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1 REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014 Ribeirão Preto SP Novembro - 2014 Ano 7 - Nº 77 R$ 10,00 POLÍTICA: Setor espera por mudanças em segundo mandato de Dilma Rousseff CADERNO TERRA & CIA: Cafeicultor é afetado por quebra na produção de arábica Conferência Internacional Datagro reúne mais de 600 profissionais e fala sobre o presente e o futuro do segmento canavieiro EM DEBATE O SETOR Campanha ‘etanol completão’ está de volta Programas de capacitação tecnológica a distância Cafeicultor é afetado por quebra na produção

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Economy & Finance


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1REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014

Ribeirão Preto SPNovembro - 2014

Ano 7 - Nº 77R$ 10,00

POLÍTICA: Setor espera por mudanças em segundo mandato de Dilma Rousseff

CADERNO TERRA & CIA: Cafeicultor é afetado por quebra na produção de arábica

Conferência Internacional Datagro reúne mais de 600 profi ssionais e fala sobre o presente e o futuro do segmento canavieiro

EM DEBATEEM DEBATEO SETOR

Campanha ‘etanol completão’ está de volta

Programas de capacitação tecnológica a distância

Cafeicultor é afetado por quebra na produção

REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20142

3REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014

Carta ao leitor

Que a força esteja conosco!

EDoismilequatorze temsidoumanoatípico.Aindaqueosprofissionaisque trabalhamcom a terra estejam acostumados as intempéries climáticas, a seca que atingiu grande parte do Centro-Sul surpreendeu a todos. Os canaviais não completaram seu ciclo de de-

senvolvimento e o resultado estamos vivenciando agora. Falta matéria-prima nas usinas e a sa-fra será menor.

Porteira a fora, foi um ano de muitas promessas e poucas ações. Em época de eleições, os envolvidos pouco fazem além de comícios, participações em programas de rádio e televisão, apertosdemãos,epromessasquedeveriamsercobradasnumfuturopróximo.

É justamente isso que o setor sucroenergético precisa fazer. Dilma Rousseff (PT) continuará no comando do país por mais quatro anos. O setor não

tem todo este tempo para começar a reagir. Algumas medidas, como o aumento da mistura de etanolanidronagasolina,avoltadaContribuiçãodeIntervençãonoDomínioEconômico(Cide)sobreocombustívelfóssil,alémdeumaadequaçãonosleilõesdeenergiadoBrasil,precisamser tomadas o quanto antes.

ElizabethFarina,presidentedaUnica–UniãodaIndústriadeCana-de-Açúcar,comentouodiscursodeDilmalogoapósosresultadosdasurnasseremdivulgados.ApetistaafirmouqueparaoBrasilvoltaracrescer,retomaráodiálogocomdiversasáreas,inclusive,oagronegócio.“Nãopodemossaberseodialogoserápositivoounão,maséimportantequeapresidentede-monstrecomclarezaqualopapelelaesperadaagroenergianamatrizenergéticabrasileira,seéprotagonista ou se é secundário”.

Defato,éprecisoumtempoparaqueapresidenteestabeleçasuanovaequipeeconômi-ca,para,apartirdaí,cobrarasdevidasações.

Apenascomoexemplo,senhorapresidente,osetorcanavieiroestáprontoparaajudaropaísnocolapsoenergéticoquesedesenhaháanos.Temosbagaçoepalhaparageraraener-gia de uma Itaipu.

Estamospreparados,também,paracontribuircomomeio-ambienteecomofluxodecai-xadaPetrobras,queaoimportargasolinaparasuprirademandain-terna, registra prejuízos mensalmente. Nosso etanol é limpo, susten-távelegenuinamentebrasileiro.

Queospróximosquatroanostenhamemcomumapenasonome e o partido de quem os comandará. E que o setor, antes no vermelho,volteaoazul,aosmenosnascontas.

Foto

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ção

Expediente

Diretor: Plínio CésarGerente de Comunicação: Luciana Zunfrilli

RedaçãoEditor Chefe: Doca PascoalReportagem: Marcela ServanoColaboração: José Osvaldo Bozzo e Plinio NastariFoto da capa: DatagroEditor Gráfi co: Jonatas Pereira

Publicidade: AlexandreRichards(16)988284185 [email protected] FernandoMasson(16)982711119 [email protected] PlínioCésar(16)982421177 [email protected]

Assinaturas:[email protected]

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Contatos com a redação: [email protected]

ISSN: 2236-3351

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Artigos assinados, mensagens publicitárias e ocaderno Marketing Canavieiro refl etem ponto de vista

dos autores e não expressam a opinião da revista.É permitida a reprodução total ou parcial

dos textos, desde que citada a fonte.

Plinio Cesar, [email protected]

REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20144

5REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014

REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20146

Guia de Compras SA

PG ÁREA ADMINISTRATIVA ANUÁRIO .....................................................................31 AGRIANUAL ........................................ (11)45041414 BANCOSINSTITUIÇÃOFINANCEIRA ............................14 BANCOOB........................................... (16)3456740714 SICOOB ...................................................1634567407 CHURRASCARIA/RODÍZIO ..........................................7 COXILHADOSPAMPAS ..................... (16)36296017 CONSULTORIAESTRATÉGIAORGANIZACIONAL .........28 ARAUJORTC ....................................... (16)3237020819 DATAGRO ........................................... (11)41333944 CONSULTORIAGESTÃOAMBIENTAL ..........................28 ARAUJORTC ....................................... (16)32370208 CURSOSETREINAMENTOS.........................................28 ARAUJORTC ....................................... (16)32370208 ENTIDADESEASSOCIAÇÕES ......................................14 BANCOOB........................................... (16)3456740714 SICOOB ...................................................1634567407 EVENTOS .....................................................................27 GRUPOIDEA...............................................35140631 FEIRAS, SIMPÓSIOS E EVENTOS .................................27 GRUPOIDEA...............................................3514063113 MULTIPLUS ........................................ (16)21328936 SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO ...................................28 ARAUJORTC ....................................... (16)323702089 ARGUS ............................................... (19)38266670

35 BASFDOBRASIL ................................ (11)3043227336 BAYERCROPSCIENCE ........................ (16)213254052 DUPONT ............................................ (11)41668041 PLANTADORAS DE CANA ............................................20 CIVEMASA .......................................... (16)33828222 TRANSBORDOS ...........................................................20 CIVEMASA .......................................... (16)33828222

PG ÁREA INDUSTRIAL CABOSDEAÇO ...........................................................28 ARAUJORTC ....................................... (16)32370208 CLARIFICANTES ..........................................................4 PROSUGAR ........................................ (81)32674759 DESCOLORANTES .......................................................4 PROSUGAR ........................................ (81)32674759 EMPILHADEIRAS .........................................................20 EMPIZA EMPILHADEIRAS ........................1935713000 EPIEQUIPAMENTOSDEPROTEÇÃOINDIVIDUAL ........28 ARAUJORTC ....................................... (16)32370208 MEDIDORES,TRANSMISSORESDEVAZÃOENÍVEL ....11 DWYLER ............................................. (11)26826633 PRODUTOSESISTEMASCONTRAINCÊNCIO...............28 ARAUJORTC ....................................... (16)323702089 ARGUS ............................................... (19)38266670 SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO ....................................28 ARAUJORTC ....................................... (16)323702089 ARGUS ............................................... (19)38266670

PG ÁREA AGRÍCOLA COLHEDORAS DE CANA ..............................................20 CIVEMASA .......................................... (16)33828222 DEFENSIVOSAGRÍCOLAS ............................................36 BAYERCROPSCIENCE ........................ (16)21325405 EPIEQUIPAMENTOSDEPROTEÇÃOINDIVIDUAL ........28 ARAUJORTC ....................................... (16)32370208 FERTILIZANTES ...........................................................36 BAYERCROPSCIENCE ........................ (16)21325405 FUNGICIDAS ................................................................35 BASFDOBRASIL ................................ (11)3043227336 BAYERCROPSCIENCE ........................ (16)213254052 DUPONT ............................................ (11)41668041 HERBICIDAS ................................................................35 BASFDOBRASIL ................................ (11)3043227336 BAYERCROPSCIENCE ........................ (16)213254052 DUPONT ............................................ (11)41668041 IMPLEMENTOSAGRÍCOLAS ........................................20 CIVEMASA .......................................... (16)33828222 IMPLEMENTOSAGRÍCOLASPEÇASESERVIÇOS .......20 CIVEMASA .......................................... (16)33828222 INSETICIDAS ...............................................................35 BASFDOBRASIL ................................ (11)3043227336 BAYERCROPSCIENCE ........................ (16)213254052 DUPONT ............................................ (11)41668041 MATURADORESEREGULADORESDECRESCIMENTO

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REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 20148

ArquivoCanaMix

Sumário

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Marketing Canavieiro-InseticidaAtabron,daArysta,agoraparacana-de-açúcar- DuPont Proteção de Cultivos tem novo diretor de Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil

Capa- O setor e seu futuro discutidos durante a Conferência Internacional Datagro -Artigo:Apoucodivulgadacontribuiçãodo etanol para a redução de importação da gasolina

Portal CanaMix- Minas Gerais quer menos imposto e mais etanol -Campanha‘etanolcompletão’estádevolta-GrupoClealcodoaR$90milpara pronto-socorro de Penápolis-UsinaSãoFernandocelebraoDia das Crianças com ação social- Da Mata realiza palestra para idosos em Lavínia (SP)

MercadoTereos tem prejuízo no 1ºtridasafra2014/15

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30

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CaféCafeicultor é afetado por

quebranaproduçãodearábica

ProgramaSenarabreprogramas

de

capacitaçãotecnológicaadistância

PolíticaSetor espera por mudanças

em segundo mandato

de Dilma Rousseff

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Mercado

Tereos tem prejuízo no 1º tri da safra 2014/15Números indicam prejuízo líquido de R$ 32 milhões quando

comparado com o mesmo trimestre do ciclo 2013/14

Da redação

A Tereos Internacional, empresa que no Brasil tem operações de pro-cessamento de milho, mandioca

e cana-de-açúcar, sendo, neste último,a terceira maior produtora de etanol do país, informou seus resultados no trimes-treencerradoem30dejunho,equivalen-teaoprimeiroperíododasafra2014/15.

OsnúmerosindicamprejuízolíquidodeR$32milhõessecomparadocomore-sultadolíquidopositivodeR$8milhõesob-tidonomesmotrimestredociclo2013/14.Oprejuízo líquidoatribuível aosacionistasda controladora foi de R$ 31,7 milhões,contraumlucrolíquidodeR$8,6milhões

em igual trimestre do ano passado.A empresa, que atua também na

Europa, África e Ásia, disse que o seg-mento de amidos e adoçantes apresen-toupequenamelhora,masonegóciodeálcool na Europa foi afetado pelos bai-xos preços de etanol e também ao fatoque o trigo processado pela unidade foi comprado a preço de mercado. “As ope-raçõesdoOceanoÍndicoregistrarames-tabilidade, enquanto a rentabilidade naÁfricasofreucomoiníciotardiodasafrae deterioração das condições de merca-do”, informou em nota.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) dacompanhia caiu 17,4%, a R$ 173 mi-

lhões. Ainda no comunicado, a Tereosafirmouqueaoexcluirofeitocontábilpo-sitivosobreoprimeirotrimestredociclopassadodacontroladaGuarani,oEbitdapermaneceemlinhacomoanoanterior.

ComrelaçãoaosnegóciosvoltadosaGuarani,acompanhiaregistrounopri-meirotrimestredasafraumEbitdaajus-tado ao valor justo dos ativos biológi-cosdeR$95milhões,valor24%abaixodo registrado em igual trimestre do ciclo anterior.

De acordo com o comunicado, houveaumentodamoagem,assimcomoreceita com cogeração de energia, mas também retração no faturamento comaçúcar.

Empresa aponta aumento da moagem e receita com cogeração de energia, mas retração no faturamento com açúcar

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Política

Setor espera por mudanças em segundo mandato de Dilma Rousseff

Petista terá mais quatro anos para mostrar ao segmento o que não conseguiu até agora

Da redação

Para superar a crise vivida pelo segmentReeleita para o segun-do mandato, a presidente Dilma

Rousseff (PT) terá pela frente grandes desafios. Ao menos no discurso, ela afirma que para fazer o Brasil voltar a crescer irá dialogar com diversas áre-as,entreelas,oagronegócio.

O presidente da Associação Brasi-leira do Agronegócio (Abag), Luiz Car-

losCorrêaCarvalho, afirmou logoapósaeleição,ocorridaem26deoutubro,àAgência Estado, que é necessária uma tréguadosetorsucroenergéticoàpresi-dente para avaliar quais medidas ela to-maráapartirdeagora.“Achoquetemosde encarar como uma nova eleição, es-perar, ver o que ela pretende fazer e até quepontoapresidenteabsorveráoquefoi proposto”, disse. “Foi eleição muito dividida, mas sem programa de governo para discutir”, completou ele.

Presidente prometeu mais diálogo para o Brasil voltar a crescer

AUniãodaIndústriadeCana-de--Açúcar(Unica)esperaqueDilmaapre-sente políticas mais claras para o setor decombustíveisquepossambeneficiaros produtores de etanol. “Não pode-mossaberseodialogoserápositivoounão, mas é importante que a presidente demonstre com clareza qual o papel ela espera deste setor na matriz de energia brasileira, se é um papel protagonistaou se é secundário”, afirmou a presi-dentedaUnica,ElizabethFarina.

AindadeacordocomaexecutivadaUnica,políticasmaisclarasparase-tordecombustíveispoderiamajudarasusinas de etanol a lidar com o elevado endividamento, já que com o controle de preços da gasolina, usado artificial-menteparacombaterainflação,tirouacompetitividade do etanol.

Outro ponto defendido por Farina é o reconhecimento das “externalida-des positivas do etanol”, como o fato deele serumcombustívelmenospo-luente. Para ela, isso poderia ser feito pormeiodorestabelecimentodaCide,tributoincidentesobreagasolina.

O setor sucroenegético luta por atenção do Governo Federal já que, desde a crise financeira mundial em 2008, até2013,maisde70usinas jáfecharamasportasnoBrasil,informouaUnicaemrelatóriorecente,quecon-tabilizouainda66unidadesprodutorasem recuperação judicial, considerando aquelas em operação e inativas.

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Capa

Em sua 14ª edição, participantes da Conferência discutem soluções para a saída da crise e as oportunidades para recuperação do setor

Evento contou com cerca de 650 participantes

Elizabeth Farina fala sobre a importância do mercado de etanol hidratado

Com informaçõesda assessoria Datagro

Nosdias20e21deoutubro,emSão Paulo, capital, 650 partici-pantes e 40 palestrantes de 32

países estiveram presentes durante a 14ª edição da Conferência Internacio-nalsobreAçúcareEtanol,realizadapelaDatagro.Emsuamaioria,CEO’sedire-toresfizeramdoencontroummomentoimportante para troca de informações, ideias, opiniões e soluções para o setor.

Com palestras e discussões de elevado nível técnico, a Conferência dis-cutiu estimativas de safra, tendências de mercado no Brasil e no mundo, a impor-tânciadomercadodeetanolhidratado,perspectivas de aumento da eficiência

O setor e seu futuro discutidos durante a Conferência Internacional Datagro

dos veículos flex usando etanol, comootimizar o custo do ATR - Açúcar To-tal Recuperável contido na cana, e mui-tosoutrostemasdegrandeimportância

para o setor.Um dos destaques ficou para as

estimativas da safra 2015/16 anuncia-das por Plínio Nastari, presidente da Da-

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Luiz Fernando de Sá, José Luiz Tejon, Mariana Godoy e Heródoto Barbeiro

Mônika Bergamaski diz que o país precisa de políticas públicas para alavancar o setor

tagro e curador do evento. O presidente apontou para uma menor oferta de cana emrespostanovamenteàfaltadechu-vas,enquantobaixosinvestimentosemrenovação impactarão negativamente os canaviaisnapróximasafra.

Sobre a importância domercadodeetanolhidratado,houveumpaineldedebates com a participação dos CEOsdos principais grupos sucroenergeticos no Brasil: Biosev, Copersucar, Raízen, SãoMartinho e Tereos, sob a coorde-naçãodeElizabethFarina,presidentedaUnica.“Dessaforma,discutiretanolhi-dratado é uma questão estratégica”, dis-se Farina, que completa. “Através dele, o Brasil pode recuperar sua relevânciano mercado”.

Foi discutido também o fim dascotas de produção da União Europeiaeosestoques internacionaisdeaçúcarpuderam situar o que esperar do merca-donospróximosanos.

De acordo com José Orive, dire-tor executivo da ISO, após2017 a Eu-ropapoderáproduzirumamédiade19milhõesdetoneladasdeaçúcar,voltan-do a ter condições de atender a deman-dainternaeexportar2,5milhõesdeto-neladas no médio prazo.

Enquanto isso não acontece, atu-almente, o elevado estoque mundial de açúcartemafetadoacapacidadederea-ção dos preços. Dessa forma, para Ivan Melo, diretor comercial da Raízen, o mercado precisa corrigir os preços para

Paulo, JoséLuizTejon,eoeditor-che-fe da revista IstoÉ, Luiz Fernando de Sá, foram quase unanimes quanto a impor-tância da mudança da consciência dapopulação em relação ao etanol e ao açúcar.

Segundo eles, o setor precisa tra-balharmaisativamenteoscanaisdeco-municação, não apenas para estimular o consumodeetanoletambémdeaçúcar,como tambémdesmitificar o setor quetemcontribuídomuitoparaomeioam-biente,paraodesenvolvimentodaspe-quenas cidades e para a economia do Brasil.

Aindadentrodestecontexto,paraa secretária de Agricultura e Abasteci-mentodoEstadodeSãoPaulo,MônikaBergamaski,opaísprecisadepolíticaspúblicasparaalavancarosetorcomme-nos impostos e mais investimentos em pesquisaseproduçãodecana-de-açú-car. A secretária enfatizou ainda que “os debatesrealizadosdurantea14ªConfe-rênciaInternacionalDatagrosobreAçú-car e Etanol demonstram que ainda te-mos esperança”, diz.

Nos bastidores do evento, diver-sos líderes e empresários do setor tam-bém se referiram à importância dosdebates neste momento crucial, paraplanejar um futuro mais promissor.

““Dessa forma, discutir etanol hidratado é uma

questão estratégica. Através dele, o Brasil

pode recuperar sua relevância no mercado.

Elizabeth Farina, presidente da Unica.

escoaroaçúcaremestoque.Passando de mercado para socie-

dade,os jornalistasHeródotoBarbeiro,MarianaGodoy,odiretordoNúcleodeEstudosdoAgronegócio,daESPMSão

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Capa

A pouco divulgada contribuição do etanol para a redução de importação da gasolina

*Plínio Nastari

No acumulado de janeiro a agosto desde ano, o consumo de com-bustíveis do ciclo Otto (gasoli-

na mais etanol) cresceu 9,05% quan-do comparado a igual período de 2013. Em gasolina equivalente, o consumo de cicloOttoaté agosto foi de34.549.183m³,contra31.681.855m³nomesmope-ríodo do ano passado. Este é um cres-cimento impressionante, em particular quandoaeconomiacresceapenas0,3%em 2014. Esta performance indica uma elasticidade-renda bastante elevada doconsumo de combustíveis leves utiliza-dosemtransporte,reflexodocrescimen-todomercadodeautomóveisnoBrasil.Estenãoéumfenômenonovo,ouparti-cularde2014.Oconsumodecombustí-veis do cicloOtto cresceu às seguintestaxasanuais,desde2008:11,6%(2008),7,1%,9,4%,6,7%,8,1%e5,0%(2013).

No mesmo período de oito meses em 2014, o consumo de gasolina C (ga-solina pura mais etanol anidro) cresceu 7,17%,portantoabaixodamédiadoci-clo Otto, em contraste ao aumento ob-servado no consumo de etanol hidrata-do,de19,75%.OconsumodegasolinaCpassoude26.944.211m³nosprimeirosoitomesesde2013,para28.875.978m³em2014,aumentode1.931.767m³.Eoconsumodeetanolhidratadopassoude6.768.062m³em2013para8.104.579m³em2014,aumentode1.336.517m³.

O consumo de etanol anidro, que émisturadoàgasolina,tambémcresceubemacimadopercentualobservadoparaa gasolina C, do qual faz parte. Este fato

se explica pelo fato de que desdemaiode2013amisturacombustívelfoieleva-dade20%para25%.Oconsumodeani-dropassoude6.080.774m³nosprimei-rosoitomesesde2013,para7.218.995m³em2014,aumentode1.138.221m³,ou18,72%.

O consumo de gasolina A (pura), nos primeiros oito meses de 2014 caiu 9,10%, para 18.964.816 m³, con-tra 20.863.438m³ em igual período de2013.

Portanto, resumidamente, nos pri-meiros oito meses de 2014, o consu-mo de ciclo Otto cresceu 9,05%, o degasolina C 7,17%, o de etanol hidrata-do19,75%,eodeetanolanidro18,72%,e o consumo de gasolina A (pura) caiu 9,10%.

O consumo de gasolina A caiu ape-sardoaumentoexpressivonoconsumode gasolina C. Isso se deveu ao efeito combinadodoelevadoaumentonocon-sumo de etanol anidro e hidratado. É aqueda do consumo de gasolina A que tem propiciado a redução da importação de gasolina.

A importação de gasolina (A) nos primeiros oito meses de 2014 foi de 1.688.427,95 m³, contra 2.488.726,22m³em2013,umareduçãoexpressivade32,16%, ou de 800,3milhões de litros.Estareduçãosónãofoimaior,poiscres-ceu o consumo de gasolina C como um todo.

A redução de importação de ga-solinaserepetiutambémnoúltimomêsde setembro, quando foram importados72.732,73m³,contra141.583,84m³emsetembrode2013.

Plínio Nastari, presidente da Datagro

Em 2014, o preço médio de impor-taçãodagasolinafoide0,73centavosdedólarporlitro–àtaxadecâmbiode2,50pordólar,equivalentesaR$1,825porli-tro. Portanto, a redução na importação de gasolinaem2014 (janeiroasetembro),propiciada pelo aumento no uso do eta-nol,permitiuumaeconomiade634mi-lhõesdedólaresnabalançacomercial.

Caso não tivesse havido nenhumaumento no consumo de etanol, anidro ehidratado,somentenosprimeirosoitomeses de 2014 o consumo de gasolina teria sido maior em 2.073.782,9 m³, oque teria gerado uma importação adicio-nal que teria custado aopaísUS$1,51bilhãoadicionais.

Estatemsidoacontribuiçãosilen-ciosaqueosetordoaçúcaredoetanoltemdadoàbalançacomercialeàsaúdedaeconomiabrasileira,aomesmotem-po em que atravessa a pior crise de sua

19REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014

Desafios e oportunidades: planejando para o futuro

E N E GR YRESEARCHINSTITUTE

SSAMOI B

Midia Parceira: Midia Parceira:

Realização/Curadoria:

+55 (11) 4193-4031 [email protected] www.datagroconferences.com

Mais informações:

650 PARTICIPANTES 47 PALESTRANTES 32 PAÍSES

A 14ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol foi um sucesso. Ao todo, 650 participantes e 47 palestrantes de 32 países fizeram do encontro um momento excepcional para troca de informações, ideias, opiniões e soluções para o setor sucroenergético mundial.

Agradecemos a todos que estiveram conosco e colaboram para esta com mais uma edição desta importante Conferência. Juntos, pudemos contribuir para mais um debate sobre desenvolvimento econômico, através do setor que dá energia ao mundo.

E, em decorrência do resultado do evento deste ano, a 15ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol já tem data definida.O evento será realizado nos dias 21 e 22 de setembro de 2015.

Garanta já sua participação, com desconto especial.

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REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201420

Capa

história.Criseque temcomoprincipalfundamentoosubsídiodepreçoàga-solina, e a política fiscal que zerou a ta-xação (Cide) incidente sobre a gasoli-na.Entrejaneiroesetembrode2014,adefasagem de preço média da gasolina foide17,85%,segundooacompanha-mento diário da Datagro.

E enquanto o país importa gaso-linaaumpreçomédiodeR$1,83porlitro(aocâmbioatual),opreçodoani-dro que a substitui numa relação 1:1é de apenas R$ 1,3 por litro, e o do hidratado é de somente R$ 1,14 porlitro.

É lamentável que a política pú-blica não esteja valorizando a contri-buição que o etanol temdado para oequilíbrio do mercado de combustí-veis do ciclo Otto. O maior consumo deetanoltemsidoviabilizado,nosúl-

A importação de gasolina (A) nos primeiros oito meses de 2014 foi de 1.688.427,95 m³

timos dois anos, por um aumento de produção que ocorre porque o preço doaçúcarseencontradepreciado,emfunção de estoques elevados no mer-cado mundial. No entanto, esta situa-ção tende a se inverter no futuro o que, na falta de uma perspectiva de valori-zaçãodoetanolcombustível,podege-rar um novo ciclo de aumento e depen-

dência por gasolina importada.

*Plínio Nastari é presidente da Da-tagro Consultoria, mestre e doutor em economia agrícola pela Iowa State Uni-versity, foi presidente do Conselho Di-retor da Associação Brasileira de Enge-nharia Automotiva (AEA), e professor de micro e macroeconomia na EAESP-FGV.

21REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014

REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201422

Opinião

Obrigações acessórias:munição para os órgãos públicos

*José Osvaldo Bozzo

A ideia central deste artigo é dis-seminar a importância do cum-primentodasobrigaçõesfiscais

acessórias. Nosso foco consiste emdemonstrar a importância da acuida-dedessasobrigaçõescomomeioqueo Fisco possui de fiscalizar e contro-lar a ocorrência de condutas prescritas como hábeis de fazer incidir a normadetributação.Nãoobstante,demanei-ra bastante objetiva, tentaremos indi-carqueaAdministraçãoTributária,aoimpor alguns deveres formais, pratica certosexcessosecolocaemriscotodaa sistemática do instituto. Por isso, a

tentativa de demonstrar que a origem daschamadas“obrigaçõesacessórias”deverá seguir os mesmos alcances atri-buídosaoexercíciodacompetênciale-gislativadecriaçãode tributos,obser-vando o processo legal de enunciação de cada ente competente, em sua fun-ção delegada pela Constituição Federal do Brasil.

FÁBRICA DE LEIS – Por sermosum dos países que mais produz leis, seja do ponto de vista legal ou infrale-gal,écrucialquehajaatençãoaoobe-decer todo o nosso ordenamento jurí-dico, considerando ser esse um dos principais fatores do sistema jurisdicio-nal, que é o conjunto de normas feitas sobo amparodosprincípios constitu-cionais. Com a vasta edição de medi-dasprovisórias,portarias,atosdeclara-tórios,decretos,enfim,torna-sequaseque impossível ter total domínio e co-nhecimento do que é instituído diaria-mente.Eopioréqueaninguémcabealegardesconhecimentodasleis.

APLICAÇÃO DA LEGALIDADE–Eé por esta razão que partimos da pre-missadequeasobrigaçõesacessóriasou os deveres instrumentais, enquanto obrigaçõesdefazer,nãofazeroucon-sentir algo estão intimamente relacio-nadas ao implemento das normas jurí-dicasde tributação, sendocertasque,para a criação de tais obrigações, asregras constitucionais são as mesmas: deverá guardar respeito ao princípio da legalidade.Nobojodestecontextoinse-re-se a questão das normas que tratam da observância no cumprimento dasobrigaçõesacessóriasaqueestãosu-jeitas as empresas, independentemente

do ramo de sua atividade. Acreditamos que, para a maioria dos doutrinadores, os excessos de tantas obrigações es-tão atrelados não só àquelas em queo contribuinte está obrigado a prati-car, mas, principalmente, como parâ-metro de tolerância do sujeito passivoà fiscalização. Fato é que as obriga-çõesacessórias,nadoutrinatributária,servem como instrumentos de caráter administrativo.

E MAIS “ACESSÓRIOS” – Outroaspecto a ser notado, e que muitas ve-zesdámargemainterpretaçõesdúbias,é que a “acessoriedade” de que tra-ta o Código Tributário Nacional (CTN)não pode ser confundida ou lida com a mesmaaparênciaque lhedáoCódigoCivil, pois a regra de que o acessóriosegue o principal não encontra ampa-ro no CTN. Ou seja, a “acessoriedade” necessita ser vista de acordo com os finsqueopróprioCTNproclama,queéo interesse da arrecadação e da fisca-lizaçãodostributos.Bastaanalisarmososartigos113,122,194e197doCTN.

A propósito, este Código foi re-cepcionado como norma geral, porém com status de lei complementar em re-lação às obrigações acessórias. Nãoobstante,nemtudooqueprevêoCTNsobre tais obrigações deve ser consi-derado como norma geral, pois o su-jeito passivo da obrigação acessória,do ponto de vista legal, não está mui-tobemdefinido,hajavistaaredaçãodoseu artigo 122 dar margem para outras indagações.

INTERAÇÃO SEGURA COM O CONTRIBUINTE – Na realidade, comodissemos em outras ocasiões, a fun-

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çãodaobrigaçãoacessóriaémuniciara administração dos órgãos públicosde elementos capazes de interagir onli-necomocontribuinte,afimdemantera segurança, o monitoramento e, prin-cipalmente, a fiscalização dos valores arrecadados junto ao erário. São me-canismos cada vez mais severos, inte-ligentes, modernos e apropriados para impedirasonegaçãoeaevasão tribu-tária. Por essa razão, consultores ex-ternos e especialistas de empresas exercemuma atividade de extrema re-levância na gestão dos seus negóciosfiscais. Não só colaboram no cum-primento das obrigações acessórias,como também subsidiam e colaboramcomaadministraçãopública.Umages-tão eficaz na área fiscal demonstra es-tar adaptada aos inúmeros recursosde monitoramento que a Receita Fede-ral possui. Basta constatar a instituição doSistemaPúblicodeEscrituraçãoDi-gital (SPED),compostopelosmódulosEscrituraçãoContábilDigital(ECD),Es-crituração Fiscal Digital (EFD) e NF-e (NotaFiscalEletrônica)emdomíniona-cional.Todoessesistemapassouaexi-girqueosmecanismosatreladosàsin-formações contábeis e fiscais estejamem conformidade com as regras pré-determinadasporaqueleórgão.

SEM RESTRIÇÕES–Éfatoquea

Receita Federal deve fiscalizar, e cabeao contribuinte prestar informações.Porém, em hipótese alguma poderá oórgão público, ainda que involuntaria-mente, criar restrições ou proibiçõesimpostasàsempresascomoformain-direta de obrigá-las ao pagamento dedeterminado tributo. A exemplo dis-so, a forma como são impostas algu-mas obrigações acessórias acaba porqualificá-las como verdadeiras sanções políticas. Exemplos mais comuns quetemos hoje são: a restrição ao contri-buintederenovaçãoouretiradadecer-tidões de regularidade fiscal, a suspen-são da inscrição estadual, a restrição do contribuinte inadimplente perante oCNPJ, etc. Referidas restrições podem causar verdadeiros embaraços ao de-senvolvimento regular das empresas, podendo estas, na medida em que se sentirem prejudicadas, recorrer ao Po-der Judiciário. Fato é que a Receita Fe-deral do Brasil (RFB) está cada vez mais preparadaparaauditaroscontribuintessem a necessidade de estar “fisicamen-te” nas empresas. A auditoria informati-zada será a fonte do auditor fiscal a par-tirde2015,umavezquepraticamentetodas as informações necessárias já estarãonasuabasededados.Nopas-sado iniciou-se o processo por meio da NFe, passando pelo SPED Fiscal, SPED Contábil,EFDContribuições,eagorate-

remosoE-LALUReEFDSocial(contri-buiçõestrabalhistas).

GRAÇAS À TECNOLOGIA–Outroavanço foi a unificação da Secretaria da Receita Federal e do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), formando a Receita Federal do Brasil, o que aca-bouocasionandoaimplantaçãodeumaúnicacertidãonegativadedébitoscoma Fazenda Nacional. Tais controles in-formatizadosestãoganhandocadavezmais importância e se tornando umaferramenta essencial para fazer frente àtecnologiautilizadapelaReceita.NãobastaterapenasumEnterpriseResour-ce Planning (ERP), é preciso estruturar as informações, fortalecer os contro-les para que sejam previamente valida-dososdadosdisponibilizadosàRecei-ta já apartir de2015. Issocontribuirápara evitar autuações fiscais e desgas-tes em processos administrativos e ju-diciais, os quais trazem elevados cus-tosparaonegócio.

*José Osvaldo Bozzo é consul-tor tributarista é consultor, tributarista e sócio da MJC Consultores. Formado em Direito, foi também sócio da BDO e da KPMG e professor de Planejamen-to Tributário na USP – MBA de Ribei-rão Preto.

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Da redação

Minas Gerais quer menosimposto e mais etanol

Com informações da assessoria Siamig

A Assembleia Legislativa deMinas Gerais (ALMG) abriu umaconsultaaocidadãosobreoProjetodeLei(PL)5.494/14,quereduzaalíquotado ImpostosobreCirculaçãodeMercadoriaseServiços(ICMS)incidentesobreoetanolhidratadocombustívelde19%para14%,enviadopelogovernoàquelaCasanodia30/09/14.

Oprojetotemoobjetivodeincentivaroconsumodecom-bustível limpoerenovávelnoEstadoe,casosejaaprovado,Mi-nasGeraisteráasegundamenoralíquotadeICMSdopaíssobreoetanolhidratado,somenteatrásdeSãoPauloqueéde12%ehojemaiorcentroconsumidordocombustívelnopaís.

No portal da ALMG, o cidadão pode votar a favor ou contra oprojetoefazerocomentário.Paraparticiparbastaacessarositewww.almg.gov.br,preencherumrápidocadastroefazeravotação.

DiversosmateriaishospitalaresforamentreguespeloGru-po Clealco ao Pronto-Socorro de Penápolis (SP). A ação,

ConfiraoutrosdestaquesnoPortalCanaMix.

Campanha ‘etanol completão’ está de volta

Grupo Clealco doa R$ 90 mil para pronto-socorro de Penápolis

Com informaçõesdaassessoriaUnica

A União da Indústria deCana-de-Açúcar (Uni-ca) lançou no fim de se-tembro uma nova faseda campanha publicitá-ria “Etanol, o combustívelcompletão”. Focada princi-palmente no estado de São Paulo, a ação tem como objetivoreforçarosimpac-

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Proposta visa alterar o ICMS incidente sobre o etanol hidratado de 19% para 14%

Quando lançada pela primeira vez, em 2012, a campanha alavancou as vendas em 10% em São Paulo

O prefeito de Penápolis, Célio de Oliveira, e o diretor da Clealco, Júnior Bassetto (ao centro) entregaram R$ 90 mil em equipamentos hospitalares

tospositivosdoetanolparaaeconomiaeomeioambiente,ein-centivarseuconsumo.“Comaretomadadacampanhaqueremosrelembraraosconsumidoresasvantagenseosbenefíciosdobio-combustível.Oetanolgeraganhosambientais,sociaisepromoveocrescimentoeconômicodeformasignificativaemmaisdemilmunicípiosbrasileiros”,dizapresidentedaUnica,ElizabethFarina.

Quandolançadapelaprimeiravez,emnovembrode2012,acampanhaalavancouasvendasdeetanolnoestadodeSãoPau-

lo,queemapenasummêsdeveiculaçãocresceram10%.Noanopassado,aaçãopublicitáriatambémchegouaoutrostrêsestados:Paraná, Goiás e Minas Gerais.

“Neste momento, o preço do etanol está mais vantajoso do queodagasolinaparaoconsumidor,ouseja,aparidadede70%já foi atingida em alguns estados, mesmo assim a demanda pelo produto não reagiu como se esperava. Isso reforça o nosso diag-nósticodequeocontatodiretocomopúblicodeveserconstan-te”,afirmaFarina.

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Usina São Fernando celebra o Dia das Crianças com ação social

Da Mata realiza palestra para idosos em Lavínia (SP)

Usina São Fernando, em Dourados (MS)

Usina Da Mata

Com informações da assessoria Da Mata

Em comemoração ao Dia do Idoso, comemorado em 1º de ou-tubro,oConselhoMunicipaldoIdosodeLavínia(SP),convi-

douatécnicadeSegurançadoTrabalhodaUsinaDaMata,AnaFlávia Ferreira de Sousa, para realizar uma palestra com o tema “PrevençãosobreQuedas”atodososidososdomunicípio.

Oeventofoi realizadonatardedodia28deoutubro,noCentro de Convivência do Idoso (CCI), onde estavam reunidos maisde60idosos,entreeles,membrosdaTerceiraIdadeemo-radores do Asilo.

Duranteapalestra,AnaFláviaalertousobreosperigosqueosidosospodemencontrardentrodesuascasas,citandooba-nheirocomoomaiorcausadordeacidentesna terceira idade.Além de ressaltar os cuidados que devem ser tomados para evitar quedas,apalestrantetambémcontoualgumashistóriasdemoti-vação, encerrando assim o evento.

Sugestões através do e-mail [email protected]

Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix

ParacelebraroDiadasCrianças,oscolaboradoresdaUsinaSão Fernando, em conjunto com a diretoria, reuniram-se para

uma ação social. Sessenta e uma crianças carentes cadastradas no CRAS (Centro de Referência a Assistência Social) do Bairro CachoeirinhaemDourados(MS)receberampresentesarrecada-dospelostrabalhadores.

Aotodo,foram183brinquedos,entreguesnodia10deou-tubroduranteeventopromovidopelaempresa,quecontouaindacombrincadeiraselanche.

Durante a comemoração, as crianças prepararam tam-bémumaapresentaçãomusicalparaosrepresentantesdaSãoFernando.

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quetotalizouR$90mil,atendeaumcompromissocomfirma-doentreausinaeoMinistérioPúblicodoTrabalho.

Peloacordo,aempresateriaquereverterR$90milemdoações para alguma entidade filantrópica de sua escolha,sendoomunicípiodePenápolisoescolhido.

Entre os materiais entregues estão: camas para adultos e crianças, poltronas reclináveis, eletrocardiogramas, monito-resmultiparâmetros,entreoutros.

REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201428

Marketing Canavieiro

Inseticida Atabron, da Arysta, agora para cana-de-açúcar

O Atabron 50 EC é um inseticida fisiológico que age no crescimento da broca-da-cana, especificamente na sua mudança de estágio

O inseticida Atabron, da Arysta Li-feScience, obteve registro paracombateàbrocadacana-de-açú-

car (Diatraea saccharalis). Essa pragacompete com a produção da cana, ataca oscolmosecausacontaminaçãoàma-téria-prima, prejudicando a indústria e aáreaagrícola–jáquereduzaprodutivida-de–,sendoencontradanasculturasdasregiões Centro-Sul e Nordeste do Brasil.

Ocontroledabroca-da-canaé re-alizadopormeiodomanejo integrado–controlebiológicocomacotésia(vespi-nhaconsideradaomaiseficienteagentedecontrolebiológicodessaenfermidade)parainfestaçõesbaixas.Jáparaaltasin-festações, a indicação é utilização de de-

fensivoagrícola,comoAtabron.Atabron50ECéuminseticidafisio-

lógicoqueagenocrescimentodabroca-da-cana,especificamentenasuamudan-ça de estágio, promovendo o controle da praga.“Éumanovaferramentaàdisposi-ção do agricultor, que traz de forma efeti-vaumacontribuiçãoparaosganhosdosindicadoresfinanceirosdosetorsucroe-nergético.Atabronestádisponívelemto-dos os estados produtores”, aponta José RenatoGambassi, gerente demarketingcanadaArystaLifeScience.

Esse é um momento crucial para o ciclo da produção da cana, alerta Gam-bassi. Nos meses de setembro e outu-bro,aschuvasretomamnoCentro-Sule

a praga inicia o seu ciclo, seguindo até março/abril do ano seguinte. “Temos oinseticida já disponível para proteger a canadabrocaeoperíododoanoéideal,já que sempre recomendamos o controle nos primeiros meses de infestação ou ci-clo dessa praga”.

Durante o evento de lançamento, especialistasrenomadosdebaterãosobreomanejo integradoeo impactodabro-cadacana-de-açúcarsobreaeficiênciaindustrial, além de apresentação técnica do produto e esclarecimentos aos partici-pantes.Comessaconquista,aArystano-vamenteampliaseuportfólioemcanaesegue conquistando participação de mer-cadonaculturadacana-de-açúcar.

Canavial sadio é um grande aliado no aumento de produtividade

29REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014

Canavial sadio é um grande aliado no aumento de produtividade

REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 201430

Marketing Canavieiro

DuPont Proteção de Cultivos tem novo diretor de Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil

“Minha missão nesta nova etapa será assegurar recursos à área de Pesquisa & Desenvolvimento e reforçar a visão dos clientes no desenvolvimento de soluções na área de Proteção de Plantas”

Marcelo Okamura ingressou na DuPont em 2004 e vem traçando sua história junto da empresa

O engenheiro agrônomo MarceloOkamura é o novo diretor dePes-quisa & Desenvolvimento da DuPont

doBrasilProteçãodeCultivos.Oexecutivo,queatéomêsdesetembroúltimoocupouocargodediretordeMarketingdaempresa,assumiu a liderança do Centro de Pesqui-sas e Desenvolvimento da DuPont, situado no município de Paulínia (SP), onde funcio-na um dos mais modernos centros de pes-quisas e inovação da empresa.

OkamuraingressounaDuPontem2004,comolíderdeMarketingeVendasdo segmento de Especialidades da área de Proteção de Cultivos. Atuou depois como diretor de Vendas e assumiu em 2007adireçãodeMarketing.

Em sua passagem pela direção de Marketing,Okamuracontribuiudecisiva-mente para contínuo crescimento da área deProteçãodeCultivos.“Minhamissão

nesta nova etapa será assegurar recur-sos à área de Pesquisa & Desenvolvi-mento e reforçar a visão dos clientes no desenvolvimento de soluções na área de ProteçãodePlantas.Tenhocomometasoferecer condições ao desenvolvimento profissional denossoscolaboradoresereforçar a posição do Brasil como polo gerador de conhecimento para a Du-Pont”,salientaOkamura.

Nascido em Londrina (PR), Mar-celo Okamura graduou-se engenhei-ro agrônomo na Universidade EstadualPaulistaJúliodeMesquitaFilho–Unesp,deJaboticabal(SP).

Com especialização em Adminis-traçãodeMarketingnaFGV–FundaçãoGetúlioVargas,eoutrosdiversoscursosrealizadosdentroeforadoBrasil,oexe-cutivodetémprofundoconhecimentodomercado mundial de agroquímicos.

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Cafeicultor é afetado por quebra na produção de arábica

Senar abre programas de capacitação tecnológica a distância

REVISTA CANAMIX |NOVEMBRO | 201432

Cafeicultor é afetado por quebra na produção de arábica

De acordo com o boletim “Ativos do Café”, em Guaxupé (MG) o custo operacional total aumentou em 27,9%

Com informaçõesda assessoria de imprensa CNA

Nasafra2013/2014oBrasilregis-trou queda de produtividade do café ará-bica. A baixa nos números provocou,consequentemente, redução na renda do cafeicultor nas principais regiões produ-toras, especialmente em Minas Gerais, o maiorestadoprodutor.Guaxupé,tradicio-nal região cafeeira no sul de Minas, teve o Custo Operacional Total (COT) aumen-tadoem27,9%.

Osdadosestãonoboletim“Ativos

doCafé”,elaboradopeloCentrodeInte-ligência e Mercado da Universidade Fe-deraldeLavras(CIM/UFLA),emparceriacom a Confederação da Agricultura e Pe-cuária do Brasil (CNA).

Osproblemasmeteorológicosocor-ridos nos primeiros meses de 2014 foram preponderantes para a redução na produ-çãodeArábica.Comisso,aprincipaljusti-ficativaparaosimpactosdasadversidadesclimáticas no custo de produção está rela-cionadaàquebramaiornarendadobene-ficiamentodocafé,enãonacargaproduti-va,conformeapontadopelaConab.

DeacordocomosnúmerosdoBo-letim, considerando a produção plena na safra atual, os custos em setembro/14seriam de R$ 466,30/saca. Na simula-ção de redução na produção estes cus-tosficaramemR$596,47/sacanomes-momês;umaumentode27,9%.

O levantamento mostra, ainda, que a cafeicultura manual, no terceiro trimes-tre de 2014, apresentou custo 1,43 ve-zes maior em comparação com a lavou-ra mecanizada, sem considerar a redução de produção estimada pela CompanhiaNacionaldeAbastecimento(Conab).

Algodão pluma é um dos produtos que mais tem potencial de crescimento da produção

Café

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1P (PÁGINA DE ANÚNCIO)

REVISTA CANAMIX |NOVEMBRO | 201434

Senar abre programas de capacitação tecnológica a distância

A capacitação oferecida foca a atualização dos profi ssionais nas principais mudanças e transformações tecnológicas no processo produtivo

Com informaçõesda assessoria de imprensa

O Portal de Educação a Distânciado Serviço Nacional de Aprendizagem Rural(Senar)abriu inscriçõesparaqua-tro programas gratuitos de capacitação tecnológicaadistância(EaD),nasáreasde Suinocultura, Floricultura, Silvicultura eHeveicultura.Acapacitaçãotecnológi-ca foca a atualização dos profissionaisnas principais mudanças e transforma-ções tecnológicas significativas no pro-cesso produtivo.

Cada programa terá cursos com cargahoráriaespecífica,ouseja,opar-ticipante não vai precisar concluir todo o programapara receber a certificação.Além disso, os cursos terão atividades de aprendizagem e ações interativas como fórunsechats.“Comisso,oparticipan-te vai poder escolher dentro do progra-maoconteúdomaisadequadoàssuasnecessidades”,explicaapedagogaeas-sessora técnica do Senar, Larissa Arêa. As capacitações são voltadas para quem já tem formação inicial em alguma ativi-dade agropecuária.

Na área de floricultura, por exem-plo, o participante vai encontrar material sobremanejosdosolohidropônicoedosubstrato,conservantes,fisiologia,plan-tiodemudas,poda,colheita,embalagense padrão de qualidade. Em Floricultura o portal EaD Senar vai ofertar três cursos que são: Sistemas Produtivos e Mane-

jos Culturais na Floricultura; Produção de Flores de Corte, Flores de Vaso e Plantas Ornamentais; Legislação, Planejamento e o Mercado de Flores.

Na área de Suinocultura serão dois cursos: Assuntos Gerais na Suinocultu-raeProduçãonaSuinocultura.Oconteú-do programático trará o panorama da sui-nocultura brasileira, além de aprofundartemascomoobemestar animal,medi-caçãodesuínos,anatomiaefisiologiare-produtivasuína,inseminaçãoartificialemsuinoculturaehigiene,segurançaebem--estardotrabalhadordasgranjas.

No setor de Heveicultura, que é a práticadecultivodaheveaspp.,espécie

conhecidacomoseringueiraedeondeéextraídoolátexeproduzidaaborracha,oSenar vai ofertar três cursos, sendo Siste-mas de Cultivo da Seringueira e Produção de látex, Produção deMudas de Serin-gueiraeLegislação,RelaçõesdeTraba-lhoeCooperativismonaHeveicultura.

No programa de Silvicultura, se-rãoofertados trêscursosquevãoabor-dar os Sistemas de Cultivo na Silvicultu-ra e Projetos Florestais, a Produção de Mudas e Manejo Produtivo na Silvicultu-raeaLegislação,RelaçõesdeTrabalho,CertificaçãoeGestãodoEmpreendimen-to Florestal.

Oportunidade aos profi ssionais que não têm disponibilidade para estar numa sala de aula

Capacitação

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