vou pro anchieta

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vou pro ANCHIETA BELO HORIZONTE | ANO 1 | Nº 1 | EDIÇÃO ESPECIAL

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Revista do Bairro Anchieta

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Page 1: Vou pro Anchieta

vou proANCHIETABELO HORIZONTE | ANO 1 | Nº 1 | EDIÇÃO ESPECIAL

Page 2: Vou pro Anchieta

CRIAÇÃO DO BH RESOLVE: 600 SERVIÇOS EM UM SÓ LUGAR.

INAUGURAÇÃO DO AQUÁRIO DO RIO SÃO FRANCISCO, O MAIOR AQUÁRIO TEMÁTICO DO BRASIL.

INAUGURAÇÃO DO MAIOR RESTAURANTE POPULAR DO BRASIL.

SAMU: NOVA SEDE E NOVAS AMBULÂNCIAS. MAIS PROFISSIONAIS, MÉDICOS E ENFERMEIROS.

CRIAÇÃO DO “MELHOR EMPREGO”: PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL.

15 NOVAS ACADEMIAS DA CIDADE, TOTALIZANDO 23 UNIDADES.

10 NOVOS CENTROS DE SAÚDE E 19 UNIDADES REFORMADAS.

MAIS DE 4 MIL NOVAS MORADIAS.

MUITA COISA BOA EM MUITOPOUCO TEMPOWWW.PBH.GOV.BR | DISQUE 156

19 NOVAS UMEIS – UNIDADES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL, TOTALIZANDO 57 UNIDADES.

78 NOVAS ESCOLAS INTEGRADAS, TOTALIZANDO 128 UNIDADES E MAIS DE 33 MIL VAGAS.

CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA POSSO AJUDAR EM TODAS AS UNIDADES DE SAÚDE DE BH.

Page 3: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 1

NESTE NÚMERO

2 PARÓQUIA

4. ESPORTE Show de bola

5 EDITORIAL

6 CAPA Na trilha da educação 10 ESPECIAL A PF é logo ali

14 GASTRONOMIA Sorria, você está comendo um risoto!

18 GENTILEZA URBANA Mudas de esperança

20 AMIGO PET ‘Operação anti-caca’

22 TENDêNCIAS A democrática moda 2011

25 CIRCULANDO Pelos bares e restaurantes do Anchieta

26. COMPORTAMENTO Que venha Ringo Star!!!

28 URBANISMO Há esperança (ao invés de pichação) no final do túnel?

30 TURISMO Disney, roteiro preferido

32 RETRATO Belo Horizonte, meu amor

ESTE ESPAÇO ESTÁ RESERVADO PRA VOCÊ

vou proANCHIETA

Foto (capa): JORGE SANTOS

Ano I | N.1 | Dezembro 2010

vou proANCHIETABELO HORIZONTE | ANO 1 | Nº 1 | EDIÇÃO ESPECIAL

Page 4: Vou pro Anchieta

vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 20102

Curiosidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

EDITORA-GERALGláucia Albernaz

EDITORA EXECUTIVAVirgínia Castro

PROJETO GRÁFICOMilton Júnior / Lúcia Helena de Assis

EDITORA DE ARTELúcia Helena de Assis

REPORTAGEMGláucia AlbernazVirgínia Castro

FOTOGRAFIAJorge SantosRonaldo AlmeidaFernando da Silva CastroVirgínia CastroBanco de Imagens

REVISÃOLairton Liberato

COLABORADORESMárcia MendonçaJorge Santos

PUBLICIDADE

PARA ANUNCIAR Tel.: 31 3337 9751 / 9983 3016 [email protected]

DÚVIDAS, SUGESTÕES, CRÍTICAS, COMENTÁRIOS, CARTAS, FOTOGRAFIAS E SUGESTÕES DE MATÉRIAS: [email protected]

IMPORTANTE – Todas as correspondências devem trazer o nome e endereço completos. Elas podem ser publicadas na íntegra ou em parte pela editoria da revista.

vou proANCHIETA

•   A expectativa de vida no bairro é de 79 anos.

•   Chega a 100% o índice de serviços básicos de energia elétrica,  coleta de lixo e água encanada.

•   As principais vias de acesso são a Av.Francisco Deslandes,  Rua Montes Claros, Odilon Braga e Vitório Marçola.

Você sabia? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Córrego Francisco DeslandesA  Avenida  Francisco  Deslandes é uma via situada no bairro An-chieta,  responsável por conectar o bairro do Cruzeiro. Por baixo da avenida,  existe  um  córrego  de mesmo nome (Francisco Deslan- des), que nasce no parque Julien Rien. Tal córrego passou por refor-mas em meados do ano de 2008, para aumentar a vazão de água.

Um eleitor ilustreÉ eleitor do bairro Anchieta, da 35ª 

Zona, Seção 48, no Colégio Arnaldo, 

da Rua Vitório Marçola,  o governador 

do Estado, professor Antonio Augusto 

Anastasia Júnior.

PARA [email protected].: 31 3337 9751   |  9983 3016

pa

róq

uia EEste é um espaço da comunidade do bairro Anchieta.

Registraremos, aqui, os recados e as informações básicas que possam orientar seus moradores. Sua participação será bem-vinda!

O Anchieta é um bairro de classe média localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. É tranquilo, arborizado e de alta densidade populacional. Também é considerado muito seguro, pois conta com a coopera-ção da Associação dos Moradores do Anchieta (Amoran). Delimita-se pelas ruas Francisco Deslandes (divisa com Sion/Carmo), Vitório Marçola (divisa com Cruzeiro) e Avenida dos Bandeirantes (divisa com Mangabeiras).

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Foto DIVULGAÇÃO

Page 5: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 3

A capela de São José Operário, que pertencia à Paróquia do Carmo, foi seu primeiro nome. No entorno, surgiu uma comunidade. Em março de 1967, passou a se chamar Paróquia de San-ta Cecília, quando foi designado como pároco o padre Expedito Rodrigues de Ávila, que permanece até hoje.

Com a sua chegada, foi construído o salão paroquial e a reforma da cape-la. Em 1969, com Dom João, então Ar-cebispo de Belo Horizonte, a Paróquia passou a se chamar São Mateus.

O padroeiro da paróquia São Ma-teus é o autor do Evangelho de Ma-teus e um dos doze Apóstolos. Cha-mado Levi, nasceu na Galileia e era

IMAGEM QUE FALA

Árvores inadequadas para passeios

Uma das mais antigas associa-ções de moradores de bairro da capi-tal mineira, a Associação dos Mora-dores do Bairro Anchieta (Amoran), também representante dos mora-dores do Cruzeiro, foi criada em dezembro de 1988. É uma Organi-zação Não Governamental (ONG), sem fins lucrativos, que age na de-fesa dos interesses da comunidade à qual está ligada.

Tem por objetivo dialogar com os moradores e, por outro, com repre-sentantes dos diversos órgãos da pre-feitura de Belo Horizonte, do governo de Minas Gerais, do governo federal e de empresas, a fim de expor as de-mandas da comunidade e, a partir de tanto, buscar negociar soluções.

o filho de Alfeu. Exercia a profissão de publicano (cobrador de impostos), nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum, no porto do mar da Galileia. São Mateus é representado na arte litúrgica segurando uma pena e tendo um anjo ao seu lado. Ele é o padroeiro dos contadores, oficiais al-fandegários, fiscais financeiros, con-selheiros fiscais, operadores em bolsa de valores, economistas, guardas de segurança de valores, coletores de impostos e cobradores de impostos. O dia de São Mateus é comemorado em 21 de setembro. A Paróquia tem prestado muitos serviços não apenas à comunidade do Anchieta, mas a ou-

tras que dela necessitam. Confira, no endereço eletrônico, as ações desen-volvidas pela Paróquia São Mateus: < www.paroquiasaomateus.com.br >

AmorAnA representante dos moradores

Amoran – Associação de Moradores dos Bairros Anchieta e CruzeiroRua Itapema 162 31310-490 Belo Horizonte MGTel.: 31 2555 5399  |  Fax: 31 2555 2691                                www.amoran.org.br

Diretoria – Gestão 2010/2012 Saulo Lages JardimPresidentePaulo Omar do Nascimento Pereira Vice-presidenteEdésio Cursetti Purcino 1º tesoureiroAna Carolina de R. Campos Oliveira 2º tesoureiro Vera Lúcia Andrade Pinto Renault 1º secretárioEleonora Correa Barbosa 2º secretário

Entre suas principais atuações es-tão a Comunidade Atenta e eventos como a Rua de Lazer, o Dia do Cão; bazares e encontros para degustação de tira-gostos e bate-papo; Sala de Leitura e Coleta de Óleo Residual de Cozinha (a Amoran mantém em sua sede um coletor de óleo de cozinha, que recebe destinação adequada.). Uma de suas principais ações é a Rede de Vizinhos Protegidos – Residência Monitorada. Possui, ainda, o jornal “Comunidade ativa”.

IGREJA DE SÃO MATEUS

MISSAS • Domingo: 8h | 10h | 18h • Segunda-feira: 19h • Terça a Sexta-feira: 7h | 19h • Sábado: 7h | 18h

Rua Joaquim Linhares, 47 Anchieta 30310-400 Belo Horizonte MG Tel.: 31 3223 6344

Ônibus: R. Itapema, em frente ao nº 19

Rua Ipatinga

Rua Itapema

Foto AMORAN

Igreja de São Mateus

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vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 20104

Rodolfo, João Vitor e Fernando festejam a visita do amigo e modelo Flávio, que mora em Milão. De férias em BH, Flávio sempre marca presença no Planeta Bola

Depois do futebol, um espaço para o bate papo e a tradicional cerveja gelada

Pelada de confraternização de fim de ano no Planeta Bola. Os sócios proprietários Matheus e Márcio, em destaque

esp

ort

eShow de bola

Todo menino tem o futebol no pé. No Anchieta, a escolinha Planeta Bola, fundada no final de 1998, pelos irmãos Márcio e Ma-teus, é uma referência no ensino deste esporte para crianças e ado-lescentes – de quatro a 15 anos. Mas o espaço não se restringe à escolinha. Ali, os “marmanjos” também se encontram para uma pelada e, em seguida, para a tra-dicional cerveja gelada.

O Planeta Bola também é um espaço para festas de aniversário entre outras.

MATRíCULAS – Basta comparecer ao Planeta Bola, preen-cher uma ficha com os dados do aluno, efetuar o pagamento e pegar o uniforme. O valor da mensalidade é de R$ 100. Já o  valor  da matrícula  varia  de  acordo  com o mês,  iniciando com o mesmo valor da mensalidade para janeiro e fevereiro. Com relação aos meses subsequentes, o valor cai proporcio-nalmente no decorrer do ano. O uniforme é R$75, incluindo camisa, calção e meião.

Aí vão as dicas

PeladasSegunda à quinta: 19h  às 23h Sextas,  sábado  e  domingo:  horário integral 

FestasSábado: 19h às 23h   Domingo: 15h às 2h

EndereçoRua Joaquim Linhares, 233 – Anchieta Belo Horizonte Tel.: 31 3284 7055

DIVULGAÇÃO

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GLÁUCiA ALBERNAz

ed

ito

ria

lUma ideia, um veículo de oportunidade, que tem por meta inte-

grar a população do bairro Anchieta que, de uns tempos para cá, tem visto seu espaço urbano tomado por inúmeras atividades comerciais e recebido pessoas de todo canto da cidade para brindar, beber, comer e festejar.

São bares, restaurantes, bancos, que, por estarem em um mesmo passeio, fazem lembrar a Suíça. São novas construções... e, agora, até um shopping!

O que está acontecendo? O Anchieta foi descoberto em pleno século XXi?

A população que já residia no bairro vai, aos poucos, percebendo a transformação. Transita pelas ruas e vê um movimento maior. Nos espaços, até então vazios, sobem construções, ampliam-se as moradias verticalizadas. Os edifícios mais antigos passam por reformas. Alunos secundaristas vão se misturando aos universitários, em função da cria-ção de cursos de nível superior em alguns colégios do bairro. Muda o trânsito, com novas interferências nas ruas. Aqui e ali, surge um novo comércio. O bairro fervilha!

Mas, mesmo com toda esta transformação, os moradores ainda se cumprimentam nas ruas, vão à igreja São Mateus, peregrinam em pro-cissão pelas ruas nos tradicionais eventos religiosos. Batem papo nas esquinas, nas farmácias, nos inúmeros salões de beleza, nas padarias, nos supermercados e na Associação dos Moradores. Os taxistas, conhe-cidos por todos na região, atendem ao chamado em poucos minutos.

Tudo pequeno e tudo muito grande.Ressalta-se, acima de tudo, a convivência, a tranquilidade e a so-

lidariedade ainda presentes no Anchieta. É a gentileza urbana. Uma aprendizagem constante, que será retratada na revista. Aqui, vamos mostrar o bairro, em seus muitos aspectos, falar sobre seus moradores, e os lugares comuns.

O bairro Anchieta, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, é diago-nalmente cortado por três vias de acesso – ruas Montes Claros e Vitório Marçola e avenida Francisco Deslandes.

Eu “vou pro Anchieta”, vamos?

Page 8: Vou pro Anchieta

vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 20106

na trilha da

EducAção

cap

a MMulher, mãe e empresária do ramo de educação, a proprietária da Trilha da Criança, Ana Paula Bartolomeu, é “anchietana” da gema. Com apenas quatro anos mudou-se para a Rua Montes Claros, onde morou até casar-se, em 1990. E foi no Anchieta que resolveu investir, profissionalmente, ao fundar a Casa do Bebê, posteriormente transformada em Trilha da Criança – uma escola do Gru-po Base, que atende desde o maternal à 3ª série do ensino fundamental e que se tornou referência em ensino de qualidade, não apenas no bairro Anchieta, mas em toda BH. Em setembro de 2010, a Trilha completou 20 anos.

Fotos JORGE SANTOS

Page 9: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 7

Conte-nos um pouco sobre você,

onde nasceu, formação profissional,

filhos...

Tenho 45 anos. Nasci em Volta Redonda e mudei para Belo Hori-zonte com quatro anos. Formei em Psicologia, em 1988, pela PUC Mi-nas e, posteriormente, fiz seis me-ses de psicologia empresarial. Sou pós-graduada em Educação infan-til. Tenho dois filhos – Rafael, com 17 anos, e Marina, com 13.

Você foi criada no bairro Anchieta.

Qual é sua relação com o bairro?

Mudei para o bairro com apro-ximadamente seis anos, e morei até casar (1990), na Rua Montes Claros entre Bambuí e Av. Ban-deirantes. Nesta época, no nosso quarteirão, só havia casas e tí-nhamos uma turma de crianças bem bacanas, brincávamos muito na rua. Naquela época, a Avenida Bandeirantes era mato e terra, gostávamos de fazer piquenique lá e escalar as “montanhas” (como eu era pequena, os morrinhos eram verdadeiras montanhas!) (risos).

O que a levou a trabalhar na área de

educação? Conte sua trajetória.

Fui uma adolescente muito in-dependente e sempre buscava al-ternativas para ganhar meu pró-prio dinheiro e depender menos dos meus pais. Trabalhei algumas vezes no Natal no Rei dos Brin-

Aqui,

Ana Paula Bartolomeu conta como trilhou o caminho da educação.

quedos, embrulhando presentes, e, quando tinha aproximadamen-te 12 anos, fiz meu primeiro curso de baby sitter com dois médicos, uma enfermeira e uma psicóloga. Achava que, com esta idade, só po-deria trabalhar com crianças. Nes-ta época, aprendi a curar umbigo de recém-nascido (sempre adorei bebês!) e fiz estágios previstos no curso, inclusive com crianças em casas de família. Além disso, sou a neta mais velha, brincava e cuida-va dos primos menores.

Quando entrei para a facul-dade de Psicologia, fui trabalhar como professora na creche do Ce-tec. Durante todo o curso, traba-lhava em um período e em outro fazia estágios em outras áreas da psicologia, mas todos relacionados com crianças.

Pouco depois de começar o curso de psicologia, a Ana Helena (Lelena), diretora do Colégio Vis-conde de Sabugosa, deu-me opor-tunidade como estagiária, profes-sora e coordenadora. Hoje, somos parceiras no Grupo Base.

A Lelena foi muito importan-te nesta minha trajetória e me apoiou muito, inclusive quando adquiri a Trilha (na época Casa do Bebê, com 28 alunos). Poste-riormente, descobri que na minha família havia vários educadores.

A Trilha completa 20 anos. Várias

crianças que passaram por ela já

devem estar na faculdade ou até

formadas. Você tem alguma estória

interessante a contar?

Fico realmente emocionada e sem palavras para dizer o quanto sou feliz vendo o crescimento da Trilha, dos alunos e da equipe. Co-meçamos com uma casa e fomos ampliando aos poucos, de acordo com os nossos sonhos e desejo de querer sempre mais e melhor para os alunos. Ao longo desses anos, amadurecemos muito. O resultado de tudo que construímos é fruto de muito trabalho, parcerias e em-penho de pessoas dedicadas e com-prometidas com a educação.

Sinto muito orgulho e grati-dão por todos que buscaram jun-to comigo realizar nossos sonhos, principalmente a Gislaine, que está comigo desde o início desta jornada.

“...quando tinha aproximadamente 12 anos, fiz meu

primeiro curso de baby sitter com dois

médicos, uma enfermeira e uma

psicóloga. Achava que, com esta idade,

só poderia trabalhar com crianças.”

>>>

Page 10: Vou pro Anchieta

Na Trilha, aprendo e cresço todos os dias, com as crianças, fa-mílias e colaboradores.

Aqui eu tive os meus filhos. Também sou muito agradecida a eles, pois não é fácil ter uma mãe que tem de conciliar a materni-dade com as demandas de uma escola que almeja sempre mais.

Tenho certeza de que fazemos a diferença na vida das crianças que passam pela Trilha. Acredi-tamos no potencial delas e tra-balhamos muito para que sejam felizes, tenham uma boa auto-estima e sejam pessoas curiosas e entusiasmadas pelo conheci-mento.

Na festa de 20 anos, recebe-mos a visita de vários ex-alunos que me emocionaram demais. Foi maravilhoso rever aquelas crianças que chegaram ainda be-bês, hoje adolescentes, chorando de emoção ao entrar na escola e relembrar de acontecimentos im-portantes.

“Na Trilha,

aprendo e

cresço todos os

dias com

as crianças,

famílias e

colaboradores.”

O bairro Anchieta abriga diversas escolas de qualidade, reconhecidas em toda a cidade. Uma delas, a Trilha da Criança, completou 20 anos em outubro do ano passado.

Foi fundada em 1990, com o nome Casa do Bebê para aten-der a crianças de 0 a 3 anos. Em 1993, já estabelecida e com a solicitação dos pais, a Casa do Bebê ampliou seu espaço físico e suas atividades, passando a ofe-recer as três primeiras séries da educação infantil. Em 2008, im-plantou o 2º e o 3º ano do ensino fundamental.

Em 1994, a escola fez a pri-meira mudança no nome para Casa do Bebê / Nosso Pré; e, em 2000, passou a se chamar Tri-lha da Criança, que continua até hoje.

Partindo da filosofia de que escola é um lugar para todos aprenderem – crianças, famílias e professores –, a escola possui vários projetos que proporcio-

Trilha da Criançanam o debate, a reflexão e a troca de experiências, dentre eles o Ci-dadão Mirim.

Na memória da escola cons-tam atividades marcantes como a visita dos índios patachós, a Mostra e o Ciclo Cultural – com participação de músicos e compo-sitores como Paulinho Pedra Azul, Rubinho do Vale e Weber Lopes; os escritores Marcelo Xavier, Santuza Abras, Ronaldo Simões Coelho, Bartolomeu C. Quei-roz, Hyla Flávia, Mario Vale; e a artista plástica Yara Tupy- nambá, dentre outros profis- sionais.

Ao longo da história da Trilha da Criança foram feitas parcerias importantes com associações e en-tidades que desenvolvem projetos voltados para crianças, adolescen-tes e idosos. Em 2006, com a parti-cipação de uma ONG, a Trilha ela-borou a sua própria Agenda 21, fortalecendo ainda mais o Projeto Cidadão Mirim e propondo novas metas a serem cumpridas.

ANA PAULA BARTOLOMEU >>

vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 20108

Page 11: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 9

Trilha da Criança Rua Vitório Marçola, 105 - Anchieta Tel.: 31 3287 7884www.trilhadacrianca.com.br

Page 12: Vou pro Anchieta

vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 201010

A PF é logo AliPosto da Polícia Federal no bairro Anchieta recebe cerca de 600 pessoas por dia

Por VIRGÍNIA CASTRO

Vai tirar passaporte, naturalizar-se, prorrogar prazo de permanência turística no Brasil? Vá pro Anchieta.isso mesmo, mais precisamente para a Av. Francisco Des-landes, 900 – 3º andar, do Plaza Shopping Anchieta, onde funciona um posto da Polícia Federal em Belo Horizonte. A ideia de criar uma unidade da PF num shopping foi “im-portada” do Rio e de São Paulo, onde já existe esse tipo de experiência.

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eci

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Page 13: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 11

OO chefe da Delegacia de imi-gração (Delemig), delegado Rodri-go de Melo Teixeira, explica que o prédio da Polícia Federal no alto da Avenida Raja Gabaglia não su-portava mais a excessiva deman-da. O então superintendente da PF, Davi Salem, teve a ideia de instalar o posto num shopping e, na época, a construtora responsá-vel pelo Plaza Shopping Anchieta fez o convite. O contrato, em regi-me de comodato, foi estabelecido antes mesmo de o prédio do shop-ping ficar pronto. Num primeiro momento, o posto foi instalado de forma precária, em plena constru-ção. Terminada a obra, ganhou a estrutura que atende, hoje, a uma demanda de 600 pessoas por dia, no setor de passaporte, e cerca de 110, no setor de imigração.

A parceria entre o shopping e a PF trouxe benefícios para os dois lados – setor público e privado. Para a PF é interes-sante ter um posto num shop-ping, em plena zona sul, onde é grande a demanda do serviço para retirada de passaporte. E, tanto para o próprio shopping, quanto para o comércio da re-dondeza, é vantagem ter a pre-sença de 300 a 600 pessoas/dia, a mais, comprando, frequen-tando os bancos, usufruindo de uma série de serviços – bancos, supermercados, loteria espor- tiva, farmácias, padarias... A lo-calização do novo posto da PF também teve influência na di-minuição do stress tanto para quem trabalha no atendimento quanto para o cidadão que está sendo atendido, que, enquanto aguarda sua vez, dá uma “che-

gadinha” lá embaixo e toma um sorvete, um café, namora as vitrines.

Atualmente, o posto da PF con-ta com seis máquinas – computa-dores com câmaras fotográficas acopladas e sistema óptico de cole-ta de digitais. Mas, segundo o de-legado Rodrigo, há demanda sufi-ciente para mais quatro máquinas pelo menos. “A PF está trabalhan-do para colocar mais estrutura no posto do shopping”, assinala.

Novo perfilCom o crescimento da econo-

mia brasileira, expansão da classe média e moeda mais forte, a pro-cura de passaportes não para de crescer no Brasil. No Posto da PF, o perfil do novo portador do docu-mento mudou depois do atentado às torres gêmeas nos EUA. Segun-do Rodrigo Teixeira, as leis anti-terroristas nos EUA, associadas à crise econômica americana, fize-ram baixar o índice de brasileiros que faziam passaporte em busca de uma vida melhor na América do Norte. “É claro que ainda te-mos emigrantes. Mas, o perfil de quem tira passaporte, hoje, é da pessoa de classe média e emergen-te que está viajando muito mais”, acrescenta o delegado.

•  Com toda a documentação em mãos e guia paga, o cidadão vai ao Posto da PF na data agendada. Depois de ter a documentação conferida pelo atendente, é feita uma foto e retira-da a impressão digital do cidadão. 

•  Em cinco  dias  úteis,  o  passaporte, que é impresso pela Casa da Moe-da, no Rio de Janeiro, está pronto.

PROCEDIMENTOS

•   Para  passaporte,  acesse  o  site  www.dpf.gov.br  e  clique  em  passa-porte. Ali, serão indicados os docu-mentos necessários para apresenta-ção à PF, na retirada do passaporte. O próprio site também gera a guia da taxa de recolhimento para este ser-viço, que custa, hoje, R$ 156,05.

•  A guia pode ser paga em qualquer agência bancária ou casa lotérica.

•  Em  seguida,  o  cidadão  deverá  fa-zer  o  agendamento  para  entrega dos documentos, entre outros, por meio  do  próprio  site.  O  agenda-mento tem ocorrido para um prazo médio de 20 dias.

Posto da Polícia Federal no Anchieta

• Tipo de atendimento: requerer e renovar passaporte, naturalização, prorrogação de prazo de perma-nência no país, dentre outros ser-viços para estrangeiros.

• Endereço: Av. Francisco Deslandes, 900 – 3º andar Shopping Plaza Anchieta

• Horário de atendimento: de 7 às 19h

Page 14: Vou pro Anchieta

vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 201012

Expliquei ao embaixador que o estado tem a segunda popu-lação e possui o segundo maior PiB, com crescimento supera as taxas nacionais. Lembrei que está em andamento a amplia-ção do Aeroporto internacional Tancredo Neves, que terá uma capacidade aumentada para 12 milhões de passageiros ao ano. Vejam que o número de voos da American Airlines de Confins para os Estados Unidos chegou a 187 em 2009, com quase 30 mil passageiros. Em 2003, fo-ram pouco mais de 10 mil pas-sageiros.

Além disso, a instalação do consulado em Minas Gerais – esta-do de origem de grande parte dos imigrantes para os Estados Uni-dos – seria vantajoso para as au-toridades norte-americanas, que teriam mais conhecimento da reali-dade local desses imigrantes. Tam-bém seria possível intensificar a cooperação com as autoridades bra-sileiras no sentido de criar ações de conscientização quanto aos perigos de uma imigração ilegal.

Segundo informações da em-baixada, o Brasil já é o 4º maior emissor de vistos americanos, atrás apenas da China, Índia e México.

Há alguma esperança de que o con-

sulado americano instale um depar-

tamento para concessão de visto

em BH?

Há muita esperança. Todos esses argumentos mencionados por mim foram repassados ao embaixador Thomas Shannon,

Por um consulado americano em MinasMilhares de mineiros visitam

anualmente os EUA – seja por tu-rismo ou em busca de empregos economicamente mais rentáveis. Mas são obrigados a se deslocar para o Rio, São Paulo, Brasília ou Recife (cidades onde os consula-dos americanos emitem o visto), o que gera uma série de transtornos – o afastamento temporário do trabalho, despesas com passagens e hospedagem, dentre outras.

O então senador (agora depu-tado federal) Eduardo Azeredo explica que já entregou ao em-baixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, uma proposta detalhada, onde explica que o Estado de Minas Gerais é detentor de vantagens políticas, econômicas e demográficas que recomendam a criação de um con-sulado norte-americano em Belo Horizonte.

São muitas as reclamações de minei-

ros sobre o fato de terem que se des-

locar para outros estados a fim de

tirarem o visto americano. O que se

tem feito para reverter este quadro?

Sim, são muitas e antigas. Re-centemente, levei ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, uma propos-ta detalhada sobre esse assunto, mostrando que Minas Gerais é detentor de vantagens políticas, econômicas e demográficas que recomendam a criação de um consulado norte-americano em Belo Horizonte. Essa seria uma forma concreta de manifestar interesse na construção de uma agenda positiva dos Estados Uni-dos no Brasil.

Dicas O procedimento para retirada de passaporte tem um prazo de 25 a 30 dias. Portanto, se for viajar para o exterior, não deixe para tirar o passaporte na última hora.

• Os documentos para retira-da de passaporte devem ser originais.

• Além do título de eleitor, é preciso levar os comprovan-tes de votação na última eleição.

• É imprescindível estar em dia com o serviço militar e portar o certificado de re-servista.

• No caso da mulher, se houve alteração de seu sobrenome em função de casamento ou divórcio, a PF só aceitará a documentação atualizada.

• Para demanda de extrema urgência, como falecimento ou doença grave, o cidadão poderá se dirigir ao posto da PF levando uma justificativa. Se comprovada, a PF deter-minará urgência no requeri-mento ou na renovação do passaporte.

• Criança – além da documen-tação padrão – certidão de nascimento, carteira de identidade, entre outros, ela deve estar acompanhada pelos pais – pai e mãe – ou, se for apenas um dos dois. Também deve ser apresen-tado documento de autoriza-ção para a viagem com firma reconhecida por autentici-dade, do pai ou da mãe que está ausente.

Page 15: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 13

Por um consulado americano em Minas

que garantiu trabalhar para isso. Em outra oportunidade, con-versei sobre essa questão com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que esteve no Brasil em fevereiro. Também já pedimos ajuda ao embaixador Oto Maia, que foi subsecretário-geral das Comu-nidades Brasileiras no Exterior do itamaraty, e ao embaixador Eduardo Gradilone, que agora ocupa este cargo. O que o sr. tem a dizer sobre passa-

porte virtual.

A ideia da entrevista virtual está em estudo no Serviço de Vistos do governo americano. O interessado seria atendido, por exemplo, em Belo Horizonte, e responderia as questões por meio de câmeras de computadores liga-das aos agentes do Consulado em outra cidade.

Manifestei ao embaixador Shannon a minha simpatia por estas soluções virtuais, que me parecem mais efetivas do que o consulado itinerante, também em estudo.

Na próxima edição

vou proANCHIETAGUIA

ALGUIDARES

Rua Pium-í, 1037 - Anchieta

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BAR 222Rua Francisco De

slandes, 222 - Anchieta

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BAR DO DOCA

Rua Montes Claros, 468 - Anchie

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CERVEJARIA BRASIL 

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OSTERIA DEGLI ANGELI

Rua Francisco Deslandes, 156 - A

nchieta

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SINDICATO DA CERVEJA

Rua Passa Tempo, 14 - Anchieta

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TENDA DO SHEIK

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Tel. 3221-7825

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Funcionamento: 2ª  a  6ª  11h/15

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12h/ 16h30

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Rua Pium-i, 726 - Carmo Sion

Tel. 3227-0801

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Funcionamento: 2ª  a  4ª,  18h/0h

,  5ª  a 

sáb., de 18h/01h e dom. de 12h/2

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Funcionamento 2ª a 6ª a partir d

as 18h; 

sáb., dom. e feriados a partir das 1

5h. 

Novo endereço: Rua Tomás Gonz

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Rio de Janeiro – Lourdes

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Funcionamento: 2ª a 4ª a partir das

 19h; 3ª 

a 6ª, de 12h30 às 15h e a partir d

as 19h; 

sáb., dom e feriados a partir das 1

2h.

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Tel. 3225-3555

Funcionamento: 2ª a 6ª a partir 

das 17h 

sáb/dom. a partir das 12h

BAR 222

Av. Francisco Deslandes, 222 - An

chieta

Tel. 3287-7712

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Funcionamento: 3ª a sáb., a partir d

as 18h

RESTAURANTE PEIXE BOI

Av. Francisco Deslandes, 1.065 - A

nchieta

Tel. 3227 4979

Funcionamento: 2ª  a  sáb.,  12h 

às  0h; 

dom., 12 às 17h

UZINA REST. E LOUNGE

Rua Grão Mogol, 908 - Sion

Tel. 3221 2601

www.uzinarestaurante.com.br

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Funcionamento: 4ª a sáb., de 20

h às 2h.

CAFÉ DO CARMO

Rua Pium-í, 695 Sion

Tel. 3221-9156

Funcionamento: 2ª  a 6ª,  de 17h

 às 2h; 

sáb., de 15h às 2h; e dom., de 1

5h à 0h.

CASAS DE CHOPP

ALBANO’S - Anchieta 

Rua Pium-í, 611 - Anchieta

Tel. 3281-2644 / 3281-8606

www.albanos.com.br

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CHOPPERIA PINGÜIM 

Rua Grão Mogol, 157 - Sion

Tel. 3282-2007

www.pinguimochopp.com.br

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Funcionamento: diário, a partir da

s 11h.

LANCHES

AYRES EMPANADAS ARGENTINAS

Rua Flórida, 235 - Sion

Tel. 2526-3050 / 9983-4083

www.ayresempanadas.blogspot.co

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Funcionamento: 3ª  a  6ª,  de  16

h/  22h; 

sáb., de 12h/ 22h; dom., de 18h/

 22h

BREIK BREIK 

Av. Nossa Senhora do Carmo, 125

5 - Sion

Tel. 3285-1777

Funcionamento: 2ª a dom., de 11

h/6h. 

Outros endereços: Av. Cristiano M

achado, 

970 - Cidade Nova,  tel: 3481-66

26; Av. 

Afonso Pena, 328 - Praça Milton 

Campos 

- Funcionários. 

DEGRYSE

Rua Orenoco, 130 - Carmo 

Tel. 3227-4202

[email protected]

Funcionamento: 2ª, de 12h às 1

9h; 3ª a 

6ª, de 10h às 19h; sáb., de 10h à

s 14h.

EMPADA MINEIRA

Rua Francisco Deslandes ,702 - A

nchieta 

Tel. 3281-3164

[email protected]

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Funcionamento: 2ª a sáb., 7h as

 20h30 

(fecha dom.)

FANY BOMBONS

Rua Pium-í, 1636 - Sion 

Tel. 3227-2445, fax. 3227-0141

/ 3286-

2742www.fanybombon

s.com.br

[email protected]

Funcionamento: 2ª  a  sáb.  das 

10h  às 

20h

GIRASSOL DOCES

Av. Uruguai, 335 - Sion 

Tel. 3287-8166 - Fax. 3287-816

6

Funcionamento: 2ª a sáb. de 9h à

s 20h 

Outro endereço: Ponteio Lar Shop

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RESTAURANTES E BARES

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[email protected].: 31 3337 9751  |  9983 3016

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Page 16: Vou pro Anchieta

vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 201014

SorriA, você está comendo um risoto!

Em 2009, um grupo de amigos – Léo e a esposa Carolina Teles, Duda, Cajá e Luquinha – decidiu abrir, no bairro de Lourdes (Rua Curitiba, 2.307), em Belo Horizonte, a primeira risoteria da cidade. Como riso, em italiano, é arroz, o nome escolhido foi Sorriso. E quem não sorri depois de saborear um delicioso risoto? O sucesso foi tão grande que a turma não teve dúvidas: mirou o bairro Anchieta (mais precisamente o quarteirão gastronômico da Rua Pium-í, entre Rio Verde e Montes Claros), e, em 2010, inaugurou a outra Sorriso. “Agora estamos também no 2º polo gas-tronômico de Belo Horizonte, depois de Lourdes. Numa região bacana, num lugar tranquilo, com muita gente bonita”, afirma Carolina Teles, uma das proprietárias da nova Sorriso.

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Fotos FERNANDO SILVA CASTRO

Page 17: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 15

OO restaurante impressiona por sua arquitetura de bom gos-to, onde vidro, madeira e couro, utilizados de forma arrojada nos móveis e paredes, dão ao ambien-te um ar moderno e sofisticado e, ao mesmo tempo, acolhedor. Léo, um dos proprietários, concebeu o projeto com base nos cinco senti-dos – visão, olfato, tato, audição e, claro, paladar. E acertou! Se Sor-riso enche os olhos por seu primor arquitetônico, os demais sentidos vão sendo estimulados, um a um: o som ambiente, pilotado pelo DJ Léo Mille (aos sábados à tarde, ele capricha no jazz), o cheiro do pre-paro dos risotos, vindo da cozinha de vitrine, comandada pelo chef venezuelano Marllony Alberto Pe-rez, o manuseio de talheres, pra-tos e copos, com design arrojado. E, para fechar os cinco sentidos, o negócio é saborear uma das 20 qualidades de risoto oferecidas no cardápio e, em seguida, confirmar a excelência deste prato nascido na itália renascentista.

É bom explicar que risoto (em italiano, risotto) não é, nem de longe, “arroz de forno”, como pensam alguns. Na verdade, é um prato muito bem elaborado, feito com arroz arbóreo, caldo de car-ne, queijo e outros ingredientes. Mas, o segredo desta delícia culi-nária está no cozimento – o arroz não pode passar do ponto e nem absorver mais líquido que o neces-sário. No risotto legítimo, o arroz deve ficar al dente (mais durinho), mas, em Minas, essa regra não co-lou. “Fizemos vários testes antes da inauguração da risoteria e des-cobrimos que a maioria dos fre-gueses não se adaptava ao risoto al dente, optando pelo arroz com

Chef Perez e Carolina Teles em entrevista àjornalista Virgínia Castro

>>>

O melhor sabor comandado pelos chefs

Page 18: Vou pro Anchieta

Risoto à Parmegiana

INGREDIENTES• 100 g de arroz arbóreo

• 100 g de queijo parmesão Gran Formaggio (tipo Grana)

• Pimenta branca

• Sal

• 25 g de manteiga

• Caldo de legumes para levar o arroz ao ponto

• 200 g de filé

• Telha crocante de queijo parmesão para enfeitar o prato

o chef dá a receita

consistência um pouco mais ma-cia”, explica Carolina Teles, sócia da risoteria. Há também receitas adaptadas a gostos mais regionais, como os risotos de abóbora com carne-seca e de banana-da-terra com bacon crocante (humn!). E há, também, o confit carnard com risoto milanês, o bacalhau confit e outras delícias. Segundo Carolina Teles, são receitas assinadas por chefs famosos como Leandro Pi-menta, Humberto Passeado, Beto Haddad e Thiago Ruegger.

MODO DE FAzER

Refogue o arroz com cebola batida e azeite.

Acrescente o caldo de legumes e mexa até secar.

Agrega-se mais caldo até o ponto – deixe ficar al dente.

Misture a manteiga, o queijo, sal e pimenta e mexa até emulsionar tudo.

Acrescente o filé malpassado (grelhado em frigideira), temperado com sal e pimenta.

Saboreie com vinho Merlot.

SORRISO>>

VENDA SEU PEIXE. ANUNCIE AQUI

Page 19: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 17

A Sorriso tem um espaço reservado para o estilista Rogério Lima, que expõe suas belíssimas bolsas.

Sorriso Risoteria

HORáRIO DE FUNCIONAMENTO

De segunda a quarta, 19 às 24 horas

Quinta-feira, de 19 à 1 hora da manhã

Sexta e sábado, de 19 às 2 horas da manhã

Aberto para almoço aos sábados, domingos e feriados.

Capacidade: 100 pessoas

Público: familiar (Aos sábados, à tarde, público mais jovem)

Tel.: 31 3658 3684

Endereço: Rua Pium-í, 784 – [email protected]

Na Risoteria Sorriso, não faltam belos sorrisos

Page 20: Vou pro Anchieta

vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 201018

Na vida do senhor Ernani Façanha di Latella, tudo são flores: beijinho, camarãozinho vermelho, camarão amarelo, antúrio, orquídeas, dama da noite... flores que ele compartilha, de bom grado, com quem passa em fren-te ao muro de sua casa na Rua Grajaú, 328, no Anchieta, onde são coloca-das mudas de plantas diversas – flores, frutas, pimenteiras, samambaias – oferecidas a quem quiser levar. A placa de papelão, escrita a caneta, diz tudo: “Fonte das mudas: é sua, pode levar”. As sementes e mudinhas são plantadas em vasos improvisados – caixas vazias de leite, garrafas pet, potes de margarina...

mudAS de esperançaPor VIRGÍNIA CASTRO

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Page 21: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 19

“C“Coloco umas quatro ou cin-co, por dia, pela manhã. À tarde, já não há mais nenhuma”, conta o “homem do dedo verde”. Lá se vão elas, enfeitar jardins, aparta-mentos e quintais, “esverdeando” o bairro Anchieta. “Eu mesmo já peguei várias, confessa Alexan-dre, corretor de imobiliária.

– Mas de onde vêm essas mu-das? – indaguei.

– Venha, vou te mostrar! – respondeu o senhor Ernani, me conduzindo para o quintal de sua casa, relativamente acanhado, mas repleto de mudas que con-vivem com um caquizeiro, uma jabuticabeira, um tamarindeiro, um pé de graviola e um mamo-eiro. “Também plantei jaca, siri-guela e sapoti, mas acho que elas não vingam por causa da sombra dos prédios”, conta ele.

Fico curiosa – afinal quase to-das são frutas do Nordeste. Cla-ro, o senhor Ernani é paraense de nascimento e foi menino para o Ceará, onde morou por muitos anos. Mas considera-se minei-ro, também, pois mora em Belo Horizonte há mais de 40 anos. A casa do Anchieta foi ele quem construiu, na década de 60. Viu, portanto, o bairro nascer. “Aqui era tudo mato”, aponta para a

Avenida Francisco Deslandes “ Logo ali, mais adiante, as lavadei-ras lavavam roupas nas águas de minas”.

Mas, voltando às mudas, inda-go sobre o gosto pelas plantas – de onde vem?

– Vem de meu pai, italiano, que tinha mão boa! – responde. Mas queixa-se, meio entristecido, que tudo começou com um sítio com-prado em igarapé, onde compar-tilhou noites de vinho e gaita com um irmão. Quando este faleceu, achou por bem vender o sítio, mas a atual proprietária continua for-necendo-lhe sementes das árvores frutíferas plantadas pelo senhor Ernani.

Contínuo, escriturário, arqui-vista, representante comercial e advogado – o senhor Ernani tem uma larga experiência de vida. Hoje, vive indignado com a deso-nestidade e a corrupção nos mais

diversos setores da vida do brasi-leiro. E, aposentado, se dedica ao seu quintal, onde, além das mudas e belas árvores, possui uma rádio improvisada num quartinho cheio de ferramentas.

– Rádio? – indaguei.– Venha ver! – e levou-me a um

quartinho cheio de ferramentas, caixas de som, dois toca-discos de vinil e um microfone. “Daqui, po-nho música pro pessoal que passa na rua e, pelo microfone, mando recados, parabenizo por aniversá-rios, etc.”, disse o senhor Ernani fazendo uma demonstração. “A voz é de radialista!”, comentei. No toca-discos, um velho vinil do grande piadista brasileiro, Ari To-ledo. Pensei comigo: “isso é coisa de cearense, que adora uma pia-da!”. E saí dali feliz, com uma mu-dinha de samambaia, certa de que há, no mundo, muitas mudas de esperança.

Moradores do Anchieta ficam gratos pela gentileza do senhor Ernani. O corretor de imóveis Alexandre é um deles e tem várias plantas em seu escritório

No fundo do quintal fica o “berçário das mudas”, como diz o senhor Ernani. Os bercinhos são garrafas pet, embalagens plásticas e caixinhas de leite.

Na “rádio” improvisada, senhor Ernani manda recados e “toca” música, em antigos discos de vinil

Page 22: Vou pro Anchieta

vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 201020

‘OperaçãO anti-caca’

É uma campanha lançada pelo Pet Shop Txutxucão para incentivar os donos de cães a recolher as fezes dos locais públicos. A campanha quer contar com você para man-ter seu bairro limpo e seu cachorro saudá-vel. Temos certeza de que você, se ainda não adota essa prática, vai passar a adotar. Os cães e a comunidade só têm a ganhar!

Moradores do Anchieta “puxam a orelha” dos donos de cães que não recolhem as fezes de seus pets

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Fotos VIRGÍNIA CASTRO

Page 23: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 21

Quem mora nos grandes centros sabe o incômodo que é andar nas calçadas cheias de fezes de animais. Para a médica veterinária, Patrícia Cibele Re- zende, os nossos cães têm todo o direito de passear nas ruas, porém, não é correto deixar as fezes deles por onde passamos.

Se nós recolhemos quando eles fazem “caca” em casa, por que não recolher das ruas, indaga Patrícia. Além de sujar as calçadas, praças e canteiros, os cães podem adoecer ao cheirar as fezes de outros cães. E as viroses e vermes podem ser adquiridos pelos ca-chorros ao manterem contato com ambi-entes contaminados pelas fezes de animais doentes ou portadores de vírus. A médica veterinária alerta que as fezes de cães e gatos in-festados por vermes podem con-taminar gramados e a terra. As larvas provenientes desses ovos penetram na pele das pessoas que pisarem nesses locais, causando o “bicho geografico”. E ainda, essas fezes de cães sujam, contaminam outros cães e podem causar uma dermatite no homem...

Animal de estimação precisa de cuidados

Para Patrícia Rezende, a cam-panha do Pet Txutxucão tem por objetivo conscientizar a comu-nidade. Alguns donos não rec-olhem as fezes dos animais por desconhecerem o mal que estão causando. Queremos assim divul-gar esta ideia e tornar nossas ruas mais limpas e nossos cães mais saudáveis. A veterinária Patrícia indaga: você não acha que há mo-tivos de sobra para recolhê-las?

Tire suas dúvidas no PET SHOP TXUTXUCÃO

• R. Francisco Deslandes, 360 Tel.: 31 2535 5500

• R. Pium-í, 997 Tel.: 31 2516 5520

Nova loja da Txuxucão, na Rua Pium-í

A veterinária Patrícia Resende, proprietária da Txuxucão, mostra as coleiras que já vêm com saquinho plástico embutido, para serem usados na coleta dos dejetos dos cães.

As muitas maneiras derecolher a caca do seu cão

Saquinho plástico (de lixo ou de supermercado) – use o saquinho como uma luva, recolha as fezes, desvire o saquinho, dê um nó e jogue-o em uma lixeira próxima.

Folha de jornal – na hora de o cão defecar, coloque uma folha embaixo para que as fezes caiam sobre o jor-nal. Embrulhe bem antes de jogar no lixo.

Pazinha – há pazinhas no mercado para recolher as fezes dos animais e colocá-las dentro do saquinho plás-tico ou embrulhá-las no jornal.

Coletores de fezes – vários mod-elos e marcas estão à disposição nos pet shops Txutxucão!

Page 24: Vou pro Anchieta

MÁRCIA MENDONçA, jornalista e consultora de moda

Elas são aguardadas com enorme expecta-tiva a cada estação, e provocam verdadei-ro frisson quando chegam às lojas. São as tendências, que, a cada temporada, estão presentes em looks, tecidos, cores, cortes em produções cada vez mais criativas, dife-renciadas, repaginadas, apagando da nossa memória os lançamentos da última estação. Trata-se da lógica da moda, cada vez mais volátil e efêmera e com grandes novidades quase sem limites.

A democrática

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vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 201022

Page 25: Vou pro Anchieta

>> O short já pode ser conside-rado a vedete da temporada. Em jeans, seda ou metalizado, em es-tilo boyfriend ou tradicional, ele é presença certa não só nas vitrines, e pode ser visto durante o dia ou à noite, dependendo da produção. Trata-se de uma peça um pouco ingrata, pois é preciso ter pernas bonitas e torneadas. O mesmo se aplica a outra tendência forte da estação, os jeggings (uma mistura de calça legging, de lycra, mistu-rada ao jeans), usados bem justos e com a barra dobrada.

Os jeans, que nunca saem de moda, também surpreendem a cada estação. Quando pensamos que seu repertório já se esgotou, eis que eles chegam com lavagens e modelagens arrojadas, para se-rem usados com camisetas, blu-sas, batas ou camisas e echarpe, que ainda estão em alta, ou com outra novidade, as “bijóias” – bi-juterias com cara de jóias.

Qual a moda 2011?

nas vitrines, as cores cítricas nos fazem acreditar que o verão vai ser pura alegria. Não é para menos, os tons chegaram com força total, como o verde e todas as suas nuances – o neon é o grande destaque, laranja, pink, amarelo, terra, que se mesclam ao nude – tendência que vem desde o inverno passado –, juntamente ao branco, o marinho e o preto, tons clássicos e atemporais, e que con-tam com uma legião de seguidores que nunca aderem ao mundo das cores.

Tendência certa em todo verão são vestidos estam-pados, e já estão nas vitrines das lojas do bairro. Curtos, longos ou abaixo dos joelhos, amplos ou justos, lisos, com estampas flo-rais, listras ou metalizados, eles chegaram arrasando, cheios de bossa e de charme. Tecidos tradi-cionais como o algodão, a malha e o linho têm seu lugar garantido em meio aos plissados, resinados, metalizados, e os tecnológicos, os chamados tecidos “inteligentes”. Sobreposições e transparências bem estruturadas têm lugar ga-rantido em qualquer estação, principalmente no verão

Cheios de charme e de sedu-ção, os calçados – principal-mente as sandálias – e os aces-sórios, como bolsas, carteiras e mochilas, acompanham a cartela de cores da estação e abusam dos detalhes como o vinil, correntes, telas, tachas, ilhozes e flores. O estilo clog, modelo retro do ta-manco anos 20/30, volta com ele-mentos diferenciados, assim como o pipete – aberto na frente, porém, mais fechado no pé – com salto mais grosso, chegam totalmente repaginados. As sandálias estilo gladiador com correntes de metal e a rasteira com flores e brilhos, que, há anos vêm atravessando os verões, são ainda tendências fortes, assim como as bolsas, que continuam grandes e apostam em couro natural, vegetal, tecidos e palhas.

A moda nunca foi tão democrática, e o legal é perceber como as tendências e as propostas podem se adaptar ao tipo físico, ao gosto e, sobretudo, ao estilo de cada um. Adaptar peças para ter um layout atualizado, com identidade própria, fazer com que o novo se misture ao que já temos no guarda-roupa é atitude cor-reta. Não é necessário adquirir tudo o que está nas vitrines, por mais que as novidades provoquem fascínio e aquele desejo, por vezes até compulsão, de comprar tudo o que vemos.

Ao percorrer o bairro Anchieta, na zona sul de Belo Horizonte, nos deparamos com um comércio com vida própria e extremamente diversificado. As lojas, que atendem a gostos e bolsos de todo tipo, já estão “linkadas” nas inúmeras propostas para a próxima estação.

DEZEMBRO 2010 / JANEIRO 2011 • vou pro ANCHIETA 23

Page 26: Vou pro Anchieta

vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 201024

But Le Rua Francisco Deslandes, 971 – sl. 406  Tel.: 31 3309 4316  www.butleacessorios.com.br

Bolsas e cintosaRRaSadoReS

puRo eCleTiSmo

Do short ao vestido “fatal”, a moda é

Isa Starling Rua Francisco Deslandes, 971 – sl. 406

Bolsa Mini, R$ 89

Bolsa Taxa R$ 199

Carteira de palha  R$ 139

Bolsa Tachinhas R$ 129

Bolsas de chapeus de palha, a partir de R$ 89

Bolsa-carteira jeans R$ 139

1. Vestido de renda, R$ 139

2. Saia de laço, R$ 100

3. Blusa Check list, R$ 90

4. Shorts jeans branco, R$106

Bolsas Babado, R$ 89,90

Bolsa jeans R$ 139,90

Carteira de laço  R$ 129

Page 27: Vou pro Anchieta

DEZEMBRO 2010 • vou pro ANCHIETA 25

Pelos bares e restaurantes do Anchieta

Nastasha, Gabriel, Danielle e Camila

Mariane e Janine

Anastácia Butiquim

Mateus,Alessandra, Renata e João

Bar 222

Gilherme, Thais, Caroline,

Marcela, Izabela, Aline e André

Daniella, Mariana Campos, Gabriela, Michele e Mariana

Peixe Boi

Lu, Constance, Aline e Paulinha

Gabriela, Camila, Layse e Camila Pontes

>>

Se arraial d’ajuda tem sua BRoadway, ... a de Belo Horizonte é no Anchieta

Sérgio, Juliana, Fernando, Guilherme, Maria Olímpia e Petrônio

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Fotos FERNANDO SILVA CASTRO

Page 28: Vou pro Anchieta

Há uns 30, 40 anos, era praticamente impossível para nós, bra- sileiros, vermos de perto, num show, um ídolo do rock. Pou-cos deles aportavam no Brasil e assisti-los era um privilégio.

Que venha ringo StAr!!!

Acompanhar tudo e ver de perto os ídolos do pop rock mundial vira hobby da moçada

A publicitária Deborah Cristi-na Amaral Trindade, 27 anos, mo-radora do bairro Anchieta – Rua Muzambinho, esquina com Ra-malhete (a mesma que dá nome à música de Tavito e Azambuja, ho-menageados com uma placa situa-da na esquina das ruas Ramalhete e Caracol, no Anchieta/Cruzeiro) comprou ingresso com antecedên-cia para o show do beatle. E, pelo visto, valeu a pena: “O show foi perfeito! Não tenho nem palavras para descrever como eu estava feliz. Chorei bastante quando ele entrou no palco e quando tocou “All My Loving”. No momento em que começou a tocar “Give Peace a Chance” o público todo levantou

Por VIRGÍNIA CASTRO

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nto QQuem não se lembra da músi-

ca Rua Ramalhete, dos mineiros Tavito e Ney Azambuja, que, num trecho romântico, relembra o som dos Beatles na vitrola: “Será que algum dia eles vêm aqui, cantar as canções que a gente quer ou-vir?” infelizmente, os Beatles não vieram, juntos, ao Brasil. A banda se desfez em 1970, e dois deles morreram – John Lennon e George Harrison – o primeiro, assassinado, em 1980, e o segun-do, de câncer, em 2001. Mas, Paul McCartney veio ao Brasil no dia 21 de novembro de 2010, para um show emocionante, no Morumbi, em São Paulo. O público? Caras e coroas de 18 a 70 anos.

Fotos BANCO DE IMAGENS e DIVULGAÇÃO

vou pro ANCHIETA • DEZEMBRO 201026

Page 29: Vou pro Anchieta

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balões brancos. Foi uma das coi-sas mais lindas que vi na minha vida!”, confessou.

Fã incondicional dos Beatles, ela guarda, com carinho, todos os discos, DVDs e álbuns dos “Rapa-zes de Liverpool”. Para Deborah, o show de Paul McCartney foi a consagração de um hobby que vem cultivando há alguns anos: curtir, seja na pista ou arquiban-cada, shows das bandas e roqueiros pops do planeta que se apresentam no Brasil. “Assistir a um show em DVD não é, nem de longe, pareci-do com a emoção de ver seu ídolo ao vivo e a cores. Afinal, é enor-me a troca de energia entre quem está no palco e a plateia”, explica. Para dar vazão a esse hobby, De-borah se organiza financeiramen-te: poupa, fica atenta às promo-ções e passeia pelos sites culturais e publicações, em busca de novi-

dades sobre o mundo do pop rock e as agendas de shows. Em média, os shows de bandas pop no Brasil custam de R$ 120,00 a R$ 600,00, dependendo do “naipe” do show e do mapeamento dos lugares (pis-ta, arquibancada, cadeiras, etc.).

Ainda adolescente, morando em Barbacena (MG), Deborah mon-tou uma banda de rock com mais três colegas de escola e um ami-go, e chegou a tocar em festivais e eventos. O vestibular, em Belo Horizonte, desfez a banda, mas não a paixão pelo rock que resul-tou até em namoro: no aniversário do baterista da banda pato Fu, Ri-cardo Koctus, ela conheceu Daniel Gomes Neto, seu atual namorado, baterista da banda Rock Nova, de BH, que também se apresenta como cover dos Rolling Stones.

Foi na fonte dos roqueiros “clássicos” que Deborah bebeu água, ainda criança: além dos Be-atles, é claro, figuram em sua lista dos melhores do mundo os sessen-tões dos Rolling Stones. Deborah estava em Copacabana (Rio), em 2004, quando a banda inglesa fez

um show inesquecível ali. Recen-temente, ela também se emocionou no show de Bon Jovi, que reuniu 60 mil pessoas no Morumbi. “Fi-camos em pé de quatro da tarde à meia-noite, sem sentir dor. É como se estivéssemos anestesiados com tanta troca de energia. A dor física só chega no dia seguinte”, conta.

Dentre os shows que Deborah coleciona em seu álbum de recor-dações estão os da Banda pearl Jan (dezembro de 2005 – Apoteo-se – Rio), Kaiser Chiefs (2008), Cramberries (2010), Echo & The Bunnyman (2010), Block Party, Placebo, dentre outros.

– “Com tanta bagagem de shows na “mochila”, inclusive um de Paul McCartney, quem você adoraria ver cantar, no Brasil?”, indago. Enganou-se quem pen-sou em U2, que volta ao Brasil e se apresenta no dia 9 de abril, no Morumbi, em São Paulo. “Na verdade, não sou muito fã deles”, afirma Deborah.

– “Quem você espera vir, en-tão?” – insisto. Ela não titubeia: “Ringo Star, é claro!”

Deborah Cristina e sua coleção de CDs, DVDs e livros dos Beatles

Placa da rua Ramalhete, esquina com rua Muzambinho

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Fotos BANCO DE IMAGENS

Andando pelas ruas de Belo Horizonte é possível notar como a cidade sofre com as pichações, que contribuem para o aumento da poluição visual no centro e nos bairros da cidade. Além disso, limpar as pichações gera despesas. A prefeitura é obrigada a contratar empresas especializadas, que usam produtos químicos especiais para re-moção das tintas.

Há ESPErAnçA (Ao invéS dE

no Fim do túnEl?pichação!)

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E Tinta antipichaçãoUma tecnologia excxlusiva e genuinamente brasileira

inspirada na capacidade que as folhas dos vegetais têm de repelir a sujeira, a impercol, uma empresa da Roma Quími-ca, desenvolveu uma substân-cia que permite a remoção de pichações sem afetar a durabi-lidade da pintura. Denomina-da de Antigraf Eco Dry Clean, a tinta tem alta durabilidade para uso externo, já que per-mite a retirada de pichação apenas com água e sabão. A sujeira é removida até mesmo pela ação da chuva. Ela é reco-mendada ao setor público, para melhor preservação dos bens – trens, metrô, escolas, viadutos, prédios, monumentos – contra pichadores, e aos donos de lo-jas e residências situadas em vias públicas, vulneráveis aos pichadores.

Em 2005, quando o Pirulito da Praça 7 foi pichado, foram gastos, em limpeza, mais de R$ 10 mil. Na Praça da Rodoviária, o valor aumenta em função da altura do monumento, o que requer estru-tura de andaimes para executar o serviço.

Apesar das ações da prefeitura para evitar pichações, os vândalos desafiam as autoridades e acabam deixando seus traços em monu-mentos, escolas, viadutos, prédios públicos e particulares.

Buscando dar um passo à fren-te para garantir uma cidade mais bonita e limpa, a Câmara Munici-pal de Belo Horizonte aprovou o Projeto de Lei 317/09, de autoria da vereadora Neusinha Santos, no final de dezembro de 2010, que autoriza a utilização de material especial na limpeza das pichações de bens públicos.

A tinta antipichação é um produto cuja fórmula dificulta a aderência de sujeira, fuligem e pichações, permitindo a limpe-

za com água e sabão. O projeto autoriza o executivo municipal a utilizar material destinado à proteção do patrimônio público no âmbito do município de Belo Horizonte como tinta, material de revestimento ou produto simi-lar na fachada de prédios públi-cos, viadutos, trincheiras, passa-relas, entre outros. O objetivo é facilitar a remoção de produtos empregados ilicitamente no ato de pichação.

Uma emenda aditiva ao Proje-to de Lei ampliou a atuação, ga-rantindo que “em se tratando de intervenções em bens constantes do acervo histórico-cultural da cidade, os projetos deverão ser analisados e aprovados pelo órgão municipal competente”. Segundo informações da vereadora Neusi-nha Santos, a tinta antipichação tem recebido grande aceitação do setor público, principalmente, nos trens e metrôs de São Paulo, além de viadutos em cidades de diver-sos países.

Assim como outros bairros da cidade, o bairro Anchieta também não está livre das pichações.

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As páginas de turismo da revista vou pro Anchieta trará roteiros narrados pelos moradores do bairro. O tu-rista será o protagonista e poderá contar e registrar com fotos a sua viagem, aventuras e experiências dentro e fora do Brasil. Nosso primeiro roteiro de viagem não poderia deixar de ser o mais procurado pela maioria dos brasileiros, principal-mente nestes tempos de boom do turismo fora do país. So-mente no ano de 2010, os gastos de turistas brasileiros no exterior somaram US$ 1,5 bilhão, segundo números divul-gados em dezembro de 2010 pelo Banco Central. O encanto pela terra do Tio Sam, na Disney, supera os roteiros para Nova York e Miami, muito procurados também.

Fotos ARQUIVO PESSOAL

diSnEy rotEiro PrEFErido

RRumo à Disney e Miami, como segunda opção, já que a primeira seria Disney e Nova York, Maria Luisa C. Magalhães, 36, professo-ra universitária, sua filha isabela Magalhães, 13, e seu sobrinho, o estudante Lucas Magalhães, 18, embarcaram em junho para usu-fruir 13 dias de lazer.

A primeira opção ficou para outra oportunidade. Como vem ocorrendo com certa frequência, não foi possível embarcar porque eles não conseguiram tirar o vis-to em tempo hábil e, com isto, as passagens ficaram mais caras e

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os vôos esgotados. Escolheram a CVC como agência e a TAM como companhia aérea.

A estudante isabela tinha o sonho de conhecer a Disney, e Miami foi escolhida por Maria Luisa em razão das compras, das praias, da beleza da cidade. As-sim, foi possível conciliar os inte-resses de todos.

O planejamento, ressalta Ma-ria Luisa, foi importante para o sucesso da viagem. “Primeiro ti-ramos o visto no Rio de Janeiro; em seguida, um levantamento de possíveis pacotes em várias agên-cias de viagens de BH. Como eu não queria um pacote com mui-tas pessoas, com ônibus de turis-mo lotado, optei pela comodidade e a estrutura de traslados, guia na Disney, tickets de todos os parques, entre outras facilidades, ou seja, não queria me preocupar com esses detalhes. A agência conseguiu montar um pacote in-cluindo toda a logística necessá-ria, mas, simultaneamente, algo que fosse mais personalizado. Com o visto em mãos, fechamos a viagem e aguardamos o dia de embarcar”.

Flashes da viagem

Maria Luisa, isabela e Lucas ficaram satisfeitos. “Não tivemos nenhum problema. Em Miami ficamos no Hilton Downtown, em Biscayne Bay, e, na Disney, ficamos no Rosen Centre Hotel. Os dois são muito bons. Tudo foi combinado com a agência, os ho-téis inclusive”.

As atrações turísticas

Em Miami, os três turistas adoraram passear por South Beach. “Tudo lá é lindo!” afirma Maria Luisa, chamando atenção para a arquitetura do bairro: “Pa-rece que a gente volta no tempo, em razão dos prédios em estilo art’ deco. A praia é totalmente diferen-te da brasileira, com muita organi-zação. Tudo limpo, sem barraqui-nhas e nem dejetos de animais na areia. Tivemos a sorte de conhecer uma rua chamada Espanhola Way, onde assistimos à final da Copa do Mundo com os espanhóis. Foi um momento único! Miami tem uma energia diferente da Disney. É uma cidade que mistura muitas culturas, especialmente a latina. Os bares em ocean drive são im-

perdíveis. Além disso, tudo é bem mais barato do que aqui. Fomos a um outlet gigantesco para compras de grandes marcas.

Na Disney, visitamos os princi-pais parques: magic Kingdon, ep-cot, disney Hollywood Studios e os parques da Universal, incluin-do o parque do Harry potter (que é o melhor parque da atualidade)”, relata.

A percepção do Brasil visto de fora

Segundo Maria Luisa, na Dis-ney, 80% dos visitantes eram bra-sileiros, em sua maioria, adoles-centes em grandes grupos. “O que marcou muito a viagem foi o ca-lor intenso que enfrentamos – 40 graus –, com sensação térmica de 46. Como somos brasileiros, acre-ditamos que sabemos tudo sobre calor intenso, mas, na verdade, não mensuramos bem o calor que enfrentaríamos lá. Para aguen-tar a alta temperatura na fila dos parques, a solução foi comprar um ventilador de mão, que espir-rava água, ao valor de U$17,90, os melhores.

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BElo HorizontE, meu amor

Por JORGE SANTOS

retr

ato

NNão, não é a uma mulher a quem me declaro.

me declaro a uma cidade, à cidade onde morei na minha juventude e onde moro agora: Belo Horizonte.

amar uma cidade é amar suas gentes, seus espaços, sua vida. uma cidade, não sei explicar muito bem por que, tem vida própria. Suas praças, suas ruas, suas árvores, até mesmo seus edifícios têm vida e contam mil histórias. Você já imaginou as histórias que o maletta po-deria contar? e que, do seu jeito, conta? e os bares de Belo Horizonte? Quem não tem o “seu” bar? Segundo li em algum lugar por aí, Belo Horizonte é a capital mundial dos bares. Não sei como nem quem diz isso, mas, passeando pelas ruas do anchieta, deve mesmo ser.

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Beagá pulula de arte. Seu clube mais famoso, o da esquina, só é um a mais em tantas esquinas de Beagá. Conversando com uma amiga, não faz muito, dizíamos que, em qualquer dia, podemos encontrar em Belo Horizonte, shows de música, exposições, teatro, dança, cinema, e muitas coisas mais. e neste ponto, o eclectismo de Belo Horizonte se mostra em todo o seu esplendor. desde o samba, o chorinho, o jazz e ao clássico encontram lugar e público em Beagá.

meu caminho pessoal me levou por muito tempo para longe desta cidade querida. Faz, realmente, pouco tempo que aqui me encontro outra vez. e não é uma figura de linguagem não. me encontrei aqui de novo. me lembro de uma noite, no começo do inverno passado, que voltava caminhando para casa. de noitão já. e o cheiro da dama-da-noite, a música que flutuava no ar, a luz que desenhava a cidade, enfim, vivendo uma série de coisas que me acariciavam os sentidos, pensei comigo mesmo: estou em casa.

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