vocabulário básico - economia medieval

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VOCABULÁRIO BÁSICO - ECONOMIA MEDIEVAL SENHORIO FUNDIÁRIO: domínio ou reserva senhorial que abrange a casa senhorial, as casas dos servos e demais trabalhadores do feudo, a sede do feudo, estábulos e cercados, as demais dependências (celeiro, moinho, forno etc.), as terras diretamente exploradas pelo senhor feudal. SENHORIO BANAL: pagamento de tributo pelo uso de equipamentos (moinho, forno) do senhor feudal. INVESTIDURA: cerimônia que consistia numa declaração oral do senhor ou seu representante conferindo ao arrendatário o direito de posse e uso de certa gleba. MANSO (E): reserva ou terras com área de 12 a 16 hectares que depois foi reduzindo de tamanho em tenures familiares ou quarteiros (de três a menos de um hectare). Havia o manso servil explorado pelos servos da gleba e os mansos livres explorados pelos camponeses. CENSIVE OU CENSO: renda anual fixa sobre a terra. BANALIDADES: conjunto de direitos sob a forma de rendas e prestações (fisco banal) pagas ao senhor dentro do seu domínio pelo uso do forno, moinho etc. da sua terra; geralmente o pagamento era feito em gêneros produzidos nos equipamentos do senhor. TALHA: tributo pago por proteção recebida do senhor. CORVÉIA: trabalho gratuito (em geral três dias por semana) prestado ao senhor do domínio para reparo de estradas, pontes ou mesmo no campo. TENURE: imposto ou tributo, renda ou prestação; pequeno lote de terra explorado pelo camponês com sua família. FORO: pensão anual paga pelo foreiro ao senhor domínio em dinheiro ou gêneros. TENURE DE CHAMPART: prestação de parte do campo colhido proporcional à colheita; renda paga pelo arrendatário da gleba, manso ou tenure ao senhor do domínio sobre a colheita; rendeiro assume todos os encargos da exploração da terra arrendada. TENURE DE FORO: imposto pago pelo foreiro ou rendeiro ao senhor do domínio sobre uso e uso fruto de determinada gleba ou lote arrendado; com o tempo a tenure de foro tornou-se hereditária e alienável. PEAGENS: tributo pago para transitar em certas estradas e passar em algumas pontes. TERRÁDIGO/TERRÁDEGO: renda ou tributo pago por uso de terreno ou espaço ocupado por barraca, tenda ou lugar do vendedor em mercado ou feira. ARROTEAMENTO: exploração de área ainda não cultivada.

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Page 1: Vocabulário Básico - Economia Medieval

VOCABULÁRIO BÁSICO - ECONOMIA MEDIEVAL

SENHORIO FUNDIÁRIO: domínio ou reserva senhorial que abrange a casa

senhorial, as casas dos servos e demais trabalhadores do feudo, a sede do feudo,

estábulos e cercados, as demais dependências (celeiro, moinho, forno etc.), as terras

diretamente exploradas pelo senhor feudal.

SENHORIO BANAL: pagamento de tributo pelo uso de equipamentos (moinho, forno)

do senhor feudal.

INVESTIDURA: cerimônia que consistia numa declaração oral do senhor ou seu

representante conferindo ao arrendatário o direito de posse e uso de certa gleba.

MANSO (E): reserva ou terras com área de 12 a 16 hectares que depois foi reduzindo

de tamanho em tenures familiares ou quarteiros (de três a menos de um hectare). Havia

o manso servil explorado pelos servos da gleba e os mansos livres explorados pelos

camponeses.

CENSIVE OU CENSO: renda anual fixa sobre a terra.

BANALIDADES: conjunto de direitos sob a forma de rendas e prestações (fisco banal)

pagas ao senhor dentro do seu domínio pelo uso do forno, moinho etc. da sua terra;

geralmente o pagamento era feito em gêneros produzidos nos equipamentos do senhor.

TALHA: tributo pago por proteção recebida do senhor.

CORVÉIA: trabalho gratuito (em geral três dias por semana) prestado ao senhor do

domínio para reparo de estradas, pontes ou mesmo no campo.

TENURE: imposto ou tributo, renda ou prestação; pequeno lote de terra explorado pelo

camponês com sua família.

FORO: pensão anual paga pelo foreiro ao senhor domínio em dinheiro ou gêneros.

TENURE DE CHAMPART: prestação de parte do campo colhido proporcional à

colheita; renda paga pelo arrendatário da gleba, manso ou tenure ao senhor do domínio

sobre a colheita; rendeiro assume todos os encargos da exploração da terra arrendada.

TENURE DE FORO: imposto pago pelo foreiro ou rendeiro ao senhor do domínio

sobre uso e uso fruto de determinada gleba ou lote arrendado; com o tempo a tenure de

foro tornou-se hereditária e alienável.

PEAGENS: tributo pago para transitar em certas estradas e passar em algumas pontes.

TERRÁDIGO/TERRÁDEGO: renda ou tributo pago por uso de terreno ou espaço

ocupado por barraca, tenda ou lugar do vendedor em mercado ou feira.

ARROTEAMENTO: exploração de área ainda não cultivada.

Page 2: Vocabulário Básico - Economia Medieval

CARTA DE ARROTEAMENTO: autorização para desbravar e cultivar terra

inexplorada.

CARTA DE FRANQUIA: documento assegurando alguma conquista social, jurídica,

econômica, administrativa ou política dos camponeses.

EXEMPLO DE CONQUISTAS: tarifas fixas, redução de encargos, autorização para

deixar o feudo, liberdade de ir e vir, direito de mobilidade de bens e pessoas, direito de

baixar imposto em proveito da comunidade, direito de fundar novas vilas, direito de

participar da administração.

FRUMENTO: trigo ou outro cereal.

BAILIO: autoridade com funções fiscais, administrativas ou jurídicas.

PREBOSTE: intendente ou administrador dos bens moveis e imóveis ou na coleta dos

tributos do senhor.

PREBENDEIRO: fiscal, coletor de tributos e rendas; preboste.

CÚRIA: área sob domínio eclesiástico; décima parte das tribos romanas, tribunal; local

onde se reunia o senado romano.

EXAÇÃO: rigor excessivo dos cobradores de taxas, tributos, rendas e multas.

TRABALHADORES: assalariados; servos do domínio senhorial; rendeiros.

TRABALHO: por contrato, remunerado (assalariados); compulsório, gratuito e

permanente (servos domésticos); compulsório gratuito intermitente (rendeiros).