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XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia IX Congresso Latino-Americano de Entomologia Anais Elio Cesar Guzzo Marcus Vinicius Sampaio Jader Braga Maia Aldomário Santo Negrisoli Junior Editores Técnicos

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  • XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia IX Congresso Latino-Americano de Entomologia

    Anais

    Elio Cesar Guzzo Marcus Vinicius Sampaio Jader Braga Maia Aldomrio Santo Negrisoli Junior

    Editores Tcnicos

  • Embrapa Tabuleiros Costeiros Av. Beira Mar, 3250 49001-970 Aracaju, SE Fone: (79) 4009-1344 Fax: (79) 4009-1399 www.embrapa.com.br https://www.embrapa.br/fale-conosco/sac

    Unidade responsvel pelo contedo e edio Embrapa Tabuleiros Costeiros

    Comit Local de Publicaes Presidente: Marcelo Ferreira Fernandes Secretria-executiva: Raquel Fernandes de Arajo Rodrigues Membros: Ana Veruska Cruz, Carlos Alberto da Silva, Elio Cesar Guzzo, Hymerson Costa Azevedo, Joo Gomes da Costa, Josu Francisco da Silva Junior, Julio Roberto Araujo de Amorim, Viviane Talamini e Walane Maria Pereira de Mello Ivo. Superviso editorial: Raquel Fernandes de Arajo Rodrigues Normalizao bibliogrfica: Josete Cunha Melo Projeto grfico: Elio Cesar Guzzo Designer grfico: Henrique Santos Editorao eletrnica: Elio Cesar Guzzo

    1a edio

    PDF (2016)

    As opinies emitidas nesta publicao so de exclusiva e de inteira responsabilidade dos autores, no exprimindo, necessariamente, o ponto de vista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa), vinculada ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.

    Todos os direitos reservados. A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em

    parte, constitui violao dos direitos autorais (Lei no 9.610).

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) Embrapa Tabuleiros Costeiros

    Congresso Brasileiro de Entomologia (26 : 2016 : Macei, SE).

    XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia ; IX Congresso Latino-Americano de Entomologia: Anais / Elio Cesar Guzzo ... [et al.]., editores tcnicos Braslia, DF : Embrapa, 2016.

    PDF (670 p) ISBN 978-85-7035-615-4 Disponvel em: . 1. Entomologia. 2. Congresso. 3. Pesquisa. 4. Praga. 5. Controle biolgico. I. Congresso Latino-americano de Entomologia, 9., 2016, Macei. II.

    Guzzo, Elio Cesar. III. Sampaio, Marcus Vinicius. IV. Maia, Jader Braga. V. Negrisoli Junior, Aldomrio Santo. VI. Embrapa Informao Tecnolgica. VII. Embrapa Tabuleiros Costeiros. VIII. Ttulo.

    CDD 632.7

    Embrapa 2016

  • Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria

    Embrapa Tabuleiros Costeiros Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

    XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia IX Congresso Latino-Americano de Entomologia

    Anais Elio Cesar Guzzo Marcus Vinicius Sampaio Jader Braga Maia Aldomrio Santo Negrisoli Junior Editores Tcnicos

    Embrapa Braslia, DF

    2016

  • Editores tcnicos Elio Cesar Guzzo Bilogo, doutor em Entomologia, pesquisador da Unidade de Execuo de Pesquisa de Rio Largo da Embrapa Tabuleiros Costeiros (UEP-Rio Largo), Rio Largo, AL Marcus Vinicius Sampaio Engenheiro-agrnomo, doutor em Entomologia, professor associado da Universidade Federal de Uberlndia (UFU), Uberlndia, MG Jader Braga Maia Engenheiro-agrnomo, doutor em Entomologia, professor da Universidade Antnio Carlos (Unipac), Uberlndia, MG Aldomrio Santo Negrisoli Junior Engenheiro-agrnomo, doutor em Fitossanidade/Entomologia, pesquisador da Unidade de Execuo de Pesquisa de Rio Largo da Embrapa Tabuleiros Costeiros (UEP-Rio Largo), Rio Largo, AL

  • Comisso organizadora Presidente:

    Marcus Vinicius Sampaio - Universidade Federal de Uberlndia (UFU) Comit da Programao Cientfica:

    Angelo Pallini Universidade Federal de Viosa (UFV) Antonio Ricardo Panizzi Embrapa Trigo Carlos Frederico Wilcken Universidade Estadual Paulista (UNESP/Botucatu) Crbio Jos vila - Embrapa Agropecuria Oeste Evaldo Ferreira Vilela Universidade Federal de Viosa (UFV) talo Delalibera Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) Ivan Cruz - Embrapa Milho e Sorgo Geraldo Andrade Carvalho Universidade Federal de Lavras (UFLA) Jerson Vanderlei Cars Guedes Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Jocelia Grazia Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Jorge Braz Torres Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Jos Roberto Postali Parra Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) Lucia Massutti de Almeida Universidade Federal do Paran (UFPR) Neliton Marques da Silva Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Regiane Cristina Oliveira de F. Bueno Universidade Estadual Paulista (UNESP/Botucatu) Sergio Antonio De Bortoli Universidade Estadual Paulista (UNESP/Jaboticabal) Snia Maria Forti Broglio - Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Tiago Cardoso da Costa Lima - Embrapa Semirido Vanda Helena Paes Bueno Universidade Federal de Lavras (UFLA)

    Comit Avaliador do Concurso de Estudantes:

    Christian Sherley A. da Silva Torres Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Everton Ricardi Lozano da Silva Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR) Geraldo Andrade Carvalho Universidade Federal de Lavras (UFLA) Jorge Braz Torres Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Lcia Madalena Vivan Fundao de Apoio Pesquisa Agropecuria de Mato Grosso Michele Potrich Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR) Odair Aparecido Fernandes Universidade Estadual Paulista (UNESP/Jaboticabal) Raphael de Campos Castilho Universidade Estadual Paulista (UNESP/Jaboticabal) Raul Narciso Carvalho Guedes Universidade Federal de Viosa (UFV) Roseane Cristina Predes Trindade Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

    Comit Avaliador dos Trabalhos Cientficos: Adenir Vieira Teodoro Embrapa Tabuleiros Costeiros Adriana Guimares Duarte Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Alessandra Marieli Vacari Universidade Estadual Paulista (UNESP/Jaboticabal) Andr Luiz Loureno Instituto Agronmico de Campinas (IAC) Angelo Pallini Universidade Federal de Viosa (UFV) Camila Fediuk de Castro-Guedes Universidade Federal do Paran (UFPR) Camila Maia da Silva - Universidade Federal Rural do Semi-rido (UFRSA) Carla Ruth de Carvalho Barbosa Negrisoli Embrapa Tabuleiros Costeiros Crebio Jose Avila Embrapa Agropecuria Oeste Cristiano Feldens Schwertner Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP) Daniel Albeny Simes Universidade Comunitria da Regio de Chapec (UNOCHAPECO) Denise de Araujo Alves Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) Eliana Maria dos Passos Embrapa Tabuleiros Costeiros Ellen Carine Neves Valente Instituto Federal de Alagoas (IFAL) Eunice Cludia Schlick-Souza Embrapa Agropecuria Oeste Felipe Colares Batista - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Franscinely Aparecida Assis Universidade Federal de Lavras (UFLA) Grazielle Furtado Moreira Universidade Estadual Paulista (UNESP/Jaboticabal) Iracilda Maria de Moura Lima Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Ivan Cruz Embrapa Milho e Sorgo

  • Izabel Vieira de Souza Instituto Federal de Alagoas (IFAL) Jader Braga Maia Universidade Federal de Uberlndia (UFU) Jakeline Maria Santos Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Jeanne Scardini Marinho Prado Embrapa Meio Ambiente Joo Gomes da Costa Embrapa Tabuleiros Costeiros Jos Maurcio Simes Bento Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) Jucelaine Haas Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR) Kim Ribeiro Baro Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Leonardo Rodrigues Barbosa Embrapa Floresta Letice Souza da Silva Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Luis Cludio Paterno Silveira Universidade Federal de Lavras (UFLA) Luiza Rodrigues Redaelli Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Mariana Oliveira Breda Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Michele Potrich Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR) Neliton Marques da Silva Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Nivia da Silva Dias-Pini Embrapa Agroindstria Tropical Regiane Cristina Oliveira de F. Bueno Universidade Estadual Paulista (UNESP/Botucatu) Renata Arajo Simes Embrapa Tabuleiros Costeiros Ricardo Antonio Polanczyk Universidade Estadual Paulista (UNESP/Jaboticabal) Shnia Santos Silva Embrapa Tabuleiros Costeiros Simone Mundstock Jahnke Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Snia Maria Forti Broglio Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Stephan Malfitano Carvalho Universidade Federal de Uberlndia (UFU) Valmir Antnio Costa Instituto Biolgico Vanda Helena Paes Bueno Universidade Federal de Lavras (UFLA) Vanessa Andal Mendes de Carvalho Universidade Federal de Uberlndia (UFU) Viviane Santos Embrapa Agropecuria Oeste

  • Apresentao

    Certo de a Embrapa Tabuleiros Costeiros ter contribudo para a consolidao desta obra, resultado de gratificante evento que ocorreu em Macei, Alagoas, Brasil, entre os dias 13 e 17 de maro de 2016, oferecemos comunidade cientfica os Anais do XXVI Congresso Brasileiro e Entomologia e IX Congresso Latino-Americano de Entomologia (XXVI CBE / IX CLE).

    Organizada de forma a facilitar a sua consulta, contando com um ndice por autores dos trabalhos apresentados, alm de ser concebida na forma de arquivo eletrnico, ressaltamos que esta publicao a materializao do imenso trabalho no somente dos seus realizadores e organizadores, mas principalmente de cada um dos participantes, na qualidade de congressistas e palestrantes, que acreditaram no sucesso deste evento e que puderam contribuir, cada um ao seu modo, na compilao de importante obra de referncia para a Entomologia brasileira e latino-americana.

    Por fim, com muita satisfao e sentimento de dever cumprido que ns entregamos a todos esta obra que representa um passo importante da internacionalizao da cincia brasileira, em direo unificao das ideias e naes, rompendo as fronteiras do conhecimento, rumo a um futuro muito melhor a todos.

    Manoel Moacir Costa Macedo Chefe-Geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros

  • Prefcio

    O Congresso Brasileiro de Entomologia (CBE) um evento promovido a cada dois anos pela Sociedade Entomolgica do Brasil, e que tem se consolidado ao longo dos anos como um dos principais eventos entomolgicos do mundo. Nesta XXVI edio, realizada em Macei, AL, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa), o CBE aconteceu simultaneamente ao IX Congresso Latino-americano de Entomologia (IX CLE).

    O XXVI CBE / IX CLE teve como objetivo propiciar um espao amplo para discusses e intercmbio de informaes nas mais diversas reas da Entomologia bsica e aplicada, entre profissionais, empreendedores, produtores e, principalmente estudantes, de toda a Amrica Latina, bem como de outros pases, contribuindo assim para o desenvolvimento da Entomologia em nvel mundial.

    Durante os cinco dias do evento, Macei foi a casa dos principais entomologistas do continente. Nesta obra, so apresentados os resumos de 95 palestras, 110 apresentaes orais, e 1.007 trabalhos apresentados na forma de pster durante o XXVI CBE / IX CLE, estes divididos nas 22 reas temticas do evento: Biologia, Fisiologia e Morfologia; Ecologia e Biodiversidade; Polinizao; Controle biolgico com vrus entomopatognicos; Controle biolgico com fungos entomopatognicos; Controle biolgico com bactrias entomopatognicas; Controle biolgico com nematoides entomopatognicos; Controle biolgico com predadores; Controle biolgico com parasitoides; Controle qumico; Semioqumicos e Comportamento; Plantas inseticidas; Entomologia mdica e veterinria; Entomologia forense; Entomologia florestal; Pragas quarentenrias; Resistncia de plantas a insetos; Manejo integrado de pragas; Educao e Etnoentomologia; Organismos geneticamente modificados; caros; e Sistemtica e Taxonomia.

    Queremos expressar nosso mais sincero agradecimento a todos os patrocinadores, apoiadores, diretoria e conselho deliberativo da SEB, Embrapa, membros da comisso organizadora, avaliadores de trabalhos, voluntrios, coordenadores de mesas-redondas, palestrantes, congressistas, e a todos os que direta ou indiretamente colaboraram para a realizao do evento, e tornaram possvel a publicao desta obra.

    Salientamos que as opinies manifestadas nos resumos so de inteira responsabilidade dos seus autores, no necessariamente refletindo o pensamento dos editores. Desejamos a todos uma boa leitura, e que desfrutem desta obra.

    Os editores

  • Sumrio Palestras ............................................................................................................................ 12 Apresentaes orais .......................................................................................................... 61 Psteres ........................................................................................................................... 117

    Biologia, Fisiologia e Morfologia .............................................................................. 118 Ecologia e Biodiversidade ....................................................................................... 160 Polinizao .............................................................................................................. 261 Controle biolgico com vrus entomopatognicos ................................................... 266 Controle biolgico com fungos entomopatognicos ................................................ 268 Controle biolgico com bactrias entomopatognicas ............................................ 278 Controle biolgico com nematoides entomopatognicos ........................................ 285 Controle biolgico com predadores ......................................................................... 288 Controle biolgico com parasitoides ........................................................................ 312 Controle qumico ..................................................................................................... 344 Semioqumicos e Comportamento .......................................................................... 402 Plantas inseticidas ................................................................................................... 417 Entomologia mdica e Veterinria ........................................................................... 444 Entomologia forense ............................................................................................... 457 Entomologia florestal ............................................................................................... 465 Pragas quarentenrias ............................................................................................ 478 Resistncia de plantas a insetos ............................................................................. 492 Manejo integrado de pragas .................................................................................... 524 Educao e Etnoentomologia .................................................................................. 601 Organismos Geneticamente Modificados ................................................................ 609 caros ..................................................................................................................... 617 Sistemtica e Taxonomia ........................................................................................ 631

    ndice de autores ............................................................................................................. 652

  • 14

    Palestras

  • Anais XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia; IX Congresso Latino-americano de Entomologia (XXVI CBE / IX CLE) Macei Alagoas Brasil 13 a 17 de maro de 2016

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    From pesticide addiction to biological control: using instead of eliminating biodiversity

    Joop C. van Lenteren

    Laboratory of Entomology, Wageningen University, P.O.Box 16, 6700AA Wageningen, The Netherlands. Email: [email protected]

    Until the 1950s chemical pesticides were not used at a large scale for control of pests, diseases and weeds. From the first days of agriculture some 10,000 years ago until 1945, farmers mainly used Integrated Pest Management (IPM). IPM consisted of a combination of several methods based on (1) pest prevention by using crop rotation, pest-resistant crops, optimal planting and harvesting dates etc, and (2) pest reduction by using mechanical, physical and biological control. When chemical pesticides became available, it seemed that all problems could be solved with these pesticides, and the earlier used methods were no longer applied. New crop cultivars were now selected in field that were regularly sprayed with chemical pesticides to prevent development of diseases and pests, and this resulted in pesticide addicted crops. The initial success of pesticide applications also resulted in pesticide addicted farmers. Soon it became clear that pesticides also have unwanted side effects on human health and the environment. Currently, pesticide use in agriculture is a major cause water, soil and air pollution, as well as one of the key factors in reducing biodiversity. The situation in Brazil forms no exception to this rule. Brazil is one of the champions in use of chemical pesticides, also in food crops. Actually, we do not need intensive use of chemical pesticides for the production of sufficient and healthy food. The use of modern IPM, in which biological control plays a major role, can result in a drastic reduction of poisonous pesticides. I will address the following questions: (1) Biodiversity for biological control: what do we have available? (2) How do we use biodiversity for biological control? (3) Will biological control eliminate the use of chemical pesticides? (4) Can we make agriculture healthy again and get rid of the current pesticide addiction? For quantitative data about the use of biological control I refer to: Van Lenteren, J.C. 2012. The state of commercial augmentative biological control: plenty of natural enemies, but a frustrating lack of uptake. BioControl 57: 1-20. DOI: 10.1007/s10526-011-9395-1 Keywords: Integrated Pest Management, Chemical Pesticides, Biological Control.

    So os predadores heteropteros latino americanos bons como agentes de controle biolgico? Are latin american heteropteran predators good as biocontrol agents?

    Vanda H. P. Bueno

    Departamento de Entomologia, Universidade Federal de Lavras 37200-000 Lavras, MG, Laboratrio de Ecologia Qumica e Comportamento de Insetos, Departamento de Entomologia e Acarologia, ESALQ/USP, Piracicaba, SP

    Controle biolgico proporciona controle de pragas de longa durao, proteo inicial aos cultivos alm de prevenir e minimizar a necessidade de produtos qumicos. A implementao do controle biolgico aumentativo tem sido efetiva e confivel contra muitos artrpodes-praga, e o uso de predadores heteropteros generalistas tem se tornado popular nos ltimos anos, compreendendo cerca de 8% de todos os inimigos naturais artrpodes usados no manejo de pragas ao redor do mundo. Varias espcies de heteropteros pertencentes s Familias Miridae, Anthocoridae e Pentatomidae tem demonstrado serem efetivas no controle biolgico de pragas, como Tuta absoluta, Bemisia tabaci, Frankliniella occidentalis e diversas lagartas desfolhadoras. Entretanto, esses predadores so zoofitofagos, sendo a zoofitofagia um caso especial de onnivoria na qual os predadores podem se alimentar tanto de plantas como de presas. Os tecidos das plantas podem ser fontes de agua e de nutrientes. Tem-se verificado, entretanto, que os efeitos negativos da fitofagia podem ser menos importantes do que os positivos como, por exemplo, colonizarem cultivos antes da chegada da praga e possibilitar a sobrevivncia durante perodos em que existe escassez de presas. No entanto, a fitofagia depende da espcie, da idade do predador, da qualidade da presa e dos componentes da planta. Tambm se salienta que os predadores heteropteros so generalistas e podem estar associados a diversas presas. Assim a preferencia por presas, efeitos da fitofagia, tricomas nas plantas e a resposta a adores de plantas e presas so importantes fatores que devem ser levados em considerao no processo de avaliao dos heteropteros predadores e na determinao de sua efetividade como agentes de controle biolgico de pragas. Palavras-chave: Mirideos Predadores, Orius Insidiosus, Zoofitofagia. Apoio: CAPES, CNPQ.

  • Anais XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia; IX Congresso Latino-americano de Entomologia (XXVI CBE / IX CLE) Macei Alagoas Brasil 13 a 17 de maro de 2016

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    Cixiids and lethal yellowings of palms, a threatening quarantine disease for latin america: what we know what could be done?

    Michel Dollet1; Adenir Vieira Teodoro

    2; Elisangela Fidelis

    3; Leandro Diniz

    2; Jean-Luc Dzido

    1

    1Cirad, Umr IPME, Campus International de Baillarguet,34398, Montpellier Cedex 5, France. Email: [email protected].;

    2Embrapa

    Tabuleiros Costeiros, 49025-040,Aracaju, SE, Brasil. 3 Embrapa Roraima, CEP. 69301-970 Boa Vista, RR, Brasil

    Coconut palms (Cocos nucifera) and other palms suffer from vector borne diseases, such as the Coconut foliar decay transmitted by the cixiid Colvanalia taffini, or the Dry bud rot transmitted by Sogatella kolophon and Chloriona (Sogatella) cubana, Dephacidae. Recilia mica (Cicadellidae) transmits the phytoplasma disease, Blast, of coconut and oil palm. But other phytoplasma diseases, the Lethal Yellowing Type Syndromes (LYTS), pose the most serious threat to coconut plantations worldwide and especially in the Caribbean where it is known as Lethal Yellowing, inducing considerable damages. Phytoplasmas are unculturable phloem-limited prokaryotes. Most of them are transmitted by planthoppers and leafhoppers. Among the different LYTS, only one insect vector has been identified, in Florida: Haplaxius (Myndus) crudus (Cixiidae). Recently we proved H. crudus was involved in Mexico. But in our transmissions, H. crudus transmitted LYTS to Pritchadia pacifica and not to coconut. This difference in transmission may be linked to the existence of different haplotypes.Other planthopers could be involved in the transmission, other Haplaxius species or Nymphocixia caribbea or Oecleus sp. LY is an absent quarantine pest (A1) for Brazil, and in the same way as the red palm mite Raoiella indica (Tenuipalpidae) invaded Venezuela and Brazil from the Caribbean, LY can invade Brazil and adjacent countries (Venezuela, Colombia, Guyana, Suriname or French Guiana) anytime. That is why we are trying to implement action plans to, either prevent its introduction, or contain it as soon as it is spotted for the first time. For this purpose we study the establishment of sentinel plantations in Roraima for the detection of potential insects vectors and cases of LYTS. Roraima state was recently invaded by several pests from the Caribbean, because its borders with countries strongly linked with the Caribbean (Venezuela and Guyana), is a main target of our projects. Keywords: Phytoplasma, Insect Vectors, Sentinel Plantation. Support: EMBRAPA, CIRAD and Cnpq for Granting a Pesquisador Visitante Especial for MD.

    Estratgia de RNA interferente para o controle de insetos-praga na agricultura

    Eduardo Chumbinho de Andrade1; Wayne B. Hunter

    2

    1Embrapa Labex-USA 2001 South Rock Road, Fort Pierce, FL, 34945, EUA. Email: [email protected].

    2United States

    Horticultural Research Laboratory, (ARS/USDA) 2001South Rock Road, Fort Pierce, FL, 34945, EUA RNA interference (RNAi) comprises a natural mechanism of gene regulation and antiviral defense system in eukaryotic cells, and results in sequence-specific degradation of RNAs. Recent scientific studies demonstrate the feasibility of use RNAi-based strategies to control pest and pathogens in plants. RNAi technologies are more environmentally friendly, as the technology provides greater specificity in pest targeting, which we called Highly Specific Pest Control (HiSPeC), which means, control of desired target spec ie, while reducing the potential negative effects on ecosystems and leaving beneficial insects and other organisms unharmed in crop ecosystems. Its important to point out that the breakthrough of the RNAi technology has other advantages and applications: (1) possibility to customize the product to control different insect pest; and (2) broaden his use in other crops to control, insect and pathogens; and (3) to protect beneficial insects. In this presentation, some research aspects and considerations that are important towards the development of RNAi-based strategies to control will addressed. Palavras-chave: Silenciamento Gnico, Rnai, Dsrna. Apoio: Embrapa Labex-Usa.

  • Anais XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia; IX Congresso Latino-americano de Entomologia (XXVI CBE / IX CLE) Macei Alagoas Brasil 13 a 17 de maro de 2016

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    Trichogramma no controle biolgico de pragas no brasil: uma realidade nos dias de hoje

    Jos Roberto Postali Parra

    Departamento de Entomologia e Acarologia. ESALQ/USP O Brasil tem tradio na utilizao de Controle Biolgico (CB) em cana-de-acar. Para esta cultura, desde a dcada de 1960 discutia-se a utilizao de inimigos naturais nativos para controlar a broca-da-cana, Diatraea saccharalis e atualmente grandes reas so tratadas, utilizando-se o inimigo natural importado, Cotesia flavipes (e o nativo Trichogramma galloi). Excetuando-se a cana-de-acar, os estudos de CB no Brasil eram isolados, pois inexistiam programas envolvendo aes inter e multidisciplinares, abrangendo desde estudos taxonmicos, biolgicos, comportamentais, ecolgicos, de criao massal, tcnicas de liberao e disperso, modelos de custo / benefcio, envolvendo a parte bsica e aplicada, no laboratrio e no campo. O programa desenvolvido na ESALQ em Piracicaba, iniciou-se na dcada de 1980 e contou com a participao de inmeros alunos de graduao e ps-graduao do Brasil e do exterior e permitiu a transferncia da tecnologia ao agricultor por meio de diversos tipos de publicaes. Houve avanos em pesquisas em reas de vanguarda, como criao massal, criao in vitro, controle de qualidade etc. Hoje, o parasitoide ut ilizado em cana-de-acar, soja, milho, hortalias, frutferas, para controlar diversas espcies de lepidpteros. O parasitoide comercializado por empresas privadas, ainda insuficientes para atender demanda existente. Nesta palestra sero discutidos os gargalos ainda existentes em logstica de armazenamento e transporte, produo massal, mecanizao da criao, forma de liberao etc. Com pequenos ajustes e com a conscientizao cada vez maior do agricultor em relao substituio de agroqumicos, Trichogramma tem tudo para ser cada vez mais utilizado no Brasil, dada sua eficincia no controle de pragas agrcolas da ordem Lepidoptera. Palavras-chave: Parasitoide De Ovos, Criao Massal, Controle Biolgico Aplicado. Apoio: Fapesp / CNPq.

    Cochonilhas da palma forrageira no nordeste brasileiro

    Jacinto L. Batista

    1Universidade Federal da Paraba, Campus II, 58397-000 Areia, PB, Brasil. Email: [email protected]. Professor Associado IV; Tutor

    do Programa de Educao Tutorial (PET) Departamento de Fitotecnia e Cincias Ambientais Na regio nordeste do Brasil so cultivadas palmas forrageiras pertencentes a duas espcies: Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dick (palma doce ou mida) e Opuntia fcus indica (L.) Mill. (palma gigante ou grada). A espcie mais comum e mais cultivada a palma gigante, por apresentar maior rusticidade e maior produtividade. Os principais Estados produtores de palma forrageira so: Pernambuco, Paraba, Alagoas, Cear, Rio Grande do Norte, Sergipe, Piau e Bahia, estimando-se em uma rea de cultivo de aproximadamente 600 mil hectares, o que representa uma fonte de renda considervel para os produtores nordestinos. A ocorrncia de cochonilhas em palma forrageira est associada introduo dessa cactcea no Brasil, inicialmente constatou-se a infestao da cochonilha de escama Diaspis echinocacti Bouch nos anos sessenta, tornando-se a principal praga at o aparecimento da cochonilha do carmim Dactylopius opuntiae Cockerell em 2001. Dada a importncia do cultivo da palma forrageira para a regio semirida do nordeste brasileiro a introduo da cochonilha nos plantios de palma provocou enormes prejuzos econmicos e sociais. A diferenciao da infestao das cochonilhas em palma feita em funo do aspecto peculiar da colnia desses insetos sobre as plantas. A cochonilha de escama recobre inteiramente as raquetes com suas colnias de colorao marrom-clara enquanto que a cochonilha do carmim recoberta por uma cerosidade branca e secretando o cido carmnico (vermelho carmim) quando esmagada. Vrios mtodos de controle tm sido indicados para essas espcies, no entanto em funo das caractersticas da planta, regio geogrfica e dos insetos, a eficincia no tem sido significativa. Palavras-chave: Semirido, Cactceas, Manejo De Pragas. Apoio: Programa de Ps-Graduao em Agronomia (PPGA/CCA-UFPB).

  • Anais XXVI Congresso Brasileiro de Entomologia; IX Congresso Latino-americano de Entomologia (XXVI CBE / IX CLE) Macei Alagoas Brasil 13 a 17 de maro de 2016

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    Status de espcies exticas de Coccineldeos predadores e Fitfagos no brasil

    Iracilda Maria de Moura Lima

    1Universidade Federal de Alagoas- Instituto de Cincias Biolgicas e da Sade-Setor de Biodiversidade, Campus A.C.Simes, Av.

    Lourival Melo Mota, s/n, Cidade Universitria, CEP 57072-900, Macei, AL, [email protected] Espcies exticas de Coccinellidae (Coleoptera) tem sido detectadas no Brasil desde o incio do sculo XX. Essas espcies chegaram intencional ou acidentalmente. A primeira introduo, no Estado de So Paulo foi de Rodolia cardinalis (Mulsant, 1850), espcie praticamente monofgica em Icerya purchasi Maskell, 1878 (Monophlebidae) praga em pomares ctricos. A partir do final da dcada de 1960 uma espcie oriental, Chilocorus nigrita (Fabricius, 1798), predadora de cochonilhas-de-carapaa (oligofgica em Diaspididae) passou a ser vista no Nordeste aonde pode ter chegado com mudas de coqueiro importadas da Costa do Marfim. Em 1997, a Embrapa introduziu Cryptolaemus montrouzieri Mulsant, 1850, predador de cocdeos. Dentre as espcies fitfagas, Epilachna vitintioctopunctata (Fabricius, 1775) foi detectada no litoral do Sul do Brasil no incio da dcada de 1990, chegando a Alagoas em 2015: praga de solanceas na regio de origem, no Brasil elegeu Solanum americanum Mill. (Solanaceae), com ampla distribuio nas amricas. Recentemente, Coelophora inaequalis (Fabricius, 1775) foi detectada em colnias de Aphis nerii Boyer de Fonscolombe, 1841 (Aphididae) em Calotropis procera (Ait.) R. Br. (Asclepiadaceae), e que pode causar impacto em Cycloneda sanguinea (Linnaeus, 1773) e em espcies de Scymnus. No entanto, a espcie mais preocupante Harmonia axyridis (Pallas, 1763): nas regies em que foi introduzida causou srios problemas ecolgicos por apresentar os requisitos de uma espcie invasora (predao intraguilda, etc.), e ainda alta agressividade enquanto predador, que pode ser potencializada pela possibilidade de se tornar multivoltina, com reproduo ao longo de todo o ano e com geraes sobrepostas). Considerando que Aphis nerii inclui-se no elenco de suas presas, e o precedente da ocorrncia de C. inaequalis, sugere-se a utilizao de C. procera como planta a ser constantemente monitorada para agilizar a deteco de Harmonia e de coccineldeos afidfados exticos. Palavras-chave: Coccinellidae, Predador, Fitfago.

    Marcadores moleculares para avaliao da eficincia de Trichogramma em condies de campo

    Aloisio Coelho Junior

    Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz-Eslaq, Av. Pdua Dias, 11, 13418-220, Piracicaba-SP.

    A palestra ser baseada em um estudo que avaliou a relao entre o desempenho de laboratrio e de campo de diferentes isolinhagens de Trichogramma pretiosum Riley, utilizando-se marcadores moleculares.Foram utilizados trs hapltipos mitocondriais raros como marcadores genticos das diferentes isolinhagens. Por meio de cruzamentos realizou-se a introgresso destes hapltipos mitocondriais em 15 isolinhagens geneticamente variveis, marcadas por meio do DNA nuclear.Tambm se testou a hiptese de que os hapltipos mitocondriais seriam marcadores neutros. Em laboratrio, 45 isolinhagens (15 gentipos nucleares X trs hapltipos mitocondriais) foram classificadas em trs categorias (melhor, intermediria e pior) de acordo com a fertilidade mdia ea razo sexual do parasitoide. Posteriormente, isolinhagens de cada uma das trs categorias foram selecionadas para liberaes de campo para se quantificar o parasitismo em ovos de Anagasta kuehniella (Zeller). Duas liberaes distintas, em semanas diferentes, foram realizadas em uma plantao de milho Bt, com quatro parcelas, cada um com 50 pontos de recaptura. Os pontos de recaptura consistiram de cartelas armadilha com ovos de A. kuehniella.Coletadas diariamente, durante trs dias,as cartelas armadilha foram mantidas em laboratrio a 25C at os adultos emergirem. A identificao de qual isolinhagem pertenciam os parasitoides trazidos do campo foi determinada utilizando-se qPCR com curvas de dissociao de alta-resoluo; determinando-se assim o hapltipo mitocondrial. Os resultados demonstraram que os parmetros de desempenho em laboratrio (fecundidade e razo sexual) foram bons indicadores do sucesso de T. pretiosum em condies de campo. Tambm relata-se uma forte evidncia que contraria a suposio de que os marcadores mitocondriais so neutros, levando-se em conta as diferenas de desempenho encontradas entre os hapltiposmitocondriais. Palavras-chave: Controle Biolgico, Controle de Qualidade, Marcadores Mitocondriais. Apoio: Fundao de Apoio Pesquisa do Estado de So Paulo (Fapesp), Processo: 2011/17397-5.

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    Complexidade das interaes multitrficas mediadas por volteis de plantas

    Maria Fernanda G. V. Peaflor

    1Universidade Federal de Lavras (UFLA), Depto. de Entomologia, Campus Universitrio, CP 3037, 37200-000, Lavras, MG, Brasil

    As plantas danificadas pelos herbvoros emitem uma mistura de volteis diferente, em termos qualitativos e quantitativos, daquelas intactas, no danificadas. Muitos fatores abiticos e biticos podem induzir, ou interferir, na composio de volteis das plantas induzidos pela herbivoria, como a luz, temperatura, o ataque mltiplo, a infeco por patgenos, entre outros. Como os volteis de planta atuam como importantes mediadores de interaes no ambiente areo e subterrneo, mudanas na composio de volteis podem acarretar no estabelecimento de novas interaes. A atrao de inimigos naturais ou a repelncia de herbvoros pelos volteis induzidos pela herbivoria so interaes benficas para as plantas e, por isso, so considerados defesas das plantas. No entanto, em alguns sistemas, ocorre a atrao de insetos herbvoros por plantas danificadas. Nesse cenrio, a designao dos volteis induzidos pela herbivoria como mecanismo de defesa da planta pode ser uma abordagem simplificada, principalmente, quando se considera a complexidade de outras interaes mediadas pelos volteis, como a comunicao planta-planta, planta-microrganismos e planta-polinizadores. Nesta palestra, sero discutidas as interaes inseto-planta mediadas pelos volteis nos ambientes areos e subterrneos em sistemas com importncia agrcola. Apesar dos cultivos serem ambientes menos complexos que ecossistemas naturais, o ataque mltiplo por insetos, a infeco por patgenos veiculados pelos insetos vetores e a colonizao da planta por microrganismos benficos, por exemplo, esto normalmente presentes e podem alterar a emisso de volteis das plantas de modo a modificar a frequncia e a natureza das interaes inseto praga-planta. O entendimento dos efeitos dos volteis de plantas sobre o comportamento das pragas e inimigos naturais pode contribuir para o desenvolvimento de novas e sustentveis estratgias de monitoramento das pragas e controle por meio da manipulao comportamental. Palavras-chave: Interaes Inseto-Planta, Ecologia Qumica, Aleloqumicos. Apoio: INCT Semioqumicos Na Agricultura (FAPESP E Cnpq) E FAPESP (Processos 2012/12252-1 E 2013/05367-0).

    Novas formas de utilizao dos fungos entomopatognicos no controle de pragas no brasil

    Italo Delalibera Jnior

    1Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" USP, Departamento de Entomologia e Acarologia, Caixa Postal 11, CEP 13418-

    900, Piracicaba, SP Todos os biopesticidas a base de fungos entomopatognicos no Brasil utilizam condios areos produzidos em fermentao slida, usando principalmente o arroz como substrato. A maioria dos produtos no formulada (concentrado tcnico) ou em formulaes p-molhvel. Estes produtos so utilizados em pulverizaes de suspenses diludas em gua. Existe um grande potencial para utilizao de outros tipos de propgulos (blastosporos e microesclerodios), produzidos em fermentao lquida ou bifsica, e utilizados atravs de outras estratgias como aplicaes diretamente no solo ou de armadilhas de auto-inoculao. Resultados recentes mostraram a viabilidade da produo metaciclica de blastosporos de diferentes fungos entomopatognicos com bioeficcia semelhante ou superior a condios. A aplicao de Beauveria bassiana em aplicaes de solo juntamente com adubos para o manejo da broca-do-caf, Hypothenemus hampei (Ferrari), apresentou resultados promissores em condies de campo. O uso de armadilha de auto-inoculao com B. bassiana representa outra forma de utilizao no manejo dessa praga. A inoculao de Metarhizium spp. no plantio de mudas pr-brotadas de cana-de-acar uma opo que pode auxiliar no manejo de pragas e ainda promover o crescimento das plantas. Palavras-chave: Controle Microbiano, Fungos Entomopatognicos, Patologia de Insetos.

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    Influence of agrosilvopastoral systems on the dynamic of pests and their natural enemies

    Rafael Major Pitta1; Janaina De Nadai Corassa

    2; Marliton Rocha Barreto

    2; Ftima Teresinha Rampelotti-Ferreira

    3; Suelen

    Chiquito Matiero4; Fabiane Trevisan Campelo

    5; Suellen Karina Albertoni Barros

    5; Naiara Rigo Nunes

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    1Researcher Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop-MT,Brazil.

    2Professor Universidade Federal de Mato grosso, Sinop-MT, Brazil.

    3Postdoc

    CNPq/FAPEMAT/Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT. 4Programa de ps-graduao em Agronomia- Universidade Federal de Mato

    grosso, Sinop-MT. 5Programa de ps-graduao em Cincias Ambientais- Universidade Federal de Mato grosso, Sinop-MT.

    6Undergraduate

    in Agronomy - Universidade Federal de Mato Grosso, Sinop-MT.

    Sustainable agricultural production systems are demanded by our society nowadays. Agrosilvopastoral systems may answer this demand; however, many multidisciplinary studies are needed to provide to growers a technological package which will permit them to manage this new propose of producing grains/fibers, wood and beef/milk. Considering that, we have studied the behavior and infestation of pests and their natural enemies in agrosilvopastoral systems, contrasted with monoculture systems in order to understand if the increasing of vegetal complexity may interfere, positively or negatively, on insect community. Here, we describe some of our findings. Forest component: Assessing the infestation of Glena unipennaria on eucalyptus, we noticed that silvopastoral, agroforestry and agrosilvopastoral systems suffered no defoliation while eucalyptus monoculture suffered a high defoliation, which demanded two sprays to control the pest. This result shows that monoculture favors the establishment of this Lepidoptera in field. Livestock Component: Studying the infestation of Mahanarva spectabilis on palisade grass cultivated in monoculture, silvopastoral and agrosilvopastoral, we conclude that the agrosilvopastoral system does not permit the establishment of this spittlebug, which resulted in none sprays to control it. Silvopastoral system had a higher infestation of the pest than monoculture; however, when we sprayed the entomopatogen Metarhizium anisopliae, the pest infestation was similar in both systems. Agricultural component: our findings show there are no differences in pest infestation in crops cultivated in monoculture or in integration. Nonetheless, caterpillars were mostly found in soybean cultivated in the middle of the eucalyptus rows than soybean cultivated in the borders with eucalyptus, but the stinkbug Euschistus heros had an opposite behavior, being found more in soybean cultivated in the borders with eucalyptus. Besides, agrosilvopastoral systems increase the abundance, richness and frequency of epigean predators comparing to pasture, forest and agriculture monocultures. Thus, our findings show that agrosilvopastoral systems are more sustainable than conventional production systems. Keywords: Sustainability, Cultural Control, Intercropped Systems. Acknowledgements: Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de Mato Grosso-Fapemat for supporting financially part of the researches.

    Tripes (Insecta: Thysanoptera) pragas do Brasil: diversidade e identificao

    lison Fabrcio Bezerra Lima 1Universidade Federal do Piau, Campus Amlcar Ferreira Sobral, Coleo de Histria Natural da UFPI, 64800-000, Floriano, PI, Brasil.

    Email: [email protected] Atualmente so conhecidas cerca de 550 espcies de tripes (Insecta: Thysanoptera) no Brasil, o que corresponde a pouco menos que 10% da fauna mundial descrita. Desse total, cerca de 40 espcies so consideradas pragas de aproximadamente 60 espcies de plantas cultivadas no Pas. A despeito do grande nmero de espcies pragas, nem todas causam prejuzos significativos frequentes e algumas possuem distribuio restrita. A maior parte dessas espcies causa danos exclusivamente diretos por meio da alimentao e/ou oviposio no tecido vegetal, mas cinco espcies (Frankliniella occidentalis, F. schultzei, F. zucchini, Thrips palmi e T. tabaci) so conhecidas como vetoras de vrus do gnero Tospovirus. Tradicionalmente, a identificao de tripes depende de boas preparaes microscpicas e treinamento sobre a morfologia do grupo, mas iniciativas recentes incluem chaves interativas e ferramentas moleculares para pragas. Nesta apresentao, detalhes sobre danos causados, composio, distribuio e reconhecimento das espcies de tripes pragas do Brasil sero discutidos, com nfase naquelas de maior importncia econmica. Palavras-chave: Terebrantia, Tubulifera, Taxonomia.

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    Manejo integrado de tripes em hortalias

    Miguel Michereff-Filho

    1Embrapa Hortalias, Caixa Postal 218, 70359-970, Braslia, DF

    No Brasil h grande diversidade de espcies de tripes, incluindo fitfagos, predadores e ectoparasitas de outros artrpodes e fungvoros. Como pragas em hortalias, destacam-se Frankliniella schultzei, F. occidentalis, F. zucchini, Thrips tabaci e T. palmi, sendo todos da famlia Thripidae. Os tripes causam injrias diretas s plantas pela alimentao, eliminao de gotas fecais ou oviposio nos tecidos. Contudo, em vrias hortalias, sua relevncia deve-se transmisso de tospovrus, cujas doenas ocasionam severas perdas na produo. O uso de inseticidas qumicos no suficiente para o controle efetivo dos tripes e das tospoviroses. Para soluo desse problema deve-se preconizar o manejo integrado de pragas (MIP), focado na integrao de medidas de controle preventivas direcionadas ao vrus e ao vetor. Assim, a seleo e o uso planejado dos mtodos de controle devem considerar os conhecimentos sobre a relao tripes-patgeno-hopedeiro, a gama de plantas hospedeiras, o comportamento e ecologia dos tripes, alm dos aspectos epidemiolgicos. As medidas de controle direcionadas aos tospovrus incluem: a escolha de reas distantes de outras culturas hospedeiras; a escolha de pocas de plantio de menor incidncia da doena; o uso de cultivar resistente aos vrus; a eliminao de fontes de inoculo; a destruio dos restos culturais e a rotao de culturas. Para o vetor recomendam-se medidas que dificultem seu deslocamento (barreiras fsicas) e seu comportamento (superfcies reflectivas ou fotoseletivas e repelentes/deterrentes qumicos), que reduzam sua populao (eliminao de hospedeiros, controle qumico e controle biolgico) e que interfiram no processo de transmisso. Todas estas medidas devero ser adotadas em programas de manejo integrado implementados em escala regional. Palavras-chave: Thysanoptera, Controle, Horticultura. Apoio: Embrapa.

    Controle biolgico de tripes no Brasil: o que falta para sua adoo?

    Lus C.P. Silveira

    1Departamento de Entomologia (DEN),Universidade Federal de Lavras (UFLA), Caixa Postal 3037

    Lavras, MG Brasil - CEP 37200-000. Email: [email protected] Os tripes apresentam grande importncia econmica, sobretudo aqueles da sub-ordem Terebrantia, sendo que hoje cerca de dez espcies so consideradas pragas em diferentes continentes e hemisfrios do planeta. Como so insetos adaptados e invasores, sua regulao torna-se um desafio em muitas espcies olercolas e em floricultura. Alm das injurias provocadas pela oviposio, alimentao e pela presena de fezes, os tripes ainda so transmissores de viroses, o que os enquadra em pragas severas. Uma das melhores opes para sua regulao o controle biolgico. Existem diversos inimigos naturais de tripes, sobretudo percevejos predadores do gnero Orius, caros predadores dos gneros Neoseiulus, Amblyseius e Typhlodromips, e fungos entomopatognicos, como Beauveria. Cada um desses reguladores apresenta vantagens e desvantagens em relao sua eficincia e custo. Para a maioria das espcies as tcnicas de criao em laboratrio j foram desenvolvidas, mas esbarram nos custos de produo para se tornarem criaes massais. o caso de O. insidiosus, melhor e mais adaptada espcie para regulao dos tripes. J foi produzido massalmente no Brasil, mas hoje no est em oferta por problemas de custo de criao. Os caros predadores e os fungos entomopatognicos so mais baratos de produzir, e podem suprir certa parte das necessidades dos produtores, mas com ressalvas. A maioria dos caros mais eficiente contra as ninfas de tripes, enquanto os fungos so mais eficientes dentro de certas condies climticas, nem sempre presentes nos trpicos. Enquanto no tivermos um sistema barato para criao massal de O. insidiosus, uma opo possvel contarmos com a criao aberta desses percevejos, em plantas atrativas ao redor dos cultivos. O cravo amarelo (Tagetes erecta) pode ser utilizado para este fim, sem a pretenso de regular sempre eficientemente as populaes de tripes, mas permitindo maiores chances de conviver com estes organismos. Palavras-chave: Anthocoridae, Phytoseiidae, entomopatgeno. Apoio: FAPEMIG, CAPES e CNPq.

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    Vrus transmitidos por tripes

    Alice K. Inoue-Nagata

    1Embrapa Hortalias, Km 09, BR060, 70.351-970, Braslia, DF

    Os tripes so insetos diminutos pertencentes ordem Thysanoptera. Os adultos apresentam asa franjada, apresentam baixa capacidade de vo e preferem pocas secas e quentes. O ciclo de vida dividido em fase de ovo, dois estdios ninfais, uma fase de pr-pupa e uma de pupa. Dentre as inmeras espcies de tripes conhecidas, poucas so relevantes para a agricultura, causando perdas como pragas e como vetoras de vrus. Os danos causados como vetores, em geral, so mais acentuados do que os prejuzos causados pela sua alimentao na planta. Os tripes so relatados como vetores de vrus pertencentes aos gneros Carmovirus, Ilarvirus, Sobemovirus e Tospovirus. Devido ao maior dano e ocorrncia das tospoviroses, a importncia dos tripes como vetores de tospovrus ser abordada nesta apresentao. Dois gneros de tripes (famlia Thripidae, subfamlia Thripinae) destacam-se como vetores: Frankliniella e Thrips. No Brasil, as espcies F. schultzei, F. occidentalis, F. zucchini e T. tabaci so relatadas como vetores das espcies de tospovrus. Curiosamente, os tospovrus multiplicam-se tanto no vetor como nas plantas. Acredita-se que os tospovrus evoluram de vrus animais que adquiriram a capacidade de se multiplicar e translocar em clulas vegetais. As partculas virais apresentam envelope lipdico que interagem com as clulas do inseto. As partculas virais circulam no corpo do inseto, multiplicam-se e so armazenadas nas glndulas salivares, quando so injetadas nas clulas vegetais durante o processo de alimentao resultando na transmisso viral. Apenas os adultos apresentam importncia epidemiolgica como transmissores da virose. Os relatos de problemas causados por tripes e tospovrus esto cada vez mais frequentes e causam preocupao aos produtores. Os principais pontos relacionados aos tripes vetores sero abordados. Palavras-chave: Tospovrus, Frankliniella, Thrips.

    Amrica do Sul: caractersticas ambientais to diversas e suas implicaes no controle da mosca-das-frutas

    Simone Mundstock Jahnke

    1Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia. Av. Bento Gonalves, 7712, Porto Alegre, RS.

    E-mail: [email protected] A Amrica do Sul situa-se na regio Neotropical e constitui um complexo conjunto de biodiversidade e ambientes. Classicamente, tm sido propostas algumas divises biogeogrficas para o Continente, procurando caracterizar reas homogneas de distribuio da flora e fauna. Isso porque, ao conhecer as diferentes sub-regies que formam uma regio geogrfica, podemos entender mais detalhadamente como o espao geogrfico e a sua biota esto relacionados. Essa relao pode ser muito til para entender os processos que geraram o cenrio biogeogrfico atual, assim como em aes de conservao e ou manejo de espcies pragas. Especificamente, em relao a distribuio de Tephritidae, na Amrica do Sul, embora os danos fruticultura sejam os mesmos em qualquer regio, as espcies de moscas-das-frutas ocorrentes, as frutferas nativas ou cultivadas associadas e os inimigos naturais presentes diferem grandemente de uma regio para outra. Assim, para manejo das moscas-das-frutas, todos estes aspectos devem ser considerados. No possvel criar um programa de manejo nico com protocolos gerais de liberao de inimigos naturais e uso de medidas aliadas. As caractersticas ambientais vinculadas a diferentes condies climticas e, ao mesmo tempo, a diversidade de frutferas cultivadas so barreiras que devem ser avaliadas antes das tomadas de deciso a respeito de medidas de controle de Tephritidae. As adaptaes dos inimigos naturais, especialmente parasitoides, usados no controle das moscas apresentam, tambm, diferenas marcantes e se constituem num grande desafio para efetividade dos programas de manejo. Desta forma, estudos regionais so imprescindveis para avaliaes de planos de manejo sustentveis com associaes de tcnicas como o controle biolgico conservativo, liberaes de inimigos naturais e a tcnica do inseto estril. Palavras-chave: Controle Biolgico, Tephritidae, Manejo De Pragas. Apoio: Cnpq.

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    Control biolgico de moscas de la fruta en Argentina: experiencias de evaluacin de parasitoides contra Ceratitis capitata y Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae) en distintas regiones

    frutihortcolas

    Sergio M. Ovruski1; Guido Van Nieuwenhove

    2; Laura P. Bezdjian

    1; Guillermo Snchez

    3; Fernando Mura

    3,4; Lorena Suarez

    3;

    Pablo Schliserman1; Mariana Bilbao

    3; Valeria Pantano

    3; Gustavo Taret

    3

    1Divisin Control Biolgico de Plagas, Planta Piloto de Procesos Industriales Microbiolgicos y Biotecnologa (PROIMI)-CONICET, Av. Belgrano y Pje Caseros, 4000, Tucumn, Argentina. Email: [email protected].

    2Fundacin Miguel Lillo, Miguel Lillo 251, S.M. de

    Tucumn, Argentina. 3Programa de Control y Erradicacin de Mosca de los Frutos de San Juan (ProCEM)-Direccin de Sanidad

    Vegetal, Animal y Alimentos, Av. Benavides 8000 (O)5407, Rivadavia, San Juan, Argentina. 4IMCN-Diversidad de Invertebrados,

    Departamento de Biologa, UNSJ, Av. Ignacio de la Rosa 590 Oeste; 5402, Rivadavia, San Juan, Argentina Anastrepha fraterculus y Ceratitis capitata son actualmente importantes plagas de la frutihorticultura argentina. En consecuencia, el control biolgico est siendo considerado como un componente clave en las estrategias de manejo de estas dos especies de tefrtidos plagas en distintas regiones agrcolas. Por tal motivo, se realizaron evaluaciones de parasitoides como agentes de biocontrol en la regin citrcola del noroeste (subtrpico) y en la regin vitivincola del centro-oeste argentino (desrtico continental). El bracnido extico Diachasmimorpha longicaudata, un endoparasitoide de larvas, y el diaprido nativo Coptera haywardi, un endoparasitoide de pupas, fueron evaluados en condiciones ambientales naturales usando jaulas de campo en la provincia de Tucumn (noroeste). Se parti de la premisa que el uso combinado de ambos parasitoides sera ms eficiente para suprimir a A. fraterculus que el uso individual de las especies. Mientras se utilizaron individualmente, la efectividad de D. longicaudata y C. haywardi fue de 75% y 56%, respectivamente. Sin embargo, la eficacia total se increment en un 93% cuando se usaron secuencialmente. Asimismo, la eficacia de D. longicaudata para suprimir a C. capitata fue evaluada mediante liberaciones aumentativas del parasitoide en un rea productora de higos localizada en un valle frutcola de la provincia de San Juan (centro oeste). Los parasitoides fueron criados masivamente en la BioPlanta San Juan usando larvas de C. capitata de la cepa tsl Vienna-8. Las liberaciones se realizaron durante 9 semanas a una densidad aproximada de 1.200 adultos/ha. La mortalidad de la plaga y la emergencia de C. capitata en las parcelas de liberacin fue 3 veces ms alta y 2 veces ms baja, respectivamente, que aquellas registradas en las parcelas testigos. Segn los resultados, el control biolgico sera una herramienta vlida y complementaria dentro de las estrategias bioracionales de control de moscas de la fruta en Argentina. Palabras-claves: Argentina, moscas de la fruta, control biolgico. Apoyo: Fondo Nacional de Ciencia y Tecnologa (FONCyT-ANPCyT, Argentina; subsidio PICT/2013 No. 0604); Programa Nacional de Control y Erradicacin de Moscas de la Fruta de San Juan (ProCEM-San Juan, Argentina).

    Parasitoides no controle biolgico de Tefritdeos na amaznia brasileira

    Ricardo Adaime

    1Embrapa Amap, Caixa Postal 10, 68903-419 Macap, AP, Brasil. Email: [email protected]

    Na Amaznia brasileira, as pesquisas sobre parasitoides de Tephritidae avanaram nos anos recentes. Esto assinaladas nove espcies de Braconidae (duas no formalmente descritas), sendo Doryctobracon areolatus (Szpligeti) e Opius bellus Gahan as mais abundantes e amplamente distribudas. Entre os Figitidae, ocorrem quatro espcies, com predomnio de Aganaspis pelleranoi (Brthes). Algumas espcies vegetais apresentam potencial como "multiplicadoras de parasitoides", como Spondias mombin (Anacardiaceae) e Bellucia egensis (Melastomataceae), com ndices de parasitismo de at 50% dos puprios. Bellucia grossularioides (Melastomataceae) apresenta parasitismo de at 20%, porm torna-se relevante em funo de sua elevada abundncia e ampla distribuio. Geissospermum argenteum (Apocynaceae) apresenta parasitismo inferior a 10%, o que compensado pelo alto ndice de infestao por tefritdeos no praga (mais de 1.000 puprios/kg de fruto). No caso de Bactrocera carambolae Drew & Hancock, espcie quarentenria restrita aos estados do Amap e Roraima, nenhuma espcie de parasitoide nativo foi associada praga at o momento. Por outro lado, a partir do ano 2000, algumas liberaes do parasitoide extico Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) foram realizadas no Amap com vistas ao seu controle. Porm, nenhum exemplar do parasitoide foi recuperado nos levantamentos realizados nos ltimos 10 anos (3.000 kg de frutos). Recentemente, o parasitoide de ovos Fopius arisanus (Sonan) foi importado do USDA/ARS, Hilo/Hava, EUA, visando ao controle biolgico da praga. O parasitoide encontra-se em fase de adaptao a B. carambolae, para estudos posteriores. necessrio realizar levantamentos de parasitoides em Estados pouco amostrados, para que seja possvel ampliar o conhecimento sobre esses inimigos naturais. Adicionalmente, imperioso intensificar os estudos com "plantas multiplicadoras de parasitoides", para fomentar o controle biolgico conservativo de tefritdeos. Palavras-chave: Doryctobracon Areolatus, Opius Bellus, Anastrepha, Bactrocera. Apoio: Embrapa e CNPq.

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    Implicaes das liberaes do parasitoide extico Diachasmimorpha Longicaudata no Sul do Brasil

    Luiza R. Redaelli; Rafael N. Meirelles

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Ps-Graduao em Fitotecnia, Av. Bento Gonalves 7712, 91540-000, Porto Alegre, RS, Brasil. Email: [email protected];[email protected]

    No Rio Grande do Sul, as espcies de tefritdeos mais abundantes so Anastrepha fraterculus (Wiedemann) e Ceratitis capitata (Wiedemann), a primeira, nativa, frequente em frutferas nativas e exticas, enquanto que a segunda, por ser extica, em geral, est presente em espcies de frutos introduzidos. Os programas de controle biolgico de moscas-das-frutas tm lanado mo de parasitoides da famlia Braconidae, por sua especificidade e eficincia, sendo Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) a espcie mais utilizada nas Amricas. No Brasil, este parasitoide foi introduzido em 1994 e liberado no Recncavo Baiano, So Paulo, Bahia e Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, entretanto, pela particularidade das condies climticas alguns estudos foram desenvolvidos para avaliar as possibilidades do seu emprego no controle de moscas-das-frutas. Constatou-se que no houve desenvolvimento de D. longicaudata a 15 e 31C, tendo como hospedeiro A. fraterculus, e C. capitata. O limiar trmico inferior de desenvolvimento (Tb) para o ciclo ovo-adulto de D. longicaudata no hospedeiro foi respectivamente de 12,5 C e 7,83 C, em A. fraterculus e C. capitata. Em funo das temperaturas mdias anuais e da temperatura basal estimou-se menor nmero de geraes anuais para D. longicaudata em Vacaria e maior para Porto Alegre. Na regio da grande Porto Alegre, as liberaes quinzenais, de D. longicaudata (aproximadamente 1.700 indivduos/ha) durante a frutificao, em pomares de nespereiras, pessegueiros, araazeiros resultaram em ndices de parasitismo significativamente maiores do que nos anos pr e ps-liberaes. Entretanto, no se constatou D. longicaudata no ano ps-liberao e a sua presena no afetou a ocorrncia dos parasitoides nativos. Palavras-chave: Controle Biolgico, Diachasmimorpha Longicaudata, Mosca-Das-Frutas. Apoio: CNPq.

    Volteis de plantas para manipular o comportamento de insetos na agricultura: promessa ou realidade?

    Jos Mauricio S. Bento Laboratrio de Ecologia Qumica e Comportamento de Insetos, Departamento de Entomologia e Acarologia, USP, Escola Superior de

    Agricultura Luiz de Queiroz Av. Pdua Dias, 11, 13418-900, Piracicaba-SP, Email: [email protected] Volteis de plantas so informaes qumicas presentes na natureza, pelas quais os herbvoros utilizam prioritariamente para encontrarem alimento, acasalamento e hospedeiros para sua oviposio. Em razo disso, o sucesso reprodutivo das plantas pode ser limitado pelo ataque desses herbvoros que consomem suas estruturas, ou que potencialmente lhe transmitem fitopatgenos. Por outro lado, como resposta, as plantas desenvolveram mecanismos de defesas qumicas e fsicas que alteram o comportamento ou a fisiologia dos herbvoros (defesas diretas), ou que auxiliam na atrao de seus inimigos naturais como parasitoides e predadores (defesas indiretas). O conhecimento sobre volteis de plantas e sua interao com os diferentes nveis trficos aumentou intensamente nas ltimas dcadas, e com isso, diversas propostas de manejo de insetos na agricultura tem sido propostas: (i) aplicao exgena de elicitores em plantas, (ii) utilizao de variedades de plantas que emitem volteis atraentes aos inimigos naturais ou repelentes aos herbvoros, (iii) liberao de volteis sintticos, e (iv) manipulao gentica dos genes que controlam a emisso de volteis. Sero discutidas neste contexto, a viabilidade, benefcios e desvantagens de cada estratgia de manejo, considerando as pesquisas at aqui conduzidas. Palavras-chave: Atraentes, Repelentes, Semioqumicos. Apoio: FAPESP, CNPq.

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    A traa-do-tomateiro, Tuta Absoluta Evita Ovipositar em plantas infestadas com o nematoide Meloidogyne Incognita implicaes no manejo de insetos-praga

    Eraldo Lima1; Carla Arce

    1Universidade Federal de Viosa, Departamento de Entomologia, Caixa, 36570-900 Viosa, MG, Brasil. Email: [email protected]

    Herbvoros e plantas podem interagir indiretamente por meio de respostas induzidas da planta. No caso de respostas das plantas induzidas sistemicamente, esta interao pode se estender aos herbvoros que habitam diferentes partes de uma planta, por exemplo, acima e abaixo do solo. As respostas de plantas induzidas por herbvoros da raiz podem afetar a alimentao e o desenvolvimento de herbvoros na parte area (folhas). Foi avaliado se a presena do nematide Meloidogyne incognita abaixo do solo nas razes de Solanum lycopersicon poderia influenciar as decises de oviposio e desenvolvimento de Tuta absoluta acima do solo. Alm disso, tambm verificado se o tempo de dano por herbvoros abaixo do solo (isto , 10 e 20 dias aps a infestao) afetou a oviposio e desenvolvimento do inseto acima do solo. Em testes de escolha de oviposio as fmeas de T. absoluta depositam mais ovos em plantas sadias comparado a plantas com M. incognita. Os parmetros de desenvolvimento foram afetados negativamente pelo alimentador de raiz. Nossos resultados mostram que as interaes indiretas entre herbvoros abaixo e acima do solo implicam na evitao do herbvoro. luz destes resultados ser discutido as implicaes para o manejo de pragas deste e de outros herbvoros de importncia econmica. Palavras-Chave: Controle Biolgico, Controle De Qualidade, Criao. Apoio: CNPq INCT Semioqumicos na Agricultura.

    Auxiliando as plantas a lidar com insetos: o papel dos microrganismos

    Alessandro Riffel

    Embrapa Tabuleiros Costeiros - Uep Alagoas, Macei/AL, Brasil. Email: [email protected] A crescente demanda mundial para a produo de energias renovveis em substituio aos combustveis fsseis tem dado grande destaque cana-de-acar (Saccharum sp.), pois esta considerada a cultura mais eficiente para a produo de energia. Apesar dos grandes avanos no cultivo e aumentos de produtividades, h ainda considerveis perdas ocasionadas por insetos-praga. As pragas mais importantes da cultura so as brocas da ordem Lepidoptera, entre elas a broca-da-cana Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae). A resistncia das plantas a insetos o resultado da coevoluo de vrios mecanismos de defesa que atuam conjuntamente na tentativa de reduo dos danos. Dentre estes, destacam-se a produo de barreiras fsicas; a sntese de metablitos primrios e secundrios txicos; e a sntese de metablitos orgnicos volteis (MOVs). Os MOVs, que so emitidos principalmente a partir de eliciadores presentes na secreo oral de insetos, podem repelir e impedir o dano contnuo pelo inseto de uma forma direta, alm de atrair predadores ou sinalizar outras partes da planta e plantas vizinhas, para prepararem-se para a defesa, mecanismo conhecido como defesa indireta. Alguns microrganismos que vivem em associao com plantas tm sido descritos como potenciais auxiliares na promoo tanto da defesa direta quanto indireta. Gluconacetobacter sp. e Azospirillum sp. so bactrias endofticas benficas que vivem em associao com a cana-de-acar fornecendo nitrognio e hormnios de crescimento, portanto promovendo aumento na biomassa da planta. No entanto, nenhuma atividade destas espcies no desenvolvimento e comportamento de insetos tem sido relatada. Neste trabalho ns demonstramos o mecanismo de defesa indireta da cana-de-acar contra D. saccharalis e tambm como a associao com as estas bactrias endofticas pode modificar o metabolismo da planta e assim influenciar na resposta da broca-da-cana planta inoculada. Palavras-chave: Semioqumicos, Cana-De-Acar, Bactrias Promotoras Do Crescimento, Diatraea Saccharalis. Apoio: CNPq e CAPES.

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    Tratamento de sementes com inseticidas pode afetar negativamente o terceiro nvel trfico?

    Geraldo Andrade Carvalho

    1ProfessorTitular do Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), CP 3037, 37200-000,

    Lavras, MG, Brasil Em funo do uso de cultivares mais produtivas e com diferentes graus de resistncia a artrpodes-praga e doenas, e tambm pelo melhor preparo do solo, adubao equilibrada e uso intenso de produtos fitossanitrios, o Brasil vem aumentando a sua produo agrcola.A produo brasileira de gros na safra 2014/2015 foi de 208,8 milhes de toneladas, representando uma alta de 7,9% em relao a 2013/2014. Mesmo apresentando esse panorama, diversos fatores tm contribudo para desacelerar o aumento da produo agrcola, destacando-se a presena de pragas e doenas, que provocam injrias s plantas e frutos, obrigando o produtor a realizar aplicaes sucessivas de produtos fitossanitrios. Entretanto, o nmero elevado de aplicaes desses produtos e a falta de conhecimento prvio de seus impactos na agricultura, podem acarretar em aumento no custo de produo, alm de consequncias negativas ao ambiente. Neste contexto, como possveis efeitos dos produtos qumicos, pode-se citar a reduo populacional ou mesmo at a eliminao de organismos benficos presentes em agroecossistemas, resultando em desequilbrios biolgicos, gerando o aparecimento de pragas secundrias, ressurgncia e seleo de populaes de pragas resistentes aos compostos.Em funo dos efeitos negativos dos produtos qumicos ao homem e ao ambiente, foi desenvolvido o conceito de Manejo Integrado de Pragas (MIP), o qual prev contnua incorporao de novas tecnologias visando reduo do uso de produtos qumicos nas lavouras. Dentro desse conceito, o principal objetivo maximizar os efeitos de produtos fitossanitrios sobre as pragas, com o mnimo impacto sobre os organismos benficos, e isto pode ser alcanado por meio do uso de produtos em tratamento de sementes. Desta forma, sero abordados diversos aspectos relacionados seletividade de compostos qumicos quando aplicados em tratamento de sementes para o terceiro nvel trfico, visto que esta tcnica bastante utilizada no Brasil. Palavras-chave: Ecotoxicologia, Inimigos Naturais, Preservao. Apoio: CNPq e FAPEMIG.

    Uso de nematoides entomopatognicos no controle de pragas de importncia econmica na Amrica Latina e no Mediterrneo

    Juan P. Molina1; Itamar Glaser

    2; Juan C. Lopez

    3; Vanessa Andal

    4; Viviane A. Dalbon

    5

    1Entomlogo Ph.D. Coordenador Labex invertido Corpoica e Embrapa, em Embrapa SRI Brasilia, Braslia, DF - Brasil CEP 70770-901,

    [email protected].; 2 Deputy Director for Research and Development ARO, Volcani Center, Israel. [email protected].;

    3Investigador Cientfico I Recursos Naturales y Conservacin Cenicaf Colombia, [email protected].:

    4

    Universidade Federal de Uberlandia,MG, Brasil: [email protected].; 5 Mestranda Universidad de Crdoba, SUE-Caribe Colmbia.

    Email: [email protected]

    Na Amrica-Latina e no mediterrneo, nas ultimas dcadas, tem cobrado importncia pesquisas com nematoides entomopatognicos (NEPs) dos gneros Steinernema e Heterorhabditis, em pragas de importncia, em pases como Colmbia, Brasil e Mxico e no mediterrneo, Israel. Na Colmbia, a pesquisa tem priorizado: 1) Produo in vivo de NEPs, utilizando hospedeiros como Bombyx mori (395.880 JI de S. carpocapsae), e para o controle de Hypothenemus hampei, NEPs como H. bacteriophora, S. feltiae, com capacidade de deslocamento e penetrao no fruto de caf, caractersticas que determinaram a aplicao de NEPs nativos em campo; 2) Isolamento de NEPs na regio Andina Colmbiana, com 92% do gnero Steinernema e 7,2% Heterorhabditis, sendo reportada a primeira espcie para Colmbia, S. colombiense. Outras pragas controladas por NEPs foram Tecia solanivora, Cyrtomenus bergi e a cigarrinha das pastagens Aenolamia reducta. No Brasil, trabalhos de isolamento na regio de Lavras/MG e no Amazonas, confirmou-se que todos os isolados pertencem Heterorhabditis amazonenses. Tambm os NEPs tm mostrado efeito na mortalidade de J2 e inibio da ecloso de ovos em fitonematoides como Meloidogyne mayaguensis, o qual representaria um potencial controle. Mas recentemente foi avaliado o efeito dos NEPs em Helicoverpa armigera, pela importncia que cobrou esta praga no Brasil. Quanto formulao de NEPs, existem avances na produo in vitro em meio solido e liquido, parceria entre o Instituto Biolgico de campinas e a empresa BioControle e no Mxico, existem pesquisas avanadas em formulao. No mediterrneo, Israel tem utilizado NEPs no controle da pior praga das palmceas (Rhynchophorus ferrugineus), registrada j nos Estados Unidos, Aruba e Curaao, sendo os NEPs, uma alternativa de controle, como em Israel, S. carpocapsae e H. bacteriophora foram eficientes no controle de vrios estdios larvais de R. ferrugineus e tem sido desenvolvido um sistema de aplicao eficaz de NEPs em palmeiras. Palavras-chave: Entomonematoides, Latino-america, Mediterraneo.

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    Avanos, dificuldades e desafios no desenvolvimento de produtos a base de nematoides entomopatognicos

    Fbio S. Schmidt; Lizandra A. Carvalho; Marina S. Filier1; Lus. G. Leite; Ari Gitz

    Bio Controle Mtodos de Controle de Pragas Lab. de Pesquisa; Instituto Biolgico Lab. Controle Biolgico.

    Email: [email protected] Nematoides entomopatognicos (NEPs) ocupam atualmente o segundo maior segmento do mercado de bioinseticidas nos pases industrializados, tambm sendo utilizados contra uma enorme gama de insetos que incluem alm das pragas de solo, insetos pragas da parte area que atravessam parte do seu ciclo biolgico no solo. Os gneros Steinernema spp. e Heterorhabditis spp. so os nicos associados a insetos que so largamente utilizados para o controle de pragas. Possuem uma associao mutualstica com as bactrias Xenorhabdus e Photorhabdus, respectivamente, resultando na morte rpida dos insetos parasitados. A Bio Controle em parceria com o Instituto Biolgico a nica empresa da Amrica Latina que desenvolve a produo massal in vitro de nematoides entomopatognicos. A empresa trabalha com trs espcies de nematoides entomopatognicos, entre elas, encontra-se o primeiro macrorganismo registrado pelo Ministrio da Agricultura e Abastecimento para o controle de Sphenophorus levis na cultura de cana-de-aucar e mais duas espcies que esto em fase final de registro. Atualmente, a Bio Controle possui uma metodologia definida para produo in vitro em substrato slido, e encontra-se na fase de aprimoramento das etapas de extrao, formulao e transporte. A empresa vem fornecendo nematoides para fins de testes e para uso em pequenas culturas, e possui um plano de ampliao na escala de produo para atender tambm grandes demandas.

    Palavras-chave: Controle Biolgico, Steinernema spp., Heterorhabditis spp.

    EPN production: basic bioengineering aspects

    Norberto Chavarra Hernndez; Sixto J. Prez Campos; Ma. del R. Lpez Cuellar; Adriana I. Rodrguez Hernndez

    Cuerpo Acadmico de Biotecnologa Agroalimentaria, Instituto de Ciencias Agropecuarias. Universidad Autnoma del Estado de Hidalgo. Av. Universidad km 1, Rancho Universitario. Tulancingo, Hidalgo. CP 43600. Mxico.

    Nowadays, the agriculture productivity depends on the use of chemicals, mainly herbicides, insecticides and fungicides. Concerning insecticides, adverse consequences have been reported due to their use. Then, more environmentally benign methods are required, and the biological control is a feasible one. The use of infective juvenile stages (IJ) of entomopathogenic nematodes (EPN) has been effective in certain agro-systems. Then the mass production of IJ stages of EPN is interesting for biocontrol applications. In this respect, the submerged monoxenic culture is the best option for the EPN production. Nonetheless, the submerged monoxenic culture of EPN still exhibits important variations into the obtained IJ yields and productivities so efforts must be done to improve such technology. Specifically, studies concerning the nematode population growth kinetics, bioreactor design and operating conditions, among others, are necessary for more reliable IJ production bioprocesses. Concerning the IJ mass production in mechanically and/or pneumatically agitated bioreactors, there are some reports covering different aspects of this technology, although those which consider the effects of both hydrodynamics and oxygen transfer conditions on the IJ productivity are scarce. Our research group has been studying the submerged culture of EPN, both steinernematids and heterorhabditids species, growing in presence of their symbiotic bacterium, in orbitally agitated flasks, internal-loop pneumatically agitated bioreactors and mechanically agitated ones. In order to describe the processes, the dimensionless Reynolds number, Re, is used as an index of actual hydrodynamic conditions, while the oxygen transfer efficiency is evaluated on the basis of the kLa coefficient value. The evolution of the EPN population within bioreactors is a complex function depending on both hydrodynamic and oxygen transfer conditions, among other important variables. The main implications will be discussed. Keywords: Basic Bioengineering, Mixing, Oxygen Demand. Support: CONACyT CB2014, Grant 238359.

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    Nematoides entomopatognicos: avanos e desafios na produo comercial e uso no Brasil

    Luis G. Leite1; David I. Shapiro-Ilan

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    1Instituto Biolgico, APTA, CP 70, Campinas, SP 13001-970, Brasil.

    2USDA-ARS, SEFTNRL, Byron, GA 31008, USA

    Nematoides entomopatognicos (NEPs) das famlias Steinernematidae e Heterorhabditidae possuem uma associao simbitica com bactrias, o que os tornam virulentos contra os insetos, sendo usados principalmente para o controle de insetos praga de solo. Estes nematoides carregam a bactria dentro de seu intestino e, uma vez dentro do inseto hospedeiro, liberaram essas bactrias, as quais se proliferam e causam a morte do hospedeiro, geralmente em 48 horas. Os nematoides se alimentam dessas bactrias e do contedo do inseto em decomposio, completam 1-3 geraes, e depois saem do cadver como juvenis infectivos (JI) na busca de novos hospedeiros. O JI a nica fase de vida livre e est adaptada para sobreviver no ambiente do solo at encontrar um novo inseto hospedeiro. NEPs vem sendo produzidos comercialmente utilizando insetos hospedeiros (in vivo) ou a cultura da bactria simbionte como fonte de alimento (in vitro). Os mtodos in vitro incluem a produo em meio slido (esponja) e meio lquido (fermentao). Devido sua economia de escala, a fermentao em meio lquido considerada a tecnologia preferida para a produo comercial em larga escala de NEPs. NEPs vem sendo comercializados por quase trs dcadas, mas seu uso ainda tem sido limitado, sendo usado especialmente em culturas de maior valor econmico. Isso se deve, em parte, falta de competitividade dos custos de produo em comparao com inseticidas qumicos, bem como qualidade algumas vezes inconsistente do nematide. Os estudos sobre produo de nematide em meio lquido tem procurado melhorar o rendimento, qualidade e custos da produo. Para otimizao do meio de cultura, tem-se avaliado nutrientes essenciais como protenas, lpidos, e vrios fatores de crescimento, alm das condies de cultura, tais como temperatura, o tamanho do inoculo, e taxa de aerao. Asssim, para a implementao de uma produo comercial de NEPs no Brasil, devem ser considerados os custos de produo e a qualidade do produto, alm de outras questes como o mercado para uso. Palavra-chave: Steinernema, Heterorhabditis, Pragas De Solo. Apoio: FAPESP e USDA.

    Situao atual da resistncia de Spodoptera Frugiperda e Helicoverpa Armigera a inseticidas e plantas Bt

    Celso Omoto; Eloisa Salmeron; Oderlei Bernardi; Antonio R. B. Nascimento; Renato J. Horikoshi; Rogrio M. Pereira; Mariana

    R. Durigan; Douglas Amado

    Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de So Paulo (ESALQ/USP), Departamento de Entomologia e Acarologia, CP 09, CEP 13418-900, Piracicaba SP

    A problemtica da resistncia de pragas a inseticidas e plantas geneticamente modificadas que expressam protenas de Bacillus thuringiensis (plantas Bt) tem aumentado significativamente, principalmente devido ao sistema intensivo de produo de cultivos aliado falta de adoo de estratgias de MIP no Brasil. Diante desse problema, o uso de inseticidas tem sido mais frequente, geralmente em doses elevadas e/ou misturas de inseticidas, o que tem acarretado o aumento da presso de seleo de pragas com razes de resistncia ainda mais elevadas devido resistncia mltipla, ou seja, seleo de insetos com mais de um mecanismo de resistncia. Isso tem ocasionado impactos econmicos, ecolgicos e sociais negativos, o que tem comprometido o agronegcio. O Laboratrio de Resistncia de Artrpodes a Tticas de Controle da USP/ESALQ, com apoio das agncias de fomento (CNPq, Capes e FAPESP) e do Comit Brasileiro de Ao Resistncia a Inseticidas (IRAC-BR), tem conduzido trabalhos de deteco, monitoramento e manejo da resistncia de Spodoptera frugiperda a inseticidas desde 1996. Aumento escalonado na freqncia de resistncia para os inseticidas dos principais grupos qumicos (piretroides, organofosforados, inibidores de sntese de quitina e espinosinas) foi documentado no decorrer do tempo, com freqncias de resistncia superiores a 50% em algumas localidades. Com a introduo de plantas Bt no Brasil, principalmente o milho Bt em 2007, foi observada reduo significativa na pulverizao de inseticidas, verificando-se um restabelecimento da suscetibilidade de populaes de S. frugiperda aos principais inseticidas. Por outro lado, com o aumento do plantio de milho Bt sem a adoo de estratgias de Manejo da Resistncia de Insetos (MRI), a evoluo da resistncia de S. frugiperda a algumas protenas Bt (por ex. Cry1Ab e Cry1F) foi documentada aps 4 anos da introduo da tecnologia de milho Bt, o que tem comprometido outras tecnologias de milho Bt expressando mltiplas protenas. Com a recente documentao de Helicoverpa armigera, a situao da resistncia de pragas a inseticidas tem aumentado ainda mais, devido alta tolerncia de H. armigera para a maioria dos inseticidas recomendados para o seu controle. Diante do cenrio crtico atual da resistncia de S. frugiperda a inseticidas e plantas Bt e da alta tolerncia de H. armigera a inseticidas, esforos conjuntos envolvendo toda cadeia produtiva do agronegcio so necessrias para a implementao de aes visando preservao da vida til dos inseticidas e plantas Bt no Brasil. Palavras-chave: Spodoptera Frugiperda, Helicoverpa Armigera, Manejo Da Resistncia. Apoio: CNPq, CNPq, FAPESP, CAPES e IRAC-BR.

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    Avanos nos estudos de monitoramento da resistncia de Chrysodeixis Includens, Bemisia Tabaci e Euschistus Heros a inseticidas

    Marcelo Poletti 1Promip - Manejo Integrado de Pragas, Estrada Bode Branco, s/n - km02, Caixa Postal 111, 13.165-000 Engenheiro Coelho, SP, Brasil.

    Email: [email protected] / www.promip.agr.br Problemas relacionados ineficincia de alguns ingredientes ativos tm sido reportados com certa regularidade por agricultores e tcnicos ligados ao setor. Um dos motivos que podem contribuir para esse fato o uso inadequado de alguns defensivos agrcolas, que leva a uma srie de consequncias como a seleo de populaes resistentes de insetos-praga a inseticidas. Com intuito de isolar, identificar e acompanhar a evoluo da resistncia de pragas aos principais produtos agrcolas disponveis no mercado, o Comit de Ao Resistncia a Inseticidas (IRAC-BR) tem apoiado de forma proativa uma srie de estudos que visam a deteco e o monitoramento da resistncia das principais pragas-alvo em diversas culturas. Dentre esses, a Promip tem conduzido desde a safra 2010/11, vrios estudos visando o monitoramento da resistncia a inseticidas para: Chrysodeixis includens, Bemisia tabaci e Euschistus heros. A primeira etapa do trabalho foi determinao das linhas bsicas de suscetibilidade e na estimativa das concentraes diagnsticas para cada ingrediente ativo, as quais foram utilizadas para o monitoramento da suscetibilidade de populaes coletadas nas principais regies produtoras de soja e tomate. Os mtodos de bioensaios utilizados foram selecionados previamente levando-se em considerao caractersticas intrnsecas de cada alvo e produto. Para C. includens os ativos avaliados foram o benzoato de emamectina, clorantraniliprole, flubendiamida, indoxacarbe, lufenuron, metoxifenozide, espinetoram, tiodicarbe e teflubenzuron. Com relao B. tabaci foram avaliados cinco produtos: imidacloprido, piriproxifem, buprofezina, espiromesifeno e ciantraniliprole. Para o percevejo E. heros foram avaliados: acefato, tiametoxam, imidacloprid, lambda-cialotrina, beta-ciflutrina e a mistura de imidacloprid + beta-ciflutrina. Os resultados obtidos at ento demonstraram variabilidades intraespecficas para todos os alvos avaliados com destaque para alguns produtos pertencentes ao grupo dos piretrides, carbamatos e neonicotinides, com populaes apresentando sobrevivncia 20%. Diante das informaes obtidas, o Comit tem discutido a viabilidade de aes que visem a promoo do Manejo Integrado de Pragas, para minimizar os problemas relacionados resistncia em campo. Palavras-chave: Falsa Medideira, Mosca Branca, Percevejo Marrom Da Soja. Apoio: IRAC-BR.

    Monitoramento da resistncia de Tetranychus Urticae a acaricidas

    Mrio E. Sato1; Maria C.V. Queiroz

    1; Rafael S.M. Stocco

    1; Rafaela Gallego

    1

    Laboratrio de Acarologia, Instituto Biolgico, Centro Experimental Central, Rod. Heitor Penteado, km 3, CEP 13092-543, Campinas,

    SP, Brasil. Email: [email protected] O caro-rajado, Tetranychus urticae (Koch), causa srios prejuzos em diversas culturas de importncia econmica no pas. A evoluo da resistncia a acaricida em caros fitfagos tem sido um problema srio para a agricultura. O curto ciclo de vida e o alto potencial reprodutivo de T. urticae so favorveis ao rpido desenvolvimento de resistncia aos acaricidas. Foram coletadas populaes de T. urticae em vrias culturas comerciais (algodo, crisntemo, feijo, framboesa, grbera, mamo, morango, orqudea, rosa, soja, tomate), em diferentes municpios dos Estados de So Paulo (Amparo, Artur Nogueira, Atibaia, Campinas, Campos do Jordo, Holambra, Indaiatuba, Monte Alegre do Sul, Santo Antonio de Posse, Socorro, Sumar), Mato Grosso (Itiquira, Primavera do Leste, Rondonpolis) e Gois (Brazabrantes, Rio Verde), no perodo de 2010 a 2015. Fmeas adultas ou ovos de T. urticae foram colocados em arenas de folha de feijo. A aplicao foi realizada em torre de Potter, utilizando-se a concentrao discriminatria de diversos acaricidas (milbemectin, abamectin, chlorfenapyr, fenpropathrin, spiromesifen, diafenthiuron, etoxazole), para a estimativa das porcentagens de caros resistentes aos acaricidas, nas diversas populaes de caro-rajado coletadas no Brasil. Para alguns acaricidas (clofentezine, cyflumetofen, azadirachtin), foram estimadas as concentraes letais 50% (CL50) para cada populao estudada. Observaram-se contrastes significativos entre as populaes de T. urticae avaliadas, com frequncias de resistncia variando entre 0 a 98%, considerando-se todos os acaricidas estudados. As maiores porcentagens de caros resistentes foram detectadas em cultivos com elevada frequncia de aplicao de acaricidas (ex.: crisntemo, rosa, grbera, morango) no Estado de So Paulo. Palavras-chave: caro-Rajado, Tetranychidae, Controle Qumico. Apoio: FAPESP, CNPq, IRAC-BR.

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    Recomendaes de manejo de resistncia para soja, milho e algodo Bt no Brasil IRAC-BR

    Renato A. Carvalho; Analiza Alves; Antnio Csar Santos; Fbio Santos; Jlio Fatoretto

    Grupo de Biotecnologia (GBio) do Comit Brasileiro de Ao Resistncia a Inseticidas IRAC-BR. Rod. SP 147, Km 71,5, Cx.P.168, Mogi Mirim, SP, Brasil. Email: [email protected]

    A agricultura brasileira desempenha um papel de destaque na economia nacional e parte desse sucesso pode ser atribuda adoo da biotecnologia na agricultura. Dentre as biotecnologias presentes na agricultura, podemos destacar as plantas resistentes a insetos, uma vez que em ambientes tropicais como o Brasil, o manejo eficiente de insetos pragas determinante para se atingir bons resultados na lavoura. Apesar do sucesso das tecnologias Bt (Bacillus thuringiensis) nas lavouras de soja, milho e algodo no Brasil, o risco de seleo de insetos resistentes a tais tecnologias permanece como o principal desafio. Todos os segmentos da cadeia de produo, como as empresas detentoras de tecnologia e agricultores devem, portanto, encarar a proteo dessas tecnologias como uma prioridade. O alto risco para seleo da resistncia se deve alta presso de seleo contra as pragas alvo dessas tecnologias. Assim, o Manejo da Resistncia de Insetos surge como o conjunto de medidas que visam prevenir ou retardar a seleo de indivduos resistentes. Dentre essas medidas para as culturas transgnicas, a expresso em alta dose da protena Bt associada com o plantio de hospedeiros no-Bt, conhecida como estratgia de alta dose/refgio, tem se mostrado eficaz na manuteno da suscetibilidade de insetos praga em diversas regies do mundo. No entanto, o sucesso desta estratgia est associado ao plantio das reas de refgio, compostas por plantas no-Bt que permitiro o desenvolvimento da espcie alvo e sua migrao para a rea de plantas Bt que expressam alta concentrao de protena em seus tecidos. Alm disso, o manejo com inseticidas nas reas de refgio deve ser realizado de maneira racional, permitindo a sobrevivncia de um nmero significativo de insetos alvo suscetveis. Diversos esforos tm sido realizados pela indstria de sementes com biotecnologia, buscando as melhores recomendaes de manejo e a implementao dessas estratgias pelos agricultores. Palavras-chave: Biotecnologia, Plantas Geneticamente Modificadas, Manejo Da Resistncia De Insetos. Apoio: IRAC-BR.

    Integrated management processes for the control of sugarcane subterranean pests and insects

    Jos Francisco Garcia 1Global Cana - Solues Entomolgicas Ltda., Av. Luiz Eduardo de Toledo Prado, 870 - Torre Empresarial II - Sala 1113, CEP: 14.027-

    250 - Vila do Golf - Ribeiro Preto, SP, Brasil. E-mail: [email protected] The integrated management of subterranean pests in sugarcane is currently going through significant changes. This technology is based on efficient technological monitoring followed by the precise identification of beneficial insects present in the area. This information, added to crop phenology knowledge, capacity to tolerate damages and to develop control levels is fundamental for fast and reliable decision-making in regards to the correct management and control of these insects. These Important components are e