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revista VIVA! Outubro 2011

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ciência e tecnologia

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editorialJOSÉ ALBERTO MAGALHÃES

Ribeira segura

A Ribeira é um dos ex-libris do Porto e o verdadeiro postal ilustrado com que acidade se “vende” internamente e no estrangeiro.

Quem não associa imediatamente a paisagem do rio Douro, da ponte Luís I e docasario em cascata à imagem da mui nobre, sempre leal e invicta cidade doPorto?

No entanto tudo tem, sempre, o seu senão. Ao longo dos anos a Ribeira foi-sedegradando fisicamente - a que acorreu a autarquia fazendo, dentro do possível,as obras necessárias e dando-lhe, assim, um rosto mais digno - e em termos desegurança com queixas de moradores e dos muitos turistas que a calcorreiam. Foientão que uma ideia luminosa atravessou a mente dos comerciantes da zona que,numa iniciativa pioneira a nível nacional, propuseram a colocação de câmaras devideovigilância, estrategicamente instaladas para prevenir e desmotivar os inú-meros carteiristas e assaltantes de bens e pessoas que pululavam na zona. Entrenovembro de 2009 e junho do ano seguinte o sistema, com 14 câmaras, e depoisde um arranque com imensas dificuldades, começou a funcionar experimental-mente com resultados espetaculares. Nesse período registou-se uma redução dacriminalidade na zona, na ordem dos 9,8 por cento, com destaque para a diminui-ção nas ofensas à integridade física simples (menos 66,7%) e nos furtos emveículos (menos 5%).

Os resultados surgiram com o funcionamento das câmaras entre as 21:00 eas 07:00 já que a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) nãoautorizou que as mesmas operassem durante 24 horas, como era do interessedos comerciantes. Estes, através da Associação de Bares da Zona Histórica(ABZH), desiludidos com a decisão da CNPD e com o gasto de cerca de três mileuros mensais com o funcionamento das câmaras, acabaram por mandar desli-gá-las, em finais de Maio, e admitem mesmo retirá-las se as autorizaçõesdefinitivas não chegarem.

O governo diz que sim - mas não concretiza - a câmara e os partidos políticosfazem pressão mas teme-se que uma iniciativa com frutos bons e sólidos vá, umavez mais, por água abaixo. E isto, apenas, porque uns burocratas de Lisboa fazemvaler a sua autoridade contra tudo e contra todos e, principalmente, contra osreais interesses da cidade do Porto.

Esperemos que o bom senso prevaleça e que, desde já, as câmaras de videovigilân-cia da Ribeira do Porto retomem a sua meritória, e muito necessária, atividade.

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sumário

Propriedade de:ADVICE – Comunicação

e Imagem Unipessoal, Lda.Sede da redação: Rua do Almada,

152 - 2.º – 4050-031 PortoNIPC: 504245732

Tel.: 22 339 47 50 – Fax: 22 339 47 [email protected]

[email protected]

Diretor Eduardo Pinto

Editor José AlbertoMagalhães

Redação Marta Almeida CarvalhoMariana Albuquerque

Fotografia Virgínia Ferreira

Marketinge Publicidade Eduardo João Pinto

Célia Teixeira

ProduçãoGráfica Ricardo Nogueira

Pré-impressão Xis e Érre,Estúdio Gráfico, Lda.

Impressão, MultipontoAcabamentos Rafael, Valentee Embalagem & Mota, S.A.

R. D. João IV, 691-7004000-299 Porto

Distribuição Mediapost

Tiragem 140.000global exemplares

Revista trimestral gratuita

Registado no ICS com o n.º 124969Membro da APCT

Depósito Legal n.º 250158/06Direitos reservados

Editorial ............................................................................................... 3Protagonista: Rui Veloso .................................................................... 6Moda: Bianca Bast ........................................................................... 12Reportagem: Casinos ...................................................................... 16Publireportagem: Hiper janelas ....................................................... 22Ciência: Cirurgias plásticas ............................................................. 26Música: Sky ..................................................................................... 30Lazer: Parque Biológico de Gaia ....................................................... 34Créme: Foto notícia .......................................................................... 38Figura: Joana Alvarenga .................................................................... 40Galiza: Galiza de mil e um sabores .................................................. 44Televisão: Porto Canal ...................................................................... 48Momentos: ...................................................................................... 52Memórias: Praça do Infante .............................................................. 60Iniciativas: CIN ................................................................................ 62Um dia com...: Tripulações low-cost ............................................... 64Atualidade: ....................................................................................... 70Através dos tempos: Relógios de sol ............................................. 72Águas do Porto: Cinco anos de excelência .................................. 76Desporto: Kitesurf ........................................................................... 78SRU: Reabilitação urbana em curso .................................................. 82Portofólio: ........................................................................................ 84Águas do Douro e Paiva: ................................................................. 86

AutarquiasPorto: Aposta forte na reabilitação ................................................ 88Penafiel: Recantos da alma penafidelense .................................... 94Matosinhos: O “esplendor” das Festas Antoninas ....................... 96Gaia: Investimento e requalificação ............................................. 102

Área Metropolitana do Porto: ........................................................ 106Sugestões Culturais: ..................................................................... 110

FreguesiasCampanhã: Novas infraestruturas em avanço ................................ 112Lordelo do Ouro: Tempos de festa e de luta ................................... 114Nevogilde: Nevogilde já tem «oleão» .............................................. 116Paranhos: ....................................................................................... 118

Passatempos. ................................................................................. 120Crónica: Porto ................................................................................. 122

Através dos tempos

Relógios de sol

Moda

Bianca Bast

Música

Sky3012

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64 Um dia com...TripulaçõesLow-cost

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rui velosoprotagonista

Corpo e alma

Conhece de cor a cartilha do rock’n’rollportuguês. Pisou caminhos poucoconhecidos, lutou por regras que

ainda não existiam e abalou opanorama musical português. Com

mais de três décadas de carreira,Rui Veloso procura contrariar a crisecom um novo trabalho, porque “o

prometido é devido”.

portuenses

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Virgínia Ferreira

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rui velosoprotagonista

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rui velosoprotagonista

Sentado na esplanada, com o olhar sobre o Douro,ainda é o som de Rory Gallagher, ouvido no carro, nopercurso até à Ribeira, que lhe domina o pensamento.Depois de mais de trinta anos de carreira, algunsconstruídos a desbravar caminho para a geração demúsicos que se seguiu, Rui Veloso jura não abrir mãoda irreverência e da liberdade de miúdo. “Os meuspais que o digam, ainda hoje sou assim”, garante. E écom essa “personalidade vincada”, que se associa àsgentes do Norte, e com o acentuar da pronúncia daInvicta que o cantor assume a cidade que é sua – o

cando que os concertos seguintes, no Coliseu do Por-to, “já correram muito bem”, com lotação esgotada.

Dez anos antes de subir ao palco na companhia deB.B. King, Rui Veloso abalou o panorama musicalportuguês com o lançamento de “Ar de Rock”, quetransformou temas como “Rapariguinha do Shopping”,“Chico Fininho”, “Sei de uma Camponesa” e “Saiupara a Rua” em verdadeiros hinos. “Numa altura emque era muito difícil vender LPs, o “Ar de Rock”vendeu 30 mil”, número que, de acordo com o músi-co, era “assustador” para o mercado da altura, tendoem conta que se tratava de um trabalho bastante “ar-riscado e diferente”. “Para um disco como aquele,vender cinco ou seis mil LPs era uma coisa muitoboa”, notou o cantor, garantindo que conseguir chegaraos 30 mil foi quase transcendente.

Entretanto, em 1988, surgiu a oportunidade de rea-lizar a primeira grande digressão, composta por 61concertos. “Foi trabalho, trabalho, trabalho”, confes-sou, já com o peso das três décadas de carreira refle-tido no rosto. Hoje, o número de quilómetros que RuiVeloso percorreu para levar a sua música a todo opaís é equivalente a “trinta e tal voltas ao mundo”.“Já fiz bastante mais do que um milhão de quilóme-tros. É por isso que estou mal das costas”, brincou,explicando que o esquema das digressões se resumea “chegar, tocar e ir embora”. “Não se conhece nadanos locais por onde passamos, mas isso faz parte dacartilha do rock’n’roll”, afirmou.

Com mais de dez álbuns editados e muitos prémi-os na bagagem, Rui Veloso garante que, agora, a suaforma de encarar a música é “a mesma de quando eramiúdo”. A liberdade é, assim, algo de que jamaisprescindirá. “O artista não tem de ser coartado poruma editora (...) A minha perspetiva sempre foi a deser um artista absolutamente livre. Nunca recebisugestões nem aceitaria isso. Para mim seria um insul-to, uma desconsideração”, notou, explicando tratar-se de“uma questão de feitio”.

Música portuguesa: um universo“muito bom e muito mau”

Com o olhar pousado sobre o rio Douro, é comnostalgia que Rui Veloso fala de algumas “batalhasdifíceis” travadas no passado e que acabaram pormelhorar as condições de vida dos músicos portugue-

ses. “Andei a abrir caminho: a tocar em palcos fracos,a servir de cobaia para engenheiros de som que nãopercebiam nada daquilo”, apontou, acrescentando que,pelo menos durante dez anos, foi “on the road,rock’n’roll”.

Hoje, o “pai do rock português” salienta o trabalhofeito pelos artistas nacionais mas continua a defenderque a nossa música “ainda é pouco apoiada pelasrádios”. É uma vergonha, ainda não existe uma rádioque passe exclusivamente música portuguesa”, lamen-tou Rui Veloso, recordando que os artistas tiveram de“mendigar” a quota mínima de 25% de música portu-guesa a ser transmitida. Depois, acrescenta, “é muitodifícil perceber onde é que se pode comprar músicanacional”. “Vejo-me à rasca. Não há lojas de CD’s equem tem menos possibilidades não consegue colocaros discos à venda na Fnac”, notou. “Por essas e poroutras, às vezes, envergonho-me do país que tenho”,desabafou, em tom amargo.

“A política cultural no Porto purae simplesmente não existe”

Entre as horas passadas em viagem, rumo aos con-certos, os dias na casa de Sintra, onde vive, e as“saltadas” até ao Porto, Rui Veloso não deixa de de-fender que a situação cultural da Invicta “é um desas-tre”. “Não é única, há muitos casos assim”, afirmou,

Porto. “Não interessa onde é que uma pessoa nasce,interessa onde vive e sente”, afirma categoricamente.Assim, à luz da letra de uma das suas canções, “quemvem e atravessa o rio, junto à serra do Pilar” conheceuma terra que quase se dissolve com o nome RuiManuel Gaudêncio Veloso, por muitos considerado o“pai do rock português”.

De inspirado a inspirador

Filho de Aureliano Capelo Veloso, ex presidente daCâmara Municipal do Porto, o músico estreou-se naslides musicais com apenas seis anos, altura em quecomeçou a tocar harmónica. Mais tarde, aos quinze,Rui Veloso descobriu aquela que viria a ser uma dassuas maiores paixões - a guitarra – influenciado pelosblues e por nomes como Eric Clapton, Rory Gallagher,Bob Dylan e B.B. King. “Eu vinha agora a ouvir o Roryno carro e, às vezes, as pessoas esquecem-se masele foi muito importante, foi uma das minhas referên-cias”, contou, mostrando admiração pelo “sentido deliberdade” que o guitarrista irlandês sempre procurouter. “Era um homem extraordinário. Comecei a vê-lo,no Infante Sagres, e desmaiei”, afirmou, entre garga-lhadas.

B.B. King foi outro “dos grandes” que inspirou RuiVeloso. Aliás, nos anos 90, o cantor teve oportunidadede atuar com o guitarrista estado-unidense, num mistode medo, orgulho e emoção. “A primeira vez foi muitoassustadora, foi no Casino Estoril”, recordou, expli-

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rui velosoprotagonista

explicando que denota uma “grande falta de sensibili-dade” para o tema.

O músico considera, assim, que Gaia e Matosi-nhos são cidades bastante mais evoluídas cultural-mente do que o Porto. “Gaia não tinha nada quandoLuís Filipe Menezes foi para lá”, notou, apontandopara a margem gaiense, completamente invadida porpessoas prontas a assistir a uma qualquer procissãorepleta de bombos. “O presidente continua lá e nós,aqui sentados, (do lado do Porto) percebemos que emGaia há animação”, constatou. Na cidade que consi-dera sua, Rui Veloso sente que “a política culturalpura e simplesmente não existe”. “Há uns bares naBaixa, há o Rivoli e a Casa da Música com músicaclássica e DJ’s”, sintetizou, garantindo andar a lutarjá há vários anos por um despertar cultural da Invicta.

O músico surge, assim, como um defensor da fusãoentre Porto e Gaia. “Os presidentes das duas autarqui-as são do mesmo partido e praticamente não se falam.Não se consegue fazer nada em conjunto, o que acabapor funcionar contra a população”, expressou. E para ocantor, a grande mais valia da cidade é, de facto, opovo. “Ser portuense é uma marca que nunca maissai. É estar em Lisboa há 30 anos e sentir que não háhipóteses”, explicou, com as águas do Douro refleti-das nas lentes dos óculos escuros. De acordo com ocantor, o povo portuense é diferente do da capital. “Émais orgulhoso da descendência, da terra, dos clubes,da língua, dos palavrões e da maneira de falar. Oportuense tem uma personalidade mais vincada, mastambém se engana muito”, disse com boa disposição.

Novo disco gravado em parceriacom outros artistas

Apesar de encarar o ano 2011 como “o pior” da suacarreira, devido à crise que está a diminuir em grandeescala o número de espetáculos programados, RuiVeloso, “o teimoso”, sabe que ainda há trunfos ajogar. “Estou a acabar de gravar um disco com músi-cas minhas, daquelas que quase não passaram narádio”, revelou, adiantando tratar-se de um trabalhofeito em parceria com vários músicos, dos quais sãoexemplo Camané, Luís Represas, Pedro Abrunhosa eRicardo Ribeiro.

No entanto, o projeto mais imediato que Rui Velosotem pela frente é “viver”. Alguns anos depois de terenfrentado um problema de saúde nos intestinos, omúsico mantém a garra de quem vence. Apesar de con-tar com uma carreira de três décadas, acompanhadapela incontornável figura do letrista Carlos Tê, prefereencarar o futuro musical com algum cuidado porque“nunca se sabe quando o fim está perto”. Nos temposlivres, já longe da guitarra, o boavisteiro não prescindede assistir a um bom par de séries. “Gosto de estar naminha cama o dia inteiro a ver filmes, séries, documen-tários e concertos. Levantar-me para ir buscar algumacoisinha para comer e ir para a cama outra vez”, reve-lou, contando ter visto recentemente a série “Shark”,com James Wood, à qual se seguiu a “New Tricks”,“com três polícias já mais velhotes”. ”. ”. ”. ”. “Vícios nor-mais” de alguém que ignora a fama, mas que faz ques-tão de manter sempre viva a alma portuense.

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bianca bast

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moda

Vestir e viverSentada no sofá com um tecido em transformação

pousado sobre o colo, é com uma concentração quaseinquebrável que Bianca Bast trabalha num vestido quecomeça a ganhar forma, nem que seja, para já, na suamente.

Entre vestidos de diferentes tamanhos, cortes, fei-tios e cores e esquissos onde pairam modelos depernas longas, o atelier da estilista, de origem alemã,parece um cantinho de princesas, escondido na RuaOliveira Monteiro, no Porto.

Apesar de não trabalhar por coleções, criando pe-ças únicas para cada cliente, Bianca Bast assumeuma permeabilidade à influência das diferentes esta-ções, que acabam por funcionar como fonte de inspi-

“Pelo menos na moda, este nãoé um inverno triste”. O desafio

da estação fria passa pelaaposta nos vestidos compridos

e a ousadia dos vermelhos.Para que o visual funcione na

totalidade, pedem-se atitudesde confiança e rostos com

grandes sorrisos.

ração. “Eu sou uma pessoa primavera/verão. Mas de-pois, no fim da estação quente, já apetece vestir umdeterminado casaco e isso também acontece quandoestou a desenhar”, notou. “Uma pessoa deixa-se ins-pirar pelas próprias estações, pelas cores, pela luz dodia, até pelas árvores”, acrescentou a designer demoda.

A busca dos tons de inverno

Mais do que idealizar um vestido que obedeça àscores que vão dominar a estação fria, Bianca Bastprocura perceber qual a parte do corpo que se podesalientar através da combinação com uma determina-

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Bianca Bast /Jorge Silva

da tonalidade. “Prefiro olhar para a pessoa e tentarperceber se, por exemplo, um azul noite consegue pu-xar a cor dos olhos ou se um vermelho combina com acor da pele ou do cabelo”, explicou, revelando que, opasso seguinte, é tentar, “dentro desses tons, esco-lher o mais adequado ao outono/inverno”. “Podemosaté usar um amarelo, só que não será aquele tomaberto, mas sim mais a fugir para a cor mostarda”,exemplificou a estilista, que trabalha no Porto há seteanos.

Para Bianca Bast, é imperativo fugir ao preto. “Esteano, o inverno não tem de ser preto nem cinzento. Há,em grande escala, uma tendência para cores como overmelho e até tonalidades para o pastel, e para a

procura de uma peça com motivos florais, conjugada,depois, com outra preta, castanha ou das cores danatureza”, explicou. “Pelo menos na moda, este não éum inverno triste”, disse à Viva, entre risos. As ten-dências apontam para uma inspiração nos anos 20,“por exemplo em termos de lantejoulas”.

Vestidos compridos, tecidos fluidos

Além da escolha da cor, há que pensar no tecido eno corte mais adequados. “Prefiro sempre vestido emvez de saia e blusa e gosto muito de bons tecidos,bem trabalhados”, destacou Bianca Bast, revelandoque os vestidos compridos são uma grande tendência

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bianca bast

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moda

para este inverno. “Se for uma cerimónia mais para ofim da tarde também se pode usar um vestido compri-do. Algumas pessoas preferem até usá-lo por não gos-tarem das suas pernas, canelas ou porque ficam real-mente mais altas”, acrescentou.

Os tecidos, esses, “são, na maior parte, fluidos” eo corte “tem de ser sempre estudado”, de pessoa parapessoa.

Saber “preencher” o vestido

A personalidade de cada cliente é um dos aspetosque Bianca Bast procura ter em conta no processo decriação. “Costuma dizer-se que as senhoras mais for-tes não ficam bem de vestido justo. Mas eu já vimulheres verdadeiramente sexy porque viviam o ves-

tido, não o vestiam com vergonha”, notou a estilista.“Uma pessoa pode ter o vestido mais bonito do mundoe não conseguir preenchê-lo. Depende muito da pos-tura: se está com um sorriso, se está mal disposta,tudo isso conta”, acrescentou.

Para a designer de moda, a sensação de tarefa cum-prida só chega se as expectativas das clientes foremcumpridas. “O momento mais importante é o da entre-ga: quando o vestido está finalmente pronto e eu per-cebo que era exatamente aquilo que as pessoas queri-am”, admitiu.

Segundo Bianca Bast, vestir uma senhora “não éuma tarefa difícil, mas sim exigente”. “Primeiro, épreciso pensar bem no tipo de cerimónia e no papelda própria pessoa”, aconselhou. Depois, há que pen-sar num vestido que não seja “demasiado elabora-do”, nem “do dia-a-dia”. Apostar na escolha de co-res diferentes e fugir, por exemplo, às tradicionaisécharpes são outras dicas deixadas pela estilista.“O mais importante não é disfarçar o que não acha-mos bonito, mas salientar o que temos de bom. Comum corte elegante, o vestido já não precisa de muitacoisa”, garantiu. Para que o visual esteja completo,além do vestido, é importante apostar num penteadoadequado. “Às vezes também vejo pessoas que têmum vestido bonito, mas descuidam o cabelo, porexemplo”, notou Bianca Bast, defendendo que ascerimónias exigem sempre que as pessoas se cui-dem de forma especial.(www.biancabast.com)

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casinosreportagem

em tempode crise

Em tempo de contençãoeconómica, os jogadores apostam

menos mas não se desligam dassalas mágicas onde a adrenalina éo ingrediente principal. O setor do

jogo também está em crise, mas oscasinos portugueses não deixam de

contra-atacar, através deprogramas culturais diferentes e

obras de remodelação dos espaços.

Com menos moedas no bolso para tentar acertarnas combinações das slot machines ou com menosdisposição psicológica para evitar exceder os 21pontos no blackjack, os portugueses continuam afrequentar os casinos, nem que seja só para fugirum pouco à rotina.

Sempre com algum “controlo” à mistura, AntónioSalgado mantém o gosto pela adrenalina das apos-tas. Em “tempos mais apertados”, o jogador con-

fessa que as quantias apostadas tendem a dimi-nuir, mas que, para já, não existem motivos paraabandonar as salas. “Há sempre algum dinheiro,por pouco que seja, para apostar. Com algum con-trolo, é uma excelente forma de passar o tempo”,apontou, recusando-se encarar o jogo como umapossibilidade de lucro fácil.

A verdade é que, se por um lado, a crise não temroubado clientes às salas de jogo, por outro, temvindo a diminuir significativamente os valores in-vestidos. Segundo o secretário-geral da Associa-

casinosreportagem

Jogo

Texto: Mariana Albuquerque/Marta Almeida Carvalho

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casinosreportagem

ção Portuguesa de Casinos (APC), Artur Mateus,as receitas começaram a registar quebras a partirde 2003, “o que não acontecia há, pelo menos,duas décadas”. Atualmente, entre uma e outra car-tada jogada pelos casinos para atenuar os efeitosda crise, a tendência para a redução dos valoresobtidos mantém-se. “Em 2006, os dez casinos en-tão em exploração tiveram receitas globais de 355,3

milhões de euros, número que, em 2010, desceupara 344,5 milhões”, revelou Artur Mateus. Esteano, já com mais um casino em funcionamento – ode Tróia – “a tendência global de decréscimo agra-vou-se”, sendo que os dados referentes ao primeirosemestre apontam para uma quebra de 5,53% facea igual período do ano anterior.

Crise na carteira e no otimismo

Apesar de os clientes habituais não desistiremde reservar uma quantia mensal para as apostas, osportugueses não estão a tentar contornar as dificul-dades económicas com golpes de sorte nas salasde jogo. Aliás, Nuno Vasconcelos, responsável dodepartamento de comunicação do Casino de Espi-nho, considera mesmo que esta ideia é “um mito,comprovado pelos dados estatísticos da afluênciaàs salas”.

Para Artur Mateus, “em épocas de crise modera-da, pode haver nalgumas pessoas a esperança de

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casinosreportagem

que um prémio de jogo contribua para a resolução dealguns problemas”. Ainda assim, o secretário-geralda APC acredita que “a crise atual é grave e continu-ada, afetando não só a disponibilidade económicados portugueses mas também o seu otimismo”. Destemodo, quem consegue ter algum rendimento dispo-nível “tende a poupá-lo, o que desde logo se traduzna diminuição do dispêndio em propostas de lazer eanimação como as que os Casinos oferecem”, de-fendeu.

No Casino da Póvoa, a maior afluência de clien-tes em época de crise também não é uma realidade.“Até ao momento tem-se revelado um mito, porqueas receitas têm vindo a cair”, referiu Susana Sarai-va, responsável pela comunicação. “Desde o verãode 2008 que o impacto nas receitas se tem sentidofortemente. Este ano não é exceção e a quebra ron-da já os 10%”, acrescentou.

No entanto, Nuno Vasconcelos nota que “não po-demos interpretar os dados de forma linear”, umavez que “há alturas em que o número de visitantesdiários aumenta e o montante de apostas diminuiou vice-versa”.

A jogada do conforto

E como em tempo de crise há sempre um ou outrotrunfo escondido na manga, os casinos portuguesestraçaram um conjunto de estratégias para continuar

Ventilação e Ar Condicionado], dos equipamentosde segurança e da decoração”.

Só em 2010, o Casino Espinho investiu oitomilhões de euros no melhoramento das suas ins-talações, “nomeadamente na remodelação do halle de outras áreas públicas, apostando num con-ceito de open space, que convida à livre circula-ção e potencia uma melhor adequação do espaçode jogo e do layout das salas”, explicou NunoVasconcelos. A renovação dos equipamentos dejogo, a aposta numa decoração “mais arrojada” ea criação de um bar panorâmico foram outras es-tratégias aplicadas pelo grupo Solverde, detentorda sala de jogos de Espinho.

Atração de clientespela programação cultural

Além do aspeto exterior das salas, que convida aspessoas a entrar, convencendo-as, pelo conforto, aprolongar o tempo de jogo, os casinos portuguesesnão abrem mão de outros três ingredientes funda-mentais: “entretenimento, animação e cultura”. “Nassuas várias vertentes, as propostas de animação pri-vilegiam, de forma crescente, a respetiva interaçãocom o jogo, que deixou de estar confinado a espaçosfechados e delimitados”, descreveu Artur Mateus.Segundo o secretário-geral da APC, a “quantidade equalidade dos eventos culturais” realizados excede

a atrair clientes. Maria de Lurdes Oliveira é umadas apaixonadas pela aventura do jogo, confessan-do gastar “uma quantia mensal razoável nas má-quinas”, entre 200 e 250 euros. “Para além de serum passatempo, há sempre a esperança de ganhos,ou então ninguém apostava”, garantiu. Habitual-mente, nem perde nem ganha “muito” mas, por ve-zes, as quantias que ficam nas slots deixam-na“um pouco furiosa”. A jogadora não se considera“viciada”, mas gosta de fazer as suas apostas.“Jogo em tudo, euromilhões, lotarias, raspadinhase também no casino, embora não frequente os jogosde mesa. As máquinas de cinco cêntimos chegamperfeitamente para as minhas apostas”, constatou.

Mas, afinal, qual é a jogada dos casinos quandohá menos disponibilidade financeira dos clientes?Segundo Artur Mateus, as salas nacionais “têm sa-bido, mesmo em tempos de crise, investir na reno-vação das suas instalações, equipamentos e pro-postas culturais, colhendo, na fase posterior a cadacrise, os frutos deste investimento em contraciclo”.A melhoria das instalações tem sido uma das priori-dades dos casinos da Póvoa e de Espinho. “A nossagrande aposta recai na remodelação do Casino, quenos permitirá um maior conforto e segurança dosnossos clientes e, com isso, a sua fidelização aoespaço”, destacou Susana Saraiva, explicando queas obras em curso, na Póvoa, “englobam diferentesáreas, ao nível do sistema de AVAC [Aquecimento,

“em muito a obrigação legal”, o que representa outramais valia das salas de casino. “As atividades in-cluem a organização de exposições, a edição de pu-blicações, a atribuição de prémios literários e artís-ticos e a organização de conferências” com persona-lidades de diversas áreas, enumerou.

Deste modo, tal como afirmou João Teixeira, pre-sidente da direção do Sindicato dos Profissionaisde Banca dos Casinos, se é verdade que a crisediminui a disponibilidade monetária para jogar, tam-bém é certo que “haverá sempre uns trocos para ojogo, que deve ser encarado como uma atividadelúdica”.

O “fantasma” dos casinos online

A vulgarização do jogo online, que ainda nãotem suporte legal no nosso país, foi outro fatorque teve “significativos reflexos” nos casinos fí-sicos. Para Nuno Vasconcelos, “é sobretudo preo-cupante o facto de persistir uma total ausência deregulamentação neste domínio, com a exploraçãoilegal por parte de vários operadores estrangeirossem quaisquer garantias da defesa dos interessesdos consumidores”.

Aliás, e de acordo com o responsável, esta “omis-são por parte das autoridades que tutelam os jogosde fortuna e azar viola também o direito de exclusi-vidade das empresas concessionárias de casinosconsagrado nos contratos celebrados com o Estadoportuguês e suscitou já a interposição de uma açãojudicial contra o Estado por parte da AssociaçãoPortuguesas de Casinos”.

Com efeito, a ausência de licenciamento não temimpedido o crescimento da oferta ilegal online. Afalta de medidas de combate, reclamadas pela APCem 2003, tem contribuído para o decréscimo dasreceitas dos casinos físicos. Artur Mateus lembraainda que “os sites de jogo estão licenciados empaíses onde a incidência fiscal é mínima, contras-tando com a elevada tributação exigida pelo EstadoPortuguês aos casinos físicos e que, na sua maio-ria, atinge 62% das receitas brutas dos jogos”.Assim sendo, o dirigente considera que “o online éuma concorrência desleal e desigual”, que está alevar os casinos portugueses a lutarem por um “jogolimpo”.

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Publireportagem

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janelas: qualidade, proteção e segurança

Renovação de janelassem obras em casa

Publireportagem

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Vidro laminado

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ciência e tecnologia

Seios com nova vida

Não é uma cirurgia maisperigosa do que qualquer outra

e não provoca dor. Comresultados risonhos,

a mamoplastia de aumentodemora pouco mais de meia

hora, mas ainda está envolvidanuma grande falta

de conhecimento, à semelhançadas restantes cirurgias plásticas.

Em trinta minutos, a cliente que entrou no blocooperatório com uns seios pequenos, ganhou um bustodigno do mais arrojado decote. Enquanto o aneste-sista, sempre sorridente, percorria a sala devagar,quase em supervisão, o cirurgião plástico Ribeiri-nho Soares realizou a mamoplastia de aumento coma frieza de movimentos de quem já soma três déca-das de experiência.

Com a música ambiente a inaugurar a cirurgia, rea-lizada na clínica Artlaser, em Nevogilde, a incisãofeita junto da axila direita da paciente acabou por

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Virgínia Ferreira

denunciar o método em utilização. Ainda assim, talcomo explicou o cirurgião plástico, “a colocação depróteses mamárias pode ser feita por vários níveis deacesso”. “Podemos coloca-las pela axila, que é ométodo mais comum e deixa uma cicatriz praticamen-te invisível”, apontou Ribeirinho Soares, referindo que,muitas vezes, quando as senhoras querem aumentarainda mais os seios, a equipa médica nem consegueidentificar com facilidade o local da cicatriz. “Podefazer-se também por via periareolar (à volta do mami-lo) e pelo sulco inframamário. Por vezes, quando se

faz cirurgia abdominal, também podemos colocar aspróteses pela barriga e, nesse caso, já não há marcanenhuma”, salientou o médico.

A escolha do procedimento varia consoante a si-tuação. No entanto, “se a paciente não precisar defazer, por exemplo, uma mastopexia, ou seja, le-vantar o seio, ou se não tiver de reduzir o mamilo,a via mais indicada é a axilar”. No caso de umamamoplastia axilar, é mais aconselhável a aplica-ção de uma anestesia geral. “A área que temos deanestesiar é muito maior e, como existe um limitemáximo de anestesia local, que se for ultrapassadoé tóxico para o doente, é preferível usar uma anes-tesia geral”, esclareceu Ribeirinho Soares.

“Riscos controlados”

Depois de um cuidado redobrado para assegurarque os vasos dos seios já não sangram, é comdescontração que Ribeirinho Soares coloca as pró-teses de ensaio, de modo a confirmar se o tamanhoficará adequado.

Contrariamente ao que algumas pessoas pensam,os riscos associados a uma mamoplastia são “iguaisaos das outras cirurgias”. “É menos provável termosum problema com a anestesia do que irmos a cami-nhar num passeio e sermos atropelados por um carro”,garantiu o cirurgião plástico à Viva, acrescentandoque “ninguém deixa de andar pelo passeio”.

ciência e tecnologia

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ciência e tecnologia

No entanto, existe sempre o risco de se desenvol-verem “infeções, hematomas e cápsulas” – camadasde células (fibroblastos) que envolvem a prótese, demodo a isolá-la do resto do organismo. “Em certaspessoas esta camada é muito fininha e não se nota.Noutras, a cápsula é grossa, aperta a prótese, fazendocom que tenha um toque desagradável. A mama torna-se, assim, dura e ligeiramente deformada”, descreveuo médico. De acordo com Ribeirinho Soares, as cáp-sulas “não fazem mal à saúde”, mas exigem umanova cirurgia. “Trata-se de uma reação da pessoa àprótese, portanto, pode aparecer ao fim de um mês, deum ano ou de cinco anos, independentemente da ma-neira como se faz a colocação”, referiu.

Por precaução, Ribeirinho Soares prefere que aspacientes que colocam próteses mamárias permane-çam na clínica mais algumas horas. “Gosto que aspessoas fiquem aqui deitadas, relaxadas. No dia se-guinte, já todos os vasos estarão bem coagulados e apessoa já pode fazer a sua vida normal”, apontou,acrescentando que, ao fim de dois dias, a paciente jápode conduzir e, ao terceiro dia, tirar os pontos.

“Completa falta de conhecimento” sobrecirurgia plástica

Segundo Ribeirinho Soares, a sociedade em geralainda não sabe “as coisas mais básicas” em relaçãoa uma cirurgia plástica. “Eu faço um programa, de 15em 15 dias, ao vivo, no Porto Canal, que é o Consul-tório, durante o qual as pessoas lançam questões (…)A quantidade de vezes que repetem as mesmas per-guntas é uma loucura e revela que a sociedade não

sabe mesmo as coisas mais básicas”, apontou o ci-rurgião, acrescentando que, por vezes, nem os médi-cos conseguem esclarecer os pacientes, uma vez quea cirurgia plástica é ensinada nas faculdades há pou-cos anos.

“Há muita gente que ainda pensa que fazemostudo com plástico”, contou à Viva. “Depois, pensamque podemos fazer tudo, mas nós temos as nossaslimitações”, notou, explicando que para se obteremtransformações perfeitas “é necessário ter uma boamatéria prima”. “Quando uma senhora aparece aquicom uns seios pequenos mas perfeitos, nós pode-mos fazer uns seios perfeitíssimos, com umas pró-teses. Agora, se tem o mamilo muito descaído, mui-to grande ou pequeno, vai obrigar-nos a fazer cicatri-zes para tornar os seios perfeitos”, afirmou. “Nósnão somos mágicos”, brincou Ribeirinhos Soares,apesar de os dois seios recém operados terem surgi-do como quem faz um número de magia.

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skymúsica

A voz femininado Hip-Hop

Revelação na cena Hip-Hop,pouco habituada a presençasfemininas, SKY lançou jáo segundo álbum de originais,cujo tema “Mulher a Sério” foigrande sucesso da MTV.“Sem ponto final” foi o segundovideoclip da cantora portuenseque pensa já em avançarpara um terceiro álbumcom «The Digging Poets»,a banda que a acompanha.As atuações de promoçãodo álbum sucedem-se um poucopor todo o país.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Filipe Carmo

Singrar no mundo da música foi o sonho de infân-cia de SKY que criou, assim, um projeto a solo quetem vindo a fazer furor no panorama musical. Origi-nária de uma família de músicos, entrou, aos sete

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música

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skymúsica

anos, no Conservatório, onde se manteve até aos15, tendo estudado piano e violino. Foi então quese apaixonou pelo Soul e pelos cantores clássicosde Blues e Jazz, tendo depois conhecido diversaspessoas ligadas ao Hip-Hop. Embora a música sem-pre tenha feito parte da sua vida, o projeto SKY teveverdadeiramente início quando participou num con-curso de uma rádio, com três originais escritos eproduzidos por si, onde chegou à final. No júri esta-va um grande nome da cena Hip-Hop, o músicoBoss AC. A partir daí foi motivada por amigos Mc`se por diversos produtores, que encorajaram o proje-to. SKY foi o nick escolhido, já que o objetivo era ode “chegar longe”, tendo o “céu (sky) como únicolimite”.

Caminho para o sucessoCaminho para o sucessoCaminho para o sucessoCaminho para o sucessoCaminho para o sucesso

Em 2006 lançou o primeiro álbum, «Insónia»,escrito, gravado e masterizado por si no seu estú-dio. Com maquete no Myspace, o sucesso foi tantoque teve de produzir algumas centenas de cópiaspara as diversas solicitações. Em 2008 gravou osegundo disco a solo, este já num estúdio profissi-onal, denominado «O Quarto da Música» que temvindo a apresentar, desde 2010, com vários con-certos e atuações um pouco por todo o lado, inclu-sive no Eurobattle Portugal, o maior evento interna-cional de danças urbanas do país. O sucessor de“InSónia” composto por géneros musicais distintosentre si, tem vindo a assumir-se como uma revolu-ção na música portuguesa devido à heterogeneida-de de sons e ambientes trabalhados por cinco pro-dutores das áreas Soul, R’n’B e Hip Hop (Begh,Raez, Chekmate, IVM, Karabinieri e Raze). O disco,composto por 15 temas, conta ainda com a partici-pação de cinco convidados, entre eles, Dama Bete,Dino (Expensive Soul), Damani Van Dunem, Supre-mo G e Noura.

Acompanhada ao vivo pela banda “The DiggingPoets”, todo o processo criativo é de sua autoriae as letras em português. “Gosto de cantar naminha língua materna”, refere SKY, garantindoque, ao contrário do que se vai dizendo de formarecorrente, não é difícil compor em português.Com espetáculos ao vivo, repletos de luz e cor, euma grande abrangência de géneros musicais, a

música de SKY flutua entre os sons do Soul,R’n’B, Reggae, Jazz, Funk e Hip-Hop. Para ouvirpasse por www.myspace.com/skyinsonia ouwww.youtube.com/watch?v=NPqNIXmsedE.

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parque biológico de gaia

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lazer

De mãos dadascom a Natureza

O Parque Biológico de Gaiaé um dos espaços mais

procurados da regiãodo Grande Porto para ocuparos tempos livres de miúdos

e graúdos. O primeirocentro de Educação

Ambiental do país éconstituído por uma áreade cerca de 35 hectares,onde habitam centenasde espécies de animais

e plantas em estadoselvagem.

A conservaçãoe recuperação de

espécies é tambémuma das atividades

permanentesdeste espaço

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgiínia Ferreira

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parque biológico de gaia

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lazer

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parque biológico de gaia

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lazer

Aquele que agora é considerado um dos melhoresparques da Região, e pioneiro a nível nacional comocentro de Educação Ambiental e na preservação erecuperação de espécies, começou por ser um pe-queno parque com dois hectares, apoiado pelo mu-nicípio de Gaia. Passou a empresa municipal em2000 e já em 2011 foi feita a fusão entre o ParqueBiológico e a empresa Águas de Gaia, que continu-am, no entanto, a funcionar de forma autónoma.Integrado na rede de parques públicos do concelho,e por ser o maior, tem a seu cargo a gestão dasáreas verdes de todo o município. “ São vários osespaços que integram os Parques de Gaia nomea-damente o Parque Biológico de Gaia, o Parque deDunas da Aguda e o Parque da Lavandeira entremuitos outros mais pequenos e vocacionados parao lazer”, refere Telma Cruz, responsável pela Edu-cação Ambiental deste espaço. Integrado numa áreade cerca de 35 hectares, constituídos por um con-junto de quintas agrícolas, o Parque Biológico pre-servou e recuperou algumas delas no sentido demanter as suas características. As casas e ummoínho de água foram recuperados e podem servisitadas, proporcionando uma viagem ao passado.Está ainda prevista uma ampliação ao parque quepassará a contar com uma extensão de cerca de 53hectares.

tilizada apesar de todos os esforços para a recupe-rar. Nestes casos, os animais ficam no parque comvista à sua manutenção, onde são acompanhados etratados. O Parque também assegura a recolha ereabilitação de espécies protegidas apreendidas porentrada ilegal no país ou por posse ilegal. As insta-lações do Centro de Recuperação destinam-se àrecuperação e reprodução, e não têm por fim exibiros animais, pelo que os visitantes apenas os po-dem ver à distância.

Viagem por diversos cenários

Um esquilo, atarefado com a construção do ni-nho, saúda os visitantes, embora com as cautelasnecessárias, ao longe. Esta é uma espécie que vivelivremente no parque, que também recebe a visitade várias espécies de aves migradoras que se jun-tam às mais de 40 espécies que nele se abrigam ereproduzem durante todo o ano. Estes movimentosmigratórios ocorrem em duas épocas do ano: entreo inverno e a primavera e entre o final do verão e ooutono. Aqui vivem, em estado selvagem, centenasde espécies de animais e plantas em diversos ha-bitats, constituindo uma pequena reserva naturalde fauna e flora. Para além de uma viagem fantás-tica pela área do parque, onde se podem observar

centenas de espécies de animais e plantas, há ain-da segredos longínquos e exóticos a descobrir noBiorama, um complexo de exposições constituídopor diversos cenários como o Mesozóico, florestatropical húmida, savana, deserto e litoral dunaratlântico, onde o visitante pode contactar com asdiferentes características das comunidades ecoló-gicas representadas. O Parque Biológico disponibi-liza, ainda, uma série de ateliês e de atividades deeducação ambiental - das quais fazem parte as jápopulares “Noites dos Pirilampos” - e de descober-ta da natureza, campos e oficinas e festas de ani-versário.

Preservação de espécies

O Parque Biológico acolhe animais selvagensferidos, tratando-os e restituindo-os à natureza. Esteserviço funciona no âmbito de um protocolo com oInstituto de Conservação da Natureza e da Biodiver-sidade e da Direcção-Geral de Veterinária. São vá-rios os casos de sucesso mas também há algunsque não correram pelo melhor. Uma coruja foi reco-lhida com uma asa ferida e iniciou o tratamento. Aferida sarou mas a asa ficou irremediavelmente inu-

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freguesias

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figura joana alvarenga

Rebeldes

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Joana Alvarenga

Com um rosto já bem conhecido das séries juvenise de outros programas televisivos, Joana Alvarengaconsidera que, para tudo na vida, o segredo é “lutar”.A jovem, de 25 anos, natural de Vila Nova de Gaia,começou a escrever a história da sua carreira pelaárea da moda, mas cedo surgiram outras oportunida-des no setor da representação.

Apareceu timidamente masrápido se transformou num

“exemplo” que muitos jovensquerem seguir. A atriz e modeloJoana Alvarenga participou em

conhecidos programas detelevisão e integrou grandes

produções para revistasnacionais, mas recusa pensar

numa carreira garantida.

vezes prolongam-se durante dois ou três. Todos ospormenores contam, por isso, é natural que demoremalgum tempo”, apontou.

Recentemente, a atriz participou no “Perdidos naTribo”, programa que lançou um grupo de figuras co-nhecidas do grande público numa série de aventurascom a tribo Nakulamené, nas Ilhas Vanuatu. Apesar dealguns momentos difíceis, Joana Alvarenga garanteque foram muitos os bons episódios vividos durante o

Hoje, se tivesse de optar apenas por uma das duaspaixões, a modelo não teria grandes dúvidas. “Esco-lheria a representação porque a moda é muito preco-ce”, afirmou com segurança. Apesar de se confessaruma eterna apaixonada pelo universo das formas, co-res e novas tendências, Joana Alvarenga associa amoda ao desporto que, normalmente, não gera profis-sões para a vida. “Chega-se a uma certa idade e jánão podemos continuar”, salientou, acrescentando quena representação a situação é diferente.

Lisa Scott: a “imagem de marca”de Joana Alvarenga

Com duas grandes agências no currículo – BestModels e Face Models – a jovem integrou, em 2007,o elenco da conhecida série “Morangos com Açúcar”,interpretando o papel de Renata Saraiva. Mas foi napele da irreverente Lisa Scott, protagonista da “Rebel-de Way”, desta vez na SIC, que a jovem viveu algu-mas das suas melhores experiências em televisão.“Identifiquei-me muito mais com a Lisa, foi uma per-

sonagem que me deu muito gozo fazer”, admitiu, emdeclarações à Viva. “Para além de ser a protagonistada novela, era, de certo modo, parecida comigo e viviintensamente os 12 meses durante os quais estiveem gravações”, acrescentou.

Além das séries, a modelo fez também várias pro-duções para revistas nacionais, incluindo a Maxmen,trabalho que considera igualmente exigente. “Todasas produções demoram, pelo menos, um dia, mas às

caminhos

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figura joana alvarenga

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figura joana alvarenga

desafio. “A convivência e o sorriso daquelas pessoasficarão guardados para sempre no meu coração”, as-segurou a modelo.

Reconhecimento e admiraçãodos jovens

Com a projeção adquirida sobretudo no meio televi-sivo, a atriz afirma ter consciência de que os maisnovos podem, eventualmente, considera-la um mode-lo a seguir. “Penso que os miúdos querem, cada vezmais, seguir estilos de vida e o visual das persona-gens que vêem”. Idolatram-nos e consideram-nos umexemplo”, constatou. Assim sendo, para a jovem, tor-na-se fundamental que os pais expliquem aos filhos adiferença entre a realidade e a ficção. “Os progenito-res têm um papel fundamental na educação dos miú-dos, devem informá-los constantemente que aquiloque vêem é simplesmente pura ficção e que a realida-de é bem diferente”, notou. “É óbvio que algumasséries são baseadas em factos reais mas, a maiorparte delas, mostra coisas a não seguir e aí é que estáa emoção e o drama da história”, defendeu.

Apesar da admiração que suscita no público, JoanaAlvarenga sente-se “uma pessoa normalíssima, sóque com a vida mais exposta do que o normal”, situ-ação que afirma ter de aceitar devido à profissão que

escolheu. Aos que anseiam construir uma carreira naárea da representação, a jovem deixa um conselho:“em primeiro lugar estudem e tenham uma profissãoparalela porque a vida de um ator, por vezes, é muitoingrata e não garante rigorosamente nada”. “Se que-rem mesmo ser atores lutem por isso, não desistam econtinuem a acreditar que serão capazes. A persistên-cia e paciência são muito importantes para triunfar-mos nesta vida”, concluiu.

“Rocky Point Lounge”,um dos recentes projetos da atriz

Joana Alvarenga inaugurou recentemente, com onamorado, o bar Rocky Point Lounge, na praia de Vala-dares, em Vila Nova de Gaia. De acordo com a mode-lo, o negócio “está a correr muito bem”, embora otempo não esteja a ajudar. “É um projeto ao qualdediquei muito do meu tempo e que é muito a minhacara. As críticas não podiam ser mais positivas”,garantiu a jovem, cuja máxima de vida continua a sera de “lutar sempre” por aquilo em que acredita.

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e um sabores

Entre passeios pelas mais belaspaisagens, visitas a museus,

locais históricos e momentos derelaxamento em modernas

instalações, há uma mão cheia desegredos gastronómicos que a

Galiza pretende desvendar.

Galiza de mil

galizadestinos

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galizadestinos

Com a chegada da estação fria, o desafio passapor fechar os olhos e desfrutar da sensualidade dopaladar. O programa “Vive Galicia 2011”, que temmais de cem segredos para revelar aos visitantes -em forma de pacotes turísticos - preparou um co-cktail com todos os ingredientes necessários a al-guns momentos de relaxamento especificamentepensados para a região da Galiza.

A busca de sabores e aromas excitantes, servi-dos com vinhos das mais finas texturas, é a pro-

posta do “Turismo Gastronómico e Enoturismo”, umdos pacotes que promete proporcionar experiênciasmemoráveis aos turistas.

Segredos da cozinha galega

Na busca pela perfeição de sabores, a cozinhagalega conseguiu assumir um papel de destaque nagastronomia espanhola, concedendo novas formasaos paladares de sempre. Cada visitante pode, ago-ra, apreciar os truques das mais diversas especia-lidades pela mão dos próprios cozinheiros.

O “Vive Galicia 2011” traçou um conjunto derotas através das quais é possível conhecer as pai-sagens e saborear os pratos tradicionais, desde omarisco da costa aos cozidos do interior. Aindaassim, o desafio colocado aos visitantes vai maislonge, permitindo que se transformem em “chefespor um dia” nas oficinas de cozinha.

O pacote dedicado à gastronomia engloba pas-seios rurais, onde é possível conhecer pequenaspovoações e a sua arquitetura tradicional, travessi-as de barco, com degustação de vinho, excursões aSantiago de Compostela e visitas a museus.

Vinho, diversão e cultura

Conhecer os segredos dos enólogos, através devisitas às mais conhecidas adegas e vinhas, é ou-tra das formas de viver a Galiza. Um dos pontos dereferência será o Mosteiro de “San Clodio”, situa-do no coração de Ourense, que foi considerado oprimeiro Hotel Monumento da região galega. Hojecompletamente restaurado, o espaço, que remontaao século XII, dispõe de instalações que conjugamespiritualidade e modernidade.

O programa propõe ainda uma visita às adegasda Ribeira Sacra, circuitos termais e passeios ro-mânticos por paisagens que contam histórias.

Mais 50 ofertas do que em 2010

Este ano, o “Vive Galicia” aprimorou as suassugestões, aumentando o número de ofertas em re-lação ao ano passado. Hoje, os visitantes têm àsua disposição mais de cem pacotes turísticos di-vididos em oito categorias: Caminho de Santiago eSantuário; Turismo Náutico e Marítimo; TurismoRural a Ativo; Turismo de Saúde; Gastronómico eEnoturismo; Turismo de Golfe; Turismo Acessível eUrbano. O programa, integrado nas comemoraçõesdo 8.º Centenário da Consagração da Catedral deSantiago de Compostela, visa tirar partido das ca-raterísticas rurais, marítimas, fluviais e históricasda Galiza, sempre com o toque mágico dos saborese aromas da região.

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porto canal

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televisão

Porto Canal pincelado de azul e branco

Um acordo de concessão assinado entreo FC Porto e a empresa Mediapro,

proprietária do Porto Canal, assinalou aunião entre as duas entidades, cujo

objetivo comum é o de gerar uma maiorvisibilidade da região Norte e de todas assuas potencialidades ao resto do país. De

acordo com Domingos de Andrade,o novo diretor de programaçãoe de informação do canal, esteaproxima-se de uma nova era.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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Domingos de Andra-de, 41 anos, foi jor-nalista e chefe de re-dação no “Jornal deNotícias”. Em 2008 foiconvidado para cola-borar na implementa-ção da área multimé-dia da Lusa e gerir asecção «Sociedade».Posteriormente pas-sou a diretor-adjunto

de Informação da agencia noticiosa.Este ano foi convidado pelo FC Por to para di-retor de informação do Por to Canal, onde inte-gra o novo projeto que considera “um desafioem termos profissionais”. Domingos de Andra-de também dá aulas na Universidade Católicadesde 2005.

O primeiro dia de agosto marcou uma nova etapano percurso do Porto Canal, agora sob a gestão doFC Porto, que o tornará mais “irreverente” e “incó-modo” no que diz respeito à programação desporti-va. “A forma inteligente como o FC Porto entrou nocanal, que é também ele, um símbolo da região, vaigerar uma verdadeira revolução na visibilidade daregião Norte, até aqui pouco explorada pelos me-dia”, garante Domingos de Andrade, salientandoque é um projeto ambicioso, para além de um gran-de desafio em termos profissionais.

De acordo com o jornalista, a gestão do PortoCanal vai consistir em dois grandes “pilares” - ainformação e programação não desportiva, por umlado, e a desportiva por outro. O arranque ficoumarcado pela introdução na grelha de novos progra-mas, ligados sobretudo ao desporto - «Flash Porto»e «Somos Porto» - que abriram caminho à segundafase de remodelação, iniciada já em setembro. Fo-ram, então, incrementados os espaços FC Porto eserá, ainda, dada mais visibilidade às modalida-des, que não o futebol, com a programação despor-

tiva a ser dirigida por Rui Cerqueira. Ao mesmotempo, a programação generalista vai sofrer tam-bém alterações profundas com a criação de novos

programas, remodelação de formatos já existentese um enfoque na informação.

O ano da transformação

As grandes transformações a operar no canalvão acontecer de forma gradual, sendo que a “re-volução” mais acentuada está agendada para oinício de 2012. Com a 2ª fase já em curso, ondese deram algumas “alterações” no domínio infor-mativo, espera-se uma “nova era” no canal, debraço dado com o FC Porto. “Foram introduzidosnovos blocos noticiosos e há ainda muita coisa amudar, sobretudo no que toca a condições técni-cas que já estão em desenvolvimento”, referiu odiretor, salientando a criação de um amplo espa-ço para a redação, que estará também equipadacom modernos sistemas de digitalização, bemcomo a remodelação dos estúdios, da reggie e doespaço de caraterização.

Delegações são para manter

As delegações já existentes (Guimarães, AltoMinho, Trás-os-Montes, Douro e Tâmega) são, deacordo com o novo diretor, para manter sendoque está programada ainda a abertura de umanova em Lisboa. “Este será um canal da regiãoNorte para o resto do país e não ficará editorial-mente circunscrito às suas fronteiras territoriais”,assegura.

«Testemunho Direto»Todas as quintas-feiras, entre as 22h00 e as 23h00. Programa de repor tagem sobre as grandes ques-tões sociais que afetam a região Nor te, seguida de debate com convidados em direto no estúdio.

«Azul e Branco»Às sextas, entre as 22h00 e as 23h00, este novo programa do Por to Canal dá conta da atualidadedespor tiva dos azuis e brancos. Constituído de repor tagem, seguida de debate de antevisão da próximajornada, traz diversos convidados de relevo a estúdio.

Diariamente haverá «Flash Noticioso», entre as 19h00 e as 20h00, seguido das sínteses «Flash Por to»,e a par tir das 21h00 o «Jornal do Nor te» que recorda os principais temas informativos e que conta coma presença de diversos comentadores reconhecidos na região e no país. Destaque ainda para um reforçona transmissão das diversas modalidades do clube azul e branco, principalmente durante os fins desemana.

Novidades na programação

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momentos

ArtesanatoContemporâneo

A Festa de S. João, no Largo de S.Domingos, é jáuma tradição. Organizada por Paula e Paulo Lobo,da Lobo Taste, em colaboração com os restaurantesdo Largo, é a festa mais divertida da Invicta, ondenão faltam as tradicionais sardinhas, caldo verde,a música do Paulo e muita animação. Sempre sob o

1 – Decoração2 – Génova e Doralice3 – Paulo Lobo animador da noite4 – Paula Lobo5 – Luís Teotónio Pereira e amigo6 – Batata Cerqueira Gomes e Paula Lobo7 – Kikas Lobo e Rita Lopes8 – Ambiente de S. João9 – Decoração

Lobo Taste

gosto e a égide da Lobo Taste, este projeto assumeo compromisso de recuperar, reinterpretar e inovarpeças materiais e estilos de artes e ofícios. O ob-jetivo é o de traduzir para os nossos dias, os arte-sãos, as formas e os modos do fazer que, no decor-rer dos tempos, se foram esvanecendo eextinguindo ou ainda, apresentar novas formas depensar e trabalhar o artesanato.

momentos

Largo de S. Domingos 20 – Telf: 22 2017102

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1 – Fachada2 – Pedro Pimenta e Xaninho Pereira3 – Sala de jantar4 – Marta Pinto Hespanhol5 – Marco Godinho de Almeida e João Cavaca6 – Inês Pinto Leite, Jorge Lapa e Leonarda Araújo

Espaço

A Taberna do Bonjardim, situada na rua do Bon-jardim a escassos metros do Teatro Rivoli, é umespaço cosmopolita onde se pode saborear, emambiente intimista, iguarias portuguesas e vinhosde várias regiões, ao som de Serge Gainsbourg ouMiles Davies. A carta é eclética e a principal pre-ocupação é o recurso a ingredientes genuínos enaturais.

cosmopolita

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O Tea Point, de Patrícia Melo e Susana Macedo, é maisum espaço cosmopolita e encantador no Largo de S. Do-mingos. Em ambiente de biblioteca de clube inglês, mui-tas são as pessoas que lá almoçam e se deixam ficar pelatarde dentro a ler, a trabalhar ou simplesmente a tomar cháao som de uma boa música.

O jantar tem vindo a ganhar um papel relevante nesteespaço, quer devido à animação do emblemático Largo deS. Domingos, bem como pelos sabores irreverentes e boamúsica que garantem noites bem passadas.

Tea Point

1 – Teresa Seara Cardoso, Carlos Carreiro, Ricardo Seara e Patrícia Melo2 – Sara Gavela, Vicky Encinas e Paquita Belalcazar3 – Ricardo Seara e Patrícia Melo4 – Teresa Seara Cardoso e Carlos Carreiro5 – Paulo Valença e Tony6 – Rui e Patrícia Melo7 – Paulo P. Guedes e Joana Campos8 – Isabel Valada e Nininha Espregueira Mendes

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momentos

Restaurante Traça1 – Paulo Samagaio, João Pedro Pinho da Costa e João Osório Pinto

2 – Fernando Ferrão, Francesco Annarumma e Pedro Santos3 – Paulo Mendes e Luís Correia de Almeida

4 – Paulo Lobo, Paulo Cruz e mulher5 – Bárbara Osório, Cami Neves e Maria João Malheiro

6 – Filipe Pinto da Cruz, Pauline e Miguel Matos7 – Sérgio Queiroz, Alessandra Vitorello, Batata e Raquel Cerqueira Gomes e

Xico Miranda

O Traça é um restaurante da moda. São muitas as caras conhecidasque por lá passam diariamente. Situado no emblemático Largo de S.Domingos, ocupa o rés do chão de um prédio antigo e traduz algumasdas vivências dos seus proprietários, cuja principal preocupação é ade manter o espírito do “Porto Antigo”, espaço onde se integra. Acozinha é de inspiração marcadamente ibérica e tradicional, revelandouma seleção criteriosa dos produtos que utiliza e uma originalidadenas suas diversificadas propostas.

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praça do infantememórias

ao «Navegador»

O terreno onde está situada aPraça do Infante D. Henrique

pertencia à cerca do conventode S. Domingos. Adquirido pelaAssociação Comercial do Porto,

com o intuito de urbanizar aárea em frente ao Palácio daBolsa, sede da associação, foi

entregue à autarquia para queprocedesse ao seu

embelezamento. A praça foibatizada com o nome do

Infante D. Henrique, como umahomenagem da cidade que o

viu nascer.

As ruas da Bolsa e de Ferreira Borges e a aberturadas Ruas de Mouzinho da Silveira (1875) e Novada Alfândega (1871-75) delimitaram a praça queestá rodeada por edifícios de grande monumentali-dade como o Mercado Ferreira Borges, Palácio da

Texto: Marta Almeida CarvalhoFoto: Virgínia Ferreira

Norte de África, junto ao estreito de Gibraltar. Acidade foi conquistada em Agosto de 1415, sendoque o Infante foi distinguido na batalha e armadocavaleiro, abrindo-se, assim, caminho para as des-cobertas marítimas de Portugal. Fundador da Escolade Sagres, que constitui um dos grandes mitos dahistória portuguesa, o Infante morreu, em 1460,nessa localidade. Um século depois da sua morte,Luís de Camões apelidou-o, juntamente com seusirmãos D. Duarte, D. Pedro e D. Fernando, de «Ín-clita Geração».

Tributo

Bolsa, Igreja de S. Francisco e Instituto do Vinho doPorto, edifício que albergava o antigo Banco Co-mercial do Porto. No centro encontra-se a estátua

do Infante D. Henrique, da autoria do escultor To-más Costa, cuja cerimónia solene do lançamentoda primeira pedra contou com a presença do rei D.Carlos. Foi fundida em Paris e inaugurada no ano de1900.

O Infante D. Henrique, a quem foi dado o cogno-me de «O Navegador», nasceu no Porto a 4 de Mar-ço de 1394, tendo sido o quinto filho de D. João I,fundador da Dinastia de Aviz, e de Dona Filipa deLencastre. Em 1414, convenceu o pai a empreendera campanha de conquista de Ceuta, na costa do

praça do infantememórias

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cin

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iniciativas

Pela proteçãodos bombeiros

Pelo terceiro ano consecutivo, a CIN e a Liga dosBombeiros Portugueses voltam a unir esforços nocombate aos fogos. “Proteja a sua madeira. Protejaos nossos bombeiros” é o mote da edição 2011 dacampanha CIN Woodtec, que tem como objetivo aju-dar a equipar as corporações de bombeiros voluntá-rios de Portugal para melhor proteger a floresta, umrecurso essencial à vida.

Nesta campanha, por cada litro de CIN Woo-dtec (uma gama que apresenta diversas solu-ções para a proteção e decoração da madeira,em interior e exterior) adquirido, um euro reverteinteiramente a favor das corporações, mais con-cretamente na oferta de equipamentos de prote-ção individual dos bombeiros – fire shelters (abri-gos florestais). Nos dois primeiros anos, a ini-ciativa revelou-se um sucesso. Em 2009 foramentregues 150 Fire Shelters e em 2010 angaria-ram-se verbas para a compra de mais 250, en-tregues a um total de 50 corporações de volun-tários dos 20 distritos de Portugal.

Esta ação conta com uma forte adesão dos con-sumidores, pelo que o número de fire sheltersoferecidos às corporações, de todas as regiões deNorte a Sul do país, têm vindo a aumentar subs-tancialmente de ano para ano.

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tripulações low-costum dia com

Adrenalina no ar

Depois de um avião descolar, os passageiros ficam «entregues»aos cuidados das tripulações que zelam pela sua comodidade no ar.Fomos saber como atuam as equipas das tripulações das companhiasaéreas denominadas de low-cost e de que forma desfrutamdo seu trabalho diário.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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tripulações low-costum dia com

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tripulações low-costum dia com

O aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, re-gistou, em julho, um aumento de 14,4 por cento nonúmero de passageiros, face ao mesmo mês de2010, servindo mais de 626 mil clientes e obtendoo melhor resultado de sempre, de acordo com dadosdivulgados pela ANA – Aeroportos de Portugal. Ocrescimento que o aeroporto tem conhecido na últi-ma década, e que já o tornou no terceiro melhor doMundo, trouxe diversas novas companhias aéreas,principalmente de low-cost, à cidade do Porto.

todas é permitido o transporte de bagagem de mãoaté 10 quilos sendo que os custos da bagagemcom capacidade superior são adicionais.

Diferenças entre low-cost e regulares

Ao contrário do que é habitual nas regulares, ospassageiros das low-cost não têm direito a cate-rings gratuitos, tendo de comprar toda a alimenta-ção de que queiram usufruir durante o voo: sandu-íches e bebidas. As companhias disponibilizam,no entanto, um vasto leque de opções que podemser adquiridas a preços razoáveis, bem como ascompras normais que se podem fazer durante qual-quer trajeto: perfumes, bebidas e outros produtosinternacionais. As tripulações estão encarregadasde toda a divulgação destes produtos e são poucosos momentos de pausa que têm durante os vôos.“Temos sempre algo para fazer. Zelar pela comodi-dade e bem-estar dos nossos clientes, passar oscarrinhos com as bebidas, ver se necessitam dealgo para comer ou comprar algum produto dos ca-tálogos”, refere Claudinice Gasparini, chefe de ca-bina. Um comissário da Ryanair utiliza o sentidode humor para descontrair os passageiros e tentamanter a boa disposição durante o voo. “Esperoque desfrutem da nossa viagem, no dia em que asprincipais notícias dão conta de que as notas de

Políticas low-cost

Responsáveis pelo transporte de milhares de pas-sageiros por ano, as low-cost têm recursos diferen-tes das companhias regulares e a sua forma deatuar é distinta, não sendo, contudo, descurado obem-estar do passageiro. “A comodidade do clienteé a nossa principal preocupação. Por isso falamossempre em cliente e não em passageiro, o que nosconfere uma maior proximidade”, refere HélèneAbraham, vice-presidente de Marketing e Produtoda Transavia. “Low cost, low fare with care” (tarifasbaixas e justas com segurança) é o lema da compa-nhia. Esta low-cost francesa, criada pelo grupo AirFrance/KLM e pela transavia.com Holanda, tem comoobjetivo oferecer voos regulares e não regulares apreços competitivos. Tendo iniciado a atividade emPortugal com o lançamento da ligação Paris-Porto,em maio de 2007, já transportou, entre esse ano e2011 cerca de 4,5 milhões de passageiros.

A Ryanair é a low-cost que oferece a maior vari-edade de destinos, muito embora apresente algu-mas diferenças relativamente a outras que atuam apartir do Sá Carneiro. Todas são low-cost, emboracom especificidades diferentes. Enquanto que nacompanhia irlandesa os voos não têm lugares mar-cados, na Transavia o check-in tem de ser presen-cial e não pode ser efetuado através de uma plata-forma online como na EasyJet ou na Ryanair. Em

matemática e português foram as mais baixas desempre. E neste momento estão vocês a pensar: oque é que isto tem a ver com a viagem?”, “Absolu-tamente nada”.

No ar

O vôo 3404 Ory-Opo - que fez a ligação Porto-Orly-Porto – da Transavia, durou cerca de duas horasnum percurso que se efetuou de forma calma e des-contraída. O trabalho da tripulação começa na rece-ção aos passageiros e no seu encaminhamento aoslugares. Depois de fechadas as portas e iniciada aebulição dos motores, começa «a dança» da tripula-ção. Enquanto o chefe de cabina dá as indicações aomicrofone, os restantes comissários de bordo fazemos gestos que explicam o procedimento em caso deacidente: saídas de emergência, coletes defletores,máscaras de oxigénio. Depois disso, é hora de todoscolocarem os cintos para a descolagem.

É então que entra em cena o comandante que deveinformar os passageiros de tudo o que acontece du-rante o voo. Depois de desejar a todos uma boa

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tripulações low-costum dia com

viagem, Franck Roc deu algumas indicações acer-ca do tempo de voo, condições atmosféricas e horaprevista de chegada ao destino. Acompanhado pelopiloto Benoit Toth, cabe à equipa do cockpit, atra-vés do acesso à mais moderna tecnologia, tornar aviagem o mais segura possível.

Claudinice Gasparini liderava a equipa da cabi-ne do voo 3404 Ory-Opo, sendo que a restantetripulação era constituída pelos comissários de bordoAreski Koudjih, Sonia Berrabah e Séverine Relea.Mal o avião estabiliza, começam por passar oscarrinhos da alimentação e bebidas. Depois segue-se uma alargada oferta de produtos que podem ser

adquiridos pelos passageiros como perfumes, be-bidas, lembranças, entre outros. Todos os alimen-tos são previamente acondicionados e prontos aserem servidos mas cabe à tripulação aquecê-losse necessário. A partir daí, o seu trabalho é o deprestar toda a atenção às necessidades dos passa-geiros. Chegados ao destino, e depois de cumpri-das as formalidades, resta desejar a todos umaexcelente estadia. Mas a tripulação regressa. Nomesmo avião e com o mesmo procedimento.

Única companhia low-cost para o Funchal

A Transavia é a única low-cost a voar para o Fun-chal e, até setembro, realizou perto de meia centenade voos suplementares para Madeira e Paris, a partirdo aeroporto Francisco Sá Carneiro. Com este reforçodas ligações, a companhia aérea pretendeu responderao aumento da procura registada durante a época altado Verão. No início do mês de julho, a Transavia haviajá reforçado a oferta com o lançamento de 60 voosadicionais, efetuados às terças, sextas e domingos.Para responder ao aumento da procura durante o verão,a companhia aérea disponibilizou viagens extra de epara a Invicta.

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muuda

O MUUDA tem, desde março de 2006, um espa-ço aberto na rua do Rosário, no Porto. Integrado noCircuito Cultural de Miguel Bombarda, tem vindoa apresentar exposições e intervenções de pintura,fotografia, ilustração, escultura, street art e mediapromovendo ativamente o trabalho de novosartistas e cumprindo, desde sempre, o calendáriodas inaugurações coletivas. Integrando uma con-cept store, o MUUDA reúne peças de estilistase designers maioritariamente portugueses, emer-gentes e consagrados, que apresentam regularmen-te as suas coleções e dão a conhecer as propostas

MUUDA no circuito cultural

Mais proteção

OutubroDia 15 – Aconselhamento deImagem com Vera DeusDia 22 – Fotografia com AnaPereiraTambém em outubro, pode-

rá ainda inscrever-se em:Sushi com jantar, com Filipe Dams; Maquilha-gem, com Lucília Lara; Cozinha Inicial e Criati-va, com Renato Sát; Cozinha Vegetariana, comAnabela Correia; Gastronomia Molecular, comRenato Sá; Pintura para Crianças, com GraçaPaz; Chocolate, com Mestre Alex; Compotas,com António Almeida.

Ao efetuar mais de uma inscrição poderá con-tar com 10% de desconto.Informações e inscrições através dos [email protected] / 22 201 18 33 / 96 135 04 38.

Agenda de workshops MUUDA

de objetos e acessórios que desenvolvem. A pro-gramação do espaço abrange, ainda, eventoscomo lançamentos de livros, apresentações de pro-jetos, performances e uma agenda de workshops ecursos de diversos temas, sempre na ótica do con-ceito de interligação às artes, sabores e design.

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para motociclistas com um conceito inovador dealta visibilidade por incorporação de LEDS e umdemonstrador sobre materiais têxteis utilizados emcapacetes de motociclismo, entre outras atrações.

A Marcação CE assumiu um papel importante deentre as várias iniciativas desenvolvidas durante ocertame, nomeadamente a tertúlia sobre EPI queabordou as principais tendências de inovação des-te mercado e os principais fatores a ter em conta nacertificação destes produtos, com vista à Marca-ção CE.

Os EPI - equipamentosde proteção individual -foram o tema da edição do

Fórum Têxteis do Futuro (FTF) de 2011. Inserida noprojeto Portuguese Fashion News, esta gama devestuário e acessórios, sempre associada à utili-zação de materiais de alta performance, esteve nocentro do conceito desta edição, onde os visitantespuderam conhecer alguns dos prémios inovação docertame TechTextil/Avantex 2011, recentementeapresentado em Frankfurt, nomeadamente um fato

Decorreu, ainda, uma apresentação do Portugue-se Textile Innovation Cluster (PTIC) iniciativa dina-mizada pelo CITEVE, que lançou, durante o Fórum,um concurso de Ideias Inovadoras. Outro ponto altodesta edição foi o lançamento da 4.ª edição doDiretório de Têxteis Técnicos, disponibilizado aosvisitantes durante a feira. Como vem sendo habitu-al, a equipa de Design & Moda do CITEVE assegu-rou, em articulação com o programa do Fórum, aapresentação de novas tendências.

portuguese fashion news

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através dos tempos relógios de sol

no tempoOs relógios de sol medem

a passagem do tempo pelaobservação da posição do sol.

Existem, ainda, algunsexemplares espalhados pela

cidade do Porto e áreametropolitana, apesar

da informação sobre eles serescassa. A seguir ficam alguns

exemplos destes belos e originaismarcadores do tempo.

Os exemplares mais comuns dos relógios de solsão constituídos por superfícies planas que servemcomo mostrador, onde estão marcadas linhas queindicam as horas, e por um pino ou placa, cujasombra projetada sobre o mostrador funciona comoum ponteiro das horas nos relógios comuns.À medida que a posição do sol varia, a sombradesloca-se pela superfície do mostrador, passandopelas linhas que indicam as horas. Também exis-tem relógios de sol mais complexos, com mostra-dores inclinados ou curvos. Estas estruturas nor-malmente mostram a hora solar aparente mas, compequenas alterações, podem ainda indicar a horapadrão no fuso horário em que o relógio está geo-graficamente localizado.

Origem dos relógios solaresOrigem dos relógios solaresOrigem dos relógios solaresOrigem dos relógios solaresOrigem dos relógios solares

O homem primitivo usava a sua própria sombrapara estimar as horas, ato denominado de som-bras moventes. Depois percebeu que, através deuma vareta fincada no chão, na posição vertical,

Marcas

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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através dos tempos relógios de sol

poderia obter os mesmos resultados. Foi assimque apareceu o primeiro relógio de sol, o famosoGnômon. Ao amanhecer a sombra era longa, aomeio dia reduzia-se ao seu tamanho mínimo e aoentardecer volta a alongar-se. Também os egípci-os perceberam que o sol provocava a sombra dosobjetos e que, ao longo do dia, o tamanho destassombras era variável.

Alguns exemplos no PortoAlguns exemplos no PortoAlguns exemplos no PortoAlguns exemplos no PortoAlguns exemplos no Porto

Os relógios de sol ainda estão presentes em al-guns templos religiosos do Grande Porto. Classifi-cado como monumento nacional, o Mosteiro de Leçado Balio é um exemplar da arquitectura religiosafortificada. De origem medieval é considerado umdos melhores exemplares arquitectónicos da tran-sição do estilo românico para o gótico. Com origemanterior ao século X, foi já no século XII a primeiracasa mãe dos Cavaleiros Hospitalários da Ordemde Malta, a primeira ordem militar em Portugal. Foi

festividades em honra do Senhor de Matosinhos.Este templo, totalmente renovado no século XVIII,é de estilo barroco e uma das várias obras do

reedificado no século XIV, segundo o modelo dasigrejas fortaleza e do mosteiro resta apenas a igre-ja, de planta cruciforme, ladeada por uma alta torrequadrangular, dando-lhe um aspecto de verdadeirafortaleza militar, cuja fachada é de estilo gótico.Aqui foi celebrado o matrimónio do rei D. Fernandocom D. Leonor Teles. Posteriormente, no contextoda Crise de 1383-1385, ali esteve o CondestávelNuno Álvares Pereira, em 1385, no início da jorna-da que lhe deu a posse do Castelo de Neiva e deoutras localidades na região. Na década de 1930foi efetuada uma obra de restauro de todo o monu-mento pela Direcção Geral dos Monumentos Histó-ricos e em 1996, o mosteiro foi palco de obras debeneficiação suportadas pela Unicer, ao abrigo daLei do Mecenato. Um relógio de sol ergue-se, im-ponente, numa das paredes exteriores do Mosteiro,onde terá sido colocado em finais do século XIX.

A Igreja do Senhor Bom Jesus ou Igreja Matrizde Matosinhos permanece até aos nossos diascomo destino de peregrinação, lugar de romaria e

arquiteto italiano Nicolau Nasoni. O interior exibealguns dos melhores retábulos do barroco norte-nho. A construção da igreja foi iniciada em 1743e foi erigida graças a generosas e abundantes ofer-tas prometidas pelos emigrantes que faziam fortu-na no Brasil e aos “ex-votos” da gente do mar nasaflições que sofriam em trabalho.

Esta igreja, para além de um órgão histórico,construído em 1685, que se destinava ao Mostei-ro dos Lóis, no Porto, mantém, ainda, um exemplarde um relógio de sol datado de 1890. A IgrejaMatriz de Paranhos tem a primeira referência do-cumental em 1123 mas é pouca a informação quesubsistiu desse período. Terá sido uma igreja emestilo românico, semelhante a tantas outras, masdesconhece-se a data de construção, sabendo-se,apenas, que foi reconstruída em 1845, muito pro-vavelmente devido ao facto da freguesia ter sidoum campo de batalha estratégico durante as Inva-sões Francesas e as Lutas Liberais.

A fachada é ladeada por duas torres sineiras,sendo que uma delas data do século XIX e a outrafoi construída em 1946, época em que ficou com aconfiguração atual. Cada uma tem um relógio: ummecânico (1857), o outro é um dos vários relógiosde sol (1878) que existiam na cidade.

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águas do portopraias

de excelência

Desde 2007, e pelo quinto ano consecutivo, as praias da cidade do Portotêm vindo a cumprir todos os critérios que lhes conferem a qualidade a

que já habituaram os portuenses. As zonas balneares do Homem doLeme, Gondarém e Foz voltaram a hastear a Bandeira Azul. O Porto é

uma das poucas cidades com toda a frente marítima classificada,oficialmente, como zona balnear. Mas nem sempre foi assim.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

Nesta época balnear, e depois do historial deinterdições que perdurou até 2006, as águas bal-neares do Porto atingiram elevados níveis de qua-

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: AP

aumento da biodiversidade da fauna e flora marí-timas. “O regresso das estrelas do mar, robalos,ouriços do mar e outras espécies é um indicadorclaro da boa qualidade da água”, sublinha.

Requalificação profunda

A Águas do Porto tem vindo também a centrar osseus esforços no reordenamento e requalificação dasáreas envolventes às zonas balneares. As intervençõeslevadas a cabo incluem a construção e reabilitação deacessos, colocação de mobiliário urbano, estrados,chuveiros e bebedouros, prolongamento da ciclovia,limpeza profunda dos areais e a realização de ativida-des de educação ambiental. Como consequência, afrente marítima do Porto tem vindo a registar um acrés-cimo de banhistas, nomeadamente crianças dos infan-tários e escolas da cidade. Poças Martins salienta queas praias portuenses são, agora, de grande qualidademas nem sempre foi assim. “Ainda há cinco anos,havia um elevado grau de poluição na água e na areia,os acessos eram maus e as pessoas evitavam estaszonas balneares”, recorda, salientando que “agora aspessoas olham para as praias com confiança”.

De acordo com o responsável, a Bandeira Azul,o galardão máximo de excelência, é para “manterem 2012”. Um dos principais objetivos é a me-lhoria da qualidade da água da zona balnear doCastelo do Queijo, a única que ainda não ostentaBandeira Azul, e a designação oficial da Praia In-ternacional, junto ao Edifício Transparente, comoágua balnear. Para o efeito, a Águas do Porto refor-çou a monitorização da ribeira da Riguinha e rea-lizou um plano de amostragens, semanal, ao largodo Castelo do Queijo e na Praia Internacional, ava-liando o impacto dessa ribeira e do rio Leça.

As ações de combate à despoluição das ribei-ras da cidade, nomeadamente a interceção deáguas pluviais poluídas durante os períodos deestiagem, a ligação à rede de saneamento de ca-sas ainda não ligadas ou ligadas à rede de águaspluviais e a monitorização permanente de esta-ções elevatórias e intercetores, com capacidadede resposta imediata às avarias, são os principaisfatores que contribuíram para a crescente melho-ria da qualidade da água.

De acordo com Joaquim Poças Martins, daÁguas do Porto, estas medidas contribuíram para o

lidade. A Bandeira Azul foi hasteada nas zonasbalneares do Homem do Leme, Gondarém e Foz,atestando não só a sua qualidade como a das in-fraestruturas de apoio das sete praias urbanasabrangidas.

Cinco anos

águas do porto

Evolução da qualidade da água– zona balnear de Gondarém

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desporto kitesurf

Aventuras

O kitesurf é um desporto de água que se pratica com uma pranchae um papagaio de tração. Envolve várias disciplinas – Ondas, Free

Style e Race - e tem vindo a ganhar um número crescente de adeptosem Portugal, transformando as “kitebeach” em spots coloridos.

acrobáticasTexto: Marta Almeida Carvalho

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desporto kitesurf

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desporto kitesurf

Kitesurf, ou kiteboarding, é um desporto aquá-tico que utiliza um papagaio de tração e umaprancha como estrutura de suporte para os pés. Opapagaio, ou pipa, é preso à cintura e o impulsopara que a prancha se desloque é dado pelo ventoque o atinge. O controlo do impulso é feito atra-vés de uma barra e, assim, consegue-se esco-lher o trajeto adequado e realizar saltos acrobá-ticos. É um desporto relativamente recente quetem vindo a ganhar adeptos em Portugal na últi-

ma década. O nome resulta da junção de duaspalavras inglesas: “Kite”, que significa papa-gaio e “Surf”, do verbo inglês “to surf”, que sig-nifica “navegar”. A costa portuguesa, onde exis-tem diversos “spots” para a prática da modali-dade, é propícia à prática do kitesurf embora aspraias do Porto sejam um pouco rochosas e im-ponham alguns obstáculos à modalidade. Maio ejunho são os meses mais ventosos e os preferi-dos para a prática do kitesurf.

Várias disciplinas

O kitesurf pode ser praticado em mar flat ou comondas e é constituído por diversas disciplinas detrês tipos: Ondas, onde se praticam as acrobaciasaéreas, Free Style, que engloba manobras aéreas, eRace. Esta já requer uma boa dose de técnica e deestratégia, já que é composta por regatas, e vaipassar a ser modalidade olímpica em 2016. É umdesporto de fácil aprendizagem, uma vez que a tra-

ção é maior do que a de qualquer outro desporto deprancha. O “Clube Nortada Aventura”, na Murtosa,foi o primeiro clube certificado de kitesurf no país.Adriano Coutinho, 43 anos, é um atleta da modali-dade que conquistou, recentemente, o título de ve-teranos numa prova de Race sendo, também um dosinstrutores da escola de kitesurf do clube. “Estamodalidade tem vindo a ganhar adeptos em Portugale, curiosamente, muitas mulheres”, refere. Já par-ticipou em diversas provas internacionais e nacio-nais e como profissional alerta para alguma perigo-sidade na sua prática. “É fundamental a frequênciade um curso para praticar o kitesurf. Ser autodidatapode levar à morte”, alerta. Apesar de toda a adre-nalina e sensação de liberdade que este deportoproporciona, o atleta sublinha que o material aindaé caro, há falta de certificações quer de treinado-res, quer de escolas e que não existe uma federaçãopara a modalidade, estando ainda integrada na daVela.

Spots

As “kitebeach” são spots criados para a práticado kitesurf e estão espalhadas um pouco por toda acosta com destaque para Viana do Castelo, Espo-sende, Murtosa (Ria de Aveiro), Figueira da Foz eCosta da Caparica. No distrito do Porto só a praiade Matosinhos Sul é propícia à prática da modali-dade, que necessita de vento térmico. Portugal eEspanha são países onde o kitesurf se pode fazerdurante todo o ano porque ambos possuem costasventosas.

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porto vivo, sru

Programa de realojamentodo Morro da Sé

Integrado no Programa de Reabilitação Urbana doMorro da Sé, está em curso um programa de realo-jamento habitacional que surgiu devido à necessi-

Integrados na Reabilitação Urbanalevada a cabo pela Porto Vivo, SRU

na cidade do Porto, os programas dereabilitação urbana do Morro da Sé e

do Eixo Mouzinho-Floresrepresentam importantes contributospara a requalificação e revitalização

do Centro Histórico portuense.

sociação Porto Digital e uma empresa privada, aTRENMO.

O Programa de Reabilitação Urbana do Eixo Mouzi-nho-Flores tem como objetivo específico a recriaçãode um melhor espaço de acolhimento a visitantes eturistas, uma vez que se trata do eixo de ligação daBaixa à Ribeira e de uma área de forte potencial decomércio. Desta forma, a operação mais visível doprograma é a Requalificação do Espaço Público, atra-vés da melhoria das condições para o uso pedonal,regulação da circulação automóvel e estacionamen-to. Importante também é a intervenção a realizar noMuseu de Arte Sacra da Santa Casa da Misericórdia -a criação do Espaço do Vinho do Porto na antiga Casada Companhia e a realização das Feiras Francas nocontexto do Palácio das Artes. A intervenção atinge15 quarteirões e 421 parcelas das quais 45% estãoem MAU ESTADO, 20% estão DEVOLUTAS e apenas40% estão PARCIALMENTE OCUPADAS. Todas estasoperações, a par da reabilitação e re-habitação doedificado, irão contribuir para transformar de novo esteespaço numa zona viva da cidade.

Co-financiamento

concluídos e aprovados pelas diversas instâncias,designadamente o Instituto de Gestão do PatrimónioArquitectónico e Arqueológico (IGESPAR). Nestemomento está em curso a realização dos Projetosde Execução e de Especialidades, bem como demo-lições, limpezas e sondagens arqueológicas neces-sárias, dada a localização e o valor dos edifícios. Ointuito é o de criar fogos para arrendamento social,confortáveis, eficientes em termos energéticos ecom acesso a sistemas de telecomunicações atu-ais, sem desgarrar nunca este objetivo do de inter-vir a custos controlados e de forma sustentável.Este programa da Porto Vivo, SRU, que terá um in-vestimento na ordem dos cinco milhões de euros,conta com um financiamento do Banco Europeu deInvestimentos (BEI), decorrente do contrato cele-brado entre a Porto Vivo, SRU e o Instituto da Habi-tação e Reabilitação Urbana e deste Instituto com oBEI. O início das empreitadas de reabilitação estáprevisto para o início de 2012.

Programa de Reabilitação Urbanado Eixo Mouzinho-Flores

O Programa de Reabilitação Urbana do Eixo Mou-zinho-Flores é mais um contributo para a reabilita-ção e revitalização do Centro Histórico do PortoPatrimónio da Humanidade, sendo uma das suas 10ações integradas. O Programa atinge, no âmbito doinvestimento público e privado, cerca de 85 mi-lhões de euros, dos quais 15 são responsabilidadedas entidades que estabeleceram uma parceria, com-participada pelo Quadro de Referência EstratégicoNacional (QREN) em cerca de 45 por cento destemontante; os restantes 70 milhões de euros estãodiretamente ligados à reabilitação do edificado pri-vado a empreender pelos respetivos proprietários.Os parceiros da intervenção de cariz público são aCâmara Municipal do Porto, a Porto Vivo, SRU, SantaCasa da Misericórdia, Fundação da Juventude, As-

Reabilitaçãourbana em curso

dade de realojar famílias que foram temporariamentedeslocalizadas para urbanizações sociais do muni-cípio, em virtude da necessidade de libertação deedifícios que serão reconvertidos na Residência deEstudantes e na Unidade de Alojamento Turístico doMorro da Sé, assim como outras famílias cujascondições atuais de habitabilidade são claramentedeficitárias. O Programa de Realojamento vai per-mitir libertar 29 edifícios do estado de ruína, queocupam um total de cerca de 8.000 metros quadra-dos de terreno e cuja presença atual no tecido urba-no do Morro da Sé é mais um forte contributo para aimagem degradada deste território. O Programa per-mite gerar 71 fogos – 8 T0, 32 T1, 24 T2 e 7 T3.Os projetos de arquitectura, em grande parte reali-zados pela equipa da Porto Vivo, SRU, estão todos

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porto�����

A muralha infunde em nós uma doce tristeza eu-ropeia, um orgulho de atividade, um desenho depompas escravas, um sonho económico e uma im-praticável fé de liberdade.

Agustina Bessa-Luís

porto�����

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porto�����

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águas do douro e paivaambiente

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A atuar no seio da comunidade educativa desde o anoletivo 2004/05, a empresa Águas do Douro e Paiva temconseguido reunir miúdos e as diferentes comunidadesescolares da sua área de influência (20 municípios) natarefa de lutar pelo bem estar do meio ambiente.

Ainda com o sorriso das crianças bem presente namemória, a empresa Águas do Douro e Paiva (AdDP)voltará a apostar no Programa Integrado de EducaçãoAmbiental (PIEA) – A Água e os Nossos Rios – Projeto“Mil Escolas”.

Terminado mais um ciclo de atividades e palestras,que envolveram alunos e professores na descobertada importância de preservar os recursos hídricos, aentidade está a preparar o arranque da oitava edição,que promete chegar com novas ações educativas. Aformação certificada dos professores, promovida nasequência da colaboração do Centro de Formação Jú-lio Resende com a AdDP, continuará a ser uma dasapostas da empresa. “A grande novidade do ciclo le-

Lançado em outubro de 2008, o Por tal da Água da AdDPfunciona como “um espelho” do Projeto “Mil Escolas”,ilustrando todas as atividades realizadas com as diver-sas escolas envolvidas. O espaço na internet, que apre-senta uma área inteiramente dedicada a professores ealunos, já ultrapassou as 300 mil visitas e mereceu adistinção do 3.º lugar na área do “Melhor Sítio na Inter-net”, atribuída pela APDA. Na próxima edição do Projeto“Mil Escolas”, relativa aos anos letivos de 2011/12 e2012/13, a função do por tal será for talecida, numa ten-tativa de reduzir custos com publicações e, ao mesmotempo, fornecer informações sobre a preservação doambiente em geral e da água em par ticular, apelando aoseu uso racional.

Numa tentativa de bater o pé à crise, o novo ciclodo programa surgirá “adaptado à nova situação dopaís”. “O envolvimento financeiro vai ser reduzido, oque nos obrigará a diminuir também o número de es-colas inseridas”, adiantou o responsável, revelandoque o programa passará a abranger, no máximo, 15estabelecimentos escolares do 1.º e 2.º ciclos doensino público e privado. Apesar do “novo modelo”, oProjeto “Mil Escolas”, que mobilizou, desde 2004/05, cerca de 9400 alunos e 900 professores, envol-vendo cerca de 17500 pessoas nas várias palestrasrealizadas, chegará aos mais novos com a mesmaoferta educativa: ações lúdico-pedagógicas, palestrassobre preservação ambiental e saídas de campo, nasquais os alunos estudam um rio ou ribeiro próximo dasua localidade.

O administrador da AdDP lembrou ainda que, numperíodo marcado por cortes orçamentais, que poderãorestringir as atividades das crianças fora das salas de

Portal www.aguaonline.net com300 mil visitas em três anos

tivo que terminou foi a formação dos professores”,apontou Sérgio Hora Lopes, administrador da Águas doDouro e Paiva, garantindo que a estratégia, implemen-tada a partir de 2009, representou um “salto qualita-tivo” do projeto. “Queremos uma comunidade escolarconsciente da importância do ambiente e da sua pre-servação, por isso, vamos continuar a apostar na for-mação de professores e alunos”, acrescentou.

aula, a função do Projeto “Mil Escolas” sairá reforça-da. “Uma coisa é ver o que está no livro; outra éconseguir perceber os conceitos através da prática”,defendeu, explicando que um dos lemas do programa éo de “agir local”. “Levamos as crianças aos troços derio e, possivelmente, elas vão querer mostrá-los aospais. Esse é o nosso objetivo, queremos envolver acomunidade”, salientou Sérgio Hora Lopes, relembran-do que AdDP já tinha sido distinguida pela Política deEducação Ambiental em dois anos consecutivos (2007e 2009), com a atribuição de dois prémios, referentesao 1.º lugar, pela Associação Portuguesa de Distribui-ção e Drenagem de Águas (APDA).

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Cinda Miranda/Virgínia Ferreira

Formaçãoda consciênciae educação ambientais

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Aposta fortena reabilitação

Dinamizar o Centro Histórico do Porto, com ideias quepartem dos cidadãos, modernizar os museus municipais e

requalificar a habitação municipal são algumas dasapostas da Câmara do Porto que, a par da revitalização da

Baixa e do Centro Histórico, se encontram em execução.

«Manobras no Centro Históricodo Porto»

O programa “Manobras no Centro Histórico doPorto”, promovido pela Porto Lazer e co-financiadopelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional(FEDER), no âmbito da plataforma Porto 2.0, esten-de-se por dois anos [2011 e 2012] e incide sobreo património imaterial do Centro Histórico da cida-de, criando ideias e soluções nas mais diversasáreas, no sentido de dinamizar o coração da cidade.Sob o lema “Que Cidade é Esta? Que Cidade PodeSer Esta?”, o programa desencadeou, no primeiro

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Rui Meirelessemestre, um processo amplo e minucioso no qual

se envolveram centenas de cidadãos e dezenas deinstituições, que sugeriram ideias a desenvolverem diversos campos, tendo o Centro Histórico doPorto como objetivo principal e comum. VladimiroFeliz, vereador do Pelouro do Turismo Inovação eLazer, apresentou recentemente os desenvolvimen-tos deste processo participativo e coletivo de reve-lação, cruzamento e animação da dimensão imate-rial do Centro Histórico e todos os projetos queresultam da convocatória dirigida à cidade e aoscidadãos. Dinamismo, inovação, cultura e partici-pação são palavras de ordem.

Museus para pessoas

Modernizar, requalificar, aproximar. São estas aspalavras-chave dos Museus Municipais do Porto,que têm revelado resultados bastante satisfatórios.De acordo com Guilhermina Rego, vereadora dopelouro do Conhecimento e Coesão Social, houve“um aumento de 60 por cento no número de visitan-tes dos museus, nos primeiros sete meses do ano,e públicos novos que prometem voltar”. A melhoriada oferta exigiu modernas ferramentas de gestão nosentido de permitir uma utilização mais eficiente eeficaz dos recursos. A nova estratégia para os mu-

seus municipais, implementada em parceria com aKaizen, permite uma maior preparação destas es-truturas para desafios futuros. A autarquia, através

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Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Rui Meireles

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do programa Porto Cultura, tem apostado em proje-tos e materiais que vão ao encontro dos interessesdos cidadãos – música e debates, festas de aniver-sário, circuitos pedestres, visitas guiadas atravésde ecrãs táteis e novos roteiros de visita.

Reabilitação urbanae novas unidades hoteleiras

A reabilitação urbana é uma das grandes apostas daautarquia e uma das suas principais prioridades. Adinâmica de reabilitação da Baixa é já bem visível,quer em termos de investimento público quer priva-do. De acordo com Gonçalo Gonçalves, vereador doUrbanismo e Mobilidade os projetos em curso, e osprevistos para os próximos anos, permitirão dotar aBaixa de um conjunto de equipamentos de referênciaque irão desencadear um efeito de “arrastamento so-bre o investimento privado”. A crescente oferta dehotelaria e restauração corresponde ao reconhecimen-to pelos privados da atração da cidade como destinoturístico não apenas de lazer, mas também de negóci-os, cultura, ciência e gastronomia.

Depois da abertura do Intercontinental Paláciodas Cardosas surgem, agora, mais dois hotéis nocoração da Baixa. O primeiro, que será instalado noantigo “Águia de Ouro”, é uma unidade hoteleira deduas estrelas, com um total de cento e vinte ecinco quartos, cuja abertura está prevista para ou-tubro; o segundo, será o Hilton Garden Inn, um qua-tro estrelas a instalar na Trindade (Trindade DomusGallery). “Estes equipamentos são de vital impor-tância para a reabilitação de edifícios na Baixa por-tuense, bem como na atração de turistas e outros

visitantes” refere, salientando que permitem, ain-da, “dinamizar o comércio e serviços locais” econtribuir para “a valorização da envolvente e in-dução de novos investimentos, quer em termos dereabilitação do edificado quer de instalação de ou-tras atividades económicas”. O crescimento da ofer-ta hoteleira, que era quase insignificante na Baixa eCentro Histórico do Porto, permite uma adaptaçãoaos diferentes públicos que procuram o coração dacidade através da dinâmica de reabilitação urbana.A abertura de estabelecimentos com diversas clas-sificações e tipologias (hostel, alojamento local ehotéis) responde assim ao crescente afluxo de tu-ristas, fruto quer da acessibilidade gerada peloAeroporto Francisco Sá Carneiro quer da visibilida-de da cidade como Património da Humanidade.

Bairro do Aleixo e requalificaçãodo parque habitacional

A Câmara do Porto está a proceder à desocupaçãodo bairro do Aleixo. O processo, desenvolvido ao lon-go de cinco anos de modo progressivo e faseado, estáa ser realizado com o envolvimento direto das famíli-as que atualmente habitam no bairro. Aos moradoresque preenchem os requisitos para a ocupação de umahabitação social, são apresentadas casas adequadasàs suas necessidades, em locais identificados nassuas preferências, propondo-se, para o efeito, trêshabitações, sendo uma delas, preferencialmente, nafreguesia de origem. A solução encontrada para aca-bar com aquele que é o bairro mais problemático doPorto consistiu na criação de um Fundo Especial deInvestimento Imobiliário (FEII) tendo como ativo o pró-prio bairro, cujas unidades financeiras são subscritas,na sua grande maioria, por uma entidade privada, fi-

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cando o remanescente para a autarquia. De acordocom o modelo escolhido, o parceiro privado irá entre-gando à autarquia novas habitações construídas deraiz, bem como casas reabilitadas, dispersas em nú-cleos por diversas zonas da cidade. No final da opera-ção, todos os habitantes que tenham direito a habita-ção social estarão alojados no Parque Habitacional dacâmara. Construído na década de 70, o bairro do Alei-xo é composto por 5 torres, com 13 pisos cada, ondehabitam cerca de mil moradores. À medida que osedifícios forem desocupados, cabe à autarquia dispo-nibilizá-los para que o FEII proceda à execução dasobras de demolição. O bairro pertencerá por inteiro aoFEII, ao qual caberá demolir as torres devolutas e pro-ceder à requalificação da zona. “A reabilitação dahabitação social tem sido, na última década, uma dasprincipais preocupações da autarquia para uma maiorcoesão social”, garante Matilde Alves, vereadora daHabitação, salientando que os resultados das obrasprofundas de reabilitação realizadas em muitos dosedifícios habitacionais, contribuíram para uma signi-ficativa melhoria das condições de vida e de seguran-ça dos inquilinos municipais. “Desde 2002, a autar-quia portuense já requalificou, na sua totalidade, osbairros municipais de Vale Formoso, Duque de Salda-nha, Fernão de Magalhães, Outeiro, Regado, Carva-lhido, Pio XII, Francos, Carriçal, Campinas, Dr. NunoPinheiro Torres e Lordelo. Para além destes, a Câmara

do Porto tem vindo a intervir, faseadamente, nos bair-ros de Fonte da Moura, Rainha D. Leonor, Lagarteiro,Aldoar, S. Roque da Lameira, Contumil e Santa Luzia.As obras incluem a reabilitação das fachadas, comaplicação de isolamento térmico, substituição e ven-tilação das coberturas, novas portas, caixilharias emarquises, novas pinturas, colocação de marmoritenas zonas comuns, fecho das caixas de escadas e dasentradas, iluminação, colocação de intercomunicado-res e execução de novas infraestruturas elétricas etelefónicas entre outras.

No total, são mais de 12.800 os moradores be-neficiados pela intervenção da autarquia, num totalde 5.977 casas, distribuídas por 231 blocos habi-tacionais.

A par da intervenção no edificado, a CMP temtambém procedido ao melhoramento do espaço pú-blico envolvente, ao nível dos passeios e espaçosverdes. Alguns bairros sociais, como Pio XII, Con-tumil, Carriçal, Regado ou Outeiro, foram mesmoalvo de beneficiação profunda a nível urbanístico.O caso mais recente é o Bairro do Lagarteiro, cujastransformações contemplam novos arruamentos enovas infra-estruturas de saneamento, abastecimen-to de água e iluminação pública, entre outras. “Des-de 2002, já foram investidos mais de 141 milhõesde euros, estando orçamentado para este ano umaverba de cerca de 21,5 milhões”, sublinha.

Antes Obras em curso Projeto final

Avenida da Boavista

A requalificação da Avenida da Boavista pretende melhorar a fluidez rodoviária desta artéria, conferindo-lhe maior funcionalidade.

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Recantos da almapenafidelense

Situado no coração da cidade,o Museu Municipal de Penafiel,

reconhecido pela APOM comoMuseu do ano de Portugal,

apresenta aos visitantes,de forma interativa, um passado

eternizado em peçasde reconhecido valor histórico

para o concelho.

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Luís Ferreira Alves

Entre longos corredores e amplas salas, enrique-cidas por coleções de arqueologia e etnografia, hámil páginas de história que revelam o passado e opresente do povo penafidelense. Reaberto em mar-ço de 2009, o Museu Municipal de Penafiel repre-senta, para o presidente da câmara, Alberto Santos,um território de emoções cuja alma vibra dentro deum corpo arquitetónico singular”.

Os segredos da velha Arrifana, atual cidade dePenafiel, revelados por quem se aventura numa

Cinco salas, cinco mundos

Situado no palacete setecentista dos Pereira doLago – última grande obra do arquiteto FernandoTávora - o Museu Municipal de Penafiel dispõe decinco salas de exposição permanente e uma deexposições temporárias. Percorrer o espaço, situa-do no coração histórico da cidade, é testemunhar aaliança entre tradição e modernidade, apoiada pelopoder das novas tecnologias. O espólio da regiãodo Sousa e Tâmega já conquistou cerca de 45 milvisitantes, de diversas proveniências.

A Sala da Identidade é a primeira paragem obri-gatória do museu, retratando o percurso históricoda formação do concelho de Penafiel. A esculturaarticulada de S. Jorge, do século XVIII, é uma dasobras mais conhecidas da população. “Trata-se deuma das peças com maior simbolismo para os pe-nafidelenses, que a reconhecem da procissão doCorpo de Deus”, explicou Ana Leal, conservadorana entidade municipal. Na primeira sala também épossível admirar os documentos da formação doconcelho, que foi crescendo até alcançar a catego-ria de cidade, em 1770.

Na Sala do Território, os visitantes têm a oportu-nidade de encontrar o “Olhómetro”, peça concebi-da especificamente para o museu, na qual se pro-jeta uma animação dedicada às enguias (um dospratos típicos da região) e que permite a visualiza-ção de imagens ligadas ao concelho: por exemplodo Castro do Monte Mozinho (maior Castro Roma-no da Península Ibérica) e do Santuário do Sameiro.

O terceiro local que marca a visita ao MuseuMunicipal de Penafiel é a Sala da Arqueologia, quedá a conhecer cinco mil anos de vestígios arqueo-lógicos da presença humana no município. Além dadiversidade de peças referentes às diferentes épo-cas, o espaço apresenta uma homenagem ao papeldo arqueólogo e ao seu trabalho enquanto responsá-vel pela transmissão de conhecimentos do passa-do. Segue-se a Sala dos Ofícios, na qual estãorepresentadas algumas das principais atividadesprofissionais do concelho no passado. Instrumen-tos e obras de ferreiros, carpinteiros, marceneiros,pauzeiros e tamanqueiros decoram, assim, “o mun-do mágico das oficinas”.

Já quase no fim do percurso, surge a Sala da Terrae da Água, na qual é retratado o mundo rural comrecurso a peças “tão próximas e distantes do dia-a-dia” e com a exibição de imagens que evocam antigastradições de exploração dos recursos naturais.

Atividades destinadas a várias idades

O espólio do Museu Municipal de Penafiel, espa-lhado pelas cinco salas, serve também de inspiraçãoa diversas oficinas educativas que despertam a pers-picácia dos mais novos. “Temos, por exemplo, a ‘Ex-periência Arqueológica’, em que as crianças partici-pam na simulação de uma escavação, encontrando,de facto, fragmentos e o ‘Quem faz um cesto faz umcento”, no qual criamos um cesto com tiras de paco-tes de leite”, descreveu Ana Leal, explicando que hátambém atividades destinadas à família.

moderna viagem pelo tempo, mereceram até a con-quista do mais alto galardão atribuído pela Associ-ação Portuguesa de Museologia (APOM) – MuseuPortuguês do Ano. Ainda assim, o espaço históricojá tinha despertado reações junto de outras entida-des: figurou entre os cinco finalistas dos PrémiosTurismo de Portugal 2010, chegou à fase final doprémio internacional EMYA 2010, do EuropeanMuseum Forum, foi nomeado para o prémio NovoNorte e conquistou o primeiro lugar na categoria deProjeto Urbano-Cultura do Jornal Planeamento eCidades.

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Preparar o futuroA pensar naqueles que

serão o futuro doconcelho, a autarquia de

Matosinhos transfere,anualmente, 750 mil

euros para 11agrupamentos escolares,

valor que lhes permitedar resposta às despesas

de eletricidade, água,gás, comunicações, ação

escolar e contratos demanutenção.

Fotos: Francisco Teixeira / CMM

A par do investimento na área social, urbanísticae ambiental, o setor da educação está a ocupar umaposição de destaque na lista de prioridades da Câ-mara Municipal de Matosinhos, constantementeempenhada em “alcançar o paradigma da inovação,qualidade e qualificação”.

Assim, nos últimos anos, a política educativa“SIM - Sucesso Inclusivo em Matosinhos” tem sidouma das grandes linhas orientadoras da autarquia,que afirma não abdicar de promover o sucesso es-colar de forma global, “sem esquecer nenhuma cri-ança”. A intenção é, portanto, adequar a política“às pessoas concretas e não aos alunos ideais”,mobilizando as energias disponíveis em torno da

construção de “projetos descentralizados e local-mente relevantes”.

O projeto SIM concretiza-se, essencialmente, emtrês motores de ação: na renovação e manutençãodo parque escolar, na ação social escolar e no Con-selho Municipal de Educação. Nas palavras da pró-pria autarquia, “a priorização desta tríade permiteassegurar o bom funcionamento estrutural das es-colas de Matosinhos, designadamente ao nível dosespaços físicos, da segurança, dos apoios alimen-tares, da mobilidade, do apoio à família e da moni-torização de ações”. Neste sentido, todos os anos,a Câmara transfere para 11 agrupamentos escola-res, num total de 40 estabelecimentos de ensino,750 mil euros destinados a dar resposta às despe-sas de eletricidade, água, gás, comunicações, açãosocial escolar e contratos de manutenção. Só as-sim será possível, afirma a autarquia, “subir umpatamar no nível de exigência das respostas que oSIM apresenta à comunidade educativa”, atravésda implementação de projetos pedagógicos queampliem a intervenção das escolas.

51 milhões de euros para renovação emanutenção do parque escolar

O reordenamento da rede escolar ao nível do 1.ºciclo e dos jardins-de-infância é, desde 2005,uma das preocupações da autarquia matosinhenseque, até 2013, pretende investir mais de 51 mi-lhões de euros nos estabelecimentos de ensino domunicípio.

Assim, em defesa da escola pública, a câmaraaceitou o desafio de disponibilizar 279 salas: novepara creches, 42 para o pré-escolar, 120 para o 1.ºciclo, 74 para o 2.º e 3.º ciclos, duas para o ensi-no/apoio especializado e 32 para atividades de en-riquecimento curricular. Com o aumento do númerode salas será possível terminar com a existênciade turmas em horário de regime duplo – das oito às13 horas ou das 13:15 às 18:15 – nas escolas do1.º ciclo, que passarão a praticar o horário de regi-me normal. Crianças que manifestem perturbaçõescomo autismo e surdocegueira congénita não fica-rão afastadas do meio escolar, desfrutando de ummaior número de respostas qualificadas nas novassalas de apoio especializado.

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Por outro lado, segundo informações da autar-quia, as intervenções no parque escolar de Matosi-nhos já permitiram equipar diversas escolas comrefeitórios, instalações cobertas para a prática des-portiva, bibliotecas, auditórios, centros de recur-sos, equipamentos informáticos e novas tecnologi-as de informação e comunicação.

Apoios na alimentação, no transportee na compra de material

Numa tentativa de lutar contra a exclusão social, aCâmara de Matosinhos apoia todas as crianças doensino pré-escolar e dos 1.º e 2.º ciclos do ensinobásico que precisam de apoio ao nível da alimenta-

ção, transporte e aquisição de manuais escolares. Amedida visa combater o abandono escolar e promovero sucesso educativo, “de modo a que todos, indepen-dentemente das suas condições sociais, económicas,culturais e familiares, tenham a possibilidade de con-cluir com êxito o seu percurso escolar”.

Sem esquecer que a concentração nos estudostambém está dependente de uma boa refeição, aautarquia também tem investido “no apetrechamentode cozinhas e refeitórios”, prevendo-se que, em2013, com a conclusão da requalificação do par-que escolar, todos os jardins-de-infância e escolasbásicas do 1.º ciclo possam servir refeições à res-petiva comunidade escolar. Ainda no que diz res-peito aos apoios alimentares, durante as interrup-ções letivas do Natal, Páscoa e Verão, a Câmara deMatosinhos mantém em funcionamento diversascantinas escolares, fornecendo gratuitamente al-moços aos alunos provenientes de agregados fami-liares carenciados. Ciente da “correlação entre asaúde, o bem estar das crianças e o seu sucessoescolar”, a autarquia implementou, de forma pio-neira, o projeto europeu de distribuição bissemanalde fruta e legumes nas escolas – o Regime de FrutaEscolar. A iniciativa, que começou por abranger osalunos do 1.º ciclo, acabou por ser alargada aopré-escolar, merecendo uma distinção, a nível na-cional, pelo Ministério de Educação.

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Conselho Municipal de Educação

A terceira estratégia que compõe a política “Su-cesso Inclusivo em Matosinhos” é o ConselhoMunicipal de Educação (CME), “estrutura local deexcelência responsável pela coordenação da políti-ca educativa do concelho”. A entidade, responsá-vel pela articulação entre os agentes educativos eos parceiros sociais interessados, procura analisare acompanhar o funcionamento do sistema escolar.

Neste momento, tal como revelou a autarquia àViva, a principal prioridade do CME é “a constru-ção de um projeto educativo municipal”. Os dife-rentes agrupamentos de escolas estão, por isso,concentrados no desenvolvimento de projetos queestão a ser apresentados em reuniões mensais.

Projetos que visam desenvolvera autonomia das crianças

Além dos apoios cedidos ao nível das instala-ções escolares e das despesas do dia a dia, a Câ-mara Municipal de Matosinhos não prescinde deuma aposta em projetos pedagógicos que visam,sobretudo, “contribuir para a complementaridadeentre as atividades curriculares e cívicas”.

De acordo com a autarquia, o programa “Escola aTempo Inteiro” procura contribuir para o desenvol-vimento das capacidades e aptidões das crianças,

valorizando atitudes de autonomia e solidariedade,experiências de vida, conhecimentos e interesses.O projeto piloto de oferta de Atividades de Enrique-cimento Curricular (AEC) em Matosinhos nasceuno ano letivo 2005/2006, em resposta a um desa-fio lançado pelo Ministério da Educação. “Desdeentão, vários passos foram dados no sentido dedesenvolver uma escola do 1.º ciclo mais viva,multifacetada, criativa, inteligente e a tempo intei-ro”, assegurou a autarquia, referindo o investimen-to na requalificação dos edifícios escolares; a im-plementação de estratégias organizacionais em ar-ticulação com as escolas da Área Metropolitana doPorto e o aumento da carga horária semanal dosprofessores das AEC.

Outro projeto em destaque no concelho é o “A LerVamos”, que visa trabalhar as competências de lite-racia em crianças na idade de transição para o 1.ºciclo do ensino básico. Segundo a própria autarquia, osucesso do programa “assenta no trabalho e na cola-boração entre os vários agentes de mudança: educa-dores de infância, encarregados de educação e psicó-logos”, disponibilizados pela câmara.

Para mostrar aos mais novos que a matemáticapode ser uma disciplina encarada com tranquili-dade, está a ser preparado o “Mat2 – Matemáticaem Matosinhos”, projeto piloto ao nível da pro-moção das competências matemáticas na educa-ção pré-escolar.

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Investimentoe requalificação

Gaia tem em desenvolvimentodiversos projetos de reabilitação

em vários pontos do município. Apar da requalificação urbana,

a construção do Centrode Reabilitação Física do Norte

e a intervenção arqueológicano Parque Botânico

de Crestuma são os destaquesdo trimestre.

Contratos de financiamentode dez milhões de euros

Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara de Gaia,assinou, com a CCDR-N, um contrato de financia-mento para a conclusão de diversas obras, já a decor-rer no concelho, no valor de 10 milhões de euros paraconcretizar nos próximos dois anos. A construção daCircular do Centro Histórico, percurso ciclo pedonalAguda / Canidelo, reordenamento do espaço públicocitadino e aquisição de uma viatura para os Bombei-ros Voluntários da Aguda são os projetos que vão serfinanciados, aos quais se juntam o restauro da Cape-la do Senhor de Além e espaço envolvente e o passa-diço para ligação ciclo pedonal entre Quebrantões eOliveira do Douro, ambos agregados ao programa “En-costas do Douro”. Para além destas intervenções,decorre no concelho a construção de dois troços daVCI do Centro Histórico, a reabilitação da Urbaniza-ção Vila D’ Este, a construção de Campus Escolarese a expansão dos parques empresariais. “É um enor-me esforço financeiro em contraciclo, numa conjun-tura de grandes dificuldades para as autarquias. Estasobras foram idealizadas para aumentar a coesão, pro-mover o emprego e o progresso do concelho”, subli-nhou o autarca. Carlos Duarte, vice-presidente daCCDR-N, valorizou o efeito multiplicador que as açõesprovocam no terreno. “Em Gaia pensa-se, planeia-see executa-se”, salientou.

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: CMG

Crestuma com história

A segunda campanha de escavações está já adecorrer no Parque Botânico de Crestuma. Preten-de-se, com esta obra, transformar uma quinta em

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ruínas num espaço de valorização ambiental e in-terpretação arqueológica, que sirva para captar ummercado de turismo cultural à escala europeia. “Aolongo de uma década fizemos um enorme esforçofinanceiro na concetualização de espaços verdestendo atingido já uma média de sete metros quadra-dos de área verde por habitante, o que coloca oconcelho de Gaia ao mais alto nível dos paíseseuropeus”, salienta Luís Filipe Menezes. O autarcapretende mover esforços no sentido de criar umroteiro deste tipo de equipamentos à escala euro-peia, mobilizando centenas de pessoas. Os traba-lhos de escavação arqueológica estão a ser coorde-nados por Gonçalves Guimarães, responsável peloGabinete de História, Arqueologia e Património daCâmara Municipal de Gaia, e, nesta fase, está aser alargada a área de intervenção – desde o cimoda colina à praia de Favaios – no sentido de seanalisar os vestígios de madeira e pedra existen-tes, bem como de localizar a estrutura portuáriaonde chegavam produtos do Mediterrâneo, comocerâmica e vidro. Recorde-se que a casa e a eiraem xisto vão ser transformadas num centro de inter-pretação da flora, arqueologia e geomorfologia.

a Assunção Cristas, Ministra do Ambiente, prevêo alargamento do contrato de concessão entre aautarquia e a empresa fornecedora de água – Águasdo Douro e Paiva – de 30 para 50 anos. “Semqualquer encargo, com este alargamento contratu-al seria possível diminuir a tarifa de água em35%”, salientou o autarca.

Gaia oferece manuais escolaresa 12 mil alunos

A Câmara Municipal de Gaia, à semelhança deanos anteriores, ofereceu gratuitamente os manu-ais escolares aos 12 mil alunos que compõem ouniverso do 1º ciclo do Ensino Básico.

“Trata-se de uma medida de defesa da pequenaeconomia local, que não se rege por estratos soci-ais. Fizemos um enorme esforço em termos finan-ceiros, mas não nos arrependemos”, esclareceuLuís Filipe Menezes, durante a cerimónia de assi-natura do protocolo entre a autarquia, FEDAPA-GAIA (encarregue da divulgação) e a ACIGAIA (quedisponibilizou a lista de livrarias aderentes). Oprocesso foi simples: os encarregados de educa-ção levantaram, na sede do Agrupamento, umarequisição para apresentar na livraria e a faturafoi emitida ao município. À margem do protocolo,Luís Filipe Menezes revelou que a autarquia estáa estudar mais duas medidas de apoio social, noâmbito das tarifas de água e resíduos sólidos ur-banos: a primeira prevê um desconto de 10 a 15%a jovens casais e a segunda, que vai ser proposta

Nova infraestrutura de saúdepronta em meados de 2012

A construção do Centro de Reabilitação Física doNorte avança a bom ritmo e até já tem data deconclusão: abril de 2012. Dois meses após, o es-paço receberá os primeiros pacientes. Para alémdas questões de reabilitação física, o espaço vaipermitir um grande número de benefícios indiretos,como instalação de novas empresas e vias de co-municação, que vão ser responsáveis pela dinami-zação da zona, em especial da frente de mar. “Aconstrução do Centro de Reabilitação Física doNorte permitirá a implantação de novas economiasde escala, estimando-se investimentos em peque-nas atividades económicas de proximidade”, expli-cou Luís Filipe Menezes, durante a visita às obrasque realizou na companhia de Fernando Araújo, pre-sidente do Conselho Directivo da ARS – Norte. Onovo equipamento enquadra-se num plano geral dereabilitação da zona que liga a Rotunda de SantoOvídio a Valadares e Madalena, e cujo ponto cen-tral é a extensão da Avenida da República até aomar. O Centro de Reabilitação Física nasceu deuma conversa entre Luís Filipe Menezes e Correiade Campos, então Ministro da Saúde, e comple-mentou a necessidade de se instalar um equipa-mento do género no Norte do país. Através delepoderá ser recuperado o Sanatório, juntando-se umedifício anexo, construído de raiz.

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Região criativa

Entre Douro e Vouga é um agrupamento de municípios inserido naÁrea Metropolitana do Porto, do qual fazem parte Arouca, Oliveira de

Azeméis, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira e Vale de Cambra. Asub-região vai contar, dentro em breve, com duas obras

demonstrativas da dinâmica deste espaço nortenho: o Centro deCriação de Teatro e Artes de Rua e o Parque do Cercal - Campus para a

Inovação, Competitividade e Empreendedorismo Qualificado.

e empreendedora “Caixa das Artes”

A “Caixa das Artes” é um centro de criação deTeatro e Artes de Rua, em Santa Maria da Feira, quese aguarda fique concluído até 2014. O concelho,com uma consolidada experiência no domínio dasartes e teatro de rua, associada a eventos culturaisde referência, como o festival Imaginarius, ViagemMedieval ou Terra dos Sonhos, avança “para umnovo patamar de desenvolvimento nesta área”, re-

fere Alfredo Henriques, presidente da autarquia. “Aexperiência adquirida, as boas condições que têmvindo a ser criadas e a atratividade que exerce so-bre públicos e artistas, constituem uma oportuni-dade única para o município feirense agregar recur-sos e conteúdos criativos de forma estruturada eorganizada, através da “Caixa das Artes”, que iráconstituir uma alavanca para o turismo cultural ecriativo”, garante o autarca. A obra - um investi-mento na ordem dos 8,5 milhões de euros, compar-ticipados em 80 por cento por fundos comunitários– engloba espaços e equipamentos vocacionadospara a criação e apoio a artistas, acolhimento em-presarial de negócios criativos e investigação eprodução de conhecimento. A “Caixa das Artes”assume-se, assim, como “a única alternativa naci-onal à oferta estrangeira de grandes projetos para oespaço público e uma resposta à escassez de espa-

ços de criação multidisciplinar com estas caracte-rísticas”. A sua construção perspetiva, por isso,“um forte impacto” na criação artística e aberturade novos mercados, assim como “um significativoaumento do valor económico” para estas activida-des na região Norte e no país.

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Inovação em Oliveira de Azeméis

O edifício principal do Parque do Cercal - Cam-pus para a Inovação, Competitividade e Empreen-dedorismo Qualificado, onde irão funcionar as no-vas instalações da Escola Superior Aveiro Norte(ESAN), deverá ficar concluído no início de 2012.Além da componente de ensino, o projeto envolveoutras valências como investigação e desenvolvi-mento tecnológico, apoio à incubação de novasempresas, estímulo ao empreendedorismo, pro-

moção do emprego qualificado e apoio ao tecidoeconómico local e regional. Os primeiros traba-lhos desta obra, que se estende por 4.000 metrosquadrados, decorrem na Quinta do Comandante. Oobjetivo é o de tornar Oliveira de Azeméis num

concelho “mais competitivo, apetecível, atrativoe de excelência em matéria de formação de técni-cos para o tecido empresarial”, salienta o presi-dente da autarquia, Hermínio Loureiro. “Trata-sede um projeto estruturante para o município e paraa região de Entre o Douro e Vouga”, sublinha, re-alçando “a forte aposta na eficiência energéticaque envolve a construção desta estrutura, quemarca um compromisso com a inovação e pelapreservação do ambiente”. O Parque do Cercal -um investimento de cerca de cinco milhões deeuros, comparticipados em 80 por cento por fun-dos comunitários – foi lançado pelo município deOliveira de Azeméis, contando com a parceria daUniversidade de Aveiro. De acordo com a memó-ria descritiva, a construção irá respeitar a topo-grafia do terreno, isto é, “a integração do edifíciono terreno terá o cuidado de não desvirtuar o espa-ço nem assumir demasiado protagonismo constru-tivo”. A nova ESAN – base do Parque do Cercal –engloba salas de aula, oficinas, biblioteca, salasde reuniões, laboratórios, incluindo a unidade labo-ratorial de interface com as empresas, gabinetes deprofessores e espaços de apoio/construção. “O equi-pamento é um passo decisivo na oferta de formaçãosuperior técnica e especializada, e na afirmação dauniversidade, como importante parceiro nas políti-cas de desenvolvimento de uma região em francoprogresso”, sustenta o Pró-Reitor da Universidadede Aveiro, Claudino Cardoso.

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sugestões culturais

Música“Ceremonials”Florence + The Machine

O novo álbum de Florence and The Machine deverá ser lançado no Reino Unido a 31 de outubro.O disco, intitulado “Ceremonials”, é descrito pela vocalista, Florence Welsh, como uma viagempelos universos do “amor, da morte, violência e culpa”, constituindo o segundo trabalho da bandaindie rock britânica, após o lançamento de “Lungs”, em 2009. As gravações decorrem nosestúdios Abbey Road, com produção de Paul Epworth, segundo o qual o novo disco terá maisinfluência soul e menos indie. “Ceremonials” será constituído por 13 faixas, entre elas as jánomeadas “What The Water Gave Me”, “Shake It Out”, “Spectrum”, “Lover To Lover”, “No Light,No Light” e “Never Let Me Go”.

Coliseu do PortoRua Passos Manuel, 137 – 4000-385 PortoTel. 223394940 | Fax. 223394949www.coliseudoporto.pt

CinemaRei Leão 3D

Estreia 22 dezembro de 2011

O “Rei Leão”, maior êxito dos estúdios da Disney, chega a Portu-gal no dia 22 de dezembro, desta vez em 3D. Dezassete anos apóso lançamento da história, o filme regressa às salas de cinema epromete conquistar miúdos e graúdos. A aventura começa quandoSimba, “um curioso e ingénuo leãozinho” ansioso por ser rei, decidepartir para uma vida diferente, com os seus companheiros. Enganadopelo tio Scar, Simba esquece-se das suas reais responsabilidades,mas o destino acaba por chamá-lo e o pequeno leão terá de escolhero momento oportuno para regressar às terras do reino.

4 novembroConcerto Trovante

18 novembro | 19 horasConcerto Machine Head

O metal dos Machine Head chegará ao Coliseu do Porto nodia 18 de novembro, numa noite que promete mais algumaspresenças especiais. A banda norte-americana, formada porRobert Flynn (voz e guitarra), Logan Mader (guitarra), AdamDuce (baixo e voz secundária) e Chris Kontos (bateria), está aultimar os pormenores do novo álbum “Unto The Locust”, quedeverá ser mostrado ao público já nas atuações previstas emPortugal. Para o espetáculo no Porto, os Machine Head trazemcomo convidados os Bring Me The Horizon, DevilDriver eDarkest Hour.

Os Trovante assinalam, este ano, o 35.º aniversário do iníciode carreira com um regresso ao Coliseu do Porto, no dia 4 denovembro. A banda de Luís Represas, João Gil, Manuel Faria,João Nuno Represas, Artur Costa, Fernando Júdice, José Sal-gueiro e José Martins, formada no verão de 1976, editou oitoálbuns de originais e várias compilações que figuram entre ostrabalhos mais vendidos de sempre no universo musical portu-guês. O grupo terminou em 1990, após o lançamento do álbum“Um Destes Dias”, mas voltou a reunir-se para alguns concer-tos, nomeadamente no Rock in Rio, em 2010. O preço dosbilhetes para o concerto, durante o qual o público poderá ouvirconhecidos temas como “Nuvem Negra”, “Perdidamente” e “Ti-mor”, varia entre os 17.50 e os 40 euros.

Leitura“País em Brasa”, de Mário Dorminsky

O novo livro de Mário Dorminsky, vereador da autarquiade Gaia e fundador do Fantasporto, conta a história de um“País em Brasa”, através da compilação de reflexões que,para o autor, poderão “dar pistas” do rumo que Portugal teráde seguir para sair da crise. Trata-se de uma obra que pre-tende abalar consciências, fornecendo considerações sobrea regionalização, as pescas e a agricultura, a reestruturaçãoda estrutura político-administrativa portuguesa, o fecho daspequenas e médias empresas, o desemprego, o ensino pú-blico e privado, o apoio social dos desfavorecidos e a atualforça da Web.

Rivoli Teatro Municipal20 a 24 de outubroTeatro Sá da Bandeira28 de outubro até fim de 2011

Crónica dos Bons Malandros – o Mu-sical

Mais de 30 anos depois de ser publi-cada em livro, a história dos Bons Ma-landros vai chegar, pela primeira vez,aos palcos portugueses, pelas mãos deMário Zambujal, Francisco Santos e suaequipa. O espetáculo, que promete con-quistar público de várias idades, retrata“as emoções, deceções, alegrias e tris-tezas de um improvável bando de assal-tantes que teve a audácia de arquitetar eexecutar um assalto impensável ao Mu-seu Gulbenkian”. Mais tarde, os sobre-viventes da quadrilha reencontram-se e,entre histórias e aventuras recordadas,apercebem-se de que ainda há aconte-cimentos inesperados por explicar.

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campanhãfreguesias

Novasinfraestruturasem avanço

Reabilitação do Bairro do Lagarteiro

As obras no Bairro do Lagarteiro, integradas noprojeto “Bairros Críticos”, estão a decorrer de for-ma célere. De acordo com as expectativas de Fer-nando Amaral, presidente da Junta de Freguesia deCampanhã, para além da reabilitação física dosblocos habitacionais e da dinamização social ecultural junto da população, o novo pavilhão mul-tiusos, cujas obras já decorrem, estará concluído einaugurado até ao final do ano. As mudanças jáoperadas permitiram que a autarquia, juntamentecom a Associação de Moradores do bairro, levassea efeito a comemoração dos Santos Populares na-quele espaço. Maria Fernanda Carneiro, fundadorae presidente da direção da Associação de Morado-

Campanhã aguarda por algumas infraestruturas que irãocontribuir para um maior desenvolvimento, emtermos sociais, da freguesia. A requalificaçãodo Bairro do Lagarteiro, a construçãode um multiusos e do novo Centrode Saúde são alguns dosprojetos em marcha.

Centro de Saúde de Campanhã

O novo Centro de Saúde, que vai surgir no localda antiga Escola Preparatória do Cerco do Porto,aguarda o lançamento do concurso público, atrasoque se deve à mudança operada no executivo dogoverno. Fernando Amaral espera celeridade na li-bertação das verbas para a construção desta unida-de, cuja construção está prevista em 12 meses.“Depois de lançado o concurso e libertadas as ver-bas, o centro de saúde ficará concluído no espaçode cerca de um ano”.

Espaços verdes negligenciados

O presidente da junta queixa-se de algum des-cuido no que diz respeito à manutenção dos espa-ços verdes da freguesia, nomeadamente da Aveni-da 25 de Abril e da Praça da Corujeira. “São doisgrandes eixos que carecem de manutenção e cujaintervenção, por parte da Câmara, iria contribuirpara uma melhoria na imagem da freguesia”. Fer-nando Amaral defende a realização de um estudode ordenamento, para ambos os locais, bem comoa criação de novos espaços para a sua dinamiza-ção, uma vez que não estão convenientemente apro-veitados.

O Parque Oriental também mereceu algumas crí-ticas por parte do presidente da junta que pretendea criação de uma maior dinâmica no espaço. “Umavez que não há verbas para a segunda fase de am-pliação deste parque, ao menos que se aproveite oque já está feito”, defende o responsável, lamen-tando o facto de “ser sempre a zona oriental dacidade a pagar a falta de verbas”. De acordo comFernando Amaral, as críticas “chegam à Junta mas,infelizmente, não podemos intervir nestas questõesque não são da nossa competência”, alerta.

Complexo Desportivo com gestãoda Porto Lazer

Desde 1 de agosto que a gestão do ComplexoDesportivo de Campanhã deixou de estar sob a al-çada da Junta de Freguesia e passou para a respon-sabilidade da Câmara Municipal do Porto, atravésda Porto Lazer.

res, diz que este é um trabalho que tem vindo a darfrutos. “A associação foi criada há cerca de quatromeses, mas já estamos a desenvolver diversos pro-jetos a pensar no bem estar dos moradores”, garan-te, salientando que, em 35 anos de existência nun-ca houve um movimento associativo que zelassepelos seus interesses. Os cerca de 100 sóciostêm demonstrado que ainda há muito trabalho desensibilização para os grandes objetivos da asso-ciação. “Ainda andamos, porta a porta, a fazer olevantamento de todas as necessidades dos mora-dores. No fundo somos um intermediário que lutapelos seus interesses”, refere a dirigente. O aglo-merado conta com cerca de 1.800 moradores e afalta de apoios a jovens e idosos é uma lacuna quese faz sentir. Assim, os objetivos da associaçãoprendem-se, para além da melhoria das condiçõesde habitabilidade, com a promoção da cidadania euma maior integração social. Para além dos esfor-

ços de divulgação do trabalho, a associação está jáa organizar a primeira festa de Natal para os morado-res, onde todas as crianças até aos 12 anos, irãoreceber um presente. A 1.ª fase de requalificação,que integrou os blocos 1 a 8, já está concluída; a 2.ªe a 3.ª, que irão contemplar os blocos 11, 12 e 13 e9 e 10, respetivamente, estão previstas para 2012.

freguesias

Texto: Marta Almeida CarvalhoFotos: Virgínia Ferreira

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lordelo do ourofreguesias

Tempos de festae de luta

No dia 26 de novembro, Lordelodo Ouro comemora os 175 anos

da integração no concelhodo Porto, mas é com algumapreocupação que a freguesia

encara alguns temas que estãoa marcar a agenda da cidade,

nomeadamente o processode insolvência do Clube Fluvial

Portuense.

da junta, acrescentando que muitas pessoas e atégerações foram apoiadas pelo pároco, nomeada-mente através do Centro Social da Paróquia de NossaSenhora da Ajuda. “Isto tem a ver com o movimentoque a própria diocese promoveu, mas é completa-mente contra natura”, acrescentou, garantindo quea notícia foi recebida pela comunidade com “gran-de tristeza”. “Queremos agradecer publicamentetoda a dedicação que ele foi colocando neste traba-lho, não só no que diz respeito à função eclesiásti-ca mas também social”, notou Gabriela Queiroz,assegurando que Lordelo ficará mais pobre com aausência de alguém que dedicou toda a sua vida aobem da freguesia.

Em ano de aniversário, Lordelo do Ouro traçou umprograma de atividades comemorativas que estão adesafiar a população a admirar um passado escritoem mais de uma centena de páginas de história.

Inserida no concelho do Porto há 175 anos, afreguesia – e as diferentes gerações que a marca-ram – serão o mote de um certame que promete, apartir do dia 27 de outubro, surpreender os portuen-ses através do poder da imagem. “A exposição co-memorativa vai estar patente no Palacete dos Vis-condes de Balsemão, gentilmente cedido pela Câ-mara Municipal do Porto para esse efeito”, infor-mou a presidente da Junta de freguesia de Lordelo,Gabriela Queiroz, acrescentando tratar-se de umamostra fotográfica constituída através do materialrecolhido e disponível na freguesia.

A 26 de novembro, precisamente no dia em queLordelo do Ouro comemora o aniversário da integra-ção no concelho do Porto, a Fundação de Serralvesserá o palco de uma sessão solene durante a qual“algumas individualidades e instituições da fre-guesia serão homenageadas”.

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: Virgínia Ferreira/JFL

paço “enquanto edificado”, será fundamental pre-servar “o espírito do Clube Fluvial Portuense”. Ajunta de Lordelo está a tentar apoiar a instituição,desafiando também os portuenses a integrarem oprocesso, de modo a que esta “marca desportiva”da cidade não se apague. “Lanço o apelo a quempossa ajudar individual ou coletivamente porqueainda vai a tempo. O clube tem um passivo que,neste momento, ronda os 1,8 milhões de euros.Quem quiser e puder contribuir pode contactar ajunta ou o clube”, apontou Gabriela Queiroz, queafirma encarar o futuro do Fluvial com “muita apre-ensão”, receando que a perda das instalações sig-nifique o desaparecimento do clube.

O agradecimento de Lordelo do Ouroao Padre Baptista

É também com tristeza e até com “alguma má-goa” que a freguesia assiste à despedida do SenhorPadre Baptista da paróquia de Nossa Senhora daAjuda, na Pasteleira, passando a exercer funçõesnas Antas. “O Padre Baptista está connosco há 50anos e tem uma obra social em Lordelo que deixa,necessariamente, uma marca”, notou a presidente

Luta contra as dificuldadesdo Clube Fluvial Portuense

A contrastar com o espírito festivo vivido na fre-guesia está a preocupação com o Clube FluvialPortuense, que se encontra em processo de insol-vência, com um passivo de 1,8 milhões de euros.Tal como afirmou Gabriela Queiroz, “o próprio clu-be, através da sua comissão administrativa, temfeito todas as diligências e esforços possíveis nosentido de assegurar o futuro e a continuidade daatividade desportiva, fazendo-o num espaço quehoje, conhecidamente, pertence ao fluvial”.

Numa tentativa de resolver o processo de insol-vência, o clube mais antigo da cidade do Porto pro-pôs um ano de carência e pagar as dívidas na ínte-gra aos credores, com o perdão dos juros e o paga-mento em 28 prestações trimestrais ao longo deseis anos. Contudo, a proposta acabou por ser chum-bada pela assembleia de credores.

Para Gabriela Queiroz, “à preocupação da Câma-ra do Porto em salvaguardar o património imobiliá-rio tem de juntar-se a salvaguarda da parte associ-ativa e dos atletas do clube”. A presidente da juntaconsidera, assim, que, mais do que defender o es-

lordelo do ourofreguesias

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nevogildefreguesias

Em Nevogilde já foi instalado, dentro doperímetro do edifício da Junta, o primeiro

«oleão» da freguesia. Este equipamento permitemelhorar o destino dos óleos alimentares usados,

apresentando-se como uma solução ecológicaque contribui, ainda, para a produção de

biodiesel. Nevogilde irá contar, a curto prazo,com a colocação de mais quatro equipamentos

idênticos na freguesia.

Todos os dias úteis:08h30 - 17h00, ininterruptamente.Encerra aos sábados, domingos e feriados.

No sentido de minorar o impacte ambiental pro-duzido pelo lançamento inadequado de óleos ali-mentares usados quer na rede de saneamento, querna de água, a Câmara Municipal do Porto está ainstalar diversos “oleões” em toda a cidade. Deacordo com Álvaro Castello-Branco, vice-presidenteda autarquia portuense, irão ser colocados, numaprimeira fase, e até ao final do ano, 30 «oleões»sendo que em 2012, o Porto estará munido de 60infraestruturas de recolha de óleos usados. Estesequipamentos contribuem largamente para a dimi-nuição do índice de poluição ambiental, já que,segundo o autarca “uma gota de óleo pode poluirdezenas de metros cúbicos de água”.

Primeiro equipamento de Nevogilde

Como resultado desta pretensão, foi celebradoum acordo entre a autarquia e a Junta de Nevogildepara a colocação de cinco estruturas para a recolha

de óleos usados na freguesia, sendo que a primeirajá se encontra instalada dentro do perímetro do edi-fício da Junta. Os equipamentos têm de ser coloca-dos em espaços fechados para evitar que sejamvandalizados, uma vez que se trata de uma subs-tância facilmente inflamável. A Junta de Fregue-sia, em colaboração com a Câmara do Porto e aLipor, está a proceder à divulgação desta nova es-trutura junto dos seus habitantes, salientando-se,ainda, que a informação será veiculada em folhetojunto da fatura mensal da água, spots de rádio,mupis, campanhas escolares e nos sítios dos mu-nicípios, LIPOR e EGi, a todos os munícipes.

Nevogildejá tem «oleão»

Texto: Marta Almeida CarvalhoFoto: Virgínia Ferreira

nevogildefreguesias

Horário de funcionamento:

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paranhosfreguesias

Meses de ação

Depois de um verãomarcado por obrasde recuperação no

Parque Infantil do Amial,seminários e atividadesartísticas e desportivas,

o ano letivo na freguesiade Paranhos arrancoucom mais três escolas

requalificadas e novasvalências de ensino

pré-escolar.

Sete das nove escolas da freguesia já renovadas

De mãos dadas com a Câmara Municipal do Porto(CMP) “no reforço da qualidade das escolas públicase do ensino que aí se pratica”, a freguesia de Paranhosconta já com mais três escolas renovadas: a EB1 dosMiosótis, Augusto Lessa e Costa Cabral. Com a con-clusão das obras nos três referidos estabelecimentosde ensino, sete das nove escolas da freguesia estão járequalificadas, balanço que o presidente da Junta, Al-berto Machado, considera “muito positivo”. “Os pro-jetos educativos que desenvolvemos nas escolas dafreguesia estão já bem consolidados e fazem parte dodia-a-dia das crianças”, garantiu.

Assim, durante o período de férias, o Pelouro doConhecimento e da Coesão Social da CMP realizou

ção, no valor de 644 mil euros, possibilitou a cri-ação de outra sala de JI, numa “clara aposta noapoio às famílias”. O presidente da Junta de Para-nhos salientou ainda que a Escola de Augusto Lessafoi alvo de obras de conservação, sendo que duasdas salas do estabelecimento foram adaptadas àvalência de Jardim de Infância.

Jornadas Europeias do Património

Entretanto, as atenções da Junta de Paranhos esti-veram também voltadas para a organização das Jorna-das Europeias do Património, comemoradas em váriospaíses com debates e atividades culturais.

Na freguesia de Paranhos, o evento, que decorreuentre os dias 23 e 25 de setembro, arrancou comum concerto da Escola de Música de Santa Cecília,no auditório Horácio Marçal. Seguiu-se, por voltadas 22 horas, uma palestra sobre as “Lendas deParanhos”, orientada pelo historiador Joel Cleto.

No sábado, dia 24, foi a vez de Sérgio Coelhodirigir a conferência “O Cerco do Porto”, na Quintado Covelo. A sessão, dedicada a um dos mais im-portantes episódios históricos da cidade, começouàs 16 horas e incluiu uma visita guiada à quinta,localizada em Paranhos.

O encerramento das Jornadas Europeias reali-zou-se no cemitério da freguesia, com uma palestraliderada por Rui Carreira e intitulada “Enterramen-tos e cemitérios em Portugal: subsídio para a histó-ria do cemitério de Paranhos”.

um conjunto de obras de ampliação e conservaçãodos estabelecimentos de ensino. Tal como explicouAlberto Machado, a Escola de Costa Cabral sofreuobras de ampliação e requalificação, estando agoraequipada com duas salas de Jardim de Infância (JI),criadas de raiz, num investimento de 650 mil eu-ros. Por sua vez, na EB1 dos Miosótis, a interven-

A nova vida do Parque Infantil do Amial

As crianças portuenses contam, agora, com umnovo espaço de brincadeira e diversão. O ParqueInfantil do Amial, situado na freguesia de Paranhos,abriu as portas aos mais novos depois de um con-junto de obras de recuperação, que representaramum investimento de 50 mil euros do pelouro doAmbiente da Câmara Municipal.

A obra permitiu a colocação de novos equipa-mentos infantis e o reforço da iluminação. Com asegurança dos mais pequenos no centro das preo-cupações, a intervenção ditou ainda a aplicação deum pavimento especial. Assim, às voltas no car-rossel ou no vai e vem do baloiço, as criançaspodem, hoje, desfrutar de bons momentos, sob oolhar de sossego dos pais.

A inauguração oficial do espaço ainda não foiconcretizada, mas o presidente da Junta de Fregue-sia de Paranhos, Alberto Machado, já visitou duasvezes o parque renovado, a convite da Associaçãode Moradores do Bairro do Amial.

Texto: Mariana AlbuquerqueFotos: JF Paranhos/Virgínia Ferreira

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passatempos

Anedotas

Sudoku

Crítico

PerversoCrítico

Perverso

PrecocesUma senhora encontra uma amiga e diz-lhe:– Os meus filhos são muito espertos, têm ape-

nas 4 anos e já sabem dizer o seu nome de frentepara trás e de trás para a frente!

– Ai sim, e quais são os nomes deles?– Bob e Ana!

No médicoUm tipo já de certa idade vai ao médico queixar-

se de uma perna.O médico não lhe encontra nada de grave e diz:– Sabe, isso é da idade.– Mas a outra perna é da mesma idade e não me dói.

ZooUma família foi visitar o Jardim Zoológico. A

certa altura um dos miúdos diz:– Mãe, olha estes hipopótamos são tão pareci-

dos com a tia, não são?– Filho, isso não se diz! ralha a mãe.– Mas, mãe, eles não percebem o que eu estou a

dizer!

A florO sujei to chega a casa de madrugada,

completamente bêbado, e começa a bater na porta,mas a sua mulher não quer abrir.

– Abre a porta! Deixa-me entrar! Trouxe uma florpara a mulher mais bela do mundo!

Sensibilizada por este detalhe romântico, amulher resolve abrir a porta. O bêbado entra e caiem cima do sofá.

– E a flor? pergunta a mulher.– E a mulher mais bela do mundo?

O cão e o macaco– Desculpe mas o meu macaco acabou de matar

o seu cão!– Não pode ser, o meu cão é um dobberman!– Pois, mas o meu macaco é hidráulico!

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crónica e as cidades

Porto

Para comentar esta crónica vá a www.viva-porto.pt e clique em “Notícias/Crónicas”

A cidade do Porto é muito interessante. Quandoalgum amigo meu vem visitá-la mostro-lhe a paisa-gem à beira-rio e à beira-mar, a parte antiga e histó-rica e a zona moderna da Av. da Boavista. Por fim“apresento-lhe” a Casa da Música, projetada peloarquiteto holandês Rem Koolhaas. E, para mostrar oque se faz bem, a Casa do Infante que foi exemplar-mente recuperada pelo arquiteto Luís Sousa Guedes,e o que se faz mal - o Edifício Transparente, de Solà-Morales, na zona marítima, construído no âmbito daPorto 2001 - Capital Europeia da Cultura. Nunca pornunca se deve tapar a vista para o mar. É um atentadoe agora não sabem o que fazer com ele.

Por outro lado o Porto e os portuenses falam de-mais de Lisboa e dão importância excessiva à ca-pital. Devem fazer como Barcelona que não fala deMadrid, afirma-se e segue o seu caminho ignoran-do a capital. Temos que nos deixar de lamúrias equeixumes, de outro modo, viveremos sempre como estigma de ser a segunda cidade do país. E, sersegundo é ser o primeiro dos últimos.

Todavia no futebol somos os primeiros e deve-semuito à mais emblemática personalidade da cida-de, Jorge Nuno Pinto da Costa. No Porto pode-semudar tudo e mais alguma coisa: instalações, jo-gadores, treinadores ou dirigentes mas enquantoPinto da Costa for o timoneiro, o FC Porto continu-ará a vencer.

Os portuenses são gente com personalidade, maufeitio e com vontade inquebrantável que tem figu-ras antagónicas como Rui Rio e Pinto da Costa.Mas os extremos por vezes tocam-se (risos).

O Porto continua com alguns problemas, a dete-rioração dos prédios na baixa e a sua desertifica-ção. É preciso incentivos para voltar a viver-se nacidade mas com qualidade de vida. É preciso terem atenção a sua limpeza e a falta de alegria. Éuma cidade triste...

No futuro, vejo a baixa a voltar a ser um pólo deatração habitacional, económico e social e, dessaforma acabar o vaivém constante de pessoas a en-trar e a sair da cidade. O futuro é ter tudo perto mascom equilíbrio ambiental. Não ter que usar carro.

Para mim, o Porto é único, é o Porto.

Joaquim JorgeBiólogo e fundador do fórum político

“Clube dos Pensadores”

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