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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO UM SISTEMA PARA AUTOMATIZAR A CUSTOMIZAÇÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS William Scatola Lajeado, novembro de 2013.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

UM SISTEMA PARA AUTOMATIZAR A CUSTOMIZAÇÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

GERENCIAIS

William Scatola

Lajeado, novembro de 2013.

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William Scatola

UM SISTEMA PARA AUTOMATIZAR A CUSTOMIZAÇÃO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

GERENCIAIS

Monografia apresentada ao Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas do Centro Universitário UNIVATES, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia da Computação.

Orientador: Prof. Ms. Pablo Dall'Oglio

Lajeado, novembro de 2013.

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William Scatola

UM SISTEMA PARA AUTOMATIZAR A CUSTOMIZAÇÃO DE

PROCESSOS DE NEGÓCIO EM SISTEMAS DE

INFORMAÇÕES GERENCIAIS

A Banca examinadora abaixo aprova a Monografia apresentada na disciplina Trabalho de Conclusão

de Curso II, do Centro Universitário Univates, como parte da exigência para a obtenção do grau de

Bacharel em Engenharia da Computação:

Prof. Ms. Pablo Dall'Oglio - orientador

Centro Universitário Univates

Prof. Ms. Mouriac Halen Diemer

Centro Universitário Univates

Prof. Ms. Marcelo de Gomensoro Malheiros

Centro Universitário Univates

Lajeado, novembro de 2013.

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RESUMO

Os atuais sistemas de informações gerenciais são desenvolvidos visando principalmente a automatização e integração dos processos de negócios da empresa. Porém, mesmo nas situações em que o sistema de informação atende aos processos de negócios de uma organização, algum nível de customização se faz necessário. O procedimento de customização de sistema envolve custos elevados e engessa o sistema, pois após customizada uma rotina, esta não é mais atualizada em novas versões do mesmo e, de alguma forma, precisarão passar por algum tipo de manutenção no futuro. Dentro deste contexto, o objetivo do presente trabalho é apresentar o desenvolvimento de um sistema que possibilite automatizar a customização de sistemas de informações gerenciais por meio da definição de regras e da criação de gatilhos de ações, de maneira a adicionar um novo comportamento à aplicação existente, sem, no entanto, modificar o comportamento original desta. Com isso, poderá ser minimizada a necessidade de customização de software, além de aumentar sua aderência aos processos organizacionais.

Palavras-chave: customização. sistemas de informações gerenciais. processos de negócio.

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ABSTRACT

The current management information systems are developed targeting mainly the automation and integration of business processes of the company. But even in situations where the information system meets the business processes of an organization, some level of customization is needed. The system customization process involves high costs and limits the system, because after customizing the routine, it is no longer updated in new versions of the system and, somehow, need to go through some type of maintenance in the future. Within this context, the aim of this work is to present the development of a system that allows to automate the customization of management information systems by defining rules and creating trigger actions in order to add a new behavior to the existing application without, however, modifying the behavior of the original. With this, the needs for software customization can be minimized, increasing their adherence to organizational processes.

Keywords: Customization. Management information systems. Business processes.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - O ALINHAMENTO DE TI SEGUNDO MODELO DE CHAN........................13FIGURA 2 - FLUXO BÁSICO DE UM PROCESSO DE NEGÓCIO....................................14FIGURA 3 - TRATAMENTO INTEGRADO DE INFORMAÇÕES.......................................21FIGURA 4 - INTERAÇÃO DA INFORMAÇÃO NO PROCESSO DECISÓRIO..................22FIGURA 5 - A INFORMAÇÃO COMO MATÉRIA-PRIMA PARA A FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA..........................................................................................................................24FIGURA 6 - EVOLUÇÃO DAS APLICAÇÕES EMPRESARIAIS.......................................28FIGURA 7 - ÁREAS DE APLICAÇÃO DE UM SISTEMA ERP...........................................30FIGURA 8 - FUNCIONALIDADES DE UM SISTEMA ERP................................................31FIGURA 9 - EXEMPLO DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL (VERTICAL E HORIZONTAL)........................................................................................................................33FIGURA 10 - VISÃO DEPARTAMENTAL E VISÃO DE PROCESSOS..............................33FIGURA 11 - EVENTOS, OBJETOS DE FLUXO DA BPMN...............................................35FIGURA 12 - ATIVIDADES, OBJETOS DE FLUXO DA BPMN..........................................35FIGURA 13 - GATEWAYS, OBJETOS DE FLUXO DA BPMN............................................35FIGURA 14 - FLUXO DE SEQUÊNCIA, OBJETO DE FLUXO DA BPMN........................36FIGURA 15 - NÍVEIS DE CUSTOMIZAÇÃO DE PRODUTO.............................................37FIGURA 16 - PARADIGMA PROCURA-CONSOLIDA-EXECUTA...................................41FIGURA 17 - EXEMPLO DE UM DIAGRAMA DE CASO DE USO...................................44FIGURA 18 - EXEMPLO DE ESTRUTURA DE CLASSE EM UML...................................45FIGURA 19 - EXEMPLO DE DIAGRAMA DE COMPONENTES.......................................45FIGURA 20 - EXEMPLO DE DIAGRAMA DE ATIVIDADES.............................................46FIGURA 21 - ARQUITETURA DO CUSTOMEASY.............................................................49FIGURA 22 - DIAGRAMA DE CASOS DE USO..................................................................50FIGURA 23 - MENU PRINCIPAL DO SISTEMA..................................................................51FIGURA 24 - TELA DE CADASTRO DE SERVIDORES DE BANCO DE DADOS...........52FIGURA 25 - TELA DE CADASTRO DE SERVIDORES DE WEB SERVICES.................53FIGURA 26 - TELA DE CADASTRO DE REGRAS..............................................................54FIGURA 27 - TELA DE CADASTRO DE REGRA DE BANCO DE DADOS......................55FIGURA 28 - TELA DE CADASTRO DE REGRA DE WEB SERVICE...............................56FIGURA 29 - TELA DE CADASTRO DE UMA AÇÃO........................................................56FIGURA 30 - TELA DE CADASTRO DE UMA AÇÃO DE BANCO DE DADOS..............57

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FIGURA 31 - TELA DE CADASTRO DE UMA AÇÃO DE WEB SERVICE.......................58FIGURA 32 - TELA DE CADASTRO DE UMA AÇÃO DE E-MAIL...................................59FIGURA 33 - TELA DE CADASTRO DE FREQUÊNCIAS..................................................60FIGURA 34 - EXEMPLO DE NOTIFICAÇÃO ENVIADA PELO CUSTOMEASY............61FIGURA 35 - DIAGRAMA DE ATIVIDADES DO SISTEMA CUSTOMEASY..................62FIGURA 36 - DIAGRAMA DE CLASSES.............................................................................63FIGURA 37 - DIAGRAMA E.R. DO SISTEMA CUSTOMEASY.........................................69FIGURA 38 - CONFIGURAÇÃO DO PROGRAMA DISPARADOR DE AÇÕES...............73FIGURA 39 - CONFIGURAÇÃO DE AGENDAMENTO......................................................74FIGURA 40 - ALGORITMO DO PROGRAMA PRINCIPAL DO CUSTOMEASY..............74FIGURA 41 - ORGANIZAÇÃO DO PROJETO DENTRO DO IDE NETBEANS................77FIGURA 42 - PROCESSO DE INCLUSÃO MANUAL DE SOLICITAÇÕES DE COMPRA, SEM O CUSTOMEASY...........................................................................................................79FIGURA 43 - PROCESSO DE INCLUSÃO MANUAL DE SOLICITAÇÕES DE COMPRA, COM O CUSTOMEASY..........................................................................................................79FIGURA 44 - NOTIFICAÇÃO ENVIADA PARA O USUÁRIO DO SETOR DE COMPRAS...................................................................................................................................................80FIGURA 45 - PROCESSO DE CÁLCULO DE DEPRECIAÇÃO, SEM O CUSTOMEASY81FIGURA 46 - PROCESSO DE CÁLCULO DE DEPRECIAÇÃO, COM O CUSTOMEASY...................................................................................................................................................82FIGURA 47 - NOTIFICAÇÃO ENVIADA PARA O USUÁRIO DO SETOR DE PATRIMÔNIO..........................................................................................................................82FIGURA 48 - PROCESSO DE CÁLCULO DA FOLHA DE PAGAMENTO, SEM O CUSTOMEASY........................................................................................................................83FIGURA 49 - PROCESSO DE CÁLCULO DA FOLHA DE PAGAMENTO, COM O CUSTOMEASY........................................................................................................................84FIGURA 50 - NOTIFICAÇÃO ENVIADA PARA O USUÁRIO DO SETOR DE RECURSOS HUMANOS.........................................................................................................85FIGURA 51 - PROCESSO DE SELEÇÃO DE TÍTULOS PARA PAGAMENTO, SEM O CUSTOMEASY........................................................................................................................86FIGURA 52 - PROCESSO DE SELEÇÃO DE TÍTULOS PARA PAGAMENTO, COM O CUSTOMEASY........................................................................................................................86FIGURA 53 - NOTIFICAÇÃO ENVIADA PARA O USUÁRIO DO SETOR FINANCEIRO...................................................................................................................................................87

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - DESCRIÇÃO DA CLASSE REGRA.................................................................64TABELA 2 - DESCRIÇÃO DA CLASSE REGRABD............................................................64TABELA 3 - DESCRIÇÃO DA CLASSE REGRAWS............................................................65TABELA 4 - DESCRIÇÃO DA CLASSE ACAO....................................................................65TABELA 5 - DESCRIÇÃO DA CLASSE ACAOWS..............................................................65TABELA 6 - DESCRIÇÃO DA CLASSE ACAOBD..............................................................66TABELA 7 - DESCRIÇÃO DA CLASSE ACAOEMAIL.......................................................66TABELA 8 - DESCRIÇÃO DA CLASSE SERVERBD..........................................................66TABELA 9 - DESCRIÇÃO DA CLASSE SERVERWS..........................................................67TABELA 10 - DESCRIÇÃO DA CLASSE LOG.....................................................................67TABELA 11 - DESCRIÇÃO DA CLASSE FREQUENCIA....................................................67TABELA 12 - DESCRIÇÃO DA CLASSE RETORNO..........................................................68TABELA 13 - DESCRIÇÃO DA TABELA REGRAS.............................................................70TABELA 14 - DESCRIÇÃO DA TABELA REGRASBD.......................................................70TABELA 15 - DESCRIÇÃO DA TABELA REGRASWS.......................................................70TABELA 16 - DESCRIÇÃO DA TABELA ACOES................................................................71TABELA 17 - DESCRIÇÃO DA TABELA ACOESBD..........................................................71TABELA 18 - DESCRIÇÃO DA TABELA ACOESWS..........................................................71TABELA 19 - DESCRIÇÃO DA TABELA ACOESEMAIL...................................................71TABELA 20 - DESCRIÇÃO DA TABELA SERVERSBD......................................................72TABELA 21 - DESCRIÇÃO DA TABELA SERVERSWS.....................................................72TABELA 22 - DESCRIÇÃO DA TABELA LOGS..................................................................72TABELA 23 - DESCRIÇÃO DA TABELA FREQUENCIAS.................................................73

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LISTA DE ABREVIATURAS

ERP: Enterprise Resource Planning

MRP: Materials Requirements Planing

PCP: Planejamento e Controle da Produção

RF: Requisitos Funcionais

RNF: Requisitos Não Funcionais

SIG: Sistemas de Informações Gerenciais

SOA: Service Oriented Architeture

SOAP: Simple Object Access Protocol

TI: Tecnologia da Informação

UML: Unified Modeling Language

W3C: WorldWideweb Consortium

WS: Web Service

XML: Extensible Markup Language

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................121.1 Motivação..........................................................................................................................151.2 Objetivos...........................................................................................................................161.3 Metodologia......................................................................................................................171.4 Roteiro do restante do trabalho.........................................................................................192 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................202.1 Sistemas de Informações Gerenciais.................................................................................202.1.1 Importância dos sistemas de informações gerenciais para as empresas........................212.2 Gestão Estratégica da Informação.....................................................................................232.2.1 Estratégia e Informação.................................................................................................232.2.2 Estratégia e Competitividade: algumas abordagens de estratégia..................................252.2.3 O alinhamento com a TI.................................................................................................252.3 Enterprise Resource Planning...........................................................................................272.3.1 Evolução dos Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (ERP).................................272.3.2 Definição de Sistema ERP.............................................................................................292.3.3 Arquitetura e Principais Funcionalidades de um ERP...................................................302.4 Gestão por processos.........................................................................................................312.5 Mapeamento de processos................................................................................................342.6 BPMN - Business Process Modeling Notation.................................................................342.6.1 Evento............................................................................................................................352.6.2 Atividade........................................................................................................................352.6.3 Gateways........................................................................................................................352.6.4 Fluxo de Sequência........................................................................................................362.7 Gaps..................................................................................................................................362.8 Customização....................................................................................................................362.8.1 Desafios..........................................................................................................................382.8.2 Testes..............................................................................................................................382.9 Arquiteturas Orientadas a Serviço e Web Services...........................................................392.9.1 Web Services..................................................................................................................392.9.2 Arquiteturas Orientadas a Serviço..................................................................................402.9.3 O protocolo SOAP.........................................................................................................412.10 XML – Extensible Markup Language.............................................................................422.11 UML - Unified Modeling Language...............................................................................432.11.1 Diagrama de casos de uso............................................................................................432.11.2 Diagrama de classes.....................................................................................................44

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2.11.3 Diagrama de Componentes..........................................................................................452.11.4 Diagrama de Atividades...............................................................................................463 TRABALHO PROPOSTO...................................................................................................473.1 Levantamento de requisitos do sistema............................................................................473.2 Arquitetura do CustomEasy..............................................................................................483.3 Casos de Uso.....................................................................................................................503.3.1 Cadastrar Servidores......................................................................................................523.3.2 Cadastrar Regras............................................................................................................533.3.3 Cadastrar Ações..............................................................................................................563.3.4 Fornecer Informações....................................................................................................603.3.5 Receber Notificações.....................................................................................................613.4 Diagrama de Atividades....................................................................................................623.5 Modelo de Classes............................................................................................................633.6 Modelo Relacional............................................................................................................683.7 Verificação de Regras e execução de Ações.....................................................................733.8 Tecnologias utilizadas.......................................................................................................753.9 Organização dos arquivos Java dentro do projeto Netbeans.............................................764 VALIDAÇÃO DA FERRAMENTA....................................................................................784.1 Processo de inclusão manual de solicitações de compra..................................................784.2 Processo de cálculo mensal de depreciação de bens.........................................................804.3 Processo de cálculo da folha de pagamento......................................................................834.4 Processo de seleção de títulos a pagar..............................................................................854.5 Avaliação dos resultados...................................................................................................875 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................89

REFERÊNCIAS........................................................................................................................90

APÊNDICE...............................................................................................................................92

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1 INTRODUÇÃO

A informação possui atualmente um valor altamente significativo nas empresas, visto

que integra, quando devidamente estruturada, suas diversas unidades organizacionais. Esta

integração permite que a informação esteja presente em todos as atividades, seja envolvendo

pessoas, sistemas, recursos financeiros, processos ou tecnologias (REZENDE, ABREU,

2003).

Para Freitas, Becker e Kladis (1997) a importância da informação nas organizações

aumenta de mesmo modo que a complexidade da sociedade. Além disso, a informação é um

recurso fundamental em todos os níveis organizacionais (operacional, tático e estratégico), e a

maneira com a qual é trabalhada precisa ser observada para que seja transmitida sem ruídos ao

usuário em determinado processo decisório ou operacional.

Neste contexto organizacional, o processo de gestão da informação contempla

processos que não se baseiam somente na administração da infraestrutura de Tecnologia da

Informação (TI) e de sistemas de informação, mas que também incluam a administração do

comportamento informacional da organização, da cultura organizacional e da equipe

organizacional (BEAL, 2004).

Atualmente os altos gastos em tecnologia da informação (mais de um trilhão de

dólares anuais) não condizem com o desempenho financeiro das empresas. A alegação dos

gestores é de que a informação que dispõem hoje é pouco melhor da que possuíam

anteriormente. Segundo economistas, a provável causa deste problema é a negligência dos

programas de TI quanto ao aspecto humano no processo de equacionamento da informação.

Estes altos gastos em TI indicam sinais de obsessão pela tecnologia, tanto que nos Estados

Unidos, por exemplo, metade dos investimentos empresariais são em TI. Os departamentos de

sistemas de informação nas corporações dedicam-se quase que exclusivamente à aquisição e

manutenção dos computadores, softwares e redes de comunicação. A filosofia que predomina

é a de “se desenvolvermos a TI, o resto virá” (DAVENPORT; DICKSON; BELLINI, 2004).

Neste sentido, para que haja um correto gerenciamento da informação na organização,

sobretudo para a execução da estratégica desta, é importante um alinhamento com a TI.

Segundo Beuren (2000), o alinhamento da TI com a estratégia global da empresa não

acontece por acaso. É um processo que requer um envolvimento completo de grande parte dos

níveis da empresa. É, ainda, um esforço contínuo que exige capacidades e conhecimentos,

além de poder permitir a ocorrência de riscos (mas com uma gestão adequada dos mesmos).

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A Figura 1 ilustra o alinhamento de TI através do Modelo de Chan, relacionada à

orientação estratégica dos negócios, onde pode ser percebido que há uma ligação direta da TI

no desempenho dos negócios da organização.

Figura 1 - O alinhamento de TI segundo Modelo de Chan

Fonte: Chan et al (1997).

Para apoiar os gestores no processo de transformação da informação, ou seja,

transformar os dados em algo útil para a organização e, assim, prover o alinhamento da TI

com os processos de negócio e operações, tomadas de decisão e estratégias competitivas, há a

necessidade da implantação um sistema que gere ou manipule dados. Estes sistemas são

genericamente chamados de sistemas de informação, e podem contribuir de forma

significativa para a solução de diversos problemas empresariais. Segundo Rezende e Abreu

(2003), os esforços das empresas tendem a concentrar-se nos níveis superiores dos sistemas

de informação empresariais: os Sistemas de Informação Gerenciais (SIG).

Visando a integração dos dados entre as diversas áreas da organização, o SIG é

composto por variados subsistemas, também chamados de módulos (financeiro, contabilidade,

gestão de pessoal, estoque e custos). Um dos desafios dos administradores é aumentar a

eficiência global do SIG através do aperfeiçoamento da integração entre estes subsistemas,

sem perder a visão do todo, que é a empresa (REZENDE; ABREU, 2003).

Em síntese, o objetivo principal de um sistema de informação gerencial é melhorar o

desempenho das pessoas nas organizações através do uso da tecnologia da informação. Este

objetivo é alcançado por uma variante dos tradicionais sistemas de informação gerenciais

empresariais, conhecidos como Enterprise Resource Planning (ERP). Estes são sistemas

desenvolvidos com o objetivo de abranger determinadas áreas administrativas da empresa,

como recursos humanos, contabilidade, financeiro e faturamento. A palavra de ordem em um

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ERP é integração. A integração presume o uso comum de dados, ou seja, um determinado

cadastro (cadastro de clientes, por exemplo) pode estar em diferentes módulos, como

financeiro, faturamento, contabilidade e ser visualizado/alterado/excluído por qualquer uma

destas áreas. Este é o exemplo mais básico das funcionalidades de um ERP, sendo que este é

implementado visando principalmente a automatização e integração dos processos de

negócios da empresa (COLÂNGELO, 2001).

Para De Sordi (2009), o processo de negócio pode ser definido como uma série de

etapas criadas para produzir um produto ou serviço, incluindo várias funções e preenchendo

as lacunas existentes entre as diversas áreas organizacionais, objetivando com isso estruturar

uma cadeia de agregação de valor ao cliente, conforme ilustrado na Figura 2.

Figura 2 - Fluxo básico de um processo de negócio

Fonte: Elaborado pelo autor.

Todavia, mesmo nos casos em que o sistema de informação gerencial atende aos

processos de negócios da empresa, pode ser necessária a utilização de uma ferramenta de

apoio para automatizar a customização destes processos. Esta constatação é verificada

principalmente quando há uma análise dos processos de negócio da empresa, através da

ferramenta de mapeamento de processos (PAIM; CARDOSO; CAULLIRAUX, 2009).

A demanda de customização de processos surge, principalmente, pelo fato dos

sistemas de informações gerenciais (sobretudo os ERPs) serem softwares genéricos, ou seja,

no momento de sua aquisição e posterior implantação, estes vêm com as mesmas

funcionalidades para qualquer empresa que o adquirir (também chamadas de rotinas padrões

do sistema). Na etapa de implantação do ERP, a empresa define, então, a partir do seus

processos de negócio, quais módulos utilizará para que o sistema seja parametrizado de

acordo com as necessidades verificadas. Mesmo assim, nem sempre as mais variadas

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configurações das rotinas padrões do sistema acabam contemplando todos os processos de

negócio da empresa. Posteriormente, a utilização constante das rotinas do sistema de

informação gerencial irá agregar conhecimento aos participantes do processo e,

invariavelmente, será verificado que algum ponto do processo precisa de melhoria. Dessa

forma, pode ser detectado que em algum ponto do processo de negócio há alguma deficiência

no produto (software), sendo então necessária a customização de software (RABISER et al.,

2009).

Rabiser et al. (2009) afirma, ainda, que a customização é o ato de transformar,

personalizar, determinado sistema aos parâmetros estabelecidos pela empresa. Seja alterando

cálculos, fórmulas ou metodologia. É o ato de modificar o processo de negócio. Este tipo de

software é desenvolvido sob medida para as necessidades da empresa, levando em

consideração o ramo de negócios, metodologias de trabalho, rotina de cada departamento e

preferências do usuário final. Através de uma customização, pode ser gerado um nível maior

de identificação e adesão entre os futuros usuários, já que este software levará em

consideração particularidades da rotina de trabalho desses profissionais. Pode, ainda, integrar-

se à rotina ao oferecer soluções alinhadas às necessidades da empresa, elevando o nível de

produtividade e atuando como um poderoso aliado da equipe no cumprimento da rotina.

De uma maneira geral, a customização pode ser considerado como um procedimento

que proporciona aos processos de negócio uma maior aderência à organização, reduzindo

custos de operação e, através de um alinhamento com a TI, prover suporte a estratégia,

automatizando os processos de negócios e garantindo que os investimentos de TI são

priorizados de forma adequada, de acordo com as necessidades do negócio.

1.1 Motivação

Os usuários finais dos atuais sistemas de informações gerenciais, em sua maioria

ERPs, geralmente necessitam de um grande esforço para entender suas funcionalidades

oferecidas por padrão. Tipicamente, os usuários precisam somente de uma pequena fração das

rotinas disponibilizadas, mas são sobrecarregados de funcionalidades desnecessárias em seus

processos diários.

Segundo Rabiser et al. (2009), os ERPs e softwares do gênero (popularmente

chamados de softwares genéricos) precisam possuir características comuns a todas as áreas de

negócio, além das especificidades de cada área. O resultado final desta necessidade comum é

uma miscelânea de funcionalidades presentes no software que ora não são usadas, ora são

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deficientes para uma necessidade peculiar da organização. Toda e qualquer organização

possui o seu conjunto de processos de negócio que a torna única, e que por diversas vezes

transformam-se em diferenciais competitivos. A finalidade, portanto, de um Sistema de

Informações Gerenciais, é atender à estes processos de negócio da organização. Todavia,

raramente um sistema ERP atende a totalidade destes processos, uma vez que são produtos

genéricos, e precisam ser adaptados à realidade de cada organização através de um rigoroso

processo de implantação.

Mesmo nas situações em que o sistema de informação atende aos processos de

negócios de uma organização, algum grau de customização se faz necessário. Geralmente o

procedimento de customização de sistema envolvem custos elevados e “engessam” o sistema,

pois após customizada uma rotina, esta não é mais mantida nas atualizações das

funcionalidades padrão do sistema e, de alguma forma, precisarão passar por algum tipo de

manutenção no futuro.

Percebe-se que apesar de existirem grandes empresas desenvolvedoras de ERPs,

mesmo que há décadas em atuação no mercado, pode ser verificado a necessidade de alguma

customização do sistema para contemplar alguma demanda particular do negócio da empresa,

sem descaracterizar o software original.

Uma das principais fontes de renda para as empresas fornecedoras de software são

justamente as customizações de software, que por vezes são realizadas sem um correto

processo de implantação. Dessa forma, muitas customizações levam mais tempo que o

necessário para sua implementação e em alguns casos são totalmente desnecessárias.

Neste sentido, existe uma demanda por soluções que permitam que as customizações

de software sejam realizadas sem a descaracterização do produto original. Além disso, existe a

necessidade de que as customizações possam ser adicionadas e removidas da aplicação

original de forma transparente, sem influenciar o funcionamento básico do software.

Dessa maneira, o presente trabalho visa responder a questão: Como permitir a

customização de um software, acrescentando-o novas características, sem a alteração do

produto original, de maneira a aumentar a aderência do mesmo aos processos de negócio,

contribuindo com as estratégias organizacionais?

1.2 Objetivos

A partir das eventuais necessidades de cada organização quanto à aderência de novas

funcionalidades ao seu atual processo de negócio, a proposta do presente trabalho é o

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desenvolvimento de um sistema que vise automatizar a customização de processos de negócio

em sistemas de informação gerenciais.

O principal objetivo do sistema proposto é permitir a definição de regras e a criação de

gatilhos de ações, de maneira a adicionar um novo comportamento a um sistema de

informações gerenciais existente, sem no entanto modificar o comportamento original do

software. Com isso, poderão ser definidos novos fluxos de processos e regras de negócio,

minimizando a necessidade de customização de software e aumentando a aderência aos

processos organizacionais.

O sistema proposto será modelado para que seja genérico, ou seja, possa ser aplicado

em qualquer sistema de informação gerencial. Como o sistema da presente proposta tem o

objetivo de trabalhar diretamente no banco de dados (de qualquer tipo) do sistema de

informação gerencial sendo customizado, a camada da aplicação não sofre modificação e,

assim, o sistema proposto pode ser aplicado em qualquer organização que utilize um software

de gestão.

Os objetivos específicos da proposta são:

a) Levantamento de requisitos do sistema;

b) Modelagem da arquitetura do software;

c) Implementação da solução;

d) Avaliação em um ambiente real;

e) Coleta e análise dos resultados.

A seguir, será apresentada a metodologia seguida para desenvolvimento do presente

trabalho.

1.3 Metodologia

Para a realização do presente trabalho, foram realizadas leituras em livros, artigos e

periódicos, com o intuito de fundamentar a teoria acerca dos assuntos abordados no presente

documento. As teorias utilizadas na pesquisa precisavam estar alinhadas à linha de

pensamento e de investigação desta. A fundamentação teórica precisou, ainda, servir de base

para a análise e interpretação dos dados coletados, com o objetivo final de auxiliar a etapa de

elaboração dos relatórios finais.

O presente trabalho caracteriza-se como sendo um estudo de caso. A posição tomada

na Conferência de Cambridge (ADELMAN et al., 1976) a respeito de uma definição de

estudo de caso, foi de que este é um termo amplo, incluindo “uma família de métodos de

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pesquisa cuja decisão comum é o enfoque em uma instância”. Esta instância pode ser um

evento, uma pessoa, um grupo, uma escola, uma instituição ou um programa.

Após o aprofundamento teórico, foram realizadas observações diretas em processos do

setor administrativo do Centro Universitário Univates (UNIVATES), organização onde o

presente estudo de caso foi realizado. A UNIVATES é uma instituição de ensino superior

localizada em Lajeado, no Estado do Rio Grande do Sul e que também possui uma área

administrativa, como qualquer organização. Dessa forma, a UNIVATES também precisa gerir

suas informações através de um sistema de informação. Além disso, há a necessidade de um

alinhamento dos gestores com a TI para que os processos dos diversos setores administrativos

sigam seu fluxo de acordo com a estratégia da organização.

O ERP utilizado pela instituição é o Microsiga Protheus (versão 11) da empresa

TOTVS. Este será o ERP abordado durante o desenvolvimento da presente proposta, e cuja

base de dados será explorada.

No estudo de caso foi verificada a necessidade de aplicação do sistema proposto nos

seguintes setores administrativos da instituição: Compras, Patrimônio, Financeiro e Recursos

Humanos. Estes setores participam do processo de negócio da instituição, e utilizam o ERP

Microsiga Protheus 11 diariamente na elaboração de suas atividades.

Para executar os procedimentos visando o levantamento dos processos junto aos

setores administrativos da UNIVATES, foi necessário apoio do setor de gestão de processos

da instituição. O objetivo principal do acompanhamento presencial de um integrante do setor

de gestão de processos foi auxiliar o mapeamento dos processos do setor visitado. O

responsável pelo setor visitado precisou acompanhar as observações e coleta de informações,

interagindo com os entrevistadores.

A partir destas observações e mapeamentos realizados, houve uma quantidade

significativa de informações as quais possibilitaram gerar um estudo aprofundado de maneira

a permitir o conhecimento mais amplo e detalhado do processo. Após, foi avaliado juntamente

com o setor de gestão de processos se a forma de trabalho dos setores estão adequadas com a

estratégia da instituição. Se não estiver, os gaps1 identificados devem ser solucionados.

Nesta etapa entra em cena o sistema proposto. Seu objetivo principal é a resolução dos

gaps via customização do ERP, com a criação de regras e gatilhos (na modelagem do sistema

serão chamados “ações”).

1 Gaps: Na área de Sistemas de Informação, gap pode ser utilizado para identificar uma determinada funcionalidade de um sistema, o qual não atende total ou parcialmente a necessidade do cliente, que por sua vez, pode estar avaliando, implantando ou utilizando o sistema.

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A metodologia utilizada precisou explicar de forma teórica os procedimentos

realizados desde a etapa de coleta de dados, até a análise e posterior discussão dos resultados.

A abordagem foi qualitativa, ou seja, os resultados obtidos foram analisados e

avaliados de uma forma descritiva; não medidos estatisticamente (SANTOS, 2002). Em suma,

a partir deste estudo de caso, foram mapeados alguns processos que necessitam customização,

e a ferramenta foi aplicada posteriormente para automatizar a customização.

Outro ponto importante a ser salientado, e que também foi considerado quanto à

aderência da presente proposta, foram os atuais gastos com despesas do setor de TI com

customizações no ERP Microsiga Protheus. Foi verificado junto ao responsável pela TI da

instituição que o apoio de um sistema de notificações poderia auxiliar na identificação de

reais necessidades de customização e, ainda, diminuir os custos com customizações

desnecessárias

Após o término do procedimento de coleta de dados junto aos setores, foi obtida uma

quantidade de dados satisfatória para que seja inciada a modelagem do software

desenvolvido. A modelagem baseou-se nas necessidades levantadas na etapa de levantamento

de requisitos de software.

Ao final, uma pesquisa qualitativa foi realizada com os usuários para avaliar, a partir

dos dados coletados, o quão satisfatória foi a ferramenta. O objetivo desta pesquisa é

sintetizar os resultados obtidos, a fim de indicar limitações, reconsiderações, apontar relação

entre fatos verificados e teoria, além de contribuir ao meio acadêmico através da pesquisa

científica.

1.4 Roteiro do restante do trabalho

Para a melhor compreensão da presente proposta, seus capítulos foram divididos em

uma ordem de apresentação.

No Capítulo 2, é descrito o referencial teórico utilizado como embasamento para o

desenvolvimento da proposta, que conta com conteúdos descritivos como: Sistemas de

Informações, Gestão Estratégica da Informação, Enterprise Resource Planning (ERP), Gestão

de Processos e Customização de Software.

O Capítulo 3 irá apresentar uma visão geral do trabalho proposto. Sua arquitetura,

modelos, e especificações de casos de uso serão alguns dos tópicos abordados.

E, por fim, no Capítulo 4 é feita a conclusão do presente trabalho.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Esta seção tem por objetivo analisar as referências bibliográficas utilizadas no

desenvolvimento do trabalho. Cada item da seção é importante, pois apresenta uma breve

discussão teórica do problema, na perspectiva de fundamentá-lo. Será buscada a identificação

do significado de cada conceito chave para a pesquisa, e de como estão relacionados entre si.

2.1 Sistemas de Informações Gerenciais

Os sistemas de informações gerenciais, também chamados de sistemas de apoio à

gestão empresarial, surgiram a partir de uma necessidade comum entre as organizações:

transformar os dados de operações desta organização para agrupá-los e, desta forma, facilitar

a tomada de decisões pelo corpo gestor ou gerencial das unidades departamentais, em

conjunto com as demais unidades. A característica principal dos sistemas de informações

gerenciais é a apresentação dos dados agrupados, seja em totais, percentuais ou acumuladores.

Segundo (REZENDE; ABREU, 2003), enquadram-se nessa classificação, como

exemplo, os grupos de informações de sistemas de:

a) Planejamento e controle de produção (PCP): total da quantidade produzida;

b) Faturamento: valor do faturamento de um dia, ou valor acumulado do mês;

c) Contas a pagar ou receber: títulos a pagar do dia, número de inadimplentes;

d) Estoque: percentuais de estoque distribuído por grupos de materiais;

e) Contabilidade fiscal: acumulados de impostos a recolher por mês e ano;

f) Folha de pagamento: valores acumulados de salários e de encargos sociais.

Esta característica de agrupamento é fundamental para que os administradores

adquiram um melhor conhecimento das operações da organização, podendo, assim, obter

reflexos positivos no processo de planejamento e controle do negócio (BEAL, 2004).

Para (OLIVEIRA, 2004), quando os administradores consideram o SIG, precisam ter

em mente que o mesmo aborda apenas uma parcela das informações globais da empresa.

Precisam, ainda, lembrar-se que o SIG é um sistema para proporcionar ao referido

administrador informações seguras para a tomada de decisões sólidas que resultem na

concretização dos objetivos previamente estabelecidos. O SIG, portanto, precisa ser

visualizado como uma ferramenta administrativa de significativo auxílio para os executivos

das empresas.

Um dos papéis dos administradores é aumentar a eficiência global do SIG através do

aperfeiçoamento da integração dos diversos subsistemas (também conhecido por módulos)

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sem perder a visão do todo, que é a empresa. Pode ser verificado, na Figura 3, uma ilustração

contemplando alguns dos diversos subsistemas que podem estar presentes em um SIG, bem

como suas relações no processo chamado Tratamento Integrado de Informações (OLIVEIRA,

2004).

Figura 3 - Tratamento integrado de informações

Fonte: Oliveira (2004).

Esta figura serve apenas como uma base para ilustrar alguns subsistemas presente em

um SIG e suas relações no negócio da empresa, pois foi verificado nas diversas bibliografias

consultadas que cada sistema possui a sua peculiaridade; seus módulos e relações podem

variar, dependendo de variáveis como: abrangência, foco e ramo da empresa. Mesmo assim,

percebeu-se que alguns subsistemas estão presentes em praticamente todos os SIGs, como por

exemplo: contas a receber, controle de estoque e contabilidade. Esta constatação reforça a

importância destes módulos no processo de integração entre as diversas áreas da empresa.

2.1.1 Importância dos sistemas de informações gerenciais para as empresas

Um aspecto importante a ser destacado é a interação da informação com o processo

decisório. Uma forma esquemática resumida desta interação pode ser visualizada na Figura 4.

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Figura 4 - Interação da informação no processo decisório

Fonte: Oliveira (2004).

Atualmente, tem-se uma certa dificuldade em mensurar, de uma forma quantitativa,

qual o efetivo benefício de um sistema de informações gerenciais, ou seja, a melhoria no

processo decisório. Pode-se trabalhar com uma lista de hipóteses sobre o impacto do SIG nas

empresas, o que propicia ao executivo um entendimento, ainda que genérico, de sua

importância.

Nesse sentido, para (OLIVEIRA, 2004) afirma-se que o SIG, sob determinadas

condições e variáveis particulares envolvidas em cada situação, pode proporcionar os

seguintes benefícios para as empresas:

a) Redução dos custos das operações;

b) Melhoria no acesso às informações, ou seja, geração de relatórios mais

precisos, com menor esforço;

c) Melhoria na produtividade, tanto setorial quanto global;

d) Melhoria na tomada de decisões, através de informações mais rápidas e

precisas;

e) Melhor interação com os fornecedores;

f) Redução do grau de centralização de decisões na empresa;

g) Automatização dos processos da empresa de uma maneira geral, reduzindo o

fluxo de processos manuais;

h) Amento do nível de motivação das pessoas envolvidas.

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Entretanto, para que as empresas possam usufruir destes benefícios é necessário que

alguns aspectos sejam observados. Há a necessidade de um envolvimento da alta e média

administração com o SIG. Se o envolvimento não for o adequado, pode provocar situação de

descrédito para com o sistema. O executivo precisa lembrar que o SIG é um instrumento

básico para o processo decisório e este deve estar sempre com as informações atualizadas,

além de estar direcionado para os resultados. É importante salientar que a participação dos

vários usuários do sistema envolvidos no processo de operacionalização do SIG precisa ser

efetivada com responsabilidade.

Outro aspecto a ser observado é a necessidade de apoio de uma adequada estrutura

organizacional, bem como normas e procedimentos inerentes aos sistemas. Nesse caso, a

estrutura organizacional aparece como um instrumento administrativo do SIG, o qual precisa

ser racionalizado por meio de normas e procedimentos. Será abordado na Seção 2.4, Gestão

por Processos, os conceitos relativos à estrutura organizacional, alinhada aos processos de

negócio da empresa.

2.2 Gestão Estratégica da Informação

Nesta Seção serão abordados conceitos relativos à Gestão Estratégica da Informação e

sua importância no contexto organizacional.

2.2.1 Estratégia e Informação

O primeiro conceito de estratégia conhecido fora aplicado em meio militar, no

processo de preparação para as guerras. O objetivo principal da utilização da estratégia neste

contexto militar estava relacionado ao planejamento e mobilização da larga escala de

operações militares ou manobras e, assim, obter posições vantajosas em relação ao inimigo

(GURALINK, 1982) apud (BEAL, 2004) .

Com o passar do tempo, apareceram visões sobre o significado da estratégia no meio

corporativo. Na década de 90, Michael Porter, considerado uma das principais autoridades

mundiais em estratégia competitiva, difundiu que a ideia da estratégia consiste em realizar um

conjunto de atividades distintas dos competidores, que signifique maior valor para os clientes

e/ou crie um valor comparável a um custo mais baixo (PORTER, 1996) apud (STAREC,

GOMES, 2006). Não há um conceito universalmente aceito para o termo, entretanto destaca-

se que uma característica típica da estratégia é sua vinculação a um prazo de execução,

durante o qual deve ser objetivo de reavaliações. Com as constantes mudanças que ocorrem,

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sejam de clientes, do mercado, dos canais de comunicação, da venda e da distribuição, as

empresas precisam manter-se flexíveis e reavaliar de tempos em tempos se as estratégias

adotadas permanecem apropriadas, ou se é necessário adaptá-las ou até substituí-las.

Para (BEAL, 2004) a informação é essencial para a implementação e avaliação de

qualquer estratégia. Se os gestores responsáveis pela elaboração da estratégia não tiverem em

mãos as informações adequadas a respeito das variáveis do processo onde a organização se

insere, pode acontecer de não conseguirem identificar todos os fatores que devem ser

considerados na tomada de decisões estratégicas. Segue a Figura 5, ilustrando a informação

como matéria-prima para a formulação da estratégia.

Figura 5 - A informação como matéria-prima para a formulação da estratégia

Fonte: Beal (2004).

Além de servir como matéria-prima para a formulação da estratégia, a informação

também deve ser objeto de um planejamento estratégico, a fim de que possam ser escolhidas

possibilidades e ênfases em relação à informação e aos fluxos informacionais da organização.

Em detrimento da característica de cada estratégia corporativa, os esforços podem tanto serem

concentrados na obtenção, tratamento e disseminação da informação mais útil para apoiar a

execução da estratégia, bem como na adaptação dos fluxos informacionais às novas

exigências dos ambientes interno e externo.

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2.2.2 Estratégia e Competitividade: algumas abordagens de estratégia

Porter (1986) apud Starec e Gomes (2006) destaca a importância da formulação de

estratégias competitivas, ou, em outras palavras, ações a serem adotadas pelas empresas

visando criar uma posição que enfrente com sucesso as forças competitivas.

Para (ANSOFF, 1993) apud (STAREC; GOMES, 2006), é importante que se destaque

inicialmente o planejamento e, posteriormente, a administração estratégica, sendo que o

planejamento parte de uma análise das perspectivas da empresa, de modo a identificar

aspectos que possam alterar as tendências históricas, além de identificar novas áreas de

negócio compatíveis com as capacidades da empresa. Por sua vez, a administração estratégica

preocupa-se em ir além, acrescentando novos ingredientes ao planejamento estratégico,

incorporando as potencialidades, sendo determinadas por cinco componentes:

a) Qualificações e mentalidade dos principais administradores;

b) Clima social (cultura) da empresa;

c) Estrutura interna do poder;

d) Sistemas e estrutura gerencial;

e) Capacidade de administração geral para o trabalho de gestão.

A partir destes componentes e dos modelos de análise de forças competitivas

pesquisados nas referências bibliográficas do presente trabalho, foi verificado que a

construção da estratégia baseia-se na tentativa de tornar a empresa diferente em relação aos

concorrentes. Sendo assim, a operacionalização, o acompanhamento e o controle do plano

estratégico visam possibilitar que a empresa alcance seus objetivos. Para isto, e para também

buscar uma maior produtividade, muitas organizações incorporam ferramentas e técnicas

gerenciais que aumentam de forma considerável a eficácia operacional (STAREC; GOMES,

2006).

2.2.3 O alinhamento com a TI

Segundo (STAREC; GOMES, 2006) é preciso que a TI suporte a estratégia, provendo

a automação dos processos de negócio. Orientar a estratégia de TI para equilibrar

adequadamente os investimentos entre os sistemas que suportam a empresa a transformam, ou

contribuem para o seu crescimento. Ainda sim, é necessário tomar decisões informadas sobre

o enfoque e prioridades relativas à utilização de recursos de TI, garantindo que estejam

disponíveis e, desta forma, cumprir às expectativas da organização.

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Um dos problemas relacionados com a TI atualmente é a desconexão entre a estratégia

de TI e a estratégia de negócio. Esta falta de alinhamento conduz a vários problemas de

negócio, incluindo os que se seguem:

a) Incapacidade do negócio em atingir o seu potencial completo;

b) Insucesso em identificar e capitalizar as oportunidades de negócio que podem

ser facilitadas pela TI;

c) Custos de operação potencialmente mais elevados e, consequentemente,

desvantagem competitiva, devido ao fracasso em substituir processos caros por

outros automatizados (a longo prazo) e de menor custo;

d) Um enfoque incorreto e ineficaz dos recursos relacionados com a TI;

e) Incapacidade para recrutar e manter pessoas de negócio e de TI de alta

qualidade;

f) Custos globais mais elevados.

Todos estes itens reforçam a constatação de que é preciso que a TI suporte a estratégia,

provendo a automação dos processos de negócio.

2.2.4 Os sistemas de informação como fonte de vantagem competitiva

A informação, ao ser considerada como importante fonte de vantagem competitiva,

passa a ser relevante para a formulação de estratégia para as empresas. Desta forma, a

tecnologia da informação é mobilizada para realizar o apoio ao processo de incorporação de

informações que de alguma forma agreguem valor à formação da estratégia.

Ansoff (1993) apud Starec e Gomes (2006) aponta a necessidade de um sistema de

informação sobre os concorrentes como forma de identificar antecipadamente possíveis

manobras e introduzir novos produtos ou atuar em novos mercados. Quanto mais rápido e

eficiente for o sistema de informações, mais as oportunidades poderão ser aproveitadas,

proporcionando maiores margens de lucro.

Todavia, a eficácia dos sistemas de informações e inteligência são frequentemente

questionados. Esta constatação foi verificada em diversas referências, como por exemplo

(MINTZBERG, 2000) apud (STAREC; GOMES, 2006), que critica os sistemas estruturados

de informação, destacando que as informações são muito agregadas para serem utilizadas

eficazmente na formulação de estratégias; as informações são limitadas no seu escopo, e

chegam tarde demais para serem usadas na formulação de estratégias.

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Nesse sentido, a partir da adoção de sistemas de informações, pode-se dispor de

informações formais e informais que, por exemplo, auxiliem a reflexão sobre o ambiente

externo, a construção e atualização de cenários, a formulação de estratégias e o

monitoramento de fatores críticos de sucesso (são características, condições ou variáveis que

devidamente gerenciadas, mantidas ou sustentadas podem apresentar um significativo

impacto para o sucesso dos negócios de uma empresa ou indústria em particular) (BEAL,

2004).

Outro aspecto importante é a necessidade de criação de uma cultura gerencial que

utilize a informação no processo decisório. Isso porque a cultura organizacional interfere na

definição do modo como a informação circula na empresa. Portanto, requer-se das unidades

organizacionais, responsáveis pela gestão da tecnologia da informação, a responsabilidade

pela criação de sistemas gerenciais que apoiem a circulação da informação e facilitem a sua

utilização, de modo a agregar valor às ações das equipes de trabalho e à tomada de decisões.

2.3 Enterprise Resource Planning

Nesta seção será abordada a evolução dos ERPs. Iniciar-se-á com um breve histórico

deste ramo de Sistema de Informação Gerencial. Após, será apresentada uma definição formal

de ERP. Por fim, será representada a sua arquitetura (de forma genérica).

2.3.1 Evolução dos Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (ERP)

A utilização de computadores no suporte a informações gerencias (mais voltados a

processos de negócio) datam da década de 1960. Nesta época, os computadores eram caros e

lentos, além de ter uma limitação quanto à sua capacidade de processamento. O uso da

informática nesta época, então, baseou-se quase que exclusivamente ao controle de estoque, a

fim de automatizar processos informacionais que antes eram realizados manualmente.

Na década de 1970, os computadores tornaram-se mais baratos e mais rápidos, e em

virtude disto apareceram os primeiros sistemas de gestão, chamados de Materials

Requirements Planing (MRP), voltados para empresas manufatureiras. Estes sistemas MRP

realizavam o controle de estoque destas empresas, além de apoiar o processo de compra de

materiais e planejamento de produção. De uma maneira geral, os sistemas MRP não

proporcionavam suporte a PCP, e não integravam-se com outras aplicações (módulos)

utilizadas pela organização. Mesmo assim, a adoção de algoritmos MRP nessa época já

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caracterizava o uso da tecnologia para mudar a forma de trabalho, uma vez que sua aplicação

manual era impraticável.

Os sistemas MRP II surgiram na década de 1980, na época em que os

microcomputadores estavam difundindo-se. Surgiu como uma ampliação dos MRPs, pois

além de executar funções de planejamento de produção e estoques, tratavam da capacidade de

produção e de aspectos financeiros, como orçamentação e custeio da produção. No início da

década de 1990, movimentos políticos (como a Guerra Fria e Queda do Muro de Berlim)

abriram oportunidades para a chamada “globalização”, o que tornou o ambiente de negócios

extremamente competitivo. Assim, a ampliação da área de cobertura dos sistemas MRP II

para o domínio das Finanças e dos Recursos Humanos prometia agilidade e redução de custos,

tornando-se mais atraentes. A expressão Enterprise Resource Planning, ou Planejamento de

Recursos da Organização, passou a ser utilizada para denominar este novo conceito de

sistema de informação, principalmente devido à sua grande amplitude funcional, como pode

ser verificado na Figura 6 (COLÂNGELO, 2001).

Figura 6 - Evolução das aplicações empresariais

Fonte: Colângelo (2001).

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2.3.2 Definição de Sistema ERP

Não existe atualmente uma definição precisa e inquestionável sobre o que é um

sistema ERP. Segundo (COLÂNGELO, 2001), o ERP pode ser considerado um software que:

a) Automatiza e integra uma parcela dos negócios de uma empresa, podendo

abranger finanças, recursos humanos, contabilidade, estoques, entre outros;

b) Compartilha dados, visando a uniformidade do processo de negócio;

c) Produz e utiliza informações em tempo real.

Os primeiros sistemas ERP foram desenvolvidos com o objetivo de abranger

determinadas áreas da empresa (recursos humanos, contabilidade, contas a receber,

faturamento ou ao controle de estoques). Sua utilização era muito limitada, pois a

comunicação entre os sistemas era deficiente, quase mínima. O problema, portanto, com os

sistemas não integrados, é que torna-se difícil realizar a coordenação de diferentes áreas da

organização, e muitas tarefas acabam sendo redundantes. Como exemplo, pode ser

considerado o processo de criação de pedido de venda. Os dados do pedido de um cliente,

registrado no módulo de vendas, precisariam ser digitados novamente no módulo faturamento

quando os produtos são faturados. Os dados correspondentes ainda precisariam ser lançados

manualmente no módulo contas a pagar, além de ser feita a baixa dos estoques no módulo

controle de estoque.

A reação frente à esses problemas, foi integrar os sistemas entre si. A integração

presume o uso comum de dados, possibilitando consistência nos processos de negócio. Os

cadastros são únicos e compartilhados por todos os módulos e, desta forma, por todas as áreas

da empresa. Com a integração dos sistemas, um evento real é registrado uma só vez, e produz

efeito em todos os processos que estão envolvidos (SOUZA; SACCOL, 2003).

A integração, porém, também significa maior complexidade. Em um sistema

integrado, um processo pode sofrer um número maior de etapas a serem executadas, e sua

reversão, ou cancelamento, torna-se mais intrincada. Como exemplo, pode ser utilizado o

processo de estorno de uma nota fiscal. Para isto, em um sistema integrado, há a necessidade

de realizar simultaneamente (e sincronizadamente) a exclusão do título no setor financeiro,

promover o reingresso do material no estoque, e posteriormente executar ações fiscais.

Segue a Figura 7, demonstrando as áreas de aplicação de um sistema ERP.

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Figura 7 - Áreas de aplicação de um sistema ERP

Fonte: Colângelo (2001).

Pode-se dizer também, que o ERP é um tipo de sistema que possibilita um fluxo de

informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados.

É um instrumento para melhoria de processos de negócios. Em síntese, o ERP é um sistema

que permite a visualização por completo das transações efetuadas pela empresa, desenhando

um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA; MEINDL, 2003) apud (PADILHA;

MARINS, 2005).

2.3.3 Arquitetura e Principais Funcionalidades de um ERP

A partir de consulta realizada à ampla bibliografia sobre sistemas ERP, puderam ser

identificadas algumas características importantes acerca de sua arquitetura e funcionalidades:

a) Sua arquitetura de software possibilita agilidade no fluxo de informações entre

todas as atividades da empresa. É um amplo sistema de soluções e

informações;

b) A utilização de um banco de dados centralizado, além de uma plataforma

comum que interage com um conjunto integrado de aplicações, propicia a

fusão de todas as operações de negócio em um simples ambiente

computacional;

c) As funcionalidades do ERP representam uma solução genérica, o que acaba

refletindo em uma série de considerações sobre a forma como as empresas

operam em geral.

Segundo (PADILHA; MARINS, 2005) a utilização de sistemas ERP otimiza o fluxo

de informações e facilita o acesso aos dados operacionais, favorecendo a adoção de estruturas

organizacionais mais enxutas e flexíveis. Além disso, as informações tornam-se mais

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consistentes, possibilitando a tomada de decisão com base em dados que refletem a realidade

da empresa.

A figura 8 apresenta as funcionalidades dos sistemas ERPs separando-as em funções

internas (back-office) e funções externas (front-office) .

Figura 8 - Funcionalidades de um Sistema ERP

Fonte: Colângelo (2001).

Os sistemas de informações gerenciais empresariais são uma plataforma de software

desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a

automação e armazenamento de todas as informações de negócios. Os ERPs têm um custo de

implantação altíssimo, sendo quase que exclusivo para grandes empresas. Empresas médias

interessadas nesse tipo de sistema devem analisar bem se vale a pena o alto investimento desta

integração. Além disso, os ERPs não são de fácil operação. As empresas, por vezes, precisam

de funcionários treinados para usar o programa, pois o fato de ser um sistema genérico acaba

tornando-o um sistema sem uma boa interface de leitura.

2.4 Gestão por processos

A partir da evolução dos mercados de consumo e o implemento das tecnologias de

produção, principalmente no período pós Segunda Guerra Mundial, verificou-se um

crescimento acirrado das organizações, constituindo os gigantescos conglomerados

industriais.

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Estes conglomerados eram estruturados verticalmente, ou seja, consistiam de uma

estrutura organizacional dividida em setores (também chamada de visão funcional). Esta

verticalização provocou a proliferação das estruturas organizacionais, sendo que a

especialização ocasionou a divisão do trabalho em funções (DE SORDI, 2009). A divisão em

funções criou dutos verticais de gestão, culminando com o distanciamento das empresas dos

seus objetivos de negócio.

Outra característica da visão vertical é o rompimento das vias de comunicação entre os

setores, isolando, assim, áreas que atuam em processos semelhantes, criando as chamadas

barreiras funcionais. Esta visão vertical também estimula a criação de barreiras hierárquicas,

sobretudo pela proliferação dos níveis hierárquicos, em que supervisores só falam com

supervisores e gerentes com gerentes e diretores. Estas constatações materializam o processo

de obstrução da comunicação que se instaura em uma estrutura organizacional deste tipo. Por

estas razões, a abordagem administrativa funcional é considerada um típico exemplo de

abordagem científica reducionista.

Houve, então, a necessidade de um movimento de reengenharia de processos. A

abordagem sistêmica para gestão das organizações passou a ser denominada no início da

década de 1990, sendo também conhecida como abordagem administrativa de gestão por

processos (ou, ainda, visão horizontal).

Com a adoção da visão horizontal, a estrutura da organização continua similar, com

cada setor executando as suas funções. A diferença está na autonomia que os responsáveis por

cada atividade possuem. Uma atividade passará de um nível setorial para processual, sendo

que todos os envolvidos saberão que estão fazendo parte de um processo e não apenas de uma

atividade, e entenderão mais amplamente os motivos da atividade estar sendo efetuada, assim

como os caminhos pelos quais esse processo percorre (DE SORDI, 2009). Segue Figura 9,

demostrando a modificação na estrutura organizacional, principalmente no que se refere à

comunicação, com o advento da estrutura orientada por processo.

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Figura 9 - Exemplo de estrutura organizacional (Vertical e Horizontal)

Fonte: De Sordi (2009).

Para uma melhor compreensão das duas visões (Departamental e por Processos), segue

a Figura 10, a qual ilustra um comparativo entre elas, no fluxo de um evento qualquer.

Figura 10 - Visão Departamental e Visão de Processos

Fonte: De Sordi (2009).

Algumas vantagens que podem ser apresentadas a colaboradores para aderirem a esta

nova visão, de acordo com (DE SORDI, 2009):

a) Facilidade para treinamento de colaboradores novos;

b) Facilidade de entendimento do processo;

c) Facilidade para encontrar responsáveis por atividades;

d) Facilidade para encontrar informações sobre as atividades e processos;

e) Facilidade para localizar o ponto em que um processo encontra-se parado.

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2.5 Mapeamento de processos

O mapeamento de processos é uma ferramenta utilizada para retratar os processos

organizacionais, sendo largamente aplicada em organizações que desejam migrar da visão

funcional para a visão por processos.

É na etapa de mapeamento de processos que os analistas vão adquirir visibilidade e

conhecimento sobre determinadas tarefas, definindo, assim, missão e objetivos,

responsabilidades, entradas e saídas, fornecedores e clientes (PAIM; CARDOSO;

CAULLIRAUX, 2009).

A realização de uma análise crítica poderá responder a diversas perguntas, tais como:

a) Este processo é realmente necessário? Agrega valor?

b) Qual é o impacto do processo para a organização?

c) Como está seu desempenho? Como medir a performance?

d) Pode ser melhorado? Atende aos objetivos definidos?

Com o mapeamento de processos tem-se, como resultado, uma visão atual, consegue-

se efetuar melhorias, sempre com o intuito de simplificar as tarefas.

Foi verificado, a partir das leituras realizadas nas diversas bibliografias, que esta

ferramenta é se suma importância para a presente proposta, visto que a partir do mapeamento

dos processos de negócio de uma empresa é possível detectar gaps no processo, como

problemas de comunicação, falhas de segurança, trabalhos repetitivos sem necessidade, erros

de operação (pela ausência de um controle de erros ou de transação), entre outros (PAIM;

CARDOSO; CAULLIRAUX, 2009).

2.6 BPMN - Business Process Modeling Notation

O BPMN, Business Process Modeling Notation (em português Notação de

Modelagem de Processos de Negócio) é uma representação gráfica contendo elementos como

atividades, responsabilidades e fluxos. Ela tem, como principal objetivo, utilizar-se desses

elementos para modelar processos de negócio (SANTOS, 2010).

Na notação BPMN existem elementos gráficos com finalidades específicas para

representar um fluxo, evento, ou atividade dentro do processo mapeado. A seguir serão

descritos os objetos de fluxo abordados no presente trabalho.

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2.6.1 Evento

Evento é algo que acontece durante um processo. Estes eventos afetam o fluxo do

processo, causando-lhe algum impacto. Existem três tipos de eventos: início, intermediário e

fim (SANTOS, 2010), conforme Figura 11.

Figura 11 - Eventos, objetos de fluxo da BPMN

Fonte: Elaborado pelo autor.

2.6.2 Atividade

Atividade é o termo empregado para um trabalho executado. Algumas ferramentas de

modelagem de processo permitem a identificação das atividades com esteriótipos. Os

principais são: automáticas/serviço (sistema) e humanas (SANTOS, 2010). Um exemplo é

dado na Figura 12.

Figura 12 - Atividades, objetos de fluxo da BPMN

Fonte: Elaborado pelo autor.

2.6.3 Gateways

São utilizadoa para controlar decisões ou convergências de sequência de um fluxo.

Desta forma, é possível determinar decisões tradicionais, como unir ou dividir trajetos

(SANTOS, 2010). A figura 13 apresenta alguns tipos de gateways:

Figura 13 - Gateways, objetos de fluxo da BPMN

Fonte: Elaborado pelo autor.

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2.6.4 Fluxo de Sequência

É usado para mostrar a sequência com que as atividades serão executadas em um

processo. A notação utilizada é uma seta, conforme Figura 14:

Figura 14 - Fluxo de Sequência, objeto de fluxo da BPMN

Fonte: Elaborado pelo autor.

2.7 Gaps

As diversas definições para gaps não se apresentam tão claras e confundem-se na

literatura, não permitindo uma definição singular. Dessa forma, a seguir, será apresentada a

definição de gap segundo o dicionário Michaelis.

Michaelis (2013) define gap como:

1 Abertura, fenda, brecha, fissura, intervalo. 2 parte ou espaço vazio, vácuo, branco, lacuna. 3 diferença grande de opinião ou de caráter, disparidade.

De acordo com a definição acima, pode ser constatado que gap significa uma falha,

algo que está faltando. Uma brecha no processo.

Um dos principais motivos para o acontecimento de gaps em processos, segundo Paim

(2002), é a falha na modelagem dos processos. Uma boa modelagem de processos deve

refletir as características dos processos com o nível ideal de detalhamento desejado. Este nível

ideal desejado está estritamente relacionado com as motivações da organização interessada na

modelagem de processos e precisa estar apoiada pela estratégia global desta. Dependendo da

motivação, como a de redução de falhas na integração de sistemas de informática, por

exemplo, os processos devem estar bem detalhados de forma que ofereça informações

suficientes para os envolvidos. Em contrapartida, motivações relacionadas à otimização da

tomada de decisão operacional não necessitam de um profundo detalhamento, tendo em vista

que uma visão macro dos processos é suficiente.

2.8 Customização

A implementação de sistemas ERP implica em grandes desafios para as organizações.

Segundo (ROTHENBERGER; SRITE, 2009), as empresas que implantam softwares deste

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tipo geralmente falham nos estágios iniciais deste processo, ou excedem substancialmente o

custo do projeto de implantação. Através de estudos realizados nesta área, vários fatores são

apresentados como causadores deste insucesso, como o suporte técnico aos gestores,

performance do time do projeto, o processo de implantação em si, educação e treinamento e

uma customização mínima realizada.

Rothenberger e Srite (2009) ainda constatam que em todas as instalações de sistemas

ERP, algum grau de customização se faz necessário. Mesmo que os pacotes da aplicação

sejam desenhados para trabalhar em diferentes organizações (esse é o propósito do ERP, como

visto na Seção 2.3), uma grande parte deles não proporcionam todas as funcionalidades

necessárias para uma área específica de negócio. Não obstante, customizações que envolvem

adições de funcionalidades ao ERP, ou modificações no código fonte deste, podem

comprometer o sucesso do projeto de implantação, visto que muitas customizações elevam os

custos de projeto e estendem os limites de manutenção do software.

A Figura 15 demonstra os três níveis de customização de produto e os stakeholders2

envolvidos. Verifica-se que em cada nível, uma quantidade maior de questões são resolvidas.

Figura 15 - Níveis de Customização de Produto

Fonte: Rabiser et al. (2009).

2 Stakeholder (em português, parte interessada ou interveniente) é um termo usado em diversas áreas como administração e arquitetura de software referente às partes interessadas que devem estar de acordo com as práticas de governança corporativa executadas pela empresa.

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Para (RABISER et al. ,2009), os três níveis de customização de produto são:

a) Nível 1: Derivação do Produto por Fornecedores: Os fornecedores procuram

resolver as variabilidades verificadas do ERP, a fim de adaptar o produto

baseado nas características (requerimentos) do cliente;

b) Nível 2: Configuração do Produto pelos Usuários: É comum em várias

organizações que os clientes não são usuários finais, mas estão encarregados da

introdução do novo produto. Os clientes ainda precisam adaptar o produto para

as especificidades organizacionais (processo de negócio). Eles precisam, por

exemplo, ajustar as características do produto para acomodar as tarefas e regras

dos diferentes departamentos;

c) Nível 3: Personalização para os usuários finais: Os usuários finais do produto

adaptam ainda mais o produto para suas demandas específicas. Eles

personalizam a aplicação para as suas tarefas e responsabilidades específicas.

2.8.1 Desafios

Para (DITTRICH; VAUCOULEUR; GIFF, 2009), o principal desafio no processo de

customização é o entendimento do ERP.

Os autores constatam que até desenvolvedores mais experientes podem necessitar

auxílio de consultores especialistas em módulos específicos, caso a customização torne-se

muito complexa. Uma técnica possível seria a entrevista para tentar entender a parte

desconhecida do sistema, seja explorando o código fonte ou rodando testes em paralelo

através da interface para verificar quais tabelas são afetadas (e como são afetadas).

Geralmente a documentação do código fonte é pobre, e por isso muitas vezes qualquer

mudança no escopo pode impactar em outras partes do sistema. Em alguns casos, a ordem do

procedimento realizado influencia no resultado. É importante, acima de tudo, experiência em

um ERP específico. Esta é a técnica principal em customização de ERPs.

2.8.2 Testes

Testes rigorosos dependem de quanto o cliente se propõe a pagar pelo esforço extra.

Todavia, os clientes geralmente não priorizam os testes. Fornecedores também (os

desenvolvedores, no caso) baseiam-se no sistema padrão como correto, com exceção de bugs

conhecidos. Uma dificuldade encontrada é que geralmente é difícil testar modificações

isoladas no sistema padrão. Porém, desenvolvedores mais experientes sabem que mudanças

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específicas podem afetar partes do sistema padrão e merecem testes adicionais para estas

respectivas partes do software.

Testes são normalmente feitos em um sistema de níveis. Isto quer dizer que um

desenvolvedor ou o consultor de implantação do projeto testam a característica através de

formas respectivas e eventualmente checam as tabelas da database em uma interface dedicada

para tal a fim de verificar se os dados estão corretos. Os testes são muitas vezes parte da

documentação.

Os fornecedores checam as características (features) que estão sujeitas ao contrato em

um teste de aceitação. Normalmente, consultorias corrigem os erros contemplados no contrato

nas primeiras semanas sem custos adicionais (DITTRICH; VAUCOULEUR; GIFF, 2009).

2.9 Arquiteturas Orientadas a Serviço e Web Services

Nesta seção serão providos os conceitos e terminologias básicas sobre web services e

Service Oriented Architetures (SOA), ou Arquiteturas Orientadas a Serviço, em português.

Será explicada a definição de web service, além do framework SOA, que visa auxiliar a

estruturação de uma aplicação baseada na tecnologia de web services.

2.9.1 Web Services

Os web services (WS) têm ganho respaldo desde que o termo foi introduzido, no ano

2000. Fornecedores de software (grandes e pequenos) vêm utilizando os WS em seus

produtos, e muitos destes estão envolvidos na “afinação” dos padrões desta tecnologia. No

início de sua utilização, houve uma lenta convergência sobre o entendimento comum do que o

termo significava (não havia uma simples, definição universalmente adotada, do que o termo

web service queria dizer) (GRAHAM; DAVIS; SIMEONOV, 2004). Por isso, o grupo de

trabalho de arquitetura de serviços web do WorldWideweb Consortium (W3C), que gerencia a

evolução das especificações SOAP e WSDL, desenvolveu a seguinte definição para um web

service:

“Um web service é um software com a finalidade de suportar a interação máquina a

máquina, através de uma rede utilizando protocolos padronizados. Outros sistemas interagem

com um WS da forma descrita utilizando mensagens SOAP, normalmente transmitidas

utilizando HTTP com uma serialização em XML, em conjunto com outros padrões utilizados

na web”.

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Um importante ponto a ser destacado, é que um web service não precisa

necessariamente estar na web. Pode estar em qualquer lugar na rede (Internet ou Intranet).

Outro ponto é que detalhes da implementação dos web services não são relevantes para o

programa que está chamando o serviço.

Graham, Davis e Simeonov (2004) propõem que em uma perspectiva técnica, um WS

nada mais é do que uma coleção de uma ou mais operações relacionadas que estão acessíveis

em uma rede e que são descritas por um serviço.

Em uma perspectiva de negócios, os WS vêm se tornando um importante conceito

para os processos de negócio das organizações. Para um gestor de negócio, os serviços web

convergem para a integração, ou seja, integram funcionalidades da aplicação dentro da

organização, ou integram aplicações entre os parceiros de negócio. A integração das

aplicações através dos web services permitem uma maior eficiência nas questões que

envolvem tempo e custo no que diz, por exemplo, no processo de recebimento de pedidos de

venda e solicitações de carregamento. Então, em uma perspectiva de negócio, um web service

é um processo de negócio disponibilizado em uma rede de dados para que parceiros de

negócio, tanto interna, como externamente, possam atingir objetivos comuns.

Em um panorama técnico, o WS nada mais é do que uma coleção de uma ou mais

operações relacionadas que estão acessíveis em uma rede de dados. Com os web services, a

indústria de TI está solucionando um dos principais desafios da computação distribuída:

localizar e acessar componentes remotos. A solução deste problema está próximo, através de

utilização de tecnologias abertas (XML e protocolos internet) e padrões abertos patrocinados

por amplas consultorias.

2.9.2 Arquiteturas Orientadas a Serviço

Arquitetura Orientada a Serviços, ou Service Oriented Architecture (SOA) em Inglês,

é uma metodologia de programação criada para interligar diferentes softwares de uma forma

simplificada e unificada.

Seu foco é a interoperabilidade, e pode ser adaptável em quase todas as situações. Ela

já está em constante utilização no desenvolvimento de aplicações (O'BRIEN; MERSON;

BASS, 2007).

Em uma SOA, todos os componentes de software são modeladas como serviços. A

premissa, então, é de que todas as tarefas ou processos de negócio que são construídas em

software sejam designadas como serviços para serem acessados na rede.

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O SOA trabalha diretamente com web services, e nada mais é do que a transformação

da metodologia SOA em código fonte.

Para garantir a interoperabilidade dos serviços web através das plataformas, os

serviços web utilizam basicamente dois padrões: web service Description Language (WSDL)

e Simple Object Access Protocol (SOAP), que são padrões abertos e de ampla utilização.

A Arquitetura Orientada a Serviços pode ser bem representada a partir do processo

chamado de "find-bind-execute paradigm", ou “paradigma procura-consolida-executa".

Na Figura 16, é exemplificada uma estrutura SOA.

Figura 16 - Paradigma procura-consolida-executa

Fonte: O'Brien, Merson e Bass (2007).

De uma forma resumida, seguem as três responsabilidades contidas em um SOA:

a) Service Provider (Porvedor de Serviço): É responsável por criar uma descrição

de serviço;

b) Service Requestor (Requisitor de Serviço): É responsável por encontrar uma

descrição de serviço;

c) Service Registry (Registro de Serviço): É responsável por referenciar um local

em que os provedores de serviço podem transmitir informações.

2.9.3 O protocolo SOAP

Para descrição dos tipos e estruturas de dados em SOA, os desenvolvedores fazem

amplo uso da linguagem XML. Também baseada em XML, a web services Description

Language (WSDL) normalmente descreve os serviços, enquanto o protocolo SOAP descreve

os protocolos de comunicação.

Embora a definição de web service seja bastante ampla (conforme Seção 2.9.1), é

claramente verificado que o SOAP está no núcleo de qualquer tecnologia de web services. É

simples e flexível. Pode ser utilizado de muitas maneiras para preencher as necessidades de

diversos cenários em aplicações de web service (O'BRIEN, MERSON, BASS, 2007).

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O SOAP é um protocolo para troca de informações estruturadas em uma plataforma

distribuída. Baseia-se na utilização de XML para seu formato de mensagem, e normalmente

em outros protocolos da camada de aplicação, mais notavelmente em Chamadas de

Procedimento Remoto (RPC) e Protocolo de Transferência de Hipertexto (HTTP) para a

negociação e transmissão de mensagens.

O SOAP pode formar a camada base de uma pilha de protocolos de web services,

fornecendo um espécie de framework de mensagens básico sob o qual os serviços web podem

ser construídos. Este protocolo baseado em XML consiste de três partes: um envelope, que

define o que está na mensagem e como processá-la, um conjunto de regras codificadas para

expressar instâncias do tipo de dados definidos na aplicação e uma convenção para

representar chamadas de procedimentos e respostas.

Sua especificação ainda define um framework que proporciona diversas maneiras para

se construir mensagens que podem trafegar através de protocolos, e foi especificado de forma

a ser independente de qualquer modelo de programação ou outra implementação específica.

Geralmente servidores SOAP são implementados utilizando-se servidores HTTP,

embora isto não seja uma restrição para funcionamento do protocolo. As mensagens SOAP

são documentos XML que aderem a uma especificação fornecida pelo órgão W3C.

2.10 XML – Extensible Markup Language

XML, Extensible Markup Language, é uma linguagem de marcação de propósito

geral, recomendada pelo W3C.

Desde sua introdução, em 1998, a Extensible Markup Language (XML) vem

revolucionando a maneira de pensar sobre estruturação, descrição e troca de informações. As

maneiras em que o XML esta sendo usado na indústria de software são muitas, e aumentando.

Certamente, para web services, a importância do XML é suprema; todas as tecnologias de

web service chaves são baseadas nele (GRAHAM; DAVIS; SIMEONOV, 2004).

Por ser um padrão muito difundido e utilizado em diversos softwares de modelagem

de processos de negócio, e por estar presente na descrição dos tipos e estruturas de dados em

SOA, foi escolhido para estar presente na arquitetura deste trabalho.

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2.11 UML - Unified Modeling Language

A Unified Modeling Language (UML) ou Linguagem de Modelagem Unificada, é uma

linguagem visual criada para auxiliar o processo de modelagem de softwares baseados no

paradigma de orientação a objetos. Atualmente (e nos últimos anos), esta linguagem está

sendo adotada como padrão pela indústria de engenharia de software, em âmbito internacional

(GUEDES, 2009).

É importante ressaltar que a UML é uma linguagem de modelagem, e não uma

linguagem de programação. Seu objetivo é auxiliar os engenheiros de software a definirem as

características do sistema (requisitos, comportamento, estrutura lógica e processos). Através

da UML, estas características podem ser definidas antes mesmo do software começar a ser, de

fato, desenvolvido. A UML, portanto, não é um processo de desenvolvimento de software; é

totalmente independente, podendo ser utilizada por diversos processos de desenvolvimento

diferentes ou da forma que o engenheiro considerar mais adequada (BEZERRA, 2007).

A UML é composta por diversos diagramas, cujo objetivo é prover múltiplas visões do

sistema a ser modelado. Nesse sentido, cada diagrama analisa o sistema sob uma determinada

ótica, mas no final do processo é atingido a completude da modelagem, já que os diagramas

se complementam e assim teremos uma modelagem de todas as funcionalidades do sistema a

ser desenvolvido.

Dentre os diversos diagramas que a UML define, será descrito rapidamente sobre cada

um dos diagramas oferecidos pela UML e que serão utilizados na presente proposta. São eles:

Diagrama de Casos de Uso, Diagrama de Classes e Diagrama de Componentes.

2.11.1 Diagrama de casos de uso

Este é o diagrama mais geral e informal da UML. É utilizado principalmente nas fases

de levantamento e análise de requisitos do sistema. Procura ilustrar os atores (usuários, outros

sistemas, ou até mesmo algum hardware especial) que irão interagir de alguma forma com o

software. A notação utilizada para ilustrar os atores tem a forma de um boneco, com seu nome

definido abaixo deste. O caso de uso é representado por uma elipse, e o relacionamento de

comunicação é representado por um segmento de reta ligando ator e caso de uso (BEZERRA,

2007). A Figura 17 apresenta um diagrama de caso de uso em que é exemplificado um

Fornecedor podendo acessar os dados de um pedido de compra, enquanto o Comprador

possui, além do acesso para visualização, acesso para alterar dados deste pedido.

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Figura 17 - Exemplo de um Diagrama de Caso de Uso

Fonte: Bezerra (2007).

2.11.2 Diagrama de classes

O diagrama de classes é utilizado na construção do modelo de classes. Dentre todos os

diagramas UML, o diagrama de classes é considerado o mais completo em termos de notação.

Nesta subseção, serão abordados os elementos do diagrama de classes utilizados para a

criação do modelo de classes.

Em UML, uma classe é representada por uma caixa com, no máximo, três

compartimentos. De cima para baixo, no primeiro compartimento é exibido o nome da classe.

Esse nome sempre é apresentado (por convenção) no singular e com as palavras componentes

começando com letras maiúsculas. No segundo compartimento, são apresentados os atributos

da classe, ou seja, as informações que este armazena. No terceiro compartimento, são

declaradas as operações, que nada mais são do que as ações que a classe irá realizar. Não é

necessário o preenchimento de todos os retângulos, pode-se criar um diagrama mais simples

contendo apenas o nome das classes (BEZERRA, 2007).

Para uma melhor compreensão do que foi descrito, segue Figura 18, demonstrando a

estrutura de uma classe.

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Figura 18 - Exemplo de estrutura de classe em UML

Fonte: Elaborado pelo autor.

2.11.3 Diagrama de Componentes

Segundo (GUEDES, 2009), o diagrama de componentes está ligado diretamente à

linguagem de programação escolhida para ser utilizada no desenvolvimento do sistema

modelado. Este diagrama representa os componentes do sistema quando este for

implementado, como por exemplo: código-fonte, bibliotecas utilizadas, formulários, módulos

auxiliares e sistema gerenciador da base de dados.

A Figura 19 apresenta o exemplo de um diagrama de componentes para um Sistema de

Controle Bancário.

Figura 19 - Exemplo de diagrama de componentes

Fonte: Guedes (2009).

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2.11.4 Diagrama de Atividades

Neste tipo de diagrama são representadas as atividades de um processo. O diagrama de

atividade é orientado a fluxos de controle, podendo ser considerado como uma extensão dos

tradicionais fluxogramas.

Os elementos de um diagrama de atividade são divididos em dois grupos: os que são

utilizados para representar fluxos de controle sequenciais, e os que são utilizados para

representar fluxos de controle paralelos. Estes elementos são ilustrados na Figura 20 e

descritos nas seções a seguir (BEZERRA, 2007).

Figura 20 - Exemplo de diagrama de atividades

Fonte: Bezerra (2007).

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3 TRABALHO PROPOSTO

O propósito básico do sistema proposto é fornecer uma ferramenta auxiliar para

automatizar a customização de processos de negócio. O fato de ser uma ferramenta auxiliar,

implica que a organização onde a presente proposta poderá ser implantada obrigatoriamente

deverá ter em produção algum sistema de informação gerencial.

O nome da ferramenta será CustomEasy. Custom, de customizar; Easy, que significa

“fácil”, em Inglês. O próprio soar da palavra lembra a palavra “customize”, em Português. Por

estes motivos, este foi o nome escolhido para o sistema, mesmo que a concordância entre as

palavras, na língua Inglesa, não esteja correta.

Paralelamente à etapa de definição do escopo da ferramenta, foi pesquisado na

documentação de softwares de gestão conhecidos em escala mundial, como o ERP Microsiga

Protheus 11, da empresa brasileira TOTVS, e o ERP SAP AG, da Empresa Alemã SAP AG, e

foi verificado que as funcionalidades do sistema proposto não estão presentes em qualquer um

dos softwares pesquisados.

Foram também realizadas pesquisas na Internet para identificar sistemas com

funcionalidades semelhantes às do projeto proposto. Foi identificado que existem diversos

sistemas que emitem notificações por padrão, porém estes não tomam ações. Sua função

nestes softwares, portanto, é somente notificar o usuário, diferentemente do sistema

CustomEasy, que além de notificar, tomará ações de diferentes tipos e terá diversos cadastros

e regras para administrar estas ações e as notificações em si.

3.1 Levantamento de requisitos do sistema

A modelagem dos diversos diagramas do sistema proposto baseou-se nas necessidades

levantadas na etapa de levantamento de requisitos de software.

Foram as descrições dos serviços e as restrições estabelecidas pelos usuários que

definiram as propriedades do sistema. Estes requisitos refletiram a necessidade dos usuários

frente ao sistema proposto, seguindo as restrições da organização onde o estudo de caso será

aplicado.

Como o sistema terá uma característica de um software do tipo “configurador”, ou

seja, o sistema se tornará operacional a partir de diversas configurações a serem realizadas

pelo usuário administrador do sistema, a etapa de levantamento de requisitos baseou-se

basicamente em observações dos processos dos setores administrativos da instituição, a fim de

verificar seus processos de negócio diários.

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Os requisitos foram divididos em requisitos funcionais e não funcionais. Os requisitos

funcionais (RF), que descrevem as funcionalidades que se espera que o software forneça

quando estiver pronto, como entradas, saídas, exceções, entre outros, são os seguintes:

a) RF001: Possibilitar a definição de regras com condições lógicas para execução

de ações personalizadas;

a) RF002: Possibilitar a notificação dos usuários quando tal regra é atendida;

b) RF003: Permitir executar ações automaticamente através de rotina agendada;

c) RF004: Possibilitar a conexão com outros sistemas quando uma condição for

atendida;

d) RF005: Permitir o cadastro de múltiplos servidores, de qualquer tipo;

e) RF006: Possibilitar a emissão de relatórios através de logs registros.

Os requisitos não funcionais (RNF) são as restrições ao software de uma maneira

geral. Não são, portanto, relativos diretamente às funções desempenhadas pelo produto. São

estes:

a) RNF001: Software será desenvolvido na linguagem de programação Java;

b) RNF002: O Banco de dados utilizado será PostgreSQL;

c) RNF003: A metodologia de desenvolvimento será orientada à objetos;

d) RNF004: Será armazenado histórico (log) de todas as ações executadas;

e) RNF005: Backup diário automático da base da dados;

f) RNF006: O Sistema deverá ser desenvolvido conforme o modelo MVC

(model, view, controller).

Os requisitos funcionais serão detalhados na seção 3.3.

3.2 Arquitetura do CustomEasy

O diagrama de componentes apresentado na Figura 21 demonstra a arquitetura do

sistema CustomEasy.

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Figura 21 - Arquitetura do CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

O diagrama de componentes da Figura 21 apresenta as formas de comunicação do

CustomEasy com os demais softwares utilizados pela organização.

Pode ser verificado no diagrama que haverá um servidor dedicado (custom server)

para o sistema proposto, porém este detalhe não é obrigatório. Poderá ser feito

compartilhamento de recursos com outro servidor, desde que os requisitos para o

funcionamento sejam atendidos. O CustomEasy conecta-se ao servidor do ERP através de

uma conexão via web service, possibilitando, desta forma, executar algum método para obter

informações do sistema de gestão.

O CustomEasy também poderá conectar-se à base de dados do ERP utilizado pela

organização através de uma conexão de banco de dados. Com isso, o sistema proposto pode

executar uma consulta qualquer no banco de dados do ERP, ou mapear alguma informação

específica a fim de verificar se houve mudança de valor e assim tomar alguma ação de banco

de dados.

De forma análoga, pode ser estabelecida uma conexão com o servidor de e-mails, mais

especificamente com o software gerenciador de e-mail da instituição, com o objetivo de

enviar as notificações aos usuários a partir das regras e ações de e-mail definidas.

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3.3 Casos de Uso

Após a etapa de levantamento de requisitos, foram definidos os papéis e

responsabilidades dos atores envolvidos nos casos de uso. Para auxiliar este processo, será

utilizado um diagrama de casos de uso, conforme Figura 22.

Pode ser verificado nesta figura que existem três atores envolvidos, sendo: o

Colaborador, o Administrador do Sistema e o ERP (Sistema de Informações Gerenciais)

utilizado pela organização.

Figura 22 - Diagrama de Casos de Uso

Fonte: Elaborado pelo autor.

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As rotinas de cadastro serão disponibilizadas somente para o administrador do sistema,

e este, somente este, poderá cadastrar as regras, servidores, e ações intrínsecas à necessidade

levantada.

Para auxiliar o entendimento de cada caso de uso, se fará uso de capturas de tela (print

screen) do sistema. Desta forma, será explicado descritivamente todos os casos de uso com

auxílio das imagens capturadas.

Observação importante: como o sistema baseia-se em despachar tarefas a partir das

regras e ações cadastradas, todos os cadastros do sistema serão explicados detalhadamente.

Caso alguma informação não estiver cadastrada corretamente, o sistema poderá não funcionar

da maneira esperada.

Antes do detalhamento dos casos de uso, é apresentada na Figura 23 uma captura da

tela inicial do sistema proposto.

Figura 23 - Menu Principal do Sistema

Fonte: Elaborado pelo autor.

Ao clicar em qualquer uma das opções do menu à esquerda da tela, será carregado um

formulário na área delineada em vermelho. Isto significa que para cada uma das opções

selecionadas no menu da esquerda, este espaço marcado carregará diversas telas diferentes

(conforme será explicado posteriormente em cada caso de uso), possibilitando ao usuário

realizar um cadastro específico com poucos cliques.

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As opções de cadastros genéricos (Regra, Ações e Frequências) têm a finalidade de

realizar o seu respectivo cadastro de forma separada. Posteriormente, estes cadastros podem

ser vinculados através dos cadastros específicos (Ação de Banco de Dados, Ação de web

service, Ação de e-mail, Regra de Banco de Dados, Regra de web service, Servidor de Banco

de Dados e Servidor de web service).

A seguir, será explicado cada caso de uso.

3.3.1 Cadastrar Servidores

Este caso de uso tem o objetivo de definir um servidor de banco de dados ou um

servidor de web services. Na Figura 24 é apresentada a tela de cadastro de servidores de banco

de dados.

Figura 24 - Tela de Cadastro de Servidores de Banco de Dados

Fonte: Elaborado pelo autor.

O campo Host define o endereço do servidor na rede. O campo Nome tem a finalidade

de registrar o nome da base de dados deste servidor, para ser facilmente identificado quando

houver necessidade de conexão. Já o campo Senha é necessário quando houver conexão à

base de dados com autenticação. No campo Tipo, é informado qual o tipo de Banco de Dados

(Postgres, Oracle, Mysql, entre outros). Por fim, no campo Usuário, deve ser informado um

usuário válido para criar a conexão com a base de dados.

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A seguir, na Figura 25, é demonstrada a tela correspondente ao cadastro de servidores

de web services.

Figura 25 - Tela de Cadastro de Servidores de web services

Fonte: Elaborado pelo autor.

O campo Endereço define o endereço do web service disponibilizado pelo Sistema de

Informações Gerenciais. Através deste endereço, é possível buscar informações do SIG, desde

que este possua um serviço de web service disponível. O campo Nome tem a finalidade de dar

um nome para este servidor, possibilitando que seja identificado com mais facilidade no

cadastro.

3.3.2 Cadastrar Regras

Caso de uso que tem por finalidade cadastrar Regras de Banco de Dados e Regras de

web service. A Figura 26 representa o primeiro passo para cadastrar uma regra, independente

do tipo. É necessário criar uma regra genérica antes de vinculá-la à uma regra específica

(Banco de Dados ou web service), pois o sistema foi projetado para que a regra específica

possa ser vinculada posteriormente, conforme a necessidade.

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Figura 26 - Tela de Cadastro de Regras

Fonte: Elaborado pelo autor.

Toda Regra necessita de algumas informações básicas para tornar-se utilizável pelo

sistema. O campo Nome define um nome para a Regra sendo cadastrada. No campo

Condição, deverá ser informado uma condição que, juntamente com o campo Valor, irá

verificar se esta Regra é válida ou não. O campo Frequência permite definir uma frequência

de verificação desta regra, desde que o próximo campo, Habilitada, esteja informado com o

valor “Sim”. E, por fim, o campo Tipo define o tipo de regra a qual está sendo vinculada. Esta

informação pode ser omitida, visto que o tipo de regra pode ser informado posteriormente,

mudar de tipo conforme a necessidade, ou ainda ser utilizada por uma ação de e-mail. Ações

de e-mail não necessitam uma regra específica.

Depois de definida a Regra, o próximo passo é cadastrar algum tipo de Regra

específica. A Figura 27 apresenta a tela de cadastro de Regra do tipo Banco de Dados.

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Figura 27 - Tela de Cadastro de Regra de Banco de Dados

Fonte: Elaborado pelo autor.

Segundo Figura 27, podem ser verificados três campos. O campo Regra permite

selecionar uma Regra genérica previamente cadastrada. O campo Servidor BD permite

selecionar um Servidor de Banco de Dados cadastrado no sistema, enquanto o campo de texto

Query define a consulta que será executada na base de dados do SIG.

Na Figura 28 é apresentado o cadastro de uma Regra de web service. Existem dois

campos a serem preenchidos. O campo Regra define uma Regra genérica previamente

cadastrada, enquanto o campo Servidor WS tem o propósito de definir um servidor para esta

regra de web service.

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Figura 28 - Tela de Cadastro de Regra de web service

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.3.3 Cadastrar Ações

Neste caso de uso, o Administrador do Sistema pode cadastrar diferentes tipos de

Ações e vinculá-las à Regras previamente cadastradas. Segue a Figura 29, que demonstra a

tela de cadastro de uma Ação genérica.

Figura 29 - Tela de Cadastro de uma Ação

Fonte: Elaborado pelo autor.

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De acordo com a Figura 29, o primeiro campo chama-se Regra. Este campo é utilizado

para selecionar uma Regra já cadastrada no sistema, vinculando-a a esta Ação. O segundo

campo, chamado Descrição, é utilizado para inserir uma pequena descrição sobre o propósito

ou utilidade desta Ação. Por fim, o campo Habilitada permite habilitar ou desabilitar a ação

conforme a necessidade.

As Ações específicas podem ser de três tipos: Ação de Banco de Dados, Ação de web

service e Ação de e-mail. A seguir, na Figura 30, é apresentada a tela de cadastro de uma ação

de Banco de Dados.

Figura 30 - Tela de Cadastro de uma Ação de Banco de Dados

Fonte: Elaborado pelo autor.

Conforme Figura 30, no campo Ação é possível selecionar a ação genérica

previamente cadastrada. Em Servidor BD, é possível selecionar o Servidor de Banco de

Dados no qual será executado esta ação. Esta ação pode ser de realizada de diversas maneiras,

como um comando insert na base de dados deste servidor, um select para selecionar uma

quantidade de registros, ou um update para alterar algum registro já existente. Para isto, é

necessário inserir uma instrução SQL no campo Query.

O próximo cadastro a ser explicado é o de Ação de web service. Este cadastro está

ilustrado na Figura 31.

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Figura 31 - Tela de Cadastro de uma ação de web service

Fonte: Elaborado pelo autor.

No campo Ação é possível selecionar a ação genérica previamente cadastrada. Em

Servidor WS, pode ser selecionado um Servidor de web service no qual será executada

alguma ação. O campo Query String tem a finalidade de cadastrar uma string. Este campo

trabalha em conjunto com o campo Servidor WS, onde ambas as informações serão

concatenadas visando realizar o acesso a um determinado endereço de web service e, assim,

executá-lo de forma direta.

O terceiro caso de uso envolvendo ações específicas é o Cadastro de Ações de e-mails.

O objetivo deste caso de uso é informar os dados necessários ao sistema para que seja

possível o envio de e-mail automático quando uma ação de e-mail for executada. Para isto,

quatro campos precisam ser informados.

A Figura 32 apresenta a tela deste cadastro. No campo ação deve-se selecionar uma

ação genérica para esta ação de e-mail. O campo destinatário é utilizado para informar os

usuários que receberão este e-mail. O campo Assunto define o assunto deste e-mail, enquanto

no campo Mensagem é informado o texto do e-mail. Pode-se observar que no espaço

destinado para redação da mensagem é possível a inserção de variáveis definidas como sendo

o nome do campo, o qual será substituído pela valor da base de dados. Este padrão foi adotado

para que as mensagens não sejam fixas. Com o uso de variáveis, a mensagem do e-mail

poderá conter informações dinâmicas, ou seja, serão obtidas da base de dados em tempo real.

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Figura 32 - Tela de Cadastro de uma ação de e-mail

Fonte: Elaborado pelo autor.

O último caso de uso envolvendo telas do sistema web é o Cadastro de Frequências. A

Figura 33 apresenta as informações necessárias para que este cadastro seja efetuado.

Conforme a Figura 33, de cima para baixo, o primeiro campo a ser preenchido é o

Tipo de Agendamento. Este campo traz quatro Tipos de Agendamento disponíveis para

seleção:

a) Tipo 1: Toda hora em um minuto determinado;

b) Tipo 2: Todo dia em uma hora determinada;

c) Tipo 3: Toda semana em uma dia determinado;

d) Tipo 4: Todo mês em uma dia determinado.

O campo Tipo de Agendamento trabalha em conjunto com os quatro campos auxiliares

deste cadastro (Dia da Semana, Dia do Mês, Hora e Minuto) para formação do tempo exato

determinante desta frequência. O algoritmo de verificação de regras (abordado na Seção 3.7

deste documento) analisa qual é o Tipo de Agendamento, e a partir do Tipo cadastrado, estes

quatro campos são verificados para que o agendador execute automaticamente o programa

principal no momento correto. Por fim, o campo Descrição é utilizado para que o registro seja

identificado na base de dados com maior facilidade.

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Figura 33 - Tela de Cadastro de Frequências

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.3.4 Fornecer Informações

Este caso de uso tem o objetivo de explicitar o ERP utilizado pela organização. O ERP

servirá como fornecedor de informações para o sistema proposto, através da disponibilização

da sua base de dados para consulta, interação, e posterior análise pelo administrador do

sistema e pelo usuário final.

Com o objetivo de validar os testes a partir de processos de negócio reais efetuados

pela Instituição onde foi aplicado o estudo de caso, foi necessário solicitar cópia de algumas

tabelas da base de dados do Microsiga Protheus 11. Para tal, foi solicitada autorização ao

coordenador de TI da referida instituição. Entretanto, por se tratarem de informações

administrativas sigilosas, foi autorizado uso somente do schema da base (tabelas e campos da

base de dados, sem dados inseridos nestes). Sendo assim, foi criada uma base de dados vazia e

foram inseridos dados fictícios, porém com tabelas e campos exatamente iguais aos do ERP

Microsiga. Mesmo que os dados inseridos não sejam reais, a consistência das informações em

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cada tabela foi verificada e validada com os usuários participantes do processo de negócio.

Assim, a validação da ferramenta não foi prejudicada.

Não foi possível validar ações de web service dentro da Instituição estudo de caso, em

virtude do serviço de web service do Microsiga Protheus não possibilitar acesso direto. O ERP

utiliza um arquivo binário onde o web service é rodado, e este necessita configuração direto

na aplicação, sendo que qualquer mudança poderia afetar seu funcionamento no ambiente de

produção. Por isso, foi decidido não modificar as configurações do web service, visto que não

há um web service de testes rodando no servidor (pois consome licenças).

Por fim, é importante salientar que o sistema proposto deverá ser compatível com

qualquer tipo de base de dados, e com qualquer linguagem de programação utilizada na

implementação do software de gestão da organização.

3.3.5 Receber Notificações

Neste caso de uso, o usuário receberá as notificações a partir das regras definidas e

ações e servidores cadastrados. A apresentação desta informação para o usuário precisará ser

trabalhada de forma que não necessite esforço do mesmo para entendê-la.

As notificações serão visualizadas tanto para o usuário, como para o administrador do

sistema (para verificar inconsistências ou somente para fins de documentação). O envio destas

notificações será por e-mail, e haverá um log de registros de ações executadas caso algum

usuário solicitar algum relatório, para fins de conferência ou histórico de ações executadas. A

Figura 34 apresenta um e-mail enviado para o usuário contendo informações fictícias obtidas

da base de dados do ERP utilizado como estudo de caso para o presente trabalho.

Figura 34 - Exemplo de notificação enviada pelo CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

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3.4 Diagrama de Atividades

Na Figura 35 é apresentado o diagrama de atividades do CustomEasy. O objetivo deste

diagrama é demonstrar a sequência de eventos internos do sistema. Isto quer dizer que os

eventos ilustrados no diagrama não são perceptíveis ao Administrador do Sistema, ou seja, o

sistema poderá estar executando alguma ação interna sem que o Administrador perceba.

Conforme demonstrado na Figura 35, a ferramenta inicialmente fará uma verificação

em todas as regras cadastradas na base de dados a fim de verificar se alguma delas foi

atendida. A frequência em que esta verificação será executada deve ser programada pelo

Administrador através de um campo específico no cadastro da Regra.

No momento em que o valor encontrado no cadastro da regra for encontrado, a(s)

ação(ões) vinculada(s) a esta regra será(ão) executada(s). Se executada com sucesso, esta ação

ficará gravada em um log para possíveis auditorias, e o sistema continuará a verificação.

Figura 35 - Diagrama de atividades do sistema CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

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3.5 Modelo de Classes

O modelo de classes, ilustrado na Figura 36, representa os conceitos envolvidos. Cada

classe é uma “caixa” que possui, de cima pra baixo: o nome desta classe, seus atributos, e, por

fim, os métodos implementados. Os atributos de cada classe foram definidos de acordo com o

Modelo ER, o qual pode ser visto na Seção 3.6 deste documento.

Figura 36 - Diagrama de Classes

Fonte: Elaborado pelo autor.

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As Tabelas enumeradas de 1 até 12 dispõem de uma breve descrição das classes,

atributos e métodos existentes no software proposto.

Tabela 1 - Descrição da Classe Regra

Classe RegraRepresenta uma regra definida pelo usuário envolvido no processo ou pelo administrador do sistema. Sua finalidade é de servir como base para a execução de ações. É esta classe que definirá o “gatilho”, ou seja, a regra responsável por disparar a ação. Atributosnome Nome da Regra.condição A condição que será utilizada para verificada o resultado da

consulta, em conjunto com o campo valor (>, <=, <, >= , =, <>).valor Um valor definido. Este valor, assim que atingido, pode disparar

uma ação específica.frequencia Frequência de execução da regra (horária, semanal, diária ou

mensal).habilitada Indica se a regra em questão está habilitada ou não.MétodosregrasAptas() Este método permite analisar a frequência de verificação de cada

regra cadastrada no sistema. Se a frequência cadastrada for igual ao horário do sistema, a regra é considerada como apta para despachar os tipos de ações vinculadas.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 2 - Descrição da Classe RegraBD

Classe RegraBDRepresenta uma regra de Banco de Dados. Precisa estar vinculada a uma classe do tipo ServerDB e a uma classe Regra.Atributosservidor O servidor de banco de dados desta Regra de Banco de Dados.query A query (consulta) que será executada no banco de dados do

Sistema de Informações Gerenciais utilizado pela organização.MétodosretornaRegraBD(String id) Este método tem o objetivo de retornar um objeto do tipo

RegraBD, a partir do (id) da Regra genérica vinculada.executaQuery(String db, String query, String cond, String valor)

Método que tem por objetivo executar uma consulta (query) na base de dados (db) passados como parâmetro, sendo que o parâmetro (cond) e (valor) são utilizados para verificar se a regra é válida ou não. O retorno deste método é uma Lista de Listas de objetos do tipo Retorno.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Tabela 3 - Descrição da Classe RegraWS

Classe RegraWSRepresenta uma regra de web service, definida pelo usuário ou pelo administrador do sistema. Precisa estar vinculada a uma classe do tipo ServerWS e a uma classe Regra.Atributosnome_variavel Neste atributo ficará armazenado dentro da Regra de web

services o nome da variável retornada na consulta.MétodosretornaRegraWS(String id) Este método tem o objetivo de retornar um objeto do tipo

RegraWS, a partir do id da regra genérica na qual esta RegraWS está vinculada.

executaWS(String end) Método que tem por objetivo rodar um web service no endereço (end) passado como parâmetro. O retorno deste método é uma Lista de Listas de objetos do tipo Retorno.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 4 - Descrição da Classe Acao

Classe AcaoEsta classe serve de ligação entre uma classe do tipo Regra e à três tipos de Ação possíveis. Ou seja, uma classe do tipo Regra pode estar vinculada à “n” ações, de qualquer um dos três tipos possíveis (web service, Banco de Dados e e-mail).Atributosdescricao Descrição da ação.habilitada Indica se a ação em questão está habilitada ou não.Métodos

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 5 - Descrição da Classe AcaoWS

Classe AcaoWSClasse que representa uma ação de web service.Atributosquery_string Este atributo é uma string contendo variáveis que serão

substituídas por valores no momento de rodar o web service.MétodosacoesWSDaRegra(String id_regra)

Este método retorna uma Lista de objetos do tipo AcaoWS vinculados à Regra cujo id é passado como parâmetro (id_regra).

executaWS(String endereco)

Método que tem por finalidade executar um web service no endereço (end) passado como parâmetro.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Tabela 6 - Descrição da Classe AcaoBD

Classe AcaoBDClasse que representa uma ação de Banco de DadosAtributosquery Uma instrução SQL a ser executada no Banco de Dados.MétodosacoesBDDaRegra(String id_regra)

Este método retorna uma Lista de objetos do tipo AcaoBD vinculados à Regra cujo id é passado como parâmetro (id_regra).

executaQuery(String query)

Método que tem por finalidade executar uma instrução SQL de acordo com a consulta (query) passada como parâmetro.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 7 - Descrição da Classe AcaoEmail

Classe AcaoEmailClasse que representa uma ação de e-mailAtributosdestinatario Destinatário(s) que receberá(ão) o e-mail.assunto Assunto do e-mail.mensagem A mensagem a ser enviada por e-mail.MétodosacoesEmailDaRegra(String id_regra)

Este método retorna uma Lista de objetos do tipo AcaoEmail vinculados à Regra cujo id é passado como parâmetro (id_regra).

enviaEmail(String dest, String assunto, String msg)

Método cujo objetivo é enviar um e-mail para um destinatário (dest), contendo com um assunto (assunto) e uma mensagem (mesg). Estas informações são passadas como parâmetro para a função.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 8 - Descrição da Classe ServerBD

Classe ServerBDEsta classe representa um Servidor de Banco de DadosAtributoshost Endereço do servidor na rede.nome Nome do servidor.usuario O usuário para conectar ao servidor de Banco de Dados.senha A senha para conectar ao servidor de Banco de Dados.tipo Tipo do Banco de dados

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Métodos

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 9 - Descrição da Classe ServerWS

Classe ServerWSEsta classe representa um Servidor de web serviceAtributosaddress Endereço do web service.nome Nome do servidor.Métodos

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 10 - Descrição da Classe Log

Classe LogEsta classe representa um registro de Log de ações executadasAtributosData Data que a ação foi executada.Hora Hora que a ação foi executada.Métodos

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 11 - Descrição da Classe Frequencia

Classe FrequenciaEsta classe define uma Frequência para verificação de Regras aptas a serem executadasAtributosdescricao Atributo para auxiliar a identificação da Frequencia na Base de

Dados do Customeasytipo_agendamento Tipo de agendamento. Poderão ser de quatro tipo tipos: 1 - Toda

hora em um minuto determinado, 2 - Todo dia em uma hora determinada, 3 - Toda semana em uma dia determinado e 4 - Todo mês em uma dia determinado.

dia_mes Atributo que permite definir um dia do mês {1...31}dia_semana Atributo que permite definir um dia da semana {1...7}, onde 1 é

domingo e 7 é sábado.hora Atributo que permite definir a hora desta frequência {1...24}minuto Atributo que permite definir o minuto desta frequência. Os

valores devem ser múltiplos de 5 minutos {1,5,10..,50,55}.Métodos

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Tabela 12 - Descrição da Classe Retorno

Classe RetornoClasse auxiliar para armazenar variáveis e valores retornados por uma consulta.Atributosvariavel Atributo com a finalidade de armazenar o nome do campo de

um registro retornado por uma consulta.valor Atributo responsável por armazenar o valor de um registro

retornado por uma consulta.Métodos

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.6 Modelo Relacional

A modelagem do diagrama E.R. (Entidade Relacionamento) foi baseada no modelo de

classes e representa como será modelada a base de dados da ferramenta CustomEasy. O

diagrama demonstra todas as tabelas da base de dados e suas respectivas dependências. A

Figura 37 ilustra o Modelo Relacional do sistema.

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Figura 37 - Diagrama E.R. do sistema CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

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As Tabelas enumeradas de 13 até 23 dispõem uma breve descrição das tabelas e dos

campos do Diagrama E.R. do CustomEasy.

Tabela 13 - Descrição da tabela Regras

Tabela RegrasTabela destinada a armazenar as Regras cadastradas no Sistema.Camposid Código único da Regra.nome Nome da Regra.condicao Condição da Regra, um operador.valor Uma valor armazenado que, atingido, pode disparar uma ação.frequencia Frequência de execução da Regra.habilitada Define se a Regra está habilitada ou não.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 14 - Descrição da tabela RegrasBD

Tabela RegrasBDTabela destinada a armazenar as Regras de Banco de Dados cadastradas no Sistema.Camposid Código único da Regra de Banco de Dados.servidor O servidor de Banco de Dados.query Consulta cadastrada que será executada na ação designada.id_Regra Código único da tabela Regras.id_ServersBD Código único da tabela ServersBD.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 15 - Descrição da tabela RegrasWS

Tabela RegrasWSTabela destinada a armazenar as Regras de web service cadastradas no Sistema.Camposid Código único da Regra de web service.nome_variavel Armazenará o nome de um campo baseado no resultado de uma

consulta a um web service.id_Regra Código único da tabela Regras.id_ServersWS Código único da tabela ServersWS.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Tabela 16 - Descrição da tabela Acoes

Tabela AcoesTabela destinada a armazenar as Ações do Sistema.Camposid Código único da Ação cadastrado no Banco de Dados.descricao Descricão da Ação.habilitada Indica se a Ação está ou não habilitada.id_Regras Código único da tabela Regras.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 17 - Descrição da tabela AcoesBD

Tabela AcoesBDTabela destinada a armazenar as Açoes de Banco de Dados do SistemaCamposid Código único da Ação de Banco de Dados.query Descricão da Ação.id_Acoes Código único da tabela Ações.id_serverBD Código único da tabela ServersBD.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 18 - Descrição da tabela AcoesWS

Tabela AcoesWSTabela destinada a armazenar as Açoes de web service do SistemaCamposid Código único da Ação de Banco de Dados.query_string Armazenará uma string contendo variáveis que serão

substituídas por valores no momento de rodar o web service.id_Acoes Código único da tabela Ações.id_ServersWS Código único da tabela ServersWS.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 19 - Descrição da tabela AcoesEmail

Tabela AcoesEmailTabela destinada a armazenar as Açoes de e-mail do SistemaCamposid Código único da Ação de e-mail.destinatario Destinatário(s) que receberá(ão) o e-mail.

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assunto Assunto do e-mail.mensagem A mensagem a ser enviada por e-mail.id_Acoes Código único da tabela Ações.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 20 - Descrição da Tabela ServersBD

Tabela ServersBDEsta classe representa um Servidor de Banco de DadosCamposid Código único do Servidor de Banco de Dados.host Endereço do servidor na rede.nome Nome do servidor.usuario O usuário para conectar ao servidor de Banco de Dados.senha A senha para conectar ao servidor de Banco de Dados.tipo Tipo do Banco de dados

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 21 - Descrição da Tabela ServersWS

Tabela ServersWSEsta classe representa um Servidor de web serviceCamposid Código único do Servidor de web services.address Endereço do web service.nome Nome do servidor.Métodos

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 22 - Descrição da Tabela Logs

Tabela LogsUm registro da tabela de Logs representa uma ação executada com sucesso. Servirá para questões de auditoria e/ou emissão de relatórios.Camposid Código único do registro de Log.data Data que a ação foi executada.hora Hora que a ação foi executada.id_Acoes Código único da tabela Ações.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Tabela 23 - Descrição da Tabela Frequencias

Tabela FrequenciasUm registro da tabela Frequencias representa uma frequência para agendar verificações de cada regra habilitada.Camposid Código único da frequência.descricao Descrição da frequência.tipo_agendamento Tipo de agendamento desta frequência. São possíveis quatro

tipos diferentes.dia_mes Dia do mês.dia_semana Dia da semana.hora Hora do dia, no formato 24h.minuto Campo que define o minuto em que a regra será verificada.

Podem ser cadastrado minutos múltiplos de 5. Desta forma, uma regra pode ser verificada a cada 5 minutos.

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.7 Verificação de Regras e execução de Ações

Nesta seção será explicado como foi elaborado o procedimento de agendamento

automático e o algoritmo de verificação de Regras e execução das Ações. O programa

principal (classe main) estará “empacotado” em um arquivo .JAR, e este estará configurado

nos parâmetros do Agendador de tarefas do Windows, conforme Figura 38.

Figura 38 - Configuração do programa disparador de Ações

Fonte: Elaborado pelo autor.

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Configurado o programa disparador de ações, este deve ser agendando para ocorrer em

um horário pré-definido. Foi decidido que o programa será executado a cada 5 minutos,

diariamente. Segue a Figura 39 apresentando a configuração mencionada.

Figura 39 - Configuração de agendamento

Fonte: Elaborado pelo autor.

A seguir, será explicado resumidamente o algoritmo de verificação de Regras e

execução de ações. A Figura 40 ilustra este algoritmo:

Figura 40 - Algoritmo do programa principal do CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

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3.8 Tecnologias utilizadas

Para apoiar o desenvolvimento do presente trabalho fez-se uso de várias ferramentas,

cujos propósitos são: armazenamento, interface, modelagem e algoritmos. As tecnologias

adotadas (e que serão mais bem detalhadas no decorrer deste capítulo) são: PostgreSQL3

como banco de dados de armazenamento; linguagem de programação Java4; NetBeans, para

escrever o código na estrutura MVC; JavaMail API como framework para envio automático

de e-mails e, como técnica de desenvolvimento, a Programação Orientada a Objetos. Para

construção dos diagramas da proposta, foram utilizadas as seguintes ferramentas: Astah

Community (diagramas UML), Mysql Workbench (diagrama E.R.) e a ferramenta de

modelagem de processos Bizagi (processos BPMN).

Segundo a própria documentação do PostgreSQL, a ferramenta é considerada um

sistema gerenciador de banco de dados, o que nada mais é do que um sistema

computadorizado para manter registros de arquivos, fazendo com que o usuário da informação

manipule-as com facilidade O Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD)

PostgreSQL faz uso da metodologia objeto-relacional. Um banco de dados objeto-relacional,

em sua estrutura básica, é uma coleção de Tabelas, todas com nomes únicos, que compõem a

base de dados, podendo estar relacionada a uma ou mais tabelas. Conceitos como integridade

referencial de dados garantem que um dado referenciado em uma Tabela esteja presente na

Tabela que está sendo referenciada. Chaves primárias estão presentes e garantem que um

conjunto de informações possa ser representado de maneira consistente, independente da

forma de acesso (BOSCARIOLI, 2006).

Através da linguagem de programação Java será aplicado o paradigma de

programação orientada a objetos, o qual faz uso de classes e objetos criados a partir dos

modelos para representar e processar dados, usando programas de computadores. A

modelagem dos dados e operações sobre os dados em um programa de computador permite o

processamento de forma coesa, rápida, e menos suscetível a erros de referência. Segundo

Wazlawick (2004), utilizando a metodologia orientada a objetos, o desenvolvedor poderá,

desde o início do projeto, produzir um software bem organizado, baseado em uma arquitetura

multicamadas e com possibilidade de incluir novos requisitos e modificar os requisitos

existentes de um modo ordenado, mesmo que o sistema já esteja implementado. Seu objetivo

é resolver problemas, identificando os objetos do mundo real do problema e o seu

3Software e documentação disponíveis em http://www.postgresql.org/4Tecnologias e Bibliotecas disponíveis em http://www.oracle.com/technetwork/java/index.html

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processamento necessário, criando, então, simulação dos mesmos, seus processos e as

comunicações necessárias entre eles.

O ambiente de desenvolvimento escolhido para a implementação do sistema foi o

NetBeans5, pois já é de conhecimento do autor do trabalho.

Com o objetivo de auxiliar a elaboração dos diversos diagramas UML da presente

proposta, foram utilizadas as ferramentas Astah Community6 para criação dos diagramas

UML e MySQL Workbench7 para o modelo ER da base de dados. Foi verificado durante a

etapa de elaboração dos diagramas que o Astah é uma ferramenta de fácil utilização e

entendimento, além de se mostrar muito flexível, tendo em vista que foram elaborados

variados tipos de diagramas nesta ferramenta. O MySQL Workbench também se mostrou

eficaz para seu propósito. O diagrama ER foi modelado nesta ferramenta sem maiores

esforços.

Para desenvolvimento dos diagramas na notação BPMN foi utilizado o software

Bizagi8. Foi constatado que as informações contidas no site oficial da ferramenta condizem

com a constatação do autor desta proposta, pois a ferramenta se mostrou rápida e eficaz na

construção dos variados diagramas BPMN.

3.9 Organização dos arquivos Java dentro do projeto Netbeans

No IDE para desenvolvimento NetBeans foram criados dois projetos separados. Um

projeto Java web foi criado para organizar e separar a parte web da ferramenta (responsável

pelos cadastros) com a utilização do servidor Tomcat. Um outro projeto foi criado (projeto

App java), este sem necessidade de servidor web instalado. Este projeto foi criado

separadamente para tratar toda a parte envolvida no scheduler (escalonador, ou agendador de

tarefas) da ferramenta, juntamente com o programa principal verificador de regras e

disparador de ações.

Na Figura 41, pode ser verificado como o projeto web foi dividido. São quatro

pacotes principais de códigos-fonte:

a) Páginas Web: Neste pacote encontram-se os arquivos .JSP. Estes arquivos são

responsáveis pela exibição das páginas web do CustomEasy;

b) Controle: Localizado dentro do pacote de Códigos-fonte do projeto, este pacote

contém as funções de cadastros (redirecionamento de páginas). Todas as

5Disponível em http://netbeans.org/downloads6Disponível em http://astah.net/editions/community7Disponível em http://www.mysql.com/downloads/workbench8Disponível em http://www.bizagi.com/index.php/en/products/bizagi-bpm-suite/download

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funções deste pacote recebem como parâmetro um ServletRequest e retornam

uma string contendo a página redirecionada após confirmação da request;

c) O pacote Modelo contém as classes Java e manipulação de seus atributos

(funções getters e setters);

d) O pacote Persistência contém as classes responsáveis por funções de

manipulação de instruções SQL (classes DAO).

Figura 41 - Organização do Projeto dentro do IDE Netbeans

Fonte: Elaborado pelo autor.

Já no projeto App Java não houve necessidade de separação de arquivos-fontes, pois o

programa principal main somente instancia as classes necessárias já implementadas no projeto

web.

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4 VALIDAÇÃO DA FERRAMENTA

Durante a etapa de validação da ferramenta foram mapeados processos de quatro

setores administrativos do Centro Universitário UNIVATES. Os setores selecionados para

aplicação da ferramenta foram os seguintes: Financeiro (Contas a Pagar), Patrimônio,

Recursos Humanos (Folha de Pagamento) e Compras. O Sistema de Informações Gerenciais

utilizado peça Instituição é o Microsiga Protheus 11, da empresa TOTVS.

Finalizado o mapeamento, estes processos foram verificados e executados na

ferramenta CustomEasy. Posteriormente foi realizado uma análise dos resultados obtidos com

a participação de cada usuário envolvido diretamente no processo de negócio.

Assim que os resultados foram analisados, um questionário foi distribuído aos usuários

envolvidos a fim de verificar se a solução pode aderir ao processo utilizado pela Instituição.

A seguir, serão explicados todos os processos mapeados nestes quatro setores. Para

melhor entendimento da inserção da ferramenta CustomEasy dentro do processo atual da

Instituição, serão apresentados dois diagramas para cada processo utilizando-se a BPMN. O

primeiro diagrama de cada processo de negócio demonstrará o processo atual sem a utilização

da ferramenta auxiliar, enquanto o segundo diagrama irá representar o processo modificado

após aplicação do CustomEasy.

4.1 Processo de inclusão manual de solicitações de compra

Este processo foi mapeado juntamente com o usuário do setor de Compras responsável

pelas solicitações de compra do SIG Microsiga Protheus 11. Atualmente existem na

Instituição duas formas de incluir solicitações de Compra: automática, via sistema interno e

posterior integração via arquivo .TXT, e manual, feita diretamente pelo usuário no ERP. A

seguir podem ser conferidas as principais características do processo mapeado:

a) Ponto específico do processo: Solicitação de compras incluída manualmente

(sem número de solicitação automática preenchida) que extrapola algum

valor máximo pré-definido. Atualmente não se sabe quando ou quem realiza

esta inclusão indevida;

b) Deficiência: Conferência Manual;

c) Solução: Notificar o usuário responsável pelas inclusões quando acontecer este

tipo de inconsistência.

A seguir, na Figura 42, é exibido o processo atual na notação BPMN.

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Figura 42 - Processo de inclusão manual de solicitações de compra, sem o CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

É verificado no diagrama que há um processo manual desnecessário sendo realizado.

A conferência de solicitações de compras manuais não precisaria ser realizada se houvesse

alguma forma do usuário ser notificado automaticamente quando houvesse inconsistência.

Para resolver este tipo de operação manual, o CustomEasy pode realizar esta conferência

automaticamente e enviar um e-mail para o usuário informando as solicitações de compras

lançadas incorretamente. O diagrama da Figura 43 demonstra como o CustomEasy se

encaixaria dentro do processo.

Figura 43 - Processo de inclusão manual de solicitações de compra, com o CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

Na Figura 44 é apresentada a notificação enviada para o usuário. A partir desta

notificação enviada por e-mail, o usuário pode realizar o ajuste diretamente no sistema sem a

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necessidade de emissão de relatório no Microsiga. Para garantir a privacidade do usuário, foi

inserido uma tarja preta no endereço de e-mail do usuário.

Figura 44 - Notificação enviada para o usuário do setor de Compras

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.2 Processo de cálculo mensal de depreciação de bens

Durante a etapa de mapeamento deste processo também houve a participação do

usuário envolvido diretamente no processo de negócio. Este usuário é responsável por

conferir os lançamentos realizados pelo setor de Patrimônio durante o mês. Caso estiver tudo

lançado corretamente, irá parametrizar o SIG Microsiga Protheus 11 para rodar o cálculo de

depreciação mensal de bens no último dia útil do mês corrente. O cálculo de depreciação

efetua a atualização do valor de depreciação deste bem, baseado em uma taxa definida no

cadastro. O bem sofre um acréscimo em seu valor depreciado após seguidas depreciações

mensais, e assim que o valor máximo definido em seu cadastro é atingido, este bem não pode

sofrer futuras depreciações. Seguem abaixo as principais características do processo mapeado:

a) Ponto específico do processo: Bem que não pode ser mais depreciado após o

valor de depreciação acumulada atingir o valor máximo de depreciação;

b) Deficiência: Conferência posterior trabalhosa e manual;

c) Solução: Notificar o usuário responsável pelo cálculo de depreciação quando

algum bem atingir o valor máximo de depreciação.

A seguir, na Figura 45, é exibido o processo atual na notação BPMN.

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Figura 45 - Processo de cálculo de depreciação, sem o CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

O diagrama da Figura 45 demonstra um processo manual desnecessário sendo

realizado. Conforme Figura, o usuário processa um relatório contábil de conferência de

inconsistências no Microsiga após o cálculo mensal, com o objetivo de conferir os bens que

ultrapassaram o valor máximo de depreciação. Com a utilização do CustomEasy, esta

conferência manual não é mais necessária, visto que uma notificação automática por e-mail

pode ser enviada para o usuário a partir de uma frequência definida pela mesma. O diagrama

da Figura 46 demonstra como o CustomEasy se encaixaria dentro do processo.

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Figura 46 - Processo de cálculo de depreciação, com o CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

A Figura 47 apresenta a notificação enviada para o usuário responsável pelo cálculo

mensal de depreciação.

Figura 47 - Notificação enviada para o usuário do setor de Patrimônio

Fonte: Elaborado pelo autor.

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4.3 Processo de cálculo da folha de pagamento

O próximo processo mapeado foi o cálculo da folha de pagamento, realizado

mensalmente pelo setor de Recursos Humanos. Este processo é realizado no último dia útil do

mês corrente. O cálculo da folha de pagamento é realizado diretamente no Microsiga, sem

necessidade de conferência prévia. O ERP calcula os valores das verbas de proventos e

descontos automaticamente, sendo que a conferência dos valores é feita posteriormente.

Um problema detectado juntamente com o usuário responsável pelo cálculo da folha

está relacionado com o lançamento de valores negativos em algumas verbas de impostos.

Segundo o usuário, este problema é causado por uma rotina customizada no ERP, já que estas

verbas não poderiam gerar valores negativos. Sempre que há incidência destas verbas na folha

de um funcionário, o usuário realiza o ajuste dos valores manualmente. Abaixo podem ser

verificadas as principais características do processo mapeado:

a) Ponto específico do processo: Geração de valores negativos para algumas

verbas de impostos no cálculo da folha de pagamento. Existem verbas cujos

valores podem ser negativos, porém isto não pode acontecer para as verbas de

impostos;

b) Deficiência: Conferência posterior desnecessária;

c) Solução: Notificar o usuário responsável pelo cálculo da folha de pagamento

quando forem identificados valores negativos para as verbas de impostos

cadastradas na Regra de Banco de Dados.

A seguir, na Figura 48, é exibido o processo atual sem o CustomEasy.

Figura 48 - Processo de cálculo da folha de pagamento, sem o CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

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O CustomEasy, mesmo que modelado para realizar tal função (neste caso seria uma

Ação de Banco de Dados, realizando update na base), não ajustará os valores lançados, visto

que estes variam de funcionário para funcionário e também dependem de outras verbas,

porém a ferramenta pode auxiliar o usuário avisando-o quando ocorrer a inconsistência para

que esta não precise procurar no Microsiga os funcionários cujas verbas de impostos estão

calculadas incorretamente. O diagrama da Figura 49 demonstra a aplicação do CustomEasy

no processo atual.

Figura 49 - Processo de cálculo da folha de pagamento, com o CustomEasy

A Figura 50 apresentada a notificação enviada para o usuário. A partir desta

notificação enviada por e-mail, o usuário poderá efetuar o ajuste dos valores das verbas

negativas diretamente no Microsiga. Desta forma, a etapa de pesquisa pelos registros com

divergência através de relatórios não precisa ser realizada.

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Figura 50 - Notificação enviada para o usuário do setor de Recursos Humanos

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.4 Processo de seleção de títulos a pagar

O quarto e último processo mapeado foi o processo de seleção de títulos a pagar. Este

processo de negócio é responsável por filtrar os títulos a serem pagos na sexta-feira da semana

corrente. Durante a etapa de mapeamento do processo foi constatado que em todas as quintas-

feiras a usuária responsável por selecionar os títulos para pagamento realiza uma varredura no

Microsiga com o objetivo de selecionar todos os títulos cujo vencimento são para a sexta-feira

daquela semana. Para tal, toda quinta-feira de manhã, a usuária tem a tarefa de verificar no

ERP se os títulos cuja informação de tipo de pagamento são igual a “B” (boleto) possuem o

campo “código de barras” em branco. Isto está errado, pois todos os boletos devem possuir a

informação do código de barra. Este problema é originado porque o leitor de código de barras

pode não ler o código de barras do boleto, e/ou este não foi digitado manualmente no

Microsiga (a usuária esqueceu ou não percebeu).

A referida verificação dos boletos com código de barras em branco é realizada

manualmente através de filtros dentro do módulo Financeiro do Microsiga.

Para eliminar esta tarefa manual, o CustomEasy pode enviar um e-mail à usuária, nas

quintas-feiras pela manhã, (em um horário estipulado) com uma relação de todos os títulos de

tipo de pagamento igual a “B” com código de barras igual a “branco”. Segue abaixo uma

síntese do processo mapeado:

a) Ponto específico do processo: Seleção de títulos para pagamento na sexta-feira

da semana corrente;

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b) Deficiência: Processo manual desnecessário;

c) Solução: Notificar ao usuário responsável pela seleção de títulos para

pagamento uma relação de todos os títulos com inconsistência.

A Figura 51 demonstra o processo atual realizado sem a atuação do CustomEasy, na

BPMN.

Figura 51 - Processo de seleção de títulos para pagamento, sem o CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

A partir da aplicação do CustomEasy neste processo, percebe-se na Figura 52 que três

eventos deixam de existir pelo fato de serem executados automaticamente.

Figura 52 - Processo de seleção de títulos para pagamento, com o CustomEasy

Fonte: Elaborado pelo autor.

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A notificação enviada para o usuário é apresentada na Figura 53. Após recebimento

deste e-mail na quinta-feira de manhã, o usuário não precisará mais pesquisar no Microsiga

quais boletos estão com códigos de barra em branco, bastando somente ajustar os títulos

relacionados no e-mail.

Figura 53 - Notificação enviada para o usuário do setor Financeiro

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.5 Avaliação dos resultados

De acordo com a metodologia proposta, este trabalho foi avaliado através do modelo

qualitativo por quatro avaliadores. O questionário apresentado no Apêndice A do presente

trabalho foi utilizado para conduzir a avaliação.

O referido questionário foi divido em duas partes, sendo a primeira parte composta por

perguntas direcionadas às melhorias propostas pela ferramenta auxiliar. A segunda parte é

focada na ferramenta, a fim de verificar questões específicas do software proposto. Os quatro

avaliadores foram selecionados de acordo com sua experiência na área de atuação, sendo,

entre eles: um profissional (Analista de Recursos Humanos) do Departamento Pessoal da

UNIVATES, responsável pela elaboração da folha de pagamento, cálculo de férias, rescisão,

pagamento de impostos e 13° salário, com mais de 6 anos de experiência nesta área, graduado

no curso de Administração de Empresas; um profissional (Auxiliar Administrativo) do setor

de Compras, atuando desde 2007 como Comprador de Suprimentos, acadêmico do Curso de

Administração de Empresas; um funcionário do setor de Patrimônio (Analista de Patrimônio),

colaborador há 9 anos na UNIVATES e com experiência em todas as tarefas realizadas neste

setor, e um profissional do setor Financeiro (Analista de Contas a Pagar), com 6 anos de

experiência nesta função dentro da área de Contas a Pagar e 12 anos de trabalhos prestados à

UNIVATES.

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Após recebimento do questionário preenchido e análise das repostas, verificou-se que

todos os avaliadores consideraram a proposta de melhoria estabelecida pelo CustomEasy

aderentes ao processo atual realizado pelo setor visitado. Constataram que o sistema auxiliar

pode possibilitar a identificação de lançamentos manuais realizados incorretamente em

processos de negócio de sua responsabilidade, de forma automática, e que desta forma o erro

poderia ser identificado antes de dar o devido andamento ao restante do processo.

Os avaliadores consideraram o processo de melhoria estabelecido pelo CustomEasy

claro e intuitivo (dois avaliadores consideraram a notificação enviada simples e objetiva), e os

outros dois enfatizaram o recebimento da notificação como uma forma fácil de identificar o

erro. Todos os avaliadores apoiaram consideravelmente no que se refere ao sistema auxiliar

servir de apoio ao sistema de gestão utilizado pela Instituição.

Quanto ao software experimental proposto, todos concordaram que este poderia ser

utilizado em um ambiente real, pois segundo explicação de dois avaliadores, este contempla

uma função indisponível no sistema de gestão existente. Um avaliador ratificou esta

informação explicando que a ferramenta auxiliar poderá facilitar o trabalho de conferências

diárias ou mensais. Outro avaliador justificou a resposta afirmando que o controle realizado

manualmente pode gerar erros, e que com a utilização do software ele poderia receber a

informação com exatidão e em menos tempo.

Quanto à melhorias na ferramenta, sugeriram variadas funcionalidades que poderiam

ser desenvolvidas no sistemas proposto. Consideraram a possibilidade de melhoria através do

envio de uma planilha anexada ao e-mail (ou um arquivo CSV) para facilitar a conferência e

utilizar fórmulas para fazer comparações. Além disso, a usuária do Contas a Pagar achou

interessante o envio do e-mail não somente para os usuários internos do sistema, mas também

para usuários externos, como por exemplo enviar um e-mail para um determinado fornecedor

informando que um determinado pagamento foi efetuado. Um dos usuários reportou que na

customização apresentada não teria nada a acrescentar, pois o CustomEasy está notificando-a

com a informação que precisa. Outro usuário não se manifestou sobre melhorias.

Por fim, concordaram que a ferramenta auxiliar, embora experimental, atende

totalmente quanto à necessidade de gerência de erros e processos manuais, destacando que o

CustomEasy poderia evitar desperdício de tempo em conferências manuais, além de

identificar o erro em tempo hábil.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todos os objetivos estabelecidos na metodologia do presente trabalho foram

cumpridos. Para tal, o estudo realizado a partir do referencial teórico do presente trabalho

permitiu maior compreensão sobre processos de negócio, facilitando a construção da presente

proposta.

A pesquisa bibliográfica também evidenciou as necessidades de melhoria em

processos de negócio na Instituição onde foi realizado o estudo de caso, apesar desta já

utilizar um sistema de informações gerenciais. Percebeu-se, ainda, que o sistema de

informações gerenciais mencionado poderia passar por algum grau de customização sem

descaracterização de suas funcionalidades originais, agregando novas funcionalidades

inexistentes ou melhorando as existentes.

Após a pesquisa bibliográfica concluída, foi realizado um levantamento de requisitos

com os usuários, a fim de detectar suas reais necessidades quanto à melhoria de processos. O

levantamento de requisitos permitiu confirmar as demandas já identificadas pela literatura e

sugeriu outras específicas. Então, verificou-se a necessidade de uma ferramenta auxiliar capaz

de customizar processos de negócio e notificar usuários a partir de regras definidas por estes.

A partir do levantamento de requisitos, foi realizada a modelagem, projeto de arquitetura e o

desenvolvimento da ferramenta, sempre observando boas práticas de engenharia de software.

Após conclusão do desenvolvimento da ferramenta auxiliar CustomEasy, foi possível

submetê-la para verificação junto aos usuários participantes das rotinas administrativas diárias

mapeadas, através de avaliação qualitativa, conforme metodologia estabelecida. Os resultados

desta avaliação foram analisados a fim de verificar se a solução proposta pode cumprir os

objetivos descritos no presente documento.

Foi possível verificar por meio da avaliação que as notificações expostas neste

trabalho apresentaram confirmações de que uma futura implantação desta em ambiente de

produção poderia apresentar melhorias significativas quanto a automatização de processos de

negócio na Instituição.

Como continuidade deste trabalho, serão desenvolvidas melhorias contínuas no

software proposto, através da adição de novas funcionalidades, possibilidade de criação de

regras mais complexas e ações de diferentes tipos. Além disso, buscar-se-á a publicação em

meios científicos, no intuito de aprimorar o diálogo entre os interessados e como também a

exposição para comunidade acadêmica dos resultados obtidos.

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APÊNDICE A - Questionário de avaliação

Questionário sobre o processo de melhoria estabelecido pela ferramenta auxiliar

CustomEasy.

Objetivo:

Este questionário tem por finalidade a avaliação do processo de melhoria em variadas

rotinas diárias ou mensais, manuais ou trabalhosas em processos de negócio do Centro

Universitário UNIVATES.

Resumo:

A ferramenta proposta neste trabalho visa automatizar a customização de sistemas de

informações gerenciais por meio da definição de regras e a criação de gatilhos de ações,

permitindo adicionar à aplicação existente um novo comportamento, sem, no entanto,

modificar o comportamento original desta. Com isso, poderá ser minimizada a necessidade de

customização de software, além de aumentar sua aderência aos processos organizacionais.

Etapas para avaliação:

1. Apresentação presencial da ferramenta CustomEasy, uma breve descrição de sua

mecânica de funcionamento.

2. Explicação referente dados notificados ao usuário (informações verificadas e

notificadas na ferramenta).

3. Preenchimento do questionário de avaliação abaixo com as respostas do avaliador

conforme sua experiência de utilização

4. Envio do questionário respondido para o aluno por e-mail ou entrega presencia

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Perfil do avaliador

Nome:

Área de Atuação:

Experiência ¹:

¹ Descrição das experiências e qualificações do avaliador, apresentando a sua capacitação para essa avaliação.

1) Quanto ao processo de melhoria estabelecido:

a) Você considera a proposta deste processo de melhoria estabelecida pelo CustomEasy aderente para o atual processo realizado pelo setor?

Sim ( ) Não ( ) Por quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Que tipo de melhoria a ferramenta auxiliar poderia agregar no seu dia-a-dia? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Você considera que este processo de melhoria estabelecido pelo CustomEasy é claro e intuitivo? Sim ( ) Não ( ) Por quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) O que você considera que poderia ser melhorado ou acrescentado ao CustomEasy? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

e) O quanto você considera que um sistema auxiliar poderia apoiar o sistema de gestão utilizado pela Instituição?( ) Não apoia, atrapalham( ) Não apoia( ) Indiferente ( ) Apoia parcialmente ( ) Apoia consideravelmente

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2) Quanto ao software proposto para esse fim:

a) Você considera que o software poderia ser utilizado em um ambiente real? Sim ( ) Não ( ) Por quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) Você considera que o software apresenta informações simples e eficientes? Sim ( ) Não ( ) Por quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Você considera que os termos utilizados no software são fáceis de compreender? Vocabulário adequado ao público alvo? Sim ( ) Não ( ) Por quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________d) O quanto o software pode atender quanto a necessidade de gerência de erros e processos manuais? ( ) Não atende totalmente ( ) Não atende parcialmente ( ) Indiferente ( ) Atende parcialmente ( ) Atende totalmente

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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