vitrine lojista março 2014

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Revista da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul

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Page 1: Vitrine Lojista março 2014
Page 2: Vitrine Lojista março 2014

Índice

Q COMÉRCIO 2014 14Ciclo deste ano contará com mais tempo de capacitação para integrantes

CAPA

PELO RSCDL Caxias transmite ensinamentos da convenção varejista mundial NRF 2014

CDL Caxias transmite ensinamentos

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GERALConvênio FCDL-RS e Banrisul qualifi ca o fornecimento de crédito no estadoConvênio FCDL-RS e Banrisul qualifi ca

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TECNOLOGIAComputação Vestível é tendência para 2014

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ENTREVISTA 12Conversa com Secretário da Fazenda do RS, Odir Tonollier

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Chamar alguém de maquiavélico, atualmente, soa a uma ofensa, destinada a caracterizar uma pessoa fria, calculista, sem coração. Mas a verdade é que Nicolau Maquiavel foi um dos maiores gênios da teoria política, sintetizada em seu livro “O Príncipe”. Um de seus dizeres mais famosos é aquele que orienta aos gover-nantes que “as más notícias devem ser dadas ao povo de forma rápida; enquanto as boas de maneira lenta”. Essa é uma orientação que quase todos os governantes seguem, mas no Brasil o Governo Federal tenta adiar as más notícias e isso é um erro que pode ser imper-doável nas urnas.

Na medida em que vão chegando os indica-dores de desempenho da economia do final de 2013, fica cada vez mais claro que o ano passado não será lembrado de maneira agradável. O último dado da produção industrial (de dezembro) mostra uma forte queda de 2,3% em relação a dezembro do ano. Enquanto isso, as autoridades monetárias parecem ceder à pressão em aumentar a SELIC em mais 0,75 pontos per-centuais. O problema disso tudo para o dia-a-dia dos lojistas é que esse tipo de “aperto gradativo” acaba gerando uma alta continuada nos juros de mercado. Acreditando que a SELIC vai continuar subindo no futuro, os agentes financeiros antecipam o custo futuro para o presente e isto acaba gerando evidentes problemas nas vendas à prazo, comprome-tendo o poder aquisitivo da população. Esse é o tipo de “más notícias” à conta-gotas que vai minando a paciência do eleitorado. A estratégia governista é minimizar desgastes demasiadamente impac-tantes. Os pontos positivos de campanha serão as baixas taxas de de-semprego; o programa Minha Casa, Minha Vida; a importação de médi-cos estrangeiros; e um provável crescimento econômico frágil, baseado mais na fraca base comparativa do que em melhoria efetiva do ambiente produtivo. Isto é aparentemente pouco.

A oposição – se tiver aprendido com os petistas como fazer comunicação política – terá importantes argumentos contrários para uma população que deixou de ser majoritariamente pobre e se transformou em classe média: desindustrialização minando boa parte dos melhores empregos; qualidade dos serviços públicos; deficiência na educação; falta de segu-rança; aumento de impostos; e por aí afora.

O Governo Federal pode ainda reverter essa situação de crescente de-terioração de sua base de apoio popular? Ainda dá tempo, mas exi-girá coragem de mudar alguns pontos-chave de gestão pública como a racionalização e redirecionamento dos gastos de custeio, reviravolta na política de alta de juros e do câmbio. Finalmente, seria bom ousar na política fiscal, a partir da redução de IPI e definição de diretrizes claras de diminuição da carga tributária no longo prazo. Tais ações de Governo exigem coragem para sair de uma aparente situação de conforto cada vez mais desconfortável.

Vitor Augusto Koch, presidente da FCDL-RS

FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE DIRIGENTES LOJISTAS DO RIO GRANDE DO SUL

Rua Dr. Flores, 240 Cj 21 CEP 90020-120 | Porto Alegre-RS(51) [email protected]

PresidenteVitor Augusto Koch

1° Vice-Presidente Fernando Luis Palaoro

Vice-PresidenteFlávio Santo Dallasen

Vice-PresidenteMilton Araujo

1° Diretor SecretárioJorge Claudimir Prestes Lopes

2º Diretor SecretárioRemi Carasai

1º Diretor FinanceiroOlavo Aloisio Steffen

2º Diretor FinanceiroZenir Gross Kellermann

Presidente CDL Jovem RSMarcos Rogério Carbone

DIRETORIA EXECUTIVA

EdiçãoPlayPress Assessoria de Imprensa

Jornalista Responsável Marcelo MatusiakMTB: 10063

ImpressãoIdeograf

Tiragem1,3 mil exemplares

EXPEDIENTE

PresidenteDaltro Viega da Rocha

Titular André Passini

TitularVandenir Antonio Miotti

SuplenteWalter Roberto Nickhorn

SuplenteRenato Spultaro Corso

CONSELHO FISCAL

PresidenteAirton Vitalico Giordani

Titular Milton Gossler

TitularOsmar Anildo Kerschner

SuplenteGlodomar Guitel

CONSELHO DE ÉTICA

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Editorial

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Perfi l

É muito importante que todo o lojista tenha uma entidade que responda por ele ou que se some a ele. A CDL é muito conceitua-da na cidade de Uruguaiana e a diretoria busca sempre bene-fícios para o comércio, além de deixar as portas abertas para todas as pessoas que queriam ajudar os negócios locais. Pro-curamos fazer com que todo associado tenha saúde, segurança e condições de se deslocar para reuniões e eventos importantes. Como entidade que une os lojistas, podemos buscar objetivos e representar os comerciantes em ações que sozinhos eles não teriam condições de participar.

Movimento LojistaCDL Uruguaiana

Economia do municípioUruguaiana tem fronteiras com os mu-

nicípios de Itaqui, Alegrete, Quaraí, além de dois países: Uruguai e Argentina. Por isso, a cidade é a maior porta de entrada de turistas do RS, regis-trando mais de 100 mil turistas da Argentina, do Paraguai, do Uruguai e do Chile. A principal ativi-dade econômica é agropecuária, com sua extensa lavoura de arroz e gado de corte e reprodução. A cidade foi pioneira no refi no de petróleo no Bra-sil e hoje o gás natural proveniente da Argentina permite a Uruguaiana gerar 639 MW.

“”O pioneirismo de um grupo de em-

presários uruguaianenses iniciou, há 49 anos, a consolidação de um sonho: a criação de uma entidade que congregasse todo o co-mércio de Uruguaiana. Assim surgiu a CDL Uruguaiana. Pautada no dinamismo de suas ações é uma entidade que tem como objetivo maior representar a classe empresarial junto ao Poder Público e à comunidade local.

Hoje, reunindo 380 empresas entre as-sociadas à CDL e usuárias do sistema SPC, consolidou a missão de integrar e desenvol-ver as atividades comerciais de nossa cidade, oferecendo uma ampla gama de benefícios e soluções.

História da CDL

Diretoria 2006-2014Presidente: Jorge Alberto Rafael UrquizaVice-presidente: Luciane da Cunha LopesDiretor fi nanceiro: José Colpo PeruzziDiretor administrativo: Jose Nilton da Cunha SilvaDiretor de serviços e produtos: Manoel Olinto Vernes BarretoDiretor comercial e de expansão: Otilia da Costa e Silva GomesDiretor para assuntos de comunicação e eventos: Clarindo Martins BarbosaDiretor para assuntos públicos e politícos: Read Barakat Mohamad JabrDiretor de patrimônio: Valdir do Prado PereiraDiretor de estratégia e planejamento: Jorge Claudimir Prestes LopesDiretor social e de protocolo: José Paulo SilveiraDiretora do departamento das mulheres Cedelistas: Maria Mercedes Nebenzahl Urquiza1° Diretor de lazer: José Luiz Urquiza2° Diretor de lazer: Ernando Cidade Severo1° Diretor de cultura: Agnaldo Reis2° Diretor de cultura: João Boeira Serres

Fotos: Divulgação CD

L São Leopoldo

Presidente da CDL Uruguaiana, Jorge Rafael Urquiza

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QComércio

Município: Nova PrataSegmento de atuação: ComunicaçãoEndereço: Av. Borges de Medeiros, 924 / 104 Presente no programa: desde 2013Selo de Certi� cação: Bronze

Por que aderiram ao Q Comércio?O programa apresentou, de forma objetiva e com investimento baixo, a possibilidade de fortalecer e sistematizar as práticas de qualidade. A adesão foi impulsionada pela CDL da Nova Prata.

Por que dar ênfase a qualidade na empresa?Todo trabalho feito com qualidade, seguindo mé-todos e medindo resultados, contribui signifi cati-vamente para o resultado fi nanceiro da empresa e para o processo de melhoria contínua.

O que mudou após aderir ao Q Comércio?O programa tem contribuído em muitos aspectos, mas o que mais nos deixa satisfeitos é a possibili-dade de medir resultados. Com o Scopi consegui-mos dar o direcionamento preciso na questão do “planejamento estratégico” da empresa, além de melhorar os processos na questão tempo. O Scopi consegue minimizar riscos e nos conduzir a aproveitar melhor o tempo para cada trabalho.

Plena Comunicação

Padaria Pão & Cia

Município: IgrejinhaSegmento de atuação: Padaria e confeitariaEndereço: Rua Eno Klein, 251Presente no programa: desde 2012Selo de certi� cação: Prata

Por que aderiram ao Q Comércio?Achamos o projeto interessante, pois é mais um complemento para acertarmos nossas ações.

Por que dar ênfase a qualidade na empresa?Pois temos que fi car atualizados para não fi carmos para trás. Procuramos acompanhar as novidades, pois a mudança sempre traz algo importante.

O que mudou após aderir ao Q Comércio?As consultorias nos ajudaram muito com dicas que nos fi zeram melhorar em diversas áreas. O Scopi nos facilitou a colocar projetos e processos, especial-mente na área fi nanceira.

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Pelo RS

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NRF 2014: como tornar o negócio mais relevante e competitivoCerca de 200 empresários associados à Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves (CDL-BG) par-ticiparam, no dia 20 de fevereiro, de uma palestra que teve como objetivo impulsionar o comércio da cidade. O encontro, promovido em parceria com o Sebrae, ocorreu no Anfiteatro Ivo Antonio Darolt – Casa das Artes, e contou com a presença do coordenador es-tadual de projetos de qualificação de empresas para o setor e comércio e serviços do Sebrae/RS, Fabiano Zortéa. O palestrante falou sobre as novas tendências do varejo após a 103ª Convenção da National Retail Federation (NRF), realizada neste ano, em Nova York, nos Estados Unidos, e que teve a participação de seis empresários de Bento Gonçalves, entre eles o presi-dente da CDL-BG, Marcos Carbone.

CDL-NH inicia criação de serviço para ingresso no varejo online

A partir de reunião realizada na Câmara de Dirigen-tes Lojistas de Novo Hamburgo (CDL-NH) com uma nova associada, a agência de publicidade PHDS, a CDL-NH passou a estudar novas possibilidades de projetos para beneficiar o comércio local. A ação mais importante discutida no encontro foi a possibilidade de inserção das lojas locais em um portal de vendas. A CDL-NH está buscando uma ferramenta que pos-sibilite a inserção dos lojistas da cidade no comércio virtual, sem um custo elevado. Para isso, a PHDS está desenvolvendo um projeto de portal de vendas que possa incluir diversas lojas, e tenha a administração da CDL-NH como organizadora.

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CDL Garibaldi já planeja ações coletivas para o final de anoNa manhã de 25 de fevereiro, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Garibaldi, Giliano Nicolini Verzeletti, apresentou uma proposta para uma mobi-lização que a entidade pretende realizar tendo como culminância as festas de Natal e Réveillon. Em sua pri-meira reunião de 2014, a diretoria da CDL de Garibaldi aprovou a ideia, que deverá ser apresentada a outras entidades do setor e ao Poder Público. De acordo com

Verzeletti, a intenção do Brilha Garibaldi 2014 é pro-mover ações de embelezamento da cidade no final do ano, integrando-se às atividades já desenvolvidas em Garibaldi. O objetivo é ampliar o número de atra-ções para a comunidade, com a união de instituições locais, proporcionando uma programação especial e diversificada.

Associados da CDL Carazinho terão mais benefícios em saúdeNa tarde de 14 de fevereiro, a direção da Câmara de Di-rigentes Lojistas de Carazinho apresentou a seus asso-ciados o cartão de benefícios Personal Card, voltado à área de saúde. Segundo o presidente da CDL, Cláudio Hoffmann, a entidade tem hoje mais de 300 associa-dos, mas mais de 10 mil pessoas poderão ser benefi-ciadas com o convênio. O presidente explicou que o

cartão faz parte das ações da entidade que objetivam agregar novos serviços, deixando-a mais atraente aos associados. Além do preço menor para as consultas pagas com o cartão, o principal diferencial é o atendi-mento preferencial.

Palestra na CDL de Três Coroas tem sucesso de público

Aconteceu no dia 13 de fevereiro a palestra Com-petência Emocional Como Diferencial em Carreira, mi-nistrada pela administradora Maria Beatriz Monteiro, na Câmara de Dirigentes Lojistas de Três Coroas. A palestra foi promovida pelo Instituto Eneagrama, em parceria com a CDL, e obteve um sucesso de público, reunindo dezenas de lojistas no município. Dentre os temas abordados na palestra estava o Eneagrama, uma ferramenta de auto-conhecimento que objetiva melhorar os relacionamentos no âmbito pessoal e profissional.

Divulgação / CD

L Três Coroas

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Geral

Reunião Estratégica de CDLs discute diretrizes para 2014

As áreas de gestão de qualidade, marketing, proteção ao crédito e convênios foram discutidas no dia 19 de fevereiro, no auditório da FCDL-RS. Os temas foram tratados durante a reunião estratégica das Câmaras de Dirigentes Lojistas, que contou com apresentações e discussões de assuntos relevantes para os associa-dos.

A primeira palestra foi coordenada pela diretora dis-trital da FCDL-RS em Nova Prata e diretora da Plena Comunicação, Marly Petrykowski, que apresentou sugestões de ações em publicidade e marketing para

promover melhorias nas lojas associadas.

- Temos que buscar oportunidades para os lojistas e também fazer com que eles se sintam parte das CDLs, não apenas usuários de serviços, e essa proposta da Plena é mais uma opção que pode ajudar os associa-dos - destacou o presidente da FCDL-RS, Vitor Augus-to Koch.

A reunião seguiu com a apresentação do programa Q Comércio e as mudanças do projeto para 2014. O destaque repassado aos diretores presentes foi a pos-sibilidade de incrementar a qualidade de empresas de qualquer tamanho.

- Não existe um programa de qualidade no Brasil que atinja a quantidade e os tipos de empresa nas quais o Q Comércio tem seu foco. Mesmo que as lojas sejam pequenas e contem com poucos funcionários, é pos-sível realizar essas mudanças que melhoram a gestão - explica a supervisora da FCDL-RS, Beatriz Sudbrack Lehmen.

No turno da tarde, o superintendente da FCDL-RS, Leonardo Neira, apresentou dados do Sistema de Pro-teção ao Crédito (SPC) em 2013.

Júlia Merker

Vendas de fevereiro crescem 7,5% com o Liquida Tchê!Para reverter o pouco movimento enfrentado pelo comércio em fevereiro, a FCDL-RS, promoveu o Li-quida Tchê!. A campanha esteve ativa entre 5 e 15 de fevereiro. Em 2014, onze cidades gaúchas aderiram à promoção, que beneficiou cerca de 700 mil consumi-dores.

Campinas do Sul, Nova Prata, Machadinho, Santa Cruz do Sul, Canguçu, São Marcos, Encantado, São Leo-poldo, Panambi e Uruguaiana tiveram uma aumento

nas vendas de, em média, 7,5%. Já Bom Jesus e São Gabriel, que não participaram da campanha no ano anterior, atingiram uma alta de 14%.

Os produtos mais procurados durante a campanha foram os aparelhos de ar-condicionado e ventilação. Os setores de móveis, moda, eletrodomésticos e ele-trônicos também registraram vendas elevadas para essa época do ano.

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Ter dinheiro não significa mais conhecimento sobre finançasUma pesquisa detectou que oito em cada dez brasileiros não sabem como organizar suas finanças. O estudo ouviu 656 consumidores em todas as capi-tais brasileiras. Para a Federação das Câmaras de Diri-gentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS, a falta de organização financeira não está relacionada com a quantidade de renda a ser administrada, mas sim com a falta de hábito.

- Hoje em dia existem muitos métodos para registrar as transações financeiras, como planilhas no com-putador ou aplicativos específicos, mas o tradicional caderno também é eficaz e pode ser organizado de forma simples, com anotações sobre os valores rece-bidos e gastos no mês - sugere o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

O estudo foi realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A quantidade de pes-soas que organizam suas finanças não é diferente de

acordo com o valor que recebem por mês. Entre as pessoas que têm renda domiciliar de até R$ 1.330,00, apenas 16% tem conhecimento pleno sobre as finan-ças, quase a mesma quantidade alcançada na popula-ção que ganha entre R$ 1.331,00 e R$ 3.140,00 (15%). O índice aumenta para 23% entre as pessoas que têm renda acima de R$ 3.141,00.

- Esses dados mostram que o fato de ter mais dinheiro não impacta tanto na hora de organizar os gastos. O que preocupa é que a falta de conhecimento sobre os valores ganhos e gastos pode gerar endividamento ou esquecimento na hora de pagar as contas - ressalta o presidente da FCDL-RS.

Apenas 9% dos entrevistados que têm total conhe-cimento de suas despesas afirmaram estar com saldo negativo nas contas correntes. O número de contas “no vermelho” entre os que não possuem qualquer conhecimento sobre as finanças pessoais aumenta para 31%.

Varejo gaúcho se prepara para adaptação ao e-SocialA FCDL-RS manifesta preocupação com as micro e pequenas empresas, que serão obrigadas a contem-plar as exigências do e-Social. A plataforma digital, que gradualmente será colocada em operação pelo Governo Federal a partir de abril, deve unificar as in-formações previdenciárias, trabalhistas e tributárias dos empreendimentos.

- Nosso receio é com a falta de capital, quadro de fun-cionários enxuto e a grande carga tributária que esses micro empresários sofrem. Para alguns casos reco-mendamos a contratação de uma assessoria contábil para tentar amenizar esses gastos - analisa o presiden-te da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

As empresas terão de informar todos os eventos tra-balhistas na data em que eles ocorreram, a partir de abril. Os micro e pequenos negócios são obrigados

a aderir ao e-Social a partir de novembro. Será ne-cessário informar a jornada de trabalho, folhas sala-riais, horas extras, demissões, afastamento por aci-dente, faturamento do negócio, entre diversos outros dados, através do sistema. Em tempo real, os órgãos responsáveis pelo controle terão acesso a estes números e informações, e através do cruzamento das mesmas pretendem inibir a sonegação de impostos.

As obrigações acessórias para comprovação de tri-butos serão dispensadas a partir da implantação da nova plataforma digital. A FCDL-RS considera que o sistema é inovador e positivo, principalmente no sen-tido de simplificar a burocracia para o cumprimento das obrigações fiscais, mas acredita que o e-Social deve ser adaptado às MPEs e suas necessidades. Uma saída sugerida pela entidade gaúcha é a redução do volume de dados enviados por pequenos negócios.

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Geral

NÃO IMPORTA QUAL O SEU NEGÓCIO, O CERTO É QUE VOCÊ PRECISA SE COMUNICAR, AFINAL, A CONCORRÊNCIA É GRANDE.

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FCDL-RS e Banrisul assinam parceria para qualificaçãoA FCDL-RS assinou na tarde de 27 de fevereiro, contra-to com o Banrisul para a qualificação das operações de crédito. O presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, foi recebido pelo vice-presidente do Banrisul, Flavio Lammel, e pelo diretor de crédito e marketing da instituição, Guilherme Cassel, na sede do Banco, em Porto Alegre. O objetivo do convênio é valorizar o crédito e oferecer uma ferramenta de proteção para os empresários e consumidores por meio do Sistema de Proteção ao Crédito – SPC.

- Estamos extremamente satisfeitos com a parceria, pois colocamos em prática aquilo que é o nosso dis-curso, valorizando o associativismo e fortalecendo o comércio. Com isso, estamos trabalhando para o de-senvolvimento do estado e para que tenhamos uma economia cada vez mais forte – afirmou o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

A FCDL-RS é gestora estadual do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), e conta, hoje, com um total de apro-ximadamente 25 mil associados em todo o estado.

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Ensinamentos da NRF 2014 são apresentados em Caxias do Sul O assunto “Tendências Mundiais para o Varejo - Pós convenção mundial em Nova York (NRF 2014)” foi tema do primeiro Cardápio do Comércio de 2014 da CDL de Caxias do Sul. Os painelistas que dividiram os ensinamentos do evento norte americano foram o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, o coorde-nador de projetos para empresas do comércio e ser-viços do Sebrae/RS, Fabiano Zortéa, a vice-presidente da CDL Caxias, Analice Carrer, e a diretora comercial e de marketing da NL Informática, Grasiela Tesser. O tema mais importante transmitido pelos palestran-tes foi o resgate do atendimento à moda antiga, que busca conhecer o cliente na intimidade a ponto de chamá-lo pelo nome. Eles frisaram, no entanto, que é preciso modernizar essa ideia usando a tecnologia.Além das informações sobre a maior convenção lo-jista do mundo, o presidente Vitor Augusto Koch tam-bém projetou o cenário econômico para o varejo em 2014. De acordo com ele, o ano tende a ser melhor do que 2013 para o Brasil e para o Rio Grande do Sul.

- Teremos crescimento mais acelerado nesse ano. As eleições, a Copa do Mundo, a perspectiva de uma boa safra agrícola e uma situação cambial favorável para a exportação aparentam ser os pontos chaves para os negócios em 2014. As projeções da FCDL-RS apontam alta ao redor de 7% no volume de vendas, lembrando que a economia do estado ainda está com base com-parativa deprimida dada a recessão de 2012 - expli-cou Koch.

Por outro lado, o presidente da entidade varejista pontuou alguns entraves do segmento que precisam ser superados, tais como: substituição tributária, ICMS de fronteira interestadual e atraso na regulamentação dos free shops de fronteiras.

O coordenador de projetos para empresas do comér-cio e serviços do Sebrae/RS, Fabiano Zortéa, apresen-tou dicas da NRF sobre como os lojistas podem tornar seus negócios diferentes e relevantes ao consumidor.

- Precisamos conhecer o comportamento dos con-sumidores. Para isso, os empresários devem estar an-tenados, conversando com os vendedores, que, por sua vez, estão ouvindo o que os consumidores estão falando sobre as lojas, para assim ter mais efetividade nos negócios. Também se discutiu na feira que o e-mail está obsoleto e que as lojas podem usar o Face-book não só para vender, mas para conversar com os clientes e se relacionar com eles - enfatizou.

A vice-presidente da CDL, Analice Carrer, evidenciou a necessidade de resgatar valores antigos, como o a-tendimento atencioso e personalizado, e usar a tec-nologia a favor disso.

- O relacionamento com o cliente é o principal ponto. Ele quer atendimento único, quer ser chamado pelo nome e se sentir tão à vontade na loja como em casa - observou.

O último painel do evento ficou por conta da diretora comercial e de marketing da NL Informática, Grasiela Tesser, que trouxe um olhar sobre as novidades tec-nológicas apresentadas nos EUA. Ela também desta-cou que em um mundo onde todos compartilham e seguem muitas pessoas na internet, todos ficaram iguais, mas querem ser diferentes, por isso é tão im-portante promover a customização do atendimento.

Alencar Turella

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VITRINE LOJISTA – Depois de um longo período de negociação, a Secretaria da Fazenda abriu prazo para que as MPEs do Simples regularizas-sem sua situação sobre o diferencial de alíquota interestadual de ICMS. O prazo encerrou no dia 31 de janeiro, dando anistia de 100% da multa e par-celamento em até 10 anos. Como a Secretaria da Fazenda se articulou com as entidades varejistas para tornar isso possível, evitando grandes pro-blemas aos pequenos empreendedores?

ODIR TONOLLIER - O Governo do Estado considera os micro e pequenos empresários um segmento es-tratégico da economia gaúcha, afi nal, são aproxima-damente 270 mil empresas só no âmbito do ICMS. A Secretaria da Fazenda tem por obrigação zelar pela arrecadação, no entanto, isso foi feito com diálogo, ouvindo as entidades representativas que também se propõem a conversar. Nesse sentido, a FCDL RS cum-priu um importante papel: solicitou, diante do debate que causou dúvida aos nossos empresários, anistia da multa e parcelamento em condições diferencia-das. Com essa disposição para o diálogo, e também

com interesse em regularizar a situação das empresas optantes pelo Simples, atendemos à reinvindicação.

VITRINE LOJISTA – Qual a importância estratégica na medida adotada pela Secretaria da Fazenda, uma vez que esta permitiu que muitos lojistas mantivessem suas portas abertas?

ODIR TONOLLIER - A Fazenda trabalha e aposta na regularização do setor e na segurança dos lojistas em relação aos seus negócios. Para tanto, este Governo aprovou já em 2011 uma medida de apoio – que foi o Simples Gaúcho – e consideramos que a mesma ge- rou grande resultado não só para as micro e pequenas empresas como para a economia do Rio Grande do Sul. O setor tem respondido satisfatoriamente, uma vez que em 2013 ocorreu um aumento de arrecada-ção na ordem de 18,8%, inclusive, bem acima da ar-recadação média do ICMS das grandes empresas. O PIB do Rio Grande do Sul, por sua vez, cresceu 6,6%.Ressaltemos que pesquisa do Sebrae/CNI considerou o Rio Grande do Sul como o terceiro melhor Estado que tem o melhor sistema tributário para o setor.

12

Secretário da Fazenda afirma:

“O diálogo continua em 2014”

Natural de Santana Livramento, Odir Tonollier é economista, pós-graduado em � nanças, e auditor externo do Tribunal de Contas do Estado. Nascido em 25/05/1957, foi o segundo homem da Secretaria da Fazenda durante a primeira gestão de Tarso Genro na prefeitura de Porto Alegre e assumiu a Secretaria de 1999 a 2000, no governo Raul Pont. Deixou o cargo no ano seguinte para ser secretário adjunto da Fazenda no governo estadual.

Rafael Borges

Page 13: Vitrine Lojista março 2014

VITRINE LOJISTA – Acreditamos que a grande maioria deve ter regularizado a sua situação com relação ao Imposto de Fronteira. Como está a situ-ação dos lojistas atualmente?

ODIR TONOLLIER - Incialmente é preciso informar que a maioria dos optantes do simples estava recolhendo o tributo. Entretanto, diante das dúvidas, uma parcela menor dos empresários deixou de recolher e, para eles, abrimos este programa.

VITRINE LOJISTA – Com relação ao varejo, a FCDL-RS muitas vezes esteve presente em negociações na mesma mesa que o senhor, em busca do melhor para o Governo Estadual e para o desenvolvimen-to dos lojistas gaúchos. Quais são as expectativas para 2014, com relação a carga tributária que in-cide sobre as MPEs? Quais estratégias são pensa-das para mantê-los ativos e quitando seus impos-tos em dia?

ODIR TONOLLIER - As negociações com a FCDL/RS têm proporcionado bons resultados para o setor e com consequências positivas para o Estado. Tanto na arrecadação como no seu papel que exerce na economia do RS, como geração de emprego e ren-da. O diálogo continua em 2014, estamos sempre acompanhando o desempenho do setor e, em even-tuais difi culdades, o Governo não deixará de tomar

providências. Nesse momento ocorrem discussões sobre a alteração da Lei nacional e o Estado será par-ceiro no aperfeiçoamento da legislação naquilo que for possível.

VITRINE LOJISTA – Outra importante conquista do varejo gaúcho é a permissão de free shops brasileiros nas zonas de fronteira. Como a Secre-taria da Fazenda vê esta medida? O quanto será possível crescer e investir nessas zonas, que ainda enfrentam muitos problemas na busca de geração de emprego e renda?

ODIR TONOLLIER - A questão da concorrência des-leal do nosso comércio de fronteira com as compras nos países vizinhos tem sido amplamente debatida. Recentemente, aprovamos uma medida no Confaz que busca resolver essas questões, na qual decidimos isentar completamente de ICMS as operações de lo-jistas nas regiões “fronteiriças”. Entendemos que isso dará oportunidade de crescimento também ao nosso comércio nessas regiões e com consequente impacto na geração e emprego e renda.

É importante ressaltar que estamos tratando de uma região do Estado que necessita de atenção de Gover-nos, pois ao longo do tempo vem perdendo espaço econômico. A medida agora se encontra no âmbito da Receita Federal.

Entrevista

Marcelo Matusiak

Page 14: Vitrine Lojista março 2014

QComércio 2014 Novo ciclo contará com

mais horas de treinamento

Page 15: Vitrine Lojista março 2014

O Programa da Qualidade no Comércio (Q Comércio) inicia em abril as capacitações do ciclo de 2014. As novidades para esse ano têm atraído novas empresas a aderirem ao programa, sempre visando o cresci-mento dos negócios.

A principal mudança do novo ciclo é o aumento de horas de treinamento. Serão 36 horas de capacitação presencial, divididas em nove semanas. O ciclo ante-rior contava com oito horas de aula. A nova medida permite que a cada semana as empresas participantes apliquem os conhecimentos aprendidos e tirem dúvi-das no treinamento seguinte.

- Para implantar a cultura da gestão pela qualidade, o empresário necessita conhecer muito bem os concei-tos e práticas envolvidos nos processos, então é im-portante que os lojistas participem ativamente, utili-zando esta oportunidade para promover importantes mudanças visando à competitividade dos negócios – explica o coordenador de projetos para empresas do comércio e serviços do Sebrae/RS, Fabiano Zortéa.

O treinamento mais longo também possibilita que as áreas de maior difi culdade sejam revistas, e que as empresas aprendam aos poucos o potencial do Scopi. O software online organiza ações como planejamento estratégico e gerenciamento de projetos, processos e indicadores.

- Essa ferramenta é o suporte que os empresários pre-

cisam para acompanhar o desenvolvimento de seus estabelecimentos, pois registrando os índices é pos-sível analisar as áreas que estão crescendo e as que necessitam mais atenção. Outra vantagem é ter as informações centralizadas, assim os números fi cam disponíveis para todos que precisam acessá-los – res-salta o presidente da Federação das Câmaras de Diri-gentes Lojistas, Vitor Augusto Koch.

Além dessas capacitações, o projeto também conta com diagnóstico presencial da gestão, com duas horas de duração, consultoria presencial durante seis meses e troféu de reconhecimento de acordo com a pontuação atingida. Os selos concedidos são bronze, prata e ouro.

- O Q Comércio é um programa completo que ajuda os lojistas a melhorarem a gestão dos negócios. O projeto é destinado a todos os empresários, pois mesmo que a loja seja pequena e conte com poucos funcionários, é importante trabalhar o conceito de qualidade para que o estabelecimento cresça e se mantenha forte no mercado – destaca o presidente.

Para atender mais lojistas, a FCDL-RS também facilitou as condições de pagamento do programa no novo ci-clo. Até o fi nal de março é possível aderir ao projeto. O cronograma de 2014 segue com as capacitações em abril, junho e julho. Os diagnósticos serão entregues até agosto, para premiação em outubro.

João Alves

Agraciados com Troféu Ouro no ciclo 2013

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A possível inconstitucionalidade da multa de 10% do FGTS O tema volta ao debate e ao centro das discussões jurídicas e empresariais em virtude da iniciativa do Congresso Nacional que, por meio de Projeto de Lei aprovado nas duas casas legislativas, acabava com o acréscimo de 10% da multa do FGTS. A lei foi criada para ressarcir os custos que a União teve em decor-rência da condenação imposta pelo Supremo Tribu-nal Federal relativa aos planos Collor e Verão. Embora aprovado na Câmara e no Senado da República, o pro-jeto de lei nº 200/2012, que acabava com o acréscimo de 10% na multa do FGTS nos casos de demissão sem justa causa, foi vetado pela Presidente Dilma.

Com efeito, não obstante as razões que ensejaram o veto por parte da Presidente da República, sob o pon-to de vista eminentemente técnico-jurídico, cumpre-nos demonstrar que há possibilidades de, em juízo, ser obtida declaração de inconstitucionalidade da referida multa.

Neste sentido, cabe frisar que a Suprema Corte já de-cidiu, quando analisou Ações Diretas de Inconstitu-cionalidade propostas à época da criação do tributo, que o acréscimo dos 10% sobre a multa do FGTS tra-tava-se de nova contribuição, com base constitucio-nal no artigo 149 da Constituição, sendo enquadrada na espécie de contribuição social geral.

Partindo-se dessa premissa, é preciso destacar fato novo que, em tese, poderá acarretar a declaração de inconstitucionalidade da debatida contribuição adi-cional a multa de 40% do FGTS, reduzindo de forma direta e efetiva o custo das demissões para as empre-sas do país.

Trata-se da limitação que a Emenda Constitucional nº 33/2001 fez em relação as hipóteses de incidência e alíquotas das contribuições cuja base e natureza decorram do artigo 149 da Carta Política de 1988, como é o caso sob exame.

Segundo a tese agora defendida, a nova redação do artigo 149, conferida pela Emenda Constitucional nº 33/2001, somente autorizaria a incidência das refe-ridas contribuições (do artigo 149 da CF/88) sobre importação de petróleo e seus derivados e álcool combustível, além de não permitir a incidência so-bre receitas decorrentes de exportação e fi xar suas alíquotas da seguinte forma: ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta e o valor da ope-ração; ou específi ca, tendo por base a unidade de me-dida adotada.

A leitura do novo texto constitucional, portanto, de acordo com a tese que defende a inconstituciona-lidade, somente permitiria uma contribuição com base no artigo 149 dentre as hipóteses acima e nas quais não se encaixa a atual contribuição destinada ao FGTS, que possui como hipótese de incidência a demissão sem justa causa e como base de cálculo o valor depositado na conta vinculada do FGTS.

Conclui-se, portanto, que em breve os Tribunais pátrios irão se manifestar sobre a matéria e poderão declarar inconstitucional a multa de 10% do FGTS e a consequente inexigibilidade da sua cobrança, tra-zendo signifi cativa redução do custo trabalhista nas empresas que já estão praticamente sufocadas pela pesadíssima carga tributária brasileira.

Espaço Jurídico

Leonardo Lamachia . Advogado e consultor jurídico da FCDL-RS

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Gestão

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Promoção exige treinamento e observação de habilidades

Depois de algum tempo desenvolvendo a mesma fun-ção em uma empresa, muitos funcionários esperam uma promoção de cargo. Ao mesmo tempo, o chefe responsável por essa decisão precisa estar atento a fa-tores que vão além do número de anos em que a pes-soa cumpre seu trabalho para que o crescimento na empresa seja bem sucedido. Treinamentos, cursos e análise de competência e experiência são alguns dos processos a serem desenvolvidos antes de promover um colaborador.

Segundo a diretora de desenvolvimento humano da Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccio-nal do Rio Grande do Sul, (ABRH-RS), Maria da Graça Costi, ao procurar um funcionário para ocupar uma nova função, é preciso avaliar suas habilidades técni-cas, motivação e seu interesse em assumir um desafi o.

- Ele pode ser capacitado através de programas inter-nos como treinamentos, capacitações e trainees para

preencher o novo cargo. Ao promover alguém, o ges-tor deve observar se o desafi o dado está alinhado ao nível de competência do funcionário, para não trans-formar o estímulo e a motivação em fontes de ansie-dade – ressalva.

Para identifi car o potencial e as fragilidades dos cola-boradores, o gestor deve contar com a área de recur-sos humanos. O setor, usando ferramentas de apoio, pode orientá-lo sobre como promover um desen-volvimento adequado.

- Uma forma de melhorar esse processo é ter um plano de carreira que possibilite ao líder desenvolver esse profi ssional aos poucos, sem pressa e urgência, mas também sem longas promessas – sugere a dire-tora de desenvolvimento humano.

Em lojas, é comum que o vendedor com melhores re-sultados seja promovido a uma posição de gerência. Para a diretora da ABRH-RS, essa atitude requer cui-dados.

- Se o vendedor não tiver espírito de liderança, todos acabarão perdendo com essa decisão. Não basta ter um bom desempenho técnico para ser promovido a cargos de liderança, muito pelo contrário, se faz ne-cessário competências específi cas e relevantes para o sucesso da promoção – explica.

Para ela, essa situação precisa apresentar momen-tos de orientação, oportunizando que o funcionário faça questionamentos. Também precisam ser apre-sentadas ao novo gerente a expectativa em relação à função, e as metas a serem cumpridas. A equipe de vendas também deve receber instruções, buscando o comprometimento e engajamento para superar o mo-mento em que o melhor vendedor troca de posição.

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Computação vestível é tendência para 2014

A presença da tecnologia como facilitadora de tarefas e no desenvolvimento de novos tipos de itens para nosso dia a dia é indiscutível e, essencial, nos dias de hoje. É difícil de imaginar o mundo sem componen-tes cotidianos como a energia elétrica, carros e inter-net. E quem sabe, então, unir o que parece ser dois caminhos distintos de tecnologia como o vestuário e sistemas operacionais de smartphones, tablets e computadores? É este tipo de evolução que ocorre no mercado mundial hoje que recebe o nome de “com-putação vestível”.

O termo não é atual, mas em 2012/2013 que chamou a atenção do mundo com o anúncio dos óculos do Google e do relógio inteligente da Samsung. A tec-nologia presente nestes equipamentos não precisa ser tão avançada para ser considerada computação vestível. Alguns exemplos menos tecnológicos in-cluem roupas com MP3 players, monitores de bati-mentos cardíacos, tênis com microchips, entre outros.

Durante a Guerra Fria, por exemplo, o Governo dos Es-tados Unidos investiu muito dinheiro na corrida espa-cial, e parte desses recursos foram gastos nas roupas dos astronautas, que traziam consigo um poderoso aparato para sobrevivência e comunicação no espa-ço. Dessa pesquisa surgiram produtos como o Kevlar e o Teflon, desenvolvidos em parceria entre a Nasa e a DuPont.

Nos anos 80, nos laboratórios do MIT, um estudante chamado Steve Mann iniciou uma pesquisa sobre tec-nologia acoplada as roupas. Durante muitos anos ele se dedicou ao assunto e hoje é reconhecidamente o pioneiro na pesquisa científica focada em Computa-ção Vestível, sendo o responsável pela produção dos primeiros artigos da área.

No artigo Definition of “Wearable Computer”, de 1998, Mann trata sobre as questões que envolvem a

computação vestível e suas diferenças conceituais em comparação com interfaces computacionais comuns.

Segundo o pesquisador, “um computador vestível é um computador que está alocado no espaço pessoal do usuário, controlado pelo usuário, e possui cons-tância de operação e interação, ou seja, está sempre ligado e sempre acessível”. Além disso, o autor escla-rece que todo projeto de computação vestível deve ter cinco caracte-rísticas básicas: não ser monopoli-zadora da atenção do usuário, não ser restritiva, ser observável pelo usuário, estar atenta ao ambiente e ser comunicativa. Estas premissas ajudam, hoje, os desenvolvedores a pensarem o design e interface de produtos.

Com estes conceitos aplicados por Mann, hoje, gigan-tes da tecnologia desenvolvem projetos para alavan-

Tecnologia

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car o mercado de dispositivos que conversam com smartphones - como é o caso do relógio inteligente da Samsung, Galaxy Gear, ou da Sony, SmartWatch 2 – ou vão mais além no quesito pioneirismo, como o óculos inteligente Google Glass.

A Apple, conhecida pelo pioneirismo em dispositi-vos, ainda não confirmou o desenvolvimento de ne-nhuma tecnologia vestível. Em entrevista durante a AllThingsD‘s D11 Conference em Palas Verdes, Califór-nia, Tim Cook, CEO da Apple, deu a entender que se a maçã fizer algum, será algo mais que um relógio ou um óculos que “atrapalhem” o cotidiano do usuário.

- Eu não uso óculos porque gosto, uso porque preciso. Não consigo enxergar sem eles. Geralmente, quem usa quer que eles sejam bem leves e não-intrusivos – conta.

Após este ano em que se prepara a afirmação dos “wearable gadgets”, a Juniper Research, divulgou uma pesquisa que diz que o segmento já movimentou US$ 1,4 bilhão em 2013 e aponta uma previsão de US$ 19 bilhões para 2018. O autor do estudo, Nitin Bhas, afir-ma que há uma conscientização dos consumidores sobre as tecnologias vestíveis e o aumento da visibi-lidade dos produtos, principalmente com relógios in-teligentes com o Galaxy Gear e o Smartwatch 2.

Conforme o webdesigner americano, Timothy Welles, a computação vestível é a nova era da tecnologia. Ele tem ideias de desenvolvimento de aplicativos para dispositivos com HUD (Head Up Display), que seriam telas que oferecem informação visual ao usuário – as-sim como o Google Glass.

- Você pode fazer estes HUD tão pequenos que cai-bam em lentes de contato. Você pode controlar tudo por gestos, e isso não é possível com smartphones. Os smartphones ainda não atingiram seu limite, mas eu não con¬sigo imaginar muito mais coisas que possa-mos fazer com eles – explica.

O engenheiro de software, Felipe Lima, brasileiro que mora em São Francisco, recém adquiriu o Google Glass e fala que no início é demorado se acostumar a fazer o movimento de inclinar a cabeça para ativar o dispositivo e falar ações para utilizá-lo.

- As pessoas não estão habituadas a usarem coman-dos por voz, mas faz sentido para que seja o menos intrusivo possível. É bastante natural depois que se acostuma. A interface fica um pouco acima do olho e não atrapalha na visão. A única coisa que é um pouco estranha é a necessidade de fazer um movimento de cabeça até um certo angulo para ativar o Glass. Isso não é muito natural, além de ser um pouco estranho. Acho que poderia ser melhorado – explica.

John Biehler

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Características da Computação Vestível

1) Não ser monopolizadora da atenção do usuário: uma Computação Vestível não funciona como um ambiente imersivo de um jogo, por exemplo, deve-se ter em mente que o usuário sempre estará fazendo outra atividade.

2) Não ser restritiva: além é claro da mobilidade que uma condição inerente de qualquer roupa, a Computação Vestí-vel precisa ser versátil o bastante para permitir que o usuário veja seus e-mails enquanto corre no parque, por exemplo.

3) Ser Observável pelo usuário: ele pode utilizar a interface no momento que ele desejar. O sistema deve continuar fun-cionando normalmente quando o usuário desejar voltar sua atenção a alguma coisa na rua, por exemplo.

4) Estar Atenta ao ambiente: a Computação Vestível deve perceber o ambiente através de sensores de modo que possa melhorar a interação com o usuário e lhe oferecer in-formações relevantes sobre o que captou.

5) Ser Comunicativa: a Computação Vestível deve permitir que o usuário se comunique com outros quando ele de-sejar. Ela deve ampliar a capacidade comunicacional do usuário, e não restringi-la.

Apesar das difi culdades, muitas pessoas já estão se preparando, se adaptando e aguardando por estas tecnologias. Prova disto foi a Mobile World Congress que aconteceu no fi nal de fevereiro em Barcelona. A Samsung e Huawei divulgaram seus novos dispositi-vos na computação vestível e a LG afi rmou uma par-ceria com o Google para um futuro smartwatch em desenvolvimento para ser lançado ainda em 2014.

Após pouco mais de seis meses do lançamento do Galaxy Gear, a Samsung anunciou os novos relógios inteligentes Gear 2 e Gear 2 Neo. Os novos aparelhos não rodam mais Android (agora oferecem a plata-forma Tizen da empresa sul-coreana) e prometem ser compatíveis com dezenas de dispositivos da marca.

Além de relógio, foi apresentado o Gear Fit, uma mis-tura de pulseira inteligente e monitor de atividades físicas. O dispositivo recebe notifi cações de e-mails, SMS e de apps de terceiros. Ele inclui pedômetro, cronômetro, timer, e mede intensidade de exercício e tempo de sono sendo resistente a água e poeira.

Já a chinesa Huawei lançou o TalkBand, a pulseira in-teligente que realiza chamadas telefônica e é com-

patível somente com smartphones da própria em-presa.

Enquanto diversas gigantes da tecnologia divulgam seus projetos, o Google aparece para desenvolver outro hardware na computação vestível. Desta vez, em parceria com a LG, o smartwatch é o alvo. Con-forme afi rmou o chefe de mobilidade da LG, Park Hong-Seok, ao Wall Street Journal, eles estão desen-volvendo o relógio inteligente da empresa americana e que este será compatível com diversos aparelhos presentes no mercado. A expectativa é a apresenta-ção do produto durante a conferência Google I/O que acontece dias 25 e 26 de junho.

Como Mann imaginou na década de 80, logo pode-remos utilizar a tecnologia sem desviar bruscamente de nossas tarefas. Tirar celulares de bolso, digitar uma pesquisa no Google, e até usar o botão de ligar/des-ligar podem ser tarefas que não existam logo mais. O desenvolvimento de dispositivos cada vez mais in-teligentes e sensíveis ao meio ambiente podem fazer nossa vida mais fácil e melhor, este pode ser a visão do que pensávamos do futuro.

Bin im Garten

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Saúde

Intervenção inédita reduz pressão arterial em pacientes

A equipe médica de cardiologistas intervencionis-tas do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre (RS), comemora os resultados do uso da técnica denomi-nada denervação renal com cateter dedicado. Trata-se de um procedimento minimamente invasivo que tem por objetivo reduzir a pressão arterial de pacien-tes, doença que atinge 24,3% dos brasileiros. A técni-ca é indicada para casos de hipertensão resistente ao tratamento com medicamentos, ou seja, nos casos de pressão muito elevada em que o uso de três ou mais fármacos são insuficientes para o controle da pressão – 15% da população hipertensa no país.

Desde novembro de 2013, foram realizadas três cirurgias do tipo no hospital - segunda instituição do país a adotar a técnica.

- Em menos de 24 horas, os pacientes submetidos ao procedimento já apresentavam redução da pressão arterial - informa o médico cardiologista Alexandre do Canto Zago, coordenador da equipe responsável.

O procedimento consiste na introdução de um ca-teter pela artéria da perna do paciente (virilha), simi-lar ao método empregado para o implante de stents para a desobstrução das artérias do coração. Mas, ao contrário deste, na denervação renal o cateter é con-duzido até a artéria do rim, um dos principais órgãos responsáveis pela regulação da pressão no corpo hu-mano.

Ao atingir o local desejado na artéria, o cateter é aber-to e através de eletrodos em sua ponta libera peque-nas descargas elétricas na parede do vaso, realizando uma espécie de cauterização. Com isso é interrom-pida a comunicação entre o rim e o cérebro. Uma das causas da pressão alta é justamente o erro de comu-nicação entre os dois órgãos, onde o primeiro informa equivocadamente que o nível da pressão arterial está baixa, quando na verdade é o contrário.

- Neste quadro, o cérebro manda um comando aos rins para reter mais água com objetivo de aumentar o volume de sangue, assim como produzir uma subs- tância que causa estreitamento das artérias do cor-po. Estes são os principais mecanismos de elevação da pressão arterial. O bloqueio desse fluxo de infor-mações entre rim e cérebro promove a redução dos níveis pressóricos - explica Zago.

A recuperação do paciente costuma ser rápida. Ele pode receber alta entre 48 e 72 horas, retornando às atividades normais. Já os resultados positivos podem ser notados logo após a intervenção. Em um dos ca-sos atendidos no Mãe de Deus, a pressão arterial do paciente que variava de 17/11 a 19/11, considerada altíssima, imediatamente caiu para valores entre 15/10 e 17/10. A pressão continuou alta, no entanto em níveis onde já se podia utilizar medicamentos me-nos potentes e com menos efeitos colaterais ao pa-ciente, para o qual até então nenhum medicamento possibilitava tamanha redução da pressão arterial.

O uso do cateter para denervação renal, chamado de cateter dedicado foi autorizado pela Anvisa somente em novembro do ano passado. Conforme o Dr. Zago, a nova técnica está no momento indicada para casos severos de pressão alta, onde os medicamentos pres-critos pelo médico não são suficientes para o controle adequado da doença.

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Com o retorno das crianças à escola, volta a preocu-pação com a quantidade de itens levados pelos alu-nos nas mochilas. Os estudantes devem carregar uma mochila que pese, no máximo, 10% do peso do seu corpo. Além disso, os modelos também podem in-fluenciar na postura da criança, provocando dores. O estilo mais adequado é o tradicional, com duas alças que passam pelos ombros e ficam na altura das cos-tas.

- Os modelos com rodinhas são usados na tentativa de compensar o peso excessivo que as crianças cos-tumam carregar, mas assim acabam sendo traciona-das por apenas uma das mãos, forçando o tronco em rotação e inclinação lateral para o lado da mochila. Isso prejudica a postura e força músculos e articula-ções - explica o ortopedista pediátrico da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Sizinio Hebert.

Os riscos para os estudantes que usam a mochila erra-da e com peso acima do recomendado são o cansaço excessivo, que pode prejudicar a atenção nas aulas, e o desenvolvimento de má-postura e dores “nas cos-tas”. Para evitar esses problemas, pais e professores devem estar atentos a quantidade de material soli-citado.

- A tradicional agenda diária escolar pode orientar os pais a ajudarem dos alunos pequenos com a seleção apenas do que será necessário para cada dia de aula - sugere o médico.

Outra ação que pode minimizar o peso carregado pelos alunos é ter um espaço em sala de aula onde cada um possa deixar livros que não serão usados nas tarefas de casa. Além disso, a utilização de cadernos pequenos para cada matéria é mais indicada do que um caderno grande que precise ser levado para todas as aulas.

Peso da mochila não deve passar de 10% do peso da criança

Manuel García Barros

Mar

celo

Mat

usia

k

Saúde

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Dúvidas

Agenda FCDL-RS

1. Qual deve ser o procedimento em relação a registro de inadimplência em CPF Clona-do? A consulta realizada no site da Receita Fede-ral não é efetivamente uma garantia contra fraude quando o assunto é clonagem. Quando constatado um caso, recomendamos a abertu-ra de um procedimento administrativo, pedin-do o comprovante da dívida e comparando as assinaturas entre o título e os documentos pessoais do consumidor. Caso haja divergên-cia nítida entre as assinaturas, proceder o can-celamento e informar ao Associado/Credor. Sugerimos ainda, que sendo o reclamante o próprio consumidor, que seja orientado a abrir uma reclamação junto à entidade local, que de-verá fazer uma conferência de sua documen-tação. Caso seja constatado que o documento foi emitido pela Receita Federal, ou que não é possível constatar sua invalidade, sugerimos que havendo o registro, este seja baixado inde-pendente da duplicação pela Receita Federal

(pois o consumidor não pode ser prejudicado, mesmo que o erro seja do órgão expedidor do documento).

2. Como funciona o registro de Débito Par-cial?

No caso de cheque, o cheque devolvido não é integralmente devido, e por esta razão não pode ser registrado em seu valor integral. O mesmo ocorre com duplicatas. Por outro lado, também não é possível que seja feito o registro no valor devido, tendo em vista que o cheque ou duplicata em poder do credor não trazem em si apenas o valor parcial. Desta maneira, sugerimos que toda negociação seja formali-zada em documento que traga consigo os dados completos do credor, do devedor, do débito negociado, dos valores e datas de ven-cimento das parcelas. Se assim for, o associado pode fazer o registro de SPC da parcela devida, no seu valor exato e respectiva data de venci-mento.

2º Fórum SPED Porto Alegre 10 de abril Porto Alegre

E-COM 2014 21 de maio Porto Alegre

45ª Convenção Estadual Lojista

14 e 15 de agosto Bento Gonçalves

PROGRAMA DATA LOCAL

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Prêmio SEBRAE Mulher de NegóciosHá 10 anos, a gente faz histórias de sucesso como a sua inspirarem ainda mais mulheres a serem donas do seu próprio negócio.

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