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WEBJORNALISMOConsiderações gerais sobre jornalismo na web∗

João Messias CanavilhasUniversidade da Beira Interior

Índice

1 Introdução 12 Texto e Interactividade 22.1 Interactividade. . . . . . . . . . 22.2 Texto e Hipertexto. . . . . . . . 32.3 Leitura não-linear. . . . . . . . 43 Som 44 Vídeo 55 Conclusão 56 Bibliografia 7

ResumoO aparecimento de novos meios de comu-

nicação social introduziu novas rotinas e no-vas linguagens jornalísticas. O jornalismoescrito, o jornalismo radiofónico e o jorna-lismo televisivo utilizam linguagens adapta-das às características do respectivo meio.

Com o aparecimento da internet verificou-se uma rápida migração dos mass mediaexistentes para o novo meio sem que, no en-tanto, se tenha verificado qualquer alteraçãona linguagem. O chamado "jornalismo on-line"não é mais do que uma simples transpo-

∗Comunicação apresentada no I Congresso Ibé-rico de Comunicação.

sição dos velhos jornalismos escrito, radio-fónico e televisivo para um novo meio.

Mas o jornalismo na web pode ser muitomais do que o actual jornalismo online. Combase na convergência entre texto, som e ima-gem em movimento, o webjornalismo podeexplorar todas as potencialidades que a in-ternet oferece, oferecendo um produto com-pletamente novo: a webnotícia.

Este artigo pretende identificar potencia-lidades do webjornalismo a partir de umaaproximação às linguagens utilizadas pelosactuais meios: jornal, rádio e televisão.

1 Introdução

Marshall McLuhan afirmava que o conteúdode qualquer medium é sempre o antigo me-dium que foi substituído. A internet nãofoi excepção. Devido a questões técnicas,(baixa velocidade na rede e interfaces tex-tuais), a internet começou por distribuir osconteúdos do meio substituído - o jornal. Sómais tarde a rádio e a televisão aderiram aonovo meio, mas também nestes casos se li-mitaram a transpor para a internet os conteú-dos já disponibilizados no seu suporte natu-ral. As emissões das rádios e dos telejornaisna internet são tudo o que se pode encontrar

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2 João Messias Canavilhas

actualmente. E apesar do inquestionável in-teresse da difusão destes conteúdos à escalaglobal, é um completo desperdício tentar re-duzir o novo meio a um simples canal de dis-tribuição dos conteúdos já existentes. Olharpara o actual jornalismo online é algo seme-lhante a imaginar a transmissão de um tele-jornal onde alguém lê simplesmente um jor-nal frente a uma câmara.

Afirmar-se que "a rádio diz, a televisãomostra e o jornal explica"não é mais do queconstatar que cada meio tem as suas própriasnarrativa e linguagem. E a ser assim, a in-ternet, por força de poder utilizar texto, some imagem em movimento, terá também umalinguagem própria, baseada nas potenciali-dades do hipertexto e construída em tornode alguns dos conteúdos produzidos pelosmeios existentes.

"De certa forma, o conceito de jornalismoencontra-se relacionado com o suporte téc-nico e com o meio que permite a difusão dasnotícias. Daí derivam conceitos como jorna-lismo impresso, telejornalismo e radiojorna-lismo."[MURAD 1999]

É, pois, com naturalidade que se introduzagora o conceito de webjornalismo e não dejornalismo online.

Se, para o jornalista, a introdução de di-ferentes elementos multimédia altera todo oprocesso de produção noticiosa, para o lei-tor é a forma de ler que muda radicalmente.Perante um obstáculo evidente, o hábito deuma prática de uma leitura linear, o jornalistatem de encontrar a melhor forma de levar oleitor a quebrar as regras de recepção quelhe foram impostas pelos meios existentes.O grande desafio feito ao webjornalismo é aprocura de uma "linguagem amiga"que im-ponha a webnotícia, uma notícia mais adap-

tada às exigências de um público que exigemaior rigor e objectividade.

Apesar de todas estas mudanças, o pre-sente artigo visa apenas analisar os conteú-dos a partir da exploração das potencialida-des do continente. Pretende-se explorar a in-tegração de elementos multimédia no jorna-lismo e, por consequência, tentar identificaralgumas características de uma nova narra-tiva jornalística adaptada ao novo meio.

2 Texto e Interactividade

2.1 InteractividadeA máxima "nós escrevemos, vocêslêem"pertence ao passado. Numa soci-edade com acesso a múltiplas fontes deinformação e com crescente espírito crítico,a possibilidade de interacção directa como produtor de notícias ou opiniões é umforte trunfo a explorar pelo webjornalismo.Num jornal tradicional o leitor que discordade uma determinada ideia veiculada pelojornalista limita-se a enviar uma carta para ojornal e a aguardar a sua publicação numaedição seguinte, tendo habitualmente queinvocar a Lei de Imprensa para o conseguir.Por vezes a carta só é publicada dias depois eperde completamente a actualidade. Outrasvezes o jornalista não responde, ou fá-lo deforma a encerrar a discussão, fechando aporta a réplicas.

No webjornal a relação pode ser imediata.A própria natureza do meio permite que owebleitor interaja no imediato. Para que talseja possível o jornalista deve assinar a peçacom o seu endereço electrónico.Dependendodo tema, as notícias devem incluir um "façao seu comentário"de forma a poder funcionarcomo um fórum. No webjornalismo a notícia

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deve ser encarada como o princípio de algoe não um fim em si própria. Deve funcionarapenas como o "tiro de partida"para uma dis-cussão com os leitores. Para além da introdu-ção de diferentes pontos de vista enriquecera notícia, um maior número de comentárioscorresponde a um maior número de visitas, oque é apreciado pelos leitores.

Uma pesquisa realizada pelo Media Ef-fects Research Laboratory revela que há umaespécie de "efeito multidão"que conduz osleitores para notícias que registam grandenúmero de visitas. Na experiência realizada,os participantes foram convidados a ler no-tícias seleccionadas por um editor de notí-cias de um jornal, por um computador (esco-lha aleatória) e por outros intervenientes noestudo. Convidados a classificar os conteú-dos das notícias analisadas quanto à confia-bilidade/credibilidade, os participantes valo-rizaram em primeiro lugar as notícias selec-cionadas pelos outros utilizadores. ShyamSundar, um dos responsáveis por este es-tudo, conclui que os leitores acreditam quea um grande número de visitas correspondeuma notícia importante. [SUNDAR e NASS1992] Este dado, revelado pela possibilidadede interactividade, é importante na hora daselecção das notícias.

Entre as muitas conclusões do estudo rea-lizado pelo Media Effects Research Labora-tory, saliente-se igualmente o facto dos lei-tores considerarem que o recurso à interacti-vidade e a elementos adicionais (vídeo, som,fóruns, etc) alteram para melhor a percepçãodo utilizador acerca do conteúdo, mesmo queesses elementos não sejam muito usados.

2.2 Texto e HipertextoO estudo referido no parágrafo anterior re-vela ainda que os utilizadores preferem na-vegar livremente num texto separado em blo-cos a seguir obrigatoriamente a leitura de umtexto compacto escrito seguindo as regras dapirâmide invertida. A possibilidade de con-duzir a própria leitura revela uma tendênciado utilizador para assumir um papel proac-tivo na notícia, ainda que apenas por forçado estabelecimento da sua própria pirâmideinvertida. Este dado é importante, pois comoé sabido, a técnica da pirâmide invertida é abase do jornalismo escrito.

No webjornalismo não faz qualquer sen-tido utilizar uma pirâmide, mas sim um con-junto de pequenos textos hiperligados entresi. Um primeiro texto introduz o essencialda notícia estando os restantes blocos de in-formação disponíveis por hiperligação.

Um estudo efectuado por Jacob Nielsen eJohn Morkes revela que a esmagadora mai-oria das pessoas que navegam na internet(79%) não lê as notícias palavra por pala-vra, limitando-se a fazer uma leitura por var-rimento visual (scan the page) à procura depalavras ou frases.

Estes dados levam Jakob Nielsen a sugeriraos webjornalistas a utilização de "texto es-quadrinhável"(scannable text), usando paraisso algumas regras:a) Destacar palavras-chave através de hiper-ligações ou cores, por exemplo;b) Utilização de subtítulos;c) Exprimir uma ideia por parágrafo;d) Ser conciso;e) Usar listas sempre que a notícia o permita.[NIELSEN e MORKES, 1997]

Desta forma, tenta-se conduzir o leitornum texto que, muitas vezes, se pode tornar

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de difícil leitura dada a profusão de elemen-tos multimédia e links que lhe estão associa-dos.

2.3 Leitura não-linearAparentemente, a integração de elementosmultimédia na notícia obriga a uma leituranão-linear. Se em termos físicos isto é ver-dade, já não o é em termos mentais.

"Se por um lado a leitura de um texto im-plica um trabalho específico de imaginação,por outro lado, a percepção das imagens nãoprescinde da capacidade de elaboração deum discurso."[RODRIGUES 1999; 122]

Quer isto dizer que perante um texto ouimagem se verifica imediatamente uma as-sociação mental entre os dois campos. As-sim, a disponibilização de um complementoinformativo permite ao indivíduo recorrer aele sem que isso provoque alterações no es-quema mental de percepção da notícia. Estaestrutura narrativa exige uma maior concen-tração do utilizador na notícia, mas esse éprecisamente o objectivo do webjornalismo:um jornalismo participado por via da interac-ção entre emissor e receptor.

3 Som

A utilização do som consome largura debanda, mas, indubitavelmente, acrescentacredibilidade e objectividade à notícia. E seno campo do texto, o webjornalismo vai bus-car algumas das características ao jornal im-presso, no caso do som é a rádio a forneceralgumas das suas especificidades.

"A rádio está na posse, não só do maiorestímulo que o Homem conhece, a música,a harmonia e o ritmo, como também é capaz

de oferecer uma descrição da realidade atra-vés de ruídos e com o maior e mais abstractomeio de divulgação de que o Homem é dono:a palavra."[ARNHEIM 1980; 16]

Neste caso falamos da "palavra dita"e nãoda "palavra escrita".

A Guerra dos Mundos é um bom exem-plo das potencialidades da linguagem radio-fónica. A palavra, o ruído e o silêncio com-binados permitem criar ambientes e imagenssonoras. O jornal jamais poderia causar umefeito semelhante sobre os leitores e a tele-visão só com recurso a meios de produçãocaros poderia obter igual resultado.

A base da linguagem radiofónica come-çou por ser a palavra escrita, herança da im-prensa escrita, para se tornar em palavra dita,embora assente numa lógica textual. Mas ojornalismo radiofónico só ganha característi-cas próprias quando os enunciados assumemum sentido intertextual e polifónico: a notí-cia tem a voz do jornalista, mas também a deeventuais intervenientes no conteúdo da no-tícia que, desta forma, confirmam o texto.

Umberto Eco defende que o texto é "umasucessão de formas significantes que espe-ram ser preenchidas (...)"[ECO 1982; 2]Este preenchimento é quase sempre efectu-ado com outros textos. Pierce chama-lhesos "interpretantes"do primeiro texto. É jus-tamente o que se verifica na linguagem radi-ofónica. Estes "outros textos"são o chamadoRM (registo magnético) ou RD (registo di-gital), que "interpretam"a palavra dita pelojornalista.

São estes "interpretantes", sob a forma desons, que o webjornal pode ir buscar ao jor-nalismo radiofónico. Mais do que citar, owebjornal pode oferecer o som original docitado, caminhando assim para um jorna-lismo mais objectivo.

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4 Vídeo

A imagem colhida no local do aconteci-mento é outro recurso multimédia passívelde ser utilizado na webnotícia. Mais do quea cor da palavra, a verdade da imagem reco-lhida no local empresta à notícia uma veraci-dade e objectividade maior do que a simplesdescrição do acontecimento. "Uma imagemvale mais que 1000 palavras"e por isso a in-trodução do vídeo na notícia só enriquece oproduto final.

No entanto, há grandes diferenças entre opapel desempenhado pelo vídeo no jornal te-levisivo e no webjornal.

Na televisão, o texto da notícia (voz-off)deve ser totalmente pleonástico com a ima-gem. Quer isto dizer que não se deve veri-ficar nenhuma concorrência semântica entreestes dois elementos da informação. Texto eimagem são um só produto e não têm signi-ficado quando separados.

"Em certas condições de coerência, a ima-gem tem estrutura de um texto autónomo. Aimagem, em geral, pode ser legível e com-preensível sem necessidade de uma legendaou um texto escrito cuja função é contextua-lizadora. Mas no caso da imagem informa-tiva, é evidente que esta desperta curiosidadee incerteza e, por isso, o espectador/leitor re-corre ao comentário verbal.(...) Toda a re-presentação da imagem informativa se cons-trói em torno de um discurso retórico com assuas próprias regras de funcionamento (mos-trar a causa a partir do efeito, mostrar a partepelo todo, produzir redundância em detri-mento da quantidade de informação semân-tica)."[VILCHES 1985; 175]

Em lugar da redundância, o vídeo assumeno webjornal um carácter legitimador da in-formação veiculada no texto.

Outra diferença pode ser encontrada nopapel da imagem vista a partir das condi-ções técnicas. "A imagem televisiva é umexcelente vector da emoção (a afectividade,a violência, os sentimentos, as sensações)(...)"[JESPERS 1998; 72]

No webjornal este "vector deemoção"perde-se em função da dimen-são da imagem. O facto de a janela de vídeoter dimensões reduzidas, devido à poucalargura de banda, faz com que a emoçãose dilua, não perdendo, no entanto, o papellegitimador antes referido.

5 Conclusão

"Cada meio fomenta o desenvolvimento decapacidades específicas, mas estas só se apli-cam ao próprio meio."[SALOMON 1879]

A televisão, tal como a rádio e o jornal,fomentaram no receptor capacidades para aapreensão das suas linguagens. A internet,neste caso o webjornalismo, terá de fazero mesmo. Mas não basta juntar à notíciaum conjunto de novos elementos multimé-dia, pois esse acto pode apenas criar redun-dância e até mesmo ruído.

"A possibilidade de uma leitura multili-near, transformando os dados espaciais etemporais da produção e da exploração dainformação, (...) [permite] saltar de umdocumento a outro e fazer tanto a leituralinear clássica como um percurso indivi-dual."[MURAD 1999]

A introdução de novos elementos não-textuais permite ao leitor explorar a notíciade uma forma pessoal, mas obriga o jorna-lista a produzi-la segundo um guião de nave-gação análogo ao que é preparado para outrodocumento multimédia. O jornalista passaa ser um produtor de conteúdos multimé-

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dia de cariz jornalístico - webjornalista. Porsua vez, o utilizador do serviço não pode seridentificado apenas como leitor, telespecta-dor ou ouvinte já que a webnotícia integraelementos multimédia, exigindo uma "lei-tura"multilinear.

A utilização destes recursos obedece acritérios directamente ligados com o con-teúdo informativo e com as característicasdaqueles elementos multimédia. O que sesegue são alguns exemplos da sua possívelintegração na webnotícia.

Hiperligações - Utilização em textosextensos, ligando várias pirâmides invertidasda notícia, notícias anteriores em arquivo,bases de dados ou textos externos ao jornal.É recomendável que estas ligações abramem novas janelas de forma a manter outilizador ligado ao webjornal.

Vídeo - Os materiais jornalísticos maisapropriados para acompanhar uma notíciasão as declarações de intervenientes ou deespecialistas nas matérias em questão. Autilização do vídeo impõe-se em situaçõesde difícil descrição ou que exijam muitotexto. Ideal para a utilização em notíciasrelacionadas com desporto.

Flash e 3D - Utilização em situaçõescomo catástrofes ou acidentes, em que nãoexiste o registo vídeo da situação. Recor-rendo a imagens de síntese é possível criare/ou antecipar virtualmente as situações.

Flash e Gráficos - Aconselhado paranotícias que contêm grandes quantidades deinformação associadas a questões técnicas.Notícias de cariz económico, como as rela-cionadas com a Bolsa, podem tirar grande

partido de gráficos.

Áudio - Nem sempre é fácil citar nemdescrever o estado emocional do entrevis-tado. Com o recurso a ficheiros áudio épossível transmitir a cor das palavras. Oáudio poderá integrar a webnotícia enquantoelemento interpretante.

A incorporação do som na webnotíciapermite ainda que a notícia "lida"possa serdisponibilizada numa secção do webjornalexclusivamente dedicada a invisuais. Owww.webjornal.pt/inv pode ser uma lista-gem simples das notícias disponíveis. Aopassar o cursor sobre um título, é ouvida aleitura desse mesmo título.

Outros elementosPara além dos elementos referidos, há

ainda outros recursos importantes que po-dem ser utilizados pelo webjornal, tal comojá fazem alguns jornais online.

1) Distribuição. O webjornal pode enviarpara os assinantes (caixa de correio electró-nico ou telemóvel) mensagens com os títu-los e leads das notícias nas áreas escolhidaspelo utilizador. Este serviço poderá funcio-nar 24h/dia, acompanhando as actualizaçõesdo webjornal.

2) Personalização. Através de cookies oude escolhas feitas pelo utilizador na horada assinatura do serviço, o webjornal podetransformar-se num informativo pessoal queembora disponibilize a informação mais im-portante a cada momento, garanta uma pri-meira página onde se destaquem as áreas deinteresse do utilizador.

3) Periodicidade. O webjornal não deveráter periodicidade. A actualização é constantee os destaques de primeira página estão em

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constante mutação. Se os acontecimentosnão têm periodicidade, as notícias tambémnão. Por estar online, o webjornal está aces-sível à escala global, a utilizadores de dife-rentes fusos horários e, portanto, não se jus-tifica acorrentar a cadência noticiosa ao ciclobiológico das pessoas que o utilizam.

4) Informações Úteis. O webjornal poderádisponibilizar informações para os utilizado-res, como telefones úteis, classificados, etc.

6 Bibliografia

ARNHEIM, Rudolf. [1980]Estética Radio-fónica, Gustavo Gili, Barcelona.

BALSEBRE, Armand. [1996]El LenguageRadiofónico. Ed. Cátedra.

CASETTI, Francesco e DI CHIO, Federico.[1997] Análisi della televisione. Bom-piani RCS Libri, Bolonia.

ECO, Umberto. [1982]Beato de Liébana, oapocalipse e o milénio, in Cadernos doNorte, no14.

JESPERS, Jean-Jacques. [1998]JornalismoTelevisivo. Minerva, Coimbra.

LANDOW, George P.. [1992]Hipertext.The convergence of contemporary cri-tical theory and technology. Jihns Hop-kins University Press.

LOCHARD, Guy eSOLAGES, Jean-Claude.[1998] La communication télévisuelle.Armand Colin.

MURAD, Angéle. [1999]Oportunidades edesafios para o jornalismo na internetin Ciberlegenda, no 2.

NIELSEN, Jacob e MORKES, John.[1997] How users read on the webinhttp://www.zdnet.com/devhead/alertbox/9710a.html

OUTING, Steve. [s/d]Writing for the webinhttp://www.useit.com/paper/webwriting

RODRIGUES, Adriano Duarte. [1994]Co-municação e Cultura. Presença, Lisboa.

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SUNDAR, S. S. e NASS, C. [1996]Source Effects in Users’ Per-ception of Online News inhttp://www.psu.edu/dept/medialab,Media Effects Research Laboratory.

VILCHES, Lorenzo. [1984]La lectura dela imagen. Prensa, cine, televisión. Ed.Paidós, Barcelona.

VILCHES, Lorenzo. [1999]La televisión:los efectos del bien y del mal. Ed. Pai-dós, Barcelona.

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