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Cada Vinho conta uma história, diz-se por aí... E ESTÓRIAS? Que estórias nos contam os vinhos? Wine Side Stories

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Cada Vinho conta uma história, diz-se por aí... E ESTÓRIAS? Que estórias nos contam os vinhos?

Wine Side Stories

"Existe mais filosofia numa garrafa de vinho do que emtodos os livros do mundo."

Louis Pasteur

CábulaPintarola

PassagemConciso

PersonalizadoGrainha

Mãos

Monte de Peceguina

Risco

Hans Christian AndersenPrincipium

Terra a Terra

...e tantos outros!

Vinhos que se bebem, vinhos que se contam, vinhos que se pensam, vinhos que se sentem, vinhosque se partilham, vinhos que permanecem, vinhos que ensinam, vinhos que perguntam, vinhosque deixam as palavras surgir, vinhos que escondem significados, vinhos que surpreendem e

vinhos que provocam inquietude...

"...Arrependia-se, principalmente, de ainda não ter percebido e deuma vez por todas que nada disto existia e que sentir-se-iaimpreparado todos e cada um dos dias que se seguiriam..."

Wine Side Stories

C Á B U L A

"Cábula...era assim que sempre se havia sentido! Um cábula!

Sempre que a vida lhe colocava uma nova prova - e a dele, tal como talvez, todas as

nossas, era uma sucessão diária de incríveis desafios - sentia que não havia estudado o

suficiente!

Arrependia-se de não haver lido cada página do livro da vida com atenção...

Arrependia-se de não ter adquirido a versão anotada...

Arrependia-se de não ter tirado notas em situações anteriores...

Arrependia-se de não ter observado mais atentamente cada um dos seus professores...

Arrependia-se de sempre ter achado que mais importante do que a preparação era a

capacidade de reacção...

Arrependia-se, principalmente, de ainda não ter percebido e de uma vez por todas que

nada disto existia e que sentir-se-ia impreparado todos e cada um dos dias que se

seguiriam..."

C Á B U L A | T I N T O | 2 0 1 2 | D O U R O | 1 3 , 5 % | T I N T A B A R R O C A & T O U R I G A F R A N C A

C Á B U L A

Wine Side Stories

"...Desconhecer o princípio é desconhecer igualmente o fim e essaserá, simultaneamente, a doçura e o acre da humanidade..."

Wine Side Stories

P R I N C I P I U M

“A maior inquietação da vida é não sabermos onde fica o princípio das coisas.

Simplesmente, não sabemos… Desenganem-se se pensam diferente.

A origem primária, o ovo ou a galinha, a causa ou a consequência. Desconhecê-la-emos

sempre e para sempre. Teremos, ao mesmo tempo, a pretensão de o saber, de o

assumir, de o assinalar.

“Assim que tomei aquela decisão tudo mudou…”

A ingenuidade de quem pensa que desenrolar o fio para trás nos levará ao início do

novelo. Não leva.

O novelo não tem fim…

Desconhecer o princípio é desconhecer igualmente o fim e essa será, simultaneamente

a doçura e o acre da humanidade.

Veremos, sim, o fim desta garrafa.”

P R I N C I P I U M | T I N T O | 2 0 1 4 | L I S B O A | 1 3 % | M E R L O T & T O U R I G A N A C I O N A L

P R I N C I P I U M

Wine Side Stories

"...Desligaram o farol e ninguém soube quais os riscos que correram..."

Wine Side Stories

R I S C O

"My dangerous and delicious wine!"

Eram desiguais, mas sabiam partilhar algo!

Depois de uns tantos momentos de aproximação e uns quantos (e em maior quantidade!) de

afastamento, haviam chegado à incerteza de uma imagem refletida, sempre que a luz intensa do farol

iluminava, à vez, pedaços de mar!

Era ali que estavam!

Aí conseguiam ver claramente, mas a luminosidade era tão fugaz que perceberam que teriam que se

adaptar ao burburinho das ondas e à indefinição da mar!

Depois do vinho partilhado alguém sussurrou: "My beautiful and dangerous wine!" Nenhum dos

presentes assumiu ter proferido tais palavras embora, ambos, soubessem que se o seu pensamento se

tornasse, naquele momento, audível qualquer um poderia ter sido o autor!

Poderia o farol iluminar e dar voz ao pensamento?

Nenhum dos dois quis correr esse risco! Antes de fecharem

a porta do pensamento ainda ouviram dizer:

"My beautiful and dangerous wine!..."

Desligaram o farol e ninguém soube quais os riscos que correram..."

R I S C O | T I N T O | 2 0 1 3 | S E T Ú B A L | 1 4 , 3 % | C A S T E L Ã O

R I S C O

Wine Side Stories

"...Às vezes, esperava alguma desatenção para perceber como era oprazer do pequeno crime e pintava, deixava deslizar o lápis,

propositadamente, para fora da linha..."

Wine Side Stories

M O N T E D A P E C E G U I N A

"Sempre que sentia perder o chão, sempre que o incerto se instalava, sempre que alguma coisa

se começava a definir pela indefinição, sentava-se munido de uma folha

em branco e dos lápis de cor que trazia sempre consigo...

Tinha investido uma infância inteira a escolher cores, mas acima de tudo tinha aprendido a

"não pintar fora do risco"... Percebia agora o quão metafórica era essa expressão!

"Não pintes fora do risco António!"

ou "Conseguiste pintar tudo sem sair do risco!"

A professora afirmava estas frases de forma repetida, ora admoestando ora elogiando,

como se a sua função fosse fiscalizar!

Estar atento ao pintar/pisar o risco era impreterível pois dava na condução, multa,

e ao que parece, na pintura e na vida também...

Às vezes, esperava alguma desatenção para perceber como era o prazer do pequeno crime e pintava, deixava

deslizar o lápis, propositadamente, para fora da linha... Mas a ansiedade apoderava-se dele, o coração saltava,

ruborizava e apetecia-lhe sair a correr para se desculpar...

Nunca tinha apanhado uma multa, nem na estrada nem na vida... E, também, nunca se tinha lembrado de

agradecer à Professora Júlia...

Sempre tinha estado do lado de lá do risco, protegido e infantil... E ao que parece era aí que iria ficar..."

M O N T E D A P E C E G U I N A | T I N T O | 2 0 1 4 | A L E N T E J O | T I N T A M I Ú D A , T R I N C A D E I R A ,

T O U R I G A N A C I O N A L , C A B E R N E T S A U V I G N O N , S Y R A H , A L I C A N T E B O U S C H E T & A R A G O N E Z

M O N T E D A P E C E G U I N AWine Side Stories

"...Escolher uma palavra era depreender o significado que eu lheatribuía e esperar que alguém tivesse um leitura próxima da minha..."

Wine Side Stories

P E R S O N A L I Z A D O

"Tinha recebido aquelas palavras manuscritas pelo correio...essa forma de comunicar que

já tanto tinha caído em desuso.

Foi nesse momento que percebeu que este momento era diferente, que este caso era mais desconcertante, e que

tudo o que ainda não havia sido revelado seria igualmente inquietante...

A escrita à mão tinha qualquer coisa de mais pessoal, de mais idiossincrático, de mais vivo e vívido...

Consegui antever as hesitações, a convicção, a pausa premeditada, o momento em que a caneta ficara suspensa no

ar, à espera que as palavras se organizassem numa fila com significado...

Escrever era, quase sempre, um momento de grande tensão: as palavras com significados próximos queriam

ganhar espaço naquela oração, procurando mostrar o quão o seu significado era mais exato do que o de qualquer

outra... E se isto já assim quando conversávamos ao vivo e a cores, mais se revelava na escrita.

A Escrita Manuscrita exigia a atenção do que deve ficar bem escrito à primeira, porque temos tempo para pensar e

refletir, porque deve requer um cuidado redobrado com o que eu quero escrever e com

o que eu sei que o outro lerá.

Que desafio hercúleo: as palavras jamais deixarão de ter um significado personalizado...

Escolher uma palavra era depreender o significado que eu lhe atribuía e esperar que alguém tivesse um leitura

próxima da minha...

Era por isso que aquele bilhete era ainda mais Personalizado:

creio que lia o que me haviam escrito, sem palavras em falso, interpretações dúbias ou expressões desconhecidas.

Escrita Manuscrita: o luxo do tempo e do cuidado! A preocupação com o que será permanente! A certeza que o Eu

se irá imiscuir na caligrafia! Uma forma tão mais pessoal de estar e falar contigo...

Recebes o meu bilhete de volta??"

P E R S O N A L I Z A D O | T I N T O | 2 0 1 2 | S E T Ú B A L | 1 3 , 5 % | C A S T E L Ã O

P E R S O N A L I Z A D O

Wine Side Stories

"...Os outros? Cada um contou a sua própria fábula.As outras? As outras histórias ficaram por contar..."

Wine Side Stories

H A N S C H R I S T I A N A N D E R S E N

"O desafio era: quantos contos cabem dentro de uma garrafa?

Quantas personagens? Quantos cenários?

Quantas bons e quantos vilões?

Quantas morais para a vida?

E, enquanto o vinho se vertia no copo vimos cair o Patinho Feio, a Princesa e a Ervilha, A Pequena

Vendedora de Fósforos, o Soldadinho de Chumbo... e tantos outros!

(E ainda só havíamos observado o primeiro copo.)

Num segundo momento, tínhamos entre nós o Soldadinho e a Ervilha, a Princesa de Chumbo, A Pequena

Vendedora de Ervilhas, o Patinho e os Fósforos Feios...

E à medida que líamos as entrelinhas líquidas, as histórias adensavam-se, baralhavam-se, reescreviam-

se e tornavam-se mais fluídas, mais plásticas...e mais nossas.

Não porque estivéssemos mais ébrios; sim porque a sobriedade da vida passava por criarmos as nossas

próprias fábulas,

E eu quis ser a Princesa de Chumbo...mas com a delicadeza da Princesa e a Ervilha. E pude sê-lo.

Porque nesta garrafa, este era mais um conto possível.

Os outros? Cada um contou a sua própria fábula.

As outras? As outras histórias ficaram por contar.

Talvez mais um copo seja o fio condutor..."

H A N S C H R I S T I A N A N D E R S E N | 2 0 1 1 | T I N T O | A L E N T E J O | 1 4 % | S Y R A H

H A N S C H R I S T I A NA N D E R S E N

Wine Side Stories

"...Aprendi contigo, depois de continuares, quepermanecer será, sempre, independente de estar..."

Wine Side Stories

P A S S A G E M

" (De) Passagem...

...era assim que estavas quando te encontrei num desses apeadeiros da vida!

"- Para onde vais? Porque não ficas? De onde vens? Quanto tempo podes ficar aqui? Quanto

tempo queres ficar aqui? Que razões te poderiam fazer ficar?"

A resposta era, sempre, lacónica:

"- Estou de Passagem!"

Desengane-se quem pensa que este caminho sem estações era contínuo: não era.

Por saber que irias continuar esforçavas-te por permanecer.

O teu tempo era diferente, todo ele mais impregnado de existência, de verdade, de urgência;

era um tempo do direito e do avesso porque era completo...

O teu era assim!

O de quem estava contigo era, também, impregnado de existência, de verdade, de urgência! E de

medo, de sobressalto, de inquietação...

Já estarias num outro apeadeiro, quando dei conta da tua ausência e percebi que

estavas e não estavas de Passagem...

Aprendi contigo, depois de continuares, que permanecer será, sempre, independente de estar..."

P A S S A G E M | B R A N C O | 2 0 1 4 ! D O U R O | 1 3 , 5 %

V I O S I N H O , G O U V E I O , R A B I G A T O , M A L V A S I A , C Ó D E G A D O L A R I N H O E O U T R A S

P A S S A G E M

Wine Side Stories

"...Sem essa película que protege e afasta, que cria falsas consistênciasou as aparentemente inquestionáveis versões estanques de nós

mesmos..."

Wine Side Stories

T E R R A A T E R R A

" '-Tronco ou Raiz?'

' - Depende: a resposta será sempre esta - De-pen-de...

Olhas de cima para baixo ou de baixo para cima?

Ousas virar a garrafa ao contrário?

Olhas com olhar de humildade ou de sobranceria?

Olhas para ver ou para confirmar o que julgas saber? '

Estas perguntas revelavam aquilo que eras... Uma pessoa terra-a-terra...

Simples, directa, crua, próxima, de pele e casca fina.

E pronto para seres mais, diferente, inusitado e criador de novas identidades...

Era aí que mais te admirava: nessa forma de ser e estar à flor da pele...

Sem essa película que protege e afasta, que cria falsas consistências ou as aparentemente

inquestionáveis versões estanques de nós mesmos...

Tu eras diferente. Sem medo e de coração exposto...

Generosamente exposto para os outros, para o mundo, para a vida, para mim...

Tronco e Raiz."

T E R R A A T E R R A | T I N T O | 2 0 1 0 | D O U R O | 1 4 , 5 %

T O U R I G A N A C I O N A L , T O U R I G A F R A N C A , T I N T A R O R I Z

T E R R A A T E R R A

Wine Side Stories

"...Preferi a liquidez dos significados à permanência do ser..."

Wine Side Stories

C O N C I S O

"Medi todas as palavras.

Aos primeiros sinais tentei subtrair significados desnecessários e letras supérfluas.

Dediquei-me a encontrar palavras menores para delimitar questões maiores.

Fugiam-me.

Queria ser concisa.Diminuta.Leve.

Preferi a liquidez dos significados à permanência do ser. Não tive pressa. Tive tempo.

Voltei ao início. Princípio. Primórdio. Começo.

As palavras pareciam voar de forma intermitente como borboletas que

não parecem saber onde ficar.

Percurso. Caminho. Trajeto. Viagem.

Paralisei. A ideia era "ir", mas não consegui escolher "a palavra.

Não tive pressa. Tive tempo.Tempo. Período. Prazo. Época.

Desafio: ser conciso.

Conciso. Breve. Sucinto. Curto. Abreviado. Lacónico. Resumido. Exato. Preciso.

Qual destes?"

C O N C I S O | T I N T O | 2 0 1 3 | D Ã O | 1 2 , 5 % | B A G A , J A E N , O U T R A S

C O N C I S O

Wine Side Stories

"...Diminuí ansiedades, medos e inquietações.Segui aquele irresistível e assumidamente arrojado mundo.

Há momentos que não podemos deixar para depois..."

Wine Side Stories

P I N T A R O L A

"Percebi a pinta à distância, antes ainda que os sentidos o permitissem...

Do lado de lá da janela eras mais presente do que todos aqueles que

se moviam por aquele espaço interior.

Trazias os aromas da novidade, da jovialidade, do desejo e da sedução... Tudo numa única medida.

Eu olhava de longe e achava irresistível esse conjunto, mesmo antes de observar pormenores.

Chegaste e rapidamente te tornaste um íman de olhares.

Olhares de soslaio, olhares esquinados, olhares provocadores, olhares de desdém, olhares sobranceiros,

olhares de desafio, olhares de "não-me-toques-mas-não-me-deixes"!

Gingão, vivo, ousado, sedutor, diferente.

Um cavalheiro à moda antiga, teatral e exagerado, mas com todas as artimanhas,

a agilidade e os efeitos especiais cinematográficos atuais.

Aproveitaste e absorveste toda a atenção que te era dada.

Missão cumprida: Operação "Sedução" concluída,.

A presença na ausência estava assegurada.

Endireitar cartola. Cofiar bigode. Ajeitar laço. Sair. Sair de soslaio.

Eu não hesitei. Saí também.

Diminuí ansiedades, medos e inquietações.

Segui aquele irresistível e assumidamente arrojado mundo.

Há momentos que não podemos deixar para depois. "

."P I N T A R O L A | T I N T O | 2 0 1 4 | L I S B O A | 1 3 , 5 % | T O U R I G A N A C I O N A L , S Y R A H , T I N T A R O R I Z

P I N T A R O L A

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"...Somos todos tão reais e tão povo quando nos deixamos ir! Quandonos vemos a braços com a permanência da possibilidade!Quando a

essência nos deslumbra e preenche..."

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G R A I N H A

"A Princesa e a Ervilha tornara-se numa versão muito mais mundana e muito menos fabulosa,

na história do Príncipe e da Grainha...

Tal como na história da Princesa havia uma realeza que teimava em fazer-se sentir, mesmo nos

locais mais inóspitos...

Sempre fora o Príncipe por todos os paços em que se movia... Estacionava o seu automóvel com

a mesma delicadeza máscula que um príncipe saía do seu cavalo enquanto desembainhava a

espada para, generosa e elegantemente, sair em defesa de si...

Chegava e insistia para que o tratassem com deferência... Afirmava que jamais a mácula do

coração o iria desconcertar... Ambicionava ser, sempre, fabricante à medida dos seus dias...

Mas ela apareceu, feita (G)Rainha daquele reino... Em breve se fez claro que o seu reinado

chegara ao fim! Não seria mais capaz de decidir, pensar, sentir por si só!

"Somos todos tão reais e tão povo quando nos deixamos ir! Quando nos vemos a braços com a

permanência da possibilidade!Quando a essência nos deslumbra e preenche..."

Era assim que se sentia desde que ela entrara na sua vida...

E, quando ela continuou, foi em grainha que o seu eu se tornou, endurecido, magoado e

irregular..."

"

."G R A I N H A | T I N T O | 2 0 1 2 | D O U R O | 1 4 % | T I N T A R O R I Z , T O U R I G A F R A N C A , T I N T O C Ã O

G R A I N H AWine Side Stories

Wine Side Stories

M Ã O S

"...E, estando ou não estando escrito nas linhas da mão, era dali quesaía o guião da sua "estória" e era, também, ali que ficava escrito..."

"Cansadas, exaustas, doridas, secas...

Felizes, enérgicas, determinadas, fortes...

Direita e Esquerda...

Equilíbrio!

5+5... O Ímpar e o Par. A Dezena.

Extremidade do nosso eu para onde confluem todos os nossos

quereres e não quereres, projetos, vontades, desafios...

É AQUI, direita e esquerda, extremidade ou início da relação com o mundo, que somos nós!

O poder da unicidade.

O poder da unicidade que é inquestionável, também, quando a(s) damos a alguém!

Deteve-se, demorada e irremediavalmente, em admiração pelas suas MÃOS...As linhas, a

textura, os sinais,.. Nunca as tinha observado.

Era ali que o seu mundo começava.

E, estando ou não estando escrito nas linhas da mão, era dali que saía o guião da sua "estória" e

era, também, ali que ficava escrito!

Afinal, era mesmo nas suas mãos, que poderia ler o seu FUTURO!"

"

."M Ã O S | T I N T O | 2 0 1 1 | D O U R O | 1 4 , 5 % | T I N T A R O R I Z E T O U R I G A N A C I O N A L

M Ã O S

Wine Side Stories

...mais estórias se seguirão...

W I N E S I D E S T O R I E S W I N E S I D E S T O R I E S W I N E S I D E S T O R I E S

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