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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VISITA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO CHILE Eduardo Frei Ruiz-Tagle SÉRIE VISITAS AO STF Brasíüa-DF 3

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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

VISITA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO CHILE

Eduardo Frei Ruiz-Tagle

SÉRIE VISITAS AO STF

Brasíüa-DF 3

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

VISITA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO CHILE

ED UARDO FREI R UIZ-TA GLE

(Sessão solene realizada em 25.3.96)

Brasília 1997

Departamento de Documentação, Jurisprudência e Divulgação: Diretora: Marlene Freitas Rodrigues Alves

Serviço de Divulgação: Diretora: Maria do Socorro da Costa Alencar

Divisão de Edições: Diretora: Almeria Machado Godói

Seção de Controle e Distribuição: Supervisora: Maria Elena Alves

Edição: Almeria Godói Maria do Socorro Alencar

Revisão: Armando Decicco Delma Xoteslem Maria Cristina Faraco

Capa: Flávio Castro Jander Vasconcelos Marlene F. Rodrigues Alves

Palavras do Senhor Ministro SEPULVEDA PERTENCE,

Presidente

Declaro aberta a sessão solene do Supremo Tribunal Federal, especialmente convocada para receber a visita de Sua Excelência, o Senhor Eduardo Frei Ruiz-Ta-gle, digníssimo Presidente da República do Chile.

Para saudar o eminente visitante, em nome do Tribunal, concedo a palavra ao Senhor Ministro limar Galvão.

Discurso do Senhor Ministro ILMAR GALVÃO

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Sepúlveda Pertence; Excelentíssimos Senhores Ministros do Supremo Tribunal Federal; Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República, Doutor Geraldo Brindeiro; Reverendíssimo Núncio Apostólico; Excelentíssimos Embaixadores das Repúblicas da Argentina, do Chile e da Bolívia; Excelentíssimo Senhor Ministro Rafael Mayer; Excelentíssimo Senhor Presidente do Superior Tribunal de Justiça, Ministro Bueno de Souza; Excelentíssimo Senhor Advogado-Geral da União, Dou­tor Geraldo Magela da Cruz Quintão; Excelentíssimos Senhores Juizes Jairo Soares Santos, Orlando Cândido Gomes e Terezinha Célia Oliveira, do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho; Excelentíssimos Subprocuradores-Gerais da República, Se­nhores Mardem Costa Pinto e Miguel Frauzino; Excelentíssimos Senhores Desem­bargadores Natanael Caetano, Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, e Edmundo Minervino, do Egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal; demais autoridades presentes; meus Senhores, minhas Senhoras.

Excelentíssimo Senhor Presidente Eduardo Frei.

Chile e Brasil, duas grandes nações sul-americanas —uma com seu território estendido pelo extremo austral do continente, comprimido entre a montanha e o mar e voltado para o imenso Pacífico; o do outro, expandido pela região central e derramado para o vasto Atlântico —, parece darem-se as costas em mútua indiferen­ça.

Isso, no entanto, sabemos nós, brasileiros e chilenos, não passa de uma veleidade geográfica, visto que, por afinidades de ordem vária, as duas pátrias sempre estiveram não apenas muito próximas, mas irmanadas.

Na verdade, Chile e Brasil, que viveram, na mesma época, horas de luta e heroísmo, empolgadas pelo ideal de independência, pela ânsia de libertarem-se do domínio europeu, têm, entre si, um liame mais poderoso do que simples linhas fronteiriças para vinculá-los. Como observa Sílvio Meira, somos todos hispânicos, temos a latinidade por origem comum, transportada para Chile e Brasil pelas respectivas línguas, pela mesma religião, mesma tradição, mesmos usos e costumes, originários da Hispania, prolongamento político e cultural do Lácio.

Bem por isso, nas escolas brasileiras, principalmente nas do ensino funda­mental, é muito comum ver-se afixado, com destaque, o mais belo poema dedicado

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às construtoras do futuro. Naturalmente, a «Oración de Ia maestra», de Gabriela Mistral.

Comove a pureza da súplica ao Senhor para que ela, a mestra, possa ser «mais mãe que a própria mãe, para amar o que não é carne de sua própria carne» !

Glória do Chile e orgulho do gênero humano, permita-nos egoisticamente dizer que Gabriela Mistral é nossa também, pois, servindo ao seu país, com a gente brasileira viveu e conviveu, aproximando as nossas culturas e estreitando, ainda mais, os nossos laços de amizade. Estava, por sinal, no Brasil, quando recebeu a notícia da outorga do Prêmio Nobel de Literatura.

No Chile, talvez mais do que em qualquer outra parte, a poesia é a palavra pejada de conteúdo, observação que nos traz à lembrança dois outros grandes poetas: Vicente Huidobro e Pablo Neruda.

Cantor dos deserdados do mundo, Huidobro, centrando o poema na virtude criativa, deu dimensão extraordinária à poesia, fazendo do poeta «um pequeno Deus». Certamente, por isso, queria ele que se devesse «fazer um poema como a natureza faz uma árvore. Nada de anedótico, nem descritivo. A emoção deve nascer só da virtude criadora».

Neruda, por sua vez, na feliz lembrança de Domingos Carvalho da Silva, «reviveu em nossos dias os aedos gregos e os trovadores da Provença. Viajante e poeta de todos os mundos, celebrou o Chile no seu «Canto General», viveu a epopéia de Madrid em «Espana en el corazón» e, na maior de todas as guerras, foi sua voz o clarim dos feitos das forças aliadas, tanto nos embates da Europa como nos dos areais da África e das margens do Volga».

«Consagrado pelo Nobel, Neruda deu ao Chile, berço de tantos poetas eminentes, maior projeção cultural no mundo e o privilégio de gravar dois nomes entre os dos raros e gloriosos poetas laureados.»

Agora mesmo, a «sétima arte» enternece o público mundial, ao exibir, sob o título «O Carteiro e opoeí^», uma comovente página da vida do «poeta da verdade e da realidade», passada no exílio. Dessa vida tão rica em experiências, em obstina­ção, em idealismo e, sobretudo, em lirismo, por ele próprio imortalizada no depoi­mento autobiográfico «Confesso que vivi»...

Mas, entre os eminentes poetas chilenos, um, em especial, deve ser lembrado neste momento: Andrés Bello.

É que, além de festejado poeta, integra a galeria dos grandes juristas ameri­canos de todos os tempos, costumando-se comparar a sua obra com a do nosso Teixeira de Freitas, seu contemporâneo.

Alfredo Valladão, jurista e historiador, que escreveu obra de grande impor­tância sobre as relações entre os dois povos irmãos, intitulada «Brasil e Chile na Época do Império — amizade sem exemplo», consigna, com efeito, que «sobre afinidades culturais, fere logo a vista a maior de todas, essa de ser o Brasil a pátria

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de Teixeira de Freitas, o jurista do Atlântico, e ser o Chile a pátria adotiva de Andrés Bello, o jurista do Pacífico, os quais, com Story, da pátria de Washington, formaram essa brilhante trindade dos gênios do Direito no Novo Mundo (...)»

O destino entregou aos dois primeiros a missão de elaborarem, no século XIX, o Código Civil de suas respectivas pátrias, obras que, pelo primor científico, serviram de padrão para outras nações sul-americanas: «a de Bello, logo aproveitada pelo Equador e Colômbia, influenciou inúmeros códigos; a de Freitas repercutiu na Argentina, Paraguai e Uruguai, com projeção mais extensa em outros povos». Para realizá-las, abeberaram-se praticamente na mesma literatura jurídica européia, espe­cialmente na obra de Savigny, por quem ambos tiveram especial apreço.

O Chile, Senhor Presidente Frei, é sempre lembrado pelos brasileiros com grande carinho e, sobretudo, pelos seus bons exemplos. Exemplos de trabalho, exemplos de vitória sobre a geografia, exemplo de belas e organizadas cidades; e, dentre tantos outros bons exemplos — por que não mencioná-lo? —, o exemplo dos bons vinhos.

Significativo exemplo, em outra escala, de que todos os chilenos por certo muito se orgulham, e Vossa Excelência com razões particulares, é o da profissão de fé democrática, encarnado na vida pública de seu ilustre pai, o Presidente Eduardo Frei Montalva.

A eleição desse patriota, em 1965, foi um grande triunfo da democracia, da vontade popular, coroada pelo fato significativo de, pela vez primeira, desde 1851, um partido político — o Partido Democrático Cristão, a antiga Falange Nacional — sob sua liderança, haver obtido maioria esmagadora na Câmara dos Deputados, o que lhe permitiu iniciar importante programa de reformas, há muito reclamado pelo povo chileno, destacando-se a reforma agrária com que transformaria a vida dos camponeses chilenos.

Evidência da aprovação de seu governo, foi o ato pelo qual os seus compa­triotas, trinta anos depois, em urnas livres, ungiram Vossa Excelência condutor-maior dos destinos do Chile, investindo-o na responsabilidade de assegurar a estabilidade democrática e o bem-estar de sua população.

Vossa Excelência, herdeiro de tão caras tradições democráticas, fazendo jus a tão ilustre origem, por sua vez, ostenta um luminoso curriculum político, onde tem destaque a ativa participação, como fundador e promotor, no «Comitê para Eleições Livres» e na campanha realizada pelos partidos de oposição ao último regime militar, coroada com o memorável plebiscito de outubro de 1988.

Vossa Excelência, Sr. Presidente, em sua ação de governo, tem dado mostras inconfundíveis, não só ao seu povo, mas ao mundo, de que se acha plenamente capacitado, política, moral e profissionalmente, para contribuir, de modo decisivo, no sentido de que se consolide, no Chile, uma sociedade democrática, no seu sentido mais amplo, em que impere, não apenas a igualdade política, mas a igualdade social de todos os homens, uma igualdade de respeito que transcende o status, a riqueza e

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o poder; uma igualdade de consideração que busca para cada homem a mais completa realização das potencialidades de sua personalidade.

***

Senhor Presidente Eduardo Frei.

No exercício desse honroso e elevado mandato, que me conferiu o Supremo Tribunal Federal, dou as boas-vindas a Vossa Excelência, em nome da Corte.

Estamos muito felizes com a visita que Vossa Excelência nos faz. Recebe­mo-la como homenagem à Justiça, com a qual todos nós, homens públicos, em todas as nações democráticas do mundo, temos inarredáveis compromissos.

O Supremo Tribunal Federal agradece a gentileza desta visita. Os Juizes que o integram desejam que Vossa Excelência tenha uma boa estada no Brasil e fazem votos de todo êxito na elevada missão que cumpre entre nós.

O Brasil e o Chile, com toda certeza, constituirão sempre uma amizade exemplar e inabalável.

Que Deus ilumine e guarde Vossa Excelência e proteja sempre os queridos irmãos chilenos.

Palavras do Senhor Ministro SEPULVEDA PERTENCE,

Presidente

Tenho a honra de passar a palavra a Sua Excelência o Presidente Eduardo Frei.

Palavras do Senhor Presidente da República do Chile,

EDUARDO FREI RUIZ-TAGLE

Es para mi un honor y un privilegio haber sido recibido esta tarde por el máximo Tribunal de Brasil. Agradezco muy especialmente las gentiles palabras de Vuestra Excelência, un valiente e incansable luchador de los derechos humanos, un ejemplo real de coraje para las nuevas generaciones de hombres de derecho de nuestro continente.

Es también para mi un especial agrado encontrarme en este foro para dirigirme al Pleno del Supremo Tribunal Federal de Brasil y expresarle el propósito que inspira la Visita de Estado que he emprendido a este pais. He venido para iniciar una nueva etapa en la más que centenária historia de nuestras relaciones diplomáti­cas, siempre caracterizada por un profundo afecto y solidaridad, incluso en momen­tos difïciles de décadas recientes. Una nueva etapa que espero conduzca a nuestros países a una profunda cercania entre todos los sectores de nuestras sociedades nacionales.

Como Vuestra Excelência sabe, me ha acompanado a Brasil una delegación de ministros de Estado, parlamentarios, empresários y sindicalistas, en una visita que incluirá a Sao Paulo, Bahia y Rio Grande do Sul, además dei Distrito Federal de Brasilia. Queremos transitar ei vasto horizonte que se abre para estrechar nuestros lazos políticos, comerciales y econômicos y para encontrar en ellos derroteros que permitan intensificar aún más nuestra cooperación en las más diversas áreas. Hemos venido también a conocer y aprender de un país profundamente admirado en Chile, así como a entregar de alguna manera nuestras experiências acumuladas en estos últimos anos.

Hoy en la manana he tenido el alto honor de reunirme con Su Excelência el Presidente Fernando Henrique Cardoso en un clima de extrema cordialidad y entendimiento. Hemos acentuado aún más Ia coordinación entre nuestros países y hemos reconocido ei amplio campo de coincidências y desafios que nos unen en nuestra búsqueda por lograr una sociedad más justa y una democracia más moderna y efectiva, en donde ei indivíduo pase a ocupar ei centro de Ia acción gubernamental.

Hoy más que nunca ambos gobiernos enfrentamos tareas comunes que surgen de una identidad de idéales: la consolidación de Ias instituciones democráticas, Ia modernización dei Estado y la elevación global dei nivel de vida de todos nuestros conciudadanos.

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La consecución de estos idéales no podrá realizarse sin una administración de justicia adecuada a Ia realidad de los nuevos tiempos. Es por esto que compartimos con Brasil Ia inquietud por lograr Ia reforma y la modernización del sistema judicial. Ello es parte fundamental del gran proceso de profundización de Ia democracia que se vive en toda América Latina. Hoy dia, en diversos países de la region se han iniciado procesos de reforma de distinta envergadura, pero todos animados por ei propósito común de mejorar Ia administración de justicia de acuerdo a Ias necesida-des de sociedades más sofisticadas y más participativas.

En la agenda de mi Gobierno, este tema ocupa un lugar primordial como un objetivo inhérente al proceso de democratización y como una manera de garantizar efectivamente ei ejercicio de los propios derechos de los ciudadanos. Hemos presen-tado ai Parlamento chileno un conjunto de proyectos destinados a reformar profun­damente ei proceso penal. El sistema de enjuiciamiento criminal vigente en nuestro país adolece de dos graves defectos: ni tutela cabalmente los derechos de Ias personas inculpadas de conductas delictuales, ni tampoco ofrece seguridad y eficiência en la persecución de Ia crimínalidad.

Esa deficiente realidad es ei resultado de un largo proceso histórico dei cual es fácil encontrar similitudes en el resto de América Latina. Los jueces y los abogados son, en ese sentido, víctimas también de un sistema ineficiente, lento, engorroso, falto de garantias y discriminatório. Reprochamos a nuestros jueces no hacer Io que ei propio sistema legal les impide. Hacemos recaer sobre ellos la responsabilidad de Ia persecución criminal, sin proveerlos de los médios y los procedimientos que Ia hagan posible. Un defecto estructural de nuestras leyes procesales arriesga así ei peligro de deslegitimar injustamente a quienes tienen Ia alta misión de administrar justicia. Los abogados, por su parte, también padecen Ias deficiências dei sistema. Sus argumentaciones y la defensa que les ha sido confiada suelen estrellarse contra un sistema organizacionalmente arcaico, que admite una amplia delegación de funciones y que, de esa manera, instala en nuestro sistema de administración de justicia ei peligro de Ia corrupción.

Las deficiências del actual sistema procesal penal, en suma, Ias padecen jueces y abogados; víctimas y victimarios. El propio sistema democrático y el conjunto de nuestras instituciones corren, de esa manera, ei grave riesgo dei despres­tigio. De ahí que hemos emprendido una iniciativa de reforma que cuenta con un amplio apoyo de todos los sectores ciudadanos. Esta reforma propone, en síntesis, establecer en Chile un juicio público y oral ante jueces de derecho, separando Ias funciones de investigar y acusar, por una parte, de Ia de juzgar, por otra parte. Ello implica proponer un nuevo Código de Procedimiento Penal; crear un Ministério Público con las funciones de investigar y acusar; y poner en marcha un sistema eficiente de defensa.

Me he extendido brevemente sobre nuestro proyecto de reforma porque estoy cierto de que, en estas matérias, ei continuo intercâmbio de experiências ai respecto entre nuestros países será de gran utilidad mutua. En ese sentido, ei máximo Tribunal

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de Brasil tiene la más alta competência para apreciar nuestras posibilidades de cooperación en una materia tan sensible para la calidad de vida de la gente.

Excelência:

Al finalizar 1995, Ia economia chilena ha completado un qüinqüênio de estabilidad y equilíbrio, en que el crecimiento es el más elevado que se registra en el último medio siglo de nuestra historia.

Entre 1990 y 1995, Chile alcanzó una tasa promedio anual de crecimiento superior ai 7 por ciento. Expectativas realistas indican que en los próximos anos se continuará esta trayectoria, Io que nos permite proyectarnos hacia el nuevo milênio con una sólida base para alcanzar Ias metas de desarrollo económico-social que nos proponemos, en particular, Ia eliminación de Ia extrema pobreza, Ia cual hemos logrado reducir sensiblemente.

Sin embargo, mucho resta por hacer. Aspiramos a grandes transformaciones y a Ia solidaridad, pues la empresa de consolidar un desarrollo equilibrado y una efectiva paz social no pasa unicamente por lograr el mero progreso material, sino que por Ia prioridad que asignemos a Ia solución de los problemas concretos de Ias personas. Sabemos que para lograr el éxito definitivo hay que vencer inercias y redoblar esfuerzos cada dia y no caer en las tentación de soluciones mágicas. No nos desanima Ia magnitud de Ia empresa. Nos sentimos capaces de acometeria. Quizás porque, como ha dicho el Presidente Cardoso, Ia política es el arte de tornar posible Io que es necesario.

Excelência:

Junto con agradecer esta honrosa oportunidad que se me ha dado de dirigirme a este foro supremo de Ia Justicia de Brasil, quisiera reiterar a ustedes el profundo significado que asigno a esta Visita de Estado a Brasil. Espero que ai concluiria habremos dado un nuevo paso para que nuestros países, hermanos ejemplares en el pasado, se encuentren cada vez más integrados en el futuro.

Muchas gracias.

Palavras do Senhor Ministro SEPULVEDA PERTENCE,

Presidente

Registro e agradeço, em nome do Tribunal, a presença dos ilustres membros da comitiva do Senhor Presidente da República do Chile; do Senhor Ministro Rafael Mayer, aposentado desta Corte; do Senhor Procurador-Geral da República; de Don Alsio Rapisarda, Reverendíssimo Núncio Apostólico, decano do Corpo Diplomáti­co; do Excelentíssimo Senhor Embaixador do Brasil na República do Chile e do Excelentíssimo Senhor Embaixador do Chile no Brasil; dos Senhores Embaixadores; do Senhor Presidente do Superior Tribunal de Justiça e eminentes magistrados; do Senhor Advogado-Geral da União; das demais autoridades; do Representante da Associação dos Magistrados Brasileiros; dos Jornalistas; dos Advogados e de todos os presentes.

Peço a todos que permaneçam em seus lugares até que o Tribunal e o ilustre visitante, Presidente Eduardo Frei, retirem-se para o Salão Branco, onde Sua Exce­lência receberá os cumprimentos.

Está encerrada a sessão.

ESTA OBRA FOI COMPOSTA E IMPRESSA PELA

IMPRENSA NACIONAL, SIG, QUADRA 6, LOTE 800, 70604-900, BRASÍLIA, DF,

EM 1997, COM UMA TIRAGEM DE 300 EXEMPLARES

I "... Chile e Brasil, que viveram, na mesma época, horas de luta e heroísmo, empolgadas pelo ideal de independência , pela ânsia de libertarem-se do domínio europeu,têm , entre si, um liame mais poderoso do que simples linhas fronteiriças para vinculá-los."

Ministro limar Galvão