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Verás que um filho teu não foge à Luta ! Uma exaltação ao brio do brasileiro ! Jan-Fev-Mar 2010 Volume I - Edição 0 Boletim Nacionalista General Cesário e a Mística da Sacralidade Militar O Legionário Nacionalista Tradição e Abstenção Política 2 alertas de Gustavo Barroso Globalização Interior www.nacionalismo.org.br UNIÃO NACIONALISTA PNDH 3

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Verás que um filho teu não foge à Luta !

Uma exaltação ao brio do brasileiro !

Jan-Fev-Mar 2010 Volume I - Edição 0

Boletim Nacionalista

General Cesário e a Mística da Sacralidade Militar

O Legionário Nacionalista

Tradição e Abstenção Política 2 alertas de Gustavo Barroso

Globalização

Interior

www.nacionalismo.org.br UNIÃO NACIONALISTA

PNDH 3

"Um povo que não luta é um povo que perdeu o sentido da vida, que perdeu a consciência de si mesmo. E já não sabe para onde vai. E nem deseja saber para onde o conduzem... Que espécie de luta é essa, que exprime a vitalidade dos povos? Que batalha é essa que está faltando no Brasil, e que deve constituir a única luz a nos iluminar ? " Desde 5 de março de 2009 estamos trabalhando para a elevação de valores pátrios, transfigurados na doutrina do Nacionalismo. Uma página na rede mundial foi colocada para divulgação de material informativo, com o objetivo de esclarecer a população sobre o que está acontecendo em nosso país. Uma onda incessante de corrupção, tanto daqueles que estão no poder, como entre aqueles que se dizem oposição. Um aumento da violência doméstica, nunca antes percebida (será mesmo que ela já tinha esse nível?) ou divulgada. Assaltos, roubos, latrocínios ... a certeza de uma punição branda ou mesmo da impunidade, gerada pela fuga e pela incapacidade técnica e material de nossas polícias públicas, quando não diremos até, conivente, corrupta e desinteressada no servir à população. Assim, este boletim está tendo início justamente para conclamar os verdadeiros Nacionalistas e Patriotas espiritualistas, formadores de opinião, ao trabalho conjunto e perseverante para que se estabeleça uma frente única de trabalho para a edificação e a elevação do moral patriótico, cerrando fileiras com as instituições na defesa de nossa soberania, de nossa identidade nacional, de nossa cultura e civilidade. O Boletim Nacionalista chega com a intenção de funcionar como um apelo à ação. A ação heróica, ação vital, uma declaração dos princípios subjacentes ao nosso credo e à nossa filosofia de vida. Nosso país está sendo massacrado: não podemos olhar para esta profanação sem sentir pena dele, e raiva dos seus carrascos. Por muito tempo nossos camaradas foram inibidos pelos “donos da verdade”, que petrificaram e tentaram a todo custo impedir que tivéssemos os meios que nos garantiriam uma vitória final. Nesta edição, estamos trazendo a primeira parte do texto “O Legionário Nacionalista”, com informações e doutrinas para que se possa trilhar o caminho do Nacionalismo que o Brasil tanto necessita e convidamos todos os verdadeiros patriotas a juntarem forças à União Nacionalista.

Boa luta !

Editorial

Página 2 Boletim Nacionalista

Nesta edição:

Editorial

2

Gen. Cesário e a Mística da Sacralidade Militar

3

O Legionário Nacionalista Parte I

4

PNDH 3 Uma análise de Geraldo Almendra

5

Globalização Interior 6

“Tradição” e “Abstenção Política” Textos de Gustavo Barroso

7

“Anos de Chumbo” x “Era sem Lei”

8

Homenagem aos integrantes das Três Forças Armadas do Brasil Escultura de Alfredo Ceschiatti,

junto ao Monumento aos Pracinhas, em Brasília - DF

Longe da visão religiosa do autor cujo texto é baseado este artigo, entendemos "altamente auspicioso o fato da crescente presença de manifestações de militares - se não na grande mídia, editada pelos eternos boçais-úteis ou meramente covarde e corrupta - ao menos nos ventos v i r tua is da internet". Lentamente, por meio de p r o n u n c i a m e n t o s equilibrados evidenciando p r o f u n d a e p l e n a consciência das atuais circunstâncias sócio-políticas, alguns oficiais de nosso Exército, vêm fazendo com que os leitores relembrem-se dos quase esquecidos valores essenciais que estruturam a alma de um verdadeiro soldado, dentre os quais ressaltam-se o vital senso de honra, a integridade ética, a permanente busca por conhecimento, a competência no que quer que faça, a lealdade aos camaradas, o férreo compromisso com a missão, a independência no pensar e perceber, a disciplina do domínio sobre si mesmo... E com brilho especial entre tantas jóias do espírito humano, o brio e a bravura em combate - em qualquer combate. Em caráteres assim

formados, conscientes, equilibrados, imunes ao fanatismo, uma tal disposição ao sacrifício no Servir, a doar a própria Vida por um Bem Maior, é um valor de luz estelar, algo para raros, para verdadeiros Homens. Estes fatos os alçam ao status de aristocracia, não por sangue, mas por valor de caráter. Aqueles são, sabemos, valores primordiais na formação do indivíduo sadio e tivéssemos uma elite dirigente ética e inteligente - em lugar de exemplares desta sub-humanidade estúpida e canalha que há mais de duas décadas se sucedem no poder - seriam alvos vitais em nossa filosofia educacional. Também sabemos que o fundamental no ser humano, a pedra basilar sobre que se erige toda a estrutura da personalidade e seu eventual destino - é o caráter. O caráter é o alicerce sobre o qual será assentada toda a posterior s u p e r e s t r u t u r a e m h a b i l i d a d e s , conhecimentos, nível intelectual, talentos, etc., que terá sua aplicação dirigida por esse alicerce. Isto é válido para o indivíduo, para um grupo ou para uma nação. Tem base genética, moldável

pela educação, cujo melhor instrumento é o exemplo - de cima para b a i x o , d o c i e n t e significativo para o formando. Portanto, nada devemos estranhar que a partir de nossas costumeiras "elites" governantes temos hoje uma nação de macunaímas - onde a ausência de caráter ou explícito mau-caratismo são os mínimos denominadores comuns. Entendemos que nossas F o r ç a s A r m a d a s , representadas na ativa ou na reserva por seus melhores homens, são hoje a última reserva moral da nação. As derradeiras sementes de integridade ética, ao nível institucional, ainda s o b r e v i v e n t e s à devastação gramsciana que esquerdistas dementes vêm há décadas impondo ao espírito de nossas gentes. Enquanto tal, são nossa última esperança. S e r á v á l i d o e profícuo tudo o que pudermos fazer para divulgar entre nosso povo o conhecimento sobre o valor de nossos soldados, do que significam e representam para a sanidade e integridade de nossa nação. Militarizar a vida se faz preciso ! www.sacralidade.com.br

Gen. Cesário e a Mística da Sacralidade Militar

“a lealdade aos camaradas, o

férreo compromisso

com a missão, a independência

no pensar e perceber, a

disciplina do domínio sobre si mesmo...”

Página 3 Volume I - Edição 0

Gen. Cesário

LEIA:

“Um exército representa uma nação, a sua glória, o seu

passado, o seu espírito, a sua personalidade no presente...”

Sentíamos a falta de uma literatura nova, que fosse escrita em uma linguagem atualizada ao contexto político e social de nossos dias e aos limites de nossa atuação, mas que transmitisse uma mensagem essencial ao interessado, o nosso Legionário Nacionalista: o que é preciso acima de tudo é uma mudança fundamental na atitude perante a luta, perante a vida, perante o destino; não pode haver, e não haverá, nenhuma mudança séria na direção tomada pelo Brasil, até que o Homem Novo, surja no horizonte, capaz de moldar e inspirar uma Nova Ordem Social neste país. Que esse Homem Novo se erga e construa essa Nova Ordem Social, não de acordo com os artigos de algum manifesto político abstrato e rococó, mas de acordo com os princípios objetivamente verdadeiros de um credo no qual ele acredita e que seja base de sua ação, e extraindo a sua vida da Lei Eterna de algo Superior. Sem esta crença central de que a nossa Causa é absoluta, imutável, intemporal, corremos o risco muito real da traição: traição pelos oportunistas de partido; traição pelos que se obstinam com a “imagem na mídia”; traição pelos fascinados pela ilusão e falsidade da democracia liberal. O Legionário Nacionalista é a única alternativa a uma traição certa e, como anunciador de uma Nova Ordem Social, o seu aparecimento neste momento crucial da nossa História, não é, de maneira alguma, uma conclusão inevitável. Muitos candidatos pensam que podem aderir publicamente aos nossos valores, e no entanto, continuar levando uma vida privada de degeneração; estão enganados!

Não estou me referindo à nossa tendência para pecar, mas antes de tudo à nossa recusa em admitir a existência do Pecado nas nossas vidas e a nossa tentativa de conquistá-lo através de uma luta penosa e permanente. Sem esta consciência do pecado, e com a contradição que frequentemente existe entre as nossas crenças públicas e as nossas ações privadas, entramos no caminho da hipocrisia que leva necessariamente à estrada da Perfídia e da Traição. O Legionário Nacionalista é, portanto, necessariamente um homem moral, pois só assim poderá permitir a profunda paz interior e a confiança que lhe permitam combater o mundo, os seus poderes e as suas dominações, sem medo da Morte. Alguns dirão que o Legionário Nacionalista parece buscar se tornar um Santo Guerreiro. E assim é. Qual é o problema nisso? Ninguém duvida por um momento que esta exigência requer um tremendo esforço e dedicação, mas é um objetivo totalmente desejável, pois um Santo persegue fins que são Bons e Verdadeiros, e usa meios que são Puros e Veneráveis. Aí vem a grande pergunta: que tipo de militante político não procura o Bom e o Verdadeiro, o Puro e o Venerável? Alguns comentam que “a política é suja por natureza” para que isto seja possível. Certa politiqueira conhecida dos nacionalistas afirmou que “para se limpar uma casa suja é preciso entrar nela”. É certo que no mundo moderno a vida política se tornou vil até mesmo horrível, só que se não apontarmos ao Bom e Verdadeiro, ao Puro e Venerável, acabaremos quase inevitavelmente por nos

afundarmos no esgoto político que sufoca o nosso legado pátrio desde sua independência. Quem pode ouvir, ou seguir fielmente, políticos que mentem, enganam ou viram casaca; políticos que enganam as suas mulheres, namoradas e camaradas; políticos cujos fins variam conforme sua ambição, oportunismo e ganância? O Legionário Nacionalista tem, portanto, de se destacar como um farol na escuridão infinita; pelo que diz; pelo que faz; pela forma como age. Em nenhuma outra situação é a necessidade de clareza de Pensamento e Ação maior do que na forma como expressamos as nossas crenças. O Nacionalismo desapareceu do cenário político brasileiro porque confundiu a Idéia com o Veículo. A Idéia é espiritual, algo divino, enquanto que o Veículo é obra humana, crescendo ou diminuindo na sua capacidade de expressar e realizar a Idéia. A Idéia permanece pura, mesmo quando o Veículo se tornou corrupto, apodrecido. A Verdade é sempre Verdade, mesmo num mundo de mentirosos. O Veículo existe apenas para servir a Idéia; quando deixa de fazê-lo, tem que ser abandonado pelo bem da Idéia. Só que abandonaram essa Idéia por mais de 70 anos, estagnando e reprimindo o Nacionalismo Revolucionário. É o processo de desintegração e decadência de nossa sociedade que faz com que o novo Homem Novo, que à partir de agora vamos chamar de Legionário Nacional is ta , se ja mais necessário do que algum dia já tenha sido. A Verdade e os Valores Corretos não estão apenas desaparecendo de vista, mas começam a tornar-se incompreensíveis para um

O O Legionário Nacionalista - Parte I – A necessidade de novos ares

Página 4 Volume I - Edição 0

número cada vez maior de pessoas: é conseqüência inevitável de um mundo mergulhado no veneno do Liberalismo. Se o Legionário Nacionalista não se erguer e proclamar a Verdade, não apontar os valores Corretos, quem o fará? Que futuro estará reservado para as nossas famílias, para a nossa nação, para a nossa cultura tão enriquecida pelos povos que a formaram? Olhando para todos os lados e sendo bombardeado com injustiça e exploração, o homem comum murmura: “O que eu posso fazer?”. A resposta é tão simples e assustadora ao mesmo tempo: LUTAR, LUTAR E LUTAR MAIS UMA VEZ! Temos que acabar com a baixeza de nossos desejos e aspirações e com a covardia que caracteriza a nossa época. Temos que desfraldar os estandartes da Verdade, do Heroísmo e do Sacrifício. Temos que nos tornarmos os Guerreiros e Santos que outrora fizeram esta terra digna de amor e respeito. Temos que viver a nossa vida para que outros possam viver, e viver grandiosamente. Lançar a Guerra Santa que limpa a alma, purifica a mente e expulsa para sempre os traidores e covardes do nosso seio! Lutar com determinação inabalável, coragem, e um coração alegre até à Vitória Final !

O PNDH-3 é uma ladainha em que direitos humanos e democracia fazem o estribilho, mas tudo vai em direção oposta por uma simples razão: seus objetivos reais, do primeiro ao último, são todos partidários. Se houvesse efetivo compromisso de nosso governo com democracia e direitos humanos, seus representantes não se posicionariam contra quaisquer decisões da ONU que reprovem a situação de países como Cuba e China. Leve-se em conta que PNDH3 é um roteiro para a implantação de um regime autoritário, com redução do papel do Congresso, desqualificação do Poder Judiciário, anulação do direito de propriedade, controle governamental dos meios de comunicação e sujeição da pesquisa científica e tecnológica a c r i t é r i o s e l i m i t e s ideológicos... Mas o maior perigo não está nos detalhes, e sim no seu objetivo geral: a consolidação de um populismo autoritário sustentado na relação direta entre o chefe do poder e as massas articuladas em sindicatos, comitês e outras organizações "populares", como alerta Geraldo Almendra. O presidente que, quando se trata de reagir diante das dezenas de denúncias contra seu desgoverno diz que nada sabe, nada ouviu e nada viu, afirma que não leu direito o que aprovou, colocando o selo de seu estelionato eleitoral num d o c u m e n t o q u e a g r i d e frontalmente o Estado de Direito Democrático. A sociedade dos esclarecidos, que tem o poder de reverter o estrago que o petismo está causando ao país, precisa acordar para o fato de estarem

colocando seus próprios filhos e suas famílias no risco de terem um único caminho para suas sobrevivências no Estado de "Direito" Petista: assumirem a escala de valores que tem marcado a postura das sementes apodrecidas do submundo comuno-sindical que dominam o poder público mais imoral e degenerado de nossa história, ou seja, corruptos, corporativistas sórdidos, patifes, canalhas, mentirosos, levianos. É um perfil para nenhum demônio colocar defeito e que nenhum pai ou mãe, que siga os princípios da dignidade, da honra, da honestidade e do caráter, gostaria que seus filhos tivessem. Estamos diante da última chance da sociedade reagir contra o regime totalitário que o petismo está disposto a implantar no país. A sociedade tem a obrigação e a responsabilidade de dizer um NÃO definitivo contra os sistemáticos desmandos desse desgoverno e sua firme intenção de colocar na presidência, custe o que custar, uma ex-terrorista, cúmplice do seu projeto de poder perpétuo, pois essa é a única forma de evitar uma devassa que será feita por outro presidente (não que José Serra seja o Salvador, 2010 tem cartas m a r c a d a s ) - q u e s e j a v e r d a d e i r a m e n t e d i g n o , honrado, e que respeite as leis - escancare o que realmente representou para o país os dois mandatos do petismo, sendo que muitos deles se refugiarão na Itália, na Venezuela, em Cuba, no Irã ou na França (se os aviões forem comprados) e que, desta vez não se cometa o mesmo erro, expurgando-os para sempre de nossa sociedade.

Legionário Nacionalista Continuação

PLANO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 3 Baseado em artigo de Geraldo Almendra

Página 5 Boletim Nacionalista

Acesse a íntegra do texto

de Geraldo Almendra na

página do Nacionalismo !

A civ i l ização ocidental contemporânea endossa a g l o b a l i z a ç ã o c o mo u m fenômeno saudável e crucial para as relações comerciais e culturais entre as nações e ainda a coloca como um caminho inevitável e de natural convergência para onde estão destinadas todas as culturas dos povos. É um notório engano e um engodo jogado às massas pela vendida e imoral mídia, tanto acadêmica quanto a de massa, pois os mandatários de Washington, Wall Street, Casa Windsor e outros, apropriando-se da terminologia do fenômeno e simplesmente de forma descarada, imprimindo o seu selo alegado de interesse sobre o pretexto da oportunidade de mercado. Desgraçadamente, os seus objetivos vêm sendo alcançados com maestria pelo reforço da degradação nas relações entre os homens ocidentais; embrutecimento e a materialização grosseira daquilo q u e s ã o d e n o m i n a d o s “poli t icamente corretos”, “aceitos” e “necessários”. Destaque para os termos mais comuns, pois são múltiplas e b e m v a r i a d a s a s s u a s terminologias. É a caminhada rumo à homogeneização dos modos de produção, da uniformização das transações financeiras, do intrincado e cada vez mais célere controle e domínio dos meios de comunicação, assim como, das informações, onde um simples comprador e usuário de telefone celular, torna-se um militante na patrulha de imagens e vozes invadindo a privacidade de muitos. Ora, no mundo globalizado, a originalidade e a personalidade são monitoradas e desestimuladas. A razão que antecipa todas as relações é a

competição de todos contra todos. Na verdade é uma globalização interior. Este comportamento imoral e e s f a c e l a d o r e m p a c a a sensibilidade moral em relação àquilo que denominamos bom senso, razoável, respeitador, honrado, confiável e belo. O resultado é muito claro; n u l i d a d e f r e n t e a u m compromisso, indisciplina, desrespeito à autoridade, gosto pelo esdrúxulo e pelos excessos, imediatismo, falta de lealdade e altruísmo nas relações, vaidade e soberba. Absurdamente estes t i p o s d e p o s t u r a s e comportamentos destruidores vêm se tornando costumeiros e até “naturais”. Muitos acabam considerando normal. Assim, a globalização estende o seu alcance lúgubre, os seus tentáculos homogeneízam as culturas e degradam as relações pessoais. O medíocre e o desonesto passam a ter lugar garantido. Ante esta terrível crueldade moral exaltamos os valores da Cristandade; o respeito à Deus e que Este guia o destino do povos. Apresentamos uma proposta de uma solidariedade humana, que traz em conseqüência o controle do capital especulativo, da economia, como forma de melhorar e facilitar a vida humana. O Estado como instrumento e meio para se alcançar a felicidade. Uma consciência de nação e de harmonia de classes. S o m e n t e d e s t a f o r m a construiremos um Estado verdadeiramente forte e real. Sem esquecer que a lança do tempo nos aponta que um governo sem um controle efetivo do Estado, acaba sendo minado po r soc i edades corporativas e conspiratórias em

todos os seus sentidos, desacreditando o povo da sua história original e verdadeira, cultura e tradições. Desta forma, as massas descren tes marg ina l izam qualquer respeito e confiança nas instituições, na autoridade e na disciplina, abrindo caminho para a tirania e em seu rastro final, o Comunismo. A forma m a i s a b o m i n á v e l d o materialismo grosseiro e mecânico já denunciado e demonstrado, tais como nos casos da China, Rússia, Tailândia, Cuba, Albânia, e em muitos outros países que tiveram a fome de milhões de pessoas e a violência como benção de seus governos. Soterraram o suor e o sangue daqueles homens, mulheres e heróis, que outrora ajudaram a construir a identidade de seus povos, destinando a estes um lugar obscuro e desconhecido para a grande maioria da população. Como no caso do nosso amado Brasil, onde grande parte da mocidade desconhece os brados heróicos d e A l mi r a n t e B a r r o s o , Tamandaré, Duque de Caxias e tantos outros merecedores de h o m e n a g e n s p e l o q u e contribuíram com esta nação. O ser humano é o seu País, a sua cultura, sua História e a sua Nação. Por isso, o homem é a terra fecunda e não a esterilidade da despersonalização proposta pela globalização interior ou Comunismo mascarado. Esta concepção nos indica um c a m i n h o e u m a b a s e fundamental para a valorização da pessoa humana. Ela é um momento de vanguarda de uma r e f l e x ã o d e n o m i n a d a Revolução Interior, onde esta “Revolução” representa a tomada de consciência, criando

A

Globalização Interior

Página 6 Boletim Nacionalista

condições para um despertar qualitativo; r e n a s c i m e n t o e desenvolvimento das antigas relações entre nós, seres humanos, na qual a ética, os bons costumes e a tradição acabariam por produzir e e n c a n d e a r a espiritualidade. Sendo assim, as boas idéias centradas na virtude e no belo, encontrariam o tão esperado retorno audível necessário à mudança de paradigma moral. L o n g e d o e c o proporcionado pelo protótipo imoral do homem globalizado. Infelizmente, ante este último, devemos lançar u m o l h a r d e desconfiança frente ao futuro, pois o protótipo inacabado e defeituoso dará origem a um monstro inescrupuloso e ávido de consumo, muito pior do que o que já vemos nos dias de hoje. O mérito de criar condições imateriais para dar um salto material rumo ao rompimento com o turbilhão de enganos o qual as massas despersonalizadas estão m e r g u l h a d a s , é demonstrar que não existe outra opção se não a de acreditar no destino sobrenatural do homem e o dever dos povos p e r s e g u i r e m e s t e caminho, amando as tradições de onde tiveram sua gênese.

Tradição é uma coisa; saudosismo é outra. A Tradição vivifica; o saudosismo mata. A tradição é um olhar que se deita para trás, afim de buscar inspiração no que os nossos maiores fizeram de grande e imitá-los ou superá-los. O saudosismo é o olhar condenado da mulher de Lot, que transforma em estátua de sal. A tradição é um impulso que vem do fundo das idades mortas dado pelas grandes ações dos que permanecem vivos no nosso culto patriótico. O saudosismo é um perfume de flores

fanadas que envenena e enerva. A tradição educa. O saudosismo esteriliza. Amar as tradições da terra, da raça, dos heróis é buscar nos exemplos do passado a fé construtiva do futuro. Mergulhar dentro delas para carpir a pequenez do presente diante de sua grandeza é confessar a própria impotência e a própria incapacidade. Da tradição nos vêm gritos de incitamento. Do saudosismo nos vêm lamentos e jeremíadas. Uma nação se constrói com aqueles gritos e se pe rde co m e s sa s lamentações.

na cabeça. Desidiosos e inertes, pois, são os b r a s i l e i r o s q u e , encolhendo os ombros, declaram pouco se importar com a política. É obrigação precípua de todo brasileiro ser político no alto e bom sentido do termo, isto é, preocupar-se com a vida da nação, estudar os seus problemas, vigiar em sua defesa, opinar sobre seus destinos, afim de que os s i n d i c a t o s d e exploradores internos e externos, ou ambos de mãos dadas, não tomem conta da nação para sugá-la e reduzi-la à miséria moral e material. Um exército também p r e c i s a s e r eminentemente político para não ser explorado pela política.

Um povo precisa ser eminentemente político para não ser explorado pela política. Porque, se todos os filhos dum país ou a sua maioria se abstém de coparticipar da vida política, se alheiam da atividade política, uma minoria operante de p o l i t i q u e i r o s profissionais se apodera dessa vida, dessa atividade e a dirige como bem lhe parece, criando a s c a mo r r a s q u e escravizam as pátrias aos s e u s i n t e r e s s e s subalternos. Que se diria dos habitantes duma casa que não se preocupassem com a sua conservação e estado? Que eram desidiosos ou inertes, pois um dia ela lhe cairia

Tradição - G.Barroso

A Abstenção Política - G.Barroso

“Os políticos

e as fraldas

devem ser

mudados

frequentemente

e pela mesma

razão”

Eça de Queiroz

Página 7 Volume I - Edição 0

Gustavo Barroso Três vezes Presidente

da Academia Brasileira de Letras

Globalização Interior

Continuação

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“O significado de ser livre é atuar de acordo com

princípios e não porque a história ou a conveniência

do momento o determinam.

Trata-se de fazer o que tem que ser feito,

independentemente do êxito ou do fracasso.”

s ã o a m p l a m e n t e conhecidos. Aqui a alcunha “Anos de chumbo” foi adotada pela esquerda num contexto distorcido, pois não ficou associado à violência da esquerda, mas sim, a reação dos militares que impediram que o Brasil se tornasse mais uma República satél i te da União Soviética. Após os chamados “Anos de Chumbo” o Brasil conquistou a democracia. Neste novo regime praticamente foi proibido proibir e sucessivos governos num golpe de demagogia e populismo foram se tornando progressivamente mais permissivos. Para quem não lembra, no Rio de Janeiro Leonel Brizola proibiu a polícia de entrar em favelas, praticamente declarando-as “santuário”. A consequência deste ato foi imediata. O crime organizado se encastelou nos morros e de lá não saiu mais. No rastro desta medida foram surgindo outras, que t ransformaram

A expressão “Anos de Chumbo” teve origem num filme alemão de Margarethe von Trotta. O filme tem como pano de fundo a atividade do grupo terrorista alemão de esquerda, “Rote Armee Fraktion – RAF”, mais conhecido por Baader Meinhof. O título original do filme é “Die bleierne Zeit” (Os anos de Chumbo) e está associado à violência com a qual este grupo terrorista impunha seu ponto de vista e queria iniciar uma revolução. Coincidentemente o Baader Meinhof foi particularmente ativo na década de 70, quando a esquerda brasi leira tentou sua segunda revolução armada no Brasil e fracassou. Na Alemanha os terroristas foram tratados como o que realmente eram: criminosos. No Brasil a esquerda terrorista foi anistiada, r e c e b e r a m g o r d a s indenizações e galgaram o poder manipulando um operário mal letrado. Os ministros mais influentes de Lula pertenceram a estes movimentos de esquerda e todos, sem exceção cometeram cr imes. Franklin Martins e Dilma Roussef, por exemplo, recentemente e mesmo na condição de ministros, tiveram os vistos de entrada para os EUA negados por terem praticado crimes. Os arquivos que aqui insistem em esconder, lá

cidadãos brasileiros em pródigos conhecedores d e d i r e i t o s , m a s analfabetos quanto às obrigações. Aos poucos, a tal democracia que todos supostamente desejavam, foi abandonada, pois o povo se afastou do processo de eleições, alma da democracia. Neste período o país foi incapaz de gerar ou identificar lideranças políticas sérias. Não tivemos estadistas e progressivamente o Brasil foi se entregando a políticos medíocres que são uma mis tu ra b a l a n c e a d a d e ignorância, ma fé, d e s o n e s t i d a d e , i m o r a l i d a d e e boçalidade. A classe pol í t ica p r a t i c a m e n t e t e m imunidade criminal, podendo atuar livremente n a c e r t e z a d a i m p u n i d a d e . N e m imagens contundentes como aquelas do deputado escondendo dinheiro de propina nas meias, levam a quaisquer consequências.

Leia a íntegra do artigo no www.nacionalismo.com.br

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“Anos de Chumbo” x “Era sem Lei”