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CONFIRAM A EDIÇÃO 62.

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Índice

12 Artigo: Anne Kariny de Caprio

26 Artigo: Regina Gaiotto

32 Moda: Conforto com Estilo

34 Cultura: Cláudia Leite

36 Artigo: Eduardo Luiz Brizotti

44 Cidade: Jumirim

48 Artigo: Ivana Guite

50 Artigo: Ômega 3

51 Sociais: Restaurante Juma

52 Música: RAP

56 Artigo: Pathwork

08mães

14trabalho

20persona

29capa

38enfermagem

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A Revista VITRINI é uma publicação mensal da Gráficos Botega LTDA.

Circula em Tietê, Jumirim, Laranjal Paulista, Boituva e Cerquilho.

E X P E D I E N T EDiretor exeCutivoJoel Botega - DRTE Nº 46269.0011/2003-71

Diretor CoMerCiALAntonio Vanderlei da Cruz

reDAtorJosé Antonio Carniel

Diretor De ArteSAnderson Dias Machado

ProJeto GrÁFiCoADM STuDIo [email protected]

CoNtAtoS PuBLiCitÁrioSMarcos Siqueira - (15) 9714-9435/9168-9162Romualdo J. Moraes - (15) 9768-0127

CAPAMoDELo: Joseane ColodeteFoToS: Glória Rocco / Icone TV / Academia Força Física • Tel.: (19) 3491-5695ROUPAS: Vera Sarcinella • Tel.: (19) 3491-1562

FotoS eDiçÃoRevista Vitrini, colaboradores, arquivos pessoais, assessorias e sites.

FALe CoM A reviStA vitriNiTel.: (15) 3282-5242e-mail: [email protected] do Comércio, 264 - Sala 03Centro - CEP: 18530-000 - Tietê-SP

ProDuçÃo GrÁFiCAPRINTING GRÁFICATEL.: (15) 3285-2150

Os artigos assinados e anúncios são de responsabilidade de seus respectivos autores/anunciantes.

E d i t o r i a l

vitriNi6

Mulheres que dividem o lar com a administração pública e carre-

gam no coração a emoção de serem mães recebem nesta edição

da Revista VITRINI a justa homenagem pela comemoração do

dia das Mães neste mês de maio. Ouvimos das primeiras damas

de nossa região e também das vereadoras que representam

o povo no Legislativo, quais são suas emoções de terem recebido de Deus o

sagrado poder da maternidade.

Os trabalhadores também são homenageados pela revista. Contamos em

rápidas pinceladas a passagem da tipografia à tecnologia para se fazer um

jornal e com isso prestamos homenagem a muitos funcionários que acompa-

nharam essa rápida transição.

A recente lei que trata do trabalho das empregadas domésticas também

merece análise através de um artigo.

Também são homenageadas as enfermeiras que labutam diuturnamente

na Santa Casa local acompanhando os doentes muitas vezes mais do que suas

próprias famílias, e que assim mesmo, passam por incompreensões.

Na seção “Persona” a história emocionante de um jovem que deixou a fa-

mília no norte do País e correu atrás de um sonho: o de ser jogador de futebol.

Nessa curta trajetória conheceu outros países e em pouco tempo aprendeu a

dominar perfeitamente um idioma. Ele reconhece no seu relato a presença

constante do seu Deus que tanto ama dentro de seu coração.

Outros artigos, como moda, por exemplo e diversos assuntos fazem par-

te desta edição o que torna a revista um motivo para ser lida e relida pelos

nossos leitores.

Boa leitura.

Atitude, amore carinho

Fechamento: 29/04/2013

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Dia das Mães

presente em todos os

momentos

Mãe

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Dia das Mães

Qualquer pessoa normal neste

mundo que vê a chegada do mês de maio não consegue

deixar de lado um só pensamento: MÃE. Apenas três letras, porém, o centro do ser humano em sua essência, ou seja, a semente que cresce, o ser que se cria, a vida que floresce e o amor que se

eterniza. O tempo passa na

vida de cada um como um

relâmpago, mas a imagem da mãe jamais se apaga.

E é assim que passam-se os dias, os anos, uma vida inteira e não há

palavras suficientes que possam

descrever o que é ser mãe, o que é

ter uma mãe...

A Revista VITRINI, para prestar sua homena-gem às mães neste mês de maio, procurou ouvir as mulheres que representam a po-pulação das cidades de Tietê, Cerquilho,

Laranjal Paulista e Jumirim nos órgãos públicos, como as primeiras damas no Poder Executivo e vereadoras no Poder Legislativo.

“ÀS MÃES rendo minhas homenagens.O amor de mãe é algo que vai além das nossas razões

e dos nossos sentimentos, ele é singular, sublime e pode ser comparável somente ao amor de Deus.

A todas que forem alcançadas por este reconhecimen-to, o recebam como bálsamo para amenizar seu sofrimento, como estímulo de alegria para seu coração e finalmente para eternizar-se no prazer de sentir-se mãe.

A essa mulher que pela imensidão de seu amor, pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo; a essa mulher que sendo moça, pensa como anciã,sendo velha, age com todas as forças da juventude, quando ignorante, melhor do que qualquer sábio desvenda os segredos da vida, quando sábia, assume a simplicidade das crianças, pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama, rica, empobrece para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos, forte, estremece ao choro de uma crianci-nha e fraca entretanto, possui a bravura dos leões.

Mas que quando viva, nem todos sabem dar valor, porque à sua sombra todas as dores se apagam e quando morta, tudo o que somos e tudo o que temos, daríamos para tê-la de novo e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios e ouvir a voz da sua oração nos apresentando a Deus.

Salve o Dia das Mães e que Deus abençoe a todas nós”

Cleusa da Silva BelinoVice-presidente da

Câmara Municipal de Cerquilho

Cleusa e suas filhas Cintia e Samara

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Dia das Mães

“Mãe!Não há felicidade maior para uma mãe quando o filho

coloca a chave na fechadura da porta e entra em casa, mais um dia se passou e eles chegaram.

Mãe é ser feliz e chorar quando eles tiram o primeiro diploma que normalmente é da pré-escola.

Mãe é vibrar quando eles vão participar de algum campeonato e mesmo que percam ficamos tristes, mas afagamos com amor indiscritivel.

Mãe, eu sou mãe com muito orgulho e faria tudo novamente,

Mãe de João Paulo e Ana Carolina, com muito amor!!!!!”

“Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, e observar suas descober-tas”.

Quando uma mulher fica sabendo que está gerando uma nova vida, é uma felicidade ser abençoada com esse sonho!

São muitos sonhos, mas é também pedir a Deus que esse novo ser venha perfeito, com uma boa índole, que seja humano, inteligente, esforçado, trabalhador e honesto.

Ser mãe é tudo de bom e é muito gratificante!

elizabeth Matteucci1ª Secretária da Câmara

Municipal de Jumirim

rosangela NascimentoPrimeira Dama de Jumirim

Sílvia Korn de CarvalhoMãe do prefeito de Tietê

Elizabeth com os filhos João Paulo e Ana Carolina

Rosangela e sua filha Maria Rebeca

Sílvia e o filho Manoel David

“Gostaria nesta oportunidade deixar uma mensagem a todas as mães, que através de sua perseverança e carinho, leva a força e a felicidade a todos nossos lares.

A mãe incansável, com jornada de trabalho redobrada, que com paciência busca manter o equilíbrio para educar seus filhos e a tranquilidade de seu lar, sendo a sustentação maior da estrutura familiar.

Que Deus ilumine o caminho de todas, na missão de cada uma, com a bênção da nossa Senhora Mãe de Jesus”.

isabel Cristina CamarinPrimeira Dama de Laranjal Paulista

Isabel Cristina com os filhos Diego e Ana Laura

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Dia das Mães

“Ser mãe antes de qualquer coisa é amar seu filho.

É lembrar que ele é uma herança do Senhor e deve ser

conduzido em amor. Deve ser educado num ambiente que

priorize disciplina, gratidão, religiosidade, cidadania e

ética. Ser mãe é aceitar seu filho como é, respeitando suas

potencialidades e ajudando-o a assumir a responsabilidade

pelo que faz. Ser mãe é conduzir seu filho a ser indepen-

dente e cidadão do mundo”.

“Ser mãe é viver, e assim como a vida pode ter vários

caminhos para ser desenvolvido, a graça da maternidade

também apresenta suas vias para nos tornar mães.Cada

qual com suas peculariedades, mas todas com um propósito

em comum : viver para seus filhos.

Existem aquelas que a vida as fazem guerreiras, pois

seus filhos precisam de maior atenção. Faço nesse mo-

mento referência a nossas mães com filhos portadores de

alguma necessidade especial, seja por limitação física ou

cognitiva. Essa troca de experiência é tão rica, pois imagino

que o amor dessas mães, para verem seus filhos inseridos

na sociedade, seja capaz de superar qualquer limitação

imposta, e o retorno em ver seus filhos vencerem, assim

como aprender a viver para essa vitória, se torne o maior

ensinamento que a vida preparou para ambos.

Há aqueles casos que o caminho traçado para elas é

se ausentarem de seus filhos, na triste inversão do tempo,

no qual nossos filhos partem para outra vida antes de nós.

Tão difícil quanto essas separações físicas talvez seja

o advento das drogas na vida de uma família, um período

negro, sendo o amor de mãe o maior instrumento que

um filho pode ter para se libertar. Não poderia deixar de

lembrar daquelas mulheres que apesar de não terem tido

filhos gerados por si, acabam por encontrar alguém para

se dedicar oferecendo à eles seus melhores sentimentos

e qualidades.

Sandra Maria takakuraPresidente da Câmara

Municipal de Tietê

regina Maria AbdalaVereadora da Câmara

Municipal de Laranjal Paulista

Sandra com os filhos Flávia, Franco e Stella e familiares

Regina e seus filhos Odair e Suraya

Contudo, para mim, tal dia passou a ser mais espe-

cial com o nascimento de meus dois filhos, pois foi com

eles que aprendi acima de tudo a relação de doação e

dedicação que a maternidade é doação de tempo, amor

e carinho. Dedicação no empenho em oferecer educação

e oportunidades.

A maternidade é, sem duvida, a profissão mais exigen-

te, uma vez que cobra esforços diários. Sendo consequen-

temente a mais gratificante, já que o orgulho propiciado

pelas realizações e conquistas dos nossos filhos é algo

imensurável e alem disso, de certa forma é uma vitória

nossa como mães.

A meus filhos, Odair e Suraya , deixo aqui meus

agradecimentos por todos os nossos momentos, pela nossa

vida. Assim, como deixo também os meus sentimentos de

amor e admiração. A todas nossas queridas e guerreiras

mães um forte abraço e parabéns á todas.

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Artigo

Por Anne Kariny de Caprio - Psicóloga - CRP 06/92683 - Master Practitioner em Programação Neu-rolinguística. E-mail: [email protected]

Foto

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uivo

Pes

soal

seus filhos protegidos do veneno que nós desti-lamos diante da diferença. Elas os protegem de nós que deveríamos encarar a deficiência com naturalidade e amor.

Embora nós adultos tentemos nos isentar da responsabilidade de termos filhos que julguem a diferença, os nossos filhos ainda apontam com os seus dedinhos o outro a sua frente. Sabemos que nossos filhos modelam os nossos comporta-mentos, ou seja, eles apenas reproduzem o que eles observam em nós. o que não é natural para nós pais nunca será natural para nossos filhos¸ e assim continuamos este circulo vicioso de comportamentos aprendidos e errados que nos distanciam do amor.

Vocês mães heroínas são nossas professoras, são o mais puro ensinamento de amor que po-demos ter, de como “amar o próximo como a ti mesmo”. Sintam-se abraçadas e reconhecidas por tudo que são e fazem por nossas crianças espe-ciais. Desculpem nossas falhas humanas, ainda há tempo para aprendermos com vocês a arte de amar. A arte de pregar o amor como Jesus pregou e que muitas vezes não conseguimos colocar em prática: o amor incondicional.

Mães heroínas

Está chegando o Dia Das Mães e esta é uma data muito especial, pois é hora de homenagearmos àquela que nos gerou e nos conduziu por boa parte de nossas

vidas com muito amor e dedicação. Não me refiro apenas às mães biológicas, mas sim a todas as mulheres que fizeram o possível e o impossível pelos filhos, mesmo estes não sendo sangue do seu sangue, como se diz por aí.

Mães, mulheres que tem o privilégio de tra-zer a vida, que tem em suas mãos o “poder” de permitir que a vida se perpetue, deixo aqui não somente o meu abraço, mas também o abraço de todos os leitores.

Deixo também neste artigo o meu sincero reconhecimento às mães de filhos especiais. Mães que amam incondicionalmente seus filhos fazendo das suas vidas o melhor que podem. Mães que através de um olhar de um surdo-mudo ou um sorriso de um deficiente visual são capazes de sentir este ser por completo como se não tivessem deficiência alguma.

Como todos nós sabemos ser diferente ainda não é ser igual muito menos normal. o preconcei-to parece um conceito ultrapassado que não faz parte do nosso dia a dia, mas é uma inverdade. o preconceito e a discriminação estão presentes trazendo muita tristeza e desprezo para essas almas doces que precisam apenas de amor e respeito. onde estas pessoas encontrariam o amor incondicional senão em suas casas com suas famílias, suas mães ou com pessoas próximas com quem convivem? Encontram afetividade nas pessoas naturalmente boas, mães amorosas que desempenham o papel materno com dignidade e amor.

Por que mães heroínas? Porque são mães que amam seus filhos como são, com quaisquer de-ficiências que sejam portadores. Que enxergam neles muito mais do que os nossos olhos precon-ceituosos podem ver. Mulheres que enfrentam o mundo hostil aí fora para sempre manter os

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Dia do Trabalho

Da tipografia à tecnologia a arte de se fazer jornal

O avanço tecnológico espanta sob todos os aspectos. E quando se fala em jornal, há no mercado de trabalho

nos dias de hoje quem vive na frente da tela

de um computador e já viveu dentro de uma tipografia. A di-ferença é que o mes-mo jornal que hoje é feito com número

reduzido de funcioná-rios e num curto espa-ço de tempo, já foi, há poucos anos, local árduo de trabalho de vários funcionários. A Revista VITRINI home-nageia o trabalhador neste mês de Maio

falando um pouco dos tipógrafos de Tietê

que viveram a era do chumbo e que hoje

acompanham o avanço da tecnologia

José Rubens Bonadia, que tra-balhava no jornal Nossa Folha, onde se aposentou lembra que “era trabalhoso fazer o jornal,

a gente ficava a semana inteira ca-tando tipos, distribuindo os mesmos depois de impressos para repetir tudo de novo. Mas dá saudades desse tempo, era muito gostoso trabalhar na gráfica do jornal”. Bonadia é um dos tipógrafos que viu de perto o surgimento da tecnologia que mudou completamente a forma de se fazer jornal. Ele e Antonio Angelo Pires Tavares foram os primeiros funcioná-rios do jornal Nossa Folha, fundado em 10 de maio de 1959 pelo Cônego Lúcio Flora. Tavares lembra com saudades de quando foi convidado pelo padre para montar um novo jornal em Tietê.

Cesar Guite, que hoje é o dia-gramador do jornal Nossa Folha, começou na gráfica desse semanário com 12 anos de idade, viu de perto o penoso trabalho de composição com tipos, linotipo, diagramação e im-pressão. Acompanhou o surgimento da computação gráfica e lembra um pouco dessa história (veja entrevista na página 20).

Tietê conta hoje com cinco jornais. Três deles, Nossa Folha, o

Democrata e Imprensa, já tiveram funcionários chegando logo na se-gunda-feira cedo e “catando” tipos durante toda a semana para que o jornal ficasse pronto para ser entre-gue no sábado de manhã. os outros dois, Destaque News e Folha da Cidade, já surgiram em época onde a tecnologia começou a mudar tudo.

uma semana de trabalho para fazer a Nossa Folha no final da dé-cada de 60 e início dos anos 70 faz

Fotógrafo Paladini, redator José Mazzu-catto, tipógrafos Bijau, Bento, Tavares e Bonadia. Início da década de 60

Visão geral de como era a Gráfica do jornal Nossa Folha antigamente

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Dia do Trabalho

parte da memória deste redator. Logo de manhã na segunda-feira os tipógrafos começavam a distribuir nas caixas os tipos de chumbo usados para impressão do jornal da semana anterior. Tudo precisa ser feito com esmero e cuidado, pra que, em seguida, ao fazer as composições das novas matérias e artigos, o trabalho não ficasse prejudicado com erros e atrasos nas composi-ções. Era serviço para três ou mais tipógrafos. E já na segunda-feira começavam as composições.

Para compor uma matéria a ser publicada no jornal o trabalho era artesanal. o tipógrafo tinha à sua frente uma caixa de madeira com dezenas de separações onde ficavam os tipos de chumbo. Com um instrumento na mão, chamado componedor, o tipógrafo catava tipo por tipo, colocando lado a lado nesse componedor, for-mando as linhas que depois seriam diagramadas na página. Até o início dos anos 80 se usava essa técnica nos jornais da região. Claro, em grande jornais já haviam linotipos, que também começa-ram a chegar na região. os primeiros linotipistas em Tietê foram Messias e Amantino.

Prontas as páginas, iam direto para uma impressora, na época, lerda e que quase sem-pre dava problemas. Imprimir cerca de 1.000 folhas de jornal com duas páginas diagramadas, às vezes, levava até duas horas. Sem contar o

Em primeiro plano, Tavares, à direita Bonadia e ao fundo linotipista Amantino

Visita do governador Laudo Natel à gráfica da Nossa Folha, início dos anos 70: a partir da esquerda: Janguta, Mazzucatto, vice-governador Antonio Rodrigues, governador Laudo Natel e funcionários Bonadia, Bijau, Carniel e Tavares

Linotipista Amantino Campos sendo observador pelo ex-político Jânio Quadros

Equipe da gráfica do jornal Nossa década de 60: Bonadia, Bento, Machia, Tavares e Bijau

Bonadia, redator Mazzucatto e colaboradores Elias Tavares, Zé Marcio Porto, Valter Consorte (repórter) e João Inácio

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Dia do Trabalho

Equipe de funcionários e colaboradores do jornal, início década de 80

Fundador do Jornal Nossa Folha, Cônego Lúcio Flora Graziozi

Equipe de funcionários e colaboradores do jornal, início década de 80Angelo Pasquotto e Iracema Mondim Ferreira, que também foram proprietários do Jornal Nossa Folha

Cesinha trabalhando na impressora que levava duas horas para imprimir duas páginas

Início da década de 80: Cezar Guite, Amantino, Andreia, Rosanira, Bonadia, Virginia e Romualdo

tempo que se levava para acertar a máquina, fazer revisão na diagramação, etc. Imaginem que esse serviço precisava ser feito, ao longo da semana, várias outras vezes até que o jornal ficasse pronto, com muito sacrifício no final da noite de sexta-feira.

O trabalho nas gráficas era agitado a semana inteira para se fazer um jornal. E sempre aconte-ciam imprevistos, como gosta de contar Rubens Bonadia. “As vezes você passava horas compondo uma matéria e depois, por um descuido qualquer, você batia a composição num canto da mesa e caia tudo no chão... o ruim era aguentar as go-

zações, porque tinha que catar os tipos e colocar um a um no lugar certo em suas caixas”.

As gráficas na época eram motivo de curiosi-dade por parte de muitos estudantes, que tinham interesse em saber como era feito um jornal. Por essa razão, aconteciam muitas visitas. E não eram só estudantes. Até mesmo um governador do Estado de São Paulo, Laudo Natel, em visita à Tietê aproveitou para dar uma passada na gráfica do jornal Nossa Folha. Anos depois quem matou a curiosidade de saber como trabalhava uma linotipo foi Jânio Quadros, que na época fazia campanha para governador do Estado.

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REVISTA VITRINI - Você trabalhou com tipografia e prensas, certo?

CeSAr Guitte - Sim. Por 13 anos

rv - De que ano a que ano trabalhou com isso?CG - Comecei a trabalhar no jornal O Democrata

em 1985 com 12 anos de idade. Fui registrado em 1º de fevereiro de 1987, quando tinha 14 anos. No jornal O Democrata eu trabalhava no Departamento Financeiro com as cobranças e, nas horas vagas, ia até a oficina para ver como o jornal era feito. Foi assim que me interessei pelo trabalho de montar as páginas e pela impressão do jornal. Isso foi até 27 de novembro de 1989. Em dezembro de 1989, iniciei no jornal Nossa Folha e, em abril de 1990, passei a ser o impressor. Devido à modernização e a era da informática, em janeiro de 1998 o jornal Nossa Folha passou a ser editado por programas, como o PageMaker, Photoshop e Corel Draw, e impresso em off-set e rotativa.

Em 22 de outubro de 1998 consegui junto ao Mi-nistério do Trabalho o registro de diagramador e o DRT.

rv- Como era o trabalho?CG - Era intenso, porém, divertido. Montar uma

página de jornal era como formar um quebra-cabeça.

rv - Gostava do trabalho?CG - Gostava. Era uma terapia. Além da montagem

das páginas, toda semana tinha a tarefa de limpar e engraxar a máquina.

rv - era demorado? Como se dava o processo feito dos materiais nestas máquinas e quanto tempo demo-rava em média?

CG - Sim, era demorado. Primeiro, o redator de-senvolvia as matérias e, posteriomente, passava para o linotipista que, por sua vez, fazia as matérias na máquina linotipo. Depois das matérias prontas o paginador mon-tava as páginas do jornal. Era como um quebra-cabeça. Para ser impressa, cada página tinha seus anúncios e as matérias. Depois de tudo montado, a impressão saia com páginas duplas. Imprimia um lado duas páginas e depois do outro lado mais duas páginas. Era demorado e dava muito trabalho. A cada duas páginas impressas demorava, mais ou menos, 1h30 para uma quantidade de 1.000 jornais.

rv - o que era legal e o que era difícil no trabalho com essas máquinas?

CG - Legal: o procedimento sobre como eram fei-tos os jornais para os leitores. Frequentemente escolas levavam os alunos para visitar o jornal e, muitas vezes, expliquei como era todo o processo. O difícil era quando a máquina quebrava. Daí, atrasava a edição do jornal.

rv - onde você trabalhou com isso? Quantas má-quinas tinham? Quantas pessoas trabalhavam com você?

CG - No jornal O Democrata em 1985, tinha duas li-notipos e duas impressoras (uma era automática - pegava o papel sozinha) e uma manual (a gente que tinha que colocar o papel para a impressão). Neste jornal, trabalhei até 27 de novembro de 1989 com sete pessoas.

Em dezembro de 1989, entrei no jornal Nossa Folha. Passei a ser o impressor e paginador (hoje diagramador). Tinha duas linotipos e uma impressora automática. Tra-balhamos em oito funcionários e, com o passar dos anos, o número foi dimuindo por conta do Nossa Folha passar a ser editado pelo computador e impresso em off-set e rotativa. Então, ficamos em quatro funcionários. Pouco tempo depois, o Nossa Folha ficou comigo e a Damana Rodrigues (hoje a editora-chefe). Em setembro de 2006, o grupo Pasquotto comprou o jornal. Hoje, trabalhamos Flaviana Paquotto, Damana Rodrigues e Denival de Lima, além dos colaboradores como Édie Honório e Luiz Montanham.

rv - Como você vê o seu trabalho antigamente e hoje. Comente as principais mudanças.

CG - Antigamente, trabalhava mais à vontade. Era uma aventura trabalhar nas máquinas. Trabalhava quase toda semana até tarde para fechar o jornal. Hoje as exigências do mercado são maiores e, no entanto, a qualidade do jornal melhorou muito. Trabalhar hoje ficou mais prático com a tecnologia da informação.

César Guitteacompanhou a transição

Dia do Trabalho

Páginas coloridas? Nem pensar...

As páginas coloridas que atraem os leitores dos jor-

nais atualmente, na época da tipografia... nem pensar.

Todo o jornal era impresso numa só cor. Para se imprimir

uma foto era necessário viajar até São Paulo para fazer

um clichê, uma placa metálica, quase sempre de zinco,

usada para imprimir imagens ou textos em uma prensa

tipográfica. A foto era aplicada nessa placa como se fosse

um negativo, em relevo. A placa gravada era pregada num

pedaço de madeira do mesmo tamanho e com altura dos

tipos usados para composição. O difícil para o diagrama-

dor ou impressor era calçar o clichê para que recebesse a

quantidade certa de tinta.

Fotos: Luis de Campos Paladini e Arquivo Nossa Folha

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VITRINI20

Persona

Alto, esguio, corpo atlético e olhar sereno. Enquanto fala de sua vida não esconde em nenhum momento a emoção e não se sente envergonhado a falar do Seu

Deus e nem ao enxugar lágrimas que insistem em correr pelo rosto quando lembra da sua mãe Maria Terezinha de Jesus, que tanto amou, mas não teve como se despedir na hora da sua morte, no final de setembro de 2007. “Estava longe, em São Paulo, e recebi a notícia que fez me sofrer e chorar muito. Poderia até ter ido a Sergipe, onde ela morreu, mas não queria me esquecer jamais de sua imagem viva”, conta soluçando Marcone.

Marcone nasceu em 5 de setembro de 1988, na cidade Inhambupe, Bahia. Aos dois anos mu-dou para Sergipe e em 1998 veio com a família para Jumirim. Dois anos depois voltou para Sergipe na cidade de Arauá, povoado chamado Progresso. Em 2006 resolveu seguir o sonho de se tornar jogador de futebol e veio para São Paulo, sozinho, com 17 anos, numa viagem que durou dois dias de ônibus. Marcone lembra que “quando tinha nove, dez anos jogava de goleiro numa escolinha de futebol distante 18 km de

Sonho e fé superam saudade e tristeza de Marcone

Aos 24 anos de idade, Marcone de Jesus Santos já tem na sua trajetória de vida a luta pelo sonho de se tornar jogador de

futebol e a descoberta da fé em Deus que o fizeram enfrentar saudade, fome e tristeza. Recentemente chegado da Suíça, mora e trabalha em Jumirim e agora ensina crianças a

praticar o futebol.

minha casa e ia treinar de bicicleta. Eu queria ser atleta para mudar a vida de minha família”.

Ele sonhava com o futebol, mas o que não sabia, era sobre as surpresas que a vida lhe pregaria. Chegou em São Paulo no dia 14 de fe-vereiro de 2006 para fazer um teste de goleiro no Juventus da Mooca, marcado para dois dias depois. Ficou hospedado junto com cunhados e amigos numa pequena casa, de dois cômodos, onde moravam oito pessoas. No dia marcado para o teste, a primeira surpresa: o teste havia sido transferido para o mês de Agosto. Abalado, sem dinheiro para voltar para sua terra e com saudades da família decidiu lutar pelo sonho de ser atleta e foi treinar no Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo. Sua mãe mandava dinheiro para passagens, porém, na convivência com os cunhados e amigos começou a se sentir maltra-tado, pois eles queriam que Marcone procurasse trabalho e abandonasse o sonho do futebol. “Cheguei a ficar quinze dias comendo arroz e ovo, sentia fome, saudades, estava começando a ficar desesperado”, diz Marcone. Pensava numa forma de abandonar tudo e ir embora, quando

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Persona

uma moça evangélica de nome Emilia o convidou para ir a uma Igreja. “Foi aí que aprendi a co-nhecer Deus e comecei a falar com Ele, contando sobre meus sofrimentos, necessidades, coisa que nunca tinha passado na minha vida de pobre com minha família”, diz Marcone.

A partir de então, Marcone teve outra oportunidade e foi treinar no campo da cida-dania, Carandiru, num teste para Juventude de Caxias. Foi para um apartamento que dividiu com um amigo e passou fome na primeira noite e dia. um amigo, Rogério Lima, o viu abatido e o convidou para um Culto de Jovens na Igreja Evangélica Assembléia de Deus. Foi no dia 5 de setembro de 2006, dia que completava 18 anos de idade. “Esse momento jamais esqueço - diz Marcone - pois mudou minha vida. Estava sentado no último banco, num lugar que jamais havia ido, onde ninguém me conhecia. Fiquei surpreso quando o Pastor, através do dom chamado Re-velação, começou a falar: ‘tem um jovem nessa igreja que veio de outro estado e está passando necessidade, precisamos ajudá-lo’. Me apontou dizendo que eu estava de camisa preta e corrente e pediu pra que eu me levantasse, sem sentir vergonha, porque a obra de Deus para mim era muito grande, que eu tinha que passar por todos esses sofrimentos para poder um dia contar essa

experiência a outras pessoas”.Segundo conta Marcone, foi a partir de então

que as coisas começaram a mudar na sua vida. Novas oportunidades foram surgindo até que acabou jogando no exterior. Pouco tempo depois, ao morar em dois períodos na Suíça, aprendeu sozinho a ler, falar e escrever em italiano.

trAJetÓriA No FuteBoL - No final de 2006, Marcone teve uma passagem pelo Nacio-nal da Barra Funda em São Paulo. Em junho de 2007, jogou pelo Juventus da Mooca e recebeu o primeiro convite para jogar no México, porém, isso não aconteceu. Foi para Quatro Barras em Curitiba e em 2008, Cascavel, onde jogou pelo Foz do Iguaçu na Primeira Divisão, categoria sub-20, campeonato paranaense. Em 2009 jogou pelo união de Suzano e em 2010, Fernandópolis, onde ficou três meses. No final de 2010 foi para o CFZ, time do Zico (ex-jogador do Flamengo) de 1ª Divisão em Brasília onde ficou até abril de 2011. Voltou, então, para o Barra Funda, em São Paulo.

“Já estava pensando em largar tudo, desani-mado com o futebol, quando mais uma vez ouvi a voz de Deus me dizendo ‘vou te surpreender ainda hoje’, e caminhei pra minha casa”, conta Marcone. um amigo chamado Auro me ligou e falou que o Caju (ex-jogador do Corinthians), do Centro de Treinamento de Marcelinho Carioca,

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Persona

em Atibaia, precisava falar comigo”. Fui convidado pelo CFZ, do Marcelinho, para fazer amistosos na Espanha.

Em abril de 2011, Marcone foi para Espanha e jogou con-tra o Vila Real, Getaf, Puerttollano, Raio Valicanos e outras equipes, num período de 15 dias. Em junho de 2011, pelo CFZ, jogou em Dubai contra Alnassi, Alzagira e várias outras equipes. Em agosto de 2011 foi para Suíça, jogando contra Bellinzona, Lugano, etc, e de lá para Alemanha. Foi então que surgiu interesse da equipe u.S. Azzurri da Suíça pelo seu futebol. Só voltou ao Brasil seis meses depois, em fevereiro de 2012. Jogou pouco na segunda divisão em Sergipe e quando foi assinar contrato com o Santa Rosa, de Belém-pa, recebeu novo convite para disputar campeonato na Suíça, onde ficou até novembro de 2012.

Aprendeu a língua italiana sozinho

Um dos exemplos de vida mais marcante que

Marcone tem para contar aos amigos é sobre como

sobreviveu às dificuldades e culturas na Suíça. Ele

lembra que nos dois primeiros meses que morou ao

norte daquele país, limite com a Itália, o que mais

ouvia da direção do time e dos companheiros da equi-

pe era no máximo “bom dia, boa tarde” falado em

outras línguas. Resolveu então se apegar a Deus e de-

cidiu aprender italiano. Enquanto seus companheiros

aproveitavam as folgas para baladas e bebedeiras, ele

ficava no hotel assistindo muita televisão em italiano,

ouvindo rádio e lia intensamente a Bíblia, em portu-

guês, e os mesmos trechos em italiano. Num esforço

supremo e sempre pedindo ajuda de Deus através

de suas orações, em três meses dominou o idioma,

deixando a todos que o conheciam muito surpresos.

Hoje, fala, lê e escreve em italiano e é comum vê-lo

trocando mensagens pelo celular com seus ex-técnico

da equipe U. S. Azzurri, da Suíça.

MArCoNe De JeSuS SANtoS, casado com Priscila de Sousa Santos é filho de Antonio Santana dos Santos e Maria Terezinha de Jesus (falecida). Trabalha hoje na Secretaria de Esportes da Prefeitura de Jumirim, onde dá aulas de futebol de campo e de salão para cerca de 50 crianças. Sobre esse trabalho afirma catego-ricamente: “, gosto de fazer isso, pois aproveito para passar a experiência para essas crianças ensinando a elas que para conseguir alguma coisa na vida tem que lutar muito”.perfi

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Fotos/Arquivo Pessoal

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encantadas com palavras e sons, a imitar máqui-nas fantásticas que fazem fogo e soltam fumaça no ar, pareciam viajar por mundos e paisagens desconhecidas. Vibravam com Manuel Bandeira:

“Café com pão, café com pão, café com pão. Virge Maria que foi isto maquinista? Agora sim, café com pão, agora sim. Voa, fumaça. Corre, cerca. Ai seu foguista, bota fogo na fornalha que eu preciso muita força, muita força, muita força.”

ou versos meus: “Ao som das engrenagens, no alegre vai e vem, fica a menina a pensar, que fogo que faz o trem!”

Ferreira Gullar e Villa-Lobos punham as crianças em delírio com a música “o trenzinho do caipira” cantada por Edu Lobo:

“Lá vai o trem com o menino, lá vai a vida a rodar, lá vai ciranda e destino, cidade e noite a girar. Lá vai o trem sem destino, pro dia novo encontrar, correndo vai pela terra, vai pela ser-ra, vai pelo mar. Cantando pela serra do luar, correndo entre as estrelas a voar, no ar, no ar, no ar, no ar.”

Foi aí que resgatei em mim a menina caipira que ficava na janela da nossa casa em Cerquilho vendo trens de ferro e marias-fumaças - “passa ponte, passa poste, passa pasto, passa boi, passa boiada...”- passa... Que lindo sonhar, imaginar, passar e voltar!

A música, o trenzinho e a menina caipira

Logo após o lançamento do meu livro de poesias “Beijos na Sacada”, conheci melhor a relação emocional das crian-ças com a música e a palavra poética.

Em tardes inesquecíveis, lia poemas ao som de belas músicas para alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental da Casa dos Meninos de Tietê e de algumas escolas públicas de Cerquilho.

o tema que escolhi para a criançada foi o trem; não há menino ou menina que não vibre com histórias de trens e marias-fumaças e, se houver rima e cadência, palavras que lembrem o barulho e o som das antigas máquinas nas fer-rovias, melhor ainda.

Vendo aqueles olhinhos brilhantes e atentos, pude constatar que a maioria de nós subestima o gosto artístico das crianças e dos jovens deixando de lhes oferecer música, poesia, dança, artes cênicas e plásticas de conteúdos mais elabora-dos. Há tanta música ruim e coisa de mau gosto sendo apresentadas por aí, nem é bom falar!

A Lei 11.769, aprovada em agosto de 2008 que torna obrigatório o ensino da Música na Edu-cação Básica no Brasil ainda precisa de ajustes e melhor regulamentação para que as escolas se adaptem e levem a sério a educação musical que deve ser incluída em suas grades curriculares.

Torço para que, mesmo incluída com o en-sino de outras artes, a Música seja ensinada por professores capacitados, com formação para desenvolver no aprendiz habilidades como con-centração, memória, atenção, desenvolvimento motor e criatividade; contribuição inigualável para a formação plena do ser que inclui valores éticos e culturais, atitudes de parceria e coo-peração. Ao abordar a linguagem musical com técnica e conhecimento, podem-se transformar para melhor comportamentos obsessivos, agres-sivos e violentos. o mundo sem a música seria um erro, dizia o filósofo.

Volto às crianças daquelas tardes de poesia e música. Todas sentadinhas em volta de mim,

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Por regina Gaiotto, poetisa.

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Capa

“Meu maior sonho é me realizar

profissionalmente independente

daquilo que eu faça hoje!

Minha expectativa em relação ao

meu futuro é me tornar uma grande atleta e que algum dia a Luta de Braço

seja reconhecida nas grandes

competições como as Olimpíadas”

Joseane Colodete

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Capa

Joseane Colodete no vigor dos seus 25 anos tem uma vida bastante agitada entre trabalho e esporte. Mas não deixa de lado o amor e a convivência familiar. Divide sua amizade e sua gratidão com amigos e aqueles que a apoiam

no esporte. E completa seu ciclo de vida com a beleza que a natureza humana lhe contemplou.

Nascida em Capivari, onde reside, é filha de Augusto Colodeti e Maria do Carmo Freire Colodeti. Joseane Colodete já conquistou na sua vida troféus pela beleza e pelo esporte tornando-se com isso uma pessoa muito estimada em sua cidade. “Meu maior sonho é me realizar profissionalmente independente daquilo que eu faça hoje! Minha expectativa em re-lação ao meu futuro é me tornar uma grande atleta e que algum dia a Luta de Braço seja reconhecida nas grandes competições como as Olimpíadas”, afirma a garota da nossa Capa desta edição da revista Vitrini.

Joseane gosta de contar que seu dia a dia é re-pleto de muitas obrigações, tanto na vida pessoal como profissional e esportiva. “Tenho uma família que me apoia muito e graças a eles só tenho que agradecer, meus pais são fundamentais em minhas decisões e estão sempre a meu lado”, diz Joseane. Ela destaca

A bela que é campeã de Luta de Braço

que eles sabem o que é melhor, independente do que ela escolha para seu futuro. “Minha mãe é a que mais me apoia na minha vida esportiva e tem minhas irmãs também, a mais velha sempre que pode vai assistir alguns campeonatos e tenho um sobrinho lindo que embora novinho já estou incentivando a prática do esporte”.

Joseane é vendedora há sete anos em uma loja de multi marcas em Capivari, diz que ama trabalhar com vendas e que o local de trabalho acaba sendo sua segunda casa. “Trabalho com grandes pessoas onde adquiri muita experiência e conquistei muitos amigos”

A garota da capa conta que treina cinco vezes por semana, mais ou menos durante duas horas por dia. Ela tira um dia na semana para a luta de braço e nos outros treina musculação, com muita dedicação e força de vontade. Joseane frequenta a Academia Força Física já faz uns 13 anos a academia e foi através dela

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Capa

A bela que é campeã de Luta de Braço

que conheceu a luta de braço.“Tenho uma vida social normal, saio pra me divertir

com meu namorado e minhas amigas, gosto de ir cinema quando dá e amo me reunir com meus cunhados pra as-sistir jogos de futebol, sou torcedora roxa do Corinthians meu time do coração”, afirma Joseane Colodete.

Joseane começou a praticar luta de braço quando tinha 13 anos através da academia Força Fisica. Seu primeiro campeonato foi o Brasileiro de 2001 onde foi campeã de direita e três de esquerda. Foi campeã paulista em 2001 e 2002 e ficou em 4º lugar no pri-meiro mundial que foi realizado na Hungria. Em 2001 consagrou-se três vezes campeã brasileira e em 2005 foi para o Japão onde foi campeã mundial de direita e esquerda. Joseane está voltando a praticar a luta depois de ter parado por oito anos. “Estou me preparando para o Campeonato Brasileiro que será em julho, estou super animada e com uma vontade enorme de trazer medalhas novamente para minha cidade e de dar muito orgulho às pessoas que me incentivam e me apoiam, principalmente ao meu Professor Marcelo Moreira”, diz Joseane.

Fora do esporte, Joseane já foi eleita Rainha do Rodeiro 2003, Garota Motocross em 2003 e Miss Simpatia em 2005.

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Moda

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Por thaisa S. Marcon, Designer de Moda e blogueira (www.chiquepradedeu.blogspot.com.br)

Conforto com estilo

Com a chegada do outono começam as buscas pelas botas perfeitas para os dias mais frios. Aposte em botas de cano curto e coloque atitude no seu look. As

combinações são infinitas: calças, shorts, saias, vestidos curtos e longos.

Basta escolher seu modelo preferido e ar-rasar pelas ruas.

Crédito: Fotos/Divulgaçãotanara Tel.: (54) 3281-8000www.tanarabrasil.com.br

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Cultura

Moramos numa cidade pequena e não que-remos perder esse jeitinho do interior, por isso, temos projetos voltados para as crian-ças em nossas escolas para que não percam

essa aproximação que existe de nossa gente. É com esse pensamento que o secretário da Cultura de Pereiras, Pablo Emanuel de Gois trabalha com sua equipe à frente de uma secretaria que tem vários projetos em desenvolvimento.

Antes disso, porém, a atenção de Pablo Gois, que também tem comércio em Pereiras, está voltada principal-mente para os preparativos da 21ª Festa do Frango e Peão do Boiadeiro de Pereiras. Enquanto destaca as novidades para a Festa do Frango fala com entusiasmo de projetos culturais.

Embora seja a primeira vez que Pablo trabalha como secretário de Cultura ele traz experiência anterior que poderá ajudá-lo na organização de eventos. “Participei de muitos eventos na região e sempre procurei observar com atenção tudo que acontecia de negativo e positivo. Acredito que com isso somei conhecimento para tentar fazer o melhor possível com os eventos que vamos realizar em Pereiras, principalmente com a Festa do Frango”, diz Pablo.

A Festa do Frango de Pereiras será realizada de 29 de maio a 2 de junho no Centro de Eventos Municipal. A programação prevê praça de alimentação, rodeio, shows, bailão do peão, balada VIP, provas na arena e desfile de cavaleiros. os shows já acertados vão contar com Cristian e Cristiano, Claudia Leite (foto), João Neto e Frederico e João Carreiro e Capataz.

ProJetoS - o Secretário da Cultura, Pablo Gois e seu coordenador Calixto Assad falam com entusiasmo dos projetos que estão trabalhando em Pereiras. Neste ano já realizaram com sucesso o carnaval da cidade e o baile que escolheu a Rainha da Festa do Frango.

Agora trabalham no projeto da Oficina Cultural, com previsão de vários cursos para crianças. Também há um projeto em andamento para ensinar crianças a recuperar material utilizado em eventos para serem reaproveitados nas festas futuras, como por exemplo, nos desfiles de car-naval e desfiles cívicos. Nesse mesmo contexto o secretário pretende levar para as escolas um projeto para confecção de fantasias o que envolverá ainda mais as crianças nos eventos futuros.

“Temos muito por fazer mas não falta vontade, o que queremos é envolver a população (Pereiras tem 8.000 ha-bitantes) em atividades culturais”, diz Pablo. Ele destaca também o retorno do Teatro na cidade e a volta de exibi-ção de filmes no Cine São Roque, tombado e restaurado, com capacidade para 96 lugares. “Serão exibidos filmes gratuitamente para todos”, diz Pablo.

Secretário da Cultura destaca projetos para Pereiras

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cular. Para se contar com o trabalho doméstico de

forma correta, respeitando a legislação anterior

e a que acaba de entrar em vigor, apenas os em-

pregadores que tenham condições financeiras

terão esse privilégio.

As contratações precárias, sem registro

em carteira e sem a observância dos direitos

dos empregados domésticos trarão, por óbvio,

dissabores aos que infringirem a lei, especial-

mente pelas ações que poderão ser propostas

na Justiça do Trabalho, que, como se sabe, não

costuma aliviar.

Portanto, cumpra-se a lei e parabéns às

domésticas por essa grande conquista.

Domésticas:a grande conquista

Entrou em vigor no último dia 02 de

abril a nova lei das domésticas. Não

por mera coincidência o feito se deu

sob a presidência de uma mulher. As

empregadas domésticas eram, até então, tidas

como empregadas de segunda classe, a lembrar

os piores tempos de nossa história. Basicamente

elas terão praticamente os mesmos direitos de

outros trabalhadores. Como o espaço é curto,

citarei as conquistas mais relevantes: carga

horária de 8 horas diárias e 44 semanais. o tem-

po que ultrapassar esse período deve ser pago

como horas extras, com acréscimo de 50% sobre

o salário normal; adicional noturno, quando

laborarem entre às 22:00 horas e às 5:00 horas

do dia seguinte; FGTS e multa de 40% no caso de

despedida sem justa causa; seguro-desemprego;

salário-família para cada dependente; auxílio-

-creche, entre outras garantias.

o empregador doméstico que não quiser ter

problemas com a Justiça deverá seguir todas as

novas regras estipuladas, lembrando que o salá-

rio mínimo atual das domésticas é de R$ 755,00

(piso do Estado de São Paulo). Haverá, por certo,

uma fase de adaptação, todavia, num cálculo que

fiz por aproximação, uma empregada doméstica,

com todos os encargos da nova lei, não sairá por

menos de R$ 1.050,00 por mês.

É de bom alvitre destacar que entre os do-

mésticos se incluem os jardineiros, motoristas

particulares e caseiros de sítios e chácaras. À

guisa de informação, o Brasil tem atualmente

7,2 milhões de empregados domésticos, sendo

6,7 milhões de mulheres e 504 mil homens. Ne-

nhum outro país ostenta esses números, numa

clara demonstração do nosso atraso nesse parti-

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Por eduardo Luis Brizotti, advogado trabalhista - OAB/SP 67.997. Tel.: 3282-1435

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Enfermagem

12 de Maioé o Dia do Enfermeiro

“Enfermagem é uma equipe de profissionais que com tanto empenho, dedicação, carinho e acima de tudo,

responsabilidade, desempenham suas funções integradas à prevenção, promoção e educação, reabilitação e

recuperação de forma criteriosa e humanizada, visando sempre o bem estar do cliente”. Kátia de Almeida, Gerente de Enfermagem na Santa Casa de Tietê.

Ninguém desconhece os problemas da saú-de no Brasil inteiro. É evidente que em Tietê e região tais problemas também são conhecidos da opinião pública, que sem-

pre acaba direcionando suas críticas às entidades hospitalares, no caso de Tietê, à Santa Casa de Misericórdia. No entanto, longe desses problemas e distantes das dificuldades enfrentadas pela entidade existem pessoas que se entregam a um trabalho de extrema dificuldade que exige muito carinho pelo ser humano. São os enfermeiros, que no dia a dia de suas funções, acabam subs-tituindo a própria família dos enfermos e nessa convivência levam a esperança da cura, carinho e o sentimento do amor.

No dia 12 de maio é comemorado o Dia do Enfermeiro, razão pela qual a Revista VITRINI conversou com Kátia de Almeida, Gerente de Enfermagem há quatro anos na Santa Casa de Misericórdia de Tietê. Nascida em Cesário Lange e formada enfermeira pela Faculdade Marechal

Rondon, de São Manuel-sp, trabalha há doze anos nessa área. De 2001 a 2005 atuou como Auxiliar de Enfermagem e desde 2006 trabalha como Enfer-meira. Andando pelos corredores da Santa Casa, ou sentada à frente do computador onde organiza a equipe de enfermeiros, Kátia destaca que “a equipe de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) são os profissionais que estão mais presentes e próximos aos pacientes durante toda a sua estada no hospital de forma geral, tanto o enfermeiro quanto os colaboradores de enfermagem, tem por essência o cuidado ao ser humano, proporcionando conforto e bem estar aos pacientes sendo que esse atendimento é integral voltado para assistência, suprindo as necessidades humanas básicas de forma individualizada, desen-volvendo importantes ações por meio do cuidado, responsabilizando-se pelo conforto, acolhimento e bem-estar dos pacientes”.

A Santa Casa de Misericórdia de Tietê conta com 69 colaboradores de Enfermagem, sendo 06

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Enfermagem

enfermeiros, 28 técnicos de enfermagem e 35 au-xiliares de enfermagem. Trabalha-se em turnos de 12 horas, conforme o regimento CLT. o exercício da atividade de enfermagem, observadas as dis-posições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e respeitados os graus de habilitação, é privativo de enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteiro e só será permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.

Kátia destaca também que “o profissional enfermeiro tem atuação fundamental junto à sua equipe no processo da assistência, sendo que todas as atividades são realizadas através de um plano de cuidado e supervisionadas de forma contínua a assistência prestada aos pacientes”. Para ela, “é importante que nós gestores, mantenhamos a equipe de enfermagem sempre pronta e prepara-da para agir com qualidade no atendimento dos nossos clientes, sejam eles externos, ou internos, pois assim o hospital terá seu reconhecimento, através das pesquisas de qualidade que são feitas com os usuários, e com isso possamos melhorar as nossas atividades a serem executadas. Pois o nosso trabalho é voltado para a satisfação dos

De onde vem o nome enfermeiro - A palavra

enfermeira/o se compõe de duas palavras do latim:

“nutrix” que significa Mãe e do verbo “nutrire” que tem como significados,

criar e nutrir. Essas duas palavras, adaptadas ao

inglês do século XIX acabaram se transformando

na palavra NURSE, que traduzido para o português,

significa Enfermeira.

Grupo de enfermeiras em trabalho diurno na Santa Casa Enfermeiras de plantão no período da tarde na Santa Casa

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Enfermagem

nossos clientes com a humanização e dedicação”.Histórias e curiosidades da profissão - Dia

12 de maio comemora-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a Florence Nightin-gale, um marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820. Já no Brasil, além do dia do enfermeiro, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, data instituída em meados dos anos 40 em homenagem a dois grandes personagens da enfermagem no mundo: Florence Nigthingale e Anna Nery, enfermeira brasileira e primeira enfermeira a se alistar voluntariamente em combates militares.

A profissão tem sua origem milenar e data da época em que ser enfermeiro era uma referência à quem cuidava, protegia e nutria pessoas conva-lescentes, idosos e deficiente. Durante séculos a Enfermagem forma profissionais em todo o mundo comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano. Só no Brasil, são mais de 100 mil enfer-meiros, além de técnicos e auxiliares de enferma-gem que somam cerca de 900 mil profissionais em todo país. Essas variações de cargos fazem com que mais profissionais se juntem ao setor e à novas possibilidades de trabalho nesta área.

Origem da Profissão - Desde os tempos do Velho Testamento a profissão de enfermeiro já era reconhecida por aqueles que cuidavam e prote-giam pessoas doentes, em especial idosos e defi-cientes, pois nessa época, tais atitudes garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência. Nesta época e durante muitos séculos, a enfer-magem estava associada ao trabalho feminino, caracterizado pela prática de cuidar de grupos nômades primitivos.

Com o passar dos tempos, as práticas de saúde evoluíram e entre os séculos V e VIII a Enfermagem surge como uma prática leiga, de-senvolvida por religiosos como se fosse mais um sacerdócio. Sendo assim, tornou-se uma prática indigna e sem atrativos para as mulheres da épo-ca, pois consideravam o trabalho como um serviço doméstico, o que atestava queda dos padrões morais que a sustentavam, até então, o trabalho da enfermagem.

Mesmo com essa crise da profissão, a evolu-ção do trabalho associado ao reconhecimento da prática, em meados do século XVI a enfermagem já começa a ser vista como uma atividade pro-fissional institucionalizada e no século XIX, vista como Enfermagem moderna na Inglaterra.

“O profissional enfermeiro tem atuação fundamental

junto à sua equipe no processo da assistência, sendo que todas

as atividades são realizadas através de um plano de

cuidado e supervisionadas de forma contínua a assistência

prestada aos pacientes”

Kátia, gerente de Enfermagem

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Cidade

Jumirim prepara festa de aniversário

No próximo dia 21 de maio Jumirim completa 17 anos de emancipação político-administrativa e prepara festa para marcar a passagem de mais um

aniversário. A cidade vem sendo administrada desde o primeiro dia de 2013 pelo prefeito Ademir do Nascimento. Jumirim teve seu marco inicial, no ano de 1886, com a chegada da linha férrea da Sorocabana e construção da estação. A princípio a linha deveria passar nas terras da Fazenda Jurumirim, nome que lhe foi dado em virtude da pequena cachoeira ali existente. Mas uma pequena alteração do projeto do traçado da ferrovia , mudou o local da estação para onde hoje está instalado a rua Manoel Novaes.

o nome Jurumirim, foi mudado para Ju-mirim para evitar confusão com o município de Juru-Mirim, já existente.

o município foi fundado por Manoel Novaes,

conhecido na época como Manecão, português de nascimento que fez doação da faixa de ter-ra, em favor da Estrada, onde deveria ficar a estação ferroviária. Em 1º de Janeiro de 1945, numa sessão solene, realizada no Cartório de Paz, que contou com a presença do então Prefeito do município de Tietê, Sr. Plínio Rodrigues de Moraes e do M. Juiz de Direito da Comarca o Sr. Djalma Pinheiro Franco, a Vila de Jumirim, foi elevada a distrito.

Em 25 de julho de 1991, um grupo de pes-soas, reuniu-se no Clube Recreativo de Jumirim, com o objetivo de formar a comissão que traba-lharia para a emancipação.

Após muito esforço, essa comissão conse-guiu a primeira vitória. A Assembleia Legislativa aprovou, em sessão extraordinária realizada no dia 29 de julho de 1994, a solicitação ao TRE para que realizasse um plebiscito referente à

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Cidade

emancipação de Jumirim.Em 21 de maio de 1995, o plebiscito feito

através do voto eletrônico – 1ª experiência da nova forma de votar no Estado – marcou a vitória do sonho do povo de Jumirim.

No dia 27 de dezembro de 1995, o Governa-

dor Mário Covas sancionou a Lei nº 9330, criando o município de Jumirim.

Distrito de Tietê até 1995, Jumirim conse-guiu sua tão sonhada emancipação e em janeiro de 1997, o Sr. Benedito Tadeu Fávero tomou posse como 1º prefeito eleito pelo voto do povo.

Antiga estação ferroviária, atual biblioteca e secretarias da Cultura e Promoção Social

Praça Nossa Senhora AparecidaParque Infantil (Foto/Pedro Cinto)

Igreja de São RoquePrédio da Prefeitura Municipal

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Seguindo o raciocínio acima, vamos “conser-

tar” a frase: A ENTRADA É PRoIBIDA (observe o

determinante “a”) É PRoIBIDA A ENTRADA; EN-

TRADA PRoIBIDo; PRoIBIDo ENTRADA; É PRoIBI-

Do ENTRADA (todos os exemplos não apresentam

determinantes).

É Proibido Entrada

Entradas são proibidas nas mais diver-

sas repartições e pelos mais variados

motivos. A fim de as pessoas compre-

enderem que somente “os autorizados”

podem adentrar a uma porta X, é muitíssimo

comum, geralmente uma folha sulfite afixada

na determinada porta com a seguinte frase –

É PRoIBIDA ENTRADA. É óbvio que as pessoas

entendem que não devem ultrapassar aquele

limite, porém, o que existe naquela porta é, em

termos de norma culta, um grande erro.

Vejamos: Quando gostamos de uma sopa,

aliás, em tempinhos frios são essenciais, cos-

tumamos dizer – A SoPA É BoA ou SoPA É BoM.

Qual é a diferença entre ambas as afirmações? O

determinante! A SoPA, em termos morfológicos,

é um substantivo, porque podemos encaixar o

artigo definido (determinante) “a”, então, A SOPA

É BOA. Quando o substantivo está determinado,

o adjetivo (boa) o acompanha. No caso de SoPA

É BoM, observe que o determinante não está

expresso na frase (está escrito apenas “sopa” e

não “a sopa”) e o adjetivo acompanha – boa e

não bom, como no primeiro exemplo.

Mais praticamente: A CERVEJA É BoA; CER-

VEJA É BoM.

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Por ivana Corrêa de Faria Guite, especialista em Linguagem, Texto e Ensino pela Unimep

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Artigo

Comer peixe só faz bem... Ômega 3

A carne branca, a textura macia, o cheiro caracte-rístico e o sabor único fazem do peixe um alimento irresistível à mesa, seja ele frito, assado, grelhado ou cozido. Mas os atrativos não param por aí: são

inúmeros os benefícios que a carne de peixe oferece à alimentação de pessoas de todas as idades e, por isso, seu consumo é recomendado por médicos e nutricionistas, ao menos uma vez por semana.

Fonte abundante de proteínas – que são absorvidas com mais facilidade que a de outros tipos de carnes – os pescados têm importante papel no crescimento e ma-nutenção do organismo. São essenciais, por exemplo, na digestão, na produção de anticorpos, na coagulação do sangue, controle da taxa de colesterol, entre outras funções. É também rico em nutrientes e sais minerais tais como ferro, iodo, magnésio, cálcio, sódio, fósforo etc, e em vitaminas A, E, D, B2, B3, B12 e ácido fólico, funda-mentais para o bom funcionamento o corpo.

Além disso, a gordura do peixe é insaturada, ou seja, não prejudicial à saúde, e possui o complexo ômega-3, ácido graxo de grande importância para as atividades do cérebro e do coração. Além de um poderoso antioxidante, seu consumo auxilia na diminuição dos triglicerídeos e colesterol e favorece a produção do chamado “colesterol

bom” (HDL), diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e doenças inflamatórias.

No cérebro, o ômega-3 aumenta a atividade dos sinais nervosos que ajuda na memória, concentração, humor, habilidade motora, velocidade de reação etc. É importante ressaltar que essa substância não é produzida pelo organis-mo, devendo ser fornecida pela alimentação.

Todos esses elementos fazem do peixe um excelente alimento para uma dieta variada e saudável, principalmente para crianças, mulheres grávidas e em período de amamenta-ção. Mesmo sabendo dessas propriedades nutritivas, grande parte dos brasileiros ainda não tem como hábito incluir o peixe no cardápio de refeições. Dados da última pesquisa realizada pelo IBGE indicam que cada brasileiro consome, em média, 7Kg de peixe por ano, bem abaixo dos 12kg recomendados pela oMS (organização Mundial de Saúde).

Peixes de água doce e de água salgada são abundantes no país, o que favorece o consumo de grande variedade de espécies, desde os mais nobres até os mais comuns, sendo uma opção acessível de alimento, independente das condi-ções socioeconômicas da população.

E é por essas e diversas outras razões que a produção sustentável e o consumo consciente de pescados no país devem ser incentivados cada vez mais.

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Dia das MãesSociais

Não importa o dia... seja durante a semana ou nos finais de semana, o Restaurante JUMA é sempre um ponto de encontro das famílias, que saboreiam

ótima comida num ambiente super agradável. Vale a pena conferir!

Ambiente delicioso para famílias

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Música

Grupo de Tietê quer dar nova cara ao RAP

No final dos anos 80 um novo estilo mu-sical surgido décadas antes na Jamaica invadiu os Estados unidos e aos poucos foi ganhando o mundo. No Brasil, pou-

cos anos depois, São Paulo começou a conviver com o RAP, um braço da Cultura HIP HoP. E foi ganhando adeptos em todo o território nacional. Letras fortes contra os problemas da sociedade e

ritmo quase sempre na mesma cadência o estilo não agradou a maioria do povo. Mas conseguiu um público fiel, como o Rock por exemplo.

Tietê e região não ficaram de fora e grupos começaram a surgir se apresentando em eventos culturais pela cidade. Entre eles está o grupo “FISIONOMIA R.A.P.” (O R.A.P. do nome significa Ritmo Alternativo Protestante) que depois de

Nos dias de hoje o rap está incorporado no cenário musical brasileiro. Venceu os preconceitos e saiu da periferia para

ganhar o grande público.Milhares de cds de rap são lançados anualmente, porém o rap não perdeu sua essência de denun-ciar as injustiças, vividas pelas pessoas mais humildes, que vivem em periferias das grandes cidades e no interior, pelos

jovens idealistas e que sonham com dias melhores.

Pan, Leto e Guigo, integrantes do grupo

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Música

oito anos de muita luta, ensaio, perseverança e determinação concluiu seu primeiro trabalho gravando um CD com o título “MINHA VoNTADE”, que é a música carro chefe do CD e faz parte da Coletânea MIXTAPE RAP NACIoNAL VoL.1 do DJ Celo.

o grupo é formado por Cleberson (Guigo, 32 anos), Pablo (Pan, 25 anos) e Welington (Leto, 21 anos). De acordo com Guigo, o nome do grupo surgiu porque eles sempre pensaram em dar uma nova cara ao RAP. “Cantamos o cotidiano, faze-mos nossos protestos, mas com mensagens mais puras, com muito amor e sempre procurando vi-ver a realidade”, diz Guigo, que juntamente com Pablo falaram a respeito da luta diária do grupo.

Fisionomia RAP surgiu durante a festa de São Benedito em 2005, inclusive as faixas 10 e 13 do CD falam da tradicional festa tieteense. Antes porém, desde 1997, Guigo e Magrão formavam o grupo MDF que teve Renata como autora da primeira música cantada por eles. Na época foi gravado um DVD em Piracicaba, na Virada Cultural. Em 2003, Pablo que gostava do MDF, começou a participar junto e escreveu uma letra contando a transfusão do nome antigo (MDF) para o novo (Fisionomia RAP). A partir de então começaram a cantar juntos e o sonho de gravar um CD tomou fôlego.

“Sem dinheiro e sem patrocínio começamos

a gravar por conta própria, guardando dinheiro e quando juntávamos uma pequena quantia, íamos para São Paulo fazer a gravação”, conta Pablo. O CD foi gravado no estúdio do DJ QAP, no Bairro do Limão em São Paulo. Foi sendo gravado aos poucos e as 14 músicas do CD são de autoria dos integrantes do grupo. “A gente faz uma letra, conversamos um com o outro, vamos adaptando até que chegamos num acordo”, diz Guigo, que se diz feliz com os resultados.

o grupo se apresenta todos os anos na Festa de São Benedito, na Semana HIP HoP em Tietê e já fez show em Campinas, Sorocaba, Piracica-ba, São Paulo (Zona Leste), Cerquilho e outras cidades da região. Em Limeira, por três vezes, o grupo fez abertura para RACIoNAIS MC’S para um público de oito mil pessoas.

os Cds podem ser comprados com os inte-grantes do grupo ou pelos telefones (9768.4560 e 9122.3200). Guigo, Pan e Leto preparam agora uma apresentação para lançamento do CD.

Capa do CD lançado pelo grupo FISIONOMIA RAP

O Grupo Fisionomia RAP agradece à:Nelsinho que fez a arte da capa do cd, Maurício Barroso que fez as fotos,Marco Siqueira,Jamaica Jow Figurino , Revista VITRINI e todos os que nos ajudaram direta ou indiretamente.

AGRADECIMENTOs:

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Artigo

o que é o Pathworko Pathwork, cuja tradução literal é “Trabalho

do Caminho”, é uma metodologia de autoconheci-mento baseada em um conjunto de ensinamentos apresentados sob a forma de palestras. Estas con-têm conceitos e orientações sobre como remover os obstáculos que nos separam dos outros, da nossa criatividade e energia vital, aumentar a intimidade nos nossos relacionamentos e assim, abrir mão do que bloqueia nosso desenvolvimento, nossa plena realização e alegria.

o método, eminente prático, aplicável ao nosso dia-a-dia, é muito útil para pessoas que estão buscando entender a razão de certos aconte-cimentos em sua vida. Com freqüência essa busca se manifesta como uma sensação de inquietação, um anseio, um vazio que nada preenche.

Na introdução de seu livro Não Temas o Mal, Donovan Thesenga, que dedicou mais de trinta anos ao Pathwork, afirma que a inconsciência de nossas falhas é a fonte de todo sofrimento humano, de todos os conflitos: internos, entre pessoas e entre nações. o Pathwork nos mostra, passo a passo, como trazer esses aspectos à consciência, lidar com eles, aceitá-los sem ser conivente, reconhe-cer seu efeito sobre nossa vida e transformá-los. Somos aos poucos orientados na direção da plena responsabilidade, a perceber que não somos víti-mas, que as situações de nossa vida foram criadas por nós, consciente ou inconscientemente, e que assim como as criamos podemos mudá-las e tornar nossa existência cheia de alegria, paz, harmonia, prazer, realização em todos os aspectos.

o Pathwork® é uma marca registrada que só pode ser utilizada por aqueles que têm per-missão por escrito da Fundação Internacional do Pathwork®.

Dúvidas frequentes

O que são grupos de estudo de Pathwork? São pessoas que se reúnem sistematicamen-

te para estudar a metodologia, os princípios e os conceitos do Pathwork sob a coordenação de facilitadores ou helpers autorizados em formações específicas.

Para quem são indicados estes grupos de

estudos?Para todos aqueles que, mesmo se sentindo

realizados em diversas áreas tem uma “sensação de que deve existir outro estado de consciência

PathworkA cidade de Tietê conta com um novo trabalho de

autoconhecimento, conhecido como Pathworkmais satisfatório e uma capacidade maior de viver a vida”. PW 204

Pathwork é uma religião? Não. É um caminho de autoconhecimento e

transformação pessoal. Pathwork é uma linha de psicoterapia?Não, no sentido comum da palavra, apesar de

abordar questões comuns ao terreno da psicotera-pia. Segue citação da Palestra (PW) 204.

“Não é psicoterapia, embora alguns aspectos deste caminho de trabalho devam necessariamente lidar com áreas com as quais a psicoterapia tam-bém lida. Mas eu poderia dizer que no contexto do caminho esta abordagem psicológica é um aspecto secundário, uma maneira de ultrapassar obstruções, por assim dizer. Lidar com confusões, com conceitos errôneos sobre si mesmo, com mal--entendidos, com atitudes destrutivas, com defesas que levam ao isolamento, com emoções negativas, com sentimentos bloqueados é essencial, e isso a psicoterapia também procura fazer. No entanto, enquanto este é o objetivo final da psicoterapia, o Trabalho do Caminho só entra na sua fase mais importante depois que esse estágio termina, e essa fase mais importante é, resumidamente, a aprendizagem de como ativar a consciência maior que reside dentro de cada alma humana.”

Como fazer para se inscrever?Agendando uma entrevista com a Facilitadora

Valquiria Gallina, através dos Tels.: (15) 3282-5969 ou (15) 8115-1643.

valquíria GallinaFacilitadora Pathwork

Rua Dr. Palinuro, 258 I Sala 6 I Centro I Tietê/SPCel.: (15) 8115-1643Tel.: (15) 3282-5969

[email protected]

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