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Violência e gênero nas escolas Júnia Sales Pereira - Subsecretária de Informações e Tecnologias Educacionais e Professora da Faculdade de Educação da UFMG Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais Março 2016

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Violência e gênero nas escolas

Júnia Sales Pereira - Subsecretária de Informações e Tecnologias Educacionaise Professora da Faculdade de Educação da UFMG

Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais

Março 2016

Minas Gerais

853 Municípios47 SRE

População

Fonte: Censo Demográfico/IBGE, 2010.

*20.840.312 habitantes

*IBGE, Projeção 2015

% População rural

Fonte: IBGE, 2010

2.882.114(14,7%)

habitantes em área rural

Unidades de Ensino

Fonte: EducaCenso, 2014.

3.654Unidades de Ensino 336 Rurais 3.318 Urbanas

Matrículas por Rede e Nível de Ensino em Minas

Fonte: EducaCenso, 2014.

Ensino FundamentalAnos Iniciais

Ensino Fundamental Anos Finais

Ensino MédioEstadual: 2.170.821 Municipal : 1.787.327Privada: 754.937Federal: 33.841

Total: 4.746.926

Estadual Federal Municipal Privada

Perfil docente Rede Estadual

• Professoras: 76,0%• Professores: 23,1%• 96% residentes em áreas urbanas• 40% autodeclarados brancos, 39%

autodeclarados pretos ou pardos, 19% não declarados, 0,2%amarelos e 0,3% indígenas (censo 2014)

• 30% servidores efetivos, 70% designados

Número de professores por faixa etária

Número de professores por faixas etárias

Faixas EtáriasTempo de conclusão do

Ensino SuperiorNúmero de Professores

%

Menos de 34 anos 10 26.880 25,5%

De 34 a 40 anos 13 25.474 24,2%

De 40 a 48 anos 20 26.648 25,3%

Acima de 48 anos 26 26.398 25,0%

Total 21 105.400  

Fonte: Censo Escolar 2014

Registro e percepção da violência

•Registro de ocorrência de violência •Registro de percepção da violência,debate e intervenção

•Não seletividade dos tipos de violência•Toda violência é condenável•A violência contra a mulher é pauta da agenda democrática contemporânea por conta do silenciamento histórico e de sua incidência

•A violência contra mulheres não é indistinta: há direcionalidade e tipologia

•Gênero: um assunto silenciado historicamente nas escolas

Violência de gêneroA violência se apresenta como materialização das diferenças transmudadas em

desigualdades hierárquicas, com o propósito de dominar, explorar e oprimir, e a

dominação masculina é produzida e reproduzida tanto por homens quanto por

mulheres. A violência de gênero ocorre em relações assimétricas e hierarquizadas,

denotando uma relação desigual ou de subordinação e interferindo de forma negativa

no desenvolvimento do sujeito agredido. A violência de gênero inclui também violenta

homens que não exercem masculinidades hegemônicas.

Mulheres são muitas: mulheres negras, mulheres indígenas, mulheres do campo,

mulheres idosas, mulheres jovens, mulheres lésbicas, mulheres transexuais, mulheres

trabalhadoras domésticas...

Orientação pedagógica

Agenda pedagógica orientada pelo fortalecimento do trabalho coletivo, pela ampliação da relação da escola com as comunidades, pela superação das desigualdades e fortalecimento da gestão e da convivência democrática e participativa

Promover a formação e ações relativas à diversidade nas escolas, de forma a promover o respeito às peculiaridades de cada segmento, em suas características físicas, étnicas, socioculturais, etárias e de gênero com vistas à confirmação da convivência democrática como suposto fundamental das interações.

Condições do processo democrático

A Educação é uma condição da democracia plena

Direito à Educação para todas e todos, com igualdade de direitos e de oportunidades, sem hierarquizações ou exclusões

Superação das hierarquias de gêneroEfeito multiplicado da ação pedagógica destinada ao compromisso com a ampliação e manutenção da arena democrática, inclusiva, plural e diversa

Projetos das escolas

• Projetos inovadores - dos cerca de 3.000 recebidos pela SEE MG em 2015, 91 relacionam-se à abordagem das relações de gênero, diversidade e sexualidade, com destaque para três:

• ) "GÊNERO E SEXUALIDADE NA ESCOLA: EDUCANDO PARA DIVERSIDADE" EE JULIANA CATARINA DA SILVEIRA / SRE DIAMANTINA

• 2) "MELHORANDO A APRENDIZAGEM, PREVININDO CONTRA DROGAS, VIOLÊNCIA E PROSTITUIÇÃO, DESPERTANDO UMA PERSPECTIVA PARA O FUTURO" EE DE GOIABEIRA / SRE GOVERNADOR VALADARES

• 3) "REFLETINDO SOBRE AS RELAÇÕES DE GÊNERO E SEUS IMPACTOS NA ERA DA SOCIEDADE" EE ODILON BEHRENS / SRE METROPOLITANA A

• Convivência Democrática• Campanha Afro-consciência• Exposição Lélia Gonzáles

• Entrega para 200 escolas um KIT - contendo DVD / livro e histórico dessa Mulher Negra, militante e tão importante para o empoderamento das nossas jovens negras e de periferia.

• Encenação da peça "Memórias de Bitita - o coração que não silenciou" - Carolina Maria de Jesus - utilizado como oficina nas escolas de presídio e socioeducativo feminino.

• Divulgação do Gibi - As Marias em: Maria da Penha vai às escolas

• Justiça vai às escolas (com o TJ MG) - Palestra - Lei Maria da Penha, Teatro, Oficinas e Construção de material sobre violência contra mulheres

• Projeto Iguais na Diferença (convênio com a UFMG) Formação e intervenções com alunas e alunos nas escolas

• Seminário Regional Gênero e Violência contra a Mulher (Araçuaí e Almenara) em 2016

• Publicação de Cadernos Temáticos - Educação em Direitos Humanos

• Roda de Conversa com Juventude Feminina - Escolas Quilombolas - Estética negra

• Catálogo Literário Autorias da DIversidade• Apoio ao Transenem - iniciativa da sociedade

com apoio da SEE MG - primeira iniciativa dentro da escola (Pedro II)

• Deferimento de pedidos de uso de nome social na vida escolar

• Realização de levantamento das Ações nas temáticas Gênero e Diversidade nas escolas

08 de março• Mostra fotográfica com o tema sugerido “LUGAR DE MULHER É ONDE

ELA QUISER” feita pelas/os alunas/os para exposição na escola e redes sociais;· Gravações de vídeos com o tema “ONDE O MACHISMO TE AFETA?” feito em celular pelas/os alunas/os para divulgação nas redes sociais;

· Painel com o tema “ONDE O MACHISMO TE AFETA?” com depoimentos

· Trabalho com o tema MULHER no mês de março dentro do conteúdo de DIVERSIDADE e interdisciplinarmente , considerando o dia 08 de março como um dia de luta

Obrigada!

Dra. Júnia Sales PereiraSubsecretária de Informação, Avaliação e

Tecnologias Educacionais – SEE [email protected]