· web view1856 - ines 1967 – constituição federal 1988 – constituição federal 1989 –...
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Mini-Curso de Audiodescrio
Apresentao de Slides Segunda Aula
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Mini-Curso
Aula 02
AD
Descrio da Imagem: Ao centro, barra retangular contornada por linhas pretas, uma mais grossa e outra mais fina. Ao centro, em caixa-alta AD. Ao lado do D trs linhas onduladas laranja. Abaixo, logotipo da Faders Acessibilidade e Incluso e Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
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Audiodescrio
Contrio Poltica e Social
Slides 03
Recapitulando
As pessoas com deficincia viveram momentos de extermnio (em Esparta e nos campos de concentrao nazistas);
Momentos de segregao (nos asilos, na Idade Mdia);
Momentos de integrao (entre as dcadas de 50 e 80, aproximadamente, nas salas especiais das escolas, por exemplo);
Atualmente: incluso desde a dcada de 90, aproximadamente.
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Recapitulando
CID (1980)
Classificao Internacional de Doenas e Deficincias (modelo clnico-mdico)
CIF (2001)
Classificao Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Sade (modelo social contexto)
Conveno da ONU (2006)
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Dados Censo IBGE 2010 Brasil
Populao total
190.755.799 (100,0%)
Populao com deficincia
45.623.910 (23,9%)
Tipo de Deficincia/Nmeros no Brasil
Deficincia Visual - 35.791.488
Deficincia Mental/Intelectual - 2.617.025
Deficincia Motora - 13.273.969
Deficincia Auditiva - 9.722.163
Rio Grande do Sul 2,5 milhes de pessoas com deficincia
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Segundo o Censo 2010, havia 20,5 milhes de idosos ou 10,8% da populao.
A prevalncia de deficincia visual severa (3,4%) decomposta em 2,4% na populao at 59 anos e 12,0% entre idosos.
A prevalncia de deficincia auditiva severa (1,1%) decomposta em 0,6% na pop. < 59 anos e 5,2% entre idosos.
Projeo para 2030 de 40,5 milhes de pessoas idosas ou 18,7% da populao uma taxa de crescimento anual de 3,78%, enquanto a populao total crescer somente 0,57%.
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Recapitulando
O que so Polticas Pblicas?
Demandas sociais...
Conciliao...
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Recapitulando
Polticas Pblicas
O conjunto de decises e aes de um governo para solucionar problemas que em um dado momento os cidados e o prprio governo de uma comunidade poltica consideram prioritrios ou de interesse pblico [..].
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Recapitulando
O que define o carter pblico nas polticas pblicas?
- A origem dos recursos: a fonte dos fundos pblicos a sociedade;
- A finalidade pblica: sanar problemas pblicos, que dizem respeito a toda a sociedade ou que resultem em benefcios para toda a sociedade;
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Recapitulando
- O acesso pblico: as regras do jogo so de conhecimento pblico;
- A gesto pblica: a sociedade participa dos processos de planejamento, execuo e controle;
- A responsabilidade da execuo pblica: dever do estado e direito do cidado.
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Exemplo.
Disque 100 - 2015
Descrio da Imagem: Grfico com dados do Disque 100. Perfil da Vtima Tipo de Deficincia. Formato de pizza. Mental 63%; Fsica 21%; Intelectual 5%; Visual 5%; Auditiva 2%; No Informada 4%.
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Exemplo
III Conferncia
Sade e Proteo social - 32%
Acessibilidade - 16%
Educao - 12%
Trabalho - 10%
Esporte cultura e lazer - 4%
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Exemplo
I Conferncia (2006) 265 propostas 0 propostas sobre Audiodescrio
II Conferncia (2008) 54 propostas 2 propostas sobre Audiodescrio
III Conferncia (2012) 399 propostas 10 propostas em 04 eixos sobre Audiodescrio
IV Conferncia (2016) 89 propostas; 132 aes estratgicas; 9 moes 01 ao estratgica; 01 moo sobre Audiodescrio
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Recapitulando
Linha do Tempo Marco Legal e Polticas Pblicas
1854 Instituto Benjamin Constant
1856 - INES
1967 Constituio Federal
1988 Constituio Federal
1989 Poltica Nacional de Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia
1991 Lei de Cotas para Pessoa com Deficincia
1996 PNDH01
1999 Criao do CONADE
2000 Leis da Acessibilidade
2002 PNDH2 / LIBRAS
2003 Poltica Nacional da Sade da Pessoa com Deficincia
2004 Decreto 5.296/2004
2006 I Conferncia Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficincia
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Recapitulando
Linha do Tempo Marco Legal e Polticas Pblicas
2007 Agenda Social Pessoa com Deficincia
2007 Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva
2007 Conveno da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficincia
2008 II Conferncia Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficincia
2008 Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana
2009 PNDH3
2009 Programa Turismo Acessvel
2010 - Tradutor e Intrprete da LIBRAS
2011 Plano Viver sem Limite
2012 Poltica Nacional de Proteo dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista
2012 III Conferncia Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficincia
2013 Aposentadoria Especial da Pessoa com Deficincia
2015 Lei Brasileira da Incluso Estatuto da Pessoa com Deficincia
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E a Audiodescrio???
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Recapitulando
Desafios
Acessibilidade
Metodolgica
Atitudinal
Arquitetnica
Atitudinal
Comunicacional
Programtica
Instrumental
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A audiodescrio parte deste cenrio de construo poltica. Ela vem sendo estabelecida e afirmando-se no contexto das polticas pblicas a partir dos documentos normativos, teses, dissertaes, mas tambm, e de forma bastante significativa, pela ao dos sujeitos na compreenso de que para alm de um recurso, um direito, e assim, merece ser disputado.
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2000 Leis da Acessibilidade (Leis n 10.048 e 10.098/2000)
2004 Decreto n 5.296/2004
2005 Decreto n 5.371/ 2005
2005 ABNT NBR 15290/2005
2005 Decreto 5.645/2005
2006 Portaria n 310/2006 Ministrio das Comunicaes
2008 Portaria n 466/2008 Ministrio das Comunicaes
2010 Portaria n 188/2010 Ministrio das Comunicaes
2012 Nota Tcnica n 21/2012 Ministrio da Educao
2014 Instruo Normativa n 116/2014 da Ancine
2015 Consulta Pblica n 18/2015 ANATEL
2015 Lei Brasileira da Incluso (Lei n 13.146/2015)
2016 Consulta Pblica Ancine
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Lei 10.098/2000
Estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias.
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Lei 10.098/2000
Art. 2 Para os fins desta Lei so estabelecidas as seguintes definies: ...II barreiras: qualquer entrave ou obstculo que limite ou impea o acesso, a liberdade de movimento e a circulao com segurana das pessoas, classificadas em:...d) barreiras nas comunicaes: qualquer entrave ou obstculo que dificulte ou impossibilite a expresso ou o recebimento de mensagens por intermdio dos meios ou sistemas de comunicao, sejam ou no de massa;
Art. 17. O Poder Pblico promover a eliminao de barreiras na comunicao e estabelecer mecanismos e alternativas tcnicas que tornem acessveis os sistemas de comunicao e sinalizao s pessoas portadoras de deficincia sensorial e com dificuldade de comunicao, para garantir-lhes o direito de acesso informao, comunicao, ao trabalho, educao, ao transporte, cultura, ao esporte e ao lazer;
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Decreto n 5.296/2004
Regulamenta as Leis Ns 10.048, de 8 de novembro de 2000, que d prioridade de atendimento s pessoas que especifica, e 10.098, de 9 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias.
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Decreto n 5.296/2004
Em seu artigo 52 determinou a adaptao dos aparelhos televisores de modo a poderem ser utilizados por pessoas com deficincia e o artigo 53 atribuiu Agncia Nacional de Telecomunicaes (ANATEL) a competncia para regulamentar as questes referentes acessibilidade na programao veiculada pelas emissoras de televiso, entre elas: closed caption ou legenda oculta, audiodescrio e janela para intrprete de Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
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Decreto n 5.371/2005
Reformulou e estabeleceu as competncias do Ministrio das Comunicaes e da ANATEL, no que se refere aos servios de transmisso e retransmisso da programao de televiso, o que exigiu assim que o artigo 53 do Decreto 5.296 tambm fosse reformulado.
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Decreto n 5.645/2005
Decreto n 5.645, que deu nova redao ao Artigo 53 do Decreto n 5.296, atribuindo ao Ministrio das Comunicaes a responsabilidade pela regulamentao das diretrizes de acessibilidade na programao das emissoras de televiso, bem como estabeleceu prazo de 120 dias para a publicao dessas diretrizes, ficando assim compatvel com as novas determinaes estabelecidas pelo Decreto n 5.371.
Art. 53 Os procedimentos a serem observados para implementao do plano de medidas tcnicas previstos no Art. 19 da Lei N 10.098, de 2000., sero regulamentados, em norma complementar, pelo Ministrio das Comunicaes. (Redao dada pelo Decreto N 5.645, de 2005)
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Lei n 12.527/2011 LAI
Art. 8... VIII adotar as medidas necessrias para garantir a acessibilidade de contedo para pessoas com deficincia, nos termos do art. 17 da Lei n 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9 da Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia, aprovada pelo Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008.
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Instruo Normativa n 116/2014
Agncia Nacional do Cinema (ANCINE)
Todos os projetos de produo audiovisual financiados com recursos pblicos federais geridos pela ANCINE devero contemplar nos seus oramentos servios de legendagem descritiva, audiodescrio e LIBRAS Lngua Brasileira de Sinais.
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Regulamento Geral de Acessibilidade - Anatel
Este Regulamento tem como objetivo estabelecer regras para propiciar s pessoas com deficincia a fruio de servios de telecomunicaes e a utilizao de equipamentos de telecomunicaes em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio da supresso das barreiras comunicao e informao.
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Regulamento Geral de Acessibilidade - Anatel
III - Audiodescrio: a narrao, em lngua portuguesa, integrada ao som original da obra audiovisual, contendo descries de sons e elementos visuais e quaisquer informaes adicionais que sejam relevantes para possibilitar a melhor compreenso desta por pessoas com deficincia visual e intelectual.
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Consulta Pblica Ancine
Minuta de Instruo Normativa que dispe sobre as normas gerais e critrios bsicos de acessibilidade visual e auditiva a serem observados nos segmentos de distribuio e exibio cinematogrfica
http://www.ancine.gov.br/consultas-disponiveis
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Desenho Universal
O conceito de Desenho Universal tem como pressupostos:
equiparao nas possibilidades de uso;
flexibilidade no uso;
uso simples e intuitivo;
captao da informao;
tolerncia para o erro;
dimenso e espao para uso e interao.
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Acessibilidade Informao e comunicao
Condies de utilizao, percepo, compreenso e pleno usufruto de servios de informao e comunicao, bem como de bens, obras e produtos, onde assegurada a remoo de qualquer entrave ou barreira que dificulte ou impea a plena fruio da informao e da comunicao, respeitando-se os princpios do desenho universal.
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Acessibilidade Comunicacional
Est inserida mesmo dentro da Traduo Audiovisual (TAV), junto com a legendagem, a dublagem, o voice-over e a interpretao.
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Closed Caption - ou legenda oculta - um sistema de transmisso de legendas daquilo que est sendo falado em um programa de televiso em tempo real. Essas legendas podem ser reproduzidas por um televisor que possua essa funo ativada.
Estenotipia - em caso de eventos, o estenotipista faz o registro em tempo real, com sincronizao do udio com o texto, no local do evento ou remotamente. opcional a utilizao de teles/monitores para acompanhamento de texto em lugares distintos do local do evento.
H 20 anos, a estenotipia era usada somente no Tribunal de Justia de So Paulo, de acordo com Wagner Medici, fundador da Steno do Brasil, empresa pioneira em Closet Caption (CC) ao vivo no Brasil.
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Protagonismo
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LEI N 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002: Dispe sobre a Lngua Brasileira de Sinais Libras e d outras providncias.
DECRETO N 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005: Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispe sobre a Lngua Brasileira de Sinais Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
Lei N12.319 de 1 de setembro de 2010: Regulamenta a profisso de Tradutor e Intrprete da Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
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Conquistas recentes
Curso de Audiodescrio UFJF (2013)
INSTRUO NORMATIVA 116/2014 ANCINE
Portaria 269/2015 INMETRO
Reviso da NBR 9050/2015 da ABNT
Resoluo 585/2015 CONTRAN (LIBRAS)
Consulta Pblica n 18/2015 ANATEL - Regulamento Geral de Acessibilidade em Servios de Telecomunicaes de interesse coletivo
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Lei Brasileira da Incluso (Lei 13.146/2015)
Art. 67. Os servios de radiodifuso de sons e imagens devem permitir o uso dos seguintes recursos, entre outros:
I - subtitulao por meio de legenda oculta;
II - janela com intrprete da Libras;
III - audiodescrio.
Art. 73. Caber ao poder pblico, diretamente ou em parceria com organizaes da sociedade civil, promover a capacitao de tradutores e intrpretes da Libras, de guias intrpretes e de profissionais habilitados em Braille, audiodescrio, estenotipia e legendagem.
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Audiodescrio Informal
A audiodescrio traz a formalidade para algo que era, anteriormente, feito informalmente, graas sensibilidade e boa vontade de alguns. Isso acontece e acontecia, quando as pessoas com deficincia visual mais curiosas comeavam a fazer perguntas, tirar dvidas, durante o filme, peas de teatro e outros tipos de espetculo.
Entretanto, nem todas as pessoas que os acompanham esto preparadas para prestar esse tipo de servio, e, alm disso, essas pessoas tambm querem assistir o filme ou espetculo e, ter que dar informaes adicionais, pode fazer com que a pessoa perca o fio da meada, deixe de entender determinadas coisas e cenas.
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Audiodescrio o que
Audiodescrio a arte de transformar imagens em palavras o que abre uma janela para o mundo para as pessoas com deficincia visual.
Recurso de acessibilidade comunicacional que consiste na traduo de imagens em palavras por meio de tcnicas e habilidades, aplicadas com o objetivo de proporcionar uma narrao descritiva em udio, para ampliao do entendimento de imagens estticas ou dinmicas, textos e origem de sons no contextualizados, especialmente sem o uso da viso.
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Audiodescrio o que
a arte de transformar aquilo que visto no que ouvido. o visual transformado em verbal
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Audiodescrio o que
a descrio de cenrios, roupas, expresso facial, linguagem corporal, entrada e sada de personagens, utilizada em televiso, filmes, peas de teatro, museus e exposies, games para dar informao a pessoas cegas ou combaixa viso, permitindo que essas pessoas entendam verdadeiramente o que assistem.
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Audiodescrio o que
A audiodescrio um recurso de acessibilidade que amplia o entendimento das pessoas com deficincia visual em eventos culturais, gravados ou ao vivo, como: peas de teatro, programas de TV, exposies, mostras, musicais, peras, desfiles e espetculos de dana; eventos tursticos, esportivos, pedaggicos e cientficos tais como aulas, seminrios, congressos, palestras, feiras e outros, por meio de informao sonora. uma atividade de mediao lingustica, uma modalidade de traduo intersemitica, que transforma o visual em verbal, abrindo possibilidades maiores de acesso cultura e informao, contribuindo para a incluso cultural, social e escolar. Alm das pessoas com deficincia visual, a audiodescrio amplia tambm o entendimento de pessoas com deficincia intelectual, idosos e dislxicos. (MOTTA e ROMEU FILHO, 2010: 11)
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Audiodescrio o que
Audiodescrio um tipo deinformao em forma de traduo deimagensem palavras;Da mesma forma,a legendagempara surdos uma traduo dalinguagem falada,presente no textoaudiovisual,uma lngua escritacomcertas restriesou adaptaesque fazemum tipo especfico detexto.Portanto, ocampo cientficoda traduo e interpretaoprecisacomear a trabalharecomear a estudareste fenmeno emergenteetransform-lo emum objetode prioridadede estudo. (Jimmenez-Hurtado, 2010: 14)
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Audiodescrio o que
Narrao descritiva em voz de sons e elementos visuais-chave movimentos, vesturio, gestos, expresses faciais, mudanas de cena, textos e imagens que apaream na tela, sons ou rudos no literais desapercebidos ou incompreensveis sem o uso da viso. (NBR 15290/2005)
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Histria
Como uma atividade formal, ligada s artes visuais e ao entretenimento, entretanto, a audiodescrio algo bem mais recente, tendo incio nos anos 80 nos Estados Unidos e Inglaterra.
Audiodescrio no Teatro - Estados Unidos e Inglaterra.
Nos Estados Unidos, teve incio em 1981, emWashington DC, noArena Stage Theater, como resultado do trabalho deMargareteCody Pfanstiehl. Eles fundaram um servio de audiodescrio que promoveu a descrio de peas de teatro e, at o final dos anos 80, mas de 50 casas de espetculo j tinham em sua programao algumas apresentaes com descrio.
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Histria
A primeira vez que a audiodescrio apareceu formalmente descrita como tal, foi na tese de ps-graduao Master of Arts, apresentada na Universidade de So Francisco pelo norte-americanoGregory Frazier, em 1975. Uma srie de estudos comearam a ser feitos e os resultados favorveis que foram sendo comprovados nessas primeiras experincias fizeram com que a tcnica se desenvolvesse em teatros, museus e cinemas dos Estados Unidos durante a dcada de 80. O encontro deFraziercomAugust Copollafacilitou a divulgao da audiodescrio pela Amrica do Norte.
Na linguagem comum a palavra burocracia assume, na grande maioria das vezes, uma conotao pejorativa. Burocracia usualmente associada a ineficincia, ineficcia, atrasos, confuso, autoritarismo, privilgios e ainda a outros atributos negativos.
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Histria
Em 1989 a audiodescrio foi realizada em alguns filmes doFestival de Cannes. Rapidamente, a tcnica se estendeu por alguns pases da Europa, principalmente no Reino Unido, que primeiro experimentou inserir a audiodescrio na televiso. Essa experincia ficou conhecida comoDescriptive Video Service. Graas ao xito deste programa pioneiro, outras experincias foram estimuladas, como por exemplo, no Canal Network.
Em 1992, surgiu oProjeto Audetel, uma iniciativa britnica coordenada peloRoyal National Institute for the Blind, que se dedica a investigar os requisitos tcnicos necessrios para a incorporao da audiodescrio nas emissoras de televiso.
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Histria
Na Espanha, a partir de 1991, foi desenvolvido o sistemaSonocine, que permitiu que as pessoas com deficincia visual seguissem a audiodescrio dos filmes exibidos na televiso atravs de um canal de rdio especialmente habilitado. Os canais TVE eLa 2colocaram em prtica essa experincia por algum tempo. Hoje, somente oCanal Surainda utiliza este sistema.
Em 1993, aFundao ONCE, uma organizao espanhola para a cooperao e integrao social de pessoas com deficincia, comeou um programa de investigao e pesquisa em audiodescrio, que culminou com a publicao da norma UNE 153020, intitulada: Audiodescripcinpara personas con discapacidad visual . Requisitos para la audiodescripcin y elaboracin de audioguas.
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Histria
Na Inglaterra, essa prtica data tambm dos anos 80, tendo incio em um pequeno teatro chamado Robin Hood, emAverham,Nottinghamshire, onde as primeiras peas foram narradas. Um dos mantenedores do teatro,Norman King, ficou to impressionado com os benefcios das descries, que incentivou a Companhia de TeatroReal of Windsora introduzir esse servio em uma abrangncia maior. Instalaram, ento, o equipamento para a transmisso simultnea para a audincia no Teatro Real, em fevereiro de 1988, com a pea "Stepping Out". Hoje, h 40 teatros no Reino Unido que oferecem, regularmente, apresentaes com audiodescrio. o pas lder nesse setor, seguido pela Frana, com 5 teatros.
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Histria
No Brasil, a primeira pea comercial a contar com o recurso de audiodescrio foi "O Andaime", no Teatro Vivo, em maro 2007. A segunda pea com audiodescrio, "A Graa da Vida", estreou em junho do mesmo ano, tambm no Teatro Vivo. O teatro dispe de aparelhos de traduo simultnea e a audiodescrio feita pelos voluntrios do Instituto Vivo.
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Histria
Audiodescrio na Natureza - Grupo Terra.
O projeto de incluso cultural, que deu origem a este trabalho, foi elaborado por mim e por Isabela Abreu, ambas integrantes do Grupo Terra, ONG cujo objetivo a incluso social das pessoas com deficincia visual, pelo contato com a natureza. Foi nas atividades promovidas pelo Grupo Terra, passeios para lugares de extrema beleza, com estreito contato com a natureza, que pudemos perceber a necessidade de descrever as paisagens para as pessoas com deficincia visual, podendo, ento, constatar a importncia da descrio para uma participao mais plena nas atividades sociais e culturais, enfatizando o seu uso como prtica nos passeios.
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Histria
Audiodescrio no Cinema.
Tambm o cinema vem se beneficiando com a audiodescrio em vrios pases europeus. No Reino Unido,Chapter Arts Center, emCardiff, foi o primeiro a fazer uso do recurso com tradutores ao vivo. Na Frana, a FundaoValentin Haytambm comeou a oferecer esses servios. Na Europa e nos Estados Unidos, j so muitos os filmes que contam com o recurso.
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Histria
Audiodescrio no Cinema - Brasil.
No Brasil, o primeiro filme, no circuito comercial, com audiodescrio foi "Irmos de F", do Padre Marcelo, lanado em 2005. Outras iniciativas tm sido feitas, como o Clube do Silncio, em Porto Alegre, que produziu alguns filmes curta-metragem com audiodescrio, alm de trabalhos de pesquisadores, como a professora Dra. Eliana Franco, da Universidade Federal da Bahia, e o professor Dr. Francisco Lima, da Universidade Federal de Pernambuco. Ambos tm feito trabalhos importantes sobre a audiodescrio, sendo que a primeira com filmes e o segundo com mapas e recursos didticos.
Tambm o festival internacional de filmes sobre deficincia, o Festival Assim Vivemos , produzido por Lara Pozzobon, que acontece no Rio de Janeiro e em Braslia**, nas salas do CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil - oferece acessibilidade para pessoas com deficincia visual e auditiva em todos os filmes desde 2003. Graciela Pozzobon, atriz, responsvel pela audiodescrio em todos os filmes do festival.
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Histria
Audiodescrio na Televiso.
Na televiso, o primeiro episdio envolvendo a audiodescrio aconteceu em 1983, na rede japonesa NTV. Nos anos 80, algumas experincias tambm foram feitas na Espanha, mas foi nos Estados Unidos que a audiodescrio decolou com programao produzida desde 1990 pelaMedia Access Group, oDescriptive Video Service.
Esse servio patrocinado por doaes e fundaes, produzindo cerca de 6 a 10 horas de programao com audiodescrio por semana, que fica disponvel em 50% das residncias nos Estados Unidos. Estas transmisses so possveis devido presena de um canal secundrio de udio, a tecla SAP (secondary audio programme).
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Audiodescrio para quem ?
Pessoas cegas; Pessoas com baixa viso 350.000 pessoas
Dislexos
Pessoas com Deficincia Intelectual
Pessoas com dificuldade de aprendizagem
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Audiodescrio benefcios
Acesso informao e cultura;
Entendimento maior dos programas de tv, filmes e peas de teatro, exposies e mostras, games;
Independncia e autonomia.
Instrumento de incluso
Formao crtica e cidad do indivduo com deficincia visual
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Audiodescrio benefcios
Com este recurso possvel conhecer cenrios, figurinos, expresses faciais, linguagem corporal, entrada e sada de personagens de cena, bem como outros tipos de ao, utilizados em televiso, cinema, teatro, museus e exposies.
Desta forma, as pessoas com deficincia visual podero frequentar sesses de cinema, ir ao teatro e a outros espetculos, visitar museus, exposies e mostras, atividades que, geralmente, no fazem parte do cotidiano destas pessoas; em primeiro lugar porque so artes que exploram os recursos visuais tanto na cenografia como na caracterizao dos personagens e da poca.
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Audiodescrio benefcios
Em segundo, porque a sociedade, em geral, impede o acesso das pessoas com deficincia a determinados espaos, confinando-as a conviver com seus pares em espaos especialmente destinados a elas, como as escolas especiais.
Ainda pequeno o nmero de aes que visam possibilitar o acesso das pessoas com deficincia a todas as atividades da vida diria, incluindo aqui as atividades sociais e culturais.
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Audiodescrio benefcios para outras pessoas
mais compreenso tambm para idosos, pessoas com dificuldade de entendimento, com algum dficit cognitivo, dislxicos;
mais compreenso para pessoas que querem fazer outras tarefas enquanto assistem a filmes ou programas (tricotar, cozinhar, passar, ler o jornal).
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Audiodescrio benefcios para quem descreve
desenvolvimento da observao, objetividade, poder de sntese, fluncia verbal e da linguagem;
oportunidade de trabalho.
Descrio da Imagem: Capa da Conveno da ONU. Fundo branco. Pequenos quadrados com simbologias sobre acessibilidade e deficincia.
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O profissional
Audiodescritor consultor
Profissional que realiza a reviso e adequao do roteiro e da narrao da audiodescrio com formao tcnica adequada.
Audiodescritor narrador
Profissional que realiza a narrao do roteiro da audiodescrio
Audiodescritor roteirista
Profissional que elabora o roteiro da audiodescrio, com formao tcnica adequadaequada. Convm que seja um profissional com deficincia visual
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So algumas atribuies do audiodescritor
a) pesquisar e analisar previamente o assunto a ser audiodescrito;
b) adequar a terminologia e a linguagem, bem como todas as informaes relativas obra e pertinentes
audiodescrio;
c) elaborar a nota introdutria;
d) elaborar o roteiro.
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Parcerias...
Audiodescritores
Profissionais da Comunicao
Profissionais das reas de udio-visual (cinema, TV, Teatro)
Pessoas com Deficincia
Gestores
Iniciativa privada
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Nota Introdutria
Deve ser lida antes de qualquer evento, incluindo descries que, por falta de tempo hbil, no possam ser fornecidas no decorrer do evento. Devem conter:
a) descrio do ambiente e da localizao de recursos e servios disponveis;
b) detalhamento e complementao dos procedimentos de segurana para situaes de emergncia;
c) breve explicao sobre o processo e a relevncia da audiodescrio;
d) crditos e patrocinadores;
e) caractersticas fsicas dos personagens, papis que desempenham, vestimentas, quaisquer gestos ou maneirismos que usem repetidamente durante o evento;
f) cenrios;
g) definio de estilos e terminologias usados na performance;
h) descrio da audincia, bem como registro de presena de autoridades, pessoas famosas
e conhecidas da comunidade.
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Roteiro
O roteiro da audiodescrio formado por unidades descritivas que devem ser introduzidas em momentos especificados, com base nesta Norma. Aps elaborado o roteiro, recomendada sua avaliao por um audiodescritor consultor. No roteiro de audiodescrio deve ser aplicada a regra espao-temporal, de modo a privilegiar os seguintes elementos: o que, quem, como, onde, quando no necessariamente nessa ordem que incluam a descrio da ao, personagens, cenrios, gestos, expresses, enquadramento de cena e outros dados plsticos contidos nas imagens.
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Programas gravados
Para elaborao do roteiro da audiodescrio de programas de TV gravados, o audiodescritor roteirista deve acompanhar a gravao e ps-produo dos programas.
Em programas gravados, com pouco entre a finalizao e a veiculao, quando no h tempo hbil para a gravao e mixagem da trilha de audiodescrio, necessrio que o audiodescritor acompanhe a gravao e a ps-produo, para elaborao do roteiro da audiodescrio que pode ser veiculada ao vivo.
A trilha de audiodescrio deve acompanhar a edio final do programa gravado.
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Onde aplicada?
Atividades Culturais, Acadmicas e Sociais...
Onde houver necessidade de igualdade de oportunidades...
H barreiras no ambiente?
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Cinema / Televiso
Teatro
Circo
Musicais
Palestras
Sala de Aula
Casamentos
Revistas em Quadrinhos
Esporte (Futebol)
Trilhas
Reunies
Seminrios
Conferncias
Atividades religiosas
Sites
Museus
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Descrevendo Fotografias
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Para fazer a leitura de uma fotografia, temos que prestar ateno a alguns aspectos tais como:
o objeto fotografado (o que/quem);
de onde foi fotografado (de onde, a que distncia, de que ngulo);
como foi feito o enquadramento da cmera (como recortou o objeto, a pessoa ou a cena);
o espao e o tempo a que se refere (onde e quando);
composio: iluminao e os planos (primeiro plano, plano de fundo).
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Fotografia de Pessoas
1. A descrio de fotografias de pessoas dever observar a seguinte ordem:
Gnero e faixa etria: homem, mulher, jovem, criana, garoto, garota, menino, menina, senhor, senhora, homem idoso, mulher idosa, homem de meia idade, mulher de meia idade.
Cor de pele: louro, moreno, negro, ruivo, oriental.
Estatura: alto, baixo, estatura mediana.
Peso: corpulento, esqueltico, magro, musculoso, corpo atltico.
Olhos: cores (azuis, pretos, castanhos, verdes, cor de mel); formato (amendoados, grandes, puxados, pequenos).
Cabelos: cores (pretos, castanhos, louros, vermelhos, brancos, grisalhos); comprimento (longos, curtos, curtssimos, na altura dos ombros) tipo/textura (encaracolados, lisos, anelados, ondulados, cacheados, espetados, armados, fartos, ralos).
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Fotografia de Pessoas
Boca: lbios finos, lbios grossos.
Sobrancelhas: espessas, finas, grossas, arqueadas.
Nariz: afilado, arrebitado, grande, largo, adunco.
Trajes: vestido, saia, cala, blazer, terno, bermuda, shorts, colete, camiseta, jeans, vestido longo, capa, casaco, sobretudo, camisa de manga longa, cueca, calo de banho. Ateno para os trajes de poca.
2. No ser necessrio mencionar todas as caractersticas fsicas, somente as mais marcantes.
3. Iniciar a descrio da seguinte maneira: fotografia colorida/em preto e branco, em primeiro plano (do peito para cima), em plano mdio (da cintura para cima), em close, de .....(mencionar o nome do personagem). Ou: A fotografia em preto e branco mostra/retrata....
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Fotografia de Pessoas
4. Mencionar o enquadramento de cmera
5. Se no quiser mencionar o nome tcnico, pode optar pela definio do plano.
5. Os trajes devem vir depois das caractersticas fsicas.
6. Localizar onde a pessoa est e caracterizar o lugar, quando isso for possvel.
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Fotografia de Pessoas
Enquadramento da Cmera
- Plano Americano: Mostra o personagem dos joelhos ou coxas para cima.
- Plano Mdio: Mostra o personagem da cintura para cima.
- Primeiro Plano: Mostra o personagem do peito para cima.
- Primeirssimo plano ou close-up: Mostra o rosto do personagem em destaque
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Descrio: fotografia colorida, em plano mdio (da cintura para cima), de Marcello Antony, um homem de pele clara, alto, porte atltico, olhos verdes e cabelos castanhos ligeiramente anelados, com expresso sorridente. Ele veste jaqueta de couro bege queimado sobre suter cinza mescla de decote V.
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Obrigado!
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(51) 9612-8261
Fim da Apresentao
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