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Universidade Federal de Pernambuco NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação 1
Visita virtual guiada a museus de Nova York: multimodalidade e multiletramentos nas aulas de inglês
Eliane de Albuquerque
Maria Filomena C. do Rego (FAETEC – RJ)
Resumo: O projeto “Visita virtual guiada a museus de Nova York” é uma tentativa de por em prática novas perspectivas educacionais no ensino de língua inglesa. Primeiramente, buscamos fazer uma atividade em que fosse integrado a nossa prática pedagógica o uso de tecnologias da informação e comunicação (TICs). Em segundo lugar, nessa atividade procuramos aplicar os conceitos de leitura como prática social e multiletramentos (Cope e Kalantzis, 2000) expondo o aluno ao hipertexto que segundo Xavier (2009) constitui uma tecnologia enunciativa que dispõe, numa mesma plataforma, de recursos semióticos linguísticos e não linguísticos como elementos verbais, imagéticos e sonoros. Todas essas características oferecem ao aluno a possibilidade de explorar um texto multimodal. Finalmente, pelo fato de termos desenvolvido o projeto numa escola de ensino médio técnico, visamos promover uma atividade em consonância com os pressupostos teóricos que norteiam as Orientações Curriculares para o Ensino Médio, que preveem a aprendizagem da língua estrangeira dentro de um contexto significativo, integrada a outros conhecimentos. (Brasil, 2006)
Palavras-chave: multiletramentos, hipertexto, multimodalidade. Abstract: The project "Virtual Guided Tour of New York museums" is an attempt to implement new educational perspectives into English language teaching. Firstly, we aimed at performing an activity that would integrate the use of information and communication technologies (ICTs) into our teaching practice. In the second place, this activity aims at applying the concepts of reading as a social practice and multiliteracies (Cope and Kalantzis, 2000) exposing the student to the hypertext which, according to Xavier (2009), is a technology that presents, on the same platform, linguistic and non-linguistic semiotic resources such as words, images and sound. All these features offer the student the opportunity to explore a multimodal text. Finally, as we developed the project at a technical high school, we aim to promote an activity aligned with the theoretical assumptions that guide the National Curriculum Guidelines for Secondary Education, (Orientações Curriculares para o Ensino Médio, Brasil, 2006) which assumes the learning of a foreign language within a meaningful context, integrated to other fields of knowledge.
Key words: multiliteracies, hypertext, multimodality.
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Introdução
O projeto “Visita virtual guiada a museus de Nova York” foi fruto de uma
tentativa de aplicar à realidade da sala de aula novas perspectivas com relação ao
ensino de leitura em língua inglesa. Essas novas perspectivas dizem respeito à
ampliação do conceito dos multiletramentos e de leitura como prática social.
Considerando que museus são espaços de educação não formal que contribuem para a
formação do educando, propomos uma “visita virtual guiada” a museus da cidade de
Nova York. O projeto vem sendo desenvolvido com nossos alunos desde 2011 e a ideia
surgiu a partir da necessidade de se integrar o uso das mídias digitais no contexto da
sala de aula de língua estrangeira (doravante LE). A atividade atenderia ao
desenvolvimento das competências que os alunos do ensino médio precisariam
adquirir em LE de acordo com as OCEM, Orientações Curriculares para o Ensino Médio
(Brasil, 2006), das quais se destacam a utilização do conhecimento da Língua
Estrangeira Moderna como um instrumento de acesso a informações de outras
culturas e grupos sociais e a aplicação das tecnologias da educação e informação na
escola e em outras situações de vida.
Apresentamos a seguir, os pressupostos teóricos que nortearam nosso
trabalho.
1. Multimodalidade e Multiletramentos
Os textos que circulam na sociedade contemporânea são em sua maioria
multimodais. Com isso, queremos dizer que são textos caracterizados por uma
multiplicidade de linguagens e semioses, contendo grande riqueza de elementos
visuais, auditivos e sonoros. Para que um indivíduo possa apropriar-se desses textos e
linguagens e a partir deles construir significados, é preciso que esteja
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instrumentalizado, o que possibilitará a ele o trânsito dentro de diversos espaços e
discursos, além possibilitar sua inserção crítica diante dos mesmos.
Para Cope e Kalantzis (2000),
O significado se constrói de modos cada vez mais multimodais (...).
Encontrar-se nesse mundo emergente de significados exige um
letramento novo, multimodal (...). Quando tecnologias de sentido
mudam tão rapidamente, não pode haver somente um conjunto de
padrões ou habilidades que constituem a finalidade da aprendizagem
de letramento (...)1 (Cope e Kalantzis, 2000, p.5-6)
Uma proposta pedagógica que leve em conta os multiletramentos e a
multimodalidade pode vir a ensejar também a inclusão social do aluno, pois como
explicam as OCEM - Orientações Curriculares para o Ensino Médio (Brasil, 2006):
Essa proposta tem a ver com os objetivos da inclusão, pois leva à
compreensão e conscientização de que: 1) há outras formas de
produção e circulação da informação e do conhecimento, diferentes
das tradicionais aprendidas na escola; 2) a multimodalidade requer
outras habilidades de leitura, interpretação e comunicação,
diferentes das tradicionais ensinadas na escola; 3) a necessidade da
capacidade crítica se fortalece não apenas como ferramenta de
seleção daquilo que é útil e de interesse ao interlocutor, em meio à
massa de informação à qual passou a ser exposto, mas também
como ferramenta para a interação na sociedade, para a participação
na produção da linguagem dessa sociedade e para a construção de
sentidos dessa linguagem. (Brasil, 2006: 97,98)
1 Texto original: Meaning is made in ways that are increasingly multimodal (…) To find our way around this emerging world of meaning requires a new, multimodal literacy. (…) When technologies of meaning are changing so rapidly, there cannot be one set of standards or skills that constitute the ends of literacy learning (…) (tradução nossa)
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Infelizmente, o modelo escolar atual nem sempre dá conta de oferecer ao
alunado oportunidades de aprendizagem que contemplem novas formas de
letramento. Segundo Rojo (2012:8), nessa prática pedagógica parte-se das referências
culturais do aluno para depois serem buscados outros textos e discursos que visam
ampliar o conhecimento do aprendiz. Uma maneira através da qual a escola pode
viabilizar essas novas oportunidades é inserir em sua prática o uso de novas
tecnologias de informação e comunicação (TICs) devido a sua quase onipresença em
nosso dia-a-dia. Ainda segundo Rojo (2012:21), para que a escola proporcione o
desenvolvimento dos multiletramentos, necessários para que o indivíduo possa
transitar na sociedade, são necessárias novas ferramentas e novas práticas de
produção e de análise crítica de textos.
Além dos conceitos de multimodalidade e multiletramentos, consideramos
necessário também descrever, de modo breve, o conceito de leitura como prática
social, uma vez que, seguindo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio, a
leitura em inglês tem sido um dos focos que desenvolvemos em nossa escola.
2. Leitura como prática social
Atualmente, o ato de ler e de aprender a ler tem sido visto, tanto em língua
materna quanto estrangeira, não somente como um processo cognitivo, mas também
como uma prática social.
Segundo Batista e Galvão (1999), a emergência de novas tecnologias de
comunicação impulsionou diferentes áreas de conhecimento como a história,
antropologia e psicologia, a um interesse e investigação sobre a leitura. No campo das
ciências sociais e da linguística aplicada, a leitura tem sido vista como um instrumento
para compreender como diferentes grupos sociais representam o mundo e constroem
e compartilham significados. Na verdade, a expressão que marca os contornos do
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interesse das ciências sociais a respeito do ato de ler atualmente é "práticas de leitura"
e não somente "leitura". Dentro dessa abordagem, a leitura é uma prática
desenvolvida por leitores reais e situada no interior de processos sociais que são
responsáveis por sua diversidade e variação.
Com base nessa perspectiva, optamos por uma atividade utilizando o
hipertexto. Fizemos a escolha não apenas por ser uma modalidade de leitura que o
aluno já está familiarizado ou pela mera opção de variar o suporte através do qual a
leitura pode ser feita. Essa opção foi feita porque o hipertexto oferece ao aluno um
tipo de leitura multimodal. Corroborando Xavier (2009), o hipertexto vai além de ser
um texto eletrônico mais sofisticado e versátil, ou uma versão mais atualizada das
técnicas de escrita de textos. Para o autor, na verdade, o hipertexto se constitui uma
tecnologia enunciativa que dispõe, numa mesma plataforma, de recursos semióticos
linguísticos e não linguísticos; de elementos verbais, imagéticos e sonoros.
3. Multiletramentos e gêneros textuais
Uma pedagogia de multiletramentos também pressupõe o ensino de uma
língua a partir de gêneros textuais, pois os gêneros refletem o funcionamento da
sociedade (MARCUSCHI, 2008) e constituem-se em tipos de enunciados relativamente
estáveis (BAKHTIN, 2011, p.262), guardando similaridades em sua estrutura e
composição.
Segundo Marcuschi (op.cit.)
Os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa vida
diária e que apresentam padrões sóciocomunicativos característicos
definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e
estilos concretamente realizados na integração de forças históricas,
sociais, institucionais e técnicas (p.155).
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O site de um museu, por suas características hipertextuais, proporciona o
contato com uma diversidade de gêneros, muitos deles facilmente reconhecidos pelos
alunos. Por exemplo, em uma das páginas verificamos a representação do gênero
informativo de um museu (fig.3), onde vemos informações sobre localização, horários
de funcionamento, preço do ingresso. Em outra página, observamos uma linha do
tempo (fig.6), em outra, o gênero mapa (fig.7). Esse reconhecimento do gênero por
parte do aluno, facilita suas inferências e a previsão de sentidos para o texto. Ao
mesmo tempo, essa prática de leitura atende a um propósito comunicativo por estar
inserida em um contexto de realidade, ainda que virtual.
Por fim, entendemos que a atividade que propomos está em consonância com
as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM), que preconizam:
(...) os sentidos são construídos dentro de um contexto social,
histórico, imerso em relações de poder. Daí ser a leitura uma
atividade de linguagem que envolve conhecer o mundo, ter uma
visão desse e refletir sobre as possibilidades e as conveniências de
transformação social. (Brasil, 2006, p. 116)
4. Metodologia da atividade
4.1. Público Alvo: alunos do ensino médio de uma escola técnica situada no
Rio de Janeiro. A faixa etária compreende 14 a 17 anos
A atividade, cuja duração correspondeu a dois tempos de aula (110 min.), foi
desenvolvida no laboratório de informática da escola, com os computadores
conectados à internet. Os alunos foram distribuídos em uma dupla para cada
computador. Foi distribuído um roteiro onde os alunos fariam as anotações solicitadas,
produzindo-se assim um relatório da visita. O professor atuou como guia, indicando os
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percursos a seguir. A avaliação da atividade foi formativa e ocorreu durante todo o
processo. As dificuldades observadas foram sendo sanadas de modo colaborativo.
4.2. Objetivos gerais
Desenvolver letramentos necessários para visitar museus reais ou virtuais;
Aprender a navegar na internet em busca de informações desejadas, tais
como a localização geográfica de continentes e países em um mapa mundi e
períodos históricos em uma linha do tempo;
Aprender a ler mapas e a se localizar no espaço;
Experimentar uma sensação estética perante uma obra de arte;
Desenvolver letramentos para visitar restaurantes e lojas de souvenires reais
ou virtuais.
4.3. Objetivos no plano linguístico- discursivo
Adquirir ou rever o vocabulário referente aos dias da semana;
Reconhecer as características do gênero textual de dicas ou orientações;
Observar a relação entre texto e imagem;
Rever o uso dos verbos no passado para se referir a eventos históricos;
Observar as características de textos descritivos de obras de arte;
Aprender a escolher refeições em um cardápio;
Ampliar o vocabulário ao visitar uma loja virtual.
A fim de se alcançar os objetivos pedagógicos propostos, faz-se necessário que
o professor desenhe previamente um roteiro de links para que o aluno siga enquanto
“visita” o museu. No entanto, em determinados momentos a atividade oferece a
liberdade ao aluno para que percorra um caminho a sua escolha, o que caracterizaria
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essa relação com o hipertexto uma experiência individual. Essa característica da
atividade reverbera Xavier (2009, apud JOYCE,1991), que distingue dois tipos de
hipertextos, os exploratórios, em que o hiperleitor vaga pela internet sem um objetivo
previamente definido e os hipertextos construtivos, em que haveria “um projeto de
leitura previamente desenhado”. Ele acrescenta, no entanto, que esses dois tipos de
hipertextos não são opostos, uma navegação aleatória pode passar a ter uma intenção
construtiva dependendo da atitude e da intenção do hiperleitor e vice-versa.
5. Roteiro de visita
5.1. Entrar no site www.met.org
Após abrir a homepage do museu, é solicitado que o aluno observe a barra
superior do menu, assim como os destaques da página:
Figura 1: Captura de tela do website do museu
Captura de tela. Fonte: http://www.metmuseum.org/
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5.2. Clicar em Visit na barra superior do menu e em seguida na barra lateral
do menu clicar em Plan your visit, a seguir clicar no link do mapa –
Getting Here
Figura 2: Captura de tela do website do museu
Captura de tela. Fonte: http://www.metmuseum.org/visit/plan-your-visit
5.3. Clicar em Hours and Admission na coluna lateral do menu
Figura 3: Captura de tela do website do museu
Captura de tela. Fonte: http://www.metmuseum.org/visit/hours-and-admission
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Nesta página podemos explorar o vocabulário referente a dias e horários,
preços do ingresso de acordo com o perfil do visitante, entre outras informações.
5.4. Clicar novamente em Plan your Visit e em seguida em Visitor Tips and
Policies nos links que estão no menu lateral
Figura 4: Captura de tela do website do museu
Captura de tela. Fonte: http://www.metmuseum.org/visit/plan-your-visit/visitor-tips-and-policies
Esta página apresenta um texto de orientações sobre o que é permitido e o que
não é permitido se fazer ao visitar o museu.
No plano linguístico, além do vocabulário, podem-se explorar formas de se
expressar permissão em inglês.
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5.5. Clicar em Museum Map no menu lateral
Figura 5: Captura de tela do website do museu
Captura de tela. Fonte: http://www.metmuseum.org/visit/museum-map
Nesta página pede-se ao aluno para localizar a entrada principal (main
entrance), a localização dos elevadores (elevators) e das escadas (stairs), chama-se a
atenção para os principais espaços encontrados nesse andar. Também é pedido que o
aluno observe a cor da legenda à esquerda e sua correspondência com o ambiente
onde estão as obras de determinado período e procedência O aluno pode clicar em
uma das salas e fazer um tour virtual por ela.
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5.6. Clicar em Collection na barra superior, em seguida em Timeline of art
history e depois em World Maps. Na barra superior do mapa mundi,
selecionar o período de 1990-Present, em seguida clicar no ícone Europe e
depois no ícone Iberian Peninsule. Na barra ao lado do mapa, clicar em
Key Events.
Figura 6: Captura de tela do website do museu
Captura de tela. Fonte: http://www.metmuseum.org/toah/world-regions/#/11/World-Map
Figura 7: Captura de tela do website do museu
Captura de tela. Fonte: http://www.metmuseum.org/toah/world-regions/#/11/Europe
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Figura 8: Captura de tela do website do museu
Captura de tela. Fonte: http://www.metmuseum.org/toah/ht/?period=11®ion=eusi#/Key-Events
Esta página apresenta uma sequência cronológica dos eventos marcantes desse
período. Destacamos o ano de 1937, quando Picasso pintou Guernica, e o período de
1991 a 1997, época em que o arquiteto americano Frank Gehry projetou o museu
Guggenheim de Bilbao. O aluno deverá então responder as seguintes questões: “What
happened in 1937”? e “What happened in the period from 1991 – 1997”?
5.7. A seguir pede-se ao aluno que clique no link Works of Art, do lado do link
Key Events. A partir deste ponto da visita, o aluno passa a ter a liberdade
da experiência de fruição perante a obra de arte. Solicita-se que observe
as obras de arte desse período e escolha uma delas que mais o agrade. O
aluno deverá anotar no seu roteiro de visita, os dados da obra, tais como
o seu título, o nome do artista que a produziu, ano de sua realização, bem
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como uma breve descrição da mesma. Pode-se aqui chamar a atenção
para as características de um texto descritivo enfatizando que observem
os substantivos e adjetivos empregados.
Neste ponto da “visita” estamos nos encaminhando para o final da atividade.
Informamos que museus agregam outros serviços, tais como restaurantes cafés e lojas.
Está na hora da pausa para um lanche ou um café. Solicita-se que os alunos voltem
para a home page cliquem em Visit, Plan your Visit e ao abrir a página cliquem em
Dining at the Met. Os alunos podem escolher um dos locais onde gostariam de fazer
uma refeição. Chama-se a atenção para o número de cifrões ($) de cada um, que indica
os mais caros e os de preço mais acessível. Ao se clicar no restaurante, abre-se a
página que contém os horários de funcionamento como também uma amostra do
cardápio. Apesar de o aluno não dominar todo o vocabulário é possível, no entanto,
encontrar palavras conhecidas, muitas delas já incorporadas aos cardápios de nossos
restaurantes.
Figura 9: Captura de tela do website do museu
Captura de tela. Fonte: http://www.metmuseum.org/visit/plan-your-visit/dining-at-the-museum
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5.8. Para finalizar, sugerimos que os alunos visitem a loja do museu clicando
no link Shop na barra superior da home page. Os alunos podem então
explorar as categorias de itens oferecidos, observando a barra superior
do menu da página e escolher algo que lhes agrade.
Figura 10: Captura de tela do website do museu
Captura de tela. Fonte:
http://store.metmuseum.org/?utm_source=mainmuseum&utm_medium=metmuseum.org&utm_content=shop&utm_campaign=top+nav
É importante ressaltar que os sites são atualizados frequentemente, portanto, a
cada vez que o professor for desenvolver esta atividade convém verificar
antecipadamente se houve mudanças nas páginas selecionadas.
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Considerações finais
Como se pode observar, o trabalho com sites de museus possibilita a inserção
de um fenômeno do mundo real na sala de aula tornando o ensino significativo. A
proposta pedagógica da atividade favorece ainda a apropriação de multiletramentos
que visam contribuir para ampliar o horizonte cultural do aluno, bem como
desenvolver as habilidades necessárias para o trânsito na complexa realidade
contemporânea. Além disso, as características do hipertexto favorecem o contato
com vários gêneros textuais e diferentes formas de linguagem que propiciam a
construção de sentidos e aquisição da língua.
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LÉVY, P. Cibercultura. 3ª ed. São Paulo: Editora 34, 2010.
MARCUSCHI, L.A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.
ROJO, R. Pedagogia dos multiletramentos: diversidade cultural e de linguagem na escola. In: ROJO, R.; MOURA, E. (Org.) Multiletramentos na Escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012
XAVIER, A. C. A Era do Hipertexto: Linguagem e Tecnologia. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2009.
SITE ACESSADO:
<www.met.org>. Acesso em: 7 de novembro de 2015.