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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA Efeitos imediatos do laser de baixa intensidade na fadiga dos extensores de punho e sua relação com a força de preensão palmar Adrian Freitas Claudino Vitor Kinoshita Souza

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Efeitos imediatos do laser de baixa intensidade na fadiga dos extensores de punho e sua relação com a força de preensão palmar

Adrian Freitas Claudino

Vitor Kinoshita Souza

Araranguá, 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Efeitos imediatos do laser de baixa intensidade na fadiga dos extensores de punho e sua relação com a força de preensão palmar

Adrian Freitas Claudino

Vitor Kinoshita Souza

Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado à disciplina TCC-2 do Curso de fisioterapia da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador: Prof. Dr. Rafael Inácio Barbosa

Araranguá, 2015

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AGRADECIMENTO ESPECIAL

Ao nosso professor e orientador Rafael Inácio Barbosa, pela

transmissão de conhecimento para nossa vida profissional, auxílio, paciência e,

em especial, pela amizade que complementou a formação de nosso caráter e

amadurecimento profissional.

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Agradecimentos – Vitor Kinoshita Souza

A meus pais, Julia e José, pelo apoio e incentivo, tanto nas horas

difíceis quanto nos momentos de alegria.

A meu irmão, Vinicius, pelo incentivo e compreensão a todo momento

desta caminhada.

A minha namorada, Bruna Gabriela, por estar junto de mim nesta

jornada me incentivando e apoiando a todo momento.

Ao meu irmão de graduação, Adrian Freitas, que aceitou enfrentar este

desafio junto a mim e sabe de tudo que enfrentamos nesta jornada.

Aos professores, Alexandre e Heloyse, pela ajuda e transmissão de

conhecimento para o presente trabalho e nossa vida profissional.

Por fim, a todos que participaram de algum maneira desta longa jornada

da graduação.

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Agradecimentos - Adrian Freitas Claudino

Primeiramente a minha família , Alan Marcus Santos Claudino, Rita de Cássia Freitas Claudino, Alexia Freitas Claudino e Athus Freitas Claudino,

por ter me dado todo suporte para que fosse concluída mais uma etapa da

minha vida.

A minha dupla de TCC, o grande amigo Vitor Kinoshita Souza.

A todos meus amigos, em especial ao Fisioterapeuta Lucas Rodrigues Pagliari e Guilherme Egídio Caetano da Silva

Ao Professor Alexandre Marcio Marcolino, pela sua grande

colaboração para o trabalho.

Ao LARAL, Laboratório de Avaliação e Reabilitação do Aparelho Locomotor

Á todos os professores com quem tive o privilégio de aprender um pouco

com cada um ao longo da graduação.

A todos os voluntários que participaram deste trabalho.

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“No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque

ainda não chegou ao fim.”

Fernando Sabino

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Sumário:

1. INTRODUÇÂO......................................................................................13

2. OBJETIVO GERAL...............................................................................18

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................18

4. HIPÓTESE.............................................................................................18

5. MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................18

5.1 Cuidados Éticos.............................................................................18

5.2 Sujeitos...........................................................................................18

5.2.1 Critérios de Inclusão...........................................................19

5.2.2 Critérios de Exclusão..........................................................19

5.3 Recrutamento, Coleta e Local.......................................................19

5.4 Procedimento..................................................................................20

5.5 Protocolo de Fadiga.......................................................................21

5.6 Equipamento Emissor de Radiação Laser...................................21

5.7 Análise dos Dados.........................................................................22

6. RESULTADOS......................................................................................23

7. DISCUSSÃO..........................................................................................31

8. CONCLUSÃO........................................................................................35

9. REFERÊNCIAS......................................................................................36

10. ANEXO...................................................................................................43

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Lista de Figuras, Tabelas e Anexos:

Figura 1 – Avaliação com a dinamometria isométrica e posicionamento dos

eletrodos para coleta dos sinal EMG dos músculos ERC, ED, EUC e FSD.

Figura 2 – Locais da aplicação do LBI nos músculos extensores do punho (3

pontos no músculo extensor radial do carpo (ERC), 3 no extensor ulnar do

carpo (EUC) e 3 no extensor comum dos dedos (ED).

Figura 3: 3A: Avaliação da preensão palmar comparando a avaliação pré-

fadiga na semana 1 e 2 com o pós-fadiga na semana 1 e 2 no grupo controle.

3B: Avaliação da preensão palmar comparando a avaliação pré-fadiga na

semana 1 e 2 com o pós-fadiga na semana 1 e 2 no grupo LBI. 3C: Análise da

força de preensão palmar pré-fadiga e pós-fadiga entre os grupos

Figura 4: Análise do tempo de fadiga (s) do grupo controle comparado ao

grupo laser na 1 e 2 semana. NS: Sem diferenças significativas; * Diferença

significativa intragrupo; **Diferença significativa intergrupo.

Figura 5: Análise dos traçados eletromiográficos, através da RMS, dos

músculos do grupo controle, na força de preensão palmar. * Representa

diferença significativa.

Figura 6: Análise dos traçados eletromiográficos dos músculos do grupo LBI,

na força de preensão palmar. * Representa diferença significativa. LLLT=LBI.

Figura 7: Análise dos traçados eletromiográficos, através da Fmed, dos

músculos do grupo controle, na força de preensão palmar. * Representa

diferença significativa.

Figura 8: Análise dos traçados eletromiográficos, através da Fmed, dos

músculos do grupo LBI, na força de preensão palmar. * Representa diferença

significativa.

Tabela 1: Dados antropométricos, grupos controle e LBI. LBI: Laser de Baixa

Itensidade; IMC: Índice de massa corporal; 1Rm: Repetição máxima

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Tabela 2: Valores da análise da EMG, de acordo com RMS, grupo controle, na

tarefa de preensão palmar na semana 2. Onde * p < 0,05 diferença

significativa.

Tabela 3: Valores da análise da EMG, de acordo com RMS, no grupo LBI, na

tarefa de preensão palmar na semana 2. Onde * p < 0,05 diferença

significativa.

Tabela 4: Valores da análise da EMG, de acordo com Fmed, grupo controle, na

tarefa de preensão palmar na semana 2. Onde * p < 0,05 diferença

significativa.

Tabela 5: Valores da análise da EMG, de acordo com Fmed, grupo LBI, na

tarefa de preensão palmar na semana 2. Onde * p < 0,05 diferença

significativa.

Anexo 1: Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal de Santa Catarina

Anexo 2: Termo de consentimento livre e esclarecido

Anexo 3: Ficha de avaliação físico-funcional.

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Lista de Abreviaturas:

A/D - Analógico para Digital

Ag/AgCl - Prata/cloreto de Prata

ADP – Adenosina Difosfato

ASHT - Sociedade Americana dos Terapeutas da Mão

AsGaInP- Arseneto de Gálio Indio Fosforo

ATP – Adenosina Trifosfato

Bpm – Batimentos por Minuto

cm2 – Centímetro Quadrado

D/E – Direita/Esquerda

DP – Desvio Padrão

EMG – Eletromiografia

ERC - Extensores Radiais do Carpo

EUC – Extensor Ulnar do Carpo

ERO – Espécies Reativas de Oxigênio

Fmed - Frequência Mediana

FSD - Flexores Superficial dos dedos

IMC – Índice de Massa Corporal

Kg – Kilograma

Kg/m² – Kilograma por Metro Quadrado

Kgf – Kilograma Força

LBI – Laser de Baixa Intensidade

LEDT – Light-emiting Diode Therapy

LLLT – Low Level Laser Therapy

mW – Miliwatts

nm – Nanômetro

RM – Repetição Máxima

1-RM - 1 Repetição Máxima

RMS – Root Mean Square

SBTM - Sociedade Brasileira dos Terapeutas da Mão

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Resumo

Introdução: Para avaliação funcional da mão, pode utilizar-se de alguns

recursos, como a força de preensão palmar, tarefa essa que necessita do

sinergismo muscular entre os flexores dos dedos e extensores de punho. A

fadiga muscular é comumente descrita como um decréscimo gradual,

decorrente da atividade, na função contrátil e, assim, reduzindo a capacidade

muscular de gerar força. Estudos recentes tem verificado a influência da

fototerapia na ativação muscular bioenergética e sua influência no desempenho

durante as atividades físicas. Objetivo: Avaliar o efeito do Laser de Baixa

Intensidade (LBI), na ativação dos músculos: extensor radial do carpo, extensor

ulnar do carpo e extensor comum dos dedos e a associação com a força de

preensão palmar após um protocolo de fadiga de extensores de punho.

Métodos: Foram voluntários na pesquisa 28 indivíduos do sexo masculino com

idade entre 18 e 25 anos, divididos em 2 grupos, grupo fadiga e grupo LBI. A

tarefa realizada pelos voluntários foi a preensão palmar através da

dinamometria. A EMG de superfície foi utilizada para avaliar o padrão de

recrutamento dos músculos estudados, através do eletromiógrafo da marca

Miotec®. O protocolo de fadiga foi baseado no teste de 1 Repetição Máxima (1-

RM), seguida da realização do movimento de extensão de punho repetidas

vezes com carga de 75% da 1-RM pré definida para cada voluntario.

Resultados: O protocolo de fadiga foi eficaz na diminuição da força de

preensão palmar em ambos os grupos, com diferença estatística (p<0,05) para

o grupo controle. No mesmo protocolo o tempo de exaustão foi maior para o

grupo LBI na análise intra e intergrupos. Na análise EMG, a maior ativação,

dada pela RMS, foi do ERC e a frequência mediana (Fmed) evidenciou uma

fadiga do EUC no grupo controle. Conclusão:O LBI foi eficaz em minimizar a

força de preensão palmar, aumentar o tempo de exaustão e na manutenção do

comportamento da Fmed nos músculos extensores de punho após o protocolo

de fadiga.

Palavras Chaves: Preensão Palmar, Fadiga, Laser de Baixa Intensidade.

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Abstract

Introduction: Some resources can be used to evaluate hand function, one of

them is the hand grip, which requires a muscular synergism between the finger

flexors and the wrist extensors. Muscle fatigue is generally described as a

gradual decrease, activity dependent, at the contractive function, resulting in a

reduction at the muscular power generation capacity. Recently studies have

been verifying the phototherapy influence at the muscular bioenergetic

activation, and its influence at the physical activity performance. The

eletromyography evaluation provides to objectify and to investigate several

parameters that envolves the muscular action, such as: fatigue, conduction

speed, neuromuscular desorders diagnosis, power estimate or muscular torque

and the muscular recruitment model. Objective: To evaluate the effect of the

Low Level Laser Therapy (LLLT) at the activation of the muscles: radial carpal

extensor, ulnaris carpal extensor and finger common extensor and its

association with grip power after a carpal extensors fatigue protocol. Methods: 28 male individiduals with mean age of 18 to 25 years, divided in to 2 groups,

fatigue group and LLLT group, was volunteers on this research. The task was to

grip with the dominant limb using a dinamometer of Jamar® brand. The surface

EMG was used to evaluate the studded muscular recruitment model, using a

elquipment by Miotec® brand. The fatigue protocol was based on the 1 Maximal

Repetition (1-MR), that consists at the maximal load the volunteer can perform

a complete wrist extension, starting from a complete wrist flexion. The fatigue

protocol was based at the wrist extension movement achievement, multiple

times, with a load of 75% of 1-MR defined to each volunteer. Results: The

fatigue protocol was effective on hand grip strength reduction at both groups,

with statistic difference (p<0,05) for control group. At the same protocol, time to

exhaustion was superior for the LLLT group on the between groups and inside

groups analysis. At the EMG analysis, the bigger activation, given by the RMS,

was to radial carpal extensor and the median frequency revealed a ulnaris

carpal extensor fatigue at the control group. Conclusion: The LLLT was

effective on minimizing hand grip strength, increase time to exhaustion and

maintenance of the median frequency behavior at the wrist extensor muscles

after the fatigue protocol.

Keywords: Hand Grip, Fatigue, Low Level Laser Therapy.

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1. Introdução

A anatomia do membro superior é considerada complexa pela grande

quantidade de estruturas que estão presente neste segmento, tais como: tecido

ósseo, ligamentos, músculos e tendões flexores/extensores, músculos

extrínsecos e intrínsecos, nervos periféricos, vasos sanguíneos e tegumento

(KIJIMA; VIEGAS, 2009; PRATT, 2011). Dentre os segmentos corporais, as

mãos têm papel fundamental devido às variedades de tarefas que realizam e a

extrema precisão de seus movimentos. Indivíduos com disfunção na preensão

palmar apresentam prejuízo nas atividades de vida diária, sendo necessário o

retorno da força a esse segmento corporal. Uma diminuição na força de

preensão pode estar relacionada a diversas patologias como fratura do rádio,

reparo nas lesões dos tendões flexores, epicondilites, entre outros (MAGEE

2006; VINJAMURI et al., 2006; KRISCHAC et al. 2009).

A mão dispõe de uma 27 de ossos, articulados entre si e um vasto grupo

muscular, sendo subdivididos entre os músculos intrínsecos e extrínsecos que,

em atuação conjunta, possibilitam os movimentos desse segmento (FREITAS,

et al 2006)

A musculatura intrínseca é composta pelos músculos que tem origem e

inserção na própria mão. São eles: abdutor curto do polegar, flexor curto do

polegar, oponente do polegar, abdutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo

mínimo, oponente curto do dedo mínimo, adutor do polegar, palmar curto,

interósseos dorsais, interósseos palmares e lumbricais . Os extrínsecos

originam-se no braço ou antebraço e inserem-se na mão por meio de tendões.

São eles: Flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo, flexor superficial dos

dedos, flexor profundo dos dedos, flexor longo do polegar, extensores radiais

curto e longo do carpo, extensor ulnar do carpo, extensor dos dedos, abdutor

longo do polegar, extensor curto do polegar e extensor longo do polegar.

(FREITAS et al. 2006)

A sutileza sensorial combinada com a agilidade são indispensáveis para

a execução diária dos movimentos do segmento distal do membro superior. Os

músculos dessa região são de extrema importância, pois viabilizam a prática de

movimentos, tais como a pinça e a preensão. (JOHANSON; JAMES;

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SKINNER, 1998; HOOZEMANS; DIEEN, 2005; FINNERAN; O’SULLIVAN,

2013)

De acordo com Brumfield, Champoux (1984), para que a mão esteja

apta a realizar movimentos de atividades de vida diária, a amplitude de

movimento para o punho deverá estar entre 10° para flexão e 35° de extensão.

Para que os dedos da mão tenham função maximizada o punho tem que

possuir uma pequena extensão, de 10° a 15°. Esta discreta extensão é

conhecida como posicionamento funcional do punho e, para que isso possa

ocorrer, é de fundamental importância que os músculos do punho, mão e

antebraço estejam em sincronismo.

É preciso que ocorra um conjunto de ações musculares para ocorrer a

preensão palmar, a ativação de músculos extensores de punho ligados a

contração de flexores dos dedos (SHIMOSE; MATSUNAGA; MURO, 2011).

Com isso, ocorre uma maior estabilidade da articulação rádio-cárpica,

possibilitando assim o movimento de preensão (NOVAK 2005).

Existem alguns recursos para avaliar funcionalmente o membro superior.

Dentre eles a preensão palmar, segundo Hoozemans e Dieen (2005) e

Finneran e O'Sullivan (2013) essa é uma técnica adotada tanto para pesquisas,

quanto para a prática clínica, visto que para que a preensão palmar aconteça é

importante que ocorra um sincronismo entre punho e dedos. Ainda que a força

de preensão palmar não seja só resultante da força de musculatura flexora, os

músculos extensores de punho e dedos trabalham em uma contração

simultânea, sinalizando assim um sinergismo fisiológico entre esses grupos

(MAGEE 2006; BASMAJIAN; DE LUCA, 1985; NOVAK, 2005, JOHNSTON;

BOBICH; SANTELLO, 2010).

A fadiga muscular é comumente descrita como um decréscimo gradual

decorrente da atividade na função contrátil e, assim, reduzindo a capacidade

muscular de gerar força. A fadiga no músculo esquelético ocorre durante

atividades pesadas e/ou prolongadas e é um processo complexo e multifatorial

envolvendo elementos fisiológicos, bioquímicos e psicológicos (WEIR, BECK,

CRAMER, HOUSH, 2006). Na medida em que há uma progressão na

intensidade e no tempo de exercício, o desempenho muscular tende a decair

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gradativamente e, após um tempo de descanso, a função muscular é

restaurada aos poucos (ALLEN, LAMB, WESTERBLAD, 2008).

O mecanismo de fadiga muscular pode ter origem central ou periférica.

O mecanismo central pode ocorrer no córtex cerebral e até na medula espinhal.

Dentre as alterações que resultam na fadiga podemos citar o aumento na

temperatura central, mudanças na excitabilidade do córtex motor e na

regulação do controle motor, além do aumento de citocinas como a

interleucina-1, interleucina-6 e o fator de necrose tumoral-α (ALLEN, LAMB,

WESTERBLAD, 2008). Os mecanismos de origem periférica são o aumento no

potássio extracelular, aumento na quantidade de fosfato inorgânico, aumento

da produção de espécies reativas de oxigênio (ERO), aumento nos níveis de

lactato, aumento na concentração de íons de hidrogênio e fosfato inorgânico.

Devido ao consumo energético, os níveis de adenosina trifosfato (ATP)

diminuem devido a utilização do substrato em forma de energia. A quebra de

ATP resulta em adenosina difosfato (ADP), o que justifica o aumento de sua

concentração durante a fadiga muscular (ALLEN, LAMB, WESTERBLAD,

2008).

Com a finalidade de prevenir a fadiga muscular, estudos focam a

utilização de suplementação nutricional com reposição de fluidos, vitamina C,

entre outros. Outro autor avalia recursos para recuperação pós fadiga, como:

crioterapia, massoterapia, hidroterapia, estimulação elétrica e alongamentos.

(SANTOS et al. 2014 )

Os estudos que utilizam recursos terapêuticos (cinesioterapia e

eletrotermofototerapia) têm grande importância devido a sua aplicabilidade na

prática clínica, a qual visa promover a restauração precoce da funcionalidade.

Nesse contexto, o laser de baixa intensidade (LBI) e o ligth-emiting diode

therapy (LEDT) apresentam eficácia na ativação muscular bioenergética e

esses efeitos podem influenciar no desempenho desse tecido durante as

atividades físicas. Observando isso, pesquisadores passaram a investigar o

uso LBI e do LEDT como forma de promover uma melhora no desempenho

muscular, pois o LBI e o LEDT induzem efeitos fotoquímicos nas células

através da absorção da luz nos fotorreceptores, fenômeno esse descrito como

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fotobiomodulação. Os efeitos da fototerapia vem sendo amplamente utilizado

em pesquisas em diferentes tecidos, como: tendões, nervo periférico, tecido

cutâneo, ossos e músculos (BARBOSA et al., 2010a; BARBOSA et al., 2010b;

BARONI et al, 2015)

A fisioterapia tem buscado vários recursos para tentar maximizar as

respostas adaptativas e melhorar o desempenho muscular. Uma das formas

mais recentes de interferir nesse processo é a utilização do LBI e do LEDT.

Pesquisas tem demonstrado que o uso do LBI/LEDT apresenta eficácia na

ativação muscular bioenergética e esses efeitos podem influenciar no

desempenho desse tecido durante as atividades físicas. Observando isso,

pesquisadores passaram a investigar o uso desses recursos como forma de

promover uma melhora no desempenho muscular, na evolução tardia da fadiga

e na prevenção de lesões musculares (LEAL-JUNIOR et al, 2015). (HIGAHI et

al,2013; DOS REIS et al, 2014; BARONI et al, 2015).

Tais efeitos só são possíveis de serem atingidos com os parâmetros

corretos na utilização do aparelho. Efeitos benéficos são dose dependentes

uma vez que doses baixas trabalham de uma janela terapêutica com respostas

celulares positivas para o tratamento, enquanto que doses altas levam ao dano

fotodinâmico, podendo resultar em morte celular. Os parâmetros que

influenciam a dosagem do LBI são: potência irradiada, energia irradiada, área

do feixe, distância de aplicação, densidade da energia e comprimento de onda

(ENWEMEKA, 2009).

A interação celular com a fototerapia ocorre devido a existência de

cromóforos, moléculas intracelulares que absorvem a luz e produzem

modulações no metabolismo local. O cromóforo mais comum encontrado em

estudos é o citocromo c oxidase (Cox). A Cox é uma enzima mitocondrial com

função importante na cadeia transportadora de elétrons e, assim, atua na

respiração celular e na produção de energia na forma de ATP (KARU, 1999).

Leal-Junior et al. (2015) realizaram uma revisão sistemática a fim de

avaliar trabalhos envolvendo o efeito do LBI/LEDT no desempenho frente ao

exercício e nos marcadores de recuperação após fadiga muscular. O estudo

concluiu que os resultados mais significantes e consistentes ocorreram com

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comprimento de onda vermelha ou infravermelha aplicada antes do exercício.

Porém, os estudos em sua maioria avaliaram grandes grupos musculares

como, por exemplo, quadríceps femoral e bíceps braquial. (Leal-Junior et al.

2015)

Os resultados positivos provenientes da utilização da fototerapia na

recuperação pós fadiga e no desempenho muscular podem ser provenientes

do fenômeno denominado fotobiomodulação. Este fenômeno se caracteriza

pela capacidade celular em interagir com certos tipos de luz dependendo de

seu comprimento de onda, densidade de energia e potência. (Leal-Junior et al.

2015).

Eletromiografia (EMG) é o termo que expressa o método de registro da

atividade elétrica de um músculo durante a despolarização celular. O traçado

eletromiográfico representa o resultado do estímulo neural para o sistema

muscular e fornece importantes informações para a modelagem do sistema

dinâmico musculoesquelético. A EMG fornece fácil entendimento do processo

fisiológico da geração de força dos músculos e produção do movimento

(PORTNEY; ROY, 2004).

A avaliação eletromiográfica propicia objetivar e investigar diversos

parâmetros que envolvem a ação muscular, tais como: fadiga, velocidade de

condução, diagnóstico de doenças musculares, estimativa de força ou torque

muscular e o padrão de recrutamento muscular (REAZ; HUSSAIN; MOHD-

YASIN, 2006; PINTER et al., 2010; KEIR, BROWN, 2012). Rainoldi et al. (2004)

relatam também a utilização da eletromiografia de superfície no meio

desportivo, na neurofisiologia e em pesquisas clínicas.

Estudos prévios relacionados à EMG e a contração isométrica

demonstram que o acúmulo de subprodutos bioquímicos intramuscular podem

influenciar na resposta. O acúmulo de metabólitos leva a modificação

progressiva do ph intersticial que, por sua vez, causa uma redução da

velocidade de propagação do potencial de ação ao longo das fibras

musculares. Desta forma, para análise eletromiográfica da fadiga muscular,

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tanto a frequência mediana quanto a RMS (root mean square) do sinal são

tipicamente utilizadas. (BONATO et al., 2001; DE LUCA, 1997).

2. Objetivo geral

Avaliar o efeito do LBI, nos músculos extensores de punho quando

aplicado anteriormente a um protocolo de fadiga destes e a sua relação com a

força de preensão palmar.

3. Objetivos específicos

Avaliar os parâmetros eletromiográficos (RMS e Fmed) dos músculos

envolvidos na tarefa de preensão palmar antes e após um protocolo de fadiga.

4. Hipótese

Esta pesquisa irá investigar o efeito adaptativo frente a atividades físicas

do LBI na relação sinérgica entre a musculatura extrínseca do antebraço.

5. Materiais e Métodos

O estudo caracterizou-se como controlado randomizado, com uma

proposta de avaliação e intervenção através do efeito do LBI na fadiga dos

músculos extensores de punho e analisou a sua relação com a força de

preensão palmar e a EMG.

5.1 Cuidados éticos

O presente foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade Federal de Santa Catarina (CAAE: 44966515.7.0000.0121) -

Anexo 1. Os sujeitos recrutados assinaram um termo de consentimento livre e

esclarecido (Anexo 2).

5.2 Sujeitos

Foram voluntários na pesquisa 28 indivíduos do sexo masculino com

idade entre 18 e 25 anos. Foi realizado um cálculo amostral através do

software Graphpad StatMate®, a partir de um estudo piloto desenvolvido. A

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amostra foi constituída por indivíduos normais que se enquadraram nos

critérios de inclusão deste estudo. Os sujeitos foram subdivididos nos seguintes

grupos:

Grupo Controle (n=14): Protocolo de fadiga de extensores de

punho associado ao LBI placebo.

Grupo LBI (n=14): Protocolo de fadiga de extensores de punho

associado ao LBI ativo.

5.2.1 Critérios de inclusão

Foram selecionados voluntários entre 18 e 25 anos, do sexo masculino,

não praticantes de atividade física regular.

5.2.2 Critérios de exclusão

Indivíduos que apresentaram lesões nervosas associadas a lesões

complexas múltiplas, a lesões ósseas ou articulares, a presença de lesão do

sistema nervoso central, doenças reumáticas, hanseníase e doenças que

acometiam os membros superiores.

5.3 Recrutamento, coleta e local

Os voluntários foram alunos da UFSC/Araranguá. Na triagem foram

explicados os motivos da avaliação, a proposta de intervenção e também foi

apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que foi assinado

após leitura e decisão voluntária favorável a participação no estudo.

A randomização para montagem dos grupos foi baseada em uma

sequência de números aleatórios gerados através do programa Excel®.

Após leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e decisão

voluntária favorável a participação no estudo, foi realizada a avaliação físico-

funcional. As avaliações foram feitas no LARAL (Laboratório de Avaliação e

Reabilitação do Aparelho Locomotor- UFSC/Araranguá), inicialmente e após

uma semana para cada grupo - Semana 1 e Semana 2, respectivamente

(Anexo 3).

19

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5.4 Procedimento

A tarefa realizada pelos voluntários foi a preensão palmar utilizando o

dinamômetro da marca Jamar™, no membro superior dominante. O

posicionamento do indivíduo para avaliação da preensão palmar seguiu a

recomendação determinada pela ASHT (Sociedade Americana dos Terapeutas

da Mão) e SBTM (Sociedade Brasileira dos Terapeutas da Mão) e baseada nos

estudos de Mathiowetz, Rennells e Donahoe (1986). O indivíduo foi

posicionado de maneira confortável em uma cadeira sem apoio para os braços,

com os pés totalmente apoiados no chão, o braço dominante paralelo ao corpo,

com ombro aduzido, cotovelo a 90º e antebraço em posição neutra (ABDALLA

e BRANDÃO, 2005). Os eletrodos foram posicionados nos músculos:

extensores radiais curto e longo do carpo (ERC), extensor comum dos dedos

(ED) e extensor ulnar do carpo (EUC) e flexor superficial dos dedos (FSD)

(Figura 1).

Figura 1 – Avaliação com a dinamometria isométrica e posicionamento dos eletrodos para coleta dos sinal EMG dos músculos ERC, ED, EUC e FSD.

As avaliações ocorreram antes e após o protocolo de intervenção

proposto. A eletromiografia de superfície foi utilizada para avaliar o padrão de

recrutamento dos músculos estudados, através do eletromiógrafo da marca

Miotec® (Miotool 400, Software Miograph®), com um conversor analógico para

digital (A/D) de 14 bits de resolução, aquisição amplificada em 2000Hz e modo

comum de rejeição de 100dB, com filtro passa banda de 10-500Hz. Os

eletrodos utilizados foram descartáveis modelo Double, confeccionado em

espuma de polietileno com adesivo medicinal hipoalérgico, gel sólido aderente,

contato bipolar de Ag/AgCl (prata/cloreto de prata) e distância de 20 mm entre

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os pólos. O eletrodo de referência Medtrace® de Ag/AgCl de gel sólido adesivo

e condutor foi posicionado na região acromial do membro dominante.

A intervenção foi realizada em duas sessões (chamadas de semana 1 e

semana 2), com uma semana de intervalo, no mesmo dia da semana e no

mesmo horário designado para cada voluntario. Inicialmente, foi realizada a

avaliação eletromiográfica e da força de preensão. Em seguida, todos os

participantes realizaram alongamentos para a região de antebraço (duas séries

de 60 segundos para cada grupo muscular), prosseguindo para o protocolo de

fadiga. Durante a segunda sessão (Semana 2) para o grupo LBI, foi realizada a

emissão de LBI antes do inicio do protocolo de fadiga. Ao final do

procedimento, novamente foi realizada a avaliação dos parâmetros anteriores.

(LEAL JUNIOR EC, LOPES-MARTINS RA, DALAN F et al, 2008)

5.5 Protocolo de Fadiga

O protocolo de fadiga foi baseado no teste de 1 Repetição Máxima (1-

RM), que consistiu na maior carga em que o voluntário conseguiu realizar a

extensão completa de punho, partindo de uma flexão total do punho. O

protocolo de fadiga realizado se baseou na realização do movimento de

extensão de punho repetidas vezes, com carga de 75% da 1-RM pré definida

para cada voluntário, associado ao uso de um metrônomo com frequência de

50bpm, sendo interrompido quando o voluntário foi incapaz de manter a

frequência em dois movimentos consecutivos ou três alternados ou não

conseguiu realizar a amplitude máxima. (LEAL JUNIOR EC, LOPES-MARTINS

RA, DALAN F et al, 2008). Os participantes foram orientados a não realizar

atividades físicas moderadas ou vigorosas 24 horas antes da coleta dos dados.

Para o cálculo da RM e a fadiga, foram utilizadas caneleiras (0,5; 1,0, 2,0 e 5,0

Kg) adaptadas a uma corrente e fixadas em uma tira de couro. Todos os

voluntários foram submetidos ao protocolo de fadiga na semana 1 e na semana

2.

5.6 Equipamento Emissor da Radiação Laser

Foi utilizado um equipamento laser de diodo de alumínio-gálio-índio-

fósforo (AlGaInP), com comprimento de onda de 660 nm, potência de 30 mW,

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área do feixe de 0,06 cm2, com fluência de 10 J/cm2, energia emitida (E) = 0,6 J

por ponto (5,4J total) com feixe contínuo da marca Ibramed Equipamentos

Médicos®. A radiação laser foi pontual, em nove pontos localizados na região

dos músculos extensores do punho (três pontos no músculo extensor radial do

carpo (ERC), três no extensor ulnar do carpo (EUC) e três no extensor comum

dos dedos (ECD). O indivíduos do grupo laser foram submetidos ao LBI no

inicio da semana 2, antes do protocolo de fadiga (Figura 2).

A aferição da emissão do laser foi realizada inicialmente e após o

término dos experimentos.

Figura 2 – Locais da aplicação do LBI nos músculos extensores do punho (3 pontos no músculo extensor radial do carpo (ERC), 3 no extensor ulnar do carpo (EUC) e 3 no extensor comum dos dedos (ED).

5.7 Análise dos Dados

Os traçados eletromiográficos foram analisados a partir dos valores de

RMS (Root Mean Square) em microvolts e da Frequência Mediana (Fmed) em

hertz, encontrados para os referidos músculos, o tempo de exaustão foi medido

em segundos e as medidas de força de preensão foram mensuradas em Kgf.

A análise estatística foi realizada através do programa GraphPad

Prism™, versão 6.0. A diferença entre os grupos foi feita utilizando o teste

ANOVA associado ao pos-hoc test de Tukey.

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6. Resultados

Na realização do estudo, 28 indivíduos do sexo masculino foram

elegíveis para o protocolo. A tabela 1 apresenta os dados antropométricos da

amostra.

Tabela 1: Dados antropométricos, grupos controle e LBI. LBI: Laser de Baixa Itensidade; IMC:

Índice de massa corporal; 1RM: Repetição máxima.

Controle (n=14) LBI (n=14) Valor de P

Idade (DP) – anos 22.07 (±3.26) 21.14 (±1.56) 0,345

Dominância (D/E) 13/1 12/2 ------

IMC (DP) - kg/m² 25.96 (±3.05) 26.22 (±4.03) 0,850

1-RM (DP) – kg 13.42 (±2.06) 11.92 (±2.26) 0,178

Na avaliação da força de preensão palmar podemos observar que houve

diferença estatística quando comparada a avaliação pré-fadiga na semana 2

com o pós-fadiga na semana 2 no grupo controle, evidenciando que o protocolo

de fadiga dos extensores foi eficaz na diminuição da preensão palmar (Figura

3A). Na mesma comparação no grupo LBI, pode-se observar que houve uma

diminuição da preensão em menor escala, não apresentando tal diferença,

possibilitando um efeito do LBI na performance muscular frente ao protocolo de

fadiga de extensores (Figura 3B). Nas outras análises intragrupos e na

avaliação intergrupos, não foram observadas diferenças (Figura 3A, 3B e 3C).

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Figura 3: 3A: Avaliação da força de preensão palmar comparando a avaliação pré-fadiga na semana 1 e 2 com o pós-fadiga na semana 1 e 2 no grupo controle. 3B: Avaliação da preensão palmar comparando a avaliação pré-fadiga na semana 1 e 2 com o pós-fadiga na semana 1 e 2 no grupo LBI. 3C: Análise da força de preensão palmar pré-fadiga e pós-fadiga entre os grupos controle e LBI na semana 2. * demonstra diferença significativa p< 0,05, NS: Sem diferença significativa. Grip: Força de preensão palmar (KgF). LLLT=LBI.

Na avaliação do tempo de exaustão (em segundos) durante o protocolo

de fadiga para ambos os grupos, pode-se observar que na comparação

intergrupos na semana 1 não houve diferença estatística. Na comparação no

grupo LBI (semanas 1 e 2), pode-se observar que ocorreu tal diferença,

indicando um efeito do LBI frente ao protocolo de fadiga. Na avaliação

intergrupos, foi observada diferença na semana 2, com aumento do tempo no

grupo LBI, o que também sugere tal efeito (Figura 4).

Figura 4: Análise do tempo de fadiga (s) do grupo controle comparado ao grupo laser na 1 e 2 semana. NS: Sem diferenças significativas; * Diferença significativa intragupo; **Diferença significativa intergrupo. LLLT=LBI.

Na análise dos traçados eletromiográficos foram utilizados apenas os

dados da semana 2.

No grupo controle, a partir dos valores de RMS (Root Mean Square),

pode-se observar que ocorreu uma maior ativação do ERC quando comparado

aos demais músculos, com diferença estatística na comparação intermúsculos,

fato que não ocorreu na análise intramúsculo isolada (Figura 5 e Tabela 2),

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com exceção do músculo flexor superficial dos dedos que apresentou uma

diminuição na RMS quando comparado a avaliação inicial e final na semana 2.

Figura 5: Análise dos traçados eletromiográficos, através da RMS, dos músculos do grupo controle, na força de preensão palmar. * Representa diferença significativa.

Tabela 2: Valores da análise da EMG, de acordo com RMS, grupo controle, na tarefa de preensão palmar na semana 2. Onde * p < 0,05 diferença significativa.

Diferença Média Valor de P 95% CI ERC-baseline vs ED-baseline* 154,2 P < 0.001 64.55 to 243.9 ERC-baseline vs EUC-baseline* 107 P < 0.01 17.35 to 196.7 ERC-baseline vs FSD-baseline 19,45 P > 0.05 -70.24 to 109.1 ERC-baseline vs ERC-final -20,56 P > 0.05 -110.2 to 69.13 ERC-baseline vs ED-final* 128,3 P < 0.001 38.58 to 218.0 ERC-baseline vs EUC-final* 124,5 P < 0.001 34.78 to 214.2 ERC-baseline vs FSD-final 66,97 P > 0.05 -22.72 to 156.7 ED-baseline vs EUC-baseline -47,2 P > 0.05 -136.9 to 42.49 ED-baseline vs FSD-baseline* -134,8 P < 0.001 -224.5 to -45.10 ED-baseline vs ERC-final* -174,8 P < 0.001 -264.5 to -85.10 ED-baseline vs ED-final -25,97 P > 0.05 -115.7 to 63.72 ED-baseline vs EUC-final -29,77 P > 0.05 -119.5 to 59.92 ED-baseline vs FSD-final -87,27 P > 0.05 -177.0 to 2.418 EUC-baseline vs FSD-baseline -87,59 P > 0.05 -177.3 to 2.104 EUC-baseline vs ERC-final* -127,6 P < 0.001 -217.3 to -37.90 EUC-baseline vs ED-final 21,23 P > 0.05 -68.45 to 110.9 EUC-baseline vs EUC-final 17,43 P > 0.05 -72.26 to 107.1 EUC-baseline vs FSD-final -40,07 P > 0.05 -129.8 to 49.62 FSD-baseline vs ERC-final -40,01 P > 0.05 -129.7 to 49.68

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FSD-baseline vs ED-final* 108,8 P < 0.01 19.13 to 198.5 FSD-baseline vs EUC-final* 105 P < 0.05 15.33 to 194.7 FSD-baseline vs FSD-final* -47,52 P < 0.05 -90,30 to -4,728 ERC-final vs ED-final* 148,8 P < 0.001 59.14 to 238.5 ERC-final vs EUC-final* 145 P < 0.001 55.34 to 234.7 ERC-final vs FSD-final 87,52 P > 0.05 -2.166 to 177.2 ED-final vs EUC-final -3,801 P > 0.05 -93.49 to 85.89 ED-final vs FSD-final -61,3 P > 0.05 -151.0 to 28.39 EUC-final vs FSD-final -57,5 P > 0.05 -147.2 to 32.19

Na análise dos traçados eletromiográficos do grupo LBI, a partir dos

valores de RMS (Root Mean Square) pode-se observar que ocorreu uma maior

ativação do ERC quando comparado aos demais músculos, com diferença

estatística na comparação intermúsculos, fato que não ocorreu na análise

intramúsculo (Figura 6 e Tabela 3). Nesse caso não ocorreu diferença no

padrão de ativação do músculo flexor superficial dos dedos quando comparado

a avaliação inicial e final na semana 2.

Figura 6: Análise dos traçados eletromiográficos dos músculos do grupo LBI, na força de preensão palmar. * Representa diferença significativa. LLLT=LBI.

Tabela 3: Valores da análise da EMG, de acordo com RMS, no grupo LBI, na tarefa de preensão palmar na semana 2. Onde * p < 0,05 diferença significativa.

Diferença Média Valor de P 95% CI ERC-baseline vs ED-baseline* 165,9 P < 0.001 59.49 to 272.4 ERC-baseline vs EUC-baseline* 145,9 P < 0.01 39.41 to 252.3 ERC-baseline vs FSD-baseline 100,7 P > 0.05 -5.735 to 207.2 ERC-baseline vs ERC-final 13,42 P > 0.05 -93.04 to 119.9

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ERC-baseline vs ED-final* 183,9 P < 0.001 77.40 to 290.3 ERC-baseline vs EUC-final* 153,2 P < 0.001 46.72 to 259.6 ERC-baseline vs FSD-final 91,14 P > 0.05 -15.32 to 197.6 ED-baseline vs EUC-baseline -20,08 P > 0.05 -126.5 to 86.38 ED-baseline vs FSD-baseline -65,23 P > 0.05 -171.7 to 41.23 ED-baseline vs ERC-final* -152,5 P < 0.001 -259.0 to -46.07 ED-baseline vs ED-final 17,91 P > 0.05 -88.55 to 124.4 ED-baseline vs EUC-final -12,77 P > 0.05 -119.2 to 93.69 ED-baseline vs FSD-final -74,81 P > 0.05 -181.3 to 31.65 EUC-baseline vs FSD-baseline -45,14 P > 0.05 -151.6 to 61.31 EUC-baseline vs ERC-final* -132,4 P < 0.01 -238.9 to -25.99 EUC-baseline vs ED-final 37,99 P > 0.05 -68.47 to 144.4 EUC-baseline vs EUC-final 7,316 P > 0.05 -99.14 to 113.8 EUC-baseline vs FSD-final -54,73 P > 0.05 -161.2 to 51.73 FSD-baseline vs ERC-final -87,31 P > 0.05 -193.8 to 19.15 FSD-baseline vs ED-final 83,13 P > 0.05 -23.32 to 189.6 FSD-baseline vs EUC-final 52,46 P > 0.05 -54.00 to 158.9 FSD-baseline vs FSD-final -9,584 P > 0.05 -116.0 to 96.87 ERC-final vs ED-final* 170,4 P < 0.001 63.98 to 276.9 ERC-final vs EUC-final* 139,8 P < 0.01 33.31 to 246.2 ERC-final vs FSD-final 77,72 P > 0.05 -28.74 to 184.2 ED-final vs EUC-final -30,67 P > 0.05 -137.1 to 75.78 ED-final vs FSD-final -92,72 P > 0.05 -199.2 to 13.74 EUC-final vs FSD-final -62,04 P > 0.05 -168.5 to 44.41

Na análise dos traçados eletromiográficos do grupo controle, a partir dos

valores de Fmed, pode-se observar que ocorreu uma maior frequência de

disparo no EUC na avaliação inicial quando comparado aos demais músculos,

com diferença estatística intermúsculos. Vale ressaltar, que na análise

intramúsculo (Figura 7 e Tabela 4), apenas a comparação do EUC apresentou

uma diminuição na Fmed quando comparado a avaliação inicial e final na

semana 2.

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Figura 7: Análise dos traçados eletromiográficos, através da Fmed, dos músculos do grupo controle, na força de preensão palmar. * Representa diferença significativa.

Tabela 4: Valores da análise da EMG, de acordo com Fmed, grupo controle, na tarefa de preensão palmar na semana 2. Onde * p < 0,05 diferença significativa.

Diferença Média Valor de P 95% CI of diff ERC-baseline vs ED-baseline* -15,66 P < 0.001 -25.12 to -6.198 ERC-baseline vs EUC-baseline* -33,54 P < 0.001 -43.00 to -24.07 ERC-baseline vs FSD-baseline 5,415 P > 0.05 -4.047 to 14.88 ERC-baseline vs ERC-final 4,596 P > 0.05 -4.867 to 14.06 ERC-baseline vs ED-final* -9,629 P < 0.05 -19.09 to -0.1666 ERC-baseline vs EUC-final* -33,83 P < 0.001 -43.29 to -24.37 ERC-baseline vs FSD-final 0,6657 P > 0.05 -8.797 to 10.13 ED-baseline vs EUC-baseline* -17,88 P < 0.001 -27.34 to -8.414 ED-baseline vs FSD-baseline* 21,08 P < 0.001 11.61 to 30.54 ED-baseline vs ERC-final* 20,26 P < 0.001 10.79 to 29.72 ED-baseline vs ED-final 6,032 P > 0.05 -3.431 to 15.49 ED-baseline vs EUC-final* -18,17 P < 0.001 -27.63 to -8.705 ED-baseline vs FSD-final* 16,33 P < 0.001 6.864 to 25.79 EUC-baseline vs FSD-baseline* 38,95 P < 0.001 29.49 to 48.41 EUC-baseline vs ERC-final* 38,13 P < 0.001 28.67 to 47.59 EUC-baseline vs ED-final* 23,91 P < 0.001 14.45 to 33.37 EUC-baseline vs EUC-final* -0,2917 P < 0.001 -38,93 to -17,73 EUC-baseline vs FSD-final* 34,2 P < 0.001 24.74 to 43.66 FSD-baseline vs ERC-final* -0,8191 P > 0.05 -10.28 to 8.643 FSD-baseline vs ED-final* -15,04 P < 0.001 -24.51 to -5.581 FSD-baseline vs EUC-final -39,24 P < 0.001 -48.71 to -29.78 FSD-baseline vs FSD-final -4,749 P > 0.05 -14.21 to 4.713

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ERC-final vs ED-final* -14,22 P < 0.001 -23.69 to -4.762 ERC-final vs EUC-final* -38,42 P < 0.001 -47.89 to -28.96 ERC-final vs FSD-final -3,93 P > 0.05 -13.39 to 5.532 ED-final vs EUC-final* -24,2 P < 0.001 -33.66 to -14.74 ED-final vs FSD-final 10,29 P < 0.05 0.8323 to 19.76 EUC-final vs FSD-final* 34,49 P < 0.001 25.03 to 43.96

Na análise dos traçados eletromiográficos do grupo LBI, a partir dos

valores de Frequência Mediana (Fmed) pode-se observar que ocorreu uma

maior ativação do EUC na avaliação inicial quando comparado aos demais

músculos, com diferença estatística intermúsculos, em menor número quando

comparados a esses dados no controle. Vale ressaltar, que na análise

intramúsculo (Figura 8 e Tabela 5), não ocorreram diferenças, com o padrão da

Fmed similar ao pré-fadiga de extensores.

Figura 8: Análise dos traçados eletromiográficos, através da Fmed, dos músculos do grupo LBI, na força de preensão palmar. * Representa diferença significativa.

Tabela 5: Valores da análise da EMG, de acordo com Fmed, grupo LBI, na tarefa de preensão palmar na semana 2. Onde * p < 0,05 diferença significativa.

Diferença Média Valor de P 95% CI of diff ERC-baseline vs ED-baseline -1,317 P > 0.05 -33.84 to 31.21 ERC-baseline vs EUC-baseline -29,16 P > 0.05 -61.68 to 3.365 ERC-baseline vs FSD-baseline -5,385 P > 0.05 -37.91 to 27.14 ERC-baseline vs ERC-final 7,082 P > 0.05 -25.44 to 39.61

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ERC-baseline vs ED-final -6,13 P > 0.05 -38.65 to 26.40 ERC-baseline vs EUC-final -0,83 P > 0.05 -33.36 to 31.70 ERC-baseline vs FSD-final 4,138 P > 0.05 -28.39 to 36.66 ED-baseline vs EUC-baseline -27,84 P > 0.05 -60.37 to 4.682 ED-baseline vs FSD-baseline -4,068 P > 0.05 -36.59 to 28.46 ED-baseline vs ERC-final 8,399 P > 0.05 -24.13 to 40.92 ED-baseline vs ED-final -4,813 P > 0.05 -37.34 to 27.71 ED-baseline vs EUC-final 0,4869 P > 0.05 -32.04 to 33.01 ED-baseline vs FSD-final 5,455 P > 0.05 -27.07 to 37.98 EUC-baseline vs FSD-baseline 23,77 P > 0.05 -8.750 to 56.30 EUC-baseline vs ERC-final* 36,24 P < 0.05 3.717 to 68.77 EUC-baseline vs ED-final 23,03 P > 0.05 -9.495 to 55.56 EUC-baseline vs EUC-final 28,33 P > 0.05 -4.195 to 60.85 EUC-baseline vs FSD-final* 33,3 P < 0.05 0.7727 to 65.82 FSD-baseline vs ERC-final 12,47 P > 0.05 -20.06 to 44.99 FSD-baseline vs ED-final -0,7448 P > 0.05 -33.27 to 31.78 FSD-baseline vs EUC-final 4,555 P > 0.05 -27.97 to 37.08 FSD-baseline vs FSD-final 9,523 P > 0.05 -23.00 to 42.05 ERC-final vs ED-final -13,21 P > 0.05 -45.74 to 19.31 ERC-final vs EUC-final -7,912 P > 0.05 -40.44 to 24.61 ERC-final vs FSD-final -2,944 P > 0.05 -35.47 to 29.58 ED-final vs EUC-final 5,3 P > 0.05 -27.23 to 37.82 ED-final vs FSD-final 10,27 P > 0.05 -22.26 to 42.79 EUC-final vs FSD-final 4,968 P > 0.05 -27.56 to 37.49

7. Discussão

O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do LBI, nos músculos

extensores de punho quando aplicado anteriormente a um protocolo de fadiga

desse grupo muscular e sua relação com a força de preensão palmar. O

protocolo mostrou ser eficaz na diminuição da força de preensão palmar,

evidenciando o efeito sinérgico entre os extensores de punho e flexores de

dedos na tarefa de preensão. Esta condição ficou mais evidente no grupo

controle ao se notar uma diferença na comparação entre os momentos na

semana 2, onde pode-se sugerir que para o grupo LBI, a irradiação foi eficaz

em minimizar a perda de força de preensão.

No presente estudo os indivíduos aceitaram bem o protocolo de avaliação e

tratamento não ocorrendo qualquer queixa com relação ao tempo de avaliação,

ou referente à aplicação do LBI.

O recurso utilizado no estudo foi o LBI, com potência de 30 mW, área do

feixe de 0,06 cm2, com fluência de 10 J/cm2, energia emitida (E) = 0,6 J por

30

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ponto (5,4J total) nos músculos extensores pré-fadiga. Com relação ao tempo

para a exaustão, foi observado que no grupo LBI houve um aumento na análise

intragrupos e intergrupos. Leal Junior et al. (2010) utilizaram o LBI

(comprimento de onda 810nm, energia total de 60J em dois pontos) sobre o

bíceps braquial de jogadores de vôlei que realizavam flexão voluntária de

ombro com carga de 75% de 1RM, para avaliar se o recurso tem efeito sobre a

performance muscular, o desenvolvimento da fadiga e sobre os marcadores

bioquímicos de recuperação pós exercício. Comparado ao grupo que realizou

LBI placebo, o grupo com o aparelho ativo apresentou recuperação mais rápida

demonstrada pelos marcadores bioquímicos, um maior número de repetições e

um maior tempo para exaustão, corroborando com nossos achados.

Baroni et al. (2015) compararam o ganho de força através do treino

excêntrico com e sem a utilização do LBI (cluster com comprimento de onda

810nm, 30J por ponto totalizando 240J de energia irradiada sobre o grupo

muscular extensor de joelho). Como resultado, foi observado que o grupo com

irradiação de LBI apresentou maiores valores de pico de torque excêntrico e

isometrico. Ferraresi et al. (2011) compararam o treino de força com e sem a

irradiação do LBI (comprimento de onda de 808nm e energia total de 50,4J

dividida em seis diodos sobre o quadríceps femoral). O grupo que recebeu o

LBI apresentou melhor performance muscular no teste de 1 RM de leg-press e

no teste do dinamômetro isocinetico que o grupo que realizou apenas o treino

de força. Maldonado et al. (2014) analisaram o efeito do LBI (comprimento de

onda de 850nm e energia total por grupo muscular de 75J) aplicado nos

músculos quadríceps femoral, isquiotibiais e tríceps sural, sobre a potência

muscular de atletas de futebol comparando grupos que realizaram

fortalecimento muscular com o aparelho ativo ou placebo. Os resultados

apontaram aumento significativo na potência muscular do grupo irradiado com

o LBI ativo. Dentre as limitações do presente estudo foi a ausência da

avaliação da força dos extensores de punho para os grupos.

Baroni et al. (2010) avaliaram os efeitos do LEDT na fadiga do músculo

quadríceps utilizando valores de pico de torque com dinamometria isocinética.

O cluster utilizado continha 34 diodos de luz vermelha com comprimento de

onda de 660nm e 35 diodos de comprimento de onda de 850nm e irradiava

31

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uma energia total de 125,1J dividida em três pontos. Não foi observada

melhora nos parâmetros de fadiga, contudo, houve menor decréscimo nos

valores de torque após o protocolo de fadiga no grupo LEDT.

Kakihata et al. (2015) analisaram a influência do LBI no salto vertical em

indivíduos sedentários utilizando o teste de salto de 60 segundos. O laser foi

aplicado sobre o tríceps sural e apresentou os parâmetros de comprimento de

onda de 660nm, tempo de irradiação de 8 segundos, em oito pontos e energia

total irradiada de 1,92J. Os resultados demonstraram que não houve diferença

significativa nos parâmetros de fadiga ou na potencia mecânica dos saltos. A

baixa dose aplicada pode ser um dos fatores que levaram a esses resultados.

No presente estudo o LBI mostrou-se eficaz no tempo de exaustão e na força

de preensão.

Em contrapartida, Leal Junior et al. (2010) analisaram através de

dinamometria isocinética os efeitos do LBI no desempenho muscular do

músculo tibial anterior com comprimento de onda de 655nm, 2,4J por ponto e

12J de energia total. Os resultados demonstraram maiores valores de pico de

torque no músculo analisado, mas sem alteração no índice de fadiga analisado

pelo dinamômetro isocinético.

Os achados eletromiográficos evidenciaram que na análise da RMS ocorreu

uma maior ativação do ERC em ambos os grupos na semana 2. Com relação

ao grupo controle ocorreu uma diminuição da RMS para o FSD. O fato desse

músculo não ter sido submetido a fadiga e essa associação com diminuição da

sua ativação e da força de preensão pode estar relacionada a fadiga do grupo

extensor. Assim, são necessários novos estudos para melhor elucidar esse

achado.

O fundamento que sustenta o monitoramento da fadiga muscular por meio

da análise de parâmetros do sinal EMG está na relação de dependência destes

parâmetros com os processos fisiológicos musculares observados durante o

exercício. Sendo assim, o aumento de variáveis no domínio do tempo do sinal

EMG, como a RMS durante contrações sustentadas tem sido atribuído a um

aumento da ativação neuromuscular, promovendo um recrutamento maior de

unidades motoras para compensar a saturação de fibras que já estão

32

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fadigadas, evitando a falência imediata do sistema (DE LUCA, 1997). No

presente estudo não foram observadas alterações da RMS que corroborem

com os achados encontrados no tempo de exaustão e também na diminuição

da força de preensão apresentadas.

A frequência mediana é, segundo Da Silva et al. (2015), o parâmetro mais

confiável para a mensuração das mudanças dos espectros da EMG, uma vez

que este parâmetro é menos sensível a ruídos e mais sensível a mudanças

fisiológicas relacionadas a fadiga muscular como o acúmulo de lactato e

potássio extracelular. Ainda segundo os autores, este acúmulo metabólico leva

a redução da velocidade de condução do potencial de ação, resultando em um

declínio nos valores de frequência mediana na medida que o músculo entra em

fadiga.

Os achados eletromiográficos evidenciaram que na análise da Fmed

ocorreu uma taxa de frequência de disparo das unidade motoras do EUC em

ambos os grupos na semana 2. Na avaliação do grupo controle apenas o EUC

apresentou declínio na Fmed o que sugere uma fadiga do mesmo após o

protocolo na semana 2 quando comparada a avaliação inicial e final. Já o grupo

LBI não apresentou tal diferença, sendo que os dados apresentaram

similaridade antes e após o protocolo de fadiga, sugerindo um efeito do LBI no

desempenho dos extensores.

Ao se analisar todas as comparações intra e inter-músculos da Fmed vale

ressaltar que no grupo controle foram encontradas algumas diferenças nas

comparações entre ERC, EUC , ED e FSD. Já para o grupo LBI, apenas 2

foram apresentadas, na comparação de músculos diferentes em tempos

variáveis, o que sugere uma manutenção do comportamento eletromiográfico

pré-fadiga.

Na literatura existe um grande número de pesquisas com o LBI e

desempenho muscular. Porém, não há uma padronização dos parâmetros

empregados e a falta de trabalhos na avaliação dos músculos extensores e

flexores no antebraço dificulta a comparação dos resultados e o entendimento

dos mecanismos envolvidos. Dessa forma, tornam-se necessários novos

estudos com o intuito de verificar a importância e a dependência entre cada um

33

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dos parâmetros do LBI, preensão palmar e EMG, podendo assim melhorar a

sua especificidade na elaboração de diferentes metodologias.

Dentre as limitações do estudo estão: novos grupos com diferentes

parâmetros do LBI devem ser analisados; o tempo de seguimento dos

pacientes, o que sugere um efeito em curto prazo; a comparação com outros

modelos e outros regimes de aplicação do LBI; além da não realização do

estudo da força muscular dos extensores durante a aplicação do protocolo.

Assim, novos estudos com diferentes metodologias e podem trazer novas

contribuições para a área.

8. Conclusões

Na amostra e no modelo utilizado podemos concluir que:

O protocolo de fadiga de extensores de punho foi eficaz na

diminuição da força de preensão palmar.

O LBI foi eficaz em minimizar a perda da força de preensão palmar e

aumentar o tempo de exaustão no protocolo de fadiga.

O EUC apresentou um decréscimo na Fmed, para o grupo controle,

sugerindo uma fadiga desse músculo.

O LBI foi eficaz na manutenção do comportamento da Fmed nos

músculos extensores de punho após o protocolo de fadiga.

34

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41

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10. ANEXOS

Anexo 1 - Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal de Santa Catarina (CAAE: 44966515.7.0000.0121)

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Anexo 2 - Termo de consentimento livre e esclarecido

Efeito do laser de baixa intensidade no desempenho muscular de extensores

de punho e sua relação com a força de preensão palmar

Nome do voluntário:_______________________________________________Endereço:_______________________________________________________ Telefone:________________________________________________________ As informações contidas neste prontuário foram fornecidas pelo professor Rafael Inácio Barbosa, objetivando firmar acordo escrito mediante o qual o voluntário da pesquisa autoriza sua participação com pleno conhecimento da natureza dos procedimentos e riscos a que se submeterá, com capacidade de livre arbítrio e sem qualquer coação.

1. APRESENTAÇÂO DA PESQUISA: O objetivo deste estudo é avaliar o efeito do laser de baixa intensidade associado ou não a um protocolo de treinamento de força de extensores de punho e a relação com a força de preensão palmar.

2. DESCONFORTOS OU RISCOS ESPERADOS: os voluntários não serão submetidos a riscos durante o período experimental, realizarão uma atividade física de um período breve, não trazendo sobrecarga ao seu aparelho cardiorrespiratório ou musculoesquelético. Devido ao protocolo de intervenção, apesar do tempo não ser suficiente para fadigar a musculatura, os voluntários poderão relatar um desconforto ou dor de baixa intensidade na musculatura. Caso isso ocorra os mesmos serão orientados a não realizar atividades físicas num período de 48 horas, neste mesmo período, serão orientados a realizar crioterapia e poderão, ainda, receber uma liberação muscular a ser realizada pela responsável pela pesquisa (fisioterapeuta).

3. INFORMAÇÕES: o voluntário tem a garantia de que receberá a resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento de qualquer dúvida quanto aos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados à pesquisa por parte da pesquisadora supracitada.

4. RETIRADA DO CONSENTIMENTO: o voluntário tem a liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo sem qualquer penalização.

5. ASPECTO LEGAL: elaborado de acordo com as diretrizes e normas regulamentadas de pesquisa envolvendo seres humanos atendendo à resolução n° 466 de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde – Brasília – DF. Qualquer dúvida, ou se sentir necessidade, o voluntário poderá entrar em contato com o Comitê de Ética local, por meio do telefone (48) 3721-9206 ou do e-mail [email protected].

43

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6. GARANTIA DO SIGILO: o pesquisador assegura a privacidade dos voluntários quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa.

7. LOCAL DA PESQUISA: a pesquisa será desenvolvida no Laboratório de Avaliação e Reabilitação do Aparelho Locomotor, situado no prédio Jardim das Avenidas do campus Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina, Rodovia Governador Jorge Lacerda, nº 3201 - Km 35,4 - Bairro: Jardim das Avenidas, Cep: 88906-072 - Araranguá - SC.

8. BENEFÍCIOS: ao participar desta pesquisa os voluntários poderão apresentar melhora no controle neuromuscular e ganho na força de preensão palmar. Ademais, possibilitará ao pesquisador obter informações importantes a respeito do comportamento muscular.

9. PAGAMENTO: o voluntário não terá nenhum tipo de ônus por participar desta pesquisa, bem como nada será pago por sua participação.

10. DANOS AO VOLUNTÁRIO: não há previsão de riscos ou danos à saúde dos voluntários, física ou psiquicamente; porém, caso os voluntários sintam-se lesados pela pesquisa têm a garantia de indenização assegurada pela Lei 466/2102 do CNS.

11. TELEFONE DE CONTATO: (48) 9688 7711, ou (48) 3721 2613.

12. CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO:

Eu, ______________________________________________________, após a leitura e compreensão deste termo de informação e consentimento, entendo que minha participação é voluntária, e que posso sair a qualquer momento do estudo, sem prejuízo algum. Confirmo que recebi uma cópia desse termo de consentimento e autorizo a execução do trabalho de pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste estudo no meio científico.

* NÃO ASSINE ESTE TERMO SE TIVER ALGUMA DÚVIDA A RESPEITO.

Araranguá, ____ de ________________ de 20___

_____________________________________

SOMENTE PARA O RESPONSÁVEL PELO PROJETO

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste voluntário ou seu representante legal como condição para a participação nesse estudo.

Araranguá, ____ de ________________ de 20___

_____________________________________

44

Page 45: repositorio.ufsc.br€¦  · Web viewPara avaliação funcional da mão, pode utilizar-se de alguns recursos, como a força de preensão palmar, tarefa essa que necessita do sinergismo

Nome: ___________________________________________ Idade: ________________Data: / /Altura: _________ Peso: ___________ IMC: ______________Dominância: ___________ Grupo: ________________

Cálculo da RM: 1-RM: _____Kg 75%: ______Kg Data: / /

Dia 1: Data: / /Pré Intervenção

COLETA 1 COLETA 2 COLETA 3 MÉDIA

PREENSÃO / / / / / / KgF

PINÇA / / / / / / KgF

Tempo para Fadiga: segundos

Pós Intervenção: Data: / /COLETA 1 COLETA 2 COLETA 3 MÉDIA

PREENSÃO / / / / / / KgF

PINÇA / / / / / / KgF

Dia 2Pré Intervenção

COLETA 1 COLETA 2 COLETA 3 MÉDIA

PREENSÃO / / / / / / KgF

PINÇA / / / / / / KgF

Tempo para Fadiga: segundos

Pós Intervenção COLETA 1 COLETA 2 COLETA 3 MÉDIA

PREENSÃO / / / / / / KgF

PINÇA / / / / / / KgF

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Anexo 3 - Ficha de avaliação físico-funcional.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

FICHA DE AVALIAÇÃO