voltada para o futuro - grupo wilson sons · a wilson sons rebocadores já havia recebido, no...

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uma publicação do Grupo Wilson Sons Setembro 2014 | ano 11 | nº 56 Voltada para o futuro Avanço nas obras da base do Caju prepara Brasco para a crescente demanda do setor de óleo e gás

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uma publicação do Grupo Wilson Sons Setembro 2014 | ano 11 | nº 56

Voltada para o futuro

Avanço nas obras da base do Caju

prepara Brasco para a crescente

demanda do setor de óleo e gás

Índice

Editorial

Foco em petróleo e gásD esde o IPO do Grupo Wilson Sons,

em 2007, tínhamos muito claro

que o setor de petróleo e gás vinha

crescendo em importância e seria fun-

damental para o futuro da economia

do Brasil. Nossa aposta se confi rmou

certeira quando, naquele mesmo

ano, foi anunciada a descoberta de

reserva de hidrocarbonetos na camada

pré-sal. Nesses últimos anos, viemos

trabalhando intensamente e ampliando

investimentos nos nossos negócios

voltados para essa área.

Um importante termômetro para

sentir como o foco vem crescendo no

petróleo e gás vem dos nossos resulta-

dos fi nanceiros. Ainda em 2007, cerca

de 18% do nosso faturamento vinham

dos segmentos ligados a petróleo e gás.

Essa fatia foi ampliada para 37% em

2013 e, de acordo com nossos planos,

vamos chegar a 45% até 2020.

Para que isso ocorra, temos a ne-

cessidade de prover soluções para os

desafi os logísticos que se impõem para

a cadeia de petróleo e gás. Talvez o

maior deles seja justamente a grandeza

das operações e, consequentemente, as

imensas distâncias percorridas entre a

costa e a plataforma. Para o sucesso do

desenvolvimento desse setor funda-

mental da economia, estamos amplian-

do nossos ativos, com novas bases de

apoio logístico e com o crescimento

de nossa frota de apoio off shore – hoje

são 19 PSVs (Platform Supply Vessels) e

até o início de 2017 serão 24.

Observando nossa trajetória desde

o nosso IPO, em 2007, até 2013

investimos US$ 1 bilhão em nossas

linhas de negócios, sendo que 40%

deste montante é relacionado ao

mercado de petróleo e gás. Esses

investimentos incluem a expansão

da Wilson Sons Estaleiros, que constrói

embarcações de apoio off shore não só para

as empresas do Grupo mas também para

terceiros, a aquisição da Brasco Caju, que

amplia a nossa capacidade de atendimento

às plataformas das bacias de Campos e

Santos, a aquisição de novos PSVs para a

Wilson Sons Ultratug Off shore e a re-

novação de nossa frota de rebocadores.

Essas ações são apenas nossos primei-

ros passos nesse setor. Com o desen-

volvimento do mercado, a tendência

é que nossos negócios se fortaleçam e

cresçam ainda mais. Estamos atentos

para a demanda que surgirá com a

exploração do campo de Libra e temos

grandes perspectivas com as novas

rodadas de exploração promovidas

pela ANP.

Nesta edição da NEW,S, cujo lança-

mento coincide com a Rio Oil & Gas,

mais importante evento da área, vamos

nos aprofundar um pouco mais nas

companhias do Grupo Wilson Sons

que atuam nesse segmento. E vamos

conhecer ainda o início do trabalho

de uma dessas empresas.

Boa leitura!

Cezar Baião

CEO do Grupo Wilson Sons

Giro pela WSWilson Sons Agência participa

de embarques de cargas vivas;

Apoio portuário no Pará; Frota

de rebocadores recebe novas

embarcações...........................3

Meio ambienteWilson Sons entra para o programa

GHG Protocol ........................5

Construção navalMade in Brazil...........................6

EntrevistaA China mais perto do Brasil –

Mauro Borge s , min i s t ro do

Desenvolvimento, Indústr ia e

Comércio Exterior...................8

Óleo e gás

Novo momento na Brasco..........10

LogísticaNovo porto seco em Suape.........14

PessoasO que o profi ssional quer?..........16

CabotagemManaus conqui s t a p r ime i ro

lugar em movimentação com a

Bahia..................................18

MemóriaDesbravando novos mares...........19

Setembro 2014 NEW,S2

Rua da Quitanda, 86 - 5º andar | Centro | Rio de Janeiro | RJ | Cep: 20091-005 | T 55 21 3504-4222 | www.wilsonsons.com.br

Expediente

Empresa associada

NEW,S é uma publicação trimestral do Grupo Wilson Sons, produzida e editada pela Textual Corporativa. Jornalista responsável: Danielle Bastos

Edição e Redação: Daniel Cúrio Revisão: Liciane Corrêa Diagramação: Conticom Comunicação Integrada

E-mail: [email protected] Fotos: Arquivo Wilson Sons e MDIC (página 8)

GRUPO WILSON SONS - CEO: Cezar Baião CFO e Relações com Investidores: Felipe Gutterres Vice-presidente de Rebocadores, Offshore,

Agenciamento e Estaleiros: Arnaldo Calbucci Vice-presidente de Terminais e Logística: Sérgio Fisher

Coordenação editorial: Comunicação & Sustentabilidade

Os artigos assinados e as opiniões são de total responsabilidade de seus autores.

Nenhum material desta publicação pode ser reproduzido sem prévia autorização.

C om a valorização do dólar,

vo l tam a ganhar força a s

exportações de cargas vivas, au-

mentando a demanda da filial da

Wilson Sons Agência no Porto de

São Sebastião, em São Paulo. O pri-

meiro embarque do ano, realizado

em maio, exportou 1.973 cabeças

de gado (búfalo), tendo como des-

tino o porto de Puerto Cabello, em

Carabobo, na Venezuela.

A ope r a ç ão f o i coo rdenada

pela VB Agrologística em parce-

ria com a filial São Sebastião da

Wilson Sons Agência. O segun-

do embarque, de 2 mil cabeças,

ocorreu no f inal de junho e a

expectat iva da f i l ia l é de pelo

menos um embarque mensal de

carga viva naquele porto.

A atividade exige atuação diferen-

ciada junto às autoridades, além de

cuidados especiais de embarque da

alimentação e dos próprios animais.

A carga viva também recebe atendi-

Wilson Sons Agência participa de embarques de cargas vivas

Operação é realizada pela fi lial São Sebastião

mento especial tanto na liberação do

navio quanto na atracação, que deve

ser imediata à chegada ao porto.

Os animais, criados em fazendas

do Mato Grosso, são transportados

para Minas Gerais, onde fi cam em

quarentena, e percorrem em seguida

cerca de 700 km até o porto, para o

embarque. Além da Venezuela, gran-

de parte da carga é destinada também

à cidade de Luanda, em Angola.

Diferentemente das operações do

Porto de Vila do Conde, em Barca-

rena (PA), e do Porto do Rio Grande

(RS), em que o gado embarcado é

destinado ao abate e direcionado

principalmente para países do Orien-

te Médio, o Porto de São Sebastião

movimenta o chamado gado de elite

(para reprodução), se firmando como

exportador de produtos brasileiros

de excelência, não somente para

a Venezuela, mas também para o

Líbano, Congo, Costa do Marfim,

entre outros..

Wilson Sons Rebocadores inicia atendimento para a Petrobras no estado

Apoio portuário no Pará

A Wilson Sons Rebocadores ini-

ciou em agosto as operações de

apoio portuário no Pará. A compa-

nhia fechou contrato com a Petrobras

para atendimento às suas demandas

no Porto de Belém, nos Terminais

de Miramar e Sotave, além de Vila

do Conde, em Barcarena e Porto de

Trombetas, em Oriximiná.

Inicialmente, a companhia dispo-

nibilizou o rebocador Sextans. Tra-

ta-se de embarcação com propulsão

azimutal com diversos outros recursos

que proporcionam atracações e de-

satracações de navios mais efi cientes

e seguras. A expectativa é que em

média 25 navios da Petrobras sejam

atendidos por mês nessas localidades.

“Para a Wilson Sons Rebocadores,

essas operações são um marco. Pela

primeira vez, estamos realizando

operações fl uviais, sem contar na

oportunidade de atuar em uma re-

gião com signifi cativo crescimento

em movimentação de navios e car-

gas”, comenta o diretor operacional

da companhia, Sérgio Guedes..

Giro pela WS

Setembro 2014 NEW,S4

Giro pela WS

O rebocador WS Antares começou a operar em junho

A Wilson Sons Rebocadores

recebeu entre junho e agosto

três novas embarcações. Os rebo-

cadores WS Antares, WS Bellatrix e

WS Pegasus foram construídos pela

Wilson Sons Estaleiros, no Guarujá

(SP), e já entraram em operação no

Frota de rebocadores recebe novas embarcações

Porto de Santos, onde atendem todos

os tipos de embarcações que operam

no principal porto do país.

Os rebocadores foram a segunda,

terceira e quarta embarcações de um

montante de 12, com investimento

total de US$ 140,7 milhões. Eles são da

série 2411. O rebocador WS Bellatrix

possui 72 toneladas de tração estática

(bollard pull) e as outras duas embar-

cações, 73 toneladas. Os três estão

equipados com sistema de combate a

incêndio (Fire Fighting 1), motor Ca-

terpillar e propulsores Schottel.

A Wilson Sons Rebocadores

já havia recebido, no início

de 2014, outra embarcação,

o WS Phoenix e, até o fi nal do

ano, mais uma com especifi -

cações semelhantes entrará em

operação.

Os novos rebocadores foram

batizados seguindo tradição da

companhia de dar nomes aos

seus rebocadores inspirados em

astros e estrelas do universo.

A sigla WS remete ao armador.

Antares se refere a uma das

quatro estrelas mais brilhantes

próximas à eclíptica da bandeira

do Brasil e representa o Estado

do Piauí. Já Bellatrix, que em

latim signifi ca “guerreira”, é a

terceira estrela mais brilhante

da constelação de Órion. E

Pegasus, o lendário cavalo alado,

é uma constelação do hemisfério

celestial norte..

WS Antares, WS Bellatrix e WS Pegasus foram

entregues nos últimos meses

Setembro 2014 5NEW,S

Meio Ambiente

O Grupo Wilson Sons passou a

integrar em agosto deste ano o

Programa Brasileiro GHG Protocol,

que estimula o desenvolvimento e

publicação de inventários corporativos

de emissões de gases do efeito estufa

(GEE). A empresa está entre as primei-

ras do setor naval e portuário no Brasil

a adotar a metodologia e a publicar seu

próprio inventário.

O relatório de emissões e remo-

ções de GEE relacionadas às ope-

rações do grupo, referente ao ano

de 2013, está disponível no site do

programa (ghgprotocolbrasil.com.br).

O lançamento do inventário aconteceu

em agosto, durante o evento anual do

programa brasileiro.

Ao longo do ano passado, foram emi-

tidas, por todas as empresas da compa-

nhia, cerca de 62,5 mil toneladas de dió-

xido de carbono equivalente (CO2e),

unidade métrica padrão das emissões

de GEE. Por conta da alta utilização

de equipamentos que exigem a queima

de combustíveis fósseis, as unidades de

negócios com maior emissão foram as

de Rebocadores e Terminais. Por sua

vez, o negócio que registrou a menor

emissão foi o Agenciamento marítimo.

O inventário passa a ser uma ferra-

menta para mapear oportunidades e

estratégias e adotar ações de redução e

ou compensação de emissões de gases.

“Nossas emissões estão predominan-

temente relacionadas ao consumo de

energia e nosso objetivo inicial foi

conhecer e entender o perfi l do gasto

energético em cada um dos seis negó-

cios da companhia. Com isso, podemos

incrementar as ações de eficiência

energética e minimizar os impactos das

nossas atividades”, declara João David

Santos, gerente corporativo de Segu-

rança, Meio Ambiente e Saúde (SMS).

O GHG Protocol é uma ferramenta

utilizada para entender, quantifi car e

gerenciar emissões de GEE. Desenvol-

vida nos Estados Unidos, pelo World

Resources Institute (WRI), a meto-

dologia é hoje a mais utilizada para a

realização de inventários de emissões,

compatível com a norma ISO 14.064

e com as metodologias de quantifi ca-

ção do Painel Intergovernamental de

Mudanças Climáticas (IPCC).

AÇÕES

O Grupo Wilson Sons já adota

iniciativas de redução das emissões de

GEE através da introdução de tecno-

logias com menor impacto ambiental,

como a implementação da Central de

Operações de Rebocadores (COR),

em 2012. Através do rastreamento

remoto das embarcações da empresa,

a central ajuda a identifi car rotas e ve-

locidades mais efi cientes. Em 2013, o

melhor desempenho no deslocamen-

to dos rebocadores evitou a emissão

de 810 toneladas de CO2e.

Já nos terminais de contêineres

operados pela Wilson Sons, a ins-

talação de equipamentos portuários

– guindastes de cais para contêineres

e guindastes de pórtico sobre ro-

das (RTG) – elétricos reduziram o

consumo de combustível e, conse-

quentemente, a emissão de gases de

efeito estufa.

No Tecon Salvador, por exemplo,

foram adquiridos em 2011 guindas-

tes de movimentação de contêineres

de pátio totalmente elétricos, muito

menos poluentes se comparados aos

sistemas convencionais a diesel. Com

os novos equipamentos, deixam de

ser emitidas, aproximadamente, 2.500

toneladas de CO2e por ano..

Wilson Sons entra para programa GHG Protocol

Empresa publica inventário de emissões de gases de efeito estufa

Setembro 2014 NEW,S6

Construção Naval

D e um setor que estava estagnado

para quarto maior construtor de

embarcações do mundo. Essa rápida

evolução tem uma clara explicação,

um motor que motivou a recuperação

de muitos estaleiros e o surgimento de

tantos outros: a exigência de conteúdo

local mínimo para as embarcações que

prestam serviço para a Petrobras.

Desde o fim da década de 1990,

tornou-se uma das prioridades do país

a retomada da indústria naval. Para

tanto, foram criados incentivos, como

o Programa de Renovação da Frota

de Embarcações de Apoio Marítimo

(Prorefam) e, posteriormente, o Pro-

grama de Modernização e Expansão

da Frota (Promef), em que o Estado

fi nancia a construção, mas exige que

um percentual mínimo específi co de

seu conteúdo tenha origem no Brasil.

Para o vice-presidente executivo

do Sindicato Nacional das Indústrias

da Construção e Reparação Naval

e Off shore (Sinaval), Franco Papini,

essa exigência é fundamental para o

presente momento da indústria naval

brasileira. Segundo ele, as empresas

de navegação de apoio marítimo es-

tão podendo captar financiamentos

com taxas mais atrativas quando do

cumprimento do conteúdo local de

suas embarcações construídas no

Made in BrazilExigência de conteúdo local ajuda no desenvolvimento

da indústria naval brasileira

A Wilson Sons Estaleiros está

fi nalizando o RSV (Remotely

Operated Vehicle Support Vessel) Fugro

Aquarius. Essa é a primeira embar-

cação de apoio off shore construída

pela companhia para empresas fora

do grupo Wilson Sons, encomen-

dada em dezembro de 2011 pela

Fugro Brasil. O investimento é de

cerca de R$ 190 milhões e a entrega

fi nal está prevista para o segundo se-

mestre, após as fases de acabamento

RSV da Fugro Brasil em fase fi nal na Wilson Sons Estaleiros

e comissionamento, que acontecerão

com a embarcação na água.

“Esse RSV é muito emblemático

para a Wilson Sons Estaleiros, já que

é a primeira vez que construí-

mos um barco para atender ao

mercado de petróleo e gás para

outra empresa”, conta o diretor

executivo da Wilson Sons Estaleiros,

Adalberto Souza. “Já possuímos grande

experiência na montagem de PSVs

(Platform Supply Vessels) para a frota da

Brasil. Além disso, na medida em

que os componentes instalados nessas

embarcações sejam cada vez mais bra-

sileiros, a assistência técnica, as peças de

reposição e a manutenção reduzem o

tempo de parada das mesmas, sem de-

pender dos fornecedores estrangeiros.

“Sob a ótica dos estaleiros constru-

tores também é muito importante, já

que a interlocução com fornecedores

nacionais, com projetos de seus equi-

pamentos nacionais fi ca mais fácil e

reduzimos a dependência dos estran-

geiros, como também no aumento da

produtividade na construção.”

Entre as vantagens que esse modelo

traz para as empresas brasileiras, Papini

aponta que se tornam cada dia mais

competitivas internacionalmente, têm

a oportunidade de desenvolver e ino-

Setembro 2014 7NEW,S

Wilson Sons Ultratug Off shore, mas

agora vivemos um novo momento.

Vamos buscar novos contratos e

ampliar ainda mais nossa gama de

embarcações.”

A montagem durou um ano e qua-

tro meses. O ROVSV tem 83 metros

de comprimento, 18 metros de boca,

porte bruto de 1,9 mil toneladas e

está equipado com dois veículos su-

baquáticos remotos, que permitem a

observação e montagem de estruturas

submarinas off shore. A embarcação

conta com tecnologia e projeto de

engenharia da holandesa Damen e terá

propulsão diesel-elétrica.

O Fugro Aquarius foi construído no

estaleiro Guarujá II da Wilson Sons,

no Guarujá (SP), que completou um

ano em abril. A unidade elevou a ca-

pacidade de processamento de aço da

companhia de 4,5 mil toneladas para 10

mil toneladas por ano, o que permitiu

a assinatura de contratos com terceiros.

Ao todo, 254 profi ssionais traba-

lharam na construção do ROVSV. A

var seus produtos, reduzir custos face

a demanda perene, tendo em vista o

Plano de Negócios da Petrobras e de

outras operadoras, a facilidade de asso-

ciação com players internacionais, entre

outros fatores.

Papini destaca que foi necessário su-

perar alguns desafi os para que as metas

de conteúdo local fossem cumpridas.

“Ficamos praticamente duas décadas

sem encomendas. Com isso perdemos

grande parte da mão de obra especia-

lizada da construção naval. Os profi s-

sionais que hoje trabalham no setor

respondem por uma produtividade

abaixo dos padrões internacionais.”

O vice-presidente compara o merca-

do brasileiro com o asiático que levou

três décadas para se tornar competitivo.

“Nosso programa de renovação da frota

começou em 1997 e em alguns estalei-

ros já estamos melhorando os índices

de produtividade quando comparados

aos parâmetros internacionais.”

ACIMA DA META

Na Wilson Sons Estaleiros, os incenti-

vos do governo ajudaram a impulsionar

a construção de novas embarcações.

Desde 2003, foram entregues 33

rebocadores e 18 barcos de apoio

off shore. De acordo com o diretor

comercial da companhia, Matheus

Vilela, a Wilson Sons se dedica a não

só cumprir, como a superar a meta de

60% de conteúdo local.

“Esse é mais um diferencial da

Wilson Sons Estaleiros. Contratual-

mente, cumprimos as exigências do

mercado. Proativamente, contudo, a

empresa trabalha para superar essas

metas. No PSV Prion, por exem-

plo, entregue no ano passado para

a Wilson Sons Ultratug Offshore,

conseguimos atingir 77% de conteúdo

local, uma marca muito expressiva”,

comemora.

O executivo frisa que a exigência só

traz benefícios para a indústria naval

brasileira. “Essa iniciativa colabora com

a geração de mais empregos no país e

transfere know-how para a nossa indús-

tria. A exigência oferece às empresas

ligadas à construção naval oportunidade

para desenvolverem-se.”.

Wilson Sons Estaleiros possui também

contrato com a Oceanpact para mais

quatro embarcações de apoio off sho-

re do tipo OSRV (Oil Spill Recovery

Vessel), especializadas no combate ao

derramamento de óleo..

Etapa fi nal da construção no dique seco do estaleiro Guarujá II

Entrevista

Setembro 2014 NEW,S8

A China mais perto do Brasil

No ano em que os dois países comemoram 40 anos de relações de

comércio, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,

Mauro Borges, fala desse parceiro importante da nossa economia

H Á 40 ANOS, QUANDO COMEÇARAM AS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL

E CHINA, POUCA GENTE DIRIA QUE ELAS TERIAM A PROPORÇÃO QUE TÊM

HOJE. ATUALMENTE, A CHINA É O PRINCIPAL PARCEIRO COMERCIAL DO BRASIL.

À FRENTE DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

EXTERIOR (MDIC) DESDE O INÍCIO DO ANO, MAURO BORGES DESTACA, EM EN-

TREVISTA EXCLUSIVA À NEW,S, QUE A CORRENTE DE COMÉRCIO BRASIL-CHINA

TOTALIZOU NO ANO PASSADO US$ 83,3 BILHÕES, MARCA MUITO SIGNIFICATIVA.

O MINISTRO COMENTA QUE ESPERA QUE OS DOIS PAÍSES CRESÇAM CADA

VEZ MAIS NESTE SÉCULO E QUE SÃO MUITO SEMELHANTES, JÁ QUE ENFRENTAM

A POBREZA E A MISÉRIA RESPONSÁVEIS POR EXCLUIR PARTE DE SUAS POPULA-

ÇÕES DO CONSUMO DE BENS E SERVIÇOS ESSENCIAIS. “NESSE SENTIDO, NOSSOS

GOVERNOS E EMPRESAS COMPARTILHAM EXPERIÊNCIAS MUITO RICAS E PROVEI-

TOSAS QUE PODERÃO INCENTIVAR PARCERIAS PARA O DESENVOLVIMENTO NOS

PRÓXIMOS ANOS.”

9Setembro 2014NEW,S

NEW,S | Qual a relevância da

China como parceiro comercial

para o Brasil atualmente? Como

está o fl uxo entre os dois países?

MAURO BORGES | A China é o

principal parceiro comercial do Brasil

desde 2009. A balança comercial é

tradicionalmente superavitária para

o Brasil, tendo alcançado saldo po-

sitivo de US$ 8,7 bilhões, em 2013,

com exportações de US$ 46 bilhões

e importações de US$ 37,3 bilhões.

Atualmente, a China se sobressai como

o principal mercado comprador de

produtos brasileiros e também como

o maior fornecedor externo ao Brasil,

respondendo por 19% das exportações

e 15,6% das importações nacionais, em

2013, participação que se revela inédi-

ta no comércio exterior com o Brasil.

NEW,S | Como essa relação vem

crescendo nos últimos anos?

MAURO BORGES | A participação

chinesa mais que triplicou ao longo

dos últimos dez anos no intercâmbio

comercial do Brasil (exportação e

importação), ao passar de 5,7%, em

2004 para 17,3% em 2013. Em valor,

signifi cou aumento da corrente de

comércio de US$ 9,2 bilhões para

US$ 83,3 bilhões, entre 2004 e 2013.

NEW,S | Quais são os principais

desafi os nessa relação, para ambos

os lados?

MAURO BORGES | Apesar dos

números expressivos do comércio

bilateral, há espaço para avanços. As

exportações brasileiras para a China

são compostas principalmente por

produtos básicos, que responderam

por 85% das vendas brasileiras ao país

em 2013. Por sua vez, a China exporta

para o Brasil principalmente produtos

manufaturados (98%). Assim, um dos

principais interesses brasileiros na área

comercial é diversifi cação da pauta.

NEW,S | Quais as principais se-

melhanças e diferenças culturais

e econômicas que precisaram ser

superadas para o sucesso dessa

parceria?

MAURO BORGES | Brasil e China

são grandes nações que irão emergir

cada vez mais neste século. Temos

muitas semelhanças nesse sentido. Os

dois países enfrentaram e enfrentam

obstinadamente a pobreza e a miséria

A China não é um parceiro estratégico apenas para o

Brasil, mas também para o Grupo Wilson Sons. A

companhia está presente no país asiático por meio de um

escritório e também adquiriu equipamentos e uma embar-

cação construídos na China.

O escritório é uma representação da Wilson Sons Agência

e da Wilson Sons Rebocadores em Shangai e funciona há

quatro anos. O Grupo não possui operações no país, mas o

escritório aproxima a companhia dos clientes chineses que

necessitam de serviços de agenciamento marítimo e rebo-

cagem no Brasil..

Wilson Sons também está próxima da China

responsáveis por excluir parte de suas

populações do consumo de bens e

serviços essenciais. Neste sentido,

nossos governos e empresas com-

partilham experiências muito ricas e

proveitosas que poderão incentivar

parcerias para o desenvolvimento nos

próximos anos.

NEW,S | Quais as perspectivas

para as relações comerciais entre

Brasil e China no médio e longo

prazo?

MAURO BORGES | A China é

um grande comprador de commodities

e o Brasil um grande vendedor. Esse

é uma condição estrutural que será

mantida nos próximos anos. Somos

reconhecidos mundialmente pela qua-

lidade das nossas commodities, como no

caso dos minérios e dos grãos. Nesse

sentido, a China continuará a ser um

parceiro importante. Não queremos

trocar a pauta, mas ampliá-la. Esse

é um desafi o para qualquer país do

mundo nas relações comerciais com a

China. A nossa intenção é aumentar

a venda de manufaturados para o país

em nichos, como no caso de aviões

regionais, por exemplo..

Setembro 2014 NEW,S10

Óleo e gás

Novo momento na Brasco

Setembro 2014 11NEW,S

Com a chegada do novo diretor executivo

e o avanço das obras na Brasco Caju,

companhia olha para o futuro

Setembro 2014 NEW,S12

A Brasco, empresa de bases lo-

gísticas para apoio ao mercado

de petróleo e gás, vive em 2014 dois

momentos muito especiais. Um deles

é a chegada do novo diretor executivo,

Gilberto Cardarelli.

Engenheiro especializado em perfu-

ração de poços e com MBA em óleo e

gás, o executivo passou por importantes

empresas do setor e pretende usar sua

experiência como diferencial compe-

titivo para a Brasco.

“Minha carreira foi no segmento

off shore e é lá onde se situam os prin-

cipais campos de petróleo no Brasil.

Minha contribuição será entender

melhor o que os clientes precisam, pois

é de lá que vem a demanda. Queremos

A Wilson Sons Ultratug Off shore

vai construir mais dois PSVs

(Platform Supply Vessels) que irão

operar para a Petrobras. Os contratos

são parte da sexta rodada de licitações

do Programa de Renovação da Frota

de Embarcações de Apoio Marítimo

(Prorefam) da estatal.

“Estamos muito contentes com o

resultado dessa rodada. As licitações

do Prorefam são importantes para

nossa estratégia de crescimento. Mais

importante que ganhar a licitação é

entregar navios que atendam às especi-

fi cações técnicas, performance e prazo

defi nidos nos contratos. O histórico da

Wilson Sons Ultratug Offshore fecha contrato para dois PSVs

sempre nos antecipar às necessidades

dos operadores e às oportunidades que

surgirão”, destaca Cardarelli.

Outro momento importante é o

avanço das obras da Brasco Caju, base

de apoio na Zona Portuária da cidade

do Rio de Janeiro cuja aquisição foi

concluída em 2013. Com a nova base,

a companhia irá mais que dobrar sua

capacidade para atender embarcações

de apoio off shore, já que, após obras

de modernização, saltará de um para

cinco berços.

“O projeto da Brasco Caju impres-

siona. As obras estão em ritmo muito

intenso. O novo cais com 508 metros

de extensão terá 345 estacas pré-mol-

dadas e 321 estacas perfi l, locadas em

oito módulos. O avanço físico das obras

no fi nal de julho era de 72% contra

um avanço planejado de 67% para esse

período. Já no primeiro semestre de

2015, toda a obra estará concluída e,

com a dragagem realizada, poderemos

começar a operar os novos berços.”

Junto com a base de Niterói, que

comemora 15 anos em 2014, a Brasco

Caju representa uma das melhores al-

ternativas para as empresas que operam

nas bacias de Santos e Campos. Loca-

lizadas na Baía de Guanabara, as bases

possuem posição estratégica.

Além dessa região, Cardarelli co-

menta que a Brasco também foca em

outras oportunidades. “As campanhas

exploratórias e de desenvolvimento se

Setembro 201413NEW,S

Wilson Sons Ultratug Offshore é

muito bom. Dos 19 navios que ope-

ramos com a Petrobras, 17 são fruto

de vitórias em licitações de novas

construções da Petrobras. A empresa

está muito motivada, vamos trabalhar

forte para continuar nossa trajetória de

crescimento, e entregar operações cada

vez melhores”, diz o diretor executivo

da empresa, Gustavo Machado.

Os novos PSVs serão construídos

nos estaleiros do Grupo Wilson Sons,

no Guarujá (SP). A WSUT também

cresce com construções no exterior.

Outros três PSVs 3.500 foram enco-

mendados para o estaleiro POET, de

Cingapura, e têm previsão de entrega

entre o quarto trimestre de 2015 e o

primeiro de 2016.

A Wilson Sons UIltratug Off shore

possui atualmente uma frota de 19 em-

barcações próprias, todas em contrato

com a Petrobras. A mais recente delas,

o PSV Zarapito, foi entregue no fi nal

de março..

concentram na região Sudeste. Após a

11ª rodada, entretanto, vêm crescendo

também as oportunidades no Espírito

Santo, bem como na Margem Equa-

torial, região muito vasta, mas com

demanda muito importante.”

ENGAJAMENTO

Quando assumiu o cargo de diretor

executivo da Brasco, em maio, Gilberto

Cardarelli sabia que poderia contribuir

muito para o desenvolvimento da

empresa. O que não sabia é que iria se

identifi car tão bem com a cultura da

Brasco e do Grupo Wilson Sons.

“Para mim, o ponto mais forte da

companhia é a postura dos dirigentes.

Os funcionários são tratados com muito

respeito e a comunicação ocorre com

transparência, o que é fundamental. Isso

faz com que eu me identifi que muito

com o Grupo”, conta ele.

Segundo o executivo, outro valor

expressivo é o nível de desenvolvimen-

to da equipe da Brasco. “As pessoas são

capacitadas e engajadas. São profi ssio-

nais comprometidos com a empresa,

o que torna nossa gestão ainda mais

estimulante.”

Cardarelli ressalta que a segurança

continuará sendo um dos principais

pilares para a Brasco. Ele comemora,

inclusive, a conquista do patamar de

classe mundial em segurança, após a

realização da segunda pesquisa de per-

cepção na companhia. Esse é o nível

mais alto de excelência e a Brasco, além

da DuPont, que desenvolveu a meto-

dologia, foi a única no país a alcançar

essa marca.

“Se não temos um nível cultural de

excelência, todo o resto do trabalho

fi cará comprometido. Nossas estatísticas

de segurança têm que estar em nível de

excelência mundial para que nossa per-

formance operacional acompanhe. Esse

patamar é o indicador mais relevante para

os nossos clientes, empresas globais de

petróleo e gás. Um prestador de serviços

que não tenha nível de excelência em

segurança, controle do meio ambiente

e saúde de seus colaboradores, não vai

conseguir conquistar ou manter clientes

desse porte”, explica o diretor..

PSV Zarapito é a embarcação mais recente da Wilson Sons Ultratug Off shore

Logística

Junho 2014 NEW,S14

Novo porto seco em Suape

EADI Suape já está em operação

A Wilson Sons Logística inaugura,

em setembro, as operações da

Estação Aduaneira de Interior (EADI)

Suape, resultado de uma licitação ven-

cida pela empresa em 2013. Com um

investimento total de R$ 11 milhões,

o novo empreendimento comporá,

junto com o Centro Logístico (CL)

Suape, que a empresa inaugurou no

ano passado, um complexo logístico,

integrando operações de comércio

exterior e logística doméstica.

Com investimento total de R$ 11 milhões, Wilson Sons Logística

inaugura EADI em uma das regiões que mais crescem no Brasil

A EADI Suape surge com a missão de

atingir a excelência, chegando ao pa-

tamar da EADI Santo André, também

operada pela companhia no estado de

São Paulo e reconhecida como uma

das maiores e mais efi cientes do país.

As principais empresas de Pernambuco

passarão a contar com uma oferta de

serviços estruturada e completa para

atender a região Nordeste.

O novo porto seco possui instalações

de ponta, com 12.000m2 de área co-

berta, 38 mil m2 de pátio, 52 tomadas

para contêineres reefer, 42 docas, área

refrigerada para produtos farmacêuti-

cos, área para químicos, além de toda

a infraestrutura administrativa para a

Receita Federal, Ministério da Agricul-

tura, Anvisa e suporte aos despachantes.

Com isso, o terminal está preparado

para receber carga de diversos segmen-

tos, em especial químico, farmacêutico,

bebidas, automobilístico, cosmético e

carga de projeto.

Junho 2014 15NEW,S

Raio-X

EADITotal 50 mil m²Armazém 12 mil m²Pátio 38 mil m²

CENTRO LOGÍSTICOTotal 29 mil m²Armazém 8 mil m²Pátio 5 mil m²

CAPACIDADE

ÁREA TOTAL 79 mil m²

INVESTIMENTO R$ 11 milhões

29 mil TEUs/ano

16 mil posições pallet no armazém

1.255 TEUs em posições para contêiner

As obras, concluídas em julho deste

ano, tiveram início em janeiro de 2012,

quando a Wilson Sons Logística, enxer-

gando o potencial econômico da região

Nordeste, decidiu operar um terminal

logístico em Pernambuco.

“A EADI Suape e o CL Suape

se encaixam na nossa estratégia de

plataformas regionais. Essas duas

unidades, junto com serviços com-

plementares de transporte, nos dão

a oportunidade de oferecer aos

nossos clientes soluções completas

e customizadas”, explica o diretor

executivo da Wilson Sons Logística,

Thomas Rittscher III. O modelo já foi

empregado com sucesso no estado de

São Paulo, onde a companhia opera a

EADI Santo André e o Centro Logís-

tico São Paulo, em Itapevi.

O executivo está otimista com a

inauguração do porto seco, já que

existe clara demanda por operadores

que tenham capacidade para integrar

comércio exterior e logística domésti-

ca, envolvendo todas as etapas de sua

operação.

“Mais do que operadores de uma

EADI, a Wilson Sons Logística tem

know-how para desenvolver projetos

específi cos e pretende conquistar mais

espaço através dos seus diferenciais. Te-

mos a melhor infraestrutura da região,

profi ssionais qualifi cados e um modelo

de gestão alinhado com os desafi os das

empresas. A companhia possui foco

nos segmentos predominantes em cada

região e oferece soluções de ponta a

ponta para a cadeia de suprimentos”,

detalha Rittscher.

Juntos, a EADI e o Centro Logístico

contam com 103 funcionários atual-

mente, dos quais 30 foram contratados

por conta das operações alfandegadas.

A expectativa é que o número de

colaboradores chegue a 200, quando

a EADI Suape atingir a capacidade

máxima. Todos são da própria região

e foram capacitados pela Wilson Sons

com base nas experiências de sucesso

da EADI Santo André..

Pessoas

C om o grande desenvolvimento

do setor de petróleo e gás nos

últimos anos e a imensa demanda por

profi ssionais qualifi cados, as empresas

precisam mostrar para suas equipes

e possíveis candidatos por que são

a melhor escolha para suas carreiras

profi ssionais. No Grupo Wilson Sons,

não é diferente. E os diferenciais estão

ao alcance dos colaboradores de todos

os seus negócios.

“O ponto mais forte do Grupo é

o bom ambiente de trabalho. Damos

muita importância às pessoas e isso é

um dos nossos valores. A empresa trata

os funcionários de maneira bastante res-

peitosa e está em constante movimento,

sempre com novos projetos”, comenta

a diretora de Desenvolvimento Organi-

zacional da Wilson Sons, Aléa Fiszpan

Steinle. “Como resultado, percebe-

mos o engajamento dos profissionais

com a companhia.”

Outro diferencial apontado pela

O que o profi ssional quer?

Em mercado competitivo como o de petróleo e gás,

Wilson Sons apresenta diferenciais para atrair funcionários

diretora é o robusto investimento em

segurança e a gestão com critérios e

indicadores acompanhados diariamen-

te, que são importantes para qualquer

segmento, mas ganham ainda mais

relevância para o setor de petróleo e

gás. “Estamos muito além do conceito.

É um trabalho que passa por toda a

equipe, desde os diretores até o time

operacional”, diz Aléa, lembrando do

programa de segurança WS+, desen-

volvido em parceria com a DuPont,

referência na área. Ela destaca ainda o

treinamento constante dos colaborado-

res e a preocupação da empresa com o

meio ambiente.

A executiva frisa que entre os

marítimos, as exigências são ainda

maiores, pois o mercado é extrema-

mente concorrido. O investimento

da Wilson Sons Ultratug Off shore em

embarcações e equipamentos moder-

nos, contudo, é um grande atrativo

para os profi ssionais.

Setembro 2014 NEW,S16

“Os marítimos nos dão retorno

muito positivo quando têm contato

com a nossa equipe no embarque e

no desembarque. Já tivemos rela-

tos de funcionários que receberam

propostas de concorrentes, mas

optaram por ficar, principalmente,

por conta do clima da companhia.

Nossa maior preocupação é com o

bem estar desse profissional e de sua

família”, diz a gerente de Desenvol-

vimento Humano e Organizacional

da Wilson Sons Ultratug Off shore,

Marcia Valeria Siqueira.

FUNCIONÁRIO VALORIZADO

O professor Aluísio Chagas, espe-

cialista em gestão na área de petróleo

e gás, aponta que a qualidade do

ambiente de trabalho realmente pesa

Setembro 2014 17NEW,S

“O ponto mais forte do Grupo é o bom ambiente

de trabalho. Damos muita importância às pessoas

e isso é um dos nossos valores.”

Aléa Fiszpan Steinle, diretora de DO

Alto padrão de segurança é diferencial para o mercado de petróleo e gás

muito na decisão do profi ssional. Es-

tar em uma empresa que o valorize,

muitas vezes, é tão importante quanto

a remuneração em si.

“Um colaborador precisa sentir que

a empresa aposta nele, que ele é uma

parte importante do negócio e não

apenas uma engrenagem que possa

ser substituída. Ele quer um ambiente

onde haja oportunidade de crescer e

que ele possa considerar uma segunda

família”, explica o especialista.

Segundo Chagas, antes de se apre-

sentar para uma entrevista de em-

prego, o candidato hoje já sabe

exatamente o perfi l da empresa que

ele procura – e se ela se enquadra

ou não no que ele busca. “Com a

popularização das redes sociais, fi cou

mais fácil trocar informações sobre

a qualidade do trabalho em cada

companhia. O colaborador não quer

mais correr riscos. Ele pesquisa e só

vai para uma entrevista de emprego

se realmente estiver disposto a vestir

a camisa daquela empresa..”

Setembro 2014 NEW,S18

Cabotagem

A pós a expansão do Tecon Salvador,

terminal de contêineres operado

pela Wilson Sons, já com um cais pre-

ferencial para a atracação de navios de

cabotagem, a capital baiana viu o seu

volume no fl uxo Manaus/Salvador

crescer quase 40% no comparativo

entre os primeiros semestres de 2014 e

2013. Neste primeiro semestre, foram

movimentados 7.298 TEU (medida

equivalente a contêineres de 20 pés).

Em um curto intervalo, Manaus

tornou-se a principal cidade de ori-

gem e destino de cargas transportadas

via cabotagem no fl uxo com a Bahia.

Superando destinos tradicionais,

como Santos (SP) e Rio Grande (RS),

a capital do Amazonas é hoje res-

ponsável por 35% de todo o volume

de cabotagem do Tecon Salvador.

Um ano atrás, Manaus ocupava a

terceira posição, com participação

de pouco mais de 20% do total

movimentado no modal.

Manaus conquista primeiro lugar em movimentação com a Bahia

Neste ano, o Tecon Salvador registrou aumento de quase 40% na

movimentação de cargas do modal envolvendo a capital amazonense

O transporte de cabotagem, dife-

rente da navegação de longo curso,

é realizado entre os portos de um

mesmo país. Dentre os produtos de

Manaus que mais desembarcaram

em Salvador no primeiro semestre,

o destaque foi para os eletrônicos.

O setor obteve incremento de 300%

nesse período do ano.

Atualmente, dois dos maiores arma-

dores de cabotagem, Aliança e Log-in,

escalam toda semana em Salvador seus

navios do fl uxo Manaus. “Histori-

camente, subia muita carga para o

Norte, enquanto descia pouca para as

outras regiões do país. Boa parte dos

produtos percorriam longas distâncias

pela rodovia. Assim, enxergamos um

grande potencial no desenvolvimento

desse mercado, tanto que instalamos

em Manaus uma equipe dedicada

à atração de cargas para a cabota-

gem”, conta a diretora comercial

do Tecon Salvador, Patrícia Iglesias.

Esse novo modelo de negócio tem

rendido bons frutos, como a atração

de novas cargas do segmento de duas

rodas, cujas descargas regulares no ter-

minal soteropolitano somaram cerca de

1 mil TEU de janeiro até junho deste

ano. No movimento inverso, subindo

de Salvador para a capital amazonense,

cargas dos segmentos da construção

civil, minérios e bebidas foram respon-

sáveis pelas maiores movimentações.

“Estamos desde 2013 estudando os

mercados e identifi cando oportuni-

dades para aumentar os volumes dos

usuários cativos, além de captar novas

cargas. Esse último é o maior desafi o

da área, ou seja, migrar os produtos

que atualmente são transportados nos

caminhões para os navios de contêi-

neres. É importante pensar que além

da redução de custos, a cabotagem

também traz vantagens nos aspectos

sociais e ambientais, que são o foco do

Tecon Salvador”, declara a executiva..

Tecon Salvador busca incentivar a navegação de cabotagem

Memória

Setembro 2014 NEW,S19

A Lei do Petróleo, de 1997, instituiu

a abertura do mercado brasileiro

de exploração e refi no do petróleo a

novos operadores, além da Petrobras. A

medida acelerou a expansão da explora-

ção off shore no país, constituindo-se em

um dos mais importantes elementos de

recuperação da indústria naval no Brasil.

Outros fatores contribuíram para tanto,

como a promulgação, no mesmo ano, da

lei que regulamentou o transporte aqua-

viário e garantiu às empresas de bandeira

brasileira a preferência nas contratações

de fretes e serviços de apoio em ope-

rações marítimas. Na mesma década, a

Petrobras lançou ainda o primeiro Plano

de Renovação da Frota de Embarcações

de Apoio (Prorefam), favorecendo o

aumento da participação de embarcações

nacionais nas atividades off shore.

O programa oferece contratos de pres-

Desbravando novos mares

Para atender a demanda do mercado de petróleo e gás, Wilson Sons iniciou

em 2003 a operação de embarcações de apoio offshore

tação de serviços para a Petrobras válidos

por oito anos e renováveis por igual pe-

ríodo. Foi prevista a contratação de 146

novas embarcações dos tipos OSRV (Oil

Spill Recovery Vessel), AHTS (Anchor Han-

dling Tug Supply Vessel) e PSV (Platform

Supply Vessel), o que vem acontecendo

em várias etapas, desde 2008.

Sintonizada com o novo momento da

indústria de construção naval brasileira,

a Wilson Sons se lançou em um novo

desafi o: a construção de embarcações

de apoio off shore. E apesar de já atuar

nesse mercado desde a década de 1970

oferecendo soluções logísticas, foi em

2003 que o Grupo entrou para o ramo

de navegação de apoio marítimo por

meio da construção das suas primeiras

embarcações off shore. Os PSVs Savei-

ros Albatroz e Saveiros Gaivota foram os

primeiros navios de uma frota criada

exclusivamente para o atendimento das

demandas do mercado.

A consagração no segmento off shore,

porém, se daria em 2010 com a criação

da Wilson Sons Ultratug Off shore, fruto

de uma joint venture entre a Wilson Sons

e o grupo chileno Ultramar. Desde a sua

criação, a companhia atende a Petrobras

e outras empresas do mercado de petró-

leo e gás, como ENI Petroleum, HESS,

Technip, Global Industries, Subsea 7,

Acergy, ONGC Videsh e Sonangol.

Em resposta ao avanço da exploração

e produção de petróleo e gás em águas

profundas e ultraprofundas que tem

demandado embarcações dotadas de

maior capacidade de carga, guincho,

potência, e rapidez, as embarcações

da Wilson Sons Ultratug Offshore

contam com um sistema de propulsão

diesel-elétrico, que garante não só

maior potência, como também menor

consumo de energia, contribuindo para

a preservação do meio ambiente, através

da redução de poluentes.

Com uma base de apoio operacional

em Niterói e 19 embarcações em ope-

ração, a Wilson Sons Ultratug Off shore

hoje conta com uma moderna frota e

prossegue na observância de seu com-

promisso em apoiar o crescimento de

seus clientes e do Brasil..Saveiros Albatroz foi a primeira embarcação de apoio off shore da Wilson Sons

Wilson Sons sempre em movimento. Desde 1837.

O grupo Wilson Sons atua em várias etapas da cadeia da indústria de óleo e gás: tem bases logísticas com localização estratégica, frota de rebocadores e embarcações de apoio offshore, agência marítima e estaleiros que constroem modernas embarcações de apoio. Reconhecido por operar com segurança, o Grupo Wilson Sons tem foco em qualidade para prestar serviços que acompanhem o contínuo crescimento desse mercado.

Wilson Sons: segurança em movimento.

www.wilsonsons.com.br

Gabriel Urbano Rodrigues trabalha na Wilson Sons há dez anos.

Mais de 175 anos de experiência a serviço da indústria de Óleo e Gás.