vilanovas artigas

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RESIDÊNCIA MANOEL MENDES ANDRÉ AUTOR(ES): J.B.VILANOVA ARTIGAS DATA DE PROJETO: 1966 LOCALIZAÇÃO: RUA CORONEL ARTUR DE GODÓI, BAIRRO VILA MARIANA, SÃO PAULO, SP. FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE N.368, P.13, DEZ.1969. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.233 O terreno irregular quase quadrado tem dimensão frontal bastante ampla permitindo que o volume retangular da casa exiba sua fachada longitudinal para a rua, exibindo a peculiar estrutura conformada pela grande viga-treliça de um pé-direito de altura, formada por quatro tramos e tirantes diagonais e apoiada sobre dois pilares; que se repete na fachada posterior; vigas transversais sem apoios intermediários suportam as lajes de cobertura e do piso do pavimento superior. Um espesso muro de alvenaria de pedra situados no alinhamento conduz ao estacionamento no centro e define dois pátios protegidos, um de serviço outro com o hall de acesso, com pequeno ambiente para escritório, seguido imediatamente de uma rampa, que se desenvolve perpendicularmente ao corpo da casa estendendo-se até a divisa de fundos, onde há um patamar e a continuação em um segundo tramo retornando e dando acesso ao segundo pavimento, onde se situa a quase totalidade do programa familiar. A distribuição dos ambientes no pavimento superior define-se com algumas sutilezas que garantem sua leitura como independente da estrtura. Nas elevações longitudinais as fachadas propriamente ditas estão recuadas por trás da estrutura, sendo contínuas e independentes da mesma, conformadas na face frontal por uma linha contínua de janelas tipo “Ideal” (espécie de janela com mecanismo de guilhotina funcionando por contrapesos, com folha veneziana à frente e folha de vidro atrás); na face posterior se intercalam janelas de pé-direito total e janelas altas para as áreas molhadas. Em contraste com os muros de pedra a estrutura elevada se mostra muito leve, econômica e elegante, com os banzos horizontais da viga-treliça no limite visual de delgadez admissível, sendo os tirantes verticais de espessura variável conforme a necessidade estática, e os tirantes diagonais também bastante esbeltos, dispostos de maneira a serem percebidos quase como traços; sendo realizados com cabos de aço apenas protegidos por concreto mas deixando-se notar nas extremidades. FOTOS:

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Page 1: Vilanovas Artigas

RESIDÊNCIA MANOEL MENDES ANDRÉAUTOR(ES): J.B.VILANOVA ARTIGAS DATA DE PROJETO: 1966 LOCALIZAÇÃO: RUA CORONEL ARTUR DE GODÓI, BAIRRO VILA MARIANA, SÃO PAULO, SP.FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE N.368, P.13, DEZ.1969. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.233

O terreno irregular quase quadrado tem dimensão frontal bastante ampla permitindo que o volume retangular da casa exiba sua fachada longitudinal para a rua, exibindo a peculiar estrutura conformada pela grande viga-treliça de um pé-direito de altura, formada por quatro tramos e tirantes diagonais e apoiada sobre dois pilares; que se repete na fachada posterior; vigas transversais sem apoios intermediários suportam as lajes de cobertura e do piso do pavimento superior. Um espesso muro de alvenaria de pedra situados no alinhamento conduz ao estacionamento no centro e define dois pátios protegidos, um de serviço outro com o hall de acesso, com pequeno ambiente para escritório, seguido imediatamente de uma rampa, que se desenvolve perpendicularmente ao corpo da casa estendendo-se até a divisa de fundos, onde há um patamar e a continuação em um segundo tramo retornando e dando acesso ao segundo pavimento, onde se situa a quase totalidade do programa familiar.

A distribuição dos ambientes no pavimento superior define-se com algumas sutilezas que garantem sua leitura como independente da estrtura. Nas elevações longitudinais as fachadas propriamente ditas estão recuadas por trás da estrutura, sendo contínuas e independentes da mesma, conformadas na face frontal por uma linha contínua de janelas tipo “Ideal” (espécie de janela com mecanismo de guilhotina funcionando por contrapesos, com folha veneziana à frente e folha de vidro atrás); na face posterior se intercalam janelas de pé-direito total e janelas altas para as áreas molhadas.

Em contraste com os muros de pedra a estrutura elevada se mostra muito leve, econômica e elegante, com os banzos horizontais da viga-treliça no limite visual de delgadez admissível, sendo os tirantes verticais de espessura variável conforme a necessidade estática, e os tirantes diagonais também bastante esbeltos, dispostos de maneira a serem percebidos quase como traços; sendo realizados com cabos de aço apenas protegidos por concreto mas deixando-se notar nas extremidades.

 

FOTOS:

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RÔMULO SANTOS ESTEVES

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RÔMULO SANTOS ESTEVES

RÔMULO SANTOS ESTEVES

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RÔMULO SANTOS ESTEVES

LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: RÔMULO SANTOS ESTEVES

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Planta Pavimento Superior

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Planta Pavimento Térreo

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Cortes

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Elevações

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA JAÚAUTOR(ES): J.B.VILANOVA ARTIGAS

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DATA DE PROJETO: 1973 LOCALIZAÇÃO: RUA HUMAITÁ, CENTRO, JAHU, SP. FONTES DE PESQUISA: ARQUIVO FAU-USP. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.202

Situada em área central da cidade, o projeto aproveita inteligentemente a diferença de 6 m nas cotas entre duas ruas paralelas, voltadas para praças, para organizar os acessos e percursos realizados internamente por meio de rampas, permitindo a passagem livre de pedestres, sem interferência com as plataformas de ônibus situadas em cota de altura intermediária.

O edifício é fortemente caracterizado pela solução inusitada dada à cobertura superior, de perímetro quase quadrado, com mais ou menos 50 x 58 m, executada em laje nervurada em duas direções, suportada por 18 colunas dispostas sobre três eixos longitudinais (17m) e seis eixos transversais (10m), tendo os apoios desenho singular: é como se as vigas da cobertura, vindas dos quatro lados, se encurvassem descendo e encontrando-se a meia altura do pé-direito do último pavimento, conformando assim uma base de secção losangular; a laje da cobertura, em caixão perdido, é interrompida num círculo de quase 5 m de diâmetro ao redor do centro da coluna, fazendo ingressar luz zenitalmente, sendo esses vazios protegidos por domos translúcidos. O corte transversal revela que os pilares situados em cada um dos eixos longitudinais conformam situações distintas.

O espaço interno da rodoviária define um anel periférico ao redor de um vazio central, interrompido e dinamizado pelo posicionamento das rampas, que se estendem simetricamente em duas direções, longitudinal e transversal, sendo sustentadas e parcialmente interrompidas pelas colunas situadas no eixo longitudinal central. A engenhosidade no arranjo estrutural é exuberante mas revela-se de uma clareza surpreendente, e totalmente ancorada em necessidades funcionais e estáticas – evidentemente, nascidas do desejo de atingir certa complexidade e de intensificar a experiência espacial do edifício, celebrando sua presença urbana.

 

FOTOS:

JULIO BERALDO VALENTE

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JULIO BERALDO VALENTE

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LOCALIZAÇÃO:

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DESENHOS TÉCNICOS: JULIO BERALDO VALENTE

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RESIDÊNCIA ELZA BERQUÓAUTOR(ES): J.B. VILANOVA ARTIGAS DATA DE PROJETO: 1967 LOCALIZAÇÃO: RUA APUÁ, BAIRRO CHÁCARA MONTE ALEGRE, SÃO PAULO, SP. FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE N.368, P.13, DEZ.1969. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.234

Se a casa Mendes André pode ser considerada uma experimentação tecnológica, a casa Berquó pode ser entendida como uma experimentação artística, corroborando a declaração do autor em texto da época de que “a arquitetura reivindica para si uma liberdade sem limites no que tange ao uso formal. Ou melhor, uma liberdade que só respeite a sua lógica interna enquanto arte” (Acrópole, nº 319, jul. 1965. Nem a técnica (ou o avanço tecnológico) nem a política (ou seu retrocesso) tem domínio pleno sobre a arte de construir, pois a arquitetura é também busca artística cujos caminhos se limitam apenas por sua lógica interna, e quaisquer outras lógicas externas, podem constrangê-la mas não defini-la.

Nesta casa Artigas flerta a possibilidade artística do popular naïve, nas estampas de chitão nos pisos, nos pseudo-lambrequins dos beirais, nas janelas pequenas, nos tijolos dos fechamentos, na barra inferior de cor mais clara, no jeito desconexo de pedaços agregados ao modo de uma casa popular feita aos poucos e sem muita “arte”. Mas está longe de ser uma proposta ingênua, pois se trata de arquitetura erudita, que se revela ao olhar atento: as proporções das plantas mostram o controle formal de traçados reguladores; o ritmo estrutural navega entre o simples e o sofisticado: os eixos dos apoios se distribuem em um ritmo longitudinal de 5.5/5/5.5 m (mais balanços de 2.5 m) e transversal de 4/4/4 m, com colunas discretas de secção quadrada, exceto pelas quatro colunas centrais em troncos de madeira natural; no total apenas oito colunas (e não nove), com um único pilar mediano na fachada frontal contradizendo o ritmo ternário do esquema em pátio interno. Não faltam outras sofisticações projetuais, desde a concepção aos detalhes, para demonstrar que a referência ao popular existe, mas ocorre mesclada a uma seguramente alta dose de perícia técnica e artística.

 

FOTOS:

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RUTH VERDE ZEIN (1985)

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FOTOS:

Fotos Ruth Verde Zein, 1985

Ruth Verde Zein, 1985

 

IMPLANTAÇÃO:

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DESENHO TÉCNICO: VIVIAN DE FREITAS PIO

RESIDÊNCIA BAETA NEVESAUTOR(ES): J.B. VILANOVA ARTIGAS, C. CASCALDIDATA DE PROJETO: 1956 LOCALIZAÇÃO: RUA GASPAR MOREIRA, BAIRRO BUTANTÃ, SÃO PAULO, SP.FONTES DE PESQUISA: PUNTONI, 1997. KAMITA, 2000. CASA & JARDIM N.43, P.6, JUN, 1958. MODULO N.ESPECIAL JBVA, P.63. http://www.spbr.arq.br/projetos/baeta/baeta.htm.REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.99

Duas casas de Artigas e Cascaldi são concebidas e realizadas na mesma data da exposição concretista - a Casa

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Baeta (1956) - e da exposição neo-concretista - a Casa Rubens Mendonça, ou dos Triângulos (1959). Ambas estão num ponto de inflexão entre as experiências anteriores e posteriores do arquiteto, devendo à sua obra pregressa certos modos de organização espacial e anunciando a posterior experimentação na escala doméstica com estruturas especiais de concreto. A solução compacta e densa define planta em meios-níveis organizados transversalmente; o patamar intermediário da escada que une os planos térreo/social e superior/íntimo é estendido criando um meio-nível habitável de pé-direito e meio que se prolonga no terreno.

A estrutura portante é definida por colunas delgadas regularmente espaçadas, mas não se trata mais da solução dom-ino de separação entre colunas e vedos, pois vigas, paredes, lajes e apoios começam a fundir-se e a confundir-se. A Casa Baeta quer realizar uma ousadia, que os recursos técnicos de época obstam: a de estar apoiada apenas em seis pilares, dispostos dois a dois em três eixos; os pilares das extremidades sustentando duas paredes-viga que fecham as duas fachadas ao nível do pavimento superior, apoiando a cobertura e configurando um balanço assimétrico; o pilar central segue verticalmente até a cobertura e lança um tirante-apoio inclinado em 30º para aliviar o balanço da cobertura no trecho central. A solução foi realizada apenas quando do restauro, realizado pelo arquiteto Ângelo Bucci (1998). Os fechamentos internos recebem cores fortes e variadas, num tratamento pictórico dos planos que recorda a solução da casa Schröder-Schräder, construída em 1923 por Gerrit Rietveld, ícone das vanguardas construtivistas e tratada à maneira de Mondrian, como o próprio autor indica.

 

FOTOS

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JULIO BERALDO VALENTE

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Fonte: Casa&Jardim,n.43, jun.1958

LOCALIZAÇÃO:

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DESENHOS TÉCNICOS: JULIO BERALDO VALENTE

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FÓRUM DE PROMISSÃOAUTOR(ES): J.B.VILANOVA ARTIGAS , C.CASCALDIDATA DE PROJETO: 1959 LOCALIZAÇÃO: AV.RIO GRANDE, PROMISSÃO, SP. FONTES DE PESQUISA: PUNTONI, 1997. ARQUIVO BIBLIOTECA FAU-USP.REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.115

O projeto do Fórum parece ensaiar, com simplicidade discreta, alguns aspectos construtivos e compositivos que terão maior desenvolvimento logo a seguir no edifício da FAU-USP. O volume retangular de aproximadamente 28.5 x 43 m configura uma “caixa vazada”, fechada por dois panos de concreto nas laterais menores, com a cobertura sustentada por essas paredes e por uma estrutura de apoio colunar intermediária, espaçada transversalmente em dois vãos de 13/15 m, repetidos longitudinalmente a cada 8.5m. Os usos necessários acomodam-se num L em que a perna maior conforma a fachada posterior, abrigando cartórios embaixo e salas de juízes e promotores em cima; enquanto a perna menor adjacente à lateral direita do acesso abriga o registro civil abaixo e o tribunal acima; o vazio resultante da subtração entre a caixa e o L acomoda as rampas, justapostas à fachada de acesso, e um vazio vertical total em pátio aberto, situado na porção mediana para o qual se volta a circulação interna de todos os ambientes. A solução provê bom sombreamento e ventilação natural aos ambientes, muito necessários em cidade de clima quente do interior de São Paulo (região de Lins), garantindo certa monumentalidade a um edifício de programa limitado, mas prestigioso, ao acomodá-lo num volume relativamente amplo.

FOTOS:

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Fonte: Puntoni, 1997, p.84

LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: RAPHAEL FERRARI WITTMANN

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Planta Pavimento Superior

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Planta Pavimento Térreo

Planta Pavimento Inferior

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Cortes

Elevações

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GINÁSIO ESTADUAL DE ITANHAÉMAUTOR(ES): J.B.VILANOVA ARTIGAS, C. CASCALDI DATA DE PROJETO: 1959 LOCALIZAÇÃO: AV.TIRADENTES, ITANHAÉM, SP.FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE, P.241, JUN.1961. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.116

A escola de Itanhaém abriga sete salas de aula e poucos equipamentos de apoio. A fileira contínua de salas de aula voltadas para sudeste definem o comprimento do edifício em cerca de 67 m; o abrigo conformado pela cobertura estruturada transversalmente em dois vãos, com dimensão entre os eixos de apoio 11 m perfazendo 22.5 m, amplia a área útil além da largura das salas de aula, de forma a criar um grande recinto coberto; o desenho triangular dos pilares ajuda a apoiar balanços resultando numa largura total de uns 27.5 m, promovendo o sombreamento das fachadas longitudinais. As salas de aula têm fechamentos em estrutura independente da cobertura; outros dois blocos, também de estrutura independente em paredes de alvenaria, acomodam-se sob a cobertura organizando cantina e sanitários, limitando o terço norte da área coberta para o pátio de recreação; um recorte na cobertura ilumina os sanitários e define um jardim; o terço sul da cobertura abriga, no lado oposto às salas, o bloco administrativo, e o espaçamento entre ambos configura o pátio de acesso vestibular.

A estrutura aparentemente simples lança mão de recursos bastante sofisticados: o eixo central de pilares tem sete e não nove apoios, como os eixos laterais, de maneira que os dois pórticos finais realizam o vão completo de aproximadamente 22.5 m; para compensar, o pilar do eixo central, que nos outros casos se posiciona com seu lado maior na direção do eixo transversal, no penúltimo eixo de cada extremidade posiciona-se perpendicularmente à fachada menor, sendo deslocado mais ou menos 2 m em direção às fachadas menores, compensando o balanço e o vão maior final, enquanto seu formato e posição ajudam a fazê-lo “desaparecer” visualmente. Assim, o pórtico não é tratado como solução padrão, indiferentemente repetida ao infinito, mas não ignora a necessidade compositiva de “terminar” as pontas do edifício,

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fazendo-o com extrema maestria.

 

FOTOS:

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Fonte: Acrópole, jun.1961, p.241

 

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LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: JULIO BERALDO VALENTE

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RESIDÊNCIA M.T. BITTENCOURTAUTOR(ES): J.B. VILANOVA ARTIGAS, C. CASCALDI DATA DE PROJETO: 1959 LOCALIZAÇÃO: RUA VOTUPORANGA, BAIRRO SUMARÉ, SÃO PAULO, SP.FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE, N.299, P.328, SET. 1963. KAMITA, 2000, P. 25.REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.98

Nas casas realizadas entre 1946 e 1955, Artigas emprega basicamente dois partidos. O primeiro caracteriza-se por abrigar todas as funções sob um volume único de limites construídos muito definidos, embora às vezes com fechamentos quase virtuais, como nas residências Hans Trostli (1947), Paulo Emilio Gomes dos Reis (1951) e Oduvaldo Viana (1951). O segundo partido caracteriza-se por dispor dois blocos com coberturas de meia-água, separados, mas interligados, como nas residências Antonio Luiz Teixeira de Barros (1946), J. Czapski (1949), J. Mario Bittencourt I (1949), Heitor de Almeida (1949), a segunda casa do arquiteto (1949) e a Geraldo Destefani (1950), algumas vezes contraponteados por um terceiro volume transversal, que de quando em quando se expande, como nas residências Alfredo Rosenthal (1948) e Febus Gikovate (1949). As coberturas inclinadas, inicialmente fundidas em um só volume, tendem a destacar-se, ligando-se pela circulação por escadas ou rampas, resultando em solução de alta legibilidade.

Segundo João Kamita, esta casa é o “marco definitivo da fase mais propriamente brutalista da obra de Artigas”. Nela também ocorre a reunião desses dois partidos típicos em um, abrigando os dois blocos interligados sob um único volume definido pelo conjunto cobertura e abas laterais em concreto (que também são grandes paredes ou grandes vigas) conformando uma quase caixa onde se engastam os planos das lajes e rampas. Essa solução estrutural suporta e define os espaços arquitetônicos, quase desejando bastar-se; os poucos paramentos adicionados, necessários à definição dos espaços da casa, jogam papel claramente complementar, contraponto leve da pesada massa da estrutura portante, tão agrandada que não apenas engrada, qual costela, mas quase fecha, qual carapaça.

 

FOTOS:

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Fonte: Acrópole,n.299, set.1963, p.328

LOCALIZAÇÃO:

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DESENHOS TÉCNICOS: JULIO BERALDO VALENTE

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GINÁSIO ESTADUAL DE GUARULHOSAUTOR(ES): J.B. VILANOVA ARTIGAS, C. CASCALDIDATA DE PROJETO: 1960 LOCALIZAÇÃO: AV.ARMINDA DE LIMA, CENTRO, GUARULHOS, SP.FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE N.259, P.171, MAI 1960. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.116

O programa engloba sala de aulas e pequeno auditório/biblioteca abrigado em longo bloco 115 m x 41 m; embora as duas pontas permaneçam apoiadas no chão a porção intermediária permite, pela depressão do terreno, acomodar um nível inferior parcial, que serve de acesso ao pátio interno e abriga vestiários e cantina. As salas de aula na fachada nordeste são protegidas da insolação pelo amplo beiral que revela o ritmo dos apoios; a fachada oposta sudoeste abriga amplo corredor parcialmente protegido por elementos vazados de concreto. O pátio coberto interno situa-se em nível intermediário garantindo um maior pé-direito; no lado sudeste foi executado um mural de autoria de Mario Gruber sobre a parede do auditório/biblioteca. O partido reforça o ambiente comunitário da escola, voltada para si, mas de franco acesso, característica que será recorrente nas obras da Arquitetura Paulista Brutalisa, em especial naquelas de interesse público.

A inventividade da solução estrutural aproveita o arranjo das necessidades programáticas para outorgar unidade e variedade dos seus elementos. O desenho dos apoios varia conforme sua posição relativa ao eixo transversal e conforme o ritmo seja em três vãos sucessivos ou em dois vãos separados por um vazio, e sua assimetria em relação ao eixo vertical de apoio se explica pela diferenciação nas dimensões dos vãos, seja dispostos a cada lado do apoio, seja se o apoio estiver no

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limite do vão. O jogo de cores primárias sobre as estruturas, pisos e alvenarias é característico das obras de Artigas & Cascaldi nesta fase, sendo alguns panos de concreto deixados sem aposição de cor.

 

FOTOS:

JULIO BERALDO VALENTE

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Fonte: Puntoni, 1997, p.88

LOCALIZAÇÃO:

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DESENHOS TÉCNICOS: JULIO BERALDO VALENTE

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FAU-USP FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA USPAUTOR(ES): J. B. VILANOVA ARTIGAS, C. CASCALDI DATA DE PROJETO: 1961 LOCALIZAÇÃO: RUA DO LAGO, BAIRRO CIDADE UNIVERSITÁRIA, SÃO PAULO SP. FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE N.377, P.15, SET.1970. ARQUIVO BIBLIOTECA FAU-USP.REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.134

O projeto do edifício da FAU-USP não pode ser reduzido a um esquema simples, nem reflete mecanicamente os precedentes notáveis de que se alimenta. Artigas sempre acompanhou os desenvolvimentos arquitetônicos de seu tempo e nesta obra madura, associado a Cascaldi, transforma uma ampla gama de paradigmas formais, estruturais e compositivos em uma resolução seguramente original.

Realizado junto com os debates sobre a reestruturação curricular da escola, uma comparação entre a ocupação da sede anterior na Vila Penteado e a proposta do novo edifício revela quase uma continuidade do programa funcional, cujas áreas são muito ampliadas e somadas a amplos vazios volumétricos. Dos quatro pavimentos (distribuídos em oito meios-níveis abrigados sob uma cobertura de perímetro 110 x 66 m) as áreas de piso somam 60% da área aproveitável total, sendo outros 40% conformado por vazios de alturas variáveis, onde o pátio central coberto enfatiza a integração e unidade de todos os ambientes internos, num resultado quase panóptico e pan-auditivo.

As profundas sombras das fachadas com apoios muito espaçados (22 m) reiteram a aparência externa compacta e unitária, reforçada pelas longas e altas empenas na metade superior das elevações, a aparência maciça revela internamente um paradoxal centro oco, no qual o jogo magnífico dos volumes sob a luz intensa da iluminação zenital e o deslocamento aparentemente aleatório na posição das várias lajes. O resultado não reflete apenas o programa de necessidades ou as propostas pedagógicas, mas também a opção em resolvê-las numa composição sintética e subtrativa, que subordina o atendimento das questões funcionais a uma ordem geométrico-estrutural soberana, cuja viabilidade nasce da ampla disponibilidade de espaços volumétricos não-funcionais.

 

FOTOS:

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PAULA MASTROCOLA

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DESENHOS TÉCNICOS: PAULA MASTROCOLA

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GARAGEM DE BARCOS CLUBE SANTA PAULAAUTOR(ES): J.B. VILANOVA ARTIGAS, C. CASCALDIDATA DE PROJETO: 1961 LOCALIZAÇÃO: AV. ROBERT KENNEDY, BAIRRO INTERLAGOS, SÃO PAULO, SP.FONTES DE PESQUISA: AC ARQUITETURA N.1, P.38, JUL. 1966. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.145

Obra singular onde um alto grau de experimentação estrutural e formal é aplicado a um edifício relativamente pequeno, de programa muito simples e com poucas limitações de terreno, permitindo ampla margem para o arbítrio, que resulta numa proposição criativa e única. A Garagem de Barcos é definida por uma cobertura retangular em laje tripartida, com oito apoios dispostos simetricamente nas duas laterais extensas, amparados diretamente nos blocos de fundação sobre muros de arrimo revestidos de pedra. Um pavimento em superior dá continuidade à cota da avenida e um pavimento inferior ocupando 2/3 da área de projeção da cobertura situa-se na cota de nível do lago conformando um embasamento semi-enterrado envolto pelas paredes-arrimo.

Praticamente sem vedos a edificação em proporção 1:5 é definida por duas vigas principais longitudinais em concreto protendido com cerca de 70 m de comprimento ,com dois balanços externos de 10 m, dois vãos de 10 m e um vão central de 30 m, com altura de viga variável entre 0.65 e 2.25 m; as vigas principais estão espaçadas de 14 m e conectadas por vigas nervuradas transversais, reforçadas por outras duas vigas longitudinais. As vigas principais descarregam em quatro apoios que nascem sem solução de continuidade de seu desenho e se articulam com apoios inferiores definidos pelos muros de arrimo, com juntas realizadas por meio de aparelhos maciços de aço, que são distintos a cada apoio. A solução técnica é absolutamente isostática, de maneira que a cobertura apenas apóia-se, com total independência estrutural, no “chão qualificado” conformado pelos muros e por apoios, que poderiam ser interpretados como fundações afloradas. O setor central de pé-direito mais alto se destinaria à guarda de pequenos barcos, já aliviados de seus motores e velas. Nos estudos iniciais comparece ali um volume fechado para depósito, que finalmente foi abrigado na área inferior fechada, delimitada pelo muro de pedra. Desse setor central e em continuidade ao piso, uma rampa de concreto construída sobre o chão desce suavemente até dentro da represa, de maneira a facilitar o acesso e retirada dos barcos da água e sua acomodação sob o vão central da garagem.

A obra se encontra atualmente em estado de abandono e depredação, sendo urgente ações no sentido de sua preservação,face à sua singularidade e relevância no âmbito da arquitetura brasileira de meados do século XX.

 

FOTOS:

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JULIO BERALDO VALENTE

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JULIO BERALDO VALENTE

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JULIO BERALDO VALENTE

FOTO DA ÉPOCA DA INAUGURAÇÃO, FONTE: AC ARQUITETURA N.1, P.38, JUL. 1966:

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LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: JULIO BERALDO VALENTE

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SEDE ANHEMBI TENIS CLUBEAUTOR(ES): J.B. VILANOVA ARTIGAS, C. CASCALDI DATA DE PROJETO: 1961 LOCALIZAÇÃO: R. OROBÓ, BAIRRO CITY PINHEIROS, SÃO PAULO, SP.FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE, N.312, P.42, NOV.1964.REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.146

As estruturas porticadas desta obra dão seguimento a idéias exploradas nos Ginásios de Itanhaém e Guarulhos, mas aqui com um porte e complexidade estrutural e formal muito mais amplo, onde o desenho do pórtico em elaboração e tridimensionalidade. Os apoios triangulares desenham inflexões, estreitamentos, alargamentos e vazios estrategicamente posicionados, enfatizando questões estruturais de transição de esforços e tirando partido de detalhes como o recolhimento de águas pluviais e aberturas para iluminação zenital, para ativar e densificar a abordagem conceitual, chegando numa resolução complexa a partir de um esquema inicial simples. E como é habitual nessa e em outras obras de Vilanova Artigas, uma vez estabelecida a regra básica são ativados uma série de mecanismos para criar variantes, de maneira que o resultado nunca é óbvio, mas sempre surpreendente.

Os pórticos em concreto aparente têm secção triangular, conformando vigas-calha no tramo superior, com vão de 20 m na face superior, e distância entre os apoios, no nível do piso inferior, de 17.5 m; as colunas de apoio têm secção triangular variável e além de apoiarem o tramo superior do pórtico se prolongam para dar apoio a duas grande vigas-calha de secção triangular, posicionadas à maneira de platibandas ao longo da porção superior das duas fachadas longitudinais. O encontro entre tramos superiores do pórtico, vigas-calha e apoios forma um conjunto de geometria tridimensional complexa, permitindo parcialmente observar o caminho das águas pluviais desde a cobertura até o chão. Os pórticos são travados entre si por nove vigas-calha de secção triangular, espaçadas de maneira a conformar vazios intermediários que recebem elementos translúcidos para a proteção, ventilação e iluminação natural zenital dos ambientes. O volume muito extenso proposto originalmente, de proporção 20:3, mantém um forte grau de homogeneidade pela presença repetitiva dos pórticos transversais, embora os acidentes e variantes organizem vários momentos distintos, intercalando espaços mais ou menos abertos e/ou fechados, com pés-direitos e visuais variáveis.

 

FOTOS:

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DESENHOS TÉCNICOS: JULIO BERALDO VALENTE

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VESTIÁRIOS DO SÃO PAULO FUTEBOL CLUBEAUTOR(ES): J. B. VILANOVA ARTIGAS, C. CASCALDI DATA DE PROJETO: 1961 LOCALIZAÇÃO: AV. JULES RIMET, BAIRRO MORUMBI, SÃO PAULO, SP. FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE N.385, P.23, ABR.1964. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.148

Num terreno de amplas dimensões marcado pela presença do grande volume elipsoidal do estádio de futebol (dos mesmos autores, 1951), a opção por um edifício longo e estreito (de comprimento semelhante ao do raio maior da elipse do estádio) e seu posicionamento estabelece o protocolo de ocupação de todo o terreno disponível, garantindo-lhe ampla visibilidade, apesar de sua grande extensão (140 m). O edifício baixo e horizontal, de proporção 10:1, tem estrutura de concreto armado com lajes nervuradas, pilotis basicamente aberto e nível superior basicamente fechado por empenas de concreto com iluminação zenital, com algumas descontinuidades oportunas nas fachadas. Seu ritmo é organizado em três momentos, separados por dois vazios verticais de circulação, numa disposição longitudinal, a partir da extremidade norte, de 6/2/8/3/1 módulos de aproximadamente 7 m.

Cortes transversais passando por diversos momentos do edifício indicam haver uma mesma estratégia estrutural que, entretanto, se resolve em configurações distintas, conforme a solicitação das cargas/usos e conforme a escolha por pilares recuados/transversais ou à vista/longitudinais. A solução porticada escolhe não destacar as nervuras em prol de uma aparência de “caixa suspensa” dada pela continuidade entre empenas e cobertura. As diferenciações estruturais ocorridas nos diversos trechos do edifício, não colidem com a solução de confirmada homogeneidade e sentido de unidade, que admite variações episódicas. Os jogos de artifícios presentes nos projetos de 1961 de JBVA e CC falam de mais de um conflito que de uma conciliação entre arte e técnica; e se é verdade que a Arquitetura Paulista Brutalista tem vezo engenheiral, estrutural e construtivo, seus bons exemplos não assumem essa herança de forma simplista, podendo ser considerados como arquitetura erudita da melhor qualidade.

 

FOTOS:

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Fonte:Acrópole m.385 abr.1964

LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: PAULA MASTROCOLA

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COLÉGIO XII DE OUTUBROAUTOR(ES): J. B. VILANOVA ARTIGAS; C. CASCALDI DATA DE PROJETO: 1962 LOCALIZAÇÃO: R.COMENDADOR ELIAS ZARZUR, BAIRRO STO.AMARO, SÃO PAULO SP. FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE N.377, P.24, SET. 1970. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.130

Situado em um terreno em esquina com três frentes ocupando meio quarteirão, o programa mais amplo induziu uma certa verticalização definindo um partido em volume elevado complementado por uma “plataforma habitável”, alem de outros volumes secundários independentes que completam as necessidades do programa. O embasamento “em subsolo” quase totalmente aflorado devido à declividade das ruas lindeiras ocupa integralmente o lote, e acima deste se eleva o bloco das salas de aulas com ~ 60 x 33 m, em três pavimentos sobre pilotis. O pátio descoberto é ocupado por piscina, sendo os pátios cobertos destinados a esportes e recreação, refeitório, cantina, salas de aula especiais, vestiários e apoios, iluminados zenitalmente. No pavimento plataforma/pilotis sob a projeção do bloco de salas de aula situa-se um volume independente para a biblioteca. As salas de aulas no bloco elevado são dispostas em anel retangular ao redor de um vazio central de pé-direito total, sendo acessadas por rampas iluminado zenitalmente, onde se situam as rampas de circulação.

As estruturas portantes em concreto armado aparente definem quase todos os ambientes necessários ao programa, comparecendo nos muros portantes que delimitam o perímetro do terreno junto aos alinhamentos conformando o embasamento, nas rampas de acesso e nas empenas de fechamento, além das lajes nervuradas de todos os pisos e

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coberturas. A estrutura do bloco de aulas é definida por dois eixos longitudinais separados de ~ 20 m onde se situam os pilares, espaçados trasnversalmente a cada 10 m, seguindo verticais do embasamento até os pilotis onde se abrem em capitel, de maneira a cada um transitar em duas linhas superiores de pilares, separadas 5.5 m; com balanços de 3 m a cada lado, definindo duas lajes com dimensão transversal de aproximadamente 11.5 m, separadas pelo vazio intermediário de circulação com cerca de 13 m, que segue até a cobertura; ali o vão total é coberto e perfurado por domos sobre o vazio de circulação.

 

FOTOS:

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DESENHOS TÉCNICOS: PAULA MASTROCOLA

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CONJUNTO HABITACIONAL CECAP-CUMBICAAUTOR(ES):J.B.V.ARTIGAS; F.PENTEADO; P.M.ROCHADATA DE PROJETO: 1967 LOCALIZAÇÃO: AV.MONTEIRO LOBATO, BAIRRO JARDIM CUMBICA, GUARULHOS, SP.FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE, Nº 372, P. 33, ABR. 1970; CASA & JARDIM, Nº160, P.45, MAI 1968; REVISTA DESENHO, GRÊMIO FAU-USP, SÃO PAULO, 1973, Nº 5. REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.209

O projeto original previa quase 11.000 unidades habitacionais em um terreno de ~130 ha; o desejo de viabilizar a industrialização de sua execução parece ter apoiado a proposta de adotar um só tipo de unidade agrupada em blocos de três pavimentos sobre pilotis, conformados por duas fitas lineares sem corredores, conectadas e separadas por sucessivos blocos de circulações horizontais/verticais. Quatro blocos conformariam uma “freguesia” com comércio local e quatro freguesias conformando um quadrado de ~400 m lado definiriam uma super-quadra com outros equipamentos. Idealmente o conjunto/bairro seria conformado por quatro freguesias distribuidas nos quadrantes de um espaço central cruciforme, onde se situariam os equipamentos principais. O esquema genérico foi ajustado para atender ao formato irregular da gleba e uma parte das habitações e boa parte dos equipamentos não chegou a ser executada. A proposta urbanística, bem como a proposta para a construção das unidades - pela montagem de elementos pré-moldados de concreto – pretendia alcançar uma economia de escala que entretanto não foi implementada.

A planta da unidade habitacional se organiza em três faixas paralelas às duas fachadas opostas iluminantes, com as áreas molhadas posicionadas em um núcleo central; originalmente com ~8 x 8 m, a solução final adotada foi reduzida para 7,2 x 8m e assumiu um arranjo dos ambientes mais convencional que não adota a idéia original de flexibilidade de arranjos do espaço interno, conceito que justifica e ao mesmo tempo era permitido pela proposta estrutural e construtiva.

 

FOTOS:

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RUTH VERDE ZEIN (FOTOS 1977)

JULIO BERALDO VALENTE (FOTOS ATUAIS)

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DESENHOS DA PROPOSTA INICIAL:

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Fonte: revista Desenho n.5, 1973

DESENHOS TÉCNICOS: JULIO BERALDO VALENTE

Implantação

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Corte e Elevações