois últimos anos, a rentabilidade da Petros no segmento foi
maior que a registrada pela média do mercado (Gráfico 10).
A rentabilidade da carteira de participações imobiliárias em 2009 foi de
21,6%, resultado inferior ao registrado no ano anterior. À semelhança da car-
teira de renda fixa, a rentabilidade anual do segmento imobiliário da carteira
de investimentos da Petros foi superior à média do mercado em todo o perío-
do, exceto em 2003 e 2009 (Gráfico 11).
Gráfico 10 – RENTABILIDADE RENDA VARIÁVEL: 2003 A 2009 Gráfico 11 – RENTABILIDADE SEGMENTO IMOBILIÁRIO: 2003 A 2009
GRIEC1
GRIEC1
3.2 Composição e desempenho da carteira de investimentos
Am
éric
o Ve
rmel
ho
27BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tabela 4: Carteira de Participações Diretas em dez/2009
Empresas dez 2009 (R$ milhões) Empresas dez 2009 (R$ milhões)
ALL América Latina UNT 339,0 Inepar Energia PNA 5,1
Brasil Ecodiesel ON 31,4 Invepar ON 102,6
BRF - Brasil Foods ON 1807,9 Invepar PN 205,2
Braskem PNA 0,00001 Invitel Legacy ON 0,1
Coelce PNA 91,7 Litel ON1 0,001
Coteminas ON 13,6 Litel PNA1 0,0
Coteminas PN 6,6 Log-In Logística ON 87,3
CTX Participações ON 2,0 Lupatech ON 194,1
Estacionamento Cinelândia ON 3,3 Marcopolo PN 48,5
Eucatex PN 6,2 Newtel ON1 2,3
Fiago ON 0,3 Paranapanema ON 251,9
Fras-le ON 30,3 Romi ON 82,3
GTD ON 1,4 Telebras PN2 0,2
GTD PN 1,4 Telebras Recibo PN2 7,6
Iguatemi ON 278,3 Telemar Participações ON 33,6
Inepar Energia ON 2,7 Totvs ON 36,9
Fonte: Petros – Gerência de ControleNota: (1) Patrimônio líquido; (2) Valor contábil
Fonte: Petros – Gerência de ControleNotas: 1 O fundo possui ações da empresa Litel, acionista da Vale.2 O fundo possui ações da empresa Bonaire, acionista da CPFL.3 O fundo possui ações da empresa Fiago, acionista da Telemar Participações, que, por sua vez, é acionista da Tele Norte Leste Part.
Tabela 5: Carteira de Participações Indiretas em dez/2009
Participações Indiretas % no fundo (R$ milhões)
Carteira Ativa (Mellon) – FIA1 35,8% 3419,3
Energia SP I (Mellon) - FIP2 22,8% 604,4
FCF (Mellon) - FIA3 0,0% 0,0
3.3 Carteira de ParticipaçõesA composição da carteira de participações da
Petros orienta-se para a seleção de ativos com
perspectiva de efetiva valorização no longo pra-
zo, que são agregados segundo a natureza do in-
vestimento: participações diretas e indiretas em
empresas, fundos de participações em empresas
(Private Equity), fundos de empresas emergentes
(Venture Capital) e fundos de empresas de finan-
ciamento de projetos.
Nas empresas em que é signatária de acordo
de acionistas ou detém participação relevante, a
influência da Petros, referente à adoção de pre-
ceitos de RSA e de boas práticas de governança
corporativa, é realizada por intermédio dos con-
selheiros de administração e/ou fiscais indicados.
No caso dos fundos de Private Equity e Venture
Capital, a Petros possui representantes nos comi-
tês de investimentos que atuam junto à gestão
do Fundo para a observância de critérios de RSA
e de boa governança, como pressupostos para li-
beração de recursos às empresas.
3.3.1 PARTICIPAÇÕES EM EMPRESAS A participação da Petros em empresas é clas-
sificada em direta ou indireta. Nas participações
diretas, a Fundação é proprietária de ações ordi-
nárias com direito a voto, e nas indiretas é quotis-
ta em fundos de investimentos que aportam seus
recursos em empresas. É importante destacar que
as duas modalidades de investimento oferecem
acesso aos conselhos deliberativos e fiscais das
empresas (Tabelas 4 e 5).
A carteira de participações diretas e indiretas
da Petros encerrou o ano de 2009 totalizando
aproximadamente R$ 7,7 bilhões, o que cor-
responde a 16,9% do total dos investimentos.
Em comparação com o ano anterior, o valor das
participações registrou expressivo aumento de
57,1%, Resultado do aproveitamento de boas
oportunidades de investimento no segmento de
renda variável, decorrentes da crise financeira
de 2008.
GRIHR1
3.3 Carteira de Participações
28BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Entre 2003 e 2009, a evolução das carteiras das participações diretas e
indiretas da Petros apresentou um ritmo de crescimento superior à carteira
total dos investimentos da Fundação no mesmo período (Gráficos 12 e 13)7.
O retorno da carteira de participações tem como referencial o IBrX 50,
índice de rentabilidade média das 50 ações mais valorizadas da BOVESPA.
Em 2009, a rentabilidade das participações diretas e indiretas alcançou
27,1% e a variação do IBrX 50 foi de 72,4%.
A avaliação das práticas de governança corporativa e responsabilidade
socioambiental é acompanhada conforme ferramenta de análise estrutu-
rada a partir de critérios selecionados, conforme descrito nas Políticas de
Investimentos da Petros (Quadros 3 e 4).
Além de contribuir diretamente para a maximização do retorno financei-
ro dos acionistas, a adesão às melhores práticas de governança corporativa
e responsabilidade socioambiental possibilita a melhor proteção dos acio-
nistas minoritários. Tais práticas proporcionam, também, positivos efeitos
sobre o desempenho social e ambiental, contribuindo para o crescimento
sustentável da economia do país.
Quadro 3: Critérios para Avaliação da Aderência às Boas Práticas de Governança Corporativa na Carteira de Participações em Empresas (2009)
Assunto Tema indicador
Propriedade Transparência quanto à distribuição acionária; Concentração e Influência dos Controladores e Acionistas;Ações em Circulação (maior free float).
Acionistas Votação e Assembléia Geral; Direito dos Acionistas (Tag Along, Drag Along); Proteção do Valor dos Acionistas; Dispositivo de Quorum Qualificado para Matérias Específicas.
Conselho deAdministração
Estrutura (tamanho, tempo de mandato e número de conselheiros independentes); Independência em relação à Diretoria Executiva (sem acúmulo de funções entre conselheiros e diretoria); Papel e Desempenho; Dispositivos que fortaleçam a
participação de acionistas minoritários na eleição dos membros do CA (adoção de voto múltiplo).
Gestão / DiretoriaEstrutura e independência; relacionamentos (com acionistas, Conselho Fiscal, Conselho de Administração,auditores e investidores, entre outros); Políticas de Remuneração e de Sucessão (diretoria e conselheiros);
Responsabilidade e Prestação de Contas.
Conselho Fiscal,Comitê de Auditoriae Auditoria Externa
Prestação de Contas; Conselho Fiscal Permanente "Turbinado" / Comitê de Auditoria;Critérios de Escolha dos Auditores Externos; Relatórios de Auditoria Externa.
Informações Públicas (Transparência)
Apresentação aos Analistas do Mercado de Ações; Publicação de Relatórios Sociais e Ambientais;Divulgação de Informações Relevantes; Qualidade das Informações Não-Financeiras; Listagem no Novo Mercado ou nos
Níveis de Governança Corporativa da Bovespa; Canais de divulgação e qualidade das informações (site de RI, acessibilidadeà Diretoria de RI); Disponibilização de Manual para Participação de Acionistas nas Assembléias Gerais.
Fonte: Políticas de Investimentos 2008-2012 da Petros
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 12 - EVOLUÇÃO ANUAL DAS CARTEIRAS DE PARTICIPAÇÕESDIRETAS E DE INVESTIMENTOS TOTAL DA PETROS
Carteira de Participações Diretas Carteira de Investimentos Total
39,5%
17,9% 14,6%
15,1%
14,4%21,4%
15,0%
4,2%
53,3%
-2,3%
57,9%
48,5%
36%
80,6%
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 13 - EVOLUÇÃO ANUAL DAS CARTEIRAS DE PARTICIPAÇÕES INDIRETAS E DE INVESTIMENTOS TOTAL DA PETROS
Carteira de Participações Indiretas
8,4%
17,9%14,6% 15,1%
14,4%
21,4%
4,2%
15,0%
38,4% 38,9%
27,8%
72,8%
4,7%
11,2%
Carteira de Investimentos Total
7 Nos dois gráficos, em 2003, como a composição das carteiras era basicamente a mesma dos anos seguintes, foi considerada como Carteira de Participações Diretas a Carteira de Ações Permanentes e como Carteira de Participações Indiretas a Carteira de Fundos Mútuos de Ações, que integravam a Carteira Permanente, conforme a classificação utilizada pela Petros naquele ano.
3.3.1 Participações em Empresas
GRIHR2
29BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Estratégia de investimentos e práticas de RSAnas participações em empresas
Em 2009, a Petros consolidou uma nova forma de gestão das partici-
pações em empresas. Tal fato se percebe, em um primeiro momento, na
aquisição de novas participações, mas sua estruturação prevê o monitora-
mento destas empresas com relação às diretrizes estratégicas da Fundação
e à observância de princípios de responsabilidade socioambiental e da boa
governança corporativa, explicitados em suas políticas de investimentos.
Essa estratégia é fundamentada na perspectiva de forte e sustentado cres-
cimento da economia brasileira no médio prazo e nos preços depreciados no
mercado de capitais em decorrência da crise financeira e econômica inter-
nacional de 2008.
A Diretoria Financeira e de Investimentos da Petros, por meio da Ge-
rência de Participações Mobiliárias, tem analisado novas oportunidades de
investimentos em setores estratégicos sob o aspecto da rentabilidade e do
impacto socioeconômico. Essas oportunidades têm forte ligação com in-
fraestrutura, bens de capital, transporte e logística, alimentos, agronegócio
e telecomunicações (Gráfico 14). Investimentos nesses setores implicam
retornos positivos para a economia como um todo, solucionando gargalos
nacionais, por tratarem-se de setores com carência de investimentos, e
criando efeitos multiplicadores em toda a economia e sociedade. Em última
análise, barateiam exportações e geram empregos.
3.3.2 PARTICIPAÇÕES EM FUNDOS DE PRIVATE EQUITY E VENTURE CAPITAL
Os investimentos realizados pela Petros nos fundos de participações em
empresas (fundos Private Equity) e em empresas emergentes (fundos de
Venture Capital) são orientados ao setor produtivo e apresentam expec-
tativas de alto retorno no longo prazo. O objetivo dos fundos de Private
Equity é apoiar empresas que se encontram em uma fase madura do pro-
cesso produtivo, no entanto requerem investimentos que, associados a um
processo de reestruturação das práticas de gestão, governança corporativa
e responsabilidade socioambiental, visam o aumento da competitivida-
de. Os investimentos nos fundos de Venture Capital destinam-se a apoiar
Quadro 4: Critérios para Avaliação da Aderência à Responsabilidade Social na Carteira de Participações em Empresas (2009)
Assunto Tema indicador
Valores e Transparência Formalização de um Código de Ética; Relação com Concorrência; Publicação de Balanço Social/Relatório de Sustentabilidade.
Público Interno Gestão Participativa; Compromisso com o Desenvolvimento Profissional, Saúde, Segurança e Condições de Trabalho;
Plano de Previdência e Preparação para a Aposentadoria; Demissões e Ações Trabalhistas; Relacionamentocom Representantes dos Trabalhadores.
Meio Ambiente Gestão do Impacto e Racionalização do Uso de Recursos; Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável;Responsabilidades dos Executivos e Gerentes; Passivo Ambiental ou Falta de Licenças/Autorizações Ambientais;
Compromisso com a Biodiversidade e com as Mudanças Climáticas.
Fornecedores Critérios de Seleção; Avaliação e Desenvolvimento de Fornecedores.
Clientes Política de Comunicação Comercial e Atendimento; Política de Divulgação dos Danos Potenciais de Produtos e Serviços aos Clientes.
Governo e Sociedade Ações Sociais; Estímulo ao Voluntariado; Transparência quanto a contribuições/doações para Campanhas Políticas, Anticorrupção e Propina; Práticas de não Discriminação.
Fonte: Políticas de Investimentos 2008-2012 da Petros
43%23%
10%
9%8%
3%2% 1%
1%
Energia
Telecomunicações/TI
Petróleo e Petroquímica
Imobiliário
Bens de Capital
Outros
Mineração
Alimentos (proteínas)
Transporte e Logística
Fonte: Petros – Gerência de Participações Mobiliárias
Gráfico 14 – COMPOSIÇÃO SETORIAL DAS PARTICIPAÇÕESACIONÁRIAS DA PETROS – 2009
GRIEC8
3.3.2 Participações em fundos de Private Equity e Venture Capital
Shut
ters
tock
GRIHR2
30BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
empresas emergentes, ainda em estágio inicial,
e que necessitam de capital para crescer. O prin-
cipal objetivo dos investimentos nesses fundos é
contribuir para o desenvolvimento de empresas
com potencial de crescimento e rentabilidade
nos próximos anos, mas que ainda possuem bai-
xa liquidez e elevado componente de risco.
Os investimentos da Fundação por intermédio
dos fundos de Private Equity e Venture Capital
contribuem para a inovação e o empreendedo-
rismo das empresas, gerando como consequência
direta a criação de emprego e renda, bem como o
aperfeiçoamento do ambiente econômico-social.
Através desses investimentos, a Petros estimula
o fortalecimento do mercado de capitais ao par-
ticipar diretamente da construção de sociedades
anônimas, abrindo possibilidade concreta de in-
fluência para a estruturação de empresas com-
prometidas com práticas de governança corpora-
tiva e responsabilidade socioambiental.
Ao final de 2009, a carteira de fundos Private
Equity e Venture Capital da Petros era composta
por 23 fundos, sendo a maior parcela dos investi-
mentos (62%) alocada no setor de infraestrutura,
contemplando características alinhadas com a es-
tratégia de investimentos da Petros (Gráfico 15).
Os fundos de Private Equity proveem recursos a
projetos estratégicos para a economia, com investi-
mentos de longo prazo e resistentes a movimentos
de recessão econômica, com destaque para os pro-
jetos de geração e transmissão de energia, logística
e saneamento. Os investimentos em Venture Capi-
tal, por sua vez, têm os recursos alocados em em-
presas que possuem como principal objetivo inovar
nos processos ou na criação de produtos e serviços.
A Fundação registrou em 2009 R$ 1,5 bilhão
alocados nos fundos de Private Equity, correspon-
dendo a 3,4% da carteira total de investimentos.
No mesmo período, os investimentos em Venture
Capital totalizaram R$ 59,8 milhões, representan-
Tabela 6: Fundos de Private Equity Petros em dez/2009
Fundos aprovados pela Petros Setor/Tema alvo do fundo Valor investido (R$ milhões) % Petros no Fundo
Governança e Gestão Governança e Consolidação 25,9 13,4%
Logística Brasil FIP Logística 51,0 21,7%
Petróleo, Gás e Energia Óleo e Gás 16,7 20,0%
Dynamo Puma II Governança 3,8 25,0%
Infra Brasil FIP Infraestrutura 151,8 25,0%
Brasil Energia FIP Energia elétrica 240,3 25,0%
AG Angra FIP Infraestrutura 63,4 25,0%
Energia PCH Energia elétrica 70,7 20,2%
MAG - FIP Mineração 33,7 25,0%
PROT - FIP Agronegócio 482,0 25,0%
Brasil Mezanino Infraestrutura 13,1 20,7%
Governança e Gestão II Governança e Consolidação 24,3 18,0%
Caixa Ambiental Saneamento e Meio - Ambiente 3,9 25,0%
BRZ ALL Logística 135,1 25,0%
BR Governança Corporativa Governança e Consolidação 6,8 25,0%
Global Equity Imobiliário 6,4 20,4%
Terra Viva Sulcroalcoeiro 1,1 25,0%
BR Educacional Educação 18,7 25,0%
Multiner Energia elétrica 106,8 24,0%
Florestal FIP Serviços florestais 88,2 12,1%
Total Fundos Private Equity 1543,7 –
Fonte: Petros – Gerência de Participações Mobiliárias
PIPE
Venture Capital
Infraestrutura
Governança Imobiliários
Fonte: Petros – Gerência de Participações Mobiliárias
22%
62%
8%7%
1%
Gráfico 15 – COMPOSIÇÃO DO CAPITAL COMPROMETIDO PETROS – PE e VC
3.3.2 Participações em fundos de Private Equity e Venture Capital
do 0,13% da carteira de investimentos da Petros
(Tabelas 6 e 7).
GRIEC9
GRIHR1
31BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tabela 7: Fundos de Venture Capital Petros em dez/2009
Fundos Mútuos de Investimentosem empresas emergentes Setor/Tema alvo do fundo Valor investido (R$ milhões) % Petros no Fundo
Investech II FMIEE Inovação, TI, telecomunicações,ciências da vida e meio ambiente 8,8 24,8%
CRP VI Inovação Tecnológica 10,5 24,3%
Stratus CV III Novos materiais, meio ambientee biodiversidade 2,4 24,9%
Fipac Fármacos e serviços 14,8 24,6%
Empreendedor Brasil Empreendedorismo 14,6 20,0%
Fundotec II Inovação Tecnológica 2,8 19,3%
Jardim Botânico Governança, sustentabilidade,modelo de negócios atrativo 6,0 20,0%
Total Fundos Venture Capital 59,8 –
Fonte: Petros – Gerência de Participações Mobiliárias
Os recursos alocados nos fundos de Private Equity
e Venture Capital evoluíram em um ritmo superior
ao total da carteira de investimentos (Gráficos 16
e 17). Esse crescimento deve-se tanto ao melhor
cenário no mercado financeiro, que permitiu uma
valorização mais consistente dos investimentos,
quanto à aposta em expectativas positivas para a
economia brasileira nos próximos anos.
Objetivando pulverizar o risco das operações,
os investimentos em Private Equity e Venture
Capital são realizados por intermédio de fundos
de gestão terceirizada, em parceria com outros
agentes financiadores, destacando-se outros fun-
dos de pensão. A seleção dos gestores analisa o
histórico, a estrutura de governança do fundo, a
estratégia de investimento e desinvestimento, os
riscos, entre outros aspectos.
Atualmente, a Petros está estruturando um
mecanismo para avaliação do desempenho e do
compromisso socioambiental das entidades ges-
toras contratadas para gerir os fundos de Private
Equity e Venture Capital. Essa avaliação é realiza-
da com base em três dimensões que consideram
as políticas e processos de gestão. A transparên-
cia e o engajamento do gestor quanto à RSA e o
portfólio das empresas investidas.
Cerca de 90% do portfólio é distribuído pe-
los setores de Utilidades Públicas (49%), Cons-
trução, Transporte e Logística (24%), Consumo
Cíclico (11%) e Petróleo, Gás e Biocombustíveis
(7%). Estes investimentos estão concentrados no
eixo Rio - São Paulo, que contemplam 52 empre-
endimentos e cerca de 45% do capital investido
(Gráfico 18).
Fonte: Petros - Gerência de Participações Mobiliárias
2006 2007 2008 2009
Carteira de Private Equity Carteira de Investimentos da Petros
-1,0%
14,4% 21,4%
4,2%15,0%
94,9%103,3%
109,6%
Fonte: Petros - Gerência de Participações Mobiliárias
Carteira de Venture Capital Carteira de Investimentos da Petros
872,9%
65,0%43,2%21,4%
4,2% 15,0%
2007 2008 2009
Gráfico 17 – EVOLUÇÃO ANUAL DAS CARTEIRAS DEVENTURE CAPITAL E DE INVESTIMENTOS TOTAL DA PETROS
Gráfico 16 – EVOLUÇÃO ANUAL DAS CARTEIRAS DEPRIVATE EQUITY E DE INVESTIMENTOS TOTAL DA PETROS
3.3.2 Participações em fundos de Private Equity e Venture Capital
Geração Eólica
Água e Saneamento
Serviços de Apoio e Armazenagem
Geração Hidrelétrica - PCH’s
21% 18%
7%
11%5%
11%
11%
8%
8%
Geração Termelétrica
Transporte Hidroviário
Co-Geração Bagaço
Outros
Etanol
Fonte: Petros – Gerência de Participações Mobiliárias
Gráfico 18 – EXPOSIÇÃO POR SEGMENTO DOS INVESTIMENTOS APROVADOS EMINFRAESTRUTURA
GRIHR1
32BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Investimentos em Infraestrutura(Somente Fundos de Private Equity)
A maior parte dos investimentos em Private
Equity estão alocados no setor de infraestrutu-
ra, o qual contempla características alinhadas
com a estratégia de investimentos da Fundação.
São projetos de investimento a longo prazo, bem
como, resistentes às recessões econômicas, uma
Tabela 8: Empreendimentos Listados no PAC - GF
Projeto Estado Segmento Projeto1 Fundo PETROS
R$ milhões R$ milhões R$ milhões % Inv. Listados no PAC
Eletrogóes BA Geração Hidrelétrica 499 58 12 4%
GERANORTE MA Geração Termelétrica 510 45 11 4%
INTESA RJ Transmissão 500 90 23 8%
LINHARES ES Geração Termelétrica 330 84 21 8%
Pioneiros SP Co-Geração Bagaço 261 120 26 9%
Porto de Itapoá SC Transporte Hidroviário 473 73 16 6%
Projeto Garças MT Geração Hidrelétrica - PCH´s 13 12 2 1%
Projeto Juruena MT Geração Hidrelétrica - PCH´s 502 180 35 13%
Projeto USITESC SC Geração Termelétrica 17 15 3 1%
PST SP Geração Hidrelétrica - PCH´s 186 53 11 4%
Renova BA Geração Hidrelétrica - PCH´s 213 60 13 5%
Rio das Ostras RJ Água e Saneamento 364 65 14 5%
TESC/WRC SC Transporte Hidroviário 350 132 28 10%
TEVISA ES Geração Termelétrica 330 206 52 19%
TGSC SC Transporte Hidroviário 120 34 7 3%
Total 4.668 1.228 274 100%
1 O volume total investido no projeto inclui equity e dívida.Elaboração: Petros - Gerência de Participações Mobiliárias
vez que, possuem baixa correlação com classes
de ativos mais voláteis, como as commodities.
A composição do portfólio de investimentos
em infraestrutura por segmento da economia
apresenta como destaque o setor de Energia
Elétrica. A rentabilidade real média projetada é
de 15% a.a., representada particularmente pelas
PCH´s (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e as Usi-
8 O volume total investido no projeto inclui equity e dívida.9 Em alguns destes projetos, o Fundo de PE investido pela PETROS não é a única fonte de capital para o projeto.
3.3.2 Participações em fundos de Private Equity e Venture Capital
nas Termelétricas que, em conjunto, correspon-
dem a 39% do total dos investimentos em em-
preendimentos de infraestrutura (Gráfico 18).
Empreendimentos listadosno PAC do Governo Federal8
Destaca-se a participação em 15 empreen-
dimentos listados no Programa de Aceleração
do Crescimento do Governo Federal (PAC - GF)9,
somando investimentos diretos da Petros de
cerca de R$ 274 milhões, que equivalem a mais
de 27% do total da carteira de PE & VC da Fun-
dação. Esse montante está dividido, por sua vez,
num volume de R$ 209 milhões em energia elé-
trica e R$ 51 milhões em Transporte e Logística,
representando, respectivamente, 76% e 19% do
total de R$ 274 milhões destes investimentos
listados no Programa.
Am
éric
o Ve
rmel
ho
PCH Santa Fé, na cidade de Levy Gasparian/RJ (Brasil PCH).
33BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Nota: Cerca de 10% das empresas do portfólio, com investimento aprovado e ainda não contratado,não forneceram as informações solicitadas
Elaboração: Petros - Gerência de Participações Mobiliárias
Investimentos em Venture CapitalAs operações de Venture Capital totalizam R$
98 milhões de capital comprometido pela Petros,
o equivalente a 9,4 % do total da carteira de PE
& VC, que corresponde a 0,21% da carteira de in-
vestimentos como um todo da Petros. O portfólio
de investimentos em Venture Capital contempla
36 investimentos, diversificados em 23 segmen-
tos econômicos, altamente concentrados em São
Paulo, representando 19 empreendimentos e cer-
ca de 62% do capital investido.
Indicadores de Inovação TecnológicaCom o objetivo de promover a inovação nas
empresas do portfólio, especialmente nas empre-
sas com investimentos realizados pelos Fundos de
Venture Capital, a Fundação estabelece e acom-
panha alguns indicadores de inovação, tais como:
presença de Comitês de Inovação nas empresas,
captação de recursos subsidiados da FINEP (enti-
dade que promove e financia projetos de inovação
e pesquisa) para a inovação tecnológica, volume
de investimentos em pesquisa e desenvolvimento
Compromisso com Sustentabilidade das Entidades Gestoras dos Fundos
Os investimentos em Private Equity e Venture Capital são realizados por
meio de gestão terceirizada e em parceria com outros agentes financiadores
(quotistas), especialmente outros fundos de pensão. Os principais mecanis-
mos para acompanhar o comprometimento da gestão com os objetivos de
longo prazo - tais como rentabilidade, governança corporativa e responsa-
bilidade social - é a participação da Petros nos Comitês de Investimentos,
bem como as Assembléias Gerais de Quotistas desses fundos.
A Petros monitora o desempenho de 14 entidades gestoras contrata-
das para administrar os 23 fundos de Private Equity e de Venture Capital,
responsáveis pela gestão direta de 102 empresas brasileiras presentes na
carteira de fundos como um todo. Com relação ao compromisso das enti-
dades gestoras acerca de questões ambientais e sociais, pesquisa elaborada
pela Fundação, constatou que o tema da sustentabilidade ainda não está
incorporado de modo formal e institucionalizado, embora a maioria dos
gestores contratados afirme preocupação com o mesmo. No entanto, ain-
da há espaço para estimular o engajamento, tanto das entidades gestoras
quanto das empresas investidas, de práticas de gestão social e ambiental-
mente responsáveis, conforme as três dimensões de compromisso listadas
a seguir. Esta pesquisa é mais um instrumento no sentido da promoção de
melhores práticas tanto em Responsabilidade Socioambiental, bem como
em Governança Corporativa.
e percentual médio do corpo funcional com títulos
de mestrado (Msc) e doutorado (Phd).
Do portfólio de empresas investidas, o inves-
timento total em inovação representa 1,29%
da Receita bruta destas companhias, cerca de
Dimensões de compromissoa) Políticas e processos: embora a maioria dos gestores (93%) afirme
possuir política voltada para o tema da Responsabilidade Socioambiental,
em apenas 35% isto é institucionalmente formalizado e divulgado publica-
mente. Todavia, todos os gestores afirmam que os processos de diligência
das oportunidades de investimento propostas abrangem questões de res-
ponsabilidade social e ambiental. No entanto, esta prática visa cobrir os
riscos quanto às potenciais contingências passadas e não implica qualquer
comprometimento futuro quanto ao tema.
b) Transparência e engajamento: apenas 57% dos gestores disponi-
bilizam uma sessão dedicada à Responsabilidade Socioambiental nos do-
cumentos de aprovação do investimento, acordos de acionistas etc. Além
disso, o assunto é ignorado pela maioria dos gestores (71%) em eventos
anuais de acompanhamento do Fundo, nos quais não se observa espaço
para abordagem do tema.
c) Portfólio de empresas investidas: Quanto à forma como o gestor
incentiva as companhias investidas a respeito dos fatores de Responsabili-
dade Social e Ambiental, observa-se novamente que 57% afirmam ter polí-
tica de incentivo à gestão ambiental e socialmente sustentável. Entretanto,
apenas metade destes gestores (29%) relata que esta política de incentivos
é formalizada e aplicada a todos os fundos sob gestão. A outra metade,
representando 28%, apenas relata possuir política de incentivo, mas não
afirma a sua institucionalização.
R$ 49 milhões. Quanto às métricas por subse-
tor investido, destacamos o de Biotecnologia,
com investimentos em P&D da ordem de 70%
da receita bruta e um corpo funcional com cer-
ca de 30% de mestres e doutores.
Tabela 9: Indicadores de Inovação
Indicadores do PortfólioProjetos Capital Petros
Nº % R$ milhões %
Presença Comitê de Inovação
Não 91 89% 983 94%
Sim 11 11% 63 6%
Captação de recursos de subvenção da FINEP
Não 93 91% 1020 97%
Sim 9 9% 26 3%
Investimento total em P&D (R$ milhões) 0,1
Investimento total em P&D (% da Receita Bruta) 1,1%
% Médio do Corpo Funcional com Msc/Phd 5,6%
3.3.2 Participações em fundos de Private Equity e Venture Capital
34BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
3.3.3 EMPRESAS DE FINANCIAMENTO DE PROJETOS
Através da aquisição de títulos de renda fixa ou variável, emitidos por
Sociedades de Propósito Específico (SPE), a Petros investe em empresas fi-
nanciadoras de projetos. Essa modalidade de investimento é utilizada com a
finalidade de isolar o risco financeiro do projeto, protegendo o acionista que
,em alguns casos, tem o seu prazo de existência pré-determinado.
A estruturação do financiamento dos projetos é realizada por meio de
Project Finance, com prazo operacional determinado, retorno esperado ajus-
tado ao risco e garantias suportadas pelo fluxo de caixa. O risco do projeto
é avaliado por agências de rating como de baixo risco de crédito e a ren-
tabilidade, em geral, é similar à renda fixa. Ao término de 2009, os investi-
mentos da Fundação em Empresas de Financiamento de Projetos registraram
R$ 155,7 milhões, obtendo uma rentabilidade de 9,06%. Esta modalidade é
constituída por investimentos no segmento de energia (Gráfico 19).
A partir de 2003, a Petros reduziu e depois praticamente parou de realizar
novos investimentos em empresas de financiamento de projetos, o que acar-
retou o declínio do valor da carteira dessa modalidade de R$ 532,7 milhões,
em 2003, para R$ 155,7 milhões, em 2009. Como a rentabilidade desses in-
vestimentos é similar às aplicações de renda fixa, ela se manteve em níveis
elevados em todo o período, à exceção de 2009 (Gráfico 20).
Esse processo acontece devido à opção da Petros de se incorporar ao
esforço de recuperação da infraestrutura nacional, necessário para maior
sustentabilidade do desenvolvimento econômico e social brasileiro. Para
implementação, a Fundação passou a atuar mais ativamente na constitui-
ção e participação em fundos de investimentos de maior porte, capazes de
viabilizar aqueles projetos, o que se revela na forte expansão dos Fundos
de Private Equity.
3.4 Carteira de GiroA carteira de giro da Petros é composta somente por ações de empresas
que apresentam perspectiva de valorização no curto e médio prazo (de
6 meses a 2 anos). Essa carteira visa a localizar boas oportunidades de
investimento com possibilidade de rápido retorno e não tem por objetivo
a participação no controle acionário das empresas investidas. Ao final de
2009, a carteira de giro totalizou R$ 5,1 bilhões, representando 11,3% dos
recursos administrados pela Fundação.
A crise financeira internacional de 2008 acarretou uma acentuada des-
valorização do mercado de capitais, o que derrubou o preço das ações de
muitas empresas. No entanto, com a recuperação do mercado acionário,
surgiram boas oportunidades de investimento aproveitadas pela Petros no
segmento de renda variável, que justificam o crescimento dos investimen-
tos na carteira de giro registrado em 2009 (Gráfico 21).
Até 2008, a Petros apresentava na estrutura de sua Carteira de Giro
uma subcarteira de responsabilidade social voltada à seleção de ações
de empresas comprometidas com a prática da responsabilidade socio-
ambiental. A partir de 2009, essa subcarteira foi extinta e seus investi-
mentos alocados nas Carteiras de Seleção e Dividendos passando toda
a Carteira de Giro da Fundação a utilizar critérios de responsabilidade
socioambiental para decisão dos investimentos.
ClepTermobahia Albacora
Fonte: Petros – Relatório de Atividades - Dez/2009
45,4%
42,3%
12,4%
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 20 - EVOLUÇÃO DO VALOR E DA RENTABILIDADE DA CARTEIRA DE EMPRESAS DE FINANCIAMENTO DE PROJETOS: 2003 A 2009
521,9427,9
364,8304,2 240,0
155,7
23,6%26,0%
16,3% 17,1%
21,8%24,1%
9,1%
Investimentos em R$ (milhões) Rentabilidade (%)
532,7
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 21 - EVOLUÇÃO ANUAL DAS CARTEIRAS DE GIROE DE INVESTIMENTOS TOTAL DA PETROS
Carteira de Giro Carteira de Investimentos Total
117,5%
17,9% 14,6%
15,1% 14,4%
21,4%
4,2%15,0%
43,8%36,2%
19,5%
6,8%
-46,1%
67,0%
Gráfico 19 – EMPRESAS DE FINANCIAMENTO DE PROJETOSDISTRIBUIÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM 2009
GRIHR1
Fonte: Petros – Relatório de Atividades – Dezembro/2009
3.3.3 Empresas de Financiamento de Projetos
GRIHR1
35BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
3.5 Fundos de Ações de Mercado
3.6 Ativos de Renda Fixa com Risco Privado
Os investimentos em fundos de ações de mer-
cado são administrados por gestores terceiriza-
dos. A carteira é composta por ações com ex-
pectativa de superar, no longo prazo, o IBX-50,
índice utilizado como referência para avaliação
das ações. Em 2009, a carteira de investimentos
nos fundos de ações de mercado alcançou um
valor de R$ 829,7 milhões, registrando uma ren-
tabilidade de 89,7% no ano (Tabela 10).
Entre 2008 e 2009, o valor acumulado dos fun-
dos de ações de mercado constantes da carteira
de investimentos da Petros mais que triplicou,
passando de R$ 230,0 milhões para R$ 829,7 mi-
lhões (Gráfico 22).
Esse crescimento é resultado direto da recu-
peração do mercado de capitais após a crise fi-
nanceira de 2008, com aumento expressivo da
rentabilidade das aplicações. A rentabilidade da
carteira de investimentos da Petros, nessa moda-
lidade de aplicação, após sofrer forte recuo em
2008 (-38,5%), registrou elevação extremamente
positiva (89,7%) no ano passado. Essa rentabili-
dade elevada, por um lado, valorizou os fundos
de ações de mercado já constantes da carteira
da Petros e, por outro, incentivou a inversão de
recursos em outros fundos de ações, com forte
potencial de retorno positivo.
Os títulos privados são mecanismos financei-
ros utilizados para representar determinado va-
lor emitido por entidades privadas. A carteira de
títulos privados gerenciada pela Petros totalizou
R$ 765,4 milhões em 2009, sendo formada por
ativos com lastro imobiliário e títulos (debêntu-
res simples) emitidos por empresas abertas.
O valor registrado foi aproximadamente qua-
tro vezes superior ao total alcançado por essa
carteira ao final de 2008 (R$ 192,1 milhões).
Dentre os ativos responsáveis pelo crescimento
do patrimônio da carteira de títulos privados,
destacam-se os Certificados de Crédito Bancário
(CCB) que, em 2008, somaram R$ 31,4 milhões
Tabela 10: Fundos de Ações de Mercado em dez/2009
Fundos Gestor do fundo Valor investido (R$ milhões)
IP Seleção I Investidor Profissional Administrador de Recursos 302,5
Excelência Social Banco Itaú 22,4
Fator Sinergia III Banco Fator 109,4
Kondor Kondor Fundo de Investimento de Ações 163,7
Nobel Sirius Nobel Sirius Fundo de Investimento em Ações 35,0
Meta Meta Valor Fundo de Investimento de Ações 32,6
VBI Exclusivo VBI Exclusivo Ações Fundo de Investimento 164,3
Total Fundos de Ações de Mercado 829,7
Fonte: Petros – Gerência de Controle
e, em 2009, representaram R$ 458,5 milhões. É
importante salientar que os preceitos de respon-
sabilidade socioambiental são considerados pela
Petros no momento de seleção desses títulos.
Desempenho da carteirade investimentos
A Petros está adotando a estratégia de inves-
tir no segmento imobiliário através de instru-
mentos do mercado de capitais. A preferência
é pela utilização de ativos de renda fixa com
lastro imobiliário. Os títulos e valores imobili-
ários mais utilizados são os Certificados de Re-
cebíveis Imobiliários (CRIs), Cédulas de Crédito
Imobiliário (CCIs) e Letras Hipotecárias. A Petros
também investe no setor por intermédio de fun-
dos de direitos creditórios, com lastro no setor
imobiliário.
O valor investido em CRIs totalizava R$ 38,4
milhões no final de 2009 (Tabela 11). No ano
passado, os CRIs constantes da carteira da Pe-
tros registraram uma rentabilidade anual ne-
gativa de -80,6%. Em função desse resultado
adverso, foi provisionada a perda integral de
alguns certificados. Outros, com rentabilida-
de negativa, foram incorporados em fundos de
investimentos de mercado de renda fixa, com
lastro imobiliário.
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2004 2005 2006 2007 2008 2009
236,9358,8
458,1
290,9 230,0
829,7
R$ (milhões)
Gráfico 22 – EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM FUNDOS DE AÇÕES DE MERCADO: 2004 A 2009
3.5 Fundos de Ações de Mercado
GRIHR1
36BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tabela 11: Certificados de Recebíveis Imobiliários em dez/2009
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) Valor investido (R$ milhões)
Cometa 12,0
RB Fidúcia (Leader) 26,4
Total Certificados de Recebíveis Imobiliários 38,4
Fonte: Petros – Gerência de Controle
3.7 Operações com ParticipantesAs operações com participantes são representadas pelos empréstimos
que a Petros possibilita aos participantes e beneficiários. Comparado
com as taxas e prazos disponíveis no mercado, o crédito oferecido pela
Fundação é melhor, sendo caracterizado como uma ação de responsabi-
lidade social, visto que estimula o crescimento do crédito a baixo custo
para os participantes.
Em 2009, a carteira de operações com participantes registrou R$ 1,1
bilhão, o que representava 2,6% do total de investimentos da Petros, e
apresentou rentabilidade de 13,3%. Foram concedidos 50.397 emprés-
timos, com um valor médio de R$ 19,1 mil por contrato. Aproximada-
mente 65,0% dos empréstimos contratados têm prazo de pagamento de
72 prestações, sendo os participantes assistidos os que mais solicitaram
o serviço. O requisito fundamental para ter direito ao empréstimo é ser
participante ou beneficiário de planos administrados pela Petros com a
modalidade prevista na Política de Investimentos.
A Petros classifica os empréstimos junto aos participantes como um
investimento de baixo risco e que agrega valor ao plano de previdência,
mas que tem remuneração superior à meta atuarial. Trata-se de uma
alternativa de crédito que apresenta condições favoráveis aos partici-
pantes, cujo valor tem crescido nos últimos anos como modalidade de
investimento, embora em ritmo inferior à carteira total de investimentos
da Fundação (Gráficos 23 e 24).
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
754,2
905,5
1.071,4
1.161,91.209,2
1.153,51.176,1
R$ (milhões)
Fonte: Petros - Gerência de Administração Financeira
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Carteira da Operações com ParticipantesCarteira de Investimentos da Petros
54,6%
17,9%14,6% 15,1%
14,4%
21,4%
4,2%
15,0%
20,1% 18,3%
8,4%
4,1%
-4,6%
2,0%
3.7 Operações com Participantes
Gráfico 23 – EVOLUÇÃO DO VALOR DAS OPERAÇÕESCOM PARTICIPANTES 2003 A 2009
Gráfico 24 – EVOLUÇÃO DA CARTEIRA DE OPERAÇÕESCOM PARTICIPANTES E DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOTOTAL DA PETROS (%)2003 A 2009
Shut
ters
tock
37BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Postura responsável de mãosdadas com a rentabilidadeFOI-SE O TEMPO EM QUE O RETORNO AOS INVESTIMENTOS FEITOS POR UMA EMPRESA FICAVA RESTRITO
A SEUS ACIONISTAS E AO MERCADO. A OPÇÃO POR DETERMINADA APLICAÇÃO, HOJE EM DIA, NÃO
LEVA EM CONTA APENAS A CIFRA QUE PODERÁ GERAR. SIGNIFICA, SIM, OBTER RETORNO FINANCEIRO,
MAS DE MANEIRA CONSCIENTE E RESPONSÁVEL, CONTRIBUINDO PARA O CUMPRIMENTO DAS LEIS, A
REDUÇÃO DA SONEGAÇÃO FISCAL, A VALORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES, A PRESERVAÇÃO DO MEIO
AMBIENTE E A GERAÇÃO DE RENDA. PORTANTO, ATUALMENTE, A POSTURA RESPONSÁVEL DE UMA
ORGANIZAÇÃO ESTÁ DIRETAMENTE LIGADA À SUA RENTABILIDADE E AO SEU CRESCIMENTO.
“Não investimos apenas em empresas com uma estrutura totalmente pronta. Também prestamos atenção naquelas
que têm disposição para adotar práticas que julgamos
necessárias e importantes para o seu crescimento.”
Este conceito de investimento torna-se cada
vez mais comum no mercado mundial e oferece,
comprovadamente, uma série de benefícios para
as empresas, como maior rentabilidade, com-
petitividade e segurança. Em 2003, por exem-
plo, um estudo conduzido pela Universidade de
Harvard (EUA) apontou que as empresas norte-
americanas socialmente responsáveis apresen-
tavam um crescimento quatro vezes maior do
que as demais.
No Brasil, essa filosofia ganhou força en-
tre os fundos de pensão, quando a Petros, em
2003, organizou e liderou um movimento entre
os fundos de pensão para criar diretrizes em
relação à responsabilidade social nos investi-
mentos. As propostas levantadas foram enca-
minhadas à Associação Brasileira das Entidades
Fechadas de Previdência Complementar (Abra-
pp) e ao Instituto Ethos, que, juntos, lançaram
um documento contendo critérios de investi-
mentos socialmente responsáveis para o setor.
O princípio norteador destas ações é o de que
as entidades previdenciárias, sem abrir mão da
rentabilidade financeira, devem privilegiar o
cunho social em suas gestões, evitando que as
políticas de investimentos considerem apenas
a lucratividade.
Desde então, a Petros incorpora estes crité-
rios em seus investimentos, com o intuito de
gerar uma rentabilidade consistente e de longo
prazo. Ao final de 2009, a carteira de inves-
timentos da Petros totalizou R$ 45,5 bilhões,
sendo que R$ 19,8 bilhões, ou 43,5% des-
te montante, consideravam critérios de RSA.
A médio prazo, o objetivo da Fundação é ter
100% de sua carteira voltada a investimentos
socialmente responsáveis.
Um círculo virtuoso em tornoda sociedade
Na entrevista a seguir, o diretor Financeiro e de
Investimentos da Petros, Luís Carlos Afonso, revela
que a experiência bem sucedida da Fundação nes-
te sentido a coloca no papel de “referência” para
investidores e fundos de pensão do mundo inteiro,
que a procuram interessados em adotar um mode-
lo que garanta a rentabilidade e o crescimento de
forma mais comprometida com a sociedade.
O diretor também fala da importância da ade-
são da Petros aos projetos PRI (Princípios para
Investimentos Responsáveis) e CDP (Divulgação
das Emissões de Carbono) e da responsabilidade
que é investir pensando no retorno em longo
prazo, entre outros temas.
Entrevista
Am
éric
o Ve
rmel
ho
38BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
O senhor acredita que o sucesso da Petros se deve aos investimentos socialmente res-ponsáveis?Acredito que isso acontece devido a vários fa-
tores. Para que possamos fazer bons investimen-
tos, levando em conta critérios de responsabili-
dade social, é preciso que o contexto favoreça as
empresas a adotarem práticas socialmente res-
ponsáveis. Isso está sendo viabilizado pela econo-
mia brasileira, que vive um momento muito bom.
Desta forma, conseguimos fazer boas aquisições
de participações. É importante ressaltar que a
Petros ocupa, desde 2003, um papel importan-
te e pioneiro na divulgação e disseminação dos
investimentos socialmente responsáveis, que são
agregadores de valor. Quando começamos nos-
sa gestão, em 2003, a idéia de muitas empresas
ainda era “crescer a qualquer custo”, mas hoje o
mercado se dá conta de que investimentos com
responsabilidade social é que agregam valor às
empresas, ou seja, elas se tornam mais respeita-
das, além de contribuir para o desenvolvimento
econômico do país. Investir de forma socialmente
responsável significa acreditar em empresas em
dia com os impostos e as leis trabalhistas, que
preservam o meio ambiente e contribuem para a
educação e a qualificação de seus trabalhadores
e suas famílias. Falamos de um círculo virtuoso
em que não só há apenas crescimento, mas um
crescimento com qualidade que beneficia diver-
sos setores da sociedade.
Temos que, ao mesmo tempo, buscar a melhor
rentabilidade possível aliada à maior segurança.
Esta combinação de boa rentabilidade com as
práticas socialmente responsáveis de algumas
tual. Na Petros, temos como meta ampliar o
volume de investimentos socialmente respon-
sáveis cada vez mais. Pretendemos, em breve,
ter 100% de nossa carteira de investimentos
seguindo critérios de RSA.
Como é a relação da Petros com o mercado internacional? Como o observa?Os fundos de pensão do País têm um patri-
mônio com trajetória ascendente (representam
cerca de 16% do PIB – Produto Interno Bruto
- do Brasil). Em relação a outros países pode
parecer pouco, mas para o Brasil é uma impor-
tante fonte de poupança em constante cresci-
mento, que é percebido pelos investidores es-
trangeiros. Eles olham para nossa economia e
para instituições como a Petros com bons olhos
e nos procuram para fazer parcerias ou investir
em empresas brasileiras. Eles estão constatan-
do que os investimentos socialmente respon-
sáveis também dão certo, geram lucro e renda
aqui no Brasil, ou seja, percebem que essa não
é uma prática bem sucedida apenas nos países
desenvolvidos.
Qual a importância da adesão ao PRI (Princípios para Investimentos Responsá-veis) e ao CDP (Divulgação das Emissões de Carbono)?Muitas empresas estão aderindo ao PRI por-
que isso agrega valor às suas marcas, seja no
mercado interno ou no externo, no caso das em-
presas que exportam produtos ou serviços. Isso
não é mais discurso acadêmico nem idéia de
gente sonhadora, isso é realidade. Ter respon-
sabilidade social contribui para uma sociedade
mais justa, mais equilibrada e que possibilita
ganhos para todos, sobretudo, a longo prazo.
Por isso, esses conceitos combinam tanto com
a Petros, que está sempre agindo “hoje”, mas
“pensando” no futuro. O Brasil e os fundos de
pensão estão deixando o papel de “plateia” para
tornarem-se protagonistas do mercado finan-
ceiro, disseminando conceitos e práticas que
possam beneficiar toda a sociedade, e não ape-
nas o investidor.
empresas em que investimos acaba nos propor-
cionando isso, ou seja, uma redução no risco.
Como é trabalhar hoje pensando nos próxi-mos 20, 30 anos?
Temos uma responsabilidade enorme. Para
obter mais tranquilidade, a estratégia de nos-
sa equipe é diversificar os investimentos entre
curto, médio e longo prazo. Nos de curto e mé-
dio prazo, o risco aumenta e as possibilidades
de ganho são maiores. Dizemos que somos mais
conservadores do que arrojados. Isso, porém,
não significa que não fazemos investimentos
de maior risco. O que acontece é que antes
de optarmos por este tipo, fazemos longos e
complexos estudos buscando reduzir algumas
incertezas.
As aplicações ligadas ao setor de infraestru-
tura possuem características que se aliam ao
nosso perfil. São investimentos de risco baixo e
retorno em longo prazo, quase uma renda fixa.
Tendem a gerar bons resultados, que incluem a
valorização do negócio obtida no período para
assegurar os benefícios que temos que pagar
daqui a 20 anos, por exemplo.
Nos investimentos do tipo private equity, so-
mos cotistas de fundos que fazem investimen-
tos nos mais variados segmentos, como setores
complementares de infraestrutura e educação.
Alguns investimentos deste tipo permitem que
possamos participar do aperfeiçoamento da go-
vernança corporativa destas empresas. Algumas
podem ser melhoradas e assim seus papeis se va-
lorizam a longo prazo. Não investimos apenas em
empresas que já têm uma cultura de governança
corporativa e RSA. Também prestamos atenção
naquelas que têm disposição para adotar práti-
cas que julgamos necessárias e importantes para
o seu crescimento.
A Petros segue alguma regra ou lei esta-belecendo um determinado percentual de investimentos em empresas consideradas socialmente responsáveis?Não. Cada fundo de pensão tem sua política
de investimentos que determina este percen-
Entrevista
“O Brasil está deixando o papel de ‘plateia’ e tornando-se um dos protagonistas do mercado econômico, difundindo conceitos importantes, como a responsabilidade social.”
39BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
4.1 Receitas e Despesas Previdenciais e Equilíbrio TécnicoEm dezembro de 2009, a Petros era gestora de 41 planos de benefícios,
sendo 6 patrocinados da modalidade benefício definido (BD), 19 de con-
tribuição definida (CD) e de contribuição variável (CV) e 16 instituídos. A
administração de cada plano preserva a sua autonomia e independência
patrimonial, financeira e contábil, além da segregação dos respectivos
patrimônios, massas de participantes, fluxos de contribuições e de pa-
gamentos de benefícios. Sua individualidade é expressa no seu regula-
mento, nas suas políticas de investimento e nos seus critérios de gestão
de benefícios.
Como decorrência, a situação atuarial particular de cada plano é defini-
da pela relação entre seus respectivos ativos garantidores e suas provisões
matemáticas para pagamento de benefícios futuros. Cada plano possui si-
tuação atuarial própria e o seu eventual desequilíbrio técnico (deficitário
ou superavitário) não é compensado nem compensa o dos demais.
4.1.1 RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIAIS
A receita previdencial consolidada consiste no somatório das contribui-
ções efetivamente recebidas dos participantes, das patrocinadoras e dos
instituidores de todos os planos que a Petros administra. Esse valor conso-
lidado é indicador da dimensão do fluxo de recursos que ingressam na Fun-
dação a cada ano. À semelhança das receitas, a despesa previdencial anual
consolidada é o somatório dos valores dos benefícios em manutenção e dos
concedidos no ano aos participantes assistidos e beneficiários de pensão de
todos os planos que a Petros administra.
Entre 2003 e 2009 as receitas previdenciais consolidadas da Petros re-
gistraram a expressiva evolução de 163,2%, o que corresponde a um au-
mento real de 94,5% (em torno de 10,0% a.a.). Essa evolução se deve,
principalmente, à implantação do Plano Petros 2 em julho de 2007. As des-
pesas previdenciais também registraram expansão significativa no mesmo
período: 100,5%, equivalentes a 48,1% em termos reais, cerca de 5,8% ao
ano. Como resultado dessa evolução, a relação entre receitas e despesas
retrocedeu de 1,97 em 2003 para 1,50 em 2009 (Gráfico 25). É importante
registrar que não são consideradas nas receitas previdenciais os recursos
dos Termos de Compromisso Financeiro (no valor de R$ 5,73 bilhões), de-
correntes do Acordo de Obrigações Recíprocas (AOR).
Cabe ressaltar, entretanto, que esses resultados, por serem consolidados,
não são um indicador da sustentabilidade dos planos geridos pela Petros,
exigindo a verificação de suas situações atuariais.
Evolução 2003-2009
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 25 - EVOLUÇÃO DAS RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIAIS
Receitas Previdenciais (R$ milhões)Despesas Previdenciais (R$ milhões)
679
1.3351.538
1.830 1.941
2.403 2.205
2.676
750 837 894
1.3741.593
1.788
4 GESTÃO DE SEGURIDADE
4 Gestão de Seguridade
GRIEC1EC3
40BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tabela 12: Receitas e despesas previdenciais por tipo de plano administrado pela Petros
PlanosReceitas previdenciais (R$ mil) Despesas previdenciais (R$ mil)
2008 2009 2008 2009
Planos patrocinados - tipo BD 1.017.091,6 1.043.917,5 2.198.375,9 2.675.816,2
Planos patrocinados - tipo CD e CV 519.098,5 560.654,2 6.027,5 10.219,1
Planos Instituídos 56.683,4 183.432,8 384,0 12.821,6
Total 1.592.873,5 1.788.004,6 2.204.787,4 2.698.856,9
Fonte: Petros – Gerência de Controle
4.1.2 EQUILÍBRIO ATUARIAL A consolidação, em 2008, das condições de equilíbrio do Plano Petros do
Sistema Petrobras, principal plano administrado pela Fundação, e a gestão
eficiente dos ativos de investimento (que propiciou um resultado positivo
de R$ 7,3 bilhões após a crise econômica mundial de 2008), foram determi-
nantes para o alcance do superávit atuarial acumulado, em 2009, de R$ 1,8
bilhão, o que representa uma situação atuarial equilibrada. À exceção do Pla-
no Petros Copesul, que continuou deficitário, mas em uma situação melhor
que a observada em 2008, a posição de equilíbrio foi registrada em todos os
planos administrados pela Fundação, à semelhança de 2008 (Tabela 13).
Tabela 13: Equilíbrio técnico por tipo de plano administrado pela Petros
Planos
2008 2009
Patrimônio líquido (A)(R$ mil)
Provisões matemáticas (B)
(R$ mil)
Indicador de equilíbrio técnico
(A/B)
Patrimônio líquido (A)(R$ mil)
Provisões matemáticas (B)
(R$ mil)
Indicador de equilíbrio técnico
(A/B)
Planos patrocinados - tipo BD 43.117.556,2 42.384.240,6 1,0 48.114.532,8 46.244.863,8 1,0
Planos patrocinados - tipo CD e CV 820.003,0 710.281,0 1,2 1.497.459,0 1.273.353,4 1,2
Planos Instituídos 61.627,6 61.627,6 1,0 1.359.705,6 1.359.695,3 1,0
Operaçõesadministrativas 995.725,6 0,0 - 1.114.925,0 1.114.925,0 1,0
Total 44.994.912,5 43.156.149,3 1,0 50.971.697,4 48.877.912,5 1,0
Fonte: Petros – Gerência de Controle
Receitas previdenciais As contribuições de participantes e patrocinadoras aos planos geri-
dos pela Petros somaram cerca de R$ 1,8 bilhão em 2009, um aumento
de 12,3% em relação ao valor registrado em 2008.
Essa variação decorre, principalmente, do expressivo ingresso de re-
cursos - no montante de R$ 142,8 milhões - no Plano ANAPARPREV,
correspondentes, em sua ampla maioria, à portabilidade dos recursos
dos participantes do Plano Petros da Braskem. Com a extinção desse
plano, homologada em abril de 2009, parte de seus participantes (cerca
de 550) aderiram ao Plano ANAPARPREV, possibilidade oferecida pela
Petros para que preservassem seu acesso à cobertura previdenciária
complementar. Também concorreram para o aumento das receitas pre-
videnciais o aumento das contribuições aos Planos Petros do Sistema
Petrobras (R$ 29,4 milhões) e ao Plano Petros 2 (R$ 38,9 milhões), em
função de reajustes salariais e novas contratações de suas patrocinado-
ras (Tabela 12).
Despesas previdenciais Em 2009, o valor total da despesa previdencial consolidada da Petros
atingiu R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 2,2 bilhões com benefícios de pres-
tação continuada e de pagamento único, e cerca de R$ 490,0 milhões
com outros benefícios, resgate de poupança e portabilidade de recursos
acumulados relativos ao Plano Braskem, em função do seu fechamento.
Parte dos participantes desse plano, como já mencionado, aderiu ao Pla-
no ANAPARPREV, realizando a correspondente portabilidade dos recursos
acumulados (Tabela 12).
Resultados de 2009
GRIEC1EC3
GRIEC3
4.1.2 Equilíbrio Atuarial
41BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
4.2 AtendimentoEm 2009, os diversos canais de atendimento da Petros atenderam con-
sultas sobre assuntos diversos relacionados à gestão dos planos de benefí-
cios que administra. Esse volume (33.763 ao mês, em média) é apenas 0,2%
inferior ao registrado em 2008, o que indica uma relativa estabilização no
fluxo de demandas.
Essa situação está relacionada à não ocorrência de modificações estru-
turais nos planos ou em sua gestão, diferentemente do que ocorreu em
2006 (quando houve a repactuação do Plano Petros BD) e em 2007 (im-
plantação do Plano Petros 2), que provocaram picos intensos no volume
de demandas. No entanto, os resultados de 2008 e 2009 são superiores
aos verificados nos anos anteriores a 2006, o que pode indicar um novo
patamar para o volume anual de demandas direcionadas ao setor de aten-
dimento da Fundação. Esse movimento é reflexo do aumento do número de
planos sob gestão da Petros e do consequente crescimento da população
de participantes.
A central de atendimento é o principal canal de recepção das demandas
dos participantes da Petros: 59,1%, na média anual entre 2003 e 2009. A
distribuição das demandas recebidas por canal de atendimento apresentou
mudanças entre 2003 e 2009: os atendimentos provenientes da Unidade
de Resposta Audível, e-mail e on-line tiveram expressivo crescimento, en-
quanto o atendimento via central de atendimento cresceu em escala menor.
No mesmo período a participação do atendimento telefônico, pessoal e por
correspondência diminuiu. Essas alterações revelam uma maior relevância
dos meios eletrônicos e automáticos (Gráfico 26).
Em 2009 foram prestados 405.159 atendimentos, sendo 401.481 aos
participantes e assistidos (2,0% a menos que em 2008), a ampla maioria
vinculada aos Planos Petros (90,6%), e a maior parte aposentados (48,8%).
Cabe registrar que a quantidade de aposentados que recorreu ao atendi-
mento da Petros em 2009 é a menor desde 2003, em termos proporcionais,
e a menor desde 2004, em números absolutos (Gráfico 27). Essa evolução
indica uma estabilidade, nos últimos anos, no número de demandas por
atendimentos, apesar do expressivo incremento no total de participantes
nos Planos administrados pela Petros.
A Central de Atendimento recebeu 231.924 chamadas telefônicas em
2009, volume 1,6% inferior ao registrado em 2008. Por outro lado, o número
de pendências geradas em 2009 (ligações não resolvidas no 1º contato) foi
54,5% menor que no ano anterior, o que revelou uma elevação na eficiência
do atendimento de 96,5% em 2008 para 98,4% em 2009. Esse resultado
positivo é reflexo das melhorias implementadas no setor de atendimen-
to: qualificação dos trabalhadores, maior grau de inovação tecnológica dos
equipamentos e disponibilização de novas posições de atendimento.
EficiênciaA melhoria do atendimento verificada em 2009 reflete a continuidade do
processo de aperfeiçoamento do serviço ao longo da década. O volume total
de chamadas recepcionadas pela Central de Atendimento apresentou uma
elevação expressiva em 2007 (repactuação e Plano Petros 2): 60,3% superior
a 2006 e 89,9% a 2004. Por outro lado, o número de pendências geradas
no primeiro atendimento apresentou uma tendência de expressiva redução
em todo o período, registrando um declínio de 79,2% entre 2004 e 2009
(Gráfico 28).
Fonte: Petros - Gerência de Operações
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 26 - DISTRIBUIÇÃO POR CANAL DE ATENDIMENTO 2003 A 2009
Central de Atendimento URA + E-mail + On-line
Telefônico + Pessoal + Correspondência
210.815
88.335
60.085 74.703
91.510 90.980116.842 109.218 118.988
76.217
82.471 78.964 75.748 61.155 54.247
206.775219.917
244.963
392.578
235.768 231.924
Fonte: Petros - Gerência de Operações
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 27 - EVOLUÇÃO DO PÚBLICO ATENDIDO - 2003 A 2009
172.555
349.437
205.060 211.331244.161
292.070
221.419196.007
361.777 344.969
447.589
519.519
409.657 401.481
TotalAposentados
4.2 Atendimento
GRIPR5
GRIPR5
42BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
4.2.1 ATENDIMENTO SOCIAL AOS
PARTICIPANTES A Petros promove ações socialmente respon-
sáveis, adequadas às expectativas dos partici-
pantes e beneficiários, por intermédio do atendi-
mento social na Sede e no Posto de Atendimento
em Salvador (BA). O Serviço Social da Fundação
tem como propósito de ação desenvolver compe-
tências, visando à transformação e à criação de
possibilidades aos aposentados e pensionistas, na
prestação de serviços, que envolvem demandas
sociais, econômicas, previdenciárias, familiares,
de falecimento, entre outras. Em 2009, foram
realizados 6.094 atendimentos sociais (12,9%
acima de 2008), por meio de contato telefônico,
entrevistas, cartas, e-mails, visitas hospitalares
e domiciliares. Tem sido observado nos diálogos
desenvolvidos que os idosos têm se tornado os
principais provedores da renda familiar.
As solicitações mais frequentes apresentadas
pelos participantes ao atendimento social da
Petros referem-se a problemas de saúde, com
reflexos consideráveis na solicitação de suspen-
são temporária da cobrança do empréstimo. Esse
quadro é em função da idade mais avançada, e
mais vulnerável em suas condições de saúde, do
público que demanda o serviço social oferecido
pela Fundação. Também é relevante destacar que
a suspensão do pagamento do empréstimo é vol-
tada para situações de calamidade, acidente e
problemas de saúde.
O compromisso do atendimento social com a
melhoria das condições de vida dos participan-
tes contribui com a superação, ainda que parcial,
de suas disfunções de saúde e econômicas. Com
esse propósito, a Petros procura na comunida-
de alternativas de recursos, tais como: descon-
tos em farmácias, gratuidade de medicamentos
para portadores de doenças graves, instituições
para tratar de dependência química, centros de
atendimento psicossocial, clínicas geriátricas,
casas de repouso, Defensoria Pública e Juizado
Especial Cível.
O progressivo envelhecimento da população
brasileira decorrente do aumento da expectati-
va de vida amplia os desafios para a vida duran-
te a aposentadoria. É necessário observar esse
novo contexto social para configurar e entender
as questões referentes às modificações dele de-
correntes.
O atendimento social da Petros procura contribuir
nesse processo de mudanças das condições de vida
dos participantes, apontando para a importância de
novos projetos pessoais e desenvolvendo atividades
pró-ativas que os ajudem a assumir cada vez mais
seu novo papel como sujeito participativo na socie-
dade e na condução da própria vida pessoal.
4.3 Planos Administrados pela PetrosOs planos administrados pela Petros possuem características próprias, con-
forme a demanda da patrocinadora e instituidor, a quantidade de participan-
tes e as especificidades de seus regulamentos. Em 2009, a Petros terminou o
ano administrando 41 planos de benefícios (25 patrocinados e 16 instituídos),
agrupados de acordo com o tipo de patrocínio e modalidade:
Os planos administrados pela Petros beneficiavam, ao final de 2009, um
total 132.281 participantes, 3.648 (ou 2,8%) a mais que no final de 2008.
Do total de participantes em 2009, 59,1% eram ativos e 40,9% assistidos.
A variação positiva entre os dois últimos anos é devida, principalmente,
ao aumento no número de participantes do Plano Petros 2 (2.147 pessoas
ou 8,2%) e dos Planos Instituídos (2.143 pessoas ou 30,3%), em função,
fundamentalmente, da incorporação pelo Plano ANAPARPREV dos antigos
participantes do Plano Petros BRASKEM, encerrado oficialmente em abril
de 2009 (Tabela 14).
Fonte: Petros - Gerência de Operações
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 28 - CENTRAL DE ATENDIMENTO -EVOLUÇÃO E EFICIÊNCIA 2004 - 2009
206.775
18.045
91,3%
219.917
94,6%
11.877
244.963
98%
4.940
392.578
98,3%
6.852
235.768
96,5%98,4%
8.231
231.924
3.748
Consultas Call-Center Pendências Geradas
Eficiência no Atendimento
4.2.1 Atendimento Social aos Participantes
GRIPR5
Am
éric
o Ve
rmel
ho
GRIPR1
43BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tabela 14: Distribuição dos participantes por tipo de plano
Planos Modalidade2008 2009
Ativos Assistidos Total Ativos Assistidos Total
Plano Petros - Sistema Petrobras BD 31.719 48.214 79.933 31.057 48.792 79.849
Plano Petros 2 CV 26.250 16 26.266 28.379 34 28.413
Plano Petros - Privatizadas BD 1.756 5.659 7.415 1.003 4.912 5.915
Novos planos patrocinados CD ou CV 7.887 50 7.937 8.812 67 8.879
Planos Instituídos CD 7.081 1 7.082 8.871 354 9.225
Total 74.693 53.940 128.633 78.122 54.159 132.281
Fonte: Petros – Gerência de Operações
Ao longo dos 40 anos de existência da Petros, o total de participantes
dos planos geridos pela Fundação passou de 29.127 (dezembro/1970)
para 132.281 (dezembro de 2009), o que equivale a 4,5 vezes o número
inicial ou a um aumento médio anual de 3,9%. Houve um intenso incre-
mento do número de participantes do Plano Petros do Sistema Petrobras
entre 1970 e 1990, processo interrompido pela privatização de empresas
subsidiárias e coligadas da estatal do petróleo e pela concepção hege-
mônica em âmbito mundial de gestão da economia dos estados nacionais
e das empresas (Estado mínimo, privatizações, flexibilização das relações
de trabalho, liberalização dos fluxos financeiros de capital etc.).
Nesse período, dois fenômenos merecem ser destacados. Em primeiro
lugar, houve uma estabilização (e até uma certa redução) do número
total de participantes dos Planos Petros (do Sistema Petrobras e das em-
presas privatizadas), consequência das políticas de gestão de pessoas
implementadas no período, aliadas aos processos de reorganização dos
processos produtivos e de gestão empresarial. Em segundo lugar, houve
uma reversão da tendência de crescimento de participantes ativos do
plano, que decaiu sensivelmente, e uma aceleração do volume de par-
ticipantes assistidos. Esses movimentos são decorrentes do processo de
privatização e da redução do emprego no âmbito das empresas patroci-
nadoras privatizadas induzidas pelo incentivo à aposentadoria antecipa-
da dos trabalhadores.
Na primeira década do século 21, o movimento de redução do número
de trabalhadores ativos foi interrompido, permanecendo estabilizado até
2006. A implantação do Plano Petros 2 provocou uma nova inflexão na
evolução dos participantes ativos, que registrou intenso crescimento.
Contribuiram, em menor escala para esse movimento, a consolidação e a
ampliação do multipatrocínio pela Petros. A evolução da quantidade de
participantes do conjunto de todos os planos administrados pela Funda-
ção pode ser visualizada no Gráfico 29.
Fonte: Petros - Gerência de Operações
Gráfico 29 - EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE PARTICIPANTES:TOTAL 1970 - 2009
Ativos (A) Total (A+B)Assistidos (B)
120000
140000
100000
80000
60000
40000
20000
0
1970
1973
1976
1979
1982
1985
1988
1991
1994
1997
2000
2003
2006
2009
GRI2.72.8
4.3 Planos Administrados pela Petros
Shut
ters
tock
GRI2.8
44BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tabela 15: Participantes do Plano Petros do Sistema Petrobras
Patrocinadores2008 2009
Ativos Assistidos Total Ativos Assistidos Total
BR Distribuidora 2.724 2.414 5.138 2.673 2.458 5.131
Petrobras 28.165 45.297 73.462 27.577 45.810 73.387
Petroquisa 93 215 308 93 215 308
Petros 255 237 492 241 248 489
Refap 482 51 533 473 61 534
Total 31.719 48.214 79.933 31.057 48.792 79.849
Tabela 16: Participantes do Plano Petros – 2
Patrocinadores2008 2009
Ativos Assistidos Total Ativos Assistidos Total
BR Distribuidora 706 - 706 1.409 2 1.411
Petrobras 24.756 13 24.769 26.266 27 26.293
Petroquisa 9 1 10 9 1 10
Petros 181 1 182 229 2 231
Refap 327 1 328 341 1 342
Alvo 204 - 204 0 - -
IASA 37 - 37 63 1 64
FAFEN 30 - 30 29 - 29
TERMORIO - - - 15 - 15
TERMOCEARÁ - - - 18 - 18
Total 26.250 16 26.266 28.379 34 28.413
Fonte: Petros – Gerência de Operações
Fonte: Petros – Gerência de Operações
Plano Petros - 2O crescimento do número de participantes deve-se em grande parte à
implantação, em julho de 2007, do PP–2, para os empregados do Sistema
Petrobras, sanando a pendência criada com o fechamento do Plano Petros
BD. Em dezembro de 2009 o PP–2 congregava 28 mil participantes, 7,55%
a mais que a quantidade de 2008. Na modalidade Contribuição Variável, o
PP–2 encontra-se disponível a todos os novos empregados das patrocina-
doras do Sistema Petrobras e aos participantes do Plano Petros que julga-
rem conveniente a migração de plano (Tabela 16).
Analisando o total de participantes dos planos patrocinados pelo Sis-
tema Petrobras (Plano Petros BD e Plano Petros – 2) em relação ao total
de empregados das patrocinadoras, observa-se uma alta taxa de adesão a
esses planos (Tabela 17).
4.3.1 PLANOS PATROCINADOS PELO
SISTEMA PETROBRAS
O Plano Petros, criado pela Petrobras em 1970,
com o objetivo de oferecer benefícios previdenci-
ários complementares aos seus trabalhadores, deu
origem à Petros, criada para sua administração.
Eram copatrocinadoras do plano as empresas sub-
sidiárias e coligadas da estatal do petróleo.
O plano, da modalidade Benefício Definido -
BD, foi fechado em agosto de 2002, continuan-
do operante para os participantes já existentes. A
partir dessa data não foi mais permitida a adesão
de novos trabalhadores. No entanto, em dezembro
de 2004, cerca de 8.200 empregados das patroci-
nadoras do Plano estavam sem cobertura do plano
de benefício e garantidos provisoriamente por um
seguro de vida. Com a implantação do Plano Pe-
tros – 2, no final de junho de 2007 essa situação
foi equacionada. O Plano Petros encerrou o ano
de 2009 com 79.849 participantes, um redução de
0,1% em relação a 2008 (Tabela 15).
GRI2.7
GRI2.7
4.3.1 Planos Patrocinados pelo Sistema Petrobras
45BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tabela 17: Adesão de participantes nos planos patrocinados pelo Sistema Petrobras
PatrocinadorasParticipantes ativos
Total de empregados (C) % de Adesão [(A+B)/C]Plano Petros do Sistema Petrobras (A) Plano Petros – 2 (B)
BR Distribuidora 2.673 1.409 4.388 93,0%
Petrobras 27.577 26.266 55.755 96,6%
Petroquisa 93 7 102 98,0%
Petros 241 228 469 100,0%
Refap 473 341 815 99,9%
IASA 0 63 112 56,3%
FAFEN 0 29 30 96,7%
TERMORIO 0 15 29 51,7%
TERMOCEARÁ 0 18 24 75,0%
Total 31.057 28.376 61.724 96,3%
Fonte: Petros – Gerência de Clientes Institucionais
4.3.2 PLANO PETROS – EMPRESAS PRIVADAS
Esses planos têm como patrocinadoras empresas que são subsidiárias
da Petrobras ou que possuem alguma ligação com a companhia, ainda que
tenham sido privatizadas. Em decorrência do processo de separação de
massas, a Petros mantém a administração de cinco planos com as mesmas
características do Plano Petros original (estrutura contributiva e de benefí-
cios, elegibilidade, limites etc). Esses planos são denominados “Planos Pe-
tros – Empresas Privadas” e são caracterizados como planos de previdência
“maduros”, com a maior concentração de assistidos e, como estão fechados
desde a separação das massas, a quantidade de participantes de cada um
tem declinado gradualmente.
Em 2009, foi aprovada pela Previc a proposta de retirada de patrocínio da
Braskem, tendo deixado, portanto, de ser administrado pela Petros (Tabela 18 e
Gráfico 30).
Tabela 18: Participantes dos Planos Petros das Empresas Privadas
Planos patrocinados Patrocinador2008 2009
Ativos Assistidos Total Ativos Assistidos Total
Plano Petros Braskem Braskem 608 885 1.493 0 0 0
Plano Petros Copesul Copesul 410 495 905 333 581 914
Plano Petros PQU PQU 251 912 1.163 221 950 1.171
Plano Petros Nitriflex/DSM
DSM 1 0 1 1 0 1
Nitriflex 9 220 229 9 219 228
Total 10 220 230 10 219 229
Plano Petros LANXESS (ex-Petroflex) Petroflex 225 1.690 1.915 196 1.704 1.900
Plano Petros Ultrafértil Ultrafértil 252 1.457 1.709 243 1.458 1.701
Total 1.756 5.659 7.415 1.003 4.912 5.915
Fonte: Petros – Gerência de Operações
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2008 2009
Gráfico 30 - PLANOS PETROS EMPRESAS PRIVADAS
7.415
5.915
Participantes Planos
6
5
GRI2.7
4.3.2 Plano Petros – Empresas Privadas
GRI2.7
46BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
4.3.3 NOVOS PLANOS PATROCINADOS DE CONTRIBUIÇÃO
DEFINIDA E CONTRIBUIÇÃO VARIÁVEL
Em 1994, a alteração procedida no Estatuto Social da Petros abriu a pos-
sibilidade de multipatrocínio. Esta motivação foi fortalecida pela Lei Com-
plementar n° 109/01, que trouxe como principal inovação a garantia de uma
identidade contábil e jurídica e a independência entre cada plano de benefí-
cios. A Petros encerrou o ano de 2009 administrando 18 planos de benefícios
(11 de Contribuição Variável e 7 Contribuição Definida), patrocinados por 30
empresas, sem considerar o PP-2, já abordado anteriormente (Gráfico 31).
O número crescente de convênios de adesão para a gestão de planos
patrocinados e instituídos corrobora com a Visão da Petros, definida no
Plano Estratégico para o período 2008-2012, que estabelece como objetivo
estratégico o incentivo à consolidação e à ampliação da Petros como enti-
dade multipatrocinada.
4.3.4 PLANOS INSTITUÍDOS
Definidos pela Lei Complementar n° 109/01, os planos instituídos refor-
çam o multipatrocínio, por conta da adesão de trabalhadores filiados a as-
sociações de classe, conselhos profissionais e entidades sindicais. Os planos
instituídos são, obrigatoriamente, de contribuição definida, contribuições
essas que são realizadas pelos participantes, mas seus empregadores ou os
instituidores também podem, eventualmente, contribuir voluntariamente.
Os instituidores compõem o Comitê Gestor do respectivo Plano, que parti-
cipa da concepção do plano e dos demais assuntos relativos à sua gestão. O
número de participantes de planos instituídos mostrou um crescimento de
30,3% em 2009, em relação a 2008 (Gráfico 32 e Tabela 19).
Tabela 19: Participantes dos Planos Instituídos
Planos2008 2009
Ativos Assistidos Total Ativos Assistidos Total
Plano ADUANAPrev 70 0 70 74 0 74
Plano ANAPARPrev 39 0 39 1.412 353 1.765
Plano CRAPrev 123 0 123 170 0 170
Plano CROPrev 389 0 389 423 0 423
Plano CulturaPrev 518 1 519 504 1 505
Plano FENAJPREV 0 0 0 68 0 68
Plano IBAPrev 165 0 165 181 0 181
Plano PREVICONTAS 0 0 0 10 0 10
Plano PREV-ESTAT 0 0 0 7 0 7
Plano Previdência UNIMED-BH 4.476 0 4.476 4.658 0 4.658
Plano Previdência do Cooperado 1.045 0 1.045 1.040 0 1.040
Plano Previttel 152 0 152 105 0 105
Plano SIMEPREV 39 0 39 155 0 155
Plano SINDMED/RJ 65 0 65 64 0 64
TOTAL 7.081 1 7.082 8.871 354 9.225
Fonte: Petros – Gerência de Operações
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2008 2009
Gráfico 31 - PLANOS PATROCINADOS (CD E CV)
7.937
8.879
Participantes Planos
16
18
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2008 2009
Gráfico 32 - PLANOS INSTITUÍDOS (CD)
7.082
9.225
Participantes Planos
11
14
4.3.3 Novos Planos Patrocinados
GRI2.7
GRI2.7
GRI2.7
47BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Parceria Petros e SeguradorasCom o objetivo de fortalecer a adesão de novos participantes nos planos
instituídos, a Petros firmou, em 2009, uma parceria com Mongeral Seguros
e Previdência, Marítima Seguros, Generali Seguros e Unimed Seguradora.
A parceria firmada estabelece que a Petros administre o Plano, cabendo às
seguradoras a garantia dos benefícios de risco, divulgação e comercializa-
ção do Plano.
Evolução dos Planos de Previdência da Petros
4.3.4 Planos Instituídos
1953Sancionada a Leinº 2004 que cria
a Petrobras
Início do projetoPetrossocial
Aprovação da Petrospela Assembléia Geral
de acionistasda Petrobras
Comissão realizanovos estudos eformata espinha
dorsal do plano Petros
Início das atividadesda Petros
29.127participantes
Celebração do Convêniode Adesão do Plano
Petros com a Petrofertile Petroquímica União
45.768participantes
Celebração do Convêniode Adesão do Plano
Petros com a CompanhiaQuímica do Recôncavo,
Interbras, Copene, UltrafertilPetrofertil e Copesul
51.929participantes
Celebração do Convêniode Adesão entre a Petros
e as patrocinadorasdo Plano Petros para
estabelecer ascondições de solidariedade
das partes1
Celebração do Convêniode Adesão do Plano
Petros com a Braspetro,Petroquisa e
BR Distribuidora31.979
participantes
Celebração do Convêniode Adesão do Plano
Petros com a Petroflexe Petromisa
57.964participantes
Celebração do Convêniode Adesão do Plano
Petros com a Nitriflexe Coperbo
68.873participantes
Celebração do Convêniode Adesão plano
Petros – Petrobras
1965 1º julho 1970 1975 1977 1981
1956 1969 1972 1976 1980 1984
Celebração do Convêniode Adesão Plano
GEN2
Alteração no EstatutoSocial em função da
privatização de empresasdo Sistema Petrobras
Celebração do Convêniode Adesão Plano
Repsol YPF89.898
participantes
Separação de massasCelebração do Convênio de
Adesão dos Planos dasPatrocinadoras Privatizadas5
do Processo de Separaçãodas Massas do Plano Petros
Fechamento do PlanoPetros a novas adesões
Celebração do Convêniode Adesão Plano
misto Sanasa
Celebração do Convêniode Adesão PlanoIBP3 e Plano SAT4
90.934participantes
Celebração do Convêniode Adesão Plano PQUPrevidência e Plano
CopesulPrev91.371
participantes
Planos InstituídosCelebração do Convêniode Adesão Plano Simesp-Simepar, Plano IBAPrev,Plano CulturaPrev, Plano
CROPrev, Plano Sinmed/RJ92.036
participantes
1999 2002 2003 2004
1994 1999 2002 Agosto 2002 2004
Implantaçãodo PP-2
Assinatura do Acordo de Obrigações
Recíprocas – AOR94.789
participantes
28 planos debenefícios:
22 patrocinadose 6 instituídos
117.341participantes
Carteira PP-2 alcançourentabilidade de 8,81%,superior à taxa básica
da economia
41 planos debenefícios:
25 patrocinadose 16 instituídos
132.281participantes
77,59% dosparticipantes
aprovaram a propostade repactuação
Planos: CRO Prev,Sinmed-RJ, FIEPEPrev
e Manguinhos93.792
participantes
Redução da Taxa deAdministração de
6% para 4%
2006 200734 planos debenefícios:
23 patrocinadose 11 instituídos
128.633participantes
2008 2009
2005 2007 2007 2008 2009
Notas:1 De acordo com a Lei nº 6435, de 15/07/1977.2 GEN – Gestão Empresarial de Navios.3 Instituto Brasileiro de Petróleo.4 Satélite Petromarketing e Caraú.5 Plano Petros Ultrafertil, Plano Petros PQU, Plano Petros Braskem, Plano Petros Trikem,Plano Petros Nitriflex/DSM, Plano PetrosCopesul, Plano Petros Petroflex.
48BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
4.4 Concessão de BenefíciosO dispêndio da Petros com o pagamento de benefícios dos participantes
dos planos que administra atingiu R$ 2,2 bilhões em 2009, valor 7,3%
superior às despesas de 2008. Os gastos com aposentadorias foram equi-
valentes a 87,4% do total, sendo 67,4% com as aposentadorias por tempo
de serviço. Em 2009 foram concedidos 2.682 benefícios, quantidade supe-
rior em 18,2% ao resultado de 2008. No mesmo período, a concessão de
aposentadorias registrou expressivo incremento de 39,8%, enquanto a de
pecúlios teve acréscimo de 18,6% e a de pensões, 2,3%. As aposentado-
rias e pensões corresponderam a 70% dos benefícios concedidos em 2009
(Gráfico 33).
Entre 2003 e 2009, as despesas totais da Petros com o pagamento de be-
nefícios foram de R$ 12,6 bilhões, registrando uma evolução acumulada de
65,7% nos sete anos (22,4% em termos reais). Os gastos com aposentado-
ria representaram cerca de 90% desse total. Foram concedidos 15.505 be-
nefícios (2.258 ao ano, em média), dos quais 29,3% aposentadorias, 35,9%
pensões, 4,5% auxílios e 30,4% pecúlios por morte (Gráficos 33 e 34).
4.5 Satisfação de Participantes e Patrocinadoras/Instituidoras
A mais recente pesquisa aplicada pela Petros
para aferir o grau de satisfação dos participan-
tes, patrocinadores e instituidores mostrou que,
na comparação com 2008, o percentual de con-
tentamento melhorou expressivamente entre to-
dos os públicos. Ao todo, 73% dos participantes
declaram-se satisfeitos ou muito satisfeitos com
a Fundação (Tabela 20).
Tabela 20: Satisfação dos Participantes - Resultado da Pesquisa
Grau geral de satisfaçãocom a Petros
2008 2009
Ativos Assistidos Ativos Assistidos
Muito Satisfeito 9,0% 27,0% 12,0% 31,0%
Satisfeito 49,0% 52,0% 53,0% 53,0%
Indiferente 17,0% 5,0% 14,0% 3,0%
Insatisfeito 9,0% 11,0% 16,0% 7,0%
Muito Insatisfeito 6,0% 5,0% 5,0% 4,0%
Fonte: Petros - Gerência de Comunicação e Relações Institucionais
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 33 - EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE BENEFÍCIOSCONCEDIDOS - 2003 A 2009 POR TIPO DE BENEFÍCIO
Aposentadoria Pecúlio por mortePensão Auxílios
561
587
715 621
724 727678
796671675 676
1.043
873 836855
133 13697 94 83 8382
608635 640
557
671
948
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 34 - DESPESAS COM BENEFÍCIOS - R$ MILHÕES
1.238
1.5361.665 1.667
1.803 1.759 1.7971.932
2.2112.060
1.978
1.4211.538
1.335
Aposentados Total
GRIPR5
GRIPR5
GRIEC1
4.4 Concessão de Benefícios
Homenagem Dia do Aposentado 2009 - Mauro Borges Villela e Francisco Antonio de Oliveira Santos da Silva (Chicão) receberam o diploma comemorativo das mãos do presidente Wagner Pinheiro e do diretor Newton Carneiro.
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49BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
A sondagem também constatou um aumento na proporção de entrevis-
tados que veem a Petros como uma instituição sólida, moderna, eficiente,
transparente e que se preocupa com o bem-estar de seus participantes.
Desta forma, 87% consideram a Petros sólida, 83% apontaram a Fundação
como uma entidade moderna e 77% como uma gestão moderna e 72%
como transparente (Tabela 21).
O questionamento a respeito da satisfação em relação à Petros foi
também apresentado às patrocinadoras e aos instituidores. Feito me-
diante entrevista presencial, o levantamento apontou que 86% estão
satisfeitos ou muito satisfeitos com a instituição. Dos entrevistados,
98% consideram a Petros como uma entidade sólida, 89% a veem como
uma empresa transparente, 84% a apontam como eficiente e 82% como
uma entidade moderna.
Com base no resultado da pesquisa, será implementado um conjunto de
medidas para aprimorar ainda mais a qualidade dos serviços prestados pela
Fundação.
Tabela 21: Imagem da Petros - Pesquisa de Satisfação 2009 (total de participantes)
Imagem da Petros Concordo totalmente Concordo parcialmente Indiferente Discordo parcialmente Discordo totalmente
Sólida 52,0% 35,0% 9,0% 4,0% 1,0%
Moderna 48,0% 35,0% 10,0% 5,0% 2,0%
Eficiente 44,0% 33,0% 13,0% 7,0% 3,0%
Preocupada com o participante 40,0% 34,0% 13,0% 8,0% 6,0%
Transparente 36,0% 36,0% 14,0% 8,0% 7,0%
Fonte: Petros - Gerência de Comunicação e Relações Institucionais
4.6 Perfil dos Assistidos dos Planos PetrosNeste tópico, são apresentadas as caracterís-
ticas principais dos participantes assistidos dos
planos da modalidade Benefício Definido admi-
nistrados pela Petros. O conhecimento do perfil
dos assistidos favorece o planejamento e a exe-
cução de ações direcionadas à melhoria dos ser-
viços prestados pela Petros.
No final de 2009 esses planos beneficiavam
53,7 mil participantes assistidos, quantidade in-
ferior à verificada no ano de 2008.
Quanto ao perfil dos participantes assistidos
observado em 2009, não se nota grande altera-
ção quando comparado com o verificado em 2004:
aposentado, sexo masculino, idade entre 50 e 69
anos, residente na região Sudeste e tempo médio de
recebimento dos benefícios entre 10 e 19 anos.
A manutenção desse perfil confirma algumas
tendências que podem, nos próximos anos, pro-
vocar impactos nos Planos administrados pela
Petros:
etárias superiores
que já recebem benefícios por período entre 1
e 19 anos
homens e aumento na de mulheres
Nas demais características de perfil dos assis-
tidos não foram identificadas alterações relevan-
tes nos últimos anos que possam vir a provocar
algum desequilíbrio nos planos.
GRI2.7
4.6 Perfil dos Assistidos do Plano Petros
Evento “Caminhando com a Petros” (Macaé-RJ)
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50BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Corrida RústicaO espírito esportivo e social da Petros é praticado também com
a organização e realização da Corrida Rústica. Um número recorde
de competidores deu a largada no Aterro do Flamengo, no dia 02 de
agosto de 2009. Luiz Severo Semkiw, da Unidade Industrial do Xisto
(PR) foi o ganhador da prova, seguido pelo técnico de operação da
Petrobras Marcos Ferreira de Mello e pelo também técnico de ope-
rações José Ricardo Misso.
Na classificação feminina, pontuou a geóloga Mônica Dias de Noro-
nha, lotada no EDIHB. A segunda colocada foi Denise Cesca Rocha (ad-
ministradora - Petrobras) e a terceira, Maria Naústria de Albuquerque
(consultora de negócio – BR Distribuidora), completou o pódio.
Mais de 600 quilos de alimentos arrecadados durante as inscri-
ções da disputa foram encaminhados para as entidades beneficentes
Instituição de Caridade Mãe Catharina (Pedra de Guaratiba) e Dis-
pensário dos Pobres da Imaculada Conceição (Botafogo), ambas no
Rio de Janeiro.
Primeira mulher a presidir a Academia Brasileiras de Letras, Né-
lida Piñon foi a homenageada, em 2009, no IX Concurso de Contos
Petros. A cerimônia de premiação dos 10 contos selecionados, den-
tre mais de 300 inscritos, se deu na Academia Brasileira de Letras
– templo maior da literatura nacional. Além da escritora de ascen-
dência galega, o evento teve a honra de contar com a participação
de Cícero Sandroni, em um de seus últimos compromissos oficiais
como presidente da ABL.
O concurso literário é anualmente promovido pela Fundação e faz
parte de uma série de atividades que visam a estimular a cultura e
as artes entre os seus mais de 130 mil participantes. Aqui, carta da
escritora publicada na revista Petros – edição 72, de janeiro/feve-
reiro: “Gratíssima pela bela homenagem que vocês, da Petros, me
prestaram. Fiquei comovida e feliz com tantas gentilezas, detalhes,
com o afeto que me proporcionaram. Por favor, transmita a todos os
que participaram deste encontro tão feliz o meu apreço e os meus
agradecimentos à diretoria que vocês, comprometidos com a cultura,
desempenham um papel essencial para o crescimento do Brasil. O
abraço amigo da Nélida”.
A homenagem a Nélida Piñon dá sequência a uma ideia iniciada
em 2005, com o objetivo de homenagear grandes personalidades do
universo cultural brasileiro. Já foram laureados os escritores Erico Ve-
ríssimo, Mario Quintana e Ariano Suassuna, assim como o intelectual
Abidias Nascimento.
Concurso de Contos 2009
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Am
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51BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tecnologia e respeitoa serviço de empregadose participantes
Central de Atendimento
TÃO IMPORTANTE QUANTO GERIR BEM O PATRIMÔNIO DE MAIS DE 132 MIL PARTICIPANTES, É
ESTABELECER COM ELES UMA RELAÇÃO DE PARCERIA BASEADA NA CORDIALIDADE, NA TRANSPA-
RÊNCIA E NA ÉTICA. NESTE SENTIDO, A PETROS CONTA COM A SUA CENTRAL DE ATENDIMENTO,
QUE ESCLARECE DÚVIDAS E RECEBE AS MAIS DIVERSAS SOLICITAÇÕES, DANDO SEMPRE A MESMA
ATENÇÃO A TODOS OS CASOS.
Os diversos canais de comunicação ofereci-
dos pela Fundação – o call center, o fale conos-
co (e-mail), o chat e o atendimento presencial
– facilitam o acesso à informação para todos o
participantes. Nesta área, a adoção de tecnolo-
gias de ponta é imprescindível e tem ajudado a
Petros a agilizar seus atendimentos que podem
chegar a 1,3 mil em um dia, dentro de uma mé-
dia mensal de 22 mil. A maior preocupação é
sempre atender às demandas sazonais de forma
eficiente sem prejudicar o atendimento das so-
licitações de rotina.
O primeiro contato de um participante sem-
pre é tratado pela Central de Atendimento. Em
grande parte as solicitações são sobre emprés-
timos, seguidas por solicitações de atualizações
cadastrais, informações sobre andamentos de
processo de benefícios e dúvidas sobre direitos
a benefícios previstos pelos planos. Com a ajuda
da unidade de resposta audível (URA), cada de-
manda é direcionada para o atendente que tem
mais familiaridade com aquele assunto. Para
atender prontamente aos participantes, o call
center conta com 30 posições de atendimento,
funcionando de segunda à sexta-feira.
A utilização de novas tecnologias tende a
tornar o atendimento ainda mais eficiente. Atu-
almente, são utilizados o sistema Voip e o call
back, ou chamada de retorno, uma ferramenta
de gravação para rastrear as ligações. Considera-
das um grande avanço na área, as chamadas de
retorno foram implementadas para detectar as
Am
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52BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
desistências daquelas pessoas que não quiseram
esperar pelo atendimento, em função de todas as
posições estarem ocupadas. O primeiro atenden-
te liberado de uma ligação retorna a chamada
para aquele número oferecendo ajuda.
Em 2009, a utilização destas tecnologias e o in-
vestimento na capacitação dos atendentes fizeram
com que o número de solicitações resolvidas na
primeira ligação aumentasse. A baixa rotatividade
de profissionais no call center tende a familiarizá-
los com a Petros, aumentando o seu conhecimento
sobre a Fundação. Desta forma, a agilidade e a re-
solução das demandas tornam-se maiores.
A função dos atendentes de call center, no en-
tanto, é sempre ligada a um nível alto de estresse.
Para dar maior suporte a sua saúde emocional, os
empregados do setor participam de um progra-
ma de capacitação, com técnicas de atendimento
focadas em diversos públicos. Em casos mais di-
fíceis, os supervisores dão suporte ao atendente.
Todos os atendimentos ficam gravados no sistema
corporativo da Petros. Nele, ficam registrados os
motivos dos contatos, se existe alguma respos-
ta pendente e uma avaliação do comportamento
do participante durante a ligação. Este recurso é
mais uma das ferramentas utilizadas para gerir
melhor o atendimento e facilitar o trabalho ao
retornar o contato com a mesma pessoa.
Espaço diferenciadoO ambiente do call center da Petros é dife-
renciado em relação ao mercado. As dimensões
das estações de trabalho são bem maiores do
que o habitual, o que dá muito mais confor-
to ao empregado. Além disso, fora as pausas
garantidas por lei, existe um espaço disponível
onde todos podem sentar-se, tomar uma água
e relaxar um pouco. É a chamada “sala de des-
compressão”.
Outro diferencial do atendimento da Petros é
o tempo. A regra vigente no mercado é de que
as chamadas de call centers não podem atingir
mais do que três minutos, mas no caso da Fun-
dação esse tempo foi ampliado para até cinco
minutos, pois boa parte das demandas é de apo-
sentados. Estes, muitas vezes, não estão acostu-
mados com a tecnologia ou gostam de conversar
um pouquinho mais. Para isso, existe o cuidado
no equilíbrio do tempo, prezando a qualidade
da informação passada e a satisfação, afinal há
outro participante na linha aguardando.
Há também o atendimento automatizado
(0800), que oferece diversos serviços em que a
pessoa não necessita falar com o atendente. Cer-
ca de 20% do total de atendimentos discados são
direcionados pelo menu eletrônico/URA, no qual
é possível obter informações como valor e data
de pagamento de benefícios e o saldo devedor de
empréstimos.
A equipe de atendentes que prestam aten-
dimento presencial também conta com assis-
tentes sociais que tratam de questões mais
delicadas, que necessitam de um suporte mais
complexo. Estes profissionais fazem uma entre-
vista com os assistidos e elaboram um parecer
social que dará suporte para a Petros conce-
der ou não o adiantamento de um benefício,
por exemplo. Trata-se de um atendimento mais
humanizado a quem está passando por um mo-
mento difícil.
Central de Atendimento
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53BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
SE LISTÁSSEMOS ALGUMAS DAS MAIORES CONQUISTAS DA PETROS NA ATUAL GESTÃO, CERTA-
MENTE, A SUA CONSOLIDAÇÃO COMO ENTIDADE MULTIPATROCINADA E O INGRESSO DE ENTIDA-
DES INSTITUIDORAS ESTARIAM NESTE RANKING. QUANDO O DIRETOR DE SEGURIDADE MAURÍCIO
RUBEM CHEGOU À FUNDAÇÃO, EM 2003, O MULTIPATROCÍNIO JÁ ERA REALIDADE, VISTO QUE A
PETROS FOI O PRIMEIRO FUNDO DE PENSÃO A CONTAR COM MAIS DE UM PATROCINADOR, AINDA
NA DÉCADA DE 90. O DESAFIO, PORTANTO, SERIA FORTALECER ESSE MODELO, APERFEIÇOAR SUA
GESTÃO E, CLARO, AMPLIAR A PARTICIPAÇÃO DE OUTRAS EMPRESAS.
Contudo, era preciso ir além, ou seja, possibili-
tar que mais pessoas tivessem acesso a um plano
da Petros, já que a previdência complementar é
uma necessidade cada vez maior para os traba-
lhadores brasileiros. O caminho seria se aproxi-
mar de entidades de classe e associações que po-
deriam oferecer a seus cooperados e associados
um plano de previdência da Petros. Esta ideia se
efetivou em pouco tempo.
Em 2004, o acordo com o Sindicato Médico
de São Paulo (Simesp) marcou o surgimento da
categoria instituidor na Petros. “A possibilidade
de que entidades de classe, cooperativas e asso-
ciações também possam oferecer um plano da
Petros democratiza a previdência complementar
e amplia a parcela da população que busca uma
melhor qualidade de vida, sobretudo na aposen-
tadoria”, comemora Maurício.
Ao final de 2009, a Petros já contava com 67
entidades instituidoras e 46 empresas patrocina-
doras que, juntas, totalizam 132.281 participan-
tes, dos quais 59,1%, ativos e 40,9%, assistidos.
Maurício destaca que o crescimento do nú-
mero de participantes e do patrimônio não seria
possível se a economia brasileira não estivesse
numa fase tão boa, resultando na geração de
renda e, consequentemente, no investimento
em previdência complementar. “Ninguém faz
um plano de previdência se não houver uma
sobra no seu orçamento. O trabalhador está
tendo a oportunidade de pensar no seu futu-
ro”, enfatiza.
A seguir, o diretor de Seguridade da Petros
comenta aspectos importantes para o setor de
previdência complementar, como o aumento da
expectativa de vida do brasileiro e a oferta de
produtos agregados oferecidos em parceria com
algumas seguradoras.
Entre 2003 e 2009, quantas empresas e instituições ingressaram na Petros como patrocinadoras e instituidoras?Mais de 70, entre as duas categorias. Quando
iniciamos nossa gestão, em 2003, já tínhamos
outras patrocinadoras, pois fomos o primeiro fun-
do de pensão a se abrir para o multipatrocínio. O
crescimento e a abrangência da Petros se deram
com a presença das instituidoras, a partir de 2004.
A primeira entidade a ingressar como instituidora
foi o Sindicato Médico de São Paulo (Simesp), que
abriu caminho para outras associações e entida-
des de classe. Ao final de 2009, alcançamos 67
“Ao longo de 40 anos de existência, sempre pagamos todos os benefícios em dia.”
“Para se pensar em previdência complementar, é preciso pensar em aumento da rendada população…”
Entrevista
Petros contribui parao acesso da população à previdência complementar
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54BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
instituidoras e 46 patrocinadoras e totalizamos a
gestão de 41 planos de benefícios, sendo seis pa-
trocinados da modalidade benefício definido (BD),
19 patrocinados de contribuição definida (CD) e de
contribuição variável (CV) e 16 instituídos.
Como a Petros está se adaptando ao au-mento da expectativa de vida do brasileiro? Esta longevidade da população tende a cau-sar impacto numa instituição de previdência complementar como a Petros…Estamos monitorando essa questão há um cer-
to tempo. Antes mesmo de a antiga Secretaria
de Previdência Complementar (SPC, hoje Previc)
elevar a tábua de mortalidade mínima (probabili-
dade de sobrevivência e morte de uma população
utilizada para determinar o valor de benefícios),
de AT49 para AT83, já vínhamos usando em nos-
sos planos, tábuas superiores àquela. Em 2003 e
2004, realizamos estudos que apontavam para a
necessidade de se elevar esta tábua atuarial de
mortalidade e passamos a utilizar a AT2000. O
aumento da expectativa de vida para a população
brasileira é fato concreto, mas entre os fundos de
pensão devemos trabalhar com uma estimativa
um pouco maior, já que nosso público, aquelas
pessoas que têm um pouco mais de renda, ten-
dem a superar a expectativa média projetada.
Acredito que estamos bastante avançados neste
sentido, adiantados ao que a legislação determina
e atentos a toda e qualquer mudança que possa
vir a ter impacto em nosso trabalho. Nos planos
de Benefícios Definidos (BD) e nos planos de con-
tribuição variável (CV) adotamos a tábua AT 2000.
Nos demais planos, utilizamos a tábua AT83.
Como funcionam os critérios para que no-vas empresas patrocinadoras e instituidoras possam oferecer planos pela Petros?Levamos em consideração o nome e a cre-
dibilidade das possíveis parceiras. Zelamos
muito para prevenir os efeitos negativos que
um instituidor não idôneo possa trazer para a
Petros. Ao fecharmos as parcerias, procuramos
oferecer planos adequados ao patrocinador e
ao instituidor elaborados de acordo com os
interesses das empresas e conforme o perfil e
o potencial de contribuição dos participantes,
entre outros fatores.
De que forma as parcerias com empre-sas como Mongeral Seguros e Previdência, Generali, Marítima e Unimed Seguros vêm contribuindo?Os planos instituídos, que foram autorizados
pela legislação previdenciária em 2001 e regu-
lamentados a partir de 2003, possibilitam que
os benefícios de risco (seguros de vida e/ou por
invalidez) sejam agregados ao plano de previ-
dência complementar. Funciona da seguinte
forma: ao aderir ao um plano instituído junto a
Petros, por meio de uma entidade de classe, por
exemplo, o trabalhador pode adquirir um seguro
de vida ou invalidez, que será gerenciado por
uma destas seguradoras parceiras. Trata-se de
produtos agregados ao plano de previdência.
O que contribuiu para a redução da taxa de administração, de 6% para 4%?Três fatores foram importantes para essa re-
dução: primeiro, tivemos uma arrecadação ex-
traordinária no plano de benefício definido dos
trabalhadores do Sistema Petrobras. A patroci-
nadora fez um aporte de R$ 6 bilhões, que con-
tribuiu muito para nosso equilíbrio financeiro
e atuarial. Segundo, uma redução nos custos
operacionais e terceiro, o crescimento do nú-
mero de participantes dos planos de previdên-
cia que aumentou a arrecadação e permitiu que
fizéssemos essas reduções.
“Ao final de 2009, alcançamos 67 instituidoras e 46 patrocinadoras e totalizamos a gestão de 41 planos de benefícios.”
Como os planos instituídos contribuem para a democratização da previdência comple-mentar no Brasil?Antigamente, dizia-se que uma pequena par-
cela da sociedade era privilegiada por ter plano
de previdência. A esta fatia pertenciam apenas
os ricos ou os empregados de estatais. Hoje, este
cenário é bem diferente. A possibilidade de que
entidades de classe, cooperativas e associações
também possam oferecer um plano de previdên-
cia gerido por uma entidade fechada como a Pe-
tros e que o trabalhador tenha a oportunidade de
fazer uma contribuição, pensando no futuro, de-
mocratiza a previdência complementar. Esta rea-
lidade amplia a parcela da população que busca
uma certa tranquilidade financeira e uma melhor
qualidade de vida, sobretudo, na aposentadoria.
Neste contexto, também podemos citar o bom momento da economia brasileira…Para se pensar em previdência complemen-
tar, é preciso pensar em aumento da renda da
população, já que ninguém faz um plano de
previdência se não houver uma sobra no seu
orçamento. O crescimento da economia brasi-
leira e a elevação da renda entre uma grande
parcela de trabalhadores favorecem diversos
setores do mercado, inclusive o de previdência
complementar. Estamos percebendo isso a cada
ano que passa.
Em 2009, a Petros realizou uma pesquisa de satisfação junto a seus participantes e assistidos e constatou que 73% das pes-soas ouvidas estão “muito satisfeitas” ou “satisfeitas” com a Petros. A que o senhor atribui isso?À nossa credibilidade. Ao longo de 40 anos de
existência, sempre pagamos todos os benefícios
em dia. É um grande desafio que conseguimos
superar. O cumprimento deste tipo de compro-
misso é o que nos dá credibilidade, além da soli-
dez de ter como principal patrocinadora a maior
empresa do país.
Entrevista
55BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
5 GESTÃO ADMINISTRATIVA5.1 Austeridade administrativa e orçamentária
A austeridade administrativa perseguida pela Petros é avaliada pelo in-
dicador que mensura a relação entre as despesas administrativas e receitas
previdenciárias. Esse indicador, utilizado também para monitorar a evolu-
ção do objetivo estratégico “Aumentar a eficiência econômico-financeira”,
contido no Plano Estratégico 2008-2012 da Fundação, vem mostrando tra-
jetória de queda nos últimos anos.
Em 2009, a relação entre despesas administrativas e receitas previdenci-
árias registrou uma leve redução, passando de 6,4% em 2008 para 6,2% em
2009. Ainda que se tenha registrado um aumento crescente nas despesas
administrativas nos últimos anos, a receita previdenciária evoluiu positiva-
mente a ponto de compensar o crescimento da despesa (Gráfico 35)10.
Conforme mostra o Gráfico 35, as despesas administrativas alcançaram
R$ 102,4 milhões em 2009, um crescimento de 16,7% em relação a 2008
(R$ 87,7 milhões). Essa evolução está relacionada ao forte crescimento
da adesão de novos Planos de Previdência e ao consequente incremento
do número de participantes vinculados à Petros. Nesse mesmo período, as
receitas previdenciais – deduzidas as receitas extraordinárias – atingiram o
valor de R$ 1.663,8 milhões, um crescimento de 21,3% em relação a 2008
(R$ 1.372,0 milhões).
Fonte: Petros - Gerência de Controle
20032002 2004 2005 2006 2007 2008 2009
11,9%
9,8% 9,7% 9,3%8,2%8,7%
Despesa Administrativa (R$ Milhões)
Relação entre Despesas Administrativas e Receita Previdencial
67,2 66,2 71,6 77,8 77,9 85 87,7 102,4
6,4% 6,2%
59,5%
25,2%
12,0%
2,8%0,5%
MaterialEncargos diversos
Depreciação e amortização
Pessoal e encargos
Serviços de terceiros
Fonte: Petros – Gerência de Controle
GRIEC1
GRIEC1LA1LA2
Pessoal e encargosAs despesas com pessoal e encargos totalizaram R$ 61,6 milhões ao final de
2009, representando 59,5% do total das despesas administrativas da Fundação
(Gráfico 36). O resultado registrado foi 9,4% inferior ao apurado em 2008.
Gráfico 35 – EVOLUÇÃO DAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS –2002 A 2009
Gráfico 36 – ESTRUTURA DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS EM 2009
5 Gestão Administrativa
10 O cálculo da relação entre as despesas administrativas e receitas previdenciais não considera as despesas e receitas extraordinárias.
Petr
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o
56BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Com relação à distribuição das despesas administrativas, a parcela dos
gastos com pessoal e encargos declinou 5,5 pontos percentuais, enquanto
as despesas com serviços de terceiros, encargos diversos e depreciação e
amortização registraram crescimento em comparação com 2008, entre
um e três pontos percentuais. A evolução da participação de todos esses
grupos de despesas em 2009 é inverso à tendência observada entre 2003
e 2008 (Gráfico 37).
5.2 Emprego
5.2.1 DISTRIBUIÇÃO E ROTATIVIDADE DOS EMPREGADOS Ao término de 2009, o corpo funcional da Fundação totalizou 46911
empregados, representando um crescimento de 8,8% frente ao registra-
do ao ano de 2008 (Gráfico 38). Com relação à distribuição dos empre-
gados, a maior parte encontra-se na Diretoria de Seguridade (39,7%).
Em comparação com o ano anterior, todas as diretorias apresentaram
evolução positiva do quadro funcional (Tabela 22), guardando coerên-
cia com o crescimento de 2,8% do número de participantes observado
no período.
A rotatividade dos empregados em 2009 registrou 6,3% do total do
quadro funcional da Fundação, representando um ligeiro declínio de
0,2 ponto percentual em relação à rotatividade apurada ao término de
2008. Em 2009 ocorreram 66 admissões e 27 desligamentos, sendo 17
por demissão (7 por iniciativa da empresa, 10 por iniciativa dos empre-
gados) e 10 por aposentadoria (Tabela 23).
Tabela 22: Distribuição dos empregados por Diretoria
Diretoria2008 2009
Nº % Nº %
Presidência 85 19,7% 88 18,8%
Diretoria Financeirae de Investimentos 65 15,1% 69 14,7%
Diretoria de Seguridade 178 41,3% 186 39,7%
Diretoria Administrativa 103 23,9% 122 26,0%
Ouvidoria 1 0,2% 4 0,9%
Total de empregados 431 100,0% 469 100,0%
Fonte: Petros – Gerência de Recursos Humanos
Fonte: Petros - Gerência de Recursos Humanos
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 38 - DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS POR DIRETORIA
PRESIDÊNCIA DIRETORIA DE SEGURIDADEDIRETORIA FINANCEIRA E DE INVESTIMENTOS DIRETORIA ADMINISTRATIVA
93 72 68 79 80 85 88
153 162 163 170 167 178 186
55 60 6159 64 65 69
93 102 9893 92
103122
GRILA1
GRILA1
5.2 Emprego
11 O número de empregados não inclui os Diretores e os empregados cedidos pela Patrocinadora.
Fonte: Petros - Gerência de Controle
2005 2006 2007 2008 2009
Pessoal e EncargosEncargos DiversosServiços de TerceirosDepreciação e Amortização Material
53,6% 57,6% 59,9% 65,0% 59,5%
27,6% 25,3% 24,7% 22% 25,2%
14,2% 12,7% 12,3% 10,7% 12%
3,8% 3,4% 2,6% 1,9% 2,8%
0,8% 1,0% 0,5% 0,5%0,5%
Gráfico 37 – DISTRIBUIÇÃO DAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS –2005 A 2009
GRIEC1
57BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Fonte: Petros - Gerência de Recursos Humanos
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 39 - DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS POR GÊNERO2004 A 2009
Feminino Masculino
Cargos de chefia ocupados por mulheres
52,5%
47,5%42,4%
52,4%
47,6%44,6%
54,9%
45,1% 48,2%
54,6%
45,4% 43,5%
55,5%
44,5% 43,8%
53,1%
47,3%42,3%
Fonte: Petros – Gerência de Recursos HumanosNota1: A taxa de rotatividade foi calculada com base em metodologia do Ministério do Trabalho. Corresponde à divisão do menor valor entre o total de admissões ou desligamentos (inclui aposentadorias) pelo total de empregos no último dia útil do ano anterior.
Tabela 23: Rotatividade geral
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Empregados 373 396 391 401 403 431 469
Admissões 34 51 26 37 26 57 66
Desligamentos 32 26 32 27 24 26 27
Demissões 0 0 6 2 18 22 17
Aposentadorias 2 7 8 6 6 4 10
Rotatividade total1 8,2% 7,0% 6,6% 6,9% 6,0% 6,5% 6,3%
GRILA2
GRILA2 Tabela 24: Rotatividade por Diretoria
Diretoria2008 2009
% %
Presidência 3,8% 7,5%
Diretoria Financeira e de Investimentos 15,6% 4,6%
Diretoria de Seguridade 2,4% 1,1%
Diretoria Administrativa 5,4% 4,9%
Fonte: Petros – Gerência de Recursos Humanos
Analisando a rotatividade por diretoria, os resultados obtidos são di-
ferenciados em função de algumas peculiaridades, tais como a retenção
de conhecimento na Diretoria Financeira e Investimentos, o que justifica
a redução da rotatividade desta diretoria, e a concessão de aposentado-
rias dos empregados, justificando o crescimento da rotatividade na Pre-
sidência, que registrou o maior índice em 2009 (7,5%). Mais uma vez, a
Diretoria Administrativa apresentou a segunda maior rotatividade (4,9%)
e a menor rotatividade foi registrada pela Diretoria de Seguridade (1,1%),
mantendo-se estável (Tabela 24).
5.2.2 PERFIL DOS EMPREGADOS A Petros encerrou o ano de 2009 tendo mais da metade de seu quadro
funcional (53,1%) composto por mulheres. De forma consolidada, o perfil
da maioria dos empregados classifica-se em pessoas com mais de 40 anos
de idade, nível superior completo, até 10 anos de trabalho na casa e mais
de 20 anos de vínculo previdenciário.
Em comparação a 2008, o perfil dos empregados da Fundação manteve-
se o mesmo, exceto pelo tempo de casa dos empregados. Anteriormente, a
maioria do corpo funcional era constituída por pessoas com mais de 10 anos
de trabalho na Petros, situação que se reverteu em 2009, quando o perfil
mudou para a maior parte dos empregados com até 10 anos de trabalho.
GRILA13
5.2.2 Perfil dos empregados
ão do menor valor anterior.
Em 2009, a participação das mulheres no corpo funcional apresentou
pequena queda, passando de 55,5% no ano de 2008 para 53,1% (Gráfi-
co 39). Apesar dessa redução, a Petros mantém praticamente constante
Petr
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o
58BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
a participação das mulheres na composição do quadro de empregados.
Essa situação também é observada com relação à participação das mu-
lheres em cargos de chefia. Ao final de 2009, 42,3% dos cargos de chefia
eram ocupados por mulheres. Ao final de 2009 havia 127 empregados
negros e pardos na Fundação. Em comparação com o ano anterior, quan-
do a Petros registrou um total de 108 empregados negros e pardos, o
aumento foi de 17,6%.
O número de empregados portadores de deficiência também apresentou
crescimento em 2009. Ao término do ano, 15 empregados eram classifi-
cados como portadores de deficiência, o que representa 3,2% do quadro
funcional. De acordo com a lei nº 8.213/91, regulamentada pelo decreto
nº 3.298/99, que estabelece o percentual mínimo de 3,0% de empregados
portadores de deficiência para as empresas que possuem entre 201 e 500
empregados, a Petros encontra-se dentro do parâmetro legal.
Com relação ao grau de escolaridade, o corpo funcional da Petros é
composto majoritariamente por profissionais com nível superior completo
(58,8%). Apesar de o número de empregados com nível superior ter re-
gistrado redução ao final de 2009, em comparação com 2008, o total de
empregados com pós-graduação apresentou um crescimento de aproxima-
damente 70,0% (Gráfico 40).
menor que o observado em 2008 (59,4%). Em comparação com 2008, os
percentuais de empregados situados nas faixas etárias de até 40 anos
cresceram, com destaque para aqueles com até 25 anos, que evoluíram
28,7%. Em contrapartida, os empregados nas faixas de 40 a 50 anos e
mais de 50 anos registraram uma redução de 9,8% e 5,1%, respectiva-
mente (Gráfico 41).
Essa mudança na configuração etária do corpo funcional reflete, por um
lado, sua renovação, uma vez que muitos empregados da Fundação estão
próximos da aposentadoria. Por outro, resulta da contratação de novos em-
pregados necessária para atender ao processo de expansão da Petros como
entidade multipatrocinada.
Os empregados com mais de 10 anos trabalhando na Fundação ainda re-
presentam a maior parcela do quadro funcional (46,1%). Entretanto, esse
Fonte: Petros - Gerência de Recursos Humanos
2006 2007 2008 2009
Gráfico 41 - DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS POR FAIXA ETÁRIA - 2006 A 2009
30 a 40 anos25 a 30 anos
Mais de 50 anos
Até 25 anos
40 a 50 anos
5,7%10,7%
25,4%
40,9%
17,2%
4%10,2%
26,8%
39,7%
19,1%
4,6%
12,3%
23,7%
38,1%
21,3%
6%
13,6%
25,8%
34,3%
20,3%
GRILA13
5.2.2 Perfil dos empregados
Fonte: Petros - Gerência de Recursos Humanos
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 40 - DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS POR GRAUDE ESCOLARIDADE - 2003 A 2009
Fundamental Completo
Superior Completo
Ensino Médio Superior Incompleto
Pós-Graduados
37
41
49
26
209
39
45
51
29
222
93
21
32
196
49
53
19
44
230
55
546 6
48
244
51
64
48
260
53
70
20
103
186
90
GRILA13
Com o propósito de estimular a elevação do grau de escolaridade de
seus empregados, a Fundação financia parte das despesas com forma-
ção universitária e pós-graduação. O financiamento da pós-graduação
necessita da indicação do superior imediato do funcionário, bem como
aprovação do diretor de contato. O acesso à graduação e os limites para
reembolso são determinados nos últimos acordos coletivos da Petros com
os seus funcionários. Essa ação integra o Programa de Desenvolvimento
e Capacitação dos empregados, implementado e executado pela Gerência
de Recursos Humanos.
A maior concentração, por faixa etária, dos empregados em 2009 ve-
rifica-se entre aqueles com idade superior a 40 anos (54,6%), percentual
Homenagem aos empregados com 10, 20 e 30 anos de Petros.
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59BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tabela 25: Distribuição dos empregados por tempo de casa
DiretoriaAté 4 anos 4 a 10 anos 10 a 20 anos Mais de 20 anos
2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009
Presidência 37 47 20 22 12 13 16 10
Diretoria Financeira e de Investimentos 36 34 8 14 5 4 16 17
Diretoria de Seguridade 38 40 13 16 48 48 79 82
Diretoria Administrativa 37 53 21 27 15 14 30 28
Total de empregados 148 174 62 79 80 79 141 137
Fonte: Petros – Gerência de Recursos Humanos
percentual é inferior àquele apresentado em 2008 devido à redução do nú-
mero de empregados com mais de 20 anos de casa. Ao final de 2009, des-
taca-se o expressivo crescimento do número de empregados com tempo de
casa de até 4 anos (17,6%). Os resultados evidenciam o aumento do número
de empregados mais novos, consequência da expansão do quadro funcional e
do crescente processo de substituição por aposentadoria (Tabela 25).
Ao final de 2009, 45,8% do corpo funcional tinha mais de 20 anos de
tempo de vinculação previdenciária. O segundo maior grupo era constituído
por empregados com 10 a 20 anos de tempo de vinculação previdenciária
(23,5%), conforme a Tabela 26. A alta concentração de empregados na
faixa de mais de 20 anos de tempo de vinculação previdenciária, relacio-
nada com o alto percentual de empregados com mais de 20 anos de casa
(29,2%) e com o grupo de mais de 50 anos de idade (20,3%), indicam que
nos próximos anos grande parte dos profissionais da Fundação irá se apo-
sentar ou estará apto a essa condição, o que amplia o desafio à retenção
do conhecimento.
Com relação ao nível salarial, a parcela do corpo funcional com remu-
neração mensal de até 10 salários mínimos aumentou 31,2%, em 2009,
se comparada a de 2008. Já o grupo de trabalhadores com remuneração
acima de 10 salários mínimos registrou redução de 13,4% no mesmo pe-
ríodo. Ao final de 2009, 39,9% dos empregados recebiam uma remunera-
ção mensal superior a 10 salários mínimos. Essa proporção era de 50,1%
em 2008. O Gráfico 42 mostra a evolução da distribuição dos empregados
da Petros, por faixa salarial.
Tabela 26: Tempo de vinculação previdenciária dos empregados
Tempo em anos2008 2009
Nº % Nº %
Até 4 anos 61 14,2% 29 6,2%
4 a 10 anos 57 13,2% 68 14,5%
10 a 20 anos 98 22,7% 110 23,5%
Mais de 20 anos 215 49,9% 215 45,8%
Fonte: Petros – Gerência de Recursos Humanos
Fonte: Petros - Gerência de Recursos Humanos
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 42 - DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS POR FAIXA DE SALÁRIOS EM SALÁRIOS MÍNIMOS (S.M.) - 2003 A 2009
Até 5 s.m. Acima de 20 s.m.5 a 10 s.m. 10 a 20 s.m.
38 58 68 82 63 60105
117155 123
162143 155
177140
122134
117154 170
15378
61 6640 43
4634
GRILA13
GRILA13
GRIEC5
5.2.2 Perfil dos empregados
60BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
BenefíciosO conjunto de benefícios oferecidos pela Petros a seus empregados é
composto pela previdência complementar, assistência médica e hospita-
lar, assistência alimentar e reembolsos.
Tanto os empregados quanto os ex-empregados aposentados possuem
direito à assistência médica hospitalar. Ao final de 2009, havia 1.433 vidas
no plano de saúde, sendo 31,1% empregados, 15,9% aposentados e 53,0%
dependentes, tanto de empregados quanto de ex-empregados aposentados.
As despesas com assistência médica e hospitalar são divididas entre a Pe-
tros e o titular do plano de saúde, de acordo com sua remuneração e faixa
etária. Em 2009, o valor das despesas com assistência médica pago pela
Fundação totalizou R$ 5,6 milhões (Gráfico 43).
5.2.3 Remuneração
Celebração do aniversário de 39 anos da Petros.
5.2.3 REMUNERAÇÃO
A Política de Remuneração da Petros está apoiada em três vertentes:
remuneração fixa, remuneração variável e benefícios. Seu objetivo é fo-
mentar a valorização e capacitação dos profissionais, propiciando o au-
mento da competitividade da remuneração, o que favorece a retenção do
conhecimento.
Remuneração FixaA remuneração fixa é composta por salários, anuênios e gratificações
de função. Em 2009, os salários de todos os empregados, negociados em
acordo coletivo de trabalho, foram reajustados em 4,17%, variação do Ín-
dice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)12 nos doze meses anteriores a
novembro de 2009, data base da categoria. Os avanços funcionais e sala-
riais são decorrentes da aplicação do Programa de Gestão de Carreira por
Competências, no qual os empregados são avaliados anualmente, por si
mesmos e por seus superiores imediatos, pela evolução de sua competên-
cia profissional. Os titulares de órgãos, além de autoavaliarem-se, passam
por análises de seus subordinados e seu superior imediato. Os resultados
anuais deste processo definem a concessão de avanços salariais horizon-
tais ou verticais (promoção para cargos superiores) para os empregados
que se destacarem. A concessão de avanços salariais, no entanto, está
condicionada à disponibilidade orçamentária de cada Gerência. Em 2009,
foram premiados pelo Programa de Gestão de Carreiras por Competência
198 empregados, correspondendo a um acréscimo no gasto mensal com
pessoal (sem encargos) de R$ 59,4 mil.
Remuneração VariávelA Política de Remuneração Variável, extensiva a todo corpo funcional,
determina a concessão aos empregados da Fundação de uma remuneração
anual adicional em função de seu desempenho pessoal e de sua contribui-
ção aos resultados corporativos no ano anterior. O valor individual dessa
remuneração é calculado pela combinação dos resultados corporativos da
Petros, do desempenho do respectivo órgão (resultado das metas geren-
ciais acordadas no Planejamento Estratégico) e da avaliação do empregado
(Programa de Gestão de Carreira por Competências). A ponderação desses
resultados, conforme a estrutura vigente de cargos e salários, e um fator
multiplicador atribuído a cada um dos cargos, determinam o valor especí-
fico da remuneração variável de cada empregado.
A remuneração variável é um estímulo importante à atração e à reten-
ção de uma força de trabalho qualificada e alinhada com a Missão e Visão
da Fundação. Em 2009, a Petros desembolsou R$ 3,99 milhões a título de
remuneração variável para 454 empregados, valor 27,1% superior ao que
foi pago em 2008 (R$ 3,1 milhões, para 419 pessoas).
GRILA4LA12
12 O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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61BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Os reembolsos oferecidos aos funcionários buscam incentivar o aper-
feiçoamento educacional, a manutenção da saúde e a prática de exer-
cícios físicos. No ano de 2009, a média mensal de pessoas favorecidas
pelos reembolsos foi de 321, totalizando um investimento de R$ 870,6
mil (Tabela 27).
A modalidade educacional representa o principal item de reembolso
oferecido pela Petros, tanto em valores monetários como em número de
beneficiários. Esse benefício correspondeu a 50,2% do total de reembolsos
mensais concedidos em 2009, sendo extensivo para os empregados que
estejam cursando algum nível de ensino ou que tenham filho no Ensino
Fundamental e Médio na rede particular. O reembolso educacional aponta
o compromisso da Fundação com a capacitação e a formação educacional
dos seus empregados e dependentes.
Tabela 27: Valor e número de reeembolsos
Benefícios2008 2009
Total de beneficiados
Despesa anual (R$ mil)
Total de beneficiados
Despesa anual (R$ mil)
Reembolso odontológico 45 101,5 41 96,6
Reembolso educação 138 479,0 146 501,7
Reembolso universitário 22 57,6 15 43,0
Reembolso creche 14 95,0 17 98,3
Reembolso acompanhante 7 19,2 8 32,9
Reembolso material escolar 0 - 6 0,9
Reembolso portador denecessidades especiais 5 42,6 6 59,7
Reembolso academia 67 28,8 82 37,5
Total 298 823,7 321 870,6
Fonte: Petros – Gerência de Recursos Humanos
5.2.4 SAÚDE E SEGURANÇA
Visando a garantir a plenitude da saúde do corpo funcional, a Petros
promove ações permanentes destinadas à saúde e à segurança de seus em-
pregados, permitindo apoiar e diagnosticar possíveis problemas.
Os principais fatores de risco à saúde dos empregados são o sedenta-
rismo e o excesso de peso. Sabemos também que a atividade de escritório
aumenta os riscos de doenças e lesões por conta do sedentarismo e esfor-
ços repetitivos. Atuando sobre esses fatores, a Petros mantém o Programa
Qualidade de Vida, com o objetivo de promover o bem-estar dos trabalha-
dores, propiciando reflexões e atividades que contribuam para a melhoria
da sua qualidade de vida e das práticas de cidadania.
A Fundação estimula ainda a prática da atividade física, oferecendo a
seus empregados programas de ginástica laboral e terapias corporais den-
tro da organização. Além disso, concede reembolso aos gastos destinados a
alguma modalidade de atividade física, promove campanhas de solidarieda-
de, palestras e eventos relacionados à qualidade de vida.
Com o propósito de atuar sobre a prevenção de acidentes e doenças pro-
venientes do trabalho, a Fundação possui uma Comissão Interna de Preven-
ção de Acidentes (CIPA). A Comissão é regulamentada pela NR 5 da Portaria
nº 3.214/78, do Ministério do Trabalho, atendendo à recomendação da Or-
ganização Internacional do Trabalho (OIT). É constituída por representantes
do empregador, que são indicados, e dos empregados, que são escolhidos
mediante eleições diretas.
Como acontece anualmente, em 2009, essa Comissão promoveu a VII
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), com o ob-
jetivo de disseminar a importância da segurança no trabalho.
Fonte: Petros - Gerência deRecursos Humanos
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Gráfico 43 - ASSISTÊNCIA MÉDICA E HOSPITALAR
Total de beneficiados
Valor gasto pela Petros (R$ milhões)
1.209
R$ 2,7
R$ 3,2 R$ 3,6 R$ 4,4 R$ 4,6
R$ 5,6
1.378 1.342 1.359 1.375 1.433
GRILA9
GRILA9
GRILA6LA8
5.2.4 Saúde e Segurança
62BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
5.2.4 Saúde e Segurança
Absenteísmo e Afastamentos por DoençaO absenteísmo por doença, ou ausência do trabalho por motivo de
doença, caiu em 1,9% em 2009, em comparação com 2008. A relação
entre absenteísmo por doença e número total de empregados declinou
para 55,2%, em 2009, contra 61,3%, em 2008, mesmo considerando
um aumento de 8,1% no número total de empregados. A quantidade
média de dias/ano de absenteísmo, que declinou continuamente de
2006 a 2008 (de 10 para 5,3 dias), aumentou em 2009, atingindo 7,4
dias (Tabela 28).
O auxílio-doença é concedido pelo Instituto Nacional do Seguro So-
cial (INSS) aos empregados incapacitados para o trabalho durante um
Tabela 28: Absenteísmo por doença
Absenteísmo por doença 2006 2007 2008 2009
(A) Número de empregados com absenteísmo por doença no ano 163 209 264 259
(B) total de empregados em 31/12 401 403 431 469
(C) Absenteísmo por doença / total de empregados (A/B) 40,6% 51,9% 61,3% 55,2%
(D) Número de dias de afastamento por absenteísmo no ano 1630 1779 1398 1915
(E) Média em dias do absenteísmo (A/D) 10 8,5 5,3 7,4
Fonte: Petros – Gerência de Recursos Humanos
5.2.5 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
O Programa de Treinamento e Desenvolvimento estruturado pela Pe-
tros é composto por ações voltadas para o aprendizado nas áreas de
educação e visa à capacitação voltada para o negócio da Entidade. O
Programa é subdividido em graduação, pós-graduação, idiomas, capaci-
tação externa e interna e desenvolvimento gerencial (Gráfico 44).
No ano de 2009, o investimento total em treinamento foi de R$ 545 mil,
e o total de horas de treinamento atingiu 31,5 mil. No total o programa
contou com a participação de 413 empregados (88,01% do quadro funcio-
nal) e teve uma duração média de 75,01 horas por empregado.
período superior a 15 dias consecutivos. A Petros concede o Auxílio
Recuperação Saúde com o objetivo de manter o mesmo valor que o
empregado recebia de salário antes de entrar no auxílio-doença. A par-
tir do 25º mês, o Auxílio Recuperação Saúde é substituído pelo auxílio
complementação, que passa a ser concedido pela previdência comple-
mentar do empregado.
O INSS concedeu 14 auxílios-doença para empregados da Petros e
houve 1 acidente de trabalho. Em 2009, houve queda no percentual
de afastamentos por motivo de doença em relação ao ano de 2008, de
4,6% para 2,9%, com um tempo médio de afastamento de 2 meses e
24 dias.
GRILA7
GRILA11
Ant
onia
Mor
aes
63BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
5.3.1 TERCEIRIZADOS O comprometimento com princípios de responsabilidade social, em es-
pecial aqueles atrelados às relações trabalhistas, é avaliado pelo órgão da
Petros gestor dos contratos das empresas prestadoras de serviços, respon-
sáveis pela contratação da mão de obra terceirizada que opera nas depen-
dências da Fundação.
Ao final de 2009, 159 empregados das empresas que prestavam serviços
à Petros estavam alocados nas seguintes atividades: 22,6% nos serviços de
tecnologia da informação (TI) ou informática; 42,8% nos serviços gerais
(limpeza, segurança, portaria etc.); e 34,6% no teleatendimento (Gráfico
45). A queda do número de terceirizados na área de TI em relação a 2008
(45,5%) aconteceu devido à política de primeirização adotada no decorrer
de 2009.Fonte: Petros - Gerência de Recursos Humanos
2006
SexoFeminino
SexoMasculino
SexoFeminino
SexoMasculino
SexoFeminino
SexoMasculino
SexoFeminino
SexoMasculino
2007 2008 2009
Serviços de Informática Serviços Gerais Teleatendimento
Gráfico 45 - DISTRIBUIÇÃO DOS PRESTADORES DE SERVIÇOSPOR ATIVIDADES E POR GÊNERO
7
28
15
57 60
3632
6
27
16
5
25
3631
43
19
5
39
15
52
24
60
2934
GRILA13
5.3 FornecedoresNo final de 2009, foi realizada uma revisão na
Política de Aquisição e Contratação, aprovada pelo
Conselho Deliberativo e criados instrumentos nor-
mativos específicos para as diversas modalidades
de contratação vigentes, devidamente enquadrados
ao Sistema de Normatização da Petros (SNP). Para a
contratação de fornecedores de produtos e serviços,
a Fundação adota critérios de responsabilidade so-
cioambiental com a finalidade de transmitir valores
socioresponsáveis para as partes interessadas.
Buscando incentivar a erradicação da explora-
ção do trabalho de crianças e adolescentes junto
aos fornecedores, a Petros exige ainda dos seus
fornecedores, nos processos de licitação, decla-
ração de não utilização de trabalho infantil, de
trabalho escravo e de relações de trabalho pre-
cárias, documento que compõe os contratos com
os vencedores.
GRI4.14EC6HR1HR6
Fonte: Petros - Gerência de Recursos Humanos
2008 2009
Gráfico 44 - DISTRIBUIÇÃO DAS HORAS DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Idiomas
Capacitação Externa Treinamento Interno
Desenvolvimento Gerencial
Auxílio Universitário Pós Graduação
2,9%10,4%
2,3%
10,6%
1,4%
60,8%
1,9%
22,9%
2,4% 2,8%
58,5%
23%
GRILA11
5.3 Fornecedores
64BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
5.4 EstagiáriosO Programa de Desenvolvimento dos Estagiá-
rios, coordenado pela Gerência de Recursos Huma-
nos, é composto por encontros mensais nos quais
são apresentados e debatidos junto aos estagiá-
rios temas importantes para o desenvolvimento de
habilidades e técnicas exigidas pelo mercado de
trabalho, a saber: administração do tempo, pla-
nejamento de carreira, elaboração de currículo,
dinâmica de grupo e entrevista. Além disso, os en-
contros mensais do Programa de Desenvolvimento
dos Estagiários abordam temas específicos sobre
as gerências da Petros tais como: Comunicação,
Produtos, Controle, Assessoria de Planejamento,
Investimento Socialmente Responsável, entre ou-
tros. A avaliação do desempenho dos estagiários é
realizada por eles e por seus respectivos supervi-
sores ao final de cada contrato.
A seleção prévia dos possíveis candidatos às
vagas de estágio é realizada pelo Agente Inte-
grador Fundação Mudes, através de um con-
vênio estabelecido entre aquela instituição e
a Petros. Após a indicação dos candidatos, são
realizadas dinâmicas de grupo e entrevistas,
onde são selecionados aqueles que se mostram
mais adequados ao perfil das vagas de estágio
oferecidas. Cada estagiário recebe uma bolsa
auxílio no valor de R$ 366,67 ou R$ 550,00,
de acordo com a carga horária (de quatro ou
seis horas diárias). Além da bolsa auxílio, os
estagiários também recebem vale transporte
e vale refeição. Em 2009, foram destinados a
esse convênio R$ 154,7 mil para 21 estudantes
que estagiaram na Petros.
5.5 Jovens AprendizesO Programa Crescer, em parceria com a Associação Beneficente São
Martinho, tem como objetivo promover a inclusão social por meio de
qualificação profissional de adolescentes de famílias de baixa renda, en-
tre 16 e 18 anos, contribuindo assim para a inserção dos aprendizes no
mercado de trabalho. O programa oferece aos jovens aprendizes carteira
assinada, salário mínimo, além de uniforme, vale transporte e vale refei-
ção. Ao final de 2009, a Petros beneficiou 25 jovens e investiu R$ 286,2
mil no programa.
Os jovens aprendizes selecionados pelo Programa participam de ativi-
dades administrativas e comportamentais, conforme a Lei 10.097/2000 e
o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990). Durante o ano
de 2009, a Gerência de Recursos Humanos promoveu o Encontro Marcado
com a finalidade de desenvolver as potencialidades dos jovens aprendizes
da Fundação São Martinho; estimulá-los na tomada de consciência sobre
seus interesses, atitudes, objetivos, capacidades, competências e habilida-
des de relacionamento interpessoal; pesquisar suas áreas de interesse pro-
fissional; fornecer conhecimento amplo sobre as profissões e a formação
necessária. O programa também informa sobre o mercado de trabalho, a
partir de um modelo de orientação vocacional, e orienta os jovens para
a aquisição de competências de empregabilidade e de gestão de carreira,
capacitando-os a lidarem com o quadro de oportunidades. Aos 18 anos,
caso a Gerência, onde o menor aprendiz atuou, não tenha a possibilidade
de efetivá-lo, é oferecida ao jovem a oportunidade de participar de outros
processos seletivos internos.
5.4 Estagiários
Ant
onia
Mor
aes
Ant
onia
Mor
aes
65BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Entrevista
Um patrimônioque não tem preço
ADOTAR AS MAIS EFICIENTES PRÁTICAS DE GESTÃO E UTILIZAR O QUE HÁ DE MAIS MODERNO EM
TERMOS DE TECNOLOGIA. NA CONCEPÇÃO DE MUITAS EMPRESAS, ESSAS PREMISSAS SÃO SUFI-
CIENTES PARA CRESCER NO MERCADO, MAS PARA A PETROS, NÃO. NA VISÃO DO SEGUNDO MAIOR
FUNDO DE PENSÃO DO PAÍS, NENHUMA EMPRESA CRESCE E SE MANTÉM NO TOPO SEM O APOIO DAS
PESSOAS, SEJAM EMPREGADOS, FORNECEDORES, CLIENTES OU A PRÓPRIA SOCIEDADE. TRATA-SE DE
UM PATRIMÔNIO QUE PRECISA SER BEM CUIDADO.
SEGUINDO ESTA LINHA DE RACIOCÍNIO, ALÉM DE AVALIAR CONSTANTEMENTE A SUA GESTÃO E IN-
FRAESTRUTURA E ADOTAR AS MAIS ATUAIS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS, A PETROS TEM INVESTIDO
CADA VEZ MAIS NA CAPACITAÇÃO, NO ESTÍMULO E NO RECONHECIMENTO A SEUS TRABALHADORES.
A OFERTA DE INÚMEROS BENEFÍCIOS E A REALIZAÇÃO DE AÇÕES E EVENTOS DE INTEGRAÇÃO E DE
PROMOÇÃO À QUALIDADE DE VIDA COMPROVAM O CUIDADO DA FUNDAÇÃO COM SEUS PARCEIROS,
COLABORADORES E PARTICIPANTES.
A seguir, o Diretor Administrativo da Petros,
Newton Carneiro da Cunha, aborda com mais
detalhes o que vem sendo feito neste sentido.
Quais são os maiores desafios, hoje em dia, quando se fala em gestão de pessoas?Proporcionar qualidade de vida para as pes-
soas dentro de seu ambiente de trabalho, fa-
zendo-as se sentirem bem e valorizadas, reten-
do os maiores talentos. O mercado, hoje em dia,
é muito dinâmico e os bons profissionais aca-
bam buscando novas oportunidades se não se
sentem desafiados, estimulados e reconhecidos.
Até o momento, acredito que estamos sendo
bem sucedidos nestes dois desafios.
Como funcionam as ações de treinamento e qualificação para empregados na Petros?
Quando ingressam na Petros, os empregados
passam por uma fase de ambientação, onde co-
nhecem toda a estrutura da Fundação, o regu-
lamento e a sistemática de trabalho. Logo de-
pois, passam por um programa de capacitação
mais detalhado em previdência complementar
para entender todas as peculiaridades do setor
e qual a relação dele com cada departamento
da Petros. Consideramos este curso uma ação
de integração, pois os novos empregados têm
a oportunidade de se familiarizar e se integrar
com os mais experientes. Essa capacitação já
está em sua 15ª edição.
Também temos o Programa de Educação
Corporativa. O diferencial deste treinamento é
que ele é conduzido pelos próprios emprega-
dos da empresa. São escolhidos os profissio-
nais que têm mais familiaridade com o tema
“Em 2009, houve um aumento de quadro de pessoal com redução de custo global, ou seja, os custos com estes empregados são menores do que os custos de contratos com empresas terceiras.”
Am
éric
o Ve
rmel
ho
66BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
e o objetivo do treinamento. Acreditamos que
esta é uma oportunidade de troca de informa-
ções bastante eficiente, que também reconhe-
ce os profissionais mais antigos e os ajuda a
sentirem-se desafiados.
Existe algum processo contínuo de avalia-ção dos empregados e da gestão de cada setor da Petros?Temos a Política de Remuneração Variável,
balizada pelas metas estabelecidas em nosso
planejamento estratégico. Neste processo, um
dos aspectos avaliados é o desempenho de cada
empregado, feito através do Programa de Ges-
tão de Carreira por Competências. A boa pontu-
ação obtida pode lhe resultar em gratificações
ou em uma promoção. Já a boa pontuação obti-
da no conjunto abre a possibilidade de avanços
salariais ao corpo de empregados.
É feita também uma revisão anual de toda
a sistemática de trabalho e a gestão das ações
administrativas pela Assessoria de Planejamen-
to. São avaliados todos os procedimentos ado-
tados em todos os setores, desde sua concepção
até a forma como estão sendo conduzidos, onde
podem ser aperfeiçoados.
O crescimento de uma empresa, geralmente, pressupõe aumento nos custos operacionais. O que a Petros tem feito para reduzir ou equilibrar os seus gastos?Em 2009, conseguimos reduzir custos com
a “primeirização” da mão de obra na Gerência
de Tecnologia da Informação. De dois anos para
cá, passamos a reduzir o número de empresas e
consultores terceirizados. Algumas ações, como
help desk e suporte para determinados softwa-
res, passaram a ser feitas por profissionais da
própria Petros, com custos menores, que, em
sua maioria, eram autônomos que prestavam
serviços para empresas terceirizadas. Houve um
aumento de quadro de pessoal com redução de
custo global, ou seja, os custos com estes em-
pregados são menores do que os custos de con-
tratos com empresas terceiras.
Percebemos o aumento na qualidade da fun-
ção desempenhada por motivos óbvios: aquele
profissional terceirizado ganhou mais autoesti-
ma ao ser contratado pela Petros, com carteira
assinada e tendo direito aos mesmos benefícios
que os demais empregados.
O que faz a Petros se destacar no mercado?A preocupação e o respeito com as pessoas,
pois são elas que fazem a Petros, tanto os empre-
gados, como os participantes, além da sociedade
como um todo. O Programa Menor Aprendiz, por
exemplo, demonstra bem o compromisso social
da Fundação. Por esta iniciativa, conduzida em
parceria com a Associação Beneficente São Mar-
tinho, jovens com idade entre 16 e 18 anos, de
famílias de baixa renda, encontram na Petros a
oportunidade de ter o seu primeiro contato com
o mercado de trabalho e o mundo empresarial.
O programa tem a periodicidade de dois anos e
sempre que possível tentamos contratá-los.
Também promovemos diversas ações entre
empregados, participantes e a população, como
a Corrida Rústica, que ressalta a importância
da prática de esportes, e o Concurso de Contos,
que estimula o desenvolvimento da escrita e da
criatividade entre nossos públicos.
Entrevista
“Acreditamos que o Programa de Educação Corporativa é uma oportunidade de troca de informações bastante eficiente, que também reconhece os profissionais mais antigos e os ajuda a sentirem-se desafiados”.
“Quando privilegiamos a ‘primeirização’ da mão de obra de alguns setores e na prestação de serviços, notamos, principalmente no primeiro ano, a satisfação deste profissional e o aumento da qualidade do trabalho. Não apenas pelo salário, mas pelo rol de benefícios”.
67BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
O relacionamento da Petros com as instâncias
governamentais responsáveis pela regulação e
fiscalização do segmento da previdência comple-
mentar fechada foi caracterizado ao longo dessa
década pela transparência, respeito ao ordena-
mento legal e normativo e pelo espírito contri-
butivo. Estes aspectos levam ao aperfeiçoamento
do setor da previdência complementar, a difusão
da cultura previdenciária e o desenvolvimento
nacional. Esses princípios também são norteado-
res das relações com os demais poderes da União
e esferas de poder.
Em 2009, foi concretizado um importante an-
seio do segmento da previdência complemen-
tar, com a aprovação pelo Congresso Nacional
da criação da Superintendência da Previdência
Complementar (Previc) (lei 12.154/2009). A nova
autarquia, vinculada ao Ministério da Previdência
Social, é dotada de autonomia administrativa e
financeira e de patrimônio e corpo funcional pró-
prios. Ela atua como entidade de fiscalização e de
supervisão das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (EFPCs) e de execução das políti-
cas para o regime de previdência complementar
operado pelas EFPCs, em substituição à extinta
Secretaria da Previdência Complementar (SPC).
As relações da Petros com as instituições da
sociedade civil estão afinadas com o Princípio
Geral de Responsabilidade Social:
“A Responsabilidade Social da Petros, em
seus diferentes níveis e ações, deve ser ba-
lizada pelo binômio Democracia e Desenvol-
vimento. Por uma Democracia participativa
e cidadã, por um Desenvolvimento inclusivo,
distributivo e com Justiça social”.
A Fundação mantém com os meios de comuni-
cação um diálogo marcado por respeito e transpa-
A Previc é um órgão de Estado e não de
Governo e tem, portanto, maior autonomia e
maior estabilidade, o que é bastante positivo
para o funcionamento do Sistema Fechado da
Previdência Complementar (SFPC). A mesma
legislação que criou a Previc, alterou o nome
do antigo Conselho de Gestão da Previdência
Complementar (CGPC), para Conselho Nacional
da Previdência Complementar (CNPC), com a
atribuição de ser o órgão regulador do SFPC. O
Conselho, presidido pelo Ministro da Previdên-
cia, é composto por representantes do poder
público e indicados pelas EFPCS, pelos patroci-
nadores, instituidores e participantes. A formu-
lação e a proposição de políticas para o setor
passam a ser atribuição da Secretaria de Polí-
ticas para a Previdência Complementar (SPPC),
órgão do Ministério da Previdência Social. Tam-
bém foi criada a Câmara de Recursos da Previ-
dência Complementar, instância recursal e de
julgamento das decisões da Previc.
A Fundação sempre prezou pelo pleno cum-
primento das diretrizes e normas dos órgãos de
regulação e fiscalização do setor – atualmente
CNPC e Previc – e pela transparência das de-
monstrações financeiras e da gestão dos planos
de benefícios que administra. Além de cumprir
suas obrigações com aqueles órgãos de Estado,
a Fundação contribui frequentemente com a
discussão e a formulação coletiva de proposi-
ções de aperfeiçoamento e de desenvolvimen-
to do segmento. Nesse sentido, esteve sempre
ao lado das entidades do SFPC na defesa da
constituição da Previc, por entender que seria
um importante salto de qualidade para a es-
tabilidade e a sustentabilidade da previdência
complementar fechada, pavimentando o cami-
nho para sua expansão segura e a maior de-
mocratização do acesso dos cidadãos à cultura
previdenciária.
O atual diretor Administrativo da Petros, Newton
Carneiro da Cunha, foi membro do CGPC até junho
de 2007. Ele integrava aquele Conselho como re-
presentante da Associação Nacional dos Partici-
pantes (Anapar), tendo se afastado após assumir a
Diretoria da Fundação.
As relações da Petros com os demais organis-
mos de Estado são pautadas pelo compromisso
com a promoção do desenvolvimento sustentá-
vel, condicionada à garantia do cumprimento
das obrigações com os participantes dos planos
de benefícios.
6 RELAÇÕES INSTITUCIONAIS6.1 Instituições de Estado
6.2 Mídia, Entidades de Classe e Sociedade Civil
6 Relações Institucionais
rência. Assegura o acesso à informação e pleiteia
o devido esclarecimento quando da divulgação de
informações e opiniões errôneas ou sem a devida
fundamentação factual. Esse relacionamento tem
se estreitado a cada ano, a fim de preservar a in-
dependência de cada instituição.
A Petros é uma das entidades fundadoras da
Associação Brasileira das Entidades Fechadas de
Previdência Complementar (Abrapp), que tem
por objetivo principal contribuir para expansão
e fortalecimento da previdência complementar
fechada. A Associação, o Instituto Cultural da
Seguridade Social (ICSS) e o Sindicato Nacional
das Entidades Fechadas de Previdência Comple-
mentar (SINDAPP) constituem o Sistema Abrapp.
O atual presidente da Petros, Wagner Pinhei-
ro de Oliveira, foi presidente do ICSS no período
2005/2007. Em sua gestão, além de atuar pela
promoção da cultura da Seguridade Social, ele de-
fendeu firmemente as entidades do setor quando
foram injustamente alvos de críticas do Congres-
so Nacional, da mídia e de outros segmentos da
68BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
sociedade civil, com acusações que se mostraram
sem consistência e com motivações não reveladas.
Integrantes do corpo gerencial da Fundação
participam das Comissões Técnicas Nacionais
(CTNs) da Abrapp e, em algumas delas como
seus coordenadores. As comissões tratam de
diferentes temas relativos ao setor, tais como
assuntos jurídicos, atuária, investimentos, segu-
ridade e governança. Em 2008, foi constituída
a Comissão Técnica Nacional de Sustentabili-
dade, consolidando o compromisso das EFPCs
com a Responsabilidade Socioambiental (RSA).
A constituição e funcionamento dessa Comis-
são reconhecem a relevância fundamental da
sustentabilidade econômica, social e ambiental
para o desenvolvimento saudável e perene do
segmento da previdência complementar e suas
entidades. A Comissão também é um importante
instrumento de coordenação e apoio à contri-
buição das EFPCs ao desenvolvimento econômi-
co e social do país.
Oficina de Responsabilidade Socioambiental das EFPCsEm agosto de 2009, foi promovida, por iniciativa da Petros e em par-
ceria com a Previ, a Fundação Real Grandeza e a Valia, a Oficina de Res-
ponsabilidade Socioambiental das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar. O evento, que ocorreu no Centro Cultural do Banco do
Brasil, reuniu profissionais das quatro entidades que o promoveram.
Os presidentes das entidades promotoras saudaram os presentes e
os parabenizaram pela iniciativa. Dada a relevância do tema para os
Fundos de Pensão, e sua amplitude, eles apoiaram sua repetição em
outros anos, sugerindo o envolvimento de maior número de entidades
participantes.
Em seguida, o Professor Fábio Rocha, especialista em Responsabi-
lidade Social, fez uma ampla e densa exposição sobre RSA, seu his-
tórico, as diferentes concepções e sua relação e importância para as
EFPCs. Sua exposição teve o propósito de realizar um alinhamento
conceitual entre os presentes sobre o tema da RSA, que considera
fundamental para o embasamento das discussões temáticas previstas
para a sequência do evento.
Os 50 participantes foram divididos em seis grupos temáticos, consi-
derados os mais relevantes para a RSA das entidades, quando conside-
rada como elemento estratégico.
Relação dos grupos:
1. Investimentos Socialmente Responsáveis.
2. Governança e Responsabilidade Social.
3. Canais de comunicação: veículos e atendimento aos participantes.
4. Relações de trabalho: remuneração, treinamento e diversidade.
5. Relações com fornecedores.
6. Governança e gestão nas EFPCs: ética e transparência, gestão par-
ticipativa, relação com órgãos e instâncias de governo, disseminação da
cultura previdenciária e indicadores de RSA das EFPCs (GRI, Ethos).
As discussões dos grupos de trabalho produziram resultados bastante
profícuos, que servem para balizar os trabalhos em cada entidade, assim
como contribuíram para a formulação de proposições para atuação con-
junta das entidades, a serem encaminhadas pelas Comissões Técnicas
da Abrapp.
A Petros participa da articulação e do forta-
lecimento da previdência complementar fechada
com a elaboração de propostas de caráter social
para o setor. O diálogo com representantes de ou-
tros fundos de pensão e da sociedade é contínuo.
Além das entidades do Sistema Abrapp, a Fun-
dação mantém interlocução com várias entidades
de classe e instituições sem fins lucrativos que
atuam no aperfeiçoamento de suas atividades e
contribuem para o desenvolvimento econômico e
social do país (Quadro 5).
Quadro 5: Entidades a que a Petros é Associada
Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp)
Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje)
Associação Nacional de Contabilistas das Entidades de Previdência Privada (Ancepp)
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
Associação Brasileira de Private Equity & Venture (ABVCAP)
Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Rio)
Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD)
Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento e Mercado de Capitais (Apimec)
Instituto Brasileiro de Atuária (IBA)
6.2 Mídia, Entidades de Classe, Sociedade Civil
69BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Adesão da Petros ao Carbon Disclosure Project (CDP)e aos Princípios para Investimento Responsável (PRI)
A adesão da Petros, em 2006, aos Princípios para Investimento Res-
ponsável (em inglês PRI - Principles for Responsible Investment) e ao
Carbon Disclosure Project (CDP) demonstra o compromisso com os prin-
cípios e as práticas de Responsabilidade Social para o desenvolvimento
social e econômico.
Os Princípios para Investimento Responsável da ONU são um acordo
de livre adesão elaborado por e para investidores institucionais, que tem
como finalidade principal incorporar critérios responsáveis na decisão de
investimentos. Ao final de 2008, existiam 121 investidores institucionais
participando do acordo, dentre os quais 14,9% eram Fundos de Pensão
Brasileiros (18 entidades).
A organização do PRI realiza frequentemente, no exterior e no Brasil,
eventos e reuniões nas quais são avaliadas as práticas adotadas para
observância dos Princípios de Investimento Responsável pelas empresas
investidas, inclusive com a definição de indicadores que facilitem essa
verificação, entre outros instrumentos.
O CDP foi elaborado e endereçado originalmente às
empresas listadas no índice FT500 (que engloba as 500
maiores empresas listadas na Bolsa de Valores de Londres,
Inglaterra). Hoje, tem se expandido por diversos países do
mundo. Esse requerimento coletivo pretende criar condi-
ções para consolidar um relacionamento duradouro entre
os acionistas e as empresas, a fim de aumentar a transpa-
rência das avaliações de risco de investimento. Seu obje-
tivo básico é ampliar o acesso a informações de qualidade
sobre as políticas adotadas pelas empresas e o impacto
das mudanças climáticas nos negócios corporativos.
Os Fundos de Pensão e algumas Instituições Financei-
ras do Brasil patrocinaram a publicação dos relatórios de
Emissões de Gases do Efeito Estufa do País referente a
2007, 2008 e 2009. Participaram do relatório do ano passado 60 empre-
sas (47 em 2007), representando uma adesão das empresas brasileiras
ao pedido de abertura de informações de 83% do total de 75 empresas
selecionadas no IBX-50. Esse nível de adesão, que repete o nível do ano
anterior (82%), sinaliza o caráter definitivo da liderança assumida pelo
País no projeto.
As mudanças climáticas no futuro podem apresentar implicações no
rendimento dos investimentos, em setores como agricultura, alimenta-
ção, energia, turismo, celulose etc. A Petros encara a questão também
como uma oportunidade de investimento por meio da compra de crédi-
tos de carbono, do investimento em empresas que estimulem a mudança
da matriz energética mundial para energia renovável etc. Uma possível
mudança climática poderá afetar as condições de vida, o crescimento e
a distribuição de renda da população mundial, modificando a dinâmica
de concessão de benefícios oferecidos pela Petros.
Participação em iniciativas nacionais e internacionaisNos últimos anos a Petros aderiu a importantes iniciativas internacionais
de difusão e incorporação dos princípios de Responsabilidade Social e Am-
biental. O comprometimento com essas iniciativas representa o aprofunda-
mento da Responsabilidade Social e Ambiental na Fundação.
Em 2007, a Petros aderiu ao Programa Pró-Equidade de Gênero, da
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), vinculada à Pre-
sidência da República. O amplo cumprimento, no biênio 2007-2008, do
Plano de Ação pactuado pela Petros com a Coordenação do Programa, di-
recionado a difundir e implementar ações de promoção da igualdade de
gênero no seu ambiente organizacional, credenciou a Fundação a receber
o Selo Pró-Equidade de Gênero, conferido pela SPM. O selo representa a
confirmação pública do comprometimento da Petros com a promoção da
igualdade de gênero. A Fundação aderiu à terceira edição do Programa,
para o biênio 2009-2010 e está implementando as ações previstas no Plano
de Ação acordado para essa fase.
Desde 2005, a Petros participa do Carbon Disclosure Project (CDP), re-
querimento coletivo formulado por investidores institucionais e endereçado
às empresas listadas em bolsa, visando a obter transparência na divulgação
de informações a respeito de mudanças climáticas. Em 2006, a Fundação
se tornou signatária dos Princípios para Investimento Responsável (PRI),
patrocinado pela UNEP-FI, organismo vinculado à ONU.
6.2 Mídia, Entidades de Classe, Sociedade Civil
GRI4.9
GRIEC2
EN18
70BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
A Responsabilidade Socialque vai muito além da teoria
TRANSPARÊNCIA NO CUMPRIMENTO DE SUAS ATRIBUIÇÕES E FINALIDADES, REJEIÇÃO À DISCRIMI-
NAÇÃO E À EXCLUSÃO SOCIAL, RESPEITO E INCENTIVO À CONVIVÊNCIA DEMOCRÁTICA E SUSTENTABI-
LIDADE AMBIENTAL. ESTES SÃO ALGUNS DOS PRINCÍPIOS QUE CONSTAM NA POLÍTICA DE RESPON-
SABILIDADE SOCIAL DA FUNDAÇÃO PETROS, ESTABELECIDA EM 2004, SEGUNDO ANO DA ATUAL
GESTÃO. ESSAS DIRETRIZES, NO ENTANTO, NÃO FICAM APENAS NO PAPEL E NO DISCURSO COMO
ACONTECE EM TANTAS EMPRESAS; ELAS SÃO A BASE PARA O CONSTANTE TRABALHO DESENVOLVIDO
PELA PETROS, O SEGUNDO MAIOR FUNDO DE PENSÃO DO PAÍS, NA ÁREA DE RESPONSABILIDADE
SOCIAL AMBIENTAL (RSA). A MATERIALIZAÇÃO DE CADA UM DESTES PRINCÍPIOS ESTÁ PRESENTE
NO DIA A DIA DE TODOS OS ENVOLVIDOS COM A FUNDAÇÃO: FUNCIONÁRIOS, PARTICIPANTES, PAR-
CEIROS, FORNECEDORES, EMPRESAS ONDE A PETROS TEM PARTICIPAÇÃO E A SOCIEDADE, SEJA POR
MEIO DE PROJETOS, CAMPANHAS OU EVENTOS.
O conceito de RSA foi consolidado na Petros
em setembro de 2004, com a criação do Comitê
de Responsabilidade Social (Comresp), responsá-
vel pela elaboração, análise e aconselhamento de
iniciativas de RSA, tanto no âmbito interno como
externo da Fundação. Tempos depois, porém, o
Comitê em conjunto com a Ouvidoria, chegou à
conclusão de que era preciso segmentar as ações
de responsabilidade social e, para tanto, propôs a
criação de um grupo de trabalho voltado a inicia-
tivas para públicos específicos, como as mulheres.
Este foi o início para a implantação, em 2006, do
Subcomitê Pró-Equidade de Gênero, Raça e Di-
versidade (Coed). Subordinado ao Comresp, este
grupo tem como finalidade empreender novos
valores à cultura organizacional, objetivando va-
lorizar a diversidade e estimular a promoção da
igualdade e do respeito.
A função de ambos os comitês é propor pro-
gramas na área de RSA, com base em estudos,
no levantamento de necessidades e no debate
de ideias propostas por seus integrantes. As
sugestões são analisadas e encaminhadas para
a Diretoria, que tem o poder de autorizar a im-
plantação das propostas. À frente do Comresp
e do Coed estão o gerente executivo de Pla-
nejamento Mário Luiz Cardoso de Araújo e a
Ouvidora Vanda Ferreira, respectivamente.
Quais os maiores conquistas na área de RSA na Petros desde a implantação do Comresp e do Coed?Mário Luiz – Certamente, a conquista do
Selo Pró-Equidade de Gênero em 2009, referen-
te ao biênio 2007-2008. A busca pela obtenção
do selo mobilizou toda a Petros, envolvendo di-
Entrevista
“A busca pela obtenção do Selo Pró-Equidade de Gênero mobilizou toda a Petros, envolvendo diversos setores da fundação, além do Comresp e do Coed. Vamos trabalhar ainda mais para buscar novamente esta condecoração, referenteao biênio 2009-2010.” (Mário Luiz Cardoso de Araújo,Gerente Executivo de Planejamentoe coordenador do Comresp)
GRIHR3HR4
71BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Entrevista
versos setores da Fundação, além do Comresp e
do Coed, como as gerências de Recursos Huma-
nos e Comunicação. Vamos trabalhar mais ain-
da para buscar novamente esta condecoração
referente ao biênio 2009-2010.
Outro passo importante, mas que ainda
está em andamento e deverá ter resultado a
longo prazo, é a elaboração de um modelo de
gestão de Responsabilidade Social Ambiental
na Petros. Necessitamos estruturar as ações e
os projetos de RSA de forma mais completa.
Contratamos uma consultoria externa que vai
nos ajudar a construir este modelo, que de-
verá incluir indicadores para avaliar a gestão
de RSA na Fundação e entre as empresas nas
quais investimos.
Além da gestão de RSA, qual outro tema vem recebendo atenção do Comresp e do Coed atualmente?Mário Luiz – A inclusão social dos negros no
mercado de trabalho. Gostaríamos de contribuir
de alguma forma para isso. Todos sabem das di-
ficuldades que eles enfrentam na nossa socie-
dade e na busca por um emprego. No entanto,
não podemos criar uma política totalmente de-
dicada a este grupo, sob pena de estarmos, de
alguma forma, excluindo outros grupos raciais.
A sociedade tem de dar espaço a todos, de for-
ma igualitária, e as empresas podem e devem
contribuir para isso.
Vanda – Muitas vezes em nossos próprios
processos seletivos não temos negros concor-
rendo. Como vamos então contribuir para a in-
clusão social da raça? Não vamos ter um negro
contratado se não tivermos um negro partici-
pando dos processos seletivos. Sabemos que a
questão merece um grande cuidado, pois esta
linha é muito tênue. O desafio é a inclusão sem
discriminação. A oferta de profissionais negros
com boa qualificação ainda é muito pequena.
Não é um problema deles, muito pelo contrário,
é um problema da nossa sociedade.
Fale sobre a adesão da Petros ao PRI (Prin-cípios para Investimento Responsável) e ao CDP (Divulgação das Emissões de Carbono) e da importância destas iniciativas.
Mário Luiz – A Petros se comprometeu nes-
tes dois acordos com algumas ações. Signifi-
ca que devemos prestar contas a respeito das
empresas em que investimos e que elas tam-
bém devem divulgar balanços demonstran-
do critérios de RSA. Estes acordos procuram
mudar o comportamento do mercado e, para
isso, precisam da participação de instituições
como a Petros para “provocar” outras empre-
sas no sentido de terem um comportamento e
uma cultura mais responsável na área social.
Trata-se de uma reação em cadeia positiva. No
momento em que parte do mercado começa
a tomar estas atitudes, os demais tendem a
seguir. Mas ainda há muito a ser feito neste
sentido.
O que a Petros faz e o que é possível fazer para difundir o lado cidadão de seus funcio-nários fora do ambiente de trabalho?Mário Luiz – Ações para fortalecer a consci-
ência social das pessoas são fundamentais. Tra-
zemos este tema para o corpo funcional através
de palestras e de campanhas de doações de rou-
pas e alimentos. Um dos módulos do Programa
de Educação Corporativa, por exemplo, também
é dedicado a este assunto, ou seja, alerta o nosso
público interno a “agir” de alguma forma, seja
por trabalho voluntário ou participando de even-
tos beneficentes. Percebemos que os funcionários
sabem o quanto é importante esse tipo de postu-
ra, mas, muitas vezes, não sabem como exercê-
la. Acho que há muito a ser feito e estamos aten-
tos a isso. Certamente, esta não é uma questão
exclusiva da Petros nem de seus funcionários: a
responsabilidade social é um conceito que ainda
está sendo entendido pela sociedade.
Am
éric
o Ve
rmel
ho
72BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Entrevista
A obtenção do Selo Pró-Equidade de Gênero, concedido pela Secretaria
Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), é apontada como a maior
conquista da Petros desde a implantação do Comresp e do Coed. Segundo
o coordenador do Comresp, Mário Luiz Cardoso de Araújo, a busca pela
certificação referente ao período 2007-2008 mobilizou diversos setores
da Fundação e continua mobilizando, já que a Petros candidatou-se à 3ª
edição do prêmio, para o biênio 2009-2010. Primeiro fundo de pensão do
Brasil a receber o selo, a Petros encerrou o ano de 2009 tendo mais da
metade de seu quadro funcional (53,1%) composto por mulheres.
Com o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo
de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (Unifem), o Pro-
grama Pró-Equidade de Gênero foi criado em 2006 e visa promover ações
em defesa dos direitos das mulheres e de igualdade de oportunidades entre
os sexos em organizações públicas e privadas.
Para receber o selo é preciso que as empresas desenvolvam, com êxito,
no mínimo 70% das ações planejadas no momento da assinatura do termo
de compromisso. A conquista da certificação se efetiva com base no cum-
primento das seguintes etapas: adesão ao programa e preenchimento da
ficha-perfil; elaboração, pactuação, implementação e execução do plano
de ação; monitoramento do plano e avaliação positiva de sua execução.
Entre os pontos positivos apontados pelo comitê de avaliação da SPM
que visitou a Petros, a fim de aferir o cumprimento das iniciativas, esta-
vam o apoio a campanhas em defesa dos direitos da mulher, a aplicação
de pesquisa de diversidade, a realização de eventos com temas voltados à
equidade de gênero e raça, combate ao assédio sexual e moral e à inclusão
social. Outro ponto destacado foi o projeto de instalação da sala para co-
leta de leite materno, que se concretizou em 2009 e vem beneficiando as
funcionárias que têm filhos em fase de amamentação.
Igualdade reconhecida
A Petros foi o primeiro fundo de pensão no Brasil a oferecer um espaço
para este fim. Nele, as mulheres podem coletar e armazenar o leite, já que
o local conta com equipamento adequado para guardar o alimento, que
pode ser levado para casa ao final do expediente.
Mas, a preocupação da Petros em relação à diversidade não se limita ao
gênero. O objetivo, conforme a Ouvidora Vanda Ferreira, é assegurar o tra-
tamento igualitário a todos, independentemente de características sociais,
de raça, de cor, idade ou vínculo empregatício, pois as minorias, apesar
dos avanços no Brasil, ainda encontram muitas dificuldades de inclusão,
sobretudo no mercado de trabalho.
Am
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Am
éric
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rmel
hoRe
nato
Vel
asco
Inauguração da sala de aleitamento materno.
73BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Assistido: participante ou dependente em gozo de qualquer benefício de prestação continuada.
Ativo: 1. somatório de todos os recursos (bens e direitos) já acumulados por um participante de plano de previdência. 2. Termo que determina propriedades ou itens de valor possuídos por uma empresa ou pessoa.
Beneficiário: pessoa que, de acordo com o regulamento de um Plano de Benefícios, tem direito de gozar de benefício de prestação continuada ou outra modalidade de benefício previsto.
Benefício: 1. Valor pago ao participante dos planos de pensão, com base no estabelecido no regulamento do plano. Os chamados benefícios de risco são os valores liberados após a ocorrência de um fato gerador, que pode ser a invalidez ou morte do participante.
Carteira: também conhecido como portfólio, refere-se ao conjunto de ativos que um investidor possui em determinado momento, como por exemplo títulos, cotas de fundos, ações e outros.
Contribuição Definida: é a modalidade de plano que pode ser feita por pessoas físicas e jurídicas, que mediante uma contribuição pré-determinada tem o valor de benefício estimado por hipóteses de rentabilidade.
Contribuição Variável: é a modalidade de plano onde o valor e a periodicidade de contribuição podem ser previamente estipulados, ou seja, o participante efetua contribuições de qualquer valor, a qualquer tempo.
Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC): instituição sem fins lucrativos autorizada a instituir plano de previdência complementar ao do Regime Geral de Previdência Social exclusivamente para funcionários de uma ou mais empresas ou grupos formados por sindicatos, ou associações de profissionais.
Fundo:a. Fundo Aberto: fundo de investimento que pode receber aplicações e
permite resgate de quotas sem fixação de data-limite e que, normalmente, não
conta com um prazo de encerramento pré-estabelecido; esta característica se
refere ao tipo de condomínio que o fundo representa.
b. Fundo Administrativo: constituído com o objetivo de cobrir as despesas
administrativas incorridas pelos gestores do Plano de Benefícios.
c. Fundo Multipatrocinado: é uma EFPC que congrega mais de um Patrocinador,
num regime de condomínio, onde ocorre o rateio dos custos administrativos.
d. Fundo de Pensão: como também são conhecidas as EFPCs.
e. Fundo Instituído: entidade gestora de Plano de Benefícios de caráter
previdencial (e portanto equivalente a uma EFPC), criada por pessoa jurídica de
caráter profissional, classista ou setorial.
f. Fundo de renda fixa: fundo de investimento cujo patrimônio é constituído
por ativos de renda fixa. Exemplo: títulos públicos cujo rendimento esteja
atrelado, exclusivamente, à taxa de juros (pós-fixada ou pré-fixada).
g. Fundo Fechado: fundo de investimento que não recebe aplicações de novos
quotistas nem permite resgate de quotas antes de data pré-estabelecida e que,
normalmente, conta com um prazo de encerramento.
Governança corporativa: sistema adotado por EFPC’s e empresas em geral que implanta códigos de relacionamento e práticas de gestão e prestação de contas. Tem por objetivo tornar a gestão mais transparente aos participantes, acionistas, cotistas ou outros detentores de direitos dentro da organização.
Instituidor: Pessoa Jurídica de caráter profissional, classista ou setorial que oferece aos seus associados Plano de Benefícios de caráter previdenciário administrado por uma EFPC.
Participante: Pessoa Física que adere a um plano de benefícios de caráter previdenciário, administrado por EFPC ou EAPC.
Patrocinador: Pessoa Jurídica pública ou privada que, a partir da criação de uma de EFPC, institui planos de benefícios previdenciários para seus trabalhadores.
Private equity: modalidade de fundo de investimento que adquire participação acionária em empresa de capital fechado.
Renda: rendimento oriundo do trabalho, na forma de salários ou do capital na forma de lucros, juros ou aluguéis.
a. Renda Fixa: tipo de aplicação na qual o retorno tem uma relação rígida com algum indicador de mercado, comumente a taxa de juros de curto prazo. Pode ser pré ou pós-fixado.b. Renda Nacional: fluxo medido periodicamente que equivale ao Produto Nacional.c. Renda Variável: aplicação na qual o retorno não tem uma relação rígida com algum indicador de mercado. Depende, portanto, da evolução da cotação do ativo nos mercados organizados.
Taxa de administração: taxa cobrada pela instituição de previdência complementar pelo gerenciamento de um fundo de investimento.
Tábua de mortalidade: é um instrumento científico utilizado para expressar a probabilidade de ocorrência de eventos relacionados à sobrevivência, invalidez ou morte de pessoas que queiram adquirir um já tenham um plano de previdência complementar. As mais comuns são AT49, AT 83 e AT 2000.
Venture capital: termo do inglês que significa “capital de risco”. Indica uma estrutura de financiamento para empresas de pequeno porte que possuam grande potencial de valorização.
7 GLOSSÁRIO
Glossário
FONTE:Dicionário Petros de Previdência Complementar
74BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
8 PARÂMETRO DO RELATÓRIO
No que diz respeito ao método de medição dos dados, o Balanço Social da Petros 2009, comparado ao relatório de sustentabilidade de 2008, não sofreu mudanças significativas. Quanto à comparabilidade, desses dados e informações contidas no relatório, é apresentada em uma série histórica dos últimos seis anos, permitindo avaliar a evolução e solidez das informações ao longo do período.
Sua estrutura e elaboração mantêm-se de acordo com guias e indicadores de sustentabilidade e Responsabilidade Social do Brasil e do exterior. Foram utilizados o Modelo iBase para Entidades Fechadas de Previdência Complementar e as Diretrizes G3 para Relatório de Sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI), com nível de aplicação ‘B’.
A verificação do documento foi realizada internamente pela Diretoria Executiva, Assessores e membros do Comitê de Responsabilidade Social (COMRESP). A fim de contribuir com a clareza nos textos, a Petros considerou na elaboração do Balanço Social os princípios de relevância dos temas, para cada parte interessada, com neutralidade e clareza na apresentação das informações.
Qualquer sugestão ou crítica relativa aoRelatório Anual de Sustentabilidade Petros 2009
ou ao seu conteúdo, entre em contato com:
Washington Luiz Araú[email protected]
Paulo Gusmã[email protected]
Rua do Ouvidor, 98 – Centro – Rio de Janeiro
Parâmetro do relatório
GRI3.13.23.33.43.53.63.73.93.103.113.13
75BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
9 ÍNDICE GRI
Tema Indicador da GRI Descrição do indicador da GRI Página
Estratégia e análise1.1 Mensagem do presidente e relevância da sustentabilidade para Petros 3, 9, 13
1.2 Principais riscos, impactos e oportunidades 9, 18, 23
Perfilorganizacional
2.1 Nome da organização 9, 11
2.2 Principais planos de previdência 11
2.3 Estrutura operacional 15
2.4 Localização da sede 11
2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade 11
2.7 Mercados atendidos 11, 43, 44, 45, 46, 49
2.8 Porte da organização 11, 43
2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo Relatório
Parâmetro parao relatório
3.1 Período coberto pelo relatório 9, 74
3.2 Data do relatório anterior 74
3.3 Ciclo de emissão 74
3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo 74
3.5 Processo para a definição do conteúdo 74
3.6 Limite do relatório 74
3.7 Limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório 74
3.9 Técnicas de medição de dados 74
3.10 Razão da reformulação de informações e suas consequências 74
3.11 Mudanças de escopo, limite ou métodos de medição 74
3.12 Tabela com a localização das informações da GRI 75, 76
3.13 Política e prática atual relativa à verificação externa do relatório 74
Governança, compromissose engajamento
4.1 Estrutura de governança 15
4.4 Mecanismos para recomendações ou orientações ao Conselho Deliberativo 17, 19
4.8 Missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social 10, 12
4.9 Adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios 69
4.11 Aplicação do princípio de precaução 18
4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social a que a organização subscreve ou endossa 9
4.13 Participação em associações e/ou organizações nacionais / internacionais 10
4.14 Relação de grupos de stakeholders 11, 63
Este índice de referência foi elaborado para facilitar a identificação
das informações dos Indicadores da GRI contidos no Relatório Anual de
Sustentabilidade da Petros 2009.
Índice GRI
GRI3.12
76BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Tema Indicador da GRI Descrição do indicador da GRI Página
Desempenho econômico
EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído 23, 24, 25, 26, 39, 40, 48, 55, 56
EC2 Implicações financeiras, riscos e oportunidades para a Petros devido a mudanças climáticas 69
EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido 39, 40
EC5 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local 59
EC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores 63
EC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços 29
EC9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, inclusive extensão dos impactos 30
Desempenhoambiental EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa 69
Desempenho social, práticas trabalhistase trabalho decente
LA1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região 55, 56
LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados 55, 57
LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva 60
LA6 Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde 61
LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho 62
LA8 Programas para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves 61
LA9 Temas relativos à segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos 61
LA11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da empregabilidade e o gerenciamento do fim da carreira 62, 63
LA12 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira 60
LA13Composição dos grupos responsáveis pela Governança Corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade
57, 58, 59, 63
LA14 Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional
Desempenho social e direitos humanos
HR1 Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas ou foram avaliados em direitos humanos 27, 30, 31, 34, 35. 63
HR2 Percentual de empresas contratadas que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos 28, 29
HR3 Total de horas de treinamento e percentual de empregados treinados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos 70
HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas 70
HR6 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas 63
Desempenho social responsabilidade
pelo produto
PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e na segurança são avaliados visando melhoria 42
PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação 41, 42, 48
Índice GRI
GRI3.12
77BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
10 MODELO DE BALANÇO SOCIALpara Entidades Fechadas de PrevidênciaComplementar – Padrão IBASE1
1 – Identificação
Nome da instituição: Fundação Petrobras de Seguridade Social Tipo/categoria (conforme instruções): fundação
Natureza jurídica: [x] fundação [ ] sociedade civil sem fins lucrativos? [x] sim [ ] não Isenta da cota patronal do INSS? [ ]sim [x] não
Localização (UF): [ RJ ] Setor de atividade (segundo atividade da patrocinadora/instituidor principal): indústria - energia
Vinculação dos dos planos de benefícios: [x] patrocinados [x] multipatrocinados [x] instituídos
Modalidade(s) do(s) plano(s) de benefício? [X] BD [X] CD [X] CV
2 – Situação patrimonial (final de período)2009 2008
Valor (R$ mil) Distribuição % Valor (R$ mil) Distribuição %
1. Ativo total 51.137.769,0 — 45.194.865,0 —
2. Carteira de Investimentos 45.558.864,0 100,0% 39.621.008,0 100,0%
- renda fixa 27.870.237,0 61,2% 28.199.095,0 71,2%
- renda variável 15.452.460,0 33,9% 9.270.369,0 23,4%
- participações imobiliárias 1.060.072,0 2,3% 998.074,0 2,5%
- operações com participantes (empréstimos) 1.176.095,0 2,6% 1.153.470,0 2,9%
3. Ativo para cobertura de benefícios 49.856.772,4 — 43.999.186,9 —
4. Compromissos com benefícios (provisões) 47.762.987,0 100,0% 43.143.305,0 100,0%
- concedidos 23.300.792,0 48,8% 43.143.305,0 51,4%
- a conceder 24.462.195,0 51,2% 20.974.719,0 48,6%
5. Equilíbrio técnico em 31/12 1.825.149,0 — 855.881,9 —
6.Indicador de equilíbrio técnico 1,04 — 1,02 —
3 - Origem dos recursos2009 2008
Valor (R$ mil) Distribuição % Valor (R$ mil) Distribuição %
Receitas Totais 9.972.025,0 100,0% 8.773.628,0 100,0%
a. Contribuições previdenciais 1.788.004,6 17,9% 1.592.873,0 18,2%
- participantes 815.636,5 8,2% 835.602,0 9,5%
- patrocinadoras 788.935,3 7,9% 757.271,0 8,6%
- instituidores 183.432,8 1,8% 0,0 0,0%
b. Contribuições extraordinárias2 934.957,0 52,3% 5.954.893,0 67,9%
c. Receitas líquidas de Investimentos 7.249.035,6 72,7% 1.225.862,0 14,0%
d. Outras receitas 27,8 0,0% 0,0 0,0%
Modelo de Balanço Social
78BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
4 – Aplicação dos recursos2009 2008
Valor (R$ mil) Distribuição % Valor (R$ mil) Distribuição %
Despesas Totais 2.367.004,7 100,0% 2.310.034,0 100,0%
a. Despesas previdenciais 2.263.522,6 95,6% 2.109.005,8 91,3%
- Benefícios de prestação continuada 2.163.539,9 91,4% 2.020.130,0 87,5%
- Benefícios de pagamento único 47.604,9 2,0% 40.143,8 1,7%
- Outras3 52.377,8 2,2% 48.732,0 2,1%
b. Despesas administrativas 103.482,1 4,4% 105.247,0 4,6%
- Pessoal (salários + benefícios + encargos) 61.435,0 2,6% 68.380,0 3,0%
- Serviços de terceiros 26.087,5 1,1% 23.160,0 1,0%
- encargos diversos 12.436,4 0,5% 11.251,0 0,5%
- material de consumo 517,2 0,0% 502,0 0,0%
- depreciação 2.884,7 0,1% 1.954,0 0,1%
- outras 121,3 0,0% 0,0 0,0%
c. Outras despesas (relacionar) 0,0 0,0% 0,0 0,0%
5 - Indicadores sociais internos (Ações e benefícios para os(as) funcionários(as))
2009 2008
Valor (R$ mil)% sobre despesas
administrativasValor (R$ mil)
% sobre despesas
administrativas
Metas 2010(R$ mil)
a. Alimentação 2.278,9 2,20% 1.888,3 1,8% —
b. Educação 502,5 0,49% 479,0 0,5% —
c. Capacitação e desenvolvimento profissional 558,7 0,54% 990,1 0,9% —
d. Previdência complementar 3.391,1 3,28% 3.633,8 3,5% —
e. Creche ou auxílio-creche 131,2 0,13% 114,2 0,1% —
f. Saúde 5.655,5 5,47% 4.676,5 4,4% —
g. Segurança e medicina no trabalho 169,0 0,16% 163,8 0,2% —
h. Transporte 298,6 0,29% 254,4 0,2% —
i. Bolsas/estágios 154,7 0,15% 196,8 0,2% —
j. Outros 97,1 0,09% 71,4 0,1% —
Total - Indicadores sociais internos 13.237,3 12,79% 12.468,3 11,85% —
Modelo de Balanço Social
79BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
6 - Contribuição para a sustentabilidade -Investimentos Socialmente Responsáveis
2009 2008
Valor (R$ mil) Valor (R$ mil) Metas 2010
a. Carteira de Investimentos Socialmente Responsáveis - saldo em 31/12
R$ 19.804.605,0 R$ 12.415.886,0 —
Empresas: R$ 7.697.939 Nº fundos e projetos:R$ 1.606.043
Empresas: R$ 4.929.063Nº fundos e projetos:R$ 790.530
—
b. Participação da Carteira de InvestimentosSocialmente Responsávesi no total de Investimentos(2.2 - saldo ao final do ano).
43,5% 31,3% —
Empresas: 100,0%Fundos e projetos: 91,2%
Empresas: 100,0%Fundos e projetos: 77,6% —
c. A entidade adota critérios de responsabilidade social e ambiental em suas decisões de investimento?
[X] sim, institucionalizada [X] sim, institucionalizada —
[ ] sim, não institucionalizada[ ] não
[ ] sim, não institucionalizada[ ] não —
d. A entidade adota critérios de responsabilidade social e ambiental no acompanhamento das empresas, fundos e projetos em que investe?
[X] sim, institucionalizada [X] sim, institucionalizada —
[ ] sim, não institucionalizada[ ] não
[ ] sim, não institucionalizada[ ] não —
e. A entidade participa de organizações / iniciativas internacionais e nacionais de critérios de responsabilidade social e ambiental? Quais?
[X] PRI; [X] CDP [X] PRI; [X] CDP —
[ ] Pacto Global / ONU;[X] Princípios ABRAPP/Ethos
[ ] Pacto Global / ONU;[X] Princípios ABRAPP/Ethos —
7 - Informações Populacionais 2009 2008 Metas 2010
a) Nº total de participantes 132.281 128.419 —
- ativos 78.122 74.693 —
- assistidos (aposentados) 40.504 40.488 —
- beneficiários de pensão 13.655 13.238 —
b) Nº total de designados - - —
b) Valor mensal dos benefícios pagos (R$ mil) 2.211.146,0 2.060.274,0 —
- aposentadorias 1.931.749,0 1.796.868,0 —
- pensões 222.924,0 216.161,0 —
- auxílios 8.868,0 7.101,0 —
- pecúlios 47.605,0 40.144,0 —
- outros - - —
c) Participação na suplementação na renda mensal dos assistidos (%) 65,8% 67,1% —
Modelo de Balanço Social
80BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
8 - Indicadores sobre o corpo funcional 2009 2008 Metas 2010
Nº total de empregados(as) ao final do período 469 431 —
Nº de admissões durante o período 66 57 —
Nº de prestadores(as) de serviço 159 177 —
% de empregados(as) acima de 45 anos 54,60% 59,00% —
Nº de mulheres que trabalham na instituição 249 239 —
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 42,30% 44,00% —
Idade média das mulheres em cargos de chefia 48 47 —
Salário médio das mulheres R$ 4.103 R$ 4.361 —
Idade média dos homens em cargos de chefia 47 47 —
Salário médio dos homens R$ 5.058 R$ 5.295 —
Nº de negros(as) que trabalham na instituição 127 108 —
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 12,00% 13,00% —
Idade média dos(as) negros(as) em cargos de chefia 42 42 —
Salário médio dos(as) negros(as) R$ 4.300 R$ 4.718 —
Nº de brancos(as) que trabalham na instituição 342 323 —
Salário médio dos(as) brancos(as) R$ 4.900 R$ 5.038 —
Nº de estagiários(as) 21 32 —
Nº de voluntários(as) - - —
Nº portadores(as) necessidades especiais 15 10 —
Salário médio portadores(as) necessidades especiais R$ 2.600 R$ 4.680 —
9 - Qualificação do corpo funcional 2009 2008 Metas 2010
Nº total de empregados 469 431 —
Nº de doutores(as), mestres e com especialização 90 53 —
Nº de graduados(as) 186 260 —
Nº de graduandos(as) 103 48 —
Nº de pessoas com ensino médio 70 64 —
Nº de pessoas com ensino fundamental 20 6 —
Nº de pessoas com ensino fundamental incompleto 0 0 —
Nº de pessoas não-alfabetizadas 0 0 —
Modelo de Balanço Social
81BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
10 - Informações relevantes quanto à ética,transparência e responsabilidade social 2009 Metas 2010
Relação entre a maior e a menor remuneração
O processo de admissão de empregados(as) é: 30% por indicação 70% por seleção/concurso __ % por indicação __ % por seleção/concurso
A entidade desenvolve alguma política ou ação de valorização da diversidade em seu quadro funcional?
[x] sim, institucionalizada [ ] sim, institucionalizada
[ ] sim, não institucionalizada [ ] não [ ] sim, não institucionalizada [ ] não
Se “sim” na questão anterior, qual?
[x] negros [x] gênero [ ] opção sexual [ ] negros [ ] gênero [ ] opção sexual
[x] portadores(as) de necessidades especiais [ ] portadores(as) de necessidades especiais
[ ] _______________________ [ ] _______________________
A entidade desenvolve alguma política ou ação de valorização da diversidade entre seus participantes?
[ ] sim, institucionalizada [ ] sim, institucionalizada
[ ] sim, não institucionalizada [x] não [ ] sim, não institucionalizada [ ] não
Se “sim” na questão anterior, qual?
[ ] negros [ ] gênero [ ] opção sexual [ ] negros [ ] gênero [ ] opção sexual
[ ] portadores(as) de necessidades especiais [ ] portadores(as) de necessidades especiais
[ ] _______________________
Na seleção de parceiros e prestadores de serviço, critérios éticos e de responsabilidade social e ambiental:
[ ] não são considerados [ ] não são considerados
[ ] são sugeridos [x] são exigidos [ ] são sugeridos [ ] são exigidos
A participação de empregados(as) no planejamentoda entidade:
[ ] não ocorre [x] ocorre em nível de chefia [ ] não ocorre [ ] ocorre em nível de chefia
[ ] ocorre em todos os níveis [ ] ocorre em todos os níveis
Os processos eleitorais democráticos para escolhada alta direção:
[ ] não ocorrem [ ] ocorrem regularmente [ ] não ocorrem [ ] ocorrem regularmente
[x] só para conselheiros[ ] conselheiros e diretores
[ ] só para conselheiros[ ] conselheiros e diretores
A composição dos conselhos é:
[ ] 100% patrocinadoras[ ] 2/3 patrocinadoras
[ ] 100% patrocinadoras[ ] 2/3 patrocinadoras
[x] paritária [ ] outra ___________ [ ] paritária [ ] outra ___________
A composição da diretoria é:
[ ] 100% patrocinadoras[ ] 2/3 patrocinadoras
[ ] 100% patrocinadoras[ ] 2/3 patrocinadoras
[x] paritária [ ] outra ___________ [ ] paritária [ ] outra ___________
A instituição possui Comissão/Conselho de Éticaextensivo para:
[x] empregados e alta direção[ ] só empregados
[ ] empregados e alta direção[ ] só empregados
[ ] todas as ações/ativiaddes [ ] todas as ações/ativiaddes
[ ] só situações comportamentais [ ] só situações comportamentais
(1) Modelo elaborado pela Petros em parceria com o iBase.(2) Contribuições extraordinárias - 2008 e 2009: valores referentes aos Termos de Compromisso Financeiro.(3) Outras despesas previdenciais - resgate de poupança e portabilidade.
Modelo IBASE
82BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Definições do Modelo de Balanço Social – Padrão IBASE
2. Situação Patrimonial (pág. 77)
2.1 Ativo total: total de bens e direitos da entidade.
2.2 Carteira de investimentos: recursos garantidores dos beneficios dos
participantes (concedidos e a conceder), distribuído pelos grandes grupos
de aplicações.
2.3 Ativo para cobertura de benefícios: carteira de investimentos mais
contribuições a receber e outros ativos, deduzidas outras obrigações e
fundos de reserva.
2.4 Compromissos com benefícios (provisões): reservas matemáticas de
benefícios a conceder e de benefícios concedidos.
2.5 Equilíbrio técnco: ativo para cobertura de benefícios (2.3) menos
compromissos com benefícios (2.4)
3. Origem dos recursos (pág. 77)
3.a Contribuições previdenciais: receitas recebidas dos participantes e
das patrocionadoras e das entidades instituidoras para custeio do plano
de benefícios, inclusive contribuições extraordinárias (explicar a que se
referem essas receitas, e citar qual)
3.b Receitas líquidas de investimentos: receitas das aplicações financeiras
no ano, deduzidas as despesas financeiras com corretoras e impostos.
3.c Outras Receitas: aporte das patrocinadoras para custeio
administrativo, entre outros.
4. Aplicação dos recursos (pág. 78)
4.1 Despesas previdenciais: despesas anuais com pagamentos de
benefícios de prestação continuada aos participantes (aposentadorias,
pensões e auxílios) e benefícios de pagamento único (peculios).
4.2 Despesas administrativas: despesas com custeio da entidade para
administração do plano de benefícios.
4.3 Outras despesas: justificar cada uma das despesas nas notas.
5. Indicadores sociais internos (pág. 78) Ações e benefícios para os(as) funcionários(as)
6. Contribuição para a sustentabilidade - Investimentos Socialmente Responsáveis (pág. 79)
6.1 Investimentos Socialmente Responsáveis (ISR): Investimentos
realizados pela entidade em que são considerados critérios de
responsabilidade social e ambiental na decisão das aplicações e / ou no
acompanhamento das práticas das empresas em que detém par.
Modelo de Balanço Social
Shut
ters
tock
83BALANÇO SOCIAL PETROS 2009
Balanços anteriores
2008
2006
2003
2004
2005
2007
História dos balançosEm todas as edições, o Balanço Social da
Petros procurou divulgar de forma detalhada e
acessível todas as ações da Fundação referen-
tes ao ano anterior e os resultados obtidos.
A publicação visa a aproximar ainda mais
a Petros de todos os seus públicos, principal-
mente pela transparência na divulgação des-
tes dados.
A seguir, estão as capas dos seis números an-
teriores do Balanço, que comprovam o compro-
misso da Petros com a sociedade brasileira, por
meio de sua gestão e sua reponsabilidade social.
PrêmioABERJE