www.viriatosoromenho- marques.com1 Ética e território. uma introdução a partir da experiência...

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www.viriatosoromenho- www.viriatosoromenho- marques.com marques.com 1 Ética e Território. Ética e Território. Uma Introdução a partir Uma Introdução a partir da experiência da experiência portuguesa portuguesa Conferência Internacional Conferência Internacional «Ética e Território» «Ética e Território» 19 de Setembro de 2011 19 de Setembro de 2011 Viriato Soromenho-Marques Viriato Soromenho-Marques

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Ética e Território. Ética e Território. Uma Introdução a partir da Uma Introdução a partir da

experiência portuguesaexperiência portuguesa

Conferência Internacional Conferência Internacional «Ética e Território»«Ética e Território»

19 de Setembro de 201119 de Setembro de 2011Viriato Soromenho-MarquesViriato Soromenho-Marques

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ÍndiceÍndice

1.1. O que são “território” e “ética”?O que são “território” e “ética”?

2.2. Território e ambiente na cultura Território e ambiente na cultura científica, literária e filosófica científica, literária e filosófica portuguesa.portuguesa.

3.3. Território e ambiente na cultura política Território e ambiente na cultura política e institucional.e institucional.

4.4. Que Futuro? Valores e Políticas para Que Futuro? Valores e Políticas para uma ética pública centrada no território.uma ética pública centrada no território.

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O que são o “território” e a O que são o “território” e a “ética”?“ética”?

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The Fighting Temeraire, 1838, TurnerThe Fighting Temeraire, 1838, Turner

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Rupturas na modernidade: o Rupturas na modernidade: o bosque como símbolo de bosque como símbolo de

integridade éticaintegridade ética• ““Eu fui para os bosques porque eu Eu fui para os bosques porque eu

queria viver com intenção e propósito, queria viver com intenção e propósito, enfrentar apenas os factos essenciais enfrentar apenas os factos essenciais da vida [...] Eu queria viver da vida [...] Eu queria viver profundamente e chupar todo o tutano profundamente e chupar todo o tutano da vida [...] Não somos nós que da vida [...] Não somos nós que montamos o caminho-de-ferro. É ele montamos o caminho-de-ferro. É ele que nos monta.” (Thoreau, 1986: 135-que nos monta.” (Thoreau, 1986: 135-136).136).

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Antecipando os problemas do Antecipando os problemas do mega-urbanismomega-urbanismo

• ““As cidades não conferem espaço As cidades não conferem espaço suficiente aos sentidos humanos. Nós suficiente aos sentidos humanos. Nós saímos de dia e de noite para saímos de dia e de noite para alimentar os olhos no horizonte. Eles alimentar os olhos no horizonte. Eles necessitam tanto de largueza, como necessitam tanto de largueza, como nós precisamos de água para o nós precisamos de água para o banho” (Emerson, 1994: 382).banho” (Emerson, 1994: 382).

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O território dos cinco O território dos cinco elementos: os quatro, mais o elementos: os quatro, mais o

tempo…tempo…•"De acordo com uma antiga "De acordo com uma antiga

doutrina o conjunto da história doutrina o conjunto da história universal não é mais do que uma universal não é mais do que uma viagem através dos quatro viagem através dos quatro elementos" (C. Schmitt, 1981: 105). elementos" (C. Schmitt, 1981: 105).

•Da Terra à Água (Mar). Do Mar para Da Terra à Água (Mar). Do Mar para o Fogo.o Fogo.

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Portugal, nunca foi só terra Portugal, nunca foi só terra firme…firme…

• “ “ [..] É em Portugal que os rios de [..] É em Portugal que os rios de Espanha encontram a sua saída para Espanha encontram a sua saída para o mar. Dever-se-ia crer que, tendo a o mar. Dever-se-ia crer que, tendo a Espanha rios, deveria também ter Espanha rios, deveria também ter uma relação com o mar; mas, essa uma relação com o mar; mas, essa relação foi especialmente relação foi especialmente desenvolvida por Portugal.”desenvolvida por Portugal.”

(Hegel, 1968: 197-198).(Hegel, 1968: 197-198).

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Uma ética pública Uma ética pública do (s) território (s)do (s) território (s)

• A evaporação da “terra” e do “trabalho” A evaporação da “terra” e do “trabalho” na economia do capitalismo na economia do capitalismo contemporâneo.contemporâneo.

• Não a ética do individualismo moderno, Não a ética do individualismo moderno, mas uma «ética pública» dos valores mas uma «ética pública» dos valores partilhados, no sentido aristotélico, partilhados, no sentido aristotélico, revisitada por Alasdair MacIntyre no seu revisitada por Alasdair MacIntyre no seu ensaio capital «After Virtue» (1981).ensaio capital «After Virtue» (1981).

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Território e ambiente na Território e ambiente na cultura científica, literária cultura científica, literária

e filosófica portuguesae filosófica portuguesa

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O território na cultura cientifica• Natureza e Ambiente (estenografia: Natureza e Ambiente (estenografia:

«Natureza posta em perigo»).«Natureza posta em perigo»).O período das Luzes como início do estudo e O período das Luzes como início do estudo e

desenvolvimento das ciências da naturezadesenvolvimento das ciências da natureza1.1 - Raízes no período das “Luzes”: 1.1 - Raízes no período das “Luzes”:

conhecer e delimitar o território conhecer e delimitar o território plural e imperialplural e imperial

Século XVIII Filósofos naturais – viagens com Século XVIII Filósofos naturais – viagens com fins científicosfins científicos

Francês MaupertuisFrancês MaupertuisBritânico Cook Britânico Cook Alemão Georg Forster Alemão Georg Forster

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• Portugueses:Portugueses: Alexandre Rodrigues estudos no Brasil entre Alexandre Rodrigues estudos no Brasil entre

1783-17921783-1792 Manuel Galvão da Silva trabalhos em Manuel Galvão da Silva trabalhos em

Moçambique 1783-1793Moçambique 1783-1793Joaquim José da Silva trabalhos em Angola Joaquim José da Silva trabalhos em Angola

1783-18081783-1808 José da Silva Feijó estudos em Cabo VerdeJosé da Silva Feijó estudos em Cabo VerdeTambém,Também,Abade Correia da Serra (amigo de James Abade Correia da Serra (amigo de James

Madison e Thomas Jefferson)Madison e Thomas Jefferson)José Bonifácio de Andrada e SilvaJosé Bonifácio de Andrada e Silva

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Um olhar sobre Portugal, em Um olhar sobre Portugal, em 1815…1815…

• "Todos os que conhecem por estudo a "Todos os que conhecem por estudo a grande influência dos bosques e grande influência dos bosques e arvoredos na economia geral da arvoredos na economia geral da natureza, sabem que os países que natureza, sabem que os países que perderam suas matas estão quase de perderam suas matas estão quase de todo estéreis, e sem gente. Assim todo estéreis, e sem gente. Assim sucedeu à Síria, Fenícia, Palestina, sucedeu à Síria, Fenícia, Palestina, Chipre, e outras terras, e vai sucedendo Chipre, e outras terras, e vai sucedendo ao nosso Portugal(...)ao nosso Portugal(...)

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……na Academia de Ciênciasna Academia de Ciências

• eram imensas as matas: mas com o andar dos eram imensas as matas: mas com o andar dos séculos esses ricos tesouros, com que nos tinha séculos esses ricos tesouros, com que nos tinha dotado a mão liberal da Natureza, foram dotado a mão liberal da Natureza, foram diminuindo e acabando pelo aumento da população diminuindo e acabando pelo aumento da população e da agricultura; e muito mais pela indolência e da agricultura; e muito mais pela indolência egoísmo, e luxo desenfreado de necessidades egoísmo, e luxo desenfreado de necessidades fictícias, que destruíam num dia a obra de muitos fictícias, que destruíam num dia a obra de muitos séculos. é já tempo de acordarmos de tão profundo séculos. é já tempo de acordarmos de tão profundo sono; e de reflectirmos seriamente nos males que sono; e de reflectirmos seriamente nos males que sofre Portugal pela falta de matas e arvoredos..."sofre Portugal pela falta de matas e arvoredos..."

• José Bonifácio de Andrade e Silva, José Bonifácio de Andrade e Silva, Memória Sobre a Memória Sobre a Necessidade e Utilidade do Plantio de Novos Bosques em Necessidade e Utilidade do Plantio de Novos Bosques em PortugalPortugal, Academia Real das Sciencias, 1815., Academia Real das Sciencias, 1815.

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Uma geografia de olhar amploUma geografia de olhar amplo

Orlando RibeiroOrlando Ribeiro

Hermann LautesachHermann Lautesach

Suzanne DaveauSuzanne Daveau

Manuel Viegas GuerreiroManuel Viegas Guerreiro

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Arquitectura da paisagem e Arquitectura da paisagem e ordenamento do territórioordenamento do território

A.P.: Concepção holística capaz de A.P.: Concepção holística capaz de integrar ciências da natureza e ciências integrar ciências da natureza e ciências humanashumanas

Francisco Caldeira Cabral, discípulos:Francisco Caldeira Cabral, discípulos:

Manuel Azevedo Coutinho; Edgar FontesManuel Azevedo Coutinho; Edgar Fontes

Gonçalo Ribeiro Telles; Álvaro DentinhoGonçalo Ribeiro Telles; Álvaro Dentinho

Manuel Sousa Câmara; Fernando PessoaManuel Sousa Câmara; Fernando Pessoa

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Outros domínios do Outros domínios do conhecimento científicoconhecimento científico

– Veiga da Cunha: recursos hídricos.Veiga da Cunha: recursos hídricos.– Henrique de Barros: trabalhos em Henrique de Barros: trabalhos em

economia (1981).economia (1981).– Filipe Duarte Santos: Pioneiro do Filipe Duarte Santos: Pioneiro do

estudo das alterações climáticas em estudo das alterações climáticas em Portugal (a mudança acelerada).Portugal (a mudança acelerada).

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O território na literatura e no O território na literatura e no pensamento filosóficopensamento filosófico

- Território português fortemente - Território português fortemente humanizadohumanizado

- Cidade surge com um estatuto de - Cidade surge com um estatuto de modernidade problemáticamodernidade problemática

- - Não há “espaço” para o conceito de Não há “espaço” para o conceito de «Wilderness»«Wilderness»

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www.viriatosoromenho-www.viriatosoromenho-marques.commarques.com 1919

LiteraturaLiteratura

- Raúl Proença “Guia de Portugal”- Raúl Proença “Guia de Portugal”

- Eça de Queirós “A Cidade e as Serras”- Eça de Queirós “A Cidade e as Serras”

- Aquilino Ribeiro “Volfrâmio”; “Quando os - Aquilino Ribeiro “Volfrâmio”; “Quando os Lobos Uivam”Lobos Uivam”

- Fernando Namora “Minas de S. - Fernando Namora “Minas de S. Francisco”Francisco”

- Soeiro Pereira Gomes “A Engrenagem” - Soeiro Pereira Gomes “A Engrenagem”

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Reflexões filosóficasReflexões filosóficas

António Sardinha – recusa do António Sardinha – recusa do capitalismo industrial modernocapitalismo industrial moderno

Sampaio Bruno – “natureza colocada Sampaio Bruno – “natureza colocada em risco”em risco”

Teixeira de Pascoaes – recupera a Teixeira de Pascoaes – recupera a dimensão do sagrado da naturezadimensão do sagrado da natureza

Sebastião da Gama – movimento cívico Sebastião da Gama – movimento cívico que leva à constituição da LPNque leva à constituição da LPN

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Território e ambiente na cultura Território e ambiente na cultura política e institucionalpolítica e institucional

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O território e o ambiente na cultura O território e o ambiente na cultura política e institucionalpolítica e institucional

1971- Comissão Nacional do Ambiente para 1971- Comissão Nacional do Ambiente para participação na Conferência das Nações participação na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente Humano; Unidas sobre Ambiente Humano; Foi Foi redigido o 1º Relatório sobre o estado do redigido o 1º Relatório sobre o estado do

AmbienteAmbiente..

1973:74-Esteve iminente a aprovação 1973:74-Esteve iminente a aprovação de uma Lei de Bases do Ambiente.de uma Lei de Bases do Ambiente.

O papel pioneiro de José Correia da O papel pioneiro de José Correia da Cunha (agrónomo, geógrafo, Cunha (agrónomo, geógrafo, deputado…)deputado…)

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O primado do impulso O primado do impulso externoexterno

1900 – Convention for de Preservation 1900 – Convention for de Preservation of Wild Animals, Birds and Fish in of Wild Animals, Birds and Fish in África.África.

1933 – Convention Relative to the 1933 – Convention Relative to the Preservation of Fauna and Flora in Preservation of Fauna and Flora in Their Natural State.Their Natural State.

1972: Conferência de Estocolmo.1972: Conferência de Estocolmo.

1986: adesão à CEE.1986: adesão à CEE.

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Após 25 AbrilApós 25 Abril

Constituição – reconhecida esfera de direito do Constituição – reconhecida esfera de direito do AmbienteAmbiente

Gonçalo Ribeiro Telles - cria a secretaria de Gonçalo Ribeiro Telles - cria a secretaria de Estado do Ambiente; REN;RAN; Corredores Estado do Ambiente; REN;RAN; Corredores ecológicosecológicos

Carlos Pimenta – instrumentos institucionais Carlos Pimenta – instrumentos institucionais DGQA; DGRNDGQA; DGRN

Integração União Europeia:Integração União Europeia:- aceleração dos instrumentos político-jurídicos- aceleração dos instrumentos político-jurídicos- financiamentos (coesão económica e social -- financiamentos (coesão económica e social -QCA)QCA)- institucionalização da política pública - institucionalização da política pública ambiente.ambiente.

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Que Futuro? Valores e Políticas Que Futuro? Valores e Políticas para uma ética pública para uma ética pública centrada no territóriocentrada no território

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““Velhos” Valores e Velhos” Valores e movimentos sociais clássicosmovimentos sociais clássicos

• Ideologia do Ideologia do ProgressoProgresso..• Optimismo Optimismo científico e tecnológico.científico e tecnológico.• O papel central atribuído ao O papel central atribuído ao EstadoEstado

(a metáfora do (a metáfora do ErmitageErmitage).).• A história entendida como processo A história entendida como processo

teleológicteleológico monodireccional.o monodireccional.• A política no quadro da analogia A política no quadro da analogia

bélica (a teoria do bélica (a teoria do Feind-FreundFeind-Freund).).

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Poderemos falar de valores Poderemos falar de valores ambientais para novos ambientais para novos movimentos sociais?movimentos sociais?• Uma história oscilatória em vez de dominada pela Uma história oscilatória em vez de dominada pela

ideologia do progressoideologia do progresso• Uma visão crítica da tecnociência.Uma visão crítica da tecnociência.• Suspeita face às reais capacidades e debilidades Suspeita face às reais capacidades e debilidades

do desempenho estadual.do desempenho estadual.• Recusa de um “fim-da-história” monodireccional Recusa de um “fim-da-história” monodireccional

(the 'show must go on'...).(the 'show must go on'...).• A política equacionada como desafio da A política equacionada como desafio da

cooperação compulsiva..cooperação compulsiva..• Ênfase nos processos participativos de cidadania Ênfase nos processos participativos de cidadania

activa, territorialmente localizados.activa, territorialmente localizados.

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Que Futuro?Que Futuro?

• Da Era do Risco para a Era da Da Era do Risco para a Era da Incerteza. Aproximação crescente Incerteza. Aproximação crescente entre Ambiente, Segurança e Defesa.entre Ambiente, Segurança e Defesa.

• As alterações climáticas (uma das As alterações climáticas (uma das «megadisturbances» de Stephen M «megadisturbances» de Stephen M Meyer) como representação do Meyer) como representação do falhanço da aproximação falhanço da aproximação fragmentar.fragmentar.

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Mais Estado e regulação…Mais Estado e regulação…

• O retorno à função reguladora das O retorno à função reguladora das políticas públicas, no plano nacional políticas públicas, no plano nacional e internacional.e internacional.

• Mais subordinação do Mercado à Mais subordinação do Mercado à Política.Política.

• A dinâmica da iniciativa privada ao A dinâmica da iniciativa privada ao serviço de metas públicas (ex: nova serviço de metas públicas (ex: nova Estratégia Energia/Alterações Estratégia Energia/Alterações Climáticas da UE para 2020).Climáticas da UE para 2020).

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Mais aposta nos recursos Mais aposta nos recursos endógenosendógenos

• Diminuir a nossa dependência externa Diminuir a nossa dependência externa alimentar, sem deixar de apostar no alimentar, sem deixar de apostar no comércio externo.comércio externo.

• Apostar, simultaneamente, num cenário Apostar, simultaneamente, num cenário de contingência que preserve a de contingência que preserve a capacidade de resiliência do Estado-capacidade de resiliência do Estado-nação português num quadro de nação português num quadro de eventual recuo, ou colapso dos regimes eventual recuo, ou colapso dos regimes internacionais.internacionais.

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Território e BiodiversidadeTerritório e Biodiversidade

• Primado à conservação e gestão de Primado à conservação e gestão de ecossistemas sobre uma óptica ecossistemas sobre uma óptica orientada para as espécies particulares.orientada para as espécies particulares.

• Temos de fazer o nosso inventário de Temos de fazer o nosso inventário de “espécies relíquia”; “espécies “espécies relíquia”; “espécies fantasma”; “espécies pedra-de-toque”.fantasma”; “espécies pedra-de-toque”.

• Avaliar as tendências de evolução do Avaliar as tendências de evolução do “capital natural” no território.“capital natural” no território.

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O primado da ética públicaO primado da ética pública

• ““O bem que cada um obtém e conserva O bem que cada um obtém e conserva para si próprio é suficiente para se dar a para si próprio é suficiente para se dar a si próprio por satisfeito; mas o bem que si próprio por satisfeito; mas o bem que um povo e os Estados obtêm e um povo e os Estados obtêm e conservam é mais belo e mais próximo conservam é mais belo e mais próximo do que é divino. A nossa investigação do que é divino. A nossa investigação [ética] tem, então, isto em vista, sendo, [ética] tem, então, isto em vista, sendo, portanto, em certo sentido, de um portanto, em certo sentido, de um âmbito político”, âmbito político”, Ética a NicómacoÉtica a Nicómaco, Liv. I, , Liv. I, II, 1094ª18-1084b1-13).II, 1094ª18-1084b1-13).