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1 Soja e milho safrinha puxam produção recorde A importância da climatização das granjas Soro contém composto benéfico à saúde Feira deve movimentar R$ 2,8 bilhões GRÃOS SUINOCULTURA LEITE FENASUCRO 2015 Caderno A VOZ DO AGRONEGÓCIO Ribeirão Preto SP Setembro 2015 Ano 17 nº 199 R$ 25,00 15ª Conferência Datagro Cenário do açúcar, etanol e bioenergia

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Soja e milho safrinha puxam produção recorde

A importância da climatização das granjas

Soro contém composto benéfi co à saúde

Feira deve movimentarR$ 2,8 bilhões

GRÃOS SUINOCULTURA LEITEFENASUCRO 2015

CadernoCaderno

A VOZ DO AGRONEGÓCIO

Ribeirão Preto SP • Setembro 2015 • Ano 17 • nº 199 • R$ 25,00

15ª Conferência Datagro Cenário do açúcar, etanol e bioenergia

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Revolucione sua produtividade. Potencialize seus resultados.

Prosugar

Tecnologia inovadora criada para aperfeiçoar o processo de clarificação do açúcar. Não remove apenas a cor, mas garante também melhorias no desempenho industrial:

remove a cor de forma irreversível;promove maior volume na produção de açúcar;aumenta a eficiência energética;age na redução da viscosidade das massas.

www.prosugar.com.br

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Revolucione sua produtividade. Potencialize seus resultados.

Prosugar

Tecnologia inovadora criada para aperfeiçoar o processo de clarificação do açúcar. Não remove apenas a cor, mas garante também melhorias no desempenho industrial:

remove a cor de forma irreversível;promove maior volume na produção de açúcar;aumenta a eficiência energética;age na redução da viscosidade das massas.

www.prosugar.com.br

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Edição: Equipe Terra & Cia

Editor Chefe e de Fotografia: Doca Pascoal

Reportagem: Marcela Servano, Paola Buzollo,

Marcela Fasarella e Doca Pascoal

Editor Gráfico: Jonatas Pereira I Creativo ArtWork

Contato: [email protected]

Outras publicações da Agrobrasil:

Guia Oficial de Comprasdo Setor Sucroenergético

Revista CanaMix

Portal CanaMix

Publicidade:

Alexandre Richards (16) 98828 [email protected]

Fernando Masson (16) 98271 [email protected]

Marcos Afonso (11) 94391 [email protected]

Nilson Ferreira (16) 98109 [email protected]

Plínio César (16) 98242 [email protected]

Assinaturas: [email protected]

Grupo AgroBrasil

Av. Brasil, 2780 - 14075-030

Ribeirão Preto - SP

16 3446 3993 / 3446 7574

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Para assinar, esclarescer dúvidas sobre suaassinatura ou adquirir números atrasados:

SAC 16 3446 3993 e 3446 7574 -

2º a 6º feira, das 9h às 12h e das

13h30 às 18h.

Artigos assinados, mensagens publicitárias e o cadernoMarketing Rural refletem ponto de vista dos autores e nãoexpressam a opnião da revista. É permitida a reproduçãototal ou parcial dos textos, desde que citada a fonte.

Diretor: Plínio César

A VOZ DO AGRONEGÓCIO

Plínio CésarDiretor

Editorial

A CartaA Carta à Nação, redigida e as-

sinada em agosto pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Na-cional, Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Na-cional do Transporte (CNT) e Confe-deração Nacional de Saúde (CNS), reproduz exatamente o que pensa o grupo AgroBrasil, empresa que edi-ta a revista Terra&Cia. Portanto cabe aqui como editorial:

O Brasil se encontra numa crise ética, política e econômica, que de-manda ações imediatas para sua su-peração.

Independente de posições parti-dárias, a nação não pode parar nem ter sua população e seu setor produ-tivo penalizados por disputas ou por difi culdades de condução de um pro-cesso político que recoloque o país no caminho do crescimento.

É preciso que as forças políticas, de diversos matizes, trabalhem para a correção de rumos da nação. É uma tarefa que se inicia pelo Executi-vo, a quem cabe o maior papel nessa ação, mas exige o forte envolvimento do Congresso, Judiciário e de toda a sociedade.

Mudanças, respeitando-se a Constituição, se fazem necessárias.

Por um lado, é preciso dar força aos órgãos de investigação e ao Po-der Judiciário para que, nos casos de corrupção, inocentes sejam ab-solvidos e culpados condenados. A corrupção não pode seguir como um empecilho para o desenvolvimento do país.

É preciso implementar, de ma-neira célere e efetiva, medidas para melhorar o ambiente de negócios do país, evitando o crescimento do desemprego ou o prolongamento da recessão.

Entre elas, destaca-se a neces-sidade de ampliação da segurança jurídica no país, com regras claras e cumprimento de contratos e obriga-ções, evitando que potenciais inves-

timentos sejam perdidos.A nação também precisa ser des-

burocratizada, facilitando o processo produtivo e garantindo um ambiente de negócios em que o Estado deixe de agir como um freio à expansão econômica.

É preciso que seja realizado um forte investimento em infraestrutura, em parceria com a iniciativa privada nacional e estrangeira, para retornar o processo de crescimento econômico.

Deve-se, ainda, reduzir imediata-mente o tamanho do Estado, assegu-rando que o mérito e o profi ssionalis-mo sejam os critérios na escolha dos servidores.

Também não é mais possível pos-tergar a reforma tributária, que deve eliminar fontes de cumulatividade e garantir direitos aos contribuintes.

Noutro campo, também deve-se rever as regras de crescimento auto-mático de gastos de modo a permitir a sustentabilidade dos investimentos em saúde, educação, e sem abdi-car da necessidade de permanen-te inclusão de novos segmentos da sociedade brasileira no mercado de consumo.

Esperamos a sensibilidade dos políticos eleitos para a implementa-ção de uma agenda que abra cami-nhos para a superação das crises e para a recuperação da confi ança dos brasileiros.

Por fi m, as entidades signatárias, com a publicação desta carta, for-mam um fórum permanente de apre-sentação de propostas para que a sociedade civil tenha um papel ativo na construção de um Brasil democrá-tico e próspero.

Brasília, 19 de agosto de 2015.

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06Capa15ª Conferência Datagro - A energia da cana

- Açúcar e etanol são discutidos em

evento internacional

22Fenasucro & Agrocana 2015- 23ª Fenasucro deve

movimentar R$ 2,8 bi

21 Cadeno CanaMix

Fenasucro & Agrocana 2015

28 - Aglomerado Produtivode Metal-Mecânico de Sertãozinho recebe aporte30 - Feira sinaliza os primeiros passos para o retrofit31 - Governo paulista apoia produçãode gás biometano33- Secretário Meirelles defendeo retrofit em usinas

Política Setorial

34 - Unica questiona programade financiamento paraestocagem de etanol

Alternativa

36 - Produtores de canaquerem diversificar culturaem Alagoas

Bioenergia

42 - Geração das usinasà biomassa cresce15% no 1º semestre

Pecuária

58 - Câmara aprova pena maior para furto de gado 59 - CNA levanta custos de produçãode gado de corte em cinco Estados

Leite

60 - Identificado composto benéfico para a saúde em soro de leite62 - Novos produtos alimentíciosfuncionais

Grãos

64 - Safra brasileira de grãos fecha com recorde de 209,5 milhões de toneladas

Eventos

66 - GTPS apoia evento sobre adubação de pastagens e pecuária67 - 58º Leilão Virtual CV Nelore Mocho será dia 27 de setembro

Opinião

68 - O futuro dos sistemasagroalimentares no Brasil,por Daniel Meyer

54OpiniãoPaola Buzollo, médica

veterinária: A importância da

temperatura ambiental na

suinocultura

70Network CanaMix 2015- O evento já é esperado por

todos durante a semana da

Fenasucro&Agrocana

Sustentabilidade

44 - Seminário internacionaldestaca gestão de recursos hídricos47 - Energia da cana é a melhoralternativa para redução de GEE49 - Pesquisa mostra balançode emissões de CO2, CH4 e N2Ona produção de cana

Eventos

50 - Abertas as inscriçõespara o 8º CongressoNacional de Bioenergia

Tecnologia Industrial

52 - Executivos da Pentagroapresentam solução Integradade S&OP, Planejamento e Gestãode Desempenho Industrial

Sumário

Suinocultura

56 - Carne suína está ganhandoa preferência do consumidor57 - Exportações crescem 4,4%nos dois primeiros quadrimestres

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Capa

Edição de 2014 reuniu 650 participantes de 33 países

Açúcar e etanol são discutidos em evento internacional

A 15ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol acontece dias 21 e 22 de setembro no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, SP. O evento técnico oficial do Sugar and Ethanol Dinner São Paulo reunirá os principais líderes e represen-

tantes de toda cadeia do setor sucroenergético internacional para discutir questões de mercado e de estratégia setorial. O foco continuará sendo o de valorizar conteúdo de qualidade, disseminar conhecimento e novas tecnologias, além de estimular networking entre os participantes.

Na última edição do evento, realizada em outubro de 2014, a Conferência Internacional contou com a presença de mais de 650 participantes de 33 países, 49 palestrantes e mais de 70 empresas apoiadoras, que juntas debateram em dois dias formas de superar os desafios e aproveitar as oportunidades dos mercados brasileiro e internacional.

Homenagem - Este terão passado quatro décadas desde que, no Brasil, foi

Arquivo

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Alfred Szwarc - pesquisador das vantagens ambientais do uso do etanol pela redução de emissões veiculares

Antonio Cesar Salibe - formador de capacitação humana, e líder setorial de açúcar, etanol e bioeletricidade

Confira os homenageados

tomada a decisão de se promover a mais profunda diversificação de sua indústria açucareira, com a intensificação da produ-ção e do consumo de etanol combustível. Personalidades que contribuíram para o desenvolvimento do setor serão homena-geados. Dentre as várias conquistas, essa diversificação permitiu:

- Que a oferta interna de açúcar mais etanol crescesse de 7,1 para 88,7 milhões de toneladas de açúcares totais recuperáveis;

- Fossem criados mais de 1,1 milhão de empregos diretos e mais de 2 milhões de empregos indiretos;

- Em 2015, o etanol combustível, ani-dro e hidratado, esteja substituindo 42% de toda a gasolina consumida no País;

- Desde 1975, tenham sido subs-tituídos 2,41 bilhões de barris de gaso-lina, uma marca muito relevante para o Brasil que dispõe de reservas de petró-leo e condensados estimadas entre 13,1 e 16,6 bilhões de barris, dependendo do critério considerado, incluindo reservas do Pré-sal;

- Que o valor da gasolina substituída represente economia acumulada de mais de 381 bilhões de dólares (em dólares constantes de Dez/2014), incluindo o custo da dívida externa evitada;

- Que desde 1975 o uso do etanol combustível tenha evitado emissões de mais de 800 milhões de toneladas de CO2 equivalente, e apenas em 2014 mais de 50 milhões de toneladas.

Durante estes 40 anos, o etanol passou a ser distribuído em todos os postos de revenda de um País de di-mensões continentais, e aceito e reco-nhecido por consumidores que adotaram motorizações capazes de utilizar etanol em mistura com a gasolina e na frota flex. Novas tecnologias foram desenvolvidas nas áreas agrícola e industrial, e por uma

indústria de bens de capital de excelência. O Brasil se consoli-dou como maior exportador mundial de açúcar, e segundo maior exportador de etanol, transformando-se em referência para outros países que tem buscado a mesma rota de diversificação e inde-pendência energética.

Arquivo

Arquivo

Divulgação

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Cicero Junqueira Franco - propositor do conceito

de Paridade Etanol – Açúcar que viabilizou

a diversificação da produção na direção

do etanol. Propositor e pioneiro do Proálcool

Eduardo Pereira de Carvalho - liderou o setor açucareiro brasileiro na ação promovida em conjunto por Brasil, Austrália e Tailândia junto à OMC, contra os subsídios a exportação de açúcar da União Europeia, contribuindo para a redução das distorções do comércio internacional de açúcar

Capa

Fernando de La Riva Averhoff - participante da defesa do etanol brasileiro nas ações antidum-ping e de direitos compensatórios junto à Corte Internacional do Comercio, em Washington, ação precursora da libera-lização do comercio de etanol entre o Brasil e os Estados Unidos

Gabriel Murgel Branco - pesquisador das vantagens ambientais do uso do etanol pela redução de emissões veiculares

György Miklós Böhm - pesquisador das vantagens do uso do etanol combustível para

a saúde humana

IPTV/USP

Companhia de Imprensa

Divulgação

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9

Distribuidores Credenciados Vallourec:confiança e credibilidade por todo o país.

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Capa

Jairo Balbo - incentivador da diversificação da produção,

da alcoolquímica e de novas técnicas de produção

agrícola e industrial

Homero Correa de Ar-ruda Filho - pioneiro e desenvolve-dor de tecnologia para a colheita mecanizada de cana de açúcar. Líder setorial apoiador do etanol

Henry Joseph Junior - um dos responsáveis pelo desenvolvimento da especificação de etanol que

viabilizou o seu uso em veículos equipados com injeção direta. Incentivador da engenharia automotiva adaptada

para o uso do etanol

Ismael Perina - líder do setor produtor de cana-de-açúcar, e promotor da integração entre

fornecedores e usinas

Ale Carolo / alecarolo.com

Ale Carolo / alecarolo.com

Divulgação

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Leontino Balbo Junior - criador de várias técnicas agrícolas e de marcadores

biológicos voltados à produção sustentável e empresarialmente viável. Referência mundial da produção sustentável e da

preservação da biodiversidade

José Carlos Maranhão - participante da defesa do etanol bra-sileiro nas ações antidumping e de direitos compensatórios junto à Corte Internacional do Comércio, em Wa-shington, ação precursora da liberali-zação do comércio de etanol entre o Brasil e os Estados Unidos. Presiden-te da primeira entidade de produtores de etanol do Brasil, ANAPA

João Guilherme Sabino Ometto - participante da defesa do etanol brasileiro nas ações

antidumping e de direitos compensatórios junto à Corte Internacional do Comércio, em

Washington, ação precursora da liberalização entre o Brasil e os Estados Unidos. Apoiador e

líder setorial a favor do etanol

Lamartine Navarro Júnior - autor do documento “Fotossíntese como Fonte Energética”. Propositor e pioneiro do Proálcool

CDNI

ReproduçãoArquivo

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CapaArquivo

Divulgação

SNA

Luiz Gonzaga Bertelli - como diretor da Associgás,

foi um dos propositores e incentivador do Proálcool

Luis Antônio Ribeiro Pinto - inventor do densímetro termo-compensado que viabilizou a distribuição e a aceitação do etanol pelos consumidores. Pioneiro e desenvolvedor de tecnologia para a colheita mecanizada de cana de açúcar

Manoel Ortolan - líder do setor produtor de cana-de-açúcar e promotor da integração entre fornecedores e usinas

Maurilio Biagi - apoiador do etanol e desenvolvedor de tecno-logias nas áreas agrícola e industrial. Descobridor do valor da vinhaça para a fertirrigação. Criador de Talentos

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Reprodução Ale Carolo / alecarolo.com

Divulgação

Maurilio Biagi Filho - defensor do etanol na crise de abastecimento e promotor do uso do etanol em frotas agrícolas e na motomecanização de usinas de açúcar e etanol

Shigeaki Ueki - Apoiador e pioneiro do etanol e de sua integração no mercado de combustíveis líquidos

Werther Annicchino - promotor de ações fundamentais para a superação da crise de abastecimento de etanol no perío-do de 1989-93. Incentivador da integração entre os produtores de açúcar e etanol

Paulo Hilário Nascimento Saldiva - pesquisador das vantagens do uso do etanol

combustível para a saúde humana

Rubens Ometto Silveira Mello - desenvolveu o mercado do

açúcar VHP, que se transformou no principal tipo de açúcar de

exportação, otimizando o custo das refinarias independentes em várias partes do globo. Promotor

e incentivador da integração do etanol no mercado de

combustíveis líquidos

Roberto de Rezende Barbosa - liderou a disseminação, a pesquisa, e o desenvolvimento de

tecnologias agrícolas e industriais relacionados à cana-de-açúcar

Pressclub

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PROGRAMAÇÃO DATAGRO 15ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL EM SÃO PAULO

Dia 21/09- 14h às 14h30 - ABERTURA OFICIALArnaldo Jardim, Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Governo do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil Katia Abreu, Ministra da Agricultura, pe-cuária e Abastecimento, Brasília, Brasil (Convidada)

- 14h30 às 15h15 - KEYNOTE SPEECHTema: Balanço Oferta-Demanda de acú-car no mercado mundial: principais fato-res de influencia; Palestrante: José Ori-ve, Diretor Executivo, ISO – International Sugar Organization, Londres

PAINEL 1 - BRASIL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS15h15 às 16h15Tema: A safra 15/16 no Brasil e perspec-tivas para o futuroPalestrante: Guilherme Nastari, diretor da Datagro, São Paulo, SPModerador: Manoel Ortolan, presidente da Orplana, Piracicaba, SP

16h15 às 16h45 - INTERVALO PARA CAFÉ

PAINEL 2 - CUSTO DE PRODUÇÃO: BRASIL E MUNDO16h45 às 17h45Palestrante: Livia Kosaka, diretora da Datagro, São Paulo, SPPalestrante: Martin Todd, diretor executi-vo da LMC, Oxford, EUAModerador: Antonio Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica, São Paulo, SP

PAINEL 3 - AVALIAÇÃO OPERACIO-NAL AGRÍCOLA E INDUSTRIAL17h45 às 18h30Tema: Evolução da performance opera-cional, agrícola e industrialPalestrante: Paulo Zancaner Castilho, diretor da Datagro Alta Performance, Ri-beirão Preto, SP

17h45 às 18h30Tema: Os novos desafios operacionais advindos da mecanizaçãoPalestrante: Paulo Zancaner Castilho, diretor da Datagro Alta Performance, Ri-beirão Preto, SP; Moderador: Celso Tor-quato Junqueira Franco, presidente da UDOP, Araçatuba, SP

17h45 às 18h30Tema: Aproveitamento da palha da cana--de-açúcar; Palestrante: Otavio Lage de Siqueira Filho, presidente da Jalles Ma-chado S/A, Goianésia, SP (convidado)

18h30 às 20h30 - Cocktail

Dia 22/09- 8h às 9h - RECEPÇÃO- 9h às 9h40Palestrante: David Spickle, gerente de risco da Midwest AgEnergy Group, EUAPalestrante: Joseph Harroun, corretor da Advance Trading Inc., Bloomington, EUAPalestrante: Martinho Ono, CEO da SCA Corretora S/A, São Paulo, SPModerador: Helder Gosling, diretor da São Martinho S/A, São Paulo, SP (Con-vidado)

PAINEL 5 - COMPETITIVIDADE DO ETANOL COM A GASOLINA10h às 11h20Palestrante: Fabio Venturelli, presidente da São Martinho S/A, São Paulo, SPPalestrante: Jacyr Costa Filho, diretor da Tereos S/A, São Paulo, SPPalestrante: Jucelino Oliveira de Sousa, presidente do Grupo Coruripe, Maceió, AL (convidado)Palestrante: Luiz Roberto Pogetti, presi-dente do conselho da Copersucar, São Paulo, SP (convidado)Palestrante: Pedro Mizutani, vice presiden-te da Raízen, São Paulo, SP (convidado)Moderador: Plinio Mario Nastari, presi-dente da Datagro, São Paulo, SP

11h20 às 11h40 - INTERVALO PARA CAFÉ

PAINEL 6 - PRESIDENTES DOS SINDI-CATOS11h40 às 13h10André Rocha, presidente do Forum Na-cional Sucroenergetico, GoiásArlindo Farias, presidente do Sonal, Rio Grande do Norte (convidado)Edmundo Barbosa, presidente do Sin-dalcool, Paraíba (convidado)Elizabeth Farina, presidente da Unica, São Paulo, SP (convidado)Manoel Ortolan, presidente da Orplana, Piracicaba, SPMario Campos Filho, presidente do Sia-mig, Minas GeraisMiguel Rubens Tranin, presidente da Al-copar, ParanáPedro Robério de Melo Nogueira, presi-dente do Sindaçucar, AlagoasPiero Parini, presidente do Sindalcool, Cuiabá, MT (convidado)Renato Pontes Cunha, presidente do Sindaçucar, PernanbucoRoberto Hollanda Filho, presidente da Biosul, Mato Grosso do Sul (convidado)

13h10 às 14h45 - ALMOÇO

PAINEL 7 - O MERCADO MUNDIAL DE AÇÚCAR14h45 às 15h45Palestrante: Jacques Gillaux, chefe sê-nior da Plataforma de Açúcar da Louis Dreyfus Commodities, SuiçaPalestrante: Jamal Al-Ghurair, presiden-te da AKS Sugar Ltd, Dubai (convidado)Palestrante: Jonathan Drake, diretor da RCMA Sugar Zandaam, Amsterdam, HOL (convidado)Moderador: Luiz Silvestre, Sucden, São Paulo, SP

PAINEL 8 - FINANÇAS E SERVIÇOS15h45 às 16h45Tema: Financiamentos para investimen-to, produção agricola e inovaçãoPalestrante: Carlos Eduardo Cavalcanti, chefe do departamento de biocombusti-veis do BNDES, Rio de Janeiro, RJModerador: Alvaro Dabus, diretor da AD Corretora, São Paulo, SP

15h45 às 16h45Tema: Soluções para o endividamento do setorPalestrante: Alexandre Figliolino, diretor do Banco Itaú BBA S/A, São Paulo, SP

15h45 às 16h45Tema: Soluções para aumento de eficiênciaPalestrante: Ana Paula Malvestio, sócia da PWC, Ribeirão Preto, SP

PAINEL 9 - TECNOLOGIA E INOVAÇÃO16h45 às 17h45Tema: Agricultura de precisão resulta-dos práticosPalestrante: Victor Campanelli, Agro Pastoril Paschoal Campanelli S/A, Bebe-douro, SP

16h45 às 17h45Tema: Mudas pré-brotadas (MPB): con-ceito e vantagensPalestrante: Marcos Landell, coordenador Programa Cana do IAC, Ribeirão Preto, SPModerador: Renato Junqueira Santos Pereira, presidente da Adecoagro Ivi-nhema, MS (convidado)

16h45 às 17h45Tema: Fermentação: inovações que ge-ram resultadosPalestrante: Henrique Vianna de Amo-rim, presidente da Fermentec S/A, Pira-cicaba, SP

17h45 às 18h - ENCERRAMENTO E CONCLUSÕES

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Capa

A energia da canaCentro de uma estratégia nacional de desenvolvimento econômico sustentável

Um programa de energia renovável em larga escala, como o que existe no Brasil há 40 anos, só se mantém forte e estável com a estabilidade de políticas públicas voltadas ao setor de

combustíveis. Desde 1975, o setor sucroenergético brasileiro evo-luiu de uma escala de produção de 7,1 para esperados 88,7 milhões de toneladas de açúcares totais recuperáveis (ATR) em 2015.

Neste período, o Brasil passou a representar 35,3% da produção de cana-de-açúcar do mundo, 58,7% dela convertida em etanol e 41,3% em açúcar (Centro-Sul mais Norte-Nordeste). Com apenas 27,4% da cana convertida em açúcar de exportação, o Bra-sil representa pouco menos do que 50% das exportações mundiais, e por isso é considerado o maior fundamento deste mercado.

Embora seja impressionante a escala de produção e consumo de cana, açúcar e etanol atingida no Brasil, não se pode atribuir o atingimento desta escala a políticas públicas coerentes ao longo do tempo. Esta escala pode ser atribuída, sim, ao esforço empreendedor e a crença de empresários e instituições de financia-mento, públicas e privadas, de que esta atividade seria competitiva e rentável no médio e longo prazos.

Na verdade, chama a atenção a fragilidade da condi-ção com que se estabelece a competitividade do etanol, produto que representa quase 60% da matéria-prima processada pela in-dústria. É surpreendente o fato de que, embora o setor tenha sido liberalizado quase que totalmente a partir de 1999, não existe até hoje uma regra que impeça que o preço da gasolina seja fixado em desacordo com a sua referência no mercado internacional. Ou que a dimensão do diferencial de tributos entre a gasolina e o etanol não corresponda a um valor aproximado das externalidades positivas a ele associadas, nas áreas ambiental, social e de promoção de de-senvolvimento econômico descentralizado.

Sem a existência de uma regulação que defina com cla-reza e transparência como o etanol irá competir com a gasolina, cujo preço de referência nas refinarias é fixado de forma absolutamente imprevisível, torna-se um exercício de risco elevado a decisão de investimento em expansão da capacidade de moagem. E por este

mesmo motivo, compromete-se o valor dos ativos já existentes, que neste momento, em muitos casos encontram valor abaixo do seu custo de reposição.

Estas incertezas crescem em dimensão quando vemos o preço do pe-tróleo caindo para patamares em torno de 40 dólares por barril e o preço da gasolina

Plinio Nastari: “Não existe até hoje uma regra que impeça que o preço da gasolina seja

fixado em desacordo com a sua referência no mercado internacional”

Ale Carolo / alecarolo.com

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Em 2014, o setor colocou no grid de energia 14,31 mil GWh de energia excedente e tem potencial de quintuplicar este volume com a mesma cana disponível hoje

entre 1,3 e 1,5 dólares por galão, no mer-cado internacional.

No curto prazo, às incerte-zas sobre o mercado de etanol, soma-se a situação de crise no mercado de açú-car, caracterizado por estoques mundiais elevados após cinco anos consecutivos de superávit no balanço oferta-demanda mundial. Entre os anos de 10/11 e 14/15, o superávit acumulado é estimado pela DA-TAGRO em 31,79 milhões de toneladas de açúcar cru equivalente.

Para a safra 14/15 (out/set) a previsão é de um superávit de 3,88 milhões de toneladas cru equivalente. Segundo Guilherme Nastari, diretor da DATAGRO, “a relação estoque/consumo esperada no final de setembro de 2015 é de 47,9%, e no final de setembro de 2016 de 46,1%”, percentagens ainda distantes de uma re-ferência entre 40% e 41%, que traria maior confiança ao mercado de açúcar.

Para a safra 15/16 (out/set) que se inicia em outubro próximo, a previ-são é de um déficit por ora estimado como modesto, de 1,43 milhão de toneladas. Portanto, considerando um consumo mun-dial em torno de 180 milhões de toneladas, precisaríamos de um déficit adicional equi-valente a 5,1% a partir de outubro de 2016 para trazer a relação estoque/consumo ao nível desejado de 41%, ou cerca de 9,2 milhões de toneladas de déficit adicional.

Isso não significa de maneira alguma que a atividade sucroenergética tenha perdido a sua relevância para o se-tor de energia líquida e elétrica, ou para os fundamentos da economia brasileira.

O setor tem sido uma das mais sólidas âncoras de estabilidade da balan-ça comercial, com exportações de açúcar e etanol em 2014 que ultrapassaram 10,1 bilhões de dólares, ao que se somam ou-tros 14,7 bilhões de dólares representados

Divulgação

pela importação de gasolina evitada apenas no ano passado, pelo calculo do volume de gasolina substituída multiplicado pelo valor médio de importação de gasolina.

Observa-se, inclusive, que o valor de oportunidade da gasolina importada é até superior a este valor, pois a elevada oc-tanagem do etanol utilizado em mistura no Brasil tem permitido a importação de gasolina de baixa qualidade, com menor octanagem e menor valor de mercado, exatamente por conta do uso de etanol em larga escala.

O setor tem sido também um dos pilares da geração distribuída de energia elétrica a partir da biomassa e, portanto, de origem renovável. Em 2014, o setor colocou no grid de energia 14,31 mil GWh de energia excedente e tem potencial de quintuplicar este volume com a mesma cana disponível hoje.

O fato de ser uma geração distribuída, localizada pró-xima aos centros de carga, tem gerado enormes economias em in-vestimento e na redução de perdas de linhas de transmissão, mas infelizmente nenhum prêmio de tarifa tem sido atribuído a estas van-tagens.

Nem também está sendo valorizada a sazonalidade in-vertida com o sistema de geração hidrelétrica, que permite que a base de geração do sistema hidrelétrico seja elevada sem que ocor-ram novos investimentos. Foi somente no último leilão de energia A-5 que atingiu-se para um volume limitado de energia a tarifa de 278,5 reais por MWh, embora o sistema interligado esteja despendendo entre 800 e 1.100 reais por MWh para a geração térmica movida a energia fóssil.

No curto prazo, a força do setor tem se concentrado

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no elevado consumo de etanol combustível, embora não tenha ainda resultado em uma recuperação de preços aos produtores. Em 2015, os preços do etanol hidratado, que servem de referência para o preço do anidro, e que em última instância influenciam o pre-ço do açúcar no mercado interno e externo, têm se mantido em termos nominais abaixo daqueles observados no ano passado.

A força do consumo de etanol - Desde 2014, o consumo de etanol para uso como combustível tem crescido no Brasil a uma taxa bem superior a do mercado de ciclo Otto, em gasolina equivalente e, é claro, do PIB. Em 2014, o consumo de etanol hidratado utilizado pela frota flex cresceu 20,1% em relação ao ano anterior, e o de etanol anidro misturado à gasolina 14,5%. Nesse ano, o consumo de combustível do ciclo Otto apre-sentou expansão de 9,2%, enquanto o PIB cresceu apenas 0,1%.

Segundo Guilherme Nastari, “nos primeiros sete meses de 2015 (janeiro a julho), o consumo de ciclo Otto cresceu 2,3% em relação a igual período do ano anterior, enquanto o consumo de etanol hidratado cresceu 40,4%, o de gasolina C recuou 5,2%, e o de etanol anidro recuou apenas 0,3%”. O consumo de anidro não acompanhou o da gasolina C por conta do aumento na mistura de anidro na gasolina, que passou de 25% para 27% a partir de 16 de março.

O vigor observado no consumo de etanol advém da disponibilidade de pro-duto ofertada pelos produtores, que tem optado pelo etanol para diminuir a sua exposi-ção em açúcar, por conta dos baixos preços mundiais, pressionados por estoques ainda muito elevados. O aumento no consumo é também reflexo de alterações nos últimos me-ses no regime de ICMS dos estados de Minas Gerais, Bahia, e Paraná, que beneficiaram o uso de etanol hidratado ao consumidor.

Finalmente, o consumo de etanol hidratado foi beneficiado pelo retorno par-cial da CIDE (mais o efeito do PIS/COFINS) sobre a gasolina no nível de R$ 0,22 por litro a partir de 16 de fevereiro de 2015, embora este valor seja metade do valor real que representava quando foi eliminada.

Embora o aumento no consumo de etanol hidratado deva ser comemorado, pois mostra a capacidade de recuperação deste mercado pela crescente proporção dos veículos flex na frota total e no curto prazo leve a um controle do volume de gasolina im-portada, no longo prazo os fundamentos do setor continuam comprometidos.

O setor não tem sido ainda capaz de recuperar o preço do etanol ou do açúcar. O açúcar continua pressionado por políticas de outros países grandes produto-res que têm subsidiado a produção e a exportação, como é o caso da Tailândia e Índia. Grandes consumidores como a China e a Indonésia têm isolado seus mercados do preço mundial mais baixo, visando proteger a indústria local, mantendo também controles so-bre a importação.

É urgente uma ação do governo para condenar e combater estas distorções. No etanol, a indústria brasileira ainda não conseguiu transformar o vigor do consumo em recuperação de preço pela pressão de venda para financiar a safra, a redução do cré-dito e a deficiente comercialização no mercado interno, que carece de mecanismos que permitam a precificação prévia e o controle de risco.

Ainda permanece sem solução o elevado endividamento do setor, acumu-

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Ale Carolo / alecarolo.com

De acordo com Guilherme Nastari, o setor sucroenergético tem sido

uma das mais sólidas âncoras de estabilidade da

balança comercial

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lado nos últimos anos. Entre 2010 e meados de 2014, a política de preços da gasolina e diesel aplicada pela Petrobras a mando do governo federal não somente ceifou cerca de 60 bilhões de reais do caixa da empresa, mas trouxe também a maior transferência de renda já vista, da cadeia de produção de cana-de-açúcar para o mercado. Durante este período, a defasagem de preço da gasolina foi em média de 16%, com pico de 27%, segundo levantamento realizado pela DATAGRO.

Esta transferência forçada de renda gerou prejuízo, elevação do endivi-damento a um nível absolutamente comprometedor em uma parte importante do setor, perda do valor dos ativos, e forte desestímulo a novos investimentos em capacidade adicional de moagem, que no futuro custarão ainda mais ao País na forma de dispêndios evitáveis com a importação de gasolina. Isso tudo ocorre enquanto poderia estar sendo gerado combustível de fonte limpa e renovável gerando emprego e renda localmente.

A fragilização do setor produtor de etanol tem trazido como consequência a alienação de ativos a valores abaixo do valor de reposição, com enorme perda de con-fi ança num setor que até recentemente era reconhecido como um dos mais fulgurantes exemplos de desenvolvimento local de tecnologia de ponta.

Desde meados de 2014, a queda nos preços do petróleo e gasolina no mer-cado internacional trouxe um temporário alívio a esta distorção, o que foi rapidamente re-vertido com a desvalorização do real frente ao dólar. Atualmente, a defasagem no preço da gasolina tem se mantido em níveis bastante voláteis, de -8% a + 5%, dependendo da combinação de preço da gasolina, em dólar, e da taxa de cambio. Para que o consumo de etanol se mantenha no longo prazo é preciso que ocorram fundamentalmente duas medidas: reparação e regulação.

A reparação é devida para que seja compensada a transferência de renda do produtor ao consumidor. É possível calcular por unidade produtora o valor a ser repa-rado por litro de etanol, criando uma conta de compensação que poderia ser abatida de

Em 2014, o consumo de etanol hidratado utilizado pela frota flex cresceu 20,1% em relação ao ano anterior

Divulgação

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tributos a recolher e dívida.A segunda medida é a regulação do mercado de combustíveis, com a de-

finição de uma regra de precificação para a gasolina que permita o convívio em livre mercado entre o combustível fóssil e o etanol.

O Brasil substituiu nos primeiros sete meses deste ano 41,3% de sua gasoli-na por etanol. Os Estados Unidos, atualmente o maior produtor mundial com 54,1 bilhões de litros produzidos em 2014, está substituindo 9,6%. É um marco a ser comemorado e preservado, principalmente a partir da recente decisão dos lideres do G7, em Elmau, Alemanha, de banir o uso de petróleo, gás natural e carvão até 2100.

Segundo estimativas da DATAGRO, entre 1975 e 2014 o volume de eta-nol, anidro e hidratado, consumido apenas como combustível, permitiu a economia de 801,48 milhões de toneladas de CO2 equivalente – 428,67 milhões de toneladas através do consumo de etanol anidro e 372,81 milhões de toneladas pelo consumo de etanol hidratado. Somente em 2014, a economia com o uso de etanol em substituição à gasolina foi de 50,82 milhões de toneladas de CO2 equivalente. É um volume muito significativo para o Brasil que tem emissões totais de 369 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano.

A 21ª Conferência das Partes signatárias da Convenção Quadro sobre Mu-danças Climáticas (COP21), a ser realizada em Paris, França, no final deste ano, é uma grande oportunidade para que o Brasil se apresente como o campeão mundial da ener-gia de biomassa, pelo que representa de integração entre agricultura produtora de ali-mentos e a agricultura geradora de energia.

Mas que trata não só de alimento e de energia, e sim de um grande projeto de desenvolvimento econômico descentralizado, gerando renda e emprego de forma distribuída, com enorme efeito multiplicador no comércio e na indústria dos inúmeros polos de desenvolvimento em que tem se estabelecido.

É também a oportunidade para que o Brasil reafirme o seu compromisso com este setor, consolidando uma grande estratégia nacional na direção do aproveita-mento da energia de biomassa, seja na forma do etanol, biodiesel, bioeletricidade, bio-gás e biometano, gerado a partir de resíduos orgânicos de origem agrícola.

É fundamental que esta agenda seja incluída no documento síntese que está em elaboração, denominado Plano de Ações Estratégicas (Priority Action Plan), que irá nortear os programas de financiamento de inúmeras agências de fomento em todo o mundo, a partir do marco da COP21.

O Brasil tem na energia de biomassa, em especial na energia da cana, uma oportunidade única de se apresentar como um dos campeões mundiais da atividade que o mundo civilizado hoje valoriza e busca atingir como alvo de longo prazo. Uma oportunidade para criar as condições para que os investimentos já realizados voltem a se viabilizar e possam ser capazes de saldar o estoque de dívida acumulada por quase uma década de distorções e medidas equivocadas.

A falta de uma política pública que preserve e permita a expansão em con-dições econômicas da produção e o consumo de etanol no futuro, faz com que o país caminhe na direção contrária ao que o mundo desenvolvido concluiu ser uma necessida-de e uma meta global.

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Política SetorialUnica questiona programa de fi nanciamento para estocagem de etanol

AlternativaProdutores de cana querem diversifi car cultura em Alagoas

Eventos Abertas as inscrições para o 8º Congresso Nacional de Bioenergia

FENASUCRO & FENASUCRO & AGROCANA 2015AGROCANA 201523ª Fenasucro deve movimentar R$ 2,8 bi

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Fenasucro & Agrocana 2015

23ª Fenasucro deve movimentar R$ 2,8 biFeira atinge suas expectativas e fomenta negócios para a retomada do setor sucroenergético

Compradores brasileiros e

internacionais passaram pela

Fenasucro & Agrocana 2015

Assessoria de Imprensa

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23ª Fenasucro deve movimentar R$ 2,8 biFeira atinge suas expectativas e fomenta negócios para a retomada do setor sucroenergético

Da redação

Volume de negócios realizados, público qualificado e cogeração de energia foram destaques na edição de 2015 da Fenasucro & Agrocana, realizada de 25 a 28 de agosto, em Sertãozinho,

SP. O balanço da feira, que é a principal vitrine tecnológica e a maior do mundo no segmento, aponta que as metas estabelecidas para 2015 foram atingidas. Isso demonstra o ânimo da cadeia produtiva da cana-de-açúcar para a retomada do setor sucroenergético.

Em busca de soluções e alternativas, cerca de 30 mil pessoas, entre visitantes e compradores, passaram pela feira para conferir as mais de 1.000 marcas expostas nos pavilhões. O volume de negócios, segundo a organização, deverá atingir os R$ 2,8 bi-lhões, iniciados na feira e que serão concluídos no decorrer de 2015. A energia limpa e a cogeração se destacaram no evento, apontadas entre as principais estratégias para novos rumos do setor.

Para o Diretor de Portfólio de Energia da Reed Exhi-bitons Alcantara Machado, Igor Tavares, a Fenasucro & Agrocana 2015 atingiu o objetivo em apresentar novidades e tecnologias, além de importantes rumos para o setor sucroenergético. “A questão da cogeração foi bastante explorada, demonstrando o quanto essa al-ternativa tem se estabelecido como uma das estratégias para a reto-mada do setor”, aponta o diretor.

Dentro das metas atingidas, a Fenasucro & Agrocana cumpriu o objetivo na geração de negócios para a modernização e reaparelhamento das usinas. A Zanini Renk fechou vários negócios, entre eles, a venda de uma unidade de redutores planetários rolo a rolo Flex Max 2.0 para a Usina Conquista do Pontal, do Grupo Odebrecht Agroindustrial. De acordo com o CEO da empresa, Mau-ro Cardoso, o equipamento foi lançado na edição 2014 da feira e aprimorado ao longo do ano. “Além dos equipamentos, fechamos contratos de manutenção e serviços em longo prazo, o que garante mais vida útil ao redutor”, conta.

As expectativas da empresa Sergomel também foram atendidas, afirma o diretor comercial Wagner Laércio Gomes. “Tive-mos alguns orçamentos previstos que, se concluídos, somarão R$ 10 milhões”, revela. A TGM também considera positiva a edição des-te ano da feira. “Fechamos importantes negócios na Fenasucro & Agrocana. A feira nos trouxe uma visibilidade muito grande”, aponta o gerente comercial Mauro Moratelli.

As medidas anunciadas pelo governo estadual durante a Fenasucro & Agrocana também colaboraram para os negócios, incentivando empresários do setor. O vice-governador Márcio Fran-ça anunciou a destinação de R$ 3 milhões para a segunda etapa

Assessoria de Imprensa

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Fenasucro & Agrocana 2015

do projeto de suporte tecnológico das em-presas do Aglomerado Produtivo de Metal--Mecânico de Sertãozinho e Região. Leia matéria completa na sequência desta re-portagem sobre a Fenasucro & Agrocana.

Outra medida foi a assinatura de protocolo de intenções para a viabiliza-ção da distribuição de gás biometano produ-zido por meio da vinhaça. O documento foi assinado pelo Secretário estadual de Ener-gia, João Carlos de Souza Meirelles, e pelas empresas GasBrasiliano (distribuidora), Ma-losso Bioenergia (fornecedora da vinhaça) e Consórcio CSO (produtor da tecnologia de biodigestão de vinhaça). A organização acredita que, de acordo com as liberações de crédito do governo, o volume de negócios deste ano ainda supere o estimado.

O público cada vez mais qua-lificado também foi destaque. “A feira cum-priu o seu papel e trouxe clientes que espe-rávamos. Além disso, a qualidade de visita foi ainda melhor. Nosso público veio com foco e intenção de fechar negócio, mesmo

que em longo prazo”, afirma o diretor da Siemens, Ricardo Muniz Ferreira. Também presente na Fenasucro & Agrocana, o di-retor da Citrotec, Bernardo Câmara, disse que neste ano as possibilidades de negó-cios foram maiores, assim como a qualida-de em cada visita no estande da marca.

Presente no evento pela pri-meira vez, a empresa americana Fluid Quip apresentou sua linha de equipamen-tos para a geração de etanol do milho. De acordo com a gerente comercial da Amé-rica do Sul, Mariana Biasi, participar da feira foi bastante positivo para a empresa. “Como estamos entrando no mercado sul--americano gostaríamos de apresentar nossos produtos ao público de maneira eficaz e a escolha da Fenasucro & Agro-cana foi justamente por atender todas nos-sas necessidades, por ser a maior feira de tecnologia sucroenergética do mundo e, principalmente, quanto ao público, já que o evento reúne todas as principais usinas do país, nosso público-alvo. Com certeza

Espaço de Conferências recebe 2 mil pessoas e

qualifica público do setor

Assessoria de Imprensa

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Fenasucro & Agrocana 2015Divulgação

Grupo de organizadores da Fenasucro & Agrocana

comemora a expectativa de negócios durante o evento,

que deve alcançar R$ 2,8 bilhões no decorrer de 2015

estaremos novamente na feira no próximo ano”, disse.Já a Valmet apresentou a Caldeira Hybex com a tecnologia BFB (Leito Fluidiza-

do Borbulhante), reduzindo os custos com paradas não planejadas de reparo, além de efici-ência de combustão de mais de 99%. “Essa caldeira está presente em mais de 200 projetos de cogeração de energia”, afirma Ricardo Valle, gerente de vendas.

A Chicago Pneumatic, marca que oferece soluções para o uso de ar compri-mido voltado à indústria sucroenergética, participou da feira pela segunda vez. “Recebe-mos em nosso estande um público muito qualificado e que de fato está preocupado em adquirir soluções eficientes. Nossa intenção é continuar participando da feira e, assim, fortalecermos a marca junto ao público da Fenasucro & Agrocana”, afirmou a diretora Caroline Casagrande.

Business - As rodadas de negócios internacionais levaram à feira compra-dores de 30 países como África do Sul, Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, Sudão e Venezuela. No estande

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Números da 23ª Fenasucro & Agrocana

Público: 30 mil visitantes/compradoresVolume de negócios: R$ 2.8 bilhões a serem concluídos até o fi nal de 2015.Marcas: mais de 1.000 em exposiçãoParceria SEBRAE SP: 10 micro e pequenas empresas presentes na feiraPresença de representantes de 100% das Usinas BrasileirasRepresentantes de usinas e indústrias de mais de 30 paísesÁrea de exposição de 70 mil m²Mais de 90 horas de eventos de conteúdoEspaço de Conferências: presença de 2 mil pessoasRodadas Internacionais Apla/Aplex: US$ 290 milhõesSetores da Feira: Agrícola, Fornecedores Industriais, Processos Industriais, Transporte e Logística e Energia

Feira é a principal vitrine tecnológica do setor

sucroenergético

da APLA/APEX participaram 61 empresas brasileiras vendedoras, gerando 691 oportuni-dades de negócios. O valor total negociado foi de cerca de US$ 290 milhões, de acordo com as pesquisas realizadas durante as rodadas de negócios. “Essa edição da feira superou nossas expectativas”, disse Flávio Castelar, diretor executivo da APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool).

Qualifi cação - A presença e a frequência de um público cada vez mais qualifi cado na Fenasucro & Agrocana são resultados do trabalho da organização do evento em aliar o ambiente focado para negócios ao espaço criado para ser difusor de conhecimento, informação e tendências dentro da feira: o Espaço de Conferências. Nesta edição, 2 mil pessoas participaram das mais de 90 horas de eventos de conteúdo promovidos. Entre os temas debatidos no Espaço de Conferências, perspectivas de mer-cado, comércio internacional, safras futuras e questões atuais dos segmentos de açúcar e etanol, foram os principais destaques da edição 2015.

Com foco em negócios, a Fenasucro & Agrocana estará dividida em cinco grandes setores: Agrícola, Fornecedores Industriais (pequenos, médios e grandes for-necedores de equipamentos, suprimentos e serviços industriais), Processos Industriais (vitrine do que há de mais moderno em tecnologias, máquinas, equipamentos e serviços para a indústria), Transporte e Logística e Energia. O evento é realizado pelo CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis) e organiza-do pela Reed Exhibitons Alcantara Machado). Neste ano, a feira contou com o patrocínio da GM (Chevrolet) e do Banco do Brasil e do patrocínio bronze da Caixa Econômica Fe-deral. A 24ª edição já está marcada para os dias 23 a 26 de agosto de 2016.

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Fenasucro & Agrocana 2015

Aglomerado Produtivo de Metal-Mecânico de Sertãozinho recebe aporte

Márcio França: “O estado de São Paulo responde por 72% do volume de

pesquisas realizadas no Brasil e por 75% de

toda produção industrial nacional”

O vice-governador de São Paulo, Márcio França, anunciou a destinação de cerca R$ 3 milhões para a segunda etapa do projeto de suporte tecnológico das em-presas do Aglomerado Produtivo de Metal-Mecânico de Sertãozinho e Região

durante a cerimônia de abertura da 23ª Fenasucro & Agrocana, em Sertãozinho, SP. A medida vai ajudar a aumentar a competitividade dos fornecedores de bens e serviços do setor sucroenergético por meio de linhas de financiamento e pesquisa.

A iniciativa, que integra o Programa de Fortalecimento da Competitividade das Empresas localizadas em APLs (Arranjos Produtivos do Estado de São Paulo), possui financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) em conjunto com a SDECTI (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo), Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas do Estado) e Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Por meio do BID e da SDECTI serão investidos R$ 870 mil para a aquisição de máquinas e equipamentos, além de R$ 2,28 milhões, por meio do Centro Paula Souza, para a estruturação do Laboratório de Ensaios de Corrosão na Fatec/Sertãozinho, ade-

Divulgação

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quação da infraestrutura, recursos huma-nos, despesas operacionais e aquisição de aparelhos e equipamentos.

Em seu discurso, Márcio Fran-ça afi rmou que a função do Governo do Estado de São Paulo é facilitar a vida das pessoas e empresas que buscam novas tecnologias e inovação em suas atividades. “O estado de São Paulo responde por 72% do volume de pesquisas realizadas no Brasil e por 75% de toda produção industrial na-cional. A nossa vocação segue o caminho do desenvolvimento, inovação e tecnologia visando maior efi ciência produtiva. Assim, a Fenasucro é um marco porque a agricultura é uma atividade econômica ligada à tecno-logia e ao desenvolvimento”, disse.

O secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Arnaldo Jar-

dim, afi rmou que o investimento permite a manutenção de um centro permanente de inovação tecnológica fortalecendo o setor agrícola e industrial. “A agricultura integra a cadeia produtiva de forma efi ciente e harmônica. A atualização do setor por meio do retrofi t alavancará a cogeração de energia e a Fenasucro & Agrocana demonstra isso ao reunir tantos representantes fazendo negócios”, disse Jardim.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Re-belo, afi rmou que a cadeia produtiva do setor sucroenergético é im-portante porque gera alimentos e energia não só para o País - “O mundo olha para o Brasil como um parceiro insubstituível para o mercado de energia renovável. Nosso setor consegue integrar a ne-cessidade da população e os avanços da tecnologia”, disse Rebelo.

O presidente do Ceise Br (Centro Nacional das Indús-trias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), Antonio Eduardo Tonielo Filho, afi rmou que por meio da inovação é possível triplicar a produção de energia do setor. “Por meio do retrofi t, após um ano, a participação do setor no mercado de energia passa de 5% para 20%. Por isso, nosso foco é a inovação por meio de parcerias entre a indústria e instituições de pesquisa”, disse.

Abertura oficial da Fenasucro & Agrocana 2015

Arquivo T&C

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Fenasucro & Agrocana 2015

Feira sinaliza os primeiros passos para o retrofit

Plínio Nastari afirma que o retrofit deve acontecer

com cautela e participação de todos os envolvidos na

cadeia produtiva

“Existem grandes oportunidades para o crescimento da produtividade do açú-car, possibilitando investimentos dentro

e fora do país”. A afirmação foi feita pelo presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari, durante a 4ª Conferência Datagro/Ceise Br, programação que integrou a Fe-nasucro & Agrocana 2015. A conferência reuniu empresários do setor para discutir o cenário brasileiro e internacional, bem como medidas preventivas que estimulam o cres-cimento da produtividade de açúcar e eta-nol e a retomada do setor sucroenergético.

Nastari reforçou ainda que o retrofit deve acontecer com cautela e par-ticipação de todos os envolvidos na cadeia produtiva. “Este é o momento de união en-

tre todos do setor e, com a aplicação das novas tecnologias que estão surgindo no mercado, existe a possibilidade de aumen-to da competitividade, trazendo sustentabi-lidade econômica e ambiental para o setor”, completou. Durante o encontro, a Datagro divulgou sua estimativa de produção para a safra 2015/16.

A previsão de produção para este ano é de 604,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, um aumento de 14,6 milhões em relação à estimativa divulgada em julho, que era de 590 milhões de tonela-das. A consultoria ainda prevê uma produ-ção de 31,4 milhões de toneladas de açúcar e 28,2 bilhões de litros de etanol, na região Centro-Sul.

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Governo paulista apoia produção de gás biometano

João Carlos de Souza Meirelles: “Hoje podemos produzir 237 megawatts,

mas queremos mais. Nossa meta é atingir capacidade

máxima em todas as usinas da região”

O secretário de energia do Estado de São Paulo, João Carlos de Sou-za Meirelles, assinou um protocolo

que viabiliza a distribuição de gás biome-tano, produzido por meio da vinhaça (resí-duo pastoso que sobra após a destilação fracionada da cana-de-açúcar fermentada para a obtenção do etanol) para a região onde está localizada a Usina Malosso, im-pactando as cidades de Itápolis e Catan-duva. O documento foi assinado durante o V Seminário de Bioeletricidade CEISE Br / UNICA – Bioenergy Conference, na Fena-sucro & Agrocaba 2015.

Além disso, Meirelles tam-bém falou sobre os caminhos percorridos pelo setor energético brasileiro e o poten-cial para a geração de energia limpa. De acordo com ele, as 34 usinas localizadas na região com incentivos e investimentos

podem produzir energia suficiente para abastecer três munícipios do tamanho de Sertãozinho.

“Nosso potencial energético é exemplo para o mundo todo precisamos apenas investir nessas empresas. Hoje po-demos produzir 237 megawatts, mas que-remos mais. Nossa meta é atingir capacida-de máxima em todas as usinas da região”, completa. O protocolo de intenções contou com a assinatura da Usina Irmãos Malosso, da GásBrasiliano, Consórcio CSO e do Go-verno do Estado de São Paulo.

Matrizes de bioenergia - Du-rante a Bioenergy Conference, os deba-tedores concluíram as matrizes de fontes renováveis baseadas nas tecnologias de bioenergia e biocombustível ganham cada vez mais espaço no mercado favorecidas pela adoção de políticas públicas e cres-

Divulgação

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cimento de investimentos em países como China, Índia e Estados Unidos, além da União Europeia.

De acordo com Décio Luiz Gazzoni, pesquisador da Embrapa e consultor do BID (Banco Interamericano de Desen-volvimento), a taxa de investimentos em fontes renováveis está aquecida no mercado internacional, principalmente, em países emergentes como os que possuem programas de incentivo para

SP Studio

Antônio Eduardo Tonielo, presidente de honra da Fenasucro & Agrocana, disse que o setor ainda deve passar por

um grande processo de capacitação tecnológica para a recuperação plena

mudanças nas matrizes energéticas. Uma forte tendência, apontada pelo especialis-ta, é adoção de biocombustível em substi-tuição aos derivados de petróleo em mer-cados com alta escala de consumo como o da aviação.

Em relação ao mercado inter-no, o coordenador do departamento de ca-na-de-açúcar e agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Quintela Giuliani, declarou que o Go-verno Federal estuda a adoção de leilões exclusivos para o setor sucroenergético em razão das particularidades envolvendo a produção, o que possibilitará maior com-petitividade e incentivo para a consolida-ção do Mercado nacional.

Já Antônio Eduardo Tonielo, presidente de honra da Fenasucro & Agro-cana, disse que o setor ainda deve passar por um grande processo de capacitação tecnológica para a recuperação plena. “Entretanto, ainda há uma grande expecta-tiva para a entressafra deste ano com o au-mento da demanda. Os investimentos na inovação e tecnologia do setor devem ser os grandes aliados nesse processo, que tem no retrofi t o aumento da cogeração de energia, que hoje é feito apenas 14,5% do potencial total brasileiro.”

Fenasucro & Agrocana 2015

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Secretário Meirelles defende o retrofit em usinas

Durante o Seminário sobre Bioeletricidade, evento de conteúdo na Fenasucro & Agrocana 2015, o secretário de energia do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles apresentou o Projeto ‘São Paulo na rede elétrica’ com base

nos estudos realizados pela TGM sobre o Retrofit. Ele reforçou que 34 usinas da região nordeste do Estado, compreendendo os municípios de Franca, Ribeirão Preto, Barretos e Catanduva, têm potencial para exportação de energia adicional, desde que recebam incentivos e investimentos.

Com o principal objetivo de ampliar a participação de energias renováveis na matriz energética, o Projeto mostra que o Estado precisa esgotar o potencial das suas alternativas de energia e introduzir, definitivamente, a energia do bagaço da cana. Este número vem aumentando, disse Zilmar de Souza, gerente de Bioeletricidade da UNICA. “No ano passado, a biomassa da cana-de-açúcar gerou o equivalente a abastecer quase 10 milhões de residências e cresceu 21% em relação ao ano anterior, além de poupar o equivalente a 13% da água dos reservatórios do Centro-Sul”, disse.

Segundo Meirelles, das 34 unidades que produzem energia, 10 usinas já estão programadas para aumentar seus potenciais de geração, nas regiões próximas à Ribeirão Preto. “Juntas, essas unidades aumentarão em 237 MW suas gerações. Esse adicional consegue abastecer três cidades do tamanho de Sertãozinho, por exemplo. As outras 24 necessitarão realizar investimentos para passarem a exportar”, disse Meirelles.

Ao passar pelo estande da TGM, o secretário Meirelles pode conferir de perto as soluções que proporcionam a implementação de tecnologias modernas de alta eficiência energética e que, com elas, possibilitam aumentar a geração de excedentes de energia elétrica para comercialização.

Ao lado de diretores do CEISE Br e empresários

do setor, o secretário João Carlos de Souza Meirelles

lançou o projeto “São Paulo na Rede Elétrica”

JSM Assessoria de Imprensa

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Política Setorial

Unica questiona programa de financiamento para estocagem de etanol

Antonio de Padua Rodrigues: “Os pequenos irão ter muitas

dificuldades e os grandes buscarão alternativas mais vantajosas que o BNDES”

A renovação do Programa de Apoio ao Setor Sucroalcooleiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-

nômico e Social (BNDES PASS), destinado ao financiamento para a estocagem de etanol, foi recebida pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) com preocu-pação e cautela. A entidade acredita que as altas taxas oferecidas provocarão um custo final acima do esperado, o que, cer-tamente, dificultará o acesso dos produ-tores menores ao crédito, bem como fará com que as grandes empresas procurarem outros programas de financiamento.

Uma das principais alterações da nova versão do programa, anunciado no começo de setembro, é a elevada taxa de juros, composta de custo financeiro misto de 25% baseado em TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) e 75% em referen-ciais de mercado, acrescido de 1,775% ao ano para o BNDES (1,375% no caso das MPMEs – Micro, Pequenas e Médias Em-presas) e da remuneração da instituição fi-nanceira, a ser negociada livremente entre o cliente e o banco repassador do crédito.

“A linha anunciada pelo BN-DES é importante para o setor, mas havia a expectativa que as condições de finan-ciamento fossem muito mais viáveis que as oferecidas. O custo final do empréstimo diante das taxas apresentadas será mui-to alto e pode não compensar os investi-mentos necessários à operação de esto-cagem”, diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica. Segundo Padua, não é todo produtor que tem a garantia de pleitear e conseguir um financiamento de grande porte em uma instituição.

“Os pequenos irão ter muitas dificuldades e os grandes buscarão alter-nativas mais vantajosas que o BNDES”, ressalta o diretor. Para a Unica, as incer-tezas da próxima safra aumentam as dúvi-das sobre a efetividade da linha de crédito para a formação de um volume de etanol que atenda ao período da entressafra. “O programa poderia ter melhor alcance com taxas de juros menores que as oferecidas atualmente, mesmo com um volume menor de recursos a serem oferecidos”, completa o executivo.

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Alternativa

Produtores de cana querem diversifi car cultura em Alagoas

Diversifi car. Essa é a palavra de ordem dos produtores de cana-de-açúcar para os próximos plantios com o objetivo de fazer face à crise sucroenergética no estado de Alagoas que consome em torno de um milhão de toneladas de grão,

especialmente milho e soja, para a produção de aves, suínos e gado. Nos últimos anos, o preço baixo tanto do álcool e do açúcar e o encerramento de algumas usinas de cana estão fazendo com que os produtores procurem alternativas. Percebendo essa lacuna, o Governo do Estado de Alagoas, lançou um programa de incentivo à cultura de grãos.

A Embrapa Tabuleiros Costeiros, como parceira e membro do comitê gestor do programa, implementou unidades demonstrativas de milho e soja e realizou, dias 8 e 9 de setembro, dois Dias de Campo de forma a apresentar aos produtores 25 variedades de milho, na fazenda Nova, em Capela, e 48 de soja na fazenda Santo Antonio, em São Miguel dos Campos, AL. Todas essas variedades foram testadas pelos pesquisadores e várias serão validadas como produtivas para as condições de clima e solo da região.

Alvaro Vasconcelos: “Alagoas é um grande consumidor de soja. É preciso

ser autossuficiente em milho, aumentar a produção e produtividade”

Embrapa

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“Alagoas é um grande con-sumidor de soja. É preciso ser autossu-ficiente em milho, aumentar a produção e produtividade”, disse o Secretário de Agricultura do Estado de Alagoas, Alvaro Vasconcelos, presente no Dia de Campo, em São Miguel dos Campos, que reuniu quase cem produtores de cana-de-açúcar. “O dinheiro gasto com compra de milho e soja de outros estados se reverta para pro-dução e gere emprego e renda para o es-tado”, pretende o secretário como também os produtores presentes.

“Acredita-se que cem mil hec-tares de cana-de-açúcar serão substituí-dos por grãos, eucalipto ou pastagem, no próximo ano”, disse Hibernon Cavalcante, superintendente da Secretaria de Agricul-tura de Alagoas e coordenador da Comis-são de Incentivo à Produção de Grão, cria-do em janeiro deste ano.

Segundo o produtor de aves, suínos e gado Antonio Carlos Farias Bran-dão, “pagamos R$ 12 de frete por cada saca de 60 kg de milho vindo do Centro--Oeste ao preço de R$ 22, lá. Ele chega em Alagoas por R$ 34”, disse. “A alternativa é a produção de grão e comercialização à vista. O milho tem mercado garantido com preço excelente. Além disso, as áreas de Alagoas são propícias para produção do grão”, complementa ele.

Muitos produtores interessa-dos em diversificar a produção com grãos não pretendem abandonar de vez a cultura de cana-de-açúcar. “Se cana voltar a dar preço, ela pode voltar”, disse o superinten-dente. É o que pensa também o produtor Edilson Maia, de São Miguel dos Campos, proprietário da fazenda Santo Antonio, que disponibilizou sua propriedade para mon-tar a “vitrine tecnológica” da Embrapa e viabilizar o Dia de Campo. “A soja e milho

estão chegando para fortalecer a cultura da cana, pois contribui para rotação da lavoura que proporciona maior produtividade”, disse.

Esse raciocínio sobre rotação de cultura é unânime entre os pesquisadores da Embrapa. A rotação de cultura, a alter-nância entre gramínea (no caso o milho) e leguminosa (soja), traz inúmeras vantagens. Se adotada e conduzida de modo adequado e por um período suficientemente longo, a rotação de cultura melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo e auxilia no controle de plantas daninhas, doenças e pragas. Outra vantagem é a reposição da matéria orgânica e proteção do solo. Ajuda tam-bém na viabilização do Sistema de Semeadura Direta. Além disso, proporciona produção diversificada de alimentos e outros produtos agrícolas.

De acordo com o pesquisador Sérgio Procópio, da Em-brapa Tabuleiros Costeiros, a monocultura pode gerar também ris-cos de comercialização. No caso de uma queda brusca do preço do produto, toda a região é afetada. “Bons produtores de cana, apre-sentam os atributos para serem bons produtores de milho e soja”, afirma Procópio. “Um ano soja, outro ano milho”, aconselha o pes-quisador.

Sérgio Procópio vai mais além ao demonstrar a viabili-dade da produção do milho e da soja para o Estado de Alagoas. Ele conta que a proximidade com os portos marítimos diminui o custo com o frete para a exportação do grão tornando a produção mais

Estimativa de produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil aponta para queda de 2,2% em

relação à safra passada

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Alternativa

competitiva. “O Porto de Sergipe, que pode atender produtores do estado e também de Alagoas, tem ociosidade que os outros portos não têm, além de grande área para estocagem de produtos”, dis-se Valdeilson Paiva, gerente do Terminal Marítimo em Sergipe, que pretende formar um comitê de trabalho para buscar parceiros e fomentar projetos que viabilizem o escoamento maciço de grãos e importação de fertilizantes.

A soja representa na atualidade a principal cultura agrí-cola brasileira. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab- apontam uma área cultivada com soja no Brasil de aproxi-madamente 30 milhões de hectares (2013/2014), sendo o principal produto de exportações agrícolas do país, pois é fonte de proteína primordial para a produção de rações animais e importante matriz oleaginosa para a produção nacional de biodiesel.

Por esse motivo, a Embrapa Tabuleiros Costeiros vem

realizando experimentos para avaliar o potencial da cultura da soja em Sergipe e Alagoas como também na região dos Ta-buleiros Costeiros e Agreste.

Diversas ações de pesquisa com soja vêm sendo realizadas pela Em-brapa para a região, tais como seleção de cultivares com base em adaptabilidade e estabilidade de produção, porte para co-lheita mecanizada, nível de acamamento das plantas, ciclo de produção, determina-ção dos melhores períodos para o plantio, avaliação dos espaçamentos e população, adaptação ao plantio direto, inoculação de sementes com a bactéria Rhizobium que

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nitrogena a planta, levantamento das pra-gas, doenças e plantas daninhas e seus respectivos métodos de controle, deter-minação do momento correto da colheita, avaliação da qualidade de sementes (sa-nidade, germinação e vigor) e inserção da cultura em sistemas conservacionistas jun-to à agricultura familiar.

Os resultados de pesquisa na região revelam níveis de produtivida-de elevados para a soja (três a cinco mil quilos por hectare) considerado acima da média brasileira de 2,8 mil quilos por hec-tare, segundo a Conab (safra 2013/2014). “Isso indica o alto potencial produtivo da

soja nas áreas denominadas Tabuleiros Costeiros e Agreste”, aponta o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Antonio Dias San-tiago, organizador do Dia de Campo sobre a soja como alternativa à cana-de-açúcar, em São Miguel dos Campos, que contou com a presença de quase duzentos produtores de cana.

Produtores de Alagoas já tentaram plantar soja em cir-cunstâncias diferentes e pouco convenientes. “Mas a realidade ago-ra é outra”, afi rma o produtor Adilson Maia. Ele conta que plantou soja há 30 anos, mas tinha que colhê-la no período de chuva e em seguida plantar cana “Não dava para fazer duas grandes áreas ao mesmo tempo. Hoje, o estado é abastecido por irrigação e pode-mos plantar soja no momento ideal, no período da chuva e colher no período seco e em seguida, plantar cana com irrigação” afi rma ele.

Além dos pesquisadores da Embrapa apresentarem aos produtores presentes no Dia de Campo em São Miguel dos Campos 48 cultivares de soja com resultados promissores para a região, relatar as facilidades de mercado e de transporte do produ-to, o pesquisador Sérgio Procópio ainda enfatizou outra importante vantagem: a fi xação biológica do nitrogênio. “Na soja, é possível a baixíssimo custo inocular bactérias do gênero rhizobium nas se-mentes, que retiram o nitrogênio do ar e fornecem às plantas.” Já o milho necessita de adubação nitrogenada, como a ureia, que onera a produção. “O custo de produção de soja é menor que a de milho”, complementa.

Outro fator favorável ao cultivo da soja é a possibilida-de de ser plantada no sistema de plantio direto, evitando o revolvi-mento do solo e a utilização de arados e grades.Pragas e doenças da soja - Pesquisadores da Embrapa realizaram levantamento das pragas que ocorreram nas áreas experimentais de soja no Nordeste, como lagartas, percevejos e coleópteros desfolhadores. Eles iden-tifi caram todos os espécimes e vêm defi nindo as melhores formas de controle e recomendam o monitoramento constante das áreas de produção.“Deve-se evitar o uso de inseticidas que eliminam os inimi-gos naturais de pragas, como os piretróides”, afi rma o entomologis-ta e pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Adenir Teodoro, presente no evento em São Miguel dos Campos, juntamente com o entomologista Aldomario Santo Negrisoli Junior.

E como inimigos naturais às pragas da soja existem os produtos biológicos como Baculovirus, Beauveria bassiana e Me-tharizium anisoplia. “Há também como inundar o campo com inimi-gos naturais como a minúscula vespa Trichogramma que parasita os ovos das lagartas nocivas à cultura da soja”, complementa o pes-quisador.

Um comitê de trabalho será formado para buscar parceiros e fomentar projetos que viabilizem o

escoamento maciço de grãos e importação de fertilizantes pelo Terminal Marítimo em Sergipe

Div

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ação

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Bioenergia

Geração das usinasà biomassa cresce15% no 1º semestre

Uso de biomassa cresce na matriz energética brasileira

Dados da CCEE mostram aumento de 239 MW médios na geração nos seis primeiros meses do ano; capacidade instalada da fonte representa 7,7% na matriz energética

As usinas movidas à biomassa produziram 15% a mais de energia no primeiro se-mestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE mostra o incremento

na geração da fonte, mesmo em meses que incorporam boa parte da entressafra do setor.O montante médio produzido no primeiro semestre do ano (1.860 MW) foi

239 MW médios superior ao registrado no mesmo período de 2014, quando foram gera-dos 1.621 MW médios. São Paulo segue como principal produtor de energia a partir da fonte no país. As usinas paulistas geraram 841 MW médios no primeiro semestre de 2015. Na segunda posição aparece o Mato Grosso do Sul com 272 MW médios, seguido por Goiás (208 MW médios) e Minas Gerais (182 MW médios).

Em termos de crescimento, na comparação entre 2014 e 2015, o Mato Gros-so do Sul foi o Estado que mais incrementou sua produção em 89,9 MW médios alcan-çando 271,6 MW médios (+50%). O Maranhão teve aumento de 32 MW médios e atingiu 60,7 MW médios (+112%), enquanto a Bahia gerou 31,6 MW médios a mais, atingindo 60,8 MW médios (+108%).

Arquivo

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Ranking – Os 10 maiores estados produtores de biomassa

Posição Estado MW médios

1º São Paulo 840,932º Mato Grosso do Sul 271,563º Goiás 207,694º Minas Gerais 181,575º Paraná 85,766º Bahia 60,807º Maranhão 60,668º Alagoas 30,589º Pernambuco 28,7910º Mato Grosso 22,14

Os dados consolidados da CCEE apontam ainda que a capacidade instalada das plantas movidas à biomassa também atingiu marca expressiva no primei-ro semestre de 2015, chegando a 10.793 MW em junho, o que significa uma represen-tatividade de 7,7% na matriz energética bra-sileira. A expansão é de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a capacidade era de 9.868 MW. São Paulo também é o principal destaque com 5.056 MW em capacidade instalada, seguido por Mato Grosso do Sul (1.669 MW), Minas Ge-rais (1.110 MW) e Goiás (1.015 MW).

A CCEE é responsável por viabilizar e gerenciar a comercialização de energia elétrica no país, garantindo a se-gurança e o equilíbrio financeiro deste mer-cado. Associação civil sem fins lucrativos, é mantida pelas empresas que compram e vendem energia no Brasil. O papel da CCEE é fortalecer o ambiente de comercialização de energia - no ambiente regulado, no am-biente livre e no mercado de curto prazo - por meio de regras e mecanismos que pro-movam relações comerciais sólidas e justas para todos os segmentos do setor (geração, distribuição, comercialização e consumo).

Falta de estímulo - Apesar dos números divulgados pela CCEE que mostram crescimento, especialistas afirmam que a po-

lítica do governo é considerada equivocada à época e os preços baixos nos leilões de compra de energia desestimularam investimentos para a produção de energia elétrica a partir da biomassa. Segundo avaliação de Zilmar José de Souza, assessor da União da Indústria de Cana-de--açúcar (Unica) para a bioeletricidade, apesar de o setor já ter instalado 1.750 MW médios em um só ano (2010), o índice ainda é muito baixo.

De acordo com o executivo, o “fundo do poço” do setor foi em 2012, ano em que não houve venda de energia cogerada nas usinas de açúcar e etanol nos leilões do governo por conta dos pre-ços baixos, de R$ 112 o megawatt-hora (MW/h) à época, o que gerou a queda nos investimentos em novos projetos desde então. “Entre o gráfico apresentado (pelo governo de demanda esperada) e a reali-dade, falta ousar muito mais. Faltam políticas públicas que valorizem as externalidades da biomassa da cana”, disse o assessor da Unica.

Souza considerou, por exemplo, um retrocesso o teto de preços praticado no último leilão de compra de energia para 2018, rea-lizado em agosto, de R$ 218 o MW/h. Além disso, o pregão contou com projetos de energia eólica, cujo preço de geração é menor que o da biomassa, mas cuja transmissão é mais cara por conta da distância aos centros de consumo. “Apenas um projeto de biomassa foi negociado no último leilão”, disse.

Para Souza, “um avanço” do governo para o próximo leilão, em janeiro de 2016, seriam preços de R$ 281 o MW/h, valor teto do pe-núltimo leilão. “O governo tem de sinalizar com clareza que o preço será melhor e não uma regressão como ocorreu agora”, afirmou. O assessor da Unica lembra que o setor sucroenergético mostrou, em agosto do ano passado, ter capacidade de atender à demanda de energia quando, no ápice da crise de energia, conseguiu ampliar de 4% para 7% a par-ticipação na demanda da matriz elétrica. “Naquela época foi a primeira vez que a geração para a rede por parte das usinas superou a fatia de consumo próprio, chegando a 60%”, concluiu Souza.

Zilmar José de Souza: “Faltam políticas públicas que valorizem as externalidades da biomassa

da cana”

Niels Andreas / Unica

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Sustentabilidade

Seminário internacional destaca gestão de recursos hídricos

Evento abordou a redução da captação de água para uso da indústria da cana brasileira nas

últimas quatro décadas

A queda da participação do etanol e o aumento do consumo de combustíveis fós-seis pode comprometer a meta de redução de emissões e colocar o Brasil na contramão das tendências mundiais. Isso é o que aponta o Sistema de Estimativa

de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), plataforma criada pelo Observatório do Clima, rede que reúne 37 entidades da sociedade civil para discutir as mudanças climá-

Arquivo Faeg

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Leitores Terra&Cia têm descontos especiais

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ticas no contexto brasileiro.De acordo com o relatório divulgado em agosto, apesar de, entre 1990 e

2013, as emissões brutas de gases causadores do efeito estufa terem diminuído em 15%, nos últimos cinco anos os níveis de mitigações da área energética brasileira aumentaram 34%. O cenário é mais preocupante quando se compara o ano de 2013 com 2008, o total de emissões brutas de gases causadores do efeito estufa registrado praticamente quadriplicou.

Para o coordenador geral do Observatório do Clima, André Ferreti, o re-sultado é alarmante e compromete o papel de protagonismo do Brasil nas discussões climáticas mundiais. “Mesmo quando comparado ao pior vilão das emissões brasileiras, o desmatamento, o cenário energético é preocupante. As inciativas do governo federal, derivadas da Política Nacional sobre Mudança Climática, de 2009, têm escala muito tími-da, e são frequentemente atropeladas por outras, como os subsídios à gasolina,” afirmou Ferreti.

Ainda segundo o documento, que inclui recomendações para a participação brasileira na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP21), que acontecerá em Paris, em dezembro, para reverter o cenário negativo, é preciso aumentar a partici-pação das fontes renováveis na matriz energética, estabelecendo para isso a proporção mínima de 50% até 2030.

Nas grandes cidades o transporte é o grande vilão das emissões de CO2. Na visão do consultor em Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de--Açúcar (Unica), Alfred Szwarc, o crescimento das emissões pelo setor energético poderia ter sido menos expressivo se o País tivesse dado mais atenção às fontes re-nováveis e, principalmente, se houvesse maior incentivo à produção e uso do etanol e da bioeletricidade.

“O fato das emissões resultantes do desmatamento estarem diminuindo substancialmente, e as do setor energético estarem ganhando mais importância relativa no total gerado é um fato que requer reflexão. A alternativa mais fácil, rápida, eficaz e econômica de contrapor essa tendência é a valorização da energia de baixo carbono originada da biomassa da cana-de-açúcar e o fomento e a intensificação de seu uso,” defendeu Szwarc.

O gerente em Bioeletricidade da Unica, Zilmar de Souza, endossou o dis-curso, afirmando que ao utilizar a energia elétrica gerada a partir do bagaço e da pa-lha, grandes benefícios são proporcionados aos consumidores brasileiros. “O total de bioeletricidade da cana fornecida à rede em 2014 significou evitar a emissão de 8,3 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2). Para atingir a mesma economia de CO2 por meio do plantio de árvores, seria preciso cultivar 58 milhões de espécies nativas ao longo de 20 anos. Por isso é fundamental que se discuta a valorização da bioele-tricidade em virtude das externalidades positivas que essa fonte agrega ao Sistema Interligado”, afirmou Souza.

Para os representantes da Unica, ainda é possível reverter o quadro nega-tivo das mitigações do setor energético, para tanto, são necessárias políticas públicas de longo prazo que definam o papel do etanol, bem como o da bioeletricidade na matriz energética brasileira.

Sustentabilidade

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Energia da cana é a melhor alternativa para redução de GEE

André Ferreti: “As inciativas do governo federal, derivadas da Política Nacional sobre Mudança Climática, de 2009, têm

escala muito tímida e são frequentemente atropeladas por outras, como os subsídios à gasolina”

A queda da participação do etanol e o aumento do consumo de com-bustíveis fósseis pode comprome-

ter a meta de redução de emissões e colo-car o Brasil na contramão das tendências mundiais. Isso é o que aponta o Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), plataforma criada pelo Observatório do Clima, rede que re-úne 37 entidades da sociedade civil para discutir as mudanças climáticas no contex-to brasileiro.

De acordo com o relatório di-vulgado em agosto, apesar de, entre 1990 e 2013, as emissões brutas de gases cau-sadores do efeito estufa terem diminuído em 15%, nos últimos cinco anos os níveis de mitigações da área energética brasi-leira aumentaram 34%. O cenário é mais preocupante quando se compara o ano de 2013 com 2008, o total de emissões brutas de gases causadores do efeito estufa re-gistrado praticamente quadriplicou.

Para o coordenador geral do Observatório do Clima, André Ferreti, o re-sultado é alarmante e compromete o papel de protagonismo do Brasil nas discussões climáticas mundiais. “Mesmo quando com-parado ao pior vilão das emissões brasilei-ras, o desmatamento, o cenário energético é preocupante. As inciativas do governo federal, derivadas da Política Nacional sobre Mudança Climática, de 2009, têm escala muito tímida, e são frequentemente atropeladas por outras, como os subsídios

à gasolina,” afi rmou Ferreti.Ainda segundo o documento,

que inclui recomendações para a partici-pação brasileira na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP21), que acontecerá em Paris, em dezembro, para reverter o cenário negativo, é preciso aumentar a participação das fontes reno-váveis na matriz energética, estabelecen-do para isso a proporção mínima de 50% até 2030.

Nas grandes cidades o trans-porte é o grande vilão das emissões de CO2. Na visão do consultor em Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana--de-Açúcar (Unica), Alfred Szwarc, o cres-cimento das emissões pelo setor energéti-co poderia ter sido menos expressivo se o País tivesse dado mais atenção às fontes renováveis e, principalmente, se houvesse

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maior incentivo à produção e uso do etanol e da bioeletricidade.“O fato das emissões resultantes do desmatamento estarem diminuindo

substancialmente, e as do setor energético estarem ganhando mais importância relativa no total gerado é um fato que requer reflexão. A alternativa mais fácil, rápida, eficaz e econômica de contrapor essa tendência é a valorização da energia de baixo carbono originada da biomassa da cana-de-açúcar e o fomento e a intensificação de seu uso,” defendeu Szwarc.

O gerente em Bioeletricidade da Unica, Zilmar de Souza, endossou o dis-curso, afirmando que ao utilizar a energia elétrica gerada a partir do bagaço e da palha, grandes benefícios são proporcionados aos consumidores brasileiros. “O total de bioe-letricidade da cana fornecida à rede em 2014 significou evitar a emissão de 8,3 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2). Para atingir a mesma economia de CO2 por meio do plantio de árvores, seria preciso cultivar 58 milhões de espécies nativas ao longo de 20 anos. Por isso é fundamental que se discuta a valorização da bioeletricidade em vir-tude das externalidades positivas que essa fonte agrega ao Sistema Interligado”, afirmou Souza.

Para os representantes da Unica, ainda é possível reverter o quadro nega-tivo das mitigações do setor energético, para tanto, são necessárias políticas públicas de longo prazo que definam o papel do etanol, bem como o da bioeletricidade na matriz energética brasileira.

Sustentabilidade

Nas grandes cidades o transporte é o grande vilão

das emissões de CO2

Arquivo

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Pesquisa mostra balanço de emissões de CO2, CH4 e N2O na produção de cana

A expansão dos canaviais contribuiu para reduzir as emissões de GEE da

produção agrícola

O balanço dos gases de efeito estufa (GEE) CO2, CH4 e N2O associa-dos à produção da cana nas áreas

de recente expansão no Brasil foi tema de um estudo realizado por Ricardo de Oliveira Bordonal, pesquisador do Programa de Pós--Graduação em Agronomia (Produção Ve-getal) da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Unesp de Jaboticabal, SP. O estudo permite identifi car as maiores fontes de emissão, bem como as estratégias visando sua redução, e consequentemente, a diminuição da “pegada de carbono” associa-da ao etanol produzido nessas áreas.

O trabalho de grande impacto internacional foi destaque na revista Renewa-ble & Sustainable Energy Reviews. Bordonal utilizou dados de sensoriamento remoto (sa-télite), onde é possível identifi car tais áreas, bem como qual tipo de conversão ocorreu (ex. citrus-cana, ou pasto – cana). Essa infor-mação da mudança do uso da terra é impor-tante nas estimativas do balanço de gases de efeito estufa. O autor conclui que a maioria dos estudos de ciclo de vida considera apenas a avaliação das emissões de GEE associadas à produção agrícola, sendo a mudança direta do uso da terra (MUT) ainda é negligenciada.

O cultivo da cana-de-açúcar e sua expansão durante 2006-2011 no Centro--Sul do Brasil apresentou um balanço total de GEE acumulado de 217,1 Tg CO2eq em 2030, incluindo as emissões das atividades de cultivo e as emissões/remoções associa-das à MUT. A expansão dos canaviais con-tribuiu para reduzir as emissões de GEE da

produção agrícola, das quais 57% foram compensadas pelo armazena-mento de C na biomassa de cana devido à MUT.

A pesquisa aponta que os solos apresentaram um balanço de C quase neutro em 2030, uma vez que o aumento do estoque de C orgânico associado à conversão de culturas anuais para cana-de-açúcar foi compensado pela depleção dos estoques de C orgânico da conver-são de pastagens. Além disso, uma redução adicional de GEE deverá ocorrer nos próximos anos em função da extinção da pré-colheita com queima da cana no Brasil.

Para o autor, incentivos em políticas públicas são necessários para conduzir a expansão da cana-de-açúcar em direção a um caminho sustentável. “Como tem sido feito para a expansão da cana durante 2006-2011, evitar a conversão de citros, fl orestas plantadas e fl orestas naturais é imperativo, enquanto ter essas expansões em áreas de pastagens torna--se desejável como uma estratégia fundamental para garantir os benefícios ambientais do etanol de cana-de-açúcar no Brasil”, diz.

Assinam também o artigo: Rattan Lal, do Carbon Mana-gement & Sequestration Center, The Ohio State University; Daniel Alves Aguiar e Bernardo Friedrich Theodor Rudorff, da AgroSatelite; Eduardo Barretto de Figueiredo, Luciano Ito Perillo e Newton La Scala, da FCAV; e Marcos Adami, do INPE – Centro Regional da Amazônia.

Arquivo

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Eventos

Abertas as inscriçõespara o 8º Congresso Nacional de Bioenergia

Já estão abertas as inscrições para o 8º Congresso Nacional da Bioenergia, que será realizado dias 11 e 12 de novembro no cam-pus do UniSalesiano, em Araçatuba, SP. A novidade para esta

edição, que comemora os 40 anos do ProÁlcool e os 30 anos de fun-dação da UDOP, são as salas de Inovações Tecnológicas em Etanol de Milho e a sala Biomassa e Novos Produtos, que se somam às já tradicionais salas temáticas.

“No momento em que o setor ainda vive uma de suas mais severas crises, nossa expertise mostra que se qualifi car é um ótimo investimento tanto para os profi ssionais que fazem desse setor a potência que é, como para as usinas que buscam a excelência de suas operações com menores custos e maiores produções. Por isso, por se tratar de um Congresso técnico, acreditamos que seja a melhor oportunidade para que possamos, de uma vez por todas, superar este momento de incertezas”, destaca o presidente executivo da UDOP, An-tonio Cesar Salibe.

Em 2014, o Congresso Nacional da Bioenergia reuniu mais de 1,3 mil congressistas, entre participantes, palestrantes e mo-deradores, com mais de 100 palestras voltadas para as mais diversas áreas de atuação das usinas. O público, vindo de vários estados da federação, é formado por profi ssionais de 1º e 2º escalões de usinas e destilarias, fornecedores de cana, empresas que dão suporte à cadeia bioenergética e pessoas ligadas aos centros de pesquisas e universi-dades que estudam a bioenergia.

Salas - Os temas são divididos nas seguintes salas te-máticas: Administrativa/Financeira; Agrícola; Biomassa e Novos Pro-dutos; Comunicação; Controladoria, Planejamento e Custos; Direito do Agronegócio; Industrial; Inovações Tecnológicas em Etanol de Milho; Mercado, Comercialização e Logística; Recursos Humanos; Saúde,

Ale Carolo / alecarolo.com

Segurança e Meio Ambiente do Trabalho; e Tecnologia da Informação.

Cortesias - Entendendo o mo-mento delicado de caixa pelo qual passa suas associadas, e ainda reafi rmando seu compromisso de trabalhar em prol de uma maior capacitação e qualifi cação do setor, a diretoria da UDOP resolveu conceder 17 cor-tesias a todas suas sócias para a 8ª edição do Congresso Nacional da Bioenergia.

O próprio sistema de inscrição irá isentar de qualquer taxa as 17 primeiras inscrições efetivadas através do departa-mento de Recursos Humanos das unidades. Mais informações podem ser obtidas na UniUDOP através do telefone (18) 2103 0528 ou pelo e-mail [email protected].

O Congresso Nacional da Bio-energia é realizado pela UDOP e pela STAB - Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Al-cooleiros do Brasil, com promoção da UniU-DOP - Universidade Corporativa da UDOP. O Congresso tem ainda o apoio institucional da Alcopar, BioSul, Siamig, Sifaeg, Sindal-cool/MT, Fórum Nacional Sucroenergético e Unisalesiano. Os sócios dos Sindicatos apoiadores e da STAB pagam preços de as-sociadas UDOP. A revista Terra&CIa é mídia parceira do evento. (com Agência UDOP)

Especialistas do setor sucroenergético reunidos no Congresso Nacional de Bioenergia de 2014

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Tecnologia Industrial

Executivos da Pentagro apresentam solução Integrada de S&OP, Planejamento e Gestão de Desempenho Industrial

A perpetuação e prosperidade de uma usina de cana- de - açúcar estão diretamente relacionadas à sua capacidade de perseguir seus propósitos em harmonia com o ambiente

dinâmico no qual está inserida. Em meio a cenários cada vez mais turbulentos, as usi-

nas de cana-de-açúcar precisam intensificar o uso de técnicas de planejamento como forma de alcançar metas estabelecidas na es-tratégia corporativa, com o objetivo de maximizar a rentabilidade do negócio.

Nesse contexto, o processo de Planejamento de Ven-das e Operações (do inglês S&OP) da Pentagro surge como uma resposta a ser utilizada pelos gestores para atender aos anseios es-tratégicos das organizações, sendo esta uma abordagem moderna da administração que confere uma visão holística do processo de planejamento de vendas e operação.

Esta tecnologia, construída pela Pentagro, já está be-neficiando empresas como Grupo São Martinho, Açúcar Guarani, Usina Ferrari, Grupo Noble, Usina Rio Vermelho (Grupo Odebrecht), e empresas como Petrobrás, Cenpes e Embrapa Agroenergia.

A tecnologia desenvolvida pela Pentagro para apoiar o processo S&OP, em usinas de cana-de-açúcar, in-tegra informações e ações no nível estra-tégico, tático e operacional, melhorando a previsibilidade nos resultados do negócio e conferindo uma visão sistêmica de ope-ração da usina.

No nível estratégico (BdME--S&OP), esta tecnologia apoia a tomada de decisão sobre o que e quanto produzir de cada produto da usina, possibilitando uma busca pela máxima rentabilidade de negócio. Possibilitando um aumento de 3 a 5% de rentabilidade no negócio.

Já no nível tático (BdME-PAP), apoia a tomada de decisão sobre qual a melhor forma de produzir o mix de produ-tos apontado pelo estratégico, empregan-do para tanto, o simulador de processos da Pentagro, permitindo a busca pelo me-lhor desempenho do processo produtivo. O resultados esperados com o uso deste módulo da tecnologia são o aumento de 3 a 10% o KW.h produzido por ton de baga-ço e o aumento de 0,1 a 1% na eficiência industrial relativa.

No nível operacional (BdME--GDI), é possível o acompanhamento e análise de desvios da operação, em rela-ção ao planejamento traçado e ao desem-penho previsto pelo simulador, mostrando oportunidades de ganhos. Este módulo garante que o planejamento da produção seja realizado via monitoração do desem-penho industrial, efetivando os ganhos e os resultados esperados com a utilização do BdME-PAP.

José Augusto Pazin Diretor Comercial, André Lins Diretor Executivo

e Claudio Policastro Diretor Técnico

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53Fale com nossa equipe de Vendas: (11) 2628-7328 / 7330 / 7333

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Suinocultura / Opinião

A importância da temperatura ambiental na suinoculturaPaola Buzollo

O ambiente do sistema de criação intensivo de suínos possui influên-cia direta na condição de conforto

e bem-estar animal, promovendo dificul-dade na manutenção do balanço térmico no interior das instalações, na qualidade química do ar e na expressão de seus comportamentos naturais. É sabido que animais em seu conforto térmico apresen-tam melhores índices de desenvolvimento e são menos susceptíveis a enfermidades, portanto o manejo correto da temperatura de acordo com as necessidades de cada fase dos animais é de grande importância para os produtores e também bastante de-safiador.

Ale Carolo / alecarolo.com

Os suínos possuem o aparelho termorregulador pouco desenvolvido. São animais sensíveis ao frio quando pequenos e ao calor quando adultos, dificultando sua adaptação aos trópicos. Os leitões nascem com baixa capacidade de controle de temperatura corporal, não podendo compensar imediatamente a intensa perda de calor logo após o parto. Eles dependem da temperatura ambiente para esta finalidade, que deve estar de 32°C a 34°C para neonatos.

Conforme o animal se desenvolve fisiologicamente, a exigência de aquecimento externo declina e se inverte. Suínos adul-tos são especialmente sensíveis a elevadas temperaturas devido a sua limitada capacidade de eliminação de calor corporal por eva-poração, pois não contam com a sudorese como mecanismo de proteção, utilizando exclusivamente a ofegação e mudanças com-portamentais.

Além disso, o elevado metabolismo do suíno associado a altas temperaturas dificulta a dissipação do calor. Como consequ-ência, esses animais têm menor tolerância ao calor do que outros animais domésticos, sendo susceptíveis à hipertermia quando ex-postos ao estresse calórico.

Para o correto manejo da tem-peratura ambiental é necessário conheci-mento sobre a fisiologia e exigências dos animais, do clima da região onde a granja está localizada e acompanhamento diário das temperaturas com termômetro de má-xima e mínima de todos os setores e salas.

Na maternidade, o manejo de temperatura é o mais complexo de todo o sistema produtivo, pois existem dois gru-pos com necessidades diferentes no mes-mo ambiente: as fêmeas, cuja zona de conforto térmico varia de 16°C a 25°C, e leitões, com zona de conforto térmico va-riando de 28°C (para animais do pré-des-mame) a 34°C (para neonatos).

O escamoteador para os lei-tões fornece o aquecimento extra exigido, evitando longos períodos de exposição a temperaturas abaixo de sua zona de con-forto, que resultaria em consumo de ener-gia corporal, letargia, hipoglicemia e maior predisposição às diarréias.

Já para as fêmeas, pode-se utilizar sistemas de ventilação individua-lizado por gaiola, de forma que a refrige-ração atinja somente a matriz e não aos leitões. O estresse calórico em porcas da maternidade pode causar partos distóci-cos, com aumento do número de natimor-tos, agalaxia, e até mesmo morte súbita. A abertura de cortinas para a circulação do ar é importante para manutenção de sua qualidade, desde que feita de maneira que os leitões não recebam diretamente as cor-rentes de ar.

No setor de creche, o contro-

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le da temperatura é um ponto crucial na produção, já que é um momento de tran-sição para os animais, com mudança de ambiente, alimentação e relações sociais, cujo estresse resultante os torna mais vul-neráveis a agentes patogênicos. O manejo de temperatura da creche deve ser plane-jado de acordo com a faixa etária dos ani-mais: para desmame de 21 dias, a tempe-ratura requerida ficaria em torno de 28°C e reduzindo 1°C por semana até a saída dos animais do setor para a recria.

Temperaturas fora da faixa ideal fazem com que os leitões fiquem menos resistentes a infecções. Caso não ocorra a redução gradual com o passar das semanas, pode haver diminuição na ingestão de ração.

Os animais de recria devem ser mantidos sob ventilação em regiões quentes, pois o aumento do consumo de ração é preconizado, e à medida que a in-gestão alimentar aumenta, a produção de calor também aumenta em virtude do alto metabolismo dos suínos e, consequente-mente, as necessidades de dissipação de calor.

A temperatura ambiente tam-bém influencia grandemente na reprodu-ção. Fêmeas sob estresse calórico são propensas a maiores perdas embrionárias, abortos e têm partos mais laboriosos, com aumento da natimortalidade. Nos machos reprodutores, altas temperaturas ambien-tais levam à degeneração testicular e reduzem a porcentagem de espermato-zóides normais e férteis na ejaculação. A climatização das instalações destinadas a estes animais é um investimento importan-te, principalmente no Brasil, país de clima tropical.

Para o correto manejo da tem-peratura na suinocultura é necessário trei-namento e capacitação dos funcionários,

além do registro diário das temperaturas internas dos galpões e da área externa com termômetros de máxima e mínima. A temperatura deve ser conferida todos os dias e o termômetro deve ser zerado, para que o valor apresentado corresponda sem-pre a um dia de mensuração.

Importante também posicio-nar os termômetros próximos à altura dos animais, para que se obtenha os valores mais precisos possíveis. Termômetros que também registram a umidade relativa do ar são uma boa alternativa, dado que o per-centual de umidade está diretamente rela-cionado com o conforto térmico e suscep-tibilidade a doenças.

Fatores como amplitude tér-mica e circulação do ar devem ser con-siderados durante o alojamento dos ani-mais. Amplitude maior que 10°C por dia causa estresse térmico em suínos adul-tos (para leitões a amplitude limite é de 5°C) e ventilação deficiente nos galpões reduz a qualidade do ar, com aumento da concentração de amônia e partículas de poeira, que irritam o sistema respira-tório e predispõe ao surgimento de do-enças respiratórias.

O estresse calórico é um grande desafio para a suinocultura no Bra-sil, devido às elevadas temperaturas que ocorrem na maioria das regiões do país, e está diretamente relacionado com perdas significativas na produtividade. O investi-mento em ambiência é um tema bastante debatido hoje e deve ser uma preocupa-ção do produtor e empresas do segmento no país.

*Paola Buzollo é médica veterinária for-

mada pela Universidade Estadual Pau-

lista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp),

campus de Jaboticabal, SP. E-mail para

contato: [email protected]

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Carne suína está ganhandoa preferência do consumidor

Suinocultura

O consumidor vem se surpreendendo a cada ida ao mercado com a alta do preço de alimentos que fazem parte do dia a dia do brasileiro. A saída, muitas vezes, é deixar de comprar

o produto ou substituir por opções com valores mais atraentes para o bolso. De acordo com levantamento realizado pela Dunnhumby, mui-tos consumidores estão deixando a carne bovina nas gôndolas e op-tando por cortes da proteína suína para levar para casa.

A consultoria realizou a análise com dados de compras de 22 milhões de consumidores e estima que 24% dos brasileiros mi-graram para outras categorias de carne neste segundo semestre. A carne suína tem ocupado o topo das preferências, sendo a primeira opção para 41,5% destes consumidores.

Além do preço mais atrativo, o que também tem cha-mado a atenção dos brasileiros na hora de fazer as compras são as diversas opções de cortes de partes nobres, como o fi lé mignon e a picanha, por um preço bem mais acessível. A pesquisa mostrou tam-bém que os consumidores das classes A e B preferem levar outras proteínas animais a optar por cortes mais baratos do boi.

A coordenadora do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), Lívia Machado, credita esta preferência pela carne suína ao trabalho de conscientização feito em parceria com a

Associação Brasileira dos Criadores de Su-ínos (ABCS) e as 16 entidades regionais fi -liadas. Além disso, o varejo se adaptou às demandas dos consumidores, oferecendo cortes porcionados e que atendem às ne-cessidades do cotidiano dos brasileiros.

“Acreditamos na qualidade da carne suína e o trabalho desenvolvido até aqui tem mostrado que muitas pessoas estão conhecendo e escolhendo cada vez mais esta proteína que é a carne do equilí-brio, porque reúne sabor, saúde, praticidade e custo-benefício”, avalia a coordenadora. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, acre-dita que o atual momento econômico é uma oportunidade para a população brasileira conhecer a carne suína. “Estamos em um momento de fazer escolhas inteligentes e investir em uma carne rica e versátil como a suína. Temos tudo para conquistar mais es-paço no mercado”, analisa. (ABCS)

A carne suína tem ocupado o topo das preferências, sendo a primeira opção para

41,5% destes consumidores

Marcelo Lopes: “Estamos em um momento de fazer

escolhas inteligentes e investir em uma carne rica e

versátil como a suína”

Arquivo

Agência Alesc

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Exportações crescem 4,4% nos dois primeiros quadrimestres

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, in natura e processados) totalizaram, entre janeiro e agosto deste ano, 340,8 mil to-neladas. O número, segundo levantamentos da Associação Brasileira de Proteína

Animal (ABPA) é 4,4% superior ao registrado no mesmo período de 2014, quando foram embarcadas 326,5 mil toneladas. Com este desempenho, os exportadores brasileiros de carne suína obtiveram receita de US$ 826,6 milhões de dólares, número 16,6% inferior ao registrado no mesmo período comparativo do ano passado.

“O saldo positivo acumulado no ano foi impulsionado pelo bom ritmo dos embarques realizados em agosto. O fluxo deve ser mantido ao longo do segundo semes-tre, confirmando a previsão da ABPA para 2015 de alta nos volumes embarcados”, des-taca o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra. Apenas no mês de agosto foram exportadas 50,1 mil toneladas de carne suína, saldo 16,1% superior ao alcançado em agosto de 2014. Em receita, houve retração de 19,7%, com total de US$ 115,5 milhões.

A Rússia segue como principal importadora da carne suína brasileira. Entre janeiro e agosto, foi destino de 153,8 mil toneladas, volume 36,8% superior ao total alcan-çado nos oito primeiros meses do ano passado. Somente em agosto, foram embarcadas para lá 22,6 mil toneladas.

“Todos os indicadores mostram que os embarques para a Rússia deverão manter o ritmo, compensando reduções identificadas nas exportações de determina-dos mercados, à exemplo de Hong Kong”, destaca Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice--presidente de suínos da ABPA. Para o país asiático, foram exportadas 72,2 mil toneladas entre janeiro e agosto deste ano, saldo 2,2% inferior em relação ao mesmo período do ano passado.

Francisco Turra: “O saldo positivo

acumulado no ano foi impulsionado pelo bom

ritmo dos embarques realizados em agosto”

Divulgação ABPA

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Pecuária

Câmara aprova pena maior para furto de gado

O Plenário da Câmara Federal aprovou em setembro o Pro-jeto de Lei 6999/13, do deputado Afonso Hamm (PP-RS), que aumenta a pena de furto de gado, seja para consumo

próprio ou comercialização. Esse agravante não está previsto no Có-digo Penal (Decreto-lei 2.848/40). A matéria será votada ainda pelo Senado. O texto foi aprovado na forma do substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, de autoria do deputado Espiridião Amin (PP-SC).

O crime de furto de gado, conhecido também pelo nome de abigeato, passará a ser penalizado com reclusão de 2 a 5 anos. Hoje a pena para esse crime é de 1 a 4 anos, com multa. Apesar de direcionado principalmente ao furto de bovinos, a reda-ção prevê a aplicação da pena ao crime de furto de qualquer animal domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local do furto.

Um destaque do DEM aprovado pelo Plenário retirou expressão do substitutivo para estender a aplicação da pena mes-mo aos casos em que o furto não tenha a fi nalidade de produção (de carne) ou comercialização. Deputados contrários a essa mudan-ça temeram o uso do dispositivo contra o chamado furto famélico, quando a pessoa procura apenas saciar a fome.

Receptação de animais - O substitutivo acrescenta ao código novo tipo penal para o crime de adquirir, receber, transpor-

tar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender esses animais com a fi nalidade de produção ou comercialização. A pena será também de reclusão de 2 a 5 anos e multa.

Contra o consumo - Na Lei 8.137/90, que defi ne os crimes contra a ordem tributária e econômica e contra as relações de consumo, o texto inclui novo tipo de crime contra as relações de con-sumo. A atual pena de detenção de 2 a 5 anos, prevista para diversos crimes, como fraudar preços ou induzir o consumidor a engano, é estendida ao caso de vender carne ou outros alimentos sem procedên-cia lícita. Atualmente, a lei prevê também multa para os casos já listados.

O projeto aprovado estipula a aplicação da faixa de 500 a mil dias-multa para todos esses crimes. Um dia-multa é equivalente a 1/30 do salário mínimo. Esse novo caso de crime nas relações de con-sumo abrange, portanto, todos os outros tipos de alimentos. A exemplo de outras situações menos graves, para as quais a lei prevê redução de pena na modalida-de culposa, esse crime terá redução de um terço da pena ou de quatro quintos da multa.

Saúde pública - Para o autor do projeto, a nova tipifi cação é importan-te também por questões de saúde públi-ca. “Determinadas vacinas permanecem no organismo do animal por um período de até 40 dias, tornando-o impróprio para consumo, podendo comprometer seria-mente a saúde humana”, alertou. (Agência Câmara)

Zona Centro Notícias / México

Crime de furto de gado, conhecido também pelo nome de abigeato, passará a ser penalizado com reclusão de 2 a 5 anos

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CNA levanta custos de produção de gado de corte em cinco Estados

Ivani Cunha/Ascom Seapa

Mais de 150 produtores de gado de corte nos estados de Rondônia, Tocantins, Maranhão, Acre e Mato

Grosso participaram, ao longo de 2015, do projeto Campo Futuro desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Embrapa. O objetivo da ação é colher informações de custo da produção, neste caso na bovinocultura de corte, em painéis com a presença de pro-dutores rurais, técnicos e representantes de revendas agropecuárias.

Na bovinocultura de corte, o projeto ocorre desde 2008 e tem como en-tidade parceira o Centro de Estudos Avan-çados em Economia Aplicada (Cepea) contando sempre com o apoio das fede-rações da agricultura e pecuária dos es-tados e seus sindicatos rurais. Neste ano, cinco estados e 19 municípios foram visita-dos: em Rondônia (Porto Velho, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena); no Tocantins (Araguaçu, Paraíso do Tocantins, Colinas do Tocantins e Araguaína); no Maranhão (Imperatriz); no Acre (Rio Branco e Sena Madureira) e no Mato Grosso (Pontes e Lacerda, Cáceres, Vila Rica, Água Boa, Barra do Garças, Alta Floresta, Juara e Juína), escolhidos con-forme série histórica de painéis realizados mediante ciclo pecuário de aproximados 3 anos tratando dos sistemas de cria, recria e engorda, isolados ou em ciclo completo.

O Campo Futuro é um projeto que alia a capacitação do produtor rural à geração de informação para a administra-

ção de riscos de preços, de custos e de produção na propriedade rural. O projeto utiliza a metodologia de “painel de custos de pro-dução” que consiste em reunir produtores típicos da região e pro-fi ssionais da área para defi nir o sistema de produção local e seus custos diretos e indiretos por meio de debates e preenchimento de planilhas de custo.

Para o estudo são coletadas informações sobre pro-dução, área de pastagem, taxa de mortalidade pré e pós desma-ma, taxa de lotação, mão de obra e retorno fi nanceiro. De posse de dados atualizados periodicamente, o “Campo Futuro” disponibiliza informações estratégicas para facilitar a tomada de decisões desse mesmo produtor, mediante o acesso a um completo banco de dados do setor agropecuário, com a evolução sistemática dos custos de produção e da rentabilidade das principais atividades agrícolas e pecuárias.

Para o estudo são coletadas informações sobre produção, área de pastagem, taxa de mortalidade pré e pós desmama,

taxa de lotação, mão de obra e retorno financeiro

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Leite

Identificado composto benéfico para a saúde em soro de leite

Ao analisar pequenas partes de proteína (peptídeos) do soro de leite, pesquisa-dores da Embrapa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Uni-versidade Federal de Santa Catarina (UFSC) identificaram um componente com

potencial de minimizar os efeitos adversos da hipertensão, uma doença que atinge mais de um bilhão de pessoas no mundo. Testes in vitro indicaram vasodilatação nas artérias das cobaias entre 80% a 100%. O soro de leite é um subproduto agroindustrial resultado da fabricação de queijos e derivados.

“Esse resultado é um indício bastante promissor da capacidade anti-hiper-tensiva de peptídeos do soro de leite, com efeito bastante similar aquele obtido com medicamentos”, afirma o professor José Eduardo da Silva Santos, do Laboratório de Farmacologia Cardiovascular da UFSC, responsável pela realização das análises de ati-vidade biológica. Ele explica que o diferencial dessa pesquisa é o processo tecnológico de preparo e fracionamento do soro de leite desenvolvido na Embrapa, que gerou um ingrediente de alto valor agregado a produtos e pode vir a ser utilizado como auxiliar no controle da hipertensão. Seu estudo analisou o efeito em aorta de cobaias, e agora deve avançar para análises in vivo, inclusive com humanos. “A ideia é conhecer melhor os me-canismos da atividade anti-hipertensiva para validar o modelo em doentes com um grau de segurança no uso de substância”, revela.

Para alcançar esse índice de relaxamento das artérias, os pesquisadores testaram mais de dez amostras até chegar a uma composição ideal. “Na pesquisa reali-zada validamos 25 peptídeos, dentre os quais cinco com características similares, ainda não mencionados na literatura. Tais descobertas proporcionam um aumento no interesse industrial, que poderá incorporar o soro ou frações dele a diversos produtos alimentícios ou nutracêuticos”, conta Luísa Rosa, mestranda do Programa de Ciências de Alimen-tos da UFRJ, que realizou o trabalho sob a orientação das pesquisadoras da Embrapa Agroindústria de Alimentos Lourdes Cabral e Caroline Mellinger. Atualmente, Mellinger é líder de dois projetos de pesquisa que buscam desenvolver um ingrediente biologica-mente ativos do soro de leite, financiados pela Embrapa e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Na pesquisa realizada, o soro de leite foi concentrado por ultrafiltração e as proteínas do soro de leite foram parcialmente hidrolisadas, quebradas em moléculas me-

Lourdes Cabral é uma das orientadoras das pesquisas

realizadas na Embrapa Agroindústria de Alimentos

Agência de Notícias Embrapa

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O soro de leite é um subproduto agroindustrial

resultado da fabricação de queijos e derivados

nores conhecidas como peptídeos. Após a passagem dessas pequenas partículas de proteína pelo processo de fracionamen-to por membranas para separação dos peptídeos, foi realizada uma simulação do processo digestivo para que se avaliem as alterações químicas e biológicas do trato gastrointestinal humano. Estes peptídeos gerados e fracionados foram então se-cados por atomização, para a obtenção de um produto em pó, o qual já pode ser considerado um novo ingrediente a ser in-corporado pela indústria alimentícia, nutra-cêutica ou farmacêutica.

“Cientificamente, o soro de leite vem sendo amplamente estudado , especial-mente, as possíveis propriedades funcionais de suas proteínas parcialmente hidrolisadas (peptídeos), e suas ações sobre o sistema cardiovascular, nervoso e imunológico,” con-ta Mellinger, , que trabalhou em conjunto na caracterização dos peptídeos com os pes-

quisadores Carlos Bloch Junior e Luciano Paulino, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. “Com essa pesquisa, con-seguimos identificar um conjunto de peptí-deos anti-hipertensivos, que nos impulsiona a continuar realizando mais testes de com-provação da eficácia do produto”, informa a pesquisadora.

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Leite

Novos produtos alimentícios funcionais

A par das comprovações dos benefícios do novo ingrediente para a saúde e de seu potencial de utilização na indústria alimentícia,, ainda resta à equipe de pes-quisadores um desafio tecnológico: retirar o amargor resultante dos peptídeos

liberados na hidrólise do soro de leite. Para avaliar a aceitação do consumidor desse ingrediente em formulações alimentícias, as pesquisadoras realizaram uma análise sen-sorial do produto em pó adicionado a uma sobremesa láctea comercial sabor chocolate branco. O teste foi realizado no Laboratório de Análise Sensorial e Instrumental da Em-brapa Agroindústria de Alimentos, sob a orientação da pesquisadora Rosires Deliza.

Cem provadores participaram do teste aos quais foram oferecidas duas amostras sem identificação e de forma aleatória, uma com e outra sem o ingrediente fun-cional. Dentre os cem provadores registrados, oitenta e um atribuíram notas maiores que 7 à sobremesa adicionada de peptídeos e 78% relataram que certamente a comprariam. Em relação à sobremesa comum, apenas 71 pessoas atribuíram nota maior que 7 e 66% delas a compraria. A preferência do consumidor se mostrou maior por aquela sobremesa com ingrediente funcional, sem que o sabor interferisse na sua escolha. “Pretendemos continuar testando esse ingrediente em outros produtos alimentícios. Vamos agora traba-lhar no desenvolvimento de um produto salgado, com baixo teor de sódio”, relata Luísa Rosa, bolsista da Embrapa Agroindústria de Alimentos e doutoranda do Programa de Ciências de Alimentos da UFRJ.

Impacto ambiental - A cadeia produtiva do leite no Brasil cresceu mais de 30% na última década, alcançando 34 bilhões de produção de litros de leite em 2013, se-gundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento do setor é de aproximadamente 5% ao ano. A maior parte desse volume é canalizada para a produção de mais de 600 mil toneladas de diversos tipos de queijo por ano.

O volume de soro gerado com a produção de queijo depende do tipo do laticínio. Em média, cada quilo de queijo gera oito litros de soro, o que significa uma pro-dução anual de mais de quatro bilhões de litros deste subproduto no Brasil. Anualmente, estima-se que metade desse montante é descartado no meio ambiente, o que representa mais de dois bilhões de litros. “Este dado é alarmante, não só pelas perdas comerciais e de geração de renda ao setor produtivo, mas também pela forma de descarte inadverti-do, como efluentes não tratados, gerando alta taxa de contaminação orgânica na água e resultando em um grande problema ambiental”, lamenta Caroline Mellinger.

Aproveitamento do soro de leite - Mesmo com essa grande produção de soro de leite, atualmente o Brasil é um dos maiores importadores mundiais do produto em pó para atender o mercado interno. “Principalmente os pequenos laticínios não possuem volume e padrão para aproveitar o potencial do soro de leite resultante da produção de queijos e derivados e acabam desperdiçando ou subutilizando um produto de alto valor nutricional e comercial”, conta o pesquisador Amauri Rosenthal, pesquisador da Embra-pa Agroindústria de Alimentos.

A cadeia produtiva leiteira no Brasil cresceu mais de

30% na última década, alcançando 34 bilhões de

produção de litros em 2013 (IBGE)

Arquivo

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A cadeia produtiva do leite no Brasil cresceu mais de

30% na última década, alcançando 34 bilhões de produção de litros de leite

em 2013 (IBGE)

A preocupação com a sus-tentabilidade ambiental, aliada ao interes-se em aumentar a competitividade do setor lácteo, levou uma equipe de pesquisado-res da Embrapa a desenvolver projeto para incremento da competitividade das coope-rativas da cadeia leiteira nos Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. O foco do trabalho é em inovações tecnológicas e melhorias de processo, incluindo o apro-veitamento de soro de leite de pequenas queijarias, a fim de definir alternativas de processamento e desenvolvimento de no-vos produtos, a partir desse coproduto. “Estamos desenvolvendo um modelo logís-tico de decisão de investimentos que leva em consideração diferentes parâmetros, como distância e custo de transporte, qua-lidade do soro de leite, custos de investi-mento e escalas mínimas de produção”, conta Rosenthal, líder do projeto. A equipe também trabalha no desenvolvimento de bebidas à base de soro de leite adiciona-das de suco de frutas.

Esses projetos são financia-dos pela Agência Australiana para o De-senvolvimento Internacional (Ausaid), pela Faperj e pela Embrapa. No caso da coo-peração com a Austrália, o projeto conso-lida uma parceria com a Commonwealth Scientific and Industrial Research Organi-zation (CSIRO). Além de Austrália e Brasil, esse projeto também agrega parceiros da Argentina, Colômbia e Uruguai. O modelo logístico brasileiro, inspirado na experiên-cia australiana, identificará a localização ideal de possíveis unidades de concentra-ção aqui no País para secagem de soro de leite, considerando unidades já existentes nas plantas industriais com capacidade ociosa.

Na Austrália, o aproveitamen-to do soro de leite na indústria alimentícia chega a quase 100%, praticamente sem

desperdício nem prejuízo para o meio am-biente, segundo o pesquisador da Embra-pa. “A ideia é seguirmos por esse mesmo caminho no Brasil”, prevê. A equipe do projeto deve lançar um manual de aprovei-tamento do soro de leite até o fim de 2015 no idioma espanhol. A versão em portu-guês estará disponível em 2016.

O soro de leite como suple-

mento alimentar é legislado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. É um subproduto da cadeia de laticínios, rico em água, lactose, sais mine-rais e proteínas. De alto valor nutricional, vem sendo comercializado em líquido ou em pó e apresenta grande aceitação pe-los consumidores, especialmente pelos praticantes de esportes em academias, conhecido como whey protein. É utilizado principalmente na fabricação de bebidas lácteas, iogurtes, queijos, formulações infantis e bebidas para atletas, podendo conter teores de proteínas de 8% à 98%, dependendo do produto.

Iepec

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Grãos

Safra brasileira de grãos fecha com recorde de 209,5 mi tSoja e milho safrinha foram os responsáveis pela expansão da produção nacional

A safra brasileira de grãos 2014/15 alcançou 209,5 milhões de tonela-das, com mais um recorde sobre os

números passados. O aumento é de 8,2%, ou 15,9 milhões de toneladas, sobre da produção de 2013/14, de 193,62 milhões de toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, no dia 11 de setembro, o 12º e último levantamento da safra 2014/15.

A soja e o milho safrinha fo-

ram os principais responsáveis pela safra recorde de grãos no período, afirmou o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Marcelo Melo. A soja apresentou incremento de 11,8%, chegando a 96,2 mi-lhões de toneladas. O milho 2ª safra regis-trou 54,5 milhões de toneladas, avanço de 12,6% sobre o ciclo anterior.

“Mais uma vez, o agronegó-cio dá resposta positiva para a economia do País. Este é um setor que dá resultado”,

Arquivo

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disse Melo. Os ganhos de produtividade, com aplicação de novas tecnologias, cola-boraram para o desempenho positivo.

O trigo está em início de co-lheita em alguns estados do Centro-Oeste, Sudeste e no Paraná. Apesar da redução de área de 10,4%, a expectativa é de au-mento de produção, podendo chegar a sete milhões de toneladas, graças sobre-tudo à recuperação da produtividade no Rio Grande do Sul.

Segundo o diretor da Conab, em 2014 a produção foi afetada pelo cli-ma, principalmente no RS. Neste ano, no entanto, houve recuperação. “A produção no Rio Grande do Sul tem expectativa de excelente qualidade, se não houver impac-to do El Niño.”

Plantio - As intenções de plantio para a próxima temporada são oti-mistas. O diretor de Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, dis-se que os números do último levantamento da safra 2014/2015 dão animo para a atual safra. “O resultado implica nas decisões do agricultor e o ponto de partida está bom”.

Em relação à contratação do crédito rural, o diretor lembrou que houve ampliação de 4% em julho e agosto nos financiamentos de custeio e investimen-to. “A demanda por crédito rural tende a avançar nos próximos meses de setembro, outubro e novembro”, ressaltou.

O diretor disse ainda que o atraso na liberação de recursos para o pré--custeio neste ano não deve prejudicar a produção. “As contratações de crédito em julho compensaram, em parte, a deficiên-cia de pré-custeio em maio e junho”, disse. Ele analisou ainda que, do ponto de vista de impacto inflacionário, a produção recor-de é um fator importante para a manuten-ção dos níveis de preço ao consumidor e

que é “melhor administrar excesso de ofer-ta do que falta de produtos”.

Área - A pesquisa registra 58 milhões de hectares da área total, com au-mento de 1,7% maior em comparação com a safra 2013/14. A expansão da área foi de 976,1 mil hectares. A soja apresentou cres-cimento de 6,4%, ou 1,9 milhão de hecta-res, em relação ao ciclo anterior. Já o milho segunda safra teve acréscimo de 4,1%, ou 376,4 mil ha. No total, a área da soja é de 32,1 milhões de hectares, e a de milho se-gunda safra, de 9,6 milhões.

A pesquisa foi realizada entre os dias 23 a 29 de agosto e apresenta in-formações sobre área plantada, produção e produtividade média e stimadas, evolução do desenvolvimento das culturas e pacote tecnológico utilizado pelos produtores, além de evolução da colheita e outras variáveis. (com informações da Conab)

Marcelo Melo: “Mais uma vez, o agronegócio

dá resposta positiva à economia do País”

Guilherme Rodrigues/Conab

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Eventos

GTPS apoia evento sobre adubação de pastagens e pecuária

Adubação de pastagens, pecuária de cria, gestão, manejo, mercado de fer-tilizantes, mercado de leite e recursos

financeiros estão entre os temas quer serão discutidos no Encontro dos Encontros, pro-movido pela Scot Consultoria de 29 de se-tembro a 2 de outubro, em Ribeirão Preto e Serra Negra, no interior de São Paulo. Durante o evento, que conta com o apoio do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), se-rão apresentados diversos casos de sucesso.

Nos três primeiros dias, de 29 de setembro a 1º de outubro, o encontro será em Ribeirão Preto, no Centro de Even-tos do Ribeirão Shopping. O último dia, 2 de setembro, será uma demonstração prática na fazenda Nata da Serra, em Serra Negra. Segundo Fernando Sampaio, presidente do GTPS, a realização de eventos como este é muito benéfica para o segmento.

“É extremamente importante que os diferentes agentes da pecuária es-tejam constantemente em contato para a troca de informações e conhecimento. Dis-seminar bons exemplos brasileiros mostra o quanto já evoluímos nas boas práticas agro-pecuárias, além de servir como incentivo para os demais produtores aderirem à sus-tentabilidade nos mais diversos sistemas de produção do País”, afirma Sampaio.

Criado no final de 2007 e for-malmente constituído em junho de 2009, o GTPS é formado por representantes de di-ferentes segmentos que integram a cadeia de valor da pecuária bovina no Brasil, entre eles indústrias, organizações do setor, pro-dutores e associações, varejistas, fornece-dores de insumos, bancos, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e universidades. O objetivo do GT é debater

Fazenda de gado em Alta Floresta, no Mato Grosso, onde o GTPS realiza alguns eventos

Divulgação

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58º Leilão Virtual CV Nelore Mocho será dia 27 de setembro

Nelore Mocho

Arquivo Carlos Viacava

Após a realização de três remates com grande sucesso, chegou a vez do último leilão CV de 2015. Trata-se do 58º Leilão Virtual CV Nelore Mocho, que será rea-lizado no dia 27 de setembro, a partir das 14h, ao vivo pelo canal Terraviva para

todo o Brasil. Serão ofertados 126 touros da safra 2013, com média de idade de 23 me-ses, rústicos, criados e recriados a campo e com a garantia de fertilidade CV.

Os touros, em média, pesam mais de 20 arrobas e são classificados Top 10% no programa de avaliação genética da ANCP. “É a última oportunidade doa no para adquirir a genética CV. Este leilão marca o encerramento da safra com muita qualidade. É o compromisso da nossa marca de fornecer genética melhoradora que assegure maior rentabilidade”, destaca Carlos Viacava.

e formular, de maneira transparente, princípios, práticas e padrões comuns a serem ado-tados pelo setor, que contribuam para o desenvolvimento de uma pecuária sustentável, socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável.

Em 2014, o grupo recebeu o Certificado de Excelência em Sustentabilidade na categoria Governança Corporativa, entregue pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) em reconhecimento ao processo claro e transparente de tomada de deci-sões e demonstração de resultados do GTPS. Para mais informações sobre o Encontro dos Encontros, acesse www.encontros.scotconsultoria.com.br.

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Opinião

O futuro dos sistemas agroalimentares no Brasil*Daniel Meyer

O aumento da população e do consumo global de alimentos está colocando demandas sem precedentes sobre a agricultura e o planeta. As projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) estimam a população mundial em

quase 10 bilhões de pessoas no ano de 2050. Para atender às nossas necessidades e aos padrões de consumo, a produção de alimentos precisa crescer substancial-mente, enquanto, ao mesmo tempo, precisamos encolher a nossa pegada ecológica, para agirmos com sustentabilidade.

Não resta dúvida de que, durante as últimas décadas, a agropecuária brasileira arquitetou uma história de sucesso, sendo um dos principais responsáveis pelo desempenho econômico do País. Com investimento em ciência e tecnologia o Brasil em pouco tempo virou um dos maiores produtores mundiais de alimento. Embo-ra o aumento da produtividade e a qualidade de vida no campo desempenharam um papel importante, os desafios daqui em frente serão outros, submersos num sistema alimentar global altamente competitivo e complexo.

Não apenas o recente recuo e as incertezas vinda do mercado chinês, principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, estão comprometendo o setor. Eventos inesperados, como secas e sucessivas tempestades, novas pragas e doenças, problemas de infraestrutura e logística, dificuldades na liberação de credito agrícola, crises políticas, entre outros, estão transformando a agricultura brasileira num grande quebra-cabeça.

No seu livro “A Lógica do Cisne Negro” o matemático Nassim Nicholas argumenta que a nossa história está marcada por episódios imprevisíveis e impactan-tes, cuja natureza extraordinária brota cada vez mais ao redor do globo e continuarão até provocarem uma mudança estrutural nas nossas formas de viver e pensar.

Quem sabe não seja mera coincidência, mas o recente relatório sobre os futuros riscos agropecuários no Brasil, elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em parceria com Embrapa e o Banco Mundial, classifica eventos climáticos extremos, pragas e sanidade vegetal, gestão da produção e de recursos naturais, logística e infraestrutura como prioridades de gestão agrícola no Brasil para as próximas décadas.

A agricultura brasileira já demanda hoje transformações estratégicas, no-

Divulgação

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vos modelos de negócios sustentáveis, inovação nos sistemas de produção e apli-cação de novas tecnologias, infraestrutura e logística. No outro elo da cadeia os consumidores estão cada vez mais conscientes e exigentes, usando blogs nas redes sociais para discutir novas formas de consumo. Em resposta a essa nova realidade, alguns produtores já começaram a mudar sua forma de atuar no campo, combinan-do alta produtividade com preservação ambiental, integrando lavoura com pecuária, experimentando com agricultura de precisão, controle biológico e reaproveitando os resíduos da produção.

O agricultor 2.0 – empreendedor do campo – ganhará destaque nes-se novo cenário. Resiliência será a palavra-chave, não eficiência. Em nível governa-mental, a Embrapa tenta acompanhar as rápidas mudanças do setor. Recentemente lançou o Agropensa, com o objetivo de gerar informações qualificadas, a pesquisa e inovação para o avanço da agropecuária brasileira. Entretanto, vivemos um momen-to de desaceleração, mudanças e complexidades. Dessa vez a transformação será além do Estado e além do Mercado.

Elinor Ostrom, da Universidade de Indiana, primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Economia, em 2009, demonstrou várias vezes em seus estudos que nem o Estado centralizado ou os atores do mercado, sozinhos, possuem os recursos necessários para afrontar as incertezas dos desafios socioambientais do século XXI. Seu trabalho sobre os bens comuns defende a sabedoria da diversidade institucional em cima da Panaceia. Ou seja, outros incentivos serão necessários para estimular o setor agrícola brasileiro a se reinventar em grande escala.

Durante a última década no Brasil, têm se proliferado iniciativas público privadas, esquemas globais de certificação e intervenções da cadeia de suprimentos que buscam promover uma produção e comercialização sustentável. Tais iniciativas, como a Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS), Forest Stewardship Council (FSC), Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), Bonsucro, Di-álogos Florestais, a Moratória da Soja, a Moratória da Carne, Programa Municípios Verdes, entre outros, têm criado soluções viáveis, deliberativas e transparentes valo-rizando todo o sistema agroalimentar.

Ainda meramente desconhecidas para o público, mas com credibilidade internacional, incorporam de forma flexível e igualitária os interesses de grupos so-ciais, ambientais e econômicos. Incentivam financeiramente os produtores e regiões que optam por seguir certos princípios e critérios de sustentabilidade. Com mais de uma década de implantação as iniciativas têm incluído centenas de empreendimen-tos certificados e cobrindo milhões de hectares pelo país, protegendo florestas e incentivando boas práticas agrícolas.

Essa nova forma de governança agrícola será uma das peças chaves para enfrentar a diversidade e complexidade dos desafios da agricultura global, aju-dando a realizar uma transição mais ampla para o desenvolvimento rural sustentável no Brasil.

*Daniel Meyer é gerente da RTRS no Brasil

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Network CanaMix 2015

O evento já é esperado por todos durante a semana da Fenasucro&Agrocana

Uma noite agradável, com temperatura baixa e cheiro de mato; a Fazenda São Ge-raldo, localizada no município de Sertãozinho, foi mais uma vez a escolhida como o ambiente ideal para receber amigos e empresários do setor do agronegócio na

8ª edição do Network CanaMix. Com músicas ao vivo e chope super gelado, o encontro que aconteceu na

quinta-feira, 27 de agosto, já é tradicional na semana da Fenasucro. Uma data reservada para momentos de descontração entre muitos amigos, apreciando um bom prato e oca-sião propicia para novos contatos.

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Como não poderia ser diferente, a diver-são da noite ficou por conta do humorista Chico Loro-ta, interpretado por Roberto Edson, que divertiu a todos por horas com seus causos incríveis. Porém, um atrativo que literalmente abriu o paladar de todos foi o esperado porco e costela no rolete, sempre realizado pelo grande amigo Badô.

O clima de festa ainda não traduz que o setor tenha recuperado o sucesso de anos atrás, porém, demonstra que mesmo em meio à crise do país, as em-presas não se deixaram abater e estão otimistas, inves-tindo numa breve recuperação do setor.

Convidados se divertem com o Show do Chico Lorota

O famoso Porco no Rolete do Buffet do Badô

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Network CanaMix 2015

O clima de esperança reuniu assuntos e empresas em comum. Nessa 8ª edição foram 11 empresas patrocinadoras que compareceram em peso e pude-ram convidar seus clientes e parceiros a participarem do jantar.

BUG BRASIL PENTAGRO

PROSUGAR

JAGUAR

TECHFERTIL e GREEN

ELANCO e QUÍMICA REAL

KAP’SEG

QUÍMICA REAL

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Usina São Martinho

Network CanaMix 2015

Algumas usinas como Usina Central Portuguesa da Venezuela, Guarani, Pi-tangueiras, Umoe, São Martinho, Sonora, Vale Verde, dentre outras, estiveram presentes.

É sempre pensando em tudo isso, que o Grupo AgroBrasil, responsável pelas edições da Revista Terra&Cia / CanaMix e do Guia de Compras SA, realiza anual-mente a confraternização.

Apesar de um ano muito difícil, consegui-mos realizar mais um Network CanaMix, quero assim agradecer a confi ança e a parceria de todos aqueles que nos ajudaram a realizar mais este grande evento. Isso demonstra que a esperança de tempos melhores está bem viva.

Em 2016 com certeza faremos uma festa ainda melhor e aguardaremos todos vocês!

Finaliza Plínio César.

Usina Central Portuguesa

da Venezuela e Gasil

Usina Guarani

Usina Pitangueiras Usina Sonora

Usina Pitangueiras

Usina Vale Verde

Usina Vale Verde

Usina Umoe

Plínio César e Ana Paula

Diretores do Grupo AgroBrasil

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Embalado em saches hidrossolúveis de 100 gramas em baldes invioláveis de 8 kg.

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Job: Syngenta09do15 -- Empresa: McGarryBowen -- Arquivo: AFA-21364543-Actara-Cana-205x275_pag001.pdfRegistro: 172652 -- Data: 13:08:06 02/09/2015