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1 N.16 Maio/ 2012

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N.16 Maio/ 2012

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MOBICAR

NOTÍCIASAUTO/MOBILIDADE/AERO

EDITORIALMobilidade nas cidades marca agenda

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FIDAE 2012 16/17

Feria Internacional del Aire y del Espacio

O futuro hoje

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EDITORIALMobilidade nas cidades marca agenda

Em maio a Toyota Motor Corporation apresentou o seu relatório do ano fiscal de 2012, apontan-do como principal estratégia para os próximos anos o reforço da sua presença nos merca-dos emergentes, onde se incluem todo o sudeste asiático e a China, o médio oriente e África. Esta estratégia assenta no lançamento de um conjunto de novos modelos, adaptados a estes mercados que necessariamente passam por veículos a preços mais baixos e com um ní-vel de qualidade percetível, adequado a responder às necessidades destes mesmos mercados. Também em maio, a Daimler e a BMW anunciaram o lançamento de um projeto de investigação conjunto com a Universidade Técnica de Munique para o desenvolvimento de conceitos para a produção de carros elétricos que sejam eficientes, seguros e de baixo preço. Este projeto terá por base o veículo elétrico MUTE, apresentado no salão de Frankfurt em setembro de 2011. Estes dois casos são apenas dois exemplos do que se pode referir como uma tendência global para o desenvolvimento de veículos mais pequenos, mais baratos, mais flexíveis e seguindo con-ceitos de mobilidade e propulsão mais sustentáveis. Durante bastante tempo, estes veículos foram considerados como veículos de nicho, devido ao tipo de aplicação e à dimensão do mercado a que se destinavam. Segundo as mega-tendências globais, a concentração da população em grandes centros urbanos, tem registado um significativo aumento e deverá manter-se no futuro, onde uma boa parte está situado em países emergentes como a Índia e a China. Perante a força dos fatos, o que era considerado um mercado de nicho, possa ser um mercado de massa. Desta forma, veícu-los direcionados para uma aplicação exclusivamente urbana, com um custo de aquisição reduzido face ao atualmente praticado pela indústria e com custos operacionais mais baixos, sobretudo quando é utilizada a propulsão elétrica, ganham um mercado potencial de volume significativo. Também em resposta a esta reconfiguração do panorama global do mercado automóvel, está em curso em Portugal o projeto de I&D MOBICAR que junta num mesmo consórcio um conjunto de empresas do setor automóvel, materiais, energia e TICE para o desenvolvimento dos prin-cipais módulos para o equipamento de veículos elétricos citadinos. Este projeto começou já a apresentar publicamente alguns dos resultados atingidos. No mês de abril no SAE World Con-gress em Detroit foram publicados três artigos técnico-científicos sobre diferentes temas abor-dados no projeto. Este mês a VOZ-OFF apresenta o MOBICAR e alguns dos seus resultados.

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O projeto MOBICAR é um dos principais projetos âncora inseridos no plano de açãodo Cluster da Mobilidade. Trata-se de um projeto de IDT focadoessencialmente no veículo elétrico e nos seus desafios, queestá a dinamizar o empenhamento conjunto de 17 entidadesnacionais, entre empresas, centros de I&D e universidades.

O desafiOA introdução da mobilidade elétrica apresenta à partida umgrande desafio relativamente à propulsão convencionalassente em motores de propulsão interna, que reside nacapacidade de armazenar a maior quantidade possível deenergia no mínimo volume e mínimo peso. Para este efeitoa solução mais disseminada tem sido a utilização de baterias,assente em diversas tecnologias. Esta solução apresenta, porém,uma densidade energética relativa à dos combustíveis líquidos, gasolina ou gasóleo, de cerca de 50 vezes inferior em peso e cerca de 15 vezes inferior em volume. A esta limitação acres-centa-seainda o custo das próprias baterias que em certoscasos pode mesmo chegar a metade do valor total doveículo.

Todos estes constrangimentos levam a que os veículoselétricos que são lançados no mercado disponhamde autonomias limitadas e preços elevados. Por estarazão a penetração no mercado destes veículos ébaixa, o que leva a um volume de produção tambémbaixo e à inexistência de economias de escala associadasà produção em grandes volumes, como é habitual no setorautomóvel. Surge aqui o desafio do desenvolvimento de novassoluções para veículos elétricos que permitam uma reduçãodo seu peso, custo e paralelamente aumentem a possibilidade de produçãoem pequenas séries a um custo equilibrado, através de novos conceitos, novos materiais,novas tecnologias de fabrico e novos produtos.

MOBICAR: o futuro hoje

O prOjetO Organizado num total de 6 sub-consórciosno projeto MOBICAR, estão reunidas empresas, centros de investigação e universidades, abordando diversos módulos que integram o veículo elétrico, com obje-tivos específicos de desenvolver novas soluções tecnológicas. Os seis módulos que compõe o projeto estão organizados da seguinte forma:

MOBiCar seat - Criação de um módulo assento que permita não só responder aos requisitos de utili-zação, ergonomia, conforto e segurança estrutural, mas que alcance importantes reduções em termos de peso, através do uso conjugado e inovador de materiais, estruturas e mecanismos;

MOBiCar trim - Desenvolvimento de aplicações e materiais para interiores (tecidos, materiais natu-rais, materiais “inteligentes”...) segundo princípios estéticos modernos e coerentes com a imagem do veículo, considerando ainda a perspectiva flexível, de pronta readaptação e reajuste de interiores para diferentes clientes-alvo e aplicações;

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MOBiCar exterior - Desenvolvimento de soluções estruturais, recorrendo a materiais sustentáveis, mantendo o elevado grau de exigência dos requisitos de segurança automóvel. Enfoque para o desenvolvimento de módulos não estruturais permitindo igual mente importantes reduções de peso, sem prejuízo das especificações defini das;

MOBiCar power – Desenvolvimento de arquiteturas de powertrains para veículos elétricos em conjunto com sistemas de gestão de baterias de última geração e sistemas de carregamento das baterias, otimizando desempenhos e procuando maximizar as capacidades do sistema de gestão de energia a bordo;

MOBiCar City - Conceito e integração de um veículo elétrico citadino, em perfeita integração com as lógicas de mobilidade urbana sustentável e o modelo de mobilidade elétrica nacional;

MOBi Bus - Arquitetura do modelo conceptual e integração de um autocarro elétrico urbano, permitindo a extensão do modelo MOBI.E aos transportes públicos rodoviários, não apenas numa vertente de complementaridade, mas também efetivamente numa lógica emissões-zero.

a estratégia O projeto está enquadrado no plano de ação do Cluster da Mobilidade como um projeto âncora devido à importância estratégica que tem na prossecução de um dos objetivos traçados para o Cluster, isto é “Especializar a indústria automóvel nacional segundo as grandes tendências da mobilidade sustentável, nomeada- mente na conceção, desenvolvimento, fabrico e validação de novas gerações de soluções de mobilidade”.

Para a concretização do projeto MOBICAR foi formado um consórcio que inclui empresas fornecedoras do setor automóvel, bem como outras empresas não envolvidas diretamente nas cadeias de forneci-mento do setor, mas com interesse em diversificar os seus mercados. Integram ainda o projecto um conjunto de agentes de conhecimento, designadamente universidades e centros de investigação com capacidade técnica para complementarem as capacidades das empresas.

No final o MOBICAR será o resultado de um conjunto de projetos inovadores ao nível dos materiais, processos e produtos que cada empresa poderá explorar no domínio da mobilidade elétrica. A articu-lação das entidades num cluster que se constituiu como uma cadeia de fornecimento completa para o desenvolvimento e construção de veículos eléctricos aumenta as potencialidades de conquista de mercados nacionais e internacionais para as empresas envolvidas.

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O paradigma que envolve a mudança de automóveis equipados com motor de combustão in-terna para motores elétricos representa um enorme desafio para a indústria automóvel. Diversos estudos referem que os veículos elétricos só terão alguma expressividade no mercado automóvel a partir de 2020, pelo que neste período de transição é espectável que a produção deste tipo de veículos seja feita em volumes reduzidos. Deste modo, os fabricantes automóveis encontram-se focados no desenvolvimento de plataformas modulares de modo a reduzir o tempo e o custo as-sociado.

A plataforma desenvolvida pelo CEIIA enquadra-se neste contexto e assenta em três principais premissas, a modularidade, o peso e o custo. Trata-se de uma plataforma que segue o conceito de skate chassis, onde está incluído todo o powertrain do veículo. Dessa forma, existe uma total liberdade para poder utilizar o espaço superior para diferentes configurações de veículos.

Esta plataforma representa um dos módulos desenvolvidos no contexto do projeto MOBICAR.

A plataforma destina-se a veículos da categoria L7e, caracterizada por um processo de ho-mologação mais simples do que a categoria M1, com menores custos de desenvolvimento. Um dos principais requisitos desta categoria está relacionado com o peso máximo do veículo (400kg para veículos de passageiros e 550kg para veículos de carga, excluindo baterias e componentes opcionais). Através de atividades de pesquisa de mercado e da experiência anterior em estrutu-ras semelhantes foi definido um limite de 90kg para toda a estrutura (Skate e Roll Cage). Este valor representa cerca de 23% do peso total do veículo.

Relativamente à segurança, o único requisito das normas consiste no teste do cinto de segurança. Contudo, a crescente preocupação no capítulo da segurança indica a possível inclusão de colisões frontais e laterais de forma a validar a estrutura. Desta forma houve a preocupação de incluir es-paço para colocar uma caixa de absorção de energia na parte frontal do Skate.

No que respeita à rigidez da estrutura, os objetivos foram definidos com base em atividades de

O CEIIA na vanguarda

CONCEITO SKATE CHASSIS

Skate chassis equipado com rodas e suspensão

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pesquisa de mercado e bibliografia, bem como a experiência anterior do CEIIA em projetos se-melhantes. De forma a tornar o conceito ainda mais flexível em termos de projeto foi decidido não considerar o Roll Cage nem os painéis exteriores como elementos estruturais.

O custo da estrutura foi fixado em 500euros. Este valor foi obtido com base numa consulta a fab-ricantes de estruturas semelhantes. A tecnologia de produção do Skate é chapa de aço quinada. A estrutura superior (Roll Cage) é feita com tubo de aço.

Uma das principais limitações deste tipo de veículos é o tempo de carga. Deste modo foi decidido incluir a funcionalidade de troca de baterias, com o acesso a ser feito por baixo. Desta forma, as baterias posicionam-se abaixo do piso da plataforma num local central, beneficiando a dis-tribuição de massas e o centro de gravidade.

O conceito obtido é uma plataforma caracterizada por um piso uniforme, dividida em três módu-los: frontal, central e traseiro. O módulo central aloja as baterias e o frontal e traseiro os compo-nentes de propulsão, transmissão e direção. Fica, assim, assegurada a modularidade que permite múltiplas configurações consoante o tipo de veículo, bastando apenas trocar a estrutura superior (Roll Cage). Os subconjuntos são soldados e a acoplagem entre os módulos que compõem o Skate e a ligação do Skate com o Roll Cage é feita com fixações mecânicas (parafusos). A estrutura tubular do Roll Cage suporta os apoios dos cintos de segurança, contribuindo também para pro-teger o habitáculo em caso de capotamento. Este elemento fornece ainda pontos de fixação aos painéis exteriores e interiores bem como alguns componentes e periféricos (HVAC). O conceito modular permite a substituição de qualquer um dos módulos em caso de acidente, minimizando os custos de reparação.

Plataforma com piso uniforme

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Relativamente ao sistema de suspensão, foi desenvolvida uma configuração de triângulos sobre-postos em ambos os eixos. Trata-se de uma suspensão independente cujas principais característi-cas são o bom desempenho dinâmico e o facto de ser compacta, contribuindo desta forma para a obtenção de uma plataforma com um piso liso (sem as tradicionais intrusivas torres de suspensão).O motor elétrico tem 13KW e encontra-se montado em posição transversal traseira, transmitindo a tração a esse mesmo eixo.

Esta estrutura foi validada através do recurso ao cálculo estrutural. Foram realizadas mais de 50 iterações de forma a otimizar a forma, dimensão e a espessura dos diversos elementos. Os re-sultados obtidos permitem cumprir os objetivos de rigidez e peso estipulados inicialmente. Foram no entanto identificados alguns aspetos negativos sobretudo associados ao cumprimento de tol-erâncias durante o processo de produção e em relação à durabilidade.

Após esta fase de engenharia seguir-se-á a fase da construção de um protótipo não apenas para a validação estrutural mas ainda para a validação da suspensão e conforto.

Constituição do skate chassis e rollcage

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O projeto MobiCarExterior, inserido no projeto mobilizador MOBICAR, baseia-se no desenvolvi-mento de painéis exteriores para automóveis elétricos e de baixo volume de produção. Efetiva-mente, a venda de veículos elétricos durante os próximos anos não deverá ser suficientemente representativa pelo que deverão resultar em pequenos volumes de produção. Este constrangi-mento juntamente com a necessidade de redução de peso dos veículos, conduziu à necessidade de desenvolvimento de novos conceitos de exteriores para veículos elétricos.

A utilização do aço e do alumínio é adequada a grandes volumes de produção em que os cus-tos em ferramentas de produção e estampagem são amortizados de forma reduzida em cada unidade produzida. Para volumes de produção menores, a utilização de compósitos de fibra de vidro pode permitir ainda uma redução de peso, no entanto a adoção de tais tecnologias levam a ciclos de produção elevados. Com a utilização de DCPDRIM, que é um polímero termoendurecível baseado numa mistura de dois componentes com baixa viscosidade injetada a baixas pressões e temperaturas, é possível obter peças com baixo investimento em equipamento e com ciclos de produção reduzidos, bem como reduzir o peso devido à baixa densidade deste material. Porém, o uso deste material requer a utilização de reforços para manter a estabilidade estrutural dos componentes.

Para melhor visualizar o que é possível obter com o DCPDRIM em comparação com outros mate-riais foi elaborado um estudo de benchmarking apenas focado nas portas laterais dianteiras de automóveis. Este estudo de benchmark combina informações da Lotus e do CEIIA, apresentando uma amostra de dez carros que utilizam materiais diferentes nos painéis exteriores.

HyBRID DESIgN FOR AUTOMOTIvE BODy pANELS

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Com este estudo, pode ser visto que, em termos de área o Ford Focus apresenta a porta maior en-quanto que o Audi A2 apresenta a porta menor. Em termos de peso, o Ford Focus apresenta o pior valor enquanto que o Aixam apresenta o melhor valor. Foi definido um rácio entre o peso e área de cada porta, permitindo desta forma fazer uma comparação com base em valores normaliza-dos. Analisando este racio, pode ser visto que o Ford Focus apresentou o valor mais desfavorável enquanto que as portas com alumínio ou configurações híbridas de polímero e metal apresentam os melhores valores. Em relação à porta em DCPDRIM pode ser visto que esta obteve o terceiro melhor valor. Para melhorar este estudo entre materiais foi feito um estudo de design adotando sempre a mes-ma geometria e apenas variando os materiais. Para obter uma redução de peso válida, a estabi-lidade estrutural deve ser mantida pelo que paralelamente a este estudo de design foi feita uma análise de elementos finitos. Para o teste seguinte foi considerado como valor de referência do peso e do comportamento de um painel de aço com 1 mm de espessura, sem qualquer reforço. Este apresentou um peso de 8,3 kg e uma deformação de 8microns provocada por uma carga.

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Rácio entre peso e área das portas

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Peso das portas dos veículos analidaos

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Usando o mesmo principio foi feito um estudo para painéis de materiais diferentes, nomeada-mente alumínio e DCPDRIM. Uma vez que as propriedades mecânicas de alumínio não são as mesmas do aço surgiu a necessi-dade de adotar um reforço de aço. Assim variando a espessura de ambos a partir de 1 milímetro a 5 milímetros de modo a alcançar o mesmo comportamento mecânico do painel de aço acabando com um componente inteiro de 6,4 kg, que é de 23% menos do que o aço. Mais uma vez foi feito o mesmo exercício para uma configuração de DCPD usando também um reforço de aço e acabando com um compoente de 5,6 kg, que é 32% menor do que o aço e do que a configuração de alumínio.

Para além destas reduções de peso significativas, o uso do DCPD, na produção de painéis exteri-ores de automóveis, permite reduzir passos relacionados com as operações de montagem devido a sua capacidade de sobre-moldação de insertos metálicos. Em termos de qualidade superficial, este material permite alcançar superfícies Classe A. O processamento deste material tem um con-sumo reduzido de energia bem como em fim de vida permite uma recuperação substancial de energia por cada quilograma incinerado.

Como a utilização deste material requer o uso de reforços estruturais, serão estudadas formas de união entre este material e outro que inclua a função de reforço. Este estudo tem como finalidade a conceção, desenvolvimento e otimização de painéis exteriores de automóveis contribuindo para uma redução significativa de peso e de custo, tornando-os apropriados para baixos volumes de produção.

Geometria testada referente ao painel de 1mm de aço

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a fidae – “feria internacional del aire y del espacio”, a primeira feira aeronáutica realizada no Chile, foi inaugurada em 1980 com o objetivo de celebrar o 50.o aniversário da força aérea do Chile. a Base aérea “el Bosque” foi o cenário escolhido para este evento, que contou com a presença de cerca de 115.000 pessoas e 75 empresas expositoras de 13 países.

Feria Internacional del Aire y del Espacio FIDAE 2012

Embraer E-99 da Força Aérea Brasileira

Em 2006, as novas instalações da FIDAE foram mudadas para o setor noroeste do Aeroporto In-ternacional Arturo Merino Benitez, em Santiago.

Atualmente, com 16 edições e mais de trinta anos de existência, esta exposição tem-se consoli-dado como uma das mais relevantes no mundo e indiscutivelmente a mais importante da América do Sul na área Aeroespacial, Defesa e Segurança, tendo demonstrado ser uma reconhecida plata-forma de geração de negócios. Este evento é gerido pela Força Aérea do Chile que o promove de dois em dois anos. A edição deste ano da FIDAE contou com várias delegações entre outras da Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Espanha, França, Reino Unido e Israel, representando diversos fabricantes e distribuí-das por 7 grandes pavilhões e um elevado número de aeronaves dispostas no imenso parque localizado no centro da feira. Estiveram presentes várias forças aéreas da América do Sul e dos Estados Unidos, as quais pre-sentearam os visitantes com várias aeronaves, nomeadamente o McDonnell Douglas KC-10, Lock-heed Martin C130 Hércules e F-16, Embraer Tucano da Esquadrilha da Fumaça, Airbus Military A400 M, Bell 407 AH, Aleia C27J-Spartan, bem como a realização de vários voos acrobáticos os quais deixaram a multidão ao rubro com as suas manobras verdadeiramente impressionantes.

Também um conjunto bastante significativo de aeronaves comerciais em especial o Airbus A-380, o Boeing 787 e o Phenom 100 da EMBRAER, estiveram presentes no certame.

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Lockheed Martin Hercules C-130

Canadian Vickers OA-10A catalina

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NOTÍCIASAUTO MOBILIDADEAERO

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NOTÍCIAS AUTO

VOLKSWAGEN CRIA PROTÓTIPO DE “CARRO VOADOR”...................................................................................................................

A Volkswagen lançou no ano passado na Repúbli-ca Popular da China um concurso de ideias para um novo “carro do povo”, a tradução literal da ex-pressão alemã que é a sua marca registada e que a tornou tão famosa. Entre 33 milhões de visitas ao seu site e mais de cem mil propostas recebi-das, a construtora alemã de automóveis gostou muito especialmente de uma delas e resolveu pô-la em prática: a de um “carro voador” que parece saído de um filme de ficção científica.

In Diário de Notícias- 31-05-2012

SETOR AUTOMÓVEL jAPONêS RECU-PERA UM ANO APÓS TERRAMOTO...................................................................................................................

Os principais fabricantes de automóveis do Japão anunciaram um aumento exponencial de produção, um setor ainda a recuperar do im-pacto devastador do terramoto do ano passado. Os pesos pesados Toyota, Nissan e Honda viram a sua produção dar um enorme salto em abril comparando com o mesmo mês do ano passado, quando foram obrigados a fechar fábricas devido à escassez de energia e falta de componentes para fabricar os carros, notícia a Associeted Press.

In Sol- 30-05-2012

TOyOTA APOSTA fORTE NOS MERCADOS EMERGENTES................................................................................................................... A Toyota anunciou planos para a sua expansão nos mercados emergentes, onde espera atingir 50% das vendas globais até 2015, os quais in-cluem o lançamento de oito modelos compac-tos nos próximos anos. Atualmente, o construtor japonês já comercializa anualmente mais de três

milhões de veículos nos mercados emergentes, valor que equivale a 45% das suas vendas totais a nível mundial. De acordo com a Toyota, o objetivo passa por vender anualmente mais de um milhão de veículos nos mercados emergentes com os oito novos modelos em mais de 100 países e regiões.

In Lusomotores- 30-05-2012

ALTRAN ABRE CENTRO DE ExCELêN-CIA PARA TECNOLOGIAS................................................................................................................... A Altran inaugurou recentemente o Altran Excel-lence Centre na cidade de Barcelona, em Espan-ha, que se dedica às novas tecnologias do setor automóvel. O novo centro concentra projetos do grupo relacionados com inovação e desenvolvi-mento de carros elétricos e oferece aos clientes uma experiência em veículos elétricos, híbridos e sistemas de redução de emissões de dióxido de carbono (CO2).

In Lusomotores- 22-05-2012

ALIANçA RENAULT-NISSAN PAGA 568 MILhõES DE EUROS PARA CONTRO-LAR RUSSA AVTOVAz................................................................................................................... A aliança Renault-Nissan vão pagar 750 milhões de dólares (568,7milhões de euros) para adquirir o controlo da fabricante russa Avtovaz, detida pela sociedade pública Russian Technologies. A aliança irá ficar com 74,5% do capital da fabricante dos carros russa e tornar-se no segundo maior cons-trutor europeu. O processo de aquisição da Av-tovaz só estará completo em 2014. Atualmente, um em cada três carros vendidos na Rússia per-tencem às marcas Renault, Nissan e Avtovaz.

In Diário Económico- 04-05-2012

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Este conjunto de notícias vem confirmar a tendência para a con-centração do crescimento do setor nos países emergentes, desig-nadamente, num conjunto bastante alargado de países asiáticos. Este crescimento regista-se tanto nas vendas per capita como na produção local. E é aqui que os construtores nipónicos têm vanta-gem relativamente aos congéneres europeus e americanos já que conseguem, com maior facilidade, conjugar a produção a partir do Japão com a necessidade (por vezes imposição) de produção local. Apresentam simultaneamente uma maior capacidade de leitura das especificidades do mercado local, conseguindo assim contrariar a tendência de longo-prazo para a estagnação do mercado nipónico.

O controlo da russa Avtovaz pela aliança Renault-Nissan vai no mesmo sentido, isto é, do aumento das vendas em mercados em crescimento, embora o crescimento esperado nos países da Europa de Leste seja bastante inferior ao antecipado para o continente asiático.

Por sua vez, a notícia da criação do centro de excelência da Al-tran é um bom exemplo de uma via para o crescimento nos países desenvolvidos. Isto é, mesmo sem grandes sinais de crescimento da produção na Europa Ocidental é possível apostar na criação de postos de trabalho altamente qualificados em áreas de ponta da indústria automóvel, como é o caso dos veículos elétricos, híbridos e sistemas de redução de emissões de dióxido de carbono.

António Monteiro (INTELI)

OPINIÃO

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NOTÍCIAS MOBILIDADE

ELéTRICO ACESSÍVEL àS MASSAS................................................................................................................... Um consórcio de parceiros ligados à indústria automóvel germânica, entre os quais se inclui a Daimler e a BMW (líder do projeto), uniram-se a um estudo inicialmente desenvolvido pela Uni-versidade Técnica de Munique (TUM), de desen-volvimento de um VE que seja economicamente mais acessível que os atuais. O projeto, Vision.M, conta com 10,8 M de euros de financiamento do Ministério da Educação e Investigação Alemã.

In guia do Automóvel- 01-06-2012

ELéTRICOS PODEM RENASCER SAAB................................................................................................................... De acordo com algumas notícias surgidas esta se-mana, a marca Saab poderia vir a ser recuperada como um especialista de VE, graças à intervenção de um consórcio japonês e chinês. Esse consórcio, do qual faz parte a Sun Investment, firma nipóni-ca de projetos ambientais de alta tecnologia, está a ser associada a Karl-Erling Trogen, antigo presi-dente da Volvo Trucks.

In Auto Hoje- 31-05-2012

O SEGUNDO ELéTRICO NISSAN................................................................................................................... A Nissan vai começar a produzir na sua fábrica de Barcelona o furgão e-NV200, modelo 100% elétrico. O e-NV200 será o segundo veículo 100% elétrico da Nissan, a seguir ao Leaf.In Auto Hoje- 31-05-2012

ESTACIONAMENTO PARA CARROS ELéTRICOS fOI INAUGURADO...................................................................................................................

Foi inaugurado em Lisboa o primeiro parque de estacionamento exclusivo para carros movidos a eletricidade. O estacionamento localiza-se no parque Chão de Loureiro, onde existem 32 postos de carregamento. O parque, energeticamente su-ficiente e que tem na sua cobertura uma central fotovoltaica produtora de energia, foi inaugurado pelo presidente da CM de Lisboa.

In Destak- 30-05-2012

AUDI E-BIKE: A NOVA BICICLETA DO SéC.xxI................................................................................................................... A Audi apresentou no Wörthersee Tour de 2012 o seu protótipo de bicicleta elétrica em fibra de carbono com rede Wi-Fi. A bicicleta Audi conhe-cida como e-bike é tudo menos uma bicicleta convencional. Foi desenhada pela marca alemã para divertimento, desporto e truques/manobras. A e-bike combina as principais linhas da marca Audi e explora os limites do que é tecnicamente viável em termos de design, construção, rede Wi-Fi e mobilidade elétrica, adianta a marca.

In Agência Financeira Online- 21-05-2012

SIEMENS qUER CAMIõES ELéTRICOS NAS ESTRADAS................................................................................................................... A Siemens apresentou um no 26º Simpósio Anual de Veículos Elétricos, em Los Angeles, um pro-jeto para pôr nas estradas camiões eléctricos - “eHighway of the Future”. O conceito consiste na eletrificação de camiões, bem como de algu-mas estradas selecionadas, de forma a permitir a circulação destes veículos da mesma forma que circulam, em muitas cidades, os elétricos.

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Depois de um período de grande afirmação da mobilidade elétrica como uma das linhas de desenvolvimento futuro da indústria automóvel, a crise e o ambiente de incerteza que caracterizam a economia europeia vieram, aparentemente, conter um pouco essa tendência. Apesar disso, a eletrifi-cação do automóvel veio para ficar, e a motorização elétrica ocupará um espaço crescente no mercado, independentemente da forma de armaze-nar energia a bordo (baterias e / ou extensores de autonomia a gasolina ou gasóleo, fuel-cells alimentadas a hidrogénio ou reformador de etanol, …), com a característica distintiva de poder abastecer na rede elétrica, garantindo níveis de eficiência energética e ambiental únicos e, nunca é demais relembrar, “emissões zero” locais. A seleção de notícias desta edição aponta alguns sinais que importa reter:

_ O “veículo elétrico” não é um conceito abstrato. O desenvolvimento do mercado trará propostas diferenciadas por parte dos construtores, seg-mentando o mercado em função do tipo de utilização. Sendo a autonomia uma questão central no desenvolvimento do mercado de veículos elétri-cos, é clara a vocação urbana dos “elétricos puros” por agora, sendo as soluções híbrido-série, com “extensor de autonomia” uma promessa de futuro. No transporte de mercadorias, em que os baixos custos opera-cionais proporcionados pelos elétricos são particularmente relevantes, a mobilidade elétrica tem um amplo campo de aplicação, seja na logística urbana, em que construtores como a Renault, com o Kangoo EV, ou a Nis-san, com a nova e-NV200, serão pioneiros, ou com a introdução de tec-nologias que possibilitem a eletrificação do transporte de médio e longo curso, segundo conceitos mais futuristas como a “eHighway of the Future” da Siemens;

_ No entanto, os EV abrem espaço para repensar a arquitetura o veículo, e mesmo simplificar a sua construção - reorganizando a disposição da motorização, das baterias e / ou outros sistemas de armazenamento de energia –, permitindo desenvolver modelos adequados à circulação no ambiente da cidade, baseados em modelos industriais e cadeias de for-necimento extremamente eficientes e flexíveis. Com um desenvolvimento e responsabilidade partilhados com as cadeias de fornecimento. Um con-ceito querido a Portugal, desde o projeto P3, em 2001, e que construtores como a Daimler e a BMW têm no seu radar.

Luís Reis (INTELI)

OPINIÃO

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AVIãO “SOLAR IMPULSE”...................................................................................................................

O avião “Solar Impulse”, que utiliza apenas ener-gia solar, aterrou, no fim da semana passada, no aeroporto de Barajas, em Madrid, a primeira es-cala do seu primeiro voo intercontinental de Pay-erne (Suíça) rumo a Rabat, em Marrocos. O voo Payerne-Rabat é encarado pelo equipa do projeto como um ensaio geral para a primeira volta ao mundo realizada num avião solar, prevista para 2014.

In Diário Económico - Energias- 29-05-2012

AIRBUS GASTA 463 MILhõES PARA REPARAR ASAS DO A380................................................................................................................... A reparação das gretas das asas do Airbus A380 vai custar 358M de euros adicionais face aos 105M de euros anunciados pelo consórcio eu-ropeu EADS, tornando o custo total da operação superior a 463M de euros. De acordo com o úl-timo relatório do Citi, para além das menos-valias reconhecidas pela Airbus até agora é necessário contabilizar 100M que a fabricante aeronáutica vai gastar até ao final do ano e outros 100M a desembolsar em 2013.

In OJE- 29-05-2012

fEIRA AERONáUTICA NO BRASIL................................................................................................................... A Feira Internacional de Aeronáutica realizou-se entre os dias 24 e 27 de maio de 2012, em São José dos Campos. O sucesso das edições anteri-ores e o índice positivo de crescimento de negó-cios, faz da Expo Aero Brasil um evento de refe-rência no setor aeroespacial mundial e mostra-se como excelente vitrine para produtos e serviços

de todas as fases de desenvolvimento de produto.

In TSF - Negócios & Empresas- 28-05-2012

EMBRAER PROCURA VENDER MAIS fORA DA EUROPA................................................................................................................... A Embraer, quarta maior fabricante de aviões do mundo, está a encetar esforços para vender mais aparelhos na Ásia, Médio Oriente e África, para compensar a quebra da procura na Europa devi-do à crise. As receitas na Europa representaram 35% do total da fabricante brasileira no primeiro trimestre. As encomendas de aviões domésticos neste mercado recuaram para cinco nesse perío-do, um número que compara com os 20 reporta-dos nos primeiros três meses de 2011.

In OJE.pt- 28-05-2012

EMBRAER é ExEMPLO DE SUCESSO DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM PORTUGAL................................................................................................................... Governo e “troika” esperam que economia por-tuguesa possa atrair mais capitais externos nos próximos anos. O investimento da brasileira Em-braer parece estar de “pedra e cal” em Évora. A empresa vai investir 150 milhões de euros na construção de duas fábricas de componentes para aviões, que devem começar a produzir já no próximo verão. A crise não alterou o calendário da construtora, que vai criar 600 postos de trabalho diretos e está a atrair para a região novas empre-sas ligadas à indústria aeronáutica. Uma das fá-bricas é de estruturas metálicas e a outra de ma-teriais compósitos.

In Renascença Online- 02-05-2012

NOTÍCIAS AERO

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Após os comentários “muito leve, muito grande, impossível de contro-lar em voo”, o projeto Solar Impulse efetuou o seu primeiro voo este ano. Este é um exemplo de como a pesquisa científica deve ser utili-zada como motor de novos desenvolvimentos e de um mundo melhor e mais sustentável. Os novos desenvolvimentos tecnológicos na aero-náutica, pela complexidade e abrangência requeridos, possibilitam a transferência do conhecimento adquirido para outras áreas científi-cas e tecnológicas. A evolução e o domínio da tecnologia ocorrem por vezes de forma diferente ao espectável. A Airbus terá que disponibilizar uma quan-tia avultada para solucionar o problema das fendas encontradas nas asas em compósito do A380, o maior avião comercial de passageiros da história. Nem sempre os grandes avanços tecnológicos produzem os resultados esperados no espaço temporal desejado.

O setor aeronáutico que se caracteriza por uma forte competitividade entre empresas obriga a que estas demonstrem os seus produtos e se destaquem dos adversários utilizando para isso as exposições e fei-ras, como aconteceu na Feira Internacional de Aeronáutica, no Brasil. Após 14 edições com muito sucesso e com um crescimento acentuado nos negócios, a Expo Aero Brasil tornou-se uma excelente vitrina para produtos e serviços abrangendo desde a produção civil e militar de aeronaves até software.

O estado atual da economia mundial obriga as empresas a procurar novos horizontes e áreas de atuação pelo que a EMBRAER procura expandir o mercado para a Ásia, Médio Oriente e África. Portugal em período de ajuda da “troika” pode e deve aproveitar todas as oportu-nidades de investimento externo como aconteceu com o investimento da EMBRAER em Évora e na OGMA em Alverca.

Luís Rebelo (CEIIA)

OPINIÃO

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intelligence

Ficha técnica Edição: PCT da Mobilidade (CEIIA e INTELI) Data: Maio, 2012Equipa VOZ OFF: Bernardo Sousa Ribeiro (CEIIA), Diana Reis (INTELI), Gualter Crisóstomo (INTELI), Helena Silva (CEIIA), Maria João Rocha (INTELI), Sónia Pereira (CEIIA) Colaboraram nesta edição: André Camboa (MIT Portugal),António Monteiro (INTELI), Luís Isidoro (CEIIA), Luís Rebelo (CEIIA), Luís Reis (INTELI), Ricardo Baião (CEIIA), Design: CEIIACoordenação: CEIIA/INTELI

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