xix congresso nacional de secretários municipais de saúde: saúde: direito de todos e dever do...
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XIX Congresso Nacional de Secretários Municipais de Saúde:
“Saúde: Direito de Todos e Dever do Estado – 15 anos”
Gestão do Trabalho no SUS
Francisco Eduardo de Campos
Professor Adjunto do DMPS/FM/UFMG
Coordenador do NESCON/FM/UFMG
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ESTILOS DEVIDA
BIOLOGIAHUMANA
MEIOAMBIENTE
SISTEMA DEATENÇÃO À
SAÚDE
DETERMINANTES DE SAÚDE Contribuição potencial de intervenções para a
redução da mortalidade nos Estados Unidos (em %)
Adaptado de Devers G.E.A. An Epidemiological Model for Health Policy Analysis Soc.Ind. Res., 1976 Vol.2 P 465
DESPESAS COM SAÚDE, PARTICIPAÇÃO RELATIVA DO SETOR PRIVADO E DESPESAS PÚBLICAS COM SAÚDE
______________________________________________________________________ PAÍS DESPESA TOTAL DESPESA PRIVADA DESPESA PÚBLICA (% do PIB) (% da despesa total) (% do PIB)______________________________________________________________________ Estados Unidos 13,3 56,1 5,84 Canadá 9,9 27,8 7,15Suécia 8,8 22,0 6,87Reino Unido 6,6 16,7 5,49Alemanha 9,1 12,3 7,98França 9,1 26,1 6,72Holanda 8,7 26,9 6,35Média Países c/ IDH 6,0 34,4 3,94Brasil 4,2 (*) 33,3 (*) 2,8______________________________________________________________________
FONTE: PNUD (1996), (*) World Bank (1993)
ESPECIFICIDADES CONTEMPORÂNEAS DO TRABALHO NO SETOR SAÚDE:
1. Imprevisibilidade da necessidade do consumo dos serviços
2. Os avanços tecnológicos não são substitutivos, mas acumulativos
3. Assimetria da informação – Não auto-limitação do consumo
4. “Irracionalidade” – inadmissibilidade da perda estatística
5. O consumo se dá durante a produção – Os serviços são inestocáveis
6. Impossibilidade do adiamento do consumo para esperar condições mais favoráveis de mercado
7. Demandas imprecisas – Dificuldade de composição de algoritmos fechados, apesar da Medicina Baseada em Evidências.
NOVAS TENDÊNCIAS DA ORGANIZAÇÃO DO MODELO NO MUNDO PARA ENFRENTAR A
CRISE DOS SSS:
1. Redução da assimetria Vinculação de clientelas a profissionais/equipes
2. Continuidade e Responsabilização
3. Avaliação centrada nos Resultados e não mais somente nas Estruturas e Processos
4. Ênfase simultânea no cuidado e na cura (Care & Cure)
5. Abordagem multisetorial Integralidade da ação
Número total de médicos gerais (General Practioners) no Reino Unido, 1985-2000
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40
1985 1987 1989 1993 1995 1997 1999 2000
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Fonte: Health and Personal Social Services Statistics for England and Wales, General Medical Services Statistics England and Wales; Statistical Report for Northern Ireland, Scotland Scottish Health Statistics
REFORMAS SETORIAIS DE SAÚDE NA AMÉRICA LATINA:
1.Estado mínimo.
2.Privatização dos serviços – Reformas segmentadas, focalização e cesta básica.
3.Planos de Demissão voluntária – Resultados Desastrosos: Desorganização da produção com poucos ganhos financeiros.
4.Terceirização, Flexibilização, Precarização.
BRASIL: FATOS A SEREM CONSIDERADOS
1.Lei de Responsabilidade Fiscal
2.Precarização dos vínculos: Contratos Administrativos, RPA´s Cargos Comissionados, Cooperativas
3.Utilização de trabalho estrangeiro em áreas não cobertas por profissionais nacionais
4.Turn-over das equipes
5.Disputa corporativa por espaços de práticas/atos exclusivos
6.Heterogeneidade de concepção entre gestores
INADEQUAÇÃO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL:
1. Números de médicos adequado, má distribuição profissional
2. Excessiva e não criteriosa oferta de especialização (>80% dos médicos)
3. Role-models incoerentes com as tendências futuras
4. Baixa confiança e adesão dos egressos às propostas de reorientação do modelo
5. Despreparo para fazer frente aos problemas do coletivo
6. Baixo número de enfermeiros, vis-a-vis aos médicos
7. Falta de oferta de oportunidade de educação permanente
TENDENCIAS DO EMPREGO EM SAÚDE NO BRASIL:
•2,6 milhões de vínculos formais
•1,7 milhões de postos em estabelecimentos de saúde
•10% do emprego formal urbano estão na saúde
•O setor supletivo apresenta dinamismo crescente, com mais de 250 mil médicos e mais 575 mil empregados
•45% dos estabelecimentos registrados na RAIS contam com até 4 empregados e 6% nenhum emprego
•Nos municípios 1 em cada 6 empregos se situa no setor saúde
•O setor que mais cresceu emprego no Brasil entre 95 e 2000 foi a saúde
•O maior crescimento foi dos farmacêuticos (32%)
•O setor público detém 44% dos empregos em saúde (25% para o resto da economia)
•Os empregos municipais cresceram 50% entre 95 e 2000
•Os empregos crescem 13,9% ao ano e os Celetistas diminuem 1,5% aa.
(Fonte Girardi & Carvalho, 2003)
“Médicos familiares são os únicos profissionais capazes de ver os pacientes como um todo. A ciência médica separou o paciente em membros, órgãos e até mesmo gens, mas é papel do médico de família tratar o paciente por inteiro e ver cada pessoa dentro de um contexto familiar e comunitário”.
“90% dos recursos de saúde no mundo são investidos em apenas 11% da população”.