zong 2ª edição

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Ano 1 - edição 2

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Page 1: Zong 2ª edição

Ano 1 - edição 2

Page 2: Zong 2ª edição

RedaçãoNatalia Nascimento

Vanessa PedonJessica Hernandez

Lucimar AraujoVânia CorreiaCamila rocha

Jeldean AlvesRodrigo Kenan

Ingrid Elisa

IlustraçãoVanessa PedonRodrigo Kenan

FotosVanessa Pedon

Natalia NascimentoVânia Correia

DesignersRodrigo Kenan

Daniel Pig Mantovani

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Equipe ZONGEquipe ZONG

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>4 - - - - - - - - - - - - - - NOSSA PEGADA7 - - - - - - - - - - - - - - ECO AJUDA11 - - - - - - - - - - - - - - MOLDA14 - - - - - - - - - - - - - - TRAMPO18 - - - - - - - - - - - - - - NO RITMO20 - - - - - - - - - - - - - - RAPIDINHAS22 - - - - - - - - - - - - - - VÁ PASSEAR24 - - - - - - - - - - - - - - NO MOMENTO

Onde é que tá

Apoio

AgradecimentosAgradecemos as ONG’s Comunidade Cidadã e Cidade Escola Apren-diz, ao CENPEC e ao Itaú Social. A Sorveteria Oprê, pelo espaço cedido para o lançamento da primeira edição da revista. Agradecemos, tam-bém, pela orientação, revisão e paciência da Lorena Moreira, e o apoio da Vânia Correia. E ao colaborador, de última hora, Daniel Pig Man-tovani. A toda equipe da Zong, que se manteve responsável e envolvido durante todo o processo de produção da revista. E a todos aqueles que nos ajudaram de alguma forma, que torceram e estiveram conosco, muito obrigada. Revista ZONG!Juventude em movimento!

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Quando um pequeno gesto torna-se uma grande açãoProjeto Anchieta prova que nada é impossível, e que não devemos ficar parados só esperando que o mundo se torne melhor

Podemos sonhar, acreditar e concretizar nossos sonhos.

Mesmo que no começo sejam pequenos gestos, no futuro eles podem se tornar grandes realizações. O Grupo Itápolis

– Projeto Anchieta é um exem-plo disso.

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> Texto Natália NascimentoFotografia Natália Nascimento

Com um espaço de 220 mil metros quadrados preserva-dos e recuperados da Mata Atlântica, o projeto tem como objetivo reintegrar socialmente seus usuários, proporcionando uma nova perspectiva de vida a crianças, jovens e familiares que se encontram em situação de risco.

Trabalhando suas aptidões, os freqüentadores do projeto de-senvolvem capacidades para realizar seus desejos.

Este ano a instituição comple-tou 14 anos de existência, e já beneficiou cerca de 8.000 pessoas. Ao longo dos anos, atendeu diretamente 800 crian-ças, adolescentes e jovens no bairro Jardim Belcito, distrito do Grajaú, atingindo indiretamente 7.200 pessoas, incluindo famili-

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Quando um pequeno gesto torna-se uma grande ação

ares e a comunidade local. Leda Maria da Silva, uma das fundadoras do projeto, se sen-te realizada, “É uma felicidade imensa”, comemora.

Hoje em dia, dentro do espaço Anchieta, acontecem inúmeros projetos, entre eles o Programa Jovens Urbanos, que atende 60 jovens de 16 a 21 anos.

O objetivo do PJU é ampliar o repertório sócio-cultural de

jovens moradores de regiões metropolitanas, promovendo atividades tecnológicas com assessores, intervenções, ativi-dades culturais, entre outras.

Este é um belo gesto, pois seus fundadores abraçaram essa idéia e, com muita garra, lutaram para chegar ao que é hoje um imenso projeto.

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Dentro do espaço Anchieta acontecem inúmeros projetos, conheça alguns deles

Projeto de Preparação para o Trabalho desenvolve a pro-fissão de marceneiro, atende 50 adolescentes de 13 a 17 anos. É conveniado com a Secretaria Especial para Participação e Parceria (SEPP) e Fundo Mu-nicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD).

Projeto Guri e Arquimedes tem parceria com a Secretaria Estadual da Cultura. Atende jovens de 15 a 18 anos, que aprendem a tocar instrumentos musicais.

ANOTA AÍEndereço: Rua Alziro Pinheiro Magalhães, 580 Jardim Belcito- GrajaúTelefone: (11) 5931-7556/ 5931-7790/ 5931-5988Email: www.projetoanchieta.org.brHorário de atendimento: De segunda a sexta das 07h30 às 18h00

Grupo Faca é um projeto cul-tural que tem como parceria a Secretaria da Cultura e desen-volve diversas atividades cul-turais e esportivas. O espaço para suas apresentações é ce-dido pelo Anchieta.

Projeto Ação Família atende 1.200 famílias no território do Grajaú, desenvolvendo inser-ção social e geração de renda. Atualmente está no estágio de mobilização para a produção em oficinas de costura e na per-macultura, com possibilidades futuras de se formar cooperati-vas com os usuários.

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“Terra, planeta água”Todo ser vivo precisa de água. Mas nossa fonte de vida está ameaçada e precisa de cuidado.

“Água me lembra vida. Aliás, a essência da vida!” responde Márcia dos Santos, 17, estu-dante do curso Técnico de Meio Ambiente da Etec Guaracy Sil-veira, quando questionada so-bre o que vem a sua mente ao escutar a palavra água.

E você, o que pensa quando falamos de água?

Talvez você se retenha a sim-ples informação sobre a neces-sidade do uso consciente, que a maioria das pessoas conhece, mas que na prática pouquíssi-mos fazem. E, muito provavel-mente, você não vai relacionar o tema água às represas Guara-piranga e Billings, que são muito importantes para nossa cidade e estão tão próximas de nossas residências.

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Texto Lucimar AraújoIlustração Rodrigo Kenan

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Criadas pela empresa Cia. Light (atual Eletropaulo), essas repre-sas tinham, a princípio, a fun-ção única de fornecimento de energia elétrica. Com o cresci-mento da cidade, começaram a ser usadas também para o abastecimento de água de toda a cidade de São Paulo.

Estas represas, que tiveram im-portante papel no desenvolvi-mento de nossa região, hoje são os únicos mananciais usa-dos para o abastecimento de água da metrópole paulistana.

Mas ambas vêm sofrendo com o crescimento de habitações ir-regulares em seus arredores, o que traz consigo graves problemas, tais como o derra-mamento de esgoto doméstico não tratado e o acúmulo de lixo jogado em suas margens e águas.

Além disso, tem a poluição causada por esgotos industriais e metais pesados, o que com-promete a qualidade e, con-

seqüentemente, o uso dessas represas. O problema não é tão atual, há décadas ele ficou evidente com o aparecimento de algas, provocado pelo lixo orgânico que foi e continua a ser jogado em ambas.

Os rios Tietê e Pinheiros, tam-bém próximos a nossa região, são exemplos de mananciais que tiveram seu uso compro-metido pela poluição.

O fato é que, atualmente, são gastas quantidades imensas de dinheiro em processos que buscam deixar as águas des-sas represas próprias para o consumo humano, além de ou- tros tantos valores gastos para a importação de água de reser-vas, como as da região da Can-tareira, para suprir a demanda da cidade.

Algumas pessoas usam água como se ela fosse algo infinito, o que não é verdade. Água não é renovável, é um recurso finito que, se usado de forma incons-ciente, vai acabar.

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Economizar

Economizar

Cada um com sua parte!

Falta informação, vontade, união e tantos outros pré-requisitos para alcançarmos objetivos relativamente sim-ples, como cuidar do que é seu, meu e de todos nós. A preservação dos recursos naturais é responsabilidade de todos os cidadãos, em-presas privadas e do poder público.

O Grajaú, por exemplo, é uma região com grande den-sidade populacional, chega a ter mais habitantes que muitas cidades brasileiras, cerca de 500 mil pessoas. Não é só esse número que torna essa região tão gran-diosa, a quantidade de pro- blemas ambientais também é gigantesca e, muitas ve- zes, eles são causados por nós mesmos.

Poluir, usar, usar e usar sem pensar nas conseqüências futuras é quase como uma

“doença contagiosa”. Alguns de nós nos contagiamos ainda na infância. Vendo tantas pessoas degradando o meio ambiente, acabamos adquirindo a “doen-ça” e agindo igual. Mas isso é algo reversível, e o remédio é a vontade de fazer a diferença.

Precisamos reconhecer que er-ramos muito e por muito tempo, mas não precisamos conti- nuar a errar. Cuidar de nossos mananciais não é simples, mas também não é impossível, des-de que cada um faça sua parte. Precisamos jogar o lixo nas li- xeiras, economizar água, levar informação e agir de forma con-sciente para, quem sabe um dia, não sermos nós, jovens, somente a causa, mas também a conseqüência de um mundo melhor.

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• Acabar com os vazamentos em casa• Diminuir o tempo no banho: passar o sabonete, xampu e condicionador com o chuveiro desligado• Fechar a torneira ao escovar os dentes, lavar a louça, fazer a barba...• Usar a vassoura e não a mangueira para limpar o quintal ou a calçada• Juntar todas as roupas sujas, lavar 1 vez por semana e, com a água que sobra, lavar o carro, a garagem, o quintal, a varanda...• Economizar papel, use os dois lados da folha e imprima só quando for necessário • Economizar energia elétrica• Reciclar o óleo de cozinha. Um litro de óleo pode poluir até 1 milhão de litros de água

DICAS RÁPIDAS PARA ECONOMIZAR ÁGUA

Você pode nem imaginar, mas sabe o detergente que usamos para lavar louças, ou o xampu que deixa nosso cabelo limpo, cheiroso e macio? Pois bem, eis aí dois grandes vilões das águas. Apesar de serem considerados “biodegradáveis”,ambos são extremamente poluentes.O que podemos e devemos fazer é abrir mão da espuma: use pouco e só quando for realmente pre-ciso. Lavar o cabelo todos os dias pode prejudicar os fios e a raiz, além de poluir a água e fazer “estrago” na economia da família.No caso do detergente, procure substituí-lo pelo sabão em pó.

POLUINDO, MESMO SEM SABER...

BIODEGRADÁVEL É O MATE-RIAL QUE SE DECOMPÕE NA

NATUREZA

PARA ENTENDER

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Em muitos casos, ao ouvirem a palavra brechó as pessoas fa-zem uma associação com algo antigo e fora de moda, onde só são vendidas coisas velhas e de pouca qualidade. Alguns acreditam que os artigos à ven-da em brechós são verdadeiros restos daquilo que não se quer mais usar, ou até mesmo que as roupas são de defuntos. Mas estes são alguns dos inúmeros boatos e mitos que pretende- mos mudar.Acreditem, as roupas de bre-chós podem, sim, ser um meio de criar uma moda alternativa, o que também pode se tornar um estilo. Lá não encontramos apenas roupas e outros objetos velhos e usados, embora exis- tam muitos brechós que são qualificados assim.

Brechó: uma nova alternativa para construir sua moda

Muitas vezes rotulado de forma negativa, o brechó pode te impressionar com a quantidade de apetrechos e a boa qualidade.

Texto Vanessa Pedon e Camila RochaIlustração Rodrigo Kenan

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Existem milhares de brechós em São Paulo, dos mais “ralés” aos mais chiques, e é possível encontrar uma grande diver-sidade de produtos como peças antigas, clássicas, novas, coloridas, com estam-pas de todos os tipos, tecidos diferentes, modelitos nacionais e importados. Mui-tas vezes as pessoas compram roupas e usam apenas uma vez, ou nem chegam a usar. Assim, estes artigos usados ou semi-novos são trocados, vendidos ou consig-nados para um determinado brechó, que vende por um preço mais em conta. Um exemplo de que as roupas vendidas em brechó não estão fora de moda são as estampas de listras e bolinhas e as calças com cintura alta, que voltaram a ser destaques nesses tempos. Isto levou muitas pessoas aos brechós, pois além de encontrarem aquilo que desejam, pa-gam um preço menor que os das lojas de grifes.O que você realmente encontra em bre-chós são peças diferentes e exclusivas, pois não há padronização e estoque dos itens à venda. Não é como ir ao shopping, entrar em uma loja e ver uma seção só daquela peça específica, com diversos tamanhos e em muita quantidade.Alguns brechós também vendem roupas especialmente para peças teatrais, com modelos e acessórios alternativos e de diferentes culturas.

O que você encontra...

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- Se você quiser diversificar seu estilo ou está à procura de algo que ainda não achou, vá a um brechó. Mas atenção: é impor-tante saber compor as peças depois!- Escolha bem o brechó que você irá. Não é qualquer ga-ragem que se diz um brechó que terá as melhores peças e os melhores preços que você procura. Talvez esse seja o mo-tivo das pessoas acharem que o brechó seja algo velho e sem qualidade.- Você pode comprar em bre-chós pela internet também, através de sites como o www.trecoseobjetos.com.br, que ofe-rece objetos em geral. Que tal presentear alguém ou até mes-mo decorar sua própria casa?Outro site interessante é o www.brecholavoutanovo.blogspot.com, brechó virtual que ofe-rece uma grande quantidade de roupas. Aqui você pode es-colher e compor seu próprio es-tilo.

“Busque, conheça, experi-mente e construa a sua própria moda.”

Dicas

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Juventude brasileira está cada vez mais endividada

Jovens com dívidas de ‘gente grande’: esse quadro se repete freqüentemente no Brasil.

Mariana Ferreira, 19, não conseguia resistir às tenta-ções das vitrines no shop-ping. Uma roupa aqui, um presentinho ali, ia com- prando no cartão de crédi-to, e só quando a fatura chegava é que se dava conta de que havia gasto demais. Resultado: perdeu o controle das suas finan-ças e, apesar da pouca idade, já tem o nome no Cadastro de Proteção ao Crédito (SPC), “foi virando uma bola de neve, muitos juros, não tinha mais como pagar”, conta. Foi assim que Mariana entrou para as estatísticas de jovens endividados no Brasil.

Texto Vânia CorreiaFotografia Vanessa Pedon

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A facilidade de acesso ao crédito rápido, a sedução das propagandas, aliadas ao impulso e a falta de con-trole financeiro, compõem um perigoso cenário para os jovens. Muitos se vêem em apuros na hora de pagar as contas. Segundo a Associação Comercial de São Paulo um terço dos jo-vens com até 30 anos tem o nome no Serviço de Pro-teção ao Crédito (SPC).

Gastar mais do que recebe é uma prática constante en-tre os adultos e vem sendo incorporada pelos mais jo-vens também. As inúmeras opções de crédito ofereci-das pelos bancos incenti-vam os jovens a tornarem mais comum o hábito de comprar primeiro e pagar depois. Dados da Associa-ção Comercial de São Pau-lo mostram que 20% dos cartões de crédito do Brasil estão nas mãos de jovens de 18 a 29 anos.

O consumo impulsivo é a principal razão para o endi-vidamento dos mais jovens. Para o especialista em fi-nanças, Gustavo Cerbasi, trata-se de uma questão de conscientização. “Um jovem só entra no vermelho se quiser, uma vez que pode fazer escolhas sobre um or-çamento que é só seu”, diz.

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contas

no vermelho

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Planejar é o caminho

Para o especialista Gustavo Cerbasi o segredo é planejar, “colocar tudo na ponta do lápis ao menos uma vez por mês e pensar dez vezes antes de par-celar qualquer compra – afinal, é aí que começa o problema”. Comprar tudo a vista, é uma saída. Isso evita a tentação do crédito, e o jovem só gasta o di- nheiro que, realmente, tiver no bolso.

A juventude é público alvo de grande parte das propagandas. Ela é bombardeada, diaria-mente, com informações, divul-gação de novos produtos, ape-los de padrões de beleza, de consumo, de diversão. É difícil manter o equilíbrio das contas, quando o dinheiro que se tem é menor do que o que se deseja comprar. Normalmente, vence o impulso, e o jovem compra sem pensar que no final do mês a conta chega para pagar A jovem Gabriela Alves, 19, sabe bem o que é isso. É esta-

giária de um escritório de con-tabilidade, ganha pouco mais que um salário mínimo, e vive com as contas no limite. “Gos-taria de me controlar melhor, mas é difícil, vejo uma coisa le-gal e não resisto, depois é um sufoco pra pagar.”, declara.

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Mas essas dicas não servem somente para os jovens. Os adultos também costumam exagerar nas compras. Gastar bem e com consciência é uma lição que também se aprende em casa. Gustavo Cerbasi cha-ma a atenção para a importân-cia da família na construção de uma consciência financeira para os jovens. Na verdade, todo o mau exemplo costuma vir dos pais, que também não

sabem lidar com o dinheiro”. Para ele, quando os pais forem um bom modelo a “cultura de equilíbrio financeiro será pas-sada de geração em geração naturalmente”.

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Olha a 3° Milênio aí, genteEscola de Samba do Grajaú vem batalhando pelo reconhecimento e disseminação da cultura do carnaval na região

Nesta segunda edição, a seção No Ritmo tem a honra de apresentar a escola de samba Estrela do 3° Milênio.Sediada no Parque América, distrito do Grajaú, a escola de samba com-pletou 10 anos de existência e já vem desfilando há seis. A escola adotou esse nome pelo fato de ter sido fun-dada próximo à virada do 3° milênio,

Texto Natália NascimentoFotografia Natália Nascimento

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e por se considerar uma nova estrela que brilha em uma luta diária.

A Estrela do 3º Milênio vem trilhando uma verdadeira história de sucesso. Um exemplo disso é o reconhe- cimento que vem, mereci-damente, recebendo nos últimos tempos. No próximo ano, a escola irá desfilar no Sambódromo do Anhembi no primeiro grupo das es-colas da União das Esco-las de Samba Paulistana (UESP), concorrendo a uma vaga no grupo de acesso com o enredo “1,2,3 Abra-cadabra, além da mágica”.

O principal objetivo da es-cola é transmitir à comu-nidade do Grajaú e a todos que prestigiam esta festa, a mensagem de que carnaval não é orgia, mas pura cul-tura. É o que afirma a dire-tora social, Mirian Moura.Além disso, a Estrela do 3° Milênio traz também uma al-ternativa de lazer, permitin-do que a comunidade curta um carnaval de qualidade em seu próprio bairro.

A participação dos morado- res é fundamental e ainda um desafio para a escola. “A escola não depende dos di-retores ou da bateria, e sim da comunidade, de cada um que mora aqui. Mas tem sido difícil, porque as pes-soas não aparecem, pelo fato de não ter essa cultura de carnaval na Zona Sul”, diz a madrinha de bateria Alessandra Vânia Barros.

Vale lembrar que a con-fecção de todo material necessário para o desfile, como as fantasias e os car-ros alegóricos, é feita vo- luntariamente pelos com-ponentes da escola, e todo material, muitas vezes é reciclado. Os demais custos

Carnaval não é feito so-mente na avenida, ex-iste todo um trabalho que começa logo quando a festa anterior termina. Porém, é um festejo bo-nito e histórico, que nunca deve acabar, porque é a expressão de nossa cul-tura popular brasileira.

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Quem nunca se deparou com um pop-up anuncian-do sites pornôs ou fotos que instigassem nossa imaginação ao navegar na internet, ou até mesmo ligou a TV e deu de cara com uma cena de sexo? É, galera! O sexo está cada vez mais presente nas mídias eletrônicas, seja na TV ou na internet é quase impossível não se deparar com o assunto, que acaba dividindo as opiniões e os espectado-res.

Se por um lado somos quase que bombardea-dos com cenas, fotos e textos sensuais ou por-nográficos, por outro lado podemos encontrar muita informação relevante so-bre o tema nos meios de comunicação.

A presença constante desse assunto na mí-dia é um bom sinal, pois demonstra que nossa sociedade já quebrou al-guns tabus e enterrou a repressão com que este tópico era abordado anti-gamente. E a mudança de comportamento em rela-ção ao sexo não para por aí: atualmente algumas pessoas utilizam a inter-net como uma forma de exercitar sua sexualidade, encontrando na rede uma maneira de se relacionar com as pessoas e buscar prazer individual.

Sexo em toda parteO sexo é um assunto abordado em todo tipo de mídia, das mais diversas maneiras. Mas será que isso pode in-fluenciar comportamentos?

Texto Ingrid Elisa e Jeldean AlvesIlustração Rodrigo Kenan

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Há quem diga que as cenas “picantes” na TV influenciam o comportamento sexual das pessoas, com padrões e mitos de certo ou errado, e que na internet as pes-soas têm mais privacidade e podem ser o que quiserem, liberando suas fantasias. Mas até que ponto pode ser saudável essa relação mais “íntima” com as mídias? O sexo na TV pode influenciar nossas escolhas?

A mídia tem uma respon-sabilidade ética com aquilo que veicula, e não pode ignorar a sua participação na formação de opiniões e comportamentos soci-ais. Atrelar o que ela exibe unicamente aos pontos da audiência é desrespeitar seus telespectadores. Mas não é a única responsável pela forma desvirtuada que a sexualidade vem sendo abordada. È importante abrir espaços de diálogo e reflexão com os pais, pro-fessores, colegas, profis-sionais de saúde, etc. para que possamos encarar o assunto com mais naturali-dade e acessar informações suficientes para desfrutar do sexo com consciência.

“Pode sim, pois houve uma ba-nalização do sexo na TV e na internet”. V.C., 17 anos

“Nunca entrei em sites por-nográficos, acho melhor fazer ao vivo. Na TV existe muito exa-gero. Este exagero pode trazer uma rotina não muito saudável” N. P., 17 anos

Poucos sites e programas de TV têm uma abordagem educativa do assunto, e a banalização do sexo pode ser bastante prejudicial para crianças e adolescen-tes quando faltarem outras referências.

Mas ainda falta bom senso. Em busca de audiência, mui-tas vezes o sexo é retratado de forma vulgar, e faltam cri-térios para sua difusão.

“As pessoas ligam a TV e aces-sam os sites pornográficos porque querem, ninguém é obri- gado a ver se não quiser. Eu particularmente adoro, posso realizar minhas fantasias e ver o que eu quiser”. W.J. 22 anos

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Um novo espaço bem perto de vocêPólo Cultural do Grajaú: equipamentos culturais integrados compõem novo espaço de cultura

Texto Ingrid Elisa e Rodrigo KenanFotografia Vânia Correia

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Os moradores do Gra-jaú, que reclamavam da falta de opção de lazer e cultura no bairro, podem agora se divertir bem pertinho de casa. Está sendo construído o Pólo Cultural Grajaú, projeto que integra diversos eq-uipamentos públicos de cultura estabelecidos na região. Por conta da grandiosidade das obras, o Pólo Cultural do Grajaú já está sendo chamado de “Calçadão Cultural” pela população, já que todos esses centros es-tão sendo interligados por um calçadão com mais de 3.000 m².

Para quem ainda não sabe o espaço onde se

localizava o Sacolão da Pre-feitura passou por uma revital-ização, e agora é o Cineclube. Está também nesse espaço a Casa de Cultura Palhaço Care-quinha.

Integrando-se ao Pólo Cultural está o clube Tancredo Neves, que terá recursos para mel-horias; o Gigantinho, que foi reformado recentemente e o novo clube da Comunidade do Parque América, que já está em obras. Além disso, tem as praças Valdemar Fracetto, re-centemente revitalizada e a pra-ça do Pq. América. Farão parte do projeto também o Centro de Cidadania das Mulheres, e uma biblioteca temática voltada para o conhecimento das artes.

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ANOTA AÍEndereço: Oscar Barreto Filho S/NTelefone: 5972-1511/5924-9135Previsão de entrega: O site da prefeitura informa que todas as obras devem ser entregues ainda este ano.

Muitas pessoas estão empol-gadas com a idéia de ter mais uma opção de lazer. “Acho muito legal ter tudo isso perto de casa. Poder me divertir sem gastar dinheiro de condução”, comemora a jovem Fernanda Silva, 20.

O importante agora é que as pessoas se apropriem desse espaço, proponham atividades e participem.

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Rua 25 DE MARÇOMovimento, barulho, variedade de lojas e produtos, bons preços e muitas pessoas. Tudo isso você encontra na rua 25 de Março, sucesso no Brasil inteiro

Texto Jessica Hernandez e Vanessa PedonFotografia Vanessa Pedon

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A “25”, como é popularmente chamada, é muito freqüentada por paulistanos e visitantes de todo o Brasil, atraídos pela imensa variedade de produtos com preços acessíveis, já que pode-se encontrar quase tudo por lá. De brinquedos, roupas e decoração aos objetos mais in-usitados, há sempre algo novo para chamar a atenção dos consumidores.Há, em média, três mil esta-belecimentos na região. São trezentas lojas de rua e outras duas mil e setecentas distribuí-das nos diversos edifícios, gale-rias e ruas próximas. Isso sem contar as inúmeras barracas e instalações improvisadas pelos camelôs e vendedores ambu-lantes.

A equipe da Revista Zong foi até a rua 25 de Março para saber quais os motivos que levam ver-dadeiras multidões para lá. “Na 25 de Março há gente do Brasil e do mundo inteiro”, afirma o ambulante Armando Costa, 31, conhecido como “Dinho”, que trabalha na área desde 1989.

O preço baixo e a diversidade de opções parecem ser fatos determinantes na escolha pela rua 25. “Venho a 25 porque aqui é mais em conta, bem mais barato do que nas lojas. Além do mais, há variedade de produtos!” afirma Zilda Ferreira, 45 anos. A jovem Patrícia San-tos, 17, confessa: “No shopping 25 encontro fantasias, ursinhos de pelúcia, brinquedos, faço a festa”.

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Segundo o ambulante “Di- nho”, o “rapa” é a Guarda Civil Metropolitana (GCM), responsável pelo serviço de fiscalização ao comér-cio irregular na região cen-tral da cidade. “Vejo o rapa chegando e já sei que tenho que sair correndo, senão perco minha mercadoria e não posso recuperá-la novamente. O rapa toma tudo”, relata o ambulante. Mas Dinho não desiste, “o que o Diabo toma, Deus dá em dobro”, acredita.

Célia Maria Cruz, 56, é for-mada em auxiliar de enfer-magem, mas trabalha como vendedora ambulante há cinco anos. Passou por di-versos pontos da cidade e hoje trabalha na rua 25 de Março. “A gente não está aqui porque quer, estamos porque é preciso” afirma Célia, e complementa: “mui-ta gente quer se regularizar, mas não consegue por cau-sa da prefeitura”. Mas nem todos pensam assim. Alguns trabalhadores ambulantes estão lá por opção: “Eu pre-firo vender nas ruas porque posso vender a mercadoria por um preço mais baixo”, afirma o ambulante Silvio de Oliveira, 27. “Se eu partisse para o Shopping, por exem-plo, teria que ter nota fiscal, aí já não compensaria”, con-clui.

O que é o “Rapa”?

A única coisa que não se encontra na 25 de Março é a tranqüi-lidade. A equipe de reportagem notou o receio dos vendedores ambulantes ao serem entrevistados. Eles afirmaram que, através da mídia, podem ser “marcados pelo rapa” e, como conseqüência, suas vendas são prejudicadas.

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Um clima tenso e muitas polêmicas rondam a 25 de Março que, freqüentemente, vira palco de confronto e mani- festações. De um lado estão os camelôs e ambulantes, que afirmam sofrer agressões e roubos por parte dos guar-das da GCM. “O problema é quando o rapa nos agride”, conta o ambulante “Dinho”. Do outro está a Guarda Civil Metropolitana que tem a fun-ção coibir o comércio irregu-lar e o contrabando. “O nosso dever é evitar confusões.

A 25 de Março é uma boa pe-dida para quem deseja fazer compras. Seus preços aces-síveis e variedade de produ-tos agradam qualquer um. Mas é preciso sempre estar de olho. Como é uma rua ex-tremamente movimentada, é necessário ficar atento, prin-cipalmente à correria provo-cada quando passa o “rapa”.

Se você ainda não foi a este ponto tão conhecido da ci-dade de São Paulo, não per-ca tempo. Faça suas compras de Natal na rua 25 de Março, pois se você souber comprar e pechinchar, com certeza sairá no lucro.

O “rapa” apreende as merca-dorias ilegais, e nós somente os apoiamos, pois os ambu-lantes não pagam impostos”, diz um soldado da polícia mi- litar que não quis ser identifi-cado. E acrescenta: “A guarda civil não é violenta. Pedimos para os ambulantes saírem, mas se eles não saem, aí tem que ser a força. Este é o meu trabalho, funciona assim, a pedido do cliente”, ironiza.

Mas, porém, contudo, to-davia, entretanto, no en-tanto...

pessoas passem pela rua 25 de Março à procura de pre-sentes e artigos de decora-ção com preços mais aces-síveis. “Os compradores pechincham, mas nunca saí no prejuízo. Deus é maior” afirma Dinho, já acostumado com a rua movimentada e muito barulhenta, principal-mente em épocas festivas.

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Apesar de todas essas questões estima-se que, neste Natal, mais de 800 mil

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