weber objetividade conhecimento ciencias sociais

Upload: carolina-zuccarelli

Post on 05-Apr-2018

229 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    1/26

    \.\ .\,

    \\.

    / ,,; . . . . '

    /

    ,.....

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    2/26

    3. A "OBJETIVIDADE"D O C ON HE CIM EN TO N AS

    CIiNCIAS SOCIAlS *A revista [Arqu ivo para a CMncia Socia l e Politica Social] sempret ratou todos cis objetos de suas analises como de natureza s6c io -ecQno-mica . Ernbora na o seja esse 0 memento para dedicar-se a determina~es

    de conceitos e delimita~oes de ci~ncias. impoe-se urn esclarecimentos um a ri o a ee rc a do sentido disso.Todos aqueles enlimenos que, no sentido mais amplo, designamospo r t :cs6cio~eeonamieQ.!i~. '_vlnculam..se ; ~Q_fa to basieo d~L.

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    3/26

    (V' J,'. J , " " ! ) . Y \ r; ,,I',{.h" () V (~ '1 80 .i.t~",,~','/IJJf; f.:d ftJ,

    " 1 1 1 1 " 1 1 ~ultu~ a::n 6& ::re .pousa-bas iC llm en te_n Q.J l~!U UiP.e .cIO ecn nowr " " " m ico] Por exe mplo, acon teclm en tos d a vida ban caria e da bolsa , que;J(I"v~'-:[ .d es de lo go n os in te re ss am e sse nc ia lm en te so b esse pon to de vista. Em: reg ra , m as na o e xc lu si va m en te , is so s uc ed e q ua nd o s e tr ata d e in sti tu i~ esqu e foram c ria da s ou sao utll izadas conscientemente p ara fin s e con dm i-

    cos . E S s e s objetos do n osso con hecim en to podem ser cham ados; ems en tld o e str ito , d e eventQs O11 i ns ti tu i cOes " econom ica s " ,A isso som am -se outros , com o, por exem plo, acon tecim en tos davida re l lglosa , qu e nao n os in teressam , au por certo na o 0 f az em p ri-mo rd ia lm e nt e, d o a ng ulo d o s e n s ig n i fi ca d o econemlco e em nome dele,m as q ue em d eterm in ad as circun stan cias pod em ad quirir urn sign ificad o -e con cm ic o s ob e ss e p on to d e v is ta , d ad o q ue d ele s re su lta m d ete rm in ad os .

    ejeitos qu e n o s i nt er es sa m sob um a perspect iva economlca , ,ag l e A P :m e ne s " ec on om ic am e nte r ele va nte s" .

    *

    E , fin alm en te , e ntre o s fe nC lm en os que nito sao " ec on om lc os " n e st en oss o s en tid o, e nc on tra m-s e a lg un s e ujo s. e fe itos e con om ico s p ou co a unenhum i nt er es se o fe re ce m p ara n 6s , como , po r e xe mplo, a orientac;aodo gosto artfs tico de urna dada epoca. No. en tan to , ta is fen6m enosmostram em determinados aspectos significativos do seu carater umainflutncia, mais OU menos intensa , de m otives econcm icos; n o l1QSSOcase, talvez, pela composicao socia l do publico Interessado pela arte,~en os econ om icam en te condicionados.

    Assim, po r exemplo, 0 complexo d e r e 1a ! ;i S es h um an a s , norm as ec on di~ oes n orm ativ am en te d ete rm in ad as .q ue d esig na mos p or "E sta do'6 u rn fe nd m en o " ec on om ic o" n o q u e s e r ef er e a s f ln a n c as p u bl ic a e, Nam ed id a em que in te rv 8m n a v id a e co nO m ic a p or v ia sleg isla tiv as, o u d equalquer outro m od o (m esm o nos casos em que 0 s e u c ompo r tam e n toe deterrninado conscientemente por pon tos d e v ista com pletam en ted if er en te s d os economicos), 6 " ec on om lc am e nte re le va nte ". F in alm e nte ,na medida em que a. su a conduta e 0 seu carater sijo determlnados potm otiv es econ dm icos, ta mbem em outras rela~es qu e nao' a s "e con d-micas" , e " e co n om ic am e n te ' co n d ic io n a do " ,

    -se d ia n te d is so , que, p or u rn J~ do!..E _a ~~ ~to d as m an i-f es ta 'r oe s e c onOm i ca s e ~ . .! .. E. .l !.

    /. con form e a orlentacao do n o s so i n te r es s e em cada caso - abrange a

    jQ!alidade da s ez en to s . .cu l tu r a ii lI ~_espec ificam eJllil eCQ nOm icos ls to e , a que le s q ue .. pel a s suas particularid ade s significatlvas para n 6s e stao Iigados a esseI ' fa to ba sic o - !!.~.l!l-~ ! : .~P~ onQ .Q_ . !L~ ! I !i Ja 'Y . ~.Q_Q~l !! n a n e ce ss id a de , ..p o . ' i )~ai5 in:E!I~!ial q ue s eja , e nv olv e a u t i f i z a c a o . de . meios ..externos ..limitadoijo se u f m p e t o ' ~g!ilribili, a i ! ! j m . ~ m . .lE.d~__~g~~~. 'p .a . r?JJe terminar . . e_t t ll ! lSwjormar na~ s6 . a forIDa @_g t is f a a o cO r ll Q ._ t aum JLc .o n te ll d a_ d 1 !. snecess idades E].Ituf.!Iis,_P!~~E1.Q.J !U!~jp Q.. .f f l i l lUmimQ.\ G i Il fJ ue _ nc ia _i nd ir et a_ d as -. .. r. el ac ~ s ru :i ai s.. -J ns ti t~ o.e s e '! Ig m -jW l1 e n to s . h um a n~ ._ s ubm e d do s -- a - . pr .e s sa a _ .d e - j n te r .~ ~ ~ s ":':m!!~j~esten de-se (m uitas v ezes de m od o in con scie nte) pa r tod os os dom in iosda culture , sem excecao m esm o dos m ais delicados m atizes do sen ti-men l o estetico e religiose. Tanto 08 a co nte cim e nto s d a v id a q uo tid ia nacomo os fenomenos "historicos" de alta po1i '1ica, tanto os f e nomenoscoletivos ou de massa com o as a!toe s "lndividuals" d08 estadistas ou asr ea liz ac de s lit er ari as e a rtf st ic as , s of te m a s ua influ~ru:ia;.. s . i i .Q~~COl lomb~~ ..Q !1d i~ joJJ l!4Q !~ .

    I f) , ,~ ~ ~utro Lf!~J..9_SP'!!~~!~e todos os fen8 .m. . c :nos:~~~s: de."\ I" '~~V~~I~E!~ a . ~ . ~ ~ cgI.tu.ra 4~st

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    4/26

    ..

    82\ f~ 'a f ' ; '; ' . . .: I um problema econ om lcc-social - ,Jm is--esteJ;~ nas se produz ort$ 0

    , , ,'.1 i ~i$,:tificado~e t~!.. !~~~ , !_ !_p.r .9ple~ t f co . .e..~ _.~ode co~p.~~..va!:~LJ !W:'~iante i l i i E f l c a g a o ao s m e t o d o ~ _ < ! .a _ c ~ ! ID . Q b , - e Q Q . D _ l !i R Q : S Q f k d 0 alcancedoaoinfn io detrooallio-domodode eOhsidera-rao ' so c io -e c onom lc o na odebs de. set qnase ilim ltado, .' " .. .Com deliberada autolimita!,:ao a nossa revlsta' sempre renunciouao cultivo de uma serie de domfnios especfficos multo importantes.da R o s s a disciplina, tais como a Economia Descr i t iva, a Historla daEconomia e m s en tido e strito e a E sta tfstic a. Do m esm o m odo, de ixou

    p ar a o utr os 6 rg ao s 0 e st ud o d os p ro ble m as t6 cn ic o- fi na nc eir os e M c nic o- _-econom ieos da form lu;iIo do m ercado e dos precos, n a m odern aeconomia de troea. A rev ista tem mantido com o cam po de traba lhoo sign ificado atua l e 0 d es en volv im en to h ist6 ric o d e d ete rm ln ad ascOl1stela~es de lnteresses e de conflitos, nascldos na e co nom la d osmodernos pafses civilizados, co m base no papel preponderante que 0c ap ita l n ele s d ese mp en hou , e m su a b us ca d e v alo riz !i~ iio . N is so e la tliiose limltou aos problemas pratlcos e do desenvolv imento hist6rieo daIchamada "questso social" em sentido e s tr it o, t a is como as rela~es efdr~a moderna classe dos assalarl ados e a ordem social e x i s t e n t e .

    :g c la ro q ue 0 e s tu d o c i en t ff ic o a p ro fu n da d o do c r es c en t e i n te r es s eque este problema teve n o n os so pais no decorrer da d&:ada de 1880c an stitu iu fo re osa me nte u ma d as SUItS tarefas essenciais, No entauto, amedida que 0 estudo pratico das c on dl!;o es o pe ra ria s s e converteu,t ambem en tre n6s, em objeto con stan te da legi8la~ao e d a d is cu ss ilopublica; 0 cen t ro de gravidade do trabalho cientffico foi obrigado ad es lo ca r-s e n o se ntid o d o e sta be le cim en to d as re 1a !;o es m ais u nlv ers ais~ \ f \ t y ~e que estes problem as fazem parte, ~~sim , teve que desem bocar n a ~~\' ,~~ ..:tat:~f~.M.JUlWatodO$ 3!-P.tobleroaL.~erng-s @aa~a-'f~1~ .~~~u~ez~ .P.~~ti~l}~8L~~Ul\damentos ecorl6micos da nossa cuItura e

    fl'\~, ~~ -pr_~nf~ .~ i diDeste modo, a rev ista logo preocupou-se cow as m a S iversascondi~oes de vida em parte "economicamente relevan tes" e em parteJ I t ] . , ~ "economloamente condlcionsdas" das demais grandes classes das mo-dernas nagoes c lv il iz a da s , a s sim como em exam in er, sob um ponto .de.vista historico, estatlstico e teorico, as relaeoes entre elas.Assim, apenas deduzimos as consequsncias desta atitude quandoa firm am os qu e tn 0 de trabal~o ,ca racteristi a_no~sa revista 6

    ~~ liW lI 4 -c ie n .t .U : ic a ....@ s J nI.!m._(l....ml1.uraL~J' y'}Jl~,,!F

    If 83~~c,~..!!.!!.!ida _-!cial humanq._Lda~_!l!~ JC?~~~ de . . o r~~ l za~ao.historicas ..n pre cis am en te isto , e n ao q ua lq ue r o utra c ols a, 0 q u e p re t en d ~ emosd izer ao in titular a n ossa rev lsta Arquivo para a Ciencla Soda l te

    t er m o a br an g ~. JlqP.l.o. . _e s tu d o h is t6 r ic o e ._t~*~g.9.L~.l!mQ!..P.JO"'p~ _."'cuja'-soilu;ao pratica constitui 0 objeto da, "polltica social", no sen t idom ais lata da pa lavra. Fazem os usa n isso do dire ito de utiliza r a ex-pressao "social" n o sig nific ad o d ete rm m ad o p elo s pro ble ma s c on cr~ t~ sd a a tu a li da d e. Quando se da 0 n om e de "cie ncias da cultural> A s dlSClwplinas qu e e stu da m o s a co nte eim en to s d a v id a humans a partir da su asignifica~iio cultural, en tao a "ciencia social", tal como n 6s a en ten-demos aqui, pertence a esta categoria. Em breve verem os que con se-J I . qUeneias ~e pri_ncfpio d af .decorre_riij . ., 1 \ ,J..",/ Nao M duvida q ue s ub Ji nb ar 0 as,eecto economico-sociqJ_9D~ct ,I> ul IJ,f,"'. imprecise, "mater ialist a" a partir do qual consideramos a vida c tura{/~'::ll revela-se "parcial" ... P~Itll.!!!~te,.~~~!!.arcia~a~e __~ ! ! ! tenE!~naI ._ .~.: \ .l~'~~ c ren ca em que a tarefa do trabalho cientffica consiste em cura~ esta.~ parcialidade da perspec tiv a econom ica 'mediante a sua ampIia~ao ate', ....~ urna ciencia geral do social sofre desde logo do defeito de que 0 ponto

    ,~ .-

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    5/26

    . -h

    1 _met~.9..1!.Qm.e .$.0. desco~reID_.Y.mtrukLque.. .a.1u:Mu!.~_ W t " p " Q ! . !~ . D t l m . .perspecu\/&s. ,6 .. . que . .n as ce u m a n OY I! "ci~n9~ ,Nao 6 por casualid~de, que-o, e onc e it o .d e " so c ia ~ -L .q1 J~ .a r e ce t e r' \ r ! sen t . id_~!i iui~"~~gerii!;~-~d_~e,.!QgQ__g~o.~AJllpr.eg_~_{"~~~~!i.do_a_U_tn

    { I I ' 0 1 " " cont role, ~ :~!~lf~~.d_o_ . ! l1!! l l iLPl i r t iCu1al : - . -O--espBCff ico,....emb~Ia-i.

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    6/26

    86

    )para manter a_ sua, .J ! 8 Ij ( f~d~ . _g e r a l ~~o fat~_ c a us a l d ~< :~ i v9 .. ,n ~ Q . . . l 1 - '~,~q~~l~_ 9 ~e "n a r ea li da de h js t6 ri f; Q niio ,po.d.e ser : . JJ~.~~

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    7/26

    I ~}";\'I.. Ocorre que. ~iio l?go tentamos .tomar ~onsci8ncia do modo c 0 m _ 0I,... ,.J,... se nos apresenta lJIlediatamente a VIda. verificamos que se nos mam-).,1,,,, festa , "den tro" e "fora" de n 68, sob um a quase in fin it a d iv er sid ad e d e

    ,~. ,:III eventos que apa rec em e d esapa tece m suce ssiv a e sim ulta ne am en te. E'':'1. a absoluta i nf in id a dc d es sa d iv er si da de 5ubsiste, s em q ua lq ue r atenuante,,:.' . do seu cara ter in ten sive , m esm o quando prestam os a n ossa aten oao.; ': . . " 1 " isoladain en te, ~ um lim ed "objeto" - PO t e xem plo, um a transil~ao

    ~I;' ),.. con cre ta - e ISSO ta o logo ten ta mo s se qu er d esc re ve r d e fo rm a exaus--b tiva essa "slngularidade" em todos o s s eu s c om po ne nte s individuais e~ r . : : ~ '! ~ : ~ .muito mais ainda quando tentamos capta-la naqui lo que tem de cau;aJ-\ .' . 'I . ~~n~e deter~inado. ~ssim" t~do, o conq~~j?l~Jl to"reU!!~iV9 da t~ali~,~de

    , . m fim ta realiaado pelo espfnto humano fmlto baseia-se n a p re missat I 1 a' d,..,.~!.rY' t elta, ,e que apen as um In:gmento limitado dessa realidade p~eta' " 1 'A J . constltwr de cada vez 0 objeto d a c om p re en s ao cientffica e de que' ; ~ " " ; ' : 7 ' ~631e_.Ji~.[4';_~ ..de ~'di~o de SeL.9_~~~i~9'j_ 6 3 segundo qu e princlpios se isola esse fragmento? c.onstantemente. se Ii,?r.~_ , < ? ! L r u : d~~on~r_Q cfi~i.io e .o,_Jamb , - . n a s ~ G i a n c l Mda c~tura, n~ repeti~o regular, "contorme le is" , d e d ete rm ln ad asconexoes causais. Segundo esta concep!(iio, 0 conteddo d as "le is": q uesomes capazes de reconhecer na i nesgotavel diversldade do curse dosfen6menos devera ser a 6nico fator c on s id e ra d o c ie n ti fi eam e n te "es-senclal". 'Tao logo tenhamos demonstrado a "regnlaridade" de um ac on ex ao .c au sa l, s eja mediante uma a m pl a i ll du c; :a o hist6rica ou peloestabeleclmento para a exper iencia Intima da sua evidencia imediata-mente intuitiva, adrnite-se que todos os casos semelhantes - po r muitoIn um erosos q ue ' sejam ~ ficam subardin ados a f6n nula asslm en eon -trada. Tudo aquilo que, nil realidade individual, continue a resist lr as ele c;:iio f eita a p ar tir d es ta '''regularJdade'', ou 6 conslderado com o urnremanescente ainda nao elaborado cientificamellte m as que, medianteaperfei~~.amentos continuos, devet4 se r integrado n o sistema d as " le is 'i .ou e deJ:x:ado. de Iado. Ou seja, 6 considerado "casual" e cientificameb.tesecunda rio, precisamente porque se revela c ' i r t i n t e I i , g f v e l face a s lei$~' en~o s; in!e~ano pr~ce~3 "tfpico"; de m odo que se i. t o r n a r a . o~jet()l;.dem it curiosidade oC losa ." .:;,;! ..- + _ - . . . . . . . . . _ _ . . _ _ - . . . . . _ , . ~ - . . . . _ , . _ _ _ _ . . . , - - ' . . ~ ..~ \ t , J l lW .J " ", ; J ~ , , ~ .. . ( 1 !f J ~ q. .~ \J \ . - 'J '9' '.r J ,f I ~ ~Ir ll"~1 l1~O."'~ '. ' .. J:~ ~ " 1 1 . " . , ' . , , . II .\

    r-!'

    . J '" n 01. 1 i: .. 1~ / ~I I I'"" ', J > . 1 - e I . . 4

    (- Em vista dis,", rnesmo entre 0$ representantes do ."",10 hlst6rl:_~~parece _constantemente a concepeao do qu e 0 ideal para 0 qual t endeou p o " d e tender, W a c (Ll!(j1'ihecjPienio;.- .~~mo 0' das'Ci8ncias da cuItnra-ainda que seja num futuro longfnquo --., cori.sis~ir' num, . s i s , t ema de.p~I! .2~s9_e. s . .. das_qual s s , e t i. ! tposs{vel .- ' !deduzi r ': a .~a:Ij~ade. Sabe-se q u eurn dos porta-vozes das ci8ncias da natureza juJgou mesmo poder

    , 1c ara cteriza r a m eta id eal (Q ra tica me nte iD alc an ~v el) d essa e la bo ra ca oL~ . l ' ~ ~ : ~~ l l ; : d ae a li d ad e c u lt ur al como!~Q!\I!~im~nta-.~stronfuuicq:~_.d9S [ e . n t $ m . t ~ ~~';~ ~~I Por mu it o d eb at id a que seja esta q ue stiio , n ao poupamos~I I,.. esforcos para um exam e m ais detido do t ema.- C ( ' ~ f' i ~!!I. pdm~!rQ. l .ug~r, saI. t !l_ .~ _!!~,t_~_g~tLs se c o nh e cim en t o . .' ~a s tr on a :{ ..,.... . m ico" em que se pensa no case citado, n ao e de modo algum .umf i t . " c on he cim en to d e l e i s , m as p elo c on tra rio extrai d e o utr as d i~ (!ipU na s,';.'" " como a mecsniea, as "leis" com as quais trabalha, a maneira de;y . p i : e ~ i i s a . i ,&l!~lJtL~_p!~r!a As~. rono~_ in~he. saber_qllal.~,~I' f~,~j, ~1J! li .~(d.u produzidopela a~ao dessas Jeis sobre u~a. co~8teJa!tao'~~~;' ;\: .k'i ! ! r ! ! . ~ i . 4 ~ a J ,ad o que e ss a s cOD st eJ ac be s t ~m ;mportdnda p ara n 6s. C~~?" , , : , ( ". .. ." . e natural, toda a constelacao individual que a A str on om ia n os " ex plic a ~~.:: : ,.~ , . ' o u prediz s6 pod e rA s ec causal mente e xplica ve l com o um a conseqiisncia~r~,;.;e D utra c on ste la ca o, ig uaJm en te in div id ua l, q ue a pre ced e .. 11 -J? Q!....f;':~,~~! !l ui ~_ . .q ue r ~c uem o~ n ~ .._C?,~~.~~~ad.!.:__d~.mai~)~n~n9.,!-,! .pa~~~~ , a . ( realidade para a qual tais leis sao vaJidas permanece t ambem individual. e i g ua im e n f e Telra~dria ii uma dedu fi fO ' a p8itif a e l e is . , _ . . .

    -._ - . . . . . . . ~ .._.. _. _ _ .. _ ._ ....Compreende-se que um "estado origin al" c6sm ico que nao pos-

    suisse urn ca rate r in div id ua l, ou que 0 tivesse em menor grau que areaUdade cesm lca atual, seria eviden tem en te urn pensam en to sem

    ,,;: qualquer sen tldo, fo entanto, .nao s ob re viv e n a n os sa e sp ec ia lid ad e.J ,.,.y um resto. de represen ta~ iies sem elhan tes, quan do se supd em ICestados'J " rI.~~~ primitivos" sdclo-economicos sem qualquer "casualidade'[ hist6rica, quer. J , ; : . r J; ~lnferldos do Direito natural, quer vedficados mediante a observa!;ao,r~~';t...os "povos primitivos"? E . 0 caso, po r exemplo, do "eomunismo agrn~~;;r'5 r io pr imit ivo", da "promisculdade sexual", etc., do s quais nascer ia ,.~~~~nte ..u.t:n.aespecie .de "q~d~. pecaminosa'~, n~, .concreto,. o de~,~l!~v,!!y.!_m~ntohi,st6ric.oindivid~~ijJI ! l I i i . ! > . 1 ? : ~ qualquer .~uyjda_ de 9l;lC, o ponto departida do, ~I!-!~~sse,-e c~~~~i~ . . .. O , c i ! ! i S r e s ide , u a . .cC!~ !!BU~a~~~_!~~ .~_~~ tan . to indivjdu~!( J ~ . ! ' . . . - Y J a a .s6cl.O~cll1t.Ural_ue nos rQg~18,quando q~~~e~,os ~IP~~hd~1!'p' se u c o nt ex te universal, ne m po r is so m e nd s indiVidual , e no seu desen-' ~ o 1 V f i i i e n t o - a partir de outr08 e s t i l d o s rocro-cu]tor&is. n a t U r i t h i i C i t t e

    " j . W u - ; : - , . . . " , ' , . , / < ! , r . . . . . ~ .t., ."h, ;"It~" y r rt Q , r ~ A '. t ;. ;. , .' ,l t V .' " ~ ' t .1 r ~ ~ y o . . , \ . . ' . 1 ,) , .~ . ....~... _L t__c it ....('r'"..t ., Ir' , 'I f " .....

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    8/26

    ,,' . ' . J

    90.~l!d~viduai~m'J Toma-ae evidente que tambem n6s n os encontra;'mos perante a S 1m t ~li o extrema qu e acabamos de expor n o caso daAstronomia:(e que o s 1 6g ic os tamb6m utiUzam regularmente),. e at e deum m od o especificamente acentuado. Bnquan t o que n o campo da Ast10-nont ia os corpos celestes a p en a s d e sp e rt am 0nosso interesse pelas suas

    f rela~e8 qu~~tit4tivilS. susc~{vei8 de medies exatas.lf!f!. .._~~~.~!!.~~.I!.~'!! ....s.~.l~~~.1p'~lo. C~lU!8ri .O.. . .o . q u e . . n os Interessa, 6 Q aspecto . l /uo l&.._j .f_gti"t!__~ .Q ~ .f.a~~~ Devemos ainda acrescentar que, nas ciencias. SQc~ai . s. _

    ~

    'e _tr~.t~)I~.}Dte1'\'en~iio de fen6m~~os espirituais, .cuja Ofcompr~l!siio"po ~ ~e~y!n~a const i tni um a t ar ef a e sp ec if ic am e n te . di fe re n te (llj.. qu eoderiam, ou querer iam, resolver ' as ' formulas d o c on h ec it n en t o .exatoIi nl l tureza. j Apesar de tudo, tais diferen~" ~ i f u .~aocateg6rid~~~' ;~~oprimejra vista poderiam pareeer,. I,. ".~ Salvo 0 case da mecanica pu ra , ' n enhuma ci~ncia d a n ature za pod e... ,M presoindir da no~ao de qualidade, A Je m ru ss o, deparamos no nossoj ' . ' , : . ) " ~ 'pr6prio campo coma opiniiio - erranea - de que 0 fendtIleno, fun-

    ~~. l'~ ~: '. damentaJ pa ra a n ossa civiliza~iio, d o c ome rc io f lnancelro, 6 suscet lvel"" ", : de quantific8!riio e. ponamo, cognosefveI mediante " le is ". P or u ltim o,} '< " ;" . ' . J, dependeria da defini~ao mais ou menos lata' do conceito de "lei'~ que.; \.. ,. ,,('E!?!~_'~-lt~U'~s~i_J.!cl~~r:_as! ~ gu l~ r id a d ~ n i l( j suscetfvels_~~_.~~_e~p'!,~~:...

    . f ,1 , ~ i i o ~tiC!, .Q . e , y i d Q . J ! . C ? .~t~d e do sereiiniuantUidveis., _ ' , . .~ . 1 . 1 : :C1{ No qu e respeita espe(!j~m~~t; __a j~t~ry~~9i~d ; _ . ; ; ~ f u , _ Q s _ . ~ _ e s p i r i -'l"i.!.II'~ _t~a~sltJ..,~~ta__~~ m~o alg~~ ~xcluj 0_~stab. ! '~eimel!to.de t.egr~ .l?~a_. ,.,~ . .~ m.a... ~w l.~ o ra clo ns], M as , s obre tud o, suced e q ue ainda hoje nao: ..h (~ft~;~,esapareeeu completamente a opiniilo de qu e e ta refa d a Psico logia. ' ~; ' ; '; '~f ' tI" '~~sempenhar, para as diversas "ciancias do espfrito", tim papel compa-

    dvel ao das matematicas para as ciendas da natureza. Para tal , el ar i . ; . ; j~ , IM ' deveria d ee om po r a s c om plic ad os f en 6m e no s da v id a s oc ia l n as sua sf" ! " , . I 1 ) . condies e e fe ito s psiquicos, redazi-los a fatores pslquicos os mais

    fl' I' simples poss(veist e enfim claSSiffcar estes ultimos por g8neros e analisar,~.!> y f : ' ~ as suas re~a~oes fundonais, Assim, ter-se-Is eonseguldo eriar, se n Ao, " ~ tlr /~ ' um a "mecmica", pelo m enos um a "qu!mics' i ' da vida social n as suasI ,! bases psiquicas. Na o n os cabe decidir aqui se tats anatises poderi ioa lg um a v e z c on t ri bu ir com resultados particulates q ue sejam val ic . isose - 0 que e d if ere nte - uteis para as ciencias da cu l t um. No entanto,_isso, .ni,O__afeta de ?J1od~__~~gu~ssibi1idade de se atll!8!r a m~ttL~~U _ .q ou lw ;~ "t o..$ 6~ lt ?:: ~~ on O ~~ ~ ls ~.,~ -! !! ~t et id e~ .~u~:::.o~_3l~~~~~.! . .o~g~!~!l_.s!gundo 0 seu significado cul~ .W!.!!!~~~a~5es~m~ante a buses da repe tidQ regular. ' '. -:: ',_ b . t , . J J A u x j", " ; ' : r ~ F ( i ' ~l . > 3 V . P < 1 . A JlJ. . i . ;/ j ' " , ,,v . . . . . , r _ . . , . . ; . \ r L ( w . s ~ ' . . .(d'.'J ..\.,'(_~ H ) " ;

    \"" I fl.' '01(1.( G ~ fI .

    / ', ,

    91" . . r , , _ I( ~ ,( ~ :~ . t~ ~.": ",.. i /' f . Supondo que a lg um a v ez , q ue r mediante a Pslcolog la , q uer d eI q ualq uer outro m od o, .se con seg uisse deeom por em fatores ultirn os e: \ s im ples todas as conexoes causais imaginave i s da coexist8ncia humana,

    :' ,: 1 tanto as que ja foram observadas como as qu e um dia sera posstvel..' ),., ., \estabelecer, e se conseguisse abrangs-las de modo exaustivo numa. I f 'mensa c a sn f st lc a d e c o nc el to s e r eg r as com Ii v a li da d e r lg o ro s a d e l ei s,;I ue significaria esse resultado para 0 conhecimento, quer do mundoultural historicamente dado, quer de algum f en6meno particular, como

    do capital ismo na sua evolu~ii.o e no seu significado culturaI jjConlo. e r o - ae c o n Ii eC i m e n to . n a o ' - s i g n i f i c O : - i i e m ' r o W s ne m f f i e n o s qile aquilo; r ~ue urn dicionario dascombinacdes da Quimica orgl .n ica s ignifica paraG conhecimento biogenetico do s rein os an im al e vegeta l. .

    Tanto num CaSO como noutro , ter-se-a real lzado urn importante eu t H trabalho prel iminar. Todavia, e tanto num case como noutro,tornar-se-ia impossfvel cbegar alguma vez a deduz ir a realidade da vidaa partir destas "leis" e "Iatores" . Na o p or qu e s ub si st is se m alnda,. 1 -: i. no s fen8menos vitals, determinadas "foreas" super iores e mlster iosas

    ~I' I ( "dominantes" , "entelequias" ou o utr as ) - 0 qu e ja c on s ti tu i ou tr o~ ( .i . ,. .. problema ' _ lN ~~. im E ~~ n te .p or qu e,~ .p _! l~ ~~ ~ E! .e .n ~ iQ a ..r ea ~t :_,W I, ", 1 dade apenas nos interessa a constela(:i io em que eases "fatores (hlpote-, , ' I ' : " ticos) se agrupam, fonnando urn f e n3meno cultural historicamenteJ : r ~ ~ : '~....signi(icativo para n68, e ta mb Cm p or qu e, se pretendemos "expJ icart . . \ : ; ' , , . causalmente" esses agrupamentos individuais, t edamos que nos reportar~~:';:~;;, constantemente a outros a gr up am e nt os i gu ab n en te indivlduals, a partirI' l.~(1 os quai s os "expUcarfamos", embora utilizando na tn ra lment e os citados ( 1 . ': ; t \:~:!J~iP2.~~!os) _conceltos d~~C?~~_~~!~is:J ".!A' ' .a!Si~_JL~~tal>t!1.~pj!!l~E!~_~~~~~~~:_'?_"fat9!~:-~iPl!t~t~~OS)\f:,

    ~nas ~~E~~~~~!~!~~.r~.nds, a p~i!,!!.;rade ,~~rias opera~6es a s qu~ s . , . 1o c on he cim e nto a q ue a sp ira m os nos conduziria, A s egu n da ope r ae ao,(!:.l, ooii lpietameniC ' n o v a e iiiilependeliie apesar d e se basear nessa tarefa~ J ~\ fl ll pr eJ im j n ar ,~ ,r .i a. a .. analise -e_.a. . l)xp.o.s.i~o.o .r~~naAa..do...agrupamento.;: : W , . . 'r, i n d iv i dua l d e s se s "fatores" h is to rlc am en te d ad os e d a s ua c om bin a~ iio ,..~ ',~;t~?Joncre ta e signi/icativo, dele resultante; mas , acima de tude, consistiria 1/. 't i ! . . 1 " ll' ~tl! tamar inteli~~~et'5_a~sae a ~_!,E.~sa sJgnifi~ii~ ~ terce.ira ~~~r opera~iio seria rernontar 0-iiliis-posslvel no passado, eo servar como :~,Ise desenvolveram as diferentes caracterfst icas individuals dos ag rupa- (~ '

    .men to s de i m por ti tn c ia p a ra 0 p re se n te . e p ro po rc io n ar uma expUcac;ao,hist6rica a partir destas, Eo"~tel.!les anteriores, igualmente i":~im!~!.~il(f) JP~r ult imot' um a p o ss iv e l quaria-opera~o' conslsti:aa"iiii"8Valia~iio da s( l com,"l'~ P7~ci '~Outuro.

    . _ . ! > y

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    9/26

    92P ara to da s e sta s fln alid ad es se ria m ulto ntil, quase : ind i spensave lf\ a t!x fstb lc la d e c on ce ito s claros e 0 c o n he c im e n t o d e s ta s (h ip o te ti c as )

    ~rIJ,"l~'leis", como meios h eur fs ti co s mas u n ic amen te C01l10 tal. M as m esm o',1'" ,J. e m il e sta funyao, e xis te lu m E on to d ed slv CI q ue demonst ra 0 l imi t~Jdo: i .i ,~ " .n - > . se u alca~ce;com o qu e somos .0COl1du~i !o~~~pecunari?ade decislvil';do/. n ie todon lts Cie~!~._g!!~!1~~j_:Q.~. sejaj,.!i~!is~iplina8qu e ru;piram a\ ./' con hecer_~~m e~?.!. ...'!~.. ' i~ a . _ se~~n . - ~o a ' s u ~ ,s;gn;frca~ao c ii l tura l/,.1'1':;1 ~ significa.f4a...da.config~o de um fen6irieno"c]l l i jfat :~a:aeiSa:: 1.1 s ign lfica~ ao n ao podem con tudo deduzlr-se de qualquer sis tem a de, . : t r ; ; : . conceltos de leis, por mui to perfeito qu e seja, como tambem na o podem .I" s er ju stific ad os n em e xp lic ad os p or e le , d ad o q ue p re ss up de m a re la 9a o* " . . .9.2!_fenomenos cuJturais c o m ideias g~;J ,. O ~ ' J " . ~ / . 0 concelto d e c u lt ur a e ur n c on ce it o d e valor. A r ea li da d e em pf ri ca_':D~,"J l tura" a ta ~~que e n a m ed ida en t que a re lac ion a:rn .t :?~ ~ '

    1:1 < J. . )geias d e v alo f. &!a__Wan ge-a qHe I~m ente a q u el e s c o .t n po J te b te s _1 ' 1'1:,:/' ~! ! -_ r~a! ! .~_~d~UHJ~_at t : a ' l !i s . .des ta . . rdaCfuLtorni lm: .~ .mi . t l"qt i~QLp-ara n6s . .(' -.~ Uma parc ela In fim a d a realld ad e in div id ual q ~e obse rv am os em eada ~ . $ r " 9 1 , , caso e m atizada pela a~ ao do n osso Interesse c on di cio na do p or eSS8$'.In 'Y ," ')- ~' I f f ] ' " , + ; . 1 ' ' : jdeias de valor , somente ela tem sigllificado para n 6s " preclsameute' ,l (" "" cv . po rq ue revel a r e la coe s t omad a s imponante gracas a sua vjncula~ i lo a,id6ias d e v alo r. .E . sorn en te por isso , e n a m ed lda em que Issc ocorre ;lu e n os in te re ssa c on he ce r a su a c ara cte rlstlc a in div id ua l. Entre~anto.1 'o qu e para n 6s jl0 r~~st!?... d e s iW l if ic a q ao na o podera ser deduzldo de t_" ~~to __E_P'!~ils.iPostos"d~[Camente d a 4 9 1 ~ I o - : - ' C Q i i - : =~ trario, e a comprovasiio- 'qestaSlwifica~ ~e. tonstituLw!~~~ ]JgQ ...s .e ...ron .v .e .It2 ._ .em ._Qb.kuu& .an alisL '

    Natura lmente , 0 s ig n it lc ati vo , c om o t al, n ao c oin ci de c oin q ua lq ue rle i com o tal, e islo tan to m en os q uan ta m als g era l for a v a ll da d e dessal e i. ~u e .. . a, . .. . si g .t t ii i ca .o_ . . !l l lfLP !l t aJ l6 s . .tem um Ira gm .e . n to . .. . .dwa l id a d~nOo ' se e ne on tra e vid en te me nte n as rela.;oes q ue com partilha com 0maier m im ero possfv el d e. outros elem en tos . A rela~ ii() d a rea lid adecom M elDS de valor que lhe eon ferem um a significa~oi a ss im c om o 0sublinhar e ordenar os elementos do real matizados pot es ta rela~o'so b 0 pon to d e v ista d e suasignif/catao c u lt ur al " c on s ti tu em p er sp ec ti va s .c om ple ta me nte d ife re nte s e distintas da anal i se d a re alid ad e le ve da - Itbn..par.iL.Qol1h~~_.!i.14M.J~~~~,JL_Qr4.~jlar s~g~1J .do~Qncei t ( )s_gera i s ' JAmbas a s moda lidades dt pensamento ordenador do real n a o manieme ntre si' qualquer rt la~ao Jogica necessar ia . Poderli'suce de r q ue, rium ~ ~

    c aso c on cre to , v en ha m a lg um a v ez a c oin cid ir; m as, se e ssa c oin cid 8n cia--I>

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    10/26

    I"I" ~.,. '

    \ 94~li!!!!! ~!y.~rsidade l leJ~! !~m.enOs._~_j ign iJ fa(l t t"a . M esm o c omQ m ais am plo con hecim en to d e t odas as " le i s" d o d ev ir flc arfa mos pe r-p le xo s a n te : 0 problem a de com o e poss ive l em geral a e xp li ca ~ ii o c a us alde. um fato indiv idual, posto que nem sequer se pede penser a mera . :; 1 ' \ : J, I descrifiia exaustiva do mais in fim o ,fr ag tlle nto :da" rea iidade,~ ois .! 1 f '

    ',~~~~J'!;'!!numero, e a nat~~us~_gue determJ1!.!lI.!!m... .Sl.ual9.y.ttJl.co~:", tIl , , ( f . ' 4 . " " d . mente in ividual s ao s em pr e ini ini tos , e n ao exis te n as pr6pnas coisasI I' . " ' . criterio algum qu e permita escolher dent re elas uma ra~ao qu e possaen trar lsoladaraen te em lin ha de con ta . A ten tativa de urn conheci-m en to da realid ade " livre de pressnpostos" apenas c o ns eg u ir ia p ro d uz irurn caos de "[uizos existenciais" acerca de imimeras percepcoes parti - "culares, E mesmo este r es ult ad o s 6 na a pa rs nc la s er ia p os sfv el , ja qu ea realidade de cada uma das percepcdes, expostas a uma anal i sedeta lh~da, o fe re ce u m sem-numero d e ~ lem e n to ~ p a rt ic u l. ar es , q u : A\~~.caoder~~ .p.:.~~~ .. !!~.~odo e~~. ! l .~Eos JUizos de .P.~tf~.Q1,;~9J!( ,

    , ,. E ste caos sO pode se r o rden ado pela ci rcuns tdncia de que, em:A r \ :qualquer caso, ' un icam en te en ta ..da rea1idade.JndMduaLpQe.wLl ' : ' ; , : ' , " " in te re ss e e 5i tit i ra..n6s,. .postQ... .que-sQ... .ele.. .se-.wcontr.a.melaciip): r lt ' l > { : . p eg m as 'diMs de. . R a I o r cultur@.._com..que . abo rd amc s -a - re a li d ad e . . P or -, I , J : ' I,~,~Q tan to , 86 alguns aspec tos d o s f e nf un e n o s patticulares i n fi n it am e n te d iv e r- ., ' I : ~ It sos, e precisamente aqueles a que conferimos um a significafiio ceral" ' ,I ,, ]. tl para a caltura , m e re ce m s er conhecidos, p oi s a pe na s e le s s ao o bje to da,', J. ~ explica ao causal T am be m e sta eXpIica!;!ROc au sa l o fe re ce , p or su a vez,m esm o cara ter, pols um a regressi io causal exaus tiva a partir. d e q ual-

    quer f en6meno c on c re to p ar a ca ptar a su a plena real idade na o 5 6 r e su lt aprat icamente im po ss fv el, c om o e pura e s im plesm en te um absurdo,!~ ", Apen as pom os em re levo as causas a que se podem atribuir, n um caso, l'~f~~' c on cre to, os e le men to s "e sse nc ia is ' d e u rn ac on te cim en to . uando , se,ft.;~t,,__ trata da indiv idualidade d e um Wn8me no. .z .. .. 2. _1 ?!Q .. bl ema d a eausal i a e. : " ; J " . " " : J n ao In cid e sobre a s , l e is , m as s ob re conexoes c a us ai s c o n cr e te s ; na o se~.~ ~ ., { ~ ; I ~ t , 9; \ o ' tt trata dessber a qu e f6 rD lu ia s e d ev e subordinar 0 fen 6m en o a titulo: r ,n .I e ex empl a r , m as sim a ' qu e c d .t :l st el a~ a o deve se t lmputado como

    : , . . , c l D - - esultado, Z ra ta -s e. p or ta tl to , de urn pro blem a de imputarfio. Oiide' .I t J ' 1 ; . : q uer q ue! 5 e tta !L d.J t.n H ca ' a U c aU sa l d e urn" "fen6merio c u lt ur a l" . .. .. ., ..! / - : . ; ; ~ f r ' ou d e u m a " in di vl ~1 ia 1id a& e hist6~fc~", . express a d J a ut~JIzaa reJat_l 'Va.1:J {.p "'. ,i./r. men t e a m etodo log la da nossa d isc lp lin a , e agora habitual n a 1 6g ic lI ; .! .A fIn' , .. com uma fonnula~ i io mais precisa ~I jLconhecimento ,das ' l~aI ; ~~ymid iu i e- l li io . _pode rA . CQn$ . i li I !b : _~t ~ me~9_ 9 ._ e~~~g.2!.... E te facilit!l e po ssibilita a imeutaC8b' c ausa l. dos ele me ntos dos fen6-1menosl tornados . iIUP.or. tantes.~para_.a. .sJ.!!!ura' ~l a sua i ndMdual idade; ' ,

    ~;,.95

    _As~ua s ~ausas c on c re te s, 1 l apenas n a m e did a em q ue p re s~ a e ss ~_ s~ ~ ~,que podera tet valor para'''o''conlieciiiienfo'-das''conex6es- Uidividuaig1~q ua nto m ais "g era is ;',' ls to 6; abstratas, i ia o a s l e i s : m e n o s c O i i f r i t : l u e mp ar a a s n ec es sid ad es da i m pu ta !; li o c a us a l d os fen6m:eno8 indlv iduair ein dir ete me nte , p ara a c om pr ee ns ilo d a s ig nific a!;!a o do s aconteciment~cul turais .Que se conclui de t ud o I sto ?De m odo algum que , no ca mpo d as c i~ nc ia s da cultura, 0 conhe-c im en to do geral , a fo rm ag iio d e c on ce ito s g en eric os abstratos, 0 co -nhecimento de regularidades e a tentativa de fonnulagao d e re la ~e s"regulates" n lio te nh am um a justifica !;iio c ie ntlfic a. M uito pe lo co n-trarip, Se 0 c o nh e ci m en to c a us a l d o h ls to ri ad o r e on s is te n um a imputa , i iode c e rt o s r e su l ta d o s co ncre te s a d eterm in ad as c au sa s c on cre ta s, enUioe imposs ive t um a imputa~ao wilida de qualquer r es u lt ad o i nd iv id u alse m a utiliza~ ao de urn con hecim en to "n om oI6 gico" - isto e , do

    conhecimento da s r eg uI ar id ad es d as c on ex oe s c au sa ls , Para saber sea um e le rn en to in div idua l e s ingular de .urna c on ex so c ab e atribuir, n area l idade, uma import l i nda causal para 0 resultado que se trata dee xp lic ar c au sa lm e nt e, a pe na s e xis te a p os sib ilid ad e d e p ro c ed er a avalia-~a o da s i nf luencias q ue n os h ab itu am os a e sp era r geralmente t an to d e st ec omo de outros e l emen tos do mesmo complexo qu e sejam per t inentesA e x pl ic a ~i io . B s sa s i nf luencias const i tuem, pa r c on se gu in te , o s efeitos"adequados" dos elementos causais em quest i io.

    Saber at 6 q ue p on to 0 h isto ria dor (n o se ntid o m ais lato d a p ala vra )15 capaz de rea lizar com seguran ca es ta jm puta~ ao. com 0 a ux flio d as u a im a gi n a. ;1 io metodicamente e duc ad a e a lim en ta da peJa sua expe-riencia pessoa l d a v id a, e at e qu e ponto estara dependente d o a ux fliod e d e te rm i na d as ci8ndas especiaJizadas postas ao se u a lc an ce, e algoq ue de pe nde de ca da ca so p a rt ic u la r . ~ a s e rn q ua lq ue r c as o, e p orta ntotambem n o campo do s fen6menos econ6micos com plexes, a reguranf t lda im puta~ ao 6 tan to m aior quan ta m ais seguro e am plo fo r 0 nossoconhec imen to geral. 0 valor d e s ta a fi rr n a ci io n ao fic a de modo algumdiminufdo pelo fato de que nunca , mesmo na s chamadas "leis econe-m ic as ", s e tra ta d e c on ex oe s " re gu la re s" , n ,o s en tid o ~ trito d as d en cia sda n a tureza, m as sim de con exoes ~ausais-'ad;;QdW expresses emregras, e p orta nto de um a ap1ica~ iio a categoria da "possibilidadeobjet iva" , qu e n ao a na lisarem os aq ul com m als porm en ores, O eorrequ e 0 e st ab el ec im e n to d e t ai s r eg ul ar id a de s na o 6 : a f inoUdade, m as simur n meio do con hecim en to. E quan ta a saber se te m s en tid o f or mu la r

    .i...-~ .J '. .;" ""f'~, ' V . " . . . , (1' ,I ,L\ " , J,I T ' ' ' r

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    11/26

    c om o "le i" um a r eg ul ar id a de de ccnexoes: cansais , observada n a e xpe -riencia quot id ian a, D a O e mais que um a qUeiltao d e c o nv e nl en c ia emcada 'ca lm con cre to , Para as ciencias ex atas 'da n a tu reza as le is sa o!an to ' m ai s i m po rt an t es e v a li os a s quanta ' mois gtral 6 a s ua ' v ali da de ,!para ,_0 ~ !! !! eC i m en ~Q j~O n di e s . ~ (i nc re ta s do s fen6~~st6 . !Wl.O_~.~~_.l~lif..!!!~_s_ii,QJr5!q~t~ . 1l _! ,. !! 1e ~ ~l io sa s . .-P-Qt...Ser.em..asmais .v.RZlas.-de-conteUdo, Isto porque quanto m ais v asto e 0 campoabra ng ido pela valid ade de lim co nce ito ge ne ric o - isto e . q ua nta m a io r, a Sua e x te n si io - . t anto m ais n os aiasta d a r iq ue za d a r ea lld ad e, l!Qstn. .9.!!,_p.GM_poder ~br8t!8~.-qtte. existe . de.3l9~_ no ma!.Qf..1!l11!!St9._~ ssi"e l de fen 6m ~~ l? ..JotCQ.s . ameJl t e_c ;J ev e ~ s er a ~ b .! .t il lQ _ ~ "\t y con t eMo. No cam po das cieI1ci~s da ~ ocol1hecimento: ;do. ge ra l n !! nc a1 ~! lL Y !! !2 !_ QQL ~ i'p .r Q v. .J j. ~_ . :.. .. D e tudo 0 q ue ate a qui se d isse resulta que c are ce d e radio de ser[ ' ? ~ r l ' . t O f u m estudo "objet lvo" do s a c on t ee imen t os cul turais , n o s en ti do e rn qu eI I):/ ': 0 fim id ea l do t ra b al ho c ie n tf fi co dever ia c on sl stir n um a r ed u~ ao ;.d a. : : ~ ~ \ : ' ; ~ 1 "e al id ad e e mp fri ca a c ert as leis, Carece de - razio de set, nito porque . . -I.'1M c omo f re qUe n tem en te s e susten tou - os acontecimentos cul turais :~ouJ.I ' , . - se se quiser, a s f en 6 in e no s esplrituais e vo lu am " ob je tlv ar ne nt e" d e r ii 9fo ~m en os s uje ito a lei s , mas: .. ." , '1 * . a) porque a c on he cim en to de leis socials n ao e u r n con he c imen t o. ! ~r'~~' d o so cia lm en te re al, m as unicamente urn d os divers o s m elos auxi l iares.I 'J' ef '; q ue 0 nosso pen sam en to uti iza para esse e tta , e

    b) porque nenhum conhec imen to dos acontecimentos cultura isp od era s er c on ce bid o s en jio com b as e' n il Signi/icafao que a realidadeda Vida, sempre configurada de m odo in div idual; possui para n6s "emt e rminadas rela! ;5es stflgulares.

    Nilo ex iste qua1quer le i que n os m ostre em que sen tido e em quec on di co es i ss o s uc ed e, p ais 0 d ec is iv o s tt o a s ide;as de valor, prisma so bo qual consideramos a " cu lt ur al > em cad a caso .. A "cultu ra" 6 umse gm en to fin ito d o dec urso in fin ito e d estittlfdo d e se ritido p r6prio dom un do, a que 0 pen sam en to con feriu ~ do pon te de v is ta d o homem- um seb.tido e um a sig nific ac iio. E co ntin ua a se r assim m esm o pa ra .-quem s e opoe a um a c u lt ur a ' to1ttreta c om o jn im ig o itnplac8'Vel f! p r e - : .coniza 0 "regresso a natureza", Pois apen as po d e a rl ot ar e ss a posiCao .quando compara esta cultura con c r e t a a s s ua s p r6 pr i~ s id eia s de valor,a fi g ur it !. d o- se -l he a q ue la como " de ma sia do s up ertic la l" , R ef er im o- no sprecisamente It e st a c ir cu n st an c la t uaamen t latlca e to rm al, quandoa fim tam os q ue todo 0 i ndivfduo h is t6 ri co e sta a rr ai ga do , . de ' modoIog icamente n ec es sa rio , e m " id6 ias de valor".' . 'h

    I'

    iil't

    97

    A p rem i ss a t ra n s ce n d en t al d e q ua lq ue r c lA nc ia d a cultura reside,niio no fato de conslderarrnos valiosa um a "cultura" d ete rm in ad a o uqu alqn er, m as sim n a c lrc un stan cia de serm os homens d e c ult ur a, ~ ot a~d os da c ap ac ida de e da v on tade de a ss um ir m os u pt a posi9iio con~clenteface a o r nu n do , e de t he c o n fe r itmo s um sentido._(Qt!!!g_uer g ue S elA es t~_,~_~jra _Pl\ta, . q ue,_ :n o .decursc. , d~ ~O~.!Ia.!i~~!.~.~_~~l!-!l!mQs_elenossas a~es -de- determinadoa . fen6menos . d a . co n v lv e n c la _ .hu~mm. ae

    r ' ii ss umamos pe ra p te _ e l es , e o n si de r a do s s.~g_,!ifi(;ativps,..um a P.~#f~o_ Jposl -_ ./ _ t i v a . o i i - n ~ g a t i v a ) r Q ualquer que seja 0 c on te ed o d es sa tomailEl"cfeI . p o s i C ; ~ o , estes fenO men os possuem para n6s um a significaffio cul tural ,q ue c on stitu i a b as e u nic a d o s eu in te re ss e c le ntffic o. P or c on se gu in te , q ua nd o u tiliz am os a qu i a te rm in olo gia d os I6~i~osm od ern os [R ic ke rt] e d iz em os qu e 0 c on h ec im e n to c u lt ur ?l e CO.?diC1~-nado po r d~termill .adas._jdeias-dth-llGlor, esperamos qu e lSSO n ao seja, suscet iVefde' -m;}-en tend idos ta o grossei ros como a opin iao de que

    apenas se deve atribuir significac;iio cultural aos f en6menos va li o sOs Pols tanto a p ro st it u ic ; ao como a reIigiao ou 0 dinheiro s aO f en omen o scultura is , t~toc!9J...!.r~s_

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    12/26

    98

    i n co n sc i e.D temen te , r e in a tambem e ss a c O bc ep !r ao d o trabalho cientffleo-.cultural~ que constitui a base da tid tepet ida a firm a~ j[b de qu e!o I.elemenfCgf 'pessoal" 6 0 que v erd ad e i ra t n en tlH : :on f e re valor' 3' ut\1a , o b r a . 'cientff iaV Ou S eja , d e que' qualqner obra deveria' exprlmlr uma- u pe tS "Wt .nalidade' paralelamente a outras qualidades, .' .'.: \ ,.,~~ io ." l Ir.)/ [Por .Ce! to .q .u~_~~~ _as}~~!S___'f;llQ!.~~__!lve.~Hg..?dorh !o .- ex i st ir ia . .I~ qua~er princlpio d e s el ~a o nem conhecimento sensate do t e al s in g ul a r

    "j:~. ) e, asslm como se m a crenca do pesquisador na significa~iiode urn con-I,.,: teudo cu lt ur a l. q u al qu e r r e su lt a. fi a c omp le tamen te desprovido de sen t idotodo 0 estudo do conhecJmento d a r ea li da de individual, tam bem aorienta!;iio d a s ua c on vi ce so pessoal e a djfra~iio d os v al or es no espelho-.dlL_sna alma c ~n f~ r~ m a o sen t,r1lj)~~h.9.J1ma....~ ~ as valores aque ", g~n io . c ;e nh flC_o_ r~ere os objetos da sua mvestiga~lIo podetiiodete rm in ar a eoncepcao que se fara de toda urn a epoca. Is to 6 , 1130:56 poderao ser decisivos para aquilo que, 1108 fenomenos se cbnsideftt:':valiosos~:, m as a in da para 0 que passa por SC i" si g Jl if ic 4t i~O ' C ;U il1rdgi:li.1- w floante, "Irnportante" ou "secund6r lo ' II ., . I,"! . ... , ltr",.{iF tr' ' ."I .'~ ,I

    ~.\~~I~tI 0 conhecimento c ie nt if lc o- cu lt ur al t al c omo 0 entendemos encon-/ " ! \~ ,~ tra-se preso , portan to, a prem isses "subjetivas" pelo fato de apen as se'j l ' . . . .d' o cu pa r d aq ue le s elementos d a re alid ad e q ue a pre se nte m a lg um a re la ~a o. I;\ \ . J ~ ' por muito indireta que seja, com os acontecimentos a qu e conferimo~,;, ." um a Signif~cafiiO.c ul tu ra l, . .A~~~~r disso, . cont inua n atura~ ser.~m . c on h eC im e n to p ur am~ ~ te causal, e xa ta m en te c om o 0 conhechnenro'"; :; de even tas natufaiii fndividuais importantes, que tern carater qualitative,

    Paralelamente as n um e ro sa s c on tu so es o rlg ln ad as p elo lmiscuir dopensamento jurfdico formalista na esters da s ciencias culturais, surgiurecen temente [em obra do jurista R. Stammler], entre ou tr a s, a t e n ta tl v ade "re futar" a "conceppao materialfsta da Rist6rla" at raves de um a seriede engenhosos sofismas, Para tanto argumenta-se que, dado que toda av id a e co ne m lc a d ev er ia e vo lu lr d en tr o d e d et er min ad as [ormas reguladasd e m od o le ga l ou c on ve ne lo na l, q ua lq ue r "e vo lu ~o" e co no mic a d ev eriaadotat 0 a s pe ct o d e aspira~oes para a c ri a~ a o de novas iormas jurEd/cas,.Isto 6, que apenas poderia ser compreenslvel a p artir d e c erta s m ax im asmorals, e serla por isso diferente, em essencla, de qualquer uevolu~i io.natural", 0 c on he cim en to da e vo lu !;8 o e con em ic a te ria a ss im u m c ar4 te r;"teleoI6gico".

    Se m qu ere nn os d is cu tir a qu i 0 s ig nific ad o a m blg uo q ue 0 concel tode "evoJu~o" com porta n as dencins s oc ia ls , n em 0 conc e it o l gu a lmen te '

    r ,

    99

    (

    a m bfg uo , d o p on to de v is ta J 6g ic o, d e " te le ol og ic o" , c ab e d eix ar a ss en teq ue a e co no mia n ao e n ec es sa ria m en te " te le oI6 gic a" ta l c om o ~ te ss up O ee ss a c on c ep ca o,

    Mesmo no caso de um a total identidade de forma das normasjuridicas vigentes, pode mudar de m o do r ad ic al a signi/icafiio culturaldas re l ap5es jurfdicas d e c ara te r n orm ativ o e, conseq i len temente, aspr6prias normas, Pois se no s permitirmos urn mergulho em di;agaessobre 0futuro, poder-se- ia Imaginar, por exemplo, como teoncamenterealizada uma "socializaeao dos meios de producao", scm que sehouvesse produzido qualquer "aspiraeao" conscientemente dir lg ida paraesse resultado, e sem que houvesse necess idade de acrescen tar au supri-m ir qualquer artigo da nossa atua l leg is la~ao. Em compensa~o, afreqt lencia estatfst ica das diversas relacoes legalmente normalizadass er ia s em d iiv id a m od ifi ca da de m odo radical e em num erosos casasf icar ia reduzida a zero, e urna grande p arte d as normas jurfdicas perderiapratlcamente qualquer s i gn i fi ca~ ii .o , e toda a sua significa!t iio para acultura se t or n ar la i rr ec on h ec lv e l, P or conseguinte, a c on ce pc ao " ma -t er ia li st a" d a H is t6 ri a poderla a ssim elim in ar com raza o as d iscuss5 esd e l eg e fe re nd a [referentes ~ !egisla~iio Iutura], da~o ~ue 0 se u po~t?d e v is ta basico a fi rmav a p r ec is ament e a m ud an ea inevitavel de slgniiE-cafao das Instituicoes jnrfdicas. T od o a ~u ele q~e c~ equ e o. m?destotrabalho da com pre ensao ca usal da rea lidade historica constitui um atarefa i nf er io r p od er a desinteressar-se dele, m as 6 realmente impossfvelsubs ti tu l- lo por qualquer "teleologia", Na nossa concepcso, "lim" 6 arepresen tacao de ur n resultado que se converte em caus a de uma a~o.E tomarno-Ia em eonsideracao ta l c om o a qualquer causa qu e contribuaou possa contribuir para urn resultado significativo. A sua signifi~a~aoespecffica baseia-se unicamente em qu e podemos e queremos nao 86constatar a atividade hum an s, com o tam bem compreende-la.

    E indubitavel que as id6ias de va lor sa o " su bje tiv as ", E ntr e 0interesse pela evolucao dos maiores fen6menos lmaginaveis, que durantelargas epocas foram e c on t in u am a ser comun s a urns nacao ou a todaa h urn an ida de , e xiste u ma e sc ala in fin ita d e " sign lfic a9 5e s" , c ujo s g ra usse apresentarao, para cada urn de n6s, n um a o rd em diferente. E na tu-ralmente esta ordem tambem varia h is to ric am e nt e d e acordo co m 0carater da cuI tura e do pensamento que domina os homen s .. IE ev i den t e , . no entanto,.que ..tdo-devemo5 'deduzir de' tudo isto que}l J!1~e~/ igaf i io c i en tl f ico - cul tu r a l. .J l pen as . . con segu ir l a obter re~ultados"subjetivos", no sentido em q u~~ . ~~ '? _Y4hd os para .uns, m as n ao ..para_~~_~roH 0 que varia 6 0 grau de interes~e que se m an ifesta por urn ou

    / r . I tJp (J , f. A I tr I... I:' - ., ,",.l~~ 11' (~1 ,

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    13/26

    100

    Ip or o utro./P or o utra s p ala vra s: a pe na s a s id 6ja s de v alor q ue d om in em

    (0. 0 in ve stig ad or e u ma epoCH p od em d e te rm i ne r 0 objeto do estudo e aslimites desse es tudo. No qu e se refere ao metoda da i nv e st ig ag a o - 0"com o" ~ 6 0 pon to d e v ista d om in an te q ue d eterm in a a form ac ;ao d osconcei tos auxiliares de que se utiliza; e quan ta ao m odo de u t i l i zd los ,o investlgador encontra-se e v id e nt em e n te l ig a do a s norm as de DOSSOpensamento, ~Q,rq!!11 s6_UJ.l . l~, ."e~ade. ci.eJ?;.t,ffi.a. aqui IO. .qm;.',l!rei~de. 'ser valido para todos as que querim a . yerQ ade. .I \ " 1 Ora, daqui se d~~;~. o t ~ ifusensatez da cren ca , que por vezes' )' {: ': \. J ~ e nc on tra mo s m esm o e ntre hlstorladores d tt n .ossa e s pe c ia l id a d e, s e gu n d o.. r r " " " ) a qual 0 alv o d as ciancias da cul tura poder ia ser a elaboracao de ur n{r .( , sis tem a fechado de con ceitos , que de um m odo au de outre sin te tizariaa r ea li da de m e d ia n te uma a rt ic ul a~ a o dej ini t iva, a pa rtir da!qU~i~sepoderia de n ovo. deduzi-Ia . .'~,~ji!ll') ; J : . " ' - 0 fluxo do d e vi t i nc om e n su ra v el f lu i i nc es sa n te m en te a o e n co n tr o'\~ej,i,{,o. da etern idad e.19s roblem as cultura is q ue (auin mover i ! . l H ! ! J l _ ! l _ n i d ad eI ; . f~\~ r en a se em a cada ..i!!St~te .0 . s o . .aspectc d i f e . r e n t ~ L < t P ~ . l 1 l . U U 1 e . g ~~ '

    o an i~~- ( J~g i ii l,o ._q~. , ._ .~ . J !! l xo _~~~! ! ! .

    A p 6 s e s sa s p ro lo n g a da s discussoes p od em os f in a lm e n te d e di ca r- n osit questao que n o s i nt er es sa metodologicamente a prop6sito do estudoda "obje tiv id ad e" do con hecim en to n as cien cias d a cultura , .Qual IS a_U.ul~iio l i$gica .. aA_es t rutura .dosconcei tOS--Gom- .os ..quai l l- t t :abalha-a . .. nossa . .. . .. _c iancla , it sel ! l~lJ!a.~1 'l_4~.qq_ l l l i l u~ . 9. u. .t t. a1 O u , p a ra 0 dizer d e o u t r omodo e e m . fun~lio do p ro b lema d eC is iv o :1 9 ua1 a s ig n i fi ca c ;i o d a t e ! l l i a

    r

    : II" l,'",' . V. I( I 101

    ;l(~ 'e d a fo rm a Sii o. te or ic a d os co n ce i to s p a ra , o c on h ec im e n to . d a real idade- _ ~ ~ i t u r a r i _ J . 0 Como ja v im os , a e con om la p olit ic a tin ha s ld o o rig in alm en te um a" teen ica", pelo m en os n o que se refere ao n ucleo d os seus es~ udos. I~ to

    e cons iderava os f e n8menos da realidade sob uma perspectiva pratlead e v a lo r, e s ta v el e u nC v oc a p elo m e no s na aparencia: a da p er sp ee tiv ad o cresclm en to d a "riq ueza" d a popula~io n um pais. Por outro lado,desde 0 infcio 'que a B c on om ia P oU ti ca n ao era apen as um a "teeniea",dad o q ue se in eorporou a poderos~ unida~e cia concep9i ,o ,d o mundod o s e cu lo XV I II , d e c ara te r ra cio na lis ta e o ne nta da p elo D ire ito n ~tu ~a 1.M a s a p ar tlc ula rid ad e d es sa concep~ao d o m u nd o, com a sua f~ otimistar ' n a r ac io n al iz a~ a o t e6 ri ea e pratica d o real; com portou um efelto essen -

    [r-~'. 1 ciall ao evitar qu e t o . s s e de s cobe r to 0cara ter problematico d a p e rs p ec ti v ael;)I, que ela pressopuoha ser ev idente. Po me smo ~~~o q~~...~ . e s 1 1 : t d . ?d y t ;"1.,1 rac ion al d a rea lid ade socia l havia n ascid o e m estreita ~~~t ; .~~ . ~ ~ m . _ a. r ,; . : ~ ' ~ \ ; e~~~ ~~~~ .~.! ' ~ Q e r n i i ~ a a s 8iicli ls' d i l ~~itire~~~.8~~."tamb&n.continuondl ( . I s em e lh an te a c I A s nmodo de entmtar 0 se u o b J C f o .

    O ~ a d e s d e a in lc io q ue,' n as d isc iplln as das ci~n cias da n atureza ,a pe rs pe ctiv a p ra tic a d e v alo r re la tiv a a o q ue ISd lre ta me nte n t H t ecnica-mente se en eon trava em estre ita re la~ ao com a esperan ce -- he rd adad a A ntig uida de e d esen volvid a posteriorm en te - d e q ue, pelo cam in hogen era lizador d a abstra~ o e da analise do e mpfrico ? rien ta das para asre laes legals, seria possfvel chegar a urn. c on h ec lm e ~t o p ur am e n te

    _Y.,y, "o bje tiv o" -- iss o s ig nifle a, a qu i, u rn c on he cu ne nt? d eslig ad o de. todos1 J~1 . " : . ; : : ; : ; os valores - e ao m esm o tem po absolutam en te racion al - ~A....J.!m_e ; . - ) ; ;: . 1 conhec imen tQJPQru .s ! ~ IQ . J .nda4g J ) .y .m .. p rmC! . fp Jo -im i coJ e tQd j l a_ !~~~~).J'~";. ~ - e " l i v r e - d e _ < l ! H l i q u e r . . , ~uting&p.c! .a:~...!I.~~yi_4Y~l,..~9h. 0 a s ~ c t o de ~ r . n . ,. c , ; \.1",. ~miconceitual de validade ruetaffsica e forma matem atica .. .

    ! f J ~ \ : . (1 " f I ' ; As disciplina~ das .c ienc i a~da natureza ~ u~ se en~ontram l !ga~as ap on to s d e vista aXl016g~cos,tals com o a M ed icin e c]{m ~. e , ~als aJ~da,;; a cham ada "T ecllologJa ", con verteram -se em puras artes pr4ti~ as.Desde 0 prinCpio q ue esta vam d eterm in ados os v alores que devenamservi r : a saude do. pae ien te , 0 aper fe i t ;oamento t ecnico de um ~rocessode produc;iio etc , O s m eios a que recorrera tn eram , e s6 pO~l~ ,ser;a a plic ar;;iio p rA tie a d os c on ce ito s d e le i d es co be rto s pelas di~phnaste6 rieas O ua lquer prog resso de prin clpio n a form a< ;iio das le is eratam b6m : e pod ia se-lo , um progresso n a disc iplin a plati~a. Porque,quan do os fin~ permanecem inaIterheis, a r ed uc ;3 .o p ro gr es s I va d e q ue s-

    tO es pra tlcas (um caso de doen ca , ~ problem a t~ cn i~) a le is ,d evaUdade geral e a conseqUente amphal):80 d o e on he cun en to te 6n

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    14/26

    I.

    t02

    I.

    llgam-se a amplia~iio das possibilidades tecnlcas e praticas e se identifieD00111e l l .Quando a Biologia moderna conseguiu englobar iguaImente os

    elementos da reaIidade que nos interessam h is tor icamente (pe lo fatode haverem ocorrido preci samente assim e nao de qualquer outre modo)dentro do conceito de um principia de evolu~ao de va lidade geral , quepelo menos na aparsncia - mas nao na realidade ~ permitia ordenattodo 0 essencial daqueles objetos dentro de um esquema de leis comvalidade ge r al , d i r- s e- I a que. sobre todas as ciencias. p ai ra v a am ea c a-doramente 0 c re pu sc ulo d os d eu se s d e to da s a s p er sp ec tiv as a xio 16 gic as .Dado que tambem 0 chamado devir hist6rico era um fragmento darea l ldade t ot al , e que 0 princtpio de c au sa lid ad e - p re m is sa d e q ua lq ue rtrabalho c le n tf fi eo - parecia exigi r a redu~ao de todo 0 devi r a "leis"de validade geral, e dado taroMm o descomunal exito das ciencias danatureza, que haviam incorporado esse princ fpio, parecla impossive lconceber um trabalho cientffieo que nao fosse 0 da descoberta de leisdo devi r em gera1. 0 elemento cienti fico essencial dos fen6menos apenaspodia ser constitufdo pelo aspecto "legal", enquanto que as "aconte-

    I chnentos individuais" s6 podiam levar-se em linba de conta como"tipos", 0 que s lgnifica, aqui, como representantes i lustrativos das leis.o intereS5e par des pr6prios e enquanto tals nio .era considerado uminteresse "clentffico",To r n a- s e impos s lv e l po rmeno r iz a r aqui as importantes repercussdes

    deste estado de espfrito cbeio de confian~a do monismo naturalistasobre a s discipl inas econemlcas. Quando a crf tica socialista e 0 trabalhodos historiadm:es comecaram a transformar em problemas a s perspec-t ivas axiol6gicas originais, a poderosa evolu!(lio da investiga~ao biol6gica,por u .r n l a do , e a in f1 ue nc ia do p an lo gism o [d ou trin a d a raziio universal)hegehano, po r outre, i rnpedi ram que a Economia Politica reconhecesseC om preelsao toda a ampli tude da rela~ao ent re 0conceito e a rea l ldade,

    o resultado disso, n o que nos interessa aqui 6 que apesar doformid'vel dique erguldo pela filosofi a Ideal ist a aiema d~S'de FJchtepelos sucessos da eseola hist6rica do Dlte itd e pelos trabalhos da escolahis toriea alema da Economia Polftica contra a inf i1tra~ao do s dogmasnaturallstas, nao foram ainda superados, em determlnados aspectosdeci sivos, os pontos de vista do natural ismo, e, e m parte, essa situa~aoocorre p or ca usa de s se e s fo r co . Entre eles". ,cabe citar a rela~o, alndaproblem atica l q ue n a nossa disciplina exlste entre 0 trabaIho,~'te6rico"e 0 lChist6rlco". 'a 1 - - ~ !

    ;,.,

    103

    " . ; , '~

    Ainda hoje 0 metodo te6rico e "abstrato" se opoe de maneiradireta e aparentemente incontormivel a investiga!(ao hist6rico-empfrica.Ele reconhece com toda a exatid!io a impossibUidade metodoI6gica desubstituir 0 conhecimento hist6tico da realidade pela formula~iio de"leis", ou de, pelo contrarlo, chegar ao estabelecimento das "leis", nosentido est ri to do termo mediante a mera justaposi~ao de observaceeshist6ricas. Para conseguir estabelece-las - pols esta convencldo dequ e esse e 0 f im supremo da C i8n cia - parte do fato de que experimen-tamos constantemente as rela~oes d a a tl v id a d e human a n a sua realidadeimediata. Em face dlsso, juIga poder tornar esse curso dos eventosd i re tam e n te i n te li g lv e l com evidSncia a xio ma tic a e a ss im e xp lo re -lo s nassuas "leis". A . (m ic a f or m a exata do c on he cim en to , a fonnula! ;ao deleis imediata e intuitivamente evldentes , seria ao mesmo tempo a 6nicaque nos permiti ria deduz ir as acontecimentos nao diretamente observa-v e is . Co n s eq u en t em e n te , 0 es tabelecimento de ur n sistema de proposi-~oes ebstratas e puramente formais, por a na log ia co m as proposicdesdas ciencias exatas, seria 0 unico meio de dominar i n te lec tualmentea diversidade social, pelo menos no que se retere ao s fen6menosfundamentais da vida economica.

    Apesar de ter sidoo criador .desta teoria [H. Gossen, precursorda teoria marginalista n a Bconomia, em 18541 0 primeiro e unico aefetuar uma dis tin\ri io metodologica de prinefpio entre 0 conhecimentolegal e 0 hist6rico, atribuiu um a va l l dode empfrica as p ro po sl co es d ateoria abstrata, n o sentido de uma pos$ib il idade d e d e d ur ii o da realidadea part ir destas " leis". :B cer to que 0 nio fazia no sentido da vafidadeempl rlca das proposieoes economicas abstratas por elas pr6pria s, massim no sentido de , urna vez alcancadas teorias "exatas" correspondentesa todos os outros elementos que entram em linba de conta, dever 0coniun to de todas estas teorias abstrat as cante r a verdadei ra realidadedas coisas, isto e , tudo aquilo que, da realidade, fosse digno de sercon hecid o. A teoria exata da Bconomia estabeleceria a i nf lu8nda deum mo ti v o p s ic o l6 g ic o , enquanto que outras teoria s teri am como ta refadesenvolve r analogamente todos os restantes motivos num conjunto deproposieees de valldade hipotetlca.

    Em rela~iio com 0 result ado do trabaIho te6rico - isto e , dasteorias abst ra tas da forma~iio dos precos, dos juros, dos rendimentosetc. - houve quem divagasse que, numa suposta analogia com as pro-pos lcdes da Ffsica, ser ia posslvel emprega-las para deduz ir de premissesrea is dadas, resultados q u an tit at iv a me nte d et er min a do $ - portento leisem sentido estrito - com va1idade para a realidade da vida, posto que

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    15/26

    10 4

    fa ce a fin s da dos, a ec on om ia hum an s fieada c l ar ament e " d et erm l na d a "e m re ]a yllo a os m eio s. N lio se le va va e m c oD sid ers l;a o q ue , p ara a lc an ea rtal re suItado, ain da que fosse n o m ais fReil dos e asos, se ria n ece ssariaestabeleeer previamente como "dada" e pressupor como conheclda atotal idade d a r ea li da de b is t6 ri ca , in clu in do t od as a s S U B S rela!ti 'ies c a u 9 a i s .E 'que, se algom a v ez 0 espfr i to fl n i to conseguisse alcancar: esse . eonhe-cimento, nla ser ia imaglnavel qual a valor e pis te m ol6 gic o d e u m a te or iaabstrata.o preconcei to n a tu r al is ta s e gun d o 0 q ua t s e dever ia nesses conceitoseIaborar algo de semeJhlWte a s ciencias e xa ta s, h av ia precisamentelevado a u m a i nt er pr et ac jo e rr tm e a d o s en ti do d es sa s fonna! ;5es te6rieasd o pe ns am en to, A cre dita va -s e q ue se tra ta va d o isola me nto psicoI6gicode .-fimpulso" e sp e cf fi co d o h om em , a d o in st in to d a a qu is f~ fto , o u' e nta oda o bs e rv a~ a o i so la d a de um a max ima especfflca d a a ti vi da d e humana,a do cham ado prin cfp io e co nd mic o, A ' te or la a bs tra ta ju lg av a po de rapoiar-se em axiomas psicol6g ico s. Isso teve c om o c on se qu en ct a O sh is to ria do re s e xig ir em um a p si co lo gia empir ica, de m olde a comprovarIi na o val idez desses ax iomas, e p od er em d ed uz ir p s ic o lo g ic amen te 0c ur se d os p ro ce ss es e co no m lc os .Na o e n o ss a i nt en c ao c ri ti ca r a qu i e m p orm en or a s ig ni fi ca ~a o d eum a cicncia sis temat ica d a " ps ic ol og ia s oc ia l" - ainda nio consti tufda- c om o futura ba se das cie neia s culturais, e especia1m en te da eco nom iasocial . As te nta tiv as , e m p ar te brilhantes, de que tem os conhecimento8 t6 a go ra ,. d e u ma in te rp re ta cso p sic o1 6g ic a d os fe no me no s e co ne mic os ,de mon stra m prec isam en te que a pa rtir da a nalise da s qualidades psico-1 6g ic as d o h om em niio se progride in do at e A a na lis e d as i ns titu i~ ess oc ia ls , m as sim q ue , In ve rsa me nte , 0 e se la re cim en to d as c on di9 1e s ed os e fe it os psicoldgicos d a s i n st it u i~ e s pressupiJe 0 e x at o c o nh ec im e n todesta s ultim as e a an alise cientffica das suas te laes. A analisepslcolog ica s ign if ica po is meramen t e , em cad a c a so c o nc re to , ur n val iosoaprofundar do conhecimento d o se u condlcionamento hist6rico e da su as ig n if ic a !r ii o c u lt u ra l. 0 qu e n os in te ressa n a co nduta do homem, dent rodo Ambi to das suas r e Ja ! ;O e s s o ci a ls , I S e s pe c if ic a rn e n te p a rt ic u ls r iz a dcsegun do a sjgnifica~io cultural espedflca da re lag& o e m ca usa . T rata -sede causas e in flu en cia s p sfq uic as , e xtre ma me nte h ete ro ge ne as e ntresi e ex trem am en te con cre tas n a su a composieao, A investiga!;!ios oc io ps ic ol6 gic a s ig ni fie a u rn e xa m e a pr ofu nd ad o dOB d iv er so s g en e ro spariii::ulares e dfspares de elem en tos cultura is tendo em vista a suaa ce ss ib ilid ad e p ara a n os sa re vlv en cta c om pr ee ns iv a, P artin d o d o c on he -c im e nt o d as i ns titu i~ es p ar tic ul at es , e ss e e xa m e a ux illa r- no s- a acom-

    1 0 &

    preender in te le ct ua lm e nt e e e m m e di da c re sc en te 0 s e u con di c lo n amen toe s ig n if ic a

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    16/26

    - " ,, . . ! .. . "

    No que se refere h investigarao, 0 concei to d o tipo ideal propbe -se .

    \

    format ' 0 ju {z o d e a tr ib ui ~i o. _ _~ao ~ uma "h ip 6 te s e '. \ .mJ! .Lpr .etende-a eO t1 ta r ( ) ~runInhtLPar!l.~19nna.!ran:ae:tii.p6Wslls~_9r.~_ t i do ~i~~.,um a exposi,ilo d a r eaHdaQ .e~pr~mk-.c.Oliferic.JLCfJ.~_El~O_!i~J~.ressrvo. tjij'rX~E,POtfirHoj'-j'f~Ujaila"~a orsanlza~ilo ;t11o~ernae hlstqf!lca-,mInt, dada dB locledade D u m a economla de n t el 'o a do , f d" . 1 1 1 5 1 . " q u e ,evolul d e a co rd o c om . o s m e sm o s p rin e lp lo s 1 6g ic os qu e servlram;: par .ex em plo, pa ra fo rm ar a da "econ om la urban a" da Idade Med i a am a ne ira d e u rn c on ce ito " ge ne tic o" , l'(iio e pe lo e s ta b e le c imen t o de um amedi a d o s p rl nc ip io s e c on dm ic os q ue r ea lm e nt e e xis tir am e m tod as ~ sc id ades exam in ad as, m as an tes , pe la con stm ~ao de urn , t ip o i d eal .. ,. .~que6 .I ti m o c as o s e forma 0 con ceito d e "econom la urban a" . .... .

    Obtem-se um tipo idea l med ian te a acentu~later&-de:-um-au V- nos - e-w . ;t a r -c med lan te . .. . a_e~en to d e g ra n de quan -t id a de .de f!l!~nieriOS i s o l t H l a m m t e . _d_ad(l.st~.difusos. edis.cretos"'- 'lue -S6"--podem dar em maier ou men o r n u m e l 'O ou m esm o laltar po r ~ompletoi-e qu e s e o rd en am s eg un do os po ntes de' vista unilateralmente aeen tua . .I dos, a lim de se formar u m q ua dro h om e ge ne o de pensamel!11lT.oit:Ui~se:-,>

    i mp os sl ve l e nc on tr ar empi r i camen t e na real idade - es se q ua dt '! ,. ..:!Ul_Sua--a ' i"eza '-eoficeifiiiil, "j;ois -trata:':se- a e - u m a - u t o p i a . -A-- i i t f v i d l l d e historio-O : : ~ ~ , , ~ C Idflc~~front~: .~-=-c~~:~ t a r e - f i i de 'd e te f ii ii ~ a rt - eD!_cada . .caso ~articzdar,t ; ~ " : . - , .~~~~;:~I:~~~~~i~1~!!\ . c ..on ce itua]. O ra, d esde que cu id adosam en te " a p l i c i i a o ; " e s s e - concei to\_t, Cum re - eC lfieas que dele' se es e ram em ben eficia d a

    y' e sti a !;R O e 2 .. represen ta~![o.P ara a na lis arm o s a in da outro e xe m plo , p od e-s e tra ca r lg ua lm e nte

    a "id6 ia" do "a rtesan a to" sob a forma de um a utopia , pa ra 0 que seprecede Ii r eu nia o d e d er er min ad cs tra ~o ": q ue s e m a nife sta m de mod odifuso en t re os artesaos d as r na is d iv e rs a s epoeas e p afs es , a ce ntu an dode modo u nila te ra l a s s ua s c on !ie qiie ne ia s n um quadro ideal .nao: con-tra dit6 tio, e re te nn do-n a um a e xpre!Jsa tJ de pensamento que ne le sem an ifeste , A lem d isso , pod e-se ten tar de lin ear um a sociedad e n a qua los ram os d a a tiv id ad e econem ica e m esm o a a tiv idade in te lectuaI seen con trem dom in ados pot m axim aa que n os parecem ser tlplicSlf6esd o m e sm o p rin clp lo q ue c ara cte riz a 0 "a rte sa na to" e lev ado a o n fv el detipo ideal. E a esse tipo ideal do artesanato pode a in d a o po r- se , po r.an tfte se , urn tipo idea l corre spon den te a um a estm tura capita lis ta da

    ,. I}c

    _' .~..~ffJ7

    i n d us t ri a , o b ti d o a par t i r d a ab s tr a~ li o de de t e rmin ados t ra ce s d a g ra nd e

    Iin dustr ia m odern a pa ra, com base n isso, ten ta r-se tracar a utop ia de" .~ um a cu ltu ra "cap ita lis ta" , is to e , d om in ad a u nica me nte p elo in teresse.;;. l ' de va lorlza ca o do s ca plta ls p riva do s. Ela ac en tu aria diferentes t races, d ifusos d a v id a cultu ra l, m ate ria ] e esp ir itua l m odern a , e os reun i r ian um q ua dr o Id ea l n Ao c on tr lld lt6 rlo p ar a eteltoa d a n os sa i nv es tig a~ ao ..' ,. i E ste q ua dro c on stitu iria e nta o u m a tentat iva de tracar um a "idiia" da.: c u ltu ra ca pita lis ta - quan ta a saber se i sso e possfvel, e com o, n aose ra tr ata do a go ra .. jO cprre que .e ._ .posslvel, I} dev e -mesmo considerar-se como certo,fo rm ula r m uita s e m esm o in tim eras utop ias deste t i p ( ' ) , " d a s - q i i i i l S i i e : . - nhuma s e p are ce ria c om o utr a, d as q ua is nenhuma poder ia se r observadan a rea lid ad e em pfr lca com o ordem rea lm en te v alida n um a soc iedad e ,m as c ad a u m a da s quais pretenderia s ec u m a r ep re se nt ac ao d a " id ei a"d a c u lt ur a cap~!~~!Y!,1e c ad a u ma d ~ q ua is po de ria re alm en te pretender,n a m edid a e rn que se lec ion ou ce rta s caracte rfs tica s d a nossa cu lturas ig ni /l ca tl va s n a s u a e sp ec ifl ci da de J reuni-las num quad ro idea l homo-gSneo , Pois os fen om en os qu e nos in te re ss am c om o m a nite sta ce escu ltu ra is de riv am re gra ge ra l 0 seu in te resse - a sua signijicariioc u lt ur al - de id e ia s de v a lo r m uito d iferen tes , corn as qua is pod em osrelaciomi-Ias . l Do mesmo mod o qu e existem os mais diferen tes "ponteseViSta" , - i i ' 'partir d os q ua is p od em o s c on sid er ar c om o s ig nific ativ os osfenomenos citad os, po de igu alm en te fa ze r-s e usa d os ro ws d ife re nte sprincipios de sele9iio para a s r el ae oe s suscetfveis de se rem integradas

    { n o tipo id ea l de um a de tenn in ada cultura, . ~ p : ~ \ , : ~ ~ . i I 'u~L~L~J . : I !. J aced i s so , _ _ Si~if. ica!;iio < ! . : ~ ~ : ~on~~i.to~..

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    17/26

    f08e asslm , em ul t ima anal i se, em rela~ao a idelas de valor, consideraran o e nta nto a c on stru cte d e qu alq ue r es pe cie d e "u to pia " h ist6 ric a com ou rn m e io i lust rat ivo perigoso para a o bje ti vi da de d o t ra ba lh o c le ntffi co ,e c om . m a ~ s f re q ii & tc ia . comoum sim ples jogo. E . de fa to, n un ea se

    1" J p o de r' d ec id ir a p r io r i s e s e tr ata de m ero jogo m en tal, ou de um a 'con s-' .l;~\ .:.\p tru~~o c on ce itu al fe cu nd a p ar a a cicncia. ~penRs e&iste, I~\I I' " I um c t it ~ _Q_ .d a .e f .i c .i ic J I! . ..p!I.r~.~ conhe~~en~_4~ ! .~l_l l l~~~~~.C1!!~~~~!L.:'~:', I;: _c:~met~_Lmrun.na~_s'!.a~~n .~x !3es como .noseu . ~ 9 nd i ci a n amen tQ . .~wa.lI e n a sua s;gni/icafiio. lPortanto, a c on st IU ! ri 'i o d e tipos i de a is a b st ra to sc , ~, n a u ~ ~ ~ fu 9 ...f j j D ~ ~ : m a s ~i i i C a ': e - e i C l i M T Y i l iP e n t e~ o - mdo~o

    j 1 .:~~he~I!!~l .Oualquer exame atento d os e le me ntos con ceituais da ex posi~ ao!tis t6 r ic a m os tra, n o e nta nto , q ue 0 histor iador - logo q ue ten ta if.\ ,: .,,)',) ,), a le m d a m eta c dm pro va ca o d e re la ce es c on cre ta s,fpa ta d ete rm in ar .8

    , . .s .iE !] it ic am g...s..W t f!!t }l_ de um_ ~ ve n tl L in .. m vi du a l. p o r m a i s s im p k s q u e " seja,,. ,11/1..c . _ k 1_i sto '" para ."cat:.~t~tiu=u'!....-:-:-.rabalha, e tem de t ra b al ha r , cQ r n. .c o n-: : 1 ; , 1 ' 1 " c~~t . l : !~q!!~_yi~u!~. :~ r a a p e n as _ .I lQ . ~ .! ! lS~[ deterrn inados_ :de. . . . tnQd_Q_p_@~,J, I . . .!. . . , :nivoco sob a form a de fipos ideais . C Q u sera qu e 0 col !_teudo de1,f" con cellos m lrco mo "m aiv idu alism o". im pe rialism o", "Ie ud alism o",\ . /1. L "m erean tillsm o", "convenclonal" , a ss im c om o a s in um era s c on stru lt0 esc on ce itu ais d es te tip o, m e dia nte a s q ua is p ro cu ra m os d om in ar a . re all-d ad e p ela reflexao e a compreensao, d ev ers s er d ete rm in ad o m e dia ntea descri{:iio, "se m p re ssu po stos" d e urn f e nOmen o concreto, o u e ntiiom edian te a sfn te se,.J l0r abs tracao , daquilo que 6 comum a vdnos' cJen&meDrul concre. t .2 . s j A lin gua g em em que 0 histor iadot fala con t emcen ten as d e pa lavras que com portam sern elhan tes quadros menta is eque sao im prec isa s porque esco lh idas segun do as n eces sid ades deex pre ssa o n o v oc abu la rio c orre nte n fio e la bo ra do pe la re flex ao, e c ujas i gn i fi c a~ ao i n ic i almen te s6 e in tuida sem s er p en sa da c om c la re za .Em

    im im ero s c as os, e so bre tu do n o c am po da hist6 tia po Utic a de sc ritiv a, 0carater im prec is e do con te tid o dos con ce itos n ao pre jud ica de m odoa lgu m a c 1a re za d a e xpo si~ iio. N esse s ca se s, ba sta q ue s intamos aqui lad e q ue 0 historiador tem u ma va ga co nce pc ao , o u e nta o qu e n os c on t en -temos com a presen ce difusa d e u m a e sp ec ifi ca l; ao par ticular do can . .te nd o c on ce itu al, n o c as o s in gu la r de qu e e le c og it a,

    M as quan ta m ais c la ra c on sc ie nc ia se pretende te r do ca rate rs ig nific ativ o d e u m fe no m en o cultural , tan to mais im periosa se tom aa necessidade de trabalhar c om c on ce ito s elatos, que n ao tenham sidode te rm tn ados segundo urn s6 aspee to pa rticu la r , m as segundo todos,O ra , se ra a bsurdo c on fe rir a e ssa s sin te se s do p en sa me nto h ist6 rlc o u ma

    10 9

    " d ef in i t; ao " s e gun do 0 esquema " g e nu s p r oximum , differentia specif ico";que se faca a prova. Este m odo de com provac jn d a signH icat;ao dasp ala vra s a pen as e xiste n o c am po da s d isc ip1 in as do gm atic as , qu e t ra-balham co m sllog lsm os. Tam bem nao ex iste, au apen as n a aparen cia,urna m e ra " de co m po si ca o d es cr it iv a" d es se s c on c eit os no s s e us e lem e n -. tos , posto que 0que im porta 6 sabe r qua i s d es se s e le m en to s d ev er aos er c on sid er ad os e ss en .c ia is .~ q ue re m os .!~~t~~.~m!l .d e fi n ~~ a~ g e n e ti c a

    c : ' J ;~>~!~t ;~ : ! : :~~d~S~~~~I~!~~O~P~: : t : ;~ . :e~;: :~::~:: 'd!~;:~~t~( r n _Q2 . . d a re alid ad e h ls to ric a, .~.. m9.~to..m en os da .real idade . . '~ute .nt icalj ,fJ l. ~{. ~Jl_~~ s er ve d e e sq ue ma n o q ua l .s ep ud es se in clu ir a re alida de a mane l r a.k..xemplar, Tern antes 0 sig n ificado de urn conce ito lim ite pura-m e n te i de al , .e m re I a~1 io . aO- -qua l -s e -mede . .a r ea l id ad e . a l im~de__esc1a r . em

    ~ .Q .c o n te \ 1dQ . em p fr lc o d e a l g ! l. l l: ~dos seus eIe~eni~~_!!. l lP.~rtant~J~_.o.m.Q., ua esta e comparada. T ais c on ce it os sa o c on fig ur a! ro es n a s q ua isconst ruf rnos reIa;oes,pe l a u t il i za ! ;ao d a c a te g or ia d a p os sib iU da de o bje -t lva, qu e a n oss a imagina~ao, form ada e orien tada segun do a real idadejulg~.~~~.q~~~.~~ . '

    Nesta fun! ;ao, 0 tipo ideal e aclma de tudo urna te nta tiv a p araapreender os in div fduos hist6 ricos ou os seus dive rsos e lem en tos emconceitos gem!ticos, T om em os com o e xe m plo o s c on ce ito s " ig re ja " e"s eita ", M edia nte a cla ssific aca o pu ra , po dem os a na lisa -los n um c om -p le xo d e c a ra ct er fs ti ca s, com 0 que n ao s6 0 limite entre ambos osc on c ei to s, c omo a s e u con te udo , permanecerao indi~ ' intos, P e lo con tr a ri o,~ e q ue rem os c omp re en d er 0 c on ce ito d e " se ita " de modo genetlco, istoc , C om re fe re nd a a c er ta s s i g n if ica ' toes cu l tu r a is im p or ta nt es q ue 0 "esp!-rito s ec ta rlo " te ve p ar a a c lv lllz ac ao m ode rn a, torn am -se e nta o essenc ia iscertas caracteristicas precis as de ambos, dado qu e se encontram numar el ac a o c a us a l adequada r el at iv am e nt e a q ue le s efeitos. O ra os concei toss e to rn am enllio tipos ideais, isto 6, na o s e m a n if es t am na sua plenapureza conceitual, ou a pe nas d e fo rm a e sp orad ic a 0 fa ze m. A qui, c om oem qua lquer outre cam po, qua lquer con ce ito que na ~ seja puramenteclassi f icat6 r io nos a fa s ta d a r ea li da d e.

    M as a n atu re za d isc ursiv a do n osso conhecim en to; a c lrc un sta nc iad e apen as cap ta rm os a realidade at raves de um a cadeia d e t ra n sf or m a -~5na ordern d a re pre se nta ca o, p os tu la e ste tip o d e t aq u ig r af ia con -ceitual, bern certo que a n ossa im agin a~ io po de co m freq l ienciapr es"C ind ir d a su a formu1acao con ce it ua l e x pHc it a ao n fvel dos m eios dainves t iga{:4o , m as em n um erosos cases, tom a-se im presc in d fv el a sua

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    18/26

    110utiliza!tao no cam po da an a lise cultural quando se tra ta da expos ir l1o .e e nqua nto esta pretender se r un vo ca. Q uem dela pre sc in de co mpleta -m en te . fo rc osa me nte s e d ev era limitar a o a sp ec to fo rm al dGS f enomenosculturais, como POt exemplo 0historico-juridko, a universe das normasjurfdicas pode ser claram en te de term in ado a partir do ponto de vistac on ce itu al e . ao m esm o tem po, 6 valido para a r ea li da de h is t6 ri ca ( emsentido jurfdico). M as 6 da sua slgnJ'/ica~ao prtitiea que se oeupa 0t rabalho das ciencias sociais, tal como as entendemos, E muito fre-qiientc. porem, apen as se poder tomar unlvocamente consciencia-destasignifica~iio quando se refere 0 empiricamente dado a urn caso limiteideal.

    Se 0 historiador (n o sen tldo m ais la to da pa la vra) rejeita a tent a-tiva de formular um tipo ideal como esse sob opretexto de constituirum a "constru~iio te oric a" , o u 'se ]a , algo inum au d e sn e ce ss ar io p a rao fim concreto do conhecimento. resulta entdo, regra geral, que esteh is to ri ad or u ti li za , consciente ou i nc o ns ci en tem e nt e, o ut ra s construcdesanaloges sem a s f orm ul ar expIicitamente e scm eJabora~ao 16gico) ouentao fica encalbado na esfera do vagamente "sent ldo",

    Nada ba de ce rto de m ais perigoso que a confusao en tre teoria ehist6ria, naseida dos preconceitos naturalistas. Esta confusao podeapresen tar-se quer sob a fo rm a de se a cre dita r n a fixa~iio em tais qua-dros conceituais e teoricos do contetido "propriamente dito" ou da suautiIiza!;iio a maneira de leito de Proerusto, no qual a Hist6ria deveraser introduzida a forca, ou ainda hlpostasiando as "ldeias" como sefossema reslldade "proprlamente dita" ou as "forcas reais" que, pardetras do fluxo dos acontecimentos, manifestam-se na Hist6ria. Esteultimo perigo 6 tanto mai s constan te qnantn mais habituados estamos aentender POt "id6ias" de urna epoca os pensamentos e ideais quegovernaram a m assa on uma par te historicamente d ec is iv a d os homensdessa epoca. e que. po r esse mesmo mo ti vo , c o ns ti tu fr am . elen'leri.tossignificativos para 0 aspecto particular da cultura cit ada.

    A tndo i850 convem acrescen tar m ais duas co isas , Em prim eirolugar, a clrcunsraucia de que entre a "idela", no sentido de tendenciado pen samen to pratico e te6rico de uma epoea, e a "ideia", no sentidode tipo ideal desta epoea, por n6s constrnldo como meio conceitualauxiliar, existem por via de regra determinadas relacdes, Um tipo idealde condl~6es sociais determinadas, obtido atraves da abst racao de deter-m fn ad as m a ni fe sta ~e s s oc la is c ar ac te rfs tl ca s de urns 6 p O C I l , pode terefetivamente passado aos olhos dos seus contemporaneos como urnideal a ser alcencado na pratica ou, pelo menos, como m ax im a p ara a

    11 1

    . ;~.

    reguta! ;ao de certas rela!;5es sociais. Asstm aeontece com a " id6 ia" da"protecao dos bens de subsist~ncia" e de outras teorias dos canenicos,especia lmente de Santo Tomas de Aquino, em rela!;lio com 0 ja citadoconceito tfpico-Ideal da "economia urbana" medieval utilizado atual-mente. E, com maior razao, assim sucede com 0 famigerado "conceitofundamental" da Econornia Pohtica: 0 do "valor" economico. Desde aescolastica at e Ateoria marxista, aqui se entrecruzam duas nocdes, a do"objetivamente" valido, isto e , de urn dever ser, e a de uma abstracaoa parti r do processo empfrieo da formaltao de preeos , A ideia de queo "valor" do s bens deveria ser regulado segundo determinados prindpiosdo "direito natural", teve um incomensuravel significado para 0 desen-volvimento da nossa civilizacao - e na o apenas na Idade M ed ia -e ainda hoje 0 tern. Em especial , inHuiu intensamente no processoemplrico da formal tao dos precos .

    Ora, e apenas mediante uma construcao rigorosa dos conceitos,ou seja, gracas ao tipo ideal, que se torna posslvel expor de forma unl-voea 0 qu e se entende e pode en lender pelo conceito teor ico do valor .Er a isto 0 que 0 sarcasmo a ce rc a d as " ro bin so na da s" d a te oria abstratadever ia ter em conta, pe lo m enos enquan to n ao for capaz de nosoferecer em seu . lugar alga de melhor, 0 que aqui signifiea algo demals claro.

    A relacao de causalidade entre a ideia historicamente comprovavelque domina os homens e os elementos da realidade hist6rica dos quaisse pode fazer a abstracao do tlpo ideal correspondente pode adotarfonnas e xtre ma me nte v arla ve ls . E m princfp.io, deveremos a pe na s r ec or -dar que ambas as coisas sao Iundamentalmente diferentes .

    E aqui surge a nossa segunda observacao, As "ideias" que domi-naram os homens de uma epoea, lsto e , as que neles atuaram de formadifusa, s6 poderfio ser cornpreendidas, sempre que fonnem urn quadro .d o p en sa m en to c om p lic ad o, com rigor concei tual , sob a fo rma de umt ip o i d e al , po i s empi ri camente elas habitant as mentes de uma quant idadein de te rm in ad a e m uta ve l d e ln div ld uo s, nos quais estavam expostas 80Smais diversos matizes, segundo a forma e 0 contetido, a clareza e 0sent ido, Os elementos da vida espiritual dos diversos individuos emdeterminada epoca da Idade Media, por exemplo, q ue p od er fa m osdeslgnar pelo termo de "cris tianismo" dos indivfduos em questao, cons-titulriam, caso f8ssemos capazes de expo-los por completo, urn caosde relacbes in telec tuais e de sent imentos de todos os t ipos, infini tamentediferenciados e extremamente contradit6rios, se bern que a Igreja daIdade Media tenha sido capaz de impor, em elevado grau, a unidade

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    19/26

    11 2

    da f c e dos costumes. Posta a questao do que correspondia, no meiodaque le caos, ao "c rlstlanismo medieval", com 0 qua l temos de traba -Ihar continuamente como se se trat asse de urn concei to ja estabe lec ido,ou 0 problema de saber em que consistia 0 e lemento "cristao" queencont ramos nas inst itui !r5es da Idade Med ia, logo descobri remos queutilizamos constantemente urn quadro mental puro por n6s criado,Trata-se de uma combinacao de artigos de fe, de nonnas cticas e dedireito can&nico, de msxtmas para 0 comportamento na vida, e deimimeras reIa

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    20/26

    114

    !~.!.zo~~f!.~~!~~.~ ~ o ta d .o ~ no . "concei to" do cris t ianisA1:o.Dado que 0. t i r o . _~~a l re lvl : "dl c a a qui um a validade empiric a, pe ne tr a ria regiao dai ~ te r pr e ta fi io a v a li a do r a do cristianjs~o: abandona-se 0 campo e J a , . _ Q i f n - . _ _ .CIa e~p.erunental para se fazer ~ a profissao de f 6 p es so al , nao umacons trus :ao conce i t ua l tfpico-idea;; ._Por muito notavel que seja esta diferenca quanto aos princlpios,confus i io ent re estas duas signif ic3goes, fundamenta lmente diferentes

    da no!;ao de "ideia", da-se com extraordinaria freqt i~ncia no decorrerdo trabalho hisrorico. Da-se sempre que 0 historiador comeea a desen-volver a sua propria "apreensao" de uma personnIidade ou de umaepoca.Contrariamente aos padroes eticos constan tes que Schlosser esta-beleceu segundo 0 espfrito do raciona1ismo, 0 historiador m odern o deespfrito relativista, que por um lado se propoe "compreender por S 1

    pr6pda" a epoca de que fala, e que por outro tambem quer "avalia-la",sente a n ecessidade de obter os pad roes dos seus jufzos a partir da"pr6pria materia" do seu es tudo. ISIo e , deixa que a "ideia" no sentidode idea l nasca da "ideia" no sentido de "t ipo ideal", E 0 atrativo esteticodesse procedirnento coustantemente 0 incita a esquecer a llnha quesepara ~ba.s, d~nde esta situacao intermediaria que, por urn lado, naopode reprmnr 0 jufzo de valor, e que por outro tende a declinar a res-ponsabilidade do s seus jufzos,

    :e : necesstlfio opor a tudo isto urn d ev er e le me nt al ' d o a u to co nt ro lec;elltftico, iinico meio suscetiveI de evitar surpresas, que nos convida arealizar uma distin~ao estrita entre a relacao que compare a reaJidade~om tipos id:ai s e~ s~nt td.o16gico, e a aprecia{:ao avaliadora dessa rea-II idade a parti r de Ideals, p ev em o s r ep et ir mais uma ve z que, no sent ido

    . 'que the dames, U rn "tipo ideal" e alga de compJetamente di ferente da) apreclaeao aval iadora, pols nada tern em comum, com quaIquer "per-feiga_o'~,.salvo com a de carater puramente Mglco) Existem tipos Ideaistanto de bordeis como de religi5es. E, entre os pr imeiros, tanto existemuns que, segundo a atual perspectiva da etica policial poderiam parecertecnicamente "oportunos" , como outros em que aconteceria 0 contrario,

    . Vemo-nos obrigados a passar por alto a discussao pormenor izadado caso que e . so b muitos aspectos, 0 mais complicado e interessante:a questao da estrutnra 16gica do c on ce ito d e Estado, A este respeitopretel' ldemos apenas fazer notar que, quando perguntamos 0 que corres-ponde a no!;iio de "Estado" na realidade empfrica, deparamos -com umainfinidade de acoes e s uje j~ 6e s h um a na s d if us as e d is cr et as , d e r e1 as :o es

    I.J

    11 5

    r e ai s e j ur id i came n te ordenadas, s in gu la re s o u r eg ula rm e nte r ep et id as , .eunificadas por uma ideia: a crenca em norm~s que se encontram. efeti-vamente em vigor ott que deveriam ester , assrm como em determma?asrelacdes de domlnio do homem pelo homem. Esta crenca e , parcial-mente, uma posse espiritual desenvolvida em pensame~to, em partesentida confusamente e em parte aceita de modo passrvo, e que semanifesta com os mais diferentes rnatizes nas mentes dos individuos . Se05 homens chegassem a conceber com toda a clareza esta "ideia", naoprecisariam da "teoria geral do Estado", que se propoe esc larece-la ,

    o con~ito cientffico do E st ad o, q ua lq u er qu e se ja a forma pelaqual se formule, constitui sempre uma sfntese que no s realizarnos paradeterminados fins do conhecimento. Mas , por outro lado, obtemo-lotambem por abstracao da s obseuras sinteses que encontramos nas mentesdos homens historicos. Apesar de tudo, a conteudo concre to que ano

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    21/26

    116hlstor ieos e dos concei tos histcr lcos concretes podemos conferi r a formade tlpo Ideal com 0 auxllio da abs tra~ao e da acentuacao de determl-nados dos seus e lementos conceitualmente essenciais. Tra ta -se mesmode urn dos modes pra ticos mals freqUentes e importantes de aplicar osconceltos de tipo ideal, pais cada tipo ideal indiv idual e composto dee lementos conceituais que lem urn carater generlco e fo ram elaborados1 1 maneira de tipos ideais.

    Tambem neste caso exibe-se a f u n c ; ; a o log lca especf fica dos con-celtos de tipo ideal, 0 conceito de "troca", por exemplo, e urn simplesconceito gene r ico, no sent ido de uin complexo de caracter fs ticas que saocomuns a varies fenomenos , sempre qu e en deixe de con sid erar asignificar:iio dos elementos conceituais, e portanto limitar-me a analisa-Ionos termos da Iinguagem cotidiana, Se este conceito, contudo, e postoem rela~ao com a "lei da utilidade marginal" e se forma 0 conceito da"troca economica" a maneira de urn processo economico racional, esteconceito - como qualquer outro int egralmente elaborado de formaloglca - contera urn ju fzQ sobre as cond icoes "tfpicas" da troea. Assumeentao urn caniter gene tico e converte-se em tipieo-ideal no sentido t6~gico; isto e , afasta -se da real idade emplrica , que apenas se pode comparare referir a "ele. Alga de semelhante se pede dizer acerca de todos ossupostos "eoncei tos fundamentals" da Economia Pol it ica: 86 6 possfveldesenvolve-los de forma genhlca enquanto t ipos idea is.

    A diferen~a en tre concei tos gener icos simples , que apenas reunemas caraeterf st icas comuns a d iversos Ienomenos empirlcos, e os tiposldeais genericos, como, par exemplo, urn conceito de tipo ideal da"essencia" do artesanato naturalmente e Iluida nos pormenores. Masnenhum concerto generico possui, enquanto tal, urn carater "tlpico",como t ambem na o existe ur n tipo "medic" purarnente generico, Sempreque falarnos de grandezas "tipicas" - como na Es tatfstica, por exemplo- encontramos algo lais que urn mero termo medio. Quanto maisse trata de classifictlfoes de processes que se manifestam na realidadede uma forma macica, tanto mais se trata de conceitos gener lcos , Pelocontrario, quanta mais se atribui uma forma conceitual aos elementosque constituent 0 fundamento da significafiiO cultural especifica dasre la~5es h is t6r icas complexes, tan to rnais 0 concei to, ou 0 sis tema deconceitos adquirira 0 carater de tipo ideal. Porque a finalidade daformacao de conceitos de t ipo idea l consis te sec lpre e m tomar rigorosa-mente consciencia n a o do que e generico m a s , muito pelo contrario, d oqu e e especiiico a f eno rn e no s c u lt u ra i s.

    117o fato de poderem ser utlllzados os tipos ideals, incluid~s os dec a ra te r g e n er ic o , e de efetivamente a . s er em ,~ ap~nas o fe re ce u rn i nt er es se

    metodologico re la t ivamente a ou tr a c l rcuns ta nc i a,At e este momenta temo-nos principalmente ocupado com os tipos

    ideals no se u aspcc to ~sencia l de conceitos abstra t~s de rel~yO~s, queconcebemos como re lacoes estave is no I luxo do devir, como indivlduoshistoricos nos quais se processarn desenvo[vi~entos: M~s apresenta- se~-nos agora uma complicacao que 0 preconceito natu:ahsta, seg~ndo 0qual a meta das eiencias socials devera ser a re~~t;ao da realidade a" leis" i n tr od u z n a n o ss a d is c ip li na com grande f a ci ll dad e, v a le n d o- se d oconceito de "tipico". E que tambem e possivel construir tipos ldeais .dedesellvoli1imenfos e estas construcdes podem ter urn valor heurlst icomui to consider iive l. No en tanto, surge neste easo 0 perigo iminente deque se eonfundam 0 tipo ideal e a realidade.

    Assim por exemplo pode chegar-se ao resultado teorico de que:t' u ~,,.numa sociedade organizada r igorosamente segundo normas artesanals.,a i inica fonte de a cu rn ula ca o d e c apita l s eria a renda da terra, A partirdaqui poder-se-ia talvez cons truir - nao cabe examinar agora a _exati-dao dessa construcao - um quadro ideal puro da transtormacao daforma economlca artesanal na capitalista, com base apenas em deter-minados fatores simples , tais como a escasscz do solo, 0 ~resc~mc~to dapopulacao, a abundancia de metals preclosos e a racionalizacao domodo d e v id a,

    Para saber se 0 curso empfrico do desenvolvimento foi efetiva-. mente 0 mesmo que 0 construido, e necessaria comprova-Io com 0auxf lio desta const rucao tomada como meio heur fs tico, procedendo-sea uma coruparacao entre 0 tipo ideal e os "Iatos", Se 0 t ipo ideal tiversido construfdo de forma "correta" e 0 decurso efetivo ndo corresponderao decurso de tipo ideal, teriarnos a prova de qu~, em deter~inadasrelacces, a sociedade medieval nil? f01 nn1~ socredade, estritamente"artesanal". E no caso de 0 tipo Ideal ter sido construfdo de modoheuristicamente "ideal" - nao interessa saber aqui se e como 110 pre-sente exemplo esse caso poderia dar -se - entao orientaria a investlgaelicpara 0 caminho que conduz a um estudo mais profundo ~a naturezaparticular e da significacao his torica des eleme~tos da sociedade me~dieval que 1 I 1 i o tern cararer artesanal. Se conduzir a esse re~ultado, teracumprido 0 seu papel 16gico, precisamente ao tornar mamf~s~a a suapropria i rreal idade, Consti tui, nes~e :aso, a pro~a, de uma h lp ot es e. , ~processo nao desperta qualquer obJe~~o ~:tod?]oglca, enquanto s~ nverpresente que a historic e a construcao tipico-ideal do desenvolvimento

  • 8/2/2019 Weber Objetividade Conhecimento Ciencias Sociais

    22/26

    118

    devem set rlgorosamente dfferenciadas, 0 que a const rucso apenas serviucom o m eio para rea lizer metodlcamente a a tr ib u1 !( BO vdilda de urnprocesso historico As snas causas rea i s, entre as possivei s na situac;:aodada do nosso conhecimento.Tal como mostra a experiencia, torna-se extremamente diffcil

    manter com rigor essa diferenca, e por uma circunstancia precisa. Nointeresse da demonstracao clara do tipo ideal ou do desenvolvimentode tipo ideal, ela devera ser i lus trada mediante urn mater ial da realidadeempfr ico-histor ica. 0 per igo deste proeedimento, legf timo emsl, resideem que 0 saber his t6rico aparece como servidor da teoria, em vez desuceder 0 contra rio. 0 te6rieo facilmente se va tentado a considerarcomo normal e s ta r el ac a o, ou en t ao , 0 que e pior ainda, a misturar ateoria e a Historia ate ao ponto de as confundir, Esse perigo e aindamais ameacador quando se chega a combinar, dentro de urna classifi-cac;iio gene tlea , a construcao ideal de urn desenvolvimento com a classl-ficar;ao conceitual de tipos ideais de deterrninadas conflguracces culturais(por exernplo , as fo rm as d a e mp re sa industrial a partir d a " ec on or ni adomestica fechada", ou ainda os conceitos rel igiosos a partir dos "de usesdo memento"). A sequencia de tipos que resulta das car