vinícius de moraes

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Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes

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Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes

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Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes

• Vinicius de Moraes (19 de outubro de 1913 - 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro. Carioca, conhecido como Poetinha, participou também da MPB, desde a Bossa-Nova, até sua morte. Um dos mais populares poetas brasileiros.

• Em 1933 publicou seu primeiro livro de poemas, integra-se ao grupo de poetas religiosos que se formou no Rio de Janeiro entre as décadas de 1930 e 1940

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Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes

• Marcos Vinícius de Melo Moraes nasceu no Rio de Janeiro, em 1913.

• Advogado e boêmio, começou cedo nas rodas literárias e musicais.

• Estreou na literatura com O Caminho para a Distância, em 1933, e firmou sua carreira poética com a publicação de outras obras.

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Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes

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Política e Arte• A carreira diplomática, iniciada em 1943, levou-o

aos Estado Unidos, Espanha, Uruguai e França. • Apesar disso, sempre manteve contato com a

vida literária e cultural do Rio de Janeiro. • Em favor da literatura e da música popular,

abandonou o Itamaraty. • Com a ascensão da "bossa nova", Vinícius se

dedicou, desde o final dos anos 50, para canções populares.

Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes

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Um gênio das linguagens

• Poeta, teatrólogo e cantor, Vinícius sabia conciliar as várias facetas de sua generalidade artística.

• Em 1968, com o violonista, Toquinho, iniciou uma parceria que duraria anos, cantando sua poesia em várias cidades e países, o que o tornou um dos poetas mais populares e queridos do país. Morreu em julho de 1980, no Rio.

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Nova Antologia Poética

• Nova Antologia Poética, de Vinícius de Moraes, é uma obra que reúne 112 poemas deste autor, reorganizados pelos poetas Antônio Cícero e Eucanaã Ferraz.

• Poucos poetas brasileiros aliaram grande refinamento estético a uma enorme popularidade como Vinicius de Moraes.

• Seus versos marcaram a literatura brasileira ao longo de mais de cinqüenta anos, e alguns deles são conhecidos até mesmo por pessoas pouco habituadas à leitura de poesia.

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Primeira fase

Correspondendo à sua formação religiosa, os dois primeiros livros inserem-se numa linha que poderia ser designada como neo-simbolista.

Intensas conotações místicas, desejo de transcendência, busca do mistério e um confronto entre as solicitações da alma e as do corpo impregnam estes textos de um fervor espiritual nebuloso e rebuscado.

Na primeira estrofe do poema Ânsia, percebe-se este clima de "perdição" representado pelo amor físico:

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Ânsia

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Segunda Fase

A partir de 1943, com Cinco elegias, a poesia de Vinícius começa a mudar. Nela - segundo o próprio autor – "estão nitidamente marcados os movimentos de aproximação do mundo material, com a difícil mas consciente repulsa ao idealismo dos primeiros anos".

Esta vinculação à realidade mais imediata dá-se esquematicamente em três planos:

- o canto do amor concreto e a exaltação da mulher;

- a valorização do cotidiano e a abertura para o social;

- a utilização da linguagem coloquial.

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Soneto da FidelidadeDe tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angustia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que e chamaMas que seja infinito enquanto dure.

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Terceira Fase do AutorO terceiro Vinicius é o compositor, letrista e cantor. Autor de mais de trezentas músicas (como atesta seu Livro de letras, lançado postumamente, em 1991, onde estão mais de 300 letras de músicas de sua autoria), difundidas pelo mundo com o grande acontecimento cultural e musical que foi a bossa nova. Seus parceiros, vão desde Bach a Toquinho.

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O PatoVinicius de Moraes , Toquinho , Paulo Soledade

Lá vem o Pato Pata aqui, pata acolá Lá vem o Pato Para ver o que é que há. O Pato pateta Pintou o caneco Surrou a galinha Bateu no marreco Pulou do poleiro No pé do cavalo

Levou um coice Criou um galo Comeu um pedaço De jenipapo Ficou engasgado Com dor no papo Caiu no poço Quebrou a tigela Tantas fez o moço Que foi pra panela.

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Os Sonetos

Ao escrever sonetos, Vinicius de Moraes soma-se à distinta lista de poetas que versejaram em língua portuguesa, tais como Camões, Gregório de Matos, Bocage, Antero de Quental, Olavo Bilac, entre outros, e que escolheram como forma de expressão esta composição poética clássica. Mas não é só; o motivo de tal escolha diz muito, também, sobre a atitude do poeta diante do fazer poético.O soneto, forma literária clássica fechada, é uma composição de quatorze versos, dispostos em dois quartetos e dois tercetos, seguindo variavelmente os seguintes esquemas de rima: abab / abab / ccd / ccd; abba / abba / cde / cde ou abba / abba / cdc / dcd., sendo que o metro mais utilizado tem sido o decassílabo (com acento na 4ª, 7ª e 10ª).

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SONETOAmor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-sede contente;

É cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?