web colaborativa (2ª parte)

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Web colaborativa (parte 2) por Francisco Arlindo Alves

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Uma abordagem sobre o processo de potencialização das práticas colaborativas na internet, com apresentação de conceitos, expressões e práticas ligadas ao fenômeno, a partir de uma perspectiva crítica. que engloba uma reflexão sobre tendências, desafios e dilemas que surgem a partir deste contexto.

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Page 1: Web Colaborativa (2ª parte)

Web colaborativa (parte 2)

por  Francisco Arlindo Alves

Page 2: Web Colaborativa (2ª parte)

Web colaborativa(parte 2)

por Francisco Arlindo Alves

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Licenciamento

• “Web Colaborativa” de Francisco Arlindo Alves foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não Adaptada

. CC BY-SA 3.0 • Tem o direito de: • •Partilhar — copiar, distribuir e transmitir a obra • •Remisturar — adaptar a obra • De acordo com as seguintes condições: • •Atribuição — Tem de fazer a atribuição da obra, da maneira estabelecida pelo

autor ou licenciante (mas sem sugerir que este o apoia, ou que subscreve o seu uso da obra).

• •Partilha nos Mesmos Termos — Se alterar, transformar, ou adaptar esta obra, ou se a utilizar noutras obras, só pode distribuir a obra resultante licenciando-a com a mesma licença ou com uma licença semelhante a esta.

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CaudaLonga

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Cauda Longa (2004) Chris Anderson (editor da revista WIRED)

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Deslocamento na distribuição de conteúdos e produtos. De uma cultura de hits para uma cultura de nichos (Anderson, 2004).

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Longa cauda no mercado editorial

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livraria tradicional

livraria on-line

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livraria tradicional

limitação de espaço físico

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livraria on-line

espaçoilimitado

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escassez offline

abundância On-line

x

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livros on demand

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volume de demanda global dos itens menos populares pode superar a dos livros mais populares

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No contexto digital, O'Reilly considera que pequenos sites, como blogs, ou perfis de rede sociais, também constituem uma cauda longa.

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Perfis individuais de Twitter e Facebook 

Blogs 

Sites com pouca audiência 

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Perfis, sites e blogs, mesmo com pouca audiência podem produzir efeitos em rede. A interconexão entre "pequenos" sites pode dar relevância a conteúdos não abordados por sites de grande audiência.

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os serviços tornam-semelhores

quanto mais são usados

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A enciclopédia colaborativa Wikipédia se torna melhor na medida que mais artigos são publicados e

revisados por seus participantes.

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social bookmarking

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O Delicious é um serviço de compartilhamento de sites favoritos online.

Seu universo de pesquisa de torna mais rico na medida em que mais pessoas participam

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http://del.icio.us

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redes peer-to-peer

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P2P (Peer to peer) são processos que ocorrem em redes distribuídas (sem o intermédio obrigatório de centros), onde há o livre acesso de contributos, não existindo seleção de participantes a priori, constituindo um processo de participação em que cada indivíduo contribui de acordo com sua capacidade e vontade, ao mesmo tempo em que usufrui do conjunto de contribuições conforme as suas necessidades (Bauwens, 2006).

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A Web 2.0 e o relacionamento entre produtores e consumidores

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www.radioheadremix.com/nude

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A críticada Web 2.0

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A natureza colaborativa daWeb antes da Web 2.0

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WikiWard Cunningham

(1994)

BlogJustin Hall

(1997)

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Andrew Keen (2007)

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A cultura do amador

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Trebor Scholz (2008)

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A promessa do “free”

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Antonio Negri

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Antonio Negri (2003, p. 94) considera que entramos numa idade do capitalismo cognitivo que tem como originalidade “captar, em uma atividade social generalizada, os elementos inovadores que produzem valor”.

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crowdsourcing

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Concentração em poucas plataformas

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> > Google < <

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> > Yahoo < <

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> >Facebook< <

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O fimda Web

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O acesso a internet é cada vez mais concentrado em plataformas e aplicativos que são cada vez mais proprietários, tem protocolos fechados e funcionam como uma espécie de espaço público privatizado. (Alves)

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Web 2.0 ????

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[...] um conjunto de novas estratégias mercadológicas e a processos de comunicação mediados pelo computador [...](Primo, 2006)

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potencialização

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Novas tecnologiasP2PRSS

largura de bandaBittorent

processadoressistemas de publicação

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As perspectivas da “web colaborativa” em relação

a mídia de massa do século XX

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quebra da barreira de entrada possibilitando maiores oportunidades para criação e distribuição de conteúdos e idéias

pelos individuos

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Lawrence Lessig

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Tornar o conhecimento e a cultura disponíveis em todo o mundo.

Igualar a oportunidade que as pessoas têm de progredir..

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Lawrence Lessig é um dos desenvolvedores das licenças Creative Commons que possibilitam aos autores opções de direitos autorais abertos e flexíveis para a distribuição e reutilização de suas criações

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www.creativecommons.org.br

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www.ccmixter.org

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www.jamendo.com/br

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peer production

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A peer production é um novo tipo de produção individual e cooperativa de informação e cultura fora dos setores que dominam informação e cultura.

Na visão de Yochai Benkler, a peer production favorece uma plataforma para uma melhor participação democrática.

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www.boapraca.ning.com

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mapa digital colaborativo

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jornalismo comunitário

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O projeto Map Kibera, que produziu um mapa colaborativo na maior favela da África, possibilitou um melhor conhecimento da geografia para que o governo ou ONGs possam oferecer serviços básicos como saneamento ou eletricidade

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Ao mesmo tempo o projeto Map Kibera ajudou na disseminação de conhecimento tecnológico entre os jovens de Kibera

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www.mapkibera.org

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www.catracalivre.com.br

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www.circult-ct.blogspot.com

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redistribuição de poder e dinheiro

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www.wikileaks.org/

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http://213.251.145.96(pesquise no google “Wikileaks”)

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crise

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“para quem obteve resultados satisfatórios com o paradigma anterior, o processo de adoção de novo paradigma pode resultar devastador” na visão de Pérez (2001).

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Na concepção de Thomas Kuhn (2003), o período de transição em que um novo paradigma ocupa o lugar de outro, em crise, é caracterizado por “um processo de reconstrução da área de estudos a partir de novos princípios”.

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Referências:

ALVES, Francisco Arlindo. A hipótese do novo paradigma na internet. Anais do VIII P&D Design - Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. São Paulo, 2008.

ANDERSON, Chris. A cauda longa - Do mercado de massa para o mercado de nicho. Rio de Janeiro: Campus, 2007.

JOHNSON, Steven. Emergência -- a vida integrada de formigas, cérebros, cidades e softwares. Tradução de Maria Carmelita Pádua Dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

BAUWENS, Michel. The Political Economy of Peer Production. Post-autistic economics review, issue no. 37, article 3, pp. 33-44, 28 April 2006. Disponível em: < http://www.paecon.net/paereview/issue37/Bauwens37.htm > Acesso em: 11 maio 2009.

BENKLER, Yochai. The wealth of networks -- How social productions transforms markets and freedom. New Haven: Yale Press, 2006. Disponível em:< http://www.benkler.org/ > Acesso em: 15 nov. 2007.

KEEN, Andrew. O Culto do amador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009

KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. Tradução de Beatriz Viana Boeira e Nelson Boeira. São Paulo: Perspectiva, 2003.

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LESSIG, Lawrence. Cultura Livre: como a grande mídia usa a tecnologia e a lei para bloquear a cultura e controlar a criatividade. São Paulo:Trama, 2005.

NEGRI, Antonio. Cinco lições sobre império. Tradução: Alba Olmi. Rio de Janeiro: D P&A, 2003.

O’REILLY, Tim. What is Web 2.0 Design Patterns and Bussiness Models for the Next Generation of Software. September 30 2005. Disponível em: <http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html>. Acesso em 1º jun. 2007.

PÉREZ, Carlota. Cambio tecnológico y oportunidades de desarrollo como blanco móvil. Revista da Cepal - Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe - Nações Unidas, n. 75, p.115-136, deciembre 2001. Disponível em: <http://www.eclac.org/ >. Acesso em: 1º nov. 2007.

PRIMO, Alex . O aspecto relacional das interações na Web 2.0. In: XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2006, Brasília. Anais, 2006. Disponível em <http://www6.ufrgs.br/limc/>. Acesso em 7 jun. 2008.

SCHOLZ, Trebor. Market Ideology and the Myths of Web 2.0. First Monday, v. 13, n. 3, 2008. Disponível em: <http://www.uic.edu/htbin/cgiwrap/bin/ojs/index.php/fm/article/view/2138/1945 >. Acesso em 12 jun. 2008.

TAPSCOTT, Don e WILLIAMS, Anthony. Wikinomics - Como a colaboração em massa pode mudar seu negócio. Tradução de Marcello Lino. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007