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1 XXXII SEMANA MÉDICA MEDICINA ESPORTIVA: ORIENTANDO E EXERCITANDO A SAÚDE QUARTA-FEIRA (07/05/2014) - MANHÃ APRESENTAÇÃO DE TRABALHO ORAL (ANFITEATRO) Neste segundo dia de evento, foram apresentados os trabalhos orais, segue abaixo o resumo de cada trabalho: ISOQUERCETINA: BIODISPONIBILIDADE E MECANISMO DE AÇÃO Apresentador: Guilherme Di Camillo Orfali Banca Examinadora: Denise Goncalves Priolli; Thalita Rocha; Mario Ângelo Claudino; Alessandra Gambero; Vitor Piquera A manhã inicia-se com a apresentação oral do trabalho do aluno Guilherme Orfali que demonstra o método que foi utilizado para realizar o trabalho. O aluno explica que a Isoquercitina é um flavonóide, comparando a biodisponibilidade da rutina, quercetina e Q3G. A dieta hiperlipídica aumenta a absorção de quercitina e isoquercitina. A Isoquercitina apresenta vários efeitos farmacológicos: o principal deles é o fato desse flavonóide ser antioxidante diminuindo a peroxidação lipídica, aumentando a absorção da vitamina C e diminuindo a depleção da gutationa. Estudos apontam que a quercitina glicona tem maior ação antioxidante, mas esses são efeitos in vitro que podem não ter efeitos in vivo. O segundo efeito farmacológico apontado no trabalho é o anti-inflamatório, basicamente pelo mecanismo de inibição da cox-2. Outros efeitos são efeitos antialergênico, antiasmático, antiproliferativo/quimiopreventivo, este último sendo de extrema importância para a pesquisa

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XXXII SEMANA MÉDICA – MEDICINA ESPORTIVA: ORIENTANDO E EXERCITANDO A SAÚDE QUARTA-FEIRA (07/05/2014) - MANHÃ APRESENTAÇÃO DE TRABALHO ORAL (ANFITEATRO)

Neste segundo dia de

evento, foram apresentados os

trabalhos orais, segue abaixo o

resumo de cada trabalho:

ISOQUERCETINA:

BIODISPONIBILIDADE E

MECANISMO DE AÇÃO

Apresentador: Guilherme Di Camillo Orfali Banca Examinadora: Denise Goncalves Priolli; Thalita Rocha; Mario Ângelo Claudino; Alessandra Gambero; Vitor Piquera

A manhã inicia-se com a

apresentação oral do trabalho do

aluno Guilherme Orfali que

demonstra o método que foi

utilizado para realizar o trabalho.

O aluno explica que a

Isoquercitina é um flavonóide,

comparando a biodisponibilidade

da rutina, quercetina e Q3G.

A dieta hiperlipídica

aumenta a absorção de

quercitina e isoquercitina. A

Isoquercitina apresenta vários

efeitos farmacológicos: o

principal deles é o fato desse

flavonóide ser antioxidante

diminuindo a peroxidação

lipídica, aumentando a absorção

da vitamina C e diminuindo a

depleção da gutationa. Estudos

apontam que a quercitina glicona

tem maior ação antioxidante,

mas esses são efeitos in vitro

que podem não ter efeitos in

vivo.

O segundo efeito

farmacológico apontado no

trabalho é o anti-inflamatório,

basicamente pelo mecanismo de

inibição da cox-2. Outros efeitos

são efeitos antialergênico,

antiasmático,

antiproliferativo/quimiopreventivo,

este último sendo de extrema

importância para a pesquisa

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deste trabalho. Também há o

efeito neuroprotetor devido a

antioxidação e aumento da

concentração de níveis

intracelulares de colesterol.

Os outros efeitos são:

antidiabéticos, anti-hipertensivos/

cardioprotetor por aumento de

diurese, antioxidacão, aumento

de óxido nítrico. Os efeitos

pleiotrópicos também são

importantes, pois alteram a

composição da placa de ateroma

dando maior estabilidade a ela. O

efeito antiviral inibe a replicação

viral por diminuir vários fatores

que a célula infectada produziria.

Portanto, a isoquercitina

tem muitos efeitos benéficos,

para tanto, deve se ter mais

estudos visando sua ação e

utilização terapêutica.

Neste momento, foi aberta

discussão entre o aluno e banca.

AVALIAÇÃO DA

TERAPEUTICA NÃO

MEDICAMENTOSA EM

PACIENTES HIPERTENSOS EM

POSTO DE SAÚDE DA

FAMILIA NILDA COLLI EM

BRAGANÇA PAULISTA

Apresentadora: Gabriela Silva Santos Banca Examinadora: Denise Goncalves Priolli; Thalita Rocha; Mario Ângelo Claudino; Alessandra Gambero; Vitor Piquera

A manhã segue com o

trabalho de Gabriela Santos que

visa avaliar a terapêutica não

medicamentosa em pacientes

hipertensos em posto de saúde

da família Nilda Colli em

Bragança Paulista.

A aluna explica que o

trabalho foi proposto pela alta

freqüência da doença

hipertensiva em consultas neste

posto de saúde e devido ao

seguinte dado que impactou o

estudo: no ano 2010 houveram

mil mortes nos EUA.

O objetivo da pesquisa foi

analisar se o hipertenso tem

conhecimento e adere à

terapêutica medicamentosa e

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também se ele atribui

importância a essa terapêutica.

Além disso, a intenção é abordar

quais as terapêuticas mais

utilizadas.

Foi explicado o método

para a realização do trabalho e a

montagem do questionário

utilizado para a pesquisa o qual

foi elaborado com uma

linguagem simples e bem

objetiva que facilitasse o

entendimento do paciente. Este

questionário foi composto por 10

perguntas.

O resultado mostra que a

idade média dos entrevistados foi

de 56, 2 anos. Além disso,

quando perguntado se sabiam o

que era a hipertensão 60%

afirmou que sim. Foi perguntado

se os pacientes acreditavam se a

doença tem cura e metade

respondeu que acreditam que

sim. Outra pergunta foi se o

medico explicou se há tratamento

para pressão alta sem

medicamento e 73% responde

que não e a mesma porcentagem

faz o uso de medicamento

contínuo.

Porém, apesar de não

terem sido orientados pelos seus

médicos, 93% são adeptos a

terapêutica não medicamentosa

fazendo exercício físico e

controle alimentar. A medida não

medicamentosa mais freqüente

foi o lazer e a alimentação e a

menos freqüente foi o exercício

físico.

Nenhum dos pacientes

referiu o lazer como uma

terapêutica medicamentosa, mas

eles têm consciência de que não

ficar nervoso, nem estressado

melhoram os níveis pressóricos.

Verificou-se que ainda há

muito que se conhecer sobre os

hábitos do paciente hipertenso e

que isso pode ser mandatório na

escolha da terapêutica mais

eficaz e completa,

individualizando e elaborando

alternativas as dificuldades

biopsicossociais que podem ser

encontradas. Tem que haver

uma abordagem centrada na

pessoa, melhorando a qualidade

de vida de cada paciente.

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Foram realizadas

perguntas a aluna neste

momento da apresentação.

REATIVIDADE VASCULAR DE

ARTÉRIAS MESENTÉRICAS

APÓS ADMINISTRAÇÃO DE

FLAVONÓIDES EM RATOS

OBESOS

Apresentadora: Isabela Marina Ressineti Mendes Banca Examinadora: Denise Goncalves Priolli; Thalita Rocha; Mario Ângelo Claudino; Alessandra Gambero; Vitor Piquera

A programação tem seu

seguimento com a exposição do

trabalho da aluna Isabela

destacando a reatividade

vascular de artérias mesentéricas

após administração de

flavonóides em ratos obesos.

A aluna destaca que a

obesidade é uma doença

multifatorial e muito comum em

diversos países. Além disso, é

um importante fator de risco

cardiovascular principalmente

pelo desbalanço entre

substâncias oxidantes e

antioxidantes, determinando o

estresse oxidativo.

O obeso é um individuo

portador de inflamação crônica e

com aumento de espécies

reativas de oxigênio. Isso

contribui para que haja um

prejuízo na reatividade vascular

desses indivíduos.

A substância estudada foi

o grupo dos flavonóides, que são

compostos polifenoicos derivado

de plantas. Um deles é a

hesperidina, abundante em frutas

cítricas, mas com baixa

biodisponibilidade por apresentar

uma baixa absorção intestinal.

Foi exposto o objetivo

deste trabalho que consiste em

avaliar os efeitos crônicos em

ratos obesos do uso de

flavonoides. Neste momento a

aluna explicou o método

utilizado. Este envolve o tempo

de tratamento que foi de 12

semanas, sendo que nas ultimas

8 semanas foi administrado o

flavonoide.

Durante a realização do

trabalho, avaliou-se peso,

gordura e processamento

histológico da artéria (a artéria

utilizada foi a mesentérica

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superior). A experimentação

contou com a artéria dissecada e

fixada em paraformaldeído.

Os resultados

apresentados mostram que os

flavonoides não foram capazes

de impedir o aumento do peso e

o acúmulo de gordura. Também

foi apresentado que o grupo do

controle tem relaxamento efetivo

dos vasos após a administração

da acetilcolina, o que não

acontece nos obesos. Os três

grupos estudados não tiveram

alterações morfológicas.

Portanto os flavonoides

não interferiram no controle de

peso e no acúmulo de gordura

em dieta hiperlipídica.

Por fim, a aluna conclui

que a disfunção vascular é por

acúmulo de efeitos oxidantes.

Foram realizadas

perguntas para a aluna.

RELAÇÃO DA EXPRESSÃO DE

MARCADORES DE HIPÓXIA E

APELINA EM ANIMAIS EM

COLITE AGUDA

Apresentadora: Camila Henrique Moscato Banca Examinadora: Denise Goncalves Priolli; Thalita Rocha; Mario Ângelo Claudino; Alessandra Gambero; Vitor Piquera

O seguimento do evento se

dá pelo trabalho apresentado

pela Camila Moscato que explica

a relação da expressão de

marcadores de hipóxia e apelina

em animais em colite aguda.

A inflamação intestinal

ocorre pela quebra da barreira do

epitélio, ocorrendo

posteriormente o recrutamento

de células inflamatórias. Dessa

forma, causa inflamação local

podendo gerar hipóxia.

A aluna estudou os efeitos

da apelina, uma proteína

endógena que tem função de

proliferação celular. Ela ainda

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destaca que há um aumento de

oxido nítrico nos tecido

inflamados, interferindo na

produção de oxigênio.

O objetivo do estudo foi

analisar o efeito da proteína

apelina em animais com colite.

Para isso, foram analisados três

grupos: um de colite aguda, outro

de colite crônica e o terceiro foi o

grupo controle.

Os animais foram

sacrificados e as amostras foram

analisadas. A partir daí,

primeiramente caracterizou-se a

colite pelo peso dos animais e

pela área macroscópica.

A partir de protocolos a

aluna citou que cada sinal de

inflamação acrescentava pontos

no escore.

Decorrente da analise dos

resultados o grupo referente a

colite aguda apresentou índices

maiores de inflamação do que o

grupo controle, além de perda de

peso e aumento da enzima

mieloperoxidase, alteração

estrutural do epitélio, aumento do

HIF, aumento do pelina, aumento

do VEGF e da óxido nítrico

sintetase.

Já na colite crônica

observou-se um aumento da

mieloperoxidase, perda de peso

com aumento da hipóxia, inibição

do HIF, aumento leve da apelina

e aumento do VEGF.

Em relação aos tratados

com LNAME houve um aumento

do HIF, VGEF e apelina.

Como conclusão é possível

dizer que há uma relação entre a

hipóxia e a inflamação, sendo

que o óxido nítrico influencia na

hipóxia inibindo HIF.

Foram atribuídas

perguntas a aluna.

INVESTIGAÇÃO DO

POTENCIAL CITOTÓXICO/

APOPTOTICO DA RUTINA

ENZIMATICAMENTE

MODIFICADA

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Apresentador: Renato Colenci Banca Examinadora: Denise Goncalves Priolli; Thalita Rocha; Mario Ângelo Claudino; Alessandra Gambero; Vitor Piquera

O trabalho de Renato

Colenci investiga o potencial

citotóxico/apoptótico da rutina

enzimaticamente modificada. O

aluno ressalta a importância do

câncer de cólon retal que em

2011 causou, em média, 14.000

mortes no Brasil.

Os fatores de risco

associados a esta patologia são

relacionados à dieta rica em

gorduras e carnes e pobre em

fibras e em cálcio. Outros fatores

como idade, pólipos e doença

inflamatória também contribuem.

Os fatores protetores

relacionados ao câncer de cólon

são: a realização de atividade

física e a dieta rica em alimentos

vegetais. Esses alimentos,

contém como fatores protetores

vitaminas e flavonoides, os quais

tem estrutura polifenóica. Os

flavonoides mais comum são as

quercitina e a rutina as quais tem

alta distribuição nos alimentos,

mas baixa absorção e

biodisponibilidade. Para tanto,

uma das alternativas é a redução

dessa molécula o que facilita a

distribuição nos diversos tecidos.

Em relação a rutina os

resultados são controversos em

relação a sua ação anti-tumoral.

Na leucemia não diminuem a

apoptose, mas no câncer de

próstata e tumor hepático há

ação efetiva. Então apresenta um

efeito linhagem dependente.

Já ao se tratar da

quercitina observa-se uma ação

bifásica: em baixas

concentrações tem aumento da

proliferação e em altas

concentrações tem uma redução

da proliferação. Portanto, ela tem

uma ação em diferentes fases do

ciclo celular demonstrando uma

ação dose dependente e célula

dependente. A quercitina

também tem um papel

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antioxidante. Contudo, em altas

concentrações são pro oxidantes.

O aluno expõe o objetivo

do trabalho: avaliar in vitro a

ação da rutina em células de

adenocarcinoma de colón. Foi

explicado o método utilizado para

a realização do trabalho.

Os resultados indicam que

não houve indução de apoptose

inicial, o que está de acordo com

algumas literaturas. A apoptose

tardia também não teve aumento

significante, porém encontramos

o resultado inverso do esperado:

aumento da viabilidade celular.

As células com maior

concentração tiveram indução

significante em relação ao

controle.

O aluno conclui que há um

aumento da viabilidade celular

com correlação dose

dependente. A ação antioxidante

pode ser uma explicação para o

resultado obtido. Além disso, os

estudos in vivo são necessários

para verificar uma possível ação

antitumoral.

Neste momento, a banca

examinadora realizou uma serie

de perguntas ao aluno.

ESTUDO DO CRESCIMENTO

TUMORAL DA LINHAGEM Ht-

29 DE ADENOCARCINOMA DE

CÓLON EM CAMUNDONGOS

ATÍMICOS

Apresentador: Davi Fioravanti Gimenez substituído por Renato Colenci Banca Examinadora: Denise Goncalves Priolli; Thalita Rocha; Mario Ângelo Claudino; Alessandra Gambero; Vitor Piquera

O trabalho evidenciando o

estudo do crescimento tumoral

da linhagem Ht-29 de

adenocarcinoma de cólon em

camundongos atímicos é

apresentado pelo aluno Renato

Colenci que substituiu o aluno

apresentador Davi.

Os camundongos atímicos

são preferidos para realização do

estudo porque eles apresentam

uma resposta T suprimida. O

aluno destaca o trabalho como

de extrema importância porque

analisa a historia natural da

doença em cima da curva de

crescimento, que será

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responsável por promover a

terapêutica adequada.

O objetivo do trabalho

caracteriza-se pela análise do

crescimento tumoral em modelo

de xenoenxerto heterotópico de

adenocarcinoma de cólon.

Esses animais, por serem

imunossuprimidos, tiveram que

ter um cuidado especial com

materiais esterilizados, sala com

pressão positiva, temperatura,

umidade e iluminosidade

controlada além de brinquedos

estéreis.

O estudo analisou 5

animais avaliados por 6 semanas

e foi realizado xenotransplante

retirando células para cultura e

administrando injeção

subcutânea no dorso do animal.

Em relação ao crescimento

tumoral, foi feita mensuração

diária do volume. Após isso foi

feito o sacrifício dos animais e

realizou-se a análise

anatomopatológica.

Os resultados

apresentados mostram 100% de

sucesso do implante. Na

literatura esse sucesso varia de

60 a 100%. O tumor tem

aderência a planos profundos

com presença de mitoses

atípicas, acidofilia no citoplasma,

células de anel de Sinete e

crescimento tumoral

característico de

adenocarcinoma pouco

diferenciado.

O crescimento tumoral tem

curvas com período de

ascendência e descendência.

Primeiro, tem redução do

tamanho tumoral e

posteriormente, tem expansão

logarítmica dessas células que,

depois de um platô, tem uma

ascensão novamente.

Macroscopicamente foi

visualizada uma massa bem

visível e aderida a planos

profundos. O trabalho teve

bastante sucesso, principalmente

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quando se analisa a curva de

crescimento.

Foram realizadas

perguntas ao apresentador ao

final da apresentação

USO PROFILÁTICO DOS

FLAVONÓIDES RUTINA E

ISOQUERCITINA NO

ADENOCARCINOMA

COLERRETAL

Apresentador: Julio César Martins Valdivia Banca Examinadora: Denise Goncalves Priolli; Thalita Rocha; Mario Ângelo Claudino; Alessandra Gambero; Vitor Piquera

O uso profilático dos

flavonoides Rutina e

Isoquercitina no adenocarcinoma

colorretal é o tema do trabalho de

Julio Cesar que destaca que o

câncer é a segunda causa mais

comum de morte nos EUA. Com

relação ao câncer colorretal, este

é o quarto câncer mais comum

no mundo e o segundo mais

frequente em países

desenvolvidos. Este câncer tem

igual incidência em ambos os

sexos.

No Brasil, ocorre com

maior frequência em regiões

mais desenvolvidas e a taxa de

cura nessas regiões é em média

60%.

Em relação a terminalidade

da vida, assim que a doença tem

seu início desenvolvido, por mais

que sejam introduzidas diferentes

terapêuticas, o indivíduo não

voltará mais a ter seu estado

inicial de saúde e tende a evoluir

para a óbito. Devido a isso,

propõe-se uma atuação

profilática no tratamento dessa

patologia.

O objetivo deste trabalho

foi avaliar a atividade anti-

proliferativa e antioxidante dos

flavonoides. O aluno explicou o

método realizado para o trabalho

relatando que os camundongos

receberam a droga antes do

implante tumoral.

Os camundongos atímicos

são os que foram utilizados para

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o estudo que contou com o grupo

controle, rutina e isoquercitina.

O tratamento foi realizado

antes do implante tumoral por

técnica de gavagem e a dose

administrada foi de acordo com a

massa do animal. Foi

administrada uma injeção

subcutânea, no dorso do animal,

de células tumorais após 7 dias

que administrou a rutina.

Posteriormente,

homogeniza-se esses tumores,

mistura com ácido e depois

resfria e centrifuga.

Como resultados a taxa de

sucesso do implante foi 100%. A

intercorrência apresentada foi

morte de um camundongo por

sepse.

Com relação ao peso, o

grupo com maior ganho de peso

foi o controle. Em relação ao

crescimento tumoral, no sétimo

dia o grupo com isoquercitina

teve o menor crescimento

tumoral em relação ao grupo

controle e rutina. Abordando a

curva de crescimento tumoral foi

possível observar uma perda de

significância estatística e o

crescimento tumoral foi igual nos

3 grupos isso porque a

isoquercitina perdeu seu efeito,

pois foi administrada por apenas

7 dias. O maior dano oxidativo

ocorreu no grupo da

isoquercitina, porque os lipídios

de membrana desestabilizam as

células e levam a morte celular.

O aluno foi submetido a

perguntas pela banca

examinadora.

FOTOTERAPIA DINÂMICA NO

TRATAMENTO DO

OSTEOSSARCOMA

Apresentador: Filipe de Oliveira Carvalho Banca Examinadora: Denise Goncalves Priolli; Thalita Rocha; Mario Ângelo Claudino; Alessandra Gambero; Vitor Piquera

A manhã dessa quarta

feira encerra-se com o trabalho

oral do aluno Filipe de Oliveira

Carvalho, que aborda como tema

a fototerapia dinâmica no

tratamento do osteossarcoma. O

aluno define osteossarcoma

como neoplasia maligna de

origem mesenquimal com

produção de osteóide.

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O osteossarcoma ocorre

frequentemente em jovens e

adolescentes com leve

predileção para homens. Tal

patologia se apresenta com dor,

principalmente à noite, massa

palpável. LDH e fosfatase

alcalina são achados frequentes.

Os locais de difícil acesso

são a calota craniana e a coluna

vertebral sendo que o

acometimento da calota craniana

é rara, mas muito letal. O

diagnóstico é essencialmente

anatomo-patológico. Com isso,

visa-se a importância de buscar

novas terapêuticas em locais de

difícil acesso devido ao fato de

ser um tumor agressivo e a

terapêutica atual pouco eficaz.

Há poucos dados na literatura

tratando tal assunto.

O aluno relatou o método

que foi utilizado para a realização

do trabalho.

Em relação aos resultados

in vitro as células tinham um

manejo diferente do modelo in

vivo. As células ficavam

incubadas 24 horas com

fotosensibilizador e depois elas

eram irradiadas. A atividade

metabólica era inversamente

proporcional ao

fotosensibilizador. A

fotosensibilização induziu a

redução da atividade metabólica

da célula que diminui com o

aumento da concentração do

fotossensibilizador.

A irradiação é fundamental

para promover o efeito

fotodinâmico nas concentrações

terapêuticas. Em relação ao

conteúdo protéico, a fototerapia

que conta com fotosensibilizador

seguida da irradiação induz a

redução do conteúdo protéico

que diminui progressivamente

quando aumenta a concentração

do fotosensibilizador.

A fototerapia diminui a

sobrevivência da célula, que não

consegue se dividir e progredir

na proliferação celular. Aumenta

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também com a concentração do

fotosensibilizador. Em relação as

ROS, usando manitol e azida de

sódio, percebeu-se que esses

compostos foram inibidores da

fototerapia.

Na curva de sobrevida

observa-se uma baixa taxa de

mortalidade dos animais mesmo

com o óbito programado.

Em relação ao volume do

tumor de calota craniana,

naqueles que receberam a

fototerapia, que é imprescindível,

percebe-se controle do volume

tumoral.

Para concluir o aluno

expôs que a fototerapia inibiu o

crescimento e a viabilidade

celular in vitro e inibiu o

crescimento do tumor in vivo

chegando a diminuir o volume

tumoral. Foi ressaltado que é

uma terapia promissora.

Para finalizar as

apresentações de trabalho dessa

manhã, foram realizadas

perguntas da banca examinadora

ao aluno.

PALESTRAS NO SALÃO NOBRE (MANHÃ) MÓDULO III- CARDIOLOGIA DO ESPORTE AVALIAÇÃO PRÉ

PARTICIPAÇÃO DO ATLETA

AMADOR E PROFISSIONAL

Moderador: Dr. Murillo Antunes HUSF

Bragança Paulista

Dr. Ricardo Contesini: Especialista em

Cardiologia pela SBC/AMB; Pós

Graduado em Medicina Esportiva pelo

CEMAFE/UNIFESP; Médico da Sessão

de Cardiologia do Esporte do Instituto

Dante Pazzanese de Cardiologia;

Médico do Setor de Sport Check Up do

HCor; Editor Adjunto de Cardiologia do

Esporte da Revista do DERC.

O palestrante iniciou a

palestra ressaltando a importância

de uma avaliação específica para

evitar mortes súbitas no esporte. As

atividades físicas são divididas em

inúmeros graus e possuem um

equilíbrio risco/benefício diferente,

portanto os atletas que praticam

algum tipo de atividade de alta

intensidade sempre precisam de

uma avaliação completa.

Alguns esportistas não

respeitam o limite de seu corpo e

agregam maiores riscos para a

ocorrência de morte súbita, e como

maior causa desta temos a

miocaridopatia hipertrófica em

indivíduos abaixo de 35 anos e

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doença cardiovascular em maiores

de 35 anos.

O coração, como qualquer

músculo, também precisa ser

avaliado para saber se está

preparado para a atividade do aleta.

Existem hoje diretrizes que guiam o

profissional da saúde sobre a

atividade que cada paciente deve

seguir, de acordo com sua

capacidade e necessidade físicas,

já que o coração do atleta possui

alterações fisiológicas e estruturais

em resposta ao treinamento físico

intenso.

Antes de qualquer atividade

física relevante devem ser

realizados um exame físico

completo, principalmente

cardiológico, exames laboratoriais,

RX, ecocardiograma com doppler,

ECG, RM e teste ergométrico até

exaustão. A avaliação de ser feita

para os esportes coletivos antes do

inicio dos campeonatos e

competições e sempre que o atleta

apresentar alguém sintoma. Na

realização de esportes radicais, a

avaliação deve ser semestral e,

para portadores de doenças

prévias, tri ou quadrimestral.

Para atividades que visam o

lazer, são suficientes o ECG e os

exames laboratoriais. Além disso, é

importante sempre perguntar se o

atleta apresentou já algum sintoma

durante suas atividades.

Todo atleta ativa seu sistema

parassimpático, e sua frequência

cardíaca é de costume abaixo de 70

bpm em repouso, influenciada

também pela vasodilatação

existente, que melhora a

performance do mesmo.

O ECG deve ser realizado

para todos os indivíduos,

independentemente da idade, da

presença de doença cardiovascular,

e para esportistas máster e idosos

são necessárias outras avaliações;

lembrando que no ECG e ECO de

atletas podem ser comuns

alterações fisiológicas. O teste

cardiopulmonar também é um

exame de alta relevância para

avaliação de atletas competitivos.

Concluindo, os critérios de

elegibilidade devem incluir a

ausência de alterações

cardiovasculares potencialmente

fatais em esportistas que praticam

atividade física, potencialmente

extenuantes, e portadores de

cardiopatia estrutural estão contra

indicados à prática de atividade

competitivos.

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ATESTADO MÉDICO PARA

ATIVIDADE FÍSICA NO LAZER E

NO ESPORTE

Moderador: Dr. Murilo HUSF Bragança Paulista Dr. Ricardo Contesini: Especialista em Cardiologia pela SBC/AMB; Pós Graduado em Medicina Esportiva pelo CEMAFE/UNIFESP; Médico da Sessão de Cardiologia do Esporte do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia; Médico do Setor de Sport Check Up do HCor; Editor Adjunto de Cardiologia do Esporte da Revista do DERC

A procura por atestados

médicos para a prática de

atividades físicas cresceu, este é

uma certificação simples e por

escrito do que o médico esta vendo,

naquele momento, não há prazo de

validade para o atestado, de forma

consciente. É um direito assegurado

do paciente, sendo proibido negá-lo.

Para seu fornecimento é preciso

letra legível, assinatura e CRM do

médico, entretanto o CID só é

colocado com autorização do

paciente.

Para a prática de

atividade física a anamnese e

exame físico são a base para

oferecer um atestado de forma

segura, e sempre constar se é para

lazer ou exercícios de maiores

intensidade. Sempre deixar explícito

para qual atividade a pessoa esta

apta, sabendo quais patologias

podem inviabilizar o exercício físico.

No caso de dúvida não se deve

oferecer o atestado, e caso

necessário pedir a avaliação de um

especialista para o quadro do

paciente.

Há vários erros nos

atestados, como os que não

explicam as ressalvas de cada

paciente, e o erro pode ter

conseqüências graves para o

paciente e inclusive para o médico

que forneceu o documento. Cada

atestado é regido pelo código de

ética medica e código de defesa do

consumidor e código pena, logo há

um exercício legal de grande

escala. Estudos revelam que no

estado de São Paulo uma

porcentagem assustadora é

composta por atestados falsos e/ou

de forma errada. Para a prática das

atividades físicas em academias,

hoje, é lei a apresentação de um

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atestado, e a renovação é

imprescindível.

Por fim, foi explicada a forma

correta de fazer um atestado, para o

paciente saudável, para o

incapacitado de realizar atividades

físicas e para afastar um paciente

de suas atividades, além do bem do

paciente garantimos nossa

segurança.

O CORAÇÃO DA MULHER

ATLETA

Moderador: Dr. Murilo HUSF Bragança Paulista Dra. Clea Colombo: Graduação em Medicina e residência em Cardiologia na FCM-Unicamp; Especialista em Cardiologia, Ergometria e Reabilitação pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Especialista em Medicina do Esporte pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE); Médica da Cardiofit Campinas e voluntária da Cardioesporte do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia em SP

A palestra teve início com

as diferenças fisiológicas entre

os sexos, mesmo obtendo

resultados parecidos na prática

esportiva, algumas claras e

outras não tão evidentes. Na

antiguidade, as mulheres eram

apenas premiadoras para os

atletas masculinos, o tênis e o

golfe foram os primeiros esportes

que as mulheres tiveram acesso

nas olimpíadas. A maratona de

1984 foi a primeira composta

somente por mulheres. Mas

somente nas olimpíadas de

2012, todas as delegações, pela

primeira vez, tiveram a presença

feminina.

As atividades físicas

crônicas denotam o

modelamento cardíaco, com

mudanças que permitem a

desempenho do atleta, e assim

temos o coração do atleta com

uma hipertrofia ventrículo

esquerdo de forma homogênea e

simétrica.

A mulher tem a frequência

cardíaca maior em relação ao

homem no repouso, mas, no

esforço, a mesma frequência

cardíaca é atingida. O volume

sistólico é menor na mulher em

qualquer momento, e o O2

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absoluto é diminuído. A

magnitude de adaptação da

mulher não atinge os números do

sexo masculino, mesmo

praticando exercícios da mesma

forma. Dentre os exames o ECG

é sempre de destaque para

ambos os sexos.

O aumento da cavidade

cardíaca esquerda é semelhante

ao dos homens, mas a

espessura da parede do

ventrículo esquerdo na mulher

não atinge uma hipertrofia

importante, não passa de 13 mm.

Elas não atingem o indicativo

Gray zone é uma zona que gera

dúvida se é um crescimento

fisiológico ou patológico, de 13

até 15 mm de crescimento. Isso

é de suma importância para

prevenção de mortes súbitas por

cardiopatia hipertrofia, mas os

estudos para as atletas femininas

ainda é escasso e sem muitas

especificações. Não há como

afirmar com toda certeza os

motivos das diferenças entre os

sexos, mas sabe-se que o

tamanho corporal, e menor

massa muscular, menor

quantidade de andrógenos

disponíveis, fatores genéticos,

são os prováveis determinantes.

Como conclusões, homens

e mulheres se adaptam de

maneira diferente ao exercício

físico, apesar do controle

cardiovascular e desempenho

aeróbico serem semelhantes,

porém as adaptações estruturais

são diferentes, sendo que

mulheres apresentam menos

alterações ao ECG e no

ecocardiograma, com massa

ventricular menor e ausência de

hipertrofia importante.

EXERCÍCIO FÍSICO E

SÍNDROME METABÓLICA

Moderador: Dr. Murilo HUSF Bragança Paulista Dra. Clea Colombo: Graduação em Medicina e residência em Cardiologia na FCM-Unicamp; Especialista em Cardiologia, Ergometria e Reabilitação pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Especialista em

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Medicina do Esporte pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE); Médica da Cardiofit Campinas e voluntária da Cardioesporte do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia em SP

A síndrome metabólica é

um conjunto de fatores de risco

para doença cardiovascular e

DM, que apresenta relação com

a gordura abdominal e aumento

da resistência de insulina e

existem dados que comprovam

que a síndrome metabólica tem

grande impacto na mortalidade

geral.

A palestrante citou os

critérios para o diagnóstico da

síndrome metabólica e salientou

que o principal vilão para a

patologia é o sedentarismo, que

altera a fisiologia, ações

hormonais e disfunções

microvasculares. Por outro lado,

a atividade física ajuda a diminuir

os fatores de risco determinados

pela síndrome metabólica, e

quanto maior o tempo de

inatividade do indivíduo, maior o

risco de morte em relação àquele

que pratica uma atividade leve.

Foi demonstrada a

influência do exercício físico no

perfil do metabolismo lipídico, e

consequente diminuição do risco

de doenças cardiovasculares;

influência no metabolismo da

insulina, com conseqüente

diminuição na prevalência da

hiperglicemia, e presença de DM

2, com melhora da hemoglobina

glicada.

A resposta do

metabolismo ao exercício

aeróbico e resistido (força)

também foi um ponto de

destaque. Há influencia

diretamente na PA, com melhora

principalmente no exercício

aeróbico, tanto no normotenso, e

mais evidente no hipertenso,

podendo diminuir até 3mmHg as

pressões sistólica e diastólica,

estudos ainda comprovam m que

a diminuição da PA demostra

queda na morbi/morbitalidade.

Os Exercícios resistidos

não tem impacto na perda de

peso, mas metabolicamente é

muito importante, com aumento

da massa muscular, permitindo o

favorecimento do metabolismo,

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principalmente no controle

glicêmico, em suma atua na

perda de massa gorda e

aumento da massa magra,

aumentando a taxa metabólica

basal.

Tanto o exercício aeróbico

como o resistido tem efeitos

benéficos para atuar na síndrome

metabólica, promovendo bem

estar. Há recomendações

estabelecidas para cada tipo de

exercício, possibilitando seus

efeitos positivos, foI mostrado

também as recomendações para

cada grupo, como os

hipertensos, atentando para o

exercício aeróbico assistido, e os

pacientes com alteração

glicêmica, estabelecendo que

não fiquem mais de dois dias

inativo. Concluindo temos que,

os benefícios da combinação

entre exercícios aeróbicos e

resistidos para o paciente com

síndrome metabólica já esta

comprovada.

MÓDULO IV-

GINECOLOGIA DO ESPORTE

AVALIAÇÃO PRÉ-

PARTICIPAÇÃO DA MULHER-

ATLETA: ASPECTOS

GINECOLÓGICOS

Moderadora: Dra. Tathiana Parmigiano Dra. Tathiana Parmigiano: Médica do departamento de Ginecologia do esporte da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

A ginecologia do esporte é

um tema relativamente novo, e trata

de mulheres atletas, tanto que

algumas seleções já possuem uma

ginecologista em seu quadro. Na

avaliação de cada atleta é

importante garantir a saúde ao

longo da prática esportiva. Na

Grécia antiga, era dito que as

mulheres não deveriam participar de

nenhum tipo de esporte, excluindo

totalmente o sexo feminino do

padrão esportivo. Mas, atualmente,

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há um aumento na participação

feminina nos esportes.

A avaliação pré-participação

associa a avaliação rotineira mulher

a exames complementares

específicos, sendo assim as

consultas periódicas insubstituíveis.

O profissional que avalia a atleta

mulher deve englobar prevenção, o

diagnóstico e tratamento.

Existem hoje diversas

adaptações para que a mulher

possa exercer a atividade física

competitiva, como a possibilidade

de adequar os ciclos menstruais às

competições, a fim de evitar que

fatores relacionados a alterações

hormonais possam interferir no

desempenho.

Na primeira consulta voltada

aos aspectos ginecológicos da

atleta, esta passa por uma

anamnese normal, e recebe

diversos interrogatórios específicos

para uma atleta constituídos de

dados como IMC, histórico

esportivo, antecedentes

ginecológicos e sexuais, avaliação

de seu relacionamento com o

técnico, sua vontade sobre o

período das competições, sintomas

da TPM, informações sobre DSTs,

prevenção de fratura de estresse, e

se vai anualmente ao ginecologista.

Além desses

questionamentos, é avaliada

possível incontinência urinária e

aspectos nutricionais que, quando

alterados, devem ser motivo de

encaminhamento para avaliação

nutricional, destacando, assim, a

importância do trabalho

multidisciplinar no cuidado da

mulher atleta.

Concluindo, é fundamental

que o profissional esteja ciente das

particularidades das atletas e que a

avaliação ginecológica seja um

complemento ao cuidado à saúde

da mulher atleta.

TRÌADE DA MULHER ATLETA:

UM PERIGO SUBESTIMADO

Moderadora: Dra. Tathiana Parmigiano - UNIFESP Dra. Silvia Casseb: Médica, formada na faculdade de medicina de Sorocaba, ginecologista pelo hospital Leonor Mendes de Barros- Casa Maternal - SP, pós graduação em medicina do esporte pela UNIFESP, escola paulista de medicina.

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Antigamente, a Tríade da

Mulher Atleta era constituída por

três principais distúrbios:

desordem alimentar, amenorreia

e osteoporose prematura, que,

hoje, foram substituídos por um

conceito mais amplo que

abrange balanço energético

negativo (calorias ingeridas x

calorias gastas), oligomenorréia

e osteopenia.

Muitos fatores influenciam

na origem dessa tríade, e um

deles é a dificuldade de

determinação do balanço

energético, tanto por omissão por

parte da atleta da quantidade de

alimentos ingeridos, quanto pela

qualidade de suas refeições. O

profissional da saúde deve estar

atento às porcentagens de

proteínas, colágeno, vitamina K e

B12 ingeridas pela atleta.

Modalidades esportivas

que deixam o corpo à mostra ou

que cujas categorias são

determinadas pelo peso corporal,

levam às atletas a modificarem

seus hábitos alimentares, porque

acreditam que é necessário

alcançar uma imagem

“adequada”. O problema se

encontra no fato de que, muitas

vezes, essas atletas não fazem

isso de forma saudável. Estes,

portanto, são considerados

esportes de risco para

comportamento alimentar

inadequado.

Além disso, existem as

denominadas esportistas de

risco, que têm tendência a

desenvolver um comportamento

alimentar inadequado, por

perfeccionismo, baixa auto

estima, e dietas crônicas.

O primeiro risco existente

na prática física feminina e que é

subestimado está relacionado às

alterações menstruais que quase

sempre passam despercebidas

pelo profissional responsável

pela avaliação da atleta ou são

omitidas pelas mesmas.

A diminuição da densidade

mineral óssea também deve ser

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detectada precocemente, pois

representa um importante fator

de risco. Algumas adolescentes

apresentam anormalidades

hormonais e não fazem o pico de

densidade óssea no período

correto, sendo que à

densitometria óssea, há uma

baixa densidade mineral óssea.

A fisiopatologia da tríade

tem início no estresse psicológico

e competitivo que aumenta o

volume de treino e diminui o

consumo de energia, gerando um

balanço energético negativo,

que, alterando o metabolismo

hormonal feminino, levam aos

distúrbios menstruais e

consequente diminuição da

densidade óssea.

Para finalizar, foi discutido

o tratamento, que a princípio,

deve ser multidisciplinar e

realizado com grande atenção, já

que qualquer alteração é válida,

independentemente da

especialidade médica. Este pode

ser feito de duas formas, de

acordo com os sintomas

apresentados: não farmacológico

e farmacológico, sendo o

acompanhamento psiquiátrico é

necessário na presença de

bulimia e anorexia.

DOENÇAS SEXUALMENTE

TRANSMISSÍVEIS: A

REALIDADE NO ESPORTE

Moderadora: Dra. Tathiana Parmigiano – UNIFESP Dra. Natalia Gomes: Médica do departamento de Ginecologia do esporte da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

A palestrante iniciou o

assunto definindo as DST’s e

apresentando seus meios de

transmissão e alguns exemplos.

Destacou que o comportamento

dos atletas difere do

comportamento de não atletas,

principalmente na adolescência,

influenciado pelo estilo de vida

que o esporte oferece,

principalmente pelo contato

precoce com o sexo oposto.

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A seguir, demonstrou que

o risco de transmissão do HIV é

extremamente baixo, já o de

transmissão da hepatite B é

extremamente elevado, assim

como a hepatite C,

principalmente em halterofilistas;

e todos estão fortemente

relacionados ao

compartilhamento de agulhas e

seringas contaminadas. Estudos

demonstraram que as DST’s

estão presentes em quase 50%

das mulheres atletas, sendo a

mais prevalente o HPV.

Estudos e pesquisas

demonstram que a maioria dos

atletas, de ambos os sexos, não

tem conhecimento sobre as

DST’s, e, quem tem esse

conhecimento, apresenta uma

visão errônea sobre o assunto.

Portanto, fica claro que a

avaliação pré-participação

representa a oportunidade ideal

de rastreamento de DST’s nos

atletas; e que a idéia de sexo

seguro deve ser fundamentada

nas prevenções primária e

secundária, já que os atletas

representam um grupo de risco

de destaque para DST’s.

INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM

ATLETAS: O PAPEL DA

FISIOTERAPIA

Moderadora: Dra. Tathiana Parmigiano – UNIFESP Dra. Camila Garcia de Carvalho: Bacharel em Fisioterapia pelo Centro Universitário São Camilo; Especialista em Uroginecologia pela Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP); Mestranda no Setor de Ginecologia do Esporte na Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM).

A palestrante destacou no

início que atletas mulheres

constituem um grupo de risco

para desenvolvimento de

incontinência urinaria e fecal,

prolapso órgãos pélvicos e

disfunções sexuais. A seguir,

apresentou a definição de

incontinência e suas

classificações, sendo de esforço,

de urgência e mista.

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Vale ressaltar que existe

uma escassez de estudos sobre

a prevalência da incontinência

urinária das mulheres atletas,

porém, entre as pesquisas

realizadas, a prevalência de

incontinência urinaria é alta,

sendo a mais prevalente a de

esforço.

A incontinência interfere,

principalmente, em aspectos

sociais e psicológicos. A maioria

das atletas dizem que há

influência na autoestima, na

concentração, levando a

alteração no desempenho

esportivo, na performance e até à

mudança de modalidade. E o

risco de incontinência está

associado ao maior impacto.

As principais teorias que

determinam a perda urinária por

esforço são a ausência de

contração do assoalho pélvico, e

a sobrecarga e aumento da

pressão para o assoalho pélvico,

juntamente à diminuição da força

de contração. Por outro lado,

existem mulheres que já

apresentam os fatores de risco,

mas o exercício extenuante

antecipa a incontinência urinária.

O papel do fisioterapeuta é

realizar uma avaliação completa,

incluindo anamnese minuciosa,

informações sobre sistema

urinário e sexual, exame

ginecológico, presença de apnéia

à contração pélvica, testes

neurológicos, avaliar da

contração reflexa do assoalho

pélvico, e exames específicos,

como perineometria. Após esta

avaliação, é traçada a conduta

que consiste principalmente em

orientações comportamentais,

tanto para prevenção como

tratamento; além de técnicas

específicas para diminuição de

perda urinária pelo fortalecimento

da musculatura do assoalho

pélvico. O tratamento

farmacológico tende a melhorar a

função neuromuscular,

aumentando o tônus muscular.

Portanto, o treinador deve

estar preparado para encorajar o

fortalecimento do assoalho

pélvico, além de ter amplo

conhecimento da anatomia e

fisiologia desta região corporal.

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QUARTA DE TARDE

MÓDULO V

ATLETA OLÍMPICO E

PARAOLÍMPICO NO BRASIL

A FORMAÇÃO DO ATLETA

OLÍMPICO NO BRASIL

Palestrante: Dr. Carlos Tadeu Moreno, Médico ortopedista especialista e medicina esportiva, coordenador do Centro Olímpico de São Paulo, consultor médico do Clube de futebol Red Bull. Moderador: Prof. Frank Beretta – medico formado na USF, especialista em cirurgia de joelho e artroscopia e traumatologia do esporte no instiuto COHEN, medicina esportiva pela UNIFESP

Nesta tarde, o Dr Carlos iniciou a

palestra comentando do atleta e

sua formação no Brasil, citando o

COB – comitê olímpico brasileiro

– que organiza grandes eventos

do Brasil em jogos olímpicos.

Comentou do programa atleta na

escola promovido pelo COB,

onde os jovens são incentivados

ao esporte desde o colégio, para

democratizar o acesso ao

esporte. Lá eles incentivam os

jogos escolares da juventude,

que vão desde a etapa escolar

até a regional e nacional para se

tornarem atletas profissionais. O

COB visa no investimento na

formação de atletas brasileiros,

especialmente na formação

inicial da vida do esportista com

formação de leis de incentivo,

clubes privados e universidades,

promovendo o desenvolvimento

de estudos, para o crescimento

do esporte no pais. Existe

também o instituto olímpico

brasileiro - IOP (faz parte do

COB) – que através de cursos de

capacitação, oferece o apoio ao

atleta para que ele se torne

profissional. O curso que se

destaca é a academia brasileira

dos treinadores – focado no

esporte de alto rendimento.

Dentre os esportes, o judô e o

voleibol apresentam melhor infra-

estrutura no departamento

médico, além de patrocínios mais

expressivos.

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O Atleta inicial do IOP é a

criança, que são em sua maioria

crianças carentes – uma

porcentagem muito pequena vai

se tornar um atleta profissional,

sendo necessário talento e

dedicação pra isto. Existe a

responsabilidade

educacional/social de retirar

essas crianças da rua, e as

maneiras de entrar no centro

olímpico envolvem a seleção dos

mais talentosos, sendo eles

convidados a ficar pra melhor

dedicação aos treinos, os

técnicos também ajudam nessa

seleção. O atendimento para

inclusão da criança funciona

através de uma pré avaliação no

centro social – irá avaliar direitos

e deveres, condições da criança

e dialogo com os pais. Se toda a

parte social for aprovada ela vai

para o centro de medicina de

esporte, e lá irá passar por uma

secretaria – ganhando um

prontuário medico; em seguida

pela enfermagem – que vai

verificar os sinais vitais e

anamnese. É feito o

eletrocardiograma no momento

da avaliação física e médica para

liberação para os treinos se

estiver tudo normal. O

desenvolvimento maturacional é

avaliado pelas escalas de Turner

e isso vai ajudar em que tipo de

atividades no esporte ela vai se

dedicar mais de acordo com a

idade. Existe também as áreas

de ginecologia, fundamental para

orientação da higiene e em

relação a vida sexual. A nutrição,

uma área muito importante para

o atleta, faz palestras de

orientação em relação a dieta –

devendo se levar em

consideração o nível sócio

econômico do atleta. Existe o

atendimento odontológico e

psicológico, além do laboratório

de fisiologia e maquinas de

isocinetica para avaliação de

força muscular. Fisioterapia

lidera o recorde de atendimento,

é feito o tratamento preventivo

desses jovens atletas para

contribuir com a diminuição do

número de lesão. Existe a

farmácia com medicamentos

caso sejam necessários e esta

orienta quanto ao dopping.

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Sendo que toda essa

multidisciplinaridade vai contribuir

para que a criança se torne um

atleta profissional e seja

transferida para outros clubes.

OS ESPORTES

PARAOLÍMPICOS E A

EXPERIÊNCIA BRASILEIRA

Palestrante: Dr. Lucas Leite – UNIFESP e coordenador da CBDV Moderador: Prof. Frank Beretta – medico formado na USF, especialista em cirurgia de joelho e artroscopia e traumatologia do esporte no instituto COHEN, medicina esportiva pela UNIFESP

O Dr. Lucas começou a

palestra falando que a avaliação

médica do atleta paraolímpico é

parecida com a dos olímpicos

para a participação dos jogos. Os

Atletas com uma deficiência

específica é que, além dessa

avaliação geral que todos os

atletas passam, vão ser

consultados por médicos

especialistas na sua deficiência.

Participam dos jogos

paraolímpicos os portadores de

deficiências físicas, sensoriais,

visuais. Dependendo do local dos

jogos, os atletas sofrem um

processo de aclimatação para

irem adaptados ao clima do país

onde irão jogar, como aconteceu

nos jogos de Londres em 2012,

sendo a preocupação com o bem

estar do atleta dedicada até o

ultimo detalhe.

Dentre os esportes

paraolímpicos o Dr. Lucas citou

alguns: o atletismo (é tanto

masculino como feminino, com

deficientes físicos ou visuais),

basquetebol em cadeiras de

rodas, bocha (dos quais

participam paralisados cerebrais

com deficiências severas),

esgrima em cadeira de rodas,

natação (feminino e masculino

com deficiência visual), ciclismo,

voleibol sentado (pacientes com

deficiência locomotora), vela,

judô, tiro esportivo, tiro com arco,

tênis em cadeira de rodas e de

mesa, rúgbi em cadeira de rodas,

remo (percurso único de

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1000m.), halterofilismo, goalball,

futebol de sete, hipismo, futebol

de cinco (exclusivo para cegos).

Na Alemanha em sua

primeira participação nos jogos

paraolímpicos, o Brasil já foi

ganhador de medalha e hoje o

Brasil é a sétima potência

paraolímpica do mundo. A

previsão para os jogos no Rio de

janeiro em 2016 é que seja

alcançado em quinto lugar.

ESPORTE PARAOLÍMPICO:

NOÇÕES DE CLASSIFICAÇÃO,

COMO ATUA O MÉDICO E

MINHA EXPERIÊNCIA EM

LONDRES

Palestrante: Dra. Giovanna Medina - Médica ortopedista especialista em cirurgia do ombro e cotovelo pela UNICAMP; Médica do Comitê paraolímpico Brasileiro (CPB) Moderador: Prof. Frank Beretta – medico formado na USF, especialista em cirurgia de joelho e artroscopia e traumatologia do esporte no instiuto COHEN, medicina esportiva pela UNIFESP

A Dr. Giovanna iniciou a

última palestra da tarde,

relatando que é medica do

esporte paraolímpico atendendo,

principalmente, as modalidades

de judô e natação. Comentou

também um pouco da história

dos esportes paraolímpicos, que

se iniciou no século passado em

Stoke na Inglaterra. O marco foi

em 1960 com os primeiros jogos

paraolímpicos nas olimpíadas

oficiais. A última edição dos

jogos paraolímpicos contou com

mais de 4000 atletas

paraolímpicos de diversas

modalidades – atingindo o maior

numero de atletas em relação

aos outros jogos.

Em seu trabalho, a Dr.

Giovanna evidenciou que os

atletas paraolímpicos chegam

perto dos recordes dos olímpicos

e se saem melhor do que as

mulheres olímpicas, deixando

claro o potencial que esses

atletas têm em superar seus

próprios limites.

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A classificação desses

atletas se baseia em ter

autorização e certificados de que

podem participar de jogos

paraolímpicos e tem como

objetivos equalizar atletas e ser

justo. Esses atletas devem

participar de esportes específicos

de acordo com o tipo de

comprometimento de força

muscular, deficiências de

membros ou congênitos,

diferença de comprimentos dos

membros inferiores e baixa

estatura. Além disso, é verificado

se o atleta possui uma hipertonia,

ataxia, atetose, etc.

Atualmente existe uma

dedicação para o tratamento

médico desses atletas - com um

departamento especifico e com

médicos para cada modalidade.

Em SP existem os centros de

referência para o atletismo e

natação, que além do tratamento

especifico também precisam do

multidisciplinar.

Na Inglaterra existe a Vila

Olímpica e Paraolímpica, sendo

altamente rigorosa a fiscalização

dentro da vila, que possui prédios

de apartamento mobiliados para

estadia do atleta durante treinos

e jogos, assim como academias

para trabalhos funcionais dos

atletas, refeitório com

funcionamento 24 horas, há

vários quiosques com barracas

de alimentos com lanches de

graça, existe o espaço de

recreação, além wi-fi em toda vila

e salão de beleza. Os comitês

paraolímpicos levam seus

próprios estoques de

medicamentos para a Vila

Olímpica e Paraolímpica, assim

como a fisioterapia levam seus

aparelhos. Lá dentro contém uma

policlínica com todas as

especialidades e que é dotada de

sala de exames com US,

Tomografia e Ressonância

Magnética para dar o total

suporte ao atleta que sofre algum

tipo de lesão. Este espaço busca

promover o melhor bem estar

dos atletas olímpicos e

paraolímpicos durante sua

estadia, oferecendo todo tipo de

conforto e centros de treinamento

para cada modalidade.

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QUARTA-FEIRA (NOITE)

MINICURSO 07/05/14

IMOBILIZAÇÕES NO ESPORTE –

TEÓRICO E PRÁTICO

Dr. Michel Youssef - médico da associação Portuguesa de Desportos

Dr. Michel inicia sua palestra

esta noite abordando o tema

relacionado a imobilizações no

esporte.

O palestrante afirma que os

médicos devem ter conhecimento

básico de ACLS e Suporte Básico

de Vida (BLS).

O BLS requer sistematização

e enfatiza a RCP precoce. O

primeiro passo do BLS é verificar se

a vítima esta respondendo, verificar

se a vítima esta respirando. O

segundo passo é chamar a ajuda

(emergência 192) e pedir um

desfibrilador. Nesse momento, o

palestrante mostra para a platéia

um desfibrilador e como este

funciona. O terceiro passo é

verificar se a vítima tem pulso, mas

somente pessoas bem treinadas

conseguem realizar esse passo. Se

não sentir o pulso ou estiver em

dúvida iniciar a RCP.

A RCP é iniciada

comprimindo o tórax com freqüência

de 100 compressões por minuto

com força e rapidez permitindo o

retorno total do tórax após a

compressão.

O quarto passo é a

desfibrilação. Uma pá é colocada na

linha paraesternal direita e a outra

no ictus cordis. Primeiro verificar se

é um ritmo chocável ou não. A

fibrilação ventricular e taquicardia

ventricular são ritmos chocáveis.

Dr. Michel afirma que após a

morte súbita, do jogador Serginho

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do time São Caetano em 2004,

causada pela cardiomiopatia

hipertrófica, começou existir maior

estímulo para a abertura da

residência de medicina do esporte.

Na época questionou-se o

atendimento ao jogador.

O palestrante passou um

vídeo sobre a imobilização cervical.

Primeiro deve-se estabilizar a

coluna cervical, enquanto outro

médico mede o ângulo da

mandíbula até inserção do

esternocleidomastóideo para

verificar o tamanho adequado do

colar cervical. Neste momento,

demonstrou a colocação do colar

realizando a prática com o auxilio de

uma aluna da platéia.

Foram transmitidos outros

vídeos demonstrando como utilizar

o colar cervical e a prancha para

estabilizar um paciente em

diferentes posições.

Após o último vídeo

Dr. Michel mostrou alguns

dispositivos utilizados pelos

médicos do esporte, além de expor

aos alunos talas feitas de alumínio

moldável e recobertas por material

espumoso. Explicou que existem

três tipos de curvas que são

utilizadas para deixar a tala mais

rígida.

Para imobilizar são

necessários apenas dois materiais:

a tala e a atadura elástica. É

importante citar que a tala também

pode ser utilizada como colar

cervical.

Nesse momento Dr. Michel

começou a demonstrar os tipos de

imobilizações com o uso de tala de

forma prática.