vinho verde - tambuladeira

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Vinho Verde - Tambuladeira

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Page 1: Vinho Verde - Tambuladeira
Page 2: Vinho Verde - Tambuladeira

É no decorrer dos anos 20 que Manuel de

Sousa Lopes, industrial de botões do Norte

de Portugal, ganha o gosto pela agricultura e

pelos vinhos. Proprietário de duas quintas

no Concelho de Vila Nova de Famalicão, a

Quinta do Cruzeiro, com 8 hectares de vinha

onde predominam as castas Loureiro, Arinto,

Trajadura e Chardonnay, e a Quinta da Senra,

com 7 hectares de vinha com as castas Loureiro,

Arinto, Chardonnay e Vinhão, consegue passar

a sua paixão de geração em geração.

É através deste legado que em 1977, o filho,

Manuel Artur de Sousa Lopes adquire,

também em Famalicão, a Casa da Torre. Nesta

propriedade, com 5 hectares de vinha com as

castas Loureiro, Alvarinho e Sauvignon Blanc,

é reconstruída a adega sendo “baptizada” de

“Adega Casa da Torre”. Aqui são vinificadas as

uvas destas três quintas pertencentes à família,

dando origem ao Vinho Verde Quinta do

Cruzeiro e ao Vinho Regional Minho Sousa

Lopes.

QUINTA DO CRUZEIROQUINTA DO CRUZEIRORegião: VINHOS VERDES // Produtor: ADEGA CASA DA TORRE Região: VINHOS VERDES // Produtor: ADEGA CASA DA TORRE

FOT

OS

: JO

ÃO

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Page 3: Vinho Verde - Tambuladeira

Adega Casa da TorreGonçalo Sousa Lopes, Unipessoal Lda

Raquel Ferreira da RochaEnóloga

PRODUTOR

CASTAS

VINHA

VINIFICAÇÃO

ANÁLISE QUÍMICA

Álcool

Acidez Total

PH

NOTA DE PROVA

Limpidez

Cor

Aroma

Paladar

Loureiro, Arinto e Trajadura

Prensagem de uvas desengaçadas/inteiras, defecação natural a 10ºC. Fermentação com rigoroso controlo de temperatura. Estágio com borras finas até formação do lote. Filtração suave e estabilização pelo frio antes do engarrafamento.

11%

4,80 g/l (ác.Tartárico)

3,36

Límpido

Citrina

Aroma fresco e delicado com sugestões de frutos tropicais e num fundo mineral

Textura macia, acidez e equilibrada, mais presença de fruta na boca. Final prolongado e elegante. Muito complexo e harmonioso.

QUINTA DO CRUZEIRO 2010VINHO VERDE BRANCO

FOTO

: JO

ÃO

FE

RR

AN

D

Natural da cidade de Guimarães, licenciada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, em 2001. Formação complementar em “Marketing de Vinhos”, pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica em 2001. Em 2002 entrou na empresa GR Consultores Lda, desempenhando a função de consultora na área da Enologia nas regiões dos Vinhos Verdes, Douro e Trás-os-Montes. Desde 2007 a sua função como enóloga concentra-se na Região dos Vinhos Verdes e Trás-os-Montes. É também responsável pelo controlo de qualidade no âmbito do sistema HACCP. Actualmente é responsável por vinhos como: Quinta do Cruzeiro, Sousa Lopes, Portal da Alameda, Casa das Bugânvilias, Casa do Casal.

A origem da designação Vinhos Verdes está, ainda hoje, envolta numa estória

“misteriosa”. Durante anos, a versão oficial dizia (e, para muitos, ainda diz)

que o nome deriva do aspeto verde e fresco da paisagem minhota. Um “dizer”

que contrariava a ideia original de que os vinhos se chamavam Verdes por

serem feitos de uvas não completamente maduras. Certo é que, se para a grande

maioria, continua a ser tabu remexer no passado, para outros, a origem nominal

faz parte de uma história de uma região que tem muito de que se orgulhar.

Afinal, que importância tem esta curiosidade histórica, quando estamos perante

um vinho único no mundo!

Localizada no Noroeste de Portugal, na zona tradicionalmente conhecida Entre-

Douro-e-Minho, a Região dos Vinhos Verdes festejou em 2008 o centenário da

sua demarcação e, atualmente, divide-se em nove sub-regiões: Monção, Lima,

Basto, Cávado, Ave, Amarante, Baião, Sousa e Paiva.

A cultura da vinha nesta região tem características únicas, em particular no que

se refere à forma de condução a uma altura considerável do solo. Os sistemas

de condução atuais, permitem a mecanização da vinha, mas ainda é possível

encontrar vinhas em bordadura em forma de ramadas, uveiros ou enforcados.

Berço da carismática casta Alvarinho, no encepamento da região para os

vinhos brancos predominam ainda as castas Loureiro, Arinto e a Trajadura.

Enquanto que para os tintos o Vinhão, o Espadeiro e o Borraçal são as castas

recomendadas.

O Vinho Verde é um vinho bem amado dos portugueses, naturalmente leve e

fresco, tipicamente acidulado, diferente dos restantes vinhos do mundo. Já diz

a canção “vamos brindar com vinho verde que é do meu Portugal” e, não há

outro igual!

VINHOS VERDES

Vinhas na subregião do Ave, solo granítico, 21ha, 250m de altitude. Idade média das vinhas: 20 anos.

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FICHA TÉCNICA