web viewmau cheiro proveniente de ralos sifonados. ao decompor os esgotos, as bactérias...
TRANSCRIPT
1. Introdução
As instalações hidráulicas dos edifícios na maioria das vezes, não são consideradas
importantes por ficarem embutidas e é comumente a execução de obras sem os projetos hidráulico,
assim como a utilização de materiais inadequados, sem mão de obra qualificada, com improvisações e
“gambiarras” para conter custos e obter grandes lucros.
Segundo Sinduscon-SP 75% das patologias da construção civil, são decorrentes de
problemas relacionados com as instalações prediais hidro-sanitárias.
E uma pesquisa realizada pelo Sindicato de Habitação do Rio de Janeiro, em cinquenta e dois
edifícios de oito construtoras, constatou também que as maiores queixas e reclamações feitas pelos
ocupantes sobre as patologias mais comuns nesses edifícios são sobre a parte hidráulica.
2. Gráfico das estatísticas de reclamações .
Figura 1: Gráfico
3. Possíveis soluções das patologias
3.1. Retorno de espuma em edifícios.
3.1.1- desligamento do ramal de esgoto do ralo sifonado do tubo de queda original e ligação
em novo tubo de queda, devidamente ventilado, a ser instalado;
Figura 2: Diagrama
3.1.1.1 Custo
Este sistema poderá ter custo de até 0,3% do custo total da instalação dependendo da
metragem dos pavimentos inferiores. Sendo o custo das Instalações prediais Hidráulico-
Sanitária é de aproximadamente 16% do custo total da obra.
3.1.2. - Instalação de dispositivo anti-refluxo na caixa sifonada convencional;
Figura 3: antiespuma
Benefícios deste dispositivo segundo o fabricante:
- Acaba com o inconveniente do retorno de espuma;
- Facilidade de instalação, o próprio consumidor final pode montá-la;
- Vedação eficiente e durável garantida pelo anel de vedação de borracha nitrílica;
- Fácil de limpar;
- Evita a contaminação do ambiente por insetos;
- Única compatível com todas as caixas sifonadas do mercado;
- Única que permite lavar o piso enquanto bloqueia a espuma;
- Embalagem plástica individual, que diminui os riscos de danos durante a exposição na
revenda.
3.1.2.1. Custo
O preço unitário do dispositivo está na média de 7,90 reais.
3.2 Golpe de aríete
Figura 4: Golpe de aríete
Para eliminar-se o golpe de aríete, pode-se usar o seguinte procedimento nas
instalações prediais de água: introduz-se no conduto de saída um tubode diâmetro muito
menor do que o diâmetro do conduto de saída. Em diversas experiências realizadas,
concluiu-se que o tubodeve ter diâmetro seis vezes menor do que o diâmetro do conduto de
saída. Chamando-se de D o diâmetro do conduto de saída e d o diâmetro do tubo, tem-se a
relaçãoobtida em diversas experiências: D/d = 6.
3.2.1. Utilizar válvulas de fechamento lento.
Existem algumas marcas de válvulas de descarga que possuem dispositivos anti-golpe
de aríate, que tornam o fechamento da válvula mais suave. Principalmente em prédios, é
preferível utilizar caixas de descarga, pois além de consumirem menor quantidade de água,
não provocam Golpe de Aríate.
Figura 5: Válvula de fechamento lento.
3.3. Entupimentos frequentes em subcoletores e coletores prediais de esgoto.
Os subcoletores e coletores prediais não devem ter mudanças bruscas de direção sendo
que nestas devem ser usados sempre joelhos de 45º se as mesmas forem aparentes. Caso
sejam enterradas, a recomendação e que sejam usadas caixas de inspeção em todas as
mudanças de direção, de declividade ou de diâmetro pois estes pontos são passíveis de
entupimentos e com as caixas, a manutenção pode ser feita com maior facilidade ou até
mesmo não ocorrer o entupimento.
Figura 6: Diagrama dos subcoletores e coletores prediais.
3.4. Obstruções frequentes em tubulações de esgoto.
Nos ramais de descarga e de esgoto, o escoamento dos efluentes ocorre por gravidade
e, para tanto, estes devem apresentar declividade constante, como previsto no subitem 4.2.3.e
da NBR 8160:1999. Esta mesma norma, no próximo subitem, 4.2.3.2 recomenda que,
paratubos com diâmetros iguais ou menores que 75mm, a declividade deve ser de no mínimo
2% e para diâmetros maiores ou iguais a 100mm a declividade mínima deve ser 1%. Ainda
recomenda, no subitem 4.2.3.3 que as mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser
feitas com peças com ângulo central igual ou inferior a 45° para facilitar o escoamento dos
efluentes.
3.5. Mau cheiro proveniente de ralos sifonados.
Ao decompor os esgotos, as bactérias liberam gases e estes aumentam a pressão nas
redes de esgotos. Para que estes gases não sejam liberados para o ambiente há a necessidade
de fechos hídricos os quais devem ter uma coluna de água maior que a pressão reinante na
rede de esgotos. A NBR 8160:99, no item 5.1.1.1 (a) diz que todo desconector deve ter fecho
hídrico com altura mínima de 0,05m, o que impediria a passagem dos gases provenientes da
rede para o ambiente. Porém, no item. 4.2.2.7 a mesma norma diz que deve ser assegurada a
manutenção do fecho hídrico dos desconectores mediante as solicitações impostas pelo
ambiente (evaporação, tiragem térmica e ação do vento, variações de pressão no ambiente) e
pelo uso propriamente dito (sucção e sobrepressão). O próprio uso dos desconectores faz com
que a parcela do fecho hídrico que foi perdida por evaporação, tiragem térmica, ação do vento
ou variação de pressão no ambiente, seja reposta, porém, para se evitar a perda do fecho
hídrico por sucção ou sobrepressão, deve-se ventilar o ramal imediatamente após o
desconector para que os efeitos da variação de pressão sejam aliviados pela coluna de
ventilação e não atinja o desconector, consequentemente o fecho hídrico.
4. Prevenção das patologias
Ao executar o projeto Hidráulico fazer corretamente de acordo com a NBR 8160/99 -
Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução como mostra nos itens a seguir:
8.2.3 Projetista
a) elaborar o projeto nas suas diversas fases conforme contratado, de acordo com esta Norma;
b) assessorar o executor na elaboração do projeto para produção;
c) elaborar o projeto “como construído”; “As built”.
d) assessorar o executor na elaboração dos manuais de uso, operação e manutenção.
8.3 Procedimentos para garantia da qualidade
8.3.1 Projeto
8.3.1.1 Controle do processo
a) estudo das alternativas de traçados;
b) verificação do atendimento ao programa de necessidades;
c) verificação do atendimento às normas;
d) compatibilização com os demais subsistemas;
e) análise crítica do dimensionamento;
f) verificação da facilidade de execução e de manutenção;
g) verificação da adequabilidade do detalhamento da documentação e dos elementos gráficos,
tendo em vista as condições de facilidade de execução do sistema;
h) registro das não-conformidades encontradas, e das soluções adotadas, de forma a poder
retroalimentar as diretrizes iniciais.
8.3.1.2 Controle do produto
a) compatibilização com os demais subsistemas;
b) verificação da facilidade de construção e de manutenção;
c) verificação da adequabilidade do detalhamento da documentação e dos elementos gráficos,
tendo em vista as exigências de facilidade de execução do sistema; e
d) registro das não-conformidades encontradas e das soluções adotadas, de forma a poder
retroalimentar as diretrizes iniciais.
5. Conclusão
Conclui-se que todo projeto deve oferecer informações técnicas o suficiente, de modo
a satisfazer todos os intervenientes que dele farão uso, como os orçamentistas, durante as
fases de planejamento da obra e levantamento de custos para execução, os analistas, durante a
fase de aprovação legal em companhias concessionárias e órgãos fiscalizadores, os
instaladores hidráulicos na etapa de execução da obra e os projetistas dos demais sistemas da
edificação, na fase do processo de compatibilização dos projetos. Também deve ressaltar o
projeto “como concluído”, conhecido como “As built”.