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1 Vol. 05- Maio de 2017 – www.apac.pe.gov.br BOLETIM DO CLIMA SÍNTESE CLIMÁTICA Nº 5

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Vol. 05- Maio de 2017 – www.apac.pe.gov.br

BOLETIM DO CLIMA SÍNTESE CLIMÁTICA

Nº 5

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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Paulo Henrique Saraiva Câmara – Governador

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE PERNAMBUCO

Raul Jean Louis Henry Júnior - Secretário

SECRETARIA EXECUTIVA DE RECURSOS HÍDRICOS Coronel Mário Cavalcanti - Secretário Executivo

AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA

Marcelo Cauás Asfora - Diretor-Presidente

DIRETORIA DE REGULAÇÃO E MONITORAMENTO Maria Crystianne Fonseca Rosal - Diretora

DIRETORIA DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

Gustavo Henrique Ferreira Gonçalves de Abreu - Diretor

DIRETORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Alexandre Lima Diniz de Oliveira - Diretor

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BOLETIM DO CLIMA SÍNTESE CLIMÁTICA

B. Clima: sínt. climática Recife v.5 n.5 p. 48

Maio de 2017

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Agência Pernambucana de Águas e Clima – APAC Avenida Cruz Cabugá, nº 1111, Santo Amaro, Recife/PE - CEP: 50040-000

Fone: (81) 3183-1060 / 1061 e Fax: (81) 3183-1058

www.apac.pe.gov.br

© 2017 Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução de dados ou informações contidas nesta publicação, desde que citada a fonte. Disponível também em: < http://www.apac.pe.gov.br/> EQUIPE TÉCNICA Coordenação Geral Patrice Rolando da Silva Oliveira Gerente de Meteorologia e Mudanças Climáticas AUTOR Romilson Ferreira da Silva Analista de Meteorologia CO-AUTORES Carlos Alexandre Wanderley da Silva Técnico em Hidrometeorologia Edvânia Pereira dos Santos Analista de Meteorologia Fabiano Prestrelo de Oliveira Analista de Meteorologia Josafá Henrique Gomes Técnico em Hidrometeorologia Hailton Dias da Silva Junior Analista de Meteorologia Maria Aparecida Fernandes Ferreira Analista de Meteorologia Roberto Carlos Pereira Gomes Analista de Meteorologia Roni Valter de Souza Guedes Analista de Meteorologia

Vinícius Gomes Costa Júnior Analista de Meteorologia Zilurdes Fonseca Lopes Analista de Meteorologia Coordenação de Edição José de Calazans Neto - DRT 3262/PE Gerente de Articulação e Comunicação Normalização Bibliográfica Tarciana Santana Oliveira Analista de Biblioteconomia

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Sum

ário

Apresentação 06

1. Introdução 07 2. Precipitação Acumulada 08 3. Monitoramento da seca 12 4. Condições Oceânicas 19 5. Temperatura do ar 22 6. Apêndice 25

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A criação, pelo Governo de Pernambuco, da Agência Pernambucana de Águas e Clima - APAC, uma autarquia especial integrante da administração pública estadual indireta, foi um fato de grande relevância para o fortalecimento da meteorologia em Pernambuco. A Lei Ordinária nº 14.028, de 26 de março de 2010, que criou a APAC, também incorporou legalmente à estrutura administrativa do Estado as competências e responsabilidades relacionadas ao monitoramento e à previsão do tempo e clima no Estado. O estabelecimento do marco legal e institucional tornou possível a formação de um quadro permanente de meteorologistas, contratados através de concurso público, para formar a Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas da APAC; bem como a realização de um programa consistente de investimentos para a modernização, ampliação e automatização do processo de coleta de dados meteorológicos e climatológicos no Estado. Esses investimentos têm aumentado significativamente a frequência das observações e a quantidade de pontos e de variáveis monitoradas no território pernambucano. A partir desses dados, consistidos e analisados, são geradas informações para as diferentes áreas do governo, bem como são desenvolvidos estudos para identificar e melhor definir os sistemas e os fenômenos meteorológicos que atuam sobre Pernambuco. Contudo, a missão desta Agência estaria incompleta se os dados e as informações produzidos não fossem postos ao alcance de toda a sociedade de forma transparente e democrática. Assim, desde a sua criação, a APAC, através do seu site eletrônico, tem disponibilizado o acesso aos dados climatológicos observados no Estado, bem como aos informativos e boletins sobre o tempo e o clima em Pernambuco. A elaboração e publicação mensal da Síntese Climática são mais um esforço desta Agência no sentido de compartilhar com a sociedade e as entidades congêneres dados, informações e conhecimento. Neste boletim mensal, que a partir de 2013 passou a ser publicado e distribuído em impressos, busca-se apresentar, com um maior aprofundamento técnico, a análise dos parâmetros atmosféricos e dos eventos meteorológicos ocorridos no estado de Pernambuco a cada mês. Todos que operam esta Agência acreditam que o compartilhamento dos dados e das informações é um instrumento essencial à construção do conhecimento. É com esta crença que disponibilizamos esta publicação e que nos colocamos à disposição para receber as sugestões e críticas que tenham por objetivo a melhoria deste produto. Marcelo Cauas Asfora Diretor-Presidente

Apresentação

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O presente boletim é uma síntese climática do

mês de maio de 2017 para o estado de Pernambuco, constando informações sobre o comportamento das variáveis meteorológicas mensuradas nas estações, como chuva, temperatura e umidade relativa do ar, bem como análises dos parâmetros oceânicos e atmosféricos globais. Excepcionalmente, será incluído no apêndice um relatório sobre as enchentes que ocorreram no mês de maio em Pernambuco, com uma análise meteorológica e hidrológica.

Considerando as mesorregiões, do estado de Pernambuco, ocorreu uma melhora na quantidade de precipitação acumulada no Sertão do Pajeú e do Moxotó, o setor Meridional e Central do Agreste também tiveram contribuições no período, sendo que o maior destaque ocorreu na Zona da

Mata Sul. De modo geral, a técnica dos quantis apontou alteração no quadro das chuvas, algumas regiões passaram da categoria normal, outras ultrapassaram a faixa muito chuvosa.

No estado de Pernambuco, as chuvas do mês de maio, sobretudo na parte sul, tanto do agreste quanto da zona da mata, além da faixa leste do sertão pernambucano, foram suficientes para reduzirem as áreas de secas com intensidade extrema.

Maio ficou caracterizado pelos desvios positivos no setor leste, principalmente na Mata Meridional, algumas localidades ultrapassaram 800 mm como é o caso de Sirinhaém, que ficou 164% acima do esperado no período. De maneira análoga, o Agreste Meridional também aparecem municípios com altos desvios positivos como Correntes que ficou 245% (524 mm) acima da média histórica. Ainda assim, quando considerando os acumulados de janeiro a maio, o estado ainda permanece com um quadro geral de déficit de chuvas. O Sertão ficou 41% abaixo do esperado, o Agreste 15%, a Zona da Mata 8% e a Região Metropolitana do Recife 26%.

Os maiores destaques em relação à temperatura do ar foram Floresta, com máximas de 38,8°C e Brejão com 15.5°C de mínima. Em Recife, os extremos variaram entre 20,6°C a 33,2°C, temperaturas mínimas e máximas, respectivamente.

As condições atmosféricas foram favoráveis para ocorrência de chuva em Pernambuco, em especial no Litoral. Permaneceram condições de neutralidade no oceano Pacífico Tropical, embora a Temperatura da Superfície do Mar estivesse um pouco acima da média. O Atlântico Norte permaneceu mais quente que o Atlântico Sul, o que proporcionou um dipolo levemente positivo. O Atlântico Tropical ficou com temperaturas em torno da média na costa leste do Nordeste.

O campo do vento permitiu a entrada de umidade do oceano com pequenas ondulações em baixo nível, e a formação de nuvens convectivas em algumas áreas devido o padrão de “cavado” que gerou instabilidades no Nordeste.

1.Introdução

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2.1. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA EM MAIO

A ocorrência da chuva no mês de maio teve

dois momentos significativos: no primeiro, a ocorrência da chuva foi entre os primeiros 10 dias e, no segundo, nos últimos dias do mês (28 e 29), um evento extremo atingiu a porção Meridional do Agreste e da Zona da Mata, resultando em grandes acumulados de precipitação, o que gerou contrastes pluviométricos. A distribuição da chuva no Estado ocorreu, principalmente, entre o Litoral até a parte leste do Sertão de Pernambuco (Figura 1).

Na RMR, os acumulados médios foram de 324 mm, representando um desvio relativo médio de 11% acima da climatologia (Figura 2). As cidades com maiores volumes de chuva foram: Ipojuca 552 mm, Cabo (Barragem Suape) 500 mm e Recife (Várzea) 398 mm.

A mesorregião da Zona da Mata foi muito influenciada pelos altos valores apresentados no evento extremo acima mencionado, a intensa precipitação culminou em rápida alteração na vazão dos rios locais provocando cheias localizadas. Desta forma, a região teve valores acumulados de precipitação entre 98 mm (Lagoa da Itaenga) a 840 mm (Sirinhaém). A cidade de Ribeirão, localizada na Mata Sul, teve acumulado de precipitação de 655 mm, desse total, 337 mm ocorreram aproximadamente em dois dias.

Outros destaques ocorreram em Sirinhaém (840 mm), Rio Formoso (812 mm), Barreiros (725 mm) e Ribeirão (655 mm), isto corresponde a 164%, 143%, 156% e 206%, respectivamente, acima do esperado. Apesar dos altos valores de precipitação ocorridos na Mata Sul, na região Setentrional, algumas localidades apresentaram desvio negativos de chuva, destacando Paudalho (124 mm), Itaquitinga (116 mm) e Aliança (114 mm) que ficaram, respectivamente, 47%, 42 e 33% abaixo da média histórica mensal (Figura 2).

No Agreste, a precipitação ocorreu de forma análoga à Zona da Mata, os maiores valores acumulados ocorreram entre a parte Central e Meridional da mesorregião, estes valores também foram bastante influenciados pelos eventos extremos. As localidades com maiores valores acumulados foram: Correntes (524 mm), Bonito (514 m) e Palmeirina (499 mm), valores bem superiores á media esperada para o mês, 258%, 314% e 249%, respectivamente. O Agreste Setentrional, por sua vez, não foi muito influenciado pelas precipitações ocorridas em maio, apresentando desvios abaixo da média: Vertente do Lério (67%), Bom Jardim (58%) e Casinhas (53%), respectivamente, ficaram com valores abaixo do esperado.

2.Precipitação Acumulada

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De maneira geral, o Sertão apresentou desvio médio negativo de precipitação de 39% (Figura 2). O acumulado médio foi de 34 mm, o valor médio esperado é de 54mm no mês de maio, como é característica típica na região, houve grande variabilidade espacial e temporal, principalmente por está fora do seu período chuvoso (janeiro a abril). Ressalta-se que as microrregiões do Sertão do Moxotó e do Pajeú tiveram contribuições maiores que as demais, deixando o setor leste da mesorregião com desvios positivos de precipitação, Triunfo e Arcoverde ficaram, respectivamente, com 251% e 82%, acima do esperado.

Os principais acumulados ocorreram em: Arcoverde (140 mm), Triunfo (133mm) e Tacaratu (113 mm).

Figura 1 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) em maio no estado de Pernambuco.

Figura 2 – Desvio relativo (%) da precipitação acumulada em maio no estado de Pernambuco.

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2.2. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA DE JANEIRO A MAIO DE 2017

A Figura 3 apresenta a distribuição espacial da precipitação acumulada no ano, entre janeiro e maio. A precipitação acumulada no mês de maio alterou de forma significativa os valores anuais, principalmente a porção meridional e central do Agreste e a Mata Sul. Em grande parte do estado foram observados acumulados anuais acima de 400 mm.

Figura 3 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) de janeiro a maio no estado de Pernambuco

Na Figura 4 têm-se os desvios, de janeiro a maio, da precipitação acumulada

em relação à climatologia em todo o estado, observa-se uma melhora no déficit de chuva do ano. Entretanto, de maneira geral, o estado permanece com chuvas abaixo da média.

A Região Metropolitana do Recife continua com chuvas abaixo da climatologia com desvio negativo médio de 26%. Exceção são os municípios mais ao Sul da RMR como Cabo e Ipojuca que ficaram com valores de precipitação dentro da normalidade.

Na Zona da Mata, o total de chuva ficou com uma média de 662 mm, representando um desvio de 8% acima da média histórica. Isto mostra como as precipitações alteraram o quadro na região, em abril o desvio médio foi de 27% abaixo do normal. A Mata Meridional foi a que mais contribuiu nesta inversão, localidades como Jaqueira, Água Preta e Amaraji ficaram com desvios bem acima do esperado, 139%, 83% e 77%, respectivamente.

A região do Agreste teve sensível melhora na ocorrência de chuva, no acumulado de janeiro a maio. O Agreste Central e Meridional foram os que tiveram resultado mais expressivo, grande parte destas microrregiões saíram da situação de déficit para normal, em algumas cidades chegam a chuvoso, é o caso de Correntes e Bonito que ficaram com 64% acima do esperado. Enquanto o Agreste Setentrional continua em grande parte com chuvas abaixo do esperado, os destaques são Jataúba (80%), Santa Cruz do Capibaribe e Vertente do Lério, ambos com (74%). Assim, a região do Agreste ficou com 15% de chuva abaixo da média histórica e total esperado era de 394 mm.

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No Sertão alguns postos ultrapassaram o total de 500 mm no ano, na mesorregião apenas o Sertão do Pajeú e o Moxotó estão com valores acumulados dentro do esperado no ano, a média na região atingiu 41% abaixo da média histórica.

A tabela 1 mostra o resumo da quantidade de chuva em cada região do estado de Pernambuco, no mês atual e também no acumulado anual de 2017. No apêndice, tem-se o acumulado de chuva, a climatologia e o desvio para cada município do estado.

Figura 4 – Desvio relativo (%) da precipitação acumulada de janeiro a maio no estado de Pernambuco

Tabela 1 – Acumulados, climatologias e desvios de chuva nas mesorregiões no mês de Maio e nos cincos primeiros meses de 2017.

Acumulado mensal médio

(mm)

Média (mm)

Desvio (%)

Acumulado médio (mm)

Média (mm)

Desvio (%)

Região Metropolitana do Recife

324 291 11 732 991 -26

Zona da Mata 351 187 92 662 628 -8

Agreste 215 104 114 333 394 -15

Sertão 34 52 -39 289 470 -41

Regiões

Maio

Janeiro a Maio

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3.1. QUANTIS

A APAC faz o monitoramento da seca através da técnica dos quantis, os quais são elaborados por regiões pluviométricas homogêneas representadas na Figura 5. As regiões pluviométricas homogêneas são regiões com características similares de quantidade e de período de chuvas. O método dos quantis associa a precipitação mensal a cinco intervalos regulares a partir de uma função de distribuição acumulada. A precipitação observada é enquadrada em um intervalo de cinco classes, as quais representam a seguinte classificação climática: Muito Seco, Seco, Normal, Chuvoso e Muito Chuvoso.

Figura 3 - Microrregiões de pluviometrias homogêneas do estado de Pernambuco.

SERTÃO A distribuição temporal dos acumulados de precipitação nas microrregiões do

Sertão pode ser vista nas figuras 4, 5, 6 e 7. A estação chuvosa do Sertão inicia em janeiro e finaliza em abril, sendo março o mês mais chuvoso. Nas microrregiões do Alto Sertão, São Francisco, Pajeú e Moxotó as precipitações ocorridas em janeiro, deixaram as chuvas na categorial muito seco e seco. Em fevereiro, houve melhoria no acumulado de chuva nas regiões do Alto Sertão e Sertão do Pajeú e estas regiões ficaram com chuva na categoria normal, enquanto que, as regiões do Moxotó e São

3.Monitoramento da Seca

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Francisco continuaram com chuva na faixa muito seco e seco, respectivamente. No mês de março embora tenha ocorrido um aumento do acumulado mensal da

chuva, as microrregiões do Alto Sertão, Moxotó e São Francisco passaram da categoria muita seca, para seca apenas. O destaque em março foi para a mesorregião do Pajeú que ficou caracterizado como Normal para o período.

Para o mês de abril, que é o último mês da quadra chuvosa do Sertão, as microrregiões do Alto Sertão, Pajeú e Moxotó tiveram uma pequena evolução passando da categoria seca para a Normal.

Em maio, as microrregiões do Sertão do Pajeú e Moxotó continuaram dentro da categoria normal, sendo o Moxotó o maior destaque, o Sertão do São Francisco evoluiu de seco para normal. Ressalta-se que o Sertão já está fora de seu período chuvoso.

Figura 4 - Quantis mensais para o Alto Sertão.

Figura 5 - Quantis mensais para o Sertão do São Francisco.

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Figura 6 - Quantis mensais para o Sertão do Pajeú.

Figura 7 - Quantis mensais para o Sertão do Moxotó.

AGRESTE

O período mais chuvoso do Agreste compreende os meses de abril a agosto, enquanto que os meses de setembro a janeiro são considerados os mais secos. No Agreste Setentrional, Central e Meridional (Figuras 8, 9 e 10) as chuvas no mês de janeiro, fevereiro e março ficaram na categoria de Muito Seco, mesmo com a climatologia baixa no período, ainda assim ficou abaixo dela.

Em abril, começa o período chuvoso do Agreste, e houve uma leve recuperação nos acumulados, com o Agreste Setentrional e Central na classificação Normal, mas o Agreste Meridional atingiu apenas a categoria Seco.

Em maio o Agreste teve grandes alterações em suas categorias, os setores Meridional e Central da região extrapolaram a categoria muito chuvosa, enquanto o Agreste Setentrional ficou dentro do normal.

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Figura 8: Quantis mensais para o Agreste Setentrional.

Figura 9: Quantis mensais para o Agreste Central.

Figura 10: Quantis mensais para o Agreste Meridional.

ZONA DA MATA e RMR

Como observado nas demais regiões do estado de Pernambuco (exceção Sertão do Pajeú e Alto Sertão), a região da Zona da Mata e Litoral (Figura 11) também começou o ano com a classificação Muito Seco, passando em fevereiro para a categoria Seco, evoluindo para a categoria Normal nos meses de março e abril, neste último com média acima dos 200 mm nas duas regiões em conjunto (Mata e Litoral).

Em maio, os valores da Zona da Mata e RMR foram muito influenciados pelas

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precipitações ocorridas na última quinzena do mês, assim como ocorreu no Agreste Central e Meridional, a Mata Sul elevou os valores médios da região que ultrapassou a média de 600 mm.

Figura 11: Quantis mensais para Zona da Mata e Litoral.

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3.2. MONITOR DE SECAS DO NORDESTE O Monitor de Secas é um processo de acompanhamento regular e periódico da

situação da seca no Nordeste, objetivando integrar o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais para alcançar um entendimento comum sobre as condições de seca, como: sua severidade, a evolução espacial e no tempo, e seus impactos sobre os diferentes setores envolvidos. Os resultados consolidados com as diversas instituições envolvidas são divulgados mensalmente por meio do Mapa do Monitor de Secas, contendo informações sobre a situação de secas, com indicadores que refletem o curto prazo (últimos 3, 4 e 6 meses) e o longo prazo (últimos 12, 18 e 24 meses), indicando a evolução da seca na região. As categorias de seca (tabela 2) descrevem os efeitos (impactos) da seca nas lavouras, na disponibilidade de água, nas pastagens, etc.

As cores do mapa indicam as categorias de seca. Quanto mais escuro, mais seco está. As letras indicam a intensidade do impacto da seca (Figura 14). O impacto pode ser de Curto(C) ou de Longo Prazo (L) ou de Curto e Longo prazo ao mesmo tempo (CL). As linhas do mapa delimitam em que regiões os impactos da seca são de Longo prazo (L), Curto prazo (C) ou Curto e Longo prazo (CL).

Tabela 2: Estágios de seca, ou categorias, as quais definem a intensidade de seca no mapa do Monitor.

Fonte: Adaptado do National Drought Mitigation Center, Lincoln, Nebraska, U.S.

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Síntese do Traçado do Monitor das Secas do Mês de Maio de 2017

As chuvas que ocorreram no mês de maio, sobretudo nos estados de Alagoas, Sergipe e faixa centro-leste de Pernambuco, contribuíram, significativamente, para a redução da intensidade e da área de abrangência da seca neste mês. No sudeste do Maranhão, centro-norte do Piauí e Ceará, além do sul da Bahia, houve uma redução nas áreas de seca fraca (S0), dando origem ou expansão de áreas sem ocorrência de seca.

Quanto às regiões com secas de intensidade mais severas (S3 e S4), o predomínio continua sendo numa extensa área da Bahia, sudeste do Piauí, sudoeste de Pernambuco e numa faixa central da Paraíba e Rio Grande do Norte. Nessas regiões, onde prevalece o abastecimento por meio de carros pipa e/ou com racionamento devido ao pequeno volume de água nos grandes reservatórios, os impactos continuam sendo de curto e longo prazo.

No estado de Pernambuco, as chuvas do mês de maio, sobretudo na parte sul, tanto do agreste quanto da zona da mata, além da faixa leste do sertão pernambucano, foram suficientes para reduzirem as áreas de secas com intensidade extrema (S3) e excepcional (S4), dando origem a áreas de secas grave (S2), moderada (S1) e fraca (S0). Na área da zona da mata, onde os acumulados das precipitações superaram os 300 mm, as mudanças foram mais expressivas, resultando no surgimento de uma área de seca fraca (S0), quando no mês anterior (abril) predominava seca extrema (S3) e excepcional (S4). Nas demais áreas do Estado, não houve mudanças significativas na intensidade da seca, bem como nos impactos, que permaneceram de curto e longo prazo (CL). As fortes chuvas registradas no mês de maio, principalmente na zona da mata e agreste, também foram suficientes para excluir aqueles impactos de curto prazo (C), mantendo, ainda, os impactos de longo (L) nessas áreas.

Maiores informações sobre o Monitor de Secas do Nordeste podem ser acessadas no site da APAC (www.apac.pe.gov.br) no link “Monitor de Secas do Nordeste” ou diretamente no site http://monitordesecas.ana.gov.br/

Figura 12: Monitor da secas do Nordeste de abril (a) e maio (b).

a b

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Os parâmetros oceânicos de grande escala, observados durante o mês de maio, revelaram que as Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) ficaram um pouco acima da média. Entretanto, houve uma redução das TSMs nas áreas do Niño 1+2 e do Niño 3, nas últimas semanas. Os valores de anomalia de TSM registrados na última semana na região do Niños 1+2 foi de 0,1°C, na região do Niño 3 foi de 0,3ºC, na região do Niño 3.4 de 0,4 ºC e na região do Niño 4 houve uma pequena elevação ficando com 0,5 ºC.

No Atlântico Norte, verificam-se temperaturas de até 3°C, próximos à costa Africana, enquanto no Atlântico Tropical, as condições eram de

neutralidade, o que favoreceu a posição da Zona de Convergência Intertropical (Zcit) mais a leste a partir deste período (Figura 13).

Figura 13 - Anomalia de temperatura da superfície do mar (°C) referente ao mês de maio. Fonte: CPTEC/INPE, 2017.

As linhas de corrente representam o comportamento médio do vento na atmosfera. O campo médio das linhas de corrente no nível de 850 hPa (Figura 14), baixos níveis da atmosfera (aproximadamente 1,5 Km), apresentou um padrão médio zonal (de leste), acompanhado de uma perturbação (cavado invertido), isto favoreceu o maior fluxo de umidade do Oceano para o Continente favorecendo a ocorrência de chuva, principalmente entre o Litoral e Agreste pernambucano.

4.Condições Oceânicas

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Figura 14 – Linhas de corrente em 850 hPa referentes ao mês de maio. Fonte: CPTEC/INPE, 2017.

A circulação do vento nos altos níveis (aproximadamente 12 km de altitude) está representada na Figura 15, por meio das linhas de corrente em 200 hpa. Assim como nos meses anteriores, no mês de maio as condições atmosféricas em altos níveis foram predominantemente influenciadas pela presença de um cavado (circulação horária) no Nordeste brasileiro. A posição do cavado favoreceu o fluxo de umidade do Litoral ao Agreste, contribuindo para a instabilização e na formação de nuvens convectivas (desenvolvimento vertical) em sua borda, propiciando assim a ocorrência de chuva.

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Figura 15 – Linhas de correntes em 200 hPa referente ao mês de maio. Fonte: CPTEC/INPE, 2017

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Os maiores valores de temperatura média máxima (Figura 16) foram observados na região do Sertão de São Francisco enquanto os menores em áreas de altitude como no Agreste Meridional e Sertão do Pajeú e do Araripe.

Já os menores valores médios da temperatura mínima foram observados no Agreste, no Sertão do Araripe e do Moxotó também tiveram baixos valores médios influenciados, em grande parte, pela orografia (grandes altitudes).

As localidades que se destacam com valores absolutos de temperatura máxima nas mesorregiões foram 38,8°C em Floresta, no Sertão; 37,5°C em Águas Belas, no Agreste e 33,8°C em São Lourenço da Mata, na Zona da Mata.

Enquanto os menores valores absolutos de temperatura mínima (Figura 17) foram em Brejão (15,5°C) Agreste de Pernambuco e Araripina (17,7°C), mesorregião do Sertão.

Em Recife, os extremos variaram entre 20,6°C a 33,2°C valores absolutos de mínimas e máximas, respectivamente.

Figura 16 – Média mensal das temperaturas máximas (°C) em maio no estado de Pernambuco.

5.Temperatura do Ar

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Figura 17 – Média mensal das temperaturas mínimas (°C) em maio no estado de Pernambuco.

A umidade relativa do ar representa a quantidade de vapor d´água presente na

atmosfera com relação ao máximo de vapor que atmosfera pode reter. Quando a umidade do ar está baixa, as chuvas são escassas e quando se tem aumento da umidade, aumenta também as chances de chuva. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) valores de umidade abaixo de 20% oferecem risco à saúde. Porém, em dias quentes com umidade elevada causa desconforto porque a evaporação do suor do corpo se torna difícil, inibindo a perda de calor. E o corpo se refresca quando o suor que eliminado evapora, retirando calor da pele.

A umidade relativa do ar é inversamente proporcional à temperatura e, por isso, os menores valores de umidade ocorrem no período da tarde, horários em que as temperaturas são mais altas.

Por conseguinte, as áreas com maiores valores de temperatura máxima indicam também as áreas com os menores valores de umidade relativa mínima como Sertão de São Francisco (Figura 18). Nessas áreas a umidade relativa mínima média ficou abaixo dos 50%, destacando-se o sertão de Petrolina e o Sertão do Itaparica. Valores acima de 50% são normalmente registrados no setor leste. Os registros absolutos de umidade mínima ocorreram em Floresta (19%) e Serra Talhada (21%) no Sertão e Águas Belas (21%) no Agreste.

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Figura 18 – Média mensal das umidades relativas mínimas (%) em maio no estado de Pernambuco. Tabela 3 – Valores extremos de temperatura ocorridos no mês de maio em alguns municípios pernambucanos.

Águas Belas

37.5

19.8

21.0

Araripina 33.3 17.7 30.0

Arcoverde 34.2 18.4 26.0

Barreiros 31.8 20.9 52.0

Brejão 33.2 15.5 31.0

Cabrobó 37.1 19.8 33.0

Carpina 33.1 19.9 44.0

Caruaru 32.8 17.9 29.0

Floresta 38.8 19.1 19.0

Garanhuns 32.3 17.3 31.0

Goiana 32.3 20.4 50.0

Ipojuca 31.7 21.4 50.0

Ouricuri 37.0 20.7 22.0

Palmares 33.6 20.5 44.0

Petrolina 36.2 20.0 25.0

Recife 33.2 20.6 53.0

Salgueiro 37.2 18.9 22.0

Serra Talhada 34.7 18.9 21.0

Surubim 32.9 19.0 33.0

Vitória S. Antão 32.3 18.9 46.0

Localidade

Temperatura Máxima Absoluta

°C

Temperatura Mínima Absoluta

°C

Umidade Mínima Absoluta

%

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APÊNDICE

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PRECIPITAÇÃO ACUMULADA EM MAIO

Abreu e Lima 254 317 -20

Água Preta 593 175 240

Aliança 114 169 -33

Amaraji 569 184 209

Araçoiaba (Granja Cristo Redentor) 231 207 12

Barreiros 725 283 156

Belém de Maria 446 117 280

Buenos Aires 145 158 -8

Cabo 409 288 42

Cabo (Barragem de Gurjaú) 468 288 62

Cabo (Barragem de Suape) 500 288 73

Cabo (Pirapama) 479 288 66

Camaragibe 291 295 -1

Camutanga 159 167 -5

Carpina - PCD 170 160 6

Carpina (Est. Exp. de Cana-de-Açúcar) 167 160 5

Catende 581 154 278

Chã Grande 409 124 230

Condado 148 198 -25

Cortês 504 248 103

Escada 471 235 100

Ferreiros 193 169 14

Gameleira 655 256 156

Glória do Goitá 156 159 -2

Goiana - PCD 164 226 -28

Goiana (Itapirema - IPA) 176 226 -22

Igarassu (Bar.Catucá) 195 282 -31

Igarassu (Usina São José) 195 282 -31

Ipojuca 552 295 87

Ipojuca (Suape) - PCD 440 295 49

Itamaracá 301 290 4

Itapissuma 255 277 -8

Itaquitinga 116 199 -42

Jaboatão (Cidade da Copa) - PCD 376 310 21

Jaboatão dos Guararapes (Bar.Duas Unas) 300 310 -3

Jaqueira 632 113 460

Joaquim Nabuco 419 240 75

Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 98 135 -28

Lagoa do Carro 136 147 -8

Macaparana 163 160 2

Maraial 438 107 311

Moreno 282 266 6

Nazaré da Mata 196 164 19

Olinda (Academia Santa Gertrudes) 256 326 -22

Palmares 414 212 95

Paudalho 124 235 -47

Paudalho (Barragem de Goitá) 166 235 -29

Paulista 242 310 -22

Pombos 169 98 73

Primavera 526 191 176

Quipapá 347 136 155

Recife (Alto da Brasileira) 252 329 -23

Municípios

Acumulado(mm) Média(mm) Desvio (%)

REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE E ZONA DA MATA

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27

Recife (Várzea) 398 329 21

Ribeirão 521 215 143

Ribeirão (Fazenda Capri) 655 215 205

Rio Formoso (Usina Cucaú) 812 334 143

São Benedito do Sul 409 108 279

São José da Coroa Grande 558 282 98

São Lourenço da Mata (Tapacurá) 128 244 -47

Sirinhaém 840 318 164

Tamandaré 519 228 128

Timbaúba 108 158 -32

Tracunhaém 227 156 46

Vicência 123 161 -24

Vitória de Santo Antão - PCD 218 138 58

Vitória de Santo Antão (IPA) 197 138 43

Xexéu (Engenho Bom Mirar) 491 233 111

Agrestina 280 94 199

Águas Belas 176 97 81

Águas Belas - PCD 161 97 66

Alagoinha 164 94 74

Altinho 266 84 215

Angelim 352 120 192

Barra de Guabiraba 442 147 201

Belo Jardim 154 83 86

Belo Jardim (Açude Bituri) 165 83 98

Bezerros 146 65 124

Bom Conselho (IPA) 215 86 150

Bom Jardim 81 194 -58

Bonito (Fazenda Vila Bela) 514 124 314

Brejão - PCD 379 213 78

Brejão (IPA) 437 213 105

Brejo da Madre de Deus 218 84 158

Brejo da Madre de Deus (Fazenda Nova) 75 84 -11

Buíque 301 121 149

Cachoeirinha 178 61 191

Caetés 225 92 145

Calçados 335 89 278

Camocim de São Felix 442 93 375

Canhotinho 306 124 147

Capoeiras 226 86 162

Caruaru 237 81 192

Caruaru (IPA) 229 81 181

Casinhas 62 131 -53

Correntes 525 147 258

Cumaru 122 38 224

Cupira 383 103 272

Cupira - PCD 380 103 269

Feira Nova 93 105 -11

Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 72 81 -10

Garanhuns 340 105 224

Gravatá 132 97 36

Iati 210 85 147

Ibirajuba 263 79 232

Itaiba 112 85 33

Jatauba 43 65 -35

João Alfredo 105 154 -32

AGRESTE

Municípios Acumulado(mm) Média(mm) Desvio (%)

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28

Jucati 231 70 232

Jupi 303 78 290 Jurema 235 103 128

Lagoa do Ouro 302 168 80

Lagoa dos Gatos 343 109 214

Lajedo 253 80 218

Limoeiro 114 136 -16

Machados 184 173 6

Orobó 99 173 -43

Palmeirina 499 143 249

Panelas 311 105 196

Paranatama 246 124 98

Passira 127 82 55

Pesqueira 238 96 149

Poção 164 79 109

Riacho das Almas 128 60 115

Sairé 317 102 210

Salgadinho 116 94 24

Saloá 220 122 80

Sanharó 72 75 -3

Santa Cruz do Capibaribe 38 58 -34

Santa Maria do Cambuca 69 94 -26

São Bento do Una - PCD 198 81 143

São Bento do Una (IPA) 173 81 113

São Caetano 205 78 165

São João 284 114 149

São Joaquim do Monte 350 109 221

São Vicente Férrer 221 163 36

Surubim 92 93 -2

Tacaimbó 136 78 75

Taquaritinga do Norte 107 72 49

Terezinha 196 152 28

Toritama 84 67 25

Tupanatinga 261 101 159

Venturosa 183 91 101

Vertente do Lério 34 102 -67

Vertentes - PCD 63 102 -38

Vertentes (IPA) 67 102 -35

Agrestina 280 94 199

Águas Belas 176 97 81

Águas Belas - PCD 161 97 66

Alagoinha 164 94 74

Altinho 266 84 215

Angelim 352 120 192

Barra de Guabiraba 442 147 201

Belo Jardim 154 83 86

Belo Jardim (Açude Bituri) 165 83 98

Bezerros 146 65 124

Bom Conselho (IPA) 215 86 150

Bom Jardim 81 194 -58

Bonito (Fazenda Vila Bela) 514 124 314

Brejão - PCD 379 213 78

Brejão (IPA) 437 213 105

Brejo da Madre de Deus 218 84 158

SERTÃO

Municípios Acumulado (mm) Média (mm) Desvio (%)

Page 29: Vol. 05- Maio de 2017 Nº BOLETIM DO CLIMA · Bonito (514 m) e Palmeirina (499 mm), valores bem superiores á media esperada para o mês, 258%, 314% e 249%, respectivamente. O Agreste

29

Brejo da Madre de Deus (Fazenda Nova) 75 84 -11

Buíque 301 121 149

Cachoeirinha 178 61 191

Caetés 225 92 145

Calçados 335 89 278

Camocim de São Felix 442 93 375

Canhotinho 306 124 147

Capoeiras 226 86 162

Caruaru 237 81 192

Caruaru (IPA) 229 81 181

Casinhas 62 131 -53

Correntes 525 147 258

Cumaru 122 38 224

Cupira 383 103 272

Cupira - PCD 380 103 269

Feira Nova 93 105 -11

Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 72 81 -10

Garanhuns 340 105 224

Gravatá 132 97 36

Iati 210 85 147

Ibirajuba 263 79 232

Itaiba 112 85 33

Jatauba 43 65 -35

João Alfredo 105 154 -32

Jucati 231 70 232

Jupi 303 78 290

Jurema 235 103 128

Lagoa do Ouro 302 168 80

Lagoa dos Gatos 343 109 214

Lajedo 253 80 218

Limoeiro 114 136 -16

Machados 184 173 6

Orobó 99 173 -43

Palmeirina 499 143 249

Panelas 311 105 196

Paranatama 246 124 98

Passira 127 82 55

Pesqueira 238 96 149

Poção 164 79 109

Riacho das Almas 128 60 115

Sairé 317 102 210

Salgadinho 116 94 24

Saloá 220 122 80

Sanharó 72 75 -3

Santa Cruz do Capibaribe 38 58 -34

Santa Maria do Cambuca 69 94 -26

São Bento do Una - PCD 198 81 143

São Bento do Una (IPA) 173 81 113

São Caetano 205 78 165

São João 284 114 149

São Joaquim do Monte 350 109 221

São Vicente Férrer 221 163 36

Surubim 92 93 -2

Tacaimbó 136 78 75

Taquaritinga do Norte 107 72 49

Terezinha 196 152 28

Toritama 84 67 25

Tupanatinga 261 101 159

Venturosa 183 91 101

Vertente do Lério 34 102 -67

Vertentes - PCD 63 102 -38

Vertentes (IPA) 67 102 -35

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30

PRECIPITAÇÃO ACUMULADA DE JANEIRO A MAIO

Abreu e Lima 770 1117 -31

Água Preta 913 499 83

Aliança 390 582 -33

Amaraji 1082 610 77

Araçoiaba (Granja Cristo Redentor) 566 705 -20

Barreiros 1102 929 19

Barreiros - PCD 915 929 -1

Belém de Maria 667 431 55

Buenos Aires 471 537 -12

Cabo 839 923 -9

Cabo (Barragem de Gurjaú) 974 923 5

Cabo (Barragem de Suape) 887 923 -4

Cabo (Pirapama) 1047 923 13

Camaragibe 773 1014 -24

Camutanga 404 576 -30

Carpina - PCD 460 529 -13

Carpina (Est. Exp. de Cana-de-Açúcar) 441 529 -17

Catende 865 521 66

Chã de Alegria 478 638 -25

Chã Grande 762 446 71

Condado 392 683 -43

Cortês 826 785 5

Escada 747 756 -1

Ferreiros 515 582 -12

Gameleira 1007 812 24

Glória do Goitá 428 522 -18

Goiana - PCD 635 783 -19

Goiana (Itapirema - IPA) 701 783 -11

Igarassu 619 979 -37

Igarassu (Bar.Catucá) 489 979 -50

Igarassu (Usina São José) 565 979 -42

Ipojuca 1003 943 6

Ipojuca (Suape) - PCD 663 943 -30

Itamaracá 787 1014 -22

Itambé (IPA) 694 613 13

Itapissuma 703 963 -27

Itaquitinga 375 686 -45

Jaboatão (Cidade da Copa) - PCD 897 1048 -14

Jaboatão dos Guararapes (Bar.Duas Unas) 829 1048 -21

Jaqueira 1050 440 139

Joaquim Nabuco 796 743 7

Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 285 445 -36

Lagoa do Carro 389 489 -20

Macaparana 559 552 1

Maraial 689 418 65

Moreno 677 869 -22

Nazaré da Mata 506 567 -11

Olinda 657 1150 -43

Olinda (Academia Santa Gertrudes) 637 1150 -45

Palmares 810 626 30

Paudalho 388 767 -49

Paudalho (Barragem de Goitá) 420 767 -45

Paulista 672 1090 -38

Pombos 380 367 4

Municípios Acumulado(mm)

)

Média(mm) Desvio (%)

REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE E ZONA DA MATA

Page 31: Vol. 05- Maio de 2017 Nº BOLETIM DO CLIMA · Bonito (514 m) e Palmeirina (499 mm), valores bem superiores á media esperada para o mês, 258%, 314% e 249%, respectivamente. O Agreste

31

Primavera 869 628 38

Quipapá 488 397 23

Recife (Alto da Brasileira) 634 1168 -46

Recife (Várzea) 878 1168 -25

Ribeirão 772 680 13

Ribeirão (Fazenda Capri) 1041 680 53

Rio Formoso (Usina Cucaú) 1189 1038 15

São Benedito do Sul 616 387 59

São José da Coroa Grande 731 921 -21

São Lourenço da Mata (Tapacurá) 268 773 -65

Sirinhaém 1291 1010 28

Tamandaré 919 729 26

Timbaúba 399 544 -27

Tracunhaém 529 521 2

Vicência 441 551 -20

Vitória de Santo Antão - PCD 447 485 -8

Vitória de Santo Antão (IPA) 418 485 -14

Xexéu (Engenho Bom Mirar) 745 752 -1

Agrestina 403 362 11

Águas Belas 311 321 -3

Águas Belas - PCD 264 321 -18

Alagoinha 338 338 0

Altinho 378 325 16

Angelim 439 400 10

Barra de Guabiraba 714 519 38

Belo Jardim 241 411 -41

Belo Jardim (Açude Bituri) 278 411 -32

Bezerros 222 319 -31

Bom Conselho (IPA) 254 252 1

Bom Jardim 242 646 -63

Bonito (Fazenda Vila Bela) 744 454 64

Brejão (IPA) 531 618 -14

Brejão - PCD 526 618 -15

Brejo da Madre de Deus 625 429 46

Brejo da Madre de Deus (Fazenda Nova) 131 429 -69

Buíque 458 485 -5

Cachoeirinha 252 248 2

Caetés 260 405 -36

Calçados 448 344 30

Camocim de São Felix 561 385 46

Canhotinho 403 389 4

Capoeiras 277 355 -22

Caruaru 292 330 -12

Caruaru (IPA) 334 330 1

Casinhas 163 473 -66

Correntes 710 433 64

Cumaru 289 488 -41

Cupira 516 374 38

Cupira - PCD 491 374 31

Feira Nova 232 347 -33

Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 145 314 -54

Garanhuns 404 423 -5

Gravatá 190 374 -49

AGRESTE

Municípios Acumulado(mm)

)

Média(mm) Desvio (mm)

Page 32: Vol. 05- Maio de 2017 Nº BOLETIM DO CLIMA · Bonito (514 m) e Palmeirina (499 mm), valores bem superiores á media esperada para o mês, 258%, 314% e 249%, respectivamente. O Agreste

32

Iati 296 348 -15

Ibirajuba 364 292 24

Itaiba 186 358 -48

Jatauba 63 316 -80

João Alfredo 266 525 -49

Jucati 291 338 -14

Jupi 400 340 18

Jurema 343 341 1 Lagoa do Ouro 373 479 -22

Lagoa dos Gatos 552 400 38

Lajedo 398 317 25

Limoeiro 317 451 -30

Machados 454 586 -22

Orobó 326 486 -33

Palmeirina 528 447 18

Panelas 471 364 30

Paranatama 291 454 -36

Passira 353 307 15

Pesqueira 313 403 -22

Poção 243 393 -38

Riacho das Almas 204 274 -26

Sairé 421 408 3

Salgadinho 449 354 27

Saloá 278 434 -36

Sanharó 110 393 -72

Santa Cruz do Capibaribe 68 266 -74

Santa Maria do Cambuca 160 351 -54

São Bento do Una (IPA) 259 363 -28

São Bento do Una - PCD 306 363 -16

São Caetano 273 350 -22

São João 339 406 -17

São Joaquim do Monte 465 415 12

São Vicente Férrer 511 559 -9

Surubim 221 367 -40

Tacaimbó 216 375 -42

Taquaritinga do Norte 281 307 -9

Terezinha 250 462 -46

Toritama 152 319 -52

Tupanatinga 450 425 6

Venturosa 302 433 -30

Vertente do Lério 99 384 -74

Vertentes (IPA) 143 384 -63

Vertentes - PCD 130 384 -66

Afogados da Ingazeira 438 505 -13

Afrânio 373 336 11

Araripina 432 608 -29

Araripina - PCD 303 608 -50

Arcoverde (INMET) 182 428 -58

Arcoverde - PCD 237 428 -45

Belém de São Francisco (CHESF) 73 434 -83

Belém de São Francisco (Ibó - CHESF) 97 434 -78

Belém de São Francisco (IPA) 56 434 -87

Betânia 250 381 -34

SERTÃO

Municípios Acumulado(mm

)) Média(mm) Desvio (mm)

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Bodocó 233 531 -56

Brejinho 512 501 2

Cabrobó 128 456 -72

Calumbi 545 649 -16

Carnaíba 451 524 -14

Carnaubeira da Penha 258 451 -43

Cedro 321 528 -39

Custódia 422 428 -1

Dormentes 164 349 -53

Exu (IPA) 165 536 -69

Flores 304 527 -42

Floresta 216 466 -54

Granito 155 481 -68

Ibimirim (IPA) 207 421 -51

Iguaraci 276 472 -42

Ingazeira 485 467 4

Ipubi 416 574 -28

Itacuruba 151 431 -65

Itapetim 579 523 11

Jatobá 63 389 -84

Lagoa Grande 99 368 -73

Manari 248 317 -22

Mirandiba 424 469 -10

Moreilândia 268 443 -39

Orocó 70 590 -88

Ouricuri 272 470 -42

Ouricuri - PCD 267 470 -43

Parnamirim 172 415 -59

Petrolândia 97 388 -75

Petrolina 125 301 -59

Petrolina (INMET) 102 301 -66

Quixaba 376 577 -35

Salgueiro 218 444 -51

Salgueiro - PCD 225 444 -49

Santa Cruz da Baixa Verde 363 836 -57

Santa Cruz da Venerada 247 354 -30

Santa Filomena 183 386 -53

Santa Maria da Boa Vista 64 356 -82

Santa Terezinha 498 518 -4

São José do Belmonte 499 522 -5

São José do Egito (Faz. Muquén) 627 425 48

São José do Egito (IPA) 470 425 11

Serra Talhada 390 495 -21

Serra Talhada (IPA) 420 495 -15

Serrita 278 505 -45

Serrita (Santa Rosa) 241 505 -52

Sertânia 248 370 -33

Solidão 442 370 19

Tabira 317 539 -41

Tacaratu (Sítio Gameleira) 254 499 -49

Terra Nova 87 390 -78

Trindade 292 426 -32

Triunfo 636 513 24

Tuparetama 455 901 -50

Verdejante 347 434 -20

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Relatório sobre as enchentes de maio/2017 em Pernambuco Análise Meteorológica e Hidrológica

Autor(es)

Maria Aparecida Fernandes Ferreira Ligia Maria Enders Jair Povoas Resumo

As chuvas intensas que ocorreram em Pernambuco entre 25 e 29/05/2017 foram ocasionadas pela junção de alguns sistemas meteorológicos que atuaram ao mesmo tempo. Esse sistema foi acompanhado pela Sala de Situação da APAC desde o início através do monitoramento feito pelas estações pluviométricas e fluviométricas automáticas, pelas imagens de satélite e de radar meteorológico e pelos modelos de previsão numérica de tempo. Foram enviados Aviso de chuva forte para o Agreste e Zona da Mata nos dias 25, 26 e 27/05, antes que o evento ocorresse e, durante o evento foram enviados 26 Avisos de alerta e inundação para as áreas onde os rios são monitorados.

1. Caracterização climática da Região Leste de Pernambuco

O período de maio a agosto compõe a quadra chuvosa do setor leste de Pernambuco, que inclui as mesorregiões do Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife (RMR), como pode ser visto na Figura 1. Normalmente, nesse período, ocorrem as maiores precipitações, sendo esse o período mais provável de ocorrer eventos meteorológicos de chuvas extremas e enchentes em Pernambuco, pois os principais rios nascem no Agreste, percorrendo vários municípios, até desaguarem no Litoral do estado de Pernambuco.

Figura 1 – Precipitação média mensal climatológica da Região Metropolitana (azul), Zona da

Mata (vermelho) e Agreste (verde). Fonte dos dados: Apac/PE.

0

50

100

150

200

250

300

350

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Precipitação Média Mensal Climatológica (mm)

Metropolitana Mata Agreste

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2. Análise dos Sistemas meteorológicos que causaram as chuvas em Maio/2017

em Pernambuco

As chuvas que aconteceram em Pernambuco foram ocasionadas pela junção de alguns sistemas meteorológicos que atuaram ao mesmo tempo. Esse sistema foi acompanhado pela Sala de Situação da APAC desde o início através do monitoramento feito pelas estações pluviométricas e fluviométricas automáticas, pelas imagens de satélite e de radar meteorológico e pelos modelos de previsão numérica de tempo. Foram enviados Avisos de chuva forte para o Agreste e Zona da Mata nos dias 25, 26 e 27/05, antes que o evento ocorresse e, durante o evento, foram enviados 26 Avisos Hidrológicos para os rios que atingiram as cotas de alerta e inundação nas áreas monitoradas pela APAC.

O evento foi iniciado pela formação de uma confluência e intensificação de ventos úmidos nos baixos níveis da atmosfera, desde o oceano até a costa de PE e AL, aumentando a instabilidade e o transporte de umidade do oceano para o continente, entre a Zona da Mata e Agreste (Figuras 2 e 3). Associado a essa confluência surgiu nas camadas mais acima um distúrbio ondulatório de leste, que aumentou a instabilidade em várias camadas da atmosfera, proporcionando aumento do movimento ascendente e levando umidade da superfície para as camadas mais altas. Dessa forma as nuvens de chuva foram realimentadas no continente pela umidade que vinha do oceano nos baixos níveis e transportadas para camadas mais altas da atmosfera pelas instabilidades geradas pelos distúrbios de leste.

Figura 2: Mostrando a confluência e intensificação do ventos no oceano próximo da costa de

Pernambuco (Dia 25/05/2017).

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Figura 3: Mostrando a confluência e intensificação do ventos na Região do Agreste e Zona da

Mata (Dia 28/05/2017)

As chuvas mais intensas iniciaram no Agreste, com um aglomerado de nuvens cobrindo grande parte do Agreste pernambucano, na noite do dia 27/05. Nessa mesma noite, as chuvas se expandiram para a Mata Sul e Região Metropolitana, e permaneceram contínuas até o início da tarde do dia 28/05/217, como visto na sequência de imagens do satélite meteorológico GOES e do meteorológico da APAC. (Figura 4 a Figura 10).

Figura 4: Imagem de satélite GOES (CPTEC/INPE) e radar APAC (21h 27/05/2017)

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Figura 5: Imagem de satélite GOES (CPTEC/INPE) e radar APAC (00h 28/05/2017)

Figura 6: Imagem de satélite GOES (CPTEC/INPE) e radar APAC (03h 28/05/2017)

Figura 7: Imagem de satélite GOES (CPTEC/INPE) e radar APAC (06h 28/05/2017)

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Figura 8: Imagem de satélite GOES (CPTEC/INPE) e radar APAC (09h 28/05/2017)

Figura 9: Imagem de satélite GOES (CPTEC/INPE) e radar APAC (12h 28/05/2017)

Figura 10: Imagem de satélite GOES (CPTEC/INPE) e radar APAC (15h 28/05/2017)

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3. Quantificação das Chuvas em Maio/2017 na Região Leste de Pernambuco

No início do mês de maio/2017, as chuvas se concentraram na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata de Pernambuco, já no Agreste, houve apenas chuvas fracas e isoladas, como pode ser visto na Figura 11, que mostra a distribuição diária da média das chuvas no Agreste, Zona da Mata e na RMR. A partir do dia 21/05 as chuvas se distribuíram por todas as três mesorregiões, com intensidade variando de fraca a moderada, sendo o maior valor registrado no Agreste: 44 mm; na Zona da Mata: 64 mm e na RMR: 29 mm. Entre os dias 24 e 25/05 ocorreram chuvas de intensidade moderada e forte em pontos isolados, das três mesorregiões, sendo o maior valor registrado no Agreste: 110 mm; na Zona da Mata: 124 mm e na RMR: 125 mm. A partir da noite do dia 27/05, chuvas fortes e contínuas atingiram toda a parte sul do Agreste, da Zona da Mata e da RMR, permanecendo até o dia 29/05, gerando nesses três dias acumulados de chuvas extremas que causaram enchentes nos rios dessas regiões, sendo o maior valor registrado no Agreste: 297 mm; na Zona da Mata: 318 mm e na RMR: 213 mm. A Figura 11 mostra a precipitação média diária de maio/2017 para todos os postos pluviométricos de cada mesorregião atingida por essas chuvas.

Figura 11– Precipitação média diária em Maio/2017 da Região Metropolitana (azul), Zona da

Mata (vermelho) e Agreste (verde). Fonte dos dados: Apac/PE.

A distribuição espacial da precipitação acumulada entre os dias 25 e 29 em Pernambuco, que ocasionou o evento extremo de cheias no Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife, está representada na Figura 12. Os valores ultrapassaram 500 mm em algumas localidades, como pode ser visto na Tabela 1. Essa Tabela apresenta as maiores chuvas diária, total acumulado no período e climatologia de maio.

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Chuva Média Diária em Maio/2017

Chuva Agreste Chuva Mata Chuva RMR

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Figura 12 – Distribuição espacial da precipitação acumulada entre os dias 25 e 29 de maio de

2017. Fonte: Apac/PE.

Tabela 1 – Precipitação diária e acumulada entre os dias 25 e 29 de maio de 2017 em Pernambuco. Fonte: Apac/PE.

Maiores Chuvas registradas entre 25 e 29/05/2017 em Pernambuco

Microrregião Município 25 26 27 28 29 Total Climatologia

Mensal

Agreste Meridional Correntes 100.0 47.5 75.0 90.0 5.3 317.8 146.6

Agreste Meridional Brejão 70.0 59.1 68.0 63.6 30.4 291.1 213.1

Agreste Meridional Garanhuns 79.1 64.3 31.0 49.0 18.1 241.5 104.9

Agreste Meridional Calçados 51.0 43.0 16.0 104.0 27.0 241.0 88.3

Agreste Meridional São João 68.0 42.5 11.0 80.0 6.6 208.1 114.2

Agreste Meridional Canhotinho 54.0 32.2 13.0 65.0 14.0 178.2 123.6

Agreste Meridional Capoeiras 51.6 44.0 19.0 52.0 8.0 174.6 86.3

Agreste Meridional Caetés 53.5 45.3 16.0 56.0 2.5 173.3 92.0

Agreste Meridional Jucati 33.5 30.7 5.7 100.0 2.2 172.1 69.7

Agreste Meridional Iati 44.2 38.5 44.1 27.7 5.8 160.3 85.0

Agreste Meridional Bom Conselho 28.9 38.5 48.0 30.1 3.6 149.1 86.0

Agreste Meridional Águas Belas 25.6 28.8 54.5 9.6 2.6 121.1 97.2

Agreste Meridional Itaiba 10.7 29.8 26.5 15.6 0.8 83.4 84.8

Microrregião Município 25 26 27 28 29 Total Climatologia

Região Metropolitana do Recife Cabo 70.9 5.7 1.7 45.4 102.0 225.7 288.4

Região Metropolitana do Recife Jaboatão dos Guararapes 96.2 5.5 1.8 12.0 62.3 177.8 310.1

Região Metropolitana do Recife Camaragibe 23.9 0.2 2.5 34.0 57.0 117.6 294.6

Região Metropolitana do Recife Ipojuca 107.5 8.2 1.0 88.8 46.6 252.1 294.7

Região Metropolitana do Recife Recife 20.5 0.0 0.0 23.5 70.5 114.5 328.9

Microrregião Município 25 26 27 28 29 Total Climatologia

Zona da Mata Sirinhaém 110.0 40.0 1.0 216.0 150.0 517.0 318.0

Zona da Mata Rio Formoso 124.5 23.0 3.0 145.0 211.0 506.5 333.8

Zona da Mata Ribeirão 94.0 18.0 4.0 245.0 73.0 434.0 214.7

Zona da Mata Gameleira 82.0 16.5 4.2 128.0 186.0 416.7 256.2

Zona da Mata Primavera 71.8 16.8 2.5 169.0 102.0 362.1 190.6

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Zona da Mata São José da Coroa Grande 108.2 17.5 5.0 135.0 86.0 351.7 281.6

Zona da Mata Barreiros 118.2 23.0 23.2 25.6 133.6 323.6 283.1

Zona da Mata Belém de Maria 54.0 25.0 1.0 192.0 45.0 317.0 117.2

Zona da Mata Catende 60.0 11.8 2.0 217.0 21.0 311.8 153.5

Zona da Mata Joaquim Nabuco 68.0 14.5 12.8 130.0 55.0 280.3 239.9

Zona da Mata Maraial 58.5 27.0 7.5 123.0 64.0 280.0 106.6

Zona da Mata Tamandaré 110.5 29.0 84.5 45.0 2.0 271.0 227.8

Zona da Mata São Benedito do Sul 43.7 22.0 14.1 170.0 5.8 255.6 107.9

Zona da Mata Palmares 62.0 15.2 13.1 114.0 42.0 246.3 212.0

Zona da Mata Quipapá 48.9 16.0 6.0 133.0 19.3 223.2 136.3

Zona da Mata Pombos 32.8 4.1 0.3 48.6 25.2 111.0 98.0

Zona da Mata Vitória de Santo Antão 45.6 0.0 2.8 28.0 34.0 110.4 138.4

Zona da Mata Chã de Alegria 33.0 9.4 0.0 36.0 50.2 128.6 198.2

Microrregião Município 25 26 27 28 29 Total Climatologia

Mensal

Agreste Central Bonito 94.0 9.6 26.5 240.0 30.2 400.3 124.2

Agreste Central Camocim de São Felix 70.0 11.5 3.0 200.0 30.0 314.5 92.9

Agreste Central Angelim 103.0 40.0 70.0 20.0 13.0 246.0 120.4

Agreste Central Pesqueira 26.0 35.0 32.0 106.5 7.4 206.9 95.5

Agreste Central Caruaru (IPA) 54.0 5.6 3.2 109.2 17.5 189.5 81.4

Agreste Central São Bento do Una 32.0 18.5 7.5 69.5 3.1 130.6 81.4

Agreste Central Belo Jardim 16.5 23.2 6.3 68.8 7.8 122.6 83.2

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Análise Hidrológica

4.1 Análise dos rios

A Agência Pernambucana de Águas e Clima, em parceria com a Agência Nacional de Águas – ANA, realiza o monitoramento em tempo real do nível dos principais rios do Estado de Pernambuco, através de 27 (vinte e sete) plataformas de coleta de dados distribuídas conforme apresentado na Figura 13.

Figura 13 – Mapa com a distribuição das plataformas de coleta de dados de níveis de rios em

Pernambuco. Fonte: Apac/PE.

As chuvas ocorridas entre os dias 25 e 29 de maio do ano corrente, nos municípios do Agreste e Zona da Mata Sul, resultaram na emissão de 26 (vinte e seis) avisos hidrológicos de cota de alerta e inundação. A Tabela 2 descreve as estações que apresentaram elevação do nível do rio acima da cota de alerta, apresentando a data, hora e valor da cota máxima atingida, além dos valores das cotas de Alerta e Inundação, que são as referências para a emissão dos Avisos Hidrológicos.

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Tabela 2 – Descrição das estações que apresentaram elevação no nível do rio acima da cota de alerta (todas as cotas estão medidas em centímetros).

Estação Rio Município Cota Máx.

atingida Data Hora

Cota de

alerta

Cota de inundação

Elevação acima da cota de inundação

Caruaru Ipojuca Caruaru 418 28/05 06:00 250 350 68

A estação atingiu cota de alerta às 17:45h do dia 27/05 (Aviso Hidrológico nº 05/2017)

A estação teve sua transmissão interrompida às 21:15h do dia 27/05 com cota 341,6. Foi enviado aviso de cota de inundação (Aviso Hidrológico nº 08/2017)

Jacuípe Jacuípe Jacuípe 659,8 29/05 08:15 400 500 159,8

A estação atingiu cota de alerta às 17:00h do dia 27/05 (Aviso Hidrológico nº 04/2017)

A estação atingiu cota de inundação às 00:00h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 07/2017)

Amaraji Amaraji Amaraji 492,6 28/05 09:30 360 460 32,6

A estação atingiu cota de alerta às 00:00h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 06/2017)

A estação atingiu cota de inundação às 04:00 do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 15/2017)

Ribeirão Amaraji Ribeirão 755 28/05 15:45 440 540 295

A estação atingiu cota de alerta às 00:00h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 09/2017)

A estação atingiu cota de inundação às 06:45h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 15/2017)

Belém de Maria

Panelas Belém de

Maria 583,2 28/05 08:45 300 400 183,2

A estação atingiu cota de alerta às 02:00h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 10/2017)

A estação atingiu cota de inundação às 02:30h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 12/2017) – Houve uma interrupção na transmissão, por isso foram tão próximos os horários de cota de alerta e cota de inundação.

São Benedito

do Sul Pirangi

São Benedito do Sul

511 28/05 08:00 350 450 61

A estação atingiu cota de alerta às 01:00h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 11/2017)

A estação atingiu cota de inundação às 04:45h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 15/2017)

Gravatá Ipojuca Gravatá 632 28/05 17:00 450 550 82

A estação atingiu cota de alerta às 06:55h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 19/2017)

A estação atingiu cota de inundação às 11:15h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 25/2017)

Canhotinho Canhotinho Canhotinho 430 28/05 10:30 350 450 -

A estação atingiu cota de alerta às 06:00h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 17/2017)

Joaquim Nabuco

Sirinhaém Joaquim Nabuco

490 28/05 13:30 400 500 -

A estação atingiu cota de alerta às 06:00h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 18/2017)

Catende Pirangi Catende 751 28/05 14:00 463 563 188

A estação atingiu cota de alerta às 07:10h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 22/2017)

A estação atingiu cota de inundação às 09:00h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 24/2017)

Estação Rio Município Cota Máx.

atingida Data Hora

Cota de

alerta

Cota de inundação

Elevação acima da cota de inundação

Cachoeirinha Una Cachoeirinha 152,5 28/05 16:00 150 250 -

A estação atingiu cota de alerta às 08:45h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 23/2017)

Palmares Una Palmares 1000 28/05 14:00 620 720 280

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A estação atingiu cota de alerta às 04:45h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 14/2017)

A estação atingiu cota de inundação às 07:00h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 21/2017)

Barreiros Carimã* Barreiros 242 28/05 07:00 228 380 -

A estação atingiu cota de alerta às 04:45h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 16/2017)

Barreiros Una Barreiros 775 29/05 12:00 700 800 -

A estação atingiu cota de alerta às 06:00h do dia 29/05 (Aviso Hidrológico nº 26/2017)

Batateira Una Belém de

Maria 699 28/05 11:15 450 550 149

A estação atingiu cota de alerta às 03:45h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 13/2017)

A estação atingiu cota de inundação às 05:00h do dia 28/05 (Aviso Hidrológico nº 15/2017)

* A estação no rio Carimã pertence ao CEMADEN, sendo responsabilidade deste órgão a definição das cotas de alerta e inundação.

Vale salientar que a enchente ocorrida no município de Barreiros foi causada

pela elevação do nível do rio Carimã, e não pelo rio Una. Assim como a cidade de Rio Formoso sofreu por causa da elevação do rio Formoso e afluente, e não pelo rio Sirinhaém. Na foto abaixo é possível observar o rio Una em sua calha, enquanto que parte da cidade já foi afetada pela cheia do rio Carimã.

Figura 14 – Barreiros

4.2 Análise da Barragem de Serro Azul

A barragem de Serro Azul, que foi inaugurada esse ano, suportou aproximadamente 70 milhões de metros cúbicos de água (figura 1), impedindo que esse volume chegasse até a cidade de Palmares, minimizando os efeitos causados pela cheia. O maior volume afluente a está barragem foi registrado no dia 28/05/2017, quando em 24h o volume acumulado foi aproximadamente 46.073.000,00 m³.

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Figura 15 - Gráfico de enchimento da Barragem de Serro Azul

Figura 16 – Serro Azul antes das chuvas registradas no mês de maio

0,00

10.000.000,00

20.000.000,00

30.000.000,00

40.000.000,00

50.000.000,00

60.000.000,00

70.000.000,00

80.000.000,00

90.000.000,00

100.000.000,00

Volume (m³)

Volume (m³)

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Figura 17 – Serro Azul após as chuvas registradas no mês de maio

Figura 18 - Dispersoras de Serro Azul abertas

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