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1 > 2010 agosto > 9 771009 100008 R$ 9,00 Ano 1 | n o . 1 | Setembro 2010 www.revistaalgomais.com.br Viva o Litoral Sul

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Viva o Litoral

Sul

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Cartado

Editor

CAPA.............................................Como explicar ao eleitor as alianças

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veros nostincil ea acidunt dolestrud dit dolutatem quisit nonsequis nim ipit volorerci eu feummolore mincillaor sim ver sequisi ex et esequip sustrud do consequ atummodo exer sed el utat atem ali-quip iscillum vel ipit eros dolutpa tionulla alisismod dionsequisi te eu faciduisl ing eu feuismo dolore te dolesen dipsustrud erosto diat et ulputpat, ver sumsan veliqui tat. Sum niam, consed tie minci el utat la consequi tie ming et alit augait aliquis ad dio et alit lore ve-lent num aute dolobortis niam ipit nulpute te volorper irillum san-dre delis at, cor acilit vel ing enim iril et, si.

Esent wis nim autpat, sum eum dolor iriure molorer sequa-mcons nonse duipit ut aut numsandre molent lummy nisis amet, core magna feuisim ipis enibh er se do dolestis at, seniat. El utpa-tummy nons nis dio odigna con ecte veliquis dip erostis moloborem ero ero dip ea faccum dolestrud magnis exeriusto od dolenit nullan hent vulputpatie magna augue dolore tinciliquat ad dolor sit nim niam ea facilisl ip et nullut la at, quissenisis eum illamet pratet alis ad diametum veliquisim velit utem veros dolestie corem dipit, quat vel il eum incipis elit nibh eros nis nos et delenit dolorperci ex er incidunt wisim ea core eu faci esequat, quatio el iriureet dolore dio-num auguerc ilisim ipis nulput luptate diamcon utpatue dolummy num vullut nulla faccum dolor aut incidunt ipit, vulput lortinisim in henis dolore dolumsandre dunt nostrud etue doluptat. Riusto dele-nim il dolorem aut velit wis endre et nos ad dolendre magna consed el doloborper sequate dolobor senim dolorerostie faccum elent doluptatem incilit, veniat. San er sim adionsenim ero core molore dunt alis num quis adio cor aute volorem ercin ullan ea commy nul-pute dolore dolortie consecte consequam, vel eu feui exero odolo-bo reraess isciliquat. Agna at adiamconse velesti onulla faccum del utat ad tie magna alis etuer alit, qui bla faci tie tat nos nonsed tio doloborerci elestisi eraessequi blandit nonsent alit nullute magna facinim dolumsa ndipsum in hendiamet init veros nonulla facidunt atinit, veros exero od dolesed tionse eugait wismod tie magnis nis-cilit ex exerci blan heniamet alit etue er iustrud tis nim velis nulput wis dunt prat. Dui tat wis nim augiam, sit et wis delenim in esequis alisl dolorem nis adit wis ad essit ipis eriureet, velis amconum mo-digna con henim num quis eros ero consed tatin enisi.

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Em do doloreet niw

Roberto TavaresEditor Geral

SeçõesCarta do Leitor ...........................................................Entrevista ...................................................................Pano Rápido ...............................................................De Olho .......................................................................Francamente ..............................................................Pensando Bem ............................................................João Alberto ................................................................Palavra do ibef-pe .........................................................Gestão Mais .................................................................Economia .....................................................................Comer Bem ..................................................................Memória Pernambucana ............................................Última Página ..............................................................

Edição 1Circulação26.setembro.2010CriaçãoAdrianna CoutinhoTiragem16.000 exemplares

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Sumário

ReportagensOs doutores bons de bola. E da pesada....................De férias no Recife e refletindo......................................Na Terra e no Céu ........................................................ARTIGO | Os bancos retornam à praça .........................Polo Jurídico (encarte)......................................Rota do Vinho cada vez mais forte no Sertão................Indústria puxa recuperação do Estado no 1° trimestre..O mau uso do e-mail corporativo pode causar demissão ....Indústria precisa investir em projetos de eficiência energética ....................................................................Dores: aprenda a respeitar seu corpo ...........................Mestres do Frevo..........................................................Jóias com originalidade ...............................................

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Litoral sul mostra seu vigor

As mais de cem empresas ins-taladas e outras 20 em fase de

implantação fazem do Complexo In-dustrial Portuário de Suape o grande motor de desenvolvimento de Per-nambuco. A formação de novas ca-deias produtivas, como a do refino de petróleo, gás e offshore e a constru-ção de navios, definitivamente mu-dou o perfil da economia do estado.

Nos últimos anos, foram US$ 17 bilhões de investimentos privados, com a geração de 50 mil empregos, e R$ 1,4 bilhão de recursos públi-cos. Três grandes projetos puxam a maioria dos investimentos: Refina-

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Auditada por

Av. Domingos Ferreira, 890, sala 803 Boa Viagem | 51110-050 | Recife/PE

Diretoria Executiva Sérgio Moury Fernandes [email protected] Francisco Carneiro da Cunha [email protected]

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Expediente

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ria Abreu e Lima, da Petrobras, que recebeu aportes de US$ 13 bilhões e tem inauguração prevista para o ano que vem; a Petroquímica Sua-pe, que já iniciou pré-operações em agosto último e está avaliada em US$ 2 bilhões, e o Estaleiro Atlântico Sul, que já entregou o primeiro petroleiro (João Cândido) e opera a todo vapor.

A área já apresenta um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 10 milhões (23,49% do PIB pernambucano). E este número deve subir para 25% em apenas cinco anos. No entorno do Complexo, os municípios como Jabo-atão dos Guararapes, Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, são um bom ter-mômetro da pujança. Neste “cintu-rão”, que tradicionalmente sempre foi pobre de investimentos, tanto pú-blicos quanto privados, o progresso se torna mais visível no estado, extra-polando limites e beneficiando todas as cidades no decorrer do litoral sul, como Sirinhaém e Rio Formoso.

Alheia à expansão urbana e in-dustrial de Suape, a atividade turísti-ca, vocação da região por excelência, acompanha o crescimento em ritmo proporcional. Somente na Capital, os negócios de “Sol e Mar” injetaram R$ 415 milhões na economia recifen-se, durante o Carnaval deste ano. Os bancos de areia que foram coroas na praia de São José estão atraindo o in-teresse de até três grupos europeus, interessados na construção de resorts. Na Praia de Guadalupe, a rede Senac já anunciou a construção do primeiro hotel-escola, com vistas à formação de uma necessária cadeia turística.

A reportagem da revista Algo Mais percorreu oito municípios da costa litorânea sul e descobriu as boas

iniciativas e práticas de sustentabilida-de que pessoas comuns, empresários e governantes estão adotando para mostrar que, além de enriquecerem com mais celeridade, o fazem seguin-do planos de urbanização benfeitos, que procuram preservar a qualidade de vida de seus moradores. Na estei-ra de todo esse crescimento, já surge, do Recife a São José da Coroa Grande (última praia do litoral sul pernambu-cano), uma classe média como novas necessidades, como efeito direto des-

sa mudança de cenário – e disposta a investir fortunas em busca de quali-dade de vida. Na praia do Paiva, por exemplo, um verdadeiro bairro pla-nejado, orçado em R$ 2 bilhões, está sendo entregue ainda este ano pelas construtoras Odebrecht Realizações Imobiliárias e os grupos Cornélio Bren-nand e Ricardo Brennand. E os novos migrantes querem um ambiente pro-pício ao saudável e bom capitalismo, com mais segurança e igualdade de oportunidades para todos.

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Sindaçucar

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Carinhosamente apelidado de “Encanta Moça”, o bairro do

Pina, banhado pelo um dos braços do rio Capibaribe e pelo mar, é o palco da nova corrida imobiliária que o Recife está vivendo. Por ser um lugar estratégico para morar (próximo do centro, localizado na Zona Sul e com rápido acesso à Zona Norte), a área se tornou o novo boom neste mercado.

“A maior liquidez em retorno financeiro é no Pina. Quem investir em um apartamento aqui de, por exemplo R$ 215 mil, tem um re-torno de pelo menos 35% a 45%. O meu, eu comprei por R$ 128 mil e hoje ele já está avaliado em até R$ 250 mil”, calcula a corretora de imóveis e estudante de Gestão Imobiliária da Universidade de Per-nambuco (UPE), Danielle Bandeira.

Celeiro de várias construtoras renomadas, o Pina oferece desde os empresariais de luxo da Moura Dubeux, ao Portal dos Manguezais da Duarte Construções, um proje-to que atende a todas as classes sociais. A área também se tornou, nos últimos anos, um dos princi-pais polos gastronômicos do Recife e tende a se valorizar ainda mais com a construção da Via Mangue e término das obras do Rio Mar Sho-pping, em 2012.

Com tantos atrativos, não há mais como passar despercebido o progresso. Salta aos olhos e reflete diretamente na vida econômica de vizinhos, como Brasília Teimosa. “Esse bairro, em 1956, era apenas uma invasão, meu pai fez uma casa

Corrida Imobiliária começa no PinaDESTAQUE | Vullandrer se mincilis eugue feum adit del ectem iustie molenisi. Loborting el dolor acidunt alit ipit num venit vo

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de taipa para morar. Hoje, o de-senvolvimento está grande, muitas imobiliárias ficam olhando para Brasília Teimosa também. Então eu vejo com certo medo, porque se a sua casa custa R$ 30 mil, já vem alguns empresários de um poder aquisitivo maior e oferecem R$ 60 mil”, afirma o antigo morador José Joaquim da Silva, 51 anos. Silva atribui o interesse de investidores por seu imóvel ao crescimento do Pina. “Isso também a atenção de vereadores, prefeitos, governa-dores e ONGs para este bairro”, completa.

A romaria de novos habitantes vai se afastando cada vez mais do

Recife, rumo ao Sul, aproximando-se do Complexo Industrial Portuá-rio de Suape, situado entre os mu-nicípios do Cabo e Ipojuca, litoral Sul. Segundo previsão da Agência Estadual de Planejamento e Pes-quisas de Pernambuco (Condepe Fidem), até 2035, mais 400 mil pes-soas estarão morando no chamado Território Estratégico de Suape, polo econômico formado por mais cinco cidades: Ribeirão, Jaboatão dos Guararapes e Sirinhaém (Zona da Mata Sul), e Moreno e Escada (Mata Norte).

Para o presidente do Sindicato da Construção Civil de Pernambu-co (Sinduscon-PE), Gabriel Neves,

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os principais motivos da “fuga” são o alto adensamento do Recife e os problemas de infraestrutura da vizinha Jaboatão dos Guararapes. “Recife hoje tem poucos imóveis para ofertar. Mas no caso dos bair-ros de Candeias e Piedade (Jaboa-tão), a situação é mais complicada. Lá não se tem saneamento e há pouca infraestrutura. Não se tem uma avenida beira-mar”, lamenta. O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi), Alexan-dre Mirinda, compartilha da mes-ma análise. “O grande problema é a infraestrutura. Existe a demanda, a necessidade, existem clientes, existe o crédito via Caixa Econômi-ca Federal e as nossas empresas e empresários estão preparados. Mas falta água, esgotamento sanitário, estradas...Pernambuco como um todo só está 30% saneado. Os siste-mas existentes também estão obso-letos. Há 30 anos, nós da Ademi e Sinduscom estamos propondo par- Do diamconse cons adiam del ut nullam, vel dunt accum dolumsandio

Diplomata

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cerias público-privadas (PPPs) em avenidas, ruas e esgotos”, revela.

De acordo com o secretário de Serviços Urbanos de Jaboatão, Evandro Avelar, o município não tem recursos suficientes para “tur-binar” as estradas que cortam a cidade. “Os problemas de conges-tionamento tendem a se agravar

por reflexos de Suape. Temos al-gumas intervenções e solicitamos apoio do Governo do Estado. Com relação à questão do saneamento básico,atribuo o problema à falta de prioridade ao tema por parte de gestões passadas. Mas a Compesa já desenvolve projetos de expan-são na cidade”, justifica.

BoxVer com que

preencher esse espaço

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Ilha da Costa

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Visto a partir de três maquetes, o empreendimento Reserva do

Paiva, localizado no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, lembra, pelas dimen-sões e arquitetura arrojada, a Toca do Marlin, em Santo André (BA) - considerado um dos maiores e melhores resort-hoteis do mundo, segundo o guia internacional de hospedagem de luxo Condé Nast Johansens.

A diferença é que os hóspe-des do Paiva não serão turistas estrangeiros, como os do equi-

Moradias de luxo para todos os bolsos impulsionam litoral sulDESTAQUE | Vullandrer se mincilis eugue feum adit del ectem iustie molenisi. Loborting el dolor acidunt alit ipit num venit vo

pamento baiano. Serão, em sua maioria, pernambucanos e per-nambucanos que escolheram vi-ver mais próximos do trabalho e, de quebra, em meio a uma paisa-gem exuberante, com mais quali-dade de vida.

O sonho de voltar a morar em casas, com mais espaço verde, sem o enfrentamento de proble-mas de congestionamento - típi-cos da cidade - são os principais conceitos que os sócios da Ode-brecht Realizações Imobiliárias e os grupos Cornélio Brennand e

Ricardo Brennand, se basearam para atrair clientes de classe mé-dia alta que procuram o litoral sul para se fixarem.

Neste verão, serão entregues as 66 casas de alto padrão do condomínio Morada da Penínsu-la, de frente para a Praia do Pai-va. Na hora da compra o cliente pôde escolher entre 30 diferen-tes opções de projetos, cada um deles oferecendo um programa básico com quatro suítes, sala de jantar, três ambientes de estar, terraços, deck, piscina, espaço

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gourmet, dois quartos de servi-ços e cinco vagas na garagem co-bertas, além de mais cinco para visitantes.

E o luxo não para por aí. Os novos e exigentes moradores deste condomínio vão contar com infraestrutura de lazer e en-tretenimento inédita no mercado local, que inclui quadra de tênis coberta, fitness room, sauna, piscina infantil e semi-olímpica, home cinema, teatro arena, qua-dra poliesportiva, ciclovia, entre outros requintes. Quando estiver pronto, será o primeiro bairro pronto da região.

“O Morada é construído em uma área de 18 hectares, um terre-no muito especial porque ele tem um quilômetro de frente de praia, e foi pensado dentro desse contex-to de ambiente de casas que tanto

pudesse atender tanto a primeira como a segunda moradia, tanto de pernambucanos quanto do público de fora”, explica o diretor de incor-poração imobiliária da Odebrecht, Luís Henrique Valverde.

Com lotes comercializados ao preço entre R$ 1,5 milhão a R$ 4 milhões, o Morada da Península acabou servindo como uma espé-cie de cartão postal para a Reser-va do Paiva. A partir do sucesso de venda das casas, os sócios da Reserva já apresentaram mais um empreendimento, previsto para ser inaugurado em 2012: O Condo-mínio Vila dos Corais.

“Aqui serão 132 apartamentos, divididos em seis prédios, com cer-ca de 345 metros de beira-mar em um trecho protegido por arrecifes de corais. Nossa expectativa é que o Vila gere cerca de R$ 230 milhões de receita. No Morada, foram cer-ca de R$ 165 milhões”, contabiliza Valverde. Planejada para ser cons-truída em 18 etapas, ao longo de 15 anos, a Reserva do Paiva terá investidos, até sua conclusão, R$ 2 bilhões.

Para os profissionais liberais e classe média em geral, morar Do diamconse cons adiam del ut nullam, vel

bem e contar com infraestrutura privilegiada no litoral sul não é um sonho distante. Às margens da PE-60 entre Serrambi e Porto de Ga-linhas, em Ipojuca, está a Chácara do Porto, construída há dois anos. Os conceitos de moradia são qua-se os mesmos do projeto de alto luxo, só que a um preço bem mais baixo.

“Também é um bairro pronto. Nós vendemos terrenos a partir de 900m². É um sentido diferente, a ideia é que você tenha uma cháca-ra para morar, com clubes de lazer, lago para pescaria, piscina, pista de cooper, hipismo. A segunda eta-pa já está prestes a ser entregue, provavelmente agora em outubro, mais 117 unidades. Já temos uma lista de espera de 40 pessoas”, afir-ma o diretor comercial da constru-tora Imobi, Rogério Lins.

O publicitário Bruno Pinheiro, 44 anos, comprou um lote do em-preendimento há alguns anos e se espantou com a rápida valorização do negócio. “Eu comprei por ape-nas R$ 32 mil. Se eu fosse vender hoje, o preço seria de no mínimo de R$ 182 mil. É uma valorização muito boa, né?”.

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Prefeitura de Jaboatão

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Comércio moderno para o movo mercado

O terreno da antiga fábrica da Bacardi, situado na Bacia do

Pina, Zona Sul do Recife, agora é um gigantesco canteiro de obras, de 202.710 metros quadrados. Nesta área, cerca de três mil ope-rários trabalham de segunda a sá-bado, das sete da manhã às sete da noite, nas obras do Rio Mar Shop-ping – o maior empreendimento imobiliário do Grupo JCPM, forte investidor tanto do setor de cons-trução civil quando de shopping centers.

Pedreiro há 20 anos, José Cláu-dio Cabral da Silva, de 45 anos, está acostumado a construir obras colossais, mas sente que esta cons-trução vai lhe exigir responsabili-dade maior. “Nas obras em que eu trabalhei não havia tantas regras como aqui. E o salário a gente rece-be certinho”, justifica. José Cláudio vai ganhar salário fixo de R$ 700 e carteira assinada.

Com aportes previstos em R$

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600 milhões, o projeto do Rio Mar Shopping conta com 476 lojas, 11 restaurantes, 14 salas de cinema, teatro com 500 lugares e mais de seis mil vagas de estacionamento.

O equipamento se tornará o maior centro de compras do Nordeste e um dos maiores e mais modernos do País em 2012, quando está pre-vista a sua inauguração.

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Para o presidente do grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, o empreendimento ousado vem atender a uma demanda reprimi-da do segmento na Capital per-nambucana, além de surgir em um momento em que a cidade cresce a um ritmo chinês. “A construção do Rio Mar Shopping gera um cli-ma novo. Pernambuco passa por um momento importante, e o Re-cife também está crescendo, mas o setor comercial precisava de uma resposta grandiosa. É uma área (bairro do Pina) que tem uma tendência de rápido crescimento e que vai se valorizar. É realmen-te um marco na cidade como um todo”, comemora João Carlos Paes Mendonça.

Além do Rio Mar Shopping, serão construídas na área três torres empresariais, em parceria com a Moura Dubeux, com 47.816 metros quadrados de área priva-tiva, área total de 97.900 metros quadrados e 1.633 vagas de esta-cionamento, totalizando 7.833 va-gas para o complexo inteiro. Tudo isso vai gerar, quando estiver em pleno funcionamento, cerca de nove mil empregos. “É uma gran-de contribuição para manter o rit-mo de crescimento, aumentar os postos de trabalho, e consolida a

liderança de Pernambuco na área de comércio moderno, além de proporcionar a qualificando das comunidades do entorno do shop-ping”, pontuou o governador Edu-ardo Campos, durante a cerimônia de cravação da primeira estaca da construção do shopping, ocorrida em 2 de setembro.

Em outro ponto do litoral sul pernambucano, distante 31 km da Capital, o Shopping Costa Dourada, localizado às margens da PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, já funcio-na com 50 lojas desde novembro do ano passado. São restaurantes, lanchonetes, comércio de moda infantil, feminina e masculina, três lojas âncoras (Atacarejo Arco-Vita, A Nordestina e Lojas Americanas) e previsão de inauguração, ainda

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este semestre, de quatro salas de cinema, que vão comportar 790 pessoas.

Para chegar ao shopping ain-da não há transporte público dis-ponível. Mas isto não é problema para as cerca de sete mil pessoas que circulam por lá diariamente. Com intervalos de 40 minutos, um ônibus gratuito parte do centro do Cabo ao Costa Dourada, gra-tuitamente. “É um cuidado com a vida das pessoas, uma vez que as diretrizes básicas para viabilização de um acesso seguro, com a cria-ção de uma passarela em frente ao centro, foram solicitadas, mas ainda não foram viabilizadas pelos órgãos competentes”, explica o diretor do shopping, Eduardo Car-doso.

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18 > agosto 2010>

Sertão do Pajeú17 municípios

Sertão Central8 municípios

Sertão do Moxotó 7 municípios

Sertão do Araripe 10 municípios

Sertão do São Francisco 7 municípios

Sertão de Itaparica 7 municípios

Peros esequipit dolo arperio incincidunt

BarreirosRio FormosoSão José da Coroa GrandeSirinhaémTamandaré

55.560-00055.570-00055.565-00055.580-00055.578-000

110 km74 km

114 km65 km

114 km

17861840196216141905

tropicaltropicaltropicaltropicaltropical

233 km²240 km²

69 km² 379 km²190 km²

43.91121.81518.55538.61018.999

0,6350,6210,6280,6330,596

R$ 111.652 milR$ 138.956 mil

R$ 42.275 milR$ 141.961 mil

R$ 73.339 mil

Região Metropolitana

Cabo de Santo Agostinho Ipojuca Jaboatão dos Guararapes Recife

CEP

54.500-000 55.590-00054.000-000 50.000-000

Distânciada Capital

33 km 43 km18 km0 km

Fundação

1812 1861 1873 1537

Clima

tropicaltropical tropicaltropical

Área (km2)

448 km²527,32 km²

257,3 km²217,494 km²

População(estimativa IBGE 2009)

171.18375.512

687.6881.561.659

IDH Índice de DesenvolvimentoHumano (Pnud 2009)

0,7070,6580,7770,797

PIB PIB (IBGE/2005)

R$ 2.852.381 mil R$ 5.354.635 mil R$ 5.578.363 mil

R$ 20.718,107 mil

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Região Metropolitana14 municípios

Mata Norte19 municípios

Agreste Setentrional

19 municípios

Mata Sul24 municípios

Agreste Meridional26 municípios

Agreste Central26 municípios

Distrito Arquipélago de Fernando de Noronha

Recife

Ipojuca

Cabo de Santo Agostinho

Jaboatãodos Guararapes

Barreiros

Tamandaré

Rio Formoso

Sirinhaém

São José da Coroa Grande

Peros esequipit dolo arperio incincidunt

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20 > agosto 2010>

Planos Diretores em sintonia com o Estatuto da Cidade

Em 2007, o IBGE apontava um contingente estimado em

1.011.276 (12% da população to-tal pernambucana) na área deno-minada Território Estratégico de Suape. Este Território faz parte de um modelo de gestão das áre-as sob a influência do Complexo Industrial Portuário de Suape, formado por municípios do Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes e Ipojuca (Região Metropolitana) e Ribeirão, Rio Formoso e Sirinhaém (Zona da Mata).

Técnicos da Agência Estadu-al de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Codepe Fidem) estimam que a área ampliada do

Complexo Portuário deve sofrer um aumento populacional de 40% nos próximos dez anos. Isto signi-fica um acrescimento de cerca de 400 mil pessoas. As conseqüências desse crescimento, se não levadas em consideração, podem contri-buir para um estágio de degrada-ção ambiental irreversível, e para o surgimento de bolsões de pobreza em uma das áreas mais belas do litoral sul.

Com olhos no futuro, os mu-nicípios que sofrem influência direta de Suape se apressam em adequar o principal instrumento básico de política de desenvolvi-

mento urbano: o Plano Diretor, previsto pela Lei 10.257/01, po-pularmente conhecido como Es-tatuto da Cidade.

As diretrizes desde documento já foram discutidas por um Grupo Executivo formado pela adminis-tração de Suape, CBTU/Metro-rec, Grande Recife Consórcio de Transporte, prefeituras do Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Jabo-atão dos Guararapes, e a própria Codepe Findem, que coordenou os detalhes do chamado “Plano do Território Estratégico de Suape: diretrizes para uma ocupação sus-tentável”.

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O desafio não é fácil: extre-mamente diversificada do pon-to de vista econômico, a região possui, em uma ponta, balneários preservados e empreendimentos turísticos gigantescos e, em ou-tra, indústrias de grande impacto ambiental como as de siderurgia e metalurgia. A dualidade exige arti-culação entre os municípios e um trabalho específico de controle urbano, para promover um desen-

volvimento de maneira igualitária e sem grandes impactos ambien-tais.

Mas para tanto, é necessá-rio, principalmente, um grande volume de recursos. Isto porque, dentre as principais causas da ocupação desordenada das cida-des estão: a carência de qualifi-cação técnica, e a inexistência de equipamentos para dar suporte logístico, tais como de informáti-

ca (software e hardware), além de veículos de fiscalização e apare-lhos de GPS, dentre outras dificul-dades, segundo enumera a gesto-ra de assuntos metropolitanos da Codepe, Antonieta Santamaria de Queiroz. “A maioria dos municí-pios conta com um quadro de car-gos comissionados, que mudam a cada quatro anos, o que não per-mite uma memória intelectual das habilidades para monitorar esse crescimento”.

Em maio, o BNDES aprovou o apoio financeiro e institucional para dotar os municípios do Ter-ritório Estratégico de Suape de uma estrutura eficaz na gestão territorial. A Carta Consulta inclui investimentos que chegam a R$ 9 milhões por município, como no caso de Ipojuca, que já avança em disciplinar sua ocupação. O Plano Diretor está de acordo com a lei, exceto no tocante à legislação tri-butária. “Quando se trabalha com uso e ocupação do solo estão pre-vistas penalidades, então o Códi-go Tributário precisa fazer esses ajustes. Acrescentamos também

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a elaboração de um cadastro que atend a todas as atividades, com base cartográfica, para a realiza-ção de um levantamento imobi-liário, mercantil e residencial de todos os imóveis do município. Por exemplo, quando ocorre uma alteração no cadastro imobiliário na secretaria de planejamento, alguém vai construir onde era um terreno, automaticamente as al-terações já estão no cadastro do IPTU. Isto significa que eu não vou precisar ir a campo novamente”, simplifica a ex-secretária de Pla-nejamento do município, e atual assessora especial da Prefeitura, Simone Osias.

Ipojuca foi o único município a pedir este cadastro, que pode contribuir para evitar a prolifera-ção de favelas, maior das mazelas urbanísticas. “É muito difícil fa-zer esse controle sem mapear as zonas de maior risco, onde exis-tem assentamentos precários, por exemplo. Temos 534 km² de território e não tem prefeitura que possa estar onipresente nes-te espaço todo. O controle de uso e ocupação do solo não se-ria apenas como uma política de fiscalização e punição. Seria uma aplicação de políticas públicas eficientes”, resume. A expectati-va é de que depois das eleições os recursos já estejam nos caixas dos municípios.

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Comercial

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A migração para cidades do Litoral Sul provocada pelo

crescimento de Suape ocorre por etapas. Neste momento, a de-manda é representada por traba-lhadores que geralmente voltam para os municípios de origem ao final do dia. A ideia inicial da empresa Suape era de construir alojamentos para comportar en-tre duas a três mil pessoas, com uma pequena área de lazer. O projeto foi descartado pois os gestores dos municípios do Ter-ritório Estratégico perceberam que a construção dos alojamen-tos seria um convite a ocupações e barracas irregulares.

Como forma de dinamizar as

Trabalhadores temporários dinamizam e preparam municípios para ocupação permanente

inúmeras pensões e pousadas, obsoletas entre os oito meses de baixa estação, e gerar renda, a Ipojuca está conseguindo ocupar estabelecimentos do ramo com este segmento. “Toda essa gen-te aglomerada, sem distração, tornaria os alojamentos uma es-pécie de gueto. Então preferimos intermediar as ocupações das pensões e pousadas existentes no município. Nós temos cadas-tros de todos os estabelecimen-tos, facilitamos, estimulamos a regularização fiscal e tributária para que as empresas possam fechar negócios. Porque uma empresa como a Petrobras, por exemplo, não poderia instalar

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seu funcionário em uma pousa-da irregular”, esclarece Simone Osias, assessora da prefeitura de Ipojuca.

O Estaleiro Atlântico Sul, que opera no município, já estabele-ceu parâmetros para a constru-ção de 2,5 mil casas de um con-junto habitacional exclusivo para os funcionários da empresa. Pre-vistas para serem entregues em 2011, a Petroquímica Suape e a Refinaria Abreu e Lima vão repre-sentar a segunda etapa migrató-ria na região.

No extremo sul do litoral pernambucano, outra ocupação temporária causa forte impacto. Desta vez a migração é composta pelos flagelados das enchentes que atingiram cidades da Mata Sul. Em São José da Coroa Gran-de, distante 123 quilômetros do Recife, a cheia que destruiu a ci-dade vizinha, Barreiros, aumen-tou em mais de 30% a população local, causando transtornos em serviços públicos, como a coleta de lixo e segurança.

“Tivemos que solicitar, emer-gencialmente na Secretaria de Defesa Social, reforços com mais policiais militares, aumentar o efetivo da empresa de coleta de lixo e reforçar a fiscalização mu-nicipal, para conter a invasão de ambulantes”, asseverou o se-cretário municipal de Turismo,

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Esportes e Cultura, Roberto Ca-sado. Se por um lado, o fluxo de moradores inchou a cidade, por outro, movimentou os negócios nas 22 pousadas existentes em São José da Coroa Grande.

Atualmente, os 218 leitos da cadeia turística da cidade estão completamente ocupa-dos. Os hóspedes são, em sua maioria, profissionais que es-tão trabalhando na Operação Reconstrução, desencadeada pelo Governo do Estado para atender às demandas dos muni-cípios atingidos pela catástrofe. “A maioria dos hóspedes hoje é de engenheiros ou soldados do exército. Mas como atividade

turística a cidade não comporta ainda uma infraestrutura ade-quada. No mês de janeiro, alta estação, poderia ser melhor, porque muitos turistas acabam se instalando em Tamandaré, em Maragogi (AL)”, pontua Luís Pedro Laurentino, 46 anos, dono da pousada Puiraçu.

Em meio ao cenário de des-truição que ainda vive Barreiros, o proprietário do hotel-fazenda Flores do Carimã, Nivaldo Júnior Fonseca, 38 anos, também está, pela primeira vez, com os seus 42 leitos ocupados neste período. “Com esta situação atípica deu para equilibrar o déficit próprio da baixa estação”.

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Reserva dos Corais

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Reserva dos Corais

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Quando o petroleiro João Cân-dido deixou o dique seco do

Estaleiro Atlântico Sul (EAS), me-gafábrica de construção, repara-ção naval e offshore, instalada no Complexo Portuário de Suape, em maio deste ano, Pernambuco con-solidou-se como o maior polo naval do país, e detentor do maior e mais moderno estaleiro da América do Sul. Com capacidade de processa-mento de até 160 mil toneladas de aço por ano, o EAS contará, até 2011, com cerca de cinco mil traba-lhadores diretos. “Atualmente, são cerca de quatro mil trabalhadores, e o Estaleiro está participando de uma licitação de sondas da Petro-bras. Se ganhar, logo vai passar para esses cinco mil”, destaca o diretor do projeto Suape Global, Silvio Leimig. A estréia do Estaleiro Atlântico Sul na 25º posição entre as maiores empresas do estado evidencia o papel do Complexo de Suape no expressivo crescimento de Pernambuco.

Além do Atlântico Sul, outras empresas do ramo complementam o cluster naval pernambucano. O segundo estaleiro, o Promar, que inicialmente seria instalado no Ceará, foi anunciado para Pernam-buco. “O estado teve competência para vencer a concorrência, foram cinco estados concorrentes e Per-nambuco se destacou, foi mais ágil

Estaleiro Atlântico Sul ganha lugar de destaque em SuapeDESTAQUE | Vullandrer se mincilis eugue feum adit del ectem iustie molenisi. Loborting el dolor acidunt alit ipit num venit vo

e em dez dias conseguiu colocar no papel, e trazer para aqui 1.500 novos empregos e uma carteira com oito navios gaseiros”, com-plementa Leimig. A previsão do Projeto Suape Global é chegar a sete estaleiros. O terceiro, da STX Europe, está participando também da licitação das sondas e poderá se instalar numa área de 100 hectares de Suape, gerando outros cinco mil empregos diretos e mais 16 mil in-diretos.

Em paralelo, Pernambuco terá módulos de plataforma de petró-leo, e para fornecer este serviço, dois grupos já assinaram o proto-colo de intenções e estão se ins-talando em Suape. Um é o Tomé Sharin em parceria com a Modak Japonese. O consórcio já venceu uma licitação e tem um contrato para fornecer equipamento para operar na região do pré-sal. O esta-leiro Construcap em conjunto com a Orteg também vai atuar nessa

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área e está se credenciando para ser um dos grandes estaleiros nes-sa área de plataforma de petróleo.

O terceiro nicho de mercado serão as chamadas partes de apoio. “A Petrobras vai licitar 160 barcos de apoio, menores e de alta tecno-logia. Cada um custa entre US$ 600 e US$ 800 milhões. O MPG, estalei-ro português vai instalar aqui um

grande centro produtor de barcos de apoio”, afirma Silvio Leimig. O setor de reparação naval sela a autosuficiência deste segmento da indústria pernambucana. Atual-mente as plataformas dos navios brasileiros da Petrobras e de ou-tras empresas vão para Singapura fazerem reparo. Por meio de uma parceria com a Transpetro, O Clus-

ter Galitc, da Espanha, vai instalar no Complexo de Suape, um grande estaleiro de reparo naval. “Nós te-mos no total cinco empresas que a gente está desenvolvendo esse novo nicho de mercado que é a re-paração naval”, pontua o coorde-nador da Divisão de Petróleo, Gás, offshore e Naval da Fiepe, Antônio Sotero.

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Prestadoras de serviços movemlocomotiva do crescimentoA presença de prestadores de

serviços essenciais, como energia elétrica e saneamento, e de fornecedoras de insumos para a construção civil e a indústria de transformação, como cimento e polímeros, revela que a locomotiva do desenvolvimento que move a economia estadual extrapola fron-teiras.

Na Mata Sul, o município de Rio Formoso, distante 92 quilôme-tros do Recife, integra o Território Estratégico de Suape desde o início do ano. E a cidade está avançando em negociações para a implanta-ção de mais um grupo empresarial que vai atender às necessidades de empresas instaladas em Suape.

A A.Spinelly Consultoria e En-genharia planeja implantar uma unidade na cidade para atender a clientes de peso da área naval, a exemplo do Estaleiro, e de petróleo e gás, como é o caso da Refinaria Abreu e Lima. A empresa fornece-ria serviços de pintura e jateamen-to (limpeza ou mudança de textura através de um jato de ar) e contaria com até 70 funcionários, estando numa área de seis hectares.

O valor do investimento ainda não foi revelado. Atualmente, de acordo com o diretor comercial da A.Spinelly, Paulo Augusto Barros de Silva, eles já atendem ao EAS atra-vés de uma unidade instalada na BR-101, no trecho que compreende

o bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes. “A nossa fábrica atual tem três mil metros quadra-dos e 35 funcionários. Jaboatão não tem espaço para a instalação de outra unidade. E nós já visitamos alguns terrenos em Rio Formoso”, afirmou. A prefeitura iria dispo-nibilizar o terreno para a vinda do grupo e, para tanto, já discute in-centivos poderiam ser concedidos para a A.Spinelly, no âmbito da Se-cretaria de Desenvolvimento Eco-nômico. Recentemente, a Proqualit Telecom anunciou investimento de R$ 12 milhões em Rio Formoso. A Meta Indústria e Comércio de Aço também anunciou interesse de ir para o município.

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Comercial

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Quando a Via Mangue estiver concluída, o Recife vai poder

oferecer, pela primeira vez, uma rota alternativa para desafogar o trânsito na Zona Sul. O novo sistema, orçado em R$ 310 mi-lhões, vai implantar um acesso que irá da Ponte Paulo Guerra, no Pina, até a altura da Rua Antô-nio Falcão, em Boa Viagem, mar-geando um manguezal de 4,5km de extensão. Apesar de ter sido anunciada há mais de seis anos, a ordem de serviço para início das obras só deve ser assinada em ja-neiro de 2011, segundo prevê o prefeito João da Costa (PT). Mas a iniciativa é um sinal inequívoco da necessidade de se estrutura-rem as estradas para promover o desenvolvimento no estado, ao logo do litoral sul.

No ano passado, a dificuldade que a maioria dos motoristas enfren-ta ao dirigir rodovias pernambuca-nas se transformou em números na Pesquisa Rodoviária realizada pela Confederação Nacional do Transpor-te (CNT). De acordo com o estudo,

Poder público e iniciativa privada desatam os nós do trânsito

86,3% da malha viária analisada no estado apresentavam problemas de pavimentação, sinalização e geome-tria. Foram 2.955 quilômetros, ins-pecionados em 13 rodovias federais (BRs) e 12 estaduais (PEs).

Das estaduais, a PE-96, que liga Barreiros a Palmares, na Mata Sul, recebeu avaliação péssima. Já a BR-101, no acesso ao sul, recebeu avaliação ruim. Diante da pesquisa, o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte (Dnit) em

Pernambuco destinou investimen-tos da ordem de R$ 900 milhões em programas de duplicação, res-tauração, manutenção, conserva-ção e sinalização da malha rodoviá-ria federal no Estado. A prioridade tem sido a duplicação da BR-101, que deverá ser concluída em de-zembro deste ano.

E, ao longo da malha, perce-bem-se obras que visam oferecer mobilidade e acessibilidade aos municípios de vocação industrial e turística da região. Em Jaboatão dos Guararapes, o túnel Maria Irene, na Estrada da Batalha, vai ligar o Aero-porto do Recife a Suape e ao Litoral Sul, com recursos do Ministério do Turismo. Internamente, o Governo do Estado executa as obras de liga-ção entre a Avenida Mascarenhas de Morais e a BR-101, também na Estrada da Batalha.

“Também solicitamos diversas intervenções, entre alargamentos e construção de viadutos no muni-cípio. Estimamos um aumento de 20% no fluxo de veículos para os próximos anos, o que significa um incremento de cerca de 800 carros por dia a mais, circulando entre os bairros de Candeias e Piedade. Está nos nossos planos também, requali-ficar as avenidas Bernardo Vieira de Melo e Airton Senna. Mas todas es-sas obras precisam ser articuladas pelos governos estadual e federal, pois Jaboatão não tem recursos suficientes”, afirma o secretário de Serviços Urbanos de Jaboatão dos Guararapes, Evandro Avelar.

A falta de recursos nos caixas públicos não é mais empecilho. A Rota dos Coqueiros, concessionária formada pela Odebrecht Transport

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Segundo os estudos de fluxo de tráfego realizados pela

Rota dos Coqueiros, para este primeiro ano de funcionamento, cerca de 1.800 veículos por dia deveriam trafegar pela via. Supe-rando as expectativas, esse fluxo hoje, em dois meses de funcio-namento, é de cerca de três mil veículos por dia.

O resultado confirma a im-portância desse novo sistema viário para o deslocamento do pernambucano, sobretudo para quem tem Suape como destino. A Ponte do Paiva foi projetada para receber sete vezes o núme-ro atual de veículos que trafegam no local, o que garante margem de crescimento da região. Já nas praças de pedágio, atualmente se percebe a necessidade de se am-pliação do número de cabines.

Até o final do ano haverá acréscimo de mais uma cabine em cada praça, principalmente para reforçar nos momentos de pico, como em finais de semana de alta estação e feriados. Outra iniciativa que está sendo tomada é a colocação de arrecadadores volantes para fazer a cobrança de pedágio antes mesmo do usuário chegar até a cabine nos dias de maior movimento.

O sistema viário adminis-trado pela Rota dos Coqueiros é composto para uma faixa litorâ-nea de 6,2 km de extensão com canteiro central, ciclovia, passeio, iluminação com cabeamento subterrâneo, e uma ponte de 320 metros sobre o Rio Jaboatão, pas-sarela para pedestres, ciclovia e mirantes. São duas praças de pe-dágio posicionadas nos extremos do sistema viário, sendo uma em Itapuama, no município do Cabo de Santo Agostinho, e outra em Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes.

Pedágio

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e Grupo Cornélio Brennand consoli-dou, em junho deste ano, o primeiro contrato de Parceria Público-Privada (PPP) viária do Brasil, com a constru-ção da Ponte Arquiteto Wilson Cam-pos Júnior e da Vi Parque. A obra “aproximou” o município do Cabo de Santo Agostinho do Recife, e os mo-toristas economizam cerca de 30 qui-

lômetros para chegarem às praias da costa sul (tomando como referência o Aeroporto Internacional dos Gua-rarapes / Gilberto Freyre). O sistema viário é o primeiro de Pernambuco a operar com pagamento de pedágio. Motoristas de veículos passeio pa-gam R$ 3,70 nos dias úteis e R$ 5,50 nos fins de semana e feriados.

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Parceria Público-Privada (PPP)

A modalidade de contrato de PPP consiste numa concessão

celebrada entre a administração publicam, através do Comitê Ges-tor das Parcerias Público-Privadas (CGPE) e um agente do setor pri-vado, a concessionária Rota dos Coqueiros, responsável pela cons-trução, manutenção e operação do sistema.

A Rota dos Coqueiros, deno-minação da Via Parque, é formada pela holding de atuação em con-cessões rodoviárias, transportes urbanos e logística, a Odebrecht TransPort, que reúne empresas de concessão rodoviária Rota das Ban-deiras (SP) e Litoral Norte e BA093 (BA); metroviária, Via Quatro (SP);

o terminal portuário privado Em-braport (SP).

Para construir, manter e operar a infraestrutura de acesso ao litoral sul e região do complexo de Suape, a concessionária Rota dos Coquei-ros investiu R$ 75,6 milhões, sendo R$ 52,9 milhões com financiamen-to do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), nas obras do sistema viário (ano base 2005). O contrato da Par-ceria Público-Privada firmado entre o Governo do Estado e a empresa tem duração de 33 anos.

O programa Estadual de Par-cerias Público-Privadas foi inicia-do a partir da publicação da Lei Estadual Nº 12.765 em janeiro de 2005, em consonância com a Lei

Nº 11.079 de 30 de dezembro de 2004, que instituiu normas ge-rais para licitação e contratação de parcerias público-privadas no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Já em janeiro de 2006, foi pu-blicado o Decreto Nº 28.844 que instalou o Comitê Gestor do Pro-grama Estadual, o CGPE,que tem o Sistema Viário do Paiva como primeiro projeto a ser viabilizado. O segundo previsto é o Centro de Ressocialização de Itaquitinga, na Zona da Mata Norte, distante 89 quilômetros do Recife. O terceiro contrato por meio de PPP será a Arena da Copa.

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Os 413 hectares que compreen-dem a Costa dos Corais, nas

águas do mar de Tamandaré, dis-tante 114 quilômetros do Recife, formam a maior Área de Proteção Ambiental (APA) do Brasil. Prote-gidas por lei desde 2000, as APAs pertencem ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação, e são instituídas quando dotadas de vas-ta biodiversidade.

O título concedido ao municí-pio do litoral sul pernambucano não é para menos. Nestes limites, biólogos da ONG SOS Mata Atlân-tica, em parceria com o Instituto Recife Costeiro, identificaram, des-de que o projeto iniciou pesquisas na reserva marinha, mais de três mil espécies marinhas, entre crus-

Costa dos Corais abriga maior Área de Proteção Ambiental do Brasil

táceos, peixes e invertebrados. E o “censo” por ali só deve ficar pronto em 2011, quando a ONG finaliza experimentos na Costa dos Corais.

Entre os exemplares da rica fauna marinha, está o mero, o maior peixe da costa brasileira. “Tamandaré, pelo seu histórico de preservação, foi escolhida para receber o projeto Meros do Bra-sil. Aqui nós encontramos a maior quantidade da espécie de todo o país, e já identificamos e monitora-mos pelo menos 60 peixes jovens”, informa o diretor do Instituto Reci-fe Costeiro, Manoel Pedroza.

O mero vive cerca de 30 anos, pesa até 400kg e sua pesca está proibida há sete anos. E para fazer cumprir a lei é constante o trabalho

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de conscientização realizado entre os pescadores locais por meio de ações da recém-criada Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Tamandaré, implantada este ano. Em parceria com o Sebrae, a pre-feitura firmou convênios para a realização de cursos de formação de cooperativas. Até agora foram oferecidas quatro capacitações. “Eles tem autorização para a práti-ca da pesca artesanal, com arpão, fora do perímetro que limita a APA da Costa dos Corais”, justifica Pe-droza.

Mas não é só o mar de Taman-daré que se tornou uma prioridade

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da administração pública municipal. A Reserva Biológica de Saltinho, si-tuada às margens da PE-60, é um sucesso em termos de preservação ambiental. Convênios com as Uni-versidades Federal Rural de Per-nambuco (UFRPE) e de Pernambuco (UPE) garantem o monitoramento da área para fins científicos.

São 524 hectares de Mata Atlântica, dos quais 12 foram des-truídos pelas enchentes ocorridas em junho deste ano. “Para se ter uma ideia da destruição causada pelas águas, no dia seguinte à cheia do Rio Una nós retiramos pelo me-nos 728 cacimbas de lixo e entulho

da praia”, conta o secretário de Turismo de Tamandaré, Diniz Her-mes. Para amenizar os impactos, a secretaria estadual de Ciência, Tec-nologia e Meio Ambiente (Sectma), já enviou ao Governo Federal uma proposta para conseguir recursos para a plantação de mil mudas, dentro do programa Pernambuco Verde. A iniciativa prevê o plantio de 184 mil mudas no total (mil em cada município pernambucano).

O destino do lixo, aliás, tem sido a principal ameaça para as áreas de preservação ambiental - e maior alvo de críticas da maioria dos 18 mil habitantes de Taman-daré. Interditado há um ano por determinação do Ministério Públi-co, o lixão voltou a funcionar, sem seguir qualquer padrão de segu-rança ou sustentabilidade. “Nós tínhamos desde a gestão passada o plano de um consórcio para a im-plantação de um aterro sanitário, a ser gerenciado por Tamandaré e Rio Formoso, mas ele nunca foi colocado em prática. Este ano nós concluímos um diagnóstico e es-tamos aguardando uma verba no valor de R$ 1 milhão do Governo Federal, o que só deve ser concre-tizada no ano que vem”, calcula Diniz Hermes.

O problema fica ainda mais grave nos meses de alta estação. “Nossa cidade possui 18 mil ha-bitantes, que produzem entre 20 a 30 toneladas de resíduos sóli-dos. Entre dezembro e março, o número de habitantes salta para até 120 mil pessoas”. Enquanto o consórcio não sai, a prefeitura trabalha com o viés da inclusão social e da conscientização para garantir a preservação ambien-tal. Vinte e um catadores de lixo estão registrados para a coleta de recicláveis e, programas como o Agente Jovem Ambiental e o Garis Marítimos, executados por estu-dantes do Ensino Médio da Escola Municipal Almirante Tamandaré, propagam a ideia, desde cedo, de que na natureza tudo pode ser re-novável. Do diamconse cons adiam del ut nullam, vel

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Cidades no entorno de Suape inseridas nos conceitos contemporâneos de sustentabilidadeDESTAQUE | Vullandrer se mincilis eugue feum adit del ectem iustie molenisi. Loborting el dolor acidunt alit ipit num venit vo

As discussões sobre o plane-jamento das cidades, sua

arquitetura e urbanismo estão ganhando espaço em um novo mo-vimento, com origem nos Estados Unidos: o novo urbanismo. E suas influências já chegaram a Pernam-buco. Alavancados principalmente por Suape e pelo fato de o estado ter sido escolhido para ter uma das cidades-sede para a Copa do Mun-do de 2014.Empreendimentos como a Reserva do Paiva se inserem na vanguarda desta nova estética, com a cons-trução de verdadeiras cidades ur-banas. “O movimento surgiu como resposta ao incontido crescimento dos subúrbios, que careciam de uma adequada mescla de funções para permitir a um grupo significa-tivo de habitantes trabalharem e desenvolverem outras atividades sociais em sua própria vizinhança. As pessoas dependem excessiva-mente de seus automóveis, por-que o transporte público, quando existe, é insuficiente ou não está adequadamente ligado à rede ur-bana para acessar facilmente”, ex-plica a professora Fátima Furtado,

do Programa de pós-graduação em Arquitetura e Desenvolvimento Ur-bano da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os projetistas do “Novo Urbanis-mo”, ou “Urbanismo Sustentável” estão agora a favor de comunida-des menores e com um coeficiente de ocupação baixo, além de um índice de área livre dentro de um lote alto. Além disso, esses novos empreendimentos vendem uma maior valorização da área ver-de, o que se configura como uma boa vantagem do ponto de vista do não-aumento da temperatura. “Hoje em dia a gente tem todo um cuidado com o aquecimento, as cidades têm ilhas de calor, en-tão se você tem um terreno livre, não-pavimentado, melhor, tanto para drenar quanto para evitar inundações. E se essas áreas forem também sombreadas, isso também ameniza o clima”, complementa Fátima.

Mas há um contraponto: uma cidade inteira composta nesta “es-tética” pode levar a uma situação-limite: por serem muito espalha-das, as distâncias a percorrer ficam Do diamconse cons adiam del ut nullam, vel

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ainda maiores – o que, natural-mente, força a exigência de mais infraestrutura, maior consumo de combustível para locomoção den-tro da cidade. “Então é preciso ha-ver um ponto de equilíbrio entre o adensamento. Não é sempre que o menor adensamento vai ser me-lhor. Existe um ponto ideal de equi-libro, para haver sustentabilidade”, pondera a professora.

Novamente um bairro cheio de contradições dá o pontapé inicial como exemplo de uma nova urbe sustentável. Entre a antiga região portuária do Recife, no Centro, e a entrada da Zona Sul, projetos de edifícios residenciais e empresa-riais já começam a dominar a paisa-gem, no Pina. O projeto do RioMar Shopping, concebido pelos arqui-tetos André Sá e Francisco Motta, vai utilizar água da chuva, que será armazenada e filtrada para o siste-ma de cargas de sanitários. Outra fonte de redução de consumo é o sistema de esgoto a vácuo, que reduzirá em 90% a necessidade de água para descargas e eliminará, na mesma proporção, o impacto de esgotamento sanitário na cida-de do Recife.

Estima-se que a economia ao mês chegue a mais de seis milhões de litros de água. Toda automação predial controlará os sistemas de refrigeração, iluminação, incêndio e segurança. O RioMar tem domos de vidro, que vão permitir o apro-veitamento de 100% da iluminação natural, com fatores de controle dos raios infravermelhos e ultra-violeta, o que reduz a irradiação de calor para dentro do ambiente e contabiliza uma redução de custos de energia para iluminação em até 70% entre as 10h e 17h. Embora os teóricos do urbanismo afirmarem que a cidade jamais será sustentá-vel, já que, em sua essência, tende a ser sempre um fator de desequi-líbrio, esse paradigma tem orien-tado as ações da iniciativa pública e privada na hora de planejar. “É preciso trabalhar sempre em duas pontas. Primeiro, a cidade não

deve contribuir pra agravar os pro-blemas ambientais, na ponta das emissões. Não deve gerar calor, poluir as águas, ter excesso de resí-duos urbanos sólidos. E nós preci-samos de tecnologia para resolver essas questões. Outra ponta é a do consumo. Não podemos consumir

mais energia, mais natureza. Então daí o papel estratégico da arquite-tura sustentável em oferecer por exemplo, um transporte coletivo de qualidade e, se a cidade permi-tir, um transporte não-motorizado, como as bicicletas, por exemplo”, conclui.

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Há cerca de três meses, a em-presa Plural Pesquisa esteve no balneário de Porto de Galinhas e entrevistou 300 turistas, entre estrangeiros, nacionais e locais. O objetivo era medir o grau de satis-fação do visitante com relação ao destino, os atrativos, serviços ofe-recidos e estadia na praia. Repetin-do os resultados das pesquisas rea-lizadas nos últimos anos, os dados obtidos registraram a total satis-fação dos turistas, que continuam fazendo do balneário um dos mais procurados do país. Oitenta e seis por cento dos entrevistados res-ponderam “Excelente” ou “Muito bom” para a pergunta Como ava-lia a sua estadia em Porto de Ga-linhas? E 99% das pessoas ouvidas afirmaram que recomendariam o destino a um amigo ou parente. Com relação às opções de turismo e lazer ofertadas, os números fo-ram igualmente positivos: 99% dos entrevistados se declararam plena-mente satisfeitos.

O sucesso do turismo no Ipo-juca, particularmente em Porto de Galinhas, é resultado dos frequen-tes investimentos em infraestru-tura, acesso, equipamentos ho-teleiros, capacitação profissional, promoção comercial, divulgação, preservação ambiental e equipa-mentos turísticos. Pesquisas como essa têm sido realizadas como mais uma ferramenta de monito-ração da funcionalidade dos servi-ços públicos na praia, que é um dos maiores expoentes do turismo no Nordeste. Analisando números das operadoras de viagens, também é fácil comprovar a pujança de Porto

O Complexo Industrial Portu-ário de Suape é um marco emble-mático no desenvolvimento de Pernambuco. O chamado Territó-rio Estratégico Ampliado de Suape engloba alguns municípios que, além do potencial industrial, pos-suem uma vocação natural para o turismo, como Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Jaboatão dos Guararapes. Essas cidades, bem como os demais municípios do Polo Costa dos Arrecifes (recorte que compreende 15 cidades do litoral pernambucano, além do Arquipélago de Fernando de No-ronha), são beneficiadas com os recursos do Prodetur - Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur II), por meio da Secretaria Estadual de Turismo (Se-tur), desde 2008.

Os investimentos correspon-dem a obras de infraestrutura e sa-neamento básico, implementação de projetos de sinalização turística,

Recursos do Prodetur resgatam vocação turística de municípios no entorno de Suape

promoção e capacitação profissio-nal, entre outros investimentos que colaboram na estruturação do turismo da região. Entre as obras que estão sendo finalizadas, está a construção da estrada que liga Porto de Galinhas a Maracaípe; implantação de ciclovia, pista de cooper e rótulas de acesso em Porto de Galinhas; implantação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Tamandaré e da Praia de Gai-bu, no Cabo de Santo Agostinho. Ainda em Tamandaré, o Governo do Estado está concluindo a via de contorno. Todas as obras es-tão sendo entregues à população neste mês de outubro. “No nosso entendimento, o turismo é uma fonte de riqueza econômica e so-cial, que necessita de uma atenção constante do poder público para o seu pleno desenvolvimento sus-tentável”, destaca o secretário es-tadual de Turismo, Paulo Câmara.

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Porto de Galinhas: a grande estrela do turismo

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de Galinhas como polo turístico. A TAM Viagens, por exemplo,

registra até o momento 20% de crescimento de vendas para o bal-neário com relação a 2009, mesmo percentual registrado pela opera-dora CVC. Segundo estimativas da secretaria municipal de Turismo, Cultura e Esportes, a expectativa de crescimento total no ano che-ga a 20%, aumentando de 600 mil visitantes registrados no ano pas-sado para um total de 720 mil até o mês de dezembro. Os números, que vêm num crescente, devem registrar pontos ainda mais positi-vos, uma vez que a Secretaria de Turismo tem investido esforços no estímulo aos vôos charters, princi-palmente de países vizinhos, como a Argentina.

Outra importante estratégia da prefeitura de Ipojuca tem sido o in-vestimento em ações de marketing e divulgação em diversas regiões do país e no exterior, ora em parce-ria com a Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas - AHPG, ora em parceria com o Governo do Esta-do, marcando presença em feiras e eventos, ou mesmo promovendo-os no balneário. Um bom exemplo

foi a realização, em maio passado, da 19ª edição do maior evento internacional de turismo voltado para o mercado nordestino, o Bra-zil National Tourism Mart (BNTM), que tem o objetivo de promover o encontro de empresários e opera-dores dos trades turísticos nacio-nal e internacional.

Durante uma semana, cerca de dois mil visitantes estiveram no balneário, entre operadores e agentes de turismo, hoteleiros e empresas aéreas. Foi a terceira vez que a feira aconteceu em Pernam-buco (1994, 2002 e 2007), sendo a primeira vez fora do Recife, ba-tendo recordes de participação e rodadas de negócios. Porto de Ga-linhas também sediou o X Congres-so Brasileiro de Fomento Mercantil e esteve presente, durante todo o mês de julho, no Espaço Cultural Veja SP, em Campos do Jordão, e promoverá apoiará, neste mês de outubro, o Congresso da World Airlines Club Association/WACA. Merece destaque, ainda, a parti-cipação do município no projeto Pernambuco Bom Pra Você, que levou a cultura de diversos municí-pios do país para cidades como São

Paulo, Fortaleza, Natal, Maceió, Aracaju, Salvador, Porto Alegre e Brasília. Além disso, Porto de Gali-nhas esteve presente em grandes eventos do Turismo, como o Mi-nasTur (MG), Fórum Panrotas, am-bos no mês de março, a Aviestur, em Campos do Jordão, e o Mundo Abreu, em Lisboa, ambos no mês de abril, e o 5º Salão do Turismo, em maio. Participará, ainda este ano, de eventos como a AVIRRP, em Ribeirão Preto – SP, ainda esse mês, a ABAV, que acontece no Rio de Janeiro, a Feira Internacional do Turismo-FIT, em Buenos Aires, em outubro, e o Festival de Turismo de Gramado (RS), em novembro. Porto de Galinhas também tem despontado como um destino de destaque em prêmios nacionais e internacionais. O balneário vive hoje a expectativa de receber, pela décima vez consecutiva, o prêmio VT da Melhor Praia do Brasil, con-cedido pela conceituada Revista Viagem e Turismo, publicada pela Editora Abril. Os indicados serão divulgados nos próximos meses e a premiação sempre acontece durante evento festivo, no Rio de Janeiro, agora em outubro.

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Durante quase um mês, os mes-trandos Everton Melo e José

Ramon Gadelha, vinculados ao De-partamento de Zoologia e ao Pro-grama de Pós-Graduação em Biolo-gia Animal, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), desbrava-ram 268,74 quilômetros da Mata Atlântica que circunda a histórica usina Trapiche, em Sirinhaém.

O trabalho, fruto da pesquisa “Grupo de Estudo e Conservação da Natureza”, evidenciou que 24 das 41 espécies de mamíferos na-tivos do bioma provavelmente não existem mais nessa área, o que

Mata da Usina Trapiche abriga nova espécie de porco-espinho

corresponde a 58,5% do total. Mas apesar da degradação, os estudan-tes descobriram uma possível nova espécie de porco-espinho do gêne-ro Sphiggurus, o cuandú-mirim, que será submetido a periódicos científicos para aprovação.

Os estudantes registraram, ain-da, a presença de outro porco-es-pinho também chamado de ouriço, o Coendou prehensilis, que servirá de neótipo, espécime depositada em museu para designar a espécie. Este foi descoberto em Pernam-buco no ano de 1758. No entanto, o animal coletado originalmente,

denominado holótipo, foi perdido. A descoberta desse novo espécime servirá como padrão para os futu-ros trabalhos desenvolvidos a res-peito do ouriço.

“A comunidade de mamíferos sobreviventes é altamente simpli-ficada, já que restaram poucas es-pécies, todas elas de médio porte, não existindo mais os grandes ma-míferos. É, ainda, generalista, pois essas poucas espécies só consegui-ram sobreviver porque se adap-taram à utilização de alimentos escassos e habitat de baixa quali-dade”, explica Éverton. Há espé-cies, que mesmo sendo tendo seu habtitat degradado, parecem ser poucos sensíveis a esse processo, com mantendo grande densidade populacional.

Exemplos dos mamíferos são o sagui (Callithrix jacchus), a pre-guiça (Bradypus variegatus), o quati (Nasua nasua), além do es-quilo (Sciurus aestuans) e da ra-posa (Cerdocyon thous). Espécies como o papa-mel (Eira barbara), o gato-do-mato (Leopardus tigrinus) e o ouriço (Coendou prehensilis) apresentam baixas densidade po-pulacional, pois não conseguem se adaptar a esse ambiente.

A diminuição da população dos mamíferos resulta do impac-to humano e dos fatores fisiológi-cos próprios de cada espécie. Os pesquisadores da UFPE reforçam a necessidade de medidas conser-vacionistas urgentes para a Mata Atlântica em Pernambuco, pois se nada for feito, muitas espécies podem desaparecer nas próximas décadas antes mesmo de se torna-rem conhecidas pela ciência.Do diamconse cons adiam del ut nullam, vel

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Para conhecer o artesanato produzido nas praias do lito-

ral sul de Pernambuco, o visitan-te pode percorrer dois caminhos. O primeiro é visitar as inúmeras lojinhas dispostas nas orlas e praças públicas. O outro é visitar as casas dos moradores. De São José da Coroa Grande ao Recife, não há uma moradia em que não se encontre uma toalha de renda de bilro, louças de barro ou gran-des cestos feitos em papelão. Nas peças, é possível observar um artesanato genuíno e único, que dificilmente se acha em ou-tras partes do Brasil.

A fibra de côco, material aparentemente desprezível, se transforma em uma bonita flor, capaz de figurar nas coleções de grandes grifes especializadas na decoração de casas e escritórios. Quem garante o destino lucrati-vo é a dona de casa Maria Helena da Silva, de 57 anos. Há dois anos ela freqüenta as capacitações oferecidas gratuitamente pelo Centro Pernambucano de De-sign, em parceria com o Sebrae, e já prepara 50 flores feitas des-te material, encomendadas pela Tok&Stok. “Eu sempre trabalhei com artesanato, mas era mais pela satisfação. Agora nós esta-mos aprendendo como vender mais e melhorar nossas oportu-nidades”, conta a artesã.

A matéria-prima é colhida principalmente do sítio de co-queiros da Várzea do Una, em São José da Coroa Grande. Além de Maria Helena, outras 22 ar-tesãs participam do projeto, co-ordenadas pelo consultor e de-

Cultura popular e os tipos humanos interessantes

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ma que tem a cara de São José, as artesãs fizeram uma pesquisa de campo durante três meses, sob orientação do Sebrae. “An-tes eu fazia pintura em tecido, almofadas, bolsas.Já trabalhei em Usina. Mas a arte em fibra de côco me fascina. Melhora a nossa auto-estima ver o traba-lho da gente sendo valorizado”, orgulha-se Gildete Maria Chá, de 53 anos.

Pelo menos três vezes por semana, a trançadeira Vera Lúcia da Silva Fernandes, de 55 anos, enfrenta, a pé, um percurso de cerca de quatro quilômetros, re-pleto de atoleiros e outros obs-táculos. A distância separa o Qui-lombo Onze Negras, nas terras do Engenho Trapiche, da parada de ônibus na avenida mais próxi-ma, no município do Cabo.

As caminhadas são motiva-das pela busca da arte. Há dois meses, a remanescente da co-munidade quilombola descobriu que o papelão jogado fora pelas indústrias existentes na cidade podem se transformar em peças exclusivas. “Eu faço tudo com pa-pelão. Jarros, capas de agenda, quadros, porta-lápis. O que vier na minha cabeça”, conta a rema-nescente quilombola.

Diferentemente de outras técnicas de artesanato, a confec-ção dos trançados em papelão ainda não é um ofício repassado há tempos, de mãe para filha. O trabalho é fruto do projeto Pa-péis da Vida, ação de inclusão so-cial do empreendimento Reserva do Paiva. Iniciado há dois anos, o projeto conta com a parceria do Sebrae para o aperfeiçoamento do grupo de artesãos, que já che-ga a 30 alunos. “Tivemos uma pa-lestra e em seguida já fomos para a prática no primeiro dia de aula. Eu já amava a natureza e agora eu passei a amar mais, e por isso eu estou cada vez mais me espe-cializando”, diz Maria Letícia de Santana, de 59 anos, artesã vete-rana do projeto. Do diamconse cons adiam del ut nullam, vel

signer Alexandre Carvalho. “Elas encontraram uma identificação cultural para a cidade, o que con-fere um diferencial competitivo

no mercado, e, consequente-mente, gera mais renda”, justifi-ca Alexandre.

Para escolher a matéria-pri-

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Na esteira do balneário de Por-to de Galinhas, o mais badala-

do do Brasil, em Ipojuca, a Barra de Sirinhaém, no município vizinho, é, atualmente, um dos principais re-fúgios dos turistas de “sol e mar” que procuram o litoral sul pernam-bucano. A geografia garante o cha-me do lugar: banhando por rio de um lado e mar de outro.

Tecnicamente, a praia de Gua-dalupe é chamada de “fluviomari-nha” e oferece uma bela vista do Rio Sirinhaém e é a favorita dos praticantes de esportes náuticos, como o jet ski e catamarã. Mas é preciso caminhar com cuidado pela estrutura que leva até as em-barcações.

O Píer Mariaçu, de 280 me-tros de comprimento (o maior de Pernambuco), está interditado há algum tempo, e aguarda reparos, com prazo máximo de conclusão previsto para este verão. “O Go-verno do Estado investiu R$ 144 mil na recuperação no píer, mas falta segurança, falta manuten-ção”, lamenta o assessor da secre-taria Municipal de Turismo, Jorge Camacho.

Sirinhaém se prepara para entrar na rota do turismo modernoDESTAQUE | Vullandrer se mincilis eugue feum adit del ectem iustie molenisi. Loborting el dolor acidunt alit ipit num venit vo

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O problema parece interferir no fluxo de turistas do local. Por ano, a estimativa é de apenas 80 mil pessoas, que dispõem, no total, apenas seis pequenas pousadas e quatro chalés, o que resulta em 350 leitos. “O que faltam também são bons restaurantes à beira-mar. Os que existem ainda funcionam de maneira irregular”, completa Camacho.

Mas se depender dos inves-timentos que estão chegando a Sirinhaém, o volume de visi-tantes será triplicado e as praias locais receberão equipamentos estruturados. “A expectativa é grande. Sirinhaém começa a ter visibilidade para o empresariado local, nacional e de outros paí-ses. O desenvolvimento começou com a instalação da indústria de pré-moldados Charters Montei-ro. Além disso, temos também a construção do Hotel Sesc até 2013, o primeiro da rede no lito-ral. A iniciativa vai gerar renda e formar mão de obra nas áreas de turismo e hotelaria”, prevê o pre-feito Fernando Urquiza.

O empreendimento do Sesc será construído na Praia de Ga-

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mela. O protocolo de intenções foi assinado, entre o prefeito e o pre-sidente do Sistema Fecomércio, Josias Albuquerque. Além do hotel Sesc, também está prevista a cons-trução de uma unidade do Senac, voltada para educação profissional

nas áreas de turismo e hotelaria. O investimento previsto para o com-plexo, que ocupará uma área de cinco hectares, é de R$ 16 milhões, com uma expectativa de gerar cer-ca de 150 empregos diretor e 400 empregos indiretos.

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