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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PROFESSORES DE BIOLOGIA E GEOLOGIA AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR, APRENDIZAGENS ESSENCIAIS E PERFIL DOS ALUNOS DESAFIOS PARA O ENSINO DAS CIÊNCIAS NATURAIS/BIOLOGIA E GEOLOGIA 13 outubro 2018 | Colégio Rainha Santa Isabel | Coimbra WORKSHOP ENSINO SECUNDÁRIO TESTEMUNHO DE PRÁTICAS DORINDA REBELO ALCINA MENDES 1

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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PROFESSORES DE BIOLOGIA E GEOLOGIA

AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR, APRENDIZAGENS ESSENCIAIS E PERFIL DOS ALUNOS

DESAFIOS PARA O ENSINO DAS CIÊNCIAS NATURAIS/BIOLOGIA E GEOLOGIA

13 outubro 2018 | Colégio Rainha Santa Isabel | Coimbra

WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

DORINDA REBELO ALCINA MENDES

1

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AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR, APRENDIZAGENS ESSENCIAIS E PERFIL DOS ALUNOS

DESAFIOS PARA O ENSINO DAS CIÊNCIAS NATURAIS/BIOLOGIA E GEOLOGIA

WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

Sumário:

• Contextualização do trabalho

• Metodologia adotada na operacionalização

• Conceção e implementação do DAC

• Constrangimentos, dificuldades e oportunidades

• Considerações finais

2 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular (PAFC)

223 Escolas/ Agrupamentos aderentes

Despacho nº 5907/2017, de

5 julho

Perfil dos alunos à saída da

escolaridade obrigatória (PA)

Aprendizagens essenciais (AE)

Agrupamento de Escolas de Estarreja

(1º, 5º, 7º e 10º anos)

Contextualização do trabalho

3 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

Metodologia adotada na operacionalização

4 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Trabalho de articulação disciplinar

(áreas disciplinares)

Trabalho de articulação interdisciplinar

(conselho de turma)

Seleção de ações estratégicas para

operacionalizar AE, tendo em conta o PA

Conceção do DAC

Page 5: WORKSHOP ENSINO SECUNDÁRIO TESTEMUNHO DE …

Valorização do Trabalho Prático e

das TIC

Estabelecimento de parcerias com

outras instituições

Exploração de temáticas socio

tecnológicas locais

Promoção da reflexão sobre o

que se faz e pensa

Valorização do trabalho

colaborativo entre pares

Utilização de ambientes de aprendizagem diversificados

Integração curricular de

projetos

Inclusão de diferentes

dimensões da Ciência (Epistemologia,

Ética, …)

Desenvolvimento de projetos

interdisciplinares (DAC)

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

5 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Conceção e implementação do DAC

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Tema do projeto : A praga de lagostins no Baixo Vouga Lagunar

Planificação Disciplinas envolvidas

(BG, FQ, Fil, …)

Professores responsáveis

Áreas de competência do PA a desenvolver

Intervenientes

Recursos necessários Fases de execução

do projeto

Ações / atividades a desenvolver

Cronograma de atividades

Estratégias de monitorização/ avaliação das aprendizagens

AE a desenvolver

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

6 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Conceção e implementação do DAC

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Domínios/ temas/ módulos

Aprendizagens essenciais de BG (10º ano) Descritores do PA

(AE transversais)

Pesquisar e sistematizar informações, integrando saberes prévios, para construir novos

conhecimentos. Conhecedor/ sabedor/ culto/ informado

(A, B, G, I, J)

Criativo (A, C, D, J)

Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

Indagador/ investigador (C, D, F, H, I)

Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

Questionador (A, F, G, I, J)

Comunicador (A, B, D, E, H)

Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

Responsável/ autónomo (C, D, E, F, G, I, J)

Realizar atividades em ambientes exteriores à sala de aula articuladas com outras atividades práticas.

Formular e comunicar opiniões críticas, cientificamente fundamentadas e relacionadas com Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA).

Articular conhecimentos de diferentes disciplinas para aprofundar tópicos de Biologia e de Geologia.

Biodiversidade

Relacionar a diversidade biológica com intervenções antrópicas que podem interferir na dinâmica dos ecossistemas (interações bióticas/ abióticas, extinção e conservação de espécies).

Sistematizar conhecimentos de hierarquia biológica (comunidade, população, organismo, sistemas e órgãos) e estrutura dos ecossistemas (produtores, consumidores, decompositores) com base em dados recolhidos em suportes/ambientes diversificados (bibliografia, vídeos, jardins, parques naturais, museus).

Obtenção de matéria

Distinguir ingestão de digestão (intracelular e extracelular) e de absorção em seres vivos heterotróficos com diferente grau de complexidade (bactérias, fungos, protozoários, invertebrados, vertebrados).

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

7 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Conceção e implementação do DAC

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1ª Fase: aprofundamento de conhecimentos sobre o lagostim e o ecossistema Baixo

Vouga Lagunar.

2º Fase: recolha e tratamento dos dados recolhidos no campo e em laboratório

3º Fase: elaboração de um poster científico para divulgação do projeto.

Fases de execução do projeto

Poster científico e um artigo de divulgação

Produto final a apresentar no âmbito do projeto

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Conceção e implementação do DAC

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Critérios para avaliação do poster científico

Critérios de realização Citérios de resultados

1. Título 2. Autores e instituição 3. Resumo 4. Contextualização do trabalho

(questão problema, hipóteses de trabalho e fundamentação teórica)

5. Material e métodos 6. Resultados e discussão 7. Considerações finais/ conclusões 8. Organização do trabalho 9. Referências

1. Pertinência e criatividade 2. … 3. Identificação das ideias chave do trabalho, organizadas de

forma coerente e com linguagem científica adequada (objetivos, metodologia e principais resultados)

4. Clareza e objetividade da questão problema e rigor científico, …

5. … 6. Organização dos resultados obtidos (físico químicos e

biológicos) em, pelo menos, dois formatos diferentes (tabela e gráfico, …), devidamente legendados (legenda geral e específica) e integrados no texto. …

9 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Conceção e implementação do DAC

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

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Implementação

24 alunos do 10º ano do Curso de Ciências e

Tecnologias (14 de BG e 10 de GD)

Intervenientes

Professores de Biologia e Geologia, Física e Química,

Filosofia, …

Investigadores da UA, do Departamento de Biologia

e do CIDTFF

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Conceção e implementação do DAC

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

11 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Conceção e implementação do DAC

Implementação: sala de aula

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Implementação: campo

12 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Conceção e implementação do DAC

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Implementação: campo

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

13 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Conceção e implementação do DAC

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Implementação: campo

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Conceção e implementação do DAC

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Implementação: laboratório

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

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Conceção e implementação do DAC

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

16 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Constrangimentos, dificuldades e oportunidades

Avaliação das aprendizagens

Articulação interdisciplinar Utilização de

metodologias ativas

Apropriação dos

documentos de referência

Intrínsecos ao

professor

Extrínsecos ao

professor

Divulgação tardia dos

documentos de referência

Tempo disponível para TC

Dificuldades/ constrangimentos

Gestão do tempo

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

17 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Constrangimentos, dificuldades e oportunidades

Promoção de novas áreas de

competência nos alunos

Realização de trabalho

colaborativo

Humanização da Escola

Uniformização de

documentos

Potencialidades/oportunidades

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

18 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Constrangimentos, dificuldades e oportunidades

Aspetos a melhorar

ME Disponibilização

atempada dos documentos

de referência

Agrupamento/ Escola

Mais tempo para TC, planificação

mais cedo

EP/professores Articulação

interdisciplinar, uniformização de

documentos

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

19 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Considerações finais

A flexibilidade curricular e a implementação de DAC colocam novos desafios às escolas …

… na medida em que pode exigir alterações organizacionais, nomeadamente

na distribuição de serviço;

nos horários dos professores e dos alunos;

na coordenação.

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WORKSHOP – ENSINO SECUNDÁRIO – TESTEMUNHO DE PRÁTICAS

20 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Considerações finais

A flexibilidade curricular e os DAC colocam novos desafios aos professores …

… na medida em que é expectável que, entre outros aspetos, estes promovam

um ensino mais contextualizado, envolvendo os alunos na resolução de problemáticas locais;

a centralidade dos alunos na aprendizagem;

a articulação multidisciplinar e interdisciplinar;

a integração da avaliação no processo de ensino e de aprendizagem.

Partilha de experiências pedagógicas Trabalho

colaborativo nas escolas

Desenvolvimento profissional dos

professores

Supervisão entre pares de natureza colaborativa

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21 © Dorinda Rebelo & Alcina Mendes

Referências bibliográficas

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http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/despacho_5908_2017.pdf

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essenciais

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Sanmartí, N. (2011). Evaluar para aprender, evaluar para calificar. In P. Cañal (coord.), Didáctica de la Biología y la Geología, vol II, (pp. 151-171). Barcelona:

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Vieira, R., Tenreiro-Vieira, C., & Martins, I. P. (2011). A Educação em Ciências com Orientação CTS. Porto: Areal Editores.

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Rebelo, D.; Tavares, D.; Bento, C.; Mendes, A. & Rosa, I. (2018). Flexibilidade Curricular e contextualização de saberes: um projeto interdisciplinar para o Baixo Vouga Lagunar. In Paixão, F., Jorge, F. & Silveira (Coord.), Livro de Resumos do I Encontro Supervisão e Avaliação na Vida das Escolas e II Seminário Internacional de Educação em Ciências (pp 77 e 78). Castelo Branco: Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

1

Flexibilidade curricular e contextualização de saberes: um projeto

interdisciplinar para o Baixo Vouga Lagunar

Curricular flexibility and contextualization of knowledge: an

interdisciplinary project to the Baixo Vouga Lagunar

Dorinda Rebelo1,2)

; Deolinda Tavares1)

; Cecília Bento1)

; Alcina Mendes2)

& Inês Rosa3)

1) Agrupamento de Escolas de Estarreja, Portugal;

2)CIDTFF da Universidade de Aveiro, Portugal;

3)Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, Portugal.

Resumo

O Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular (PAFC), em implementação no ano letivo

2017/2018 em 223 instituições de ensino não superior em Portugal, deu às escolas aderentes a

capacidade de gerir o currículo dos anos iniciais de ciclo (1º, 5º, 7º e 10º anos), partindo das

matrizes curriculares-base.

Com a flexibilidade curricular pretende-se, entre outros aspetos, promover a melhoria da

qualidade do ensino e da aprendizagem, tendo como referência as áreas de competência

preconizadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA) e integrar no

currículo as atividades e projetos de desenvolvimento educativo existentes nas escolas (ex.:

PES, Eco Escolas, Ciência Viva). Foram também definidas Aprendizagens Essenciais (AE)

para as diferentes áreas disciplinares e disciplinas, passando estas a constituir as orientações

base na planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem.

No âmbito da autonomia e flexibilidade curricular as escolas podem gerir até 25% a carga

horária semanal que consta nas matrizes-base e, entre outras opções, criar Domínios de

Autonomia Curricular (DAC), assumidos como áreas de confluência de trabalho

interdisciplinar e de articulação curricular e criar novas disciplinas.

O Agrupamento de Escolas de Estarreja foi uma das instituições educativas que

voluntariamente aderiu ao projeto e o implementou em todas as turmas dos anos iniciais de

ciclo, tendo integrado cinco turmas do ensino secundário, das quais três eram do curso de

Ciências e Tecnologias.

Numa das turmas foi concebido, desenvolvido e avaliado um DAC que: i) partiu de um

contexto próximo dos alunos (Baixo Vouga Lagunar); ii) envolveu os alunos na resolução de

uma problemática local (destruição dos arrozais pela espécie invasora lagostim-vermelho-do-

Louisiana); iii) promoveu a mobilização e aprofundamento de AE de diferentes disciplinas

(Biologia e Geologia, Física e Química, Filosofia, Português e Matemática) de forma

integrada; iv) agregou projetos de desenvolvimento educativo já existentes na Escola (Eco

Escolas); v) integrou a avaliação no processo de ensino e de aprendizagem; vi) estabeleceu

parceria com uma instituição do ensino superior (Universidade de Aveiro).

Com esta comunicação pretende-se dar a conhecer a metodologia adotada na conceção,

planificação, implementação e avaliação de um DAC no âmbito do PAFC, desenvolvido com

alunos do 10º ano de Ciências e Tecnologias do Agrupamento de Escolas de Estarreja, bem

como apresentar os constrangimentos e dificuldades sentidas pelos professores ao longo do

processo.

Palavras-chave: Flexibilidade Curricular, Domínios de Autonomia Curricular,

Interdisciplinaridade, Contextualização das Aprendizagens.

Page 23: WORKSHOP ENSINO SECUNDÁRIO TESTEMUNHO DE …

2

Abstract

The Curricular Autonomy and Flexibility Project (Projeto de Autonomia e Flexibilidade

Curricular – PAFC), being implemented in the academic year of 2017/2018 in 223 different

non-higher education teaching institutions in Portugal, has given adopting schools the ability

to manage the curriculum of the years 1, 5, 7 and 10, starting from the default curricular

templates.

This flexibility is intended, but not limited, to promote an increase in the quality of teaching

and learning, based on the Students Profile at Completion of Compulsory Education (Perfil

dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória – PA) reference document, and aims to

assimilate in the curriculum educational development activities and projects already present in

the schools (i.e. PES, Eco Escolas, Ciência Viva). Guiding documents for Essential Learnings

(Aprendizagens Essenciais – AE) were defined for different subjects, which will provide help

in the planning, fulfilment and assessment of teaching and learning.

Having in mind the curricular autonomy and flexibility, schools can manage up to 25% of the

weekly workload in the default curricular template and, among other options, create Domains

for Curricular Autonomy (Domínios de Autonomia Curricular – DAC), assumed as areas

where interdisciplinary work and curricular flexibility meet, and create new subjects.

The Estarreja School Grouping (Agrupamento de Escolas de Estarreja) was one of the

teaching institutions to voluntarily join the project, implementing it in all classes of the

aforementioned years, having integrated five high school classes, including three Science and

Technology course classes.

In one of the classes a DAC was formulated, developed and evaluated, which: i) set off from a

context of proximity to the students (Baixo Vouga Lagunar); ii) involved the students in the

solution of a local problem (destruction of the rice crops by the invasive species red swamp

crayfish); iii) promoted the mobilization and expansion of AE of different subjects (Biology

and Geology, Physics and Chemistry, Philosophy, Portuguese and Mathematics); iv)

combined educational development projects already present in the school (Eco Escolas); v)

incorporated the evaluation into the process of teaching and learning; vi) established a

partnership with an institution of higher education (University of Aveiro).

The aim of this communication is to inform about the methodology adopted when

conceptualizing, planning, implementing and assessing a DAC within the PAFC, developed

with the year 10 Science and Technology students of the Estarreja School Grouping. It is also

intended to present the constraints and difficulties faced by the teachers during this process.

Keywords: Curricular Flexibility, Areas of Curricular Autonomy, Interdisciplinarity,

Contextualization of Learning.